a psicopedagogia aliada a praxis pedagógica em sala de aula

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A PSICOPEDAGOGIA ALIADA A PRAXIS PEDAGÓGICA EM SALA
DE AULA: UMA PESQUISA NAS ESCOLAS DE PARNAÍBA-PI
SOUSA, Ana Patrícia Coelho1 - FAP
Grupo de Trabalho - Psicopedagogia
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Neste artigo apresentamos um recorte de trabalho monográfico desenvolvido no Curso de
Licenciatura Plena em Pedagogia na Faculdade Piauiense – FAP/ Parnaíba-PI, apresentado
em junho/2012, que teve como finalidade realizar um estudo acerca dos conhecimentos da
Psicopedagogia para o professor da Educação Básica. A investigação partiu da seguinte
questão: Os conhecimentos da Psicopedagogia podem contribuir na prática pedagógica do
professor especialista na área e atuante nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas
públicas e particulares da cidade de Parnaíba- PI? Elencamos como objetivo geral: investigar
a contribuição dos conhecimentos da Psicopedagogia para a prática pedagógica do professor
especialista na área e atuante nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas e
particulares da cidade de Parnaíba- PI. Com isso, constituímos os seguintes objetivos
específicos: Conhecer como as professoras psicopedagogas lidam com as dificuldades de seus
alunos em sala de aula; Identificar estratégias utilizadas pelo professor psicopedagogo diante
das dificuldades de aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental e
Analisar os fatores que contribuíram para aperfeiçoar a prática pedagógica do professor
especialista em Psicopedagogia. Iniciamos com uma pesquisa de campo de abordagem
qualitativa, na qual estabelecemos o contato direto com as duas professoras psicopedagogas.
Apresentamos e analisamos os dados obtidos por meio da aplicação de questionário
semiaberto e da entrevista semiestruturada. Para fundamentar o estudo, dialogamos com os
teóricos Scoz (1994), Macedo (2000), Porto (2006) e Bossa (2007) e outros. As análises e
reflexões permitiram o entendimento de que por mais que não seja possível o professor
psicopedagogo desenvolver diretamente em sala de aula um trabalho preventivo ou
terapêutico, mas o embasamento da especialização em Psicopedagogia contribui
significativamente para a atuação docente, pautado assim numa prática pedagógica mais
construtiva e uma melhor compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Conhecimentos da Psicopedagogia. Professor Psicopedagogo. Prática
Pedagógica.
1
Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade Piauiense – FAP/ Parnaíba- PI. Aluna de pós
graduação em Docência do Ensino Superior na Faculdade Maurício de Nassau -FAP/ Parnaíba-PI. E-mail:
[email protected].
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Introdução
A necessidade de pesquisar as implicações da Psicopedagogia aliada para a atuação
docente não surgiu de um momento isolado na trajetória de formação acadêmica, mas da
conexão de várias vivências no decorrer dos estágios curriculares.
É notório dentro do contexto escolar, principalmente das séries iniciais do Ensino
Fundamental, alguns professores terem dificuldade na escolha e no uso adequado de materiais
pedagógicos, próprios para facilitar a aprendizagem dos alunos. Aliados a este problema,
estão ainda, os pais sem saber “os porquês” da dificuldade e ou da baixa autoestima do seu
filho na escola. Logo, por conta desses aspectos observados na realidade educacional
brasileira, Scoz (1994, p.12) sugestiona que “seria necessário que os educadores adquirissem
conhecimentos que lhes possibilitasse compreender sua prática e os meios necessários para
suscitar o progresso e sucesso dos alunos”.
Nesse sentido, nas últimas décadas o aumento de profissionais da área da
Psicopedagogia tanto nas clínicas, como em instituições escolares vem sendo crescente,
devido apresentarem em suas ações de trabalho, forma de compreender as raízes e soluções
para tais problemas.
Segundo Bossa (2007, p.23) “a Psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar
levando em conta as realidades internas da aprendizagem, tomadas em conjunto”, ou seja, a
atuação do psicopedagogo é de intervir diretamente para sanar os problemas de aprendizagem
dos alunos. A especialidade vem transformando-se em um campo de estudo dos mais
relevantes fenômenos relativos às dificuldades do processo de aprendizagem do aluno, pois
procura analisar as dificuldades e que podem surgir no decorrer da construção dos
conhecimentos para garantir êxito na aprendizagem dos alunos.
O ideal seria que em todas as escolas brasileiras tivessem em seu quadro funcional um
profissional destinado exclusivamente para atender as dificuldades de aprendizagem dos
alunos e também auxiliar os professores com dificuldade no processo de ensino, que no caso
seria o Psicopedagogo Institucional. No entanto, uma vez que ainda existem as dificuldades
no funcionamento escolar. Surgiu o seguinte problema investigativo: Os conhecimentos da
Psicopedagogia podem contribuir para a prática pedagógica do professor especialista na área e
atuante nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas e particulares da cidade
de Parnaíba- PI?
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Assim, com a pretensão de realizar um trabalho voltado para a busca de respostas para
a problemática em discussão, propusemos o seguinte objetivo geral: Investigar a contribuição
dos conhecimentos da Psicopedagogia para a prática pedagógica dos professores especialistas
na área e atuantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas e particulares
da cidade de Parnaíba- PI. Visando o alcance do objetivo geral proposto, elencamos os
seguintes objetivos específicos: Conhecer como os professores psicopedagogos lidam com as
dificuldades de seus alunos em sala de aula, identificar estratégias utilizadas pelos professores
psicopedagogos diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do
Ensino Fundamental e Analisar os fatores que contribuíram para aperfeiçoar a prática
pedagógica dos professores especialistas em Psicopedagogia.
Por fim, acreditamos que essa pesquisa contribuirá à reflexão sobre uma construção de
identidade docente, tendo uma visão da necessidade de ensinar para transformar a educação,
através da obtenção de conhecimentos capazes de amenizar as dificuldades de nossas crianças
e jovens aprendizes na fase escolar.
Referencial Teórico
A Psicopedagogia nas palavras do professor Lino Macedo (1992), citado por (Bossa
2007, p.42), é definida como “[...] uma (nova) área de atuação profissional que tem, ou
melhor, busca uma identidade e que requer uma formação de nível interdisciplinar (o que já é
sugerido no próprio termo psicopedagogia)”, ou seja, os profissionais habilitados nessa área
possuem além de sua formação inicial, um respaldo em conhecimentos fundamentados em
outras áreas, como na Pedagogia e a Psicologia.
Apesar de a Psicopedagogia ser considerada, por muitos, como uma área nova, Bossa
(2007) comenta que historicamente, seus primórdios ocorreram na Europa entre o final do
século XIX e a primeira metade do século XX, precisamente no ano de 1946. Desde o início,
podemos verificar que o fator principal da sua existência foi à preocupação com os problemas
de aprendizagem. Com base nesse cenário, Bossa (2007, p.39) esclarece que:
[...] os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França (do qual se tem notícia na literatura), em que se
percebem as primeiras tentativas de articulações entre a medicina, psicologia,
psicanálise e pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de
aprendizagem.
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Pelas palavras da autora, percebemos que já naquela época, equipe de profissionais de
diferentes áreas; inclusive da Pedagogia, juntos discutiam motivos para compreender os
fatores que interferiam a não aprendizagem dos indivíduos, assim fica evidenciado que a
Psicopedagogia surgiu a partir da inquietação e insatisfação dos profissionais que tratavam
das dificuldades de aprendizagem.
Inicialmente, os centros psicopedagógicos tinham como objetivo auxiliar as crianças e
os adolescentes que apresentavam problemas de comportamento tanto na escola como na
família, obedecendo e seguindo os padrões da época, mas com o intuito de reeducá-los. A
proposta da Psicopedagogia nos anos primórdios diverge dos dias atuais, é o que explica
Russo (2001, p.161) ao explicar que: “[...] o “tratamento” das dificuldades, pouca
preocupação havia sobre sua origem levando em consideração a história do aprendiz.”, ou
seja, compreendemos que não eram analisados fatores diversificados que pudessem interferir
no processo da aprendizagem da criança.
Partindo do ponto histórico, o pensamento reinante que orientava o trabalho dos
médicos, educadores e terapêuticos daquele período em relação aos problemas de
comportamento e de aprendizagem, eram trabalhos com enfoque orgânico, estudos esses
desenvolvidos em laboratórios que tinha como ênfase apenas a descoberta de anomalia dos
indivíduos principalmente em idade escolar.
A respeito desse assunto, Bossa (2007, p.39) afirma que: “A criança que não
conseguia aprender era taxada como “anormal”, devido à interpretação de que a causa de seu
fracasso era atribuída a alguma anomalia anatomofisiológica”. A autora deixa claro que as
dificuldades de aprendizagem dos alunos era vista logo como uma doença biológica, ou seja,
não eram analisados outros fatores que pudessem interferir naquele problema, como é o caso
do ambiente interno e externo em que a criança estava inserida, ou a própria falha no processo
de ensino.
O psicopedagogo, diferentemente dos tempos primórdios, trabalhar com uma
concepção de aprendizagem do indivíduo analisando se as origens das dificuldades de
aprendizagem relacionadas aos multifatores, ou seja, além de ser levados em consideração a
questão biológica, também acredita-se na disposição dos processos afetivos e intelectuais que
podem intervir diretamente da relação desse sujeito com o meio, então a partir daí que são
traçados os trabalhos psicopedagógicos.
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Ao falarmos sobre o trabalho do psicopedagogo, podemos ressaltar que quando uma
criança é direcionada ao trabalho desse profissional, é considerado o nível do problema
escolar ou de aprendizagem dela, pois dependendo desse nível de dificuldade é que são
realizadas ações de diagnóstico. O objeto da Psicopedagogia deve ser entendido a partir de
dois enfoques: “preventivo e terapêutico”. Sobre esse assunto, para Golbert (1995), citado por
Bossa (2007, p. 22) explica exatamente que,
No enfoque preventivo considera- se o objeto de estudo da psicopedagogia o ser
humano em desenvolvimento, enquanto educável. Seu objeto de estudo é a pessoa a
ser educada, seus processos de desenvolvimento e as alterações de tais processos.
Focaliza as possibilidades do aprender, num sentido amplo. Não deve se restringir a
uma só agência como a escola, mas ir também à família e à comunidade. Poderá
esclarecer, de forma mais ou menos sistemática, a professores e pais sobre o
progresso nos processos de aprendizagem, sobre as condições psicodinâmicas da
aprendizagem e sobre as condições determinantes de dificuldade de aprendizagem.
O enfoque terapêutico considera o objeto de estudo da psicopedagogia a
identificação, análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento
das dificuldades de aprendizagem.
Diante do exposto, entendemos que os enfoques são determinantes para o campo de
atuação do psicopedagogo. Compreendemos que o profissional ao trabalhar com o enfoque
preventivo, poderá desempenhar seu exercício dentro das próprias instituições de ensino, ou
seja, nas escolas, onde por meio da ação de anamnese, que através de conjuntos de
informações obtidas tanto no âmbito escolar e como familiar do aprendiz, é possível fazer um
restabelecimento de situações vivenciadas e memorizadas, possibilitando assim um melhor
reconhecimento do processo da dificuldade apresentado pela criança.
Já quanto à linha terapêutica, está mais direcionada à atuação em clínicas e
consultórios, fazendo o trabalho de diagnóstico, quando a dificuldade da criança é mais séria,
necessitando o psicopedagogo ao realizar sua prática na função, utilizar instrumentos de
avaliação para descobrir no que o problema de aprendizagem do sujeito se constitui e também
na forma de encontrar soluções.
Para melhores resultados, alguns instrumentos de trabalho são utilizados, no entanto, é
na linha terapêutica. Geralmente encontram-se alguns desses variados instrumentos os quais
são empregados no diagnóstico, como: “[...] prova de inteligência, prova de nível de
pensamento, avaliação do nível pedagógico, avaliação percepto-motora, testes projetivos,
testes psicomotores, hora do jogo psicopedagógico” (Bossa, 2007, p.44).
Assim, o psicopedagogo em sua ação profissional geralmente faz utilização de
instrumentos próprios da área e que através desses recursos de trabalhos psicopedagógicos
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podem facilitar o diagnóstico do problema da criança e, consequentemente proporcionar uma
análise correspondente à situação e que lhe possibilita ainda, em período posterior traçar um
plano de trabalho direcionado para dificuldade.
Após esse aparato teórico acima, o que dizer da Psicopedagogia no processo de ensino
e aprendizagem? Como já foi dito anteriormente, a Psicopedagogia surgiu exatamente da
necessidade de compreender os problemas de aprendizagem e os profissionais da área são
destinados a solucionar tais problemas, que são denominados de psicopedagogos.
Sabe-se que vários são os fatores que podem atrapalhar a vida escolar de uma criança,
primeiramente em relação à sua aprendizagem. Nesse sentido, Bossa (2002. p. 23) ressalta
que "[...] no campo das dificuldades o que importa não é considerar apenas o potencial
intelectual demonstrado pelo sujeito, mas também o potencial que possui e não pode usar”.
Assim, muitas vezes a criança tem dificuldade de responder uma situação problema por meio
de um cálculo, no entanto, há outras maneiras que ela é capaz de expressar a resposta
corretamente.
Russo (2001) retrata-se ao psicopedagogo como um investigador que busca pistas,
procurando selecioná-las, ressaltando que algumas dessas pistas podem ser falsas, outras
irrelevantes, mas que a sua meta fundamental é investir em todo o processo de aprendizagem,
levando em consideração a totalidade dos fatores neles envolvidos, valendo-o desta
investigação o intuito de entender a constituição da dificuldade de aprendizagem. Acerca
desse assunto a mesma autora, enfatiza alguns desses fatores: os ambientais como carências
econômicas, a desnutrição do indivíduo e falta de afeto e carinho, a rejeição; fatores
intelectuais, relacionados ao nível de aprendizagem; fatores físicos e ou sensoriais, a
percepção e os movimentos corporais e os fatores psicomotores, no qual podemos encontrar o
potencial motor dos alunos (RUSSO, 2001, p.39).
Na mesma direção, Bossa (2000, p. 16) adverte que: “[...] ao tratar da questão dos
problemas de aprendizagem escolar devemos considerar as dificuldades de aprendizagem da
criança na escola e as dificuldades da escola com a criança.”, ou seja, as causas do problema
de aprendizagem escolar podem ser atribuídas às causas orgânicas, mas também pode-se
justificar devido ao próprio ambiente externo no qual ela é inserida, como a escola.
A mesma autora supracitada, afirma que quando uma criança não está acostumada
com outras pessoas que não sejam as da família, ou com outro lugar que não seja sua casa, a
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escola muitas vezes parece ser um local ruim, principalmente quando o professor não
consegue desenvolver um trabalho como qual essa criança possa interagir.
Baseando-nos na concepção de Saltini, citado por Porto (2006, p 87- 88),
a criança deseja ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a
vida a curiosidade do aprendizado. O papel do professor é específico e diferenciado
do das crianças. Ele prepara e organiza o micro universo onde as crianças brincam e
se interessam. A postura deste profissional se manifesta na percepção e na
sensibilidade aos interesses das crianças que em cada ida à escola diferem em seu
pensamento e modo de sentir o mundo.
Nas palavras acima, o autor desvela que a atitude do professor é o ponto fundamental
na criação de um ambiente escolar adequado à aprendizagem. Nesse contexto, entendemos
que esse profissional deve atuar junto ao aluno, no sentido de proporcionar segurança e
integração, aumentando assim a oportunidade de desenvolver melhor na criança sua
competência intelectual.
Ao propor a hora do jogo psicopedagógico como estratégia para compreender os
processos que podem ser levados à construção de uma dificuldade do aprender Fernández
(1990, p.170) afirma que tal atividade possibilita, “[...] o desenvolvimento e posterior análises
das significações do aprender para a criança”. Assim, o jogo poderá ser um bom instrumento
de análise, pois por meio dele podemos ter o acesso ao pensamento da criança e é possível
defini-los como instrumentos de intervenções.
Na prática do professor no cotidiano da sala de aula, é imprescindível a tomada de
decisões sobre os aspectos que fazem parte de atividades pedagógicas, solicitando dele um
conjunto de meios e saberes para uma trajetória construtiva no processo do ensino e
aprendizagem. Uma primeira afirmativa define ensino e aprendizagem como “um processo
global de relação interpessoal que envolve alguém que aprende, alguém que ensina, e a escola
que é o lugar por excelência na qual o processo intencional ensino-aprendizagem ocorre
podendo envolver intervenções que conduza a aprendizagem.” (RUSSO, 2001, p. 97)
Acreditamos que o ato de ensinar e o ato de aprender são totalmente associáveis, ou
seja, o educador ao conseguir desenvolver no aluno a participação, a criatividade e o
crescimento intelectual, consequentemente, conseguirá também uma transformação na
conduta desse aluno. Por isso, a importância no processo do ensino deve atender ao nível de
desenvolvimento físico e mental do aluno, para que assim suas necessidades e interesses
possam ser atendidos mediante o saber ensinar.
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Russo (2001, p. 43) diz que “[...] o ensino e aprendizagem estão relacionados entre si,
a aprendizagem não se realiza se não houver um ensino dinâmico, concreto e participativo”.
Sendo assim, o professor deve procurar compreender melhor seu aluno, no aspecto de analisar
se ele está conseguindo fazer assimilação dos conteúdos, ou caso não esteja conseguindo,
procurar compreender os motivos que podem estar associados, inclusive à sua própria prática
pedagógica.
A importância do trabalho psicopedagógico para auxiliar os professores também é
enfatizada por Scoz (1994, p. 154) ao afirmar que “[...] levaria o educador olhar-se como
“aprendente” e como “ensinante”, fazendo-o redimensionar seus próprios modelos de
aprendizagem e os seus vínculos com os alunos.” Podemos dizer então que é direcionando um
olhar psicopedagógico sobre a atual prática do professor que podem ser descobertos os
aspectos negativos os quais necessitam de um redirecionamento para que se convertam em
pontos positivos no futuro.
Contudo, compreendemos que a Psicopedagogia inscreve-se em grande parte no
âmbito pedagógico, devido à necessidade de orientar os processos educativos, oferecendo um
conhecimento mais profundo dos processos de desenvolvimento e aprendizagem humana e
que o profissional para conseguir resultados ocupa-se de algumas atividades que
proporcionam práticas mais consistentes no seu trabalho.
Metodologia da Pesquisa
Ao falarmos de pesquisa Andrade (2010, p.109) a descreve como “conjunto de
procedimentos sistemáticos baseados no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar
soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos científicos”. Partindo
dessa ideia, entendemos a prática da pesquisa como um processo em que há construção de
conhecimento de maneira cuidadosa e que, através dela, encontramos explicações para as
dúvidas e problemas que surgem no nosso cotidiano.
Desta forma, o presente trabalho foi realizado através de uma ação planejada e
sistematizada, da qual desenvolvemos os procedimentos metodológicos de acordo com a
Abordagem Qualitativa, por se tratar de um estudo dentro do âmbito educacional e tendo
como pretensão a busca de dados por meio da relação interpessoal entre os sujeitos.
A modalidade de pesquisa, escolhida foi à pesquisa de campo, definida por Lakatos e
Marconi (2007, p.188) como “[...] aquela utilizada com objetivo de conseguir informações
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e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma
hipótese, que se queira comprovar”. Nesse sentindo, optamos por essa, uma vez que nossa
investigação estava voltada para a busca de relatos de professores-psicopedagogos dentro do
campo educacional e por termos estabelecido inicialmente a prevalência do contato direto
com as interlocutoras.
No decorrer da pesquisa de campo, utilizamos como instrumento de coleta de dados o
Questionário Semiaberto para traçar o perfil dos participantes da investigação e como técnica
de pesquisa recorremos à Entrevista Semiestruturada, visando um embate de informações
pudessem ser analisadas e estruturadas com o recorrente amparo de autores que discutem a
temática em questão.
A entrevista foi realizada com a participação de duas professoras, ambas do sexo
feminino, sendo uma docente da rede pública municipal de ensino e outra da rede particular
de escolas da cidade Parnaíba no estado do Piauí.
Em relação aos critérios de seleção das colaboradoras, elas foram escolhidas por
atenderem o perfil pré-estabelecido para participar da pesquisa: ser graduada em Pedagogia e
ter concluído especialização em Psicopedagogia. Vale ressaltarmos, que elas aceitaram
prontamente o convite para participação voluntaria.
Com o intuito de manter o sigilo sobre a identidade de ambas participantes, optamos
por atribuir-lhes nomes fictícios de: ESCUTA (Professora-psicopedagoga da escola
Municipal) e OLHAR (Professora- psicopedagoga da escola Particular), pois são
características indispensáveis à prática pedagógica do psicopedagogo.
Resultados e Discussão da Pesquisa
Neste tópico, apresentamos os resultados e análise dos dados coletados a partir das
entrevistadas semiestruturadas, que foram gravadas e depois transcritas em nossa investigação
sobre a contribuição da Psicopedagogia para práxis pedagógica de duas professoras de duas
escolas de Parnaíba-PI. Para melhor compreensão, dividimos essa categoria em quatro
subtópicos discursivos.
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Dificuldades de Aprendizagem: o que são?
Devido a Psicopedagogia ser uma área que trabalha diretamente tentando amenizar as
dificuldades de aprendizagem dos sujeitos e por essas dificuldades se apresentarem de forma
complexa é que perguntamos as professoras psicopedagogas: “O que são dificuldades de
aprendizagem?”. Sobre esse assunto, as entrevistadas responderam:
As dificuldades de aprendizagem, todos nós temos em algum momento da nossa
vida. Nós temos dificuldade de alguma coisa, aprender algum conteúdo. Tem
crianças, jovens, adultos que tem dificuldades acentuadas. Então as dificuldades de
aprendizagem são momentos que a criança deixa de aprender, e se não tratado vira
uma dificuldade séria, como é o caso, da dislexia. [...] Também temos a discalculia
que essa pode ser sanada ou amenizada. A disgrafia e a disortográfica, que são essas
crianças que apresenta na disgrafia letra feia, existe toda a Psicopedagogia que dá
bagagem pra você fazer esse trabalho e amenizar, muitas crianças conseguem
superar (ESCUTA).
As dificuldades são a incapacidade imediata de assimilar alguma coisa. Aos poucos
essas dificuldades vão se transformando e passando a ser algo acessível aos alunos.
Algumas das dificuldades se estendem por um período mais longo. Daí, a
necessidade da Psicopedagogia. Para nós tornar, um caminho entre as dificuldades e
o aprendizado (OLHAR).
Podemos verificar na fala das interlocutoras que ambas possuem propriedades para
responder a respeito do determinado assunto. A professora Escuta, de forma direta, definiu as
dificuldades de aprendizagem como momentos que podemos deixar aprender algum
conteúdo, ela ainda deixou explícito que existem as dificuldades sérias, que geralmente são
resultadas da falta de cuidados especializados, no caso, denominou essas dificuldades de
“acentuadas”, citou como exemplos: a dislexia, disgrafia e disortografia. Já a professora
Olhar, conceituou como a dificuldade de aprendizagem, como uma incapacidade de
assimilação.
Ao definir dificuldades de aprendizagem, Fonseca (1995, p.78), diz que, “[...] é um
termo utilizado para mencionar as desordens de aprendizagem de maneira mais abrangentes”.
Para esse autor devemos levar em consideração tudo que não permitir à criança assimilar ou
desenvolver uma atividade com perfeição.
Baseando-nos na fala desse autor e nos depoimentos acima das interlocutoras,
recordamos o que apresentamos no início do nosso referencial teórico. Atualmente, as
dificuldades apresentadas pelas crianças são analisadas diferentemente de épocas passadas, ou
seja, as dificuldades de aprendizagem não são mais consideradas deficiências ou anomalias,
29432
possui outra concepção, alguma falha no processo, seja esse no ato de ensinar ou de aprender,
que não admite a criança usar sua cognição concentrada.
Outro aspecto a ser destacado no relato das interlocutoras é que as duas professoras
fizeram ressalva à Psicopedagogia como subsídio. Uma disse que essa área do conhecimento
“dar bagagem” e a outra professora, vê-la como um caminho facilitador entre as dificuldades
e o aprendizado. Portanto, consideramos que ambas são capazes de entender seus alunos, uma
vez que reconhecem que existem as dificuldades momentâneas e as agudas, logo
possibilitando ainda mais o apoio e a compreensão em relação ao aprendiz.
Lidando com as dificuldades de aprendizagem em sala de aula
Vimos anteriormente nos relatos das professoras entrevistadas que elas são capazes de
distinguir alguns tipos de dificuldades de aprendizagem. Por serem especialistas em
Psicopedagogia, veio-nos a curiosidade de sabermos como elas lidam com as dificuldades de
seus próprios discentes. Sendo assim, perguntamos para as interlocutoras: “Como você lida
com as Dificuldades de Aprendizagem de seus alunos?” As interlocutoras responderam:
No município temos muitas crianças por sala, não dá para fazer sempre um trabalho
individual, mas eu tento na maioria das vezes fazer esse trabalho. Hoje estou com a
segunda série, tenho criança com deficiência, tenho criança com dificuldades de
aprendizagem, e tenho as ditas normais. Só que assim, tenho feito ações usado
realmente materiais da Psicopedagogia para ajudar essas crianças. [...] No ano
passado, nós tínhamos uma criança autista, este ano ainda continua comigo. E ele
conseguiu dentro da parte social progredir, foi bom o trabalho, hoje ele é uma
criança que interage e que brinca com os amigos, nesse usei muito aspectos da
Psicopedagogia. (ESCUTA)
Eu lido com elas da melhor maneira possível no campo da compreensão e da
investigação. E a partir desse momento a gente costuma aqui na escola, onde eu
trabalho, traçar planos individuais de trabalhos, que na verdade é um planejamento
específico pra aquela dificuldade de aprendizagem, onde aquela criança vai ter
dentro da nossa metodologia de trabalho um momento específico pra lidar com
aquela dificuldade, pra ajudá-lo a auxiliar a superar essa dificuldade. Só que
algumas das dificuldades de aprendizagem, que eu já mencionei antes, elas se
estendem por um período mais longo e muita das vezes a gente precisa do apoio de
outros profissionais, como a fonoaudiologia, o terapeuta ocupacional, o próprio
psicopedagogo clínico fora do ambiente escolar. (OLHAR)
Ao analisarmos a fala das colaboradoras, notamos que a professora Olhar geralmente
utiliza a questão da própria compreensão em relação à dificuldade do aprendiz, a prática da
investigação e também comum na escola onde leciona, faz uso de planejamentos individuais
onde direciona uma metodologia de trabalho de acordo com a dificuldade da criança.
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Destacou ainda a importância de outros profissionais que podem ajudar a criança a conseguir
superar a dificuldade. Esse relato do trabalho de profissionais da educação buscar parceria
com outros profissionais, inclusive do psicopedagogo, corrobora com a concepção de Bossa
(2000, p. 16), ao dizer que “é inconcebível [...] uma postura onipotente de autossuficiência.
Buscar parceria com outras áreas do conhecimento significa maturidade pessoal e
profissional”.
A professora Escuta, ao comentar como lida com as dificuldades em sala de aula, diz
que apesar de tentar fazer um trabalho individual, não consegue devido à superlotação de
crianças nas salas de aula da escola municipal. Porém, não poderíamos deixar de enfatizar que
por mais que exista essa complexidade, mas percebemos no final de sua fala já ter alcançado
sucesso em seu trabalho em sala de aula, usando aspectos da Psicopedagogia, inclusive com
uma criança autista.
Diante do exposto, ficou evidenciado que apesar do fazer psicopedagógico do
professor psicopedagogo ser possível em alguns momentos dentro da própria sala de aula, em
outros, o próprio espaço e a especificidade do problema da criança não permitem. Fazendo
necessário então, um trabalho preventivo, ou dependendo da dificuldade do aluno, um
trabalho clínico com um psicopedagogo em um espaço especializado.
Estratégias e Técnicas psicopedagógicas utilizadas pelo Professor
A Psicopedagogia, assim como a própria área da Pedagogia, possui uma formação
também didática onde o psicopedagogo, dependendo do seu campo de atuação faz uso de
metodologias próprias. Ou seja, uso de técnicas como ponto de partida para compreender as
dificuldades do aprendiz. Sendo assim, perguntamos às interlocutoras: Quais estratégias e/ou
técnicas psicopedagógicas geralmente você utiliza em sua sala de aula? As colaboradoras
responderam:
Eu uso muito assim a questão dos jogos fonológicos, a questão da consciência
fonológica é um aspecto da psicopedagogia. Os Testes avaliativos são mais coisas
de consultório, mas quando dar também faço. Uso no coletivo, que é o caso do par
educativo: “Eu e minha família”, que são algumas avaliações que a gente faz. Logo
em seguida, se meu aluno não tá conseguindo fazer alguma coisa, eu faço uma
avaliação de diagnostico, faço um teste de escrita para saber o nível de escrita e de
leitura do meu aluno, afim conseguir superar a dificuldade. (ESCUTA)
A base da Psicopedagogia é partir do caráter da valorização do ponto de interesse
deles e os jogos. Inicio exatamente daquilo que eles tem, aquilo que eles sabem. E
partindo daí a gente traça, através dos jogos, já as provas psicopedagógicas não
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costuma aplicá-las em sala, porque é um trabalho mais voltado pra clínica.
Costumamos utilizar no plano individual, os jogos, as pranchas, essas são atividades.
O ideal é mexer diretamente no ponto de interesse deles e fazê-los despertar para o
aprender. É mostrar a eles que são capazes de superar aquelas dificuldades, pois a
maioria das crianças com dificuldade elas têm baixo autoestima. (OLHAR)
Também vimos aqui que as professoras especialistas usam os conhecimentos
adquiridos na formação lato sensu, percebemos que elas falam de maneira consciente
parecendo serem bastante autônomas na escolha das técnicas aplicadas. A professora Escuta
diz utilizar muito os jogos fonológicos, apesar de reconhecer que são instrumentos de
diagnóstico clínico, utiliza também testes avaliativos, que no caso dela, utiliza o teste do par
educativo “Eu e minha família” e ainda testes de escrita e de leitura.
Já a professora Olhar reforça várias vezes que utiliza um conhecimento que é a base da
própria área: o ponto de interesse da criança. Além disso, também faz uso de jogos. Cita ainda
as provas psicopedagógicas como instrumento, no entanto diz não utilizá-las por constituírem
ação do trabalho clínico.
Dentre as estratégias e técnicas psicopedagógicas utilizadas em comum entre as
professoras psicopedagogas estão o uso dos jogos. Acrescentando a importância deles, Bossa
(2000, p. 106) destaca que “[...] existe um jeito de falar sem saber que está falando. Quando
uma criança joga, brinca, faz história, releva sentimentos e pensamentos que desconhece,
falando numa outra linguagem: a linguagem do brinquedo, do jogo”.
De acordo com a autora, constatamos ênfase no desempenho das professoras, onde
mostra a utilização dos jogos, pois além de proporcionar uma aprendizagem, vimos que esse
instrumento possibilita ao profissional, seja ao psicopedagogo ou ao próprio educador,
analisar os sentimentos bons ou ruins que a criança inocentemente deixa transparecer no
momento do jogar.
Aperfeiçoamento da Prática Pedagógica docente à luz da Psicopedagogia
Nos eixos anteriores, percebemos que Scoz (1994) sugere a Psicopedagogia aos
educadores como possibilidade de compreender sua própria prática e os meios para ascender
ao progresso dos discentes.
Uma vez que as interlocutoras da nossa pesquisa adquiriram estes conhecimentos na
especialização, procuramos saber quais especificamente contribuem para a melhoria da
prática em sala de aula. A respeito desse assunto, apresentamos abaixo as respostas das
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professoras psicopedagogas para a pergunta: “Quais conhecimentos adquiridos na
especialização em Psicopedagogia você considera que aperfeiçoou sua prática docente? Por
quê?” Elas responderam:
As técnicas interventivas de leitura, escrita, memorização. Ajuda-me bastante, [...]
para as crianças com disgrafia, eu trago para sala de aula os teste de escrita e todo
mundo faz, mas meu foco é aquela criança. [...] Hoje eu tenho outra visão de
dificuldade de aprendizagem. O curso dar abertura muito grande. Eu adoro, já tive
experiência clinica, mas o meu laboratório é mesmo minha sala de aula. (ESCUTA).
O conhecimento das dificuldades sem si, porque na Psicopedagogia a gente
aprofunda cada uma das dificuldades. Dentro da área da Leitura e escrita, disgrafia,
a dislexia, a própria discalculia na área matemática. Você vai aprofundando sobre as
dificuldades de atenção, concentração até a própria dificuldade da fala. Você vai ter
uma noção de que o comportamento de seu aluno apresenta, não é comportamento
de preguiça ou falta de interesse, é comportamento de falta de aprendizagem que ele
pode não dominar ainda. E isso a Psicopedagogia me ajudou bastante. (OLHAR)
As respostas se completam mutuamente, onde é possível perceber a contribuição da
Psicopedagogia através de diferentes olhares. A professora Escuta diz que os conhecimentos
aperfeiçoaram sua prática a partir das técnicas interventivas de leitura, escrita e memorização,
acrescentou ainda, acerca da nova visão que tem sobre as dificuldades de aprendizagem.
A professora Olhar acredita que aperfeiçoamento foi em virtude do próprio
conhecimento sobre as dificuldades de aprendizagem que adquiriu na especialização,
aprendendo assim distingui-las, fazendo-a refletir e entender que o comportamento da criança
em não participar pode estar associado à própria dificuldade de aprendizagem, invés de
“preguiça”, como alguns professores interpretam.
Portanto, fica constatado na fala das professoras que houve aperfeiçoamento na prática
pedagógica dessas interlocutoras, uma vez que hoje são capazes de trabalhar com alunos que
apresentem alguma dificuldade, analisando-os e não discriminando ou rotulando, como
destacou a professora Escuta. Ela diz fazer da sua sala de aula seu laboratório, ou seja, possui
um olhar investigativo para poder posteriormente aplicar estratégias de ensino.
A importância da Psicopedagogia para atuação docente é também enfatizada por
Bossa (2007, p. 63) quando esclarece que “[...] alguém em geral, que atua em sua função, para
qual foi habilitado na graduação, e que, ao completá-la com, estudos em nível de
especialização em Psicopedagogia, modifica a sua prática”. Desta forma, o conhecimento
dessa área orienta o profissional a ter uma nova postura diante das dificuldades,
principalmente em relação ao processo do ensino e aprendizagem no ambiente escolar.
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Considerações Finais
As respostas obtidas na investigação foram significativas para a perspectiva proposta
desta pesquisa, pois nos proporcionou saber se a prática psicopedagógica no trabalho do
professor em sala de aula era possível. Percebemos êxito, uma vez conseguimos responder
todos os objetivos propostos.
Nesse sentido, a respeito do primeiro objetivo que foi conhecer como as professoras
psicopedagogas lidam com as dificuldades de seus alunos em sala de aula. Percebemos nos
relatos das interlocutoras que geralmente na atuação docente, elas fazem o uso de um
embasamento psicopedagógico como aspectos da própria compreensão em relação à
dificuldade da criança, uma prática investigativa da aprendizagem e trabalho individualizado
com os alunos.
Identificar estratégias da Psicopedagogia utilizadas pelo professor psicopedagogo
diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos foi o segundo objetivo específico. Com
isso, conseguimos identificar que existem algumas metodologias didáticas da Psicopedagogia
são utilizadas em sala de aula pelas docentes interlocutoras, como o uso de jogos e a questão
da valorização do interesse do aluno nas atividades. Notamos que essas estratégias aliadas ao
processo de ensino e aprendizagem ajudam os discentes a conseguir superar suas dificuldades
com autonomia e liberdade.
Analisar os fatores que contribuíram para aperfeiçoar a prática pedagógica do
professor especialista em Psicopedagogia que foi o terceiro e último objetivo específico.
Notamos através dos relatos das professoras psicopedagogas, que o embasamento da
especialização para a prática pedagógica das mesmas, ajudou-lhes bastante, principalmente a
ao serem capazes de distinguir as dificuldades e assim compreender melhor seus alunos,
fazendo-as capaz de organizar um trabalho mais sólido e com novas propostas de ensino e
aprendizagem.
Contudo, as análises e reflexões permitiram o entendimento de que por mais que não
seja possível o professor psicopedagogo desenvolver diretamente em sala de aula um trabalho
preventivo ou terapêutico. Os conhecimentos adquiridos na especialização em Psicopedagogia
auxiliam bastante na atuação docente daquele profissional que se qualificou, por contribuir à
uma prática pedagógica mais eficiente, uma vez que proporciona uma melhor compreensão
em relação às dificuldades de aprendizagem dos alunos e como trabalha-las, e assim,
consequentemente sempre bons resultados de aprendizagem.
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REFERÊNCIAS
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São Paulo: Atlas, 2010.
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Artes Médicas Sul, 2000.
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_________. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3.ed. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
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criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
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Médicas, 1995.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia
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SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e da aprendizagem.
6. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
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