(ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. 10 ed. Rio de Janeiro

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que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. 10 ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1980. p. 197-200)
A máquina do mundo
Carlos Drummond de Andrade
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
“O que procuraste em ti ou fora de
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
Questão 3
No canto final de Os Lusíadas (1572) Vasco da Gama, como um prêmio pelo sucesso
da aventura dos portugueses, tem o funcionamento do mundo revelado pela deusa Tétis.
Em 1951, no livro Claro enigma, Carlos Drummond de Andrade retoma esse tema, o da
máquina do mundo. Abaixo estão reproduzidos um fragmento do texto de Camões e o
poema de Drummond. Confronte-os, indicando as diferenças que marcam o fazer
poético e a relação do indivíduo com o saber nos inícios da modernidade (século XVI) e
em sua fase mais aguda (século XX).
Os Lusíadas, canto X, estrofes 75 a 82
Luís de Camões
Despois que a corporal necessidade
Se satisfez do mantimento nobre,
E na harmonia e doce suavidade
Viram os altos feitos que descobre,
Tétis, de graça ornada e gravidade,
Pera que com mais alta glória dobre
As festas deste alegre e claro dia,
Pera o felice Gama assi dizia:
Uniforme, perfeito, em si sustido,
Qual, em fim, o arquetipo que o criou.
Vendo o Gama este globo, comovido
De espanto e de desejo ali ficou.
Diz-lhe a Deusa: – O transunto, reduzido
Em pequeno volume, aqui te dou
Do Mundo aos olhos teus, pera que vejas
Por onde vás e irás e o que desejas.
– Faz-te mercê, barão, a Sapiência
Suprema de, cos olhos corporais,
Veres o que não pode a vã ciência
Dos errados e míseros mortais.
Sigue-me firme e forte, com prudência,
Por este monte espesso, tu cos mais.
Assi lhe diz, e o guia por um mato
Árduo, difícil, duro a humano trato.
Vês aqui a grande máquina do mundo,
Etérea e elemental, que fabricada
Assi foi do Saber, alto e profundo,
Que é sem princípio e meta limitada.
Quem cerca em derredor este rotundo
Globo e sua superfície tão limada,
É Deus; mas o que é Deus, ninguém o entende,
Que a tanto o engenho humano não se estende
Não andam muito, que no erguido cume
Se acharam, onde um campo se esmaltava
De esmeraldas, rubis, tais que presume
A vista que divino chão pisava.
Aqui um globo vêem no ar, que o lume
Claríssimo por ele penetrava,
De modo que o seu centro está evidente,
Como a sua superfície, claramente.
Este orbe que, primeiro, vai cercando
Os outros mais pequenos que em si tem,
Que está com luz tão clara radiando,
Que a vista cega e a mente vil também,
Empíreo se nomeia, onde logrando
Puras almas estão daquele Bem
Tamanho, que Ele só se entende e alcança,
De quem não há no mundo semelhança.
Qual a matéria seja não se enxerga,
Mas enxerga-se bem que está composto
De vários orbes, que a Divina verga
Compôs, e um centro a todos só tem posto.
Volvendo, ora se abaxe, agora se erga,
Nunca s’ergue ou se abaxa, e um mesmo rosto
Por toda a parte tem; e em toda a parte
Começa e acaba, em fim, por divina arte,
Aqui, só verdadeiros, gloriosos
Divos estão, porque eu, Saturno e Jano,
Júpiter, Juno, fomos fabulosos,
Fingidos de mortal e cego engano.
Só pera fazer versos deleitosos
Servimos; e, se mais o trato humano
Nos pode dar, é só que o nome nosso
Nestas estrelas pôs o engenho vosso.
(CAMÕES, Luís de. Os lusíadas. Belo Horizonte: Itatiaia/ São Paulo: Edusp,
1980. p. 376-378)
TRECHO 1: HOMERO. Odisséia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1928. p. 105-107.
Tradução de Odorico Mendes. Ortografia atualizada.
Toma Ulisses a mão: — Potente Alcino,
De povos sumo rei, nada há mais grato
Que do cantor a divinal poesia;
Nada mais deleitável que esta gente
Lhe estar ouvindo a voz melodiosa
À tua mesa, de regalos plena,
E o vinho haurir que da cratera vaza
Nos copos o escanção: minha alma o escuta.
Mandas-me renovar a dor e o pranto:
Que princípio, que meio, que remate
A narração terá de imensos males
A mim fadados? Por meu nome enceto.
Escapo aqui da morte, hóspede vosso
Perpétuo seja, inda que longe moro:
Sou Ulisses Laércio, encomiado
Por meus ardis, com fama até nos astros.
Ítaca habito ocídua, e lá tremula
Nerito a verde coma; circunstantes
Ilhas há povoadas, como Same
E Dulíquio e Zacinto nemorosa,
Orientais e ao sul; Ítaca humilde
Última as trevas olha, áspera e tosca,
Porém não posso ver nada mais doce.
Na gruta sua a ótima Calipso,
Em casa teve-me a dolosa Eéia,
Sem nunca afagos seus me demoverem,
Pois ledo homem não vive e satisfeito
Fora da pátria amiga e dos parentes,
Bem que noutro país nade em riquezas.
Ora de Ílio a tornada lagrimosa
Referirei, disposição de Jove.
À Ísmara o vento impele-me e aos Cícones
Saqueio e os mato; com partilha justa
As mulheres e a presa dividimos.
Presto os insto a largar; mas insensatos
Na praia indóceis a beber se ficam,
Ovelhas abatendo e negros touros.
Os fugitivos por socorro bramam,
E n’alva em cópia do interior concorrem
Bons peões e adestrados cavaleiros,
Como as folhas vernais e as flores brotam.
Jove de mil desgraças nos oprime:
Eles às nossas naus o ataque apertam,
Fervem de parte a parte os êneos tiros;
Toda a manhã enquanto a luz crescia,
Do número apesar, os contivemos;
Ao Sol cadente, quando os bois descangam,
Em fuga nós, poupando a Parca os outros,
Armando seis de cada nau perdemos.
Salvos, contudo mestos velejamos,
Vezes três a invocar primeiro os sócios
Ai! nas Cicônias margens trucidados.
O Nimbífero o Bóreas assolou-nos;
Tolda bulcão tristonho o mar e a terra,
A noite rui do céu; de esguelha o vento
As velas farpa, e súbito arreadas,
Varei com susto. Lá cansaço e mágoa
Nos ralou; mas, à terça ruiva aurora,
Mastros eretos, brancos linho içado,
Navego ao tom da brisa e dos pilotos.
O natal chão tocava, quando Bóreas
E do Maléia as correntes me empuxaram
Muito além de Cítera. Dias nove
Pelo piscoso ponto flutuando,
No dezeno aos Lotófagos arribo,
Que apascenta uma planta e flor cheirosa.
Jantamos, feita aguada; envio arauto
Com mais dous a inquirir de pão que gente
Lá se nutria. Aos três em nada ofendem,
Mas lhes ofertam loto; o mel provando,
Os nossos o recado e a pátria esquecem,
Querem permanecer para o gostarem.
Constrangidos e em lágrimas os trago
E amarro aos bancos; apressado os outros
Sócios recolho, a fim que do regresso
A doçura falaz os não deslembre.
Em fila, a salsa espuma a remos ferem,
E dali pesarosos nos partimos.
profissões que lá se vão por caminho de flores à fogueira eterna. (Batem) Um momento, um
momento! Por favor, lembrai-vos do porteiro.
(Abre a porta. Entram Macduff e Lennox)
MACDUFF: Era tão tarde quando te deitaste,
Amigo, que tão tarde te levantas?
O PORTEIRO: Na verdade, senhor, estivemos bebendo até o segundo cantar do galo. E a
bebida é uma grande provocadora de três coisas.
MACDUFF: E que três coisas são essas que a bebida provoca tão especialmente?
O PORTEIRO: Ora, meu senhor, nariz vermelho, sono e vontade de urinar. Quanto à luxúria, a
bebida incita-a e reprime-a ao mesmo tempo: provoca o desejo, mas impede-lhe a execução. Por
isso se pode dizer que a bebida em demasia é um verdadeiro logro para a luxúria, pois suscita-a
e frustra-a, instiga-a e corta-a, persuade-a e desanima-a, arma e desarma-a. Em conclusão:
engambela-a, adormecendo-a, derruba-a e vai-se embora.
MACDUFF: Está me parecendo que a bebida te derrubou esta noite.
O PORTEIRO: Derrubou sim, meu senhor, saltando-me à goela, mas revidei-lhe o golpe e,
sendo eu forte demais para ela, em certo momento em que ela me agarrou pelas pernas, achei
meio de lançá-la fora.
MACDUFF: Teu amo está de pé?
(SHAKESPEARE, William. Macbeth. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 39-42.
Tradução de Manuel Bandeira)
Indique pelo menos dois procedimentos do teatro clássico, tais como definidos por
Aristóteles na Poética, que são aqui subvertidos, e explique de que maneira eles se
relacionam com uma percepção que podemos caracterizar como moderna.
Questão 2
Leia o trecho abaixo sobre a natureza do romance:
É uma impressão praticamente indissolúvel: quando pensamos no enredo, pensamos
simultaneamente nas personagens; quando pensamos nestas, pensamos simultaneamente na vida
que vivem, nos problemas em que se enredam, na linha de seu destino – traçada conforme uma
certa duração temporal, referida a determinadas condições de ambiente. O enredo existe através
das personagens; as personagens vivem no enredo. Enredo e personagens exprimem, ligados, os
intuitos do romance, a visão da vida que decorre dele, os significados e valores que o animam.
“Nunca expor idéias a não ser em função dos temperamentos e dos caracteres”. Tome-se a
palavra “idéia” como sinônimo dos mencionados valores e significados, e ter-se-á uma
expressão sintética do que foi dito.(...) A personagem vive o enredo e as idéias, e os torna vivos.
(CANDIDO, António. A personagem do romance. In: CANDIDO, Antonio et al.
A personagem de ficção. 5 ed. São Paulo: Ática, 1976. p. 53-54.)
A partir dessa formulação e da análise dos dois trechos de narrativas transcritas abaixo,
uma da antiguidade e outra da modernidade, discuta a noção de romance e o seu estatuto
no interior do que se convencionou chamar de “teoria dos gêneros literários”.
PARTE II
Questão 1
O trecho abaixo da peça Macbeth, de Shakespeare, é a transição da segunda para a
terceira cena do segundo ato, momento imediatamente posterior ao assassinato do rei
Duncan, ato planejado e executado por Macbeth (que assumirá o trono) e sua mulher.
Leia-o atentamente e responda ao que se pede.
MACBETH: Quem será que bate?
O que há comigo, que qualquer ruído
Me sobressalta assim? Que mãos são estas?
Oh, elas horrorizam-me! Me arrancam
Os olhos! Lavaria o grande oceano
De Netuno esta mão ensanguentada?
Não! esta minha mão é que faria
Vermelho o verde mar de pólo a pólo.
(Volta Lady Macbeth)
LADY MACBETH: As minhas mãos estão da cor das tuas
Mas me envergonho de guardar tão branco
O coração.
(Batem à porta)
Estão batendo à porta
Do lado sul. Convém nos recolhermos
Ao nosso quarto. Um pouco d’água limpa-nos
Deste ato: como é simples! Tua firmeza
Abandonou-te.
(Batem novamente)
Estás ouvindo? Insistem.
Veste o roupão, para que não pareça,
Se chamados, que estávamos despertos.
Não fiques perdido assim em teus próprios
Míseros pensamentos!
MACBETH: Ter consciência
Do ato que pratiquei – melhor seria
Perder conhecimento de mim mesmo!
(Batem)
Bate! Desperta o Rei! Ah, se o pudesses! (Saem)
CENA III
Entra o porteiro
(Batem à porta)
O PORTEIRO: Irra! Batem deveras! Homem que fosse porteiro do inferno teria grande prática
de dar à chave. (Batem) Toc, toc, toc! Em nome de Belzebu? – É um lavrador que se enforcou
porque esperava uma boa colheita. – Entra, homem dependente do tempo, e traze lenços em
quantidade, porque aqui hás de sua na labuta. (Batem) Toc, toc, toc! Quem é, em nome do outro
demónio? À fé. Um jesuíta capaz d ejurar por qualquer um dos pratos da balança contra o outro
prato; que traiu quanto pôde por amor de Deus, mas não conseguiu intrujar o c+eu! Entra,
jesuíta. (Batem) Toc, toc, toc! Quem é? – É um alfaiate inglês que vem para cá porque achou
meio de furtar aparas no pan de uns calções franceses. – Entra, alfaiate! (Batem) Toc, toc, toc!
Não há um minuto de sossego! Quem é? Mas este lugar é frio demais para Inferno. Não quero
mais saber de ser porteiro do demo. Tive foi a ideia de dar entrada a alguns sujeitos de todas as
PARTE I
Leia atentamente o texto abaixo e responda ao que se pede.
Os dois reis e os dois labirintos
Contam os homens dignos de fé (porém Alá sabe mais) que nos primeiros dias houve
um rei das ilhas da Babilónia que reuniu os seus arquitetos e magos e lhes mandou construir um
labirinto tão complexo e sutil que os varões mais prudentes não se aventuravam a entrar nele, e
os que nele entravam se perdiam. Essa obra era um escândalo, pois a confusão e a maravilha são
atitudes próprias de Deus e não dos homens. Com o correr do tempo, chegou à corte um rei dos
Árabes, e o rei da Babilónia (para zombar da simplicidade do seu hóspede) fez com que ele
penetrasse no labirinto, onde vagueou humilhado e confuso até ao fim da tarde. Implorou então
o socorro divino e encontrou a saída. Os seus lábios não pronunciaram queixa alguma, mas
disse ao rei da Babilónia que tinha na Arábia um labirinto melhor e que, se Deus quisesse, lho
daria a conhecer algum dia. Depois regressou à Arábia, juntou os seus capitães e alcaides e
arrasou os reinos da Babilónia com tão venturosa fortuna que derrubou os seus castelos,
dizimou os seus homens e fez cativo o próprio rei. Amarrou-o sobre um camelo veloz e levou-o
para o deserto. Cavalgaram três dias, e disse-lhe: “Oh, rei do tempo e substância e símbolo do
século, na Babilónia quiseste-me perder num labirinto de bronze com muitas escadas, portas e
muros; agora o Poderoso achou por bem que eu te mostre o meu, onde não há escadas a subir,
nem portas a forçar, nem cansativas galerias a percorrer, nem muros que te impeçam os passos”.
Depois, desatou-lhe as cordas e abandonou-o no meio do deserto, onde morreu de fome
e de sede. A glória esteja com Aquele que não morre.
(BORGES, Jorge Luís. O aleph. São Paulo: Globo, 2001. Tradução de Flávio José
Cardozo)
Tudo neste texto remete a um modelo de conto tradicional, o das Mil e uma
noites: o narrador, a localização temporal da ação, a ambientação, a presença de uma
sabedoria que transcende o humano e o caráter exemplar. No entanto, trata-se de texto
do século XX, publicado pelo escritor argentino Jorge Luis Borges no livro El Aleph, de
1957. Analise o conto de Borges à luz de questões pertinentes à condição da
modernidade e/ou pós-modernidade, explicitando-as.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICA, LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS
Tel.: (41) 360-5097
ÁREA DE ESTUDOS LITERÁRIOS
PROCESSO DE SELEÇÃO 2010/2011 – PROVA ESCRITA
CADERNO DE QUESTÕES
INSTRUÇÕES
1. A prova terá duração máxima de 4 horas.
2. No Caderno de respostas, entregue em separado, devem ser evitadas marcas de
identificação, exceto no campo indicado. Portanto, NÃO IDENTIFIQUE as folhas
do Caderno de respostas. Marcas de identificação nas folhas daquele Caderno
poderão resultar em desclassificação do candidato.
3. A prova está dividida em duas partes.
4. A prova prevê que o candidato responda a um total de duas questões, uma de cada
parte.
5. A questão da Parte I é obrigatória para todos os candidatos. Não respondê-la
implica desclassificação.
6. Na Parte II, o candidato deve responder a uma questão, cuja escolha fica a seu
critério.
7. Este Caderno de Questões e o Caderno de Respostas deverão ser entregues aos
Aplicadores ao final da prova.
8. Os resultados desta prova serão divulgados na data prevista pelo Edital, tanto na
página do Programa quanto no mural ao lado da secretaria do Programa.
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