UCB – CURSO DE ENFERMAGEM

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UCB – CURSO DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICOS POR IMAGENS – MEDICINA NUCLEAR
PROFª ALCINÉA CRISTINA FERREIRA DE OLIVEIRA
 A medicina nuclear utiliza radiofármacos, que são substâncias que
interagem molecularmente e que são marcadas por uma substância
radioativa (em geral o tecnécio), conseguindo desta maneira
avaliar diretamente a função dos órgãos e não inferir sua função
através de alterações morfológicas. .
 Traçadores são substâncias que são atraídas para órgãos
específicos (ossos, fígado, tireóide, etc...).
Quando introduzidos no corpo, eles produzem emissões.
 Um tipo especial de câmara, Gama Câmara ou Câmara de
cintilação, é utilizada para transformar essas emissões em
imagens, que produzem informações de como se encontra a função
do órgão em estudo.
 O médico nuclear interpreta estes estudos ou cintilografias e
procede ao laudo.

 Tipos de Radiofármacos Utilizados
 Um radiofármaco íncorpora dois componentes. Um radionúclido, ou
seja, uma substância com propriedades físicas adequadas ao
procedimento desejado (partícula emissora de radiação beta, para
terapêutica; ou partícula emissora de radiação gama, para
diagnóstico) e uma vector fisiológico, isto é, uma molécula orgânica
com fixação preferencial em determinado tecido ou órgão.
 Essencialmente, os radionuclídios são a parte radioativa dos
radiofármacos. Mas estes também possuem uma molécula (não
radioativa) que se liga ao radionuclídio e o conduz para determinado
órgão ou estrutura.

 Tecnécio
 São empregados compostos com o isótopo 99mTc como
radiofármacos (ou radiotraçadores).
 Este isótopo se obtém mediante geradores de 99Mo / 99mTc, sendo
seu período de desintegração de 6 horas, tempo adequado para que se
acumule no órgão que se quer estudar e, por outro lado, não
permaneça muito tempo no organismo.
 É um emissor gama, que pode ser detectado através de um contador
de cintilância podendo-se interpretar a imagem obtida.

Iodo 123 e 131 – Na¹³¹I
Os isótopos radioativos Iodo-123 e Iodo-131 são utilizados em
medicina nuclear, para estudar a Glândula Tireóide
O Iodo-131 é usado também na terapia de alguns tipos de tumores
da Tiróide, graças ao seu decaimento com produção de partícula
beta.
 Papel biológico
O iodo é um elemento químico essencial.
A glândula tireóide fabrica os hormônios tiroxina e tri-iodotironina,
que contém iodo. O déficit de iodo conduz ao Hipotiroidismo de que
resultam o bócio e mixedema.
A ocorrência de deficit de iodo na infância pode originar o
cretinismo, ocasionando um retardo mental e físico.
O excesso de produção de hormónios na tireóide conduz ao
Hipertiroidismo
Gálio-67: É um emissor gama de média energia e apresenta semivida de 3 dias. É utilizado em estudos de Infecção e em Oncologia.
Índio-111: semi-vida 3 dias. É um emissor de radiação gama de
média energia.
Utilidade e Risco
A principal limitação à maior utilização da medicina nuclear é o
custo. Porém sua propriedade em observar muitos processos
fisiológicos de forma não invasiva , justifica sua indicação
A quantidade de radiação que o paciente recebe num exame de
medicina nuclear é menor que a radiação recebida numa radiografia
ou uma Tomografia Computadorizada.
A quantidade de substância estranha é normalmente tão baixa que
não há perigo de interferir significativamente com os processos
fisiológicos normais. É bastante raro casos de alergias.
Tipos de exames
Cintilografia óssea: avaliar lesões ósseas, fraturas, tumores ou dor
óssea sem causa conhecida.
Cintilografia do miocárdio: estudar o músculo cardíaco, medir a
função cardíaca ou determinar a extensão de dano no músculo
cardíaco após o infarto do miocárdio.
Cintilografia da tireóide: avaliar função e captação e mostrar a
estrutura da glândula.
Cintilografia renal: avaliar a função dos rins e vias urinárias.
Cintilografia pulmonar: avaliar a ventilação e a perfusão
sangüínea pulmonar, assim como determinar a presença de trombos.
Cintilografia hepatobiliar: determinar as funções do fígado e
vesícula biliar e a obstrução por cálculos.
Cintilografia pulmonar com gálio: avaliar infecção/tumor,
pesquisa de sangramento digestivo e cintilografia cerebral.
Cintigrafia Corporal com 123I-MIBG: é uma técnica de estudo
dos tumores neuroendócrinos. O radiofármaco utilizado,
metaiodobenzilguanidina-iodo-123, é um análogo da guanetidina que
é captada para os grânulos cromafinsdas células neuroendócrinas.
Indicações são a suspeita de feocromocitoma, tumores carcinóides
neuroblastomas pediátrico, carcinoma medular da Tireóide e outras
neoplasias derivadas da crista neural. O 123I-MIBG também é usada,
em maiores concentrações, na terapia de algumas destas condições
Pneumologia: Cintigrafia Pulmonar
Cintigrafia de Perfusão e Ventilação
São duas técnicas geralmente simultaneamente e freqüentemente de
emergência.
É o principal método de avaliação da grave tromboembolia
pulmonar. A parte de perfusão é uma avaliação do fluxo sanguíneo
por todo o pulmão, ou seja, se há obstruções nos vasos, como em
casos de tromboembolia pulmonar.
Ela é efetuada pela injeção de aglomerados de albumina marcada
com tecnécio-99m no sangue. Qualquer área que não seja irrigada
ficará pálida (zona fria) na imagem obtida. A Cintigrafia de
ventilação indica as áreas do pulmão que estão arejadas. Ela é feita
pela inalação de marcadores radioativos gasosos ou sob a forma de
aerossóis, como isótopos de gases nobres radioativos ou
microparticulas marcadas com tecnécio.
O resultado do exame vem da comparação entre as zonas frias
(pouco radioativas) da perfusão e as da ventilação. Se houver
grandes e múltiplas defeitos de perfusão e não houver defeitos de
ventilação ou estes forem em regiões diferentes, é provável o
diagnóstico de tromboembolismo pulmonar. De outro modo poderá
haver obstrução de um brônquio ou bronquíolo (apenas zona fria na
ventilação), ou outras condições.
ENDOCRINOLOGIA
Cintigrafia da Tireóide: A principal aplicação da Medicina Nuclear
nesta área é o diagnóstico e terapia do Carcinoma bem diferenciado
da tireóide As células normais da Tireóide assim como as do
carcinoma bem diferenciado desse órgão, concentram o iodo até
concentrações muito superiores há outros órgãos, uma vez que o
Iodo é uma parte importante dos hormônios produzidos nessa
glândula, aT3 e a T4 Este fato permite usar os isótopos radioativos
do Iodo, o I-123 (preferido porque tem semi-vida curta, mas muito
mais caro) e o I-131 para formar imagens funcionais da Tiróide.
Terapia com I-131: O I-131 pode além disso ser usado para terapia
do carcinoma bem diferenciado da tireóide. Em muito altas
concentrações, a emissão de partículas beta pelos radionuclideos
destrói as células ao redor. Uma vez que a Tireóide concentra muitas
vezes mais o iodo que os outros órgãos, só ela é afetada. Esta terapia
é usada após tireoidectomia para eliminar focos de metástases do
cancro.
É implementada terapia de substituição dos hormônios tireoidianos
Cintilografia da Tireóide com iodo 131
Cintigrafia de Perfusão do Miocárdio em Stress e Repouso
É indicada para avaliar doentes com infartos do miocárdio prévios,
dispnéia de esforço, ou angina pectoris. É feito um estudo por
SPECT ou Tomografia Computadorizada de Emissão Fotónica
Simples. Basicamente a camera gama roda e tira imagens de várias
posições, que o computador então reconstroi em imagens 3D.
São usados 99mTc-SestaMIBI, todos absorvidos pelas células do
miocárdio,se houver fluxo sanguineo próximo.
São realizadas duas medições da radioatividade: em repouso e em
esforço máximo.
Se houver zona fria ou de radioatividade muito reduzida em ambas
as situações, haverá apenas tecido fibroso derivado de um enfarte
prévio nesse ponto do coração.
Se houver zona fria em esforço, mas não em repouso, então deverão
existir limitações ao fluxo sangüíneo para essa região, ou seja ele é
suficiente para o repouso mas a artéria está obstruída parcialmente e
quando há vasodilatação devido ao esforço, o volume nas outras
artérias desobstruídas.
Referências:
• KOCK et all. Radiologia na Formação do Médico Geral.1997. Edit.
Revinter
• NISCHIMURA et all. Enfermagem nas Unidades de Diagnóstico por
Imagem. 1999. Ed. Atheneu
• THRALL, James H. e ZIESSMAN, Harvey A. Medicina Nuclear. 2ª
ed. Guanabara Koogan. 2001
• pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_nuclear - 57k
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