1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Aline Letícia Jacinto do Canto Alini Campeiro Feitoza MARKETING DE VAREJO Supermercado Avenida Lins LINS – SP 2011 2 ALINE LETÍCIA JACINTO DO CANTO ALINI CAMPEIRO FEITOZA MARKETING DE VAREJO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. Me João Artur Izzo e a orientação técnica da Profª. Ma Ana Beatriz Lima. LINS – SP 2011 3 Canto, Aline Letícia Jacinto do; Feitoza, Alini Campeiro C233 Marketing de varejo: Supermercado Avenida de Lins / Aline Letícia Jacinto do Canto; Alini Campeiro Feitoza. – – Lins, 2011. 106p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2011. Orientadores:João Artur Izzo; Ana Beatriz Lima 4 ALINE LETÍCIA JACINTO DO CANTO ALINI CAMPEIRO FEITOZA MARKETING DE VAREJO Monografia apresentada ao Centro Universitário Salesiano Auxillium para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em:_____/_____/_____ Banca Examinadora: Prof. Orientador M.Sc. João Artur Izzo Titulação: Mestre em Comunicação pela Universidade Paulista - SP Assinatura:_____________________________ 1° Prof(a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ Assinatura:_____________________________ 2° Prof(a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ Assinatura:_____________________________ 5 A Deus... Por ter me dado forças pra seguir em frente nessa longa caminhada em busca dos meus sonhos, principalmente nas horas em que me senti cansada e desanimada. Aline Letícia Aos meus pais... Que me deram a dádiva da vida e amor sincero. À minha mãe Silvia, pois foi ela que desde o começo acreditou em mim, e sempre esteve ao meu lado na busca desse sonho me incentivando, e nunca deixando de confiar em mim, e também fazendo de tudo para que meu sonho se realizasse. Mãe nós conseguimos!!! Obrigado por tudo, pela paciência, pela persistência, por toda a dedicação comigo e por ter acreditado tanto em mim, ao ponto de abrir mão de seus próprios sonhos para viver o meu! Ao meu pai Pedro que sempre ao lado de minha mãe me incentivou, dando apoio, atenção e ensinamentos que me deram mais segurança durante essa caminhada. Pai e Mãe, obrigado por tudo, pois sem vocês ao meu lado, a realização desse sonho não teria o mesmo significado. Eu amo vocês! Aline Letícia Ao meu namorado... João Philipi, não tenho nem palavras pra expressar o quanto você foi importante pra mim durante todos esses anos de faculdade, esteve sempre ao meu lado me dando amor, carinho, coragem e apoio nos momentos que mais precisei. Amo você! Aline Letícia 6 A minha companheira... Alini, sem palavras pra descrever tudo que passamos juntas desde o primeiro dia de aula até o agora, final dessa nossa caminhada. Obrigado por todos os momentos de amizade nesses anos de faculdade! Aline Letícia 7 Á Deus, Dedico primeiramente a Deus que proporciona tudo em minha vida, transmitindo fé, amor, alegria, determinação, paciência, e coragem, tornando os meus dias mais felizes. Nos momentos mais difíceis ele sempre é meu amigo Fiel nunca me desamparou diante das minhas lutas e necessidades, agradeço a Deus que me deu força e determinação para alcançar este objetivo tão esperado. Alini Campeiro Aos meus pais Que sempre esteve comigo nos momentos de tristeza e de alegria, sempre me incentivaram, me deram apoio sempre que precisei, sempre me auxiliando a conquistar o melhor que a vida pode nos proporcionar, me ensinaram a ver o mundo com outros olhos, me deram educação e sempre se esforçaram e deram o melhor de si pra me fazer feliz, me proporcionaram uma vida digna onde eu pudesse crescer, acreditando que tudo é possível, desde que sejamos honestos e íntegros de caráter. São as pessoas que eu mais amo na vida, minha família, minha vida, meu tudo. Alini Campeiro Ao meu irmão, Que sempre me ajudou nas horas que precisei, demonstrando afeto e carinho, um irmão mais que um amigo, presente de Deus em nossas vidas. Alini Campeiro 8 Aos amigos, A minha companheira Aline, mais que uma amiga, que ajudou a concretizar esse trabalho, sempre esteve comigo neste tempo, sempre seguindo a mesma direção para conseguimos alcançar essa vitória em nossas vidas. E aos demais amigos que sempre me animaram, sempre esteve ali com as mãos estendidas, sempre me fazendo ver o melhor das coisas. Que a vida é uma caixinha de surpresa e a felicidade é a gente que faz. Momentos que vão ficar guardado pra sempre no fundo do coração. Alini Campeiro 9 AGRADECIMENTOS Á DEUS Que esteve conosco nesses anos de faculdade, que nos deu força e saúde para seguirmos em frente, transmitindo-nos muita sabedoria nos momentos mais difíceis e nos conduzindo ao caminho certo. Agradecemos-lhes por essa grande vitória alcançada, pois sem sua mão sobre nós, nada seria possível. AO SUPERMERCADO AVENIDA LINS Por ter nos recebido de portas abertas desde o começo da pesquisa, nos dando total apoio no desenvolvimento desse trabalho. Somos imensamente gratas ao supermercado Avenida Lins pela grande contribuição a nossa formação acadêmica e profissional. AO NOSSO ORIENTADOR PROF. M. SC. JOÃO ARTUR IZZO Obrigado Mestre pela paciência, colaboração e por compartilhar seus conhecimentos e experiências conosco. Através do seu incentivo e orientação conseguimos concluir esse trabalho. A PROFESSORA ANA BEATRIZ LIMA Pela atenção, e colaboração na elaboração desse trabalho. AO UNISALESIANO Por todo o incentivo físico e intelectual oferecidos a nós em todos esses anos de faculdade. AOS MESTRES Que em todos esses anos de faculdade, compartilharam conosco seus conhecimentos, nos guiando além das teorias e nos mostrando como alcançar nossos objetivos. 10 RESUMO Atualmente, o varejo está vivenciando uma grande mudança estrutural, demandando novos modelos de gestão na busca de profissionalização, redução de custos, informatização e, principalmente, um relacionamento duradouro com os clientes. O ramo varejista está, cada vez mais competitivo, os clientes têm muitas opções para escolherem onde comprar, e por isso estão mais exigentes procurando qualidade e preço baixo aliado à satisfação de suas necessidades. No varejo, o sucesso de uma empresa não pode ser medido simplesmente pelo volume de vendas. O grande sucesso está na fidelização dos clientes, através das estratégias, é por esse motivo que os profissionais de marketing devem estar sempre atentos às mudanças e ao gosto dos consumidores. O trabalho refere-se às estratégias de marketing no varejo e como elas influenciam o comportamento de compra do consumidor. O objeto de estudo deste trabalho foram às práticas de marketing utilizadas pelo varejo, para conseguir a obtenção de vantagem competitiva no seguimento. Foram observados os compostos de produto, preço, praça, promoção e como esse mix de marketing causa impacto para a obtenção de diferenciais competitivos. Na pesquisa realizada nesse no supermercado Avenida Lins foi possível identificar as variáveis do marketing no varejo, as quais influenciam na decisão de compra e fidelização do cliente. O objetivo do trabalho é demonstrar se a utilização desses conceitos agrega valor ao negócio, tornando a empresa mais competitiva. Conclui-se que a correta utilização dos conceitos de marketing agrega valor ao negócio, posicionando a empresa diante de seus concorrentes para competir pelos clientes de forma igual ou de destaque no mercado varejista, tornando a empresa mais competitiva, e, também, conseguindo a retenção e fidelização dos clientes-alvo. Palavras–chave: Varejo. Marketing. Clientes. 11 ABSTRACT Currently, retail is experiencing a major structural change, requiring new models of management in the pursuit of professionalism, cost reduction, information technology and, above all, a lasting relationship with customers. The retail industry is increasingly competitive, customers have many options to choose where to buy, and so are looking for the most demanding quality and low price combined with the satisfaction of their needs. In retail, the success of a company can not be measured simply by the volume of sales. The great success is the loyalty of customers, through strategies, which is why marketers should always be alert to changes and tastes of consumers. The work refers to the retail marketing strategies and like they influence the buying behavior of consumers. The object of this work was the marketing practices used by retailers, to achieve competitive advantage in the segment. It was observed the product compound, price, place...Compounds were observed product, price, place, promotion and like this impacts marketing mix to achieve competitive advantages. In the study realized in the conducted in the Lins Avenue supermarket was possible to identify the variables of retail marketing, which influence the purchase decision and customer loyalty. The objective of this study is to demonstrate the use of these concepts adds value to the business, becoming more competitive the company. It is concluded that the right use of marketing concepts adds value to the business, positioning the company before its competitors to compete for customers equally or prominent in the retail market, making the company more competitive, and also able to retain and targeted customer loyalty. Keywords: Retail. Marketing. Customers. 12 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fachada da Casa Avenida.................................................................21 Figura 2: Interior da casa Avenida ....................................................................22 Figura 3: Estabelecimento Supermercado Avenida de Lins .............................23 Figura 4: Organograma do Supermercado Avenida Lins..................................31 Figura 5: Promoção Super Marcas, Super Prêmios..........................................34 Figura 6: Promoção Avenida Flex Mastercard ..................................................34 Figura 7: Promoção PIT STOP- Supermercados Vitória e postos Avenida ......35 Figura 8: Campanha “tome que o carro é teu” - Sucos Trink / Parati................35 Figura 9: Mercados no estado de São Paulo....................................................36 Figura 10: Marketing Holístico ..........................................................................47 Figura 11: Analise Swot ....................................................................................58 13 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................19 CAPÍTULO I – A EMPRESA ...........................................................................21 1 FUNDAÇÃO ..........................................................................................21 1.1 Evolução Histórica .................................................................................21 1.2 Localização ............................................................................................22 1.3 Mix de Produtos .....................................................................................23 1.4 Missão.....................................................................................................24 1.5 Visão .......................................................................................................24 1.6 Objetivo...................................................................................................24 1.7 Clientes ...................................................................................................24 1.7.1 Perfil dos Clientes ..................................................................................25 1.8 Concorrentes ..........................................................................................25 1.9 Layout .....................................................................................................25 1.9.1 Açougue..................................................................................................26 1.9.2 Bebidas ...................................................................................................26 1.9.3 Brinquedos..............................................................................................27 1.9.4 Hortifruti ..................................................................................................27 1.9.5 Padaria....................................................................................................27 1.9.6 Frio..........................................................................................................28 1.9.7 Limpeza ..................................................................................................28 14 1.9.8 Mercearia .................................................................................................28 1.9.9 Peixaria ....................................................................................................28 1.9.10 Perfumaria/Higiene ................................................................................29 1.9.11 Pet Shop ................................................................................................29 1.9.12 Rotisserie ...............................................................................................29 1.9.13 Utilidades Domésticas............................................................................30 1.10 Organograma..........................................................................................30 1.11 Propaganda e Promoções ......................................................................33 1.12 Campanhas.............................................................................................33 1.13 Matriz e Filiais ........................................................................................35 1.14 Estratégias e Determinação De Preços .................................................36 CAPÍTULO II - MARKETING NO VAREJO 2 VAREJO: CONCEITUAÇÃO ...................................................................37 2.1 Classificação e tipos de varejo..................................................................38 2.2 Evolução do varejo ...................................................................................40 2.3 Marketing: Conceito geral .........................................................................43 2.4 Administração de marketing......................................................................44 2.4.1 Orientação de produção...........................................................................44 2.4.2 Orientação de produto .............................................................................45 2.4.3 Orientação de vendas..............................................................................45 2.4.4 Orientação de marketing..........................................................................45 2.4.5 Orientação de marketing holístico............................................................46 15 2.5 Ambiente de marketing ............................................................................48 2.5.1 Microambiente .........................................................................................48 2.5.1.1 Empresa................................................................................................49 2.5.1.2 Fornecedores........................................................................................49 2.5.1.3 Intermediários de Marketing..................................................................49 2.5.1.4 Clientes .................................................................................................50 2.5.1.5 Concorrentes ........................................................................................50 2.5.1.6 Vários públicos......................................................................................51 2.5.2 Macroambiente ........................................................................................52 2.5.2.1 Ambiente demográfico ..........................................................................52 2.5.2.2 Ambiente econômico ............................................................................53 2.5.2.3 Ambiente natural...................................................................................53 2.5.2.4 Ambiente tecnológico............................................................................53 2.5.2.5 Ambiente político ..................................................................................54 2.5.2.6 Ambiente cultural ..................................................................................55 2.6 Planejamento estratégico..........................................................................56 2.7 Plano de marketing ...................................................................................60 2.8 Pesquisa de marketing .............................................................................60 2.9 Sistemas de informação............................................................................63 2.10 Análise das oportunidades de mercado...................................................64 2.11 Segmentação de mercado .......................................................................65 2.11.1 Níveis de segmentação de mercado......................................................65 2.11.2 Marketing de massa...............................................................................66 16 2.11.3 Marketing de segmentos........................................................................66 2.11.4 Marketing de nicho.................................................................................67 2.11.5 Marketing local.......................................................................................67 2.11.6 Marketing individual ...............................................................................67 2.12 Posicionamento de mercado.....................................................................68 2.13 Comportamento de consumidor................................................................68 2.13.1 Fatores culturais ....................................................................................69 2.13.2 Fatores sociais.......................................................................................69 2.13.3 Fatores pessoais....................................................................................69 2.13.4 Fatores psicológicos ..............................................................................70 2.14 Perfil do cliente .........................................................................................70 2.14.1 Quem são os clientes ............................................................................71 2.14.2 O que querem os clientes ......................................................................71 2.14.3 valor de satisfação para o cliente...........................................................71 2.14.4 Desenvolvimento e mix de marketing ....................................................72 2.15 Características e estratégias do composto mercadológico varejista.........72 2.15.1 Estratégia e Programas do Composto Mercadológico de Produtos.......73 2.15.2 Classificação de Produto .......................................................................74 2.15.3 Mix de produtos .....................................................................................75 2.15.4 Classificação do mix de produtos no varejo...........................................75 2.15.5 Fatores que influenciam a composição do Mix de Produtos ..................76 2.15.6 Decisões sobre produtos .......................................................................76 2.15.7 Estratégia e Programa do Composto Mercadológico de Preço .............77 17 2.15.8 Estabelecimento do Preço .....................................................................77 2.15.9 Estratégias e Programas do Composto Mercadológico - Ponto e Localização .......................................................................................................79 2.15.10 Estratégias e Tipos de Decisões de Localização.................................79 2.15.11 Tipos de localização varejista ..............................................................79 2.15.12 Apresentação Layout e Exposição dos Produtos................................80 2.15.13 Apresentação do ambiente externo da loja..........................................80 2.15.14 Apresentação Interna da Loja ..............................................................81 2.15.15 Estratégias e Programa do Composto Mercadológico de comunicação ..........................................................................................................................82 CAPÍTULO III – A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO............................................................................................83 3.1 Relato e discussão sobre o marketing no varejo realizado no Supermercado Avenida.............................................................................................................84 3.1.1 Sortimento de produtos............................................................................85 3.1.2 Serviços e ambiente da loja .....................................................................86 3.1.3 Preço........................................................................................................88 3.1.4 Comunicação ...........................................................................................89 3.1.4.1 Propaganda ..........................................................................................90 3.1.4.2 Promoção de vendas ............................................................................90 3.1.4.3 Marketing direto ....................................................................................91 3.1.4.4 Relações públicas.................................................................................91 3.1.4.5 Vendas pessoais...................................................................................91 18 3.1.5 Localização .............................................................................................92 3.1.6 Parecer final sobre a pesquisa................................................................93 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.....................................................................95 CONCLUSÃO...................................................................................................97 REFERÊNCIAS ................................................................................................98 APÊNDICES .................................................................................................. 100 19 INTRODUÇÃO As mudanças sociais e culturais estão abrindo e desenvolvendo novos mercados. As pessoas estão, cada vez, mais mudando seus hábitos de consumo, e diante de tudo isso as empresas estão buscando mais estratégias para satisfazer o consumidor final. No conceito atual, o varejo vem sempre se renovando, sendo que a sobrevivência em um mercado altamente competitivo é baseado no conhecimento de estratégias, para agregar valor ao negócio e fidelizar os clientes. Atualmente, os clientes não são mais tão sensíveis aos preços, devido à grande variedade de produtos no mercado, bem parecidos um com o outro, tanto no preço quanto na qualidade. Os clientes atuais estão mais sensíveis ao valor agregado ao produto e ao atendimento que será oferecido a ele. O varejo é considerado, nos dias atuais, o elemento mais importante na cadeia de distribuição, pois é mais próximo a ele que se encontram os consumidores finais. Há algum tempo, os fabricantes achavam que, após fabricarem seus produtos e venderem para o atacado ou varejo, já estava garantido o sucesso das vendas, mas, com o passar dos tempos, viram que não é bem assim, pois, para se ter sucesso de verdade em uma venda, é preciso que esta chegue até o consumidor final, e que as mercadorias não fiquem paradas no atacado ou no varejo. Hoje, o varejo é considerado como o principal ambiente das decisões de consumo dos consumidores finais. O sucesso do marketing no varejo não está somente em satisfazer ou encantar, é preciso ter compromisso com o cliente. Diante do exposto, surgiu o seguinte questionamento: A utilização de conceitos de marketing no varejo torna a empresa mais competitiva, agregando valor ao negócio? Para comprovar tal questionamento, foi realizada uma pesquisa no Supermercado Avenida Lins, no período de fevereiro a outubro de 2011, com o objetivo de descrever as estratégias de marketing no varejo utilizadas na empresa. Para elaboração da pesquisa foram utilizados os métodos e técnicas de: estudo de caso, observação sistemática e método histórico. 20 Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso no Supermercado Avenida Lins, analisando as estratégias de marketing no varejo adotadas pela empresa. Método de observação sistemática: foram observados e analisados como a empresa selecionou seu público alvo, como define seu sortimento de produtos, quais são os serviços oferecidos no ambiente da loja, como são definidos os preços dos produtos, como é feita a comunicação com os clientes e como foi definida a localização da loja, a fim de verificar se as estratégias utilizadas são suficientes para agregar valor a empresa. Método histórico: foram observadas informações e dados históricos da empresa a fim de avaliar no que foram baseadas as estratégias de marketing atuais do Supermercado Avenida. Estes métodos estão melhores descritos no capítulo III. O trabalho encontra-se assim estruturado: Capítulo I – Descreve a evolução histórica da empresa. Capítulo II – Aborda os conceitos e estratégias de marketing no varejo. Capítulo III – Descreve a pesquisa realizada na empresa. Por fim, são apresentadas as propostas de intervenção e conclusão. 21 CAPÍTULO I A EMPRESA 1 FUNDAÇÃO DO SUPERMERCADO AVENIDA O Supermercado Avenida foi fundado na cidade de Assis pelo Sr. Durvalino Binato, voltado ao setor de varejo, que oferece serviços atuando no comércio de gêneros alimentícios, ferramentas, louças e miudezas. No ano de 1947, foi inaugurada a primeira loja do Grupo Avenida, conhecida como Casa Avenida e atendia consumidores da cidade de Assis e região, com vendas no atacado e varejo. 1.1 Evolução Histórica Fonte: Supermercado Avenida (2011) Figura 1: Fachada da Casa Avenida Em 1947, era apenas um simples mercadinho de bairro, as mercadorias eram espalhadas pelo chão da loja e, nas prateleiras de madeira, sem nenhum padrão, os balconistas prestavam atendimentos aos seus clientes na pesagem 22 de alimentos vendidos a granel. Naquela época, a Casa Avenida já oferecia grande variedade de mercadorias como máquinas: de lavar roupas, moedores de café, enxadas, ferragens, mantimentos, entre outros. Com o passar dos anos, a empresa foi crescendo e se modernizando para atender as tendências de crescimento do mercado, garantindo um melhor atendimento, conforto e praticidade, atraindo novos clientes e conseguindo solidificar sua marca e produto. Devido á expansão do mercado varejista e necessidade de conforto e praticidade para os clientes, a Casa Avenida foi crescendo e buscando sempre melhorias. Fonte: Supermercado Avenida (2011) Figura 2: Interior da Casa Avenida A rede Avenida ficou durante 58 anos ficou sob o comando de seu fundador, Sr. Durvalino Binato que, com competência, espírito inovador e visão, dirigiu a empresa que hoje conta com 20 lojas e dois postos de combustíveis, assegurando empregos diretos a, aproximadamente, 1.800 famílias. Com o falecimento, em 09/01/2006, o comando da empresa passou aos filhos, tendo na superintendência o Sr. João Antonio Binato. 1.2 Localização 23 A filial Lins está situada em um local privilegiado da cidade de Lins, logo na entrada principal da cidade, na Rua Floriano Peixoto, 2040, local de fácil acesso para os clientes das cidades vizinhas. A loja possui 12 check-outs, 86 funcionários e 1.350m de área de venda. Fonte: Elaborado pelos autores, 2011 Figura 3: Estabelecimento Supermercado Avenida de Lins 1.3 Mix de Produtos O supermercado Avenida trabalha com um mix de produtos prédefinidos pela matriz mas, paralelamente, é feito um trabalho de ouvir os clientes dentro da própria loja e transformar as respostas em número, fazendo uma amostragem das necessidades e hábitos alimentícios dos clientes locais. Cada loja tem o mix padrão e os produtos complementares variam de região para região, conforme necessidade dos clientes atendidos. Por exemplo, o arroz Bonachão não faz parte do mix de produtos da rede Avenida, mas como é um produto muito consumido em Lins e região, passou a ser comercializado pela loja de Lins, para atender o perfil diferenciado dos consumidores da cidade. 24 1.4 Missão Vender produtos de qualidade aliando variedade a preços competitivos, tendo como lema a responsabilidade social e buscando continuamente a satisfação dos clientes. 1.5 Visão Trabalhar com seriedade e respeito ao público, sejam eles colaboradores internos, clientes e fornecedores, buscando o reconhecimento por meio das inovações implementadas, pela solidez alcançada, rumo ao desenvolvimento social e humano do local onde atua. 1.6 Objetivo O objetivo do mercado é atender todas as necessidades do cliente com ética e agilidade, para que chegue ao consumidor o melhor preço e qualidade possíveis, gerando uma relação de confiança e credibilidade, em que ambas as partes tenham retorno satisfatório e favorável. 1.7 Clientes O Supermercado Avenida busca atender todas as expectativas de seus clientes de maneira natural, em conversas informais, dentro da loja ao decorrer do dia, procurando sempre descobrir o que os satisfaz, seja em suas compras ou no relacionamento com os colaboradores da empresa. Todas essas conversas são transformadas em números, para que seja possível atender as 25 necessidades de todos os diferentes perfis, conseguindo assim um relacionamento duradouro entre o Avenida e seus clientes, fazendo crescer ainda mais seu faturamento, geração de empregos e satisfação dos colaboradores. 1.7.1 Perfil dos Clientes Os clientes atendidos pelo Supermercado Avenida de Lins são de todas as classes sociais, mas a maioria são da classe média devido à localização do mercado ser em área nobre da cidade de Lins e também devido a seus prazos de pagamentos serem menores, o que influencia diretamente no preço dos produtos, fazendo com que sejam mais baixos do que do principal concorrente, que oferece prazo maior de pagamento, mas que não consegue competir com o preço mais baixo do Avenida. Esse fator preço/prazo faz com que clientes que fazem compras maiores procurem a concorrência devido ao prazo de pagamento ser maior, mas os consumidores que compram em menor quantidade e com maior frequência procuram o Avenida pelos preços mais baixos, sendo maioria deles classe média. 1.8 Concorrentes O principal concorrente do Supermercado Avenida Lins é o Amigão supermercados, mas em relação às ofertas do concorrente, o Supermercado Avenida se destaca nos preços baixos e compete com igualdade no quesito variedade e bom atendimento. 1.9 Layout O layout do Supermercado Avenida (prateleiras, gôndolas, corredores, 26 setores, ilhas de frios e todos os equipamentos) são organizados de forma estratégica de localização e de aperfeiçoamento dos espaços. Os produtos são expostos estrategicamente em gôndolas, bancas e pontos extras, de uma forma que se consiga valorizar e realçar a qualidade dos produtos, conseguindo assim atrair a atenção dos clientes que circulam pela loja, chamando atenção para a compra. Todas essas estratégias (armazenagem e separação correta dos setores) facilitam a locomoção entre os corredores, conservando o lugar organizado e agradando todos os clientes. O Supermercado Avenida se divide em 13 setores: açougue, bebidas, brinquedos, hortifruti, padaria, frios, limpeza, mercearia, peixaria, perfumaria e higiene, pet shop, rotisseria e utilidades domésticas. 1.9.1 Açougue O açougue Avenida é composto por profissionais qualificados e preparados para atender aos clientes e orientá-los na compra e manuseio de carnes e seus derivados. O atendimento das necessidades dos clientes, começa a partir da escolha dos fornecedores. As carnes são cuidadosamente selecionadas, cortadas e refrigeradas por especialistas. Após todos esses procedimentos, são encaminhadas para todas as lojas da rede conforme todas as leis, regras e fiscalizações exigidas para o seguimento de carnes. O maior diferencial das lojas do Supermercado Avenida são os cortes especiais feito por profissionais especializados. No açougue do Avenida, encontra-se uma grande variedade de carnes com qualidade assegurada pela rede Avenida. 1.9.2 Bebidas Ao entrar no setor de bebidas do Supermercado Avenida nos depara-se com uma grande variedade de bebidas como águas, aperitivos, licor, cervejas nacionais e importadas, destilados, energéticos e isotônicos, espumantes, 27 sucos concentrados e em pó, refrigerantes, vodka, uísque e vinhos. 1.9.3 Brinquedos No setor de brinquedos, encontram-se muitas variedades, muitas opções de brinquedos, mas ainda é um setor em expansão no supermercado. Os pais vêm agregando as compras aos presentes de ocasião especiais, o que facilita e ao mesmo tempo traz comodidade. É possível encontrar: bonecas, carrinhos, jogos, bolas. Periodicamente são trazidas novidades de todas as marcas. 1.9.4 Hortifruti As frutas e legumes vêm direto do CEASA de São Paulo para a rede Avenida. Uma variedade de frutas, verduras e legumes que todos os dias abastecem as lojas. Todas as semanas o Supermercado promove o que chama de “Terça e Quarta-feira Verde”, considerada pelos consumidores como ofertas boas e acessíveis. 1.9.5 Padaria Produtos saborosos e fresquinhos são encontrados todos os dias no Supermercado Avenida esse é o diferencial da padaria. São pães, bolos, tortas, biscoitos, doces, salgadinhos e exclusividades encontrados no Supermercado Avenida. A nutricionista orienta e seleciona todos os produtos diariamente para que cheguem aos consumidores com as devidas propriedades funcionais, saudáveis e com qualidade e sabor. Grandes marcas também são encontradas na padaria, são pães de forma, bolos industriais, torradas e a linha diet e light. 28 1.9.6 Frios Produtos perecíveis merecem cuidados especiais como conservação, armazenamento, higiene e prazo de validade. O setor no supermercado Avenida mantém a qualidade desde a escolha dos fornecedores, transporte, manipulação e no preparo dos colaboradores para atender as necessidades dos consumidores. A validade dos produtos é supervisionada pelos colaboradores das lojas diariamente. O Supermercado também possui uma grande variedade na linha de queijos e produtos diet e light . 1.9.7 Limpeza Há um mix de produtos e marcas no setor de limpeza, com produtos para a casa, roupas e os mais diversos ambientes. O setor de limpeza é preparado para a comodidade do consumidor com embalagens para acondicionar os produtos e facilitar seu transporte. 1.9.8 Mercearia Na mercearia do Avenida, encontram-se: arroz, feijão, enlatados, grãos, óleos, azeites, farinas e derivados, matinais, sopas e cremes, salgados, biscoitos, chocolates entre outros. Os produtos atendem as necessidades de todos os consumidores sempre com ofertas e variedades. As disposições dos produtos nas gôndolas facilitam a compra e não danificam as embalagens. O controle de qualidade e de validade é fiscalizado por colaboradores e profissionais das lojas. 1.9.9 Peixaria 29 No Supermercado Avenida Lins encontra-se uma grande variedade de peixes de água doce e salgada, congelados e frescos. Os peixes são armazenados em câmeras frias e nas gôndolas conservados no gelo. Os fornecedores são de diversas partes do país e oferecem sempre qualidade e procedência garantida. 1.9.10 Perfumaria e Higiene O setor que agrega qualidade e bem-estar é a perfumaria e higiene. Há variedade de produtos e marcas nacionais e importadas no que diz respeito aos cuidados com o corpo, cabelo e mãos. O Supermercado Avenida tem aumentado a variedade de produtos, conforme as necessidades surgem. O Brasil é um dos países que mais consomem produtos de beleza e o Avenida procura proporcionar aos consumidores a facilidade de encontrarem os produtos em suas gôndolas. 1.9.11 Pet Shop O supermercado Avenida possui produtos para cães, pássaros, gatos e uma variedade de acessórios e brinquedos para os animais de estimação. O Pet Shop Avenida possui uma diversidade comparada às grandes lojas do ramo, tudo o que os clientes precisam pra cuidar dos animais, eles encontrarão no supermercado Avenida. 1.9.12 Rotisseria A nutricionista preparara alimentos saudáveis e balanceados. A rotisseria possui uma variedade de pratos quentes e frios, um cardápio a cada 30 dia e, nos finais de semana e feriados, pratos especiais. O Supermercado Avenida oferece comida por quilo. Possui cozinha industrial, onde são produzidos os produtos da padaria, lanchonete e rotisseria, que seguem os padrões de higiene, conservação e manipulação exigidos pela Vigilância Sanitária e demais órgãos competentes. 1.9.13 Utilidades Domésticas No setor de utilidades domésticas, encontram-se diversas opções para o lar, com uma variedade de produtos e marcas. O Supermercado Avenida oferece para seus consumidores produtos, facilitando o dia-a-dia dos clientes em diversas seções: utensílios de cozinha, chinelos, acessórios para lavanderia, limpeza, carros, jardinagens, variedade de garrafas térmicas, jarras, copos, louças, descartáveis, artigos para festa, automotivos, lâmpadas, velas e papelaria. 1.10 Organograma Os vários níveis hierárquicos do Supermercado Avenida Lins, são distribuídos a fim de otimizar o funcionamento da loja, evitando o desperdício de tempo, com os funcionários ociosos. Devido à boa distribuição de cargos, é possível se obter um melhor rendimento dos funcionários, pois assim nenhum fica sobrecarregado, e nem ocioso. Funcionários sobrecarregados, acabam não executando o trabalho corretamente, pelo motivo de acumulo de cargos, e funcionários ociosos acabam sendo um custo desnecessário para a empresa, pois dão gastos sem oferecerem lucros. Esse organograma demonstra como são distribuídos os vários níveis hierárquicos dentro do Supermercado Avenida, Lins. São 31 níveis hierárquicos distribuídos da seguinte forma: 31 Fonte: Supermercado Avenida (2011) FIGURA 4: Organograma do Supermercado Avenida de Lins. - diretoria – Matriz: é de responsabilidade dos sócios, responsável por dirigir, controlar e organizar as principais tomadas de decisões da empresa; - lojas: o supermercado avenida conta com 20 lojas ao total no estado de São Paulo e no estado do Paraná; - gerentes: responsável por coordenar as atividades em diversos setores da loja, tendo como ênfase harmonizar todas as funções, buscando alcançar os objetivos da empresa; - encarregado da loja: responsável por todas as divisões e setor da loja o encarregado é quem sabe quais produtos estão em baixa no estoque, ele tem a obrigação de saber quais produtos estão em promoção, precisa dividir o trabalho entre os funcionários operacionais, enfim, ele é responsável por várias parte da loja; - equipe apoio: responsável pela higiene da loja; - reposição: responsável em verificar a reposição de produtos utilizados na empresa e se estão em boas qualidades para o consumidor final; 32 - auxiliar administrativo: responsável em controlar contas a receber e a pagar, conferencia no caixa mantendo contato com os fornecedores e clientes; - auxiliar de informática: cadastro dos clientes e fornecedores, alterações de preços e lançamento de notas no sistema da loja; - encarregado de depósito: responsável pela entrada e saída da mercadoria, armazenagem, organização de todos os produtos, buscando atender de forma ágil e eficiente; - ajudante de depósito: auxilia na armazenagem de produtos; - encarregado de açougue: auxilia os demais açougueiros, controlando o estoque de carne emitindo relatórios diários para o setor de compras; - açougueiro: atendimento aos clientes, cortar, preparar, embalar moer e pesar as carnes e derivados; - auxiliar açougue: ajuda os demais açougueiros; - encarregado flv ( frutas, verduras e legumes): responsável pela vistoria do estoque, hortifruti e controla o desperdício; - balconista flv ( frutas, verduras e legumes): responsável em pesar os produtos, controla a saída dos produtos elaborando preços; - encarregado padaria: Fiscaliza a padaria; - padeiro: responsável em fazer vários tipos de pão e alguns tipos de bolos, mas o pão é o seu produto principal; - auxiliar padeiro: atendimento aos clientes, organizar e manter o setor limpo; - confeiteiro: responsável em fazer, bolos, goluseimas, biscoitos, tudo voltado à culinária e doces em geral; - auxiliar confeiteiro: ajuda na produção; - encarregado frios: fiscaliza todos os produtos, observando a data de vencimento e a qualidade do produto; - balconista frios: atende os clientes oferecendo o melhor dos seus produtos entre salames, presunto, mussarela; - nutricionista: responsável em adquirir alimentos saudáveis, balanceados e conforme o paladar dos consumidores; - salgadeira: responsável pelos pratos assados, fritos entre outros; - cozinheira: responsável em preparar as refeições para melhor satisfazer 33 o cliente; - auxiliar de cozinha: responsável em ajudar o cozinheiro nas tarefas da cozinha de modo geral; - encarregado caixa: responsável pelos funcionários que trabalham no caixa; - fiscal caixa: responsável em fechamento de caixa e fundo de caixa, aprovação de crédito referente á movimentação das operadoras; - operador caixa: controle de seu caixa e atendimento ao cliente, registra todas as mercadorias diárias; - motorista: entrega a domicilio das mercadorias e transporte de todos os produtos; - empacotador e menor aprendiz: auxilia os clientes, embala e carrega todas as mercadorias do consumidor; 1.11 Propagandas e Promoções O Supermercado Avenida oferece promoções diariamente, ofertando produtos que influenciem a decisão de compra dos consumidores. As formas de propaganda utilizadas são folhetos impressos, rádios locais, TV TEM de quinta a domingo, carro de som e por panfletos (principal forma de divulgação das ofertas). A propaganda do supermercado Avenida é sempre feita em conjunto com as promoções. 1.12 Campanhas O Supermercado Avenida já realizou várias campanhas que ajudaram a aumentar suas vendas e a impor sua imagem no mercado varejista. Muitas campanhas são feitas em parceria com os fornecedores, o que é bom para ambas as partes, pois aumentam o lucro do mercado e a venda do determinado produto que faz parte da campanha. O Supermercado Avenida 34 procura realizar suas campanhas sempre próximo a datas comemorativas, que são períodos em que as vendas já são naturalmente maiores e, para se destacar da concorrência, além dos preços baixos também são feitas as campanhas. Dentre algumas campanhas já realizadas pela rede Avenida, destacam-se as seguintes: Fonte: Supermercado Avenida (2011) Figura 5: Promoção Super Marca Super Prêmios Fonte: Supermercado Avenida (2011) Figura 6: Promoção Avenida Flex Mastercard 35 Fonte: Supermercado Avenida (2011) Figura 7: Promoção PIT STOP - Supermercados Vitória e Postos Avenida Fonte: Supermercado Avenida (2011) Figura 8: Campanha “Tome que o carro é teu!” - Sucos Trink/Parati 1.13 Matrizes e Filiais O supermercado Avenida tem sua matriz em Assis e filiais em Cândido Mota, Paraguaçu Paulista, Maracaí, Echaporã, Rancharia, Ourinhos, Presidente Prudente, Tupã e Lins. Todas essas lojas ficam no estado de São 36 Paulo e a rede também possui duas filiais no estado do Paraná, nas cidades de Santo Antônio da Platina e Bandeirantes. Fonte: Elaborado pelos autores (2011) Figura 9: Mercados no estado de São Paulo 1.14 Estratégias e Determinação De Preços A determinação de preços do supermercado Avenida é feita respeitando toda uma base de cálculos, tendo como base o custo do produto, impostos, despesas operacionais, em geral, com base no preço de seu principal concorrente, Amigão Supermercados que, por oferecer prazo maior de pagamento, não consegue competir com o preço de venda do Avenida, o qual oferece prazos menores, pois devido ao curto prazo de pagamento oferecido para seus clientes consegue vender por um preço menor. Por esse motivo, acaba se destacando do principal concorrente, quando se trata de consumidores que compram em menores quantias, mas com maior freqüência. 37 CAPÍTULO II MARKETING NO VAREJO 2 VAREJO: CONCEITUAÇÃO Nesse ambiente de constante renovação, o varejo brasileiro tem procurado acompanhar as mudanças, readequando-se à nova concorrência internacional, ao ciclo de vida cada vez menor dos produtos, às mudanças tecnológicas e ao poder de compra cada vez maior dos consumidores. Antes de um produto chegar ao consumidor final ele passa por diversos canais, e é necessário que este ciclo seja realizado em menor tempo e com melhores condições de exposição do produto. Existem várias maneiras de um produto chegar ao consumidor final: através de atacado, varejo, distribuidores e networks-rede de vendas em domicilio, sendo a mais comum e mais crescente, nos últimos anos, o varejo. “O varejista é um negociante que vende produtos e serviços, de uso pessoal ou familiar, aos consumidores sendo ele o ultimo negociante de um canal de consumidores”. (GIULIANI, 2003, p.22). A posição de um varejista em um canal de distribuição é dada da forma demonstrada a seguir: FABRICANTE → ATACADISTA → VAREJISTA → CONSUMIDOR O fabricante é quem produz os produtos e repassa diretamente para os atacadistas e varejistas, o atacadista compra do fabricante e revende para o varejista, que é o ultimo canal de distribuição até o produto chegar ao consumidor final. O varejo caracteriza-se por qualquer organização que venda para consumidores finais, sejam fabricantes, atacadistas ou varejistas. Afetado por um ambiente altamente exigente e dinâmico, o varejo moderno é extremamente competitivo e orientado para a inovação (KOTLER, 1998, p.86). 38 O varejo inclui todas as atividades de venda em pequenos lotes de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final, cuja finalidade é somente para uso pessoal. Para uma empresa sobreviver no atual mercado varejista, que vive em constante mudança, é necessário compreender os fatores sócioeconômicos e entender a real necessidade dos consumidores, bem como as ofertas dos concorrentes para desenvolver um mix de produtos adequados. Outro fator importante na busca do sucesso, no mercado varejista, é comunicar adequadamente aos clientes as ofertas desenvolvidas. 2.1 Classificação e tipos de varejo Classifica-se o varejo em dois tipos: com loja e sem loja. De acordo com Giuliani (2003), os principais tipos de varejo com loja são: a) lojas de departamentos: têm como principal característica a comercialização de várias linhas de produtos, tais como sapatos, roupas, utensílios domésticos, produtos para o lar, etc. Nesses tipos de loja, cada produto é separado por departamento, cita-se como exemplos: lojas Renner, lojas Americanas e C & A; b) showrooms de vendas por catálogo: apresentam um amplo mix de produtos de alto preço, alta rotatividade e marcas vendidas com desconto. Os clientes escolhem seus produtos através do catálogo e podem retirar na própria loja ou receber o produto em casa; c) lojas de desconto: trabalham com preços menores de venda, mas com volume maior de determinado produto. Porém esta regra de vender produtos brasileiros a preço mais baixo é facilmente quebrada quando se trata de produtos importados made in china, por exemplo. Tem sido muito comum ver a migração das lojas de desconto para as especializadas, como por exemplo, lojas de artigos esportivos, produtos eletrônicos e livrarias; d) lojas de especialidades: apresentam uma linha restrita de produtos, mas com vários produtos correlatos, podem-se citar como exemplo as lojas de roupas, sapatos, móveis, floriculturas e livrarias. Ainda dentro das 39 lojas especializadas, existem subcategorias como: uma loja de roupas é considerada como uma loja de linha única; uma loja que vende só roupa masculina é considerada de linha especializada; já uma loja de camisas masculinas feitas sob medida, seria uma loja super especializada; e) lojas de conveniência: possuem a principal característica serem lojas pequenas, próxima a áreas residenciais e que funcionam em horários especiais, geralmente são abertas durante 24 horas, todos os dias da semana. Comercializa produtos de alta rotatividade e com preços mais altos. Algumas dessas lojas também vendem guloseimas, sanduíches e cafés; f) lojas de liquidação (off-price): possuem como principal característica a venda de produtos comprados a preço mais baixo no atacado e vendidos a preço mais baixos no varejo. Geralmente, são produtos de ponta de estoque ou produtos com algum defeito de fabricação e são vendidos por um preço mais baixo pelas fábricas; g) supermercados: apresentam como principal característica a venda de produtos de baixo custo, baixa margem e alto volume, planejados para atender as necessidades de seus clientes de alimentação, higiene e limpeza doméstica. Nos supermercados, as compras são realizadas por impulso, por isso os produtos devem estar bem expostos nas gôndolas e expositores. Devem estar concentrados no marketing de merchandising incluindo as técnicas para exposição do produto e promoção de vendas. Segundo Fred Schneider, consultor internacional da “Andersen Consulting”, as pessoas vão aos supermercados por três motivos: adquirir produtos, resolver incertezas e como entretenimento e, entre essas, circunstâncias são formados tipos diferentes de consumidores. O setor supermercadista é um dos setores da economia que mais utilizam estratégias de marketing, e a tendência para os supermercados do futuro é serem mais fragmentados por especialidades com comidas para serem degustadas no local ou levar pra casa ou, ainda, para entrega domiciliar. Ainda segundo Giuliani (2003), os principais tipos de varejo sem loja são: a) convencional: venda direta, venda por catálogos e mala direta, televendas, vendas pela televisão, máquinas de venda, marketing direto 40 integrado; b) venda direta: a Avon é um bom exemplo de venda direta. São vendedores que entram em contato direto com o consumidor, apresentando produtos ou serviços de porta em porta; c) venda por catálogos ou mala direta: é efetuada por um catálogo enviado pelo correio, podem-se citar, como exemplo, as agências de viagem; d) televendas: a venda é feita através de um contato telefônico. Bancos e administradoras de cartões costumam utilizar este tipo de venda; e) vendas pela televisão: nesse tipo de venda, o cliente é influenciado por um programa de televisão a entrar em contato através de um número de telefone para adquirir o produto; f) máquinas de venda: são máquinas colocadas onde há um grande fluxo de pessoas para a venda de refrigerantes, salgadinhos e chocolates; g) marketing direto integrado: quando um dos métodos citados acima não funciona isoladamente, é utilizado mais em conjunto, como por exemplo, uma mala direta acompanhada de um telefonema; h) varejo sem loja eletrônica: é acima de tudo uma mídia para divulgação de produtos, serviços e informações de venda e, sem dúvida, apresenta expressiva tendência de crescimento no Brasil. 2.2 Evolução do varejo Percebe-se que, tanto o varejo do Brasil quanto o dos Estados Unidos, estão relacionados ao cenário sócioeconômico e à infraestrutura de crescimento das cidades, associado também, à existência de pessoas, dinheiro, autoridade e disposição para comprar. O varejo surgiu no Brasil apenas na metade do século XIX, e suas práticas gerenciais eram baseadas nos modelos de lojas de departamentos, que já existiam nos Estados Unidos e na Europa. “O modelo varejo fortaleceuse no Brasil com a implantação da Sears, em 1949, com duas lojas em São Paulo e Rio de Janeiro, além da filial paulista na Mesbla, Pirani, Eletroradiobraz e do próprio Mappin”. (GIULIANI, 2003, p.25). 41 Os supermercados também surgiram na mesma década, com um novo conceito de modernidade, trazido pela televisão para os brasileiros. Atualmente, o varejo passa por mudanças estruturais, demandando novos modelos de gestão na busca de profissionalização, redução de custos, informatização e, principalmente, de um relacionamento duradouro com os clientes. Analisando-se as décadas de 70, 80 e 90 pode-se compreender a importância de reinventar o varejo. Na década de 70, final do mandato de Castelo Branco, em 1967, houve uma baixa na inflação em 23 % anuais, devido à grande capacidade ociosa das indústrias, ao custo alto de vida havia acentuado, ao desemprego e a grande concentração de renda. Após essa fase de grande recessão, começou uma nova fase, chamada de “milagre econômico”, que foi quando o PIB teve um aumento de, em média, 10% ao ano, entre 1968 e 1973. Esse novo período após a recessão foi bom para o varejo, pois as pessoas se habituaram a fazer compras em supermercados. Nessa década, percebe-se que o que determinava o sucesso do varejo era posicionar a loja em um local de grande fluxo de consumidores, com fácil acesso e visibilidade. A preocupação básica era controlar os estoques, sistemas financeiros e ampliar os pontos de venda procurando, em resposta, a demanda de novidades pelos consumidores com a concentração de uma grande variedade de produtos e sortimentos. Ainda na Década de 70, no mercado norte-americano, surgiram os shoppings Center e, nessa mesma época, na Europa, surgiram os hipermercados. Foi criada a rede francesa Carrefour, que chegou ao Brasil em 1974 e, nesse mesmo período, também nasceram as indústrias de shopping no Brasil. No aspecto tecnológico, a gestão do varejo era concentrada na gestão de caixas e terminais. Na década de 80, procurou-se segmentar o mercado por consumidores similares, e nos Estados Unidos, surgiram as lojas de fábrica, lojas de ponta de estoque e a expansão dos “Category Killers”. “O desafio dessa década era conciliar o desenvolvimento de produto de maneira coordenada, com pedido aos fabricantes, o controle de qualidade e a distribuição do produto”. (GIULIANI, 2003, p.32) Essa década foi de desilusões para o varejo, com inflação de 2% ao dia, 42 pois dificulta as operações financeiras, no varejo, provocando um mercado recessivo. Esse período apresentou se favorável para o crescimento das franquias. A estratégia utilizada, nessa época, era oferecer produtos diferenciados para um mercado mais segmentado. A década de 90, pode ser definida como “começar de novo”, foi quando Fernando Collor assumiu, em 1990, reintroduzindo o cruzeiro e bloqueando, por 18 meses, contas corrente e poupanças com investimentos acima de Cr$ 50.000,00. E isso acabou abrindo mercado para os produtos importados. Após denuncias de corrupção Collor renunciou à presidência, assumindo seu lugar Itamar Franco que trouxe planos antiinflacionários e valorizou a moeda brasileira em relação ao dólar. Com a inflação controlada, a economia se recuperou em 1994. Neste mesmo ano, elegeu Fernando Henrique Cardoso, dando continuidade ao Plano Real. Com as privatizações no seu segundo mandato, em 1998, o Real sofreu grande desvalorização, afetando o varejo de forma assustadora. Nas décadas anteriores, o foco do varejo era centrado no produto, mas a partir da década, de 90 passou a ser no cliente, tentando conhecê-lo melhor os seus hábitos, atitudes e comportamento. A partir daí, surgiu o conceito de micro marketing, que é a adequação do mix de produtos e marcas de acordo com as características e perfil dos consumidores de cada micro mercado. Surgiram, então, os sistemas ligados a marketing de banco de dados. Houve, então, uma explosão de softwares de gestão denominados ERPs (“Enterpise Resource Planning”), ou seja, Planejamento de Recursos Empresariais. A primeira metade da década de 90 terminou com o mercado vivendo o Plano Real e o varejo, buscando consumidor com poder aquisitivo recuperado, mas ao mesmo tempo sofrendo com a entrada dos concorrentes internacionais, o que forçava o varejo brasileiro à profissionalização, pois estava-se diante da globalização, em que era solicitado que, ao invés de “fazer e vender”, o varejo “perceber e reagir”. Nessa mesma década, também surgiu o varejo virtual. Ainda na década de 90, entre 1996 a 2000, predominava a disputa pelo consumidor. Procurando encantá-lo, a atenção era centrada nas necessidades do cliente, utilizando se do marketing “one to one”. Os formatos predominantes estavam centrados no varejo – razão, emoção e conveniência. Surgiu então a 43 tecnologia centrada no CRM (“Customer Relationship Management”), com a internet sendo um meio de venda e relacionamento com o clientes e fornecedores. Entretanto para entender essas relações entre cliente e empresa faz-se necessário compreender e se aprofundar nos conceitos de marketing. 2.3 Marketing: conceito geral Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que, traduzido para o português, significa mercado. Utiliza-se a palavra marketing para expressar uma ação voltada para o mercado. Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa que pratica marketing tem o mercado como a razão e foco de suas ações. O conceito moderno de marketing surgiu na década de 1950, momento em que a industrialização mundial acirrou a concorrência entre as empresas, já não bastava somente produzir produtos e serviços com qualidade e a custo competitivo, para que as receitas e lucros fossem alcançados, pois os clientes passaram a ter o poder de escolha, e passaram a selecionar a alternativa que lhes proporcionasse a melhor relação entre custo e benefício. Após as empresas perceberem que a decisão final de compra estava nas mãos dos clientes, começaram a adotar algumas práticas como pesquisa, análise de mercado, adequação do produto, baseado nas necessidades e características dos clientes, divulgação dos benefícios de seus produtos em veículos de massa, promoção de vendas, expansão e diversificação dos canais de distribuição. As empresas passaram a orientar suas ações e decisões para o mercado, surgindo assim novos conceitos como “empresa orientada para o mercado”, “criação de vantagem competitiva” e o mais recente “criação de valor para o cliente”, entre outros. O conceito de marketing pode ser entendido como a função empresarial que cria continuadamente valor para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição. (DIAS, 2005, p. 2). 44 Entende-se, também, o marketing como o processo social voltado para satisfazer as necessidades e os desejos de pessoas e organizações através da troca livre e competitiva de produtos e serviços que geram valor para as partes envolvidas no processo. O conceito de marketing com a orientação voltada para o mercado, bastante utilizado atualmente, pode ser entendido como uma filosofia empresarial que envolve todas as funções da empresa e destaca os cinco atores do mercado: consumidores, distribuidores, concorrentes, influenciadores e macroambiente. 2.4 Administração de marketing O tipo de filosofia que deve orientar os esforços de marketing em uma empresa e qual o peso relativo deve ser dado aos interesses da organização são muito difíceis de serem decididos. As cinco orientações concorrentes, com base nas quais as organizações conduzem suas atividades, são: orientação de produção, orientação de produto, orientação de vendas, orientação de marketing e orientação de marketing holístico. 2.4.1 Orientação de produção A orientação de produção é um dos conceitos mais antigos existentes nas relações comerciais. Ela diz que os consumidores dão preferência a produtos de baixo custo e fáceis de encontrar. Os gerentes de empresas orientadas para a produção trabalham com alta eficiência de produção, baixo custo e distribuição em massa. Esse conceito é utilizado em países em desenvolvimento, como por exemplo, a China onde o maior fabricante de PCs, a Legend, aproveita a enorme quantidade de mão de obra barata para dominar o mercado. Esse conceito também é utilizado quando uma empresa deseja expandir o mercado. 45 2.4.2 Orientação de produto A orientação de produto sustenta que os consumidores preferem os produtos que oferecem desempenho e qualidade superiores aos demais, já oferecidos no mercado ou que tenham características inovadoras. Os gerentes em organizações que seguem essa teoria empenham-se em fabricar produtos de qualidade e em melhorá-los ao longo do tempo, mas um produto novo ou aperfeiçoado não será necessariamente bem sucedido. Para que isso aconteça, o produto tem que ter o preço certo e ser distribuído, promovido e vendido de forma adequada. 2.4.3 Orientação de vendas Esse conceito parte do princípio de que os consumidores e as empresas normalmente não compram os produtos das organizações em quantidade suficiente por vontade própria, por isso a organização deve empreender um esforço agressivo de vendas e promoção. Como exemplo de orientação de vendas, podem-se citar as ideias de Sergio Zyman, ex-vice-presidente de marketing da Coca-Cola: O objetivo do marketing é vender mais coisas para mais gente por mais dinheiro, a fim de se obterem mais lucros.A orientação é uma ação de vendas mais agressiva com produtos pouco procurados. O objetivo é vender aquilo que se fabrica e não fabricar aquilo que se vende. Mas esse marketing, baseado em vendas agressivas, esconde altos riscos, pois não conta com a hipótese de que o cliente poderá não gostar do produto. 2.4.4 Orientação de marketing A orientação de marketing surgiu por volta de 1950, veio com a filosofia de “sentir e responder” centrada no cliente ao invés de “fazer e vender” voltada 46 para o produto. A partir daí, não se procurava mais o cliente certo para o produto e sim o produto certo para o cliente. A orientação de marketing diz que, para a organização atingir seus objetivos, deve ser mais eficaz que suas concorrentes na criação, na entrega e na criação de um valor superior (na opinião do cliente) a seus mercados-alvo escolhidos. Pesquisas demonstram que empresas que acolhem a orientação de marketing conseguem um desempenho superior às suas concorrentes. Isso foi demonstrado por empresas que praticam o marketing reativo (entender e suprir as necessidades dos clientes), alguns críticos dizem que, dessa forma, as empresas desenvolveriam apenas inovações de baixo nível. Para se implementar a orientação de marketing, a empresa enfrenta três obstáculos: resistência organizada, lentidão em aprender e rapidez para esquecer. Alguns profissionais de mais esclarecidos elucidam a questão do marketing colocando o cliente no centro da empresa e defendem uma orientação para o cliente, em que todos os departamentos da empresa trabalhem juntos para responder a ele, servi-lo e satisfazê-lo. 2.4.5 Orientação de marketing holístico Profissionais do século XXI reconhecem cada vez mais a necessidade de uma abordagem mais completa e coesa que transcenda as aplicações tradicionais de orientação, no marketing holístico tudo é importante, cada orientação tem muita importância dentro dos seguimentos de marketing - o consumidor, os funcionários, outras empresas e a concorrência, assim como a sociedade como um todo, o profissional de marketing deve decidir algo que esteja coerente com as outras coisas. “O marketing holístico é, portanto, uma abordagem que tenciona reconhecer e harmonizar o escopo e as complexidades destas atividades”. (KOTLER E KELLER, 2006, p.15) No marketing holístico, visa-se a integrar o marketing integrado, o de relacionamento, interno e o socialmente responsável como se pode ver na figura abaixo: 47 Fonte: Kotler e Keller, 2006, p.16 Figura 10: Marketing Holístico O marketing de relacionamento visa construir um relacionamento duradouro com os clientes, mutuamente satisfatórios, envolve cultivar o tipo certo de relacionamento com o grupo certo. Para desenvolver relacionamentos fortes, é necessário entender as capacidades e os recursos dos diferentes grupos, assim como suas necessidades, metas e desejos. O marketing integrado consiste em numerosas decisões quanto à atividade de marketing de aumento de valor a serem usadas. Essas decisões são tomadas dentro do mix de marketing que são os 4 Ps: produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção.Os 4Ps do consumidor corresponde aos 4Cs dos clientes. 4 Ps 4 Cs Produto Clientes (solução para o) Preço Custo (para o cliente) Praça Conveniência Promoção Comunicação 48 O marketing interno garante que todos na empresa, inclusive a gerência sênior, acolham os princípios de marketing apropriados e têm a tarefa de contratar, treinar e motivar funcionários capazes, que queiram atender bem os clientes. O marketing socialmente responsável tem compreensão e preocupação mais abrangente, assim como os contextos éticos, ambiental, legal e social das atividades e dos programas de marketing. A orientação societal faz com que as empresas incluam considerações éticas e sociais em suas práticas de marketing. 2.5 Ambiente de marketing Com o passar do tempo, os especialistas vêm se empenhando cada vez mais em entender as forças ambientais que impactam sobre os consumidores na hora de decidirem sobre suas compras. O ambiente de marketing de uma empresa é constituído de participantes e forças externas a ele que afetam a capacidade da administração de marketing de desenvolver e manter bons relacionamentos com seus clientes – alvo. Ele oferece tanto oportunidades quanto ameaças. (KOTLER E ARMSTRONG, 2003, p.61). Para que a empresa seja bem sucedida, é importante que ela esteja sempre observando o ambiente de marketing e se adapte a ele. Conforme Kotler e Armstrong (2003), o ambiente de marketing é formado de um microambiente e um macroambiente. 2.5.1 Microambiente A função da administração de marketing é atrair os clientes e construirum relacionamento duradouro com eles, mas isso não é possível se não houver uma participação de todos do microambiente da empresa, que são: 49 outros departamentos da empresa, fornecedores, intermediários de marketing, clientes, concorrentes e vários públicos. Esses agentes devem se unir para construir um sistema de entrega de valor para o cliente. 2.5.1.1 A empresa Em um desenvolvimento de um plano de marketing, a administração precisa contar com todos os outros departamentos da empresa, principalmente com alto escalão, pois são eles é que decidem a missão, o objetivo e as estratégias da empresa. A administração de marketing toma decisões de acordo com as estratégias desenvolvidas pelo alto escalão. Ao juntar todos os departamentos de uma empresa, pode-se observar um grande impacto sobre os planos e ações de marketing. Todos os departamentos devem pensar no consumidor final e trabalhar juntos para oferecer valor e satisfação ao cliente. 2.5.1.2 Fornecedores Os fornecedores são um agente muito importante no sistema de entrega de valor ao cliente, pois são eles que fornecem os materiais necessários para as empresas produzirem seus bens e serviços. Se houver algum problema com os fornecedores, como falta de matéria prima, o marketing pode ser seriamente afetado. 2.5.1.3 Intermediários de Marketing Os intermediários de marketing ajudam a empresa a promover, vender e distribuir seus bens para os compradores finais. Entre os intermediários de marketing estão revendedores, empresas de distribuição física, agências de serviços de marketing e intermediários financeiros. (KOTLER E ARMSTRONG, 2003, p.62). 50 Os varejistas são considerados intermediários de marketing, pois atuam como revendedores. Hoje em dias, os profissionais deste setor veem os intermediários de marketing como parceiros, que também agregam valor ao produto e não só mais como um canal de distribuição, para se chegar até o consumidor final. 2.5.1.4 Clientes Conforme Kotler e Armstrong (2003), existem cinco tipos de mercado em que empresa pode encontrar seus clientes: a) mercados consumidores: é compostos por indivíduos e famílias que compram bens e serviços para uso pessoal; b) mercados de negócios: compram os bens e serviços para processamentos posterior ou para usá-lo em seu processo de produção; c) mercados revendedores: compram os bens e serviços para revenderem com uma margem de lucro; d) mercados governamentais: é constituído por órgãos do governo de compram bens e serviços para os serviços públicos ou para doar a quem necessita deles; e) mercados internacionais: è composto de compradores de outros países, incluindo consumidores, produtores e revendedores. Cada tipo de mercado possui características diferentes, por isso deve ser feito um cuidadoso estudo em relação ao mercado que a empresa pretende atuar. 2.5.1.5 Concorrentes A administração de marketing deve fazer algo mais, além de adaptar-se às necessidades de seu público alvo, deve ganhar vantagem estratégica posicionando agressivamente seus produtos e ofertas em relação às de seus 51 concorrentes na percepção dos consumidores finais. É impossível definir uma estratégia de marketing ideal para todas as empresas, cada uma deve analisar seu tamanho e sua posição no setor e desenvolver sua própria estratégia de marketing. 2.5.1.6 Vários públicos Em um ambiente de marketing, a empresa depara-se com vários públicos. “Um público consiste em qualquer grupo que tenha um interesse atual ou potencial na organização ou que possa causar um impacto em sua capacidade de atingir seus objetivos”. (KOTLER E ARMSTRONG, 2003, p.63). Ainda segundo Kotler e Armstrong (2003), existem sete tipos de públicos: a) públicos financeiros: influencia a capacidade da empresa em obter fundos; constituem esse público os bancos, casas de investimentos e acionistas; b) públicos ligados à mídia: publicam notícias; constituem esse público os jornais, as revistas, as estações de rádio e a televisão; c) públicos governamentais: a administração de marketing deve levar em conta as decisões tomadas pelo governo e, devem também, sempre procurar estar informada em relação à segurança do produto, à propaganda enganosa, entre outros; d) grupos de interesse: as ações de marketing de uma empresa podem ser questionadas por grupos ambientais, por isso é importante ela esteja sempre em contato com eles; e) públicos locais: é composto por pessoas que moram próximo à empresa, algumas empresas dispõem de funcionário somente para lidar com esse público; f) públicos em geral: a empresa precisa se preocupar com o que passa para o publico geral, pois esta tem grande impacto sobre as vendas; g) público interno: é composto por funcionários, gerentes, voluntários e 52 diretores; grandes empresas utilizam boletins internos para se comunicar com os funcionários, pois quando os funcionários se sentem bem na organização, o público externo percebe. Cada empresa pode voltar seus esforços de marketing para um público principal, ou para seus mercados de clientes. 2.5.2 Macroambientes As empresas bem sucedidas procuram reconhecer e identificar as necessidades e as tendências não atendidas e descobrem maneiras de lucrar com elas. O crescimento da população (força demográfica) acarreta o esgotamento de recursos mais rápido e eleva os níveis de poluição (força natural). E isso faz os consumidores exigirem mais leis (força politico-legal). As restrições estimulam novos produtos e soluções tecnológicas (força tecnológica) que, se forem acessíveis (força econômica), podem mudar atitudes e comportamento (força sociocultural). 2.5.2.1 Ambiente demográfico As tendências demográficas dificilmente pegam uma empresa de surpresa, são indicadores muito confiáveis no curto e no longo prazo. A principal força demográfica monitorada pelos profissionais de marketing é a população, afinal os mercados são compostos de pessoas. Os principais aspectos de interesse dos profissionais de marketing são o tamanho e a taxa de crescimento da população de diferentes cidades, regiões e países; a distribuição das faixas etárias e sua composição étnica; os graus de instrução; os padrões familiares, e as características das diferentes regiões, bem como as movimentações entre elas. 53 2.5.2.2 Ambiente econômico Para que exista mercado, é preciso que haja pessoas com poder de compra. O poder de renda das pessoas depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito. Os profissionais de marketing devem estar sempre atentos às principais tendências de renda e padrões de consumo, pois elas podem ter um grande impacto nos negócios. Na atual economia global, estes profissionais devem estar atentos às mudanças na distribuição de renda no mundo, principalmente nos países em que os níveis de riqueza estão aumentando. 2.5.2.3 Ambiente natural Em muitas cidades do mundo, as poluições do ar e da água atingiram níveis perigosos e isso se tornou uma grande preocupação global, levando toda a população a se preocuparem com a preservação do meio ambiente, existe muita preocupação com o efeito estufa, causado pela queima de combustíveis fósseis, com a diminuição da camada de ozônio causada por certos produtos químicos e com a crescente escassez de água. Os consumidores parecem ser contraditórios em relação à preocupação com o meio ambiente, apesar de 80 por cento dos consumidores norteamericanos declararem que o fato de um produto ser ou não seguro para o meio ambiente influencia na sua decisão de compra, apenas pouco mais da metade declarou que compra produtos recicláveis ou biodegradáveis. As empresas precisam estar atentas quanto às ameaças e às oportunidades associadas a quatro tendências do ambiente natural: a escassez de matérias-primas, especialmente de água, o custo mais elevado de energia, os níveis mais altos de poluição e a mudança no papel dos governos. 2.5.2.4 Ambiente tecnológico 54 Uma das forças que mais afetam a vida das pessoas é a tecnologia, a qual gerou coisas boas como a cirurgia cardíaca, mas também gerou horrores como a bomba de hidrogênio e ainda benefícios duvidosos como o automóvel e os videogames. A cada novo produto tecnológico inventado é uma força de “destruição criativa, assim como a televisão prejudicou os jornais e os CDs prejudicaram as fitas. Ao invés de migrarem para novas tecnologias, empresas antigas lutam contra elas ou as desprezam e seus negócios acabam minguando. Alguns observadores se arriscam dizer que, no futuro, telefones celulares inteligentes acabarão eliminando o PC. A taxa de crescimento da economia é diretamente afetada pelas novas tecnologias, e nem sempre é possível prever as consequências da nova tecnologia em longo prazo, como por exemplo, as pílulas anticoncepcionais, após o seu surgimento as famílias ficaram menores, um maior número de mulheres casadas começaram a trabalhar fora e as rendas discricionárias aumentaram e isso resultou em maiores gastos com viagens de férias, bens duráveis e produtos supérfluos. 2.5.2.5 Ambiente político As decisões de marketing são diretamente afetadas pelas decisões do ambiente político-legal. Esse ambiente é formado por leis, órgãos governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam várias organizações e indivíduos, mas essas leis também podem criar novas oportunidades de negócios. As duas principais tendências desse ambiente são: o aumento da legislação que regulariza os negócios e o crescimento de grupos de interesse especiais. A legislação que regulariza os negócios tem três propósitos: proteger as empresas das concorrências desleais, proteger os consumidores de práticas de negócios desleais e proteger a sociedade do comportamento desenfreado das empresas. Os profissionais de marketing precisam estar sempre atentos às leis, para fazerem um marketing ético. 55 Os grupos de consumidores de interesses especiais (mulher, idoso, minorias e homossexuais) cresceram muito nas ultimas três décadas, e isso forçou as autoridades e os executivos a prestarem mais atenção nos seus direitos. Fica claro que as novas leis e o crescimento de grupos especiais impuseram mais restrições aos profissionais de marketing, ou seja, algumas das transações de marketing já caíram no domínio público. 2.5.2.6 Ambiente cultural A escolha de compra de um produto está diretamente relacionada aos gostos e preferências de uma pessoa, que é formado devido à sua visão de mundo que define seu relacionamento consigo mesmas, com outras pessoas, com organizações, com a sociedade, com a natureza e com o universo. As pessoas dão diferentes valores à visão de si mesmos, algumas valorizam o prazer e busca o divertimento, outras procuram autorrealização e, para se expressarem, consomem produtos, marcas e serviços. Os profissionais de marketing devem reconhecer que existem grupos com visões diferentes de si mesmos. As pessoas estão preocupadas com diversas causas sociais, tais como os sem tetos, os crimes, as vítimas, mas procuram cada vez mais viverem entre seus semelhantes, ou seja, desejam manter relacionamento sério e duradouro com poucos e essas tendências fazem o mercado crescer para os spas, cruzeiros, dentre outros. A visão das pessoas em relação a organizações é variada, a maioria deseja trabalhar nelas, mas também houve um declínio geral na fidelidade organizacional, grande parte vê as organizações como um lugar que são obrigadas a trabalhar somente para ganharem dinheiro e isso tem várias implicações para o marketing. As empresas precisam encontrar novas maneiras de conquistar a confiança de seus consumidores e funcionários. Já em relação à visão da sociedade, o indivíduo tem atitudes variadas, 56 alguns a defendem (preservadores), alguns a fazem funcionar (realizadores), outros extraem dela o que podem (exploradores), outros querem mudar (transformadores), alguns procuram algo mais profundo (idealistas) e há os que querem abandoná-la (escapistas), sendo que os padrões de consumo refletem na atitude social. Em relação à natureza a visão, das pessoas é se sentirem subjugadas por ela, outras se sentem em harmonia com ela e outras procuram dominá-la. As pessoas que vivem em uma sociedade tendem muito a preservar as crenças e valores centrais e esses são transmitidos de pais para filhos e reforçados por instituições sociais. As crenças e valores secundários são mais abertos a mudanças. Toda sociedade possui subculturas que surgem da experiência de vida ou ocasiões especiais. Os valores secundários mudam com o passar do tempo, mas os centrais são muito persistentes. 2.6 Planejamento estratégico Quando a matriz estabelece sua missão, políticas, estratégias e metas ela determina a estrutura sobre a qual as divisões e unidades de negócios irão preparar seus planos. Algumas corporações dão mais liberdade de planejar as estratégias a suas unidades, outras dão menos, e ainda, há as que participam ativamente do planejamento estratégico de suas UENs. O primeiro passo para começar a desenvolver o planejamento estratégico de uma empresa é definir sua missão. Algumas empresas, com o passar do tempo, mudam sua missão para aproveitarem as oportunidades de negócio que surgem. Para definir sua missão, é necessário que as empresas respondam as seguintes perguntas: Qual é o nosso negócio? Quem é o cliente? O que tem valor para o cliente? Qual será nosso negócio? Como deveria ser nosso negócio? A partir das respostas, a essas perguntas, é criado uma declaração de missão que deve possuir três características principais: em primeiro lugar concentrar-se em um número limitado de metas. Em segundo lugar, as declarações de missão devem enfatizar as principais políticas e valores que a empresa pretende honrar. Em terceiro lugar, definem-se as 57 principais esferas dentro das quais a empresa operará: esfera setorial (define a gama de setores que a empresa operará), esfera de produtos e aplicações (define a gama de produtos e aplicações fornecidas por uma empresa), esfera de competência (define as competências centrais , como as tecnológicas, nas quais as empresas baseará seus negócios), esfera de segmento de mercado (define o tipo de cliente e mercado que a empresa atenderá), esfera vertical (define o número de níveis de canais que a empresa utilizará desde a matériaprima até seu produto final e a esfera geográfica (define em quais regiões e países que a empresa irá atuar). Ao se definir um negócio, deve-se considerar a satisfação do cliente e não o processo de produção da mercadoria, porque os produtos são transitórios mas as necessidades dos clientes são eternas. Define-se um negócio em três dimensões: grupos de clientes, necessidades dos clientes e tecnologia. Um exemplo de empresa que define seu negócio iria funcionar da seguinte maneira: projetos de sistema de iluminação incandescente para estúdios de televisão, o grupo de clientes seria o estúdio de televisão a necessidade deles é a iluminação e a tecnologia é a incandescência. Empresas maiores geralmente administram negócios diferentes e precisam de estratégias próprias para cada negócio, é preciso ter ferramentas analíticas para classificar seus negócios de acordo com seu potencial de lucro. Ao avaliar a oportunidade de crescimento do negócio, devese primeiro identificar as oportunidades para conseguir o crescimento adicional dentro dos negócios atuais (oportunidade de crescimento intensivo); em segundo lugar, devem-se identificar oportunidades para construir ou adquirir negócios relacionados aos atuais (oportunidade de crescimento integrado); e, em terceiro lugar, identificar oportunidades para construir ou adquirir negócios atraentes não relacionados aos atuais (oportunidade de crescimento por diversificação). O planejamento estratégico é realizado dentro do contexto organizacional da empresa, e uma organização é composta por suas políticas e suas culturas. Mudar as políticas de uma empresa, muitas vezes é fácil, mas mudar a cultura já é mais difícil e é nessa mudança de cultura que pode estar o sucesso da estratégia implementada. Às vezes, essa cultura pode se desenvolver de forma orgânica e ser passada aos funcionários diretamente pela personalidade e pelos hábitos dos CEO. 58 A figura abaixo demonstra as etapas de um planejamento estratégico de unidades de negócio: Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças) Missão do negócio Estabelecimento de metas Análise Formulação de estratégia SWOT Elaboração de programas implementação Feedback e controle Análise do ambiente interno (forças e fraquezas) Fonte: Kotler e Keller, 2006, p.50. Figura 11: Análise Swot Na missão do negócio, cada unidade precisa definir sua missão especifica dentro da missão corporativa. Na análise swot, é feita uma avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, ela envolve o ambiente interno e externo. Em uma análise de ambiente externo ( forças e ameaças), uma unidade de negócio deve monitorar as importantes forças macroambientais (econômicas, demográficas, tecnológicas, político-legais e socioculturais) e significativos agentes microambientais (clientes, concorrentes, distribuidores e fornecedores), que afetam sua capacidade de obter lucros. Uma oportunidade de marketing existe quando uma empresa tem a oportunidade de lucrar, satisfazendo as necessidades de seus clientes. O profissional de marketing deve estar atento a essas mudanças no ambiente externo e a administração precisa identificar oportunidades e ameaças vinculadas a essas mudanças. São três fontes de oportunidade de mercado principais, a primeira é oferecer um produto cuja oferta esteja escassa, a segunda é oferecer produtos ou serviços já existentes, mas de maneira superior,e a terceira fonte é descobrir um produto totalmente novo que atraia os clientes. Em uma análise de ambiente interno (forças e fraquezas) as empresas devem analisar periodicamente quais são suas forças e fraquezas internas e nessa analisa sempre surge a grande pergunta: o negócio deve-se limitar às 59 oportunidades para as quais dispõe de recursos necessários ou deve examinar melhor as oportunidades para as quais precisam adquirir ou desenvolver maiores forças? O estabelecimento de metas para o período de planejamento deve ser feito após a analise SWOT . As maiorias das empresas buscam metas que incluam lucratividade, crescimento das vendas, aumento da participação de mercado, contenção de riscos, inovação e reputação. Após estabelecer suas metas, as empresas praticam a administração por objetivo (APO), e para que o sistema APO funcione, os vários objetivos da organização devem obedecer os seguintes critérios: a) os objetivos devem ser organizados hierarquicamente, do mais importante para o menos importante; b) sempre que possível, os objetivos devem ser estabelecidos quantitativamente, pois o objetivo “aumentar o retorno sobre o investimento” será mais bem definido se for modificado para “aumentar a taxa de retorno para 15 % em dois anos; c) as metas devem ser realistas; d) os objetivos devem ser consistentes, pois não é possível maximizar as vendas e os lucros simultaneamente. Outras escolhas importantes são lucros de curto prazo versus lucros de longo prazo, penetração profunda em mercados existentes versus desenvolvimento de novos mercados, metas de lucro versus metas sem lucro, alto crescimento versus baixo risco. Cada uma dessas escolhas exigem uma estratégia de marketing diferente. A formulação da estratégia é definida como um plano de ação para atingir os objetivos finais e, para isso, é preciso preparar estratégias de marketing, de tecnologia e uma estratégia de recursos compatíveis. Após desenvolver as estratégias, é necessário elaborar e implementar programas detalhados de apoio. Uma vez elaborados os programas, o pessoal de marketing deve estimar os custos. A etapa final do planejamento estratégico é o feedback e controle, pois após implementar sua estratégia, a empresa precisa acompanhar os resultados 60 e monitorar os novos acontecimentos no ambiente interno e externo. 2.7 Plano de marketing O plano de marketing identifica as oportunidades que podem gerar bons resultados para a organização, mostrando como penetrar com sucesso para obter as posições desejadas nos mercados, utilizando também o “plano estratégico” de marketing, o qual estabelece objetivos, metas e estratégias do composto de marketing, em sintonia com o plano estratégico geral da empresa, o plano disciplina o planejador a colocar suas idéias, fatos e conclusões de uma maneira lógica que pode ser seguidos por outros. Ele é a base do plano estratégico, pois determina, através de estudos de mercado o que, como e quando será produzido um bem, serviço ou idéia para a posterior venda a indivíduos ou grupos. 2.8 Pesquisa de marketing Quando uma empresa está em busca de novas oportunidades ou solução de problemas, é interessante que se faça uma pesquisa de marketing para assegurar o sucesso dos novos rumos do negócio. A pesquisa de marketing consiste em projetos formais que visam a obtenção de dados de forma empírica, sistemática e objetiva para a solução de problemas ou oportunidades específicas relacionadas ao marketing de produtos e serviços. (SAMARA E BARROS, 2002, p.6) As etapas de um projeto de pesquisa de marketing possuem uma ordem de acontecimentos, para trazer resultados consistentes e úteis e, se surgir um ponto novo, o projeto deve ser todo reavaliado. Segundo Samara e Barros (2002), principais etapas de um projeto depesquisa são: a) definição do problema: a etapa da definição do problema é o primeiro 61 passo e mais importante do projeto de pesquisa, pois todo projeto de pesquisa deve começar a partir de uma real necessidade de informação, de uma situação em que haja indagações e dúvidas a serem respondidas. Os demais procedimentos serão baseados em decorrência do problema definido, daí a sua importância. Um problema mal definido pode gerar objetivos pouco precisos e resultados inconsistentes para um projeto. Ainda segundo Samara e Barros (2002), para que o problema da pesquisa seja bem definido, o pesquisador deve ter algumas perguntas em mente: Por que a pesquisa deve ser realizada? Quais as decisões devem ser tomadas a partir do resultado da pesquisa? Quais as possíveis respostas a serem obtidas para os problemas ou oportunidades definidos. b) determinação dos objetivos: é a prática da pesquisa de marketing definir os objetivos primários e secundários. O objetivo primário é aquele que responde a dúvida em relação aos clientes e soluciona o problema de pesquisa. Os objetivos secundários são decorrentes das hipóteses, ou seja, são todas as informações que levarão a cumprir o objetivo primário. O objetivo secundário aborda o perfil do consumidor, hábitos de consumo, público alvo e abrangência. c) Determinação do tipo de pesquisa: podem-se encontrar inúmeras nomenclaturas para designar os tipos de pesquisa, dentre essas, citam-se: pesquisa de propaganda, sobre negócios, corporativa, de produto e de venda de mercado. d) Determinação dos métodos de pesquisa: Existem vários nomes para os métodos de pesquisa, porém não difere em seu conteúdo e sim de acordo com as fontes de dados utilizados, a amplitude do estudo conforme os objetivos e o tipo de analise que pretendem fazer – quantitativa ou qualitativa – de acordo com o controle das variáveis de estudo. e) Determinação do método de coleta de dados: determina a maneira como os dados serão obtidos no projeto. Basicamente existem três métodos utilizados em pesquisas de marketing: observação, inquérito 62 (ou contato) e métodos interativos. f) Elaboração do formulário para coleta de dados: após definir o projeto de pesquisa, definir os problema e objetivos, os tipos e métodos de coleta de dados, elabora-se o formulário para a coleta de dados, chamado de questionário para pesquisas quantitativas e de roteiros para pesquisas qualitativas g) Definição da amostragem: em uma pesquisa de marketing, a maioria dos estudos são realizados a partir de amostras que podem ser de pessoas, entidades, lojas, dentre outras. “Amostra é a parte de um universo ou população com as mesmas características destes” (Samara e Barros, 2002, p.91). h) Definição das técnicas amostrais: é a determinação da amostra que vai determinar a qualidade de pesquisa de marketing. As técnicas amostrais se subdividem em dois grupos: amostras probabilísticas e amostras não probabilísticas. i) Escolha do tipo de calculo amostral: são fórmulas estatísticas utilizadas em pesquisas para calcular as amostras dos projetos de pesquisa de marketing. j) Fazer pré-teste dos formulários para coleta de dados: após definir a amostra de estudo, faz- se pré-teste do questionário para ser aplicado em uma porcentagem de amostra, isso é necessário para confirmar se o questionário esta adequado aos objetivos da pesquisa, uma pesquisa quantitativa, o planejamento dos trabalhos em um ponto de fluxo populacional deve conter: determinação do número de entrevistados, elaboração das grades de entrevistados, como por exemplo, critérios de sexo e idade, sorteio dos pontos de fluxo, instruções da aplicação do questionário, acompanhamento do ponto de fluxo e do pesquisador e começo dos trabalhos de campo a fase dos trabalhos de campo é fundamental para o projeto, por isso é essencial uma seleção criteriosa de entrevistadores e surpevisores, isso ira minimizar possíveis erros decorrentes dessa fase do projeto. k) Tabulação e análise dos dados coletados: essa é a fase da padronização e codificação das respostas, é a maneira de organizar os dados coletados e organizar de uma forma que fique mais fácil 63 seu entendimento. Atualmente, com o avanço da informática, é possível através de planilhas de cálculo e programas estatísticos disponíveis (SPSS), proporcionarem rapidez ao entrevistador nos projetos realizados. l) Elaboração do relatório de pesquisa: nessa fase, é feito um relatório com as conclusões de pesquisa. m) Elaboração de análise geral: a análise geral é feita em um texto com base nas respostas obtidas e voltadas aos objetivos da pesquisa. Um bom planejamento de pesquisa e a utilização da metodologia adequada levarão a uma analise que responda aos objetivos primários e secundários propostos no projeto de pesquisa. n) Recomendações ao cliente: Após interpretar os dados feitos na pesquisa e ter feito a competente análise, os pesquisadores devem encerrar seu relatório, respaldado nos números e com sugestões seguras de ações mercadológicas, possibilitando o cliente a tomar decisão, impedindo erros. 2.9 Sistema de Informação O sistema de informação está mudando num ritmo cada vez mais acelerado, e um novo mundo de informações se desenha para os empresários, ou seja, a necessidade de informações de mercado em tempo real é maior do que em qualquer outra época, e em função disso, eles precisam reaprender a cada dia desenvolver seus negócios, para conseguirem sobreviver à pressão do mercado, às exigências crescentes dos consumidores e às inovações tecnológicas. “Um sistema de informação de marketing é constituído de pessoas, equipamentos e procedimentos para coleta, classificação, análise, avaliação e distribuição de informações necessárias, precisas e atualizadas para os responsáveis pelas tomadas de decisão de marketing” (KOTLER, 2003, p.89)”. Em um sistema de informação, os gerentes conseguem as informações 64 que gostariam de receber, as que realmente eles precisam, com as que são possíveis de oferecer. A empresa começa entrevistando os gerentes para saber quais informações gostariam de receber, mas muitas vezes acontece de alguns solicitarem informações sem necessidade, o que acaba prejudicando a pesquisa pelo excesso de informações. Os custos de obter, processar, estocar e entregar as informações podem crescer rapidamente, ou seja, a empresa deve decidir se compensa financeiramente obter informações externas adicionais, pois a informação por si só não tem valor e sim a sua utilização. A inteligência da pesquisa de marketing pode oferecer aos gerentes as informações de marketing que eles necessitam de maneira interna e, após esse processo, o sistema de análise de informações processam os dados a fim de tornarem mais úteis para os gerentes. Segundo Kotler (2000) o sistema de informação está redefinindo os fundamentos dos negócios, atendimento ao cliente, operações, estratégias de produto e de marketing e distribuição, que dependem muito, às vezes, até totalmente, dos sistemas de informação. O sistema de informação e seus custos passaram a fazer parte integrante do dia-a-dia das empresas. 2.10 Análise das oportunidades de mercado A primeira etapa em uma análise de mercado, é fazer um planejamento de marketing. Existem vários seguimentos onde o pode-se encontrar as oportunidades de mercado. O gerente de marketing é responsável por avaliar e seguimentar o mercado no qual a empresa pretende atuar, com o intuito de agrupar os clientes em potencial, que possuam necessidades de consumo parecidas, pois, ao definir segmentos de mercado, é possível definir algumas estratégias adequadas para cada tipo de seguimento, conseguindo-se assim otimizar, os resultados para a empresa. 65 2.11 Segmentação de mercado A segmentação de mercado, nos dias atuais, parece uma tarefa fácil, mas, para segmentar um mercado, existem muitas dificuldades. A empresa deve pensar sempre numa forma de atuar no mercado com melhor satisfação no futuro, ou seja, fazer um trabalho para identificar e classificar grupos de consumidores. Elas buscam, a cada instante, uma forma de conquistar os consumidores finais, e para isso estão segmentando seus mercados, afim de atender seus consumidores de maneira mais eficaz. Nesta situação, em primeiro lugar, identificam-se os desejos dos clientes dentro de um submercado e, em seguida, decide-se é pratico desenvolver um mix de marketing que satisfaça esses desejos. Na maioria das vezes, os mercados são segmentados intuitivamente, mas segundo Walker (2001), os passos em aí envolvidos são organizados da seguinte forma: a) identificar os desejos atuais e potenciais que existem dentro de um mercado; b) identificar as características particulares entre os segmentos; c) determinar quem apresenta cada desejo, ou seja, calcular quanto de demanda ou de potencial de vendas que cada segmento representa. Dentro de cada segmento, ainda é preciso identificar características que permitirão dividir os clientes em segmentos ainda mais específicos. As quatro bases para segmentar o mercado de consumo são geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental. 2.11.1 Níveis de segmentação de mercado Conforme Kotler (1998), as empresas podem adotar cinco níveis de segmentação de mercado: marketing de massa, de segmento, de nicho, de local e individual. É importante, para as empresas, definir segmentos específicos para se direcionar com compostos de marketing customizados, pois 66 desta maneira elas ganharão vantagem competitiva. 2.11.2 Marketing de massa Os níveis de seguimentação de mercado partem do princípio do marketing de massa. “No marketing de massa, o vendedor se dedica à produção, distribuição, e promoção em massa de um produto para todos os compradores”. (KOTLER E KELLER, 2006, p.236) Atualmente, devido ao grande aumento dos canais de distribuição e canais de propaganda, está se tornando mais difícil atingir o público em massa e devido a isso, muitas empresas vêm optando pelo micromarketing que são marketings de segmento, nicho, local, e individual. 2.11.3 Marketing de segmentos Conforme Kotler e Keller (2006), o segmento de mercado é formado por um grande grupo de compradores que possuem uma mesma preferência. As pessoas diferem em seus desejos, poder de compra, localizações geográficas, atitudes e hábitos de compra. Elas estão procurando isolar alguns segmentos amplos que formam um mercado, personalizando seus produtos para este mercado, visto que os consumidores são bastante similares em desejos e necessidades, mas não são iguais. Ainda segundo Kotler e Keller (2006), existem três tipos de preferências: a) preferências homogêneas: nesse mercado, todos os consumidores têm praticamente as mesmas preferências, ou seja, a preferência dos clientes segue uma média; b) preferências difusas: aqui, consideram-se os consumidores dentro do seguimento, mas que têm preferências diferentes. Uma primeira marca, quando entra no mercado, posiciona-se no centro, com o propósito de 67 agradar a maioria das pessoas e o segundo concorrente pode se colocar junto ou próximo da primeira marca ou nos extremos; c) preferências conglomeradas: no mercado, pode surgir um banco de preferências distintas, chamadas de mercados naturais. A primeira empresa tem três opções: posicionar-se no centro e torcer para agradar todos os clientes; posicionar-se no seguimento maior do mercado (marketing concentrado); ou desenvolver várias marcas, cada uma voltada para um segmento; 2.11.4 Marketing de nicho Nicho é um grupo mais restrito de compradores. As empresas identificam nichos, dividindo um segmento em vários sub-segmentos. Os nichos de mercado são bem menores, e sendo assim, as empresas conhecem melhor as necessidades de seus consumidores. O segmento de mercado atrai vários concorrentes, já o nicho atrai um ou alguns concorrentes. 2.11.5 Marketing local O marketing local é direcionado e idealiza os programas de marketing de acordo com os desejos e as necessidades dos grupos de clientes locais (áreas comerciais, bairros e até mesmo lojas). (Kotler e Keller, 2006). 2.11.6 Marketing individual O marketing individual procura atender seus clientes, de uma forma preferencial, de uma forma individual, para que eles possam expressar seus 68 desejos ao comprar um produto, tendo mais responsabilidades na suas escolhas, como compra via internet, que é mais visado. Esse tipo de estratégia está crescendo, pois em uma sociedade sem tempo, facilita cada dia mais as opções de compras interativas, feitas em casa, como a via internet que, a cada dia, cresce nos mercados. 2.12 Posicionamento de mercado Posicionamento de mercado requer, cada vez mais, conhecer os desejos e necessidades do consumidor. É a posição que visa às marcas, produtos e serviços. “O posicionamento se refere à imagem de produtos em relação aos produtos diretamente competitivos, bem como outros produtos colocados no mercado pela mesma companhia” (WALKER, P. 58, 2001). 2.11 Comportamento de consumidor Hoje em dia, obter um marketing bem sucedido no varejo, não consiste só na identificação das necessidades dos segmentos dos consumidores de uma empresa, mas também no entendimento de como satisfazer o poder e o comportamento de compra do consumidor. O comportamento do consumidor pode ser físico ou mental, está relacionado com os produtos que está sendo comprado, produtos de conveniência comprados em varejistas como supermercado, farmácia e posto de gasolina. Devem ser colocados em lugares mais acessíveis, pois não serão comprados, se não estiverem facilmente visíveis. Os produtos de “compras comparadas”, tais como: eletrodomésticos, roupas, móveis são produtos mais caros e comprados com menos frequência, por isso os consumidores comparam mais esses produtos antes de comprar. Existem consumidores mais sensíveis ao preço e outros mais sensíveis à elegância e à durabilidade do produto, por isso essas lojas localizam-se uma 69 ao lado das outras. Os varejistas devem sempre estar atentos nos aspectos considerados pelos consumidores como decisivos para suas compras. A decisão de comprar um produto ou serviço é um momento importante para consumidores. Isto significa que as estratégias de marketing devem ser inteligentes, eficazes e direcionadas ao mercado-alvo, de acordo com o conhecimento percebido da maneira que cada consumidor obtém seus produtos ou serviços. 2.11.1 Fatores Culturais A cultura é o principal determinante do comportamento e dos desejos de uma pessoa. Á medida que cresce a criança absorve certos valores, percepções, preferências e comportamentos de suas famílias e outras instituições. (KOTLER KELLER, p.173, 2006). Dentro da cultura, encontram-se as subculturas, e entre as mesmas, estão as nacionalidades, as religiões, as regiões geográficas e os grupos raciais. 2.11.2 Fatores Sociais Além do fator cultural, o comportamento do consumidor pode ser influenciado por fatores sociais como referência, família, papéis sociais e status. 2.11.3 Fatores Pessoais Segundo Kotler (2006), as decisões dos compradores também são influenciados por características pessoais, como idade e estágio no ciclo de vida, ocupação, circunstâncias econômicas, personalidades, autoimagem,estilo 70 de vida e valores. É importante que os profissionais de marketing conheçam bem essas características, pois elas influenciam diretamente o comportamento do consumidor. 2.11.4 Fatores Psicológicos Os fatores psicológicos, muitas vezes, são ignorados pelas empresas que não dispõem de profissionais capacitados para interpretá-los e conhecê-los mais profundamente. Os estímulos existentes em um ambiente de marketing entram no consciente do comprador, o processo de decisão de compra caracteriza-se por um conjunto de fatores psicológicos combinados com determinadas características do consumidor. “Os quatro fatores psicológicos que motivam a decisão de compra do consumidor são motivação, percepção, aprendizagem e memória.” (KOTLER E KELLER, 2006, p.182). 2.12 Perfil do Cliente No mundo atual, as empresas buscam inovações e tendência para atender as exigências e necessidades do mercado e clientes. Para isso ocorrer, deve–se ter na organização uma equipe de colaboradores focados no intuito de melhorias, em que o diferencial é atender as expectativas dos clientes. Essa busca contínua mexe com a estrutura da organização, encontrando assim algumas dificuldades. Os maiores clientes nem sempre são os que geram o maior lucro, pois os eles demandam um serviço considerado e, devido a isso recebem maiores descontos. Já os cliente menores, pagam o preço integral, mas demandam o mínimo de serviço e os custo de transações com estes reduzem a lucratividade 71 da empresa. Os clientes de porte médio são os mais lucrativos, pois recebem o bom atendimento e pagam o preço quase integral. O cliente é a pessoa mais importante em qualquer negócio, pois são eles que sustentam uma organização, sempre buscam a qualidade, tendo como prioridade o quanto aquele produto é importante no seu dia-a-dia. 2.12.1 Quem são os clientes Os clientes são pessoas que recebem um produto ou serviços e que estão sempre em busca de produtos que o satisfaçam. Existem os clientes internos que são proprietários, diretores, chefia e funcionários, e os clientes externos: consumidores, distribuidores, representantes varejistas e partes interessadas, que são pessoas que têm interesse no desempenho ou no sucesso de uma organização. 2.12.2 O que querem os clientes Atualmente, os clientes buscam realizar seus desejos e satisfazer suas necessidades de uma forma rápida e prática, mas querem também, no final da compra, ter a sensação de ter conseguido satisfazer suas necessidades com um produto de qualidade. 2.12.3 O valor de satisfação para o cliente “A satisfação do comprador após a realização da compra, depende do desempenho da oferta em relação às suas expectativas”. (KOTLER E KELLER 2006, p.142) Antes de efetuar uma compra, o consumidor cria uma certa expectativa 72 em relação ao produto, e após, se a sua expectativa for correspondida, surge a satisfação total do cliente. Quando uma empresa se empenha em satisfazer o cliente, deve operar com base na filosofia de que está tentando alcançar um alto nível de satisfação, mas deve assegurar, pelo menos, níveis aceitáveis de satisfação de seus clientes, incluindo os funcionários, revendedores, fornecedores e acionistas. 2.12.4 Desenvolvimento e mix de marketing O desenvolvimento, junto com o mix de marketing, procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. O mix de marketing é a combinação de um produto, como ele é distribuído e promovido e seu preço. Juntos, esses quatro fatores devem satisfazer às necessidades de mercados-alvo e, ao mesmo tempo, atingir os objetivos de marketing na organização. (WALKER,2001, p.60) A empresa precisa analisar os consumidores, selecionar os mercadosalvo e utilizar as ferramentas do marketing mix, para satisfazer as necessidades do consumidor. Acima de tudo, os administradores devem elaborar estratégias que se adaptem à posição e aos recursos da empresa, face a seus concorrentes e, depois, gerenciar e adaptar de maneira eficaz essas estratégias de marketing para as alterações do ambiente. 2.13 Características e Estratégias do Composto Mercadológico Varejista Segundo kotler (1994), as empresas utilizam o composto mercadológico, para ter um bom desenvolvimento, sendo que o planejamento somente terá sucesso com a implementação de um programa de ação baseado nos objetivos e estratégias definidos. O composto mercadológico é o conjunto de 73 ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Existem dezenas de ferramentas de marketing. McCard popularizou uma classificação destas ferramentas os quatros Ps : produto, preço, praça( isto é, distribuição) e promoção. O composto mercadológico é a ferramenta básica para implementar os objetivos de marketing de uma organização. Desta forma, sua análise é objeto central desse estudo que buscará identificar como as empresas varejistas de um centro comercial atendem o público das classes C, D e E. Será analisada a seguir cada ferramenta desse composto mercadológico: 2.15.1 Estratégia e Programas do Composto Mercadológico de Produtos “A ferramenta mais básica do composto de marketing é o produto, que representa a oferta tangível da empresa para o mercado”. (KOTLER, 1994, p.98). O produto somente existe para satisfazer uma necessidade ou desejo das pessoas, é um bem oferecido pela empresa para satisfazer as necessidades ou desejos dos consumidores. Para cumprir esta missão, o produto pode ser definido em cinco níveis de agregação de valor para o consumidor: a) benefício central: é a necessidade fundamental que o cliente está buscando satisfazer; b) produto básico: atende as necessidades básicas; c) produto esperado: produtos e serviços oferecidos pelas empresas no nível das demais empresas do mercado; d) produto ampliado à empresa: atende aos clientes nas necessidades explicitas e implícitas; e) encantamento do cliente: excedendo a expectativa do cliente, conseguindo encantá-lo. 74 2.15.2 Classificação de Produto A classificação de produtos são vistos pelos consumidores como conjuntos de benefícios que satisfaçam suas necessidades, ao de desenvolver produtos, as empresas devem primeiro identificar quais necessidades centrais dos consumidores eles vão satisfazer. (KOTLER, 2007, p.201) Os produtos podem ser classificados de acordo com: durabilidade, tangibilidade e o uso. Conforme Kotler (2007), os bens de consumo são classificados de acordo com os hábitos de compra dos consumidores finais e podem ser: a) bens de conveniência: são bens que os consumidores compram com frequência. Ex: cigarros, alimentos, jornais; b) bens de compra comparada: são bens que no momento da compra o consumidor compara diversos pontos de venda, marcas, preço e qualidade. Ex: móveis, carros, apartamentos; c) bens de especialidade: são bens com características singulares ou identificados por uma marca forte e que os consumidores estão dispostos a realizar um esforço extra para adquiri- los; d) bens não-procurados: são bens que o consumidor não conhece e não necessitam comprar. Estes bens necessitam de um esforço maior de propaganda para divulgar sua utilidade. Em relação à durabilidade e tangibilidade, ainda segundo Kotler (2007): a) bens não duráveis e tangíveis: são produtos que são consumidos rapidamente. Ex: alimentos, roupas; b) bens duráveis e tangíveis: são bens que possuem um tempo longo de uso. Ex: geladeira, carros, televisores; c) serviços: são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis. Ex: salão de beleza, clínicas médicas, advogados. A classificação de produtos pode ser definida como algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e que 75 pode satisfazer um desejo ou uma necessidade do consumidor final. 2.15.3 Mix de Produtos O mix de produtos visa a atender melhor seus consumidores, buscando, a cada dia mercadorias que o satisfaçam e supra suas necessidades, a definição do mix de produtos depende do diferencial competitivo que a empresa pretende dotar. 2.15.4 Classificação do mix de produtos no varejo O varejo é o segmento mais difícil para se planejar devido ao seu volume e variedade. Segundo Parente (2000), o número de itens comercializados por diferentes tipos e ramos de lojas é muito variado. Existem lojas, como hipermercados, que comercializam entre 30 mil e 50 mil itens. Em um supermercado de porte médio, encontram-se cerca de 5 a 10 mil itens, enquanto esse número cai para mil itens em uma loja de conveniência. Segundo Parente (2000), as empresas varejistas classificam suas lojas de forma bem diversificada como: departamentos, seções, famílias, grupos, linhas, categorias. a) departamentos ou seções: são o primeiro nível de classificação, principalmente nas grandes empresas varejistas. Os departamentos agregam categorias de produtos que possuem afinidade, substitutibilidade e complementaridade. b) Categorias, grupos ou famílias: os departamentos ou seções podem ser divididos em categorias, grupos ou famílias. Essas divisões são agrupamentos de produtos formados por itens complementares ou substitutos para consumidores. atender às diversas necessidades dos 76 2.15.5 Fatores que influenciam a composição do Mix de Produtos Segundo Parente (2000), existem vários fatores na definição das políticas do mix de produto: a) substitutibilidade: quando os produtos são substitutos ou complementares visando à satisfação da necessidade ou desejo do consumidor; b) complementaridade: os produtos complementares são aqueles que são vendidos associados a outros. É um conceito essencial para definir o mix de mercadorias no varejo. Parente (2000, p. 199); c) indicadores de desempenho: avaliar indicadores de desempenho do mix de produtos pode apoiar a decisão na sua reformulação. d) ciclo de vida do produto: o ciclo de vida do produto pode ser outro instrumento importante para definir o mix de mercadorias no varejo. Essa análise pode ser utilizada para analisar a evolução da demanda dos diferentes níveis hierárquicos das categorias do mix; e) ciclo da moda: A moda influencia praticamente todos os ramos varejistas, porém o setor que sofre mais influência é o segmento f) varejista de vestuário que compreende confecção e sapatos. g) necessidade de consumidores-alvo: todo processo de definição de mix de produto deve basear-se num criterioso estudo das h) necessidades do mercado-alvo. Esta avaliação deve ser feita através de uma detalhada análise ambiental, como foi apresentado anteriormente nesse capítulo; i) localização da loja, limitações de espaço, equipamentos e recursos: A localização da loja é outra variável importante na definição do mix de produtos do varejo; j) definição do posicionamento da empresa varejista: O posicionamento é como a empresa quer ser reconhecida pelos seus consumidores. 2.15.6 Decisões sobre produtos 77 Segundo Kotler (1998, p. 192), existem cinco atributos que apoiam a decisão sobre produtos. Veja-se a seguir: a) atributos de produtos - a empresa varejista define os benefícios que vai oferecer através dos seus produtos: qualidade, característica e design (desenho); b) marcas - as marcas possuem maior valor perante o mercado, são poderosas pela sua capacidade de fidelização e lealdade adquiridas junto ao seu consumidor-alvo; c) embalagem - a embalagem está presente na maioria dos produtos, ela compõe e protege o produto; d) rótulo - os rótulos vão desde simples etiquetas presas aos produtos até peças gráficas complexas fazendo parte da embalagem. O rótulo é a parte informacional do produto, é obrigatório pela Lei de Defesa do Consumidor; e) serviços de apoio ao produto - estes serviços garantem um atendimento após a venda, assegurando a plena satisfação do cliente. 2.15.7 Estratégias e Programa do Composto Mercadológico de Preços Segundo Kotler (1998), o preço: “Em um sentido mais restrito, preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço. Em um sentido mais amplo, preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuírem ou usarem um produto ou serviço.” Acrescentando-se ao conceito dos autores, pode-se afirmar que o preço é o valor que o consumidor paga por um produto ou serviço, e o valor é quanto um produto vale para o consumidor em termos de satisfação das suas necessidades e desejos. 2.15.8 Estabelecimento do preço 78 Nós últimos anos, está sendo constantemente focado o estabelecimento de preços. O administrador precisa conhecer a estrutura do mercado onde atua, identificar as fontes de valor percebidas pelo cliente, as formas de competição, sua posição relativa no mercado frente à concorrência, suas metas de crescimento, bem como, entender suas operações internas, seus custos e despesas, além dos fatores operacionais e financeiros. A fixação de preços é uma decisão de suma importância para a administração, por ser o fator primordial de sobrevivência, lucratividade e posicionamento da empresa no mercado, já que a sua correta definição permitirá a manutenção e o crescimento autossustentando. Neste sentido, as decisões de preço e o seu gerenciamento adequado vêm se tornando fator preponderante de competição, em especial, no comércio varejista. Conhecer a estrutura de formação do preço de venda livre de rateios e de percentuais arbitrários é fundamental para entender de que forma um produto ou grupo de produtos contribui para formação do resultado da empresa, além de permitir a elaboração de táticas de preço de forma mais consciente e segura. Uma alternativa é a utilização do Método do Custeio Direto, que se trata de uma técnica de apropriação de gastos que considera somente o custo e as despesas, diretamente ligados à venda do produto, as despesas, de comercialização, desprezando os eventuais percentuais de rateios genericamente atribuídos às despesas de funcionamento. Desse modo, a margem de contribuição mostra claramente qual a contribuição monetária que cada mercadoria oferece para cobrir as despesas de funcionamento, isto é, aquelas despesas que o varejista terá independente da realização ou não de vendas, como o aluguel, salários, contador, água, luz, telefone, etc.. Por sua própria natureza, o preço é a arma de concorrência no sentido de que os varejistas têm estabelecê-lo para a mercadoria que vendem. Para determinar o valor da margem de contribuição unitária de um produto, duas informações são fundamentais: o percentual das despesas de comercialização que irá incidir sobre o preço de venda do produto e o preço de custo unitário. As táticas de preços poderão ser usadas pelos varejistas para implementar o posicionamento do preço. 79 2.15.9 Estratégias e Programas do Composto Mercadológico – Ponto e Localização A decisão de localização é diferente dos outros componentes do composto mercadológico, ela é a única que não pode ser modificada facilmente. Quando a empresa escolhe o local de funcionamento, define praticamente a essência de todas as estratégias mercadológicas, pois cada localização desenha uma tipologia de mercado consumidor, concorrente e fornecedor. Numa análise de viabilidade de implantação de um negócio, os estudos técnicos reservam uma capítulo minucioso para análise do local de funcionamento da futura empresa. 2.15.10 Estratégias e Tipos de Decisões de Localização A escolha da localização depende do posicionamento estratégico definido pela empresa. Lojas sofisticadas preferem como localização shoppings, localizados em bairros ricos de alta renda, enquanto lojas de produtos populares preferem se localizar em centros comerciais de rua, frequentados pelas classes C e D. Segundo Kotler e Keller (2006) p. 513, os varejistas devem decidir sobre os locais mais vantajosos para suas lojas. Podem utilizar uma variedade de estratégias para avaliar localizações, incluindo a medição de tráfego de pessoas, pesquisas de hábitos de compra dos consumidores e análises da localização da concorrência. 2.15.11 Tipos de Localização varejista Segundo Parente (2000), existem três tipos de localização para uma empresa varejista: centro comercial não planejado, centro comercial planejado 80 e loja isolada. a) centro comercial não planejado: são pequenas localidades não planejadas espalhadas pela cidade, bairro e vizinhança; b) centro comercial planejado: é um estabelecimento utilizado por várias unidades varejistas, sendo que o shopping center é que se destaca mais no comércio planejado, com várias opções para seus clientes em um único estabelecimento; c) lojas isoladas: são aquelas que não contam com outras próximas para alavancar sua atratividade. De acordo com Kotler e Keller (2006), existem mais cinco tipos de localização em qual os varejistas podem abrir lojas nos centros: em shopping Center regional ou local, em uma galeria de bairro ou dentro de uma loja maior: centros comerciais em geral, shopping centers regionais, shopping centers locais, shopping centers locais, galerias de bairro e uma unidade dentro de uma loja maior. 2.15.12 Apresentação Layout e Exposição dos Produtos Segundo Parente (2000, p. 293), as decisões sobre a loja, sua atmosfera, apresentação externa, apresentação interna, layout, exposição de produtos, não devem visar somente a construir a imagem e conquistar as preferências do público-alvo da loja, mas também estimular uma maior produtividade da área de venda. Essa decisão do composto varejista, deve fazer parte de um conjunto harmônico e integrado às outras decisões de linha de produtos, preço, promoção, pessoal e localização. Nenhuma outra variável do mix varejista provoca tanto impacto inicial no consumidor como a loja em si. 2.15.13 Apresentação do ambiente externo da loja 81 Os consumidores buscam a cada dia inovação, e estão sempre a procura de lojas que os satisfaçam. A aparência de uma loja chama intensamente a atenção do consumidor, trazendo uma mudança total de sua visão do ambiente da loja. Os aspectos externos da apresentação da loja provocam um forte impacto em sua imagem e são extremamente importantes para atrair o consumidor, pois determinam à primeira impressão que o consumidor tem, influenciando sua percepção sobre a qualidade e o tipo de loja.” (PARENTE p.294, 2000) Conforme Parente (2000), os varejistas não devem minimizar a importância da apresentação externa da loja, sendo que um ambiente externo bem desenvolvido atrai mais clientes para loja, com um diferencial entre seus concorrentes e satisfazendo o consumidor final. Ainda conforme Parente (2000), os principais fatores que devem ser considerados nas definições da apresentação externa da loja são: visibilidade da loja, tamanho, estilo, arquitetônico, tipos de fachadas, vitrines, conservação, placa com identificação da loja. A visibilidade externa tem que sempre inovar, da melhor forma, para atingir seus objetivos e satisfazer seus consumidores. 2.15.14 Apresentação Interna da Loja O consumidor buscar lugares que o satisfaçam e que eles se sintam à vontade e confortável. Existem elementos, como as cores ou o som, que exercem uma função de provocar especial estímulo aos cinco sentidos. Outros, como a sinalização e os equipamentos, facilitam o processo da comunicação e o processo de compra. (PARENTE,2000, p.295) Ainda, segundo Parente (2000), há elementos que influenciam a apresentação interna da loja como: Iluminação, odores e perfumes, paredes, apelo do tato, som e apelo ao paladar, que fazem uma grande diferença na hora de o consumidor adquirir os produtos desejados. 82 2.15.14.1 Estratégias e Programa do Composto Mercadológico de comunicação Segundo Cobra (1997), o composto promocional pode ser definido como os componentes básicos de comunicação da empresa com o seu meio ambiente, como: a criação da imagem do estabelecimento, propaganda e publicidade; propaganda institucional, que se preocupa em construir ou fortalecer a imagem da empresa; propaganda de varejo, cujo objetivo é a venda, consistindo na apresentação do produto, marca e descrição, preço, condições de pagamento e o endereço; propaganda cooperada que são campanhas de varejo realizadas pelos fabricantes e lojistas; propaganda testemunhal, quando uma pessoa de credibilidade presta seu testemunho sobre as qualidades de um produto ou serviço; e propagandas comparativas que apresentam comparação entre dois produtos. Para Kotler e Keller (2006), o composto promocional, também conhecido como composto de comunicação de marketing, consiste em cinco importantes modos de comunicação que são propaganda, promoção de vendas, relações públicas e publicidade, venda pessoal e marketing direto. 83 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO Para demonstrar a importância que a utilização de conceitos de marketing no varejo torna a empresa mais competitiva, agregando valor ao negócio, foi realizada uma pesquisa de campo no Supermercado Avenida, localizado na cidade de Lins, no período de fevereiro de 2011 a setembro de 2011. Para realização da pesquisa utilizaram-se os seguintes métodos: a) Estudo de caso: analisaram-se aspectos voltados para a área de marketing no varejo e qualidade nos serviços prestados pela empresa, para que se pudesse agregar valor ao negócio. b) Observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos, no Supermercado Avenida, bem como os seus objetivos a fim de verificar o desempenho oferecido pela metodologia do marketing de Varejo. c) Método histórico – foram analisados os dados e evolução histórica da empresa e também do assunto como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso. As técnicas utilizadas foram: a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A) b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B) c) Roteiro do Histórico do Supermercado Avenida (Apêndice C) d) Roteiro de entrevista para o encarregado do Supermercado Avenida (Apêndice D) A pesquisa buscou responder a seguinte pergunta problema: A utilização de conceitos de marketing no varejo torna a empresa mais competitiva, agregando valor ao negócio? 84 3.1 Relato e Discussão sobre o marketing no varejo realizado no Supermercado Avenida O Marketing no varejo é um valor fundamental presente em todas as empresas varejistas. O supermercado Avenida Lins tem como mercado alvo as classe média e alta devida à sua localização, onde se concentra grande parte da renda média e alta da cidade. Segundo Kotler e Keller (2006), ao avaliar os seguimentos de mercado, a empresa precisa examinar dois fatores: a atratividade global do seguimento e os objetivos e recursos da própria empresa. A empresa deve analisar, se o seguimento que ela pretende atuar atende aos cinco critérios de utilidade; se possui características atrativas, como tamanho, crescimento, aproveitamento, economia em escala e baixo risco; e, se ao investir nele estará de acordo com os seus objetivos e recursos Após selecionar o público-alvo, a empresa deve decidir bem sobre seu mix de produtos, para atender-lhe corretamente a necessidade, pois em uma área de classe média alta, por exemplo, a sessão frangos não terá a mesma importância que a sessão vinho e, em uma área de baixa renda, a sessão vinho será bem menos importante do que a sessão de frangos, e quando a empresa não adquire os produtos certos para satisfazer a necessidades dos clientes, ela pode estar perdendo de duas maneiras, por um lado estará perdendo em estoque parado, pois o determinado produto por não ser muito consumido naquela região, ficará nas prateleiras por muito tempo, diminuindo assim o lucro do comerciante e, por outro lado, poderá estar perdendo lucro também, por deixar faltar produtos aos clientes, ou seja, não comprar em quantidade suficiente para atender a demanda do público-alvo. Antes de qualquer coisa, é necessária uma pesquisa de mercado, pois só assim será possível descobrir as carências do mesmo e definir seu público, quem se irá atender e satisfazer as necessidades com seus produtos. Diante de tudo isso, a rede Avenida visa a trabalhar com as melhores marcas e com os melhores fornecedores, para atender um público consumidor cada vez mais exigente, com os produtos e serviços que o varejo tem a 85 oferecer. Por atuar em diversas cidades do interior paulista de diferentes regiões geográfica, econômica e social, os espaços de venda também diversificados. São observados os três aspectos citados acima, para se traçarem as estratégias e modelar o planejamento, conforme as necessidades, a expectativa da região de cada loja, pois o perfil de clientes da rede Avenida é diferenciado, variando de região para região. Então é necessário todo um estudo estratégico na região, onde a loja se situa, para determinar para qual público-alvo as vendas serão voltadas. 3.1.1 Sortimento de Produtos A decisão do mix de produtos é uma das decisões mais importantes para importantes para uma empresa varejista, pois cada ramo ou setor varejista é determinado pelos produtos que a empresa oferece. No supermercado Avenida, loja 23, situada em Lins-SP, encontram-se os seguintes departamentos: açougue, bebidas, brinquedos, hortifruti, padaria, frios, limpeza, mercearia, peixaria, perfumaria e higiene, pet shop, rotisseria e utilidades domésticas. É feito todo um levantamento de mercado que abrange os aspectos comerciais do produto e do fornecedor, buscando informações precisas. No caso do produto, o seguimento e quais os similares já existentes e na questão do fornecedor, é feita toda uma pesquisa investigativa, tudo em nível nacional e regional por nos se tratar de uma rede de supermercado. Independentes do tanto de produtos que serão oferecidos aos consumidores, os itens precisam ser classificados em diferentes níveis hierárquicos de agrupamento. (PARENTE, 2000, p. 185) Subdividir a linha de produtos é essencialmente um processo de refinamento que simplifica os procedimentos de gestão do mix varejista, mas não existe um consenso sobre o número de níveis a serem utilizados e nem sobre a estrutura de classificação do produto. Cada empresa varejista desenvolve seu próprio sistema classificatório e utiliza nomes diferentes para denominar os diferentes tipos de classificação, tais como departamentos, seções, famílias, grupos, linhas, categorias. 86 A definição sobre como dividir hieraquircamente a linha de produtos em departamentos varia de acordo com o grau de especialização e com a linha de produtos de cada tipo de varejista. (PARENTE, 2000, p.187) A estratégia sobre o mix de produtos é um elemento fundamental para orientar as decisões sobre o mix de marketing. A rede Avenida já trabalha com um mix de produtos pré definidos pela matriz e, em cada região, é feito um trabalho em conversas informais com os consumidores dentro das lojas, para saber as preferências de produtos dos consumidores naquela determinada região. Na loja de Lins, por exemplo, o arroz Bonachão não era comercializado, por não fazer parte do mix de produtos pré determinado pela matriz, mas após conversas informais com clientes, dentro da própria loja, descobriu-se que é um produto muito consumido em Lins e região e, a partir daí, passou a ser comercializado pela loja de Lins para atender o perfil de consumidores locais e da região. Um mix de produtos (ou composto de produtos) consiste todas as linhas de produtos e itens que determinado vendedor coloca à venda. (KOTLER, ARMSTRONG, 2003, p. 223). Apesar de a rede Avenida trabalhar com um mix de produtos já pré determinado pela matriz, é feita uma análise das regiões geográfica, econômica e social em que se situam as lojas, para determinar quais produtos devem ser agregados naquela região, pois em cada cidade em que se situam as filiais da rede Avenida as necessidades e gosto dos clientes são diferentes. No caso da loja de Lins que tem como público alvo a classe média, o supermercado procura trabalhar com as melhores marcas e com os melhores fornecedores, mas sempre pensando no gosto do cliente, para atender um público consumidor cada vez mais exigente. 3.1.2 Serviços e Ambiente da Loja Segundo Márcio Yokota, encarregado de loja do Supermercado Avenida Lins, hoje o supermercado não pode só oferecer o produto, e sim agregar valores a eles, não ficar só no varejo, e sim procurar oferecer e vender serviços 87 ao público. Outro aspecto a ser considerado é a questão da ambientação da loja. Os espaços são bem delimitados e sinalizados, para ajudar na localização dos consumidores. O estacionamento é um serviço de grande importância para os consumidores, principalmente nas cidades de médio e grande porte. A loja Avenida Lins oferece um estacionamento amplo e de fácil acesso para facilidade dos consumidores. A loja funciona das 8h às 21h de segunda a sábado e das 8h às 20h, nos domingos e feriados. Devido à falta de tempo dos consumidores e à busca por conveniência estarem cada vez mais presentes na vida dos clientes, o Supermercado Avenida procura atender de forma adequada esse novo perfil de cliente. De acordo Parente (2000), as mudanças nos hábitos dos brasileiros têm motivado os consumidores a buscarem horários alternativos de compra, e devido a isso cada vez mais as lojas de varejo oferecem horários estendidos para conquistar a preferência dos consumidores. O crediário vem sendo um serviço muito valorizado pelo consumidor, em relação ao principal concorrente. O Supermercado Avenida Lins tem um prazo de pagamento menor, pois, por trabalhar com preços menores em seus produtos, não consegue oferecer prazos tão grandes de pagamento quanto seu concorrente que vende os produtos por maiores preços. A rede Avenida também conta com um sistema próprio de cartão de crédito. Entre alguns aspectos, os que mais desagradam o consumidor na hora da compra é a lentidão nos caixas. Para que não ocorra esse problema, o Supermercado Avenida Lins conta com 12 guichês de caixa, para que o consumidor não perca muito tempo na fila, esperando para passar suas mercadorias. O Supermercado Avenida possui serviço próprio de entrega, realizandoa em Lins e em toda a região. As entregas na região são baseadas em uma escala, cada dia da semana, quando fora de Lins é feita em uma cidade diferente, ou seja, cada cidade tem seu dia pré determinado na semana. Os serviços de entrega são muito valorizados. No varejo de alimentos, como nos supermercados, bons serviços de entrega se tornam em vantagem competitiva. (PARENTE, 2000, p.280). 88 Os serviços e ambiente da loja envolvem o relacionamento com o consumidor, e quando desempenhados de forma correta, o varejista consegue um relacionamento de longo prazo com o cliente. A loja Avenida de Lins conta com um ambiente de 1300 metros quadrados de área de venda, além dos serviços auxiliares dos caixas eletrônicos e pagamento de contas. Os serviços ao consumidor podem ser definidos como todas as “características, atividades e informações que aumentam a habilidade do consumidor em reconhecer o valor potencial do produto ou serviço principal do varejista”. (PARENTE, 2000, p.271) 3.1.3 Preço No Supermercado Avenida de Lins, o preço é uma das formas de atrair os clientes para a loja, mas apesar do preço sempre baixo, o cálculo é desenvolvido, tendo como base o custo do produto, impostos e despesas operacionais. O objetivo do Supermercado Avenida, em relação a seu principal concorrente, é a liderança em preço, procura sempre pesquisar o preço do concorrente, para praticar os mais baixos preços do mercado. No Brasil, essa disputa é muito comum entre super e hiper mercados. De todas as variáveis do mix de marketing, o preço é aquela que afeta mais rapidamente a competitividade, o volume de vendas, as margens e a lucratividade das empresas varejistas. (PARENTE, 2000, p.160) Apesar de não haver nenhum ditado popular que exemplifique isso, pode-se afirmar que o preço é uma variável importante sim no mix de marketing, mas o que os consumidores realmente procuram é preço aliado à qualidade, ou seja, querem pagar um preço bom mas também querem ter suas necessidades satisfeitas. Baseado nessa afirmação, a rede Avenida procura manter seus preços baixos, aliados às melhores marcas, para que os clientes saiam da loja satisfeitos nos dois quesitos, preço e qualidade. Segundo Parente (2000), nessa avaliação de beneficio/custo, são 89 encontrados vários seguimentos de consumidores, os quais serão explicados a seguir: a) consumidor orientado para o custo: é para satisfazer esses consumidores que a rede Avenida procura manter os preços sempre baixos em relação aos principais concorrentes. Para esse perfil de consumidor pouco importa atendimento, variedade e serviço; b) consumidores orientados para o benefício: para satisfazer esse perfil de consumidores, a rede Avenida procura aliar alguns benefícios aos preços baixos, pois para eles os fatores variedade, localização, e atendimento são mais importantes que o preço baixo. Esse tipo de consumidor dá preferência a lojas que satisfaçam plenamente suas necessidades, mesmo que para isso tenham que pagar um preço mais alto. O Avenida procura trabalhar sempre com preço baixo e qualidade no atendimento para tentar agradar a todos os seguimentos. 3.1.4 Comunicação Os clientes do Supermercado Avenida de Lins estão sempre no topo do organograma da empresa, porque além de estarem mais informados, possuem ferramentas para verificar os argumentos da empresa e buscar melhores alternativas. A probabilidade de satisfação e repetição da compra depende da oferta de atender ou não a essa expectativa de valor. As formas de comunicação do Supermercado Avenida com seus clientes visando a atraí-los para a loja e retê-los são: propaganda e promoção de vendas. Segundo Kotler (2006), a comunicação é o meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores, sobre os seus produtos e marcas que comercializam. A comunicação de marketing colabora de diversas formas com os consumidores. Eles podem conhecer ou ver como e porque um produto é usado, por qual tipo de pessoa, quando e onde; podem receber informações sobre quem o fábrica e o que a empresa e a marca 90 representam. A comunicação agrega mais valor ao público alvo, trazendo inovações e sendo extremamente recompensadora. 3.1.4.1 Propaganda Nota-se que no Supermercado Avenida de Lins, as propagandas são feitas em conjunto com as ofertas, ou seja, não existe propaganda que fale somente da loja, e sim para comunicar as ofertas do dia para os clientes. A propaganda é um bom meio de informar e persuadir quer seu propósito seja vender Coca-Cola no mundo inteiro, quer seja induzir os consumidores de países em desenvolvimento a beber leite ou a adotar o controle da natalidade. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p.387) Ainda segundo Kotler e Armstrong (2003), as decisões de propaganda devem passar por cinco etapas: estabelecer objetivos, decisões de orçamento, decisões de mensagens, decisões de mídia e avaliação da campanha. 3.1.4.2 Promoções de vendas Atualmente, é cada vez mais natural a propaganda e a venda pessoal trabalharem em conjunto com outra ferramenta promocional, chamada de promoção de vendas. O Supermercado Avenida trabalha com essa ferramenta. São anunciadas ofertas através de TV, somente de quinta a domingo (TV Tem), rádio, panfleto, jornal e carro de som, para influenciar e incentivar os consumidores a comprarem imediatamente os produtos anunciados. A promoção de vendas consiste em incentivos de curta duração destinados a estimular a compra ou a venda de um produto ou serviço. Enquanto a propaganda e a venda pessoal oferecem razões para comprar um produto ou serviço, a promoção de vendas oferece 91 incentivos para comprar imediatamente. (KOTLER E ARMSTRONG, 2003, p. 400). 3.1.4.3 Marketing Direto A empresa também não utiliza marketing direto. Para Kotler e Keller (2006) o marketing direto é caracterizado como qualquer tipo de comercialização de produtos ou serviços sem a utilização de intermediários. Ou seja, vendas que são realizadas utilizando um ou mais elementos de propaganda para obtenção de resposta, sem a ajuda dos intermediários de marketing. Dentre os principais tipos de canais de marketing direto pode-se citar: Catálogos, malas diretas, telemarketing, sites, e-mail, dispositivos móveis e TV. 3.1.4.4 Relações públicas O Supermercado Avenida não utiliza esse conceito em toda sua plenitude. Eles somente usam o site da própria empresa para gerar e divulgar notícias da empresa. A atividade de relações públicas desenvolve a conscientização divulgando noticias na mídia que chamem a atenção para um produto, serviço, pessoa, organização ou idéia. O gerente deve identificar ou desenvolver matérias interessantes sobre o produto. (KOTLER, 2006, p. 595). Ainda segundo Kotler (2006), os profissionais de relações públicas buscam alcançar seu público alvo pela mídia de massa, a atividade de relações públicas de marketing busca cada vez mais técnicas inovadoras. 3.1.4.5 Vendas pessoais 92 O supermercado Avenida Lins não trabalha com o conceito de vendas pessoais. O princípio da venda pessoal tem como propósito fechar uma venda específica. Mas em muitos casos, a empresa não busca uma venda imediata, e sim a construção de um relacionamento fornecedor – cliente de longo prazo. Ela quer demonstrar que possui a capacidade de atender as necessidades do cliente de maneira superior. Os clientes de hoje são grandes e geralmente globais. Eles preferem fornecedores que possam vender e entregar uma serie de produtos e serviços coordenados para muitos locais, que possam resolver problemas com rapidez em diferentes localidades e trabalhar com as equipes dos clientes com vistas a melhorar seus produtos e processos. (KOTLER, 2006, p.630) 3.1.5 Localização A localização do Supermercado Avenida de Lins foi decidida baseada em três itens: público alvo, facilidade de acesso para os clientes da região e pelo prédio semi-pronto, pois diferente dos outros compostos varejistas (preço, mix de marketing, promoção, apresentação, atendimento e serviços) que podem ser alterados a qualquer momento, a localização é mais critica, já que uma vez decidida, dificilmente será mudada, e um erro de escolha de localização pode levar a loja a ter grandes prejuízos. Como todas as demais decisões do composto varejista, a seleção da localização deverá estar consistente com o posicionamento mercadológico adotado pela empresa, levando em conta os seguimentos que constituem seu mercado alvo. (PARENTE, 2000, p.325) A estratégia geográfica (concentração ou dispersão) utilizada pela rede Avenida é a de dispersão geográfica, pois tem suas lojas situadas em várias cidades e regiões. Dessa maneira é possível diminuir alguns riscos, como quando as lojas se concentram em uma mesma região, dos quais se destacam: crise econômica na região, catástrofe climática e a chegada de novos e fortes concorrentes. No local onde se situa, o mercado é uma região de classe média e alta, público alvo do Supermercado Avenida, já que visa a atender a um público que compra em menos quantidade, mas em maior frequência (classe 93 média e alta). A facilidade de acesso para os clientes da região também é uma das vantagens do Supermercado Avenida Lins, pois vários clientes de cidades da região se deslocam até Lins, para fazerem suas compras mensais ou semanais e logo na entrada da cidade, deparam-se com o Avenida e isso é uma grande vantagem competitiva nos dias de hoje, em que os clientes buscam, cada vez mais, facilidade e rapidez na hora das compras em supermercados. Outro fator determinante para a decisão de localização do Supermercado Avenida foi o prédio estar semi-pronto, o que facilitou a instalação da loja no local em que ela se situa hoje. A área de influência do Avenida, em Lins e região, é muito grande, mas existem alguns fatores que a determinam: a) linha de produtos: por ser um varejo de alimentos, consegue uma grande variedade em seus produtos, capaz de agradar a todos os tipos de clientes com preços baixos, mas que satisfazem a necessidades dos consumidores; b) tamanho da loja: por fazer parte de uma grande rede de supermercados, o Avenida Lins consegue uma maior variedade, mais conforto e serviços a preços competitivos e isso atrai mais clientes; c) densidade populacional: Lins não é uma cidade grande, mas é um centro de compras muito importante para toda sua região, e isso é mais um fator positivo na área de influência do Supermercado Avenida. d) concorrência: Quando o principal concorrente encontra-se muito perto é um fator negativo, pois dependendo das suas características, pode restringir a extensão da área de influência. No caso do Avenida Lins, a loja é situada longe do principal concorrente, mais, um ponto positivo na atração de clientes. 3.1.6 Parecer final sobre a pesquisa Percebe-se que o marketing de varejo do Supermercado Avenida de 94 Lins, possui boas relações com a teoria pesquisada e, sendo assim, as estratégias de marketing utilizadas pela empresa demonstram ser suficientes, para garantir a sua competitividade no varejo de alimentos. O forte trabalho dentro da loja, de ouvir os clientes em conversas informais, também compõe a gama de estratégias adotadas pela empresa. Diante da pergunta problema em que procurava responder se a utilização de conceitos de marketing no varejo torna a empresa mais competitiva, agregando valor ao negócio, concluiu-se que o Supermercado Avenida Lins, apesar de ainda ser uma empresa nova na cidade, comparada às outras que exercem o mesmo ramo de atividade, conseguiu se destacar e ganhar vantagem competitiva devido aos conceitos de marketing no varejo que são utilizados pela empresa. 95 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Diante da pesquisa realizada no Supermercado Avenida de Lins, no período de fevereiro a outubro de 2011, foi possível observar como é importante a utilização de conceitos de marketing no varejo para uma empresa ganhar vantagem competitiva. Como resultado das avaliações realizadas no decorrer dessa pesquisa, a fim de aumentar a vantagem competitiva e agregar valor ao Supermercado Avenida Lins, propõe se a implantação das seguintes melhorias: Aumento do horário de funcionamento da loja, pois seu principal concorrente fica aberto uma hora a mais e isso acaba causando perdas significativas para o Supermercado Avenida Lins, e pois clientes acabam sendo atraídos para o concorrente, sabendo-se que com a teoria pesquisada os clientes estão procurando cada vez mais comodidade e praticidade na hora de suas compras e, um horário mais flexível, é muito prático hoje em dia, com a vida corrida que todos levam. Fazer intervenções no composto de comunicação com propagandas locais em datas específicas, por exemplo, na Páscoa e Natal, investindo em outdoors, rádios e jornais locais, com a finalidade de tornar a marca Avenida mais forte na mente dos consumidores. Investir em patrocínio de eventos locais (atletas, eventos, festivais, atividades culturais,entre outros), com a finalidade de dar mais projeção à marca. Criação de um departamento de marketing local para verificar as necessidades dos consumidores em nível local, e propor ações de marketing para esse mercado específico. Maior diversificação do mix de produtos definidos pela matriz, dando mais possibilidades de escolha de produtos aos consumidores. Estruturar um programa de pontos, por exemplo, um programa de fidelidade, para estimular as vendas. Várias empresas locais, inclusive supermercados, já adotaram essa medida de oferecer um cartão para os clientes, e nesse cartão, seriam acumulados pontos, para, posteriormente, serem trocados por brindes ou para obterem descontos nas futuras compras. 96 Criar um setor de prospecção de negócios, em que deveria ter uma pessoa responsável por fechar negócios corporativos, ou seja, tentar fechar vendas maiores com empresas. Desenvolver uma linha de produtos com o nome da marca Avenida, por exemplo, como o Pão de Açúcar, que desenvolveu a marca Taeq. 97 CONCLUSÃO Com o presente estudo, conclui-se que, atualmente, os consumidores possuem um amplo leque de escolhas, em relação ao varejo, em especial, ao ramo de alimentos, a para uma empresa conseguir sobreviver nesse mercado em constante mudança, é necessário um planejamento de marketing bem elaborado, baseado em uma pesquisa de mercado bem definida. Analisou-se, através da pesquisa, que o conceito de marketing não deve ser confundido ou relacionado única e exclusivamente com a propaganda, marketing compreende: necessidades, desejos, demandas, produtos, serviços, trocas, transações, satisfação e relacionamentos duradouros. Marketing compreende pessoas, é a forma como as empresas se relacionam com seus consumidores. Existem muitas técnicas de marketing no varejo que podem ser seguidas pelas empresas, mas, se mal utilizadas, não serão é certeza de sucesso na conquista e fidelização de clientes. Por isso é importante um trabalho de conscientização dos funcionários e proprietários de qualquer empresa. Outro aspecto importante é a divulgação da marca e dos produtos de maneira correta para o público alvo, pois quem não é visto, não é lembrado. O profissional de marketing deve analisar bem os meios de divulgação, para que sua mensagem chegue ao público que pretende atingir. Verificou-se que a empresa utiliza vários dos conceitos pesquisados e, com a aplicação desses conceitos e teorias em sua prática de negócios, consegue alcançar seus objetivos organizacionais. Com a realização desse trabalho, também se pôde verificar que a aplicabilidade do marketing contribuiu para a agregação de valores a empresa, pois, através dele, criam-se diferenciais para atrair e reter o maior número de consumidores. É através do marketing, ainda que os clientes tomam conhecimento dos benefícios que a empresa oferece. Este trabalho não se esgota aqui, podendo o tema ser utilizado para realização de outros trabalhos acadêmicos. 98 REFERÊNCIAS COBRA, M. Marketing Básico: São Paulo: Atlas, 1997. DIAS, R.S. Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2005. GIULIANI, A. C. (Org). Marketing de Varejo. Itu: Ottoni, 2011. GIULIANI, A. C. (Org). Gestão de Marketing no Varejo II. São Paulo: Edições O.L.M, 2005. GIULIANI, A. C. (Org). Gestão de Marketing no Varejo. São Paulo: Edições O.L.M., 2003. KELLER, K. L.; KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. KOTLER, P. Administração de Marketing: A edição do novo milênio. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000. KOTLER, P. Administração de Marketing: Análise, implementação e controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. planejamento, KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LAS CASAS, A. L. Administração de Marketing: Conceitos, planejamento e aplicações à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2010. 99 LAS CASAS, A. L. Marketing de Varejo. São Paulo: Atlas, 2000 PARENTE, J. Varejo no Brasil: Gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000. PIZZINATTO, K. N. Marketing: marketing focado na cadeia de clientes. São Paulo: Atlas, 2005. SAMARA, B. A.; BARROS, J. C. Pesquisa de Marketing: Conceitos e metodologia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002. WALKER, B. J.; ETZEL, M. J.; STANTION, W. J. Marketing. São Paulo: Makron Book’s do Brasil, 2001. 100 APÊNDICES 101 APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO 1 INTRODUÇÃO O Objetivo principal de estudo do trabalho será demonstrar que a utilização de conceitos de marketing no varejo torna a empresa mais competitiva, agregando valor ao negócio. 1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado a) Descrição dos conceitos de marketing no varejo; b) Verificar os conceitos aplicados ao Supermercado Avenida c) Depoimentos do encarregado para desenvolvimento do estudo de caso. 1.2 Discussão Através da pesquisa realizada, será feito um confronto entre a teoria estudada, e a prática realizada pela empresa. 1.3 Conclusão Parecer final sobre o caso, e sugestões sobre manutenção ou modificações de procedimentos. 102 APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA I IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Ramo de atividade: II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Histórico da empresa 2 Layout da loja 3 Práticas de Marketing na empresa. 4 Satisfação do consumidor 5 Diferencial competitivo. 103 APÊNDICE C – ROTEIRO DO HISTÓRICO DO SUPERMERCADO AVENIDA LINS I IDENTIFICAÇÃO: Empresa: Localização: Atividade econômica: II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA 1 Histórico da empresa 2 Diversificação de produtos 3 Estratégias de marketing 4 Fidelização de clientes 104 APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O ENCARREGADO DO SUPERMERCADO AVENIDA LINS I. IDENTIFICAÇÃO Função:.................................................................................................................. Tempo de Função:................................................................................................. Formação:.............................................................................................................. Experiência:........................................................................................................... II.PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Qual o mercado alvo do supermercado Avenida Lins? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 2 Quais ações de marketing o supermercado Avenida utiliza para agregar valor ao negócio e fidelizar seus clientes fazendo que retornem a loja para novas compras? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 4 Qual o diferencial da empresa perante a concorrência? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 5 Como é determinado o sortimento de produtos? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 6 Quais são os serviços oferecidos no ambiente da loja com a finalidade de atrair os clientes para o supermercado Avenida? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 105 7 Como é determinado o preço dos produtos? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 8 Como é feita a comunicação das ofertas?Uma oferta anunciada vale pra toda rede? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 9 Dentro das especificidades do varejo, você considera que a utilização de conceitos de marketing agrega valor ao negócio? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 10 Como você vê o marketing de varejo no supermercado em relação à concorrência? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 11 Quais as formas de anuncio? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 12 Baseado em que foi determinada a localização do supermercado Avenida em Lins? .............................................................................................................................. .............................................................................................................................. 13 Quais as técnicas do Marketing de Varejo adotadas pela gerência do Supermercado Avenida? .............................................................................................................................. ...............................................................................................................................