VOLUME 97 NÚMERO 2 MAIO/ AGOSTO 2016 REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA Brazilian Journal of Pharmacy PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS WWW.RBFARMA.COM.BR ISSN (online) 2176-0667 VOLUME 97 NÚMERO 2 MAIO / AGOSTO 2016 Resumos do 8o Congresso Riopharma 2015 Novos Horizontes Dra. Elizabeth Valverde Presidente Associação Brasileira de Farmacêuticos A Revista Brasileira de Farmácia foi inaugurada em 1920, e desde então, esta é a primeira vez que celebramos a parceria entre a ABF e o Conselho Regional de Farmácia com a publicação deste número que reúne os resumos dos trabalhos científicos apresentados no VIII RIOPHARMA em 2015. Apresentaremos um total de 400 resumos ao longo deste ano que contemplará todas os segmentos da profissão farmacêutica contemplada no evento. Cabe ressaltar que as normas de publicação foram adequadas para atendimento ao Congresso, que estabeleceu uma Comissão Científica com duplas de avaliadores por cada proposta enviada, e considerou aspectos importantes, como a originalidade, ineditismo, qualidade e clareza. Esperamos que este seja o primeiro de muitos registros acadêmicos. Boa Leitura! Quantidade com qualidade Marcus Athila Presidente do CRF-RJ O elevado número e a alta qualidade dos trabalhos científicos inscritos no XVIII Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e 8º Congresso RIOPHARMA são o reflexo de um evento que valorizou, acima de tudo, o profissional farmacêutico. Com cerca de mil congressistas, o congresso trouxe ao Rio de Janeiro palestrantes nacionais e internacionais que, durante três dias, debateram os rumos da profissão. O eixo central foi a atuação clínica do farmacêutico, mas os temas mais variados foram abordados com profundidade no encontro, desde as análises clínicas, passando pela nanotecnologia, fitoterápicos, e muito mais. E esta diversidade também teve reflexos nos inúmeros trabalhos apresentados. Deu gosto ver os corredores cheios de pesquisadores, universitários e profissionais, debatendo aspectos técnicos da profissão, os novos rumos da farmácia e tudo o que pode ser feito para o avanço da Farmácia e da saúde no nosso país. Estes momentos não seriam possíveis, claro, sem o apoio da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e do Foro Farmacéutico de Las Américas (FFA), que, ao lado do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) ajudaram a construir e tornar este congresso um sucesso. Espero que os trabalhos aqui apresentados sirvam como um impulso para novas pesquisas e debates sobre o futuro da Farmácia, levando nossa profissão a evoluir cada vez mais, reforçando o seu papel na sociedade. As três pedras Carlos Santarem Presidente do 8º Congresso RIOPHARMA O conteúdo desta revista científica anuncia, além do seu aspecto científico, um momento marcante na história do Congresso RIOPHARMA. Um momento de novo balizamento para as próximas edições, o qual foi construído pela organização do congresso e que agora se afirma de maneira definitiva. Pela primeira vez na história de nosso congresso, reconhecido de grande expressão pelo meio farmacêutico, os resumos dos trabalhos aprovados passam a ser divulgados por uma revista científica. Coube à Comissão Organizadora somente a idealização deste marco; a construção dele deu-se, de fato, através de um entendimento claro de sua importância pelos profissionais de todo o país. Cada pedra da construção deste marco foi colocada na forma de trabalhos científicos vindos de diferentes recantos do Brasil. Evidencia-se também, com a publicação desta revista, que o 8º Congresso RIOPHARMA resgata o caráter de melhoria contínua a cada edição, oferecendo ao meio científico uma nova joia, cujos artesãos a souberam lapidar oferecendo as pedras preciosas as quais compõem esta revista. As pedras do marco histórico já estão bem posicionadas. Outras pedras, estas preciosas, se apresentam no formato de verdadeiras gemas, no conteúdo dos trabalhos científicos. Elas estão devidamente dispostas para que as possamos admirar e usufruir. Agora, estejamos preparados para oferecer uma nona edição com a mesma grandeza do oitavo. Teremos aí de enfrentar outras pedras; as pedras do caminho de uma nova realização. Sabemos ser difícil a construção; mas se fosse fácil, não seria o Congresso RIOPHARMA. Se fosse fácil, não seria para farmacêuticos. Novo campo para as pesquisas Robson Roney Bernardo Presidente da Comissão Científica do 8º Riopharma O XVIII Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e 8º Congresso RIOPHARMA contou com cerca de 400 trabalhos aprovados e com uma discussão de alto nível sobre a prescrição farmacêutica e suas derivações. Numa sociedade onde a automedicação atinge níveis alarmantes, onde doenças como diabetes e hipertensão explodem e o sedentarismo é um problema, a dispensação de medicamentos tem um papel fundamental. Neste congresso, pudemos observar um amplo debate sobre a atuação do farmacêutico neste contexto, seja na atenção farmacêutica, na farmacologia ou na prescrição. Diversos trabalhos apresentaram a inserção deste profissional e a sua importância nas equipes de saúde, ressaltando a importância da dispensação e da segurança farmacêutica. Áreas que, com a atenção farmacêutica, deverão ampliar o foco das pesquisas farmacêuticas, buscando integrar os vários campos da nossa profissão e destacando o farmacêutico dentro de um outro contexto, como um profissional cada vez mais integrado e essencial à equipe de saúde. Por sua relevância no cenário internacional e pelos temas abordados, acredito que este congresso terá uma grande influência sobre pesquisadores, professores e estudantes de Farmácia, com reflexos que influenciarão desde a grade curricular das universidades até as práticas futuras do farmacêutico, uma verdadeira transformação. Volume 97 Número 2 Maio / Agosto 2016 SUMÁRIO TÍTULO CLASSIFICAÇÃO XYZ DA PADRONIZAÇÃO 2014 DA FARMÁCIA DO HCPM Victor Hugo De Holanda Costa Martins PÁGINA 1464 ANÁLISE DE NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS DE UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLÍNICA Bruno Simas Da Rocha 1465 ANÁLISE DO PERFIL DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA RELACIONADO AO USO DE MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Bruna De Souza Carneiro De Almeida 1466 BUSCA ATIVA DE EVENTOS ADVERSOS DE SANGRAMENTO POR VARFARINA QUE CAUSARAM INTERNAÇÃO: ADAPTAÇÃO DE FERRAMENTA RASTREADORA PARA PRÁTICA CLÍNICA Flávia Valéria Dos Santos Almeida USANDO O MÉTODO DA IDENTIFICAÇÃO DA DIPIRONA COMO EXEMPLO DE REAÇÃO EXOTÉRMICA PARA ALUNOS DE GRADUAÇÃO VERANO COSTA DUTRA SENSIBILIDADE/RESISTÊNCIA DE ISOLADOS CLÍNICOS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS STAPHYLOCOCCUS COAGULASE-NEGATIVOS PROVENIENTES DE UM HOSPITAL DO RECIFE-PE Gérsica Maria Rodrigues Da Silva 1467 1468 1469 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DE HERPES ZOSTER EM REGIÕES BRASILEIRAS Daniele Gonçalves Fabre 1470 ESTUDO DO EFEITO INTERFERENTE DE β-CITRONELOL COM O ANTIFÚNGICO MICONAZOL SOBRE CEPAS DE CANDIDA ALBICANS Daniele De Figueredo Silva 1471 REGISTRO DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL ESTUDO DE CASO Martha Palma Gheller 1472 USO DOS MEDICAMENTOS INDICADORES DE REAÇÃO COMO FERRAMENTA PRÁTICA NA FARMACOVIGILÂNCIA Paloma Karoline Da Silva Brasil 1473 DESENVOLVIMENTO DE FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS Patrícia Krauze De Almeida 1475 POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA - UM ESTUDO PILOTO Gabriela Curbeti Becker 1476 MEDICAMENTOS LÍQUIDOS ORAIS CONTROLADOS PELA PORTARIA N.º 344: ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE DOSES PADRÕES EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Gabriela Curbeti Becker USO DE RASTREADORES NA IDENTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS AOS MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM QUEIMADOS DO DISTRITO FEDERAL? BRASÍLIA Silvana Borges Nascimento 1477 1478 PERFIL DAS PRESCRIÇÕES DO PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA NORTE/DF Káttia Maria Braz Cunha 1479 DOENÇAS NEGLIGENCIADAS EM ALAGOAS: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS NOTIFICADOS Thiago José Matos Rocha 1480 ADHERENCE AND/OR DISCONTINUATION TO IMATINIB MESYLATE ANTINEOPLASTIC IN PATIENTS WITH CHRONIC MYELOID LEUKEMIA William Gustavo De Lima 1481 IN VIVO SCHISTOSOMICIDAL ACTIVITY OF (Z)-1-(2-CHLORO-6-FLUOROBENZYL)-5THIOXO-4-(2,4,6 TRIMETHOXYBENZYLIDENE)IMIDAZOLIDIN-2-ONE Thiago J. Matos-Rocha 1482 CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA FARMACÊUTICA PARA OS ACADÊMICOS DE FARMÁCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Raiany Thaimeny Nery 1483 EVALUATE THE ACTIVITY ANTIFUNGAL AND ANTIBACTERIAL IN VITRO THE EMULSIONS CONTAINING ESSENTIAL OIL SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS RADDI Pablo Queiroz Lopes 1484 AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOLÓGICO DO EXTRATO DA FOLHA DO NONI (MORINDA CITRIFOLIA L.) PARA PADRONIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FITOTERÁPICO Suzana Bezerra ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO-LABORATORIAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS NO CEARÁ Luan Costa Ferreira 1485 1487 ERROS DE MEDICAÇÃO EM UMA REDE DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS Bruna Mafra Guedes 1488 SISTEMA DE DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS Dayana Azevedo Silva De Souza 1489 FERRAMENTAS PARA ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi 1491 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DE HERPES ZOSTER EM REGIÕES BRASILEIRAS Daniele Gonçalves Fabre 1493 ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO REJEITO MEDICAMENTOSO DESTINADO AO DESCARTE SUSTENTÁVEL ADEQUADO Iohana Dornelles Machado 1494 SUSPEITAS DE REAÇÕES ADVERSAS ENVOLVENDO ASPARAGINASE EM CRIANÇAS BRASILEIRAS Amanda Cabral Dos Santos 1495 CELLULAR OXIDATIVE STRESS IN PATIENTS WITH HEAD AND NECK CANCER IN TREATMENT WITH CISPLATIN AND RADIOTHERAPY Júlia Coelho França Quintanilha 1497 IMPACT OF DIFFERENT CISPLATIN DOSES ON TOXICITIES AND CLINICAL RESPONSE IN HEAD AND NECK CANCER PATIENTS Marília Berlofa Visacri 1498 A RELAÇÃO ENTRE POLIFARMÁCIA E DIABETES ENTRE OS PARTICIPANTES DO ESTUDO LONGITUDINAL DE SAÚDE DO ADULTO (ELSA? BRASIL) Raiany Thaimeny Nery 1500 PHARMACEUTICAL CARE AT HOME AS A TEACHING TOOL IN THE DIDACTIC TRAINING OF THE PHARMACIST-PATIENT RELATIONSHIP IN UNDERGRADUATES William Gustavo De Lima 1502 INTERAÇÃO MEDICAMENTO-ALIMENTO: A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO CORRETA Raiany Thaimeny Nery 1503 PERFIL DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS NOTIFICADAS NA UNIDADE DE TRANSPLANTE RENAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Rosa Maria Almeida Gurgel De Azevedo 1504 ESTRUTURAÇÃO DA ATIVIDADE JÚRI SIMULADO NA DISCIPLINA DE DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Maria Olívia Barboza Zanetti 1505 ESTRATÉGIAS PARA O USO OTIMIZADO DE ANTIMICROBIANOS: DA ANÁLISE DE EFETIVAÇÃO AO IMPACTO FARMACOECONÔMICO Elana Figueiredo Chaves 1506 TERAPIA ANTIFÚNGICA DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM FORTALEZA-CE: MAPEANDO A UTILIZAÇÃO PARA MELHOR RACIONALIZAÇÃO Helaine Almeida Queiroz 1508 ABORDAGEM FARMACOECONÔMICA SOBRE AS SUGESTÕES DE OTIMIZAÇÃO DA TERAPIA ANTIMICROBIANA: UMA ANÁLISE DE CUSTO-OPORTUNIDADE Helaine Almeida Queiroz 1510 UNINTENTIONAL MEDICATION DISCREPANCIES OF PATIENTS HOSPITALIZED IN A TEACHING HOSPITAL Lincoln Marques Cavalcante Santos 1512 CÂNCER DE MAMA: A PRÁTICA FARMACÊUTICA NA UTILIZAÇÃO DO TRASTUZUMABE. Erica Cristina Dourado Silva 1513 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS E FARMACOVIGILÂNCIA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE Deuzilane Muniz Nunes 1514 ERROS EM PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA MATERNO INFANTIL NA CIDADE DE PETROLINA-PERNAMBUCO Amanda Caroline Silva Morais 1516 DOENÇA DE CROHN - TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA TRADICIONAL E USO DE IMUNOBIOLÓGICOS. Francinalda Xavier De Sousa 1517 HORTO MEDICINAL DO CURSO DE FARMÁCIA DO UNIRITTER: INSERÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FITOTERAPIA EM ESCOLAS E COMUNIDADE LOCAL. Joyce Hofferber Fonseca 1518 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR PARKINSONISMO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO NO BRASIL Daniele Gonçalves Fabre 1520 REAÇÃO DE HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA ASSOCIADA À POLIMIXINA B: RELAÇÃO COM NEFROTOXICIDADE Karen Prado Herzer Mattos 1521 EFEITOS DE CONTRACEPTIVOS HORMONAL ORAL SOBRE OS NÍVEIS DE BIOMARCADORES DE DANOS OXIDATIVOS EM ATLETAS DE VOLEIBOL Marcio Antonio De Barros Sena 1522 AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE XAMPUS DE CETOCONAZOL, COMERCIALIZADOS EM FARMÁCIAS MAGISTRAIS NO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO, RJ Thaís Dolzany De Oliveira 1523 RECOLHIMENTO DE MEDICAMENTOS NO BRASIL: QUAL O PRINCIPAL MOTIVO? Flávia Valéria Dos Santos Almeida 1525 ELABORAÇÃO DE FICHA DE ANAMNESE FARMACÊUTICA PARA PACIENTES AMBULATORIAIS EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO Paolla Ferreira Baptista 1526 AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DO ÍNDICE DE ESTILOS DE APRENDIZAGEM (ILS) EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA: UM ESTUDO PILOTO Elisdete Maria Santos De Jesus 1528 CARACTERIZAÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA: UM ESTUDO PILOTO Elisdete Maria Santos De Jesus 1529 FARMACOVIGILÂNCIA ATIVA E ESTUDO DO NOVO ANTICOAGULANTE ORAL DABIGATRANA EM HOSPITAL PÚBLICO BRASILEIRO ESPECIALIZADO EM CARDIOLOGIA Luise De Barros Martins 1530 ERRO DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTIMICROBIANOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Giovânia Firmino De Almeida Aguiar 1531 ALTERAÇÃO DA ROTINA DO IDOSO CONTRIBUI PARA NÃO-ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Guilherme Lacerda Oliveira 1532 EFICACIA DE LOS PRODUCTOS DISPONIBLES EN EL MERCADO LOCAL PARA EL TRATAMIENTO DE LA PEDICULOSIS. Leticia Larreguy 1533 SLEEPING PILLS IN BRAZIL: FREQUENCY AND ASSOCIATION WITH ALCOHOL AND TOBACCO Katia Kodaira 1535 EVALUATION OF ANTIOXIDANT ACTIVITY IN VITRO OF MEDICINAL PLANTS EXTRACTS Kelly Karoline Dos Santos 1536 EVENTOS ADVERSOS NOTIFICADOS AO SISTEMA NACIONAL DE NOTIFICAÇÕES PARA A VIGILÂNCIA SANITÁRIA (NOTIVISA) POR UM CENTRO DE ESTADUAL DE FARMACOVIGILÂNCIA DO BRASIL: UMA ANÁLISE DESCRITIVA DE 2014 Elana Figueiredo Chaves AVALIAÇÃO DE UM CURSO DE ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AO IDOSO Bruno Simas Rocha 1537 1539 AÇÕES ARTICULADAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, DESENVOLVIDAS NO SERVIÇO, COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA FORMAÇÃO CLÍNICA E HUMANISTA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO Dayde Lane Mendonça Da Silva 1540 PRESCRIPTION ERRORS AND ASSOCIATED FACTORS IN PATIENTS WITH ONCOLOGIC AND HEMATOLOGIC DISEASES IN A BRAZILIAN TERTIARY HOSPITAL Rosa Camila Lucchetta 1541 DISEÑO Y EVALUACIÓN DE UN CURSO ONLINE SOBRE SERVICIOS PROFESIONALES FARMACÉUTICOS Pedro Armando 1542 AVALIAÇÃO FARMACÊUTICA DE NÃO CONFORMIDADES EM PRESCRIÇÕES PEDIÁTRICAS Jéssica Barros Rangel 1544 ANÁLISE DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM PACIENTES COM HIV EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Vinícius Abib Ramos Alves 1545 ANÁLISES DAS AUTORIZAÇÕES DE PROCEDIMENTO DE ALTA COMPLEXIDADE DE MEDICAMENTOS PARA PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Gabriela Santos Barbosa RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONSTRUÇÃO DE UMA DISCIPLINA PARA PROMOÇÃO DO DEBATE ACERCA DA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO DIANTE DOS NOVOS PARADIGMAS Samuel Rodrigues Almeida E Sousa CASOS DE HANSENÍASE NOTIFICADOS NO ESTADO DA PARAÍBA Sylmara Patrício De Santana Rosa 1547 1548 1549 UTILIZAÇÃO DO PROPARANOL PARA O TRATAMENTO DO HEMANGIOMA INFANTIL RELATO DE CASO Giovânia Firmino De Almeida Aguiar 1550 PROSPECÇÃO DE INDICADORES DA SÍNDROME METABÓLICA EM UMA COMUNIDADE ATENDIDA PELO PROGRAMA PRO/PET-SAUDE. Sebastiao De Lima Coelho 1551 FARMACOVIGILÂNCIA: CONTRIBUIÇÃO PARA REDUÇÃO DE PERDAS FINANCEIRAS E MELHORA NA QUALIDADE DOS MEDICAMENTOS Michelle Menezes Machado 1553 SIMULAÇÃO REALÍSTICA NO ENSINO DA COMUNICAÇÃO FARMACÊUTICA, BASEADA NA ENTREVISTA MOTIVACIONAL. Luciana Signor Esser 1554 EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS DE CURSO PARA FARMACÊUTICOS Márcia Dos Angeles Luna Leite 1555 COMO QUALIFICAR O ENSINO PROFISSIONAL EM GERONTOLOGIA? RELATO DE EXPERIÊNCIA Liziane Maahs Flores 1556 FARMACÊUTICO RESIDENTE EM APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Juliana Ellwanger 1557 ANÁLISE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: O CASO DA RADIOFARMÁCIA Luis Filipe Cavalcanti Santos 1558 SISTEMA DE DISPENSAÇÃO POR DOSE UNITÁRIA COMO INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA Ítala Morgânia Farias Da Nóbrega 1560 IDENTIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DE MEDICAMENTOS DE USO PRÓPRIO EM HOSPITAL DE PORTO ALEGRE Jéssica Weis Bonfanti 1562 ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS CLÍNICAS DE FARMACÊUTICOS PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL Carla Francisca Dos Santos Cruz 1563 FARMACOECONOMIA ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DE VALIDADE EM UMA FARMÁCIA HOSPITALAR Iara Vilela De Almeida 1565 ANÁLISE DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS NÃO PADRONIZADOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PERNAMBUCO Laís Emanuelle Bernardo Vieira 1566 AVALIAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE CROHN: ÊNFASE NO TRATAMENTO COM INFLIXIMABE Lissandra Cristina Traesel 1567 MÉTODO ATIVO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: ELABORAÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO POR ESTUDANTES DE FARMÁCIA Luzia Izabel Mesquita Moreira 1568 DOAÇÕES DE SANGUE NOS HEMOCENTROS DO ESTADO DO CEARÁ: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, CLÍNICO E SOROLÓGICO Elana Figueiredo Chaves 1569 PERFIL DO TRATAMENTO DE REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA PARA MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO VI EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA Anne Caroline Dornelas Ramos 1570 UM OLHAR SOBRE A FARMACOVIGILÂNCIA? PANORAMA MUNDIAL Jamyle Andrade Ferreira Dos Santos 1571 PERFIL DAS PRESCRIÇÕES MEDICAMENTOSAS NA UNIDADE DE TRANSPLANTE RENAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Rosa Maria Almeida Gurgel De Azevedo 1573 AVALIAÇÃO DE NOTIFICAÇÕES A PARTIR DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS INDICADORES DE REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO. Paloma Karoline Da Silva Brasil 1574 Expediente Resumos CLASSIFICAÇÃO XYZ DA PADRONIZAÇÃO 2014 DA FARMÁCIA DO HCPM Amanda Moreira Marques da Silva¹, Rayra Jesus Santoro Silva¹, Victor Hugo de Holanda Costa Martins2, Heron Corel de Oliveira2, Ana Paula Barroso Hoffer2. ¹Acadêmico Bolsista de Farmácia - HCPM/PMERJ - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - Rua Estácio de Sá, 20 – Estácio - [email protected]; ² Oficial PM Farmacêutico – HCPM/PMERJ - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - Rua Estácio de Sá, 20 – Estácio – [email protected] Introdução: O Hospital Central da Polícia Militar caracteriza-se como um hospital público geral de alta complexidade com diversas especialidades médicas e médio porte. A classificação XYZ baseiase em um método estratégico que auxilia na logística do serviço farmacêutico hospitalar, com esta classificação os itens são categorizados quanto a sua criticidade, sendo X de baixa criticidade, Y de média criticidade e Z os de máxima criticidade. Esta forma de classificação não tem a finalidade de analisar custos, e sim fazer um estudo com relação à imprescindibilidade do material para a continuidade do serviço de saúde prestado, estabelecendo níveis de atendimento adequados para que não haja risco às pessoas, ao ambiente e ao patrimônio da organização. Objetivos: Classificar os itens pertencentes à padronização do ano de 2014 da Farmácia, garantir um adequado planejamento do serviço da farmácia, do controle de estoque e ininterrupção dos atendimentos aos pacientes do hospital. Metodologia: A classificação foi realizada a partir da análise de 519 itens da padronização do ano de 2014 de acordo com o grau de criticidade, e com os resultados obtidos foi elaborado um gráfico com as proporções de X, Y e Z utilizando a planilha eletrônica do software Microsoft Office Excel 1997. Resultados: Foram obtidos como resultados do estudo, que 48% dos itens pertencem à classe X (249 itens), 27% foram classificados como Y (141 itens), e 25% dos itens foram classificados como Z (129 itens), com a máxima criticidade. Conclusão: Os resultados obtidos, através dessa ferramenta gerencial, facilitam a gestão do setor da farmácia, para que os itens que foram classificados como Z não faltem no hospital, e os que foram classificados como X não deixem de ser comprados, mas tenham uma prioridade menor em relação aos da classe Z e Y, garantindo o adequado serviço ou a assistência prestada ao paciente. Palavras-chave: Farmácia hospitalar, Classificação XYZ, Controle de estoque, Gestão em saúde. Referências: 1. BARBIERI, José Carlos; MACHLINE, Claude. Logística Hospitalar: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 2. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>. Acesso em: 05 dez. 2014. 3. CASTILHO, Valéria; LOURENÇO, Karina Gomes. Nível de atendimento dos materiais classificados como críticos no Hospital Universitário da USP. Brasília: Revista Brasileira de Enfermagem, 2007. 4. MAEHLER, A. E. et al. Aplicação do Método de Criticidade de Materiais em Estoques Hospitalares. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Florianópolis: ABEBRO, 2004. 5. PONTES, Ana Edite Lopes. Gestão De Estoques: Utilização Das Ferramentas Curva ABC e Classificação XYZ em uma Farmácia Hospitalar. Paraíba: Universidade Federal da Paraíba, 2013. 1464 Análise de notificações de Reações Adversas a Medicamentos de unidade de internação clínica Bruno Simas da Rocha1, Fernanda Rossatto Machado¹, Deise Luisa Locatelli1, Marina Delanni Vitória¹, Dreicy Glassmann¹ & Jacqueline Kohut Martinbiancho1 Seção de Farmácia Clínica – Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected] 1 Objetivo: A Farmacovigilância compreende atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos e problemas relacionados a medicamentos, incluindo Reações Adversas a Medicamentos (RAM)1. O farmacêutico clínico tem como atribuição o acompanhamento de pacientes, detectando e notificando RAMs. O objetivo deste estudo foi avaliar as notificações de RAM de farmacêutico de unidade de internação clínica. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em que foram avaliadas as RAMs notificadas por farmacêutico de unidade de internação clínica de 45 leitos, em Hospital Terciário Universitário, no período de junho/2014 a maio/2015. As RAMs foram classificadas conforme causalidade do algoritmo de Naranjo2, previsibilidade3, e gravidade. Resultados: Foram notificadas 95 RAMs no período. As classes farmacológicas mais envolvidas foram: antibacterianos (30,5%), antivirais (16,8%), antifúngicos (11,6%) e antineoplásicos (6,3%). Os principais medicamentos envolvidos foram: anfotericina B (11,6%), vancomicina (9,5%), cefepime (7,4%) e sulfametoxazol + trimetoprima (5,3%). Os sistemas mais envolvidos nas RAMs notificadas foram o dermatológico (30,5%), renal (22,1%) e neurológico (12,6%). Quanto à causalidade, 61,1% eram provável, 33,7% possível e 5,3% definida. Quanto à previsibilidade, 86,3% eram tipo A e 13,7% tipo B. 52,6% das RAMs eram de gravidade moderada, 38,9% graves e 8,4% leves. Em 49,5% dos casos o medicamento foi suspenso, levando à melhora da RAM e em 24,2% foi necessário tratamento específico para a RAM. Com relação à evolução do evento 48,4% dos pacientes se recuperaram sem sequelas e em 42,1% foi necessário prolongamento da hospitalização. Conclusão: Os medicamentos mais notificados foram os antimicrobianos e antineoplásicos, que possuem maior incidência descrita de RAM, além de serem medicamentos acompanhados pela farmácia clínica, fazendo com que a vigilância seja mais eficaz. Os principais sistemas envolvidos nas notificações realizadas foram o dermatológico, em que as RAMs podem ser detectadas através da inclusão de anti-histamínicos na prescrição; e renal, através da alteração de exames. Keywords: farmacovigilância; assistência farmacêutica; reação adversa. References: 1. OPAS. Segurança dos Medicamentos: um guia para detectar e notificar reações adversas a medicamentos (2004). 2. Naranjo CA, Busto U, Sellers EM, Sandor P, Ruiz I, et al. (1981); Clin Pharmacol Ther 30(2): 239-45. 3. Rawlins MD. (1981). BMJ 282: 974-6. 1465 Análise do Perfil de Orientação Farmacêutica Relacionado ao Uso de Medicamentos em um Hospital Municipal do Rio de Janeiro. Bruna de Souza Carneiro de Almeida1, Flávia Garcia Leite2, Laiz Machado da Silva Lebre3 & Benedito Carlos Cordeiro4. 1 Residência em Farmácia Hospitalar - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]); 2 Residência em Farmácia Hospitalar - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]); 3 Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (laí[email protected]); 4 Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]). Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo, a partir de uma pesquisa de satisfação dos usuários em uma unidade hospitalar no município do Rio de Janeiro, avaliar o perfil de orientação farmacêutica oferecido aos pacientes. Metodologia: As informações foram obtidas através de um questionário respondido pelos pacientes atendidos na farmácia ambulatorial no período de 12/03/2015 à 13/04/2015, pela manhã e tarde. Os usuários foram escolhidos de forma aleatória entre aqueles que aceitaram ser entrevistados. Os pacientes responderam as seguintes perguntas: 1) Houve orientação em relação ao modo de utilização dos medicamentos prescritos? 2) O paciente sabia como se orientar quanto ao intervalo de dose dos medicamentos? 3) Se a resposta acima foi NÃO, houve orientação da farmácia? 4) Houve informação apropriada em relação aos medicamentos prescritos na consulta médica? 5) A receita é legível? 6) Houve orientação da farmácia a respeito do tempo total de utilização dos medicamentos? 7) Como o paciente avaliou o atendimento recebido na farmácia. As informações foram colhidas e analisadas em planilha eletrônica feita no programa excel. O presente relato não foi avaliado por um Comitê de Ética em Pesquisa, já que se trata de dados coletados rotineiramente pela farmácia para avaliação da qualidade da rotina do serviço prestado aos seus pacientes. Resultados: 1169 pacientes foram atendidos neste período e a pesquisa foi realizada com 56 pacientes. Dos 56 pacientes entrevistados, 62,50% responderam que não receberam orientação em relação ao modo de utilização dos medicamentos. 8,93% dos pacientes não sabiam se orientar em relação ao intervalo de doses dos medicamentos, no entanto, nenhum deles obteve orientação da farmácia. 14,29% dos pacientes não receberam informação dos medicamentos na consulta médica. 23,21% dos pacientes responderam que a sua receita era ilegível. 39,29% não obtiveram informação em relação ao tempo total de utilização dos medicamentos. Em relação a satisfação dos usuários, 16,07% classificou o atendimento como ótimo, 58,93% bom, 17,86% regular e 7,14% ruim. Conclusão: Foi observado que os pacientes não recebiam a orientação necessária em relação a utilização dos medicamentos dispensados. Foi identificado que os profissionais que dispensavam na farmácia ambulatorial não possuíam a devida capacitação técnica para interagir com os pacientes, não garantindo o uso adequado e racional dos medicamentos. Palavras-chave: Atenção Farmacêutica, Farmácia Hospitalar, Orientação farmacêutica Referências: 1. Consenso de Granada sobre problemas relacionados com medicamentos. Pharm Care Esp, Madrid, v. 1, n. 1, p. 107-112, 1999. 2. Espanha. Ministerio de Sanidad y Consumo. Consenso sobre atención farmacêutica. Madrid, 2001. 1466 Busca ativa de eventos adversos de sangramento por varfarina que causaram internação: adaptação de ferramenta rastreadora para prática clínica Flávia Valéria dos Santos Almeida1,2, Priscilla Garcia de Oliveira2 & Christianne Brêtas Vieira Scaramello2 1- Instituto Nacional de Cardiologia – Rio de Janeiro- Brasil – Rua das Laranjeiras 174, Laranjeiras- CEP 22240-006 2- Universidade Federal Fluminense- Niterói- RJ- Brasil- Laboratório de Farmacologia Experimental – Rua Professor Hernani Melo n° 101,sala 2014 A- CEP 242210-130 Objetivo: Investigar o desempenho da prescrição eletrônica de vitamina K em até 48 horas da admissão, como rastreador de eventos de sangramento por varfarina que causaram hospitalização, classificar o grau de sangramento e identificar suas possíveis causas. Metodologia: Estudo prospectivo realizado entre 08/2013 a 07/2014 em um hospital público de alta complexidade em cardiologia. A vitamina K é utilizada como antídoto para reversão do efeito da varfarina, assim, a prescrição eletrônica de vitamina K, para pacientes acima de 18 anos, foi considerada como primeiro sinal de evento adverso (EA), confirmado posteriormente com o prontuário. Para investigação das possíveis causas e fatores de risco os pacientes foram entrevistados. Os sangramentos foram classificados em menor, maior e fatal segundo os critérios do estudo RELY®1. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa CAAE- 03455512.5.0000.5272. Resultados e Conclusão: De um total de 49 pacientes que utilizaram vitamina k até 48 horas da internação, 20 internaram por sangramento associado à varfarina, com o desempenho de 40,8%. A maioria era do sexo feminino (63,2%) e tinha idade superior a 60 anos (52,6%). O sangramento menor ocorreu em 47,4% e 15,8% apresentaram sangramento fatal. A maior parte dos pacientes com sangramento menor e maior era do sexo feminino, 77,8% e 57,1% respectivamente, já o sangramento fatal, atingiu 66,7% do sexo masculino. Na admissão, 74% tinham Razão Normalizada Internacional igual ou superior a 6,0. Além de varfarina, os pacientes utilizavam principalmente furosemida (63,2%), omeprazol (36,8%), losartan (36,8%) e sinvastatina (31,6%) e a comorbidade mais relatada foi hipertensão (68,4%). Todos os pacientes relataram não terem alterado seus hábitos alimentares no mês anterior à internação. Dois pacientes que tinham sofrido queda foram diagnosticados com hemorragia subaracnoidea e outros dois pacientes fizeram uso de dose superior à prescrita de varfarina. O uso do rastreador automatizado permitiu detectar os EA de forma direcionada, conferindo rapidez à identificação. Embora identifique o dano já ocorrido, o desenho prospectivo em tempo real permitiu que as causas fossem identificadas em maior proporção facilitando a visualização de falhas para proposição de barreiras na prevenção de futuros eventos. Palavras-chave (Keywords): Farmacovigilancia, Evento adverso, Varfarina Referências: 1. Rozich JD, Haraden CR, Resar RK. (2003); Qual Saf Health Care, 12(3): p. 194-200. 2. Connolly SJ; Michael MD, Ezekowitz D .(2009); N Engl J Med ;361:1139-51 1467 Usando o método da identificação da Dipirona como exemplo de reação exotérmica para alunos de graduação Verano Costa Dutra¹ ¹Faculdade Pitágoras. Guarapari, ES. E-mail: [email protected] / [email protected] Introdução: A disciplina de Aplicação dos Princípios Físico-Químicos à Farmácia pretende que o aluno tenha conhecimento básico das estruturas, nomenclatura e propriedades físico-químicas dos compostos, bem como que desenvolva habilidades de manuseio de vidrarias e de técnicas de laboratório. Objetivo: Nesse sentido, realizou-se uma aula prática a partir da Farmacopeia Brasileira com intuito de tratar do tema termodinâmica, mais precisamente reação exotérmica. Método: Participaram da prática os alunos do 2º período do curso de graduação de Farmácia, o experimento foi realizado adaptando o método de identificação da Dipirona encontrada na Farmacopeia Brasileira 2º volume de 2010. Os alunos reduziram a pó os comprimidos de Dipirona com auxílio de gral e pistilo e cada grupo de alunos pesou em balança analítica 0,5 g de Dipirona e gotejou água oxigenada (H2O2) 10 volumes (peróxido de hidrogênio a 3%) sobre 0,5 g do medicamento. Resultado: A Farmacopeia Brasileira 2° volume informa que algumas gotas de peróxido de hidrogênio concentrado são suficientes para a identificação da Dipirona, pois ocorre mudança da cor original (branca do comprimido) para uma coloração azul, que rapidamente desenvolve-se passa para um vermelho intenso, em paralelo, há também liberação calor, o que caracteriza uma reação exotérmica. Contundo, os alunos perceberam que poucas gotas de peróxido de hidrogênio 10 v não foram suficientes, devido ao fato desta solução não ser concentrada. A identificação da Dipirona foi alcançada utilizando 50 gotas (2,5 mL) peróxido de hidrogênio a 3%, verificando desta forma, a alteração da cor branca diretamente para vermelho intenso, sem passar para o azul. Além da alteração da coloração, percebeu-se também a liberação de calor (reação exotérmica) devido ao aumento de temperatura do béquer. Conclusão: Esta aula prática, portanto, permitiu a familiarização do uso da Farmacopeia e dos conceitos de termodinâmica. Palavras-chave: Reação exotérmica, Aula prática, Dipirona. Referências: 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2010); Farmacopeia Brasileira, volume 2: 912-914. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume2.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2015. 2. BROWN, T.L. et al. (2005); Química: a ciência central, 9: 139-181. 1468 Sensibilidade/Resistência de isolados clínicos de Staphylococcus aureus Staphylococcus coagulase-negativos provenientes de um hospital do Recife-PE Gérsica Maria Rodrigues da Silva¹, Danilo C. Araújo Batista², Ricardo H. A Castro3 , Felipe N. Coutinho4 , Charles F. S. Simões5 , Márcia J.P. Pessoa Maria6 , Nelly Caetano Pisciottano7 1 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, gersica18@hotmailcom; Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, [email protected] 3 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil 4 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, [email protected] 5 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, [email protected] 6 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil 7 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, [email protected] 2 Introducão: O Staphylococcus aureus é o agente causador de várias doenças e também intoxicações alimentares. Os Staphylococcus epidermidis e outros Estafilococos CoagulaseNegativos (ECN) eram considerados avirulentos, não patogênicos e vistos apenas como contaminantes de espécimes clínicos, recentemente, estas têm sido reconhecidas como importantes agentes etiológicos de infecção, já que se caracterizam por produzir frequentemente uma substância polissacarídica extracelular, amorfa e mucóide, conhecida como biofilme. Esse material tem sido apontado como um dos principais fatores de virulência. O aumento do número de pacientes imunocomprometidos e criticamente doentes, dependentes para seu tratamento médico de cateter vascular, tal como neonatos e pacientes com câncer e neotropenia, também parece ter contribuído para a atual prevalência desses patógenos nos hospitais. Outro fator que tem contribuído para a prevalência dos Staphylococcus aureus - MRSA, dos Staphylococcus coagulase-negativos e outros patógenos nos hospitais, é a emergência de cepas resistentes aos antimicrobianos. Obejtivo: Avaliar o perfil de Sensibilidade-Resistência de 36 isolados clínicos únicos de Staphylococcus aureus e 9 de Staphylococcus coagulase-negativos provenientes de diversos setores de um Hospital público de grande porte da cidade do Recife – PE. Metodologia: Técnica de disco-difusão em ágar [1]; Concentração Mínima Inibitória (CMI), pelo método de diluição em Agar [2]. Resultado e discussão: Com referência aos resultados obtidos com os antibiogramas, Dos 45 isolados clínicos do estudo, 39 (87%) foram resistentes à Penicilina. Todas as cepas, tanto Staphylococcus aureus, como Staphylococcus coagulase-negativo foram sensíveis ao Glicopeptídeo Vancomicina. Dentre as 36 cepas de Staphylococcus aureus, 11 delas apresentaram resistência tanto à Cefoxitina, como à Oxacilina, o que confirma a presença do gene MecA da proteína PBP2a, que indica o caráter de multirresistência dos referidos isolados. Ainda em relação às 36 cepas de Staphylococcus aureus, 12 delas apresentaram caráter de resistência à Meticilina/Oxacilina (MRSA); e, das 9 cepas de Staphylococcus coagulase-negativas, 8 apresentaram caráter de resistência à Meticilina/Oxacilina. Conclusão: O caráter de Sensibilidade/Resistência dos isolados clínicos, determinado pelo estudo de antibiograma, ficou confirmado pelos valores determinados para as Concentrações Mínimas Inibitórias (CMI) de Oxacilina. Palavra-chave: Staphylococcus; coagulase-negativa; resistência Referencias: 2.Bauer AW, Kirby WMM, Sherris JC, Turck M. Antibiotic susceptibility testing by a standardized single disk method. Am J Clin Pathol. 1966;45:493-496 2. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Performance Standards for Antimicrobial Disk Susceptibility Tests; Approved Standard - Nineth Edition, M2-A8. Clinical and Laboratory Standards Institute, Pennsylvania; 2007. 1469 Perfil epidemiológico dos óbitos de Herpes Zoster em regiões brasileiras Daniele Gonçalves Fabre1 1 Universidade Iguaçu (Campus V) – Curso de Medicina Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] Herpes Zoster (HZ) é uma doença que resulta da reativação do vírus Varicela Zoster (VVZ), membro da família Herpesviridae1. O VVZ fica latente nos gânglios das raízes dorsais após a infecção primária na infância e se manifesta sob a forma de um exantema vesicular distribuído de acordo com o dermátomo sensorial atingido 2 provocando dor nevrálgica e disestesia3. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos de HZ nas regiões brasileiras compreendendo o período de 2009 a 2013. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de coorte transversal. Os dados coletados foram provenientes do DATASUS4. A partir da secção Mortalidade, foram selecionados casos do CID-10: Capítulo I (Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias); Grupo das Infecções Virais Caracterizadas por Lesões de Pele; e Categoria B02 (Herpes Zoster). Resultados: No Brasil foram registrados 329 óbitos de HZ entre os anos de 2009 a 2013. Dos 329 casos, 17,6% foram registrados em 2009, 18,9% em 2010, 20,0% em 2011, 21,6% em 2012 e 21,9% em 2013. No período estudado, a região sudeste registrou 49,6% dos casos, a região nordeste 21,9%, a região sul 17,3%, a região centro-oeste 7,9% e a região norte 3,3%. O sexo feminino representou 62,3% dos casos e o masculino, 37,7%. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando 50,5% dos casos. Em seguida, foram registrados 23,4% entre 70 e 79 anos, 10,1% entre 60 e 69 anos, 6,4% entre 50 e 59 anos, 3,1% entre 40 e 49 anos, 2,8% entre 30 e 39 anos, 3,1% entre 15 e 29 anos. Houve também 2 casos (0,6%) com menores de 1 ano de idade. Conclusão: O trabalho ressalta que o número de óbitos por HZ aumentou com o passar dos anos e que o maior número de casos ocorreu na região sudeste, entre o sexo feminino e acima dos 80 anos. A HZ pode se tornar uma doença grave quando acomete imunodeprimidos2, o que pode ser fatal quando não devidamente tratada. Nestes casos de imunossupressão, alterações anóxicas no cérebro são encontradas juntamente com alterações inflamatórias em vários órgãos, incluindo pulmão, fígado, baço e pele1. . Palavras-chave: Datasus, Herpes, Herpesviridae, Varicela. Referências 1. GOLDMAN, LEE; AUSIELLO DENNIS. Cecil’s medicina. Volume II, 23ª edição, p.28942897. São Paulo: Saunders-Elsevier, 2009. 2. FAUCI, ANTHONY et al. Harisson’s principles of internal medicine. 17ª edição, p.11021105. New York: Mc Graw Hill, 2008. 3. ROWLAND, LEWIS. Merritt’s tratado de neurologia. 11ª edição, p.178-180. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 4. DATASUS, Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def Acesso: 30 jun/2015. 1470 Estudo do efeito interferente de β-citronelol com o antifúngico miconazol sobre cepas de Candida albicans Daniele de Figueredo Silva¹, Cássio Ilan Soares Medeiros¹, André Parente de Brito Bezerra¹, Ana Luíza Alves de Lima Pérez2, Abrahão Alves de Oliveira Filho3 & Edeltrudes de Oliveira Lima1,2 1 Programa de Pós-graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected], [email protected], [email protected] e [email protected]; 2Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected], [email protected]; 3Doutor em Farmacologia (UFPB)/ Professor da Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas/ CSTR/UFCG, Patos, Paraíba, Brasil, [email protected] Descrição do estudo Estudou-se o efeito interferente de β-Citronelol ao antifúngico miconazol sobre cepas da espécie Candida albicans. A técnica de difusão em disco em meio sólido utilizando discos de papel filtro foi utilizada para o estudo de associação de β-Citronelol ao antifúngico, além de determinar o perfil de sensibilidade de miconazol1. Foram preparados placas petri estéries de ágar saboraud dextrose e 12 cepas de Candida albicans, sendo duas cepas padrão (ATCC-76485 e ATCC-74645) e dez isolados clínico, para a obtenção de suspensões com 105 UFC/mL. Uma alíquota de 10μL da CIM do produto ensaido, foi transferida para os discos contendo (miconazol 50mcg), em seguida alocados nas placas contendo o meio inoculado com 1mL das suspensões fúngicas. Nas placas, também estavam presentes o disco de miconazol e disco em branco embebido com 10 μL βCitronelol, ambos para a avaliação do perfil de sensibilidade isolado, além de serem designados como controle. Com a obtenção do perfil de sensibilidade do miconazol mensurado pela formação de halos de inibição ao crescimento fúngico, foi utilizado para classificar o efeito produzido quando em combinação ao β-Citronelol em sinergístico, quando o halo de inibição for maior ou igual a 2mm; efeito antagônico quando este for inferior ao apresentado pelo o miconazol e indiferente quando o diâmetro do halo de inibição for igual ao obtido pelo o antifúngico 1,2. Todo o ensaio foi realizado em duplicata. Os resultados mostraram que 7 cepas de C. albicans (58,3%) foram resistentes para miconazol, porém a combinação com β- Citronelol, produziu efeito sinergístico para 10 cepas (83,3%), alterando seu caráter de resistência antes apresentado para o antifúngico isolado. Portanto, o β- Citronelol em associação com miconazol, revelou um excelente efeito interferente contra cepas C. albicans, o que permite vislumbrar seu grande potencial como candidato ao desenvolvimento de novos antifúngicos. Palavras- chave: Candida albicans, Associação, Miconazol, β- Citronelol Agradecimentos (apoio Cnpq) Referências 1. Oliveira RAG, Lima EO, Vieira WL, Freire KRL, Trajano VN, Lima IO, Souza EL, Toledo MS, Silva-Filho, RN. (2006); Rev Bras Farmacogn. 16: 77-82 2.Cleeland L, Squires E. (1991); Antibiotics in Laboratory Medicine. Baltimore: Williams & Wilkins, 739-88. 1471 Registro de Orientação Farmacêutica em atendimento ambulatorial - estudo de caso Martha Palma Gheller1, Evani Leite de Freitas2, Jéssica Quintanilha Marcelo de Carvalho2 & Rafaela Tavares Peixoto2 1 Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]; 2Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] Objetivo: Mensurar e analisar os registros das orientações farmacêuticas prestadas em uma farmácia ambulatorial através dos dados obtidos de planilha específica. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo retrospectivo realizado na farmácia ambulatorial de um hospital público de referência em cardiologia no município do Rio de Janeiro. Foram analisados os registros de orientação farmacêutica realizados no período de julho/2014 a novembro/2014; para cada um desses constava: motivo, forma da orientação, assinatura do paciente, assinatura e carimbo do farmacêutico. O total de atendimentos ambulatoriais na Farmácia foi mensurado através do sistema informatizado MV2000i. Os dados foram expressos por meio de ferramentas da estatística descritiva, sendo apresentados em percentuais. Resultados: Foram realizados 4195 atendimentos ambulatoriais, dos quais, 2,7% (112) receberam orientação farmacêutica. Os motivos registrados para estas orientações foram: 50% (56) referentes à posologia (informações sobre intervalo de dose, ajuste de dose e esquema terapêutico), 26,8% (30) relacionadas ao início de tratamento e 3,6% (4) referentes à nomenclatura. Os demais registros, 19,6% (22), apresentavam mais de um dos motivos já descritos. Do total de orientações, 29,5% (33) foram feitas usando materiais impressos desenvolvidos no Serviço de Farmácia, destinados aos pacientes em uso de varfarina, enoxaparina e suspensões de antibióticos. Em 13,4% foram manuscritas as orientações no verso da receita do paciente, em 8% (9) usou-se as duas formas descritas anteriormente, enquanto para 49,1% (55) não foi detalhada a forma de orientação. Conclusão: Por meio da análise dos dados obtidos a partir da planilha foi possível identificar o baixo quantitativo de orientações e a prevalência daquelas relacionadas à posologia prescrita. Observou-se que um percentual elevado de orientações não teve sua forma discriminada, demonstrando uma necessidade de aperfeiçoamento da ferramenta. Além disso, as ferramentas utilizadas atualmente – materiais impressos e anotações manuscritas - não atendem à maioria das orientações realizadas e, consequentemente, evidencia-se a necessidade de desenvolvimento de novos materiais auxiliares, buscando aumentar o número de pacientes orientados. Diante do exposto, verificou-se a importância de manter registros das orientações farmacêuticas através de ferramenta específica. Palavras-chaves: Aconselhamento diretivo (orientação), Registro, Prescrição de medicamentos, Dispensação farmacêutica. 1472 USO DOS MEDICAMENTOS INDICADORES DE REAÇÃO ADVERSA COMO FERRAMENTA PRÁTICA NA FARMACOVIGILÂNCIA Paloma Karoline da Silva Brasil ¹, Marcia Maria da Silva Barbosa ², Maria das Dores da Silva Santos ³, Ariana Renaly de Oliveira 4 , Sávia Fonseca da Silva 5 & Erica Lira da Silva Freitas 6 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Natal, RN , Brasil, [email protected]; 2 Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, Brasil, [email protected]; 3 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, [email protected]; 4 Faculdade Natalense de Ensino e Cultura , Natal, RN, Brasil, [email protected]; 5 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, [email protected]; 6 Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, [email protected] Introdução: a Organização Mundial de Saúde (OMS) define farmacovigilância como “a ciência e as atividades relacionadas com detecção, avaliação, compreensão e prevenção das reações adversas ou qualquer outro possível problema relacionado com o medicamento”. Para a identificação de reações adversas a medicamentos (RAM), a notificação espontânea é considerada potencialmente o método mais custo-efetivo comparando-se com outras abordagens. No entanto, a principal limitação desse método é a subnotificação. Por isso a associação de técnicas de identificação de RAM é prática comum e recomendada por vários autores, tais como a revisão retrospectiva de prontuários, a qual tem o inconveniente de demandar muito tempo e recursos humanos, e o método alternativo de busca ativa desenvolvido pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI), o qual emprega dezenove rastreadores, incluindo medicamentos, parâmetros laboratoriais e informações sobre o cuidado e a evolução clínica do paciente. A fim de otimizar a busca ativa de RAM, desde 2010, utilizamos os rastreadores relacionados aos medicamentos, os quais após ajustes e acréscimos, foram denominados medicamentos indicadores de RAM (MIRAM), tradução feita do inglês “ADR indicator drugs”. A busca do motivo da prescrição dos MIRAM é utilizada aliada ao método de notificação voluntária e a revisão diária no prontuário dos pacientes. Objetivos: Quantificar e avaliar a utilidade dos MIRAM como ferramenta na identificação das RAM. Método: os dados foram obtidos a partir dos registros da revisão retrospectiva dos prontuários dos pacientes internados em um hospital universitário, terciário, com 210 leitos, que tiveram prescrito MIRAM no período de 01 de abril a 30 de maio de 2015. Resultados: Foram rastreados 772 MIRAM’s em 323 pronturários, 20,9% dos MIRAM prescritos levaram a identificação de suspeita de RAM, um total de 165: 75 tratadas com os MIRAM’s e 90 não foram tratadas com os MIRAM. Conclusão: Diante dos resultados conclue-se que o MIRAM é uma ferramenta útil para identificar RAM, visto que 20,9% da prescrição destes medicamentos levou a identificação de RAM, o que aliada a notificação 1473 voluntária e a busca ativa (revisão dos prontuários e visita às enfermarias) tem o potencial para diminuir a subnotificação e, consequentemente, aumentar o número de notificações de RAM. Palavras chaves: farmacovigilância, reação adversa, notificação, rastreadores. References: 1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. (2002); The importance of pharmacovigilance: afetynmonitoring of medicinal products. Geneva. 2. Wilholm, B. E.; Olson, S.; Moore, N. & Wood, S. (1994); Spontaneous reporting systems outside the United States. In: Pharmacoepidemiology (B. L. Strom, ed.). 138-155, Philadelfia: Wiley. 3. Gregory, Philip.Malone, Kier, Karen L. (2001); Medications misadventures: Adverse Drug reaction and medication errors. In: Drug information: a guide for pharmascists (Malone, Patrick M. et al). 491-442. McGraw-Hill. 1474 Desenvolvimento de formulário para avaliação da qualidade do armazenamento de medicamentos e correlatos Patrícia Krauze de Almeida1, Paolla Ferreira Baptista2, Dayana Azevedo Silva de Souza3, Fernanda Paquiela Gegenheimer4, Camila Barbosa de Carvalho5, Cláudia Cristina Santos Soares6, Fernanda Alves Brito7 & Lair Monteiro de Souza8. 1 Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Docente da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – [email protected]. 6Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Chefe do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]. Introdução: a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) é o principal local de armazenamento dos medicamentos adquiridos por um hospital. É o setor que possui maior responsabilidade em garantir a qualidade dos produtos e para tal é necessário desenvolver uma série de atividades, incluindo o registro das informações geradas. Tudo isso, tem por objetivo garantir a regularidade do abastecimento e a qualidade do que já está estocado, eliminar perdas e desperdícios e proporcionar subsídios para se determinar as necessidades de aquisição. Sendo assim a autoinspeção do armazenamento torna-se necessária e útil na medida em que implica numa melhor administração do espaço necessário para manter os estoques, bem como as estruturas das instalações de armazenamento, com a finalidade de manter e estabelecer padrões que assegurem a qualidade dos materiais armazenados e atender de forma eficiente os demais setores. Objetivo: propor um modelo de Ficha de autoinspeção para avaliação da qualidade do armazenamento em CAF hospitalar. Método: com base no “Guia de Orientação do Exercício Profissional em Farmácia Hospitalar” (CRF/PR, 2012), no questionário “Avaliação da Qualidade de um Serviço de Farmácia Hospitalar” (ANVISA, 2015) e no livro “Boas práticas para estocagem de medicamentos” (VALERY, 1989), foi desenvolvido um formulário “Roteiro de Inspeção para CAF”. Resultados: os documentos que foram utilizados como base apresentam peculiaridades e formulários muito extensos e detalhados que avaliam além da estrutura do hospital em estudo. Sendo assim, o modelo proposto especifica os itens básicos – infraestrutura, organização, condições do ambiente e relatórios de perdas – que devem ser cumpridos para possibilitar um processo de armazenamento adequado que garanta também a sua qualidade. Conclusão: a elaboração de um roteiro de autoinspeção para CAF permite a identificação dos processos que necessitem de melhor planejamento e a criação de indicadores de qualidade, gerando recomendações para sua correção ou melhoria. Este estudo sugere um modo de avaliar a organização e acondicionamento dos medicamentos a fim de evitar fatores que possam contribuir para danos aos pacientes. As não conformidades encontradas nas inspeções podem reorientar o planejamento do CAF e constituem uma oportunidade de implementação de medidas de melhoria da qualidade, contribuindo para a segurança do paciente. Palavras-chave: Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição, Gestão da Qualidade e Armazenagem de Medicamentos 1475 Potenciais interações medicamentosas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica – Um estudo piloto Gabriela Curbeti Becker¹, Monique Maia Ternes² & Denise Bueno² ¹ Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil – [email protected]; ² Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Farmácia, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil [email protected], [email protected] OBJETIVO: Pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) são geralmente expostos a um grande número de medicamentos o que leva ao risco de potenciais interações medicamentosas (PIM). A interação medicamentosa é a alteração do efeito terapêutico de um medicamento pela co-administração de outro e quando manifestada pode ter impactos negativos sobre o tempo de hospitalização, qualidade de vida e custo em saúde. O presente estudo apresenta como objetivo verificar a prevalência de PIM em pacientes internados na UTIP. METODOLOGIA: Estudo transversal, através da análise da prescrição médica do segundo dia de internação de 30 pacientes de 0-18 anos internados na UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) nos meses de fevereiro a maio de 2015. As PIM foram classificadas quanto a sua severidade em contraindicadas, graves e moderadas, através do Micromedex®. Foram excluídos do estudo os medicamentos de uso tópico, soluções para reposição volêmica e eletrolítica, nutrição parenteral, transfusões de hemoderivados e oxigênio. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado. RESULTADOS: O estudo demonstrou que 25 dos pacientes analisados apresentaram PIM. Encontrou-se uma prevalência de 59,2% de potenciais interações medicamentosas graves, 39,0% moderadas e 1,8% contraindicadas, resultado difere de outros referenciais bibliográficos, porém com proporções semelhantes. Foram detectadas 277 PIM, resultando em uma média de 11,1 PIM por prescrição. Ao observar os medicamentos que com maior frequência participaram das PIM, destacaram-se o midazolam, o fentanil e a furosemida com 17,0%, 15,7% e 15,4%, respectivamente. CONCLUSÃO: Devido à gravidade das patologias tratadas na UTIP, os pacientes recebem mais medicamentos, sendo assim mais susceptíveis à ocorrência de PIM. Os resultados do presente estudo indicam que o impacto destas interações potenciais sobre o efeito terapêutico deve ser fortemente monitorado pelo farmacêutico clínico, de forma a prevenir seus possíveis efeitos sobre o tratamento farmacológico, o que é ainda mais crítico no caso de pacientes graves, como os da UTIP. Palavras-chave: Interações de medicamentos, Terapia intensiva. 1476 Medicamentos líquidos orais controlados pela Portaria n.º 344: estudo para implantação de doses padrões em um hospital universitário Gabriela Curbeti Becker¹, Naiane Roveda Marsílio¹, Márcio Vinícius Ayres² & Sílvia Helena Oliveira de Almeida² ¹Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil - [email protected], [email protected]; ²Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil [email protected], [email protected]. OBJETIVO: Visando atender a segurança do paciente no ambiente hospitalar e a garantia da qualidade no processo de fracionamento, o objetivo deste trabalho é verificar a freqüência de prescrição de formas farmacêuticas líquidas em frascos multidoses dos medicamentos controlados de acordo com a Portaria n.º 344 de 12 de maio de 1998 e suas respectivas doses nas unidades de internação de um hospital terciário para implementação de um sistema de dispensação de dose individualizada através de fracionamento. METODOLOGIA: Estudo transversal e retrospectivo, onde foi realizado um levantamento das soluções orais dos medicamentos controlados de acordo com a portaria n.º 344 de 12 de maio de 1998 prescritos em um hospital universitário no período de março a junho de 2015. Todos os fármacos prescritos foram listados e destes foram selecionados os mais freqüentes nas internações pediátricas e não pediátricas. Os resultados foram armazenados em planilha do programa Excel e a análise foi descritiva através de freqüência absoluta. RESULTADOS: Ao total foram analisadas 11525 prescrições das seguintes soluções: clonazepam, clorpromazina, codeína, fenobarbital, fluoxetina, haloperidol, hidrato de cloral, levomepromazina e morfina. Em um primeiro momento, devido à imprecisão da medida em gotas, os medicamentos clonazepam, haloperidol e fenobarbital foram descartados como opção para o fracionamento. A solução mais freqüentemente prescrita em unidades de internação pediátricas foi a codeína (22,1%) com prevalância da dose de 9 mg. Já nas internações não pediátricas a solução com maior freqüência de prescrição (22,2%) foi a morfina com prevalência de dose de 5 mg. CONCLUSÃO: Com o aprimoramento dos padrões de qualidade nas instituições hospitalares a farmácia hospitalar tem o papel de entender e reconhecer potenciais problemas relacionados ao medicamento. O processo de fracionamento fornece medicamentos adaptados às necessidades da população, é financeiramente viável e contribui para aumentar a segurança na sua administração de acordo com as metas da Joint Comission Internacional. Dessa forma, o papel do farmacêutico é essencial na identificação das demandas em relação à preparação dos medicamentos com intuito de melhorar a qualidade da assistência e promover a segurança do paciente. Palavras-Chaves: Preparações farmacêuticas, Fracionamento de doses. 1477 Uso de rastreadores na identificação de eventos adversos relacionados aos medicamentos em um hospital de referência em queimados do Distrito Federal – Brasília Silvana Borges Nascimento1,2, Letícia Santana da Silva Soares1, Camila Alves Areda1, Jéssica Vick de Oliveira Leal1, Dayani Galato1 1 Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Centro Metropolitano, conjunto A, lote 01 - CEP: 72220-900; 2Hospital Regional Asa Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Asa Norte, SMHN Quadra 1 – CEP: 70710-100 Descrição do Estudo Objetivo: Identificar a ocorrência de eventos adversos1 através da aplicação de rastreadores2 em pacientes internados na unidade de queimados do Hospital Regional da Asa Norte - DF. Materiais & Métodos: Trata-se de um estudo transversal baseado na análise dos prontuários e do livro de registro da Unidade de Terapia de Queimados de todos os pacientes internados no ano de 2014. Foram coletadas informações sobre o perfil do paciente, da queimadura e do tratamento realizado durante o período de internação, bem como das complicações e eventos adversos registrados. Os rastreadores investigados foram aqueles descritos por Giordani e colaboradores 2. Para identificar os fatores associados aos eventos adversos foi adotado o teste qui-quadrado e a prova exata de Fisher (p<0,05). Resultados: A amostra foi composta por de 219 pacientes sendo 63% de homens, a média de idade foi de 32,4 (±20,1) anos. Os agentes térmicos foram os que mais causaram queimaduras nesta população (79,0%) sendo as de segundo grau as mais prevalentes (79,4%). As complicações durante a internação foram frequentes (49,8%) sendo a mais comum, as infecções. Um terço dos pacientes necessitaram de hemocomponentes (31,1%), principalmente concentrado de hemácias (23,4%). Os rastreadores que mais apareceram foram: antieméticos, anti-histamínicos e Hipoglicemia (<50 mg/dL). Onze pacientes apresentaram registros de eventos adversos nos prontuários. Houve associação entre possuir eventos adversos e a ocorrência de rastreadores (p=0,003), as complicações (p=0,003) e o número de medicamentos utilizados maior que 13 (p=0,003). Em 86% dos casos o desfecho foi a alta, mesmo que com sequela. Os medicamentos mais prescritos para estes pacientes foram os utilizados para o manejo da dor (N), para o tratamento de infecções (J), os antieméticos e insulinas (A). Uma particularidade destes pacientes foi o uso de antiparasitários (P). Conclusões: Observou-se que a ocorrência de Eventos Adversos mesmo sendo possivelmente subestimada esteve associada à presença de rastreadores, e, portanto, estes representam um instrumento importante para a busca ativa de eventos desta natureza. Palavras-chave: Eventos adversos, Rastreadores, Segurança do paciente, Queimados, Hospital. Keywords: Use at least three and at most five Agradecimentos Aos colaboradores do Núcleo de Farmácia, Núcleo de Segurança do Paciente e da Unidade de terapia de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte. References: 1. American Society of Healthy-System Pharmacists (1998). Am J Health Syst Pharm. 55(2):165-6. 2. Giordani F, Rozenfeld S, Oliveira DFM, Versa GLGS, Terencio JS, Caldeira LF, Andrade LCG. (2012); Rev Bras Epidemiol. 15(3): 455-67. 1478 Perfil das Prescrições do Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte/DF Káttia Maria Braz Cunha1, Carla Carlos dos Santos1, Amanda Almeida2, Laura Mendonça2, Maria de Fátima Pires1, Maria Luiza Braccialli1, Dayani Galato2 Hospital Regional Asa Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Asa Norte, SMHN Quadra 1 – CEP: 70710-100. 2Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Centro Metropolitano, conjunto A, lote 01 - CEP: 72220-900 1 Descrição do Estudo Objetivo: Descrever o perfil de prescrição de medicamentos para pacientes internados na Unidade de Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte – Distrito Federal, com ênfase ao uso de medicamentos antimicrobianos, controlados pela Portaria 3441 e potencialmente perigosos2. Materiais & Métodos: Foi realizado um estudo de análise das prescrições de medicamentos durante uma semana no mês de abril de 2015. Todos os pacientes internados neste período foram avaliados, sendo analisadas todas as prescrições diferentes, destacando-se que quando houve repetição de prescrição para um mesmo paciente esta foi excluída da análise. Como indicadores das prescrições, além do número de medicamentos por prescrição, avaliou-se a prevalência de prescrições contendo antimicrobianos, medicamentos controlados e medicamentos potencialmente perigosos. Adotou-se a estatística descritiva para analisar os dados coletados. Resultados: Foram investigados 170 pacientes, com idade entre 14 e 100 (56,3±18,3) anos, sendo que 52,9% foram homens. Os motivos mais comuns de internação, segundo a classificação internacional de doenças, foram pneumonia (23,5%) e dor abdominal (20,0%) e suspeita de Acidente Vascular Encefálico (12,9%). Para estes pacientes foram realizadas 729 prescrições, excluindo as repetidas foram analisadas 412. Estas prescrições possuíam de 1 a 17 (8,0±3,3) totalizando 3401 medicamentos. Estes pertenciam, segundo a classificação anatômica, terapêutica e química3, principalmente aos grupos anatômicos Alimentar e metabolismo (29,4%), Sistema Nervoso (19,7%) e Sangue e órgão formadores de sangue (18,8%). Das prescrições 70,3% possuíam medicamentos potencialmente perigosos (∑:656) sendo exemplos as insulinas, exoxaparina, glicose 50% e cloreto de potássio. Os antimicrobianos estavam presentes em 52,4% das prescrições (∑=285) e os medicamentos controlados pela Portaria em 38,4% (∑: 275). Conclusões: O perfil das prescrições observadas demonstra a complexidade dos tratamentos e a necessidade da promoção do uso racional e seguro dos medicamentos a fim de evitar eventos adversos que possam prejudicar a recuperação da saúde dos pacientes. Palavras-chave: Prescrições, Medicamentos Potencialmente Perigosos, Antimicrobianos, Segurança do Paciente, Hospital. Agradecimentos Aos colaboradores do Núcleo de Farmácia do Hospital Regional da Asa Norte. References: 1. Brasil (1998). Portaria 344de 12 de maio de 1998. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/Portaria_344_98.pdf 2. Instituto para Práticas Seguras de Medicamentos (2013). Boletim ISMP. 2(1): 1-3. 3. World Health Organization. Norwegian Institute of Public Health (2015). ATC/DDD Index 2015. Disponível em: http://www.whocc.no/atc_ddd_index/ 1479 DOENÇAS NEGLIGENCIADAS EM ALAGOAS: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS NOTIFICADOS Thiago José Matos Rocha1, Alexandre Vaz Machado2, Valeria Cristina de Melo Lopes1, Samara Almeida de Souza Griz1, Emanuelle Cavalcante Pimentel 1, Claudia Maria Lins Calheiros3, Flaviana Santos Wanderley4 1 Centro Universitário Cesmac, Maceió/AL, Brasil. www.cesmac.edu.br; 2 Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília/DF, Brasil. www.saude.df.gov.br; 3Universidade Federal de Alagoas, Maceió/AL, Brasil. www.ufal.br; 4Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Maceió/AL, Brasil. www.uncisal.edu.br Introdução: As doenças negligenciadas são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, principalmente na região Nordeste do Brasil1. Apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos em pesquisas e controle2. Doenças tropicais, como esquistossomose, leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar americana (LTA) continuam sendo algumas das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o território nacional3. Objetivo: O trabalho teve como objetivo demonstrar o perfil epidemiológico da esquistossomose, LV e LTA no estado de Alagoas entre os anos de 2007 a 2013 de modo que sirva de indicador para o redirecionamento das ações do estado no âmbito da saúde. Materiais e métodos: Este trabalho consistiu em uma pesquisa retrospectiva descritiva com base nos dados notificados e cadastrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN). Resultados: Quanto a LTA, durante o período do estudo foram notificados 547 casos. Quanto ao gênero, 67,82% eram do gênero masculino e 32,17% eram do gênero feminino. O número de casos para LTA foi maior faixa etária de 24 a 39 anos. A forma cutânea foi a formas clinica mais frequente entre os pacientes com LTA. Com relação a LV, foram registrados 25 óbitos de um total de 224 casos confirmados no período, representando uma letalidade de 11%. A letalidade por LV foi descendente nos últimos três anos (2011: 16,21%, 2012: 14,70% e 2013: 8%). O maior número de pacientes que chegaram a óbito era residente na capital Maceió com 17,4%, prevalecendo o gênero masculino com 60,86%. No caso da esquistossomose, foram notificados 534 de esquistossomose no estado de Alagoas de 2007 a 2013. Quanto ao gênero dos portadores de esquistossomose, 53% eram do gênero feminino e 47% eram do gênero masculino. De acordo com a faixa etária obteve o maior índice de casos em pacientes com idade entre 20-39 anos e o menor índice de caso com idade acima de 80 anos. Conclusão: Medidas de controle da doença vêm sendo tomadas no Estado, mas ainda faltam melhoraria no saneamento básico e de educação sanitária, para a maior redução dos casos de esquistossomose, LV e LTA. Palavras-chave: Leishmania sp., Schistosoma mansoni, Doenças Tropicais Referências: 1. Coura JR, Amaral RS. Mem Inst Oswaldo Cruz. (2004). 99 (5): 13-19. 2. Andrade ZA. Rev Soc Bras Med Trop. (2002). 35(5): 509-513. 3. Brasil. Rev Saúde Pública. (2010). 44(1): 200-2. 1480 Adherence and/or discontinuation to imatinib mesylate antineoplastic in patients with chronic myeloid leukemia William Gustavo Lima1*, Alexandra Rodrigues Alves1 & Lorena Rocha Ayres2 1 Universidade Federal de São João del Rei, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. Departamento de Ciências Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brazil. *[email protected] 2 Introduction: Adherence to imatinib mesylate (IM) treatment, promotes improved clinical outcomes for the patient and a decrease in public health expenditure1-3. The treatment duration, as well as the lack of efficacy decrease adherence to drug therapy, resulting in an increased mortality associated with Chronic Myeloid Leukemia, can result in many cases of hospitalizations and procedures related an increased health care costs4-5. Objective: The aim of the study is to evaluate and compare adherence and/or discontinuation to IM in different studies found in scientific literature. Methodology: An integrative review of original articles published between the years of 2004 and 2014 was performed using the databases PubMed/MEDLINE, Scopus and SciELO. The descriptor "imatinib" was used in two combinations employing the connector AND between terms, according to the examples: "medication adherence" AND "imatinib" AND "leukemia" and "patient compliance" AND "imatinib" AND "leukemia". The search process, resulted in 476 articles and 14 were included in the study. Results: The rates of adherence and discontinuation were quite diverse, ranging from 14.2% to 97.6% and from 1.8% to 35,0%, respectively. It was evidenced a high frequency (87.5%) of prospective and/or retrospective longitudinal studies. Most studies used questionnaires as an indirect method to assess adherence and factors related to poor adherence were especially adverse drug reactions, dose changes and unavailability of the medication. Conclusion: It is suggested that patient education, associated with a pharmacotherapeutic follow up by pharmacists or other trained health professionals can maximize patient adherence and minimize the treatment discontinuation, optimizing a better perspective to treatment by the patient. Keywords: Chronic Myeloid Leukemia, Imatinibe mesylate, Adherence, Discontinuation. Referências: 1. Hirji I, Gupta S, Goren A. (2013); Health Qual Life Outcomes. 8(11): 1-11. 2. Noens L, Van Lierde MA, De Bock R. (2009); Blood. 113(22): 5401-5411. 3. Jabbour EJ, Kantarjian H, Eliasson L. (2012); Am J Hematol. 87(7): 687-691. 4. Halpern R, Barghout V, Zarotsky V. (2009); JCOM. 16(5): 215-223. 5. Cid DMC, Magalhães SMM, Quixadá ATS. (2013); Rev Bras Hematol Hemoter. 35(6): 389-394. 1481 In vivo schistosomicidal activity of (z)-1-(2-chloro-6-fluorobenzyl)-5-thioxo-4-(2,4,6 trimethoxybenzylidene)imidazolidin-2-one Thiago José Matos-Rocha1,2, Maria do Carmo Alves de Lima3, Anekécia Lauro Silva3, Antônio Sérgio Alves de Almeida Júnior3, Moacyr Jesus Barreto de Melo Rêgo3, Marina Rocha Galdino-Pitta3, Ivan da Rocha Pitta3, Luiz Carlos Alves 1,2, Fábio André Brayner 1,2, Maira Galdino da Rocha Pitta3 Setor de Microscopia Eletrônica, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami/LIKA – UFPE. Recife/PE, Brasil. www.ufpe.br/LIKA; 2Laboratório de Biologia Celular e Molecular, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – FIOCRUZ. Recife/PE, Brasil. www.cpqam.fiocruz.br; 3Laboratório de Síntese de Fármacos, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. www.ufpe.br 1 Introduction: Schistosomiasis remains one of the most prevalent parasitic infections and has significant public health consequences1. Praziquantel (PZQ) is the only drug currently administrated to treat this disease. Therefore, it is essential to find new therapeutics2-3. Objective: The present study provides, for the first time, conclusions on the cytotoxicity, morphological changes and in vitro and in vivo schistosomicidal properties of (Z)-1-(2-chloro-6-fluoro-benzyl)-5-thioxo-4-(2,4,6-trimethoxybenzylidene)-imidazolidin-2-one (LPSFPTS23). Materials & methods: The structure of this compound was determined by spectroscopic methods. Ultrastructural changes of adult worms of S. mansoni were evaluated using scanning electron microscopy (SEM). In the in vitro assays, were evaluated parameters such motility, mortality and oviposition. In the in vivo evaluation, mice were infected with 80 cercariae of S. mansoni (LE strain) and orally administered 75 and 150 mg/kg) at 45days post infection for 5 consecutive days. Results: Our results show that compound LPSF/PTS23, present no toxic effects at different concentrations ranging from 5–100 μM. The evaluation of the in vitro susceptibility of S. mansoni to the imidazolidine derivative LPSF/PTS23 revealed that the worms were sensitive during the first 24 h, the highest mortality rate occurring after contact at a concentration of 100 µM. After 96 h, LPSF/PTS23 showed similar behavior to PZQ and induced 100% mortality at all concentrations. LPSF/PTS23 was considered to be active in the separation of coupled pairs, mortality, decrease in the motor activity. The LPSF/PTS23 induced significant ultrastructural alterations: The death of the parasite was preceded by progressive surface membrane damage, characterized by tegument peeling, spine reduction and erosion, blister formation and rupture. During in vivo study, doses of 75 mg/kg and 150 mg/Kg resulted in a significant reduction in worm burden. There was also marked reduction in liver and intestinal. Conclusion: Thus, this new imidazolidine derivative should undergo further study to develop schistosomiasis drugs. Keywords: Anti-Schistosoma mansoni, Schistosoma mansoni; Imidazolidines, Electron microscopy References: 1. Tallima H, Ridi R. (2007). Int J Antimicrob Agents. 29: 570-5. 2. Cioli D, Pica-Mattoccia L, Archer S. (1995). Pharmacology and Therapeutics. 68: 35-85. 3. Matos-Rocha TJ, Cavalcanti MGS, Barbosa-Filho JM, Lúcio AS, Veras DL, Feitosa AP, Siqueira Júnior JP, Almeida RN, Marques MO, Alves LC, Brayner FA. (2013). Planta Med. 79: 1307-12. 1482 Contribuição da disciplina de Semiologia Farmacêutica para os acadêmicos de farmácia: relato de experiência. Raiany Thaimeny Nery1 & Angelita Cristine de Melo1* 1 Universidade Federal de São Joãol Del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Divinópolis, Minas Gerais – Brasil; *[email protected] OBJETIVO: Descrever metodologias ativas empregadas no ensino de competências clínicas para o cuidado farmacêutico. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a disciplina de Semiologia Farmacêutica. RESULTADOS: Semiologia Farmacêutica é ofertada no 6º período do curso de farmácia da Universidade Federal de São João Del-Rei, com carga horária total de 54 horas (36 horas de aulas teóricas e 18 horas de práticas), sua ementa é “Comunicação farmacêuticopaciente, relação terapêutica, semiologia, anamnese e indicação Farmacêutica. Atendimento farmacêutico em transtornos menores. Reflexão crítica da função do farmacêutico comunitário em saúde coletiva: promoção do uso racional de medicamentos”. Os objetivos da disciplina são desenvolver nos acadêmicos as competências para conduzir o processo semiológico e semiotécnica para identificação das necessidades de saúde dos pacientes; realizar prestação de serviços farmacêuticos direcionados ao paciente, família e comunidade (excetuados o acompanhamento farmacoterapêutico e dispensação) e cuidar de pacientes com condições autolimitadas. Nas aulas teóricas são desenvolvidos temas como consulta farmacêutica: acolhimento, anamnese, técnica e registro da prática, identificação de parâmetros clínicos e os transtornos menores (contracepção, dismenorreia, candidíase, dor, febre, cefaleias, gripe, constipação, diarreia, hemorroidas, úlcera entre outras). Nas aulas práticas, a turma é dividida em subturmas, que possuem aulas quinzenais. Nestas aulas são feitas simulações, em que um acadêmico é escolhido para representar o paciente e outro o farmacêutico. Um caso clínico é apresentado aos alunos, e estes devem demonstrar como se comportar diante da situação. O assunto (afta, insônia, pediculose, escabiose, rinite, sinusite, distúrbios otológicos) é estudado previamente pelos alunos. A simulação é gravada e posteriormente analisada pelos alunos e a docente, para avaliar a postura e conduta do farmacêutico. Além disso, é feito análise de prescrição com o intuito de revisar a farmacoterapia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Semiologia permite o desenvolvimento de habilidades para a prestação de serviços farmacêuticos para o apoio ao manejo da farmacoterapia no contexto do autocuidado à saúde. Palavras chaves: Educação farmacêutica, Semiologia, Farmácia Referências Blenkinsopp A, Paxton P, Blenkinsopp P. Symptons in the pharmacy: a guide to the management of common illness. 6.ed. New Delhi : LWW, 2008, 360p. Berardi RR et al. Handbook of nonprescription drugs. 13.ed. Washington: AphA, 2002. Dipiro J et al. Pharmacotherapy: a pathophysiologic approach. 9.ed. New York : McGraw-Hill Medical, 2014, 2848p. Krinsky DL et al. Handbook of nonprescription drugs: an interactive approach to self-care. 18ed. Washington: American Pharmacists Association. 2014, 1041 p. 1483 Evaluate the activity antifungal and antibacterial in vitro the emulsions containing essential oil Schinus terebinthifolius Raddi Pablo Queiroz Lopes.1*, Fabíola Bernardo Carneiro1, Raphael Almeida Lira2, Sócrates Golzio dos Santos2, Elquio Eleamen Oliveira3 & Luis Alberto de Lira Soares.1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, Rua Prof. Artur de Sá s/n, 50740-521, Recife, Pernambuco, Brazil. 2. Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal da ParaíbaUFPB, Cidade Universitária, 58051-900- João Pessoa - PB - Brazil. 3. Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, Rua Horácio Trajano de Oliveira, s/n, 58070-450, João Pessoa, PB, Brazil. 1. * Corresponding author e-mail:[email protected] Objective: This study aimed to evaluate the activity antifungal and antibacterial in vitro the emulsions containing essential oil Schinus terebinthifolius Raddi. Methodology: Determination of Minimum Inhibitory Concentration (MIC) of the tested products was performed by broth microdilution technique containing 96 wells-bottomed "U" and in duplicate. In each well of the plate was added 100mL CSD (yeast) liquid medium or CN (bacterial) doubly concentrated. Subsequently, 100mL of solution products also doubly concentrated were dispensed into the wells of the first row of the plate. And by means of a serial dilution at a ratio of two concentrations were obtained 1024 µg/mL to 32 µg/mL, so that the first row of the plate will meet the highest concentration and last the lower concentration. Finally, was added 10uL of the inoculum of the microorganisms in plate’s wells where each column referred specifically to a strain. Results: The samples E4, E5 and E6 showed better antifungal activity, because it showed an increase compared to the essential oil. However, E5 formulation showed better antifungal activity to Candida albicans ATCC 90028 (256 / mL) as compared to the essential oil (512 ug / ml). The remaining samples showed no significant results when compared to the essential oil. For antimicrobial activity emulsions showed resistance except the E6 emulsion, which showed antimicrobial activity for Staphylococcus Aureus ATCC25923. Conclusion: The minimum inhibitory concentrations (MIC) in emulsions present better result than essential oil because these emulsion systems increase solubility and essential oil absorption in a formulation. The main advantage of systems emulsified is that increase the solubility and bioavailability of therapeutic drugs. Keywords: Oil essential, Schinus terebinthifolius, Emulsion, Minimum Inhibitory Concentration. References 1.Ferreira, M. A., R. Santiago, et al. (2010). AAPS PharmSciTech 11(3): 1383-1390. 2.Santos, O. D., J. M. Morais, et al. (2011). Journal of Dispersion Science and Technology(3): 433-438. 3.Tadros, T. F. (2014). Formulation of Disperse Systems: Science and Technology, John Wiley & Sons. 4.Vandeputte, P., S. Ferrari, et al. (2011). International Journal of Microbiology 2012. 1484 AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOLÓGICO DO EXTRATO DA FOLHA DO NONI (Morinda citrifolia L.) PARA PADRONIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FITOTERÁPICO Suzana Barbosa Bezerra¹, Antônia Samille Alcântara de Negreiros 2, Ana Virgínia Timbó Paiva Mororó 2, Renata Albuquerque Costa 2, Francisco Eduardo Aragão Carnuda Júnior 2,Paulo Sério Corrêa Siebra², Rafaelly Maria Pinheiro Siqueira 2. 1 Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FAMETRO, Rua Conselheiro Estelita, 500, Centro. Fortaleza, Ceará, Brasil. 2 Instituto de Teologia Aplicada – INTA , Rua Coronel Antônio Rodrigues Magalhães,359, Sobral, Ceará, Brasil. Objetivo: Avaliar o potencial biológico do Noni (Morinda citrifolia Linn). Materiais e métodos: As folhas de Noni foram coletadas em Sobral-Ce e realizada a produção de extrato alcóolico, que foi analisado quanto à presença dos principais grupos de metabólitos secundários. A avaliação da toxicidade do extrato etanólico das folhas de Noni (EEFN) foi realizada no ensaio com Artemia salina, onde os náuplios foram obtidos após a incubação (24 hs) e acrescidos em tubos (10 artemias e 1,5 mL de água do mar), EEFN (2000 ug/mL a 1 ug/mL) e dicromato de potássio e salina (controles). Após 24 horas, realizou-se a contagem de larvas sobreviventes. Já a atividade bacteriana do EEFN foi realizada com cepas de Staphilococcus aureus, Streptococcus pneumoniae (ATCC 11733), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 15442), Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228), Streptococcus pyogenis (ATCC 19615), Enterococcus faecalis (ATCC 4083). Suspensões microbianas (108 UFC/mL) foram semeadas em ágar MuellerHinton e discos impregnados com 20 uL do EEFN colocados nos meios inoculados, com clorexidina e meropenem usados como controles positivos. As placas foram incubadas a 35ºC/24h e a leitura dos halos de inibição foi realizada. A atividade antioxidante do EEFN foi realizada através do método do DPPH, onde uma alíquota (50 g/mL) de EEFN (3200 ug/mL até 10 ug/mL), -tocopherol (controle positivo) foi misturada com 1,95 mL de solução de DPPH. Após 30 min, foi feita leitura da absorbância em um espectrofotômetro (517 nm) e a porcentagem de inibição foi calculada. Todos os testes foram realizados em triplicata e analisados através de programa GraphPad Prism. Resultados: O EEFN demonstrou que até a concentração 200 ug/mL houve baixa toxicidade em artemias, entretanto, acima de 500 ug/mL foi encontrado sinais de toxicidade. O Noni foi capaz de inibir o crescimento de S. aureus no teste de diluição em ágar. Já para o teste de DPPH, o extrato apresentou boa atividade antioxidante, podendo ser associado com a presença de alguns grupos químicos, como flavonas e flavonoides. Conclusão: O Noni apresentou atividade 1485 antibacteriana e antioxidante, além de baixa toxicidade, favorecendo o seu uso como um fitomedicamento. Entretanto, estudos adicionais são necessários para maiores informações acerca da espécie. Palavras-chaves: Noni, atividade antioxidante, atividade antibacteriana, toxicidade, fitoterápicos. 1486 Análise do perfil clínico-laboratorial de pacientes pediátricos atendidos em hospital de referência em doenças infecciosas no Ceará Luan Costa Ferreira1, Antônio Carlos Policarpo Carmo2, Mércia Guimarães Carneiro2, Malena Gadelha Cavalcante2, Denise Girão Limaverde Lima2, Gardênia Monteiro Farias2, Luzia Izabel Mesquita Moreira1 & Ângela Maria de Souza Ponciano1* 1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, Ceará, Brasil Hospital São José de Doenças Infecciosas, Fortaleza, Ceará, Brasil 2 * E-mail: [email protected]; [email protected] Objetivo: Investigar o perfil clínico e laboratorial de pacientes pediátricos atendidos em um hospital de referência em doenças infecciosas no Ceará. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo com coleta de dados em prontuários médicos entre julho e dezembro de 2013. Correlacionou-se o perfil epidemiológico dos pacientes internados na Unidade de Pediatria do hospital em estudo (através das variáveis como sexo, faixa etária e região de procedência) com os resultados de exames laboratoriais de cunho microbiológico/viral/parasitológico/fúngico e os diagnósticos clínicos. Utilizou-se a planilha eletrônica do Microsoft® Excel® 2010 para o cálculo de médias, desvio padrão e freqüências. Esse trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa com Humanos da UFC, com número do CAAE 33305014.7.0000.5054, com número de parecer 751135. Resultados: Durante o período de estudo, 252 pacientes, com idade entre 2 meses a 17 anos e média de 7,29 anos (DP=5,56), deram entrada no hospital. Destes, temos que 58,33% eram do gênero masculino. Em relação à procedência, a maioria adveio da capital Fortaleza (61,5%). Em relação aos diagnósticos (simples ou associados), foram encontrados 308 advindos desses pacientes durante o período do estudo. Destes, 40,25% tiveram origem bacteriana, fúngica ou parasitológico, como meningite bacteriana (41), pneumonia (24), leishmaniose visceral (23), principalmente. As doenças de origem viral como meningite viral (36), varicela (28), dengue (26), SIDA/HIV (21), dentre outros, foram responsáveis por 40,80% dos diagnósticos encontrados. Outros 18,70% dos diagnósticos restantes tiveram origens diversas, como anemia, leucemia, processos inflamatórios, dentre outros. Dos exames realizados, hemocultura (43), bacterioscopia (37), cultura para germes piogênicos (28), K-39/teste rápido (24) e HIV/teste rápido (23) foram os mais realizados, contribuindo com tendências de consumo de fármacos. Conclusão: Os exames laboratoriais possuem, juntamente com os aspectos clínicos do paciente, a função de direcionar melhores condutas de prescritores, auxiliando na diminuição do uso abusivo e/ou desnecessário de medicamentos em crianças. Palavras-chave: Pediatria, Doenças infecciosas, Testes laboratoriais Agradecimentos: Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Ceará, Hospital São José de Doenças Infecciosas Referências: 1. Silva JN. (2004). Estudo do teste rápido imunoenzimático através do antígeno recombinante rK39 para diagnóstico de leishmaniose visceral americana: correlação clínico-terapêutica. Dissertação de Mestrado em Patologia. UFC. Fortaleza. 122p. 2. Carneiro M, Ferraz T, Bueno M, Koch BE, Foresti C, Lena VF, Machado JA, Rauber JM, Krummenaauer EC, Lazaroto DM. (2011). O uso de antimicrobianos em um hospital de ensino: uma breve avaliação. Rev Assoc Med Bras. 57(4): 421-424. 3. Bricks LF. (2003). Uso judicioso de medicamentos em crianças. J Pediatr. V. 79: 107-114 1487 Erros de medicação em uma rede de hospitais universitários federais Bruna Mafra Guedes Ferraz¹, Helaine Carneiro Capucho², José Carlos dos Santos³, Lorena Bezerra Carvalho4 1 Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected]; 2Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected]; 3Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected]; 4Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected] Objetivo: Traçar o perfil de notificações sobre erros de medicação recebidas por meio do VIGIHOSP – Aplicativo de Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais Hospitalares desenvolvido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), para uso entre os hospitais universitários federais (HUF) filiados à Empresa. Métodos: Estudo quali-quantitativo, realizado no período entre 01 de janeiro e 31 de julho de 2015. Foram selecionados os erros de medicação dentre os diferentes tipos de notificações recebidas pelo Vigihosp. Os dados foram dispostos em um banco de dados em planilha do Excel, com avaliação estatística descritiva. Resultados: Medicamentos corresponderam a 23,62% dos motivos das notificações recebidas no período analisado (n=3.704). Dentre as 875 notificações sobre medicamentos, 263 (30,05%) foram sobre erros de medicação, das quais 46% se referiram a erros em prescrição, 21% a erros de dispensação, 14% a erros de administração, 2,6% a erros no preparo e 15% apresentam outros motivos. 9,8% destas causaram dano ao paciente e em 13% dos relatos o notificador não sabe informar se houve dano. Dentre os erros que causaram danos, 61,5% foram não graves, 11,5% causaram incapacidade temporária, 15,4% prolongaram a hospitalização. Os farmacêuticos foram os profissionais que mais relataram os erros (73%), seguidos por enfermeiros (16%), estudantes de profissões da saúde (5%), médicos assistentes (3,7%). Conclusão: Os achados deste estudo estão compatíveis com outros do mesmo tema1, porém se destaca pela ampla participação do profissional farmacêutico nas notificações sobre erros de medicação. Pode-se inferir que, nesta rede de HUF os farmacêuticos têm atuado proativamente de modo a “prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia”, conforme prevê a Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia2. Faz-se necessário, porém, ampliar a participação dos demais profissionais na identificação e notificação dos erros de medicação, a fim de produzir ambiente propício ao aprendizado e melhoria contínua, já que a assistência prestada ao paciente pode promover uma mudança significativa entre o seu estado atual de saúde e o estado futuro3. Palavras-chave: Erros de medicação, Farmacovigilância, Hospital, Qualidade da assistência à saúde. Referências: 1. Cano FG, Rozenfeld S. (2009); Cad Saude Publica. 25(supl 3):S360-S372. 2. Conselho Federal de Farmácia. (2013) ; Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013. 3. Donabedian A. (1984) La Calidad de la Atención Médica. 194 p. 1488 SISTEMA DE DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS Patrícia Krauze de Almeida1, Paolla Ferreira Baptista2, Dayana Azevedo Silva de Souza3, Fernanda Paquiela Gegenheimer4, Cláudia Cristina Santos Soares5, Fernanda Alves Brito6 & Lair Monteiro de Souza7. 1 Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]. 5Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Chefe do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]. Introdução: A farmácia hospitalar representa um importante componente da assistência hospitalar, envolvido na gestão e prestação de serviços de saúde. Assim, mostra-se como um dos instrumentos básicos do setor, sendo responsável por uma parcela significativa dos custos totais do hospital, pois esta é responsável por suprir a demanda necessária do paciente hospitalizado bem como da unidade hospitalar. Os gastos farmacêuticos têm se mostrado crescentes e concorrem com outras áreas prioritárias da saúde. Sendo assim, o sistema de distribuição adotado pela unidade deve ser eficaz a fim de diminuir erros, atingindo juntamente o sucesso terapêutico. Por este motivo, os processos devem ser controlados com o objetivo de otimizar a prática de distribuição e devolução para posterior redistribuição. Ferramentas de quantificação envolvendo custos servem de base para controle e mensuração de gastos/economia envolvendo medicamentos na unidade hospitalar. Objetivos: A pesquisa teve como objetivo a quantificação dos medicamentos devolvidos à farmácia hospitalar e verificação do valor associado. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, observacional e retrospectivo, utilizando como base de coleta os formulários de devolução de medicamentos enviados à farmácia pelos diversos setores durante o ano de 2014/2015. Resultados: Durante o ano de 2014, onde foram coletados dados de junho a dezembro, o total de medicamentos devolvidos pelos setores da unidade hospitalar foi de 13.639 unidades, enquanto de janeiro à julho de 2015, observou-se um total de 10.813. Considerando o perfil de medicamentos devolvidos, foram considerados os antibacterianos, antifúngicos e psicotrópicos gerando um resultado de 4.013, 319 e 2.238 unidades respectivamente durante a coleta de 2014. Já na coleta referente ao ano de 2015, foram observadas 3.982 unidades de antibacterianos, 267 unidades de antifúngicos e 2.200 unidades de psicotrópicos. No que se refere ao valor em reais associado a devoluções, observou-se um total de R$ 70.827,53 na coleta de 2014 e R$ 55.982,34 na coleta de 2015. Conclusão: o processo de devolução gera uma economia para a instituição, já que há a reutilização dos medicamentos, isso infere no uso racional de medicamentos, pois se há um grande volume de devolução, entende-se que não há utilização adequada, ocasionando gastos desnecessários para o sistema. Palavras-chave: Assistência Farmacêutica, Custos, Erros de Medicação. 1489 Referências bibliográficas: PACKEISER, Priscila Becker; RESTA Darielli Gindri. Farmacoeconomia: uma ferramenta para a gestão dos gastos com medicamentos em hospitais públicos. Revisão. Infarma Ciências farmacêuticas. 2014. Volume 26; 4ªedição; p.215-223. VASCONCELOS, Alessa Caroline Pedrosa de; Sena, Priscila Souza de; Souza, Higor Novais de; LIMA, Cláudio Moreira; RIOS, Marcos Cardoso. Sistema de distribuição coletiva de medicamentos: Uma análise de caso sob a ótica da eficiência. Revista brasileira de Farmácia. 2012. 93(4): 499-503. CORTEZ, Daniela X; LEITE, Renata M. Daniela; CORTEZ, Francisca O. X. Assistência Farmacêutica no SUS. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e tecnologia – faculdade leão Sampaio. 2014. Volume 2; nº5. LIMBERGER, Jane Beatriz ; SANTOS, Tatieli Sampaio; PREDIGER, karoline de Campos; FERRONY, Daniel de Azevedo; BERGTAGNOLLI, Silvana Maria Michelin. Análise do fluxo de distribuição e estorno de medicamentos em hospital filantrópico de santa maria, rs. RAHIS. 2013. v.10, n.1, pp. 36-44. MOTA, Daniel Marques; Silva, Marcelo Gurgel Carlos; Sudo, Elisa Cazue; ORTÚN, Vicente. Uso racional de medicamentos: Uma abordagem econômica para tomada de decisões. Ciência & Saúde Coletiva. 2008. 13(Sup):589-601. 1490 Ferramentas para atuação clínica do farmacêutico Pedro Eduardo Menegasso1, Marcos Machado Ferreira1, Priscila Nogueira Camacho Dejuste1, Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi1,2, Reggiani Luzia S Wolfenberg1, Marcelo Ferreira Carlos Cunha1, Nathália Christino Diniz Silva1?&?Danielle Bachiega Lessa1 1 Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), São Paulo, São Paulo, Brasil, 2 Faculdade Campo Limpo Paulista (FACCAMP), Campo Limpo Paulista, São Paulo, Brasil [email protected] Introdução: O uso inadequado de medicamentos é uma preocupação crescente, levando em consideração o potencial nocivo para a saúde da população. Aproximadamente um terço das internações ocorridas no país tem como origem o uso incorreto de medicamentos. Estatísticas do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que, no Brasil, 27% dos casos de intoxicações e 21% das morte por intoxicações são causados por medicamentos. Esses dados apontam a necessidade de o farmacêutico promover o uso racional de medicamentos (URM) e otimizar a farmacoterapia, que podem ser alcançados por meio do cuidado ao paciente. Para aprimorar, de forma contínua, o desempenho de sua atividade profissional, o farmacêutico deve manter atualizados os seus conhecimentos técnicos e científicos, conforme previsto no Código de Ética Farmacêutica (Resolução CFF n° 596/14). Objetivo: Neste contexto, a entidade se propôs a oferecer ferramentas para auxiliar o farmacêutico na prática do cuidado ao paciente, tendo em vista que sua aproximação com a população lhe permite auxiliar positivamente no resultado do tratamento. Metodologia: Como ferramentas para auxílio ao farmacêutico, a entidade realizou, em várias cidades do Estado de São Paulo, diversos cursos aos profissionais inscritos na entidade. Além disso, foram realizados, em São Paulo - capital, dois seminários para discutir os desafios do cuidado farmacêutico aos pacientes. Em todos os eventos foram aplicadas pesquisas de avaliação para quantificar a efetividade das ferramentas. Resultados: De março de 2013 a maio de 2015, a entidade ofereceu 96 cursos e 2 seminários que contaram com 4.352 participantes. 82% responderam à pesquisa para avaliar os cursos e 47% para avaliar os seminários. Dos respondentes, 98% e 96%, respectivamente, consideraram a atividade aplicável à sua realidade e 98% e 99% o conteúdo excelente/bom. Conclusão: Os eventos desenvolvidos pela entidade receberam boa aceitação, sugerindo aplicabilidade à prática diária dos farmacêuticos no cuidado ao paciente e contribuição ao URM. Além disso, os resultados indicam que os eventos podem ser considerados ferramentas úteis para a atualização do profissional. Palavras-chave: Cuidados farmacêuticos ao paciente, Atualização do profissional, Conhecimentos técnicos e científicos. Referências Bibliográficas: 1491 1. AQUINO, D.S. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciência & Saúde Coletiva, 13 (Sup):733-736, 2008. 2. CFF, Conselho Federal de Farmácia. CFF, Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF n° 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário Oficial da União de 25 de setembro de 2013 – Seção 1, p.186. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf>. Acesso em: 12 de junho de 2015. 3. CFF, Conselho Federal de Farmácia. CFF, Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 586, de 29 de agosto de 2013. Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Diário Oficial da União de 26 de setembro de 2013 – Seção 1, p. 136. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf> Acesso em: 12 de junho de 2015. 4. CFF, Conselho Federal de Farmácia. CFF, Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 596, de 21 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. Diário Oficial da União de 26 de setembro de 2013 – Seção 1, p. 99. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/596.pdf> Acesso em: 12 de junho de 2015. 5. SINITOX. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2012. 1492 Perfil epidemiológico dos óbitos de Herpes Zoster em regiões brasileiras Daniele Gonçalves Fabre1 1 Universidade Iguaçu (Campus V) - Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] Herpes Zoster (HZ) é uma doença que resulta da reativação do vírus Varicela Zoster (VVZ), membro da família Herpesviridae1. O VVZ fica latente nos gânglios das raízes dorsais após a infecção primária na infância e se manifesta sob a forma de um exantema vesicular distribuído de acordo com o dermátomo sensorial atingido2 provocando dor nevrálgica e disestesia3. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos de HZ nas regiões brasileiras compreendendo o período de 2009 a 2013. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de coorte transversal. Os dados coletados foram provenientes do DATASUS4. A partir da secção Mortalidade, foram selecionados casos do CID-10: Capítulo I (Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias); Grupo das Infecções Virais Caracterizadas por Lesões de Pele; e Categoria B02 (Herpes Zoster). Resultados: No Brasil foram registrados 329 óbitos de HZ entre os anos de 2009 a 2013. Dos 329 casos, 17,6% foram registrados em 2009, 18,9% em 2010, 20,0% em 2011, 21,6% em 2012 e 21,9% em 2013. No período estudado, a região sudeste registrou 49,6% dos casos, a região nordeste 21,9%, a região sul 17,3%, a região centro-oeste 7,9% e a região norte 3,3%. O sexo feminino representou 62,3% dos casos e o masculino, 37,7%. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando 50,5% dos casos. Em seguida, foram registrados 23,4% entre 70 e 79 anos, 10,1% entre 60 e 69 anos, 6,4% entre 50 e 59 anos, 3,1% entre 40 e 49 anos, 2,8% entre 30 e 39 anos, 3,1% entre 15 e 29 anos. Houve também 2 casos (0,6%) com menores de 1 ano de idade. Conclusão: O maior número de óbitos por HZ registrado foi na faixa etária de 80 anos ou mais. O sexo feminino foi o mais atingido. No Brasil, o número de casos tem aumentado nos últimos anos afetando mais a região sudeste. A HZ pode se tornar uma doença grave quando acomete imunodeprimidos2, o que pode ser fatal quando não devidamente tratada. Nestes casos de imunossupressão, alterações anóxicas no cérebro são encontradas juntamente com alterações inflamatórias em vários órgãos, incluindo pulmão, fígado, baço e pele1. . Palavras-chave: Datasus, Herpes, Herpesviridae, Varicela. Referências 1. GOLDMAN, LEE; AUSIELLO DENNIS. Cecil’s medicina. Volume II, 23ª edição, p.28942897. São Paulo: Saunders-Elsevier, 2009. 2. FAUCI, ANTHONY et al. Harisson’s principles of internal medicine. 17ª edição, p.11021105. New York: Mc Graw Hill, 2008. 3. ROWLAND, LEWIS. Merritt’s tratado de neurologia. 11ª edição, p.178-180. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 4. DATASUS, Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def Acesso: 30 jun/2015. 1493 Análise quantitativa e qualitativa do rejeito medicamentoso destinado ao descarte sustentável adequado Iohana Dornelles Machado¹, Siomara da Cruz Monteiro2, Luciana Signor Esser3, Clara Lia Costa Brandelli4 & Adroaldo Lunardelli5 1 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 2Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 3Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 4 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 5 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]. Objetivo: o estudo objetivou analisar todos os medicamentos desprezados em um programa de descarte consciente de medicamentos através de uma ação reflexiva e educativa que visa a sustentabilidade, promovendo a logística reversa de produtos que sabidamente causam transtornos ao meio ambiente. Materiais e métodos: foi colocado um coletor de medicamentos expirados ou em desuso no saguão do principal acesso ao Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) campus Zona Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O coletor foi acomodado em local visível para que os alunos e funcionários da instituição pudessem depositar o rejeito medicamentoso que, periodicamente, foi sacado, analisado e encaminhado ao destino correto por uma empresa licenciada para tal pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Os medicamentos dispensados no coletor foram contados e classificados segundo suas classes farmacológicas no período compreendido entre 10 de novembro de 2014 e 10 de agosto de 2015. Resultados: No período analisado foram arrecadados 21.811 unidades de medicamentos rejeitados, dos quais, 12,2% pertenciam à classe dos antidepressivos, 8,2% eram anti-hipertensivos, 5,9% anticoncepcionais, 4,9% anticonvulsivantes, 4,8% analgésicos, 4,7% de antibióticos e outros 4,7% de anti-inflamatórios. Conclusão: tratar incorretamente o resíduo medicamentoso, como depositálos em aterros comuns ou despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação do meio ambiente. A arrecadação destes medicamentos vencidos em um ambiente universitário é uma ação que nasce de uma proposta ambiciosa de mudança de paradigmas, de atenção para velhos hábitos pouco saudáveis e de elevação consciente à preocupação com o meio ambiente. A comunidade acadêmica da instituição aderiu ao programa evitando que milhares de medicamentos tivessem o inadequado destino de descarte. O fármaco mais prevalente encontrado foi a fluoxetina, podendo-se sugerir que esta medicação seja amplamente utilizada pelos alunos da instituição para o alento de distúrbios depressivos ou, em uma ótica pessimista, como automedicação. Torna-se lúcido a formação de profissionais (e cidadãos) preocupados com a questão ambiental, e isto só será possível no momento em que a sociedade complete a transição em direção à sustentabilidade. Esta campanha rendeu ao UniRitter o certificado ambiental na destinação adequada do produto farmacêutico. Keywords: sustentabilidade; descarte de medicamento, medicamento vencido. 1494 Suspeitas de reações adversas envolvendo asparaginase em crianças brasileiras Amanda Cabral dos Santos1, Nathalia Peroni da Silva2, Ivana Cristina da Cunha Ribeiro Gonçalves3, Stephanie de Moura Araujo Fernandes4, Joyce Ferreira da Silva5, Marcelo Gerardin Poirot Land6 & Elisangela da Costa Lima-Dellamora7 Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]); 2Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]); 3 Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]); 4 Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]); 5 Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]); 6 Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]); 7Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected]) 1 Objetivo: A enzima L-asparaginase é utilizada na quimioterapia antineoplásica, em protocolos de indução e intensificação da remissão de leucemias pediátricas (Pieters et al, 2012). No entanto, as formulações farmacêuticas que utilizam enzimas possuem algumas desvantagens, como a dificuldade de se atingir o nível adequado de pureza, a distribuição limitada no organismo (geralmente limitada ao plasma) e a imunogenicidade (Avramis e Panosyan, 2005). O presente estudo objetivou analisar os casos de suspeita de reações adversas (RA) à asparaginase, envolvendo crianças, notificados ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa). Metodologia: Dados do Notivisa referentes às suspeitas de RA envolvendo crianças com até 12 anos no período entre os anos de 2008 e 2013 foram disponibilizados em planilha de Excel® pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, após convênio de colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Todos os medicamentos envolvidos em suspeitas de RA a medicamentos foram classificados segundo o código internacional ATC (Anatomical Therapeutic Chemical), para posterior seleção dos casos envolvendo a asparaginase. Aspectos como (a) estado de origem, (b) tipo e (c) gravidade da RA foram selecionados e analisados com auxílio do programa SPSS Statistics Data Editor 22. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 931.400. Resultados: No período estudado, a asparaginase foi responsável pelo maior número de RA notificados (16%) na classe dos medicamentos antineoplásicos (L01) em um universo de 3330 casos. Foram identificados 41 registros relacionados à notificação de 80 reações em crianças com 37 dias até 12 anos de idade. São Paulo foi o estado com o maior número de notificações. Assim como encontrado na literatura internacional, a maior parte dos eventos englobou reações de hipersensibilidade (53,5%). Dois casos de anafilaxia e um caso de broncoespasmo foram considerados graves. As demais RA — mesmo leves — foram relevantes no tratamento com asparaginase, uma vez que levam à suspensão desta enzima no esquema terapêutico preconizado para o cuidado de crianças com leucemia, contribuindo para recaída precoce (Shinnick et al, 2013). Dentre as não alérgicas, destacaram-se, pela gravidade, casos envolvendo trombose (2) e hemorragia cerebral (1), pancreatite (6), hepatite (1) e alterações hematológicas (7). Conclusão: A análise do Notivisa possibilitou a identificação de um número de RA inferior ao esperado para um período de seis anos, mas refletiu a distribuição observada em outros estudos, onde as reações alérgicas são prevalentes. É possível que os eventos relacionados a este medicamento sejam subnotificados, já que esta atividade é voluntária e o monitoramento regular do uso de 1495 medicamentos ainda é um desafio no país. Estima-se que o presente estudo poderá contribuir para o conhecimento científico no campo da farmacoepidemiologia e para a ampliação de ações de farmacovigilância nos serviços de saúde. Palavras-chave: Reação adversa, Asparaginase, Crianças 1496 Cellular oxidative stress in patients with head and neck cancer in treatment with cisplatin and radiotherapy Júlia Coelho França Quintanilha¹, Marília Berlofa Visacri¹, Graziele Baldan Ferrari1 Vanessa Marcilio de Souza2, Caio Henrique Gibim¹, Carina Malaguti¹, Anibal Eugenio Vercesi¹, Carmem Silva Passos Lima¹, Priscila Gava Mazzola2 & Patricia Moriel1,2 1 School of Medical Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Tessália Vieira de Camargo, 126, 13083-887, [email protected]; 2Faculty of Pharmaceutical Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Sérgio Buarque de Holanda, 250, 13083-859, [email protected]. Aim: Cancer is one of the biggest public health problems at present, especially head and neck cancer, being the fifth most prevalent neoplasia in the world. The most effective treatment for head and neck cancer is radiotherapy along with high doses of cisplatin as chemotherapy1, but its use is restricted because of the cisplatin’s toxicity, that is caused principally by oxidative stress. This is a primary study, since previous studies on literature evaluated cellular oxidative stress only on animal models. The purpose of this study is to evaluate cellular oxidative stress for the first time on patients with head and neck cancer in treatment concomitant with radiotherapy and cisplatin. Materials & methods: This is a prospective clinical and observational study, with consecutive sampling, realized at the ambulatory of Clinical Oncology of Clinical Hospital UNICAMP, started in February 2015, and in continuity at the present moment. Before and after five days of the first chemotherapy cycle were collected blood of patients to the realization of the MitoSox Red2, H2DCF-DA3 (2 ,7-dichlorofluorescein) and Amplex Red4 tests to determinate cellular oxidative stress. The MitoSox Red quantifies the presence of mitochondrial superoxide anion, the H2DCF-DA measure cellular damage and the Amplex Red measure the presence of hydrogen peroxide. Results: The tests were done with the blood samples of ten patients before and after first cycle of chemotherapy. MitoSox Red test showed variation from 367,84 ± 204,47 to 293,86 ± 165,60 A.F.U. (p = 0,3900); H2DCF-DA test varied from 636,85 ± 228,35 to 895,97 ± 782,35 A.F.U. (p = 0,3891); and Amplex Red test from 6,63x10-15 ± 7,30x10-15 to 6,09x10-15 ± 5,68x10-15 H202/s (p = 0,8334). Conclusion: The tests did not show a significative diference between that realized before and after first chemotherapy cycle. It is necessary a bigger number of patients inclusion. Keywords: Cisplatin, Oxidative stress, Head and neck cancer. Acknowledgements CAPES and FAPESP for financial support. References: 1. Adelstein DJ, Li Y, Adams GL, Wagner Jr H, Kish JA, Ensley JF, et al. (2003); J Clin Oncol. 21(1): 92-8 2. Ferranti R, da Silva MM, Kowaltowski AJ. (2003); FEBS Lett. 536(1-3): 51-5 3. Ali SF, LeBel CP, Bondy SC. (1992); Neurotoxicology. 13(3): 637-48 4. Payne CM, Webwr C, Crowlwy-Skillicorn C, et.al. (2007); Carcinogenesis. 28(1): 215-22 1497 Impact of different cisplatin doses on toxicities and clinical response in head and neck cancer patients Marília Berlofa Visacri1, Leisa Lopes-Aguiar1, Ericka Francislaine Dias Costa1, Graziele Baldan Ferrari1, Júlia Coelho França Quintanilha1, Guilherme Augusto Silva Nogueira1, Tathiane Regine Penna Lima1, Eder de Carvalho Pincinato1, Priscila Gava Mazzola1,2, Luciane Calonga3, Carlos Takahiro Chone3, João Mauricio Carrasco Altemani3, Carmen Silvia Passos Lima1 & Patricia Moriel1,2 1 School of Medical Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Tessália Vieira de Camargo, 126, 13083-887, [email protected]; 2Faculty of Pharmaceutical Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Sérgio Buarque de Holanda, 250, 13083-859, [email protected]; 3Hospital of Clinics, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Vital Brasil, 251, 13083-888, [email protected]. Aim: The most effective treatment for patients with advanced head and neck cancer is chemotherapy with high doses of cisplatin and concomitant radiotherapy1. The evaluation of cisplatin doses and its influence on toxicities and treatment effectiveness has not been demonstrated in the literature. The aim of this study was to determine the impact of cisplatin doses on toxicities and clinical response in advanced head and neck cancer patients in treatment with cisplatin chemotherapy and radiotherapy. Materials & methods: It was an observational and prospective study at a hospital in Brazil where head and neck squamous cell carcinoma (stages III-IV) patients who received chemoradiation (80 or 100 mg/m2 of cisplatin per cycle) and completed 3 cycles were included. Two groups were studied considering the accumulated cisplatin doses: group 1 (240-260 mg/m2) and group 2 (280-300 mg/m2). Pure tone audiometry by air conduction was performed to evaluate ototoxicity and creatinine clearance to nephrotoxicity, before and after the end of treatment; severities were classified by CTCAE (v.4)2. Computed tomography scan and RECIST 1.1 were realized for clinical response evaluation3. Results were analyzed by Fisher´s exact, MannWhitney, and Logistic regression tests (p<0.05). Results: Forty patients were studied (group 1: n=17; group 2: n=23). There was a prevalence of male (90.0%), white (92.5%), Karnofsky Performance Scale 90-100% (63.2%) and pharyngeal cancer (67.5%) in stage IV (85.0%), with a mean age of 52.9 ± 7.5 years. Ototoxicity was present in 94.1% in group 1 and 69.4% in group 2, with a prevalence of grade 3 for both. In group 1, 47.1% had nephrotoxicity versus 39.1% in group 2, mostly grade 1. A complete response to treatment was observed in 23.5% in group 1 and 8.7% in group 2. For all outcomes there was no statistically significant difference between groups. Conclusion: The cisplatin doses had no significant impact on studied outcomes, however, a prevalence of complete response and toxicity was observed in group 1. Keywords: Cisplatin, Cancer, Doses, Toxicity, Effectiveness. Acknowledgements FAPESP and CAPES for financial support. References 1. Bourhis J, Amand C, Pignon JP. (2004); J Clin Oncol. 22:5505. 1498 2. US Department of Health and Human Services, National Institutes of Health, National Cancer Institute (2010). Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE), Version 4.0. 3. van Persijn van Meerten EL, Gelderblom H, Bloem JL. (2010). Eur Radiol., 20:1456-67. 1499 A relação entre polifarmácia e diabetes entre os participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA – Brasil). Raiany Thaimeny Nery1, Roberta Carvalho de Figueiredo1* & Thaís Resende Batista1 1 Universidade Federal de São Joãol Del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Divinópolis, Minas Gerais – Brasil; * [email protected] OBJETIVO: Estimar a prevalência de polifarmácia e avaliar sua associação com características sociodemográficas, indicadores de saúde e hábitos de vida relacionados à saúde entre adultos brasileiros. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com 2970 participantes com diabetes da linha de base do ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto), um estudo de coorte multicêntrico, desenvolvido em seis instituições de ensino superior e pesquisa, localizadas em diferentes regiões do país. A associação entre as variáveis explicativas e a variável resposta (polifarmácia) foi estimada por meio de regressão logística, estratificada por sexo. RESULTADOS: Do total de participantes, 54,0% era do sexo masculino, a maioria possuía entre 55 a 64 anos de idade, 37,8% e 40,9%, respectivamente entre homens e mulheres. A prevalência de polifarmácia foi maior em mulheres (32,0%) quando comparada aos homens (21,9%). Os resultados da análise univariável mostraram que a chance de ter polifarmácia, em homens, é maior entre aqueles participantes de maior idade, hipertensos, com dislipidemia, doenças cardiovasculares, ex-fumantes e que não consomem excessivamente bebida alcoólica. Porém, após o ajuste por todas as variáveis, mantiveram-se associadas idade entre 65-74 anos, hipertensão, dislipidemia e doenças cardiovasculares. Para as mulheres, na análise univariável, polifarmácia associou-se com maior idade, ter plano de saúde, hipertensão, dislipidemia, doença cardiovascular, obesidade e não fumar. Após ajuste, mantiveram associadas às faixas etárias entre 55-64 anos e entre 65-74 anos, ter plano de saúde, dislipidemia e doença cardiovascular. CONCLUSÃO: A prática de polifarmácia foi mais frequente em homens e como era esperada, entre indivíduos idosos e em piores condições de saúde. Palavras chaves: Polifarmácia, diabetes, comorbidades 1500 Referências: 1. Hajjar ER, Cafiero AC, Hanlon JT. (2007); Am J Geriatr Pharmacother. 5: 345–51. 2. Jokanovic N, Tan ECK, Dooley MJ, Kirkpatrick CM, Bell JS. (2015); J Am Med Dir Assoc 16: 535.e1–535.e12. 3. Mizokami F, Koide Y, Noro T, Furuta K. (2012); Am J Geriatr Pharmacother. 10: 123–8. 1501 Pharmaceutical care at home as a teaching tool in the didactic training of the pharmacist-patient relationship in undergraduates William Gustavo de Lima*1, André de Oliveira Baldoni1 1 Universidade Federal de São João del Rei, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil, Rua Sebastião Gonçalves Coelho, 400, Chanadour, CEP: 35,501-296, Sala 213 Bloco B.* williamgustavofarmacia @hotmail.com. Introduction: Pharmaceutical care, model of professional practice development in response to the pharmaceutical market changes1, involves actives focuses in education, care planning, and monitoring of pharmacotherapeutic schemes, seeking maneuvers to prevent and to solve drugrelated problems2. In this context, is essential to develop communication skills with patients to establish the pharmacotherapeutical follow-up success3,4. However, the academic formation not is getting to development this thematic axis, because the study focus on theory-learning and the actions related ace pharmaceutical-patient relationships often not simulate the reality of social demand3-5. Objectives: Describe the didactic approach developed to teach skills related the pharmacist-patient communication in academic context. Methodology: Case report from of experiences occurred during the undergraduate course in pharmacy in the Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), in Divinópolis/MG – Brazil. Results: In a primary health unit in Divinópolis-MG the academics were divided in groups and each one them received the patient record (chosen by the health team) and did a detailed analysis of clinic, laboratory and pharmacotherapeutic history present in the medical document, before of to visit the patient. In the visit, each member of group would to have the possibility of practice the thematic axis that went discussed during the expositive classes about pharmacist-patient relationship. After the visit, the groups met with the professor of discipline, where was discussed the form of approach and the clinic case of patient using the specialized scientific literature as support. Posterity, the students returned the patient residence and did the interventions with him. The students can so to practice another aspect of the pharmacist-patient relationship: The orientation, where through of technicalknowledge the professional accomplish the empowerment of patient, enabling them that do the correct use of medicament. Conclusion: Pharmaceutical care at home enables the development of skills referents the pharmacist-patient communication in academics terms. This is valuable particularly in the new clinic context which the pharmaceutical is inserted. Additionally, this didactic methodology is a model of double benefice, where the academics gain in development your clinic skills and the patients may benefit from of a custom pharmaceutical care at home. Keywords: Education in Clinic Pharmacy; Pharmacist-patient relationship; Pharmaceutical care. Acknowledgement: UFSJ and multidisciplinary team of ESF Belvedere II. Referências: 1. Pereira LRL, Freitas O. (2008); Braz. J. Pharm. Sciences. 44(4): 601-612. 2. Júnior DPL, Kheir N, Abriata JP, Rocha CE, Santos CB, Pela IR. (2007); Therap. Clini. Risk Manag.. 3(6): 989-998. 3. Duque DCC. (2006); Monografia – Farmácia/UFAL. 45 p. 4. D`André RD, Silva GP, Marques LAM, Rascado RR. (2012); Rev. eletrô. farm. 2(5): 49-60. 5. Ferraes AMB, Junior JC. (2002); Olho Magico - Londrina. 151 p. 1502 Interação medicamento-alimento: a importância da orientação correta Raiany Thaimeny Nery1 & Angelita Cristine de Melo1* 1 Universidade Federal de São Joãol Del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Divinópolis, Minas Gerais – Brasil; *[email protected] OBJETIVO: Analisar o perfil de utilização dos medicamentos em relação à alimentação. METODOLOGIA: Estudo transversal, aprovado sob n. 154/2011, com amostra aleatória estratificada de 517 pacientes >18 anos, da atenção primária à saúde entre maio-julho de 2012, de um município de médio porte de MG, pólo em saúde para 55 municípios. Estimaram-se medidas de tendência central, de variabilidade e proporções. RESULTADOS: Prevaleceu o sexo feminino (73,5%), idade mediana de 58,8 anos e escolaridade até 4 anos (62,8%). Ter plano privado de saúde ocorreu para 34,0% dos pacientes, contudo com retirada majoritária de todos seus medicamentos pelo SUS (89,0%) e foi prescrito uma mediana de 3,0 medicamentos por paciente. O número mediano de consultas médicas por ano foi de 3,0 e a mediana de consultas farmacêuticas foi zero. A maioria dos pacientes relatou não ter recebido informações na farmácia sobre os medicamentos que tomam (66,0%), entretanto, 53,0%% tinha algum problema ao qual o farmacêutico poderia auxiliá-lo. Considerando o modo de uso dos medicamentos em relação à alimentação, 37,9% dos pacientes tinha pelo menos um medicamento em uso incorreto. Os cinco medicamentos mais utilizados incorretamente em relação à alimentação foram o captopril, omeprazol, nifedipino, clonidina e lexotiroxina sódica. Apesar das poucas orientações fornecidas pelos profissionais de saúde sobre o modo de uso correto destes medicamentos, a levotiroxina foi o que mais apresentou orientações médicas (41,1%) e farmacêuticas (25,3%). Em contrapartida, o captopril foi o medicamento que teve menos orientações médicas (26,6%) e farmacêuticas (13,8%). CONCLUSÃO: Os profissionais de saúde precisam educar seus pacientes em relação ao uso adequado dos medicamentos em relação à alimentação, visto que erros de administração geram impactos negativos nos resultados farmacoterapêuticos. Palavras chaves: Interação farmacoepidemiologia medicamento-alimento, profissionais de saúde, Referências: 1. Akamine D, Filho MK, Peres CM. (2007); Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 10: 304–10 2. Bushra R, Aslam N, Khan AY. (2011); Oman Med J. 26: 77–83. 3. Harrington L, Gonzales C. (2004); Crit Care Nurs Clin North Am. 16: 501–8. 1503 Perfil de reações adversas a medicamentos notificadas na unidade de transplante renal de um hospital universitário Rosa Maria Almeida Gurgel de Azevedo1, Allane Niely Gouveia Vieira2, Elayne Flávia Pereira Castro3, Luana Cristina Lins de Medeiros4, Márcia Maria da Silva Barbosa5 & Paloma Karoline da Silva Brasil6 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected]; Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 3 Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 4Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 5Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 6Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [email protected] 2 Objetivo: Analisar as notificações de reações adversas a medicamentos (RAM) em uma unidade de transplante renal e quantificá-las quanto à gravidade e causalidade além de verificar os principais grupos farmacológicos envolvidos. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, em que as notificações de RAM (tanto pelo método de busca ativa como espontânea), na unidade de transplante renal, foram coletadas no serviço de Farmacovigilância, do Hospital Universitário Onofre Lopes, durante o período de Janeiro a Julho de 2015. Os dados foram analisados estatisticamente através do EpiInfo versão 3.5.1 Resultados: Foram notificadas 45 suspeitas de RAM no período estudado, das quais: 28 (62,2%) envolviam imunossupressores, destacando-se como principal grupo farmacológico notificado nas suspeitas de reações adversas, seguido de 13 (28,9%) notificações com antimicrobianos e 8 (8,9%) de outros grupos farmacológicos. Na classificação das RAM quanto à causalidade, 44 (97,8%) foram do tipo provável, ao passo que 1 (2,2%), do tipo possível. No que se refere à gravidade, as reações moderadas destacaram-se, presente em 28 (62,2%) notificações, seguida de 12 (26,7%) graves e 5 (11,1%) leves. Conclusão: Através dos resultados, foi possível conhecer que o imunossupressor foi o principal grupo farmacológico responsável por desencadear reações adversas de gravidade moderada e do tipo provável nos pacientes transplantados renais, podendo auxiliar como fonte de informação para prevenir e diminuir a morbimortalidade e contribuir com o uso racional e seguro dos medicamentos a este grupo de pacientes. Palavras-chave: Reação Adversa a Medicamento, Notificação, Transplante Renal Referências: 1. Secoli, S. R.; Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Rev. bras. enferm., 2010; v. 63, n. 1, p. 136-140 2. Passarelli, Maria Cristina Guerra. Reações adversas a medicamentos em uma população idosa hospitalizada. 2005. 150 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina, Patologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005 3. Mahmud, Simone Dalla Pozza. Farmacovigilância na prática clínica:Impacto sobre reações adversas e custos hospitalares. 2006. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós graduação em Epidemiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 200 1504 Estruturação da atividade “Júri Simulado” na disciplina de Deontologia e Legislação Farmacêutica Maria Olívia Barboza Zanetti1, Tiago Marques dos Reis2,?&? Regina Célia Garcia de Andrade3 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, [email protected]; 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, [email protected]; 3Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, [email protected] Objetivo: Estruturar a simulação de um julgamento ético farmacêutico na disciplina Deontologia e Legislação Farmacêutica, visando contextualizar o conhecimento legislativo teórico adquirido durante o semestre. Metodologia: Os estudantes foram divididos em grupos [defesa, acusação, testemunhas, confecção de provas, relatores, plenária ética e réu (farmacêutico acusado)] e orientados a explorar as legislações estudadas no semestre durante toda a atividade. A primeira aula configurou-se em: explicar como ocorre um julgamento de processos éticos no CRF; expor um caso ético farmacêutico; agrupar os alunos; tempo para discussão e pesquisa; seleção de testemunhas pelos grupos de acusação e defesa. No decorrer da semana os grupos foram instruídos a conversar entre si e com as testemunhas, para combinarem estratégias que permitissem convencer os relatores e para escolherem provas e solicitá-las ao grupo responsável por confeccioná-las. A segunda aula consistiu na encenação do julgamento: um relator deu início à discussão fazendo um breve resumo do caso; o réu foi arguido pela acusação e defesa, com direito à réplica; as testemunhas foram alternadamente solicitadas (acusação e defesa), podendo replicar. A comissão relatora se apropriou de todo o conteúdo para, durante a semana, avaliar os argumentos apontados. A última aula finalizou o julgamento, incluindo: apresentação do resumo dos fatos e do veredicto pelos relatores, justificando a absolvição ou condenação do réu e a sanção cabível de acordo com o Código de Processo Ético; discussão final da plenária ética, com suporte dos professores; decisão da plenária em aceitar ou não o veredicto. Resultados: Foi uma atividade inovadora na faculdade. Para as próximas turmas haverá uma etapa virtual do Júri. Através da Plataforma Moodle serão criados fóruns para cada um dos grupos e suas testemunhas discutirem internamente o caso, garantindo facilidade de contato. Os professores terão acesso aos fóruns para avaliar e direcionar os argumentos, preparando-os para a etapa presencial da discussão. Haverá também um fórum em que qualquer dúvida sobre a estruturação da atividade será esclarecida. Conclusão: O Júri será reestruturado para a adição da etapa virtual, o que enriquecerá ainda mais a atividade e estimulará as reflexões entre os estudantes e a sua capacidade crítica. Palavras-chave: Educação em farmácia, Legislação farmacêutica, Aprendizagem baseada em problemas. Agradecimentos: CNPq; CAPES. Referências: 1. Gossenheimer NA, Castro MS, Carneiro MLF. (2014); Revista Novas Tecnologias na Educação. 12(1): 1-10 1505 Estratégias para o uso otimizado de antimicrobianos: da análise de efetivação ao impacto farmacoeconômico Henry Pablo Lopes Campos e Reis1, Danusio Pinheiro Sartori1, Joel Bezerra Vieira1, Jéssica Ferreira Romero1, Igor Monteiro Albuquerque1, Elana Figueiredo Chaves1, Angelina Almeida Bastos1, Helaine Almeida Queiroz1, Ernani Ximenes Rodrigues1 & Jorge Luiz Nobre Rodrigues1 1- Unimed Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil, [email protected] Objetivo: Avaliar a taxa de efetivação de sugestões de um programa de Gestão Clínica (GC) de Antimicrobianos (ATM)1 e seu impacto farmacoeconômico. Metodologia: Trata-se de um estudo intervencionista realizado em seis hospitais particulares através do programa de GC Stewardship de uma Operadora de Plano de Saúde de Fortaleza/CE, Brasil, de novembro/2013 a dezembro/2014. Os parâmetros analisados foram: taxa de efetivação e custo-minimizado direto; gestão do tempo de tratamento; descalonamento, a partir da mudança de um ATM reserva (anfotericina B, anidalufungina, caspofugina, daptomicina, ertapenem, imipenem, linezolida, meropenem, micafungina, polimixina, teicoplanina, tigeciclina, vancomicina e voriconazol) para um não reserva; Terapia Sequencial Oral (TSO) de ciprofloxacino, clindamicina, fluconazol, levofloxacino, linezolida, metronidazol, moxifloxacino e voriconazol; mudança de meropenem para ertapenem (baseada em cultura); e de teicoplanina para vancomicina. Calculou-se o custo do tratamento/dia utilizando o preço Brasíndice (Nº 830). Resultados: Avaliou-se os tratamentos de 3.666 pacientes, prescrevendo-se 10.838 ATM, média de 2,95 ATM/paciente. A economia com redução do tempo programado inicialmente para 14 dias, realizada em 807 prescrições (7,45%) de 845 pacientes, foi de R$ 239.869,38 com tempo médio de tratamento de 12,79 dias. Prescreveram-se 3.595 ATM de reserva terapêutica, tendo ocorrido 18 (0,50%) sugestões de descalonamento em 15 pacientes, aceitando-se 11 (61,11%) das mesmas. A economia resultante foi de R$ 35.671,64. Os ATM possíveis de TSO foram indicados 3.505 vezes (32,34%) em 2140 pacientes (58,37%). Sugeriram-se intervenções de TSO em 377 prescrições (10,76 %), sendo aceitas em 275 (72,94%) e gerando economia de R$ 407.995,06. As prescrições de meropenem totalizaram 136 em 847 pacientes; a mudança de meropenem para ertapenem ocorreu em 11 prescrições (0,97%), resultando em economia de R$ 20.361,24. A teicoplanina foi prescrita 856 vezes para 703 pacientes, ocorrendo substituição por vancomicina 15 vezes (1,75%), gerando economia de R$ 5.822,48. A economia total foi de aproximadamente R$70.9719,80, com média de R$ 193,60/paciente. Conclusão: A economia gerada para a operadora através de percentual considerável de sugestões de intervenção aceitas foi significativa, indicando a importância da GC de ATM para seu uso racional, na redução de custos hospitalares, tempo de hospitalização e ocorrência de resistência e adequação da terapêutica. Palavras-chave: Gestão clínica, Antimicrobianos, Otimização, Farmacoeconomia Referências: 1506 1. Santos RP, Nagel F, Gastal SL, Sander GB, Jacobi TS, Konkewicz LR, Kuplich NM, Lovatto CG, Pires MR, Aronis ML, Ribeiro SP. (2010); Política de antimicrobianos do hospital clínicas de Porto Alegre - 2010 Comissão de controle de infecção. Rev HCPA 2010;30(1):13-21 1507 Terapia antifúngica de pacientes hospitalizados em Fortaleza-Ce: mapeando a utilização para melhor racionalização Henry Pablo Lopes Campos e Reis1, Danusio Pinheiro Sartori1, Joel Bezerra Vieira1, Jéssica Ferreira Romero1, Igor Monteiro Albuquerque1, Elana Figueiredo Chaves1, Helaine Almeida Queiroz1, Lícia Borges Pontes1, Evelyne Santana Girão1 & Glaydson Assunção Ponte1 1- Unimed Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil, [email protected] Objetivo: Delinear o perfil de utilização de antifúngicos (ATF) baseado em resultados positivos de cultura no ambiente hospitalar, visando ao seu uso racional1. Método: Este é um estudo observacional que analisou o uso de ATF em pacientes internados em seis hospitais privados através de um programa de Gestão Clínica multidisciplinar Stewardship de uma operadora de plano de saúde de Fortaleza/CE, Brasil, em 2014. Os seguintes parâmetros foram analisados: ATF prescritos, indicadores microbiológicos, tempo de tratamento e desfecho clínico. Resultados: 472 pacientes usaram 700 ATF durante o período de internação, sendo os mais prescritos o fluconazol (n=406, 58%), a micafungina (n=123, 17,57%) e a anidalufungina (n=96, 13,71%). O tempo de tratamento foi categorizado em ≤ 10 dias (n=472; 67,43%), 11-14 dias (n= 178; 25,43%), 15-21 dias (n= 36; 5,14%) e > 21 dias (n=9; 3,0%), sendo o tempo médio total de 10,13 dias e para o fluconazol de 9,94 dias. Quanto ao número de ATF por paciente, 68,64% (n=324) usaram apenas um, 20,3% (n=96) usaram dois e 11,01% (n=52) três ou mais. A incidência de terapia guiada por cultura foi em 77,11% (n=364) dos pacientes com 19,5% (n=71) de resultados positivos para fungos. Destes isolados, 49,2% (n=35) eram por Candida albicans, 47,88% (n=34) por outras espécies de Candida e 2,81% (n=2) por outros gêneros de fungos. O uso racional de ATF (início do tratamento com um azólico e posterior escalonamento para equinocandina), baseado em culturas positivas por Candida albicans foi constatado em 83,05% dos casos (n=49). As culturas positivas para Candida glabrata e Candida krusei com prescrições racionais gerou 31,82% (n=7) de adequação das prescrições. Quanto aos desfechos clínicos, houve 62,71% de altas (n=296), 0,64% (n=3) de transferências hospitalares e 36,65% de óbitos (n=173). Conclusão: Os dados revelam perfil com predomínio de Candida albicans nos resultados de culturas e de uso do fluconazol entre os ATF prescritos, uma duração média adequada do tratamento, um número satisfatório de solicitações de culturas, porém um baixo percentual de culturas positivas para fungos. Portanto, faz-se necessário uma melhor reavaliação clínica dos pacientes baseado nos resultados das culturas pelo isolamento do fungo, racionalizando melhor a terapia. Palavras-chave: Antifúngicos, Uso racional, Hospitalar Referências: 1508 1. Colombo AL, Guimarães T. (2012); Candidúria: Uma abordagem clínica e terapêutica. Revista da sociedade brasileira de Medicina tropical. São Paulo, São Paulo. v.40, n.3, p.332337, Mai-Jun. 1509 Abordagem farmacoeconômica sobre as sugestões de otimização da terapia antimicrobiana: uma análise de custo-oportunidade Henry Pablo Lopes Campos e Reis1, Danusio Pinheiro Sartori1, Joel Bezerra Vieira1, Jéssica Ferreira Romero1, Igor Monteiro Albuquerque1, Elana Figueiredo Chaves1, Helaine Almeida Queiroz1, Angelina Almeida Bastos1, André de Jesus Roldan Viana1 & Nicanor Gurgel Filho1 1- Unimed Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil, [email protected] Objetivo: Avaliar o custo-oportunidade1 da não aceitação às sugestões de tempo de parecer de infectologista sobre a prescrição de Antimicrobianos de Reserva Terapêutica (ATM-RT). Método: Realizou-se um estudo observacional que analisou o impacto financeiro da não aceitação de sugestões de tempo de ATM-RT (anfotericina B, anidalufungina, caspofugina, daptomicina, ertapenem, imipenem, linezolida, meropenem, micafungina, polimixina, teicoplanina, tigeciclina, vancomicina e voriconazol) pelos médicos assistentes em pacientes internados em seis hospitais privados, através de um Programa de Gestão Clínica Stewardship de uma Operadora de Plano de Saúde (OPS) de Fortaleza/CE, Brasil, de novembro/2013 a dezembro/2014. Avaliou-se a prescrição de ATM-RT e incidência com parecer, tempo de tratamento, taxa de aceitação ou não do parecer e análise de custo-oportunidade das sugestões de tempo de tratamento. Calculou-se o potencial custoevitado direto do tratamento/dia utilizando o preço Brasíndice (Nº 830). Resultados: Prescreveu-se 3.594 ATM-RT em 1.358 pacientes. Verificou-se a presença de parecer de infectologista em 3.370 (93,77%) prescrições, com sugestão e adesão pelos prescritores quanto ao tempo de tratamento de 94,93% (n=1799) e sugestão com não adesão de 5,07% (n=96). A média de duração real dos tratamentos foi de 16,45 dias, sendo a média sugerida pelos infectologistas de 12,46 dias. Com relação ao tempo de prolongamento do tratamento frente à sugestão do infectologista, 33 pacientes tiveram o tempo prolongado em 1-3 dias, 49 pacientes de 4-6 dias e 12 pacientes de 7-10 dias, sendo a média de aumento de 3,99 dias. O custo total real do tratamento foi de R$ 548.415,10, enquanto o custo previsto pelos pareceres seria R$ 411.605,74. O potencial custo-evitado caso os pareceres dos infectologistas relacionado ao tempo fossem acatados seria, portanto, de R$136.809,36. Os ATM-RT mais implicados na não adesão aos pareceres foram meropenem em 41,67% (n=35), teicoplanina em 21,43% (n=18) e polimixina B e E em 15,48% (n=13), somando um custo de R$ 100.976,57. Conclusão: Verificou-se um impacto financeiro significativo à OPS frente a não adesão de tempo de ATM-RT do parecer do infectologista sobre os custos assistenciais, sendo importantes ações interdisciplinares, juntamente com os infectologistas, a fim de buscar maior otimização da terapia, menores custos e baixa resistência microbiana. Palavras-chave: Custo-oportunidade, Antimicrobiano, Farmacoeconomia Referências: 1510 1- Silva LK. (2003); Avaliação tecnológica e análise custo-efetividade em saúde: a incorporação de tecnologias e a produção de diretrizes clínicas para o SUS. Ciência e Saúde Coletiva, 8(2); 501-520 1511 Unintentional medication discrepancies of patients hospitalized in a teaching hospital Lincoln Marques Cavalcante Santos¹, Carina Carvalho Silvestre¹, Rafaella de Oliveira Santos Silva¹, Thaciana dos Santos Alcântara¹, Genival Araújo dos Santos Júnior¹, Tatiane Cristina Marques¹, Alfredo Dias de Oliveira-Filho¹ & Divaldo Pereira de Lyra Júnior¹ ¹ Laboratory of Teaching and Research in Social Pharmacy (LEPFS), Department of Pharmacy, Federal University of Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, Brazil. Av. Marechal Rondon, s/n Jardim Rosa Elze – CEP: 49100-000. Email: [email protected] Aim of the study: This study aimed to investigate the medication use history obtained during admission and to characterize the unintentional discrepancies in pharmacotherapy observed in a Brazilian teaching hospital. Methods: This cross-sectional study was conductedfrom April to July 2013 within the University Hospital of the Federal University of Sergipe. Pharmacistresearcherscollectedpatientdatainfourstepsthroughastructuredquestionnairedeveloped and adapted from the literature by the researchers. This study defined unintentional discrepancies as the unjustified variations between the patients’ previous medication use history and the pharmacotherapy prescribed during hospitalization. The study was authorized by the Hospital Board and the Research Ethics Committee under CAAE number 08125912.5.0000.0058. Results: In the present study, 358 patients were included. Regarding to time evaluation, the analysis of medical records was the step that proved to be most timeconsuming in the assessment of the pharmacotherapy history. A statistically significant association was found between the presence of discrepancies and the total time spent on the review of the pharmacotherapy history (Χ2 = 13.177, p = 0.001). Of all patients, 261 (72.90%) were adults with the mean age 47.16 ± 18.80 years. In 117 cases of adult patients (44.82%), there were no record of previous pharmacotherapy, and 137 (52.49%) were not questioned about their allergies. Another variable observed was that 112 patients (31.28%) brought the drugs they used at home to the hospital. A statistically significant association (Χ2 = 39.121, p = 0.001) between this variable and the presence of discrepancies was found. A total of 327 discrepancies were found in 150 patients (41.90%). Of these discrepancies, omission was the most common type, followed by different doses, erroneous frequency, and unjustified start of treatment. Conclusion:Theresultsrevealed theprevalenceofunintentionaldiscrepanciesinthestudiedhospitalandpointsoutthatthe assessment of the history of medications used is a complex practice. Thus, the pharmacist mayplayanimportantroleforpatientsafetyidentifyingandsolvingsuchdiscrepancies. Keywords: Medication reconciliation, Medication discrepancies, Patient safety, Pharmacists, Hospitals. Acknowledgements We wish to thank all employees of the hospital for the support on the development of this study. Also, we would like to thank CAPES for the financial support. 1512 Câncer de mama: a prática farmacêutica na utilização do trastuzumabe. Erica Cristina Dourado Silva1 & Rosa Malena Fagundes Xavier1 1 Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil. Introdução: O Câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres1. A superexpressão/amplificação do receptor HER-2 incide na forma mais agressiva do câncer com alta probabilidade de recorrência, maior propensão de metástases e uma curta sobrevida livre da doença. O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal muito eficaz no tratamento do câncer de mama HER-2 positivo e uma das primeiras drogas aplicadas com sucesso no tratamento. Objetivo: Analisar o câncer de mama com enfoque no câncer HER-2 positivo e seu tratamento com o trastuzumabe além de compilar informações sobre a utilização desse medicamento no SUS, e a prática farmacêutica na oncologia. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática nos indexadores Scielo, Medline, Lilacs e Micromedex, além de livros acadêmicos e teses e dissertações publicados no período de 2000 a 2014. Resultados e discussão: O uso do trastuzumabe no câncer de mama foi avaliado em quatro grandes estudos de Fase III, multicêntricos e randomizados: o estudo HERA, os estudos NCCTG N9831 e NSAPB-B31, onde foi demonstrado que a utilização desse medicamento é eficaz e seguro, reduzindo o tempo de progressão da doença e aumentando a sobrevida do paciente. O trastuzumabe foi incorporado no SUS em 2012, porém para o câncer HER-2 positivo metastático o acesso se dá pela via judicial, o que gera um aumento de gastos e uma maior vulnerabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde. Para um cuidado integral ao paciente oncológico, é imprescindível a presença de uma equipe multiprofissional composta, dentre outros, pelo profissional farmacêutico, que atua desde a manipulação dos quimioterápicos até o acompanhamento farmacoterapêutico. Conclusão: O trastuzumabe não foi incorporado ao SUS para o tratamento do câncer de mama metastático, o que gera problemas nos serviços de saúde, como a judicialização da saúde, o que interfere no planejamento da gestão da assistência farmacêutica. O farmacêutico é relevante para o manejo adequado do trastuzumabe, por fornecer uma farmacoterapia segura e eficaz, através de funções administrativas e clínicas, colaborando para a adesão ao tratamento, redução de custos, e contribuindo com a qualidade de vida do paciente oncológico. Palavras-chave: Câncer de mama, Trastuzumabe, Atenção oncológica, Farmacêutico em oncologia. Referências: 1. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Políticas e ações para prevenção do câncer no Brasil: alimentação, nutrição e atividade física. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro: 2009. 1513 Avaliação do nível de informação sobre reações adversas a medicamentos e farmacovigilância dos profissionais de saúde que atuam na cidade de Petrolina, Pernambuco. Deuzilane Muniz Nunes¹, Gabrielly Thais Pereira Amorim Gomes², Bianca Gonçalves de Oliveira², Flávia Keile Souza Macedo², Magadiel dos Santos², Bruna Manuella Souza Silva² & Isabel Dielle Souza Lima Pio¹. ¹Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF - Colegiado de Farmácia, Petrolina, Pernambuco, Brasil, [email protected]. 2 Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, Petrolina, PernambucoBrasil. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde da cidade de Petrolina–PE sobre Farmacovigilância (FV) e sua importância no monitoramento das reações adversas a medicamentos (RAMs). Metodologia: O estudo foi observacional, transversal, com objetivo descritivo e abordagem quantitativa. Utilizou-se a técnica de amostragem por conveniência e a coleta de dados deu-se mediante um questionário autoaplicável, elaborado para este estudo. As questões referiam-se à FV, RAM, NOTIVISA, segurança do medicamento, problemas relacionados a medicamentos e a relevância da implantação de um centro de farmacovigilância e de informação sobre medicamentos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, seguindo todos os preceitos éticos. Resultados: Dos 55 profissionais abordados, a categoria profissional enfermeiro foi a mais frequente. O tempo de formação dos profissionais esteve entre 3 a 6 anos e 63,6% (n=35) trabalham em hospitais. Ao questionar sobre o entendimento de RAMs, apenas 27,3% (n=15) contemplavam a abrangência do conceito proposto pela ANVISA. A maioria (65,5%) relataram insuficiência quanto aos conhecimentos adquiridos na universidade, porém mais da metade (54,5%) não costuma atualizar-se em relação ao tema. Os profissionais relataram não ter conhecimento da possibilidade de notificação de RAMs via internet (58,2%) nem da existência de farmácias notificadoras (67,3%). Mais da metade dos entrevistados afirmaram saber da existência de hospitais sentinelas, centros de informação de medicamentos e de formulários de notificação de suspeita de RAMs. Quanto às condutas relacionadas à RAMs, 52,7% costumam sempre verificar possíveis sinais e 61,8% afirmam que ocasionalmente os pacientes relatam, espontaneamente, sinais e sintomas atribuídos a medicamentos. Dos profissionais estudados, 98,2% apontaram que a avaliação de suspeita de RAMs deve ser observada após administração do medicamento. A maioria (85,5%) afirmou que a cidade deve possuir Programa de Farmacovigilância e 61,8% demonstraram interesse em participar do processo de criação, afirmando ainda que médicos, farmacêuticos, enfermeiros e dentistas seriam as principais categorias que deveriam estar envolvidas na notificação de suspeitas de RAMs. Conclusão: Os profissionais de saúde apresentam conhecimento sobre RAMs, porém poucos destes conheciam as ferramentas nacionais utilizadas em Farmacovigilância. Este fenômeno pode ter repercutido na baixa frequência de notificação de RAMs entre os profissionais de saúde. Palavras - chaves: Farmacovigilância, Reação adversa, Serviços de Informação sobre Medicamentos. Referências: 1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Pós-Comercialização Pós Uso/Farmacovigilância. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos++Uso/Farmacovigilancia> Acesso em: Abr.2014. 1514 2. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Guia Regulatório - ANVISA : Glossário da Resolução RDC Nº 04/2009 – Anvisa, versão 11/02/2009.Brasília (DF), 2009. 3. BRASIL, Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde; A Importância da Farmacovigilância (Monitorização da Segurança dos Medicamentos). Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 4. SILVA, A. L. F. da et al. Diretriz para análises de impacto orçamentário de tecnologias em saúde no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28(7):1223-1238, jul, 2012 5. VIEIRA, F.S. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Rev C S Col. 12(1):213–220, 2007. 1515 Erros em prescrições de medicamentos de um hospital referência materno infantil na cidade de Petrolina-Pernambuco Amanda Caroline Silva Morais¹, Paula Edilene Ribeiro Marcula² & Deuzilane Muniz Nunes³ ¹Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, Petrolina, PernambucoBrasil. ²Hospial Dom Malan (HDM), Petrolina, Pernambuco, Brasil. ³ Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF - Colegiado de Farmácia, Petrolina, Pernambuco, Brasil, [email protected]. Objetivo: Esta pesquisa visou identificar o perfil dos erros em prescrições de medicamentos das clínicas pediátricas e materno de um hospital no município de Petrolina, Pernambuco no período de Setembro de 2014 à Janeiro de 2015. Metodologia: O estudo foi do tipo observacional, documental, descritivo e retrospectivo. Foram avaliadas as fichas de identificação dos erros de prescrição, que são instrumento da rotina da farmácia do hospital estudado. Foram incluídas na pesquisa as fichas com identificação de pelo menos um erro na prescrição envolvendo medicamento. Resultados: Foram avaliadas 163 fichas contendo erros de prescrição. Os pacientes tinham idade variando de 0 a 74 anos e 52,1% eram pediátricos, com idade entre 0 e 14 anos. A faixa etária mais envolvida com os erros era de 0 aos 4 anos, com 32,5% de todos os problemas identificados. Os erros de prescrição mais frequentes estavam relacionados ao diluente do medicamento (48,5%), dosagem (28,8%) e na frequência de administração (14,7%). Os medicamentos mais associados aos problemas nas prescrições de crianças (0 – 14 anos) foram Oxacilina (30,6%), seguida da Clindamicina (11,8%) e Penicilina G cristalina (9,4%). No grupo de pacientes com idade a partir de 15 anos os medicamentos mais destacados foram Dipirona (15,4%) e Cetoprofeno (12,8%). Conclusão: Foi identificado um número elevado de erros em prescrição no hospital estudado, dando destaque aos problemas com medicamentos na pediatria. As crianças, em especial aquelas com idade inferior a 5 anos, estão mais suscetíveis a estes problemas, que podem conduzir a complicações graves em seu estado de saúde. Medidas de educação continuada e uma maior integração multiprofissional com o farmacêutico podem contribuir para a adoção de medidas voltadas a prevenção de erros relacionados a prescrição e administração de medicamentos. Palavras-chave: Uso de Medicamento; Segurança do paciente; Prescrições inadequadas. 1516 Doença de Crohn - Terapêutica Farmacológica Tradicional e Uso de Imunobiológicos. Francinalda Xavier de Sousa¹, João Henrique Chaves², Rivelilson Mendes de Freitas³ 1 Faculdade Ateneu, Fortaleza, Ceará, Brasil, Rua: Manoel Arruda, 70; 2Universidade Federal do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil, Rua: Coronel Nunes de Melo, 1127; 3Universidade Federal do Piauí - UFPI, Teresina, Piauí, Brasil, Bloco SG-12 - Campus Min. Petrônio Portela / Ininga. Objetivo do estudo: Identificar quais as terapias tradicionais indicadas no tratamento da Doença de Crohn (DC) e evidenciar o uso de imunobiológicos e seu impacto sobre o tratamento, traçando um comparativo entre as terapias. Materiais e Métodos: Foram utilizados como material de pesquisa, artigos relacionados ao tema abordado, tendo como critérios de inclusão: Artigos originais gratuitos disponíveis on-line completos em Espanhol, Inglês e Português e como critérios de exclusão: Artigos em outros idiomas, teses, capítulos ou livros, monografias, resumos em anais de eventos, dissertações, manuais, apostilas e artigos repetidos em outras bases de dados. Foram realizadas buscas de artigos nas bases de dados: Google Scholar, Lilacs, Medline/Pubmed, Science Direct e Scielo, em 22/05/2013. Todos os artigos foram avaliados e selecionados, compreendendo o período de 2009 a 2013. Para o embasamento da comparação entre as terapias tradicionais e imunobiológica, foram citados preferencialmente todos os artigos avaliados e selecionados entre os pesquisados, e para complementação também as referências citadas nos respectivos artigos. Resultados: Apresentamos cada fármaco e sua indicação em particular na Doença de Crohn, abordando: indicação, uso terapêutico, eficácia, posologia, fase da doença, efeitos adversos mais comuns, perfil tóxico, indicação de exames laboratoriais de acompanhamento do uso da droga e necessidade de medidas profiláticas durante o uso de algumas delas. Conclusão: Através da avaliação e comparação do tratamento farmacológico tradicional, aliado as técnicas cirúrgicas e do tratamento com os principais agentes imunobiológicos utilizados na terapia da Doença de Crohn, verifica-se que é necessário todo um estudo e análise prévia de cada caso em particular, para se optar pelo tipo adequado e seguro de tratamento, levando em consideração fatores como: fase da doença, faixa etária, perfil tóxico das drogas, necessidade de realização de exames laboratoriais de acompanhamento, como também os casos de refratariedade ao uso de determinados fármacos e uso de terapias alternativas como a suplementação alimentar através da dieta. Palavras-chaves: Doença, Crohn, fármacos, tratamento e imunobiológicos. Referências: 1. The tnf-a -308 polymorphism may affect the severity of crohn’s disease. Genoile Santana, Maria Teresita Bendicho, Tamara Celi Santana, Lidiane Bianca dos Reis, Denise Lemaire, André Castro Lyra. CLINICS 2011; 66 (8): 1373-137. 2. “Faz isso, faz aquilo, mas eu tô caindo...”- Compreendendo a Doença de Crohn. Castelli A, Silva MJP. Rev Esc. Enferm USP 2007; 41(1): 29-35. www.ee.usp.br/reeusp/. 3. TAYLOR, C. T.; KEELY, S. J. The autonomic nervous system and inflammatory bowel disease. Autonomic Neuroscience Basic and Clinical, v. 133, p. 104-114, 2007. 1517 Horto Medicinal do Curso de Farmácia do UniRitter: inserção e desenvolvimento da fitoterapia em escolas e comunidade local. Joyce Hofferber Fonseca1, Raquel Perin Fraga2, Siomara da Cruz Monteiro3, Luciana Signor Esser4 & Clara Lia Costa Brandelli5 1 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 2Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 3Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 4Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 5Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]. Objetivo: O objetivo da implementação do Horto Medicinal na Faculdade de Farmácia/UniRitter é a capacitação de seus alunos no resgate às informações etnobotânicas da comunidade local, educação ambiental através de práticas no manejo de plantas e mudas, a forma correta de cultivo, promoção do uso racional de plantas medicinais na comunidade, a determinação de propriedades farmacêuticas, estudos a cerca da Farmacopéia Brasileira e Formulario Nacional de Fitoterápicos, extração de princípios ativos e fitocomplexos, entre outras. Materiais e métodos: O Horto Didático está distribuído em canteiros em um espaço do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) campus Zona Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Possui atualmente doze espécies de plantas medicinais potencialmente bioativas e popularmente conhecidas, obtidas através de professores e alunos engajados no projeto, como Aloe vera (babosa, utilizada na pele com queimaduras), Melissa officinalis (melissa, utilizada como calmante) e Alternanthera brasiliana (penicilina, reconhecida por suas propriedades anti-inflamatória, analgésica, e antiviral). Estas plantas estão sendo cultivadas tradicionalmente e tratadas de maneira convencional. Resultados: Existe um envolvimento diário dos alunos do Curso de Farmácia no manejo das mudas e também na listagem das plantas medicinais cultivadas com nomes populares, científicos e usos tradicionais. Além disso, destaca-se a valiosa parceria realizada com a Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes para a implantação de um Horto em suas imediações. Esta ação visa o manejo sustentável de plantas medicinais pelos alunos de 1° e 2° Grau, bem como a promoção do uso correto de plantas medicinais através de palestras aos alunos e professores pelos graduandos. Conclusão: O emprego da Fitoterapia como tratamento terapêutico alternativo no Brasil teve um aumento significativo nas ultimas décadas, devido a riquíssima biodiversidade local, a cultura, ao fácil acesso e cultivo das plantas e a fatores econômicos. Sendo assim, a proposta do Horto Didático UniRitter vai de encontro ao interesse do governo em projetos relacionados a inserção da Fitoterapia em comunidades e Sistema Único de Saúde, para a preservação do conhecimento e incentivo ao uso dos benefícios de plantas medicinais para a saúde. Pedagogicamente, o Horto Didático é, sem dúvida, um instrumento de aprendizagem e colaboração na formação de nossos alunos. Palavras-chave: Fitoterapia, Plantas medicinais, Horto, Etnobotânica Referências: 1. Lopes J, Link D. (2011); REGET/UFSM. 2(2): 225-50 2. Barros A. (2011 ); BioFar. 05(02): 73-82 3. Santos RL, Guimaraes G.P, Nobre M.S.C, Portela A.S. (2011) ; Rev. Bras. Pl. Med. 13(4): 486-91 1518 4. Kovalski LM, Obara A. (2013); Ciênc. Educ. 19(4): 911-27 1519 Perfil epidemiológico dos óbitos por Parkinsonismo primário e secundário no Brasil Daniele Gonçalves Fabre Universidade Iguaçu (Campus V) - Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] Parkinsonismo é a diminuição da neurotransmissão dopaminérgica nos núcleos da base1 e se manifesta por um conjunto de sintomas tais como tremor de repouso, rigidez muscular, acinesia e distúrbios posturais2. As causas são divididas em várias categorias, dentre elas: Parkinsonismo Primário (PP) ou idiopático e Parkinsonismo Secundário (PS)1. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos de PP e PS compreendendo o período de 2009 a 2013. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de coorte transversal. Os dados coletados foram provenientes do DATASUS3. A partir da seção mortalidade, foram selecionados os dados da Categoria CID-10: G20 (Doença de Parkinson ou Parkinsonismo Primário) e G21 (Parkinsonismo Secundário). Resultados: No Brasil, houve registros de 13.780 óbitos por PP entre os anos de 2009 a 2013. Destes 13.780 óbitos, 22,02% foram registrados em 2013, 21,59% em 2012, 20,06% em 2011, 18,82% em 2010 e 17,51% em 2009. No período estudado, o sexo masculino representou 54,33% dos casos, o sexo feminino 45,65% e 0,019% teve o sexo ignorado. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando 56,26% dos casos e a faixa etária menos atingida foi a de 30 a 39 anos, registrando apenas 1 caso (0,0073% ). Os óbitos por PS somaram 147 casos entre 2009 e 2013. Deste total, 22,45% foram registrados em 2013, 27,21% em 2012, 15,65% em 2011, 18,36% em 2010 e 16,33% em 2009. O sexo masculino teve o maior número de óbitos por PS, 57,14%. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando 38,78% dos casos e a menor faixa etária foi a de 1 a 4 anos com apenas 1 registro (0,68%). Conclusão: O trabalho ressalta que no período estudado os óbitos de PP foi maior que os de PS e o número vem aumentando a cada ano. O PS registrou óbitos em faixas etárias mais baixas e, em ambas as categorias de Parkinsonismo, o sexo masculino e a faixa etária de 80 anos ou mais foram os mais atingidos. . Palavras-chave: Datasus, Doença de Parkinson, Parkinsonismo Referências 1. Rowland, Lewis. (2011); Merritt’s tratado de neurologia. 12ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2. Goldman, Lee; Ausiello Dennis. (2009); Cecil’s medicina. Volume II, 23ª edição. São Paulo: Saunders-Elsevier. 3. DATASUS, Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def Acesso: 30 jul/2015. 1520 Reação de hiperpigmentação cutânea associada à polimixina B: relação com nefrotoxicidade Karen Prado Herzer Mattos1, Gustavo Rafaini Lloret1, Isabela Romão Govêa2, Taís Betoni Rodrigues2, Priscila Gava Mazzola,1,2 & Patricia Moriel1,2 1 Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Rua Alexander Fleming, 105, Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas. Rua Sérgio Buarque de Holanda, 25, Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected] O uso sistêmico da polimixina B para o tratamento de bactérias Gram-negativas multirresistentes vêm crescendo nos últimos anos apesar de seus efeitos tóxicos. As reações de nefrotoxicidade e neurotoxicidade já são conhecidas na prática clínica, contudo, uma reação denominada como hiperpigmentação cutânea (HC) vem sendo observada dentre os pacientes em tratamento sistêmico com polimixina B1-3. Objetivos: O trabalho objetivou quantificar as reações adversas de nefrotoxicidade e HC associadas ao uso da polimixina B e verificar se há correlação entre estas duas reações. Materiais e Métodos: O estudo foi realizado em Hospital Universitário com acompanhamento e monitoramento de pacientes em tratamento intravenoso com polimixina B. Foi obtido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de todos os pacientes ou seus responsáveis legais. A HC foi monitorada por meio da escala de Von Luschan Color, além de registros fotográficos. A função renal foi monitorada por meio da taxa de filtração glomerular calculada em função da creatinina sérica. Resultados: Participaram do estudo 60 pacientes e a HC foi observada em 15% (grupo HC +). O sintoma tornou–se evidente a partir do 7º dia de tratamento, com o escurecimento evidente de face e pescoço. A variação média de tonalidade foi de 3 tons, chegando até 6 tons em alguns casos. A dose média até o surgimento do sintoma foi de 1.500.000 UI/dia e a dose média acumulada foi de 10.000.000 UI de polimixina B, não diferindo do grupo HC-. A idade média do grupo HC + foi 49,4 anos (± 17,82) e 50,2 anos (± 17,87) do grupo HC-. Ao comparar a função renal dos grupos não foi observada diferenças significativas entre eles (p = 1,000) sendo que, 33,3% do grupo HC + realizou hemodiálise antes, durante ou após o tratamento com a polimixina B versus 39,20% do grupo HC-. Conclusão: Conclui-se não haver diferença estatística apontando correlação entre as duas reações adversas associadas ao uso da polimixina B. Sugere-se que a HC é frequente e não relacionada a nefrotoxicidade. Estudos aprofundados são necessários para a caracterização completa da cinética deste fármaco e suas reações adversas. Palavras–chave: Hiperpigmentação cutânea, Nefrotoxicidade, Polimixina B, Reações adversas. Número da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): CAAE: 38164214.0.0000.5404 Agradecimentos: CAPES pelo suporte financeiro. Referências: 1- Shih LK, Chan LG. (2014); Journal of Pediatric Sciences. 6:e215 2- Knueppel RC, Rahimian J. (2007); Clinical Infectious Disease. 45:136–137 3- Zavascki AP, Manfro RC, Maciel RA, Falci DR. (2015); Annals of Pharmacotherapy.1-2. 1521 RESUMO Efeitos de contraceptivos hormonal oral sobre os níveis de biomarcadores de danos oxidativos em atletas de voleibol Marcio Antonio de Barros Sena1,2,Norma Cláudia de Macedo Souza Santos2, Marcos de Sá Rego Fortes2, Rafael Melo de Oliveira2 & Marcos Dias Pereira¹ 1 Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), RJ,Brasil, Centro de Tecnologia, Avenida Athos da Silveira Ramos, nº 149, Bloco A – 5º Andar, Sala 549, Cidade Universitária; 2Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx), RJ, Brasil, Avenida João Luis Alves, s/nº, Urca – CEP: 22291-090. [email protected] Introdução: a relação entre o estresse oxidativo, causado por aumento na geração de radicais livres e/ou diminuição das defesas antioxidantes e o exercício físico tem sido amplamente investigada nos últimos anos. Ao mesmo tempo, sabe-se que os contraceptivos hormonais esgotam vitaminas essenciais e antioxidantes no corpo da mulher, bem como proporcionam a elevação do mineral cobre que é capaz de participar de reações de formação de radicais livres favorecendo assim, a diminuição no desempenho, fadiga, dano muscular e excesso de treinamento (overtraining). Objetivo: avaliar o efeito dos contraceptivos hormonais oral nos níveis séricos dos biomarcadores de danos oxidativos em atletas de voleibol submetidas a exame laboratorial de rotina. Metodologia: participaram do estudo, dez atletas com idade média (29,8 ± 4,71 anos), peso (73,1 ± 6,81 Kg) e altura (181,0 ± 4,82 cm). Foi realizada a coleta do soro das atletas em jejum por farmacêuticobioquímico no Laboratório de Bioquímica do Exercício do Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx) e posterior avaliações dos biomarcadores de proteína carbonilada (PC), peroxidação lipídica (PL), tióis totais (TT) e capacidade antioxidante total (CAOT) no Laboratório de Citotoxicidade e Genotoxicidade (LCG) . A estatística descritiva utilizada foi através de medidas de tendência central enquanto a inferencial utilizou-se o teste Mann-Whitney para testar a igualdade das Medianas. Resultados: não foi observado diferença significativa entre os grupos estudados (p ˃ 0,05). Conclusão: pode-se concluir que o treinamento realizado vem sendo coerente e parece não estar induzindo um quadro de estresse oxidativo, provavelmente o bom condicionamento físico e uma dieta balanceada a que estas atletas são submetidas possam estar corroborando para os resultados encontrados. Palavras chaves: voleibol, estresse oxidativo, militares. Referências: 1. Power SK, Nelson WB, Hudson MB. (2011); Free Radic Biol Med. (51):5 942-50 2. Palan PR, Strube F, Letko J, Sadikovic A, Mikhail MS. (2010); Obstet Gynecol Int . volume 2010, 4 pages. 3. Kamp F, Donangelo CM. (2007); Nutrire. (32):9 175-175 1522 Avaliação da estabilidade de xampus de cetoconazol, comercializados em farmácias magistrais no município de Belford Roxo, RJ. Thaís Dolzany de Oliveira1*, Katia Barboza dos Santos2, Aluízio Antônio Santa Helena2, Pricilla Dias Moura de Matos2 & Lásaro Linhares Stephanelli2** 1 Universidade de Mogi das Cruzes – Mogi das Cruzes, SP, Brasil, Av. Dr. Cândido Xavier de Almeida e Souza, 200. 2 Associação Brasileira de Ensino Universitário - UNIABEU, Belford Roxo, RJ, Brasil, Rua Itaiara, 301. e-mail: *[email protected]/ **[email protected] Tema: Farmácia Magistral Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo verificar a estabilidade das formulações de xampu de cetoconazol comercializadas nas farmácias magistrais do município de Belford Roxo/RJ. Metodologia: Foram avaliados três xampus de cetoconazol (A, B e C) manipulados em diferentes farmácias magistrais do município e de uma amostra (P) do xampu industrializado como referência, através de testes de estabilidade acelerada: pH, viscosidade, densidade, características organolépticas, precipitação, exposição à radiação luminosa e estresse térmico1,3,4. Resultados e Discussão: Observou-se que a viscosidade e densidade das formulações manipuladas apresentaram valores inferiores aos estipulados pela literatura e comparados à amostra P, possivelmente pela diferença de tensoativos e doadores de viscosidade utilizados5. O pH de todas as amostras se enquadraram na faixa de estabilidade do princípio ativo, porém as amostras P (7,9), A (7,7) e B (8,5) estão acima do pH desejável para xampus5,7. Das amostras que foram armazenas conforme instrução do fabricante pelo período de 7 dias, somente a amostra C apresentou alteração de cor. Após 30 dias, as amostras A e B ficaram levemente rosadas, que é uma característica do cetoconazol e não compromete a formulação1,2,3. Com isso, sugere-se a utilização de um corante padronizado para os xampus que contenham este fármaco. No teste de estresse térmico, nenhuma amostra apresentou separação de fases ou alteração de viscosidade. No teste de centrifugação, houve precipitação em A, possivelmente do cetoconazol, ocasionando perda da eficácia do medicamento, enquanto as demais mantiveram-se intactas. No teste de radiação luminosa, as amostras foram expostas à luz UV durante 7 dias, e todas apresentaram alterações de cor: A e B ficaram levemente rosadas, P alaranjada e C amarelada. Além disso, as amostras A e B apresentaram também odores diferentes, o que representa uma perda de estabilidade e possível contaminação microbiológica. Diante deste resultado, propõe-se que os medicamentos manipulados, que não sejam de conservação em geladeira, tenham o contra-rótulo de “Conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC) e proteger da luz” para que seja salientado o armazenamento correto. Conclusão: Concluímos que é necessário aperfeiçoar a manipulação desses produtos no município a fim de garantir a segurança, eficácia e estabilidade do medicamento. Palavras-chave: Xampu de Cetoconazol, Estabilidade, Farmácia Magistral, Controle de Qualidade. 1523 Referências: 1. GINDRI, A. L.; GINDRI, L. L.; SOUZA, L. B.; SANTOS, M. R.; LAPORTA, L. V. Saúde, v. 38, n.1, p. 125-135, 2012. 2. FUJIWARA, G. M.; COSTA, C. K.; ZANIN, S. M. W.; MIGUEL, M. D. Visão acadêmica, v. 10, n. 2, p. 43-57, 2009. 3. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Guia de controle de qualidade de produtos cosméticos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2ª edição, revista 120p. – Brasília: ANVISA, 2008. 4. BRASIL. (2010); Farmacopéia Brasileira. 5ª ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 770 -771. 5. FERREIRA, A. (2008); Guia Prático da Farmácia Magistral. 3ª ed. São Paulo: Pharmabooks, 641-657. 6. STAUB, I. ; CRUZ, A. S.; PINTO, T. J. A.; SCHAPOJAL, E. E. S.; BERGOLD, A. M. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 43, n. 2, p. 301-307, 2007 7. SKIBA, M.; SKIBA-LAHIANI, M.; MARCHAIS, H.; DUCLOS, R. & ARNAUD, P. International Journal of Pharmaceutics. v. 198, p.1-6, 2000. 1524 Recolhimento de medicamentos no Brasil: qual o principal motivo? Flávia Valéria dos Santos Almeida1, Evani Leite de Freitas2, Jessica Quintanilha Marcelo de Carvalho2, Rafaela Tavares Peixoto2 & Fabíola Giordani Cano2 1 Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Rua das Laranjeiras 374, Laranjeiras; Universidade Federal Fluminense,Niterói, RJ, Brasil, Faculdade de Farmácia, Rua Doutor Mario Viana, 523, Santa Rosa. 2 Objetivo: Identificar a freqüência e as causas de recolhimento de medicamentos no Brasil em 2014, determinados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo de âmbito nacional a partir de dados secundários, disponibilizados publicamente no sitio da ANVISA. O levantamento dos dados foi realizado a partir da planilha de medicamentos irregulares do ano de 2014, utilizando como palavra-chave o termo “recolhimento”. As informações foram transferidas e analisadas pelo Microsoft Office Excel 2007 e então avaliadas quanto à forma farmacêutica do medicamento e o motivo do recolhimento. Foram consideradas todas as formas farmacêuticas de apresentação dos medicamentos como injetáveis, líquidos e sólidos orais, medicamentos para uso externo, soluções, suspensões, ampola, frasco-ampola e bolsa para uso injetável de pequeno e grande volume. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados e Conclusão: No ano de 2014 foram realizados 92 recolhimentos de medicamentos sendo por desvio de qualidade do produto 62,0% dos casos, por problemas de embalagem ou rotulagem 20,0% e por comercialização de produtos sem registro ou por empresa não autorizada 18,0%. Os recolhimentos envolveram medicamentos utilizados por diferentes vias de administração e com indicações terapêuticas diversas. A análise dos motivos de recolhimento considerando as vias de administração revelou como principais problemas: 1) via injetável presença de material particulado em 48,3%; 2) via oral - desvio de qualidade no ensaio de aspecto em 28,8% e 3) uso externo – produtos produzidas por empresas com ausência de boas praticas de fabricação em 44,4%. Também foi observada uma ausência de padronização na descrição das não conformidades apresentadas pelos medicamentos publicadas no sitio da ANVISA. A principal causa de recolhimento de medicamentos em 2014 no Brasil foi o desvio de qualidade no produto, seguido por problemas de embalagem e por fraude na comercialização de itens não autorizados. Pouco é conhecido sobre o impacto clínico destes medicamentos na saúde da população, nem tampouco, se os profissionais de saúde estão recebendo estas informações e atuando de forma preventiva no recolhimento destes medicamentos clinicamente importantes. Palavras chave (Keywords): Recall de Medicamento, Farmacovigilância, ANVISA 1525 ELABORAÇÃO DE FICHA DE ANAMNESE FARMACÊUTICA PARA PACIENTES AMBULATORIAIS EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO Paolla Ferreira Baptista1, Patrícia Krauze de Almeida2, Dayana Azevedo Silva de Souza3, Fernanda Paquiela Gegenheimer4, Camila Barbosa de Carvalho5, Cláudia Cristina Santos Soares6, Fernanda Alves Brito7 & Lair Monteiro de Souza8. 1 Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]. 2Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Docente da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – [email protected]. 6Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]êutica Chefe do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – [email protected]. Introdução: Reação adversa a medicamento (RAM) é definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária como “qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após a administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade”. Tal conceito apresenta RAM como um evento inevitável, ainda que se conheça a sua possibilidade de ocorrência. Em oncologia, elas são comuns e previsíveis durante todo o tratamento; por isso, os estudos que relatam estas RAMs podem auxiliar a equipe multidisciplinar na educação do paciente. Sendo o farmacêutico um profissional que pode fazer parte desta equipe, seu papel consiste em oferecer informação e orientação para reduzir os efeitos das RAMs e aumentar a adesão à terapia prescrita. Dentre as atribuições clínicas do farmacêutico, a anamnese farmacêutica possibilita a verificação de sinais e sintomas, avaliação e intervenção nos incidentes relacionados aos medicamentos com o objetivo de melhor avaliar e acompanhar a adesão ao tratamento. Objetivo: Proposta de Ficha de Anamnese Farmacêutica para acompanhamento dos pacientes oncológicos em uso de medicamentos orais atendidos no ambulatório de um hospital federal geral na cidade do Rio de Janeiro. Metodologia: Com base no formulário já existente no serviço, no Manual de Seguimento Farmacoterapêutico (SF) e Manual de Acompanhamento Farmacoterapêutico, foi estruturada uma ficha de anamnese farmacêutica para os pacientes em tratamento oncológico. Resultado: O método Dáder foi escolhido para a elaboração da nova ficha por ser uma ferramenta que permite ao farmacêutico seguir normas claras e simples para realizar o SF de forma sistematizada. No desenvolvimento da ficha, foram levadas em conta as informações necessárias para identificação do paciente, informações ambulatoriais e laboratoriais. Ainda foram adicionados espaços específicos para relato de queixas pelo paciente, anotação de possível identificação de problemas relacionados aos medicamentos e para orientação dada pelo farmacêutico. Por fim, a ficha deve ser assinada e arquivada pelo profissional responsável pela entrevista/consulta. Conclusão: Foi possível a elaboração do formulário, com base em outros modelos já existentes, que reúne os dados referentes ao tratamento do paciente, a fim de realizar um 1526 acompanhamento da resposta terapêutica e RAMs, possibilitando melhor adesão ao tratamento quimioterápico. Palavras-chaves: Reação Adversa a Medicamento, acompanhamento farmacoterapêutico e Oncologia 1527 Avaliação da aplicabilidade do Índice de Estilos de Aprendizagem (ILS) em estudantes de graduação em farmácia: um estudo piloto Márcio Lima da Conceição Vieira1, Elisdete Maria Santos de Jesus1, Francielly Lima da Fonseca1, Adriana Andrade Carvalho2, Wellington Barros da Silva1 & Ângelo Roberto Antoniolli3 Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS) – Departamento de Farmácia/ Universidade Federal de Sergipe. São Cristovão- Sergipe- Brasil. E-mail: [email protected] 2 Departamento de Farmácia- Campus Lagarto/ Universidade Federal de Sergipe. Lagarto- SergipeBrasil. E-mail:[email protected] 3 Departamento de Fisiologia- Campus São Cristóvão/ Universidade Federal de Sergipe. São Cristovão - Sergipe- Brasil. E-mail:[email protected] 1 OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade do instrumento (Índice de Estilos de Aprendizagem) (ILS) em alunos de graduação do curso de farmácia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo piloto de delineamento transversal realizado em março de 2015. Após a assinatura do termo de consentimento livre esclarecido, foi aplicado o instrumento ILS junto aos estudantes de graduação do curso de Farmácia aos quais são submetidos a estratégias de ensino fundamentadas em metodologia Ativa e Tradicional. O instrumento utilizado consistiu em 44 questões divididas em quatro dimensões, que representam as etapas da aprendizagem, onde em cada uma delas o aluno tende a um pólo: Percepção (sensorial ou intuitivo); Entrada (visual ou verbal); Processamento (ativo ou reflexivo); Entendimento (sequencial ou global). Cada estilo de aprendizagem é representado pela combinação de um pólo de cada dimensão. Dessa forma, têm-se 16 diferentes perfis comportamentais, para identificar estilos de aprendizagem dos alunos (VIEIRA JUNIOR 2012). RESULTADO: A amostra final foi composta por 37 estudantes dos quais 22 submetidos à aprendizagem com metodologias ativas e 15 submetidos à aprendizagem por meio de ensino tradicional. A análise sócio demográfica evidenciou que 31 (81%) eram do sexo feminino, 21 (57%) provenientes do ensino público e 31 (81%) não exercem atividade remunerada. O tempo médio gasto para responder os questionários foi de (34min). Na análise dos 44 itens do ILS, obteve-se resultados em números percentuais, os alunos submetidos às metodologias ativas se revelaram como: Intuitivo/Sensorial, (13,6/86,4), Visual/Verbal (68,2/31,8), Ativo/Reflexivo (63,6/36,4) Sequencial/Global (72,7/27,3). Já os alunos submetidos à metodologia tradicional se apresentaram como: Intuitivo/Sensorial, (26,7/73,3), Visual/Verbal (60/40), Ativo/Reflexivo (53,3/46,7) Sequencial/Global (66,7/33,3). CONCLUSÃO: Com aplicação do teste piloto foi possível, testar, avaliar, revisar o uso do ILS, bem como antever pontos cruciais como o tempo gasto para a resposta e a extensão do instrumento. Quanto aos alunos pesquisados, estes apresentam predominância dos estilos de aprendizagem com percepção sensorial, entrada visual, processamento ativo e entendimento sequencial. Contudo, o mapeamento dos estilos de aprendizagem pode vir a ser uma ferramenta importante para professores da área da farmácia por favorecer o planejamento e seleção das situações de ensino utilizadas em sala de aula, potencializando a efetividade do processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Estilos de aprendizagem, Estudantes de farmácia, Estudo piloto, ILS. Referências: 1- VIEIRA JUNIOR, N. Planejamento de um ambiente virtual de aprendizagem baseado em interfaces dinâmicas e uma aplicação ao estudo de potência elétrica. 2012. 234 p. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) - Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, 2012. 1528 Caracterização do pensamento crítico em estudantes de graduação em farmácia: um estudo piloto Francielly Lima da Fonseca1, Elisdete Maria Santos de Jesus1, Márcio Lima da Conceição Vieira , Adriana Andrade Carvalho2, Wellington Barros da Silva1 & Ângelo Roberto Antoniolli3 1 Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS) – Departamento de Farmácia/ Universidade Federal de Sergipe. São Cristovão- Sergipe- Brasil. E-mail: [email protected] 2 Departamento de Farmácia - Campus Lagarto/ Universidade Federal de Sergipe. Lagarto- SergipeBrasil. E-mail:[email protected] 3 Departamento de Fisiologia- Campus São Cristóvão/ Universidade Federal de Sergipe. São Cristovão - Sergipe- Brasil. E-mail: [email protected] 1 OBJETIVO: O presente estudo objetivou caracterizar o pensamento crítico dos alunos de graduação em farmácia a partir do Instrumento Questionário de Pensamento Crítico para Estudantes e Profissionais da Saúde. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de delineamento transversal, em março de 2015, o questionário foi aplicado após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, nos estudantes de graduação do curso de Farmácia os quais são submetidos a métodos de ensino ativo e tradicional. O instrumento avalia as competências de pensamento crítico: Interpretação, Análise, Avaliação, Inferência e Explicação. Apresenta 25 questões (5 correspondentes a cada escala) e solicita aos participantes que, diante de uma situação clínica, assinalem aquela que consideram mais correta e mais completa (AMORIM 2013). As associações entre as variáveis foram analisadas por meio do teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: Ao final do estudo obteve-se uma amostra de 35 alunos, desses 29 (82,8%) eram do sexo feminino, 21 (60%) estudaram em escola pública e 31 (81%) não possui atividade remunerada. Em relação ao tempo médio gasto para responder os questionários os alunos gastaram cerca de 40min. Nas análises por escalas de competência os estudantes submetidos à metodologia tradicional apresentaram 76,9% média demonstração de competência critica e 23,1% elevada demonstração para a competência Explicação. Os estudantes ativos 45,4% média e 45,5% elevada demonstração para a mesma competência. Considerando o valor de P<0,05, pode se observar que a escala de Explicação apresentou diferença significativa com P= 0, 0339. Na análise geral das competências de pensamento crítico, ou seja, na soma de total das escalas foi observado que os estudantes submetidos tanto à metodologia ativa (𝑥̅ ±77) quanto à metodologia tradicional (𝑥̅ ±76, 3) possuem alta demonstração de competência crítica comum P= 0, 0439. CONCLUSÃO: Com aplicação do questionário foi possível caracterizar as competências de pensamento crítico, se familiarizar com o instrumento e aprimorar o método de coleta de informações. Quanto aos alunos pesquisados estes apresentam alta demonstração de competência crítica. No entanto, quando se refere às competências de pensamento crítico, foi possível observar diferença significativa nas escalas por competências. Contudo, a utilidade dessas informações possibilitou a construção e aplicação de uma ferramenta que permitirá aos professores avaliar a capacidade crítica dos estudantes. Palavras-chave: Pensamento Crítico, Competências, Estudo piloto, Estudantes de farmácia. Referências: 1. AMORIM, Maria Margarida Paiva. Pensamento crítico nos estudantes e profissionais da área da saúde.Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2013, 121p. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal. 2013. 1529 Farmacovigilância ativa e estudo do novo anticoagulante oral dabigatrana em hospital público brasileiro especializado em cardiologia Luise de Barros Martins¹, Flávia Valéria dos Santos Almeida¹,² & Christianne Brêtas Vieira Scaramello¹ 1 Laboratório de Farmacologia Experimenteal, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; Rua Hernani Pires de Melo, 101 - São Domingos; 2 Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, R. das Laranjeiras, 374 - Laranjeiras. Objetivo: Avaliar a adesão e o perfil de eventos adversos (EA) de pacientes com fibrilação atrial não valvar durante o primeiro ano de tratamento com dabigatrana no Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Metodologia: Trata-se de um estudo de farmacovigilância (CAAE: 03455512.5.0000.5272), realizado na farmácia do INC de janeiro/2013 a dezembro/2014. Os pacientes em uso de dabigatrana 110mg e 150mg foram acompanhados mensalmente por farmacêuticos durante as dispensações do medicamento e estratificados em função da dose, sendo analisados trimestralmente com relação à idade, gêneros, comorbidades, outros medicamentos em uso, relatos de EA e adesão ao tratamento. Resultados e conclusões: Foram incluídos 139 pacientes. A maioria era do sexo masculino (66%). Aproximadamente 88% havia feito anticoagulação prévia. A maioria dos pacientes em uso de dabigatrana 110mg (76%) apresentava mais de 65 anos. 83% apresentavam alto escore de risco para eventos tromboembólicos (CHA2DS2VASc ≥ 2). Cerca de 52% dos pacientes em uso de dabigatrana 110mg apresentava alto risco para sangramentos (HASBLED ≥ 3), já com 150mg, apenas 13% dos pacientes apresentaram escore de risco tão elevado. Os pacientes apresentavam comorbidades: hipertensão arterial (83% para 110mgx74% para 150mg), acidente vascular encefálico prévio (57%x17%) e diabetes mellitus (40%x22%), justificando as associações terapêuticas com betabloqueadores (67%x71%), antagonistas dos receptores AT1 (52%x49%), estatinas (67%x53%) e hipoglicemiantes orais (33%x15%). O EA mais relatado foi dispepsia, tendo maior incidência no primeiro trimestre principalmente entre as mulheres (50%x56%). Esta observação justifica o aumento progressivo da associação do omeprazol à dabigatrana ao longo dos trimestres, especialmente quando prescrita na dose de 150mg, bem como a redução da dose do anticoagulante, a suspensão médica e o abandono ao tratamento relatados. Apesar de os EA à dabigatrana se encontrarem descritos na literatura1, neste estudo a incidência de dispepsia foi maior, justificando os problemas de adesão observados. Os pacientes considerados pouco aderentes representavam mais de 30% dos pacientes do estudo ao longo do ano, sendo os homens a maioria deles. Este estudo forneceu dados sobre as principais razões para descontinuação do tratamento, permitindo que medidas como orientação aos pacientes em uso de dabigatrana e acompanhamento mais de perto destes pacientes possam ser adotadas. Palavras-chave: Dabigatrana, Anticoagulação, Farmacovigilância. Referências: 1. Connolly SJ, Ezekowitz MD, Yusuf S, Eikelboom J, Oldgren J, Parekh A et al. (2009); N Engl J Med. 361:1139-1151. 1530 Erro de prescrição de medicamentos antimicrobianos em uma unidade de saúde no Estado do Rio de Janeiro. Giovânia Firmino de Almeida Aguiar1, Edson de Souza Aguiar2, Carla da S. Pinheiro3, Carine dos S. Atalla4. 1,4 Farmacêutica Bioquímica,3 Farmacêutica Industrial, PhD Ciências, 2 Graduando em Biologia 1,4 IERJ,RJ,Brasil; 2CEDERJ, RJ, Brasil; 3UFRJ, RJ, Brasil. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo detectar erros de prescrição de medicamentos antimicrobianos em prescrições médicas. De acordo com o Instituto Americano de Medicina cerca de 44.000 a 98.000 pacientes morrem a cada ano por lesão iatrogênica, sendo o erro de prescrição médica a causa principal que contribui para esse evento (1). No Brasil os estudos realizados ainda se mostram iniciais e insuficientes (2). Metodologia: Este estudo foi realizado no período de Julho de 2014 a Maio de 2015 em uma unidade de saúde no Estado do Rio de Janeiro. Foram analisadas 507 receitas de medicamentos antimicrobianos quanto a presença de possíveis erros de prescrição, tais como posologia, dose diária, duração do tratamento, forma farmacêutica, apresentação. Após esta análise foi elaborado um formulário farmacoterapêutico com informações sobre posologia, apresentação e forma farmacêutica, destinado aos prescritores. Além deste, foram confeccionadas etiquetas com o horário da administração do medicamento, fixadas à embalagem do mesmo. Também foram elaboradas tabelas contendo as normas para a dispensação dos medicamentos antimicrobianos, e distribuídas à equipe de técnicos da Farmácia. Resultados: Os resultados obtidos demonstraram que nos meses de 2014 o número de receitas com erros de medicação era de 81% e, apenas 19% não apresentavam tais erros. Já nos meses de 2015, após a implantação do formulário farmacoterapêutico observou-se uma drástica redução no número de erros. O percentual de receituários com erros em 2015 foi de 47% e 53% não apresentavam erros. Conclusão: A elaboração e implantação de um formulário de medicamentos para os profissionais de saúde (médicos e técnicos) contendo informações sobre posologia, forma farmacêutica, apresentação, via de administração, e concentração do fármaco mostrou-se um método eficaz na redução dos principais erros de prescrição. Desta maneira, além da redução dos erros de prescrição também foi possível garantir a segurança, uso adequado dos antimicrobianos e redução na seleção de formas de microrganismos resistentes. Palavras-chave: Antimicrobianos; Erros de prescrição; Formulário farmacoterapêutico. REFERÊNICIAS:1- KOHN, L.T.; CORRIGAN, J.M. & DONALDSON, M.S. To err is human: building a safer health system. 2. ed. Washington: National Academy Press, p.312, 2003. 2- NÉRIL, E. D. R.; GADÊLHA, P. G. C.; MAIA, S. G.; PEREIRA, A. G. S.; ALMEIDA, P. C.; RODRIGUES, C. R. M.; PORTELA, M.P.; FONTELES, M. M. F. Erros de prescrição de medicamentos em um hospital brasileiro. Revista da Associação Médica Brasileira.vol.57,no.3,São Paulo, 2011. 1531 Alteração da rotina do idoso contribui para não-adesão ao tratamento medicamentoso Guilherme Lacerda Oliveira¹, Dayde Lane Mendonça-Silva² & Silvana Nair Leite³ 1 Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected]; 2Professora Adjunta do curso de Farmácia da Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected]; 3 Professora Colaboradora do Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected] Descrição do estudo: Objetivo: Identificar e compreender os fatores relacionados a não adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes idosos na comunidade. Metodologia: O trabalho foi desenvolvido em um ambulatório especializado no atendimento à saúde do idoso de um Hospital Universitário do Distrito Federal. Para desenvolvimento do estudo adotou-se a entrevista semiestruturada, constituinte da pesquisa qualitativa. O público alvo era formado por idosos do ambulatório de geriatria, em uso crônico de medicamentos, responsáveis pela condução do tratamento medicamentoso, sem diagnóstico prévio de demência ou transtorno psiquiátrico e que foram detectados como não aderentes pelo o teste de Morisky-Green1. Excluiu-se da pesquisa idosos com cuidadores responsáveis pela condução do tratamento medicamentoso. Resultados: Foram entrevistados 27 idosos, a maioria do sexo feminino (77,8%), viúvas (52,4%), com média de 77±6 anos e até 4 anos de escolaridade (40,7%). Segundo relatos, os próprios entrevistados eram responsáveis pelo acesso aos medicamentos por meio das farmácias dos postos de saúde e drogarias, utilizando renda própria para aquisição dos produtos nas redes privadas. A organização dos medicamentos era associada à rotina para evitar o esquecimento, como também armazenar na cozinha ou no quarto como estratégia recordatória. De fato, os discursos não mostravam o esquecimento como uma condição frequente de omissão de doses, porém os atrasos nos horários de administração foram associados à saída da rotina. Quando passado longo período de atraso havia preferencia por esperar a dose seguinte. Problemas na administração das formas farmacêuticas predominantes (comprimidos e cápsulas) não foram apresentados como barreira a adesão à farmacoterapia. A indicação para ajuste de dose foi a principal razão de alteração das formas originais, com a realização de partição dos comprimidos. Conclusão: Este diagnóstico situacional contribui para compreensão do uso de medicamentos em idosos que preservam a independência e habilidades para atividades diárias. Na presença de uso crônico de medicamentos e regimes terapeuticos complexos a farmacoterapia requer maior atenção e organização, gerando modificações de hábitos de vida²,³. Os discursos apontam a necessidade do estabalecimento de estratégias de adesão a partir da realidade cotidiana e das dificuldades específicas do idoso, ressaltando a importância da rotina no armazenamento e administração dos medicamentos. Palavras-chave: Adesão, Medicamento, Idosos. Agradecimentos: À CAPES por bolsa de mestrado oferecida ao pesquisador principal. Referências: 1. Morisky DE, Green LW, Levine, DM. (1986); Medical Care. 24(1): 67-74 2. Lehane E, Mccarthy G. (2006); Int J Nurs Stud. 44: 1468–77. 3. Rocha CH, Oliveira APS, Ferreira C, Faggiani FT, Schroeter G Souza ACA, Decarli GA, Morrone FB, Werlang MC. (2008); Ciênc. saúde coletiva. 13(Sup): 703-10. 1532 Eficacia de los productos disponibles en el mercado local para el tratamiento de la pediculosis. Autora: Larreguy, Leticia Leonor1 Co-autores: Vassena, Claudia2; Domenichini, Patricia 1 & Melito Graciela1 Afiliaciones: 1Facultad de Ciencias de la Salud, Carreras de Farmacia y Bioquímica, Universidad Maimónides, Hidalgo 775, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina; 2Centro de investigación de Plagas e Insecticidas, CONICET-UNIDEF-UNSAM, San Juan Bautista de La Salle 4397, Villa Martelli, Buenos Aires, Argentina. Objetivos: Demostrar la acción pediculicida de los productos más comercializados en Argentina mediante bioensayos. Comparar la eficacia y eficiencia entre los mismos con el fin de elegir el agente terapéutico más eficaz y menos riesgoso para la salud. Metodología: Se recolectaron piojos (Pediculus humanus capitis) con un peine fino metálico de cabezas de niños de entre 3 a 12 años de escuelas bonaerenses (con niveles de resistencia a permetrina comprobada en laboratorio)1; 2. Se seleccionaron de los parásitos adultos y ninfa III. Para evaluar en forma comparativa la efectividad de los productos (según su mayor comercialización y sus componentes), se utilizó el método de exposición por inmersión3. Grupos de piojos se sumergieron durante 2 minutos en 1ml. del producto a experimentar, se colocaron en una malla metálica y se lavaron con 100 ml. de agua corriente. Luego, sobre papel de filtro, se registró el número de insectos volteados a los 180 minutos del comienzo de la inmersión. Los controles fueron tratados igual pero con agua corriente4. Resultados: De los 14 productos evaluados, 3 produjeron 100% de mortalidad de piojos en ensayos de laboratorio, 4 mostraron 0% de mortalidad, mientras que 7 presentaron mortalidades entre 9% y 41%. A partir de los ensayos realizados, se obtuvieron resultados preliminares donde se observó que los productos que demostraron una nula o muy baja efectividad (entre 0% y 20%) contienen en su fórmula productos naturales. En los productos que contienen permetrina entre 1% y 5% se observa un bajo porcentaje de mortalidad (entre 26% y 41%). Los productos que mostraron el 100% de mortalidad contienen siliconas en su composición. Conclusión: Los productos naturales como ácido acético, quassia amarga, aloe vera u oleato de cobre demostraron nula o muy baja efectividad. Esto indica que la incorporación de productos naturales en la formulación no asegura el efecto pediculicida. Los productos con permetrina mostraron un porcentaje de mortalidad bajo, debido a la adquisición de resistencia de los parásitos. Los productos que mostraron 100% de mortalidad contienen siliconas. Presentan escasa toxicidad para el huésped y requieren poco tiempo de exposición, por ende son una buena opción de tratamiento. Palabras claves: Pediculosis; Eficacia; Eficiencia; Permetrina; Siliconas. 1533 REFERENCIAS: 1. Picollo M, Vassena C, Casadio A, Massimo J, Zerba E 1998. Laboratory studies of susceptibility and resistance to insecticides in Pediculus capitis (Anoplura; Pediculidae). J. Med. Entomol. 35: 814817. 2. Vassena C, Mougabure C., González A., Alzogaray R., Zerba E. y Picollo M. I. (2003). Prevalence and levels of permethrin resistance in Pediculus humanus capitis De Geer (Anoplura; Pediculidae) from Buenos Aires, Argentina. J. Med. Entomol. 40: 447-450. 3. M. I. Picollo, C. V. Vassena, G. Mougabure Cueto, M. Vernetti and E.N. Zerba. (2000) “Resistance to Insecticides and Effect of Synergists on Permethrin Toxicity in Pediculus capitis (Anoplura: Pediculidae) from Buenos Aires”. Journal and Medical Entomology 37 (5): 721-725 Entomological Society of America. 4. Gallardo A., Mougabure-Cueto G., Vassena C., Picollo M. I. Y Toloza A. C. (2011) “ Comparative efficacy of new commercial pediculicides against adults and eggs of Pediculus humanus capitis (head lice)” Parasitol. Res. Springer Volume 110, Issue 5 Page 1601-1606. 5. Burgess I.F. (2004) Human lice and their control. Annu. Rev. Entomol. 49: 457-481. 6. Mássimo J., Picollo M. I., Rossi A., Zerba E., Curatola R., Pueyo S. 1996. Studio epidemiológico biológico e chimico della pediculosis. II Giornate Internazionali di dermatología pediátrica, Rome, Italy. 1534 Sleeping pills in Brazil: frequency and association with alcohol and tobacco Kátia Kodaira ¹; Julia Hiromi Hori Okuyama ¹ & Marcus Tolentino Silva ¹ ¹ Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba, São Paulo Brasil, [email protected] Frequency of sleeping pills use in Brazil is unknown. Behaviors associated with tobacco and alcohol consumption may influence this use. Aim. To assess the frequency of sleeping pills consumption among Brazilian adults and its association with alcohol and smoking consumption. Methods. This is an analysis of Brazilian National Health Survey performed in 2013(1). Briefly, this survey was household-based with stratified sampling and three clustering stages (census tracts, households and individuals aged 18 years and older). Subjects were interviewed about sleeping pills use in the past two weeks (our primary outcome), alcohol drinking and tobacco consumption (independent variables). We calculated prevalence ratio (PR) adjusted for sex and age through a Poisson regression with robust variance and 95% confidence interval (CI). It was investigated the alcohol and drinking interaction. Sensitivity analysis includes re-sampling technique (bootstrap). In STATA 11.2 software, we considered the complex sample design for all calculations. Results. 60,202 subjects were included (52.9% women and 42.9 ± 17.1 years old), 7.7% (95% CI: 7.3-8.0%) of them took sleeping pills in the past two weeks. 26.5% (95% CI: 25.9-27.2%) consumed alcohol; 14.7% (95% CI: 14.2-15.2%) consumed tobacco; and 6.6% (95% CI: 6.2-7.0) consumed both. Alcohol drinking was inversely associated with sleeping pills use (PR = 0.69; 95% CI: 0.59-0.80; pvalue < 0.001) and smoking increases their consumption (PR = 1.47; 95% CI: 1.28-1.68; p-value < 0.001). The consumption of alcohol and tobacco together was not associated with sleeping pills use (PR = 0.99; 95% CI: 0.77-1.26); p-value = 0.914). All results remain constants in sensitivity analysis. Conclusion. Brazilian adults frequently use sleeping pills. This practice decreases with alcohol and it raises with tobacco(2). The association disappears when they are analyzed together. Our hypothesis is that alcohol induces somnolence and sleepiness faster than the euphoric cycle of tobacco. Further studies with longitudinal design are necessary to address the causality of the described effects. Keywords: Sleep, Prescription drugs, Tobacco, Alcohol References: 1. Souza-Júnior PRBd, Freitas MPSd, Antonaci GdA, Szwarcwald CL. (2015); Epidemiologia e Serviços de Saúde. 24(2):207-16. 2. Wakasugi M, Kazama JJ, Narita I, Iseki K, Moriyama T, Yamagata K, et al. (2014) PLoS One. 9(9):e108718. 1535 Evaluation of antioxidant activity in vitro of medicinal plants extracts Kelly Karoline dos Santos1, Camilla Freitas de Oliveira2, Vinícius Bednarczuk de Oliveira2, Edvaldo A. Ribeiro Rosa1, Obdúlio G. Miguel2, Patrícia Maria Stuelp Campelo1 1 Escola de Saúde e Biociência, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, [email protected]; 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brazil. Introduction: The empirical use of plant extracts based in the popular medicine has increased over the past few years and is been used to treat a variety of pathologies, including vitiligo. One of the possibilities that have been suggested for the treatment of this pathology is the use of antioxidants. Aim of the study: Evaluate the antioxidant activity, by chemical methodology using crude extracts, of the following plants popularly described as effective in the treatment of vitiligo: Arctium lappa, Pyrostegia venusta, Brosimum gaudichaudii, Sonchus oleraceus and Xylosma ciliatifolium. Materials & methods: Tests performed: phosphomolybdenum method (n=6), TBARS (n=5), potential for reducing the DPPH (n=3), determination of total phenolic compounds (n=3) and hemolytic activity in erythrocytes (n=3). Statistical analysis was performed by using one-way ANOVA followed by the Tukey’s multiple comparisons test. Significant differences were considered for p value < 0.05. Results: In all the methodologies, the five extracts showed significant antioxidant capacity. In the phosphomolybdenum method, the extract with the highest antioxidant capacity compared to the standard used was B. gaudichaudii, while A. lappa had the lowest activity. In TBARS, the better result was observed with P. venusta (68%), in which the index antioxidant was greater than BHT (42%), followed by B. gaudichaudii (37%). In DPPH test, S. oleraceus is considered the most active extract, because a smaller concentration is needed to reach IC50 (53 µg/mL). All samples showed high quantities of phenolic compounds. B. gaudichaudii showed the highest polyphenol content in its extract (216%), whereas X. ciliatifolium showed the lowest (73%), which could be related with the results of antioxidant activity. In the hemolytic activity, it was observed that the extracts analyzed showed low hemolytic potential, with no significant differences between the negative control and the extracts. As this test can be used as an indicator of toxicity, this result could indicate the low toxicity of these extracts. Conclusions: In the conditions and concentrations tested, B. gaudichaudii extract was the most effective in the methodologies used, followed by P. venusta. However, all plants showed different levels of antioxidant activities, which may be promising for the prevention of oxidative stress. Keywords: Antioxidant activities, Plant extracts, Hemolytic activities, Polyphenols. 1536 Eventos adversos notificados ao Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA) por um Centro de Estadual de Farmacovigilância do Brasil: uma análise descritiva de 2014 Elana Figueiredo Chaves1, Eudiana Vale Francelino1, Angelina Almeida Bastos1, Sarah Resende Araújo1 & Miriam Parente Monteiro1 1 Centro de Farmacovigilância do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil, [email protected] Objetivo: Relatar a ocorrência de Eventos Adversos (EA)1 notificados ao Sistema de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA) por um Centro de Farmacovigilância Estadual. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal das notificações voluntárias do Centro de Farmacovigilância do Ceará ao NOTIVISA, de 2014. A partir da análise documental, diretamente no sítio eletrônico do sistema, traçou-se o perfil das notificações concluídas, sendo avaliado: o número de notificações, sexo e idade dos indivíduos, gravidade da reação, topografia afetada, medicamento envolvido, presença de medicamento concomitante e presença de relato na literatura. Utilizou-se o Microsoft Excel 2007 para a análise dos dados. Resultados: Foram notificados 51 relatos de EA, tendo todos, o medicamento como causador. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=29, 56,86%). A faixa etária foi de 11-86 anos, sendo a mais frequente de 31-50 anos (n=25; 40,02%) e a menos frequente de 71-86 anos (n=4; 7,84%). A média de idade foi de 44,35 anos. Dos EA descritos, 40 (78,43%) foram classificados como “não grave” (não resulta em ameaça à vida)”, 4 (7,84%) como “grave clinicamente importante (reação perigosa e que requeira intervenção)” e 4 (7,84%) como “grave ameaça à vida (risco de morte no momento da reação)”. Os demais (n=3; 5,88%), foram classificados como “indefinido”. A topografia mais frequente (isolada ou concomitantemente) nos EA foi a gastrointestinal (n=27; 52,94%), sendo os medicamentos antirretrovirais os causadores de 21 (77,78%) desses; a segunda foi o sistema nervoso central (n=23; 45,1%), seguido da dermatológica (n=9; 17,65%). Os principais medicamentos suspeitos em cada EA envolveram antirretrovirais (n=31), imunobiológicos (n=7) e analgésicos/antiinflamatórios (n=5). Quanto à presença de medicamentos concomitantes, 50 (98,04%) notificações não apresentaram. A grande maioria dos eventos adversos (n=48, 94,12%) está relatada na literatura, tendo sido as bulas, as fontes mais usadas pelo NOTIVISA. Conclusão: Observou-se o baixo número de notificações voluntárias de EA no ano de 2014, indicando a subnotificação de EA a medicamentos, mas principalmente de outros produtos. A subnotificação também pode ser percebida nos extremos de idade, sendo necessária uma maior conscientização da importância das notificações para o rastreamento de situações de risco e EA potenciais. Palavras-chave: Farmacovigilância, Notificação, Eventos Adversos. Referências: 1537 1- Oliveira JR, Xavier RMF, Júnior AFS. (2013); Eventos adversos notificados ao Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA): Brasil, estudo descritivo no período 2006 a 2011*. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 22(4):671-678. 1538 Avaliação de um Curso de Atendimento Farmacêutico ao Idoso Bruno Simas Rocha1, Andiara Luvison1, Cristine dos Reis1, Tatiana Weiss Almeida1, Maria Cristina Werlang1, Cristiani Silveira Netto Trentin1, Liziane Maahs Flores1 1 Comissão Assessora de Gerontologia e Assistência Farmacêutica ao Idoso, Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS), Porto Alegre, RS, Brasil, [email protected] Objetivo: Descrever e analisar as avaliações feitas pelos participantes de um curso de atendimento farmacêutico ao idoso. Metodologia: elaborou-se um questionário semi-estruturado online para avaliação de um curso de atendimento ao idoso promovido por um Conselho Regional de Farmácia do sul do Brasil em parceria com Universidade Federal da região. As respostas foram solicitadas por meio de escala de satisfação (excelente, bom, regular e ruim), contemplando aspectos sobre a programação do evento, infra-estrutura, palestrantes e sugestões (esta última em campo livre). Resultados: De um total de 22 participantes, sete avaliações foram preenchidas (31,82%). Os participantes eram profissionais e acadêmicos de Farmácia. Todos os respondentes consideraram que o evento atendeu os objetivos propostos, sendo que cinco (71,43%) consideraram o conteúdo e a carga horária boa ou excelente; sete (85,71%) avaliaram que os palestrantes tinham excelente domínio do conteúdo. A aplicabilidade no trabalho foi considerada boa ou excelente por quatro (57,14%) dos participantes e seis (85,71%) avaliaram que o relacionamento e interação foram excelente ou boa. O item com menor taxa de resposta foi aquele relacionado à qualidade do material apresentado – apenas 4quatro (57,14%) respondentes, com 100% das respostas classificadas como excelentes ou boas. Observou-se a importância de incluir questões específicas sobre o conteúdo e forma de aprendizado do curso. Conclusão: As respostas permitiram o planejamento e re-estruturação de cursos deste tipo para o futuro. A menor taxa de resposta para o item relacionado ao material apresentado pode ser atribuída ao próprio formato do curso, que prioriza a prática, com encenação de casos clínicos aplicados à gerontologia. A aplicabilidade ao seu ambiente de trabalho foi o item com menor avaliação podendo sugerir a necessidade de ampliar a atuação do farmacêutico nesse âmbito ou a falta de estrutura para o atendimento dessa população. Existe necessidade de estabelecerem-se estratégias para motivar um maior número de respondentes tendo em vista que as respostas ao instrumento de avaliação se constituirão em indicadores para o planejamento, implementação e funcionamento do programa educativo proposto. Palavras-chave (Keywords): Gerontologia; Avaliação Educacional; Educação em Farmácia 1539 Ações articuladas de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas no serviço, como estratégia pedagógica para formação clínica e humanista do profissional farmacêutico Dayde Lane Mendonça-Silva1, Letícia D’Oliveira2, Mayara de Oliveira Caetano2, Bruna Maciel de Alencar3 & Adriano de Almeida de Lima4 1 Professora Adjunto do Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito Federal, Brasil. [email protected] 2 Discentes do Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito Federal, Brasil. [email protected], [email protected] 3 Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito Federal, Brasil. [email protected] 4 Professor Adjunto do Curso de Odontologia da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito Federal, Brasil. [email protected] Uma das importantes interseções entre saúde e educação diz respeito à adequação do ensino, conhecimentos produzidos e serviços prestados à população com base nas necessidades sociais, para que se possa viabilizar a abordagem integral do processo de saúde-doença e a promoção à saúde. Objetivo: Descrever o emprego de ações e estratégias pedagógicas desenvolvidas no serviço de saúde de forma interdisciplinar e contextualizada à comunidade visando a formação de um profissional farmacêutico generalista, humanista e reflexivo. Metodologia: Este estudo consiste em um relato de experiência da integração de atividades de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas por alunos de graduação e pós-graduação de Ciências Farmacêuticas, em um ambiente ambulatorial especializado na atenção à saúde de idosos, de um hospital universitário de Brasília, no Distrito Federal. Resultados: Para oferecer os serviços clínicos farmacêuticos, sobretudo revisão da farmacoterapia e educação em saúde, de forma individual e coletiva, à nível ambulatorial, bem como desenvolver atividades de ensino nesse cenário, docente elaborou projetos de extensão e de pesquisa, incorporando alunos de pós-graduação na rotina do serviço. Esses alunos desempenharam papel de tutores dos acadêmicos de graduação em Ciências Farmacêuticas, acompanhando-os nas atividades da disciplina optativa “Práticas em Farmácia Clínica”, ofertada aos estudantes a partir do sétimo semestre. Na disciplina, realizaram-se seminários sobre protocolos e diretrizes terapêuticas e discussões sobre aspectos sociais, culturais, éticos e clínicos que impactam na relação profissionalpaciente. Em campo, os alunos foram inseridos gradualmente, sempre em nível crescente de complexidade, na rotina de trabalho da equipe multiprofissional, realizando visitas domiciliares, consultas farmacêuticas e participação nas reuniões clínicas. Parte dos graduandos permaneceram inseridos no grupo, mesmo após término da disciplina optativa, ao ingressarem no projeto de extensão. Conclusão: Ações articuladas entre ensino, pesquisa, extensão e serviço oportunizam aos estudantes o protagonismo na construção das habilidades e competências necessárias ao desenvolvimento dos serviços clínicos farmacêuticos e, aos docentes e profissionais de saúde, qualificação profissional, alem do aprimoramento dos serviços oferecidos aos usuários. A experiência sugere que o processo formativo no serviço e em consonância com as necessidades de saúde da população contribuem para a consolidação do conhecimento teórico e valorização do trabalho farmacêutico. Palavras-chaves: educação farmacêutica, interdisciplinaridade, integração ensino-serviço 1540 Prescription errors and associated factors in patients with oncologic and hematologic diseases in a Brazilian tertiary hospital Rosa Camila Lucchetta1, Bruno Salgado Riveros2, Antonio Eduardo Matoso Mendes3, Natália Fracaro Lombardi4, Wálleri Christini Torelli Reis5 & Cassyano Januario Correr6 1 Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, [email protected] 2Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, [email protected] Clinics Hospital, Curitiba, Paraná, Brazil, [email protected] 4Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, [email protected] 5Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, 6 [email protected] Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, [email protected] Objective: To identify the prevalence of prescription errors in drug prescriptions of patients with oncohematologic diseases and the factors associated with these events. Method: We performed a cross-sectional, analytical, study in a large Brazilian tertiary hospital. Data regarding service (high risk chemotherapy unit), patients and their clinical condition, drug therapy and prescription errors were retrieved and analyzed according to the National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention taxonomy. The present study was approved by the Research Ethics Committee of the Clinics Hospital, Federal University of Parana (nº 14122113.3.0000.0096). Results: We identify out of 344 included drug prescriptions (n = 31 patients), 26.2% showed at least one prescription error, mainly involving a wrong drug (48.3%) or an improper dose (26.7%). The errors were most frequent with the drugs dexamethasone/ polymyxin B (10.7%), vancomycin (10.7%) and ranitidine (5.4%). According to the logistic regression, the factors associated with errors include: presence of neutropenia Odds Ratio (OR) 1.92 (95% Confidence Interval (CI) 1.10–3.35), physicians on holiday or weekend shifts OR 0.40 (95% CI 0.18–0.86) and prescriptions with higher proportion of parenteral administration route OR 1.05 (95% CI 1.03–1.08). Conclusion: We identified a high prevalence of errors involving mainly drug choice and improper dose. The drugs most related to errors were antimicrobial agents and support therapy. Presence of neutropenia, physicians on holiday or weekend shifts and prescriptions with higher proportion of parenteral administration route, were the main factors associated with prescription errors. Recognizing them can be valuable in developing clinical prediction tools, alerts to clinical pharmacists or designing preventive services focused on identifying patients who are more susceptible to prescription errors. Keywords: Patient Safety; Inappropriate Prescribing; Risk Management; Neoplasms; Oncology Service. 1541 Diseño y evaluación de un curso online sobre servicios profesionales farmacéuticos Pedro Armando¹, Nancy Solá¹, Patrícia Martínez2, Susana Martínez2, Elbio Costa2, Maria Isabel Tenllado2 1 Facultad de Ciencias Químicas. Universidad Nacional de Córdoba, Córdoba, Argentina, Haya de la Torre y Medina Allende s/n. Ciudad Universitaria; 2Colegio de Farmacéuticos de Córdoba, Córdoba, Argentina, Corro 146. Objetivos •Describir los contenidos y la metodología empleada para el diseño de un curso online sobre servicios profesionales farmacéuticos (SPF). •Valorar la percepción de los farmacéuticos participantes respecto a la actividad formativa desarrollada. Metodología Se diseñó un curso online teórico-práctico de 2 meses de duración, destinado a farmacéuticos comunitarios y hospitalarios.1-4 Esta actividad formativa emplea estrategias pedagógicas asincrónicas y se desarrolla en el Aula Virtual del Área de Capacitación y Responsabilidad Social del Colegio de Farmacéuticos de Córdoba (Argentina), bajo la plataforma de e-learning educativa®.5 Para valorar las opiniones de los farmacéuticos con relación al curso, se utilizó una encuesta validada al finalizar la actividad, efectuándose un análisis estadístico descriptivo.6 Resultados Se desarrolló el curso online “Servicios profesionales farmacéuticos: hacia un nuevo modelo de práctica asistencial”, estructurado en 5 módulos temáticos con la elaboración de un trabajo final. Las actividades se diseñaron de manera ordenada, estructurada y articulada, siguiendo un nivel progresivo de complejidad, con el fin de alcanzar los objetivos propuestos. El aula virtual contó con los siguientes recursos: guía de trabajo por módulos (materiales de lectura/multimedia y actividades prácticas), foros de discusión, bloque de noticias, mensajería interna, chat y cafetería. Las actividades prácticas se centraron en el desarrollo de estrategias personalizadas para conseguir implementar los SPF en cada lugar de trabajo, desarrollando una metodología adecuada, con los correspondientes indicadores de calidad. Participaron 240 farmacéuticos. En la encuesta de valoración, los farmacéuticos opinaron con elevadas calificaciones respecto al cumplimiento de sus expectativas (97,7%), las interacciones con los profesores y tutores y el trabajo en foros. Conclusiones El dictado del curso permitió que los farmacéuticos participantes pudieran conceptualizar y planificar aquellos SPF que pueden desarrollar en sus áreas de desempeño profesional. Se obtuvieron opiniones muy favorables de los participantes respecto al curso y a la utilización de las herramientas pedagógicas disponibles en el aula virtual. Si bien esta actividad formativa debería permitirles a los farmacéuticos implementar algunos SPF, sería importante continuar con el desarrollo de otros cursos online más específicos, a fines de apoyar y fortalecer su ejercicio profesional. Palabras clave: Educación en Farmacia, Educación Basada en Competencias, Educación a Distancia, Servicios Comunitarios de Farmacia, Gestión de la Práctica Profesional. Agradecimientos: a los profesores colaboradores: Dr. Sebastián Martínez Pérez, Dra María das Gracas Leopardi Goncalves y Dra. Anne Liere de Godoy. 1542 Referencias: 1. Documento de posición de la OPS/OMS (2013). Servicios farmacéuticos basados en la atención primaria de salud. Washington DC: OPS. 2. FIP/OMS (2006). Recuperado de http://www.fip.org/files/fip/publications/DevelopingPharmacyPractice/DevelopingPharmacyPractic eES.pdf 3. FIP/OMS (2011) Recuperado de https://www.fip.org/www/uploads/database_file.php?id=334&table_id= 4. Baixauli Fernández VJ, Satué de Velasco E, Gil García MI, Roig Sena JC, Villasuso Cores B, Sáenz de Buruaga Pérez de Atxa S. (2013); Farmacéuticos Comunitarios 5(3): 119-26. 5. Meza J. (2012). Recuperado de https://gc21.giz.de/ibt/var/app/wp342P/1522/wpcontent/uploads/2013/02/Ebook-final.pdf 6. Villar, G. (2003). Recuperado de http://www.oei.es/tic/villar.pdf 1543 Avaliação farmacêutica de não conformidades em prescrições pediátricas Jéssica Barros Rangel1, Maria Luisa de Moura Fonseca1, Saraghina Maria Donato da Cunha2 & Sarah Dantas Viana Medeiros2 1 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil; Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil Objetivo: Evidenciar a importância do farmacêutico clínico na terapia medicamentosa em enfermaria pediátrica, mediante identificação de possíveis erros de prescrição, com o intuito de contribuir para promoção da segurança do paciente. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional analítico do tipo transversal realizado no Hospital Universitário Ana Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUAB/UFRN) a partir da avaliação das prescrições médicas pediátricas no período de maio a julho de 2015. Os dados foram obtidos considerando gênero, idade, hipótese/diagnóstico e não conformidades da prescrição. Os medicamentos prescritos foram avaliados quanto a indicação, dose, concentração, posologia e via de administração a partir de consulta no software Drugdex – Thomsom Micromedex e nas bases de dados Uptodate e Medline. Resultados: Foram avaliadas 75 prescrições de crianças em polifarmacoterapia com permanência mínima de 72 horas, das quais 56% pertenciam ao gênero masculino e 44% ao gênero feminino, com média de idade de 3,2 anos. Dentre as principais doenças tratadas, a pneumonia foi responsável por 29,3% das internações, seguida da gastroenterite com 17,3%. Com relação à avaliação das prescrições verificou-se que em 40% dos casos, as doses estavam acima do recomendado na literatura, em 10,6% as doses prescritas estavam abaixo do recomendado e em 18,6% o horário de administração estava inadequado. Conclusão: Os erros de prescrição ocorreram em número significativo e poderiam ter causado algum tipo de dano ao paciente caso não tivesse ocorrida a intervenção farmacêutica. Portanto, a atuação do farmacêutico na área clínica é de total relevância para melhorar a qualidade da assistência à saúde. Palavras-chave: Erros de Prescrição, Segurança do Paciente, Pediatria 1544 Análise de interações medicamentosas na terapia antirretroviral em pacientes com HIV em um Hospital Universitário Vinícius Abib Ramos Alves1, Livia Gonçalves dos Santos Lima2, Flávia Valéria dos Santos Almeida3, Sergio Sétubal4 Elisangela da Costa Lima-Dellamora5 & Monique Araújo de Brito6 1 Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]) 2 Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]) 3 Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]) 4 Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]) 5 Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]) 6 Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]) Objetivo:Identificar e quantificar os esquemas de terapia antirretroviral (ARV) que possuem interações medicamentosas (IM) não recomendadas em diretrizes clínicas, empregados em um hospital universitário (HU) no Estado do Rio de Janeiro.Metodologia:Foram consideradas na análise as IM com maior risco de falha virológica, toxicidade ou que apresentavam dificuldade para adesão.Estas IM estavam descritas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em adultos (PCDT)1 e Câmara Técnica para o tratamento de HIV/AIDS da Secretaria Estadual de Saúde (SES).A CT-SES é composta por médicos de referência em genotipagem, capacitados e atualizados pelo Ministério da Saúde.A frequência de IM foi obtida a partir da análise dos ARV dispensados no hospital estudado no período entre novembro de 2014 e março de 2015.Os dados foram coletados pelo Sistema de Controle e Logística de Medicamentos Antirretrovirais.O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com número parecer 924319/CAAE 39135714400005243.Resultados:Do total de 50 esquemas terapêuticos prescritos para 403 pacientes, quinze continham IM envolvendo abacavir, didanosina lamivudina, tenofovir, efavirenz, nevirapina, atazanavir, darunavir, lopinavir, ritonavir, raltegravir.Das interações encontradas, 20% eram descritas pelo PCDT e envolviam lopinavir/ritonavir com efavirenz.As IM descritas pela CT-SES totalizaram 26,5%, sendo as IM envolvendo inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa e atazanavir com didanosina.Das IM descritas em ambas as diretrizes (53,3%) as interações eram atazanavir com efavirenz ou raltegravir, darunavir com neverapina ou efavirenz e a lamivudina em esquema de resgate.Em relação aos motivos, 60% possuíam maior risco de toxicidade envolvendo o darunavir,raltegravir,atazanavir,neverapina, 20% maior risco de falha virológica envolvendo a lamivudina e efavirenz e 20% eram esquemas compostos por atazanavir com didanosina ou lopinavir/ritonavir com efavirenz, ocasionando maior dificuldade para adesão.Conclusão:As associações terapêuticas identificadas com maior frequência foram aquelas com maior risco de toxicidade e estavam descritas no PCDT e SES. Não foram investigadas as razões para a prescrição destes esquemas, não obstante os possíveis motivos podem estar associados à falta de 1545 opção terapêutica para alguns pacientes ou a desatualização o PCDT, que orienta a equipe de assistência a Pessoas que Vivem com HIV/aids no Brasil.Como perspectiva, serão avaliadas as razões que motivaram a prescrição e uso destes esquemas. Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência Medicamentos, Guia de Prática Clínica Adquirida, Combinação de Referência: 1. BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêutica para Manejo das Infecções em Adultos. Brasília, DF, 2013. 217p. 1546 Análises das autorizações de procedimento de alta complexidade de medicamentos para pacientes transplantados renais no estado do Rio de Janeiro. Gabriela Santos Barbosa1; Milene da Costa Rangel2 & Márcia Maria Barros dos Passos2 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]; 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]). Resumo: Introdução: No Brasil, o Sistema Único de Saúde é responsável pela cobertura do transplante e tratamento pós-transplante. Os medicamentos utilizados na manutenção do transplante são cedidos pela rede pública. Os fármacos para transplantados renais estão descritos no PCDT, e inclui Imunossupressão Tríplice com um inibidor de calcineurina ou rapamicina, glicocorticoides e um agente antiproliferativo. Objetivo: Descrever e analisar os medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica dispensados para o tratamento de pacientes submetidos a transplante renal no Estado do Rio de Janeiro.Método: Estudo descritivo baseado nos dados de APAC do SIA-SUS do Estado do RJ de 2008 a 2013. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações ambulatoriais do SUS (SIA-SUS) e foram aqueles referentes às Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade. As variáveis de interesse selecionadas nos arquivos da APAC foram as seguintes: Data de Processamento; Procedimento Principal da APAC/Medicamento; Idade; Sexo; UF e Município de Residência do paciente; UF de Localização do Estabelecimento; CID Principal e Secundário. Foram realizadas a distribuição temporal das APAC geradas ao longo do período e análises estratificadas por grupo químico. Resultados: O estudo incluiu 156.527 registros de APAC de medicamentos selecionados para transplantes renais. Das APAC geradas 55,7% foram para o sexo masculino, sendo 28,1% para a faixa etária de 40 a 49 anos. O principal diagnóstico secundário foi doença renal crônica (30,9%). O grupo químico mais frequente foi os antiproliferativos, e o micofenolato de mofetila em maior quantidade. Dentre os outros grupos, inibidores de calcineurina e de rapamicina, os medicamentos principais foram tacrolimo e sirolimo. Tal resultado indica uma expressiva frequência dos medicamentos preconizados para o tratamento alternativo da manutenção do Transplante Renal, em detrimento do tratamento de primeira escolha. Conclusão: Os resultados indicam que tal conduta médica pode não estar de acordo com o PCDT, visto que os medicamentos que mais foram dispensados não são os indicados como primeira escolha no tratamento de manutenção do transplante renal. Este desvio aparente de conduta poderá impactar no tratamento do paciente e gerar também maiores custos ao sistema de saúde brasileiro, que é responsável pela total cobertura do tratamento para o paciente. Palavras - chave: Transplante renal, Imunossupressores, APAC. 1547 Relato de experiência: construção de uma disciplina para promoção do debate acerca da formação e atuação do farmacêutico diante dos novos paradigmas Samuel Rodrigues Almeida e Sousa1, Gabriela de Araújo Brum1, Maria Luiza Evangelista1, Simone Medina de Araújo Mendonça1 & Djenane Ramalho de Oliveira1 1 Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, [email protected] OBJETIVO: Descrever o processo de criação e estrutura da disciplina “Farmacêutico como profissional de saúde” ofertada como optativa no currículo de graduação em Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). METODOLOGIA: Relato de experiência dos estudantes de graduação em Farmácia diretamente envolvidos na criação e realização da referida disciplina. RESULTADO: A ideia de criar uma disciplina que promovesse, entre estudantes, a discussão e reflexão sobre a formação e atuação do farmacêutico como profissional de saúde, originou-se de debate sobre o tema durante um simpósio acadêmico realizado na UFMG. Na assembleia final desse evento, os estudantes, movidos por sua inquietude, criaram a Comissão Estudantil de Educação (CEE) como espaço acadêmico de debate sobre a formação do farmacêutico. A disciplina “Farmacêutico como profissional de saúde” é fruto da CEE, seu objetivo é despertar o pensamento crítico do estudante sobre ser um profissional da saúde. A fase inicial foi a respeito da sua concepção técnica com leituras sobre metodologias ativas de ensino1,2 e didática do ensino superior3. A versão final foi elaborada com colaboração de discentes e docentes. Obteve-se a aprovação pelo colegiado do curso e a disciplina foi ofertada com uma carga horária de 2h/aula por dois semestres consecutivos, envolvendo 30 estudantes até então. Utilizou-se exposições dialogadas conduzidas por profissionais e atividades para subsidiar discussões e reflexões, como: a) entrevistas com professores sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para farmácia e com comunidade acerca de como veem o farmacêutico, b) seminários sobre reforma curricular e c) filme discutindo questões éticas na saúde. Como forma de avaliação, os discentes realizam reflexões escritas periódicas sobre os debates em sala, além de apresentações de trabalhos individuais e em grupo. CONCLUSÃO: O processo de criação de uma disciplina promovido por estudantes reflete o afastamento da academia, de um modo geral, das discussões sobre o futuro da profissão. Ao mesmo tempo, com o termino da disciplina, os estudantes que participaram dela, se mostraram mais críticos quanto a própria formação, reconhecem esse momento de novos paradigmas para a atuação do farmacêutico e demonstram interesse e engajamento para refletir e discutir sobre o futuro da profissão. Palavras-chave: Educação Farmacêutica, Farmacêutico como Profissional de Saúde, Movimento estudantil Agradecimentos: A todos os estudantes que participaram da Comissão Estudantil de Educação Referências: 1. Cezar P, Guimarães F, Gomes A, et al. (2010). Transição Paradigmática na Educação Médica: Um Olhar Construtivista Dirigido à Aprendizagem Baseado em Problemas. Rev Bras Educ Med; 34: 298– 303. 2. Hamamoto C, Marin M, Sgambatti M, et al. (2006). Desenvolvimento currícular do curso de enfermagem da FAMEMA: contexto atual. Rev Min Enf 2006; 10: 181–186. 3. Gil AC. Didática do Ensino Superior. 1st ed. São Paulo: Atlas, 2006. 1548 Casos de Hanseníase notificados no Estado da Paraíba Sylmara Patrício de Santana Rosa¹, Raylanne Marcelino de Medeiros², & Vivianne Marcelino de Medeiros³ 1 Faculdade São Francisco da Paraíba, Cajazeiras, Paraíba, Brasil, [email protected]; Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 3 Faculdade São Francisco da Paraíba, Cajazeiras, Paraíba, Brasil, [email protected] 2 Descrição do estudo Introdução: A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por atingir predominantemente a pele e os nervos periféricos. Seu diagnóstico ainda causa grande impacto psicossocial e comprometimento da qualidade de vida. Apresenta-se como uma das doenças mais antigas da humanidade e apesar da cura existir, ainda constitui importante problema de saúde pública no Brasil1. Objetivo: Analisar a incidência dos casos de hanseníase notificados no estado da Paraíba no período de 2010 à 2014. Material e Métodos: Para a realização de tal estudo, foram analisados os casos notificados e confirmados de hanseníase pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) durante o período de 2010 à 2014. Os dados coletados foram analisados e expressos na forma de tabelas e gráficos construídos no programa Microsoft Office Excel versão 2010. Resultados: Foram registrados 3727 casos durante os anos de 2010 a 2014. Analisando estes registros, observou-se uma maior predominância da doença nos pacientes do sexo masculino e de acordo com a classificação operacional houve uma maior prevalência da forma multibacilar. Além disso, a forma clínica Dimorfa, foi a forma mais comum, dentre as multibacilares. De acordo com o tipo de saída, a maior parte dos pacientes evoluiram para cura, fato justificado pela eficiência da poliquimioterapia associada ao acompanhamento multiprofissional na prevenção e tratamento de incapacidades. Conclusão: Com a realização desta pesquisa pode-se constatar que existem diferenças significativas no perfil da hanseníase ao longo dos anos analisados. De forma geral, os índices da doença vêm diminuindo, porém de forma lenta. Sugere-se campanhas educativas, para que a população quebre o preconceito e se conscientize procurando o mais rápido possível o atendimento médico, buscando a cura e evitando a disseminação da doença. Palavras-chave: Hanseníase, Forma multibacilar, Incidência. Referências: 1. Melão S, Blanco LFO, Mounzer N, Veronezi CCD, Simões PWTA. (2011); Rev Soc Bras Med Trop. 44(1): 79-84 2. Brito KKG, Araújo DAL, Uchôa REMN, Ferreira JDL, Soares, MJGO, Lima JO. (2014); Rev Enferm. 8(8): 2686-93 3. Imbiriba EB, Basta PC, Pereira ES, Levino A, Garnelo L. (2009); Cad Saúde Pública. 25: 972-84 4. Simpson CA, Fonsêca LCT, Santos VRC. (2010); Hansen Int. 35(2): 33-40 1549 Utilização do Propranolol para o tratamento do Hemangioma Infantil Relato de caso Giovânia Firmino de Almeida Aguiar1, Carine dos S. Atalla2, Carla da S. Pinheiro3, Priscilla da Rocha Pinho4, Edson de Souza Aguiar. 1,2 Farmacêutica Bioquímica, 3 Farmacêutica Industrial, PhD Ciências, 4Hospital A.C.Camargo, São Paulo, São Paulo, Brasil, www.accamargo.org.br; Objetivo: O presente estudo tem por objetivo avaliar a utilização do propranolol como terapia medicamentosa para o tratamento do hemangioma em lactentes. Os hemangiomas infantis são tumores vasculares benignos mais comuns na infância, podendo estar associados a alterações estéticas importantes e morbidade clínica (1). Metodologia: Relato de caso clínico. Este estudo foi realizado no período de Fevereiro de 2012 à Novembro 2012. Lactente, do sexo feminino com três meses de idade portadora de tumor vascular de face/pálpebra superior (CID D18) em progressão e com risco de comprometimento da visão, foi submetida a terapia farmacológica com bloqueador beta-adrenérgico não seletivo - propranolol. A lactente não havia sido submetida a nenhum tratamento farmacológico previamente e, exames complementares como ecocardiografia e eletrocardiograma foram realizados para garantir a segurança no uso do propranolol. O propranolol foi administrado com uma dose de 1,538mg/kg/dia por 9 meses sob acompanhamento médicoambulatorial. Após este período, iniciou-se a redução gradativa da dose do medicamento 0,427mg/kg/dia por 30 dias, seguido da completa suspensão do uso. Resultados: Após 7 dias de tratamento com propranolol, observou-se uma redução no hemangioma da paciente, possibilitando uma maior abertura ocular. Ao término dos 11 meses de terapia medicamentosa, foi verificada a completa extinção do hemangioma, possibilitando a restauração plena do movimento da pálpebra da paciente. Os resultados obtidos indicam que o uso do propranolol em baixas doses pode ser considerado a primeira escolha ou alternativa terapêutica, dependendo da clínica do paciente, para o tratamento desta anormalidade vascular. Conclusão: o uso do propranolol na dose de 1,538mg/kg/dia para o tratamento do hemangioma infantil mostrou-se uma ferramenta farmacológica eficaz, apresentando resultados clínicos superiores àqueles observados com o uso de outros fármacos como os corticóides para o tratamento do hemangioma (2,3). Palavras-chave: Hemangioma; Propranolol; Tumor Vascular Benigno. REFERÊNICIAS: 1-Gontijo B, Silva CMR, Pereira LB. Hemangioma da infância. An Bras Dermatol. 2003;78:65173. 2- SERRA, A. M. S.; SOARES, F. M. G.; JUNIOR, A. G. C.; COSTA, I. M. C.; Abordagem terapêutica dos hemangiomas cutâneos na infância. An Bras Dermatol. 2010;85(3):307-17. 3- NINA, B. I. D.; OLIVEIRA, Z. N. P.; RIVITTI, M. C. M.; MACEA, J. M. Apresentação, evolução e tratamento dos hemangiomas cutaneos – Experiencia do Ambulatório de Dermatologia Infantil do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. An Bras Dermatol. 2006;81(4):323-7. 1550 Prospecção de indicadores da síndrome metabólica em uma comunidade atendida pelo programa PRO/PET-SAUDE. Sebastião de Lima Coelho1, Samira Guimaraes Vieira2, ?&? Nylza Maria Tavares Gonçalves3 1 - Centro Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ–Brasil.E-mail: [email protected] 2 - Centro Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ – Brasil. E-mail: samira.guivi@hotmailcom 3 - Centro Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ – Brasil. E-mail:[email protected] A síndrome metabólica (SM) é definida como um distúrbio complexo, caracterizado pela associação de situações clínicas que incluem hipertensão arterial, dislipidemias, resistência insulínica e obesidade abdominal, resultantes de características individuais e corroboradas pelas alterações no estilo de vida, sendo considerados estes últimos os fatores modificáveis mais relevantes para o autocuidado1. Sua prevalência é relativamente alta na população adulta, tendo como principais vítimas homens maiores de 40 anos de idade e mulheres em menopausa, diabéticos tipo II, portadores de doenças cardiovasculares e doença arterial coronariana2. Assim, considera-se importante a detecção precoce de fatores preditores da SM para a estratificação do risco global dos indivíduos a eventos cardiovasculares. Objetivo: prospecção de indicadores da SM em uma uma comunidade atendida por uma Unidade Básica de Saúde da Família e orientados pelo Programa PRO/PET-SAÚDE, no ano de 2014. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal, exploratório e descritivo, de caráter qualitativo e quantitativo, com amostra 20 voluntários (4 masculinos e 16 femininos) com 64 anos de idade em média, aos quais foram aplicados os critérios do NCEP-ATP III3 (medidas de glicose, triglicerídeos, colesterol total e HDL; medidas de pressão arterial, peso e circunferência abdominal e avaliação do histórico clínico e de hábitos, segundo tabela de avaliação de risco cardiovascular da Associação Americana de Cardiologia4). O estudo obteve parecer do comitê de ética do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) sob nº 706.389. CAAE 31027114.9.0000.5236. Resultados: As medidas obtidas para homens (h) e mulheres (m) demonstraram a prevalência mais significativa de: obesidade abdominal (60% m; 20% h), hipertensão arterial (45% m; 20% h), alterações de glicemia em jejum (45% m; 5% h) e dislipidemia (15% m; 10% h); inquérito clínico e de hábitos: sobrepeso (45% m; 15%h), obesidade (10% m; 5% h); histórico familiar de diabetes e hipertensão (70% m; 10% h), tabagismo (35% m; 20% h), sedentarismo (40% m; 10% h), etilismo (30% m; 10% h) e diabetes tipo II (50% m; 10% h). Conclusão: todo o grupo voluntário apresentou pelo menos três indicadores de diagnóstico presuntivo da SM e, conforme o NCEP-ATP III, estão sob risco cardiometabólico correlacionado à síndrome. Palavras-chave: Síndrome Metabólica. Fatores Predisponentes. Risco cardiometabólico. Referências: 1 - Ford ES, Giles WH. A comparison of the prevalence of the metabolic syndrome using two proposed definitions. Diabetes Care, v. 26, p. 575–581, 2003. 2 - Lakka HM, Laaksonen DE, Lakka TA, Niskanem LK, Kumpusalo E, Tuomilehto J et al. The metabolic syndrome and total and cardiovascular disease mortality in middle-aged men. JAMA, v. 288, p. 2709–2716, 2002. 3 - Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults. Executive summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Cholesterol. JAMA, v. 285, p. 2486– 2497, 2001. 1551 4 - SIMAO, AF et al . I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 101, n. 6, supl. 2, p. 1-63, Dec. 2013 . Disponívelem<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X2013004500001&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 15 agosto de 2015. http://dx.doi.org/10.5935/abc.2013S012. 1552 Farmacovigilância: contribuição para redução de perdas financeiras e melhora na qualidade dos medicamentos Michelle Menezes Machado2, Martha Palma Gheller1, Flávia Valéria dos Santos Almeida1, Michele Lúcia Aguiar Mitsuyasu1 1 – Instituto Nacional de Cardiologia – Rio de Janeiro/RJ – Brasil 2 – Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro/RJ – Brasil [email protected] Objetivo. Tendo em vista garantir o fornecimento de produtos com qualidade e promover a segurança do paciente, em janeiro de 2015 foi implantada uma nova rotina no hospital em estudo, na qual todos os desvios de qualidade de medicamentos passaram a ser notificados ao fornecedor e à ANVISA. Sendo assim, este estudo objetiva avaliar o impacto econômico desta nova rotina. Metodologia. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa de 34 notificações recebidas no primeiro semestre de 2015. Os dados foram obtidos a partir de informações tabuladas no banco de dados do serviço e o custo médio de cada unidade avariada foi obtido no Sistema MV 2000. Resultados. Verificou-se a perda média de R$ 6797,00 (seis mil setecentos e noventa e sete reais) ocasionadas por desvios de qualidade em medicamentos. Constatou-se que 79,4% das queixas referiam-se à classe de risco III (possibilidade de ocorrência de consequências adversas à saúde), seguida das classes II (11,8%) (probabilidade de ocorrência de agravo temporário à saúde) e I (8,8%) (probabilidade de ocorrer danos permanentes à saúde ou morte). Os principais tipos de queixas foram problemas na embalagem (26,5%), ausência de unidades de medicamentos (23,6%) e unidades avariadas dentro da embalagem secundária (20,6%). Dentre as notificações respondidas pelo fabricante/fornecedor (88,2%), em apenas 41,2%, houve o esclarecimento do problema e em 26,5% foi realizada a reposição do produto. A reposição dos produtos foi avaliada em R$ 6209,00 (seis mil duzentos e nove reais), diminuindo em quase a sua totalidade os custos relacionados às queixas técnicas. Em alguns casos também houve ações corretivas por parte da indústria, visando reforçar o treinamento no processo de fabricação do produto. Conclusão. A análise demonstra o impacto da nova rotina sobre o fator custos, uma vez que houve a redução do prejuízo financeiro, sendo considerado como um incentivo à prática da farmacovigilância. Ademais, evidencia a importância destas notificações para a minimização dos riscos relacionados ao uso de medicamentos, na medida em que cerca de 20% das notificações referiam-se aos riscos de grau I e II, e que estas poderiam ter ocasionado sérios agravos na saúde dos usuários. Palavras-chave: Farmacovigilância, Segurança do paciente, Vigilância de produtos comercializados. Referências Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Farmacovigilância na rede sentinela [Internet]. 2015. Santos L, Oliveira FT, Biancho FM, Jacoby T, Mahmud SDP, Fin MC, Winkler N. Rev HCPA. 2012; 32(4):490-5. World Health Organization (CH). The importance of Pharmacovigilance: Safety monitoring of medicinal products. Geneva, Switzerland: WHO, 2002. 1553 Simulação Realística no ensino da Comunicação Farmacêutica, baseada na Entrevista Motivacional. Luciana Signor Esser¹, Clara Lia Brandeli² & Siomara da Cruz Monteiro³ 1 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 2 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]. 3Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; Descrição do Estudo Objetivos: Apresentar os benefícios da simulação na Graduação em Farmácia, ressaltando sua contribuição para a formação de profissionais capazes de realizar uma boa comunicação situações de resistência do paciente a terapêutica medicamentosa. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, da utilização da simulação como metodologia de ensino no curso de Graduação de Farmácia do Centro Universitário Ritter dos Reis, disciplina de Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública. O caso (briefing) foi de uma mãe com resistência em realizar o tratamento para o filho menor de idade, devido a questões culturais e também por ter sido mal atendida no momento da dispensação do medicamento. A atividade foi desenvolvida no Laboratório de Simulação, com cenário baseado em uma sala privada para atendimento farmacêutico e com a participação de uma atriz, que fez o papel da mãe da criança. A EM foi trabalhada em aula teórica, e um check-list foi criado para verificar se durante a atividade o aluno faria perguntas abertas, escuta reflexiva e resumo, visando desenvolver a empatia e a diminuição da ambivalência. Resultados e Conclusões: Primeiramente foi passado o briefing do caso para os alunos e as informações ao aluno voluntário. O conhecimento prévio do aluno sobre as ferramentas da EM, garantiu que a condição estabelecida para aquela situação fosse conduzida com maior tranquilidade, pois já iniciou a intervenção utilizando perguntas abertas e dessa maneira percebeu e identificou, pontos fortes e fracos da mãe do paciente e juntos elaboraram estratégias para lidar com o problema. No debriefing o primeiro a ser ouvido foi o voluntário, falando das dificuldades encontradas, como por exemplo, não interromper a paciente, dar opiniões próprias e por fim fazer escutas reflexivas sem gerar resistência. A turma, demonstrou empolgação e foi muito participativa, identificando situações em que o colega não conseguiu conduzir com facilidade. Dessa maneira, percebe-se que os alunos se envolvem no processo de aprendizagem e conseguem projetar para vida real as situações vivenciadas, muitas vezes não internalizadas apenas com a teoria. Resultando em profissionais com facilidade de comunicação e que conseguem lidar de maneira tranquila nas mais diversas situações. Palavras chaves: comunicação. educação, entrevista motivacional. Agradecimentos As professoras Patricia Graef, Denise Greff, e a Técnica de Laboratório Iohana D. Machado pela ajuda na construção do cenário References: 1. RAO D. Skills development using role-play in a first-year pharmacy practice course. Am J Pharm Educ. 2011 Jun 10;75(5):84. 2. BERGER, BB. Habilidades de Comunicação para Farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks, 2011. 1554 Educação permanente na Atenção Primária em Saúde: proposta de avaliação de impactos de curso para farmacêuticos Márcia dos Angeles Luna Leite¹, Mauro Silveira de Castro² 1, 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Atenção Farmacêutica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected] Descrição do estudo: Objetivo: Descrever o planejamento de uma pesquisa de avaliação de impactos de um curso de aperfeiçoamento para farmacêuticos da Atenção Primária em Saúde (APS). Metodologia: O objeto de estudo trata de um curso de formação permanente desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em parceria com o Ministério da Saúde entre 2008 e 2011 com vistas à qualificação de farmacêuticos para atuação no contexto da APS do Sistema Único de Saúde (SUS). 1 Inicialmente uma equipe de avaliadores realizou uma teorização do programa educacional por meio da construção do modelo lógico do curso. O delineamento da pesquisa foi realizado com base na revisão da literatura científica sobre os temas de avaliação de impactos e avaliação da educação permanente. Resultados: Com base no Projeto Pedagógico do Curso, o modelo lógico do curso foi desenvolvido juntamente a um diagrama de explicação do problema que se buscava solucionar por meio da “Reprofissionalização do farmacêutico”. Delineou-se uma proposta de estudo de caso2 de abordagem mista, analisado a partir da triangulação de três perspectivas de avaliação dos impactos do curso: individual, coletiva e de contexto. Na perspectiva individual, propôs-se uma entrevista telefônica com os egressos, guiada por roteiro semiestruturado, aplicada quatro anos após o término do curso. Na perspectiva coletiva, os impactos do curso serão avaliados por meio da Técnica do Grupo Nominal3 para definição de consenso sobre os fatores que determinam as mudanças nos serviços farmacêuticos, as contribuições do curso para a vida profissional dos egressos e os aspectos que lhe fizeram falta no curso. Na perspectiva do contexto, previu-se a avaliação de impactos do curso por meio da observação ativa do profissional egresso em seu local de trabalho, com o objetivo de ampliar a compreensão sobre os fatores de que influenciam as práticas dos farmacêuticos no SUS. Conclusão: Embora as mudanças sociais sejam processos complexos e que muitas vezes não podem ser medidos, a triangulação dos métodos e as perspectivas de avaliação propostas neste estudo de caso contribuirá para elucidar sobre os impactos do curso e para ampliar o conhecimento no campo da avaliação da educação permanente em saúde. Palavras-chave: Avaliação de Impactos, Educação Farmacêutica. Agradecimentos: Capes/Brasil, Fundo Nacional de Saúde. Referências: 1. Luna-Leite, MA. (2011) Educação a Distância na Formação permanente de farmacêuticos: perspectivas de um processo de avaliação. Dissertação (Mestrado), Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2. Stake, RE. (1998) Investigación con estudios de casos. Madri: Morata. 3. Jones, J; Hunter D. (1995) Qualitative research: consensus methods for medical and health services research. British Medical Journal, 311, 376-380 1555 Como qualificar o ensino profissional em gerontologia? Relato de experiência Liziane Maahs Flores1, Tatiana Weiss Almeida1, Cristiani Silveira Netto Trentin1, Andiara Luvison1, Bruno Simas Rocha1, Maria Cristina Werlang1, Cristine dos Reis1 1 Comissão Assessora de Gerontologia e Assistência Farmacêutica ao Idoso, Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS), Porto Alegre, RS, Brasil, [email protected] Objetivo: Despertar o interesse e qualificar farmacêuticos e estudantes de farmácia na área de gerontologia e assistência farmacêutica ao idoso. Metodologia: Relato de experiência de uma capacitação profissional na área de gerontologia, com foco no atendimento farmacêutico ao idoso, em um município da região sul do Brasil pela Comissão Assessora de Gerontologia e Assistência Farmacêutica ao Idoso do Conselho Regional de Farmácia (CRF) com o apoio de Universidade Federal da região. A intervenção contou com a técnica de aprendizagem baseada na problematização das particularidades do idoso abordadas em aula teórica, oficina de sensibilização de sentidos e discussão de casos encenados. O curso foi conduzido por palestrantes multiprofissionais e os casos foram encenados por acadêmicos de Farmácia capacitados para este fim na disciplina de Comunicação em Saúde. Resultados: Participaram do curso 22 farmacêuticos e estudantes de farmácia. O curso permitiu compartilhar experiências para construção de conhecimentos em relação à vulnerabilidade da população idosa a possíveis problemas de segurança decorrentes do uso de medicamentos. A contextualização acerca das dificuldades comunicativas enfrentadas na relação entre profissional da saúde e usuário foi trabalhada por meio da técnica teatral de modo interativo entre participantes e acadêmicos-atores. Discussões de casos clínicos foram promovidas para que os participantes pudessem ter diferentes perspectivas durante a análise destes casos e percebessem a necessidade da avaliação multiprofissional no atendimento ao idoso. Conclusão: O Curso possibilitou desenvolver habilidades para o atendimento farmacêutico no âmbito da gerontologia, assim como demonstrou a importância da atuação multiprofissional. A metodologia empregada pode auxiliar na qualificação do ensino em gerontologia para farmacêuticos e estudantes de farmácia, tornando-os mais sensíveis para o atendimento à população idosa que cresce consideravelmente no Brasil. Palavras-chave (Keywords): Gerontologia; Educação Continuada em Farmácia, Aprendizagem baseada em problemas. 1556 Farmacêutico residente em apoio diagnóstico e terapêutico: Relato de experiência Juliana Ellwanger¹, Thamiris Becker Scheffel¹, Mariele Froner Nogueira¹, Jéssica Weiss Bonfanti¹,, Katielly Santos da Rosa¹, Mayara Becker Delwing¹ 1 Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, www.hospitalsaolucas.pucrs.br Objetivo: Descrever experiência profissional em um Programa de Residência Multiprofissional e em Área da Saúde com ênfase em Apoio Diagnóstico e Terapêutico de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Método: Relato de experiência de farmacêuticos residentes, admitidos nos anos de 2014 e 2015, em um Programa de Residência Multiprofissional e em Área da Saúde com ênfase em Apoio Diagnóstico e Terapêutico de um Hospital Universitário de alta complexidade, com capacidade de 648 leitos e de atendimento misto (SUS e Convênios/Particular). Resultados: A especialização é constituída por módulos teóricos e formação em serviço. No campo prático, as atividades são desenvolvidas no laboratório de análises clínicas e no setor de farmácia clínica do Hospital. No laboratório, o residente escolhe duas das quatro áreas ofertadas (microbiologia, bioquímica, imunologia e hematologia) e vivencia a rotina do setor através da realização, análise, interpretação e liberação de exames laboratoriais, além de participar de discussões de casos e auxiliar na análise de condutas clínicas. Da mesma forma, na farmácia clínica, também há quatro possibilidades e seleção de duas unidades assistenciais de atendimento SUS para atuação, são elas: internação adulta ou pediátrica e unidade de terapia intensiva adulta ou pediátrica. Nesse campo, o residente, a partir da avaliação das prescrições médicas e participação de rounds multidisciplinares, identifica problemas relacionados a medicamentos e realiza intervenções farmacêuticas junto à equipe de saúde, a fim de racionalizar e otimizar a terapia medicamentosa, como: manejo de interações medicamentosas, interações fármaco-nutriente e incompatibilidades, orientações de diluição, preparo e administração de medicamentos e sugestões de ajuste de dose e posologia. Ainda, na função de farmacêutico clínico, são realizadas reconciliação medicamentosa e validação de medicamentos de uso próprio. Conclusão: A residência com ênfase em apoio diagnóstico e terapêutico engloba dois campos práticos específicos e, ao mesmo tempo, complementares, possibilitando uma visão ampla do processo saúde-doença, desde o momento do diagnóstico até o acompanhamento terapêutico. Ao farmacêutico residente, são contextualizadas as diferentes esferas da profissão no âmbito hospitalar, contribuindo para desenvolvimento de habilidades distintas e identificação de interesses de atuação profissional. Palavras-chave: Educação de Pós-Graduação em Farmácia, Serviço de Farmácia Hospitalar, Técnicas de Laboratório Clínico Referências: 1. Ministério da Saúde. Residência Multiprofissional em Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. 1557 Análise da Educação no Brasil: O caso da Radiofarmácia Luis Filipe Cavalcanti Santos¹, Marta de Souza Albernaz2, Ralph Santos-Oliveira1 ¹Universidade Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Av. Manoel Caldeira de Alvarenga 1203; ²Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Av. Professor Rodolpho Rocco, s/n O número de faculdades que oferecem o curso de farmácia no Brasil está aumentando a cada ano no Brasil, ao passo que a quantidade de radiofarmacêuticos qualificados são insuficientes, assim como os serviços de radiofarmácia oferecidos no território nacional se mostram insuficientes para a demanda da população. Enquanto este contingente não é gerado em quantidade suficiente para suprir a necessidade em escala nacional, serviços de radiofarmácia sob a proteção da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brazilian Health Surveillance Agency) permitem que biomédicos e biólogos desempenhem funções especializadas como as desenvolvidas nos serviços radiofarmácia sem a presença de farmacêuticos. Objetivo: Avaliar os serviços de radiofarmácia do Brasil. Material e Métodos: Estudo descritivo por meio de entrevista ativa em todas as universidades do país utilizando o banco de dados nacional. Resultados e Conclusões: Entre 2002 e 2013 mais de 300 novas faculdades foram inauguradas no Brasil, com um montante final de 415 faculdades de farmácia em operação ao redor do país. Entre essas faculdades em operação, apenas 28 oferecem o curso de radiofarmácia (7,77%). Entretanto, a demanda por profissionais treinados cresceu exponencialmente no Brasil, principalmente após a Emenda 49 (Fevereiro 2006), que rompeu o monopólio de produção, distribuição e marketing de radiofármacos de meia-vida curta, e do recente Projeto de Emenda Constitucional 517/2010 que foi aprovada em última instância e está esperando pela aprovação final pela Presidenta. Assim, nesse cenário existe um total de 417 serviços de radiofarmácia ao redor do país, esperando por esses profissionais qualificados assumirem seus postos. Esta realidade poderá mudar drasticamente após a publicação da PEC 517/2010, que excluirá o monopólio da União. Os dados apresentados mostram um número médio de serviços de radiofarmácia que serão disponibilizados após a aprovação dessa Emenda Constitucional, o que irá causar um aumento da procura por radiofarmacêuticos capacitados para o completo preenchimento destas novas vagas. Associado a isso, as necessidades de exames médicos nucleares continuam crescentes, devido a um número cada vez maior de casos de câncer no Brasil. Key words: radiofarmácia, educação, Brasil Acknowledgements FAPERJ, CNPQ E CAPES 1558 References 1- Ngoma T. World health organization cancer priorities in developing countries. Annals of Oncology, 17: 9-4, 2006. 2- Ramos Jr AN, Matida LH, Hearst N, Heukelbach J. AIDS in brazilian children: history, surveillance, antiretroviral therapy, and epidemiologic transition, 1984-2008. AIDS patient Care And STDs, 25:245-255, 2011 3- Mellstedt H. Cancer initiatives in developing countries. Annals of oncology, 17: 24-31, 2006. 1559 Sistema de dispensação por dose unitária como instrumento de intervenção farmacêutica Ítala Morgânia Farias da Nóbrega1,2, Eliane Maria de Queiroz Bandeira de Melo1 & Aline Dayse da Silva1. 1) Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - Recife, PE, Brasil 2) Faculdade Pernambucana de Saúde - Recife, PE, Brasil [email protected] [email protected] Objetivo: O principal objetivo que impulsionou a implantação da Central de Dose Unitária (CDU) do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) foi a segurança do paciente, sendo um método de dispensação que melhor auxilia na diminuição de erros de prescrições, frente aos outros sistemas de dispensação, além de que, o serviço da farmácia tem a responsabilidade de manipular, envazar, e etiquetar os medicamentos conforme padrões de Boas Práticas de Manipulação. A inserção do farmacêutico nas atividades clínicas do IMIP busca proporcionar maior qualificação na assistência ao paciente internado, o que melhora resultados clínicos, reduz tempo de internação e custos para o Hospital. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo acerca de um relato de experiência no qual se buscou pontuar o caminho percorrido, os resultados obtidos após a implantação da CDU, no período compreendido de abril a julho de 2015 no IMIP. Resultados: A CDU é composta de três ambientes para manipulação de medicamentos (sólidos e semi-sólidos, líquidos não estéreis e estéreis). O quadro de farmacêuticos é composto por seis plantonistas diurnos e noturnos e um diarista, funcionando durante 24h. A Clínica de Cirurgia Pediátrica, composta por 48 leitos, foi a primeira clínica a ser atendida pela CDU. Durante os meses de abril a julho de 2015, foram atendidas 1.489 prescrições e produzidas 8.395 doses. Através da avaliação farmacêutica das prescrições, foi possível identificar os erros de prescrições que variam entre problemas como doses não seguras, informações incompletas, ilegibilidade, necessidade de confirmação de dose, medicamentos com o nome comercial e via de administração inadequada. Para identificar possíveis inconformidades com a prescrição, foi elaborado um checklist que lista os problemas que uma prescrição pode apresentar, esse material serve de orientação para o farmacêutico em uma avaliação farmacêutica. Conclusão: O sistema de dispensação por dose unitária promove o uso racional do medicamento e tem obtido resultados terapêuticos definitivos que, consequentemente, impactam na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Da mesma forma, vem promovendo a redução de custos para instituição à medida que diminui o tempo de internação, gastos com medicamentos prescritos inadequadamente, além de levar ao conhecimento da equipe de saúde sobre os medicamentos. Palavras-chave (Keywords): Farmácia clínica, Dose unitária, Segurança do paciente Referências: 1. AMERICAN SOCIETY OF HELATH-SYSTEM PHARMACISTS. Best practices for Hospital & Health System Pharmacy: position and guidance documents of ASHP. Bethesda, 2005-2006. 1560 2. Auler Júnior, J.O.C.; Cipriano, S.L.; Cunha, G.W.B. Guia Farmacoterapêutico 20082010 HC. 4ªED. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 532p. 3. Bisson, M.P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 1ªEd. São Paulo: Medfarma, 2003. 374 p. 4. Cipole, R.J.; Strand, L.M.; Morley, P.C. Pharmaceutical care practice. New York: McGraw-Hill, 1998. 5. Novaes, M.R.C.G. et al. Guia de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde – SBRAFH. 1ªEd. São Paulo: Vide o Verso, 2009. 356p. 1561 Identificação e validação de medicamentos de uso próprio em hospital de Porto Alegre Jéssica Weis Bonfanti1, Thamiris Becker Scheffel1, Katielly Santos da Rosa1, Juliana Ellwanger1, Mayara Becker Delwing1, Mariele Froner Nogueira1. 1 Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, www.hospitalsaolucas.pucrs.br Objetivo: Os medicamentos trazidos pelos pacientes fazem parte de uma prática comum nas instituições, no entanto, é imprescindível a abordagem do farmacêutico para avaliação e verificação destes medicamentos com o intuito de garantir que o uso seja seguro e que o produto esteja dentro das especificações exigidas pelas normas de qualidade1. As instituições podem utilizar documentos que registrem as informações sobre os medicamentos trazidos pelo paciente para uso próprio como é o caso do Termo de Medicamento de Uso Próprio utilizado por este hospital. Além disso, os medicamentos podem ser prescritos como ”medicamento com paciente”, diferenciando-se dos demais fornecidos pelo hospital e gerando um relatório diário que facilita a identificação e avaliação destes medicamentos pelo farmacêutico clínico. Desta forma, o objetivo deste estudo foi realizar um levantamento sobre a forma de identificação e a validação dos medicamentos de uso próprio durante a internação hospitalar por meio dos termos e do relatório gerado pela prescrição. Método: Foi realizado um levantamento dos dados contidos nos termos de utilização de medicamento de uso próprio realizados no período de janeiro a julho de 2015 pela rotina institucional de farmácia clínica deste hospital. Resultados: Foram realizados 189 termos durante o período de pesquisa, sendo 150 identificados por meio de relatório obtido a partir da marcação feita pelo médico em prescrição e 39 identificados durante a reconciliação medicamentosa e/ou avaliação da prescrição estando prescritos como observações. Foram avaliados 332 medicamentos, sendo 325 validados e 7 não validados pelo farmacêutico, tendo como principal motivo o prazo de validade vencido. Pôde-se observar também que a média de medicamentos trazidos por paciente foi de 1,8 e as classes terapêuticas mais encontradas foram antiasmáticos e broncodilatadores (13%), seguidos de antirretrovirais (11%) e antidepressivos (8%). Ainda foram identificados 38 medicamentos prescritos como “medicamento com paciente”, os quais não se encontravam com o paciente. Conclusão: Os resultados evidenciam a importância do trabalho do farmacêutico clínico, uma vez que a identificação e a validação dos medicamentos trazidos pelos pacientes durante a internação hospitalar garante a segurança do paciente, dos profissionais envolvidos na terapia e da instituição. Palavras-chave: Medicamentos Trazidos pelo Paciente, Farmácia Hospitalar, Farmácia Clínica, Segurança do Paciente. Referências: 1. Silva, AMS, Lira, AR. Medicamentos trazidos pelo paciente. In: Ferracini FT, Borges Filho WM, Prática Farmacêutica no ambiente hospitalar: do planejamento à realização. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010. p.59-62. 1562 Adaptação transcultural de um instrumento de Avaliação de Competências Clínicas de Farmacêuticos para o Português do Brasil. Carla Francisca dos Santos Cruz1, Kerilin Stancine Santos Rocha1, Márcia dos Angeles Luna Leite2, Andreia Bruno3 & Divaldo Pereira de Lyra Junior1 1Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, Brasil, [email protected]; 2Grupo de Pesquisa e desenvolvimento em Atenção Farmacêutica (GPDAF), Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; 3School of Pharmacy, University of London, UK, [email protected]. RESUMO OBJETIVO: Adaptar transculturalmente o “Global Competency Framework (GbCF)”, tornando-o um instrumento de avaliação de competências clínicas de farmacêuticos para o Português do Brasil. METODOLOGIA: O instrumento elaborado pela Federação Internacional dos farmacêuticos, descreve 20 competências constituído por 100 indicadores específicos. O processo de adaptação transcultural do GbCF para o Brasil foi iniciado com a tradução dos itens da versão original para o português por dois pesquisadores farmacêuticos, fluentes em inglês e que possuíam como línguamãe o português. A versão resultante foi vertida para a língua original por outros dois tradutores bilíngues, que possuíam como língua mãe o inglês. As duas traduções foram comparadas e as discrepâncias foram solucionadas por consenso. A combinação das técnicas Delphi e grupo nominal foi empregada para obtenção de um consenso sobre os itens do instrumento que constituíam os aspectos mais importantes para serem utilizados na avaliação de competências clínicas de farmacêuticos. O comitê de Juízes foi formado por seis farmacêuticos experts nesta temática, representantes das seguintes áreas: farmácia hospitalar, farmácia clínica, farmácia comunitária, assistência primária à saúde e educação farmacêutica. O instrumento foi enviado por e-mail aos juízes que analisaram individualmente os itens da versão original e traduzida. As considerações foram apresentadas e discutidas em reunião presencial. Nesta, os juízes votaram individualmente em relação à concordância dos itens propostos, com uma escala do tipo Likert de 1 a 5. A análise dos resultados foi obtida pelo Ranking Médio da pontuação atribuída às respostas, no qual os valores menores que 3 foram considerados como discordantes e, maiores que 3, como concordantes. A discordância resultou em manutenção do item original e o valor exatamente 3, foi considerado “sem opinião”, sendo também mantido o item original.RESULTADO: As etapas descritas foram satisfatórias em cumprir exigências conceituais, considerando os aspectos linguísticos e o significado do conteúdo na realidade brasileira. Os juízes propuseram a modificação de 65 itens, incluindo 41 alterações textuais, 22 exclusões, dois agrupamentos e três realocações de itens nos quatro grupos de competências que o instrumento está dividido.CONCLUSÃO: O procedimento descrito resultou na versão em Português do instrumento intitulado: Diretrizes gerais de avaliação de competências clínicas do farmacêutico. Palavras chave: Avaliação, Competência Clínica, Educação Farmacêutica. Agradecimento CAPES e CNPq References: 1563 1. Cruz CFS. Tradução e adaptação transcultural do instrumento de avaliação de competências do farmacêutico “Global Competency Framework (GbCF)” para o português do Brasil. 2015.196p. Dissertação (mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2015. 2. FIP - International Pharmaceutical Federation. (2012). A Global Competency Framework for Services Provided by Pharmacy Workforce. Disponível em:<http://www.fip.org/files/fip/PharmacyEducation/GbCF_v1.pdf>Acesso em: 24 de nov. 2014. 3. Guillemin F. (1995); Scandinavian Journal of Rheumatology, 24(2): 61-63. 4. Teijlingen EV, Pitchforth E, Bishop C, Russell E. (2006); Journal of family planning and reproductive health care, 2(4):249-52. 1564 Farmacoeconomia através do monitoramento de validade em uma farmácia hospitalar Iara Vilela de Almeida1, Ana Gabriela Figueiredo Lima1, Anne Caroline Dornelas Ramos1, Camila Castelo Branco Rangel de Almeida1, Hamannda Koralyna de Araújo Lopes1, Laís Emanuelle Bernardo Vieira1 & Rafaella Farias da Nóbrega1 1- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife, Pernambuco, Brasil. Objetivo: Analisar e quantificar a economia de recursos através do processo de monitoramento de validade dos produtos, sejam eles medicamentos ou materiais médicos, em uma farmácia hospitalar. Metodologia: Foi realizada análise dos produtos da instituição com prazo de validade próximo da expiração. Os dados foram coletados no período de abril a julho de 2015, em seguida foram consolidados em planilhas no Excel 2013®, sendo discriminada a quantidade de cada produto e o seu valor unitário, assim como qual conduta foi adotada pela equipe para evitar perdas dos produtos e consequentemente seus custos. Resultados: Durante o período analisado foram avaliados 121 diferentes produtos com o prazo de validade próximo ao vencimento. Com o intuito de minimizar as perdas dos mesmos, buscaram-se alternativas para solucionar essas eventuais perdas e, consequentemente, realizar com êxito uma farmacoeconomia. Deste modo, através do remanejamento na própria unidade, entre farmácias satélites, setores com maior rotatividade de medicamentos (dispensação interna e ambulatório), dos 121 produtos 104 (85,9%) foram permutados e 17 (14,9%) não. Em relação aos custos, todos estes produtos somavam o valor de R$ 176.952,38, uma média de R$ 44.238,09/mês. Conclusão: Diante das condutas para promover uma farmacoenconomia eficaz, está à redução de gastos. Tratando-se desse meio, se faz necessário utilizar formas alternativas e resolutivas que garantam que a instituição perca o mínimo possível de produtos. Assim, a partir do monitoramento de validade e do esforço para que houvesse uma dinâmica de rotatividade, para a saída dos produtos, próximos da expiração, tivemos uma experiência exitosa, trazendo bons resultados para a instituição. Referente aos medicamentos e matérias próximo do vencimento, de um total de R$ 176.952,32 calculados, perdeu-se apenas R$ 4.059,13 (2,29%). Portanto, é notória a importância do monitoramento de validade para que haja o mínimo de prejuízo e uma farmacoeconomia bem executada e eficaz. Palavras-chave: Assistência farmacêutica; Farmacoeconomia; Validade de medicamentos. Referências: 1565 Análise do consumo de medicamentos não padronizados em uma unidade hospitalar de Pernambuco Iara Vilela de Almeida1, Ana Gabriela Figueiredo Lima1, Anne Caroline Dornelas Ramos1, Camila Castelo Branco Rangel de Almeida1, Hamannda Koralyna de Araújo Lopes1, Laís Emanuelle Bernardo Vieira1 & Rafaella Farias da Nóbrega1 1- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife, Pernambuco, Brasil. Objetivo: Analisar o consumo de medicamentos não padronizados na instituição, assim como os custos atrelados à sua aquisição. Metodologia: Estudo descritivo de caráter retrospectivo. A coleta dos dados foi realizada através da análise de relatórios gerados pelo sistema informatizado da instituição, referente ao consumo de medicamentos não padronizados entre os meses de Janeiro a Julho/2015. Em seguida, os medicamentos foram classificados de acordo com o Dicionário Terapêutico Guanabara 2010/2011, levando em consideração apenas o seu princípio ativo, independente da forma farmacêutica apresentada. Resultados: No período estudado foram adquiridos 172 medicamentos não padronizados, distribuídos em 68 insumos farmacêuticos diferentes, porém, de acordo com o Dicionário Terapêutico estes estavam classificados em 37 grupos diferentes. O custo total destes medicamentos foi de R$. 1.248.182,53, deste total 72% corresponderam aos medicamentos imunossupressores e 23% aos medicamentos para terapia de reposição enzimática. Conclusão: De acordo com os dados obtidos nota-se que há uma necessidade em promover a padronização de medicamentos nas instituições, assim como é de extrema importância avaliar alternativas terapêuticas quanto a seu uso. Isto promovendo um uso correto dos medicamentos e consequentemente uma economia de recursos sem comprometimento da qualidade do serviço. Esta redução de custo possibilita uma simplificação das rotinas de todo o ciclo da assistência farmacêutica. Para garantir isso, é necessário elaborar a lista de medicamentos padronizados a partir de uma reflexão crítica sobre a escolha e a utilização dos fármacos e desenvolver um processo de educação farmacológica dos profissionais de saúde do hospital. Assim melhorando a comunicação entre farmácia, equipe médica, pessoal de enfermagem e departamento administrativo-financeiro. Portanto, tal padronização é uma das alternativas para a realização exitosa de uma farmacoeconomia. Palavras-chave: Assistência farmacêutica, Padronização de medicamentos, Farmacoeconomia. Referências: 1. Korolkovas, A.(2010) Dicionário Terapêutico Guanabara. 17 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1566 Avaliação de reações adversas em prescrições de pacientes portadores da doença de Crohn: ênfase no tratamento com infliximabe Lissandra Cristina Traesel¹, Roberta Mayara de Moura Rocha2; Hilris Rocha e Silva3, Rivelilson Mendes de Freitas4 ¹Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, [email protected]; 2Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, [email protected]; 3Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, [email protected]; 4Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, [email protected]. Objetivo: o estudo consistiu na avaliação dos prontuários de pacientes portadores de doença de Crohn, atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, em busca de reações adversas ao agente biológico infliximabe usado no tratamento da doença, além da aplicação do algoritmo de Naranjo para avaliação da causalidade das reações encontradas. Metodologia: a pesquisa foi realizada durante o período de agosto de 2014 e junho de 2015. O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Piauí (C.A.A.E. 31619513.9.0000.5214). Para o registro das informações obtidas durante a análise dos prontuários foi utilizada uma ficha de notificação de reação adversa a medicamentos desenvolvida especificamente para este projeto, com informações sobre a história clínica, dados dos pacientes, hipótese diagnóstica, anamnese farmacológica e Índice de Atividade de Doença de Crohn (IADC). Em seguida, foi aplicado o algoritmo de Naranjo1 nas reações adversas identificadas. Resultados: foram encontradas 126 reações adversas durante o estudo. Realizou-se a análise de 75 prontuários de pacientes portadores de Doença de Crohn. Destes prontuários, 60% dos pacientes apresentaram algum tipo de reação adversa. O Algoritmo de Naranjo classifica as reações adversas através da causalidade, como definida, provável, possível e duvidosa. Nenhuma reação adversa encontrada neste estudo foi classificada como “definida”. As reações “possíveis” foram as que ocorreram em maior número, totalizando 101 (80,15%). As reações “prováveis” somaram 21 (16,66%) das reações e as reações adversas classificadas como “duvidosas” ocorreram em menor número, somente 4 (3,17%) estavam nesta categoria. As reações relatadas com mais frequência foram: cefaleia (7,93%), febre (7,14%), adinamia (5,55%), “olhos vermelhos” (5,55%), anemia (4,76%), náuseas (4,76%), dor ocular (4,76%). Conclusão: o grande número de reações adversas encontradas após a pesquisa realizada nos prontuários chama a atenção para o cuidado com a utilização do imunobiológico infliximabe, que foi o alvo do estudo, e destaca a importância da atuação do profissional farmacêutico e demais profissionais de saúde na prática da farmacovigilância, no rastreio e monitoramento de reações adversas a medicamentos. Palavras-chave: Algoritmo de Naranjo, Doença de Crohn, Infliximabe, Reação adversa a medicamento. Referências: Naranjo CA, Busto U, Sellers EM, Sandor P, Ruiz I, Roberts EA, Janecek E, Domecq C, Greenblatt DJ. (1981); Clinical Pharmacology & Therapeutics. 30 (2): 239-45. 1567 Método ativo de ensino-aprendizagem: elaboração de material educativo por estudantes de farmácia Moreira, Luzia Izabel Mesquita1, Loureiro, Catarine Vítor1, Ponciano, Ângela Maria de Souza1, Thé, Patrícia Maria Pontes1, Reis, Henry Pablo Lopes Campos1 & Fonteles, Marta Maria de França1 1 Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil, [email protected] Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo estimular a criatividade de estudantes de farmácia para a produção de materiais educativos (folhetos, cartazes, faixas, etc) como instrumentos de educação em saúde do paciente. Metodologia: Os temas para confecção do material eram propostos após aulas teóricas que abordavam os assuntos de interesse para a atividade em uma disciplina do curso de graduação em Farmácia da Universidade Federal do Ceará. Entre os assuntos selecionados, os alunos poderiam trabalhar a educação em saúde junto ao paciente em temas como amamentação, controle de peso e uso de suplementos de vitaminas e minerais abordados utilizando a abordagem da atenção farmacêutica. Para a elaboração dos materiais, os alunos eram orientados a usar a criatividade de forma a produzir instrumentos educativos atrativos, de fácil compreensão por parte dos pacientes-alvo, contendo informações já comprovadas na literatura científica geral. Esta atividade faz parte do processo de avaliação de uma disciplina do referido curso de Farmácia. Resultados: Esta estratégia já vem sendo aplicada há três semestres letivos e o material apresentado pelos alunos tem sido, de forma geral, de excelente qualidade. Dentre os tipos de instrumentos elaborados pelos alunos, foram apresentados banners, folhetos, cartazes e um jogo educativo. Os produtos obtidos poderão vir a ser reproduzidos para utilização de estratégias de educação em saúde. Conclusão: Podemos concluir que, quando estimulados, os alunos demonstraram uma ótima capacidade de síntese das informações, bem como organização e criatividade. Os relatos dos alunos que participaram desta atividade foram unânimes em afirmar que foi uma experiência bastante enriquecedora para a formação profissional. Palavras-chave: Educação em Farmácia; Educação para a saúde comunitária. 1568 Doações de sangue nos hemocentros do Estado do Ceará: perfil epidemiológico, clínico e sorológico Elana Figueiredo Chaves1, Alcínia Braga de Lima Arruda1, Iêda Pereira de Souza1, Romélia Pinheiro Gonçalves1, Alcibiades Braga de Lima1, Marilena Facundo de Castro1, Helaine Almeida Queiroz1, Amanda Aparecida de Lima Arruda1 & Anio Ivo Holanda Lima1 1- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza,Ceará, Brasil, [email protected] Objetivo: Descrever o perfil das doações de sangue dos Hemocentros do Estado do Ceará (HEMOCE) em relação à epidemiologia e à triagem clínica e sorológica1. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo das doações de sangue ocorridas nos HEMOCE no ano de 2013. Os dados foram coletados em relatórios fornecidos pelo setor de Tecnologia da Informação e Comunicação dos HEMOCE. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer de aprovação número 1068290. Resultados: Foram analisados 138.599 candidatos à doação e 102.865 bolsas de sangue. Os resultados mostraram que 39,80% dos candidatos à doação no Estado do Ceará foram do sexo feminino e 60,20% do sexo masculino. Os Hemocentros do Crato, de Fortaleza, de Iguatu, de Quixadá e de Sobral contribuíram com 17,78%, 58,21%, 5,69%, 5,57% e 12,75%, respectivamente, para a totalidade das doações nos HEMOCE. Em relação à aptidão, 74,22% dos candidatos foram considerados aptos, sendo que Fortaleza foi o município que obteve o menor percentual de candidatos aptos com 71,02% e Sobral o maior percentual (83,86%). Em relação ao tipo de doação (espontânea, de reposição, autóloga), a mais frequente foi a espontânea, correspondendo a 120.153 (86,69%) dos casos, seguida das de reposição com 18.443 (13,30%) e a do tipo autóloga constituiu apenas 3 doações no ano (0,002%). As principais causas de inaptidão na triagem clínica dos candidatos do sexo feminino foram a anemia e o comportamento de risco para DST e no sexo masculino ocorreu o inverso. A taxa de descarte de bolsas foi de 2,83% e as causas responsáveis pelo maior descarte foram AntiHBc (0,97%), sífilis (0,50%), doença de Chagas (0,47%), HIV (0,41%) e Hepatite C (0,39%). Conclusão: O perfil revelado demonstra a prevalência do sexo masculino nas doações, maior contribuição e menor aptidão dos doadores da capital do Ceará e a prevalência da doação espontânea. O estudo revela também a importância dos testes sorológicos na detecção de doenças contagiosas, possivelmente desconhecidas pelos pacientes no momento da doação, contribuindo assim para a melhor segurança do receptor da bolsa de sangue. Palavras-chave: Doação de sangue, Hemocentro, Perfil Referências: 1. Martins PRJ, Martins RA, Moraes-Souza H, Barbosa VF, Gilberto A. Pereira GA, Eustáquio JMJ, Lima GM. (2009); Perfil do doador de sangue autoexcluído no Hemocentro Regional de Uberaba-MG (HRU) no período de 1996 a 2006. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, v. 31, n. 4, p. 222-227. 1569 Perfil do tratamento de reposição enzimática para Mucopolissacaridose tipo VI em um Centro de Referência Anne Caroline Dornelas Ramos1, Iara Vilela de Almeida1 ,Camila Castelo Branco Rangel de Almeida1, Lais Emanuelle Bernardo Vieira1, Rafaella Farias da Nóbrega1. 1- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife, Pernambuco, Brasil. Objetivo: Avaliar o consumo da Galsulfase (1mg/ml), em um centro de referência para o tratamento de mucopolissacaridoses, assim como o seu custo para o serviço de saúde durante o período de seis meses. Metodologia:Tratou-se de um estudo descritivo e retrospectivo baseado na coleta dos dados realizada em um hospital filantrópico de Pernambuco. Os dados foram obtidos através da análise de relatórios, adquiridos do sistema informatizado do estoque da instituição, referentes ao consumo mensal da Galsulfase (1mg/ml) e seu respectivo custo para o serviço de saúde, durante os meses de novembro de 2014 e abril de 2015. Resultados: Durante os seis meses analisados encontrou-se uma média de consumo de 370,67 frascos-ampola, do medicamento em questão, na unidade de saúde, salientando que o mês que apresentou maior consumo do referido medicamento foi o mês de dezembro de 2014, sendo este de 418 frascos-ampola. No que se refere ao custo que este tratamento possui, foi encontrado que o gasto total com este medicamento durante o período estudado foi de R$ 8.265.356,60 para o serviço público de saúde através da judicialização. Conclusão: Este estudo é de relevante contribuição para um breve conhecimento dessa doença rara, bem como o seu devido tratamento. Trazemos um destaque, referente ao consumo destes medicamentos, pois refletem a realidade de um centro de referência estadual, assim como demonstra o alto custo de um tratamento, os gastos que ele origina para a Assistência como um todo, devido sua demanda ser apenas sob ações judiciais.. Palavras-chave: Mucopolissacaridose; Terapia de reposição enzimática; Assistência Farmacêutica. 1570 Um Olhar Sobre a Farmacovigilância – Panorama Mundial Jamyle Andrade Ferreira dos Santos¹, Juliana Leal Bomfim¹, Monica Rosentina dos Santos Gramosa¹ & Rodrigo Morais Vitoriano Dias¹ ¹Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Departamento de Ciências da Vida – DCV, Campus I, Rua Silveira Martins, 2555 - Cabula, Salvador – BA, (71) 3117-2290 Objetivo: Comparar o perfil de notificações da farmacovigilância brasileira com o de outros três países: França, Cuba e Estados Unidos. Metodologia: Estudo descritivo com base nos dados, num período entre 2011 e 2014, encontrados nos sites das principais agências reguladoras de cada país. Foram escolhidas como variáveis o número total de notificações, categorias de produtos/motivo de notificação e tipo de notificante. Resultados: No Brasil, dados compilados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária revelam que o total de notificações é de 38.868, em 2013, nas quais as reações adversas representam o percentual (47%) de notificações. Entretanto, 50% são oriundas das redes sentinelas, categoria que mais notifica.¹ Os relatórios anuais da FDA de 2011 a 2013 descrevem números crescentes de notificações de reações adversas a medicamentos (RAM). Entre 2011 e 2013 foram enviadas em média 1 milhão de notificações, nas quais 60% foram expedidas diretamente para o sistema FAERS.² O sistema não indicou a percentagem por tipo de notificador nesses relatórios. A Agence Nationale de Sécurité du Médicament et des Produits de Santé (ANSM) indica que em 2013 foram relatadas 46.843 reações adversas pelos Centres Régionaux de Pharmacovigilance (CRPV). Destas, 3,8% (1.794) originaram-se de pacientes.³ As notificações de RAM graves por laboratórios chegaram à soma de 28.180. Em relatório de atividades de 2014, 67,4% vieram de médicos especialistas, 19,1% de farmacêuticos e 4,5% de pacientes.⁴ Cuba conta com os mais contundentes avanços, dentre os países da América Latina, nos programas de Farmacovigilância, fazendo parte da lista dos 20 países com maior taxa de notificações por milhão de habitantes (Vigibase)6. Em 2014, foram realizadas 20.381 notificações de RAM, apresentando uma taxa de 1.812 notificações por milhão de habitantes, das quais 79,7% (16.252) foram de profissionais do nível primário de atenção à saúde, 18,8% (3.831) do nível secundário e 1,5% (298) do nível terciário. Conclusão: No período analisado, comparando o sistema de farmacovigilância brasileiro com os sistemas dos demais países, o sistema norte-americano se destacou com o maior número de notificações de RAM, seguido pelo sistema francês e o sistema cubano, nos quais os principais notificadores são profissionais de saúde. Palavras-Chave (Keywords): Reação Adversa; Notificações; Medicamentos; Farmacovigilância. 1571 Referências 1. NOTIVISA, Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/relatorios/relatorio_notificacoes.html>. Acesso em: 26 de ago. 2015. 2. USA. FDA. FDA Adverse Event Reporting System (FAERS): Latest Quarterly Data Files. Disponível em: <http://www.fda.gov/Drugs/GuidanceComplianceRegulatoryInformation/Surveillance/AdverseD rugEffects/ucm082193.htm> Acesso em: 26 ago 2015. 3. Rapport d’activité 2013 de l’ANSM – Agences Sanitaires. Disponível em: <http://ansm.sante.fr/content/download/.../3/.../ANSM_RA_2013_aout2014.pdf> Acesso em: 26 ago 2015. 4. 3e Journée d’information et d’échanges de l’ANSM avec les associations de patients. Déclaration des effets indésirables par les patients liés à un médicament ou un dispositif médical. Disponível em: <http://ansm.sante.fr/var/ansm_site/storage/original/application/734874987ca431c8f0c2fffd0e5f 6143.pdf> Acesso em: 26 ago 2015. 5. Informe de Farmacovigilancia 2014 – Unidad Coordinadora Nacional de Farmacovigilancia, Enero 2015. Disponível em: <http://files.sld.cu/cdfc/files/2015/01/farmacovigilancia-cuba-ano2014.pdf> Acesso em: 18 ago 2015. 6. Lindquist, M. VigiBase, the WHO Global ICSR Database System: Basic Facts. Drug Information Journal, Vol. 42, pp. 409–419, 2008. 1572 Perfil das prescrições medicamentosas na unidade de transplante renal de um hospital universitário Allane Niely Gouveia Vieira1, Luana Cristina Lins de Medeiros2, Marcella Santos da Nóbrega3, Marilma Galvão dos Santos Gomes4, Paloma Karoline da Silva Brasil5 & Rosa Maria Almeida Gurgel de Azevedo6 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected]; Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 3Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 4Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 5Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [email protected]; 6Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected] 2 Objetivo: Identificar os medicamentos prescritos para pacientes internados na unidade de transplante renal do Hospital Universitário Onofre Lopes, localizado em Natal/RN. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, desenvolvido pela farmacêutica clínica da Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário Onofre Lopes. A coleta dos dados foi feita através da segunda via das prescrições médicas enviadas à farmácia, no período de janeiro a julho de 2015. Os dados foram analisados estatisticamente pelo Microsoft Excel versão XP e os medicamentos foram agrupados conforme a classe terapêutica seguindo o sistema de classificação de medicamentos conhecido como Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Resultados: De 66 pacientes acompanhados, foram analisadas 1.081 prescrições e detectados 18.297 medicamentos prescritos, que corresponde uma média de 16,9 medicamentos por prescrição. Os imunossupressores foram a classe terapêutica mais prescrita, constituindo 24,10% (4.410); seguido dos anti-hipertensivos com 13,73% (2.512); dos antimicrobianos com 11,36% (2.079); 8,49% (1.553) de analgésicos; 6,84% (1.251) de hipoglicemiante; 6,54% (1.196) de protetor gástrico; 6,42% (1.174) de antieméticos; repositor eletrolítico 3,46% (633); antianêmicos 2,46% (451); antiexudativo 2,27% (416); anticoagulante 1,70% (312); vitaminas 1,38% (253) e outros 11,24% (2057). Conclusão: O levantamento dos medicamentos prescritos para pacientes transplantados internados mostrou elevado número de medicamentos por prescrição, o que reforça a necessidade do serviço do farmacêutico clínico nesta unidade hospitalar para promover o uso seguro e racional desses medicamentos; e as principais classes terapêuticas prescritas, fornecendo subsídios para a melhora no planejamento da aquisição. Palavras-chave: Prescrição, Medicamentos, Transplante Renal Referências: 1. Pereira VOM, Acurcio FA, Guerra AA, Silva GD, Cherchiglia ML. (2012) Perfil de utilização de medicamentos por indivíduos com hipertensão arterial e diabetes mellitus em municípios da rede farmácia de Minas. Cad Saúde Pública, 28(8):1546-1558 2. Melo DO, Ribeiro E, Storpirtis S. (2006) A importância e a história dos estudos de utilização de medicamentos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 42(4):out/dez 3. Galvão C. (2006) O idoso polimedicado – estratégias para melhorar a prescrição. Revista portuguesa de medicina geral e familiar.22(6) 1573 Avaliação de notificações a partir da prescrição de Medicamentos Indicadores de Reação Adversa a Medicamento. Paloma Karoline da Silva Brasil ¹, Marcia Maria da Silva Barbosa ², Maria das Dores da Silva Santos ³, Ariana Renaly de Oliveira 4 , Sávia Fonseca da Silva 5 & Erica Lira da Silva Freitas 6 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Natal, RN , Brasil, [email protected]; 2 Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, Brasil, [email protected]; 3 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, [email protected]; 4 Faculdade Natalense de Ensino e Cultura , Natal, RN, Brasil, [email protected]; 5 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, [email protected]; 6 Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, [email protected] Introdução: a organização mundial de saúde (OMS) define reação adversa a medicamento (RAM) como “qualquer resposta a medicamento que seja nociva e indesejável, e que ocorra com as doses habitualmente usadas no homem, para profilaxia, diagnóstico ou tratamento”. Em torno de 5% das internações nos serviços públicos de saúde se devem a RAM e pelo menos 15% dos pacientes hospitalizados apresentam RAM durante a hospitalização. Farmacovigilância é a ciência que estuda a detecção, avaliação, compreensão e prevenção das reações adversas. Segundo Gregory & Kier, é válido o farmacêutico verificar se há suspeita de RAM quando se observar a prescrição de certos “medicamentos indicadores” que são frequetemente utilizados para tratar RAM. Objetivos: este trabalho visa avaliar a importância da notificação dos medicamentos indicadores de RAM (MIRAM) pelos farmacêuticos do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Método: os dados foram obtidos a partir dos formulários utilizados para notificação e investigação da prescrição de MIRAM, bem como das RAM notificadas no HUOL, um hospital de ensino, terciário, com 189 leitos, desde a sua implantação em outubro de 2010 até julho de 2011. As suspeitas de RAM foram classificadas de acordo com o tipo de notificação (voluntária, busca ativa e notificação de MIRAM) e de acordo com a causalidade e gravidade, respectivamente, através do algoritmo de Naranjo e do sistema desenvolvido por Lasagna e Karch. Resultados: Foram notificadas 45 reações adversas, das quais 15 (33,4%) foram notificações de MIRAM, 18 (40%) foram voluntárias e 12 (26,6%) foram por busca ativa. Quanto à causalidade, 34 (75,5%) foram prováveis, 9 (20%) possíveis, 1 (2,25%) definida e 1 (2,25%) duvidosa. Quanto à gravidade, 31 (68,8%) apresentaram-se como moderadas, 9 (20%) leves, 3 (6,7%) graves e 2 (4,5%) letais. Conclusão: Notou-se que através da observação dos medicamentos indicadores de RAM, pode-se encontrar um maior número de reações adversas, 1574 que muitas vezes poderiam estar imperceptíveis. Dessa forma, houve uma contribuição significativa para o aumento das notificações de RAM. Palavra Chave: Reação Adversa; Farmacovigilância; Notificação de Reação. 1575 Revista Brasileira de Farmácia – ISSN 2176 – 0667 (on line) Volume 97 RIOPHARMA FASCÍCULO II Maio / Agosto - 2016 EXPEDIENTE Editores Eméritos Nuno Álvares Pereira (in memoriam) Levy Gomes Ferreira (in memoriam) Salvador Alves Pereira (in memoriam) Editora-chefe Dra Carmelinda Monteiro Costa Afonso Conselho Editorial Benedito Carlos Cordeiro (Universidade Federal Fluminense) Carla Valéria Vieira G. Feraz (Universidade Federal Fluminense) Gabriela Bittencourt G. Mosegui (Universidade Federal Fluminense) Ilidio Ferreira Afonso (Instituto Hahnemanniano do Brasil) Ivone Manzalli de Sá (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maria Letice do Couto (Universidade Gama Filho / ABF) Maria Rita de Macedo (Escola Nacional de Saúde Pública) Sabrina Calil Elias (Universidade Federal Fluminense) Selma Rodrigues de Castilho (Universidade Federal Fluminense) Vera Lucia Luiza (Escola Nacional de Saúde Pública) Associação Brasileira de Farmacêuticos Rua dos Andradas, 96/10º andar - Centro Rio de Janeiro - RJ - Brasil - 20.051-000 Telefax (0xx21)2263-0791 - (0xx21)2233-3672 www.abf.org.br - [email protected] Presidente Vice-Presidente 1ª Secretário 2ª Secretário Tesoureira Museu Cursos Biblioteca Revista Eventos e Marketing Dra Elizabeth Valverde Macedo Dra Aline Copolla Napp Dra Luciene de Oliveira Moraes Dr. José Liporage Teixeira Dra Alaíde dos Santos Rodrigues Dra Ethel Celene Norvaez Valdez Dra Maria Letice Couto de Almeida Dra. 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