GABARITO IME DISCURSIVAS 2015/2016 MATEMÁTICA GABARITO IME – MATEMÁTICA Questão 1 Os inteiros a1, a2, a3, ... a25 estão em PA com razão não nula. Os termos a1, a2 e a10 estão em PG, assim como a6, aj, e a25. Determine j. Gabarito: (a1, a2, a10) PG ⇒ a22 = a1 a10 (*) Seja r a razão da PA (a1, a2, a3, ..., a25) temos a2 = a1 + r e a10 = a1 +9r. Substituindo em (*): a12 + 2a1r + r2 = a12 + 9a1r ⇒ ⇒ r2 = 7a1r ⇒ r = 7a1 (pois r ≠ 0). Nesse caso a6 = a1 + 5r = 36a1, a25 = a1 + 24r = 169a1 e aj = a1 + (j – 1) · r = a1 · (7j – 6) (a6, aj, a25) PG ⇒ aj2 = a6 · a25 ⇒ (7j – 6)2 · a12 = a12 · 169 · 36 ⇒ ⇒ j = 12 (pois a1 = 0 daria r = 0) Questão 2 Sejam as funções fn, para n ∈ {0, 1, 2, 3, ...}, tais que f0 ( x ) = 1 e f ( x ) = f0 ( fn −1 ( x ) ), (1 − x ) n para n ≥ 1. Calcule f2016(2016). Gabarito: Calculemos as expressões de f1(x) e f2(x): 1 x −1 . = 1 −x x 1− 1− x 1− x 1 1 f2 ( x ) = f0 f1( x ) = = = x. x −1 1 1− x x f1( x ) = f0 f0 ( x ) = 1 = Uma vez que f2(x) é a função identidade, afirmamos que f3(x) = f0(x) e que f4(x) = f1(x); mais geralmente: f3 k ( x ) = f0 ( x ) f3 k +1( x ) = f1( x ) f 3 k + 2 ( x ) = f2 ( x ) , para k ∈ *+ Logo, f2016(2016) = f0(2016) = 1 1 =− , já que 2016 é múltiplo de 3. 1− 2016 2015 3 DISCURSIVAS – 26/10/15 Questão 3 2Z 3π Seja Z um número complexo tal que possui argumento igual a e log3(2Z + 2 Z + 1) = 2. 4 Zi Determine o número complexo Z. Gabarito: log3 (2Z + 2Z + 1) = 2 ⇒ 2Z + 2Z = 8 ⇒ Re (Z) = 2. Assim, a forma algébrica de Z é 2 + bi. 2Z Zi = 4 + 2 bi ( 4 + 2 bi )( b − 2 i ) 8b 2 b2 − 8 ·i = = + ( 2 − bi )i b2 + 4 b2 + 4 b2 + 4 Como argumento de 2Z Zi é 3π , temos: 4 2Z 2Z Re = –Im < 0. Zi Zi Logo, 8b + 2b² – 8 = 0 ⇒ b = –2(1 + 2) (pois b < 0). Assim, Z = 2 – 2(1 + 2)i Questão 4 Define-se A como a matriz 2016 × 2016, cujos elementos satisfazem à igualdade: i + j − 2 ai , j = , para i, j ∈ {1, 2, ..., 2016}. j −1 Calcule o determinante de A. Gabarito: 1a solução: Vamos resolver o problema para uma matriz n × n, sendo ∆n seu determinante. • Pelo teorema de Jacobi, subtraímos cada linha da anterior (com exceção da primeira). Assim, o elemento aij fica i + j − 2 i + j − 3 que, pela relação de Stifel, vale i + j − 3 . (Os elementos da 1a coluna j−2 j −1 − j −1 se anulam). 4 GABARITO IME – MATEMÁTICA • Pelo teorema de Jacobi, subtraímos cada coluna da anterior (com exceção da primeira). Usando o resultado acima, o elemento aij fica: i + j − 3 i + j − 4 que, pela relação de Stifel, vale i + j − 4 (∗). (os elementos da 1a linha se j−2 j −2 − j −3 anulam, menos o a11) 1 0 0 ... 0 0 0 .. . 0 Assim, ∆n = A’ , em que A’ é matriz (n – 1) × (n – 1) com a’i, j = ai + 1, j + 1 (pois a linha i de A’ é a linha i + 1 de A e a coluna j de A’ é a coluna j + 1 de A). ( i + 1) + ( j + 1) − 4 i + j − 2 = . ( j + 1) − 2 j −1 Em (∗), a’i, j = Portanto, A’ é a versão (n – 1) × (n – 1) de A. Daí, ∆n = detA’ = ∆n – 1. 0 Podemos concluir, então, que ∆n = ∆n – 1 = ∆n – 2 = ... = ∆1 = . 0 Logo, ∆n = 1 para todo n e, em particular, ∆2016 = 1. 2ª solução: Na 1a solução, após a 1a aplicação de Jacobi, temos que o determinante é igual a 5 DISCURSIVAS – 26/10/15 Usando o teorema de Laplace na 1a coluna, vemos que ∆n é reduzido a um determinante (n – 1) × (n –1), que pode ser obtido a partir de ∆n apagando-se a 1a linha e a última coluna. Repetindo esse processo sucessivamente, ou seja, apagando as linhas e colunas, resta apenas o elemento n − 1 = 1. 0 an,1 = i + j − 3 , que é a j −2 Obs.: Isso já poderá ser visto na 1ª solução, no momento em que o termo i, j fica expressão original trocando o j por j – 1. Questão 5 Determine o conjunto solução da equação: ( sen x ) 1+ tg x tg x = 4 − cotg x 2 Gabarito: 1a solução x Inicialmente, 1 + tgx · tg = 1 + 2 x x x cos x · cos + senx · sen 2 2 2 = x x cos x · cos cos x · cos 2 2 senx · sen x x cos x − cos 1 2 = 2 . = = x x cos x cos x · cos cos x · cos 2 2 1 = 4 − cot x Então, a equação equivale a senx · cos x 1 t Fazendo tgx = t, tem-se t = 4 − ↔ t 2 − 4 t + 1 = 0 t = 2± 3 5π + kπ ( k ∈ ) 12 π + kπ ( k ∈ ) tgx = 2 − 3 → x = 12 π 5π + k π ou x = + k π; k ∈ S = x ∈ x = 12 12 tgx = 2 + 3 → x = 6 GABARITO IME – MATEMÁTICA 2a solução Fazendo tg 2t 1− t2 2t x , . cos x = e tg x = = t , tem-se sen x = 1+ t2 2 1+ t2 1− t2 Substituindo na equação do enunciado, tem-se: 1− t2 2t 2t 2 1 4 · + = − . 2 1 − t 2 1+ t 2t Desenvolvendo: t4 + 8t3 + 2t2 – 8t + 1 = 0 1 1 + 8 t − + 2 = 0. 2 t t 1 1 2 2 Fazendo y = t − , tem-se t + 2 = y + 2 . Daí, y 2 + 8 y + 4 = 0 ⇒ y = − 4 ± 2 3 . t t Dividindo por t2: t 2 + Logo, t = ( ) − 4±2 3 ±4 4± 3 ( ) = − 2 ± 3 ± 2 2 ± 3 = tg 2 x x Como tg = t , tem-se = arctg ( t ) + k π, k ∈ 2 2 x 2 Logo, o conjunto solução da equação é o conjunto dos ( ( ) ) x = 2 arctg − 2 ± 3 ± 2 2 ± 3 + 2 k π , k ∈ , em que os sinais de ± dentro dos parênteses internos e dentro da raiz são iguais. ( Observação: desenvolvendo-se por radical duplo, tem-se que t = − 2 ± ( ) ( − 2± 3 ± ) 6± 2 . Então, tem-se: 3 + 6 – t2 = –2 – 3 + 6 + t3 = –2 + 3 – 6 + 3 – 6 – t1 = –2 + t4 = –2 – ) 3 ±2 2± 3 = 2 ⇒ arctan(t1) = 5π 24 2 ⇒ arctan(t2) = π 24 2 ⇒ arctan(t3) = −7π 24 2 ⇒ arctan(t4) = −11π 24 Como x = 2arctan(t) + 2kπ, k ∈ , então: π 7π 11π 5π S = + 2 k π, + 2 k π, − + 2 k π, − + 2 k π, k ∈ . 12 12 24 24 7 DISCURSIVAS – 26/10/15 Questão 6 Seja a equação n2 – 7m2 = (5m – 2n)2 + 49. Determine todos os pares inteiros (m, n) que satisfazem a esta equação. Gabarito: n2 − 7 m2 = (5 m − 2 n)2 + 49 ↔ 32 m2 − 20 mn + 3 n2 = −49 ↔ 32 m2 − 8 mn − 12 mn + 3 n2 = −49 ↔ 8 m( 4 m − n) − 3 n( 4 m − n) = −49 ↔ (8 m − 3 n)( 4 m − n) = −49 a b 8 m − 3 n = a (I) Resoolvemos o sistema 4 m − n = b (II) ab = −49 Resolvendo (I) e (II), temos m = 3b − a (*) e n = 2b – a(**). 4 Com a e b inteiros, n já é inteiro. Considerando as opções a e b inteiros em ab = –49: a b m n 1 –49 –37 –99 –1 49 37 99 7 –7 –7 –21 –7 7 7 21 49 –1 –13 –51 –49 1 13 51 ↑ encontramos usando (*) ↑ encontramos usando (**) ∴ S = {(–37, –99), (37, 99), (–7, –21), (7, 21), (–13, –51), (13, 51)}. Comentário: É possível resolver o problema vendo a equação como uma equação do segundo grau em m. 8 GABARITO IME – MATEMÁTICA Questão 7 Três jogadores sentam ao redor de uma mesa e jogam, alternadamente, um dado não viciado de seis faces. O primeiro jogador lança o dado, seguido pelo que está sentado à sua esquerda, continuando neste sentido até o jogo acabar. Aquele que jogar o dado e o resultado for 6, ganha e o jogo acaba. Se um jogador obtiver o resultado 1, o jogador seguinte perderá sua vez, isto é, a vez passará ao jogador sentado à direita de quem obteve 1. O jogo seguirá até que um jogador ganhe ao tirar um 6. Qual é a probabilidade de vitória do primeiro jogador a jogar? Gabarito: 1a solução: 1 2 Considere as seguintes probabilidades: 3 x: jogador 1 ganhar começando no jogador 1. y: jogador 1 ganhar começando no jogador 2. z: jogador 1 ganhar começando no jogador 3. Começando no jogador 1: 1 (ganhar na 1a rodada) 6 x 4 1 1 4 y (ir para o jogador 2) ⇒ x = + y + z (I) 6 6 6 6 1 z (ir para o jogador 3) 6 Começando no jogador 2: y 4 z (tirar 2, 3, 4 ou 5 e ir para o jogador 3) 6 1 x (tirar 1 e ir para o jogador 1) 6 ⇒ y= 4 1 x + z (I I) 6 6 ⇒ z= 1 4 x + y (II I) 6 6 Começando no jogador 3: z 4 x (tirar 2, 3, 4 ou 5 e ir para o jogador 1) 6 1 y (tirar 1 e ir para o jogador 2) 6 9 DISCURSIVAS – 26/10/15 6 y − 4 z = x (I I)e (III) : y − 6 z = −4 x Multiplicando a 2a por 6 e subtraindo: 32 z = 25 x ⇒ z = y = 6z − 4x = 6⋅ 25 x 32 25 11 x − 4x = ⋅ x 32 16 4 11 1 25 1 ⋅ x− ⋅ x = 6 16 6 32 6 32 ⇒x= 79 Substituindo em (I): x − 2 2a solução: A cada jogada, se o jogo não acaba, andamos 1 ou 2 arcos no sentido anti-horário na circunferência ao lado. Seja xn a probabilidade de andarmos n arcos sem o jogo acabar. A resposta do problema é dada por S = 1 ( x0 + x3 + x6 + ...) . 6 (1) Temos a recorrência 1 3 4 1 x n −1 + x n − 2 . Sua solução é dada por x n = u ⋅ γ n + v ⋅ γ n , 6 6 4 1 2 − 10 2 + 10 2 ,γ = . Veja que em que γ e γ são as raízes de t − t − = 0, ou seja, γ = 6 6 6 6 | γ | < 1 e | γ | < 1. xn = Estão, S = Daí, S = 1 ∞ 1 ∞ x3 n = ∑ ( u ⋅ γ 3 n + v ⋅ γ 3 n ) , que é igual à soma de duas P.G. de razões γ 3 e γ 3 . ∑ 6 n =0 6 n =0 v 1 u + (*) 3 6 1− γ 1− γ 3 (2) Vamos encontrar u e v x0 = 1 = u ⋅ γ 0 + v ⋅ γ 0 → u + v = 1 x1 = 10 4 2 = u ⋅ γ1 + v ⋅ γ 1 → u γ + v γ = 6 3 GABARITO IME – MATEMÁTICA 2 + 10 2 − 10 2 u+v 10 2 + (u − v ) = + v = → 6 6 3 3 6 3 Da 2a equação: u 2 → u −v = u= v= 10 2 + 10 2 10 10 − 2 2 10 = . Juntando com u + v = 1, chegamos a 6γ 2 10 =− = 6γ 2 10 3γ 10 =− 3γ 10 . (3) Substituindo em (*) ( ) 2 2 γ γ 1 ( γ − γ ) + γγ γ − γ S= − = 3 3 3 6 10 1− γ 1− γ 2 10 1− γ 3 + γ 3 + ( γγ ) 3 ( ) . 4 1 Lembremos que γ e γ são as raízes de t 2 − t − = 0. 6 2 10 ,γ − γ = , 3 3 2 10 γ2 − γ 2 = ( γ + γ ) ⋅ ( γ − γ ) = 9 6 1 6 Daí, γγ = − , γ + γ = ( ) 2 4 3 17 2 γ 3 + γ 3 = ( γ + γ ) ⋅ ( γ + γ ) − 3 γγ = + = 3 9 6 27 10 1 2 10 8 10 − ⋅ 1 1 3 6 9 Então, S = = ⋅ 27 3 79 2 10 2 10 17 1 1− + − 216 27 6 32 S= . 79 11 DISCURSIVAS – 26/10/15 Questão 8 A circunferência C tem equação x2 + y2 = 16. Seja C’ uma circunferência de raio 1 que se desloca tangenciando internamente a circunferência C, sem escorregamento entre os pontos de contato, ou seja, C’ rola internamente sobre C. C C C’ C’ P P Figura a α Figura b Define-se o ponto P sobre C’ de forma que no início do movimento de C’ o ponto P coincide com o ponto de tangência (4,0), conforme figura a. Após certo deslocamento, o ângulo de entre o eixo x e a reta que une o centro das circunferências é a, conforme figura b. • Determine as coordenadas do ponto P marcado sobre C’ em função do ângulo a. • Determine a equação em coordenadas cartesianas do lugar geométrico do ponto P quando a varia no intervalo [0, 2p). Gabarito: C 1a solução Vamos achar o ângulo PO ' T em função de α, onde O’ é o centro da circunferência de raio “1” e T o ponto de tangência dessas circunferências. O comprimento do arco PT, sobre C’ e o comprimento do arco XT, sobre C, são iguais. C’ T O’ P X PO ' T α = 2π · 4 · 2π 2π PO ' T = 4α 2π · 1 · Achando as coordenadas de P Se T = (4cosα, 4senα), teremos P = (3cosα + cos(–3α), 3senα + sen(–3α)) P = (4cos3α, 4sen3α) 3 a 12 1 O’ a 3a 1 P T GABARITO IME – MATEMÁTICA Se P = (x, y), obtemos pela relação fundamental: x 4 2 3 y + 4 2 3 =1 2a solução T 0’ 1 T = R · α = 4α Inicialmente, note que comprimento P 0 3 α 0 P0 Como o deslocamento é sem escorregar, T O’ 4α = 4α rad, Comp. de PT Logo, PÔ’T = 4α (pois o raio é 1). P Usando complexos, temos O’ = 3 cisα, T = 4 cisα e, consequentemente, p – O’ = (t – O’) · cis(– 4α) ⇒ p = 3 cisα + cisα · cis(– 4) p = 3cisα + cis(–3α) * 4cos3 α ∴x = 3 cosα + cos 3α = y = 3 senα – sen 3α = 4 sen3 α 2 2 x 3 y 3 Isolando α, temos + = cos ²α + sen²α = 1 4 4 13 DISCURSIVAS – 26/10/15 Questão 9 Uma corda intercepta o diâmetro de um círculo de centro O no ponto C’ segundo um ângulo de 45°. Sejam A e B os pontos extremos desta corda, e a distância AC’ igual a 3 + 1 cm. O raio do círculo mede 2 cm, e C é a extremidade do diâmetro mais distante de C’. O prolongamento do segmento AO intercepta BC em A’. Calcule a razão em que A’ divide BC. Gabarito: 1ª solução: Seja x = OC’. Façamos lei dos cossenos no ∆OC’A: B A’ ( 3 + 1) + x − 2 x ( 3 + 1) · cos 45° ⇔ 4 = ( 4 + 2 3 ) + x − x ( 3 + 1) 2 ⇔ x − x ( 6 + 2) + 2 3 = 0 ⇔ ( x − 6 )( x − 2 ) = 0 OA2 = 2 2 2 C C’ O 45° 2 Mas veja que OC’ < 2. Logo x = Seja T o ponto médio de AB. Como OC ' = 2 A 2 e OC ' T = 45°, temos C’T = 1 Portanto, como AT = TB = BC' + C' T , teremos BC' = 3 − 1 Pelo teorema de Menelaus no ∆CC’B e usando a reta AOA’, obtemos: A' C OC' AB · · =1 A' B OC AC ' A' C 2 2 3 · · =1 A' B 2 3 +1 ( O C’ T ) 6 3 +1 3 2 + 6 A' C 3 +1 = = = A' B 6 6 6 Obs: Também poderíamos escrever ( A ) A' B 6 3 2 − 6 6⋅ 3 2 − 6 3 2− 6 = ⋅ = = A' C 3 2 + 6 3 2 − 6 18 − 6 2 14 B GABARITO IME – MATEMÁTICA 2ª solução: y = x + q, q < 0 B (b, b +q) 45° C’ (–q, 0) O A (a, a + q) • Como o ângulo da corda é 45°, sua equação é y = x + q, q < 0 no desenho. Logo, A = (a, a + q), B = (b, b + q), C’ = (–q, 0). • Inicialmente, encontramos a e q: (I) A ∈ circ: a2 + (a + q)2 = 4 3 : (a + q)2 + (a + q)2 = (1 + (II) AC’ = 1 + (I) – 1 · (II) : a2 + 2 Logo, a = 1− 3 ( a + q)2 = 2 3 + 2 = 4 ∴ a2 = 2 – = 3 )2 = 2( 3 + 2) 1 3 = · (1 – 3 )2 2 2− 6 ( = −2 cos 75°) 2 1+ 3 2+ 6 ⇒ a+q = − ⇒q=− 2 2 2 • Achamos b com B ∈ circ: b2 + (b + q)2 = 4, q = – 2 b2 + b2 − 2 2 b − 2 = 0 ⇒ b2 − 2 b − 1 = 0 ⇒ b = e b+q = 2+ 6 ( = 2 cos 15°) 2 6− 2 ( = 2 sen 15°) 2 15 DISCURSIVAS – 26/10/15 • Finalmente, achamos A’ = BC ∩ AO = (x, y) 6 + 2 6 − 2 B , 2 2 A’ (x, y) O C (–2,0) 2− 6 2+ 6 A ,− 2 2 • AO: y = • BC: y = ⇒ ( 6+ 2 6− 2 x 6− 2 6 + 2+4 ) ( 6 + 2+4 y = ( ⋅ ( x + 2) ) 6− 2 ⋅ ) ( ( 6− 2 6+ 2 ) ) y +2 ( 6− 2 ∴ 8 + 4 3 + 4 6 + 4 2 y = 8 − 4 3 y + 8∴ y = • Por fim, 16 A' B = A' C ) 2 2 3+ 6+ 2 6− 2 2 − 2 2 3 + 6 + 2 = 4 +6 2 −2 6 − 4 = 3 2 − 6 2 4 2 2 3+ 6+ 2 GABARITO IME – MATEMÁTICA Questão 10 Um cone é inscrito em um cubo ABCDEFGH de forma que a base do cone é o círculo inscrito na base ABCD. O vértice do cone é o centro da face oposta do cubo. A projeção do vértice H na base ABCD coincide com o vértice D. Determine a área da seção do cone pelo plano ABH em função de a, a medida da aresta do cubo. Gabarito: 1a solução: E H P M G x N P M F x O A D L T 45° N L B C A seção do cone gerado pelo plano ABH é uma elipse. Sejam M, N e L pontos médios das arestas GH, CD e AB respectivamente. Considere o plano MNL. Sendo X a interseção de PN e ML, temos que XL é o eixo maior dessa elipse. Como ∆MPX ~ ∆LNX, LX LN 2a 2 2 = = 2 → LX = LM = . XM MP 3 3 Seja T ponto médio de LX e considere a seção do cone paralela à face ABCD, que será uma circunferência de centro O. A altura de T em relação ao plano ABCD é: 2 a LX LT sen45º = · = 2 3 2 Logo, PO = a − LT sen45º = 2a 3 Portanto, o raio da circunferência é dado por PO · tg LPO = Veja que OT = a 3 a a − LT cos 45º = 2 6 17 DISCURSIVAS – 26/10/15 O a 3 a 3 2 T Por Pitágoras no triângulo ao lado, = ( OT )2 + b2 → b = b Como b é o semi-eixo menor, temos que a área é: π ( semieixo maior )( semieixo menor ) = a 3 6 πa2 6 18 2a solução: Após encontrar o eixo maior igual a senθ 2a 2 , em que e é a excentricidade e , podemos usar que e = senϕ 3 ϕ e θ são os ângulos da geratriz e do plano seção com a base, respectivamente. Tem-se: sen ϕ = 2 Logo, e = 2 2 5 e senθ = 2 = 10 4 5 2 2 a 5 2 a ϕ a 2 Sendo a’, b e c semieixo maior, semieixo menor e semieixo focal da elipse ( a ' ) − b 2 10 c c2 b2 10 10 6 = → = → = = → 2 2 2 a' 4 16 ( a ' ) 16 ( a ') ( a ' ) 16 2 b= 6 a' 4 Como encontramos a’ = Daí, S = πa’b = 18 a 2 a 3 , chegamos a b = . 3 6 πa 2 6 . 18 GABARITO IME – MATEMÁTICA Comentário Classificamos a prova de matemática deste ano como difícil. As questões mais fáceis são 1, 2, 3 e 5, enquanto as questões 7, 8, 9 e 10 exigem muita experiência dos alunos. Destacamos o fato de, nos últimos anos, os temas Análise Combinatória e Probabilidade estarem contemplados em problemas de alto grau de complexidade. Além disso, as três questões finais da prova, listadas por nós como árduas, abordavam o tema Geometria de alguma maneira. Com uma prova abrangente e profunda, apenas os candidatos muito bem treinados obterão notas altas. Dessa maneira, não ser eliminado já é um grande passo para a aprovação no concurso. Professores: Caio Dorea Daniel Fadel Jordan Piva Jorge Henrique Marcial Pazos Marcio Cohen Moyses Cohen Raphael Mendes Rodrigo Villard Sandro Davidson 19