história

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HISTÓRIA
PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.
I229
IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. —
Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]
696 p.
ISBN: 978-85-387-0574-1
1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.
CDD 370.71
Disciplinas
Autores
Língua Portuguesa
Literatura
Matemática
Física
Química
Biologia
História
Geografia
Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer
Produção
Projeto e
Desenvolvimento Pedagógico
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Da União Ibérica
ao governo de
Marquês de
Pombal
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Após estudarmos a Economia Açucareira do
Brasil Colonial costuma surgir a seguinte dúvida: Por
que a região Nordeste, área mais rica nos primeiros
séculos, é tão pobre nos dias de hoje?
Tal questionamento é fundamental para o desenvolvimento de uma consciência da cidadania. Por meio
do estudo das origens de nossos problemas, podemos
buscar alternativas para uma sociedade melhor.
Esse é o nosso caminho. Com a União Ibérica,
Portugal e Brasil ficaram sob o domínio espanhol.
E a Espanha, devido às rivalidades internacionais,
proibiu a presença holandesa na economia açucareira do Brasil.
Os holandeses decidiram invadir o Brasil e provocaram, após a sua expulsão, a decadência de nosso
principal produto de exportação: o açúcar. Os detalhes
iremos aprender a partir de agora.
Portugal e Espanha montaram vastos impérios
coloniais através do processo de Expansão Marítima,
ampliando a integração da Europa a outras regiões
do globo. A grandiosidade dos impérios ibéricos
estimulou rivalidades entre eles e entre estes e as
potências emergentes como Inglaterra, França e
Holanda, gerando guerras e invasões.
Em 1556, ascendeu ao trono espanhol Filipe II
de Habsburgo, dinastia que também controlava o
Sacro-Império Romano Germânico. Esse rei intensificou a exploração de metais preciosos na América
Domínio público.
Hispânica, além de ser o responsável pela construção
de uma grandiosa frota naval intitulada Invencível
Armada, com o objetivo de defender o vasto império
espanhol.
A invencível armada.
Paralelamente, o Império Português, embora
estendendo-se do Brasil à Ásia demonstrava toda
sua fragilidade a partir da ausência de infraestrutura (navios, portos feitorias, núcleos coloniais)
suficientes para a sua manutenção. Essa fragilidade
portuguesa aguçou a cobiça de outras nações, especialmente da vizinha Espanha que se aproveitou da
morte prematura do rei D. Sebastião de Portugal para
invadir o reino, transferindo para Portugal as rivalidades internacionais espanholas. Essas tensões eram
provocadas pela política externa agressiva de Filipe
II, em prol da manutenção do que os historiadores
denominam preponderância espanhola no século
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1
Domínio público.
As consequências da
União Ibérica para Portugal
Felipe II.
Portugal e Holanda mantinham próximas relações desde a expansão marítima (XV-XVI), onde
casas bancárias holandesas participaram do financiamento das expedições lusas. Os holandeses ainda tinham grande atuação na economia açucareira
portuguesa, tanto no financiamento dos engenhos
e transporte do açúcar para Portugal, quanto no
refino e distribuição do açúcar pela Europa.
A União Ibérica
(1580-1640)
Domínio público.
Convencionou-se chamar de União Ibérica o
período compreendido entre os anos de 1580 e 1640,
onde o rei da Espanha passou a ser também o rei
de Portugal. Este domínio ocorre logo após a morte
do rei D. Sebastião de Portugal em 1578, na região
de Alcácer-Qbir (norte da África) em batalha contra
os mouros.
Desenho da batalha de Alcácer-Qbir, na África, onde
morreu D. Sebastião.
2
Como não deixou herdeiros, assumiu o trono
português seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que
veio a falecer dois anos depois, dando fim à dinastia de Avis, inaugurada pelo mestre D. João I em
1385. Aproveitando-se dessa ausência, o rei Filipe
II (descendente pelo lado materno de D. Manuel, rei
de Portugal entre 1495 e 1521) ordenou a invasão de
Portugal, declarando: “Portugal, lo herdé, lo compré
y lo conquisté” (Portugal, o herdei, o comprei e o
conquistei).
Apesar de Filipe II ter prometido através do
Juramento de Tomar (1581) manter a autonomia
administrativa e comercial portuguesa, realizou
modificações significativas como a divisão do Brasil
em dois Estados, no ano de 1621, criando o Estado
do Maranhão (capital em São Luiz) e o Estado do
Brasil (capital em Salvador), para melhor combater as
crescentes incursões estrangeiras. Outra modificação
foi a ampliação dos limites territoriais da ocupação
portuguesa na América, uma vez que com a União
das Coroas Ibéricas, portugueses e espanhóis puderam transitar com mais desenvoltura entre os dois
lados do meridiano de Tordesilhas.
Entretanto, a mais significativa das consequências desta união, foram as invasões estrangeiras ao
Brasil, destacando-se as invasões holandesas.
Portugal só recuperou sua autonomia no ano de
1640 com apoio da Inglaterra, após a Guerra de Restauração. Sobe ao trono português D. João IV, dando
início à dinastia de Bragança em Portugal. Apesar da
autonomia em relação à Espanha, Portugal passou
então a gravitar na esfera de influência inglesa, processo que se agravou no decorrer dos anos.
As invasões holandesas
ao Brasil
Causa
Filipe II decretou o bloqueio dos portos de seus
domínios aos mercadores holandeses. Com a União
Ibérica, esta restrição ampliou-se para o Brasil, motivando a invasão holandesa com o objetivo de garantir
a participação na economia açucareira do Brasil. Para
realizar a invasão, foi criada a WIC (Companhia das
Índias Ocidentais Holandesas) em 1621, formada por
mercadores flamengos que receberam o monopólio
sobre a exploração comercial na América e África. 
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XVI. Uma das principais rivalidades era entre a Espanha e a
Holanda, uma vez que esta última, uma província controlada
pelos Habsburgos espanhóis,
lutava por sua independência
desde 1581, diante da intransigência de Filipe II na aceitação
do protestantismo, predominante na Holanda. Rivalidade
que afetou diretamente as até
então amistosas relações entre
holandeses e portugueses.
A invasão fracassada
à Bahia (1624-1625)
A administração de Maurício
de Nassau (1637-1644)
Em 1624, os holandeses iniciaram suas incursões ao Nordeste Brasileiro pela Bahia (sede do Governo Geral do Brasil e principal produtor de açúcar
até então). Apesar do sucesso inicial, os holandeses
comandados por Jacob Wilikens e Van Dorth foram
expulsos da Bahia por uma tropa colonial liderada
pelo bispo D. Marcos Teixeira, que utilizou um discurso anticalvinista para mobilizar a população colonial
contra os invasores. Uma esquadra luso-espanhola
chamada Jornada dos Vassalos também foi enviada para auxiliar na expulsão dos invasores que em
1625 já tinham sido expulsos. Porém, não desistiram
da empreitada no Nordeste e passaram a preparar
uma nova invasão, financiada por saques a navios
espanhóis carregados de metais preciosos. 
Em 1637, foi enviado para ser o administrador
do Nordeste holandês, o nobre e funcionário da WIC
João Maurício de Nassau-Siegen. O período de administração de Nassau foi um dos mais prósperos
do Nordeste, e responsável pela consolidação da
ocupação holandesa, buscando a conciliação com
os luso-brasileiros.
Entre as realizações de Nassau destacamos:
•• Respeito à propriedade dos senhores de
engenho: diante das ameaças de saques
e confiscos que poderiam ser feitos pelos
holandeses.
A invasão a Pernambuco
(1630-1654)
Belém
São Luis
DOMÍNIO
HOLANDÊS
Fortaleza
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Paraíba
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Salvador
DOMÍNIO
PORTUGUÊS
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Olinda
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165
•• Tolerância religiosa: respeito ao catolicismo,
eliminando o temor que pairava entre os luso-brasileiros de que os holandeses instituissem o calvinismo como religião oficial.
•• Criação da Câmara dos Escabinos: criada
para administrar as possessões holandesas
no Brasil. Embora comandada por holandeses, contava com a participação dos senhores
de engenho, garantindo-lhes relativa influência política.
•• Urbanização do Recife: a partir da construção de pontes, palácios, jardins e pavimentação das ruas.
•• Vinda de intelectuais e artistas europeus:
como Franz Post, Willem Piso, Marcgrave e
Albert Eckhout.
desa
o Holan
1625)
Invasã
(1624
N
O
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Temática cartográfica.
Em 1630, os holandeses com cerca de setenta
navios, invadiram Pernambuco, vencendo a defesa
comandada por Matias de Albuquerque. Embora
tenha resistido aos ataques flamengos por cerca de 5
anos, Matias de Albuquerque viu suas tropas serem
derrotadas principalmente após a traição de Domingos Calabar, militar que atuou nas tropas de defesa,
mas que passou a colaborar com os holandeses,
indicando os principais centros de defesa colonial.
Em 1635, completou-se a conquista holandesa, após
a queda do Arraial do Bom Jesus.
•• Fornecimento de empréstimos: para estimular a produção açucareira no Nordeste,
elevando a produtividade agrícola a partir
do cultivo de novas áreas e introdução de
novas técnicas.
L
S
0
300 km
Os holandeses não limitaram sua conquista
ao Nordeste Brasileiro, invadindo também o principal centro distribuidor de escravos na África (A
fortaleza de São Jorge da Mina – atualmente em
Gana). Se por um lado garantiam o fornecimento
de escravos às áreas ocupadas pelos holandeses,
por outro restringiam o fornecimento em outras
áreas como São Vicente, que passou a se dedicar
ao apresamento de índios. A fortaleza só foi reto-
Domínio holandês.
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3
que a patrícia de nossa religião seja abertamente
introduzida entre os portugueses com a abolição
dos seus ritos e cerimônias, pois nada há que mais
os exarcebe.(...)
(J. Maurício, Conde de Nassau
Recife de Pernambuco, 6 de maio de 1644)
Domínio público.
mada em 1649 por Salvador de Sá e Benevides,
restabelecendo o fornecimento de escravos e
provocando o declínio do apresamento de índios.
Salvador de Sá e Benevides há muito tempo
dedicava-se à compra de escravos na África que
eram vendidos na região andina e platina, em um
negócio bastante lucrativo.
Demitido da administração do Brasil holandês
em 1644 por conta de seu estilo considerado “oneroso” pela WIC, recomendou muita prudência por
parte da junta que o substituiu, como descrito no
documento citado:
(...) Convém que procurem angariar e manter,
por meio de favores e de dinheiro, alguns portugueses particularmente dispostos e dedicados para com
V. Sas., dos quais possam vir a saber em segredo os
preparativos do inimigo (...). Não convém por agora
4
Retrato de Maurício
de Nassau, 1644.
Jean de Baen.
Os conselhos de Nassau não foram seguidos, gerando revolta entre os luso-brasileiros, que culminou
com a Insurreição Pernambucana de 1645.
A Insurreição
Pernambucana (1645-1654)
Esse movimento consistiu na luta para expulsar
os holandeses do Nordeste.
As causas fundamentais da Insurreição Pernambucana foram:
•• mudança de política da WIC , elevando
impostos, aumentando o preço do frete e cobrando os empréstimos feitos, uma vez que
a WIC não obteve retorno compatível com os
investimentos realizados;
•• a demissão de Maurício de Nassau em 1644,
procurando contornar seu estilo administrativo bastante oneroso. Nassau foi substituído
por um Conselho Supremo de três membros
que anulou a tolerância religiosa e confiscou propriedades de senhores de engenho,
gerando profundo descontentamento e mobilização dos luso-brasileiros contra a ocupação holandesa, dando início à Insurreição
Pernambucana.
O movimento foi liderado por André Vidal de
Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique Dias
(negro) e pelo índio Poti Filipe Camarão. Os principais
palcos de batalhas foram: região do Monte das Tabocas (1645), Guararapes (1648 e 1649) e Campina da
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Maurício de Nassau: Johann Mauritius van
Nassau-Siegen, general holandês que governou
as possessões holandesas no Brasil, nasceu em
Dillenburg (Alemanha) em 17 de junho de 1604.
Estudou nas universidades de Genebra e Basileia,
cidades de forte influência calvinista. Participou
em 1618 da Guerra dos Trinta Anos e aceitou a
nomeação da Companhia das Índias Ocidentais
para governar as recém conquistadas possessões
holandesas no Brasil, chegando à Recife em janeiro
de 1637. Sua administração conseguiu diminuir a
revolta dos luso-brasileiros, introduzindo novas
técnicas na produção dos engenhos, diminuindo
os impostos, além de permitir liberdade religiosa.
Remodelou a cidade, construiu palácios, pontes e
o observatório astronômico na ilha de Antônio Vaz,
criou também a cidade de Maurícia (hoje bairro de
Recife). Após sua demissão pela WIC, retornou à
Europa e tornou-se governador de Kleve na Renânia. Em 1661 ainda viajou à Inglaterra em missão
diplomática. No ano de 1668 tornou-se marechal-de-campo durante a guerra entre a Holanda e a
França de Luís XIV distinguindo-se nas batalhas.
Em 1674 retornou aos seus domínios em Kleve,
onde abandonou a carreira política e faleceu em
20 de dezembro de 1679.
Taborda, em 1654, ano em que foram definitivamente
expulsos do Brasil. Os luso-brasileiros ainda contaram
com o apoio inglês, o que contribuiu para ampliar a
dependência de Portugal em relação à Inglaterra.
•• Concorrência holandesa na produção açucareira, uma vez que os holandeses assimilaram as técnicas de produção no Brasil,
aperfeiçoaram-nas e aplicaram nas Antilhas
(Aruba e Curaçao). Além da concorrência na
produção, vale ressaltar que os holandeses
possuíam contatos nos principais centros de
consumo europeus, gerando uma forte crise
da produção açucareira no Brasil.
Alguns fatores internacionais facilitaram a expulsão dos holandeses do Brasil. Com o fim da União
Ibérica em 1640, Portugal assinou a Trégua dos Dez
Anos (1641-1651) com a Holanda. Sem recursos materiais para lutar contra a ocupação, Portugal optou
pela assinatura de um acordo onde os holandeses
se comprometiam a não expandir sua dominação
no Brasil. A paz entre as nações motivou os holandeses a retirarem parte de suas tropas da região,
facilitando o processo de expulsão. Outro aspecto
importante foi a guerra entre Inglaterra e Holanda,
pela disputa da hegemonia marítima no século XVII,
motivada pela ascensão de Oliver Cromwell na
Inglaterra (1649-1658) após a Revolução Puritana.
Cromwell editou os Atos de Navegação de 1651,
restringindo a participação dos holandeses no comércio com as possessões inglesas. A Inglaterra
saiu vitoriosa no conflito, abrindo caminho não só
para a hegemonia marítima inglesa, mas também
para a derrota dos holandeses no Brasil com a destruição de parte de sua frota naval.
•• Dependência econômica em relação à Inglaterra, após o apoio para expulsão dos
espanhóis e holandeses.
Consequências da
expulsão dos holandeses
A expulsão dos holandeses provocou duas importantes consequências:
•• crise econômica em Portugal;
•• aumento da exploração sobre o Brasil.
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Crise econômica portuguesa
Após a União Ibérica, Portugal mergulhou numa
profunda crise econômica:
•• Em 1661, Portugal e Holanda assinaram o
Tratado de Paz de Haia, onde ao reconhecer
a perda do Brasil, os holandeses receberiam
de Portugal uma indenização no valor de
quatro milhões de cruzados.
IESDE Brasil S.A.
•• Perda de várias possessões na África e na
Ásia diante das constantes invasões dos
inimigos de Castela.
A elevação da
exploração sobre o Brasil
Diante desta grave crise econômica, Portugal
ampliou a exploração do Brasil, considerado pelo
padre Antonil em seu livro Cultura e Opulência do
Brasil como a “vaca leiteira” ao tornar-se a principal
colônia portuguesa e sustentáculo do Império. Com
esse fim, a Coroa Portuguesa tomou uma série de
iniciativas como:
•• Criação do Conselho Ultramarino em 1642,
órgão sediado em Portugal e responsável pela
centralização da administração do Império
Colonial Português, restringindo o poder dos
latifundiários nas câmaras municipais.
•• Criação da Companhias de Comércio do
Maranhão e do Brasil, que adquiriram o
monopólio sobre a exploração econômica dos
dois Estados oriundos da divisão do Brasil em
1621. A intensa exploração gerada pela Companhia do Maranhão está diretamente relacionada à Revolta de Beckman em 1684.
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A conquista do interior
Chamamos de expansão territorial ao processo
de ocupação portuguesa Além-Tordesilhas desenvolvida nos séculos XVII e XVIII.
Fatores da expansão
Os principais fatores da expansão foram:
•• ocupação militar;
•• ação dos Jesuítas;
•• pecuária;
•• atividades bandeirantes;
•• a mineração;
•• a Colônia do Sacramento.
Ocupação militar
•• Reis Magos (Rio Grande do Norte) – atual
cidade de Natal.
•• São Luís do Maranhão (Maranhão) – atual
cidade de São Luís (fundada por franceses,
em 1612, e tomada em 1615).
•• Nossa Senhora do Amparo (Ceará) – atual
cidade de Fortaleza.
•• Presépio de Santa Maria de Belém (Grão-Pará)
– atual cidade de Belém.
Assegurando o domínio do Grão-Pará, atuais
Amazonas e Pará, os portugueses empurraram os
franceses para as Guianas.
6
Fortificação do Litoral Norte (acima de Pernambuco).
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IESDE Brasil S.A.
A ocupação militar ocorreu devido à presença
dos franceses, interessados no pau-brasil, além de
ingleses e holandeses, na região amazônica das
“drogas-do-sertão”.
A construção de fortes ocorreu em fins do século
XVI e início do século XVII, ocupando o litoral norte,
acima de Pernambuco.
As principais fortificações foram:
•• Filipeia de Nossa Senhora das Neves (Paraíba) – atual cidade de João Pessoa.
Ação dos Jesuítas
A Pecuária
As missões jesuíticas permitiram a expansão
na região amazônica e no sul.
A Pecuária contribuiu na ocupação do sertão do
Nordeste e do Sul.
Nas duas áreas, a Pecuária foi uma atividade
complementar, voltada basicamente para o mercado
interno.
A Amazônia e as
“drogas-do-sertão”
Na região amazônica, os jesuítas estabeleceram
o extrativismo das “drogas-do-sertão”, no caso: cravo, cacau, guaraná, baunilha, produtos medicinais
e aromáticos, também chamados de “especiarias
brasileiras”.
A mão-de-obra indígena e os recursos obtidos
enriqueciam os jesuítas, sendo estas riquezas utilizadas para manutenção das missões e abertura de
novos povoados.
As missões do Sul
Sertão nordestino
Com a ocupação litorânea do açúcar, a criação
de animais deslocou-se para o interior.
O Rio São Francisco ficou conhecido como o
“Rio dos Currais”, abrigando as fazendas em suas
margens.
A pecuária nordestina atendeu às necessidades
dos engenhos açucareiros, destacando-se:
•• alimentação;
•• couro;
Formadas principalmente por jesuítas espanhóis, no sul destacaram-se as seguintes missões:
•• Guairá – entre os rios Paranapanema e Iguaçu, no atual Paraná.
•• Itatim – na margem esquerda do rio Paraguai,
no atual Mato Grosso do Sul.
•• Tape – oeste do atual Rio Grande do Sul.
•• Paraná-Uruguai – entre os rios Paraná e Uruguai, atuais Rio Grande do Sul e Argentina.
•• transporte;
•• tração (movendo arados e moendas, por
exemplo).
Devido à produção extensiva, o trabalhador
geralmente era livre, e parte do pagamento era em
crias, o que permitia uma certa mobilidade social.
A fazenda de gado exigia pouco capital e pouca
mão-de-obra.
No século XVIII, também abasteceu a região
mineradora.
IESDE Brasil S.A.
IESDE Brasil S.A.
Os índios catequizados foram alvo dos bandeirantes.
Fortes
Ataques corsários
Fundação de cidades e vilas
Ocupações
Francesa (1512-1615)
e Holandesa (1624-1654)
Holandesa (1624-1654)
Missões Jesuíticas
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Limite atual do Brasil
N
O
L
S
A ocupação do Brasil no século XVI e XVII – Regiões das
missões jesuíticas.
Pecuária no sertão nordestino, destacando o rio São Francisco.
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Campos do Sul
No Sul, a pecuária abasteceu a mineração das
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
As fazendas, fundadas por paulistas e gaúchos,
eram chamadas de estâncias. Dominaram o gado
muar e bovino que viviam em estado selvagem desde
a destruição de missões jesuíticas pelas bandeiras
no século XVII.
O principal produto era o charque (carne-seca).
Predominava o uso da mão-de-obra livre e assalariada, sob o controle dos capatazes, sem condições
de montar a sua fazenda.
Atividades bandeirantes
As bandeiras eram expedições particulares que
buscaram riquezas a partir do século XVI.
A região empobrecida da Capitania de São Vicente foi o núcleo irradiador das bandeiras. O motivo
da pobreza econômica da capitania foi devido ao
fracasso da lavoura de exportação e o seu isolamento
político.
As principais atividades bandeirantes foram:
•• caça ao índio;
•• busca do ouro;
•• sertanismo de contrato;
•• monções.
Caça ao índio
8
Busca do ouro
Em meados do século XVII, com a destruição
das missões e a reativação do tráfico dos negros
africanos, os bandeirantes saíram à procura de nova
riqueza: o ouro.
O bandeirismo prospector ou busca do ouro destacou-se em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
•• Antonio Rodrigues Arzão descobriu ouro em
Cataguases em 1693: sendo esta a primeira notícia oficial de descoberta de jazida de ouro.
Sertanismo de contrato
O sertanismo de contrato consistiu na contratação de bandeirantes para combater índios rebeldes e destruir quilombos. Os contratadores eram
autoridades ou latifundiários preocupados com as
ameaças indígenas ou negras.
Os principais exemplos foram:
•• Repressão à Confederação dos Cariri: revolta
indígena no Rio Grande do Norte.
•• Destruição do Quilombo dos Palmares: núcleo
quilombola em Alagoas.
O principal bandeirante foi Domingos Jorge
Velho.
Monções
As monções foram expedições fluviais de abastecimento das regiões do Mato Grosso e Goiás.
Seguindo pelo rio Tietê, levavam alimentos,
roupas e outros produtos para os mineradores do
interior do Brasil. Contribuiu no povoamento de
Mato Grosso.
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O bandeirismo apresador, também conhecido
como caça ao índio ou preação, ganhou destaque durante o domínio holandês (1637-1654), diante da perda
dos centros fornecedores de escravos na África.
Partindo de São Vicente, os bandeirantes atacaram as missões no Sul e chegaram até a região
amazônica. O índio catequizado era mais dócil e,
geralmente, conhecia o idioma português. Os indígenas eram vendidos para o Nordeste e usados como
escravos em São Vicente.
Os principais bandeirantes foram: Antônio Raposo Tavares e Manuel Preto.
A consequência foi a destruição das missões
jesuíticas do Sul, o despovoamento dessas regiões
e a expansão das fronteiras para além do tratado de
Tordesilhas.
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IESDE Brasil S.A.
IESDE Brasil S.A.
A reação dos colonos de Buenos Aires e da
Coroa Espanhola geraram invasões da Colônia do
Sacramento e a assinatura de tratados de limites.
Colônia de Sacramento.
Atividades bandeirantes.
Mineração
No século XVIII, a mineração contribuiu na
ocupação de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso,
conforme estudaremos a seguir.
Colônia do
Sacramento (1680)
Os principais tratados que fixaram o território
brasileiro, foram:
•• Tratado de Lisboa (1681): a Espanha reconhecia a posse portuguesa da Colônia do
Sacramento.
•• 1.º Tratado de Utrecht (1713): assinado entre
França e Portugal, os franceses reconheciam
o domínio amazônico de Portugal em troca
do controle da Guiana.
•• 2.º Tratado de Utrecht (1715): a Espanha é
obrigada, mais uma vez, a ceder a Colônia
do Sacramento para Portugal.
•• Tratado de Madri (1750): entre espanhóis e
portugueses, definia a posse, de direito e de
fato, das terras efetivamente ocupadas por
EM_V_HIS_026
Por iniciativa do governo português, ocorreu a
fundação de uma colônia no estuário do rio da Prata,
no atual Uruguai, próxima a Buenos Aires (capital da
atual Argentina).
O principal motivo foi participar do contrabando
de metais preciosos que desciam dos Andes pelo
rio da Prata.
Tratados de limites e
formação de fronteiras
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9
Guerras Guaraníticas: revolta dos índios dos
Sete Povos das Missões liderados pelos jesuítas.
O motivo era o fato dos jesuítas não concordarem
com a entrega de Sete Povos das Missões para os
portugueses e os índios suspeitarem de uma possível ocupação de suas terras e da escravização.
Com a repressão, a população de Sete Povos das
Missões foi chacinada pelas tropas portuguesas.
•• Tratado de El Pardo (1761): anulava o Tratado
de Madri e a Colônia do Sacramento voltava
para Portugal.
•• Tratado de Santo Ildefonso (1777): a Colônia
do Sacramento e Sete Povos das Missões
foram devolvidas para a Espanha.
•• Tratado de Badajós (1801): confirmava os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri.
A descoberta do ouro
10
Após estudarmos a crise açucareira e as atividades bandeirantes, torna-se clara a importância da
descoberta de grandes jazidas auríferas no Brasil. O
ouro, principal produto do século XVIII, veio atender
às necessidades econômicas portuguesas.
Mas não foi apenas isso! A mineração deslocou
o eixo político e econômico para o Sudeste brasileiro,
completando, juntou a desvalorização da cana, o
enfraquecimento do Nordeste.
Aproveitaremos para estudar as medidas do
Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, que
aumentou a opressão colonial no Brasil. Preste atenção, porque nessa parte estão as causas das revoltas
separatistas.
Com o fim da União Ibérica em 1640 e a posterior expulsão dos holandeses em 1654, o Império
português enfrentou uma grave crise econômica
que contribuiu para gerar a ampliação de iniciativas particulares e oficiais em busca de metais
preciosos, vistos como saída para a crise. Desta
maneira, ampliaram-se as bandeiras, que no final
do século XVII, conseguem encontrar as primeiras
minas de ouro na região das Minas Gerais. Quando
as primeiras notícias das descobertas chegaram a
Portugal, muitos portugueses partiram para Minas
Gerais em busca dos metais, o que contrariava o
desejo dos bandeirantes paulistas de obterem o monopólio sobre a exploração das minas. Os forasteiros
portugueses foram chamados pelos bandeirantes
de emboabas (pés enfeitados, em tupi) devido ao
hábito de usar calçados – geralmente os bandeirantes andavam descalços. Não tardou e as rivalidades
entre os dois grupos transformaram-se na Guerra
dos Emboabas (1707-1709), finalizada com a vitória
dos forasteiros.
A administração da
região mineradora
O Regimento de 1702, editado pelo governo
português, deliberou sobre as regras básicas da
mineração no Brasil. O regimento afirmava que a mineração era rigidamente controlada pela metrópole
através de uma intensa política fiscal e controle absoluto sobre a mineração. Tal controle era justificado
pela crise enfrentada pela Coroa, intensificando a
exploração sobre o Brasil. O mesmo regimento afirmava que a exploração era livre, mas os mineradores
deveriam submeter-se às autoridades da Coroa e
pagar os impostos.
O principal órgão responsável pela administração da região mineradora foi a Intendência das
Minas. A Intendência era o órgão responsável pelo
policiamento, fiscalização e direção da exploração
das jazidas, além de funcionar como um tribunal e
de ser responsável pela cobrança dos impostos. Todas as minas pertenciam ao rei e o descobridor de
uma jazida deveria comunicar a Intendência, caso
contrário seria preso e julgado. A mina, depois de
descoberta, era dividida pela Intendência em lotes
(datas): as duas primeiras datas eram escolhidas
pelo descobridor da mina, a terceira data era reservada para a Coroa e depois leiloada e as demais
datas eram distribuídas com os interessados que
tivessem maior número de escravos. O guarda-mor
era o auxiliar do Intendente das Minas responsável
pela distribuição dos lotes.
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EM_V_HIS_026
Portugal além dos limites de Tordesilhas. Não
houve participação da Igreja. Utilizou o princípio de utis possidetis (a posse é de quem
usa), defendida por Alexandre de Gusmão. A
Espanha reconhecia a posse portuguesa de
todas as terras efetivamente ocupadas por
portugueses além da linha de Tordesilhas e
cedia a Portugal a região de Sete Povos das
Missões (RS). Portugal devolveria à Espanha
a Colônia do Sacramento. Por esse tratado,
o Brasil assumiu, praticamente, sua atual
configuração geográfica.
Domínio público.
IESDE Brasil S.A.
pelo minerador por cabeça de escravo, no valor de 17
gramas de ouro. Essa forma gerou muita insatisfação,
pois o minerador teria que pagar o imposto tendo ou
não extraído ouro em quantidade significativa.
Oceano
Atlântico
N
O
L
S
Caminho para as Minas - Século XVIII
Mineração
Roteiros esquemáticos
Terrestre
Fluviais
Limite atual do Brasil
Região mineradora.
Formas de organização
da produção aurífera
Existiam duas formas básicas de exploração na
região aurífera:
•• A grande exploração: feita nas lavras (jazidas). A mina era a grande unidade de extração e exigia volume razoável de capital.
A mão-de-obra predominante era a escrava.
•• A faiscação ou pequena exploração: era feita
no leito dos rios e riachos, além de minas
abandonadas. Os garimpeiros ou faiscadores
eram trabalhadores livres que trabalhavam
isoladamente.
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A exploração tributária
O principal imposto que incidia sobre a mineração foi o quinto, representando a quinta parte ou
20% da produção aurífera que deveria ser destinada
à Coroa Portuguesa. A cobrança do quinto sofreu
uma série de alterações no sistema de cobrança. A
primeira forma foi por bateia, ou seja, cobrada individualmente da produção de cada minerador. Mais
tarde, foi instituída a capitação, imposto anual pago
Mineração.
Posteriormente, a Coroa portuguesa instituiu
o sistema de fintas, cotas fixas anuais no valor de
100 arrobas (aproximadamente 1500kg). Porém, a
sonegação de impostos era um problema que diminuía a arrecadação metropolitana. Diante do imenso
contrabando, a Coroa portuguesa decidiu proibir a
circulação do ouro em pó ou em pepitas. Todo o ouro
encontrado deveria ir para uma Casa de Fundição
onde seria derretido, quintado (cobrado o quinto)
e transformado em barras. A instalação das Casas
de Fundição gerou protestos de mineradores, principalmente a Revolta de Vila Rica em 1720, local da
instalação da primeira Casa.
A Derrama, criada pelo Marquês de Pombal em
1762 foi a forma de opressão criada para combater o
contrabando e a queda na arrecadação de impostos.
A Coroa instituiu que o quinto deveria atingir uma
cota de 100 arrobas (cerca de 1500kg). Caso contrário,
as tropas portuguesas em Minas Gerais (os dragões)
realizaram uma violenta cobrança, arrematando o
que encontrassem de valor, até atingir-se o valor
preterido pela Coroa. A Derrama foi uma das causas
da Inconfidência Mineira de 1789.
O destino do ouro brasileiro
O ouro brasileiro foi basicamente para a Inglaterra devido ao Tratado de Methuen (1703), também conhecido como o Tratado de Panos e Vinhos. Assinado
entre Portugal e Inglaterra, o tratado estipulava que
Portugal teria vantagens alfandegárias na venda de
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vinhos para a Inglaterra e esta teria vantagens alfandegárias na venda de manufaturados para Portugal.
A crise da economia açucareira no Brasil tinha
arrasado a economia portuguesa, obrigando a assinatura deste tratado que apresentava nítidas desvantagens comerciais para Portugal. O ouro brasileiro
serviu para a Coroa pagar suas dívidas e cobrir os
prejuízos da balança comercial deficitária.
Se para a Inglaterra as consequências foram
favoráveis, para Portugal foram economicamente
desastrosas uma vez que a grande entrada dos
manufaturados ingleses a baixos preços, paralisava
a indústria portuguesa, que além da concorrência,
não contava com os mesmos investimentos em produção que o Reino Unido. Dessa maneira, Portugal
efetivou-se como uma nação agrária e submissa ao
capital inglês.
A extração de diamantes
IESDE Brasil S.A.
Os diamantes foram descobertos pelo bandeirante
Bernardo da Fonseca Lobo (1729), no Vale do rio Jequitinhonha (Arraial do Tijuco – Diamantina, em MG).
Segundo o Regimento dos Diamantes (1730), a
região teria uma rígida fiscalização. Inicialmente, a
Coroa concedeu a particulares o direito de extração
em troca do pagamento de taxas e impostos. Diante
do contrabando, foi decidida a entrega do direito de
extração a um único indivíduo: o contratador. Em
1771, Portugal tornou a exploração de diamantes um
monopólio régio.
Chapada
Diamantina
Parque
Nacional
Oceano
Atlântico
N
O
•• crescimento do comércio e do artesanato,
dinamizando o mercado interno. Desenvolveram-se inclusive manufaturas coloniais que
tiveram sua ação restringida pelo Alvará de
1785 da rainha Maria I, que restringia a instalação de manufaturas coloniais, pois estas
poderiam fazer concorrência com os produtos
metropolitanos;
•• integração entre diferentes regiões do Brasil
com a zona mineradora. O Rio de Janeiro
conectou-se com Minas Gerais, pois tornou-se a área preferencial de escoamento do ouro
para a metrópole. São Paulo se destacou pela
produção de charque para o abastecimento
de Minas Gerais;
•• expansão do território brasileiro, devido à
ocupação de Minas Gerais e de áreas no
Centro-Oeste;
•• transferência da capital de Salvador para o
Rio de Janeiro (1763), para melhor controlar
o escoamento da produção aurífera, evitando
saques e o contrabando;
•• deslocamento do eixo econômico do Nordeste
para o Centro-Sul, ampliando ainda mais a
crise econômica na tradicional área produtora
de açúcar;
•• aparecimento de uma camada social média,
formada por pequenos mineradores, comerciantes, funcionários do reino, profissionais
liberais. Essa classe desenvolveu-se tanto pelo
advento da mineração quanto pela ampliação
da atividade urbana. Esses fatores também proporcionaram na colônia uma maior mobilidade
social, ao contrário da sociedade açucareira;
L
S
Extração de diamantes.
Consequências
da mineração
12
•• desenvolvimento da vida urbana a partir do
surgimento e do desenvolvimento de cidades
como Sabará, Vila Rica, Ouro Preto, São João
Del Rey entre outras;
A mineração gerou uma série de transformações
no Brasil. Entre elas podemos destacar:
•• crescimento demográfico diante da grande
imigração de portugueses e da ampliação do
•• crescimento das atividades intelectuais e
culturais (arquitetura, escultura, música religiosa, poesia). Destacou-se a arte barroca de
Aleijadinho e a difusão do Iluminismo entre os
intelectuais de classe média, que estudavam
em universidades europeias, assimilando
tal ideologia setecentista e aplicando-a no
Brasil em movimentos como a Inconfidência
Mineira de 1789. Entre estes intelectuais
destacaram-se Tomás Antonio Gonzaga,
Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga,
Alvarenga Peixoto.
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EM_V_HIS_026
Oceano Pacífico
Bahia
tráfico negreiro, fornecendo escravos para a
exploração nas minas;
A decadência
da mineração
A partir de 1760, a quantidade de ouro no
Brasil passou a decair fortemente. Entre os fatores
responsáveis podemos citar um fator geológico: o
ouro brasileiro era predominantemente aluvional
recente, de pouca profundidade, o que determinou
sua intensa exploração que contribuiu para o rápido esgotamento. As técnicas de extração bastante
rudimentares dificultavam a extração de ouro em
maiores profundidades.
A época pombalina
(1750-1777)
Chamamos de época pombalina ao período em
que Portugal e o Brasil ficaram sob a influência de
Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal,
ministro do rei D. José I. Baseado nos princípios do
Despotismo Esclarecido (tentativa de usar ideias
iluministas para racionalizar a administração em
governos absolutistas), Pombal buscou salvar Portugal da dependência inglesa, tentando anular os
efeitos desastrosos do Tratado de Methuen para a
economia portuguesa.
Dentre as principais medidas de Pombal, podemos citar:
•• estímulo às manufaturas portuguesas após a
proibição da exportação de ouro, o que garantiria capitais para investimentos e diminuiria
a grande dependência econômica em relação
à Inglaterra;
•• criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e da Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba que visava
racionalizar a exploração da colônia para recompor a economia da metrópole através do
monopólio do comércio e da navegação;
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•• centralismo e fortalecimento do Estado
metropolitano, chocando-se com parcela da
nobreza, visando eliminar a influência política
dos membros mais influentes da nobreza;
•• expulsão da Companhia de Jesus em 1759.
Pombal acusava-os de constituírem um império em terras brasileiras e utilizou como
pretexto a Guerra Guaranítica (1750) entre
portugueses e jesuítas espanhóis que se
recusavam a se retirar dos Sete Povos, de
acordo com as determinações do Tratado
de Madri. Como consequências da expulsão
dos jesuítas, temos o confisco das terras pelo
Estado português. Além disso, as instituições de ensino que até então eram religiosas
passaram a ser controladas pelo Estado,
tornando-se instituições laicas;
•• reforma na Universidade de Coimbra, diminuindo as matérias ligadas ao ensino religioso e ampliando o conhecimento das ciências
exatas, naturais e jurídicas;
•• transferência da capital do Brasil de Salvador
(BA) para o Rio de Janeiro (RJ) em 1763;
•• política colonial marcada pelos excessos e
abusos, baseada numa política fiscal rígida e
opressiva, como a criação da derrama.
O renascimento agrícola
Com a decadência da mineração, a agricultura
voltou a destacar-se na economia, uma vez que os
investimentos e atenções deslocaram-se para esta
atividade. O algodão, principalmente no Maranhão,
foi incentivado pela Revolução Industrial Inglesa e
problemas na produção norte-americana envolvida
em sua independência entre 1776 e 1783. Em guerra
com a colônia, a Inglaterra deu preferência à compra
do algodão brasileiro, o que gerou a elevação da
produção no Maranhão. Outro produto que, no final
do século XVIII, se destacou foi o açúcar. Produzido
no Nordeste e Sudeste, foi incentivado pela crise nas
Antilhas onde colônias como o Haiti rebelaram-se na
época da Revolução Francesa em prol da independência e pelo fim do escravismo. O tabaco, além de
ser usado na troca por escravos, foi incentivado pela
difusão do hábito de fumar e foi produzido na Bahia,
entre outras regiões.
1. (Unesp) “E se a lição foi aprendida
a vitória não será vã.
Neste Brasil holandês,
Tem lugar para o português
e para o Banco de Amsterdam.”
(Chico Buarque e Rui Guerra. Calabar, 1973.)
Baseando-se nos versos da peça de teatro Calabar,
responda:
a) O que era o “Brasil holandês”?
b) Por que os autores afirmam que no Brasil havia lugar
“para o português e para o Banco de Amsterdam”?
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d) fundaram o Arraial do Bom Jesus, de onde partiram
e dominaram por completo os brasileiros.
Solução:
a) O nordeste brasileiro ocupado pelos holandeses a
partir das invasões na Bahia (1624-25) e em Pernambuco (1630-1654) após a proibição do rei da
Espanha, durante a União Ibérica, da participação
holandesa no comércio do açúcar brasileiro.
b) Durante a administração de Maurício de Nassau,
banqueiros holandeses financiavam a obtenção de
escravos e a produção açucareira aos senhores de
engenho, havendo uma relativa tranquilidade na
convivência entre os invasores e invadidos.
e) tiveram em Maurício de Nassau a maior figura holandesa no Brasil, pois foi ele quem reorganizou a
vida econômica, após ter garantido a ocupação do
território.
``
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e
os desentendimentos entre Maurício de Nassau e
a Companhia das Índias Ocidentais.
Estão incorretas as alternativas: “A”, pois Calabar auxiliou a invasão holandesa; “B”, pois a invasão do Rio de
Janeiro deu-se pelos franceses; “C”, pois o Quilombo
de Palmares cresceu durante a invasão holandesa e só
houve o combate após a expulsão dos holandeses; “D”,
pois não houve o completo domínio dos brasileiros, apenas do litoral nordestino. Portanto, a única alternativa
correta é a “E”, pois o governo Nassau foi responsável
pela ocupação do território e organização econômica da
invasão holandesa.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar
e o endividamento dos senhores de engenho com
a Companhia das Índias Ocidentais.
4. (Adaptada) “Lula recria Sudene (Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste) e defende política de
desenvolvimento”.
2. (Fuvest) Foram, respectivamente, fatores importantes
na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua
posterior expulsão:
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a
resistência e não-aceitação do domínio estrangeiro
pela população.
(Disponível em: <http://br.news.yahoo.com/030729/16/d4qt.html>.)
Com a manchete acima, o Yahoo Notícias, de 28 de Julho
de 2004, anunciava a recriação da Sudene. O órgão
havia sido extinto em 2001, no Governo FHC, devido a
inúmeras denúncias de corrupção. A nova Sudene foi
uma das promessas de campanha do Presidente Lula.
a) Explique o que é a Sudene e qual o objetivo de sua
criação.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espanhola em Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a
mudança de interesses da Companhia das Índias
Ocidentais.
``
Solução:
A ocupação holandesa foi devido aos interesses na
economia açucareira, proibidos pela Espanha após a
União Ibérica, enquanto a expulsão teve como estopim a
cobrança dos impostos devidos pelos senhores de engenho aos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais.
Portanto, a alternativa correta é a “B”.
3. (Fatec) Os holandeses permaneceram no Brasil, em
Pernambuco, de 1630 até 1654; conquistaram terras,
desenvolveram a indústria açucareira e urbanizaram
Recife.
É correto afirmar, ainda, que:
a) foram traídos por Domingos Fernandes Calabar
quando invadiram o Brasil.
14
Solução:
b) Identifique os principais problemas regionais do
Nordeste Brasileiro.
c) Relacione a decadência nordestina com o processo
de invasões holandesas.
``
Resposta:
a) Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. Foi criada com o objetivo de integração nacional
e desenvolvimento de regiões menos favorecidas.
b) Poderá ser identificado problemas como: a seca,
a miséria, a fome, subnutrição, êxodo rural, a concentração fundiária, menor concentração industrial,
atrasos educacionais etc.
b) invadiram primeiramente o Rio de Janeiro, onde
fundaram o Brasil Holandês, uma colônia totalmente formada por protestantes.
c) As invasões holandesas permitiram o domínio da
técnica de produção açucareira. Com a técnica,
os holandeses foram produzir açúcar nas Antilhas,
provocando a decadência econômica do Nordeste.
c) dominaram grande parte dos senhores de engenho
preocupados não só em escravizar os índios para
trabalhar na lavoura, mas também em destruir o
Quilombo de Palmares.
5. (Fuvest) “A maior parte das representações atuais do
paulista do século XVII, seja na pintura, seja na escultura,
mostra-o como uma espécie de Pilgrim Father, em seu
traje, com botas altas. Mas, na verdade, eles muito pouca
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``
coisa usaram além do chapelão de abas largas, barbas,
camisas e ceroulas. Caminhavam quase sempre descalços, em fila indiana, ao longo das trilhas do sertão e dos
caminhos dos matagais, embora muitas vezes levassem
várias armas. Sua vestimenta incluía, igualmente, gibões
de algodão, que se mostraram úteis contra as flechas
ameríndias... .”
8. (Unicamp) O francês Saint-Hilaire, ao visitar, no século
XIX, a região do Distrito dos Diamantes (Minas Gerais),
explicou da seguinte maneira como ela fora criada no
século XVIII:
“Tendo o governo reconhecido que a extração de
diamantes por arrendadores era frequentemente
acompanhada por fraudes e abusos, resolveu explorar
por sua própria conta as terras diamantinas (...). O
Distrito dos Diamantes ficou como que isolado do
resto do Universo; situado em um país governado por
um poder absoluto, esse distrito foi submetido a um
despotismo ainda mais absoluto.”
(BOXER, C.R. A Idade do Ouro do Brasil.)
a) A que figura da Capitania de São Vicente corresponde essa descrição?
b) A que se deve sua existência nessa região?
``
(SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelo distrito dos
Solução:
diamantes e litoral do Brasil, Belo Horizonte:
Itatiaia/São Paulo: Edusp, 1974. p. 14. v. 5.)
a) O Bandeirante.
b) A miséria na região, a mestiçagem, as lendas do
Eldorado, as trilhas indígenas.
6. (Cesgranrio) Apesar do predomínio da agromanufatura
açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e
a extração das “drogas-do-sertão” foram fundamentais.
A esse respeito, podemos afirmar que:
a) ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra escrava negra, particularmente na pecuária.
b) a presença do indígena na extração das “drogas-do-sertão” foi essencial pelo conhecimento da
geografia da região Nordeste.
c) por serem atividades complementares, a força de
trabalho não se dedicava integralmente a elas.
a) Quais as razões pelas quais era importante à Coroa Portuguesa que o Distrito Diamantino ficasse
“como que isolado do resto do Universo”?
b) Como se dava a exploração das minas por parte da
Coroa portuguesa?
``
a) Garantir o total controle da extração de diamantes.
b) Através do monopólio real realizado por um contratador que, ao garanti-lo, ganhava uma parte.
9. (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou
muitas transformações na colônia. Entre elas podemos
destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção
do tabaco, a introdução do trabalho livre com os
imigrantes.
d) ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial.
e) possibilitaram o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio
internacional.
``
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café
no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
Solução:
Estão incorretas as alternativas: “A”, pois a pecuária teve
o predomínio de mão-de-obra livre; “B”, pois as drogas-do-sertão foram exploradas na região amazônica; “C”,
por afirmar que a força de trabalho não se dedicava à
pecuária e drogas-do-sertão; “E”, por afirmar que as duas
atividades voltavam-se para o mercado interno (apenas a
pecuária). A alternativa correta é a “D”, pois ambas
atividades auxiliaram a expansão territorial.
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7.
Durante o século XVIII, fortificações portuguesas foram
construídas na Região Amazônica com o objetivo de
consolidação e expansão territorial.
Pesquise sobre as propostas relativas a Amazônia do
candidato à presidência dos EUA, Barak Obama.
Solução:
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração
de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.
``
Solução:
Estão totalmente incorretas as alternativas: “A”; “B”, “C” e
“D”. Portanto, a única alternativa correta é a “E”.
10. (UFMG) “Ninguém duvida que chegaremos àquela
última infelicidade que receamos, se Vossa Majestade
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15
não se dignar de fazer, às Câmaras destas Minas, a
graça de que possam dispender tudo o que for preciso
de porção certa e anual aos capitães-do-mato, para
continuarem a desinfestar as estradas destes capitais
inimigos [...], que querem lançar o jugo do cativeiro com
maior conhecimento de suas forças, pelo nosso descuido
em não os desbaratarmos em seus redutos, onde cada
vez se fazem mais formidáveis”.
(Carta do Senado da Câmara de São João
del Rey ao Rei de Portugal, 28 de abril de 1745.)
Esse trecho do documento citado refere-se:
a) à pobreza da região mineradora, que necessitava
de um fluxo constante de recursos fornecidos pela
Metrópole.
b) às lutas dos mineradores contra os índios da Capitania de Minas Gerais que atacavam constantemente as vilas e arraiais da região.
c) à necessidade de controlar, na região mineradora,
os atos de rebeldia dos escravos, como assaltos e
formação de quilombos.
d) à proibição da Coroa portuguesa de que os Senados da Câmara das Minas Gerais contratassem e
pagassem os capitães-do-mato.
``
a) Identifique no texto uma consequência da mineração no Brasil colonial.
b) Explique o motivo do uso do mercúrio na produção aurífera.
``
Resposta:
a) O deslocamento populacional para a região das
Minas Gerais, fruto da migração interna (pessoas vindas do Nordeste) e de imigrantes europeus.
b) O garimpeiro, para aumentar a recuperação das
finas partículas de ouro, usa o mercúrio na sua
forma líquida. Esse metal líquido tem a propriedade de capturar os grãos de ouro formando
um amálgama. No garimpo, a operação com o
mercúrio consiste em colocar grandes quantidades desse metal líquido nas caixas (sluice
boxes) em posições estratégicas onde o ouro
estará sendo também concentrado. O fluxo da
água faz o ouro entrar em contato com o mercúrio sendo imediatamente aprisionado. (Disponível em: <www.geologo.com.br>.)
Solução :
O texto trata da necessidade de investimentos em capitães-do-mato, ou seja, homens destinados à captura de
escravos, demonstrando a preocupação com a presença
de escravos fugitivos nas estradas e a formação de quilombos. Portanto, a alternativa correta é a “C”.
1. (Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia
durante a União Ibérica (1580-1640), destacam-se:
a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção de
tabaco no recôncavo baiano.
b) a expansão da economia açucareira no Nordeste,
o estreitamento das relações com a Inglaterra e a
expulsão dos jesuítas.
(ANTONIL, André João. Cultura e Opulência
do Brasil por suas Drogas e Minas.)
O jesuíta Antonil foi um dos cronistas que analisaram
a exploração aurífera do Brasil colonial, principal
produto do século XVIII. Esgotado nas Minas Gerais,
o ouro foi descoberto, mais tarde, em outras regiões.
Infelizmente, a produção atual utiliza o mercúrio,
gerando um grave problema ambiental.
16
c) a incorporação do extremo Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação
administrativa do território.
d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das
companhias de comércio monopolistas.
e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo.
2. (Fuvest) Foram, respectivamente, fatores importantes
na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua
posterior expulsão:
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e
os desentendimentos entre Maurício de Nassau e
a Companhia das Índias Ocidentais.
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EM_V_HIS_026
11. (Elite) “A sede insaciável do ouro estimulou a tantos
a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos
tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas
que atualmente lá estão.”
b) a participação da Holanda na economia do açúcar
e o endividamento dos senhores de engenho com
a Companhia das Índias Ocidentais.
Observando o mapa acima, explique:
a) Dois fatores que contribuíram para a configuração
territorial alcançada pelo Brasil no século XVIII.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a
resistência e não aceitação do domínio estrangeiro
pela população.
b) O princípio que norteou o Tratado de Madrid.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espanhola em
Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a
mudança de interesses da Companhia das Índias
Ocidentais.
3. (Fuvest)
6. (Unesp) A partir de 1750, com os tratados de limites,
fixou-se a área territorial brasileira, com pequenas diferenças em relação à configuração atual. A expansão
geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. No período colonial, os fatores que
mais contribuíram para a referida expansão foram:
a) criação de gado no vale de São Francisco e desenvolvimento de uma sólida rede urbana.
b) apresamento do indígena e constante procura de
riquezas minerais.
c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária
no Nordeste.
A gravura a seguir foi publicada na Holanda, em 1648.
Que situações típicas da realidade colonial brasileira
ela ilustra?
4. (Unesp) A solução dada à questão dinástica portuguesa,
após o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Qbir (1578), repercutiu na Europa e no ultramar. Considere a fase de união das monarquias ibéricas (15801640) e relacione as consequências no Brasil.
5. (Fuvest)
d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e
Guerra dos Emboabas.
e) incremento da cultura do algodão e penetração dos
jesuítas no Maranhão.
7.
(Unesp) A pecuária, além de contribuir para a interiorização da colonização, complementava as atividades
econômicas açucareira do litoral nordestino e a aurífera
das Minas Gerais. Indique o fator natural que contribuiu
para a multiplicação do rebanho bovino no extremo sul
da colônia e esclareça a razão de seu relacionamento
com as Minas Gerais.
8. (Fuvest) Entre 1750, quando assinaram o Tratado de
Madrid, e 1777, quando assinaram o Tratado de Santo
Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites
entre suas colônias americanas. Nesse contexto, ganhou importância, na política portuguesa, a ideia da
necessidade de:
a) defender a colônia com forças locais, daí a organização dos corpos militares do centro-sul e a abolição das diferenças entre índios e brancos.
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b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e
isolar o Marquês de Pombal por sua política nitidamente pró-bourbônica.
c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro,
para onde fluía a maior parte da produção açucareira, ameaçada pela pirataria.
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d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase todos espanhóis e, nessa qualidade, defenderem os
interesses da Espanha.
d) representou forte obstáculo às relações favoráveis
à Metrópole e não educou o colonizado para a luta
contra a opressão do colonizador.
e) aliar-se política e economicamente à França para
enfrentar os vizinhos espanhóis, impondo-lhes suas
concepções geopolíticas na América.
e) as bandeiras não foram além dos limites territoriais
estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos
com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas
do sertão sul-americano.
9. (Unesp) Leia o texto e responda.
“Em 1776, a população de Minas Gerais, excluindo os
índios, superava as 300 000 almas o que representava
20% da população total da América portuguesa e o
maior aglomerado de toda a colônia. Mais de 50%
da população era negra... O resto compunha-se, em
porcentagens aproximadamente iguais, de brancos,
mulatos e outros mestiços de combinações raciais
inteiramente americanas. Era grande a desproporção
entre homens e mulheres e, no interior de vários grupos
raciais, só as mulatas eram mais que os mulatos.”
11. (Unitau) O bandeirismo foi uma atividade paulista do
século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas
em dois grandes ciclos:
a) o dos capitães do mato e de prospecção.
b) o de expansão das fronteiras e de prospecção.
c) da caça ao índio e o de busca do ouro.
d) o dos capitães do mato e de caça ao índio.
e) o de expansão das fronteiras e o de busca do ouro.
(MAXWEL, Kenneth I; SILVA Maria Beatriz N. da.
O Império Luso-Brasileiro, 1750-1822.)
a) Explique a concentração populacional em Minas e
o elevado percentual da população de origem africana.
b) Exemplifique o que os autores afirmam ser “mestiços
e combinações raciais inteiramente americanas”.
1. (FAAP) O Brasil estava sob domínio ibérico de 1580 a
1640. Neste período, os criadores de gado e os bandeirantes, que buscavam metais e pedras preciosas, atravessaram a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas,
incorporando ao território brasileiro:
a) Minas Gerais, Amazonas e Pará.
b) Ceará, Piauí e Alagoas.
c) Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
d) Maranhão, Pernambuco e Bahia.
a) não teve efeito multiplicador no desenvolvimento
de atividades econômicas secundárias junto às minas e nas pradarias do Rio Grande.
b) interiorizou a formação de um mercado consumidor
e propiciou surto urbano considerável.
c) o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado
externo, não resistiu à influência exercida pela prata
das minas de Potosí.
18
e) Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
2. (UFPE) A ocupação portuguesa do litoral Norte e
Nordeste do Brasil, em fins do século XVI e início do
século XVII, deu-se em virtude dos ataques ingleses,
franceses e holandeses a esse território. Sobre essas
invasões e ocupações, identifique as proposições verdadeiras e falsas.
(( ) Os franceses invadiram Sergipe del Rei, a Paraíba,
o Rio Grande do Norte, o Ceará, o Maranhão e o
Grão-Pará.
(( ) Os holandeses ocuparam, por longo tempo, os territórios da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande
do Norte.
((
)Os franceses, holandeses e ingleses conquistaram todo o Norte e Nordeste, restando aos portugueses, no século XVI, o domínio do território
abaixo da Bahia.
(( ) De todas as invasões do século XVII, a holandesa
foi a mais duradoura, no sentido da permanência da
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10. (Unesp) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época
de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a
ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e
cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo
de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades
intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo
progresso material e certa opulência barroca, além de
contribuírem para o razoável florescimento das artes
e das letras no período colonial. Apesar dessa ação
comum ou semelhante, a economia aurífera colonial
avançou em direção própria e se diferenciou das demais
atividades, principalmente porque:
ocupação. Em Pernambuco, o domínio holandês se
estendeu de 1630 a 1654.
(( ) A conquista do Grão-Pará, pelos portugueses, em
1616, beneficiou o monopólio do comércio dessa
região para Portugal e obrigou os franceses a se instalarem nas Guianas.
3. (UFMG) Leia o texto.
“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando
a marca do administrador. Seu período é o mais
brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a
administração (...) Foi relativamente tolerante com os
católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto. Como
também com os judeus (depois dele não houve a mesma
tolerância, nem com os católicos a nem com os judeus
fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava
muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes.
Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando as
condições do porto a do núcleo urbano (...), fazendo
museus de arte, parques botânicos e zoológicos,
observatórios astronômicos”.
5. Entre as causas da ocupação holandesa em Pernambuco, pode-se destacar:
a) o interesse no tráfico negreiro.
b) a participação das companhias de comércio na exportação de algodão.
c) a participação holandesa na indústria açucareira e
a União Ibérica.
d) a ausência dos jesuítas em Pernambuco.
e) a necessidade de uma colônia protestante.
6. (Fuvest) Indique as principais razões da insurreição
pernambucana contra os holandeses, ocorrida entre
1645 e 1654.
(Francisco lglésias)
Esse texto refere-se:
a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na
Nova lnglaterra, em busca de liberdade religiosa.
7. Explique o que é a “indústria da seca”. Qual foi a região
brasileira que os holandeses invadiram?
b) a invasão holandesa no Brasil, no período de União
lbérica, a à fundação da Nova Holanda no nordeste
açucareiro.
c) as invasões francesas no litoral fluminense a à instalação de uma sociedade cosmopolita no Rio de
Janeiro.
8. Cite três realizações de Maurício de Nassau, durante a
presença holandesa em Pernambuco.
d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de
uma sociedade moderna, influenciada pelo Renascimento.
e) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na
Guerra de Reconquista lbérica, nos Países Baixos a
à fundação de Companhia das Índias Ocidentais.
4. (Fuvest) É característica da economia holandesa, na
primeira metade do século XVII:
a) a preponderância das atividades comerciais e financeiras, com a formação de importante frota naval.
b) o predomínio do setor industrial na economia, em
detrimento das atividades comerciais.
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c) a formação de companhias de comércio, dando início ao liberalismo econômico.
d) o aproveitamento exclusivo de rotas fluviais, consolidando a hegemonia econômica na Europa Oriental.
e) a inexistência de agricultura e pesca, conduzindo à
dependência dos países fornecedores.
9. (Cesgranrio) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à lavoura de
produtos tropicais, estendeu-se para o interior durante
os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas
atividades econômicas e aos interesses políticos de
Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações a seguir relacionam as regiões ocupadas
a partir do século XVII e suas atividades dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal as drogas do sertão e a captura de índios atraíram os colonizadores.
2) A ocupação do pampa gaúcho não teve nenhum
interesse econômico, estando ligada aos conflitos
luso-espanhóis na Europa.
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3) O planalto central, nas áreas correspondentes
aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo,
e sua ocupação está ligada à mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava
um obstáculo tanto aos colonos, interessados na
escravização dos indígenas, quanto à Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
5) O sertão nordestino, primeira área interior ocupada
no processo de colonização, foi um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e
mão-de-obra para a expansão da lavoura.
As afirmações corretas são:
a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
13. (Unicamp) “A Amazônia selvagem sempre teve o dom de
impressionar a civilização distante. Desde os primeiros
tempos da Colônia, as mais imponentes expedições e
solenes visitas pastorais rumavam de preferência às
suas plagas desconhecidas. Para lá os mais veneráveis
bispos, os mais garbosos capitães-generais, os mais
lúcidos cientistas.”
(CUNHA, Euclides da. À Margem da História,
São Paulo, Cultrix, 1975, p. 32.)
a) Explique como ocorreu a ocupação da Amazônia
desde o período colonial até o século XIX.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.
10. (UEL) No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel decisivo na:
b) Caracterize a principal atividade econômica da
Amazônia, entre o final do século XIX e as primeiras
décadas do século XX, mencionando as razões de
sua importância internacional.
a) ocupação das áreas litorâneas.
b) expulsão do assalariado do campo.
c) formação e exploração dos minifúndios.
d) fixação do escravo na agricultura.
e) expansão para o interior.
11. (UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações
corretas sobre a atividade pecuária no processo de
colonização no Brasil, exceto:
a) Constituiu-se numa atividade subsidiária da grande
lavoura.
b) Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do
couro.
c) Destinou grande parte da produção de charque para
o mercado externo.
14. Apresente fatores relacionados à Amazônia Brasileira.
e) Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre
geralmente pago em espécie.
12. (Fuvest) Em 1703, é assinado o Tratado de Methuen
entre Portugal e Inglaterra. Esse acordo, segundo Celso
Furtado, “significou para Portugal renunciar a todo o
desenvolvimento manufatureiro e implicou transferir para
a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção
aurífera no Brasil”.
20
Explique o que foi o Tratado de Methuen e discuta a
afirmativa de Celso Furtado.
15. O mil e novecentos foi, em Manaus, (...) época de um
esplendor artístico em desproporção com a paisagem
agrestemente tropical que rodeava a um tanto postiça
capital do Amazonas. Já Manaus tivera, com efeito,
bonde elétrico, praças asfaltadas, porto eletrificado tudo
antes de outros estados. O Teatro Amazonas já era o mais
belo e o mais imponente teatro de todas as Américas.
(FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso. Rio de Janeiro:
Livraria José Olympio Editora, 1959, p. 408-411. tomo 2.)
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d) Foi um dos elementos importantes na interiorização
da colonização.
Nas últimas décadas do século XIX e no início do século
XX, o surgimento do pneumático e o desenvolvimento
da indústria automobilística fizeram crescer a demanda
internacional pela borracha. Nessa mesma época, o
Brasil detinha praticamente 100% do mercado mundial
do produto, desfrutando assim de uma situação
privilegiada no mercado internacional.
Identifique uma atividade econômica que caracterizava
a região amazônica no século XVII.
e) o quinto correspondia a uma porcentagem sobre a
produção paga pelos mineradores.
19. (UFC) Os bandeirantes paulistas foram responsáveis pela
interiorização e expansão do projeto colonial português.
Suas expedições visavam ao aprisionamento de índios,
com a finalidade de transformá-los em mão-de-obra
escrava, e a metais preciosos para seu enriquecimento
pessoal ou da Coroa portuguesa.
a) Diga como eram chamadas as expedições conduzidas pelos bandeirantes.
b) Apresente pontos de divergência presentes na historiografia brasileira, a respeito da ação dos bandeirantes.
16. (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou
muitas transformações na colônia. Entre elas podemos
destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção
do tabaco, a introdução do trabalho livre com os
imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café
no vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos
em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração
de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.
17. (Fuvest) Discorra sobre o impacto provocado pela
descoberta do ouro das Minas Gerais na organização
interna da colônia.
20. (Fuvest) Podemos afirmar sobre o período da mineração
no Brasil que:
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros
de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do
Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.
21. (Fuvest) “Na mineração, como de resto em qualquer
atividade primordial da colônia, a força de trabalho era
basicamente escrava, havendo entretanto os interstícios
ocupados pelo trabalho livre ou semilivre. Dificilmente o
homem livre destituído de recursos vultosos poderia se
manter como proprietário, sobretudo em Minas, região
que, apesar de tida tradicionalmente como rica e democrática, apresentava possibilidades favoráveis apenas a
um pequeno número de pessoas.”
(SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do Ouro.)
18. (UFMG) Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre a tributação do ouro nas Minas no período
colonial, exceto:
a) a Derrama era a cobrança dos impostos atrasados
quando não eram preenchidas as cotas anuais.
Qual o conceito expresso pela historiografia tradicional
sobre o poder político e econômico nas áreas de
mineração? Como esse conceito é contestado no trecho
anterior?
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b) a tributação do ouro se verificou inicialmente sob a
forma de cobrança por bateias.
c) o imposto da Capitação recaía sobre todo escravo
empregado nos trabalhos auríferos.
d) o ouro passou a ser quintado somente a partir da
instalação das Casas de Fundição.
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21
22. Além das sub-regiões do Sudeste, o Centro-Sul é
formado pelo Norte de Minas Gerais e pela região
Sul. Explique por que podemos afirmar que essas são
regiões economicamente opostas. Exemplifique.
22
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23. Explique o que era o bandeirismo de apresamento.
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9.
a) Deve-se à mineração e à base escravista de produção.
1. E
b) Refere-se à composição étnica, especialmente brasileira de brancos europeus, negros e índios.
2. B
3. A produção açucareira, o engenho, os escravos e o tipo
de engenho, o trapiche movido à tração animal.
10. B
11. C
4. A Holanda foi proibida de comercializar o açúcar do
Nordeste, sendo assim, invade o Brasil.
5.
a) Bandeirismo, atividade missionária e criação de gado
no Sul do país.
b) “Uti posseditis”, ou seja, tem a terra quem dela se
apossou.
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A região de pastagens naturais desenvolveu o gado
bovino e muar, oferecendo carne, couro, força motriz
e outros.
8. A
2. V, F, F, V, V
3. B
4. A
6. B
7.
1. C
5. C
6. A mudança da política de tolerância e a execução das
dívidas dos portugueses.
7.
Utilização de um processo natural do Nordeste com
finalidade de só conseguir recursos econômicos junto
ao poder Federal Região Nordeste.
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23
8. Promoveu a urbanização do Recife, convenceu os
banqueiros holandeses a financiar os senhores-de-engenho e permitiu a liberdade de culto religioso aos
protestantes.
9. C
10. E
11. C
12. O Tratado de Methuen, também chamado de “Tratado
dos Panos e Vinhos”, estabelecia que Portugal poderia
exportar vinhos para a Inglaterra pagando tarifas alfandegárias preferenciais; em contrapartida, a Inglaterra
venderia seus tecidos (melhores e mais baratos que
os panos portugueses) e Portugal sem quaisquer taxas
aduaneiras. Com isso, as manufaturas portuguesas
não puderam suportar a concorrência britânica. Consequentemente, o ouro brasileiro foi canalizado para a
Inglaterra, a fim de cobrir o déficit comercial português.
Por todos esses aspectos, Celso Furtado conclui que
o Tratado de Methuen criou condições favoráveis à
intensificação da acumulação capitalista responsável
pela Revolução Industrial Inglesa do século XVIII.
13.
a) Desde o período colonial até meados do século XX,
a ocupação da Amazônia esteve vinculada às atividades extrativistas e a ação de missionários religiosos,
tendo na hidrografia a via de acesso ao interior.
No período do colonial destacaram-se a exploração
das drogas do sertão e a ação sobretudo dos jesuítas na fundação de núcleos de povoamento.
b) Entre 1880 e 1920, a região viveu o “Ciclo da Borracha”, favorecido pela demanda do produto em decorrência da Segunda Revolução Industrial.
Se de um lado a exploração da borracha enriquecia seringalistas e atravessadores, fez proliferar na
Amazônia uma massa pauperizada, formada principalmente por migrantes do Nordeste.
15. No século XVII, a principal atividade econômica na região
Amazônica foi o extrativismo vegetal caracterizado na
exploração das “drogas-do-sertão” (condimentos, resinas aromáticas, sementes oleaginosas, frutos, plantas
medicinais e tintoriais). Em menor escala, praticava-se a
pecuária e em ambos os casos, explorava-se o trabalho
indígena através do escambo.
16. E
17. O ouro provocou a mudança da capital de Salvador
para o Rio de Janeiro; a interiorização da colonização;
um mercado interno; a urbanização é uma menor concentração de renda.
18. D
19.
a) Entradas ou bandeiras.
b) Para muitos são vistos como heróis que desbravaram os sertões, para outros homens movidos pela
cobiça e ganância de enriquecimento.
20. E
21. O de que na sociedade colonial esta era polarizada entre
senhores e escravos. Com a mineração, apresenta-se
uma estratificação da sociedade com homens livres
brancos trabalhadores (camada média).
22. Devido ao ritmo diferente de atividades econômicas e
ao quadro natural.
Norte de Minas - semiárido, atividade restrita - pecuária
extensiva.
Região Sul - subtropical, dinamismo econômico influência da imigração.
23. Era a captura de índios por grupos de bandeirantes, para
serem vendidos como escravos aos engenhos.
14.
1) A Amazônia constitui um espaço econômico, social
e político pouco estruturado e potencialmente gerador de novas oportunidades.
2) A diversidade biológica ímpar da região lhe confere, atualmente, grande valor tendo em vista o desenvolvimento de biotecnologias.
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4) As disputas pela posse e pelo uso da terra envolvendo posseiros, fazendeiros, extrativistas, garimpeiros, índios e companhias mineradoras e madeireiras continuam.
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3) A região apresenta focos de modernidade, exemplificados pela presença de uma zona franca de
comércio e de grandes projetos de mineração.
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