faculdade de ciências empresariais mestrado em

Propaganda
0
UNIVERSIDADE FUMEC
FACULDADE DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
MARKETING EM PROFISSÕES:
UM ESTUDO SOBRE A IMAGEM DA FONOAUDIOLOGIA
Área de Concentração
Gestão Estratégica das Organizações
Linha de Pesquisa
Estratégia e Tecnologias em Marketing
SANDRA MARA DE ALMEIDA
Belo Horizonte – MG
2011
1
SANDRA MARA DE ALMEIDA
MARKETING EM PROFISSÕES:
UM ESTUDO SOBRE A IMAGEM DA FONOAUDIOLOGIA
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
em Administração, da Faculdade de Ciências
Empresariais da Universidade FUMEC, como
parte dos requisitos para a obtenção do título
de Mestre em Administração:
Área de Concentração: Gestão Estratégica das
Organizações
Linha de Pesquisa: Estratégia e Tecnologias
em Marketing
Orientador: Prof. Dr. Cid Gonçalves Filho
Belo Horizonte – MG
2011
2
Universidade FUMEC
Faculdade de Ciências Empresariais
Curso de Mestrado e Doutorado em Administração FACE/FUMEC
Dissertação intitulada “Marketing em profissões: um estudo sobre a imagem da Fonoaudiologia”, de autoria da mestranda Sandra Mara
de Almeida, aprovada pela Banca Examinadora, constituída pelos professores:
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Cid Gonçalves Filho - Universidade FUMEC
(Orientador)
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Claudio Vieira de Oliveira
Universidade FUMEC
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Patrícia Cotta Mancini
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Cid Gonçalves Filho
Coordenador dos Cursos de Mestrado e Doutorado em Administração
Universidade FACE/FUMEC
Belo Horizonte, 29 de novembro de 2011.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, Sempre presente em minha vida, por esta possibilidade.
Ao Prof. Dr. Cid Gonçalves Filho, que pacientemente esteve ao meu lado, conduzindo-me
pelas teias no contexto da Fonoaudiologia. Obrigada pela disponibilidade em acolher, como
orientador, minha dissertação. Seus ensinamentos foram suporte imprescindível para o desenvolvimento deste trabalho.
A minha mãe, in memoriam, que sempre me ensinou a batalhar e ser independente. Obrigada
pelo que me tornei. A meu Pai, que, apesar de todas as dificuldades, pôde estar sempre presente nos momentos mais difíceis e soube entender minha ausência. Sem ele, o mestrado não
seria possível. Aos meus irmãos, em especial à Sônia (fundamental amparo), sobrinhos e cunhado (valor inestimável) pelo incentivo e apoio à minha decisão de cursar o mestrado.
Ao meu marido, um agradecimento especial: incentivador nos áridos momentos de pesquisa,
compreensivo em todos os momentos, dando-me tranquilidade e o apoio necessário. Homem
virtuoso, e sempre presente, cujo valor excede, em muito, o de finas joias.
Aos professores Dr. Afrânio C. Aguiar, Carlos A. Gonçalves, Gustavo Q. Souki, John Child,
José Marcos C. Mesquita, Luiz Antônio A. Teixeira, Luiz Cláudio V. de Oliveira, Suzana B.
Rodrigues e Zélia M. Kilimnik, pela eficiência e eficácia na transmissão de seus conhecimentos nas salas de aula.
Aos demais professores, colegas e funcionários da Universidade FUMEC que, direta ou indiretamente contribuíram para a minha formação acadêmica e pessoal.
A todos os entrevistados, pela disponibilidade em participarem deste estudo. Obrigada pelos
seus depoimentos.
Aos meus amigos Pedro e Edileide, pelas pontuações feitas ao ler, com carinho e dedicação,
minha dissertação.
4
E, por último, mas nem por isso menos importante, um agradecimento especial a Renata Livramento, por me escolher como entrevistada em sua pesquisa, considerando que meu depoimento seria valoroso para sua dissertação e pela grande paixão com que me relatou sobre o
mestrado. Sem dúvida, este foi o ponto de partida para a dissertação que aqui apresento.
5
Ao meu “anjo” que, em tão pouco tempo,
mudou muito a minha vida. Sem ele eu
talvez não tivesse seguido em frente.
6
RESUMO
O presente trabalho objetivou identificar qual é a imagem da Fonoaudiologia nas cidades de
Belo Horizonte e Betim - MG, com ênfase no profissional, na profissão e no mercado de trabalho, por meio do conhecimento dos stakeholders. Considerando que este tema não foi suficientemente explorado no meio acadêmico, optou-se por realizar uma pesquisa de natureza
descritiva por meio de métodos qualitativos. Neste sentido além da revisão de literatura, foram coletados dados, por meio de entrevistas em profundidade e da técnica de construção de
desenhos, envolvendo diversos stakeholders da Fonoaudiologia. Dentre tais stakeholders
constavam, entre outros, fonoaudiólogos atuantes e não atuantes, clientes/pacientes que realizaram algum tipo de tratamento fonoaudiológico, concluído ou não, alunos do curso de Fonoaudiologia, Diretores, Coordenadores e professores de curso de graduação de Fonoaudiologia.
Utilizando-se do modelo teórico de De Toni et al. (2004, 2005), as informações adquiridas
foram sujeitas à análise de conteúdo e classificadas de acordo com as dimensões funcional,
cognitiva, simbólica e emocional. Por meio dos resultados, observou-se que a percepção de
valor dos serviços de Fonoaudiologia está diretamente relacionada ao vínculo existente entre
os pacientes e os fonoaudiólogos – fator de extrema relevância. Os resultados também sinalizam que existe uma imagem não muito clara da Fonoaudiologia, devido a múltiplas variáveis,
a saber: a) as atribuições dos fonoaudiólogos fazem parte de um contexto não muito definido,
b) na interface existente entre as demais profissões e a Fonoaudiologia ocorrem regiões de
sombreamento, c) entre os profissionais de Fonoaudiologia e a sua profissão há uma ausência
de elementos tangíveis para uma diferenciação entre eles, d) a profissão de Fonoaudiologia é
percebida pelos stakeholders com know-how aquém do desejável. Finalmente, vale destacar
que a profissão de Fonoaudiologia tem recebido tanto uma valorização quanto um reconhecimento aquém do esperado, uma vez que os próprios fonoaudiólogos deixam a desejar no quesito conhecimento a respeito do mercado de trabalho da profissão, do marketing de serviços e
do comportamento dos próprios clientes.
PALAVRAS-CHAVE: MARKETING DE SERVIÇOS. PROFISSÃO. CARREIRA PROFISSIONAL.
FONOAUDIÓLOGOS.
7
ABSTRACT
The present work aimed to identify what is the image/representation of Speech Pathology and
Audiology in the city of Belo Horizonte and Betim - MG, with an emphasis on the practitioner, the profession and the job market, by means of knowledge of the stakeholders. Given that
this topic has not been treated enough in the academic arena, we have decided to conduct research which is descriptive in nature and made use of qualitative methods. Thus, in addition to
a review of the literature, we have collected data through in-depth interviews and through the
technique of construction of drawings, involving various stakeholders in Speech Pathology
and Audiology. Among the stakeholders that were interviewed, we find practicing and nonpracticing Speech Pathologist and Audiologist, clients/patients that underwent some sort of
treatment (having the treatment been concluded or not), students in the Speech Pathology and
Audiology program, directors, coordinators and Professors in the graduate program in Speech
Pathology and Audiology. By using the theoretical model of De Toni et al (2004, 2005), the
acquired information was subject to a content analysis and classified according to functional,
cognitive, symbolic and emotional. In the results, we noticed that the perception of value related to Speech Pathology and Audiology services is directly related with the link that holds
between patients and Speech Pathologist and Audiologist – a factor of high relevance. The
results also indicate that there is a not a very formatted view of Speech Pathology and Audiology, which is due to multiple variables, namely: a) the functions of Speech Pathologist and
Audiologist are part of a context which is not very well defined; b) there are shadowy regions
in the interfaces between Speech Pathology and Audiology and other professions; c) there is a
lack of tangible elements that allow for a differentiation between the practitioners of Speech
Pathology and Audiology and their profession; d) the field of Speech Pathology and Audiology is analyzed by stakeholders who have less-than-desirable knowledge. Finally, it is worth
pointing out that the Speech Pathology and Audiology profession has seen both a valorization
as well as a recognition which are below the expected one, since Speech Pathology and Audiology themselves lack sufficient knowledge about the job market, the marketing of services
and the behavior of their own patients.
Keywords: Services Marketing. Profession. Professional Career. Speech Pathologist and Audiologist.
8
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Hierarquia das necessidades de Maslow ............................................................. 18
FIGURA 2 - Principais dimensões da imagem ....................................................................... 49
FIGURA 3 - Modelo de avaliação da imagem da Arquitetura ................................................. 51
FIGURA 4 - Modelo de avaliação da imagem e da identidade da Fisioterapia ....................... 52
FIGURA 5 - Modelo de avaliação da imagem da Psicologia................................................... 53
FIGURA 6 - Modelo de avaliação da imagem do Turismo de Natureza ................................. 54
FIGURA 7 - Modelo de avaliação da imagem da Fonoaudologia ...........................................60
FIGURA 8A e 8B - Dimensão funcional da imagem: ambiente de trabalho do fonoaudiólogo
.................................................................................................................................................. 66
FIGURA 9A, 9B, 9C, 9D - Dimensão funcional da imagem: estilos de vestimentas do
fonoaudiólogo ........................................................................................................................... 68
FIGURA 10 - Dimensão cognitiva da imagem: desconhecimento do trabalho do
fonoaudiólogo ........................................................................................................................... 71
FIGURA 11 - Dimensão cognitiva da imagem: profissional que ouve e resolve os problemas
.................................................................................................................................................. 72
FIGURA 12 - Dimensão cognitiva da imagem: imagem de uma postura de ajuda do
fonoaudiólogo ........................................................................................................................... 73
FIGURA 13 - Dimensão cognitiva da imagem: profissional de ajuda ..................................... 74
FIGURA 14 - Dimensão cognitiva da imagem: Fonoaudiologia como sinônimo de voz e fala
(A)............................................................................................................................................. 77
FIGURA 15 - Dimensão cognitiva da imagem: Fonoaudiologia como sinônimo de voz e fala
(B) ............................................................................................................................................. 77
FIGURA 16 - Dimensão cognitiva da imagem: Fonoaudiologia como sinônimo de voz e fala
(C) ............................................................................................................................................. 78
FIGURA 17 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como salvação .................... 81
FIGURA 18 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como esperança .................. 81
FIGURA 19 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como orientação e caminho 82
FIGURA 20 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como libertação .................. 83
FIGURA 21 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como união ........................ 84
FIGURA 22 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como auxílio ...................... 84
FIGURA 23 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como apoio ........................ 85
9
FIGURA 24 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como apoio e caminho ....... 86
FIGURA 25A - 25B - Dimensão emocional da imagem: proximidade física e emocional ..... 88
FIGURA 26 - Dimensão emocional da imagem: fonoaudiólogo poderoso e falante ............... 89
FIGURA 27 - Dimensão emocional da imagem: cuidar e esperança ....................................... 90
FIGURA 28 - Dimensão emocional da imagem: satisfação com a profissão .......................... 91
FIGURA 29A, B, C, D - Relação entre o fonoaudiólogo e o cliente/paciente ......................... 94
FIGURA 30 - Percepção sobre a relação existente entre fonoaudiólogo e cliente/paciente:
distanciamento .......................................................................................................................... 97
FIGURA 31 - Percepção sobre a relação existente entre fonoaudiólogo e cliente/paciente: o
fonoaudiólogo pede e o cliente/paciente cumpre as “ordens”. Isso mostra um distanciamento
entre ambos ............................................................................................................................... 97
FIGURA 32 - Possibilidades de atuação do fonoaudiólogo ................................................... 103
10
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Definições de serviço ........................................................................................ 37
QUADRO 2 - Definições de imagem da marca/produto .......................................................... 45
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABF
Associação Brasileira de Fonoaudiologia
ABRAFA
Associação Brasileira de Foniatria e Audiologia
ASHA
American Speech, Hearing and Language Association
CFE
Conselho Federal de Educação
CFFa
Conselho Federal de Fonoaudiologia
DAU
Departamento de Assuntos Universitários
EPM
Escola Paulista de Medicina
MEC
Ministério da Educação
PUC
Pontífice Universidade Católica
UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
USP
Universidade de São Paulo
UFSM
Universidade Federal de Santa Maria
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 22
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 22
2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 22
3 PANORAMA HISTÓRICO DA PROFISSÃO DE FONOAUDIOLOGIA ................... 23
3.1 Breve histórico da Fonoaudiologia.............................................................................. 23
3.2 O código de ética e a divulgação da profissão de fonoaudiologia............................. 32
4 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 35
4.1 Marketing de serviços .................................................................................................. 35
4.2 Imagem .......................................................................................................................... 41
4.2.1 A Perspectiva do Marketing .................................................................................... 43
4.2.2 Perspectivas nos estudos sobre Imagem/Dimensões da Imagem ............................ 48
5 METODOLOGIA................................................................................................................ 56
5.1 Tipo de pesquisa ........................................................................................................... 56
5.2 Universo e amostra de pesquisa .................................................................................. 58
5.3 Seleção dos sujeitos ....................................................................................................... 58
5.4 Coleta de dados ............................................................................................................. 60
5.5 Tratamento dos dados .................................................................................................. 62
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 64
6.1 Imagem da fonoaudiologia: acerca da profissão e do profissional .......................... 65
6.1.1 Dimensão funcional da imagem .............................................................................. 65
6.1.2 Dimensão cognitiva da imagem .............................................................................. 69
6.1.3 Dimensão simbólica da imagem .............................................................................. 79
6.1.4 Dimensão emocional da imagem ............................................................................. 87
6.1.5. Fonoaudiólogo – cliente/paciente: a relação .......................................................... 92
6.2 Imagem: mercado de trabalho da Fonoaudiologia .................................................... 99
13
6.2.1 Imagem que os cursos de graduação em Fonoaudiologia divulgam a respeito do
mercado de trabalho da profissão ..................................................................................... 99
6.2.2. Imagem que os stakeholders mostram sobre o mercado de trabalho da
Fonoaudiologia ............................................................................................................... 104
6.2.3 Imagem que os stakeholders possuem sobre o sombreamento entre a
Fonoaudiologia e outras profissões ................................................................................ 114
6.3 O marketing sob o foco dos stakeholders .................................................................. 117
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 123
7.1 Limitações e sugestões para pesquisas futuras ........................................................ 127
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 130
APÊNDICES ......................................................................................................................... 138
Apêndice A - Roteiro de Entrevistas - Fonoaudiólogos atuantes ................................. 138
Apêndice B - Roteiro de Entrevistas - Fonoaudiólogos Não Atuantes......................... 146
Apêndice C - Roteiro de Entrevistas - Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia
............................................................................................................................................ 154
Apêndice D - Roteiro de Entrevistas - Sindicato de Fonoaudiologia ........................... 163
Apêndice E - Roteiro de Entrevistas - Diretores, Coordenadores e Professores de
Cursos de Fonoaudiologia ................................................................................................ 171
Apêndice F - Roteiro de Entrevistas - Estudantes de Fonoaudiologia ........................ 178
Apêndice G - Roteiro de Entrevistas - Médicos ............................................................. 185
Apêndice H - Roteiro de Entrevistas - Fisioterapeutas ................................................. 191
Apêndice I - Roteiro de Entrevistas - Dentistas ............................................................. 197
Apêndice J - Roteiro de Entrevistas - Professores e Pedagogos de Escolas de Ensino
Fundamental e Médio ....................................................................................................... 203
Apêndice K - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes em Tratamento de
Fonoaudiologia .................................................................................................................. 209
Apêndice L - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes que Interromperam o
Tratamento de Fonoaudiologia ....................................................................................... 214
14
Apêndice M - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes que Concluíram o
Tratamento de Fonoaudiologia ....................................................................................... 219
Apêndice N - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes Potenciais para o
Tratamento de Fonoaudiologia ....................................................................................... 224
15
1 INTRODUÇÃO
No campo da saúde, muitas profissões originaram-se da Medicina, que era basicamente centralizada na figura do médico. No decorrer dos tempos, os novos profissionais se deram conta
da complexidade do ser humano, que necessitava de tratamento proporcionado por várias
abordagens, e sentiram a necessidade de especialização. Dentre as várias profissões que surgiram, posiciona-se a Fonoaudiologia.
Em outras épocas, muitas doenças eram curadas por rezadores e sacerdotes. Com a evolução
dos tempos, essa prática passou a ser substituída por profissionais da área de saúde. De acordo
com Figueiredo Neto (1998), não podemos nos esquecer de que a história aborda uma realidade concreta, que ocorreu em momentos e em lugares diferentes. O homem se adapta a essas
mudanças e ao surgimento de novos profissionais, compreendendo-os como uma necessidade,
decorrente de um processo de especialização.
Conforme relata Cappelletti (1985), em nível mundial, o desenvolvimento dos trabalhos da
Fonoaudiologia deu-se com maior ênfase a partir da primeira metade do Séc. XX, pois as duas
grandes guerras mundiais criaram um grande contingente de mutilados, o que demandou um
atendimento direcionado para a correção ou reparo das sequelas causadas pela guerra: “Tal
demanda deu origem a profissões reabilitadoras, entre elas a Fonoaudiologia. Mundialmente,
a Fonoaudiologia nasceu do modelo clínico, como uma ramificação subordinada à Medicina”
(CAPPELLETTI, 1985, p. 30).
No Brasil, o autor destaca que, desde o início, a Fonoaudiologia teve origem um pouco diferenciada, também com objetivo clínico e subordinada à Medicina. Entretanto, não estava ligada aos mutilados de guerra, mas, principalmente, aos desvios de fala encontrados nas escolas.
Para Berberian (1995, p. 130):
A Fonoaudiologia originou-se enquanto forma de intervenção social, como objetivo
de superar diferenças de linguagem de determinados grupos sociais, em nome da unidade e do progresso nacional. Medidas de normatização e padronização da língua
foram impostas e sustentadas a partir de um discurso moralizador. O resultado de
sua aplicação em vez de apresentar-se enquanto uma possibilidade, para que os indivíduos adquirissem autonomia e consciência através de e nas suas linguagens acabou
por imprimir a segregação e a inferiorização dos chamados desviantes.
16
Desse modo, tradicionalmente, a figura do fonoaudiólogo está ligada ao caráter reabilitador,1
ligado ao ensino, à fala e ao “bem falar”. Nascimento (2002) destaca que, no final da década
de 1970, a profissão estava também atrelada ao desenvolvimento da comunicação, à linguagem e ao comportamento, abrindo espaço para a atuação dos profissionais em ambientes diferentes das escolas e clínicas de reabilitação.
Mesmo o campo da Fonoaudiologia teve uma fase em que foi dominada por magos. As doenças eram vistas, em alguns casos, como distúrbios que caracterizavam as pessoas como se
estivessem “endemoninhadas” e como se a linguagem fosse um dom divino, salienta Ferreira
(1995).
No período dos anos oitenta, de acordo com Goldenberg (1998), a Fonoaudiologia teve um
avanço na sua maneira de se projetar como ciência. Antes, não havia uma preocupação nem
um reconhecimento no campo profissional, já que a participação no mercado era vista como
uma inserção amadora, relacionada a uma imagem profissional tipicamente feminina.
A lei n. 6965, de 09 de dezembro de 1981, que regulamenta a profissão, em seu artigo 1º, assim o define: “Fonoaudiólogo é o profissional com graduação plena em Fonoaudiologia, que
atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapias fonoaudiológicas na área da comunicação
oral, escrita, voz e audição, bem como no aperfeiçoamento dos padrões de fala e da voz”.
Já o Conselho Regional de Fonoaudiologia de Minas Gerais caracteriza o fonoaudiólogo como “um profissional com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua em pesquisa, prevenção, avaliação, assessoria, consultoria, perícia, diagnóstico, terapia, ensino, orientação, promoção de saúde e aperfeiçoamento nas áreas da Linguagem, Voz, Audiologia, Motricidade
Orofacial e Saúde Coletiva”.
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (2002), definida pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, fonoaudiólogo é:
O profissional que atende pacientes e clientes para prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas utilizando protocolos e procedimentos específicos de Fonoaudiolo1
Recuperação da capacidade, estima ou saúde perdidos; recuperar a capacidade física, moral ou intelectual
(HOUAISS, 2009, p. 632).
17
gia. Trata de pacientes e clientes; efetua avaliação e diagnóstico fonoaudiológico; orienta pacientes, clientes, familiares, cuidadores e responsáveis; desenvolve programas de prevenção, promoção da saúde e qualidade de vida; exerce atividades administrativas, de ensino e pesquisa; administra recursos humanos, materiais e financeiros.
A respeito do trabalho do profissional ligado à Fonoaudiologia, Cavalheiro (1997, p. 12) expõe que:
O fonoaudiólogo é um profissional da Saúde, de atuação autônoma e independente
que exerce suas funções nos setores públicos e privados. É responsável pela promoção da saúde, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação)
e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva, periférica e
central, função vestibular, linguagem oral e escrita, voz, fluência, articulação da fala,
sistema miofuncional orofacial, cervical e deglutição. Exerce também atividades de
ensino, pesquisa e administrativas.
Segundo Moura (1996), a Fonoaudiologia, enquanto profissão, relaciona-se ao setor de serviços em saúde e, desse modo, demanda profissionais capacitados e consultórios equipados,
capazes de atender as necessidades dos clientes que buscam os serviços para resolver problemas bastante diversificados.
Vale destacar que Maslow (1954), apud Kotler e Keller (2006), em sua teoria das necessidades básicas, ressalta que o comportamento humano é direcionado pela busca da satisfação das
seguintes necessidades básicas: a) necessidades fisiológicas, b) necessidade de segurança, c)
necessidade social, d) necessidade de auto-estima e e) necessidade de autorrealização conforme a FIG. 1. É com o objetivo de atender tais necessidades que o indivíduo se motiva e age.
18
FIGURA 1 - Hierarquia das necessidades de Maslow
Fonte: KOTLER; KELLER, 2006, p. 184.
Considerando esta classificação proposta, a Fonoaudiologia que, dentre outros objetivos, visa
a atender as necessidades de autoestima, as fisiológicas (fala) e as sociais (comunicação e
relacionamento social) do cliente, atua, direta ou indiretamente, também no comportamento
do indivíduo. Portanto, apesar de ter, dentre as suas funções de reabilitação, o atendimento a
uma das necessidades básicas do ser humano, por que, então, na atualidade, a profissão de
fonoaudiólogo parece ter seu reconhecimento e valorização aquém do desejável? Em consonância com a teoria de Maslow (1954), supõe-se que fatores ligados aos stakeholders2 estejam
atrelados a essas desvalorizações.
Acredita-se que, talvez, a profissão e o profissional de Fonoaudiologia não venham sendo
devidamente reconhecidos e valorizados pelos stakeholders. Supõe-se que isso possa estar
influenciando na remuneração do profissional e na sua imagem no campo de trabalho, no tocante à invasão da profissão por profissionais de outras áreas, bem como na permanência/abandono precoce do profissional no mercado.
2
Subgrupos do público que, de alguma forma, interagem com a profissão (HAEDRICH, 1993).
19
Diversos fatores podem estar contribuindo para esse contexto. Acredita-se que os stakeholders têm, em sua mente, uma imagem da profissão e do profissional de Fonoaudiologia não
tão condizente com o valor merecido. Isso, provavelmente, é um fator causal que contribui
para o não reconhecimento e a não valorização da Fonoaudiologia e do fonoaudiólogo.
Com referência às desvalorizações do profissional, bem como da profissão, dentre os vários
pontos destacados no Conselho Regional de Fonoaudiologia – 6a Região (2010) destacam-se:
a) dificuldade em aumentar o piso salarial do fonoaudiólogo; b) busca por uma carga horária
máxima semanal para os fonoaudiólogos e c) aumento da cobertura do tratamento fonoaudiológico frente aos planos de saúde (ANSS, 2010).
O Conselho Regional de Fonoaudiologia – 6a Região (2010) também vem trabalhando incessantemente para promover a maior valorização dos profissionais, ampliar o conhecimento da
população sobre a Fonoaudiologia e estreitar o relacionamento com os inscritos, com outras
entidades de classes e instituições ligadas à Fonoaudiologia.
Segundo Ferigotti (2001), nessa época de globalização, a profissão de Fonoaudiologia vem
ampliando sua inserção social e crescendo cada vez mais, passando a ser uma atividade de
caráter multidisciplinar e atuante em diferentes contextos sociais. Como consequência da ampliação da atuação do fonoaudiólogo, vale sinalizar que, cada vez mais, a Fonoaudiologia está
participando não apenas de ações coletivas, mas também de ações interdisciplinares, estabelecendo, assim, de forma direta e indireta, relações com diferentes públicos e com demais profissionais (FERIGOTTI, 2001). Nesse sentido, o marketing torna-se uma ferramenta valorosa.
Apesar de a
Fonoaudiologia possuir públicos diversificados, com necessidades diferentes, e
de atuar em diferentes segmentos, faz-se necessária uma avaliação da sua imagem, enquanto
profissão. Na área de serviço de saúde e, em particular, na Fonoaudiologia, a verificação da
imagem que os diversos stakeholders apresentam, em relação à profissão, constitui-se em um
trunfo importante para o seu direcionamento estratégico, porque tal imagem é capaz de influenciar e direcionar o comportamento da sociedade em geral.
Vale destacar que a consolidação de uma identidade, em uma determinada profissão, é essencial para o desenvolvimento de uma imagem positiva para a sociedade, especialmente na pres-
20
tação de serviços ligados ao setor de saúde. É também uma oportunidade de identificar as
ferramentas do marketing, que podem ser úteis para auxiliar no desenvolvimento da imagem
do profissional de Fonoaudiologia no mercado, contribuindo para que a profissão adquira, a
cada dia, maior abrangência e importância. Além disso, alguns dos resultados do marketing
bem sucedido são a influência e o direcionamento do comportamento das pessoas. Portanto,
influência e direcionamento surgem como decorrência das imagens delineadas pelas pessoas
em relação às marcas, aos serviços, aos produtos ou às profissões.
Em resumo, a valorização e o reconhecimento significativos da profissão decorrem de um
adequado posicionamento da fonoaudiologia no mercado – como a consequência de uma
imagem bem construída por meio de um marketing eficaz (STERN; BOUDING, 1956;
MARTINEAU, 1957; LINDQUIST, 1975; DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990;
BARICH; KOTLER, 1991; ZINKHAN; JAJU, 2001; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2004;
ITUASSU, 2004; DE TONI, 2005; GRASSELI, 2007; GRASSELI; SOUKI, 2007; AMORIM, 2007; SOUKI; AMORIM; MENDES, 2008).
Além das questões supracitadas, a motivação para a realização deste estudo partiu, da observação, por meio da prática clínica da autora, de que a profissão e o profissional de Fonoaudiologia apresentam uma imagem ainda nebulosa em relação ao seu campo da ciência. Isso instigou a autora a buscar compreender de que maneira está constituída a imagem do profissional
e da profissão do fonoaudiólogo.
Dessa forma, acreditou-se ser importante pesquisar a imagem do fonoaudiólogo, tal como
construída pelos stakeholders, pois contribuiria com subsídios, de alguma forma, para que os
profissionais, voltados para todas as áreas dessa profissão ou com atuação em estudos/pesquisas na área, pudessem compreender a atuação do fonoaudiólogo.
Esse estudo visou, sobretudo, mais do que encontrar lacunas ou respostas, a proporcionar um
primeiro passo, trazendo também elementos que possibilitassem um aprofundamento da questão. Espera-se contribuir oferecendo novas perspectivas para ampliar a discussão. Tendo em
vista a relevância do tema “Imagem da Fonoaudiologia”, espera-se, com este estudo, oferecer
mais um olhar que contribua para proporcionar uma melhor compreensão do contexto da Fonoaudiologia, juntamente com o de outros profissionais, como fonoaudiólogos, médicos, fisioterapeutas, dentistas e professores.
21
Pretendeu-se apresentar as bases de desenvolvimento de uma dissertação, com o objetivo de
Identificar e analisar a imagem da Fonoaudiologia e do profissional, por meio da percepção
dos stakeholders, no que tange ao reconhecimento e à valorização da profissão, do profissional e do mercado de trabalho. Em suma, busca-se apresentar a imagem da Fonoaudiologia.
No presente estudo, foram considerados como stakeholders da profissão de Fonoaudiologia:
fonoaudiólogos atuantes e não atuantes, os representantes do Conselho Federal e Regional de
Fonoaudiologia e do Sindicato, diretores, coordenadores e professores de cursos de Fonoaudiologia e estudantes do curso de Fonoaudiologia, além de profissionais das áreas de sombreamento, a saber: médicos, fisioterapeutas, dentistas e professores e pedagogos de escolas de
ensino fundamental e médio, além de clientes/pacientes em tratamento, tanto os que interromperam o tratamento, quanto os que o concluíram, e também aqueles com potencial para o tratamento de Fonoaudiologia.
A dissertação foi organizada em nove capítulos. O primeiro traz uma breve apresentação sobre a pesquisa desenvolvida. O segundo enfoca os objetivos propostos – de forma geral e específica. No terceiro, é estudada a trajetória da profissão de Fonoaudiologia. No quarto capítulo, abordam-se o marketing de serviços e a imagem do fonoaudiólogo. No quinto e no sexto
capítulos, respectivamente, apresentam-se a metodologia adotada para os resultados e discussão. O sétimo capítulo é composto pelas considerações finais e pelas limitações e sugestões
para pesquisas futuras. E, finalmente, foram mencionadas as referências e acrescentados os
apêndices.
22
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Identificar e analisar a imagem da Fonoaudiologia e do profissional, por meio da percepção
dos stakeholders, no que tange ao reconhecimento e à valorização da profissão, do profissional e do mercado de trabalho.
2.2 Objetivos específicos
I.
Conhecer a opinião dos stakeholders em relação à imagem funcional, cognitiva, sim-
bólica e emocional da profissão e do profissional de Fonoaudiologia;
II.
Verificar de que maneira a imagem que os stakeholders apresentam, em relação à Fo-
noaudiologia, interfere na valorização da profissão e do profissional;
III.
Avaliar o conhecimento que os stakeholders apresentam sobre marketing e seu uso na
Fonoaudiologia.
23
3 PANORAMA HISTÓRICO DA PROFISSÃO DE FONOAUDIOLOGIA
Este tópico abordará um breve histórico da Fonoaudiologia, o código de ética e a divulgação
da profissão.
3.1 Breve histórico da Fonoaudiologia
Em sua etimologia, a palavra Fonoaudiologia, compõe-se de fono (grego), que significa som
claro e forte, som articulado, linguagem, palavra, expressão; de audio (latim), que significa
ouvir, escutar, entender, compreender; e de logia (grego), com o significado de palavra, expressão do pensamento, discurso lógico, conforme Boccato e Fujita (2006, p. 17). Em inglês,
a palavra Fonoaudiologia se traduz em speech pathology and audiology.
Pode-se considerar, assim, que Fonoaudiologia quer dizer o estudo da fonação e da audição,
diagnóstico de suas perturbações e prescrição dos respectivos tratamentos; e, ainda, ciência ou
técnica que, analisando os sons e fonemas produzidos pelo paciente e as suas condições de
audição, ou de outrem, preconiza o tratamento mais adequado às deficiências encontradas.
Houve uma época em que os curandeiros eram os sacerdotes. Evolutivamente, o curandeirismo foi sendo substituído pelo trabalho dos profissionais de saúde (FIGUEIREDO NETO,
1998). Antigamente, a linguagem era vista como um dom divino, cujos distúrbios seriam manifestações “endemoninhadas” e, como tal, eram “tratados” por sacerdotes, magos ou curandeiros (FERREIRA, 1995). Os povos primitivos entendiam que as infecções ou afecções eram
uma manifestação dos deuses, ao exteriorizar sua cólera, ou eram uma injúria, enviada aos
homens por um agente exterior. Tal fato é bastante compreensível em razão da noção precária
que tinham sobre a natureza e sobre visitantes que consideravam invisíveis. Tudo que não
fosse visível tinha, para eles, conotação sobrenatural, daí surgindo a necessidade de utilizar a
“competência” dos feiticeiros, curandeiros, magos e sacerdotes, tidos como seres superiores
pelo fato de lidarem com a dor, até então considerada como um grande mistério e um mal
indecifrável.
24
De acordo com Lerman (1969), as primeiras referências de que se tem notícia sobre os conhecimentos médicos, referem-se ao período pré-histórico. Entende-se, assim, porque a medicina era vista como a primeira demonstração de solidariedade à dor humana. Os primeiros
médicos que surgiram, eram dotados de poderes mais humanos que divinos, pela relativa capacidade de “destruir” os demônios que se apossavam dos enfermos. Mas a figura desses entes se confundia com a dos sacerdotes e curadores, realçando ainda mais o poder que detinham (LIMA, 1999). Assim, o médio inicialmente apresentou um comportamento híbrido, em
que o lado “científico” se confundia com o lado xamânico da cura.
Como aquilo que não se explicava acabava sendo excessivamente reverenciado, muitas eram
as cerimônias e rituais empregados como modo de cura, o que incluía cânticos e orações. Isso
ocorria porque era dessa forma que os sacerdotes aumentavam e realçavam o “poder”; quanto
mais cura, mais poder. Como ocorria com todo o conhecimento da época, também o conhecimento destes sacerdotes era transmitido de geração em geração.
Dessa forma, os “sacerdotes médicos” do antigo Egito anotavam suas práticas em primitivos
papiros. Uma das mais antigas referências sobre patologias ligadas à linguagem está representada por um papiro escrito em hieróglifos, datado de 2000 a. C., no antigo Egito.
Não raro, vê-se que os autores demonstram que essas antigas práticas e ensinamentos foram
os grandes influenciadores das culturas posteriores, incluindo a cultura indiana. Evident emente que, nessas culturas, também se incluem a greco-romana, porém com ênfase para a
civilização grega – a que mais recebeu influência egípcia.
No entanto, a despeito desses registros e práticas, ao longo dos séculos, em várias culturas,
Hipócrates é tido como “pai da Medicina”. Ele foi o primeiro a estudar, de forma sistematizada ou realmente científica, a anatomia, a patologia e a terapêutica da boca (WHITE, 1958;
LERMAN, 1969; BARROS, 1995). Foi Hipócrates que buscou as diferenças entre um homem sadio e um enfermo, pois não lhe interessavam as difundidas influências de espíritos e
nem a conhecida “teoria dos humores”. Também foi quem primeiro mencionou as patologias
da fala, embora como condições gerais, que foram atribuídas à “preguiça e capricho” do locutor. Dizia que a “palavra inteligente” dependia do controle e do movimento da língua dentro
da boca.
25
Os historiadores relatam a existência de conhecimentos médicos no Império Romano, com
destaque para a figura de Aulus Cornelius Celsus, que viveu na primeira metade do séc. I da
Era Cristã. Celsus tornou-se conhecido por ter apresentado e discutido, em sua obra, os sinais
da inflamação, da dor, do calor e do rubor (o quinto sinal, “perda de função”, foi inserido por
Galeno, no séc. II d. C.). Celsus foi considerado o maior contribuidor para a medicina e o
pensamento científico durante o império romano, e a mais importante fonte de conhecimento
da medicina praticada em Alexandria.
Embora, aparentemente, não fosse um médico no sentido técnico do termo, Celsus reuniu
extensa obra do império grego, trouxe-a para Roma, traduziu-a e compilou os seus vastos conhecimentos na enciclopédia intitulada De artibus (AD 25-35). Ela também continha a primeira tradução de termos médicos feita do grego para o latim - termos que se mantiveram no
padrão da Medicina por mais de 2.000 anos. No entanto, esses livros são muito mais do que
simples traduções de textos gregos. Celsus claramente formula e dá a sua própria opinião a
partir do conhecimento recolhido, tendo escrito suas teorias independentes, incluindo uma que
se tornou e continua sendo o princípio básico da Medicina: "O diagnóstico preciso deve preceder o tratamento".
No séc. II da era cristã é que iremos encontrar aquele que iria ser conhecido, pelos séculos
seguintes, como autoridade máxima no campo da medicina, Galeno de Pérgamo (Cláudio
Galeno). Seu trabalho foi hercúleo, ao coletar e compilar, em uma única obra, praticamente
todo o conhecimento médico dos autores antigos, além de suas opiniões, expressas nesta obra,
que sobreviveu até há poucos séculos.
A partir de então, até os tempos contemporâneos, o avanço das ciências e da tecnologia fez
com que a Fonoaudiologia passasse por imensas transformações ao longo dos últimos anos,
tendo Goldenberg (1998) escrito que, em menos de vinte anos, esta ciência mudou completamente a sua “cara”.
A medicina evoluiu muito vagarosamente durante a Idade Média, até chegar ao Renascimento, cujo espírito científico nessa área, a i n d a q u e i n c i p i e n t e , foi protagonizado por Leonardo da Vinci, um dos gênios da humanidade, que não era médico. Leonardo realizou
estudos anatômicos para desenvolver técnicas de representação do homem.
26
Em seguida, no séc. XVI, na Espanha, encontramos um trabalho de oralização, para surdos. O
trabalho consistia na realização de exercícios de oralização, realizado por pessoas surdas, na
maioria crianças da alta sociedade espanhola, que foram instruídas na escrita e na utilização
de um alfabeto bimanual.
A Medicina, assim como a Oratória Elocutiva, a Retórica e a Fonoaudiologia, foi muito experimental no séc. XVII, embora este tenha sido o século da fundação da primeira academia
médica formal de que a história tem notícia: a Real Academia de Medicina de Sevilha
(1697), e o século em que William Harvey descobriu o sistema circulatório do sangue. A
partir daí, os homens passaram a compreender melhor a anatomia e a fisiologia.
No séc. XVIII, a Europa começou a se interessar pela saúde como um tema de política pública,3 por meio do conceito de política médica, principalmente após as epidemias de varíola,
lepra e febre amarela assolarem vários países europeus. Porém, foi em meados do séc. XIX
que a medicina começou a conhecer mais a respeito da fisiologia, embora ainda não soubesse
tratar nem soubesse que fazer com o comportamento linguístico dos afásicos, dos gagos, dos
fissurados e de pessoas com outras patologias. Nesse século, houve outras contribuições importantes para o desenvolvimento da Medicina e da Fonoaudiologia, incluindo-se a invenção
do laringoscópio. Foi um século de grandes avanços para a humanidade, com a entrada da
medicina na era industrial.
Assim como as demais profissões da área de saúde, também a Fonoaudiologia teve sua história iniciada na medicina, já que foi esta que centralizou, por muito tempo, na pessoa do Médico, todos os serviços da área da saúde. Com o passar do tempo, tendo havido o aumento do
conhecimento e o avanço da tecnologia, houve também o surgimento de novas especificidades, com a ramificação das ciências em áreas diversificadas, sendo criadas, então, muitas outras profissões na área de saúde.
No início do séc. XIX, com a vinda de Dom João VI e da corte portuguesa para o Brasil
(1808) e, posteriormente, com a inauguração do Colégio Nacional, deu-se início, nessa insti3
O dinamismo social da vida urbana, com a urbanização das cidades (derrubada de prédios insalubres, alargamento de avenidas, saneamento básico, dentre outros), propiciou a proximidade física de elementos de categorias
sociais distintas. Esses aspectos é que levariam a uma nova medicina, de ações sanitárias permanentes, em substituição ao combate episódico e eventual das doenças.
27
tuição, ao atendimento de pessoas com problemas de comunicação, principalmente as portadoras de problemas auditivos.
Somente a partir do Séc. XX, com o grande avanço da ciência, a Fonoaudiologia começou a
ser vista como profissão, tanto no mundo como no Brasil. Esse reconhecimento deu-se após
terem sido iniciados os trabalhos de forma científica (LIMA, 1999).
No Brasil, isso teve início com a aprovação do Código de Educação, setenta anos depois da
vinda de Dom João. Este instrumento previu a criação de Escolas Ortofônicas (escolas de
falar bem), conforme exposto por Ferreira (1995). Esse código, fruto do positivismo que estava presente na maioria das ciências, teve o papel e a preocupação de quantificar, medir e
padronizar o comportamento dos estudantes nas escolas, tendo como base os “vícios e defeitos” detectados na fala das crianças.
Foi na década de 1930 que se fez mais presente a fase de idealização (ou ideação) do profissional, relacionada com a crescente preocupação, na educação e na medicina, com os desvios
encontrados entre os estudantes. Tais desvios eram apurados em razão de movimentos ou
programas da época, intitulados “Saúde Escolar” ou “Escola Nova”, exacerbação dada pelo
movimento nacionalista, que enfatizava a defesa da língua pátria.
Assim, o profissional que cuidava dessa área era concebido como um professor especialista,
responsável em atuar tanto na profilaxia, quanto na correção dos erros da linguagem, decorrentes de variações dialetais e de perturbações ou dificuldades orgânicas (FIGUEIREDO
NETO, 1998).
O maior impulso a contribuir para que a Fonoaudiologia se firmasse como ciência independente no mundo teve início num fato histórico trágico: a ocorrência da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945). Consequentemente, houve uma vasta incidência de pessoas com sequelas neurológicas graves, que lhes traziam problemas locomotores e linguísticos. Este fato
trouxe vigor à Fonoaudiologia, criando também uma íntima relação dela com a Fisioterapia e
Terapia Ocupacional. Mas, as primeiras referências a ortofonistas, referem-se à existência
destes profissionais nas décadas de 1940 e 1950, como sendo especializados, ligados ao magistério e responsáveis pela atividade de correção da fala (LACERDA, 1997).
28
Assim, no Brasil, a Fonoaudiologia nasceu praticamente ligada à atividade pedagógica do
professor. Como para prática da reabilitação era exigida uma especialização, o profissional
aproximou-se ainda mais da área médica. Com isso, foi se reforçando o perfil tecnicista do
profissional ortofonista, que, por não ter fundamentação teórica própria, passou a exercer sua
atividade sem muitas reflexões e, normalmente, a partir de um prévio diagnóstico médico ou
de avaliações psicológicas.
Nos EUA, ainda na década de 1960, foi elaborado um código de ética que, desde então, tem
sido periodicamente reformulado e melhorado, sendo publicado pela American Speech, Hearing and Language Association (ASHA) para ser cumprido por todos os profissionais da área.
Em 1962, fundou-se o primeiro órgão classista, em São Paulo: a Associação Brasileira de
Fonoaudiologia (ABF) que, com passar dos anos, foi desmembrada em seções regionais. Após
essa iniciativa, outras associações foram criadas e agregavam fonoaudiólogos e também médicos, além de outros profissionais de áreas próximas, como é o caso da Associação Brasileira
de Foniatria e Audiologia (ABRAFA).
Na década de 1960, surgiram os primeiros cursos de Fonoaudiologia. A vinda, para o Brasil,
do médico argentino e foniatra Dr. Julio Bernaldo Queirós, junto com sua assistente, Dra.
Rosa Vispo, respectivamente, e a subsequente ida, para a Argentina, de dois médicos brasileiros: Dr. Américo Morgante e Dr. Mauro Spinelli, para se especializarem em Foniatria, foram
os fatos responsáveis pela abertura dos cursos. Ao retornarem para as universidades em que
lecionavam, nos cursos anuais de graduação em Logopedia, na Universidade de São Paulo
(USP) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), começaram a formar
terapeutas capazes de atuar com indivíduos que apresentavam problemas na fala, linguagem,
voz e audição (MEIRA, 1997).
Cabe ressaltar, ainda, que se destacava a presença médica na formação do fonoaudiólogo, pela
USP, tanto na condução administrativa do curso, como na pedagógica. Em contrapartida, a
PUC-SP foi direcionada para a educação e para a psicologia, pois a universidade era vinculada ao Instituto e à clínica de Psicologia (FIGUEIREDO NETO, 1998).
Foi a partir da oficialização dos cursos superiores aqui mencionados, iniciados na década de
1960, que o profissional fonoaudiólogo passou a ser entendido como “especialista” e, como
29
tal, passou a buscar a sua afirmação profissional a partir dessa atividade técnica, prática e especializada (MEIRA, 1997).
Meira (1997) relata que, depois dos cursos da USP e da PUC, em São Paulo, foi criado um
curso de Fonoaudiologia na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul
(UFSM-RS), sob a direção do Dr. Rafael Seligman. Em 1967, a Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) t a m b é m p a s s o u a m i n i s t r a r o c u r s o d e Fonoaudiologia. Em
1968, foi a vez de a Escola Paulista de Medicina abrir seu curso, sob a direção do Dr. Pedro
Luiz Mangabeira Albernaz. Em 1971, a PUC de Campinas também iniciou seu curso, sob
a direção do Dr. Mauro Spinelli. Em 1972, foi o Instituto Henry Dunant, do Rio de Janeiro, que deu início ao seu curso de Fonoaudiologia. Portanto, esses foram os pioneiros no estudo na Fonoaudiologia, no Brasil. Nesse mesmo ano, segundo Teixeira (1993), surgiu, na
PUC-SP, o programa de Pós-graduação em Audiologia.
O primeiro esforço para aprovar a profissão de fonoaudiólogo foi, em 1971, pelas mãos do
então senador André Franco Montoro. Tal projeto de lei tinha, como primeira tarefa, unificar
a terminologia para a profissão e designar a sua área de atuação, uma vez que os terapeutas
cariocas preferiam as terminologias Logopedia e Logopedistas, enquanto os paulistas tendiam
para Fonoaudiologia e fonoaudiólogos. Entretanto, apenas em 8 de junho de 1976 houve a
aprovação do primeiro currículo mínimo do curso de Fonoaudiologia.
Somente dez anos depois, surgiria um fato que possibilitaria que os profissionais continuassem seu percurso acadêmico: a criação do curso de pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana, na Escola Paulista de Medicina (EPM).
Enquanto isso, a profissão também se estruturava ao redor do mundo, sendo os resultados do
trabalho clínico desenvolvido pelos profissionais, e suas publicações, os responsáveis pela
divulgação. Essa ampla abrangência adquirida, com os trabalhos realizados e com os resultados obtidos, serviria para dar conhecimento, aos demais profissionais da área de saúde, e ao
público em geral, a noção de como a profissão se desenvolvia.
À proporção que crescia o número de profissionais, estruturavam-se os órgãos de classe correspondentes, criando-se, nos EUA, a ASHA, que tempos depois passou a se chamar American Speach, Hearing and Language Association, mantendo, porém, a sigla anterior. A ASHA
30
já era um órgão bastante representativo da categoria, cujos profissionais, em grande número,
possuíam o nível de mestrado.
O modelo americano foi o grande inspirador para o caminho seguido pela Fonoaudiologia no
Brasil, que, após ter sido realizado de forma separada do vestibular para os demais cursos
superiores, por algum tempo, passou a ser unificado. Foi um caminho árduo e muito longo,
tendo ocorrido grandes brigas e desentendimentos em razão dessa busca por status de nível
superior.
Instituições subordinadas ao Ministério da Educação (MEC), como o Departamento de Assuntos Universitários (DAU) e o Conselho Federal de Educação (CFE) vislumbravam regulamentar o curso de Fonoaudiologia como curso superior de curta duração. Entretanto, isso
acarretaria a subordinação do fonoaudiólogo (tecnólogo) a outro profissional de nível superior. Portanto, o primeiro não seria reconhecido como um profissional autônomo.
Nessa época, o DAU patrocinou várias reuniões com os Coordenadores de cursos de Fonoaudiologia até então existentes e, apesar de existirem médicos entre eles, foi assinado um documento que solicitava ao MEC, em agosto de 1975, o status de curso superior, de longa duração, para o curso de Fonoaudiologia.
As exigências do CFE eram imensas e incluíam um plano detalhado do curso superior proposto (que seria largamente analisado), um perfil minucioso do profissional fonoaudiólogo e,
também, a minuta de um projeto de lei. Essas exigências se apresentaram como um grande
desafio para uma categoria profissional que ainda estava em busca de valorização e reconhecimento
Nos idos de 1975 e 1976, a luta pela aprovação deste plano de curso e de um currículo mínimo para ele foi imensa. O primeiro curso a ser chancelado pelo MEC foi o da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul e, em seguida, os da PUC-Campinas e
PUC-São Paulo. Em seguida, ocorreu a aprovação do curso da EPM, com necessidade de
adequação curricular.
A etapa seguinte dessa luta foi a busca pelo reconhecimento na sociedade, para a inserção do
fonoaudiólogo no grupo de profissionais liberais de nível superior. Tal luta coube a cada pro-
31
fissional, quase sempre isoladamente. Só após muito empenho e trabalho árduo, a profissão
passou a se tornar conhecida e respeitada, principalmente pelos demais profissionais que integram as equipes multidisciplinares, como psicólogos, médicos, fisioterapeutas, pedagogos,
dentistas que já haviam, historicamente, conquistado sua própria independência como profissão e como profissionais.
Após vários percalços e batalhas jurídicas, foi possível, em 1981, com a ajuda do Deputado
Otacílio de Almeida, que conseguiu reunir num só projeto todos os outros apresentados até
então, que o Presidente da República sancionasse a Lei Federal 6965/81. O deputado foi, à
época, muito bem assessorado pelos membros das diretorias da ABF, gestões de 1979 e 1981,
que lutaram imensamente por este desfecho e conseguiram unir a classe e formar uma Comissão Nacional que reivindicou os direitos profissionais dos fonoaudiólogos. A partir de então,
contando com cursos e profissionais de qualidade, os fonoaudiólogos passaram a ter maior
respaldo para a realização de trabalhos científicos.
Foi possível também, à maioria deles, apresentar resultados memoráveis em suas áreas de
atuação e provar que o dilema, a que se refere Goldenberg (1998), de “mudar” ou “permanecer”, fosse vencido pela segunda hipótese. Os profissionais deixaram de ser apenas repetidores de exercícios aprendidos durante suas graduações, para se transformar em profissionais da
pesquisa, divulgando a conclusão de seus trabalhos e de suas conquistas profissionais.
Tornou-se relevante, também, a criação de cursos de especialização, pós-graduação, publicações em mídia escrita especializada, tudo levando a uma maior cientificidade da Fonoaudiologia, conduzindo-a para novos caminhos, antes desconhecidos, já que agora se encontrava
inserida em um universo plural de conhecimento, como expõe Meira (1997):
A globalização referida não diz respeito apenas a áreas do saber, mas refere-se,
também, mais concretamente, ao romper barreiras geográficas. Agora não adotamos apenas a postura antiga de trazer profissionais do exterior para aprender mais
com eles. Nós também rompemos as barreiras geográficas do Brasil. Agora nós
também vamos ao exterior para ensinar, para apresentar trabalhos científicos em
congressos, para mostrar nossos avanços, o que nos deixa em pé de igualdade
com nossos colegas de outros países (MEIRA, 1997, p. 7).
A partir desse novo lugar conquistado, foi possível, ao fonoaudiólogo, dialogar em iguais
condições e direitos com os profissionais das demais áreas afins, a respeito daquilo que envolve seus clientes e suas próprias profissões. Nesse trato, cabe ao fonoaudiólogo compreen-
32
der qual conduta está tendo o outro profissional envolvido, sendo que esta observação, e sua
correspondente análise, é que facilitarão o trabalho conjunto entre ambos, objetivando a melhor condução de cada caso (MARCHESAN, 1994).
Segundo Bianchini (1995), não deve o fonoaudiólogo se contentar em fazer o diagnóstico
preciso das alterações funcionais orais, ou seja, não deve apenas constatar a existência de alterações. Mais que isso, deve procurar aquilo que propiciou a alteração e qual a sua implicação,
além de determinar qual época seria mais indicada para se proceder ao tratamento fonoaudiológico e que limitações este tratamento teria. A partir disso, discutir a questão e se dispor a
trabalhar em conjunto com outro tipo de profissional que precise estar envolvido, além de
determinar se tal trabalho será mesmo necessário. Ou seja, tal qual acontece com a motricidade oral, também na voz, na audiologia e na linguagem, o fonoaudiólogo deve estar preparado
para atuar, tendo em vista a interdisciplinaridade. Dá-se então o início da atuação em serviços
públicos de saúde pela Fonoaudiologia, que se ocupava anteriormente em atendimento realizado em clínicas e instituições privadas (JESUS et al., 1994).
Finalmente, o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) inaugurou o séc. XXI com a criação de publicação especializada, que veio consolidar seu crescimento e amadurecimento como instituição profissional, por meio de uma revista cuja finalidade era divulgar a qualidade
científica dos fonoaudiólogos brasileiros. Finalmente, a Fonoaudiologia passa a pertencer ao
mundo da ciência e do reconhecimento social (GOLDENBERG, 1998).
3.2 O código de ética e a divulgação da profissão de fonoaudiologia
Nesta dissertação – um estudo descritivo sobre a imagem da Fonoaudiologia – fez-se necessário um capítulo sobre Código de Ética e divulgação da profissão. Entretanto, não se postula,
como objetivo, discorrer sobre todos os artigos que compõem o Código, mas focalizar aqueles
que dizem respeito à imagem da Fonoaudiologia.
O CFFa é o responsável pela busca do cumprimento do Código de Ética, junto aos Conselhos
Regionais, em suas respectivas áreas de atuação. Assim, em 2004, foi aprovado o Código de
Ética da Fonoaudiologia, pelo CFFa, por meio da Resolução CFFa nº 305, ainda vigente.
33
Como sinalização inicial, vale destacar que a própria existência de um Código de Ética Profissional já delineia um reconhecimento social que se relaciona com a imagem que a sociedade
tem da profissão e do profissional de Fonoaudiologia.
A estrutura do Código de Ética apresenta-se da seguinte forma: Disposições Preliminares (capítulo I); Princípios Gerais (capítulo II); Direitos Gerais (capítulo III); Responsabilidades Gerais (capítulo IV); Relacionamento (capítulo V); Sigilo Profissional (capítulo VI); Remuneração Profissional (capítulo VII); Formação Acadêmica, Pesquisa e Publicação (capítulo VIII);
Mídia (capítulo IX); Observância, Aplicação e Cumprimento do Código de Ética (Capítulo X)
e, finalmente, Disposições Finais (capítulo XI).
Dentre os diversos capítulos supracitados, serão ressaltados apenas aqueles cuja temática vai
ao encontro do que aqui se analisa prioritariamente: Código de Ética e a Divulgação da Profissão. Portanto, será destacado, para análise, o capítulo IX – Mídia (Veículos de Comunicação, Propaganda e Publicidade e Entrevista).
O primeiro foco de análise – Veículos de Comunicação – trata da promoção pública dos serviços do fonoaudiólogo, que deve ser feita com exatidão e dignidade. Cabe ressaltar, nesse
foco, que a palavra dignidade está atrelada, preliminarmente, a questões de ordem subjetiva.
Portanto, cada fonoaudiólogo dará uma interpretação diferenciada e particular para a “promoção pública dos serviços”. Essa condição pode estar contribuindo para a ausência de um norteador que defina o que é exatamente uma promoção pública, dificultando, aos fonoaudiólogos, a escolha dos veículos de comunicação que ajudarão a desenhar a imagem da Fonoaudiologia.
O segundo foco de análise – Propaganda e Publicidade – diz respeito somente ao que deve
constar nos anúncios, placas e impressos como, por exemplo, o nome do profissional, a profissão, o número de inscrição junto ao órgão de classe e ainda as especialidades para as quais
esteja habilitado; os títulos de formação; endereços, telefones, horário de trabalho, modalidades de pagamento; instalações, equipamentos e métodos de tratamento. Pode ainda constar a
logomarca, logotipo ou desenhos heráldicos relacionados à Fonoaudiologia. Todos esses itens
dizem muito, por si sós, do profissional em atuação: a forma como se apresenta, ao cliente/paciente, um consultório/ambiente de trabalho, os equipamentos oferecidos para o desen-
34
volvimento do trabalho, a interação com o cliente/paciente adotada para o tratamento (método), e questões de ordens vinculadas ao pagamento do serviço são autoconstituintes da imagem que será transmitida ao cliente/paciente. Tudo isso também está associado a um status
subjetivo, ou seja, propaganda e publicidade são significativos instrumentos para a divulgação
da profissão de Fonoaudiologia, podendo ser usados de maneira adequada ou imprópria para a
construção da imagem do fonoaudiólogo. Pode-se considerar, assim, que também nesse foco a
personalidade do profissional será o guia norteador subjetivo.
O terceiro foco de análise – Entrevista – menciona o uso de veículos de comunicação para
conceder entrevistas ou divulgar palestras públicas. Conhecer sobre veículos de comunicação
exige do fonoaudiólogo um mínimo de orientação dentro das áreas de marketing e relações
públicas – o que parece não constar da grade curricular de muitas instituições universitárias
que oferecem a graduação de Fonoaudiologia. Sendo assim, o profissional atua em sua área
construindo sua imagem, bem como a imagem de sua profissão, frente aos stakeholders, sem
uma base sólida que lhe permita fazer escolhas assertivas e bem sucedidas frente ao cliente/paciente e ao mercado de trabalho.
Em resumo, tratando-se de promoção pública dos serviços, propaganda e publicidade, além de
veículos de comunicação para os quais conceder entrevistas ou divulgar palestras, parece que
seria útil ao fonoaudiólogo uma orientação mais específica para a divulgação de sua profissão.
Nesse sentido, o Código de Ética deveria ser o seu maior aliado, ou seja, o seu guia de conduta nas trilhas da construção da imagem do profissional e da profissão de Fonoaudiologia.
35
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Compõem o referencial teórico desta dissertação dois grandes tópicos: a) marketing de serviços e b) imagem. A seguir, esses tópicos serão explorados.
4.1 Marketing de serviços
Para tratar sobre o tópico “Marketing de serviços”, faz-se necessária uma compreensão, separadamente, de ambas as palavras. No tocante ao significado, conforme Rein, Kotler e Stoller
(1999), marketing é, prioritariamente, o processo de examinar um produto ou serviço em relação a um mercado e determinar como maximizar o seu potencial, isto é, sua habilidade de
preencher uma necessidade. Isto não quer dizer que um profissional prestador de serviço pode
ser trabalhado em qualquer nível desejado de visibilidade, em qualquer setor do mercado. A
melhor assessoria de marketing, para qualquer profissional, pode gerar somente resultados
limitados, e ele ainda pode ter a prestação dos seus serviços vista como não satisfatória. Todavia, o uso do marketing pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.
O potencial de contribuição do marketing varia em diferentes setores. Em alguns, como negócios, direito, medicina, fonoaudiologia, psicologia, meios literários, política e entretenimento,
o impacto do marketing pode ser enorme. Sob outro olhar, marketing também pode ser traduzido como a atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e
oferecer troca que apresente valor para os consumidores, clientes, parceiros e sociedade, como
um todo (AMA, 2007).
No tocante ao significado da palavra “serviço”, foram encontradas várias definições, uma vez
que a palavra apresenta complexidade, abrangência e diversidade em sua definição: a) “Ato
ou efeito de servir, desempenho de qualquer trabalho, emprego ou comissão, serventia, produto da atividade humana que, sem assumir a forma de um bem material, satisfaz uma necessidade” (FERREIRA, 2009, p. 1837); b) “Ação de dar de si algo em forma de trabalho ou o seu
efeito ou trabalho estabelecido por contrato, emprego” (HOUAISS, 2009, p. 937); c) “Ações,
processos e atuações. Os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente e pressu-
36
põem uma relação de contato direto entre cliente e prestador de serviço. Ato ou desempenho
essencialmente intangível que uma parte pode oferecer à outra e que não resulte posse de nenhum bem” (EIGLIER, 1991); d) “Atividades econômicas que geram valor e benefícios para
os clientes. Dessa forma, o serviço pode ou não estar ligado a um produto físico” (LOVELOCK; WRIGHT, 2001); e) “Disposição, dispor: estar ao serviço de alguém” (BARBOSA,
2004, p. 498); f) “Qualquer ato ou desempenho essencialmente intangível que uma parte pode
oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada” (KOTLER; KELLER, 2006, p.
397) e, finalmente, g) “Um processo, consistindo em uma série de atividades mais ou menos
intangíveis que, normalmente, mas não necessariamente sempre, ocorrem nas interações entre
o cliente e os funcionários de serviço e/ou recursos ou bens físicos e/ou sistemas do fornecedor de serviços e que são fornecidas como soluções para problemas do cliente” (GRONROOS, 2003, p. 65).
Uma abordagem bastante ampla sobre o conceito dessa palavra é exposta por este último autor, conforme o QUADRO 1, abaixo, fruto de uma ampla análise de várias obras.
37
QUADRO 1 - DEFINIÇÕES DE SERVIÇO
Autor / ano
Gummesson (1987b)
Free (1987)
Kotler e Bloom (1984)
Kotler (1988)
Andresen et al. (1983)
Lehtinen (1983)
Stanton (1974)
Blois (1974)
Bessom (1973)
Judd (1964)
Regan (1963)
AMA (1960)
Definição
Serviço é algo que pode ser comprado e vendido, mas que você não consegue deixar
cair sobre o seu pé.
O atendimento das expectativas do cliente durante uma venda e na atividade pósvenda, através de realização de uma série de funções que se equiparam ou que superama concorrência, de forma a prover um lucro incremental para o fornecedor.
Um serviço é qualquer atividade ou benefício que uma parte possa oferecer à outra
que seja essencialmente intangível e que não resulte em propriedade de coisa alguma. Sua produção pode ou não estar ligada a um produto físico.
Serviços são quaisquer benefícios intangíveis, que são pagos direta ou indiretamente
e que frequentemente incluem um componente físico ou técnico maior ou menor.
Um serviço é uma atividade ou uma série de atividades que tem lugar nas interações
com uma pessoa de contato ou com uma máquina física e que provê satisfação ao
consumidor.
Serviços (são) atividades separadamente identificáveis e intangíveis que proveem a
satisfação de um desejo quando colocados no mercado a consumidores e/ou usuários
industriais e que não estão necessariamente associados à venda de um produto ou de
um outro serviço.
Um serviço é uma atividade colocada à venda que gera benefícios e satisfações, sem
levar a uma mudança física na forma de um bem.
Para o consumidor, serviços são quaisquer atividades colocadas à venda que proporcionem benefícios e satisfações valiosas; atividades que o cliente não possa ou prefira não realizar por si próprio.
Serviços colocados no mercado: Uma transação no mercado, realizada por uma empresa ou por um empreendedor, onde o objeto da transação é outro que não a transferência de propriedade (ou título, se algum) de uma mercadoria tangível.
Serviços representam ou satisfações intangíveis apresentadas diretamente (transporte, acomodação), ou satisfação intangíveis apresentadas indiretamente quando da
compra de mercadorias ou de outros serviços (crédito, entrega).
Serviço: atividades, benefícios ou satisfações que são colocados à venda ou proporcionados em conexão com a venda de bens.
Fonte: GRÖNROOS, 2003.
Complementando as várias definições para o termo “serviço” e para aquilo que ele representa,
alguns autores apresentam ideias convergentes quando mencionam que há quatro características básicas que o identificam: inseparabilidade, intangibilidade, variabilidade e perecibilidade
(BATESON, 2001; GRÖNROOS, 2003; KOTLER, 2006).
A primeira característica – inseparabilidade – está ligada ao fato de as atividades prestadoras
de serviço serem produzidas e consumidas conjuntamente, ou seja, por meio da interação do
cliente com o prestador do serviço, o que impede que possam ser mantidas em estoque ou ser
submetidas a um controle de qualidade prévio. Isso faz com que só possam ser efetivamente
avaliadas no momento em que o serviço está sendo prestado.
A segunda característica – intangibilidade – é sinalizada como a mais marcante desse tipo de
atividade humana, já que priva o homem da utilização da maioria dos seus sentidos, princi-
38
palmente do uso do tato (sentido muito desenvolvido pelo homem, quando criança, e que carrega vida afora, pois dificilmente perde o hábito de tocar para tentar perceber algo, como se
tivesse “olhinhos na ponta dos dedos”), e tudo que é intangível é intocável, incluindo-se nessa
categoria os serviços.
Dessa forma, antes de serem efetivados, os serviços se incluem numa classe subjetiva, já que
só podem ser efetiva e totalmente percebidos após serem totalmente realizados, atingindo sua
completa possibilidade de percepção. Justamente por isso é que Grönroos (2003) disse que a
intangibilidade é a característica mais citada pela literatura, e também a mais importante. E
isso é verdadeiro na medida em que os clientes guiam suas escolhas por sinais ou evidências
nem sempre concretas, para aferir as qualidades do serviço buscado. Eles precisam se valer de
avaliações paralelas ou auxiliares, a partir de sinais externos, tais como instalações físicas,
maquinário existente, material de comunicação à disposição, preços, aparência em geral e, por
outro lado, de sinais subjetivos: informações ou referências de terceiros.
A terceira característica – variabilidade – trata das tantas variáveis que interferem no resultado
de uma prestação de serviço, que não se pode pensar em se obter um serviço exatamente igual
a outro. Essas variáveis dizem respeito, por exemplo, ao local da prestação, ao perfil do cliente e do prestador, e até a fatores subjetivos ainda maiores, como a expectativa que cada cliente
experimenta ao buscar o serviço.
A quarta, e última, característica – perecibilidade – aborda o fato de que a participação do
cliente é requerida para que uma prestação de serviço possa ser efetivada. Portanto, quando o
cliente se interessa em buscá-lo, não é possível que já o encontre pronto. Esse “tempo x qualidade” de execução, necessário à efetivação do serviço e à satisfação a ser produzida, é uma
equação que precisa ser resolvida de forma inteligente pelo profissional-prestador, para que
haja a satisfação do cliente sem sobrecarga excessiva para si e para o restante de sua clientela,
numa estratégia equilibrada que atenda a todas as partes envolvidas.
Portanto, o termo “serviço” pode ser caracterizado como uma atividade que ocorre por meio
da interação do cliente com o prestador de serviço, incluindo-se numa classe subjetiva (uma
vez ques só podem ser percebidos em sua totalidade após terem sido realizados). Além disso,
seus resultados são variáveis: estão ligados, por exemplo, ao perfil do cliente ou ao do prestador de serviço e, ainda, à necessidade de demanda, pelo cliente, para que o mesmo se inicie.
39
Assim, pode-se considerar, nesta dissertação, que marketing de serviços é o conjunto de atividades destinadas a obter e servir a demanda por serviços, de forma adequada, atendendo desejos e necessidades dos clientes com satisfação, lucratividade e qualidade.
Essa imensa gama de razões e desejos – desconhecidos previamente - faz com que os clientes
busquem determinado serviço, e que não seja possível um serviço pré-aprovado e com qualidade atestada, atendendo a todos da mesma maneira. Sob o ponto de vista dos clientes, o que
compõe as soluções para os seus problemas é um conjunto de recursos necessários para criar
um valor de serviço percebido por eles e, também, para apresentar boa qualidade. Grönroos
(2003, p. 85) sinaliza que qualidade é “qualquer coisa que o cliente perceba que ela seja”.
Nesse sentido, a qualidade do serviço passa a ser o resultado da comparação entre as expectativas do cliente e a sua percepção em relação ao serviço prestado (LOVELOK; WRIGHT,
2001; GRÖNROOS, 2003; KOTLER; KELLER, 2006). Portanto, as atividades de marketing
revestem-se de mais complexidade para aqueles que lidam no setor de serviço – sejam empresas prestadoras ou profissionais liberais.
Ainda em Grönroos (2003), vemos que a “qualidade” contém duas dimensões: a técnica e a
funcional. Por um lado, a qualidade técnica liga-se à avaliação final do serviço, ou seja, àquele resultado que venha a solucionar tecnicamente o problema. Essa dimensão pode ser medida
de forma mais objetiva. Por outro lado, a qualidade funcional está liga-se à forma como o
cliente vivencia todo o processo de produção do serviço, a que se encontra mais intimamente
inserido. Nesse caso, trata-se de uma percepção subjetiva, porque mais ligada a uma experiência particular do cliente. Assim, enquanto a qualidade técnica é aquilo que faz com que o
serviço sobreviva (condição primordial), a qualidade funcional é a que traz a oportunidade de
sua valorização e diferenciação de todos os demais serviços.
Para balizar melhor o que seria uma boa qualidade de serviços, percebida pelo cliente, Grönroos (2003) propõe os seguintes critérios:
Acessibilidade e flexibilidade: a disponibilidade do prestador serviço cria no cliente a percepção de que ele poderá ter suas demandas atendidas em termos de operacionalidade, horários, material humano disponível, logística e outros mais que forem necessários.
40
Atitude e comportamento: dá-se quando a maneira amistosa e espontânea do prestador do
serviço é percebida pelo cliente como um interesse real em ajudá-lo.
Confiabilidade e integridade: dá-se quando o prestador de serviços é visto pelo cliente com
confiabilidade, por estar certo que seus interesses serão defendidos da forma como foi acordado entre eles.
Panorama de serviço: a prestação de serviço em geral, do ambiente a toda a atmosfera em
que a prestação de serviço ocorre, criam no cliente a percepção de que vivenciará, positivamente, a satisfação das suas necessidades.
Profissionalismo e capacidade: o prestador de serviços é avaliado pelo cliente, que o percebe
como possuidor de conhecimento e recursos suficientes para a solucionar o problema apresentado.
Recuperação de serviço: há a percepção, por parte do cliente, de que erros ou problemas
serão imediatamente solucionados pelo prestador do serviço, para que ele, cliente, continue a
ter garantida a solução de seu problema.
Reputação e credibilidade: o prestador de serviços passa para o cliente a noção de que a parceria é justa e até vantajosa para o cliente, pois demonstra possuir valores, capacidade de desempenho e uma boa imagem, atributos que são apreciados e compartilhados pelo cliente.
Complementando, em marketing, a qualidade dos serviços pode ser gerenciada com base nas
dimensões em que é percebida: confiabilidade, responsabilidade, segurança, empatia e aspectos tangíveis. Confiabilidade refere-se à capacidade de prestar o serviço prometido com confiança e exatidão; responsabilidade trata da disposição para auxiliar os clientes e fornecer o
serviço prontamente; a segurança está relacionada ao conhecimento e cortesia dos funcionários e sua capacidade de transmitir confiança; a empatia traz consigo a demonstração de interesse e atenção personalizada aos clientes. E, finalmente, os aspectos tangíveis estão relacionados com a aparência das instalações físicas, equipamentos, pessoal e materiais de comunicação (MARKETING DE SERVIÇOS, 2010).
41
Em síntese, um fator preponderante na percepção da qualidade dos serviços, pelo cliente, é a
questão da imagem. Dessa forma, caso o cliente tenha uma boa imagem da empresa ou do
profissional prestador do serviço, tal fato impactará diretamente sobre a qualidade do serviço
a ser percebida por esse cliente. Mas a contrapartida também será verdadeira: em caso de
imagem negativa, qualquer deficiência na prestação do serviço será vista de forma exacerbada, com percepção aumentada quanto à baixa qualidade e quanto às deficiências (FITZSMMONS; FITZSMMONS, 2000; GRÖNROOS, 2003).
4.2 Imagem
O tópico “Imagem” abrangerá a perspectiva do marketing, bem como as perspectivas nos estudos sobre imagem/dimensões da imagem. Entretanto, é importante, primeiramente, uma
compreensão abrangente sobre o conceito de imagem.
Não há um consenso, entre os diversos autores, a respeito do significado do termo imagem
(POIESZ, 1989; JOLY, 1996; ENIS, 2001). No entanto, nota-se um imenso interesse pelo
assunto, que vem sendo estudado por diversas ciências e sob as várias perspectivas, desde a
Antiguidade (SALLES, 2004), já que é abordado sob os diversos aspectos, por autores de diversas áreas e a serviço de várias ciências. Isto evidencia que o vocábulo se presta a muito
mais que a um único significado, dependendo do contexto de sua utilização e, também, do
enfoque que lhe for dado.
A primeira fonte adotada como referência para esse conceito foi a do Dicionário Houaiss
(2010) que, dentre outras, apresenta as seguintes definições: a) aspecto particular pelo qual
um ser ou um objeto é percebido; cena, quadro; b) aquilo que apresenta uma relação de analogia, de semelhança (simbólica ou real); réplica, retrato, reflexo; c) pessoa que representa, simboliza ou faz lembrar alguma coisa abstrata; personificação; d) opinião (contra ou a favor) que
o público pode ter de uma instituição ou personalidade; e) representação ou reprodução mental de uma percepção ou sensação anteriormente experimentada e f) representação mental de
um ser imaginário, um princípio ou uma abstração.
42
O vocábulo imagem tem expressão de peso e conotação básica de entendimento em algumas
áreas do conhecimento humano, a saber: comunicação social, comunicação visual, marketing,
matemática, física, astronomia, psicologia, linguística, artes em geral, religiões em geral, filosofia, história, geografia, sociologia, entre outras; ou seja, praticamente todos os ramos da
ciência que estudam o homem, suas relações interpessoais e as relações deste com o universo.
Imagem (do latim: imago) significa a representação visual de um objeto. Em grego
antigo, corresponde ao termo eidos, raiz etimológica do termo idea ou eidea, cujo
conceito foi desenvolvido por Platão. A teoria de Platão, o idealismo considerava a
ideia (ou ideia) da coisa, a sua imagem, como sendo uma projeção da mente. Em outros termos, uma representação subjetiva sobre algo (SALLES, 2004): “Chamo de
imagens em primeiro lugar as sombras, depois os reflexos que vemos nas águas ou
na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes e todas as representações do gênero” (PLATÃO, 1996).
Aristóteles, pelo contrário, considerava a imagem como sendo uma aquisição pelos sentidos
humanos (visão, audição, tato, olfato e gustação). Entende-se, portanto, que a imagem, sob a
ótica aristotélica, é uma representação visual sobre algo, a representação mental de um objeto
real, fundando a teoria do realismo (SALLES, 2004). A controvérsia estava lançada e chegaria aos nossos dias, mantendo-se viva em vários domínios do conhecimento.
Nas ciências exatas, como em matemática, o termo imagem é entendido como representação
de um objeto especializado que exige técnicas e ferramentas especiais. A título de exemplo: a
noção de conjunto (HOUAISS, 2008). Na linguística – outra ciência – o termo imagem aproxima-se do sinônimo de metáfora: uma comparação subentendida: a significação de uma palavra transferida para outra. A título de ilustração, pode-se mencionar a expressão “macaco
velho” sendo empregada para fazer referência/comparação de um animal (com idade avançada) com uma pessoa bastante experiente – que é próprio da palavra velho/muito tempo (DICIONÁRIO WEB, 2009). Já nas ciências das artes e da comunicação, a imagem pode ser uma
representação por meio de um quadro pintado ou de um filme no cinema – algo que simboliza
o ambiente visual (HOUAISS, 2008).
Finalmente, no senso comum,4 e na época atual, imagens são, por exemplo, as provenientes de
propagandas impressas em jornais, outdoors, as roupas, os carros e, ainda, aquilo que é exibi-
4
“É o modo comum e corrente do conhecimento humano que se adquire no contacto direto com a realidade.
Assim, o senso comum é este saber empírico e imediato que adquirimos espontaneamente sem nenhuma procura
sistemática ou metódica e sem qualquer estudo ou reflexão prévia” (FERNANDES; BARROS, 2004, p. 14-16).
43
do em filmes de cinema (IMAGEM, 2009). Abaixo, será dada sequência ao estudo da imagem, sob a perspectiva do marketing.
4.2.1 A Perspectiva do Marketing
Neste item, a imagem será tratada conforme a perspectiva do marketing. A teoria da imagem
recebe diferentes abordagens no campo do marketing. Não existe consenso sobre o conceito,
assim como sobre o processo de construção das imagens (POIESZ, 1989; DOBNI;
ZINKHAN, 1990; KEAVENEY; HUNT, 1992; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Um ícone para os estudos acerca de imagem foi a obra “The Image”, publicada por Kenneth
Boulding, na década de 1950. A obra traz, como interesse humano, o papel das imagens em
várias áreas como, por exemplo, sociologia do conhecimento, atividades econômicas e teoria
das organizações. Nas palavras do autor, “as imagens percebidas pelas pessoas atuam diretamente em seus comportamentos” (BOUDING, 1956, p. 6).
Tomando-se uma perspectiva histórica, sob o foco de Platão – Teoria do Idealismo – a imagem seria a ideia/mente projetada. De forma divergente, para Aristóteles – Teoria do Realismo – a imagem seria o objeto real representado na mente e os sentidos seriam a ferramenta de
captação da mesma (PORTO, 2011).
Assim, a imagem exerce uma grande influência no direcionamento do comportamento das
pessoas, pois a mesma é o modo pelo qual as pessoas têm para conhecer o mundo (BARICH;
KOTLER, 1991; IASBECK, 1999). Ter a compreensão a respeito do comportamento do público alvo é um dos objetivos dos teóricos de marketing; nesse sentido, o tema imagem (que
motiva o comportamento das pessoas) torna-se interessante e significativo para os mesmos.
Com essa perspectiva, tem ocorrido a aplicação da imagem, entre outros, na gestão de lojas,
marcas, produtos, organizações e profissões (BOULDING, 1956; MARTINEAU, 1957; LINDQUIST, 1975; DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990; BARICH; KOTLER, 1991;
STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001; ITUASSU, 2004; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2004,
44
2005; GRASSELI, 2007; GRASSELI; SOUKI, 2007; AMORIM, 2007; SOUKI; AMORIM;
MENDES, 2008).
O foco, nesta dissertação, está associado basicamente à aplicação da imagem na gestão da
profissão de Fonoaudiologia. Entretanto, a título de complementação, e por proximidade, tratar-se-á também, e primeiramente, da aplicação da imagem na gestão de marcas/produtos.
Como primeiro plano, com referência à aplicação da imagem na gestão de marcas/produtos,
vale destacar que as imagens de marca e de produto, na literatura de marketing, são apresentadas como sinônimos, apesar de não terem o mesmo significado. Dobni e Zinkhan (1990)
diferenciam essas duas imagens da seguinte maneira: a imagem de produto reforça atributos
funcionais, emocionais, cognitivos e simbólicos: já a imagem de marca não enfatiza tanto os
aspectos funcionais.
Stern, Zinkhan e Jaju (2001) dividem em detalhes os conceitos de imagem de marca/produto
conforme os seguintes focos: visão geral, visão no simbolismo, visão nas mensagens, visão na
personalidade e visão sob os aspectos psicológicos ou cognitivos.
45
QUADRO 2 - Definições de imagem da marca/produto
Conceitos de imagem de marca/produto
ÊNFASE
DEFINIÇÃO
As imagens de produto ou marca indicam um conjunto de impressões presentes na mente
das pessoas (DITCHER, 1985).
Geral
Afirma que a imagem da marca é a soma total das impressões que o consumidor recebe de
muitas fontes (HERZOG, 1963).
Identifica que produto é uma soma dos significados que ele comunica (NEWMAN, 1957).
Perspectiva semiótica: produtos e marcas estudados como signos. Os componentes semânticos da imagem de marca incluem questões técnicas, características dos produtos, valor
financeiro ou adequação social (NOTH, 1988).
Simbolismo
Dois tipos de valor: um valor funcional, que expressa a utilidade do produto, e um valor
simbólico (imagem) (POHLMAN; MUDD, 1973).
As pessoas compram objetos não somente pelo que eles podem fazer, mas também pelo
que eles significam (LEVY, 1958).
A imagem da marca não é simplesmente um conjunto de atributos, mas é uma declaração
sobre o que o produto significa para o consumidor (BROMLEY, 1993).
No comportamento de consumo simbólico, o interesse está em investigar o papel dos produtos como “mensagens” ou “comunicação não verbal” transmitida pelos usuários/donos
(SWARTZ, 1983).
Significado ou
O consumidor compra um produto não somente por seus atributos físicos e funcionais, mas
Mensagem
também pela conexão significativa com o produto ou marca. Imagem é uma interpretação,
um conjunto de inferências e reações, pois não é o objeto em si, mas refere-se a ele (LEVY; GLICK, 1973).
Valor físico ou simbólico do produto comprado no mercado (GRUBB; GRATHWOL,
1967).
Os produtos têm uma imagem de personalidade determinada pelas características físicas,
propaganda, e outras associações de Marketing e psicológicas (SIRGY, 1985).
Personificação
Personalidade da marca ou caráter da marca envolve a descrição do produto como se fosse
um ser humano (HENDO; WILLIAMS, 1985).
Significado psicológico. Compreensão e avaliação do consumidor sobre o produto
(FRIEDMAMN; LEISSIG, 1987).
Imagem de marca é o que as pessoas pensam e sentem em relação a ela (BULLMORE,
1984).
Preferência por marca é uma função da percepção associada com as alternativas. A imagem
da marca tem um papel significante em situações nas quais o indivíduo tem dificuldade de
Cognitivo ou
obter uma mensuração dos atributos importantes do produto (GENSEH, 1978).
Elementos PsicoImagem de marca é uma atitude sobre uma marca específica (BIRD; CHANNON;
lógicos
EHRENBERG, 1970).
A imagem é um construto mental desenvolvido pelo consumidor. São sistemas de inferência, é um todo ordenado e construído pelo consumidor, iniciando pelas partes, para iluminar a complexidade do todo (REYNOLDS, 1965).
O conjunto de ideias, sentimentos e atitudes que o consumidor tem sobre o produto/marca.
A natureza social e psicológica do produto (GARDNER; LEVY, 1955).
Fonte: Adaptado de Stern, Zinkhan e Jaju (2001).
Já Herzog (1963) conceitua a imagem como sendo o somatório de todas as impressões formadas pelo consumidor a respeito da marca. Convergindo com esse olhar, Newman (1957) apresenta um foco mais amplo para o conceito de imagem de marca/produto: a imagem que o consumidor tem da marca é toda associação que ele faz à mesma, sendo que diversas facetas podem estar atreladas a essa imagem, tais como: a social, a psicológica, a funcional, dentre outras. O autor ressalta, ainda, que os limites da imagem da marca estão delineados pelo formato
46
da propaganda, pelo veículo de comunicação, assim como pelas caracterísitcas inerentes ao
produto. Outros autores, como Erickson, Johannson e Chao (1984), definem a imagem como
sendo a unificação dos atributos físicos com os aspectos do produto. A imagem como a percepção de produto é a definição adotada por Lindquist (1975).
Ressaltando os atributos físicos do produto somados a elementos como, por exemplo, valor
monetário, divulgação no mercado e fatores de ordem psicológica, Sirgy (1985) e De Toni
(2005) consideram que uma “imagem de personalidade” está atrelada ao produto. Dando ênfase aos fatores psicológicos vinculados à imagem e aliados aos fatores cognitivos, Reynolds
e Gutman (1984) focam, prioritariamente, nas implicações que a imagem – totalidade de atributos do produto - produz na mente do consumidor. Complementando essas ideias, para Enis
(2001), as imagens estão na mente do indivíduo, ordenadas conforme a significação atribuída
por ele próprio e, nesse contexto, elas funcionarão como guias de conduta.
Em resumo, pode-se considerar que o comportamento de aquisição, apresentado pelo consumidor, é uma decorrência da imagem da marca ou produto. Entretanto, esse comportamento
de aquisição, em geral, é determinado, prioritariamente, pela representação que o consumidor
tem do produto ou da marca, ficando em segundo plano as peculiaridades do produto (LEVY,
1959). Fazendo menção a James Duesenberry, já no ano de 1949, Dobni e Zinkhan (1990)
sinalizam que, para esse autor, a compra – na qualidade de comportamento – talvez seja mais
valorosa frente aos benefícios que o produto trará para o consumidor.
Finalmente, abordar-se-á a aplicação da imagem na gestão da profissão de Fonoaudiologia.
Antes de principiar qualquer abordagem sobre a possível imagem apresentada pela sociedade,
em relação à profissão de Fonoaudiologia e ao fonoaudiólogo, faz-se necessário falar um pouco sobre psicologia social, para uma melhor compreensão do assunto, ressaltando-se que, nesse contexto, a Teoria das Representações Sociais tem sido amplamente debatida. Conforme
Moscovici (1981), o termo Representações Sociais pode ser compreendido como equivalente
ao conjunto de mitos e crenças das sociedades tradicionais, ou mesmo o conceito de senso
comum na sociedade contemporânea – sendo esse conjunto originado no decorrer das comunicações interpessoais.
47
Strey et al. (1998) afirmam que estudar representações sociais é o mesmo que ir em busca do
conhecimento da maneira como um grupo humano constrói a totalidade de saberes que expressam a identidade de um grupo social. Assim, o valor desse estudo proporciona uma melhor compreensão da posição mercadológica e, ainda, da conduta das pessoas na criação de
uma imagem. Cabe destacar, também, que a identidade de uma classe profissional, assim como os conhecimentos construídos, denunciam os comportamentos adotados pelas pessoas
como, por exemplo, a escolha de um profissional prestador de um determinado serviço, motivada, prioritariamente, por questões de ordem da religião, do simbolismo e do afeto, vindo, a
seguir, os motivos de ordem racional.
Ao apresentar um comportamento ético, conveniente, sério e responsável, o profissional vai
modelando uma representação social que, com essa direção, espelha no contexto social uma
imagem positiva para a profissão. Tal comportamento tem como frutos a valorização da categoria profissional, o respeito e o reconhecimento de sua classe (MORAIS, 2007; MARION,
1997).
O respeito e reconhecimento de uma categoria profissional estão, também, atrelados ao resultado de um processo de avaliação, no qual o cliente/paciente compara suas expectativas com o
serviço que ele percebe ter recebido, ou seja, ele coloca o serviço percebido contra o serviço
esperado e o resultado desse processo é a qualidade de serviço percebida: é a satisfação
(GRÖNROOS, 1984). Sob uma outra perspectiva, a satisfação, assim como a percepção sobre
o sucesso, são dependentes do “serviço esperado” e do “serviço percebido”.
Sendo assim, há uma interação entre os clientes/pacientes e o serviço a ser produzido. Em
serviços de saúde, a maioria dos clientes/pacientes não consegue diferenciar entre o “cuidado”
(expressivo) e a “cura” (técnica) e, por consequência, fundamenta sua avaliação do serviço
prioritariamente no desempenho expressivo das pessoas (fonoaudiólogos, médicos e psicólogos) – com quem mantém contato durante o encontro de serviço – e, secundariamente, no que
é realizado tecnicamente durante o encontro (BOPP, 1990).
Desse modo, reconhecimento e valorização também são construidos pela impressão positiva
decorrente do atendimento profissional. Cabe ressaltar a importância do cenário que envolve o
atendimento, ou seja, metas e valores que permeiam o ambiente de trabalho, o grupo de profissionais formando um time que apresente propósitos comuns, dentre outros. Agregada a
48
todos esses fatores está a considerável influência da imagem de uma pessoa na imagem profissional. Nesse sentido, essa influência poderá ser positiva ou negativa (BEKIN, 1995; AMADEU, 2001).
Portanto, uma imagem profissional positiva é o resultado de um caminhar cuidadoso no longo
processo de gestão da carreira, que envolve uma multiplicidade de fatores que se interrelacionam. Na visão de Amadeu (2001), a construção segura de uma imagem profissional
requer, dentre outros fatores, ética no relacionamento frente aos concorrentes, a constante
aquisição de novos conhecimentos, uma saudável relação com o mercado em que atua, clareza
nos objetivos a serem alcançados, bem como um elevado grau de resiliência perante o estresse
do dia-a-dia. Dessa forma, o produto dessa construção – a imagem profissional positiva – corresponde à sua “marca” (AMADEU, p. 154 ).
Em sintonia com esta linha de raciocínio, para Moura (2003), os instrumentos para o reconhecimento e a valorização de qualquer profissão são a qualidade e o comprometimento dos profissionais que atuam nela. Finalizando, vale destacar a necessidade de investimentos na área
de marketing, pois esta área disponibilizará outros instrumentos que também se traduzirão em
reconhecimento e valorização da profissão, bem como do profissional.
Em síntese, Marion (1997) orienta que, além de executar suas tarefas, o profissional deve ministrar palestras, ter um logotipo moderno em seu cartão, alimentar rede de amigos influentes,
entre outras ações para se construir o marketing pessoal – requisito fundamental para a gestão
de carreiras. O prestador de serviço de fonoaudiologia deverá acrescentar valor mensurável
para o seu cliente. As pessoas deverão elogiar o profissional: dessa forma, o marketing bocaa-boca estará iniciado. Assim, poderá ser formada uma boa imagem do profissional que contribuirá, consequentemente, para uma sólida representação diante da sociedade.
4.2.2 Perspectivas nos estudos sobre Imagem/Dimensões da Imagem
O conceito de imagem apresentada, já nos idos de 1950, foi bastante representativo quanto ao
aspecto de conduta do consumidor. Entretanto, com o decorrer dos anos, esse conceito foi
sendo remodelado. Nesse sentido, Dobni e Zinkhan (1990) apresentaram um estudo com um
49
apanhado de conceitos de imagem e os organizaram conforme suas visões sobre as primordiais dimensões da imagem.
Já May (1974) ressalta que as dimensões da imagem têm diversas classificações, podendo ser
divididas em mutáveis e imutáveis, significantes e insignificantes, mensuráveis e não mensuráveis, tangíveis e intangíveis, dentre outras. Os aspectos tangíveis da imagem estariam relacionados a atributos físicos e benefícios funcionais, enquanto os intangíveis seriam as associações, de diversos tipos, que fazemos a respeito de um objeto ou entidade (MAY, 1974; LINDQUIST, 1975; REYNOLDS; GUTMAN, 1984; STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001).
Outros autores (DOBNI; ZINKHAN, 1990; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2004, 2005)
afirmam sobre a existência de quatro dimensões especialmente importantes (FIG. 2) no desenvolvimento de um estudo sobre a imagem, no que se refere à prestação de serviços. São
elas:
FIGURA 2 - Principais dimensões da imagem
Fonte: Desenvolvido pela autora com base nas dimensões propostas por Dobni e Zinkhan (1990).
Dimensão Cognitiva: construções mentais dos consumidores com base nos seus pensamentos, impressões (presentes e passadas), julgamentos, percepções, e que ocorrem ao contratante
quando em contato com o prestador dos serviços. Aspectos mais práticos, como o custo do
serviço frente ao valor agregado que ele ensejará, sua qualidade frente às expectativas de
50
quem avalia, dentre outros, estariam inseridas nesta dimensão (MARTINEAU, 1958;
DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2005).
Dimensão Emocional: é normalmente fruto do contato direto entre as partes envolvidas, o
que faz surgir emoções, estados de ânimo e sentimentos diversificados, tanto positivos quanto
negativos (REYNOLD; GUTMAN, 1994; POIESZ, 1989).
Dimensão Funcional: diz respeito ao aspecto físico que envolve o prestador, o local, as instalações, os recursos em geral e o material humano, dentre outros (STERN; ZINKHAN; JAJU,
2001; DE TONI; MILAN; SCHULER, 2005; LOVELOCK; WRIGHT, 2005).
Dimensão Simbólica: a simbologia tem mais significado do que o próprio serviço em si e
normalmente depende de valores motivadores anteriores, ligados à autoimagem, aos padrões
sociais, etc. Está estreitamente ligada aos significados que o consumidor atribui ao serviço
que busca (MARTINEAU, 1958; LEVY, 1959; DICHTER, 1985; DOBNI; ZINKHAN, 1990;
STERN; ZINKHAN; JAJU, 2001). Ressalte-se que essas quatro dimensões são interrelacionadas e podem influenciar umas as outras, mesmo se avaliadas em separado (BURKE;
EDELL, 1989).
A título de exemplificação e complemento, na FIG. 3, há uma representação de como Grasseli
(2007) e Grasseli e Souki (2007) simbolizaram essas quatro dimensões aqui citadas, sob o
ponto de vista de diversos stakeholders no que tange à imagem do profissional de arquitetura.
51
FIGURA 3 - Modelo de avaliação da imagem da Arquitetura
Fonte: GRASSELI; SOUKI, 2007.
Quando realizaram estudos sobre a imagem do profissional de fisioterapia, Amorim (2007) e
Souki, Amorim e Mendes (2008) também levaram em consideração as quatro dimensões já
citadas, e, com base na visão dos vários stakeholders entrevistados, apresentaram um quadro
onde levaram em conta a avaliação da imagem do profissional aqui citado (FIG. 4).
52
FIGURA 4 - Modelo de avaliação da imagem e da identidade da Fisioterapia
Fonte: AMORIM (2007); SOUKI; AMORIM; MENDES (2008).
Mendes et al. (2008), por sua vez, estudaram essas mesmas quatro dimensões na produção da
figura abaixo, tomando por base as informações contidas nas entrevistas realizadas na área da
prestação de serviço do psicólogo, sob o ponto de vista dos stakeholders entrevistados, conforme se vê na FIG. 5.
Com base na mesma pesquisa, Mendes, Souki e Grasseli (2008) estudaram a dimensão funcional da imagem da psicologia:
53
FIGURA 5 - Modelo de avaliação da imagem da Psicologia
Fonte: MENDES, 2008.
Além das simbolizações referentes à imagem do profissional de arquitetura, de fisioterapia e
de psicologia, foi também trazida a simbolização no que tange à imagem do Turismo. Conforme Bezerra (2009), o estudo sobre as dimensões da imagem – na profissão do Turismo –
apresenta o modelo a seguir (FIG. 6).
54
FIGURA 6 - Modelo de avaliação da imagem do Turismo de Natureza
Fonte: BEZERRA, 2009.
Por último, a respeito dos estudos sobre a imagem, especialmente a imagem de serviços, vale
lembrar que há uma inter-relação nas dimensões cognitiva, emocional, funcional e simbólica
da imagem, assim como podem ocorrer, entre as mesmas, influências mútuas. Dentro dessas
considerações, há de se ressaltar que o poder de persuasão da imagem tem basicamente três
raízes para a determinação do comportamento das pessoas: os variados meios de comunicação, os comentários e influências oriundos da experiência de outras pessoas e, ainda, das experiências da própria pessoa quando em interação com um serviço ou produto (MARTINEAU, 1958).
Sintetizando, as imagens influenciam o comportamento das pessoas e podem ser falsas ou
verdadeiras, imaginárias ou reais, pois nem sempre são exatas. Considerando as ideias de Keller & Machado (2006), o inter-relacionamento da imagem positiva com os desejos e ações
comportamentais dos indivíduos merece atenção especial durante todo o processo de gestão
da carreira profissional. Afinal, é essa imagem positiva que proporcionará os requisitos para o
55
delineamento dos focos mercadológicos, que buscam a valorização progressiva frente aos
pacientes/clientes.
56
5 METODOLOGIA
A metodologia adotada para esta dissertação caracteriza-se, quanto ao seu tipo, como uma
pesquisa qualitativa. É bibliográfica e de campo, quanto aos meios; e descritiva, quanto aos
fins. Compõem o universo de pesquisa os stakeholders envolvidos com a Fonoaudiologia na
cidade de Belo Horizonte e Betim - MG. A amostra – realizada pelo método não probabilístico – foi composta por 45 indivíduos. Para a seleção dos sujeitos, doze categorias de stakeholders foram contempladas. A coleta de dados ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica e de
entrevistas. Adotamos, também, a técnica projetiva de construção de desenhos. E, finalmente,
a análise de conteúdo caracterizou-se como a ferramenta para o tratamento dos dados – seguindo proposta de Bardin (1997).
5.1 Tipo de pesquisa
Para o presente trabalho, realizou-se uma pesquisa qualitativa, que proporciona uma melhor
compreensão e visão do contexto do problema (MALHOTRA, 2001). Segundo Gonçalves e
Meirelles (2002), é a mais indicada para que os valores, as percepções e as atitudes do público
pesquisado sejam levados em conta, já que a tônica é entender em profundidade esse público.
As pesquisas qualitativas são aquelas entendidas como “capazes de incorporar a questão do
significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações, e às estruturas sociais,
sendo essas últimas tomadas tanto no seu advento quanto na sua transformação, como construções humanas significativas” (MINAYO, 2000, p. 10).
Indica-se a aplicação desse método quando existe a possibilidade de o problema de pesquisa
envolver questões em que os participantes da amostra não desejam responder diretamente ou
que não querem ser verdadeiros, quando perguntas relacionadas a sua privacidade sejam
abordadas, causando desconforto. A aplicação desse método considera, ainda, a incapacidade
de as pessoas darem respostas precisas a questões que apelam para o seu subconsciente (MALHOTRA, 2001).
57
A tônica da pesquisa qualitativa é fazer com que o pesquisador compreenda o fenômeno sob o
ponto de vista dos stakeholders, para então pautar sua interpretação na análise do fenômeno.
Os estudiosos da matéria admitem que esse tipo de pesquisa pode ter seus objetivos revelados
ou disfarçados quando de sua produção – abordagem direta ou indireta (Malhotra, 2001), sendo que o presente trabalho utilizou-se de ambas as abordagens.
Faz-se pertinente a escolha da abordagem qualitativa, tendo em vista que a investigação foi
desenvolvida em uma ótica interpretativa, exigindo, assim, uma postura crítica do pesquisador
quanto à percepção e coleta de indicadores que serviram de recursos para as diversas faces do
problema de pesquisa.
O objetivo do trabalho foi obter material para um estudo inicial, cujo foco foi a identificação e
a análise da imagem da fonoaudiologia e do profissional, por meio da percepção dos
stakeholders, no que tange ao reconhecimento e a valorização da profissão, do profissional e
do mercado de trabalho.
São as análises qualitativas que apresentam características descritivas, essencialmente, e utilizam, com frequência, depoimentos e transcrições de entrevistas e citações, que possibilitam
corroborar os resultados e disponibilizar alguns pontos de vista (TRIVINÕS, 1987).
O tipo de pesquisa – qualitativa - utilizado neste trabalho tomou a classificação de Vergara
(2006) quanto aos fins e quanto aos meios. No que se refere aos fins a pesquisa foi descritiva.
A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua
natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora
sirva de base para tal explicação (VERGARA, 2006, p. 47).
Quanto aos meios, a pesquisa foi bibliográfica e de campo. Bibliográfica porque fundamentou
o referencial teórico sobre o tema proposto. Nas palavras de Gil (1996, p. 4), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos”. São consideradas fontes de material bibliográfico também as revistas, jornais e redes eletrônicas. De campo, porque foram realizadas entrevistas junto aos
stakeholders envolvidos com a Fonoaudiologia. A pesquisa de campo é definida por Vergara
58
(2006, p. 47) como uma “investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um
fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo”.
Procedeu-se à gravação em áudio de todas as entrevistas, com transcrição integral, e submeteram-se os dados obtidos a uma análise de conteúdo, conforme preconizado pelo autor abaixo
citado:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visa obter, por procedimentos
sistemáticos e objetivos de descrições do conteúdo das mensagens, indicadores
(quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens (BARDIN,
1997, p. 7).
5.2 Universo e amostra de pesquisa
Segundo Vergara (2006), o universo trata de toda uma população e, no caso desta dissertação,
o universo estudado foram todos os stakeholders envolvidos com a Fonoaudiologia, na cidade
de Belo Horizonte e Betim - MG.
Já a amostra é parte do universo e pode ser probabilística e não probabilística. A amostra da
pesquisa foi composta por 45 indivíduos e a escolha foi realizada pelo método não probabilístico, já que não foram utilizadas técnicas estatísticas para tal escolha, levando-se apenas em
consideração a disponibilidade da autora para coletar dados. A seleção dos respondentes foi
constituída por conveniência, significando, assim, que a amostra apresenta caráter não probabilístico. Assim, cabe destacar que há um impedimento para que os resultados obtidos sejam
inferidos para um contexto mais amplo no universo da Fonoaudiologia.
5.3 Seleção dos sujeitos
Os sujeitos da pesquisa foram as pessoas escolhidas para fornecer os dados necessários. Assim, para o objetivo geral desta dissertação - identificar e analisar a imagem da Fonoaudiologia, por meio da percepção dos stakeholders, no que tange ao reconhecimento e a valorização
59
da profissão, do profissional e do mercado de trabalho – este estudo teve como sujeitos selecionados, as seguintes 12 (doze) categorias de stakeholders:

Fonoaudiólogos atuantes: 8 (oito).

Fonoaudiólogos não atuantes: 2 (dois).

Fonoaudiólogo atuante no Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia: 1 (um).

Fonoaudiólogo atuante no Sindicato de Fonoaudiologia: 1 (um).

Diretores, Coordenadores e professores de cursos de Fonoaudiologia: 4 (quatro).

Estudantes de Fonoaudiologia: 3 (três)

Profissionais das áreas de sombreamento, a saber: médicos, dentistas e fisioterapeuta:
4 (quatro).

Professores e pedagogos de escolas de ensino Fundamental e Médio: 2 (dois).

Clientes/pacientes em tratamento de Fonoaudiologia: 3 (três).

Clientes/pacientes que interromperam o tratamento de Fonoaudiologia: 5 (cinco).

Clientes/pacientes que concluíram o tratamento de Fonoaudiologia: 6 (seis).

Clientes/pacientes potenciais para o tratamento de Fonoaudiologia: 6 (seis).
Um modelo teórico de análise de pesquisa, considerando os públicos mais relevantes para a
constituição da imagem da profissão e do profissional de Fonoaudiologia, foi desenvolvido
para esta dissertação (FIG. 7). Para tal, partiu-se, também, das informações obtidas por meio
de revisão de literatura, de consultas a especialistas e, ainda, da experiência clínica profissional da autora.
60
Fonoaudiólogos
atuantes
Professores e Pedagogos de
escolas de ensino fundamentas e
médio
Pacientes/Clientes potenciais para
o tratamento de Fonoaudiologia
Fonoaudiólogos não
atuantes
Dimensões da Imagem
Dimensão
Funcional
Dimensão
Cognitiva
Pacientes/Clientes que concluíram
o tratamento de Fonoaudiologia
Sindicato de Fonoaudiologia
Diretores, Coordenadores e
Professores de cursos de
Fonoaudiologia
Pacientes/Clientes que interromperam
o tratamento de Fonoaudiologia
Pacientes/Clientes em tratamento
de Fonoaudiologia
Conselho Federal e Regional
de Fonoaudiologia
Estudantes de Fonoaudiologia
Dimensão
Simbólica
Dimensão
Emocional
Profissionais das áreas de
sombreamento: Médicos,
Fisioterapeutas e Dentistas
FIGURA 7 - Modelo de avaliação da imagem da Fonoaudiologia
Fonte: Desenvolvido pela autora da dissertação com base em Grasseli (2007), Grasseli e Souki (2007), Amorim
(2007), Mendes (2008) e Bezerra (2009).
5.4 Coleta de dados
A própria pesquisadora, auxiliada por um mestre e professor de marketing, procedeu à coleta
de dados primários, por meio de pesquisa bibliográfica e de entrevistas com roteiros de caráter
semiestruturado – roteiros com base em questões abertas, especialmente criadas para cada
categoria de stakeholder. Tal técnica tem respaldo em Marconi e Lakatos (1999), possibilitando a obtenção de informações precisas, aprofundadas e relevantes, e que não estão presentes em nenhuma outra fonte, incluindo a documental.
Lançou-se mão, simultaneamente, de outra técnica, que tornou possível aprofundar a percepção do indivíduo quanto a questões determinadas: a técnica de construção de desenhos. Com
base nessa técnica, é possível conhecer mais detalhadamente o que está por trás do discurso
do sujeito, a respeito do tema abordado. Malhotra (2001) define a técnica projetiva como
61
aquela que instiga os entrevistados a projetarem suas atitudes, valores, crenças, motivações ou
sensações, que não se manifestam claramente (ficando encoberta ou implícita) sobre a questão
pesquisada. Além disso, é uma maneira não estruturada e indireta de se fazer perguntas. Donouche complementa esse conceito ressaltando que, quanto menos estruturado for este incentivo, maior é a possibilidade de projeção (DONOUCHE, 2000, p. 8).
Reforçando o entendimento, a construção de desenhos é uma técnica válida para obtenção de
dados de estudos por meio da imagem. Vergara (2008) sinaliza que uma imagem gráfica, elaborada pelos sujeitos do estudo, é uma fonte de dados.
Nesta dissertação, o que se procurou, primordialmente, foi ter em mãos material ilustrativo,
representado pelos desenhos obtidos, muito embora tais desenhos tenham se transformado em
elemento auxiliar na análise das entrevistas, quando associados às palavras-chave e às frasesrespostas dos entrevistados.
Procurando mostrar que o desenho pode ser uma técnica válida e bastante útil na análise aqui
já descrita, serão usadas as palavras de Van Kolck (1984): “[...] constitui em condição ótima
para a projeção da personalidade, possibilitando a manifestação mais direta de aspectos de
que o sujeito não tem conhecimento, não quer ou não pode revelar”. Para esse autor, o desenho se encaixa como técnica expressiva, considerando que tais técnicas se caracterizam como
associativas, de construção, de questionamento projetivo ou expressivas.
Cabe sinalizar que, para esta dissertação, a adoção do recurso do desenho objetivou apenas
um recurso ilustrativo das palavras a ele associadas, uma vez que o potencial de tal técnica
apresenta uma amplitude bastante vasta no tocante a interpretações de diversas ordens.
Para finalizar, refere-se que, também, foram utilizados dados secundários, ou seja, todos aqueles que fizeram parte da pesquisa bibliográfica, documental e, também, de uma pesquisa menos formal, feita a sites da internet. Todos esses dados foram vinculados, ainda que de forma
indireta, ao objetivo principal da pesquisa.
62
5.5 Tratamento dos dados
Tratamento dos dados refere-se àquela seção na qual se explicita para o leitor como
se pretende tratar os dados a coletar, justificando porque tal tratamento é adequado
aos propósitos do trabalho. Objetivos são alcançados com a coleta, o tratamento e,
posteriormente com a interpretação dos dados; portanto não se deve esquecer de fazer a correlação entre objetivos e formas de atingi-los (VERGARA, 2006, p. 59).
O tratamento dos dados deu-se por meio da análise de conteúdo, conforme Bardin (1997),
considerando que esse recurso é aplicado quando se tem a comunicação representada pela
linguagem verbal e as respectivas ideias. Portanto, foi dessa forma que os dados obtidos das
entrevistas, bem como o processo interpretativo dos desenhos e de suas palavras associadas
foram tratados:
[...] a análise de conteúdo refere-se a uma decomposição do discurso e identificação
de unidades de análises ou grupos de representações para uma categorização dos fenômenos, a partir da qual se torna possível uma reconstrução de significados que apresentem uma compreensão mais aprofundada da interpretação de realidade do
grupo estudado (SILVA, GOBBI E SIMÃO, 2005, p. 70).
A análise de conteúdo deu-se nas três fases propostas por Bardin (1997): pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados e interpretações.
A primeira fase - pré-análise – constou da organização dos materiais que foram utilizados na
coleta de dados e que contribuíram para o entendimento de todo o processo. Fizeram parte da
pré-análise leituras sobre o assunto escolhido, a identificação do campo a ser pesquisado, a
fixação dos objetivos, a estruturação das hipóteses para chegar-se aos mesmos, a escolha dos
índices e indicadores, bem como a preparação de todo o material que daria suporte à pesquisa.
Na segunda fase – exploração do material – por meio do levantamento das hipóteses e do referencial teórico, foi feito um aprofundamento do campo de pesquisa; e os dados a serem coletados passaram por um processo de avaliação mais profunda.
E, na terceira fase – tratamento dos resultados e interpretações – foram tratados os dados, tabulados e aferidos, dando ênfase a cada informação obtida. Foi nesse ponto que ocorreram as
interpretações para o pesquisador pudesse inferir tudo aquilo que pudesse colaborar com os
objetivos deste estudo, e que servisse de base teórica para a fixação dos resultados, a fim de
63
também poderem, futuramente, abrir novas possibilidades investigativas sobre as questões
aqui exploradas.
Vale mencionar, ainda, que a análise de conteúdo se fez por unidades temáticas que, segundo
Cooper e Schindler (2003, p. 347): “são abstrações de nível mais alto, inferidas de sua conexão com uma estrutura ou padrão únicos no conteúdo”.
Por fim, para a análise da imagem do fonoaudiólogo foram adotadas as dimensões de imagem
propostas por De Toni et al. (2005), a saber: cognitiva, emocional, funcional e simbólica – já
detalhadamente descritas em capítulo anterior.
64
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para alcançar os objetivos propostos nesta dissertação, foi identificada a imagem da profissão
e do profissional de Fonoaudiologia, conforme seus stakeholders. Para este fim, utilizou-se a
perspectiva das dimensões propostas por De Toni et al. (2004, 2005), a imagem do mercado
de trabalho do fonoaudiólogo e o conhecimento sobre marketing que os stakeholders têm desta profissão.
Três categorias e três subcategorias foram identificadas por meio da análise dos dados. As
categorias e subcategorias estão associadas ao referencial teórico aqui apresentado e estarão
em discussão de acordo com a configuração a seguir:
6.1. Imagem da Fonoaudiologia: acerca da profissão e do profissional.
6.1.1. Dimensão funcional da imagem.
6.1.2. Dimensão cognitiva da imagem
6.1.3. Dimensão simbólica da imagem
6.1.4. Dimensão emocional da imagem
6.1.5. Fonoaudiólogo - cliente/paciente: a relação
6.2. Imagem: mercado de trabalho da Fonoaudiologia.
6.2.1. Imagem que os cursos de graduação em Fonoaudiologia divulgam a respeito do
mercado de trabalho da profissão.
6.2.2. Imagem que os stakeholders mostram sobre o mercado de trabalho da Fonoaudiologia.
6.2.3. Imagem que os stakeholders possuem sobre o sombreamento entre a Fonoaudiologia e outras profissões.
65
6.3. O marketing sob o foco dos stakeholders
6.1 Imagem da fonoaudiologia: acerca da profissão e do profissional
As dimensões da imagem da Fonoaudiologia e do fonoaudiólogo serão, em seguida, mostradas – sob a classificação elaborada por De Toni et al. (2004, 2005). Cabe justificar que será
apresentada, em um tópico à parte, a imagem que os stakeholders têm a respeito da relação
entre os fonoaudiólogos e os pacientes/clientes, a qual permeia as dimensões funcional, cognitiva, simbólica e emocional.
6.1.1 Dimensão funcional da imagem
Por meio da avaliação da dimensão funcional da imagem, foram identificadas as características tangíveis observadas pelos stakeholders em referência ao profissional de Fonoaudiologia e
à profissão. Tais características estão atreladas ao perfil do profissional, ao contexto de trabalho e ao seu vestuário. Os resultados da pesquisa apontam que, de modo global, não existe
uma imagem específica do fonoaudiólogo nem quanto ao contexto de trabalho, nem quanto à
sua configuração na escolha de suas vestimentas.
“Olha, o ambiente de trabalho é variado. Então, o fonoaudiólogo atua em clínicas,
consultórios, hospitais, escolas. Então não tem como... a maneira de definir é a diversidade”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Dentro de uma clínica, de um hospital, branco. Roupa branca, mas numa clínica,
numa escola, roupa normal”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Tem fonoaudiólogo que vai trabalhar em ambulatório, tem fonoaudiólogo que vai
trabalhar dentro de CTI, tem fonoaudiólogo que vai trabalhar, por exemplo, em um
consultório com equipamento audiológico, tem outros que vão trabalhar em consultório cheio de brinquedo ou cheio de material para terapia. Isso é muito relativo, tem
uns que vão trabalhar só com gestão”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Depende do local que ele trabalha. Por exemplo: você trabalhar em uma escola
possivelmente ele não vai vestir um uniforme branco, não vai ter um jaleco, vai ter
uma roupa normal. Se ele for trabalhar no hospital ele usa um branco com o jaleco”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
66
Cabe destacar, no entanto, que, no tocante à característica do contexto do trabalho, observouse uma vinculação – repetidas vezes – da importância do cliente/paciente se sentir mais acolhido para levar suas questões ao fonoaudiólogo, por meio de um contexto com clima de proteção e aconchego – o que é demonstrado pelos depoimentos a seguir.
“Bom, ambiente de trabalho eu acho que ele tem que ser silencioso, fresquinho, limpo, tranquilo, calmo, bastante aconchegante”. (Depoimento de cliente/paciente que
concluiu o tratamento fonoaudiológico)
“Uma sala mais reservada pra que você precisa conhecer um pouco do seu cliente,
do seu paciente e alguns são sigilosos”. (Depoimento de membro do Sindicato de
Fonoaudiologia)
“Tem que ser um ambiente aconchegante, acolhedor... não um ambiente que pareça
hospital mesmo. Uma clínica que realmente atraia o paciente. Se for para criança,
tem que ser um ambiente que atraia a criança, com mais estímulos também lúdicos”.
(Depoimento de membro do Conselho Regional de Fonoaudiologia)
“Ambiente claro, tranquilo, tem que ser confortável, aconchegante”. (Depoimento
de fisioterapeuta)
A correlação dos dois contextos do fonoaudiólogo – clínica e trabalho – pode ser notada pelas
FIG. 8A e 8B. Em 8A, o cliente/paciente coloca em local mais reservado suas questões ao
fonoaudiólogo e, em 8B, ele se encontra em uma instalação mais tradicional de mesa e cadeira
- sentado e conversando.
8A
8B
FIGURA 8A e 8B - Dimensão funcional da imagem: ambiente de trabalho do fonoaudiólogo
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenhos desenvolvidos por: (8A) estudante de curso de Fonoaudiologia e (8B) cliente/paciente em tratamento
de Fonoaudiologia.
67
Em referência ao vestir-se, os relatos seguintes – bem como os desenhos – espelham a afirmação de que, de modo global, não existe uma imagem específica do fonoaudiólogo quanto à sua
configuração na escolha de suas vestimentas.
“Tem que ter discrição no atendimento. Até porque você vai sentar com o menino
pelo chão, tem que ser roupas confortáveis e roupas discretas. Ai, não sei”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que num consultório, às vezes, não é obrigado vestir jaleco, em hospital
você já tem que colocar, por questão de biossegurança. Apesar de que num consultório também deveria usar, mas, às vezes, por causa de criança, você não coloca roupa
branca porque pode assustar. Então tem que tomar esses cuidados, mas você tem
mais liberdade no seu consultório”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Uma roupa clara ou branca. Isso aí não interferiria nada em uma relação de profissional e paciente”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de
Fonoaudiologia)
Ainda no tocante ao vestir-se, a imagem do fonoaudiólogo ficou atrelada à do trabalhador do
campo da saúde, tanto ao trabalhador que se veste de modo mais clássico, quanto ao que adota
um tipo mais livre/personalizado. Em resumo, verificou-se que há, pelo olhar dos entrevistados, diferentes modos de vestuários.
“Não como estou hoje. Roupa mais composta, mais social”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Ah, igual médico. Ela vestia roupas brancas”. (Depoimento de cliente/paciente que
interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Básico, calça jeans, que eu sei, uma blusa e jaleco”. (Depoimento de fonoaudiólogo
atuante)
Esses diferentes modos de vestuários encontram-se espelhados nas FIG. 9A, 9B, 9C e 9D. A
FIG. 9A apresenta uma fonoaudióloga usando um vestido mais solto no corpo, para dar-lhe
mais possibilidade de movimentação; 9B mostra um fonoaudiólogo em estilo não formal, vestindo calça jeans de boca mais larga, uma blusa sem manga, cabelo solto; em 9C há um fonoaudiólogo usando calça, blusa mais sofisticada de gola alta, fechada na frente com botões. E,
em 9D, vê-se um fonoaudiólogo com jaleco, associado a um padrão comumente adotado por
aqueles que atuam no campo da saúde (VAN KOLCK, 1981).
68
9A
9B
9C
9D
FIGURA 9A, 9B, 9C, 9D - Dimensão funcional da imagem: estilos de vestimentas do fonoaudiólogo
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por: (9A) cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia, (9B) cliente/paciente que
concluiu o tratamento de Fonoaudiologia, (9C) cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia e
(9D) fonoaudiólogo atuante.
Em resumo, conseguiu-se observar, por meio dos resultados aqui expostos, que não há uma
clareza acerca da dimensão funcional da imagem que os stakeholders têm a respeito da profissão e do profissional. É possível que essa nebulosidade na construção de uma imagem da profissão esteja atribuída à falta de fatores alcançáveis que marquem a diferença entre os profissionais de Fonoaudiologia e a profissão (por exemplo, livre escolha para vestuário, em vez de
69
uniformidade, contexto de trabalho impreciso, entre outros). A alta tangibilidade do vestuário
e um ambiente de trabalho mais definido, poderia levar à formação de uma imagem mais específica da profissão. Como consequência desse contexto, pode-se mencionar uma possível
abertura de canal para inserção dos demais profissionais da área de saúde, que concorrerão,
restringirão e, de certo modo, atuarão como prováveis bloqueadores para que a profissão de
Fonoaudiologia seja valorizada.
6.1.2 Dimensão cognitiva da imagem
Os valores que os stakeholders apresentam em referência à profissão do fonoaudiólogo, o
conhecimento deles sobre as tarefas que este profissional está habilitado a desempenhar, e a
maneira como se posicionam em relação à profissão e ao curso de Fonoaudiologia foram os
itens buscados pela análise da dimensão cognitiva da imagem. O que se observou, por meio
dos resultados, foi que, antes do ingresso, há carência de informação e um julgamento prévio
inferiorizado – por parte dos estudantes – a respeito do curso e da profissão de Fonoaudiologia. É o que mostram os depoimentos apresentados abaixo:
“Um curso tranquilo. Eu achava que ia ser um curso fácil. Achava mesmo”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“As minhas expectativas eram bem menores do que tá acontecendo agora”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Quando eu entrei..... na verdade eu me surpreendi. A expectativa que eu tinha era
mínima. Eu achava que a Fono fazia isso e isso, pronto. Era pouca a minha expectativa”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
Há, também, um outro foco de desconhecimento. Pode-se considerar, de modo geral, que os
estudantes carecem de informações sobre as tarefas desempenhadas pelo fonoaudiólogo, assim como sobre a profissão que ele exerce.
“Ele trata todo o distúrbio da comunicação e também na escola, ajudando em todos
os problemas de um aluno... E ele trabalha com a voz, trabalha né? com audição,
linguagem”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Voz, linguagem, fala e tem também agora a disfagia, motricidade orofacial e saúde
pública. Então é muito amplo”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
70
Vale ressaltar que o curso de Fonoaudiologia é considerado como não satisfatório no quesito
de atendimento à preparação dos alunos para o adequado exercício da profissão, nas diferentes áreas de atuação no mercado de trabalho, segundo coordenadores e professores de curso e
profissionais formados.
“Eu acho que o aluno sai com uma formação básica, mas ele precisa continuar estudando, pra ele se sentir mais seguro e se aprofundar nas áreas”. (Depoimento de
professor de curso de Fonoaudiologia)
“Não. Acho que falta preparar eles principalmente pro mercado de trabalho. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho a nossa faculdade é a que mais se aproxima do que deveria. Eu acho que
ela peca na questão do consultório particular. O aluno sai com muita visão de hospital, de clínica, mas pouco de consultório. Talvez o aluno de universidade particular
tenha o problema contrário”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Não tem jeito não. Porque o tempo de graduação é pouco, quatro anos, a Fonoaudiologia é muito extensa, sabe? São muitas áreas, são muitos ramos de atuação”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Conforme os exemplos abaixo, pode-se notar – pelas declarações generalistas – o baixo patamar de conhecimento, bem como visões fragmentadas sobre a profissão de Fonoaudiologia,
incluindo nesse contexto os diversos stakeholders.
“Bom, eu acredito que seja uma reeducação é... igual a gente faz uma dieta, reeducação alimentar. Eu acredito que seja uma reeducação de voz mesmo, né? Uma reeducação vocal”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ele reabilita... Ah, difícil demais numerar as áreas, né? Eu acho que trabalha muito
voz... talvez na área de otorrino, com aqueles exames de audiometria, né? Na área de
neurologia que é o caso do AVC...” (Depoimento de fisioterapeuta)
“Vai tratar da questão da voz, a questão da fala, a questão da deglutição, da mastigação. É eu acho que é isso”. (Depoimento de pedagoga de escola de ensino fundamental e médio)
“Ele trata todo o distúrbio da comunicação e também na escola, ajudando em todos
os problemas de um aluno do ponto de vista fonoaudiológico. E ele trabalha com a
voz, trabalha, né? com audição, linguagem”. (Depoimento de estudante de curso de
Fonoaudiologia)
“Trata paralisia cerebral, com melhoria da deglutição e sucção, melhora os fonemas... é... habilitar sindrômicos com problemas de fala e de deglutição”. (Depoimento de médico)
71
É interessante observar, conforme exposto nos exemplos abaixo, que há dificuldade na definição sobre a atividade do profissional até mesmo por aqueles que usufruíram da prestação de
serviços de Fonoaudiologia.
“Mexe com dicção, problema de deglutição. Trabalha com a palavra”. (Depoimento
de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ele identifica problemas da fala, troca de letras, faz avaliação... porque minha filha
mesmo teve na escolinha, essa troca de erres, e trata também essa questão da rouquidão”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Sei que é voz, né? Fala, mente, dicção, né? Respiração, acho que isso”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
A dificuldade na definição da atividade do fonoaudiólogo e na definição da Fonoaudiologia
podem ser notadas por meio da FIG. 10. Como consequência, tem-se uma confusão de papéis
e de identidades nesse relacionamento.
“Ah? O que que eu tô
fazendo aqui”.
FIGURA 10 - Dimensão cognitiva da imagem: desconhecimento do trabalho do fonoaudiólogo
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por fonoaudiólogo atuante representando o cliente.
Nas declarações abaixo, a imagem do fonoaudiólogo está delineada como alguém que compreende o problema, o detentor da solução, a pessoa que conhece a questão apresentada – com
respaldo em um estudo especializado, apesar da dificuldade na definição da atividade do fonoaudiólogo, e da Fonoaudiologia, bem como a ausência de distinção entre o paciente/cliente
e o fonoaudiólogo.
72
“É um profissional que é necessário para as dificuldades realmente de fala e que seria realmente essencial para o tratamento [...]. Cada caso é um caso. O profissional é
quem vai avaliar”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de
Fonoaudiologia)
“Eu falaria que ela é uma pessoa paciente que ela é alegre, muito alegre, ela conseguiu o que a gente tava querendo. Alegre, paciente, educada, ela conseguia passar
tranquilidade para a criança, conseguia passar tranquilidade. Ela ensina a criança a
falar correto e a escrever corretamente.” (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“É uma coisa assim que não é, que não tá ao nosso alcance. É uma coisa que ele tá
ali é mesmo pra te ajudar mesmo”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o
tratamento de Fonoaudiologia)
“Que é um profissional, uma pessoa muito boa, prestativa, carinhosa, atenciosa também. E eu confio em passar essa pessoa pra outras pessoas, que esse profissional vai
resolver o problema”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de
Fonoaudiologia)
Assim está representada a imagem do fonoaudiólogo: quem escuta e traz a solução para as
questões apresentadas pelo paciente, conforme a FIG. 11.
FIGURA 11 - Dimensão cognitiva da imagem: profissional que ouve e resolve os problemas
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia.
Associar o fonoaudiólogo com o profissional responsável pelo acolhimento dos problemas
abordados pelos pacientes/clientes e pela pronta solução – estilo auxiliador para a relação fonoaudiólogo/cliente – é uma visão oriunda, principalmente, dos clientes/pacientes potenciais
para o tratamento de Fonoaudiologia bem como daqueles que buscam a graduação em Fonoaudiologia. Vale ressaltar, entretanto, que a interpretação dada, pelos diversos stakeholders, a
73
essa assistência, é diferente – ainda que vários deles qualifiquem a profissão deste mesmo
modo.
“O fonoaudiólogo é um profissional que se formou num curso longo, numa faculdade, curso superior e que ajuda você em tudo o que diz respeito à sua fala, ao som e a
musculatura da sua língua, face. Vai te ajudar na fala, no som e na comunicação.
(Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“O Fono ele vai cuidar da sua comunicação e alimentação, basicamente”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“É um profissional que ajuda as pessoas a melhorar a dicção, a fala”. (Depoimento
de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
O fonoaudiólogo, como o profissional responsável pelo cuidar e acolher (estilo auxiliador
para a relação fonoaudiólogo/cliente), aparece ilustrado por meio da FIG. 12.
“A esperança
no olhar
de cada paciente
e a vontade,
de cada vez mais,
cuidar“.
FIGURA 12 - Dimensão cognitiva da imagem: imagem de uma postura de ajuda do fonoaudiólogo
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por estudante de curso de Fonoaudiologia.
74
A FIG. 13 também ilustra o perfil de ajuda supracitado: o paciente que pede socorro/ajuda.
Além disso, o paciente é representado em posição de inferioridade à Fonoaudióloga - representada em posição de superioridade (tamanho maior).
FIGURA 13 - Dimensão cognitiva da imagem: profissional de ajuda
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia.
Por outro lado, é diferente a percepção daqueles que já vivenciaram o atendimento por um
fonoaudiólogo. Em geral, consideram de relevante valor a atuação, no tratamento, do paciente/cliente.
“Olha, é de fundamental importância. Acho que 90% é do paciente. Se ele não tiver
disciplina, se ele não tiver objetivo, não tiver meta, sabe, não tiver... não for persistente, não acontece nada. Pode ser o fonoaudiólogo melhor do mundo, mas se o paciente não for pró-ativo, participar, se automotivar, não vai acontecer nada não”.
(Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Nós temos um papel fundamental, porque.... igual ao que te falei: se nós não fizermos os exercícios propostos, não vai adiantar nada. Tem que ter compromisso de fazer aquilo lá...”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Comprometimento com o tratamento. Disciplina é a palavra”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
75
“Importantíssimo, porque tem que trabalhar o profissional com a família. A parte
dos exercícios tem que ser feita com disciplina, pelos familiares, pela pessoa que vai
fazer aquela... a bateria de exercícios com a criança, porque depois não se pode responsabilizar o profissional”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Em porcentagem digamos... o papel dele representa assim, 70 ou 80%. Depende
mais dele. Depende mais dele, porque o profissional só te direciona”. (Depoimento
de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Envolvimento, persistência e atividade/disciplina”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
A Fonoaudiologia – vista como profissão solucionadora de problemas, como guia de orientação e como assistencial – é o guia motivador para a busca, pelos futuros clientes/pacientes,
para o tratamento com o fonoaudiólogo. Esse guia motivador pode ser observado pelos desenhos e repetidos termos “solução”, “auxílio”, “orientação” e “ajuda” apresentados nas declarações.
“Eu sentia muita dor. Cura. Parar de sentir dor [...]”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu queria melhorar a minha voz. Eu gosto de ser professora; não queria me afastar
da sala de aula. Não quero. Eu quero continuar dando aula. Eu preciso da voz pra isso. Buscar a melhora da minha qualidade vocal”. (Depoimento de cliente/paciente
em tratamento de Fonoaudiologia)
“Uma melhora. Uma melhora, uma busca no tratamento para o problema que eu estava tendo, ficando muito rouca e com dificuldade de falar”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“[...] Colocasse as palavras com clareza pra que todos entendessem e também, não
só de forma oral, mas também na forma escrita, porque o erro oral acarretava um erro na escrita também. Estava buscando soluções aos problemas”. (Depoimento de
cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
As declarações abaixo ilustram o vínculo entre o guia motivador para a busca do curso de
graduação em Fonoaudiologia e a imagem da profissão (associada à imagem de solucionadora
de problemas, à de guia de orientações e à de assistência).
“Porque eu gosto dessa relação com o terapeuta-paciente... Ajudar nas dificuldades
que o paciente tem”. (Depoimento de Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia)
“Eu gosto de cuidar de gente”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Eu me realizei muito por isso, porque eu via como uma profissão que ajuda muito
as pessoas”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
76
“Nossa vou poder fazer muita coisa, no sentido de ajudar”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Neste estudo, os stakeholders, das variadas categorias analisadas, apresentaram um conhecimento não muito amplo, também, no tocante ao exercício do fonoaudiólogo em seus diversos
campos de trabalho, e no que se refere às atividades desse profissional – uma vez que a voz e
a fala são significativamente os campos mais destacados. Essa carência no conhecimento dos
stakeholders pode ser observada logo abaixo:
“Ele identifica problemas da fala, troca de letras, faz avaliação... porque minha filha
mesmo teve na escolinha, essa troca de erres, e trata também essa questão da rouquidão, essa qualidade da voz dos profissionais”. (Depoimento de cliente/paciente
em tratamento de Fonoaudiologia)
“[...] Esse tratamento que eu fiz. Então assim, se ele é capaz de orientar um paciente
para usar a voz de forma adequada; para evitar problemas na corda vocal [...]”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ué, voz, que eu sei... postura, dicção. [...]”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Como eu falei, meu conhecimento é restrito, mas essa questão da impostação da
voz, do tom de voz, dos cuidados que deve ter pra gente que é profissional da voz,
né? [...]”. (Depoimento de professor de escola de ensino fundamental e médio)
“A linguagem, a expressão da fala, expressar”. (Depoimento de cliente/paciente em
tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu entendo que o fonoaudiólogo trabalha com a questão da comunicação, da voz,
da dicção”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
As FIG. 14, 15 e 16 espelham o atendimento em voz e fala comumente vinculado à Fonoaudiologia e, com seus variados desenhos, ratificam os depoimentos acima.
77
“Devemos antes de qualquer atividade com a voz,
exercitá-la”.
FIGURA 14 - Dimensão cognitiva da imagem: Fonoaudiologia como sinônimo de voz e fala (A)
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia.
“É importante para o profissional que trate a voz,
interaja com o cliente de
forma agradável para que o
mesmo
tenha
um bom
desempenho de voz e fala”.
FIGURA 15 - Dimensão cognitiva da imagem: Fonoaudiologia como sinônimo de voz e fala (B)
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por Pedagogo de escola de ensino fundamental e médio.
78
“É uma língua que em
minha opinião é um dos
principais órgãos que o
fonoaudiólogo trabalha”.
FIGURA 16 - Dimensão cognitiva da imagem: Fonoaudiologia como sinônimo de voz e fala (C)
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia.
Dois pontos relevantes devem ser destacados aqui: a) os stakeholders, das diversas categorias
analisadas, não apresentaram um conhecimento muito amplo, no que se refere à atividade do
fonoaudiólogo em suas diversas áreas de atuação; e b) a visão, principalmente daqueles que
buscam a graduação em Fonoaudiologia, representa o fonoaudiólogo como sendo o profissional responsável pelo acolhimento dos problemas abordados pelos pacientes/clientes e pela
pronta solução – delineando um estilo auxiliador, de quem ampara ou protege, para a relação
fonoaudiólogo/cliente.
Assim, diante desse contexto global, a profissão qualificada como solucionadora de problemas, como guia de orientação e como assistencial, influencia, também, na construção da imagem do fonoaudiólogo – similarmente delineada como ajudante, socorrista, conselheiro e solucionador de problemas. As múltiplas alternativas no exercício da profissão do fonoaudiólogo parecem não ser disponibilizadas e/ou informadas, no curso de graduação, aos futuros profissionais, o que lhes dificulta uma visão condizente e adequada para a atuação no mercado de
trabalho. Desse modo, o graduando vai construindo uma imagem distorcida da profissão, atrelando, a ela, conceitos não muito claros. O que se constata, pelos resultados desta pesquisa, é
79
a imagem da Fonoaudiologia como “profissão de socorro/ajuda/amparo” – em que quem dá
assistência/amparo, em princípio, nada deve esperar/cobrar do outro, já que quem socorre
encontra-se em posição de solidariedade, ou seja, a imagem da profissão da Fonoaudiologia é
associada à baixa valorização e remuneração.
6.1.3 Dimensão simbólica da imagem
Com referência à dimensão simbólica da imagem, os stakeholders da Fonoaudiologia trazem
consigo um amplo leque de símbolos representativos para a profissão. Esses símbolos se vinculam ao objetivo de solucionar problemas, servir como guia de orientação/conduta ou como
socorro/amparo, ajudante, alguém que vai apoiar, ou a pessoa que traz alívio e tranquilidade.
Vale esclarecer que, no campo da dimensão simbólica, a avaliação dos serviços ocorre por
meio da significação ou representação dos serviços para os indivíduos.
“Muitos veem como uma salvação [...]. Então o afásico que volta a falar, a Fonoaudiologia passar a ser tudo de bom pra ele. Então pra muitos é a salvação”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“Olha, significa a salvação da lavoura. A tábua de salvação, a esperança que o paciente tem no fonoaudiólogo de resolver seus problemas. Então simboliza tudo. Pra
mim, no meu caso, simbolizou a minha empregabilidade. Para eu continuar dando
aula eu precisava que minha voz ficasse boa pra isso. Então simboliza muita coisa,
uma importância muito grande”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que depende daquilo que ele quer, mas geralmente significa a possibilidade de melhorar alguma coisa em si”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Uma dádiva [...]. Deve ser igual meus pacientes quem têm vitiligo e saram e voltam
e me agradecem imensamente, se tornam meus amigos para sempre. Nunca vão esquecer a relação com a Fonoaudióloga. Uma dádiva, uma esperança, uma luz no fim
do túnel. Pra mim é muito importante o trabalho do fonoaudiólogo, de verdade.
[...]”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que é um aperfeiçoamento de tudo. Tudo o que a gente trabalha o individuo já nasce apto pra aquilo: pra ouvir, pra falar, pra comunicar, pra comer. Então a
gente, quando tem algum problema a gente vai aperfeiçoar aquilo ou melhorar ou se
nasceu com algum problema nisso ou então... às vezes ele quer melhorar. Então a
gente vai aperfeiçoar mesmo. Significa um aperfeiçoamento, uma melhora”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“[...] Então o que ele simboliza é o mesmo que um médico simboliza, que seria... ajuda”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
80
“Acho que é a possibilidade de mudança, de reintegração na vida social. [...]”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“[...] Então isso deve representar uma melhoria no convívio social [...] Melhoria
funcional também. Então melhorar minha qualidade de vida. Então, melhoria da minha qualidade de vida em termos das minhas... órgão de alimentação, assim”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“(....) Melhora é... não é qualidade de vida, mas ajuda a você ter menos vergonha de
falar [...]”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“É uma luz, né? Com certeza”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Simboliza esperança mesmo. A segurança, a esperança” (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Não sei. Ah, bem estar, talvez”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o
tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que para o profissional que usa a voz, ele é de extrema importância. A
gente só da importância a isso quando a gente precisa. [...]. Representa até dinheiro,
sustentabilidade. O sustento de vida, porque afinal de contas a gente usa a voz para
trabalhar. A gente precisa”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ajuda”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“[...] Simboliza uma esperança que a gente tem na vida toda do meu filho. [...]. Então representa uma esperança de que a vida dele, realmente, seja uma vida normal.
Que as pessoas consideram “normal”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
A esperança e salvação são símbolos representativos da Fonoaudiologia, sob o olhar dos indivíduos, conforme pode ser observado nas FIG. 17 e 18.
81
“Tábua de salvação”
FIGURA 17 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como salvação
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia.
Assim como uma bela
flor, o profissional de
Fonoaudiologia transmite
ao seu paciente, de uma
forma delicada e graciosa usando da sensibilidade e capacidade estrutural, uma imensa segurança e vitalidade, o que
proporciona ao mesmo
uma
fortaleza
ao
ser
tratado, empenho e dedicação.
FIGURA 18 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como esperança
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia.
82
A cor azul, usada com destaque, associa a Fonoaudiologia a um contexto de paz, harmonia e
sossego (VAN KOLCK, 1981). A representação da Fonoaudiologia como um “guia de conduta” e oferecendo um leque de alternativas pode ser observada na FIG. 19.
Um sujeito
procurando
um caminho
debaixo
de um mandacaru
imenso.
FIGURA 19 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como orientação e caminho
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por Diretor de curso de Fonoaudiologia.
As declarações a seguir, bem como a FIG. 20, retratam a Fonoaudiologia, na visão de alguns
stakeholders, como aquela ferramenta que proporciona a liberdade para a dor, trazendo a
cura.
“Eu acho que a possibilidade de melhorar a minha voz, de curar... até de cura mesmo, essa fenda que me atrapalha. Cura”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“É importante. Porque eles estão ali no profissional e eles estão querendo ser curados, tratados. Cura do problema” (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“É ajuda, uma cura”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que cura, ficar livre do problema”. (Depoimento de fonoaudiólogo não
atuante)
83
Elevação espiritual para
a melhoria das pessoas.
Por isso eu escolhi lilás,
porque acho uma profissão muito.... Uma missão.
FIGURA 20 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como libertação
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia.
Amparo, auxílio, união e proteção também se encontram vinculados, recorrentemente, aos
outros tipos de profissionais da área de saúde.
“Um auxílio importante pro tratamento. Pra mim é isso”. (Depoimento de médico)
“Pra mim é uma complementação, uma complementação muito importante. Assim,
nem sei se seria só uma complementação, mas seria uma parceria de atendimento
mesmo, com os pacientes. Essa seria talvez a palavra mais certa”. (Depoimento de
dentista)
“Eu tenho um objetivo de melhora do meu paciente e se eu precisar de um outro profissional pra alcançar essa melhora, eu não abro mão disso. Então eu buscaria um
fonoaudiólogo para me ajudar [...]. Então eu buscaria esse profissional sim”. (Depoimento de fisioterapeuta)
“Pra mim é um apoio, um suporte necessário. Eu acho que a minha imagem do fonoaudiólogo é muito positiva”. (Depoimento de professor de escola de ensino fundamental e médio)
A afetividade e sua expressão estão espelhadas na FIG. 21, onde o fonoaudiólogo e o outro
profissional da área de saúde estão sorrindo e unidos por uma corrente (em prol do cliente/paciente). Com o intuito de promover uma reflexão por parte da cliente/paciente, o fonoaudiólogo está conversando e de mãos dadas com ela (expressão de proximidade e acolhimento). Assim, o amparo e a proteção ao paciente/cliente apresentam-se, nas FIG. 21, 22 e 23,
vinculados à Fonoaudiologia.
84
A união faz a força.
FIGURA 21 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como união
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por médico.
É de extrema importância a relação entre a
Fono / profissional /
família. Se ocorrer essa
relação
haverá
uma
melhor interação entre
os profissionais que é de
grande valia / ajuda no
tratamento do cliente.
FIGURA 22 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como auxílio
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por professor de escola de ensino fundamental e médio.
85
As visões podem ser diferentes, apesar do objetivo
final ser alcançado mais
facilmente, com a soma
dos trabalhos dos dois
profissionais.
FIGURA 23 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como apoio
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por Fisioterapeuta.
A representação da Fonoaudiologia, para os indivíduos em geral, como ajuda, satisfação, suporte, salvação, proteção, amparo e solução, é percebida também pelos fonoaudiólogos:
“Ele me vê como uma pessoa que pode ajudá-lo. [...] Nossa! é uma pessoa que pode
me ajudar, que pode entender meu jeito. Acho que isso daí é uma grande satisfação
pro paciente. Muito importante, uma pessoa que se expressa assim, “nossa, ninguém
me entende esse aqui agora acho que está me entendendo e vai me ajudar”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“O paciente vai com a vontade de melhorar e ele vê uma relação positiva, ele vê
compromisso, evolução. O paciente que não colabora e que não faz as coisas com a
própria perna ele não vai trazer e aí acaba gerando frustração”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Resgate. Resgate e aprendizado. [...]”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Satisfação, superação das expectativas, adaptação e reabilitação”. (Depoimento de
fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que eles veem como uma possibilidade de melhorar a vida deles, porque
geralmente tem a ver com a comunicação mesmo. [...]. Então acho que isso proporciona para ele assim uma melhoria de vida, porque de alguma forma ele está sendo
lesado ali por algum motivo de não conseguir comunicar por meio da fala”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
86
A representação da Fonoaudiologia, trazendo bem estar, alegria, felicidade e satisfação, é
ratificada pelo depoimento anterior, que representa a profissão como uma melhora na qualidade de vida (FIG. 24), traçada por um fonoaudiólogo.
FIGURA 24 - Dimensão simbólica da imagem: Fonoaudiologia como apoio e caminho
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por fonoaudiólogo atuante.
Por outro lado, para aqueles que já estão na posição de graduandos, a Fonoaudiologia aparece
como a realização de um sonho e a possibilidade de se poder trabalhar em algo com que se
identifica – ainda que, em segundo plano, a profissão esteja vinculada ao olhar de
apoio/suporte ao cliente/paciente.
“Poder atingir o meu objetivo e o objetivo do meu paciente/cliente que veio buscar o
meu serviço. Poder ajudar”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“A realização de um sonho. Um sonho que eu não tinha antes, mas assim... Era o
que eu queria, mas eu nem sabia o que é que era”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
Em resumo, pode-se considerar que, para os demais stakeholders, a dimensão simbólica da
imagem da profissão de Fonoaudiologia é a representação de socorro/ajuda/amparo, de um
guia de orientação ou assistencial, vinculada ao objetivo de solucionar problemas e curar. Assim, considera-se, ainda, que a dimensão simbólica da imagem da profissão de Fonoaudiologia é a representação de uma realização pessoal do profissional.
87
6.1.4 Dimensão emocional da imagem
As emoções associadas à Fonoaudiologia – referentes ao profissional e à profissão – foram o
foco de análise nesta dissertação. Este tópico trata da possível presença dos aspectos emocionais no relacionamento com o profissional que presta o serviço e no serviço prestado, propriamente dito.
Emoções negativas e positivas podem ser despertadas na atividade do fonoaudiólogo, de
acordo com os vários stakeholders considerados nesta pesquisa. Como pode ser observado nas
declarações abaixo, essas emoções estão principalmente associadas ao resultado do serviço
em questão.
“De alegria, de surpresa por estar vendo meu filho superar um problema que eu achava que ele não ia conseguir e hoje ele tá conseguindo”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
Ai...eu gosto muito. Tem uma parte de relaxamento [...]”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Quando ele fala alguma palavra assim... espontaneamente, aí o que é que eu sinto:
como se fosse uma criança que tá começando a falar. Pra mim é como se fosse um
presente. Uma alegria, isso”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Inicialmente achei os exercícios muito engraçados e a coisa mais interessante no
exercício que faz com que você comece a emitir sons como se fosse criança. Então
aquele exercício a gente percebe como é importante para uma criança aprender a falar e soltar os primeiros sons, e que esse exercício remetendo à infância, que um
simples exercício faria uma melhora legal para minhas cordas vocais, sabe? Emoções de infância, engraçadas, um saudosismo. É, vai por esse lado”. (Depoimento de
cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Muita satisfação, porque ele tava correspondendo. Muita satisfação porque a gente
via o sucesso dele, via que ele estava melhorando na escola, melhorando no contato
com as outras pessoas. [...] Isto traz uma alegria pra gente, porque eles passaram
também a falar com as crianças deles, com meus sobrinhos de maneira correta [...]”.
(Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Foi muito interessante, porque ela (outra paciente) não conseguia falar as palavras.
Eu não conseguia entender o que ela falava e na medida que a gente ia ajudando, em
que a Fono ia ajudando, ela saía do consultório falando a palavra e isso era muito
positivo para nós. Então era parabéns, era abraço, era beijo, porque ela não conseguia, e quando ela chegava lá que a Fono conversava com ela, ela saia repetindo a
palavrinha que ela não conseguia. Então isso era bastante..... a gente ficava super
emocionada de ver isso nela. Ela conseguir falar. Satisfação é como é que fala? Muito feliz. Satisfatório”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento
de Fonoaudiologia)
88
As palavras “gosto”, “alegria”, “engraçado”, “satisfação”, “parabéns” e “feliz”, citadas por
esses stakeholders, ratificam a presença de emoções positivas no decorrer da prestação de
serviços de Fonoaudiologia.
Na visão de Van Kolck (1981), a cor lilás, adotada em um dos desenhos abaixo, está associada ao afeto. O sorriso e a proximidade física (cliente e fonoaudiólogo) estão presentes nos
dois desenhos caracterizando as FIG. 25A e 25B como representativas de um relacionamento
com emoções positivas.
25A
25B
FIGURA 25A - 25B - Dimensão emocional da imagem: proximidade física e emocional
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenhos desenvolvidos por: (20A) cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia e (20B)
cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia.
Os depoimentos também associaram o trabalho do fonoaudiólogo a emoções negativas.
“Nenhum desconforto, nada. Muito mecânico, chegar, fazer o exercício”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ah eu ficava muito impaciente, porque os exercícios tinham que ser feitos todos os
dias e eu sou muito ansiosa para isso, porque eu quero resolver tudo rápido. Mas, ao
mesmo tempo, eu tinha aquela confiança de que aquilo ali era importante. Paciência
porque é demorado e confiança porque ia resolver”. (Depoimento de cliente/paciente
que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Tinha consultas em que me sentia péssima, porque eu via que eu fazia tudo errado.
Mas aí a partir do momento que eu fazia os exercícios, eu via a melhora. Aí melhorava. Porque ela faz toda uma análise do seu rosto. Aí tem um monte de coisa que
ela percebe que é torto. Aí você fica assim: credo! sou toda defeituosa. Depois vai
melhorando”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
89
“Ah... um pouco de ansiedade, porque eu tava lidando com criança e então nem
sempre é fácil. E eu também assumia, junto com a Fonoaudióloga, a responsabilidade pelo tratamento”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de
Fonoaudiologia)
“Bom, no início muita apreensão, porque o primeiro contato com a fonoaudióloga
não foi positivo, porque era a tentativa de evitar a cirurgia, então não tinha como.
Então depois da cirurgia eu fui com uma expectativa alta. Então foi uma relação positiva, um pouco inseguro porque não conhecia, mas à medida que o processo foi
ocorrendo, fui me sentindo mais à vontade, mais seguro, vendo resultados, acreditando mais, mais motivado para fazer os exercícios”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Primeiro, sensação de demora de resultado; e a outra, de impaciência”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Lentidão. Desespero. Tinha dia que eu saia de lá arrasada. O que é que eu tô fazendo aqui. Essa era a sensação. Eu me perguntava. Gastei gasolina a toa. Eu ia, cheguei a ir várias vezes. E eu acho que eu não sou a única pessoa que faz essa pergunta
não”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
As palavras “impaciente”, “péssima”, “ansiedade”, “apreensão”, “demora”, “desespero” e
“arrasada” sinalizam a presença de emoções negativas, associadas ao trabalho do fonoaudiólogo.
A diferença de tamanho entre fonoaudiólogo e paciente/cliente, bem como uma fala ininterrupta por parte do profissional demonstram, simbolicamente, uma relação de poder do prestador de serviço e o desconforto/menos valia (emoção negativa) por parte do paciente/cliente
(FIG. 26).
FIGURA 26 - Dimensão emocional da imagem: fonoaudiólogo poderoso e falante
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por médico.
90
Por outro lado, apenas as emoções positivas foram explicitadas pelos graduandos de Fonoaudiologia, associadas ao provável exercício da profissão e ao curso.
“Realizada”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Eu fico muito feliz quando, especialmente no atendimento, eu vejo que o paciente
tá seguindo a terapia e ele tá melhorando. Eu fico satisfeitíssima. Me sinto realizada.
Pra mim, é muito bom”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Nossa, muito feliz! Realizadíssima. Fazendo uma coisa que eu gosto, que eu sempre quis. Profissionalmente realizada, quase lá”. (Depoimento de estudante de curso
de Fonoaudiologia)
“Poder atingir o meu objetivo e o objetivo do meu paciente/cliente que veio buscar o
meu serviço. Poder ajudar”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“A realização de um sonho. Um sonho que eu não tinha antes, mas assim... Era o
que eu queria, mas eu nem sabia o que é que era”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Poder ajudar. Todas as pessoas possuem esse distúrbio da comunicação”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
As palavras “realizada”, “feliz”, “satisfeitíssima”, “bom” e “poder ajudar”, mencionadas por
esses graduandos, ratificam a presença de emoções positivas associadas ao profissional e ao
exercício da profissão, como se vê na FIG. 27.
“Como no ciclo do dia
(sol e lua) a relação
fonoaudiólogos e pacientes se associam com
uma ajuda para ambas
as partes, ou seja, cuidar
e ser cuidado”.
FIGURA 27 - Dimensão emocional da imagem: cuidar e esperança
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por estudante de curso de Fonoaudiologia.
91
As expressões “gosto do que faço”, “me deixa realizada” e “muito prazer”, encontradas em
declarações de profissionais atuantes no mercado de trabalho, confirmam a associação de
emoções positivas com o exercício da profissão.
“É uma profissão que me completa, eu gosto do que faço”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu trabalho com o que eu gosto. Eu gosto de atender paciente neurológico, paciente
deficiente auditivo. Eu gosto de atender”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Porque é uma profissão que me deixa realizada pessoalmente”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“É uma profissão de que eu gosto. Eu trabalho porque eu gosto e atualmente eu estou satisfeita, com os lugares que eu estou trabalhando, que eu concursei”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Na parte de audiologia sim, porque é um trabalho que me dá muito prazer, me dá a
devolutiva que eu sempre esperei e além do mais de ter a confiança das pessoas que
me procuram para fazer os trabalhos que eu desempenho”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
O contato físico da fonoaudióloga com a paciente/cliente (mãos entrelaçadas) e a expressão
facial de satisfação (sorriso) demonstram uma relação de apoio/ajuda/assistência/auxílio, o
que pode ser visto na FIG. 28.
“Eu vejo o profissional da
Fonoaudiologia como
uma pessoa que tá ali pra
poder cuidar mesmo e
auxiliar os outros na
comunicação. O profissional da Fonoaudiologia
tem a principal função
de auxiliar o indivíduo
na sua comunicação”.
FIGURA 28 - Dimensão emocional da imagem: satisfação com a profissão
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por fonoaudiólogo atuante.
92
Este tópico tratou da possível presença dos aspectos emocionais no relacionamento com o
profissional que presta o serviço, e no serviço prestado, propriamente dito. Em síntese, conclui-se que, apesar de ser positiva para a maior parte de seus stakeholders, a dimensão emocional da imagem do fonoaudiólogo, e da profissão de Fonoaudiologia, cabe sinalizar a possibilidade de interferência das facetas negativas na escolha do serviço, o que não deve ser desconsiderado.
6.1.5. Fonoaudiólogo – cliente/paciente: a relação
O tópico “Fonoaudiólogo - Cliente/Paciente: a relação” aborda de que maneira os entrevistados percebem o relacionamento do profissional de Fonoaudiologia com os pacientes/clientes
e, também, a função desempenhada por estes no exercício profissional do fonoaudiólogo.
Os depoimentos abaixo trazem à tona – sob o ponto de vista de alguns stakeholders – uma
representativa dimensão emocional, que vai além do contexto funcional no prestar serviço,
presente no relacionamento entre paciente/cliente e fonoaudiólogo.
“De união”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Tem que ser bem amigável para o paciente persistir, porque às vezes demora”.
(Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ai, eu vejo assim... eu com ela, eu achava assim, super tranquilo, super legal de estar lá, dela estar assim me ensinando a ensinar Rebeca. Isso era bem tranquilo. Tinha
momentos que eu não gostava de ver a Rebeca chorando, a Rebeca não querendo
né? Então tinha momentos bons e momentos ruins, que eu não gostava de ver [...]”.
(Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Uai, eu vejo uma forma assim... Com a evolução do paciente, não só eu fico feliz,
como ele também”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu só tive uma experiência, muito positiva. A pessoa se posicionava de forma muito profissional, mas ao mesmo tempo muito afetiva. Era um afeto que não era meloso, né? Simpática, vamos dizer assim. De uma forma afável”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Geralmente todas as fonoaudiólogas que eu peguei são... eram atenciosas, eram
tranquilas. O paciente podia conversar, bater um papo. Não era aquele negócio me-
93
tódico, faz esse exercício aqui e vai embora. Era agradável”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Ah, eu vejo o relacionamento muito próximo. Eu acho que tem que existir essa aproximação para que o paciente se sinta motivado e o profissional também. À medida que os dois observam que os resultados estão acontecendo, eles se automotivam e
a possibilidade de os resultados darem certo, por mais difíceis que sejam os casos,
são muito grandes. Então eu vejo o relacionamento de forma muito positiva, cria-se
um vínculo, uma amizade, né? Cria-se uma dependência, mas uma dependência positiva”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Muito boa. A Dra. no início, é uma pessoa.... até por ela ser muito clara, muito objetiva, mas isto sempre falando com muita doçura, né? [...] E é claro, pelo tempo de
trabalho, por estar toda semana lá, você acaba tendo um relacionamento de amizade,
de querer bem aquele profissional como o profissional também quer bem a você,
como família, né? Então, isto é importante porque hoje em dia o profissional não
pode ser só profissional. Ele tem que entender também algo a mais, que é o sentimento que envolve para aquela família, aquela dificuldade do filho”. (Depoimento
de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“O meu foi ótimo, excelente. Nos tornamos até amigas. Eu não falo amiga porque
amiga é muito íntimo, né? Como paciente, que nós ficamos mais de um ano né, foi
uma relação boa”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de
Fonoaudiologia)
Assim como as palavras “amigável”, “tranquilo”, “legal”, “feliz”, “simpática”, “atenciosa”,
“amizade”, “boa” e “excelente” aparecem no discurso de clientes/pacientes – sinalizando vivências com dimensões emocionais – os depoimentos de profissionais já atuantes no mercado
de trabalho e de graduandos de Fonoaudiologia também trazem termos com foco da mesma
ordem.
“É um relacionamento prazeroso e é essencial também. Porque o paciente... ele tem
que contar pra gente tudo o que tá acontecendo, deixar a gente apalpar ele, pegar nele. Tem que ter essa cumplicidade, porque a gente não pode chegar num paciente já
colocando a mão e eles não gostam”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Satisfação, prazer, alegria”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“[...] Eles sempre demonstraram muita confiança. Tanto que até hoje eu tenho amigos, ex-pacientes, que me procuram. Então eles têm muita relação de confiança. Eles
confiam e esperam da gente o apoio que eles precisam”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“Eu acho que desde o primeiro contato tem que ter a formação de um vínculo e tem
não só com a Fono, com qualquer outra área. Se você formar um vínculo, passar aquela confiança, aquela é.... cumplicidade com o paciente, ali tanto o objetivo que
você quer e o objetivo do paciente se torna muito mais... se torna uma coisa que às
vezes é... uma coisa chata pra uma coisa assim, que vai estar prazerosa”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Porque às vezes isso também é bom. Por ele gostar de você como amigo ele vai se
empenhar mais naquilo que você orienta. [...] Dependendo do vínculo pode criar amizade, depende do caso”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
94
“Tanto eu, quanto o cliente, ficamos felizes quando vemos que tá superando as dificuldades e tudo”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Nas frases supracitadas, fica evidenciada a valorização dada, pelos entrevistados, ao vínculo
de afeto, cumplicidade e satisfação, como se pode verificar nas FIG. 29A, 29B, 29C e 29D.
29A
29B
29C
29D
FIGURA 29A, B, C, D - Relação entre o fonoaudiólogo e o cliente/paciente
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenhos desenvolvidos por: (A) Fonoaudiólogo atuante, (B) Cliente/paciente que interrompeu o tratamento de
Fonoaudiologia, (C) Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia e (D) Professor de curso de Fonoaudiologia.
95
As seguintes percepções: amizade e cumplicidade; atenção, afeto e acolhimento; ambiente de
exclusividade e proximidade; e satisfação recíproca na relação paciente/cliente e fonoaudiólogo estão representados, respectivamente, em 29A, 29B, 29C e 29D.
Mas não são apenas as emoções positivas que fazem parte do contexto da relação acima mencionada. Termos como “impaciente”, “raiva”, “triste”, “traumatizou”, “desmotivar” e “frustração” evidenciam que as emoções negativas também aparecem como vinculadas à relação
paciente/cliente e fonoaudiólogo.
“Não vejo nada de negativo. Acho que ela tem que ter muita paciência conosco.
Penso que é igual médico. Médico passa um remédio, se você não toma, não adianta”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Nós não tivemos nenhum negativo com ela”. (Depoimento de cliente/paciente que
interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que é o paciente não querer fazer o trabalho”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Não vejo emoção negativa”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Só tem resultados negativos se você não faz o exercício em casa. Eu... né, a minha
percepção do meu tratamento. Se você não fizer... igual uma academia, se você se
matriculou e não foi lá, não vai ter resultado. Não adianta” (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Não consigo ver um aspecto negativo, não”. (Depoimento de cliente/paciente que
concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Pode ser frustração, cansaço, caso os resultados não estejam ocorrendo na medida
do esperado, tanto pelo profissional quanto pelo paciente. Acho que todos os dois
podem desmotivar, tanto o profissional como o paciente pode entrar em baixa autoestima ali e a coisa não andar pra frente”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Sempre me trataram bem, com exceção do primeiro. Foi uma pessoa muito.... como
é que eu vou falar dele... Não sei se é porque ele veio do... não sei de onde esse sujeito veio... ele me traumatizou. Não deveria ter feito o que ele fez. Foi ruim”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Que eu vi, ali é o seguinte: negativo é a minha filha não querer fazer, sabe? Ela não
ter... cansar de falar aquelas palavrinhas. Então aquilo ali era triste, de vê-la chorando e eu estava lá fora esperando [...]”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu sentia raiva e impaciência” (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o
tratamento de Fonoaudiologia)
96
A neutralidade, na dimensão afetiva, foi observada estando associada à relação fonoaudiólogo
e paciente/cliente em alguns depoimentos, caracterizando, assim, um vínculo profissional bastante formal:
“Aquilo que eu já disse, né? Bem distante. Um relacionamento “frio”. (Depoimento
de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu vejo como tratamento médico mesmo. Ela me passa uma receita e eu tenho a
obrigação de fazer aquilo ali, de cumprir aquela receita. Vejo como tratamento médico, profissional”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Bom, pra mim, estritamente profissional, sem nenhum vínculo, assim...” (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que eles têm que ter um relacionamento profissional. Eu não sei se um relacionamento de amizade daria certo”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu
o tratamento de Fonoaudiologia)
Evitar a criação de um vínculo, da ordem do afeto, com o cliente/paciente e estipular uma
relação estritamente profissional, numa conduta imparcial no tocante às questões apresentadas
pelas pessoas que buscam a prestação de serviços é uma questão abordada não só por fonoaudiólogos, mas também pelo Sindicato e pelo Conselho:
“Quando você começa ficar íntimo demais da pessoa, acho que isso é mais negativo.
Íntimo assim que eu falo, ficando mais, tendo mais empatia com a pessoa, né? Aí
você acaba conversando muito, acaba virando psicóloga”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que tem que ser uma relação de... ao mesmo tempo, de distanciamento;
você não pode aproximar tanto, não pode confundir a relação terapeuta/paciente com
relação de amizade, mas ao mesmo tempo tem que ter o acolhimento, tem que ter...
o respeito, essa orientação, explicar o que está sendo feito pro paciente, para a família. Sempre demonstrar... tem que ter essa proximidade, mas não pode misturar também com assuntos pessoais com amizade”. (Depoimento de membro do Conselho
Federal e Regional de Fonoaudiologia)
“Acho que às vezes esse vínculo muito... eu acho que ele é negativo. Porque às vezes o paciente não... como aquela história “santo de casa não faz milagre” então às
vezes passa a ver, no momento da terapia, como não um profissional, mas como um
amigo”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Apresentar de forma bem definida a distinção na relação paciente/cliente e fonoaudiólogo por
meio da FIG. 30 (paciente e profissional em lados separados) evidencia a visão dos profissionais de Fonoaudiologia, no sentido da importância de se estabelecer uma relação estritamente
profissional (numa conduta imparcial). Em outras palavras, a neutralidade na dimensão afetiva, associada à relação fonoaudiólogo e paciente/cliente, caracteriza, assim, um vínculo profissional bastante formal:
97
“A relação paciente-terapeuta representa uma via de
mão dupla, onde há troca de conhecimento, saberes e
envolvimento, com objetivo terapêutico”.
FIGURA 30 - Percepção sobre a relação existente entre fonoaudiólogo e cliente/paciente: distanciamento
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por fonoaudiólogo atuante.
Manter um distanciamento/separação entre as emoções do profissional de Fonoaudiologia e as
emoções do cliente/paciente é foco de atenção do fonoaudiólogo. A FIG. 31, complementada
pela declaração, evidencia esse foco.
“O
fonoaudiólogo
anda
sobre uma linha que pode
pender para dois lados: um
lado da confiança, onde o
paciente
se
tratamento,
entrega
ao
outro
da
o
submissão, onde cumpre as
„ordens‟ do terapeuta que
dirige o tratamento.” (Depoimento de Fonoaudiólogo
atuante). (Dimensão simbólica da imagem)
FIGURA 31 - Percepção sobre a relação existente entre fonoaudiólogo e cliente/paciente: o fonoaudiólogo
pede e o cliente/paciente cumpre as “ordens”. Isso mostra um distanciamento entre ambos
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por fonoaudiólogo atuante.
Os resultados das entrevistas, no tocante à função exercida pelo paciente/cliente na atividade
do profissional de Fonoaudiologia, sinalizam: a) a sua responsabilidade pela eficiência e efi-
98
cácia de seu tratamento; b) a sua responsabilidade para que suas questões sejam plenamente
solucionadas; e c) a sua ativa participação:
“80%. É o que eu falo, sabe. Quando eu fazia terapia eu era bem clara. Na primeira
consulta, na consulta de avaliação, o feedback que eu tinha que dar eu falava: - “oh!
o tratamento está em suas mãos”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Ah, ele tem que ser ativo. Ele tem que... a gente sempre fala que 50% é do paciente
50% somos nós. Ele tem que tá ativo, corresponder, realizar os exercícios, ser frequente, tem várias coisas que são importantes”. (Depoimento de fonoaudiólogo não
atuante)
“Poder colaborar fazendo os exercícios para que haja uma evolução. Acho que é isso, colaboração”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“É aquilo que eu te falei desde o início...é a parceria né? Eles têm que.... realizar o
que a gente pede e a gente também tem que ensinar [...]”. (Depoimento de Fonoaudiólogo atuante)
“Empenho no que é pedido, no que é solicitado”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Ah... tem que ter envolvimento. [...]. Você tem várias alterações que às vezes são
musculares, que você precisa de realização de exercícios mesmo. Eu falo: - “Ó...
Não é uma caixinha de remédio que você vai tomar. É o seu envolvimento no tratamento que vai determinar sua melhora”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Adesão e colaboração”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que o paciente tem que ter responsabilidade no tratamento, que significa
que ele tem que seguir aquilo que o terapeuta está colocando para ele e executar as
atividades propostas para fazer em casa”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“As pessoas têm que se empenhar: não depende só da gente. A pessoa tem que estar
bem firme em seguir o que a gente solicita. Falta uma palavra... Colaboração, acho
que é melhor”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Neste tópico Fonoaudiólogo-Paciente/Cliente: a relação, abordou-se de que maneira os entrevistados percebem o relacionamento do profissional de Fonoaudiologia com os pacientes/clientes, e também a função desempenhada por estes no exercício profissional do fonoaudiólogo. Em resumo, tanto as emoções positivas quanto as negativas estão associadas à relação fonoaudiólogo e paciente/cliente. Cabe destacar, nesse contexto, a possível interferência
dessas associações no momento da decisão de busca da prestação de serviços de Fonoaudiologia – levando-se em conta as vertentes emocional e cognitiva na relação paciente/fonoaudiólogo. E, finalmente, nessa relação, a participação ativa do paciente/cliente é quesito fundamental para o sucesso do tratamento.
99
6.2 Imagem: mercado de trabalho da Fonoaudiologia
6.2.1 Imagem que os cursos de graduação em Fonoaudiologia divulgam a respeito do
mercado de trabalho da profissão
Este item objetiva a análise da imagem promovida pelos cursos de Fonoaudiologia a respeito
de seu mercado de trabalho, bem como a checagem quanto à provável preparação, oferecida
pelos cursos aos graduandos, para o exercício da profissão nos variados campos de atuação.
Para os entrevistados (professores e Coordenadores de curso) o mercado de trabalho não é
apresentado, pelos cursos, de modo condizente com a realidade, apesar de seu elevado grau de
importância para a formação do profissional de Fonoaudiologia:
“O curso não é voltado pro mercado de trabalho, mas é voltado pro profissional que
ele tá formando. Então assim... o aluno não tem essa noção clara, como é que tá esse
mercado de trabalho, até o momento que ele está lá dentro. Falta empreendedorismo”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que da realidade é difícil você mostrar. Porque não é uma realidade bonita,
é uma realidade difícil. Eu, como professora, sempre trago pros alunos que eles vão
precisar ter muita paciência, persistência, continuar estudando, porque a gente tá
numa área que não sai empregado com salário lindo, vai ter que ralar bastante. Mas
acho que de modo geral, não se formaliza isso em disciplinas”. (Depoimentos de
professor de curso de Fonoaudiologia)
“Mercado de trabalho não, mas assim, nossos alunos, eles não conseguem fazer essa
conexão. [...] Por mais que eu mostre pra ele onde que a gente atua, ele não consegue depois conectar”. (Depoimento de Diretor de curso de Fonoaudiologia)
“Não. Acho que falta prepará-los principalmente pro mercado de trabalho. Acho que
o fonoaudiólogo sai sem saber muito sobre, por exemplo, preço de consulta, como
cobrar, como abrir uma empresa, como um consultório, tributos e impostos. Eles saem meio alheios a tudo isso. A parte empreendedora”. (Depoimento de professor de
curso de Fonoaudiologia)
Quando os entrevistados são os graduandos de Fonoaudiologia, os depoimentos se dividem.
Para alguns deles, o mercado de trabalho não é apresentado, pelos cursos, de modo condizente
com a realidade. Já para outros, o mercado é apresentado de modo condizente:
“Oferece! A gente sempre fala que não é um mundo cor de rosa. A gente não pode
ficar em casa esperando chegar um emprego. A gente tem que correr atrás, divulgar
nosso trabalho, colocar as caras mesmo e começar do zero.” (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
100
“Eu não acho que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Acho que sim, que o curso oferece sim uma visão clara”. (Depoimento de estudante
de curso de Fonoaudiologia)
Sob o ponto de vista dos fonoaudiólogos que exercem a profissão, o mercado de trabalho não
é apresentado pelos cursos de modo condizente com a realidade. Cabe aqui ressaltar que essa
posição vai de encontro à opinião de parte dos graduandos em Fonoaudiologia que foram entrevistados e, por outro lado, vai ao encontro da opinião de outros stakeholders entrevistados.
“Eu acho que o curso te coloca meio que num conto de fadas, você vislumbra que
você vai ter um consultório arrumadinho, que você vai formar hoje e que amanhã o
consultório vai estar cheio de paciente, que você não vai ter tempo de fazer nada e
não é assim”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não. [...] na faculdade, me passaram que o mercado seria excelente, sabe? Aí quando a gente forma... recém-formado, que a gente vai ver que a situação é diferente”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não. Porque você sai de lá achando que vai conseguir um emprego fácil, ganhar
muito dinheiro, e quando você vê não é nada” (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“[...] Olha quando eu fiz faculdade [...] Não me preparam não. Eu não tive nenhum
conhecimento assim, nenhuma matéria na faculdade ou nenhum preparo, assim, o
que seria um mercado de trabalho, como conseguir um trabalho. [...] É tanto que
quando eu saí da faculdade, eu tive dificuldade de conseguir trabalho e tenho colegas que desistiram da profissão, porque precisa ser empreendedor, precisa saber como abrir um consultório, precisa saber como conseguir cliente, tem que ter assim...
É, não fui preparada não. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Acho que não. É porque no curso a gente vê, tipo assim, o básico. As outras possibilidades você vai criar”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não, de jeito nenhum. Porque quando a gente tá na faculdade, a gente fica naquela
ilusão que a gente vai formar, vai abrir um consultório, vai encher de paciente, que
você vai ser feliz. E não é o que acontece. As pessoas, de fora, elas ainda não têm
noção do que é que o fonoaudiólogo faz, a importância do fonoaudiólogo. Então você forma e você não tem onde trabalhar, você não tem paciente. Você abre consultório, você não tem quem te indique. O profissional sai sem uma formação empreendedora. Ele não sabe como se colocar, também, na frente no mercado de trabalho”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Para mim não ofereceu. [...] tem tanta coisa que a Fonoaudiologia faz que eu conheci melhor depois que eu formei. [...] Não mostra o mercado de jeito nenhum”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não. A gente sai da faculdade com uma ilusão de que você vai ter um bom retorno
financeiro e nem sempre acontece”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
No tocante à preparação oferecida pelos cursos, aos graduandos, para o exercício da profissão
nos variados campos de atuação, os depoimentos foram unânimes – significando, talvez, uma
101
visão limitada, oferecida pelos cursos, no que se refere ao mercado de trabalho da Fonoaudiologia. A etapa de estágio durante o curso foi considerada como oportunidade para vivência da
prática e da teoria. Uma possível consequência desse ponto de vista comum é a canalização
elevada de profissionais para os mais destacados/popularizados campos de atuação – o que
pode provocar carência de profissionais nos demais campos. Os depoimentos, a seguir, espelham o contexto mencionado anteriormente:
“Prepara. Bom pelo menos no meu curso, né? Não sei como é que são nos outros.
No meu curso, eu acho que sim. Eu vejo isso quando a gente sai pra fazer algum estágio... A gente não sabe tudo, mas isso aí é impossível, né? Por isso, tem as especializações. Mas o que vier pra gente, a gente sabe que aquilo ali já existe. Tipo assim:
Ó, eu sei que isso existe e sei como atender. Na faculdade a gente... desde o 5º período a gente já faz o atendimento. Então é uma prática muito boa. [...]. Até mesmo a
áudio ocupacional que a gente não foi muito abordado [...]. Então, assim, eu acho
que a gente sai muito preparado sim. A gente não sabe disso, mas... “. (Depoimento
de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Sim. Ela trabalha com todas as disciplinas bem a fundo. Nós temos os estágios
também, que são hospitais fortes, que a gente consegue ver quase todas as patologias, os distúrbios. Então assim dentro das 4 áreas da Fono, eu acho assim forte” (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
Ó, eu vou pela instituição aqui. Um, que os professores são excelentes. A maneira
que eles dividiram as disciplinas ficou de uma maneira assim... Foi afunilando também, a grade curricular e a questão de estágios. Aqui oferece uma quantidade de estágios muito grande e é em todas as áreas, tanto em clínica, como em hospital e escola” (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
A seguir, os depoimentos com variados pontos de vistas de Coordenadores de curso e de professores:
“Eu acho. [...] Eu acho que a gente trabalha com essa formação básica, mesmo. Os
alunos saem com o conhecimento básico de todas as áreas. E aí o próprio mercado e
aí é uma tendência que vem aí de 10 anos, 9 anos, 11 anos atrás, eu acho, essa coisa
da especialidade, que é enfraquecida um pouco com a abertura, um pouco do mercado na área da saúde pública. Eu acho que o aluno sai com uma formação básica, mas
ele precisa continuar estudando, pra ele se sentir mais seguro e se aprofundar nas áreas”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Não. Acho que falta preparar eles principalmente pro mercado de trabalho”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“[...]. O curso prepara porque a gente constrói um currículo direcionado para isso,
para deixar esse aluno, pelo menos, ver basicamente tudo o que ele pode trabalhar”.
(Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
A opinião de que o curso não proporciona adequada formação aos graduandos para o exercício da profissão, nos diferentes campos de atuação, é comum à maioria dos fonoaudiólogos
em exercício da profissão, e àqueles não atuantes.
102
“Não. [...] Eu tive que fazer alguma coisa pra completar, porque a gente vê muito
grosseiramente. Então você tem que acabar aprofundando, né!” (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não. Não sei porque, mas não prepara. Eu não fui preparada para todas as áreas”.
(Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“Não tem jeito não. Porque o tempo de graduação é pouco, 4 anos, a Fonoaudiologia
é muito extensa, sabe? São muitas áreas, são muitos ramos de atuação [...]”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não, não prepara. Ele dá a base pra que o aluno se prepare após o curso”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“A Fonoaudiologia tá querendo abranger várias áreas e não tá dando conta de focar
mais a sua, cada uma delas, então acaba que o profissional que forma na graduação
ele sai sabendo um pouquinho de tudo, mas não sabe lidar com tudo. Se ele vai numa área específica ele logo tem que partir para generalista”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“De jeito nenhum, de forma alguma. Porque igual eu falei, é muito extenso né, são
muito extensas as áreas de atuação do profissional. Então, por exemplo, não tem
como você sair técnico em Fonoaudiologia hospitalar e trabalhar com bebê de alto
risco e trabalhar com audiologia clínica. Alguma coisa você vai saber, o básico, sim,
mas você nem sempre vai ter experiência prática e... não dá para fazer tudo”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“[...] O curso não prepara porque é muito pouco tempo, muito corrido. Quando eu
fiz a monografia, ao mesmo tempo você tinha que fazer o estágio. Então você acabava focando mais na monografia e acabava deixando o resto de lado”. (Depoimento
de fonoaudiólogo atuante)
“Não. [...] então te falta um pouco a parte administrativa. Eu acho que falta um pouco a parte de prática de experiência mesmo em lidar com essa questão burocrática,
de impostos, de o que é que eu tenho que pagar, o que eu não devo pagar, será que
eu tenho que pagar isso mesmo?”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
A FIG. 32 ilustra as diversas alternativas de atuação no exercício da profissão do fonoaudiólogo, e o depoimento, ao lado do desenho, indica que o curso não proporciona adequada formação para o exercício da profissão dentro dessas diversas alternativas.
103
“Não. Ah... não. Pelo menos a
faculdade que eu formei, é.... a
gente tem uma visão geral, né?
Depois, quando a gente forma é
que a gente vai, né... escolhendo
a área melhor, que se interessa
mais, ou que o mercado tá, né...
com mais chances de entrar no
mercado, aí você vai vendo que
falta muita coisa ainda... mais
específica, aí você tem que correr atrás, estudar, né... ler bastante, porque a faculdade só dá
uma visão geral” (Depoimento
de fonoaudiólogo atuante).
FIGURA 32 - Possibilidades de atuação do fonoaudiólogo
Fonte: Dados da pesquisa.
Desenho desenvolvido por fonoaudiólogo atuante.
Neste tópico, abordou-se a imagem promovida pelos cursos de Fonoaudiologia a respeito de
seu mercado de trabalho, bem como a preparação oferecida pelos cursos, aos graduandos,
para o exercício da profissão nos variados campos de atuação. Em resumo, sob o ponto de
vista dos diversos stakeholders, o mercado de trabalho não é apresentado, pelos cursos, de
modo condizente com a realidade, nem o curso proporciona formação adequada para o exercício da profissão nos diferentes campos de atuação. Vale mencionar, finalmente, que uma
das possíveis consequências frente a esse contexto é a maior dificuldade do profissional em se
posicionar estrategicamente no mercado de trabalho diante das diferentes demandas – o que,
indiretamente, influencia na formação da imagem do profissional no mercado de trabalho.
104
6.2.2. Imagem que os stakeholders mostram sobre o mercado de trabalho da Fonoaudiologia
A imagem é de uma profissão que cresce progressivamente, aumentando as fatias no mercado
de trabalho em cada setor em que atua e, pela maior exposição, conquistando melhor visibilidade frente ao seu público alvo. Assim é vista a Fonoaudiologia pela maior parte dos
stakeholders entrevistados:
“Eu vejo que é uma profissão que está em crescimento, porque está atingindo um
número maior de pessoas né, devido à expansão de programas do próprio Ministério
da Saúde [...] Eu acho que também à medida que a gente vai envelhecendo, a Fonoaudiologia é muito nova, ela é de 1980, então ela tem aqui 30 anos. Então agora ela
cresce em pesquisa, ela começa atuar em áreas multidisciplinares, então ela começa
ficar mais conhecida e ganhando mais credibilidade pelo fator cientifico também.
Então eu acho que é uma profissão que está em crescimento, poderia falar assim”
.(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Acho que é uma profissão que ainda está em crescimento, mas acho que é porque
ela é relativamente nova, se comparada com outras profissões, mas eu acho que tem
conseguido ter mais espaço no mercado de trabalho” (Depoimento de professor de
curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que a Fonoaudiologia tem crescido muito, a cada ano que passa [...]”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu creio que é uma profissão que hoje é mais falada do que há 20 anos atrás, por
exemplo, há 15 anos atrás. Então, se a gente considerar isso, que hoje você percebe a
presença do fonoaudiólogo com mais nitidez na sociedade. Então eu creio que é uma
profissão que está crescendo”. (Depoimento de professor de escola de ensino fundamental e médio)
“Eu vejo com uma profissão necessária. É uma profissão que tem ganhado o seu reconhecimento, seu espaço. A gente vê isso principalmente na saúde pública, o número de profissionais, ampliando cada dia mais nessa área, e o respeito fazendo do outro profissional, até mesmo saber quando encaminhar para você e o que você fala”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Há de se ressaltar, porém, que na visão destes stakeholders, em paralelo ao crescimento progressivo da Fonoaudiologia, não está havendo uma remuneração digna, nem um merecido
reconhecimento, conforme mostraram os seguintes depoimentos.
“Eu acho que o ponto fraco da Fonoaudiologia é o salário. Só isso!”. (Depoimento
de fonoaudiólogo atuante)
“Eu vejo a Fonoaudiologia assim: cresceu muito nesses anos todos e ainda com um
amplo campo pra ser desbravado. Fonoaudiologia é pouco reconhecida ainda, principalmente no setor público”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
105
“Pelo que ela faz, deveria ser muito mais valorizada. Pelo tanto de área que ela atende, que ela dá conta assim, eu acho que poderia ser mais valorizada”. (Depoimento
de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Uma profissão que está em crescimento, mas que ainda precisa ser mais divulgada,
mais reconhecida”. (Depoimento de Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia)
“Estou insatisfeita não é com a Fonoaudiologia, mas com o valor que o fonoaudiólogo tem no mercado [...] e até financeiramente o profissional não é valorizado
quanto deveria”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“A profissão, eu vejo ela numa bifurcação assim... num momento interessante porque o profissional fonoaudiólogo tá se fazendo reconhecido em várias áreas e, com
isso, ele busca novos campos de atuação, né? Então, por exemplo, hoje eu tenho fonoaudiólogo que trabalha com estética, fonoaudiólogo que trabalha com área de
queimados... que antigamente você não tinha. Mas, por outro lado, como toda nova
área que abre e tudo, a remuneração é muito ruim. Então, assim, tem um lado bom,
mas tem um lado ruim pela má remuneração, pela... às vezes, falta de reconhecimento do trabalho também, né?”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que a gente tá vivendo uma crise grande da profissão, que tem como reflexo má remuneração, falta de reconhecimento, de valorização da profissão e um reflexo que me atinge muito que é a questão da crise dos cursos de graduação” (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Sinceramente, muito desvalorizada. As pessoas talvez não têm ainda o conhecimento, acho que não é expansivo, esse conhecimento”. (Depoimento de dentista)
“Justamente por essa desvalorização do profissional. Eu sou apaixonada com a Fonoaudiologia, mas estou num momento em que estou muito decepcionada”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“A gente fica decepcionada com o mercado de trabalho, com as pessoas, que muitas
vezes... por exemplo, tem médicos que não acreditam no trabalho do Fono”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
O mercado de trabalho apresenta-se enquadrado no seguinte contexto: saturado, devido à
grande oferta de cursos de Fonoaudiologia - 3º grau; e com serviços com remuneração desvalorizada, devido ao grande número de fonoaudiólogos disponíveis, comparativamente ao número de clientes/pacientes que buscam serviços. Cabe destacar, ainda, na visão de um determinado número de stakeholders, que, nesse contexto, os graduandos em Fonoaudiologia podem ter comprometida a qualidade de sua formação.
“Acho que o mercado não absorve tantos profissionais que são formados hoje em dia
né?, A gente acha que tem umas cinco faculdades aqui em Belo Horizonte que dão,
que oferecem o curso de Fonoaudiologia”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que não, porque tem muito profissional e com muita demanda você acaba
tendo uma remuneração baixa, né? e...essa não valorização. Eu acho que falta ainda
um trabalho para o fonoaudiólogo junto à equipe de saúde, né? Pra mostrar esse trabalho, pra fazer valer esse seu reconhecimento, que eu acho que não tem, e excesso
106
de mão de obra acaba gerando má remuneração”. (Depoimento de Coordenador de
curso de Fonoaudiologia)
Já foi exposto no item 6.1.2 Dimensão Cognitiva da Imagem da Fonoaudiologia, que os benefícios e funções que uma profissão pode disponibilizar são desconhecidos pelos stakeholders. Só é possível que um serviço seja valorizado se, antes, os seus benefícios forem reconhecidos. Portanto, diante do exposto, o reconhecimento da profissão de Fonoaudiologia é
algo suficientemente árduo de ser conquistado.
“Eu vejo que é uma profissão que está precisando ser divulgada mais. Acho que tem
muita gente que não sabe o que é. Também até mesmo os médicos... acho que têm
essa dificuldade”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que é isso... esclarecer. Esclarecimento pras pessoas que não sabem pra
que é que serve a Fono”. (Depoimento de pedagogo)
“É uma profissão nova, aí falta divulgação mais dessa parte assim, de divulgar o que
é a profissão”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“[...] tanto outros profissionais de saúde quanto a população, em geral, não sabem o
que um fonoaudiólogo faz, e até mesmo a gente que esta na área é... são tantas áreas”. (Depoimento de Conselho Regional de Fonoaudiologia)
“Às vezes, a gente comenta com o cliente eles não têm orientação do que é o fonoaudiólogo. Eles não sabem ainda bem.” (Depoimento de dentista)
A boa qualificação e constante desenvolvimento do profissional em exercício é exigência
constante do mercado de trabalho e impõe ao profissional investimento de tempo e de dinheiro. Se a remuneração do fonoaudiólogo é desvalorizada, isto implica não só em um possível
impedimento para a atualização de seus conhecimentos, mas também na qualidade de seus
serviços.
“[...] e até financeiramente o profissional ele não é valorizado quanto deveria. Além
de que os aprimoramentos na área são muito caros, não compete com o que a gente
não é... valorizado. É por isso, não pela Fonoaudiologia”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
São essas as três fortes motivações para que o fonoaudiólogo abandone sua profissão, conforme as declarações dos stakeholders: mercado de trabalho saturado, serviços com remuneração desvalorizada e reconhecimento da profissão difícil de ser conquistado.
107
“Quando o estudante vai percebendo e o profissional vai vendo que a profissão não é
tão valorizada quanto deveria. Vai ficando desmotivado. Outra coisa é o mercado de
trabalho que tá escasso”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que a falta de.... Má remuneração. [...]. Você acaba abandonando você vai
fazer na engenharia elétrica, você vai fazer noutra área. Mas é uma forma de abandonar também”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Muita gente abandona a profissão porque não vê oportunidade pra trabalhar. Ele
sai, não tem oportunidade, arruma outro emprego e abandona.” (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“[...] Pela parte financeira mesmo, porque busca outros recursos, né? Porque a Fonoaudiologia realmente não está dando muito dinheiro, em algumas áreas. Pela parte
financeira, ele abandona e também por não gostar”. (Depoimento de represenante do
Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia)
“Por causa da questão salarial que eu acho que é muito mal remunerado”. (Depoimento de pedagogo de escolas de ensino fundamental e médio)
“[...] e o profissional, ele desiste, por causa de falta de oportunidade no mercado de
trabalho, o financeiro também, e recém-formado, ele fica um tempo, aí depois ele
desiste e vai embora”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“[...] Agora, os profissionais, os que eu vejo, é muita dificuldade de arranjar emprego, muita dificuldade de arranjar um salário que permita se sustentar ou que responda as expectativa que ele planejou com sua formação e tudo mais”. (Depoimento de
professor de curso de Fonoaudiologia)
“Estão vendo que o mercado está muito competitivo e a remuneração tá muito baixa.
E a tendência é aumentar. Tudo, a tendência é aumentar”. (Depoimento de médico)
“Financeiro. Eu acredito que é muito pouco valorizado. Eu acho a Fonoaudiologia
pouco valorizada, infelizmente!”. (Depoimento de dentista)
“Se ocorre abandono, com certeza você tem problema a ser trabalhado. É a própria
valorização do curso, do profissional, da profissão mesmo, né?” (Depoimento de
professor de escola de ensino fundamental e médio).
“Nossa, já vi tanta gente largar! Questão mesmo é de mercado de trabalho. Mercado
de trabalho e a questão financeira. E o retorno, na verdade, né? Acho que a questão
do mercado de trabalho, falta de vagas”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Diante da averiguação sobre a Fonoaudiologia ser ou não considerada uma prestação de serviços, grande parte dos stakeholders sinaliza de modo afirmativo, conforme depoimentos a seguir.
“Sim, Porque hoje eu vivencio isso, faço a minha parte. Eu cumpro a minha parte, a
empresa faz a parte dela, e aí a gente segue tranquilo. Se eu deixar alguma coisa a
desejar, essa empresa vem reclamar comigo. E a prestação de serviço é isso: se você
não está satisfeito comigo você vai simplesmente me trocar por um outro profissional”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Sim. Uai, é um serviço à comunidade. É um serviço do saber”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
108
“Sim. Nossa! A gente presta serviços fonoaudiológicos em hospitais, em empresas,
é... é um serviço”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Sim. Porque oferece diversas modalidades de atuação, de tratamento” (Depoimento
de Diretor de curso de Fonoaudiologia)
“Sim. Seria um serviço de saúde, de reabilitação” (Depoimento de Coordenador de
curso de Fonoaudiologia)
“É um prestador de serviço, porque ele atende o paciente com... esperando um resultado satisfatório” (Depoimento de médico)
“Acaba sendo, né, porque a gente presta serviços para otorrino”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Sim. Porque está atendendo a uma solicitação, né? do paciente. O que o paciente
precisa, a Fonoaudilogia vai tentar atender”. (Depoimento de Conselho Regional de
Fonoaudiologia)
“Em todas as profissões, elas não deixam de ser uma prestação de serviço também.
Porque principalmente tem o envolvimento de pagamento, você tem a proposta do
que voce faz e você tem o recebimento pela aquela proposta”. (Depoimento de dentista)
“Acho que, porque quem procura o fonoaudiólogo vai em busca de uma solução e o
fonoaudiólogo vai criar um planejamento para que aquele objetivo seja concluído.
Então acho que nesse momento ele tá prestando um serviço pro cliente/paciente”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Porque é um negócio. Você está prestando um serviço”. (Depoimento de Sindicato
de Fonoaudiologia)
“Porque ela está inserida em alguns âmbitos, como prestação de serviço sim [...]”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Seria... prestação de servicos: para mim, é quando você atende uma demanda, uma
necessidade. Então, atende uma demanda. Então, é prestação de serviços”. (Depoimento de fisioterapeuta)
“É um serviço que eu vou prestar em um determinado local. Então, se eu tô com o
meu paciente, eu tenho que prestar a ele aquele serviço de maneira adequada. Se eu
tô numa clínica, eu tenho que prestar de acordo com a clínica ou a minha função”.
(Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
Ficou evidenciado, entretanto, que esses profissionais apresentam uma visão de mercado/prestação de serviços focada no quesito remuneração/lucro. Consequentemente, provocase no fonoaudiólogo uma visão deturpada da prestação de serviços ligada à sua profissão.
Além disso, poderá haver implicações quanto à compreensão da real demanda do cliente/paciente que busca o serviço. A importância em associar a profissão a uma prestação de
serviços de modo diferenciado, carregando em sua sombra uma imagem negativa, pode ser
observada nas declarações a seguir:
109
“Sim. Ah, porque, de certa forma... ele precisa ser bem remunerado, ele precisa
ser... vontade e estímulo. Mas assim não, dessa forma, pagar mal; atende um monte
de qualquer jeito, atende, ganha direitinho; atende sem preocupação nenhuma”. (Depoimento de médico)
“[...] Não. Acho que a prestação de serviço tão.... Diminuiu tanto a profissão”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Você não pode é... tirar a individualidade, tirar o que é humano disso, mas eu acho
que é oferta de serviço, sim. Não na sua frieza, mas nessa coisa da oferta. Oferecer
pra alguém aquilo que eu sei, pra trabalhar alguma coisa”. (Depoimento de professor
de curso de Fonoaudiologia)
Conforme depoimentos de pessoas que buscaram serviços de Fonoaudiologia, a palavra cliente está associada, exclusivamente, ao campo das finanças:
“O paciente, eu acredito, é o que se trata, né? Tá ali pra ser tratado, o paciente. E cliente pra mim é uma pessoa que tá indo comprar, né? Ou fazer alguma coisa. Há diferença. Paciente está sendo atendido e o cliente está indo comprar, fazer alguma
coisa. Fono trabalha com paciente". (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o
tratamento de Fonoaudiologia)
“O cliente tem quase que direito absoluto. Você vai comprar uma peça de roupa na
loja, você quer comprar aquilo que te agrade. Você que comprar, quer que esteja
pronto e que respeite determinadas qualidades que você coloca como essenciais. O
paciente já não! O próprio nome diz: ele tem que ser paciente. Eu falo muito isso...
por mim. Se eu chego num lugar, eu tô com dor ou tô esperando um médico, eu sou
paciente. Eu chego na hora que ele manda e vou ser atendido na hora que ele puder
[...]. Então, o paciente, ele tem que ser paciente, ele tem que colaborar, porque o resultado é em conjunto. Não é só do médico, o resultado é dos dois. Então é diferente
de cliente. O cliente já pode cobrar algumas coisas e o paciente não, porque ele tá diretamente envolvido e tem que ter compreensão”. (Depoimento de cliente/paciente
que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
Mas, para alguns, a Fonoaudiologia está associada ao campo da saúde, e não à prestação de
serviços:
“Eu vejo prestaçao de serviço mais como assim, pedreiro, encanador, uma manicure.... Fonoaudiólogo acho que não. Nossa, aí você me apertou. Se não é prestação de
serviço como que eu posso estar colocando isso? Atendimento... poderia ser atendimento? Porque é todo um processo, diagnóstico e tratamento”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Então eu acho que quem trabalha em uma empresa, uma instituição, ela está prestando um serviço para empresa, para instituição. Agora, se ela for um profissional
autônomo aí já muda um pouco, porque o consultório é dela, ela vai oferecer o trabalho dela para cliente/paciente, mas aí não é uma prestação de serviços, aí já é uma
relação mais terapeuta/paciente”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
110
A palavra “cliente” está, de modo geral, vinculada a comércio e abarcada por uma esfera negativa. A associação da Fonoaudiologia ao campo da saúde e à palavra “paciente” (quem usufrui do serviço) foi observada na maior parte dos depoimentos.
“Paciente. É porque ele está muito envolvido. Ele é da área médica, né? Então o cliente ele é... ele não tem envolvimento. Como que se fala? Emocional, vamos dizer.
O paciente tem envolvimento emocional. É saúde, né? Tudo que leva dificuldade à
saúde eu acho que é paciente”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Paciente. O cliente lembra mercado, e o paciente lembra pessoa; você está trabalhando com relações humanas. Mercado vende produto, apesar de que toda profissão... ela vende algum tipo de trabalho, né? Segundo nosso marketing, mas a gente
não está vendendo a mercadoria palpável em si”. (Depoimento de cliente/paciente
potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
O termo “cliente” está vinculado a uma imagem negativa, do ponto de vista dos stakeholders
ligados mais proximamente à Fonoaudiologia. Para estes, o termo mais adequado é “paciente”.
“Paciente. É o paciente que está ali precisando de alguma ajuda, de alguma doença.
Está ligado a patologia e o cliente para mim é mais na área assim comercial. O Fono
trabalha com paciente”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Paciente. Porque eu acho que o termo cliente... Eu acho que dá mais ideia assim,
de.... da parte financeira mesmo. É aquela.... Eu acho que o cliente é aquela pessoa
que vai lá, você presta um serviço e te paga. Mas aí fica mais um serviço assim...
muito material. Quando fala em cliente eu penso mais na parte material. Então, como paciente, eu vejo mais essa relação mesmo... de compreensão, de respeito, essa
parte de atenção e acolhimento”. (Depoimento de Conselho Regional de Fonoaudiologia)
“Eu acho que com paciente, porque reabilita. Na maior parte, né? Eu sempre associo
com alguma patologia, com alguma necessidade proveniente de alguma patologia,
né?. Cliente pode ser qualquer pessoa. Paciente é aquele que vai ter que ter paciência, para chegar em algum resultado. O nome de paciente vem disso, de paciência”
.(Depoimento de fisioterapeuta)
“Pacientes, porque essa relação é uma relação humana e de tratamento. Eu vejo o
cliente assim, como uma coisa mais comercial. Paciente é mais uma relação humanitária mesmo, indivíduo-indivíduo. Não quer dizer que o comercial também não vai
ser, mas é uma coisa mais pra ser humano”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Enxergo tudo como paciente. Eu não saberia te falar, assim, a diferença disso. O
Fono trabalha com paciente, sem dúvida. O paciente, na realidade, você vê ele, não
sei se envolveria alguma coisa financeira, mas é. Nós encaramos, principalmente na
área da saúde, a pessoa não como simplesmente um cliente que vai ali e paga e vai
embora, mas como um paciente mesmo, pra gente ter uma conduta que vai além de
uma condição financeira, uma troca financeira, troca de serviço, de pagamento. Está
muito além. O cliente está ligado a condição de pagar e o paciente na dimensão além
do pagamento”. (Depoimento de dentista)
111
“Paciente, porque cliente, os que eu tenho contato, tratam como se fosse um doente
precisando de ajuda e não um cliente em potencial”. (Depoimento de médico)
A profissão de Fonoaudiologia, associada ao campo da saúde e à palavra “paciente”, é repetidamente observada nos depoimentos de quem usufrui do serviço:
“Eu sou paciente, porque eu tô doente”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“O cliente ele fica muito distante, o paciente ele já é . Existe o vínculo de, da dependência da gente. [...]. Porque, primeiro, o cliente, você nunca chega para o cliente e
você já vai trabalhando ele sem você saber da vida dele. Porque, pra qualquer profissional, existe a parte da Psicologia. Você tem que saber entrar dentro da pessoa, para
sentir a dependência, a emoção, a dificuldade, a esperança, o que a pessoa está querendo atingir. Então, o paciente é aquele envolvimento da gente, né? Entender o outro. Cliente é o cliente de roupa, de sapato. Você compra e vai embora. O outro, não.
Você envolve. É mais comercial. O paciente, você se envolve. É mesma coisa de
uma doença, de um caso”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Geralmente, a palavra cliente tem muita relação com uma troca, uma transação, assim, uma troca de: “eu pago e você me presta um serviço” e quando você lida com
essas profissões da área da saúde tem todo um lado social, um lado que vai muito além de uma prestação de serviço. Vai da melhoria da saúde da pessoa. Então eu acho
que... eu não vejo muito adequado pra tratar exclusivamente como cliente”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
O uso da palavra “paciente” ou “cliente” provoca diferentes percepções na pessoa que está
como recebedor do atendimento pelo profissional, conforme pode ser observado no depoimento a seguir:
“É muito desagradável quando você vai, por exemplo, a um médico, ele te trata como cliente e não como paciente, né? A diferença é que você sente que... no... Quando você é paciente, você pressupõe um tratamento que vai além do profissional e
você... Como se tivesse um elo afetivo, uma coisa que passa pelo afetivo, né? Pelo
emocional. O cliente... é só comércio, é negócio, negócio. Na realidade, não deixa de
ser um negócio, né? Mas a gente normalmente quer mais do que o negócio. Devem
existir os dois tipos de profissional”. (Depoimento de professor de escola de ensino
fundamental e médio)
Ainda que o mais adequado sejam, para alguns, os termos “cliente e paciente”, ou apenas
“cliente”, perpassam, neste último, significados do termo “paciente”, que fogem a associações
com a área das finanças. O campo onde atua o fonoaudiólogo também é levado em conta para
a comparação supracitada.
“Depende. Se ele está em um consultório particular, ele trabalha com cliente. Na saúde publica, eles falam que trabalham com usuário, mas trabalham com paciente.
112
Paciente mesmo, porque ele tem que ter paciência”. (Depoimento de fonoaudiólogo
atuante)
“Eu acho que o cliente... ele vem mais querendo mais aperfeiçoar em alguma coisa
mesmo. Ele te procura... No caso eu considero um cliente um profissional. Um jornalista vem me procurar, porque ele quer melhorar a competência comunicativa [...].
O paciente é mais quando tem uma demanda mais grave, assim que pode mesmo....
Uma Síndrome de Down, que eu tenho que tratar a questão da musculatura facial.
Até mesmo um professor que tem um nódulo. Aí, eu tenho que tratar. Isso pra mim é
paciente. Paciente está ligado a patologia e cliente, não”. (Depoimento de estudante
de curso de Fonoaudiologia)
“Com os dois. Tem paciente que são estes que te falei com paralisia, são pacientes.
Tem o trabalho com a estética. Para mim, o paciente é aquele que é doente ou tem
algum problema. No meu caso, assim, eu não entendo como doença. O cliente acho
que é uma melhora mais estética. Como meu caso, que foi para melhorar a fala”.
(Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“[...] Paciente é aquele que aceita mais, né, tudo o que você dá para ele, ele vai aceitando sem... é... discutir aquilo com você, sem perguntar o porquê você está fazendo,
e cliente não, o cliente é mais ativo, o paciente é mais passivo. O cliente é mais ativo, ele quer saber o que está acontecendo, porque meu filho está fazendo isso... exige”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Não sei, às vezes, eu fico pensando sobre isso, em que momento a gente é cliente, e
que momento é paciente. Eu acho que paciente é quando a gente está doente e o cliente pode não estar doente. Ele pode ser uma pessoa que apenas precisa do seu serviço por diversas razões e não é por doença. O cantor, por exemplo, ele não é paciente, porque ele não está doente, ele está trabalhando a voz dele, para o trabalho dele. Então acho que ele é cliente”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o
tratamento de Fonoaudiologia)
“Com pacientes, pelo menos meu caso, porque ele já vem com patologias, debilitado. Ah, no sentido de patologia, eu acho que sim. O cliente pra mim já vem mais pra
prevenção...pra orientação, pra melhorar sua fala... mas ele não tá com nenhuma patologia ainda”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Pra mim, na verdade, ele trabalha com os dois. Quando ele tem uma doença (patologia), ele é paciente. Quando ele quer um aprimoramento... Porque não precisa ter
uma doença pra procurar um fonoaudiólogo. Aí eu já acho que é cliente”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Pacientes. Porque ele é profissional da saúde. Então, se é profissional da saúde, ele
tem sempre o quê? Uma doença. Ele pensa na doença, mas ele esquece também que
eu tenho uma clientela que quer aprimorar, que quer aperfeiçoar. Paciente tá ligado à
doença. O cliente tá ligado à estética, um fator mais... Dentro da nossa área, né?”.
(Depoimento de Diretor de curso de Fonoaudiologia)
“Acho que trabalha com os dois. [...] Por quê? Embora o nome paciente dê muito
uma... dá uma impressão de ser um cliente passivo, que tá muito esperando que o
profissional resolva seu problema, que o profissional trate tudo... a gente usa muito
essa expressão pra patologia. E, assim, e eu costumo usar o cliente quando não é
uma patologia, quando procura um aprimoramento ou no caso da área empresarial.
Paciente está ligado à patologia e cliente está ligado a aprimoramento”. (Depoimento de membro do Sindicato de Fonoaudiologia)
Os depoimentos, a seguir, trazem à tona uma provável dificuldade do fonoaudiólogo em posicionar-se, de modo favorável, no mercado de trabalho – haja vista a sua dúvida em decidir
113
sobre seu público alvo. A decisão de adotar a palavra “paciente” ou “cliente” representa um
conflito para alguns profissionais (em exercício ou não da profissão).
“[...] O paciente se coloca muito na posição de esperar algo do terapeuta pra ele poder melhorar. Ele acha que ele não pode participar da terapia, que ele não é responsável também pela sua melhora. O cliente eu acho que já participa mais. Não sei”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Essa nomenclatura para mim é um pouco... [...]. Cliente é colocado como se fosse
uma relação mais distante assim. [...]. Paciente é aquele passivo, que tem doença e
que está aqui em reabilitação. Então, assim, eu não sei te falar o que é que é ideal”.
(Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“O cliente é aquele que vem, te paga, você dá a mercadoria. Pra mim, é uma coisa
assim. E o paciente, não, é aquele que vem necessitando de alguma coisa e você tem
que dar a ele as condições pra ele mesmo vencer o problema dele. Eu vejo uma coisa
assim. Não deixa de ser cliente, né?”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
Profissionais de Fonoaudiologia atendem “clientes”, conforme mostram alguns depoimentos:
“[...] Cliente é aquela pessoa onde a gente estabelece vinculo de parceria. O paciente
é totalmente dependente de você. Eu acho que nem quando eu fazia terapia eu não
gostava de adotar esse termo paciente, justamente porque se ele é paciente ele está
totalmente passivo nas mãos e não é, ele tem que ter essa atividade”. (Depoimento
de fonoaudiólogo atuante)
“Hoje em dia, não existe mais paciente. Hoje em dia, só existe cliente. Mesmo se é
criança, se considerar que é um paciente, os pais dela não são. São clientes. [...]”.
(Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Com paciente, porque eu acho que o paciente é aquela pessoa que te procura porque tá com algum tipo de problema e ele vem tentar procurar uma ajuda. Tem diferença entre paciente e cliente. O cliente, normalmente, ele procura serviços, diferente de tratamento”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Cliente, ele quer... Principalmente se for de clínica particular. Ele quer ganhar dinheiro em cima de preocupação, de resultado. O paciente não tá preocupado quanto
que ele vai ganhar. Está preocupado com o resultado. No momento, tá tendendo
mais pra cliente. No momento, a tendência é mais pra cliente. Porque ele tá preocupado em ganhar, o comércio ... a situação não tá boa, tem que trabalhar mais, atender
mais, pra ganhar mais”. (Depoimento de médico)
“Pra mim, paciente. Bom, paciente pressupõe uma relação com cuidado, durante e
depois do tratamento. Cliente, acho que não. Acho que com paciente, sem dúvida”.
(Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
Entre paciente e cliente não existe diferença, do ponto de vista de alguns stakeholders:
“Creio que seja a mesma coisa, porque parece que cliente é o contorno e paciente é
uma camada. Na verdade não tem diferença”. (Depoimento de estudante de curso de
Fonoaudiologia)
114
“Eu trabalho como se fosse sinônimo”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Não vejo diferença, pra mim é a mesma coisa. Os dois, porque os dois, pra mim, é
aquele que vai precisar do serviço de Fono”. (Depoimento de estudante de curso de
Fonoaudiologia)
Em resumo, neste item,conclui-se que a imagem é obscura/pouco definida, uma vez que não
há uma concordância de opiniões/ideias quanto à Fonoaudiologia ser ou não ser considerada
uma prestação de serviços ou quanto ao atendimento referir-se a cliente ou a paciente. Para os
entrevistados, há um crescimento progressivo nesse mercado de trabalho, mas não está havendo uma remuneração digna para o profissional, nem um merecido reconhecimento para a
profissão.
6.2.3 Imagem que os stakeholders possuem sobre o sombreamento entre a Fonoaudiologia e outras profissões
O item 3, Panorama Histórico da Profissão de Fonoaudiologia, mostrou que, assim como as
demais profissões da área de saúde, também a Fonoaudiologia teve sua história iniciada na
Medicina, já que foi esta que centralizou, por muito tempo, na pessoa do médico, todos os
serviços da área da saúde.
Além disso, na década de 1930, ocorreu a fase de idealização do profissional, relacionada à
crescente preocupação, na Educação e na Medicina, com os desvios encontrados entre os
estudantes, o que era apurado em razão de movimentos ou programas da época, intitulados
“Saúde Escolar” ou “Escola Nova”. Assim, o profissional que cuidava dessa área era concebido como um professor especialista (FIGUEIREDO NETO, 1988), criando também uma
íntima relação da Fonoaudiologia com a Fisioterapia e Terapia Ocupacional (LACERDA,
1997).
A título de ilustração, nesse mesmo contexto, enquadram-se as profissões de Psicologia
(MENDES, 2008) e, também, Educação Física e Fisioterapia – cujas fontes estão na Medicina (AMORIM, 2007). Assim, essas intercalações das profissões refletem-se na prática de
cada uma delas.
115
A Fonoaudiologia encontra-se vinculada, em suas origens, a diversas outras profissões. Esta
dissertação aponta a existência de zonas de sombreamento no exercício da profissão dos fonoaudiólogos, com os demais profissionais. Entre os já citados, podem ser incluídos também
os técnicos de Enfermagem e os pedagogos.
O ser humano é o alvo primário no exercício profissional do fonoaudiólogo, assim como o é
em diversas outras áreas do conhecimento. Com isso, ampliam-se os leques de interação com
as demais profissões, em decorrência de a Fonoaudiologia ter fronteiras com várias áreas.
Desse modo, entende-se que, pelo fato de a formação deste profissional apresentar um perfil
mais generalista, decorre, em parte, este sombreamento.
Mas, conforme os depoimentos abaixo, como produto de interações com as demais profissões,
tem-se, também, alguns percalços no exercício profissional do fonoaudiólogo, como a existência de atritos na delimitação de um espaço mais definido de atuação.
“Acho que fica confusa a atuação, às vezes, da Fisioterapia e Fonoaudiologia na patologia paralisia facial. Acho que tem uma coisa confusa com TO (Terapia Ocupacional) com Fonoaudiologia, em relação a estimulação neonatal. Então, acho que, às
vezes,fica meio tumultuado aí, o meio de campo, o que é que a Fisio faz, o que a
Fono faz e causa um pouco de mal-estar quando você está no mesmo local de trabalho, porque as duas pessoas fazem a mesma coisa”. (Depoimento de fonoaudiólogo
atuante)
“[...] Fazer o exame de audiologia, que seria capacitação do fonoaudiólogo, e a gente
vê muito recepcionista fazendo isso”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“A Fisioterapia, a nutrição e os médicos, também dentro da área de otorrino... Odonto também. São áreas que deveriam trabalhar junto, mas cada um quer pegar um
pouquinho do outro”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Tem várias, né? Eu não acho que concorre, mas ela esbarra em alguns... em alguns
pontos. Por exemplo, a Fisioterapia, que a gente vê que ela tá atuando um pouco já
na paralisia facial, que antes era um território muito de Fono.. Na questão de equilíbrio. A Fisioterapia, a partir do momento que ela tá lotada de profissional, o profissional está buscando novas áreas de atuação e a Fono, eu vejo ela muito ainda... encolhida. Eu acho que a Enfermagem... Muitas vezes você vê técnicos de Enfermagem fazendo audiometria”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Na voz, os professores de canto querem se meter a achar que podem trabalhar como
o fonoaudiólogo. Não tem nada a ver. O professor de canto vai ensinar qualidade
vocal e não técnica de relaxamento específico pra fenda, específico pra nódulos. Os
professores de canto querem concorrer com profissionais de Fono”. (Depoimento de
médico)
Nossa, várias. Principalmente com relação... Cuidadores de idosos, vou pôr na minha área, com a relação a alimentação, durante a alimentação. Eu acho que os cuida-
116
dores não são tão preparados. Deveriam ter uma cadeira, algum profissional de Fonoaudiologia dentro desses cursos de formação de cuidadores de idosos, pra qualificar um pouco essa alimentação oferecida ao idoso, ao idoso acamado, aquela pessoa
que depende de outra, que é sempre dependente, que não consegue levar uma colher
até a boca, como posicionar a colher, o tempo, o engasgo, a ingestão de líquido”.
(Depoimento de fisioterapeuta)
“Não sei se são de responsabilidade, porque acho que atua junto. Agora que você
perguntou, eu tô lembrando, por exemplo, paralisia facial, tanto Fono como fisioterapeuta costuma atuar. Aí, eu acho que não está errado nem um nem outro fazer. Eu
acho assim, que trabalham de maneiras diferentes”. (Depoimento de fonoaudiólogo
atuante)
“Uma que concorre e não tem razão pra concorrer, mas concorre, é a Psicopedagogia. Eu acho que ela compete até em alguns casos”. (Depoimento de fonoaudiólogo
não atuante)
“Tem sim. Tem o professor”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“É, em determinados hospitais, o enfermeiro têm tomado um espaço do fonoaudiólogo porque... Por questões financeiras, eles não estão tendo acesso ao paciente. Aí
acaba que eles oferecem sucção, fazem essa parte de aleitamento. Têm preparo nenhum pra isso”. (Depoimento de médico)
“Acho que sim. Eu falo mais especificamente a Fonoaudiologia neonatal que eu sei
que a Terapia Ocupacional atua também, né? Só que a Terapia Ocupacional não tem
conhecimento, ate onde eu sei, a Terapia Ocupacional não tem conhecimento de métodos sobre a disfagia, por exemplo, que a dificuldade de deglutição. Eu sei que a
Terapia Ocupacional até o momento não tem nenhum... não estuda sobre a disfagia.O que eu acho porque eu já trabalhei.... eu trabalhei com terapeutas ocupacionais,
então eu vejo essa interferência em um assunto que... tanto é que até levou ao conselho de Fonoaudiologia esse assunto para delimitar que é só o fonoaudiólogo que trabalha com disfagia”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Audiometria. Fazer audiometria, que aí no caso, o médico também, o otorrino pode
fazer. Alguns tratamentos de algumas patologias como essa que eu te falei da paralisia facial, o Fisioterapeuta pode fazer. Algumas que o Terapeuta Ocupacional também atua”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“A avaliação auditiva. Ela é de responsabilidade do fonoaudiólogo e do médico, só
os dois podem. Mas tem muitos outros, até leigos, fazendo isso. Mas já diminuiu
muito por causa da campanha do Conselho. Outra coisa seria o trabalho com voz,
que muitos também, outras pessoas fazem”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“[...] Esse aí que eu já te falei da Fisio, de reabilitação vestibular. Tem outros que
não... é profissional, tipo secretária, fazer”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Eu acho que, de pertinho, tem a turma da Fisioterapia, tem a turma da Terapia Ocupacional, que concorrem em alguns casos, mas em outros são essenciais pra gente
trabalhar, não tem jeito. Acho também alguns profissionais que trabalham com voz,
oratória, professor de canto [...]”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
117
Vale destacar, entretanto, conforme os depoimentos a seguir, que na contramão do sentido
mencionado anteriormente, em relação aos atritos na delimitação de um espaço mais definido
de atuação, profissionais da área de Fonoaudiologia assumem funções de demais profissões.
“Em hospital, eu percebo que o fonoaudiólogo acaba entrando, às vezes, em algumas
áreas da Fisioterapia e da enfermagem. Tem que ter o conhecimento, que é necessário”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que, às vezes, por falta de informação, do fonoaudiólogo não saber exatamente onde que ele atua, ele pode, às vezes, atuar como um psicopedagogo, mas
porque ele não sabe exatamente até onde vai o seu papel”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
“Olha... muitas! Porque eu já vi fonoaudiólogo trabalhando com recepção, pra ajudar
na clínica onde trabalha. Fazendo alguns outros exames que, na verdade, eu não sei
se Fono pode estar fazendo, como eletrocardio, acuidade, essas coisas. Eu já vi muito”. (Depoimento de fonoaudiólogo não atuante)
“Eu acho que pega muito a parte de Fisioterapia. Quem trabalha muito a questão
de... Nós trabalhamos basicamente cabeça e pescoço. Às vezes, a gente tem um problema respiratório, a gente quer trabalhar também. Então acaba que a gente vai adaptando”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que também audiometria de tronco cerebral. Tanto otorrino quanto o Fono
pode fazer, mas originalmente era o médico que fazia. Mas hoje é a área do Fono”..
(Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que a questão da Psicopedagogia que esbarra. Porque o fonoaudiólogo, ele
tem que ter bem claro que a Fonoaudiologia vai tratar, por exemplo, a voz, a fala, a
consciência fonológica. Aí, que é que acontece? Tá indo muito cliente de Psicopedagogia pra Fono e vice-versa, e aí a gente tem que tomar cuidado. Que tem coisa
que, por exemplo, eu vou trabalhar com o menino a sílaba, mas tem coisa que vai
esbarrar na questão na Fonoaudiologia mesmo, que é essa consciência fonológica
[...]”. (Depoimento de pedagogo de escola de ensino fundamental e médio)
“Acho que a área da estética é uma área nova e, porque nova, ela é controversa nesse
sentido [...]”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
Em resumo, pode-se considerar que, sob o ponto de vista de alguns dos profissionais da área
de sombreamento e de fonoaudiólogos (cujos depoimentos foram aqui apresentados), os profissionais de Fonoaudiologia exercem funções pertinentes às demais profissões. Apesar disso,
a grande maioria dos entrevistados relata ser mais comum outros profissionais exercerem funções da área da Fonoaudiologia.
6.3 O marketing sob o foco dos stakeholders
118
Tem-se aqui, como propósito, a análise a respeito do conhecimento que os stakeholders da
Fonoaudiologia têm acerca do marketing e, ainda, qual sua aplicabilidade pelos profissionais
de Fonoaudiologia.
Neste sentido, os entrevistados, em geral, conforme depoimentos a seguir, revelam que associam vendas, divulgação e propaganda ao contexto global de marketing. E ainda: é limitado o
conhecimento que os stakeholders apresentam acerca do marketing.
“Marketing, para mim, é uma parte assim de divulgação, em diferentes aspectos:
comercial, saúde, educação é publicidade, coisas assim”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“É o trabalho que a gente faz para divulgar alguma coisa que a gente está fazendo”.
(Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Atualmente é mais que propaganda, mas eu não sei o que é esse mais”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Marketing, entendo como propaganda, é... conversa, uma conversa que sabe conduzir. Ele devia usar o marketing pra é... fazer propaganda pra ele, chamar atenção
pro trabalho dele, pra ele conquistar mais paciente, que é a forma de ganhar a vida”.(Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Vender a imagem”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento
de Fonoaudiologia)
“Marketing é propaganda, publicidade”. (Depoimento de cliente/paciente potencial
para tratamento de Fonoaudiologia)
“O marketing eu acho que é vender o produto. É a venda do produto com emoção,
porque qualquer coisa que você vai fazer com o marketing, você só vende, você só
mostra o perfil da coisa, acho que é com emoção”. (Depoimento de cliente/paciente
potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Marketing é você preparar, é divulgar o seu trabalho de diversas formas, mas usando a mídia”. (Depoimento de médico)
“Eu entendo que é a divulgação, né? Assim, uma chamada mesmo, uma forma de
divulgar, mas de chamar atenção, de atrair a pessoa para buscar aquele serviço”.
(Depoimento de Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia)
“Pra mim é como se fosse propaganda, como se fosse divulgação”. (Depoimento de
pedagogo de escola de ensino fundamental e médio)
“O que eu entendo por marketing? Uma ferramenta que você utiliza pra... pra mostrar o seu trabalho, pra mostrar. Não sei. Divulgar”. (Depoimento de Sindicato de
Fonoaudiologia)
“Eu acho que marketing tá ligado com divulgação e promoção”. (Depoimento de
professor de curso de Fonoaudiologia)
“No caso da Fono, é a maneira como que o fonoaudiólogo vai representar a Fonoaudiologia, como ele vai divulgar”. (Depoimento de ponoaudiólogo atuante)
119
“Ah, tem a ver com a aparência, né? Com a propaganda”. (Depoimento de ponoaudiólogo atuante)
“Você mostrar o que você tem de melhor, você vai tentar “vender” o que você vai
estar fazendo, essa prestação de serviço”. (Depoimento de estudante de curso de Fonoaudiologia)
Contudo, no tocante à possível aplicação do marketing, pelos profissionais de Fonoaudiologia, os entrevistados se dividiram em suas respostas: para alguns stakeholders, a ideia é negativa e, para outros, é positiva (conforme depoimentos abaixo):
“Por meio de publicidade, mesmo. De divulgação, mostrando essa importância do
fonoaudiólogo para o paciente, em diferentes áreas profissionais”. (Depoimento de
cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Pode sim. Mostrando os aspectos positivos da Fonoaudiologia para o ser humano,
seja ele criança, no início da sua alfabetização, da sua educação na escola, do... do
esclarecimento mesmo verbal para outras pessoas no seu diálogo, seja também pra
profissionais, como professores que precisam melhorar a sua dicção ou qualquer outro profissional adulto mesmo, que necessite”. (Depoimento de cliente/paciente que
interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“O marketing poderia mostrar ela cuidando da criança, ensinando, uma propaganda
dela ensinando ali a criança a falar”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Deve ser. Coitado de quem não faz marketing hoje em dia”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que ele deveria. Exatamente... difundindo a profissão, mostrando o quanto
que é importante, o quanto que a gente pode melhorar com a ajuda desse profissional
em tais e tais áreas”. (Depoimento de Coordenador de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que o marketing vai fazer a divulgação do que é realmente, mas um marketing bem feito. O que é realmente... trazer a atenção pra Fonoaudiologia... fazer
com que as pessoas conheçam mais e até poder melhorar o tipo e serviço que a gente
oferece”. (Depoimento de professor de curso de Fonoaudiologia)
“Sim, nossa!! Deve ter uns quatro anos que eu falo isso. Chamando o sujeito pra fazer um estudo e mostrar... ó...pega tudo que tem e fala assim: “ó... isso aqui é o que é
a nossa profissão”. (Depoimento de Diretor de curso de Fonoaudiologia)
“Eu acho que sim. Na divulgação da profissão, até para falar o que o fonoaudiólogo
faz”. (Depoimento de fonoaudiólogo atuante)
Entretanto, os stakeholders que acreditam ser positiva a ideia da aplicação do marketing pelos
profissionais de Fonoaudiologia apresentam, em paralelo, a ideia de que esse uso fere a ética
por se tratar de marketing no campo da saúde.
“Olha, eu acho que não. Pode ser um preconceito, mas eu acho que na... Mas é isso.
É porque o sentido de marketing pra mim está atrelado com venda, com produto. E
como eu disse, eu acho que a saúde não é bem um... não é um produto nos moldes...
120
Como o ensino não é. É a mesma coisa. É esse o espírito”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Muita cautela, porque corre o risco de comercialização”. (Depoimento de médico)
“Não. Porque eu acho que esse serviço tem que ser mais... tem que ter mais ética do
que marketing”. (Depoimento de médico)
Cabe ressaltar, conforme visto em 3.2 O Código de Ética e a Divulgação da Profissão de Fonoaudiologia, o artigo que concerne ao tema em discussão, e que complementa a questão dos
preconceitos e do limitado conhecimento dos fonoaudiólogos acerca do marketing. O Código
de Ética ainda em vigor incluiu, desde a sua publicação, em 06 de março de 2004, o seguinte
artigo: “O profissional inscrito pode utilizar-se de veículos de comunicação para conceder
entrevistas ou divulgar palestras públicas sobre assuntos fonoaudiológicos, de interesse social
e com finalidade educativa” (Capítulo IX, seção II, Artigo 22).
Sendo o Código de Ética da profissão de Fonoaudiologia parte integrante da grade curricular
do curso de formação do fonoaudiólogo, há de se considerar que a disseminação de que a
ideia da aplicação do marketing pelos profissionais de Fonoaudiologia pode ferir a ética, por
se tratar do campo da saúde, pode também ter sua origem nos cursos de graduação.
Além disso, a pulverização informal dessa possível ideia de uso inadequado/inconveniente do
marketing pode também ser consequência do longo tempo de vigência do artigo, conforme
pode ser observado nas declarações abaixo:
Em referência à visão daqueles stakeholders que associam vendas (produtos/serviços), divulgação e propaganda ao contexto global de marketing, nota-se uma predileção pela propaganda
informal - como a mais bem sucedida divulgação no campo da Fonoaudiologia como, por
exemplo, a indicação (marketing boca a boca5) de profissionais de saúde, amigos, clientes,
entre outros.
“Eu acho que ele faria a propaganda... e muitos utilizam os próprios médicos, que
são aqueles indicadores, que indicam a pessoa”. (Depoimento de cliente/paciente
que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
5
“O marketing boca a boca é conhecido por ser a ação promocional mais eficiente que existe e também a de
menor custo. Sua força vem do fato da técnica ser realizada por consumidores verdadeiramente satisfeitos e
dispostos a recomendar o produto ou o serviço que foi capaz de superar as mais altas expectativas...” (Diário do
Comércio, 2004).
121
“O melhor marketing que eu acho é a prestação ... é o boca a boca.... não existe melhor. Aliás, em nenhuma área de atuação”. (Depoimento de pedagogo)
“Eu acho que o principal marketing do fonoaudiólogo é a propaganda boca a boca,
sinceramente, porque igual o médico: você indica o médico depois que você vai a
ele e tem bons resultados”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
A indicação também é valorizada quando se trata da busca de um profissional fonoaudiólogo.
“Porque ela é muito carinhosa, me tratou bem. Tratou também meu filho bem também, desde o início. Tanto que ela pediu pra eu poder escolher ou de tarde ou de
manhã. Então eu escolhi de manhã, porque ela tá de manhã. Foi por conta do encaminhamento. Então tinha ela. Foi indicação do posto de saúde”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu ia pegar a indicação de alguém que eu confiasse e que eu achasse que tem capacidade de identificar um fonoaudiólogo de qualidade”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Olha, eu tive a indicação dela, mas ela é a única que me atende. Na prefeitura, só
tem ela. Eu não pago pelo serviço, entendeu? É pela prefeitura, então...é...o que é
que me levou? Foi indicação....era a única. Eu lembro até do otorrino falar: Tem que
ser uma boa... mas ela é boa”. (Depoimento de cliente/paciente em tratamento de
Fonoaudiologia)
“Bom, no meu caso, eu fui indicado, né? Então a indicação foi o atributo mais importante, porque eu não a conhecia, mas conhecia o médico, o otorrino. Ele indicou.
Então, pra mim, foi o atributo mais importante”. (Depoimento de cliente/paciente
que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Aí, cai na indicação também, né? Porque a indicação te dá uma confiança. Porque
gera confiança”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Na verdade, o médico não me deu opção. Ele queria que eu fizesse com a pessoa
que ele indicou, com certeza porque ele tinha confiança no trabalho ou alguma relação... Indicação seria uma das condições”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Olha, indicação de alguém que já conhece, porque eles apresentaram três nomes
que seriam de confiança da escola. Também a indicação do dentista que nós conversamos com ele sobre a profissional. Então teve uma boa indicação”. (Depoimento de
cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
Dedicação, carisma, receptividade, tranquilidade, interesse e empatia também foram ressaltados, pelos depoimentos dos stakeholders, como componentes relevantes ao contexto do tratamento:
“Agora, quando você tem contato com o profissional, você procura outros aspectos
tangíveis, como a sua postura, um pouco da sua experiência, a forma como ele se coloca, é... alguns diplomas na sala, a estrutura do consultório. Isso tudo traz um pouco
de credibilidade pra gente”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
122
“Primeiro, o conhecimento, a dedicação, a pessoa alegre e feliz, é muito importante
porque ela transmite uma leveza pra gente”. (Depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“Primeira coisa... se ela realmente tem um carinho, um carisma”. (Depoimento de
cliente/paciente em tratamento de Fonoaudiologia)
“É empatia, a receptividade das pessoa, o interesse, O que eu olhava muito é que
ela... está muito ligado ao interesse, cobrava muito, atribuía muita responsabilidade.
Dividia a responsabilidade com o paciente. Isso é muito importante. E outra coisa
também é... ela era, uma coisa que eu acho bem legal, ela era tranquila”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Dedicação, é... primordial”. (depoimento de cliente/paciente potencial para o tratamento de Fonoaudiologia)
“É empatia ou simpatia, que a gente fala? Essas palavras me geram conflitos. Ah é...
é isso mesmo. Então tem que levar em conta isso, a simpatia”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Eu acho que depois que a gente conhece o profissional, acho que a gente tem que
sentir empatia pela pessoa, né? Porque se não tiver não adianta porque as coisas não
vão acontecer”. (Depoimento de cliente/paciente que concluiu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Carinho, atenção, paciência. Tem que ser carismático”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
“Principalmente para criança... no caso da minha filha, ela foi super paciente com
Rebeca, né, calma, tranquila e isso é... foi positivo nela”. (Depoimento de cliente/paciente que interrompeu o tratamento de Fonoaudiologia)
Em síntese, percebe-se que é limitado o conhecimento que os stakeholders da Fonoaudiologia
apresentam acerca do marketing, restringindo, de certa forma, a divulgação da profissão. Os
stakeholders que têm como positiva a ideia da aplicação do marketing pelos fonoaudiólogos
apresentam, em paralelo, a ideia de que esse uso fere a ética (marketing no campo da saúde),
o que vai ao encontro dos preconceitos e do limitado conhecimento dos fonoaudiólogos acerca do marketing. Nesse sentido, é importante ressaltar que se faz necessário que o profissional
possua algumas ferramentas para lidar com a concorrência, tornando, assim, maiores as chances de ingresso e permanência no mercado de trabalho.
123
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para a investigação da imagem da Fonoaudiologia e do profissional, por meio da identificação
e análise da percepção dos stakeholders, no que tange ao reconhecimento e à valorização da
profissão, do profissional e do mercado de trabalho de Fonoaudiologia, aplicou-se a seguinte
metodologia: quanto ao seu tipo, uma pesquisa qualitativa:, bibliográfica e de campo, quanto
aos meios; descritiva, quanto aos fins. A amostra foi realizada pelo método não probabilístico.
A coleta de dados ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica e de entrevistas gravadas em
áudio. Adotou-se, também, a técnica de construção de desenhos. E, finalmente, a análise de
conteúdo caracterizou-se como a ferramenta para o tratamento dos dados – seguindo proposta
de Bardin (1997).
Na área de serviço de saúde e, em particular, na Fonoaudiologia, constitui-se em um importante trunfo, para o seu direcionamento estratégico, o conhecimento da imagem que os variados stakeholders possuem em relação à profissão. Isso porque o comportamento da sociedade,
em geral, é direcionado e influenciado por essa imagem. Compreender as imagens que os indivíduos têm de profissões, serviços, produtos ou marcas torna-se importante na medida em
que as mesmas podem influenciar seus comportamentos (MENDES; SOUKI; GRASSELI,
2008) e, ainda, fornecer dicas para planos bem sucedidos de marketing significativos para sua
orientação estratégica.
A proposta de classificação da imagem de De Toni, Milan e Schuler (2004, 2005) foi adotada
nesta dissertação, para uma melhor compreensão da imagem do fonoaudiólogo, da Fonoaudiologia, e desse campo de trabalho.
No tocante à dimensão cognitiva, constatou-se um limitado conhecimento, pelos stakeholders,
a respeito das atividades que podem ser exercidas pelo profissional, e até mesmo da profissão
em si, da Fonoaudiologia. Esse conhecimento ficou contextualizado nos campos da clínica/hospital. Os stakeholders também delinearam a profissão de Fonoaudiologia com traços de
solidariedade ao próximo, benevolência, compaixão, amparo e prestimosidade.
Cabe aqui o destaque de três pontos: o primeiro refere-se ao valor da prestação de serviço do
fonoaudiólogo, que pode estar sendo negativamente influenciado como produto dessa percep-
124
ção dos stakeholders; o segundo diz respeito ao simbolismo de “ajuda/amparo”, associado à
profissão: tal associação pode gerar um descompromisso com o necessário embasamento técnico e especializado do profissional em exercício; e, finalmente, o terceiro trata sobre a questão do dinheiro: uma vez sendo considerada “profissão de amparo”, não é de “bom tom” que
a mesma seja rentável, ou seja, não pode ser associada a algum tipo de lucro – o que pode
gerar conflito no profissional, no momento de cobrar por seus serviços.
A ferramenta de marketing é uma das alternativas para que sejam disponibilizadas, aos
stakeholders, informações mais precisas – e consequentemente uma visão mais realista – a
respeito da Fonoaudiologia e do contexto de atuação do fonoaudiólogo. Nesse sentido, traria à
tona, e de forma mais explícita, os resultados e as vantagens conquistadas por meio de um
tratamento fonoaudiológico, além de maior valorização da profissão de Fonoaudiologia.
No tocante à dimensão emocional (REYNOLDS; GUTMAN, 1984), emoções afloradas no
processo (pré, no decorrer e pós) de prestação de serviço, tanto as emoções positivas (predominantemente) quanto as negativas foram encontradas nos depoimentos. Elas foram, por um
lado, associadas aos efeitos e ao processo da prestação de serviço: a) positivas: satisfação,
parabéns, cumplicidade, credibilidade, proximidade, amizade; b) negativas: ansiedade, demora, desmotivação e frustração; por outro, foram associadas à profissão, em depoimentos de
fonoaudiólogos: gosto do que faço, me deixa realizada, completa e [me dá] muito prazer.
No tocante à dimensão funcional da imagem (características tangíveis observadas pelos
stakeholders como atreladas ao perfil do profissional, ao contexto de trabalho e ao seu vestuário), verificou-se que, de modo global, não existe uma imagem específica do fonoaudiólogo:
nem quanto ao ambiente de trabalho, nem quanto à sua configuração na escolha de suas vestimentas. É possível que essa nebulosidade na construção de uma imagem da profissão esteja
atribuída à ausência de elementos alcançáveis que marquem a diferença entre os profissionais
de Fonoaudiologia e a profissão.
Quanto à imagem da Fonoaudiologia, no tocante à dimensão simbólica, pode-se considerar
que, para os stakeholders efetivamente pesquisados, há um amplo leque de símbolos representativos para a profissão – vinculados ao objetivo de solucionar problemas, servindo como guia
de orientação ou assistência a alguém. Vale destacar, ainda, que a dimensão simbólica da
125
imagem da profissão de Fonoaudiologia foi observada como a representação de uma realização pessoal do profissional.
Resgatando as vertentes emocional e cognitiva, em referência à relação profissional fonoaudiólogo-paciente/cliente, identificou-se que ambas estão presentes. Aparecem como vinculadas à relação paciente/cliente e fonoaudiólogo, com o emprego de termos como “amigável”,
“tranquilo”, “legal”, “feliz”, “simpática”, “atenciosa”, “excelente” e “satisfação” (emoções
positivas); e de termos como impaciente”, “raiva”, “triste”, “traumatizou”, “desmotivar” e
“frustração” (emoções negativas).
Vale sinalizar que, dentro desse mix de emoções, perpassa, também, a dimensão cognitiva. E,
sob o ponto de vista dos stakeholders, apesar de haver uma relação de empatia, confiança e
cumplicidade, não há, concretamente um vínculo de amigos, uma vez que devem sempre estar
presentes atributos tais como: certa formalidade; distanciamento/separação entre as emoções
do profissional de Fonoaudiologia e as emoções do cliente/paciente; profissionalismo; ética e,
ainda, neutralidade na prestação de serviços. Considerando que a relação fonoaudiólogopaciente/cliente é uma construção a dois, o modo como o profissional se coloca na relação
também influenciará no desenvolvimento e alcance do objetivo final.
Quanto à função exercida pelo paciente/cliente na atividade do profissional de Fonoaudiologia, observou-se sua corresponsabilidade para que suas questões sejam plenamente atendidas,
pela eficiência do tratamento, e sua ativa participação. Nesse sentido, há de se destacar a inegável influência das emoções presentes na relação dele com o profissional, assim como na
manutenção/abandono do atendimento sendo usufruído.
Quanto à imagem do mercado de trabalho do fonoaudiólogo, conclui-se que esta é obscura/pouco definida, haja vista que não há uma concordância de opiniões/ideias quanto à Fonoaudiologia ser ou não considerada uma prestação de serviços, nem quanto ao atendimento
referir-se a cliente ou paciente. Há um crescimento progressivo nesse mercado de trabalho,
mas não está havendo uma remuneração digna para o profissional, nem um merecido reconhecimento para a profissão.
Vale destacar, nesta dissertação, alguns prováveis motivadores para essa imagem assim indistintamente configurada. Como primeiro ponto, o fato de não haver uma concordância de opi-
126
niões/ideias quanto à Fonoaudiologia ser ou não considerada uma prestação de serviços pode
deturpar a visão do fonoaudiólogo quanto à prestação de serviços ligada à sua profissão. Além
disso, poderá haver implicações quanto à compreensão da real demanda do cliente/paciente
que busca o serviço.
Como segundo ponto, a provável dificuldade do fonoaudiólogo em posicionar-se, de modo
favorável, no mercado de trabalho – haja vista a sua dúvida em decidir sobre seu público alvo.
A decisão de adotar a palavra “paciente” ou “cliente” representa um conflito para alguns profissionais (campo da saúde x campo das finanças – sendo esta última considerada como esfera
negativa).
Como terceiro ponto, considera-se que o simbolismo de “ajuda/amparo”, associado à profissão, pode gerar conflito no profissional no momento da cobrança por seus serviços, além de o
mercado de trabalho estar saturado (grande oferta de cursos nesta área).
Como quarto ponto, o produto de interações com as demais profissões traz, também, alguns
percalços no exercício profissional do fonoaudiólogo como, por exemplo, atritos na delimitação de um espaço mais definido de atuação – tornando mais difícil para o fonoaudiólogo o ato
de posicionar-se no mercado frente a inclusão de profissionais, de outros campos de trabalho,
no mercado da Fonoaudiologia.
Como quinto ponto, o mercado de trabalho não é apresentado, pelos cursos, de modo condizente com a realidade, nem os cursos proporcionam adequada formação para o exercício da
profissão nos diferentes campos de atuação. Assim, uma das possíveis consequências frente a
esse contexto é a maior dificuldade do profissional em se posicionar estrategicamente no mercado de trabalho, diante das diferentes demandas, o que, indiretamente, influencia na formação da imagem do profissional no mercado de trabalho.
Finalmente, como sexto ponto, constatou-se que os benefícios e funções que a Fonoaudiologia
pode disponibilizar são desconhecidos pelos stakeholders. Só é possível que um serviço seja
valorizado se, antes, os seus benefícios forem reconhecidos. Nesse contexto, torna-se interessante ao fonoaudiólogo a busca por um profundo conhecimento do próprio mercado de atuação, recorrendo, inclusive, aos recursos que a área de marketing pode oferecer (como, por
exemplo, para divulgação de serviços, busca de maior valorização, entre outros).
127
Cabe ressaltar, complementarmente, que a imagem que o profissional de Fonoaudiologia tem
de si mesmo, e de sua profissão, influenciará também na imagem que os stakeholders construirão. Portanto, é imprescindível que haja, primeiramente, a iniciativa dos próprios profissionais para ações que provoquem mudanças na imagem da profissão de Fonoaudiologia e na
imagem do profissional.
7.1 Limitações e sugestões para pesquisas futuras
Para a investigação da imagem da Fonoaudiologia e do profissional, por meio da identificação
e análise da percepção dos stakeholders, no que tange ao reconhecimento e à valorização da
profissão, do profissional e do mercado de trabalho de Fonoaudiologia, algumas limitações
foram encontradas no desenvolvimento desta dissertação. Por outro lado, novas ideias surgiram, abrindo caminhos para sugestões de futuras pesquisas.
Na atuação profissional da pesquisadora, em Posto de Saúde em Betim (o município oferece
diversas especialidades médicas, como Neurologia, Otorrinolaringologia, Geriatria, Ginecologia – Pré-Natal de alto risco, Oftalmologia, entre outras), tem-se a oportunidade de estar em
contato com pessoas nas diversas fases de tratamento (seja no início, na conclusão, na interrupção, no decorrer, e até mesmo aquelas potencialmente necessitadas de tratamento) de Fonoaudiologia. Entretanto, acredita-se ser mais adequado que as mesmas não fizessem parte –
como amostra – deste estudo. Entende-se que se teria uma amostra “viciada”, pois seriam
todas as pessoas (que buscam o serviço) do mesmo local, com praticamente o mesmo nível
social, econômico e cultural, e, provavelmente, apresentariam respostas semelhantes nas entrevistas, além de as profissionais fonoaudiólogas que ali trabalham seriam as mesmas.
A amostra trabalhada nesta pesquisa foi menor do que aquela inicialmente idealizada. Por
diversas razões, não foi possível realizar a quantidade de stakeholders e de categoria total de
entrevistas planejadas, que seriam de 60 e de 13, respectivamente. Alcançou-se 45 (quarenta e
cinco) entrevistados, em 12 categorias. Como exemplo, o que ocorreu com os graduandos de
Fonoaudiologia: dos 5 (cinco) que haviam sido selecionados só foi possível entrevistar 3
(três). Fato semelhante ocorreu com os candidatos ao curso de Fonoaudiologia, pois se pre-
128
tendia entrevistar 5 (cinco), mas não se encontrou nenhum. Com isso, esse perfil de opiniões
deixou de juntar-se aos demais. Quanto aos fonoaudiólogos não atuantes, a intenção era de
entrevistar 4 (quatro), mas foram realizadas somente duas entrevistas; diretor, coordenador e
professor de curso de Fonoaudiologia e profissionais das áreas e sombreamento eram 5, mas
somente 4 (quatro) foram entrevistados. Os clientes/pacientes em tratamento de Fonoaudiologia, e os que interromperam seriam, a princípio, 6 (seis), mas só foi possível entrevistar 3
(três) e 5 (cinco), respectivamente. Acredita-se que, provavelmente, teriam sido alcançados
resultados de pesquisa mais amplos e precisos com maior número de entrevistados.
Outra limitação do estudo relaciona-se aos locais disponibilizados pelos stakeholders, para
aplicação dos questionários. Algumas vezes, não foram os mais adequados para a realização
de uma pesquisa: barulhentos, com interferências de pessoas, telefonemas, animais, entre outros. Com isso, prolongava-se demasiadamente a duração da entrevista, tornando-se, provavelmente, cansativa para ambos os participantes, com várias interrupções e sem a tranquilidade ideal para que os entrevistados pensassem antes de responder.
Nesta dissertação, não se pretendeu definir uma imagem determinante da Fonoaudiologia. A
pretensão na pesquisa se fez no sentido de conhecer a imagem que os stakeholders têm da
profissão e do profissional de Fonoaudiologia.
Assim, acredita-se que ter pesquisado e refletido sobre a imagem da Fonoaudiologia possa ter
contribuído, trazendo alguns subsídios que visam a possibilitar um melhor entendimento sobre essa profissão. E, também, esta pesquisa visou a proporcionar um primeiro passo para
disponibilizar, no meio acadêmico, perspectivas para ampliar os estudos de temáticas afins, de
possível interesse, também, para fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, professores e pedagogos.
O conhecimento proporcionado por esta pesquisa modificou a percepção que a pesquisadora
tinha do tema, pois seus resultados passaram a suscitar reflexões, mais elaboradas, das variadas facetas envolvidas em um tratamento fonoterápico. E, ainda, aperfeiçoou a habilidade, da
pesquisadora, de escuta e observação visual. Em paralelo, os resultados obtidos foram acrescentados à formação acadêmica da pesquisadora e se refletiram na sua posição como profissional, trazendo questões que poderão ser aprofundadas na prática clínica.
129
Cabe ressaltar que um leque de questionamentos ainda maior foi aberto após a elaboração
desta pesquisa como, por exemplo: “a questão do gênero influencia na escolha do profissional
de Fonoaudiologia pelo cliente/paciente?”; “de que forma os Conselhos Federal e Regional,
Sindicato e Associações de Fonoaudiologia têm atuado no mercado, enquanto órgãos regulamentadores e de defesa da categoria profissional?”; “quais são os motivos que levam estudantes a abandonar os cursos de graduação de Fonoaudiologia?”, “por que profissionais atuantes
abandonam a profissão?”. No cotidiano profissional da pesquisadora, observa-se que a maioria dos profissionais de Fonoaudiologia são mulheres. “Será que este fato influencia no baixo
patamar de remuneração desta categoria, conforme relatos colhidos nesta dissertação?”. Muitas portas permanecem abertas e poderão enriquecer a compreensão sobre a questão abordada:
“um pesquisador é um estudante por toda a vida, e sua preparação para realizar pesquisas é
um trabalho que nunca termina” (MOURA; FERREIRA, 2005, p. 19; MOURA et al., 1998,
p. 21). Enfim, essas são algumas temáticas que podem ser utilizadas para futuras investigações.
130
REFERÊNCIAS
AAKER, D. A. Managing Brand Equity: Capitalizing on the Value of a Brand Name. New
York: The Free Press, 1991. 299 p.
ALMEIDA, A. L. C. A influência da identidade projetada na organização. 2005. Tese
(Doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais, CEPEAD, Belo Horizonte.
AMA - AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. Definition of marketing. Out. 2007.
Disponível em:
<http://www.marketingpower.com/AboutAMA/Pages/DefinitionofMarketing.aspx>. Acesso
em: 11 jun. 2009.
AMADEU, D. A. F. Sobrenome empresarial: o brasão dos nossos tempos. Caderno de Administração PUC-SP, São Paulo, n.1, p.147-166, 2001.
AMORIM, A. P. L. A. Marketing de serviços: um estudo exploratório sobre a imagem e a
identidade na Fisioterapia. 2007. 153 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis, Universidade FUMEC, Belo Horizonte, 2007.
ANSS - AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - Disponível em:
<http://www.ans.gov.br/>. Acesso em: 5 set. 2010.
BARBOSA, O. Grande dicionário de sinônimos e antônimos. Rio de Janeiro: Ediouro,
2004. 568 p.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997. 229 p.
BARICH, H.; KOTLER, P. A Framework for Marketing Image Management. Sloan Management Review, [S. l.], p. 97-104, Winter 1991.
BARROS, J. J. Tratamento das disfunções crânio mandibulares. São Paulo: Editora Santos, 1995.
BATESON, J. E. G.; HOFFMAN, K. D. Marketing de serviços. Porto Alegre: Bookman,
2001. 495 p.
BEKIN, S. F. Conversando sobre endomarketing. São Paulo: Makron Books, 1995.
BERBERIAN, A. C. Fonoaudiologia e educação: um encontro histórico. São Paulo: Plexus,
1995.
BEZERRA, F. R. A imagem do turismo de natureza: um estudo exploratório. 2009. 144 f.
Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas Administrativas e Contábeis da Universidade FUMEC, Belo Horizonte, 2009.
BIANCHINI, E. M. G. A cefalometria nas alterações miofuncionais orais: diagnóstico e
tratamento Fonoaudiólogo. 3. ed. Carapicuíba: Pro-fono,1995. 79 p.
131
BOCCATO, V. R. C.; FUJITA, M. S. L. Avaliação da linguagem documentária DeCS na
área de Fonoaudiologia na perspectiva do usuário: estudo de observação da recuperação da
informação com protocolo verbal. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 11, n. 21, p. 16-33, 1º sem. 2006. Disponível em: <http://www.encontros-bibli.ufsc.br/regular.html>. Acesso em: 11 jun. 2009.
BOOP, K. D. How patients evaluate the quality of ambulatory medical encounters: a marketing perspective. Journal of Health Care Marketing, Boone, v. 10, n.1, p. 6-15, mar. 1990.
BOULDING, K. E. The Image. London: The University Michigan Press, 1956.
BURKE, M. C.; EDELL, J. A. The impact of feelings on ad-based affect and cognition.
Journal of Marketing Research, [S. l.], v. 26, Feb. 1989.
CAPPELLETTI, I. F. A Fonoaudiologia no Brasil: reflexões sobre os seus fundamentos. São
Paulo: Cortez, 1985. 93 p.
CAVALHEIRO, M. T. P. Trajetória e possibilidades de atuação fonoaudiológica na escola.
In: LAGROTTA, M. G. M.; CESAR, C. P. H. A. R. A Fonoaudiologia nas instituições. São
Paulo: Lovise, 1997.
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES. Brasília, Ministério do trabalho e Emprego/ Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. 2002. Disponível em:
<http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf>. Acesso em: 7 ago. 2010.
COBRA, M. Marketing de serviço financeiro. São Paulo: Atlas, 2000. 279 p.
CÓDIGO de ética. Disponível em:
<http://www.Fonoaudiologia.org.br/paginas_internas/codigoEtica.asp>. Acesso em: 2 nov.
2010.
COMO o congresso nacional trata a Fonoaudiologia. In: Comunicar: Revista do Conselho
Federal de Fonoaudiologia, [S. l.], Ano 11, n. 46, jul./set. 2010. Disponível em:
<http://www.Fonoaudiologia.org.br/publicacoes/comunicar_46.pdf >. 2010. Acesso em: 1
nov. 2010.
CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA DE MINAS GERAIS. Disponível em:
<http://www.crfa6r.org.br/Fonoaudiologia.html>. Acesso em: 11 out. 2010.
COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em Administração. 7. ed. Tradução de Luciana de Oliveira Rocha. Porto Alegre: Bookman, 2003. 640p.
CUNHA, F. Avaliação da imagem percebida de três hipermercados junto a consumidores da grande São Paulo. 2001. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2001.
DE TONI, D. Administração da imagem de produtos: desenvolvendo um instrumento para
a configuração da imagem de produto. 2005. 267 f. Tese (Doutorado em Administração) –
Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
DE TONI, D.; MILAN, G. S.; SCHULER, M. Configuração de imagens de serviços: um estudo aplicado aos serviços de Fisioterapia disponibilizados por um plano de saúde. In: EN-
132
CONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM
ADMINISTRAÇÃO, 29., 2005, Brasília. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2005.
DE TONI, D.; MILAN, G. S.; SCHULER, M. Gestão de imagem: desenvolvendo um instrumento para a configuração da imagem de produto. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 28., 2004,
Curitiba. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2004.
DEFINITION of marketing. In: AMA - American Marketing Association. Oct. 2007. Disponível em:
<http://www.marketingpower.com/AboutAMA/Pages/DefinitionofMarketing.aspx>. Acesso
em: 10 out. 2010.
DICHTER, E. What’s in an image? The Journal of Consumer Marketing, New York, v. 2,
n. 1, p. 75-81, 1985.
DOBNI, D.; ZINKHAN, G. M. In search of brand image: foundation analysis. Advances in
Consumer Research, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 110-119, 1990.
DONOUGHE, S. Projective Techniques in Consumer Research. Journal of Family Ecology
and Consumer Sciences, [S. l.], v. 28, 2000.
DORIN, E. Dicionário de Psicologia: abrangendo terminologia de ciências correlatas. São
Paulo: Melhoramentos, 1980.
EIGLIER, P.; LANGEARD, E. A gestão de marketing de empresas de serviços. Lisboa:
McGraw-Hill, 1991.
ENIS, B. An analytical approach to the concept of image. Californian Management Review,
[S. l.], p. 51-58, 2001.
ERICKSON,G. M.; JOHANNSON,J. K; CHAO, P. Image variables in multi-attribute product
evaluations: country-of-origin effects. Journal of Consumer Research, [S. l.], n. 11, p. 694699, 1984.
FERIGOTTI, A. C. M. O fonoaudiólogo e questões éticas na prática profissional. São Paulo:Annablume: Fundação Araucária, 2001.
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 4. ed.
Curitiba: Positivo, 2009.
FERREIRA, L. P. Voz profissional: o profissional da voz. Carapicuíba: Pro-Fono, 1995.
FIGUEIREDO NETO, L. E. O início da prática fonoaudiológica na cidade de São Paulo:
seus determinantes históricos e sociais. 1988. Dissertação (Mestrado em Distúrbios da Comunicação) – Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1988.
FITZSIMMONS, J. A.; FITZSIMMONS, M. J. Administração de serviços: operações, estratégias e tecnologia da informação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.
133
FONOAUDIOLOGIA: Direitos e Deveres. Conselho Federal de Fonoaudiologia - 5º colegiado. Brasília, 6 mar. 2004.
GARDNER, B. B.; LEVY, S. J. The Product and the Brand. Harvard Business Review, [S. l.],
p. 33-39, Mar./Apr. 1955.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1991.
GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, 1997.
GOLDENBERG, M. Um olhar sobre a Fonoaudiologia no Brasil. Fonoaudiologia Brasil, [S.
l.], v. 1, p. 4-9. 1998.
GONÇALVES, C. A; MEIRELLES, A. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
GRASSELI, M. F. Marketing na Arquitetura: um hiato entre a imagem e a identidade profissional. 2007. 145 f. Dissertação (mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências
Econômicas Administrativas e Contábeis, Universidade FUMEC, Belo Horizonte, 2007.
GRASSELI, M. F.; SOUKI, G. Q. Imagem e posicionamento profissional: um estudo exploratório sobre o marketing na Arquitetura. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 31., 2007, Rio de Janeiro.
Anais... Rio de Janeiro, 2007.
GRÖNROOS, C. A service quality model and its marketing implications. European Journal
of Marketing, Bradford, v.18, n. 4, p. 41, 1984.
GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços. 2. ed. Tradução de Arlete Simille
Marques. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
HAEDRICH, G. Images and strategic corporate marketing planning. Journal of Public Relations Research, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 83-93, 1993.
HERZOG, H. Behavioral science concepts for analyzing the consumer. In: BLISS, P.
(Org.).Marketing and the behavioral sciences. Boston: Allyn and Bacon, 1963.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e
aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
IASBECK, L. C. A imagem empresarial: o lugar do cliente. In: XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 22., 1999, Rio de Janeiro. Anais... Rio de
Janeiro: [s. n.], 1999. Disponível em: <www.intercom.org.br/papers/xxii-ci/gt18/18103.pdf>
Acesso em: 10 jan. 2010.
IMAGEM: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem>. Acesso em: 12 ago. 2009.
INOVAÇÃO – O MARKETING BOCA-A-BOCA. In: SEBRAE/SC – Artigos para
MPE’s. Disponível em: <http://www.sebraesc.com.br/newart/mostrar_materia.asp?cd_noticia=7924 > Acesso em: 07 ago.2011.
134
ITUASSU, C. T. Destino Brasil: uma análise da campanha publicitária realizada pela EMBRATUR no ano de 2000 e de sua contribuição para a formação da imagem do país. 2004.
199 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Administração e Ciências
Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte.
JESUS, M. et al. Fonoaudiologia em Serviço Público. Carapicuíba: Pró-fono, 1994. 86p.
JOLY, M. Introdução à análise da imagem. Tradução de Maria Appenzeller. São Paulo:
Papirus, 1996.152 p.
JUNG, A. P. Endomarketing é questão de atitude. Marketing, São Paulo, n. 325, p. 68-69,
fev. 2000.
KEAVENEY, Susan M.; HUNT, Kenneth A. The Conceptualization and Operationalization
of Retail Store Image: A Case of Rival Middle Level Theories. Journal of the Academy of
Marketing Science, [S. l.], 1992.
KELLER, K. L.; MACHADO, M. Gestão estratégica de marcas. São Paulo: Pearson Prentice-Hall, 2006.
KOTLER, P, KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. Tradução de Mônica
Rosenberg, Brasil Ramos Fernandes, Cláudia Freire. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
750 p.
KRAWULSKI, E. Construção da identidade profissional do psicólogo: vivendo as “metamorfoses do caminho” no exercício cotidiano no trabalho. 2004. 179 f. Tese (Doutorado em
Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
LACERDA, B. F.; CABRAL, I. P. Tempo de Fonoaudiologia. São Paulo, Editora Universitária, 1997.
LERMAN, S. História de la Odontologia. 2. ed. Buenos Aires: Editora Mundi. 1969.
365p.
LEVY, S. J. Symbols for sale. Harvard Business Review, [S. l.], v. 37, n. 4, p. 117-129, July/Aug. 1959.
LIMA, P. S. Enfoque histórico da Fonoaudiologia. Monografia (Especialização) – Centro
de Especialização em Fonoaudiologia Clínica – Motricidade Oral, Fortaleza, 1999.
LINDQUIST, J D. Meaning of Image: a survey of empirical and hypothetical evidence.
Journal of Retailing, [S. l.], v. 50, n. 4, Winter 1974-1975.
LOURES, C. A. S. Um estudo sobre o uso da evidência física para gerar percepções de
qualidade em serviços: casos de hospitais brasileiros. 2003. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
LOVELOCK, C.; WRIGHT, L. Serviços, Marketing e Gestão. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2001. 416p.
135
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Tradução de Nivaldo
Montigelli Júnior, Alfredo Álvares de Faria. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 720 p.
MARCHESAN, I. Q. et al. Tópicos em Fonoaudiologia. São Paulo: Editora Lovise, 1994.
MARCONI, M.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed.
rev. e aum. São Paulo: Atlas, 1999. 260 p.
MARION, J. C. Preparando-se para a profissão do futuro. Boletim do IBRACON, São Paulo,
n.235, p. 3-8, dez. 1997.
MARKETING de serviços. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_de_servi%C3%A7os>. 2010. Acesso em: 2 ago.
2010.
MARTINEAU, P. The personality of retail store. Harvard Business Review, v. 36, n. 1, p.
47-55, Jan./Feb.1958.
MARTINEAU, P. Motivation in Advertising. New York: McGraw-Hill, 1957.
MARZILIANO, N. Managing the corporate image and identity: a borderline between fiction
and reality. International Studies of Management & Organization, [S. l.], v. 28, n. 3, 1998.
MASLOW, A. H. Motivación y Personalidad. Barcelona: Sagitario, 1954. 407 p.
MAY, E. G. Practical applications of recent retail image research. Journal of Retailing, [S.
l.], v. 50, n. 4, p. 15-20, Winter 1974.
MEIRA, I. Breve relato da história da Fonoaudiologia no Brasil. In: MARCHESAN, I. Q.;
ZORZI, J. L.; GOMES, I. C. D. Tópicos em Fonoaudiologia, 4. São Paulo: Lovise, 1997.
MENDES, R. L. Marketing na Psicologia: um estudo exploratório sobre a imagem profissional. 2008. 170 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas Administrativas e Contábeis, Universidade FUMEC, Belo Horizonte, 2008.
MENDES, R. L.; SOUKI, G. Q.; GRASSELI, M. F. Professional Image in Marketing: an exploratory study about the functional dimension in Psychology. In: ACADEMY OF MARKETING CONFERENCE, 2008, Aberdeen. Annals… Aberdeen: Academy of Marketing
Annual Conference, 2008.
METÁFORA. In: Dicionárioweb. 2009. Disponível em:
<http://www.dicionarioweb.com.br/met%C3%A1fora.html>. Acesso em: 09 set. 2010.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São
Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco, 2000. 269 p.
MORAIS, J. J. S. A Representação social do contador e a imagem dele perante a sociedade.
Studia Diversa, João Pessoa, v. 1, out. 2007.
136
MOSCOVICI, S. A representação social da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
MOURA, G. F. A. A Fonoaudiologia e o trabalho interdisciplinar na saúde pública: uma triagem auditiva em creches. In: MARCHESAN, Irene Queiroz; ZORZI, Jaime Luiz. Tópicos
em fonaoudiologia III. São Paulo: Lovise, 1996.
MOURA, H. S.. O ser contábil: o dono do futuro contábil. Revista do Instituto de Estudos
Contábeis, Feira de Santana, n.1, p. 21-29, jan./jun. 2003.
MOURA, M. L. S.; FERREIRA, M. C. Projetos de pesquisa: elaboração, redação e apresentação. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2005. p.17-23. 144 p.
MOURA, M. L. S.; FERREIRA, M. C. Elaboração de projetos de pesquisa: decisões preliminares. In: MOURA, Maria Lucia S. de; FERREIRA, Maria Cristina; PAINE, Patrícia Ann.
Manual de elaboração de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. 130p.
MOURA, M. L. S.; FERREIRA, M. C.; PAINE, P. A. Decisões preliminares: escolha do tema. In: MOURA, Maria Lucia S. de; FERREIRA, Maria Cristina; PAINE, Patrícia Ann. Manual de elaboração de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. p. 21-25.
NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Cadernos de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 2. sem. 1996
NEWMAN, J. P. Motivation Research and Marketing Management. Boston: Harvard
University, Graduate School of Business Administration, Division of Research, 1957.
O SENSO comum ou a atitude natural. In: FERNANDES, M., BARROS, N. Filosofia. 11. ed.
Lisboa: Lisboa Editora, 2004. p. 14-16. Disponível em:
<http://ocanto.esenviseu.net/apoio/scomum.htm>. Acesso em: 07 jul. 2010.
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena Rocha Pereira. 8. ed. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 1996. Livro 7, p. 317-322.
POIESZ, T. B. C. The image concept: it’s place in consumer psychology. Journal of Economic Psychology, North-Holland, n. 10, p. 457-472, 1989.
PORTO, G. Teoria da Imagem. 2011. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/comunicacao/teoria-da-imagem/>. Acesso em: 19 jan. 2011.
REIN, I.; KOTLER, P.; STOLLER, M. Marketing de alta visibilidade. São Paulo: Makron
Books, 1999. 295p.
REYNOLDS, T. J.; GUTMAN J. Advertising is image management. Journal of Advertising
Research, [S. l.], v. 24, p. 21-37, 1984.
RODRIGUES, A.; JABLONSKI, B.; ASSMAR, E. M. L. Algumas áreas de aplicação da Psicologia social. In: RODRIGUES, A.; JABLONSKI, B.; ASSMAR, E. M. L. Psicologia social. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 395-420.
RODRIGUES, A.; JABLONSKI, B.; ASSMAR, E. M. L. Atitudes: conceito, formação e mudança. In: RODRIGUES, A.; JABLONSKI, B.; ASSMAR, E. M. L. Psicologia social. 23. ed.
Petrópolis: Vozes, 2005. p. 97-146.
137
SALLES, F. A imagem. Disponível em: <http://www.mnemocine.com.br>. Acesso em: 12
jun. 2010.
SILVA, C. R.; GOBBI, B. C.; SIMÃO, A. A. O uso da Análise de Conteúdo como uma ferramenta para a pesquisa qualitativa: descrição e aplicação do método. Organizações. Rurais
Agroindustriais, Lavras, v. 7, n. 1, p. 70-81, 2005.
SIRGY, M. J. Using self-congruity and ideal congruity to predict purchase motivation. Journal of business research, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 195-206, 1985.
SOUKI, G. Q. Capacitação profissional no setor pecuário leiteiro: um estudo sobre o ensino de administração rural nos cursos de Veterinária de Minas Gerais. 2000. 112 f. Dissertação
(Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Lavras, 2000.
SOUKI, G. Q.; AMORIM. A. P. L. A.; MENDES, R. L. Functional and Emotional Image in
Physiotherapy: An Exploratory Study using Drawing Techniques. In: ACADEMY OF
MARKETING CONFERENCE, 2008, Aberdeen. Annals… Aberdeen: Academy of Marketing Annual Conference, 2008.
STERN, B.; ZINKHAN, G. M.; JAJU, A. Marketing images: construct definition, measurement issue, and theory development. Marketing Theory, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 201-224, 2001.
STREY, M. N. et al. Psicologia social contemporânea: livro texto. Petrópolis: Vozes, 1998.
TEIXEIRA, D. O. A trajetória da pesquisa acadêmica em distúrbio da comunicação tendências temáticas 1978-1992. 1993. 77 f. Dissertação (Mestrado em Distúrbios da
Comunicação) - Departamento de Fonoaudiologia, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo,1993.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987. 175p.
VAN KOLCK, O. Interpretação psicológica de desenhos. São Paulo: Pioneira, 1981.
VAN KOLCK, O. Testes projetivos gráficos no diagnóstico psicológico. In: RAPPAPORT,
C. R. Temas básicos de Psicologia. São Paulo: EPU, 1984. v. 5, p.1-11.
VERGARA, S. C. Análise de conteúdo. In: VERGARA, S. C. Métodos de pesquisa em
administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Cap. 1, p. 15-24.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
WHITE, C. F. Destination Image: To see or not to see? International Journal of Contemporary Hospitality Management, [S. l.], v. 16, n. 4-5, p. 309-314, 2004.
WIKIPÉDIA. Fonoaudiologia. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonoaudiologia>. Acesso em: 03 de out. 2011.
WORCESTER, R. M. Corporate image research. In: WORCESTER, R. M; DOWNHAM, J.
Consumer market research handbook. Amsterdan: ESOMAR, 1986. p. 601- 616.
138
APÊNDICES
Apêndice A - Roteiro de Entrevistas - Fonoaudiólogos atuantes
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de
Mestrado sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso
trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua
especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: _____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): ______________
B1.4) Tel.(Cel.): _______________
B1.5) E-mail: ____________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos): _______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
5.
Mestrado
Doutorado
Pós-Doutorado
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
139
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
140
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os
seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e
os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
141
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história com relação à Fonoaudiologia.
B3.1.1) Por que você optou por Fonoaudiologia?
B3.1.2) Como você via a Fonoaudiologia antes de entrar para o curso? E logo que se formou?
B3.1.3) Quais áreas da Fonoaudiologia você já atuou, atua hoje e pretende atuar no futuro?
B3.2) Você está satisfeito em atuar na área de Fonoaudiologia?
B3.2.1)
Sim. Por quê?
B3.2.2)
Não. Por quê?
B3.3) Você pretende continuar atuando na área de Fonoaudiologia?
B3.3.1)
Sim. Por quê?
B3.3.2)
Não. Por quê?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o que você
falaria? (Dimensão Funcional)
B4.2) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo?
(Dimensão Funcional)
B4.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento, ou seja, o
que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.4) Em sua opinião, por que as pessoas procuram o profissional de Fonoaudiologia de maneira geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.5) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão Emocional)
142
B4.5.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com
o cliente/paciente?
B4.5.2) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e
desejos dos clientes/pacientes?
B4.5.2.1)
Sim. Por quê?
B4.5.2.2)
Não. Por quê?
B4.6) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para
os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
B4.7) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
B4.7.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.7.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da profissão?
B5.1.1)
Sim. Por quê?
B5.1.2)
Não. Por quê?
B5.2) Você acha que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho para os profissionais de
Fonoaudiologia?
B5.2.1)
Sim. Por quê?
B5.2.2)
Não. Por quê?
B5.3) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia, ou seja, o
que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
143
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
Sim. Quais são esses diferenciais?
B6.2.2)
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais
vêm exercendo?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos
vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe distinção
entre clientes e pacientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.3.1)
Sim. Por quê?
B7.3.2)
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo? E pelos Conselhos Federal e Regional
e Sindicato?
144
B7.5.1)
Sim. Como?
B7.5.2)
Não. Por quê?
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o curso ou
após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Em sua opinião, qual é o papel das seguintes instituições em relação à Fonoaudiologia?
B8.1.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.1.2) Sindicato da classe
B8.2) Você acredita que as seguintes instituições têm atuado de maneira efetiva em relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.2.1.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profissão de Fo-
noaudiologia?
B8.2.1.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profis-
são de Fonoaudiologia?
B8.2.2) Sindicato de classe
B8.2.2.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à profissão de
Fonoaudiologia
B8.2.2.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à
profissão de Fonoaudiologia?
145
B8.3) Os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.3.1)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
B8.3.2)
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.4) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.4.1)
Sim.
B8.4.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.4.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de Fonoaudiologia?
B8.4.2)
Não.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
146
Apêndice B - Roteiro de Entrevistas - Fonoaudiólogos Não Atuantes
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de
Mestrado sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso
trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua
especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: ___________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.9) Escolaridade:
B1.10) Estado Civil:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação (Especialização)
1.
Casado / União Estável
3.
4.
Mestrado
Doutorado
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
5.
Pós-Doutorado
4.
Viúvo
147
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
148
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
149
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história com relação à Fonoaudiologia.
B3.1.1) Por que você optou por Fonoaudiologia?
B3.1.2) Como você via a Fonoaudiologia antes de entrar para o curso? E logo que se formou?
B3.1.3) Você chegou a trabalhar na área de Fonoaudiologia?
B3.1.4) Por quanto tempo você atuou na área de Fonoaudiologia?
B3.1.5) Por que deixou de atuar na área de Fonoaudiologia?
B3.1.6) Em que área você está atuando agora?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.2) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.4) Em sua opinião, por que as pessoas procuram o profissional de Fonoaudiologia de maneira geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.5) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
Emocional).
B4.5.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.5.2) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos clientes/pacientes?
B4.5.2.1)
Sim. Por quê?
B4.5.2.2)
Não. Por quê?
B4.6) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
150
B4.7) Como você via a profissão antes de entrar para o curso de Fonoaudiologia? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional).
B4.8) Como você via a profissão de Fonoaudiologia logo que se formou? (Dar ênfase à profissão e não
ao profissional).
B4.9) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional).
B4.9.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.9.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da
profissão?
B5.1.1)
Sim. Por quê?
B5.1.2)
Não. Por quê?
B5.2) Você acha que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho para os profissionais de Fonoaudiologia?
B5.2.1)
Sim. Por quê?
B5.2.1)
Não. Por quê?
B5.3) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia,
ou seja, o que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vêm sendo
oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim? Quais são?
151
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
Sim. Quais são esses diferenciais?
B6.2.2)
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre pacientes e clientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.3.1)
.......B7.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo? E pelos Conselhos Federal e
Regional e Sindicato?
B7.5.1)
Sim. Como?
B7.5.2)
Não. Por quê?
152
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Em sua opinião, qual é o papel das seguintes instituições em relação à Fonoaudiologia?
B8.1.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.1.2) Sindicato da classe
B8.2) Você acredita que as seguintes instituições têm atuado de maneira efetiva em relação à profissão
de Fonoaudiologia?
B8.2.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.2.1.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profis-
são de Fonoaudiologia?
B8.2.1.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação
à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2) Sindicato de classe
B8.2.2.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à
profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em
relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.3) Os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.3.1)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
B8.3.2)
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
153
B8.4) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.4.1)
Sim.
B8.4.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.4.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de
Fonoaudiologia?
B8.4.2)
Não.
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
154
Apêndice C - Roteiro de Entrevistas - Conselho Federal e Regional de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de
Mestrado sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso
trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua
especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): _______________
B1.3) Tel.(Com.): ______________
B1.4) Tel.(Cel.): _______________
Bl.1.5) E-mail: __________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Outro Curso Superior:
1.
Não
2.
Sim. Qual? ______________
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
B1.12) Profissão: _______________
155
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
156
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
157
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história com relação à Fonoaudiologia.
B3.1.1) Você é Fonoaudiólogo?
B3.1.1.1)
Sim
B3.1.1.2)
Não? Qual sua formação básica? Por que decidiu atuar na área de Fonoaudio-
logia?
B3.1.2) Quais áreas da Fonoaudiologia você já atuou, atua hoje e pretende atuar no futuro?
B3.1.3) Você está satisfeito em atuar na área de Fonoaudiologia?
B3.1.3.1)
Sim. Por quê?
B3.1.3.2)
Não. Por quê?
B3.1.4) Você pretende continuar atuando na área de Fonoaudiologia?
B3.1.4.1)
Sim. Por quê?
B3.1.4.2)
Não. Por quê?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Em sua opinião como os Conselhos Federal e Regional vêem a profissão de Fonoaudiologia
atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
B4.1.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.1.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
B4.2) Qual a visão dos Conselhos Federal e Regional em relação ao profissional de Fonoaudiologia?
Como é a atuação dos profissionais atualmente? Eles têm contribuído para a consolidação da profissão
e da imagem?
B4.3) Em sua opinião como os Conselhos Federal e Regional tem atuado em relação à imagem da
158
profissão de Fonoaudiologia?
B4.3.1)
Sim. Como?
B4.3.2)
Não. Por quê?
B4.4) Os Conselhos Federal e Regional em outros locais têm feito algo diferente para a imagem da
Fonoaudiologia?
B4.4.1)
Sim. O que?
B4.4.2)
Não. Por quê?
B4.5) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que falaria? (Dimensão Funcional)
B4.6) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo ? (Dimensão Funcional)
B4.7) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.8) Na sua visão quais são as atividades/áreas de atuação que a Fonoaudiologia pode aproveitar,
mas que não tem aproveitado adequadamente? O que deveria ser feito?
B4.9) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
Emocional)
B4.9.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.9.2) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos clientes/pacientes?
B4.9.2.1)
Sim. Por quê?
B4.9.2.2)
Não. Por quê?
B4.10) O que você acha que a Fonoaudiologia representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes?
159
B4.11) O que você acha que os clientes/pacientes estão buscando quando contratam os serviços de um
Fonoaudiólogo? (Dimensão Simbólica)
B4.12) Você acredita que a profissão de Fonoaudiologia tem sido devidamente valorizada?
B4.12.1)
Sim. Por quê?
B4.12.2)
Não. Por quê?
B.4.12.2.1) O que limita a consolidação, desenvolvimento e valorização da profissão de
Fonoaudiologia?
B4.13) Como você acredita que deveria ser a profissão de Fonoaudiologia? (Situação Ideal)
B4.13.1) O que deveria melhorar?
B4.13.2) O que você sugere para consolidar, desenvolver e valorizar a profissão de Fonoaudiologia?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acredita que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação
da profissão?
B5.1.1)
Sim. Por quê?
B5.1.2)
Não. Por quê?
B5.2) Você acha que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho para os profissionais de Fonoaudiologia?
B5.2.1)
Sim. Por quê?
B5.2.2)
Não. Por quê?
B5.3) O que falta na formação dos profissionais da área de Fonoaudiologia, ou seja, o que os cursos de
Fonoaudiologia deveriam oferecer aos seus estudantes e que não vem sendo oferecido?
160
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
Sim. Quais são esses diferenciais?
B6.2.2)
Não. O que deveria fazer para se diferenciar?
B6.3) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.2) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.2.1)
Sim. Por quê?
B7.2.2)
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.3) O que você entende por Marketing?
161
B7.4) Você acredita que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional e Sindicato de Fonoaudiologia? E pelo Fonoaudiólogo individualmente?
B7.4.1)
Sim. Como?
B7.4.2)
Não. Por quê?
B7.5) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.5.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.5.1.1) Como você vê tal evasão?
B7.5.1.2) O que leva estudantes e profissionais a tomarem tal decisão?
B7.5.1.3) O que tem sido feito pelos Conselhos federal e Regional para reduzir a ocorrência
da evasão de alunos dos cursos de Fonoaudiologia e de profissionais de Fonoaudiologia?
B7.5.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Em sua opinião, qual é o papel das seguintes instituições em relação à Fonoaudiologia?
B8.1.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.1.2) Sindicato da classe
B8.2) Você acredita que as seguintes instituições têm atuado de maneira efetiva em relação à profissão
de Fonoaudiologia?
B8.2.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.2.1.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profis-
são de Fonoaudiologia?
B8.2.1.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação
162
à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2) Sindicato de classe
B8.2.2.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à
profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em
relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.3) Os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.3.1)
Sim. Por quê? Como os Conselhos Federal e Regional percebem essa autonomia?
B8.3.2)
Não. Por quê? A que os Conselhos Federal e Regional atribuem a essa falta de auto-
nomia?
B8.4) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.4.1)
Sim.
B8.4.1.1) Qual é a opinião dos Conselhos Federal e Regional a respeito do assunto? Como a
possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de Fonoaudiologia?
B8.4.1.2) Os Conselhos Federal e Regional interferem/agem para conter o Ato Médico?
B8.4.2)
Não.
B8.5) Você acredita que os profissionais de Fonoaudiologia têm reconhecido o trabalho desenvolvido
pelos Conselhos Federal e Regional?
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
163
Apêndice D - Roteiro de Entrevistas - Sindicato de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de
Mestrado sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso
trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua
especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): _______________
B1.3) Tel.(Com.): ______________
B1.4) Tel.(Cel.): _______________
Bl.1.5) E-mail: ____________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Outro Curso Superior::
1.
Não
2.
Sim. Qual? ______________
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
B1.12) Profissão: _______________
164
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
165
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b)_______________________________________________________________________________
c)_______________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
166
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história com relação à Fonoaudiologia.
B3.1.1) Você é Fonoaudiólogo?
B3.1.1.1)
Sim
B3.1.1.2)
Não? Qual sua formação básica? Por que decidiu atuar na área de Fonoaudiolo-
gia?
B3.1.2) Quais áreas da Fonoaudiologia você já atuou, atua hoje e pretende atuar no futuro?
B3.1.3) Você está satisfeito em atuar na área de Fonoaudiologia?
B3.1.3.1)
Sim. Por quê?
B3.1.3.2)
Não. Por quê?
B3.1.4) Você pretende continuar atuando na área de Fonoaudiologia?
B3.1.4.1)
Sim. Por quê?
B3.1.4.2)
Não. Por quê?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Em sua opinião como o Sindicato vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à
profissão e não ao profissional)
B4.1.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.1.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
B4.2) Qual a visão do Sindicato em relação ao profissional de Fonoaudiologia? Como é a atuação dos
profissionais atualmente? Eles têm contribuído para a consolidação da profissão e da imagem?
B4.3) Em sua opinião como o Sindicato tem atuado em relação à imagem da profissão de Fonoaudiologia?
B4.3.1)
B4.3.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
167
B4.4) Os Sindicatos em outros locais têem feito algo diferente para a imagem da Fonoaudiologia?
B4.1.1)
B4.1.2)
Sim. O que?
Não. Por quê?
B4.5) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que falaria? (Dimensão Funcional)
B4.6) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.7) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.8) Na sua visão quais são as atividades/áreas de atuação que a Fonoaudiologia pode aproveitar,
mas que não tem aproveitado adequadamente? O que deveria ser feito?
B4.9) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
Emocional)
B4.9.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.9.2) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos clientes/pacientes?
B4.9.2.1)
B4.9.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.10) O que você acha que a Fonoaudiologia representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes?
B4.11) O que você acha que os clientes/pacientes estão buscando quando contratam os serviços de um
Fonoaudiólogo? (Dimensão Simbólica)
B4.12) Você acredita que a profissão de Fonoaudiologia tem sido devidamente valorizada?
B4.12.1)
B4.12.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.12.2.1)) O que limita a consolidação,desenvolvimento e valorização da profissão de Fonoaudiologia?
B4.13) Como você acredita que deveria ser a profissão de Fonoaudiologia? (Situação Ideal)
B4.13.1) O que deveria melhorar?
B4.13.2) O que você sugere para consolidar, desenvolver e valorizar a profissão de Fonoaudiologia?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acredita que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação
da profissão?
168
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B5.2) Você acha que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho para os profissionais de Fonoaudiologia?
B5.2.1)
B5.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B5.3) O que falta na formação dos profissionais da área de Fonoaudiologia, ou seja, o que os cursos de
Fonoaudiologia deveriam oferecer aos seus estudantes e que não vem sendo oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
B6.2.2)
Sim. Quais são esses diferenciais?
Não. O que deveria fazer para se diferenciar?
B6.3) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) O Sindicato acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para
você existe distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.2) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.2.1)
B7.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia?
B7.3) O que você entende por Marketing?
B7.4) Você acredita que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional e Sindicato de Fonoaudiologia? E pelo Fonoaudiólogo individualmente?
B7.4.1)
B7.4.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
169
B7.5) Em sua opinião, existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou profissão de Fonoaudiologia?
B7.5.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.5.1.1) Como você vê tal evasão?
B7.5.1.2) O que leva estudantes e profissionais a tomar tal decisão?
B7.5.1.3) O que tem sido feito pelo Sindicato para reduzir a ocorrência da evasão de alunos
dos cursos de Fonoaudiologia e de profissionais de Fonoaudiologia?
B7.5.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Em sua opinião, qual é o papel das seguintes instituições em relação à Fonoaudiologia?
B8.1.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.1.2) Sindicato de classe
B8.2) Você acredita que as seguintes instituições têm atuado de maneira efetiva em relação à profissão
de Fonoaudiologia?
B8.2.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.2.1.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.1.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação
à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2) Sindicato de classe
B8.2.2.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à
profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em
relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.3) Os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.3.1)
B8.3.2)
Sim. Por quê? Como o Sindicato percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que o Sindicato atribui a essa falta de autonomia?
B8.4) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.4.1)
Sim.
B8.4.1.1) Qual é a opinião do Sindicato a respeito do assunto? Como a possível aprovação
do Ato Médico interfere no exercício da profissão de Fonoaudiologia?
B8.4.1.2) O Sindicato interfere/age para conter o Ato Médico?
B8.4.2)
Não.
B8.5) Você acredita que os profissionais de Fonoaudiologia têm reconhecido o trabalho desenvolvido
170
pelo Sindicato?
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
171
Apêndice E - Roteiro de Entrevistas - Diretores, Coordenadores e Professores de Cursos
de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: _____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): ______________
B1.4) Tel.(Cel.): _______________
Bl.1.5) E-mail: ____________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Outro Curso Superior:
1.
Não
2.
Sim. Qual? ______________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
B1.12) Profissão: _______________
172
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
173
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
174
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história com relação à Fonoaudiologia.
B3.1.1) Você é Fonoaudiólogo?
B3.1.1.1)
B3.1.1.2)
Sim.
Não? Qual sua formação básica? Por que decidiu atuar na área de Fonoaudio-
logia?
B3.1.2) Você atua exclusivamente na docência em Fonoaudiologia?
B3.1.2.1)
B3.12.2)
Sim.
Não. Quais seriam as outras áreas de atuação?
B3.1.3) Quais áreas da Fonoaudiologia você já atuou, atua hoje ou que pretende atuar no futuro?
B3.1.4) Você está satisfeito em atuar na área de Fonoaudiologia?
B3.1.4.1)
B3.1.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B3.1.5) Você pretende continuar atuando na área de Fonoaudiologia?
B3.1.5.1)
B3.1.5.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Em sua opinião, como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
B4.1.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.1.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
B4.2) Qual a sua visão em relação ao profissional de Fonoaudiologia? Como é a atuação do profissional de Fonoaudiologia atualmente? Eles têm contribuído para a consolidação da profissão e da imagem?
B4.3) Como vocês têm atuado em relação à imagem da profissão de Fonoaudiologia?
B4.3.1)
B4.3.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B4.4) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que falaria? (Dimensão Funcional)
B4.5) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
175
B4.6) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.7) Na sua visão quais são as atividades/áreas de atuação que a Fonoaudiologia pode aproveitar,
mas que não tem aproveitado adequadamente? O que deveria ser feito?
B4.8) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
Emocional)
B4.8.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.8.2) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos clientes/pacientes?
B4.8.2.1)
B4.8.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.9.) O que você acha que a Fonoaudiologia representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes?
B4.10) O que você acha que os clientes/pacientes estão buscando quando contratam os serviços de um
Fonoaudiólogo? (Dimensão Simbólica)
B4.11) Você acredita que a profissão de Fonoaudiologia tem sido devidamente valorizada?
B4.11.1)
B4.11.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.11.2.1)) O que limita a consolidação, desenvolvimento e valorização da profissão de
Fonoaudiologia?
B4.12) Como você acredita que deveria ser a profissão de Fonoaudiologia? (Situação Ideal)
B4.12.1) O que deveria melhorar?
B4.12.2) O que você sugere para consolidar, desenvolver e valorizar a profissão de Fonoaudiologia?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acredita que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação
da profissão?
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B5.2) Você acha que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho para os profissionais de Fonoaudiologia?
B5.2.1)
B5.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B5.3) O que falta na formação dos profissionais da área de Fonoaudiologia, ou seja, o que os cursos de
Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo oferecido?
176
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
B6.2.2)
Sim. Quais são esses diferenciais?
Não. O que deveria fazer para se diferenciar?
B6.3) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.2) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.2.1) Sim. Por quê?
B7.2.2) Como você então classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.3) O que você entende por Marketing?
B7.4) Você acredita que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional e Sindicato de Fonoaudiologia? E pelo Fonoaudiólogo individualmente?
B7.4.1)
B7.4.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B7.5) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.5.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.5.1.1) Como você vê tal evasão?
177
B7.5.1.2) O que leva estudantes e profissionais a tomar tal decisão?
B7.5.1.3) O que tem sido feito pelo Sindicato para reduzir a ocorrência da evasão de alunos
dos cursos de Fonoaudiologia e de profissionais de Fonoaudiologia?
B7.5.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Em sua opinião, qual é o papel das seguintes instituições em relação à Fonoaudiologia?
B8.1.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.1.2) Sindicato da classe
B8.2) Você acredita que as seguintes instituições têm atuado de maneira efetiva em relação à profissão
de Fonoaudiologia?
B8.2.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.2.1.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.1.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação
à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2) Sindicato de classe
B8.2.2.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à
profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em
relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.3) Os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.3.1)
B8.3.2)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.4) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.4.1)
Sim.
B8.4.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto? Como a possível aprovação do Ato
Médico interfere no exercício da profissão de Fonoaudiologia?
B8.4.1.2) Você interfere/age para conter o Ato Médico?
B8.4.2)
Não.
B8.5) Você acredita que os profissionais de Fonoaudiologia têm reconhecido o trabalho desenvolvido
por você?
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
178
Apêndice F - Roteiro de Entrevistas - Estudantes de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): _____________
B1.3) Tel.(Com.): ____________
B1.4) Tel.(Cel.): ________________
Bl.1.5) E-mail: ___________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
B1.11) Há quanto tempo está ...........
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Faculdade que está cursando:
_________________________________
cursando? ___________________
179
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
180
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
181
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Em sua opinião, por que os seus colegas estão cursando Fonoaudiologia, ou seja, quais os motivos que os levaram a cursar Fonoaudiologia?
B3.2) E você especificamente, por que escolheu cursar Fonoaudiologia?
B3.3) Houve influência de outras pessoas na sua decisão pelo curso de Fonoaudiologia?
B3.3.1)
B3.3.2)
Sim. De quem? Como? Por que?
Não. Por que?
B3.4) Houve rejeição ou aprovação na sua escolha pelo curso de Fonoaudiologia? (Quais os fatores
motivadores ou repressores das pessoas em relação ao curso)
B3.4.1)
B3.4.2)
Sim. De quem? Como? Por que?
Não. Por que?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Como você imaginava que seria o curso de Fonoaudiologia antes de ingressar na faculdade, ou
seja, quais eram as suas expectativas em relação ao curso?
B4.2) Atualmente o curso de Fonoaudiologia tem atendido às suas expectativas?
B4.2.1)
B4.2.1)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B4.3) O que significa para você cursar Fonoaudiologia? (Dimensão Simbólica)
B4.4) O que significa para você tornar-se um (a) Fonoaudiólogo (a)? (Dimensão Simbólica).
B4.5) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente ou amigo, o que você
falaria? (Dimensão Funcional).
B4.6) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.7) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.8) Em sua opinião, por que as pessoas procuram o profissional de Fonoaudiologia de maneira geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.9) Quais as sensações/emoções que você tem por estar cursando Fonoaudiologia? (Dimensão
Emocional)
B4.10) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
182
Emocional)
B4.10.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.10.2) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos clientes/pacientes?
B4.10.2.1)
B4.10.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.11) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
B4.12) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao
profissional)
B4.12.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.12.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
B4.13) Quais são as suas perspectivas futuras com relação à profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da
profissão? (Aprofundar).
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por que?
Não. Quais seriam as áreas de atuação do (a) Fonoaudiólogo (a)?
B5.2) Você acha que o curso oferece uma visão clara de como é o mercado de trabalho para os profissionais de Fonoaudiologia?
B5.3) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia,
ou seja, o que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo
oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
Sim. Quais são esses diferenciais?
183
B6.2.2)
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Como você vê a valorização/remuneração dessas profissões comparativamente com a Fonoaudiologia?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.5) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.3.1)
B7.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo?
B7.5.1)
B7.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Em sua opinião, qual é o papel das seguintes instituições em relação à Fonoaudiologia?
B8.1.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.1.2) Sindicato de classe
B8.2) Você acredita que as seguintes instituições têm atuado de maneira efetiva em relação à profissão
de Fonoaudiologia?
B8.2.1) Conselhos Federal e Regional de Fonoaudiologia (CFFa e CRFa)
B8.2.1.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação à profissão de Fonoaudiologia?
184
B8.2.1.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito por tais instituições em relação
à profissão de Fonoaudiologia?
B8.2.2) Sindicato de classe
B8.2.2.1)
Sim. O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em relação à
profissão de Fonoaudiologia
B8.2.2.2)
Não. Por quê? O que mais que poderia ser feito pelo Sindicato de classe em
relação à profissão de Fonoaudiologia?
B8.3) Você acredita que os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.3.1)
B8.3.2)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.4) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.4.1)
Sim.
B8.4.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.4.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de
Fonoaudiologia?
B8.4.2)
Não.
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
185
Apêndice G - Roteiro de Entrevistas - Médicos
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): _______________
Bl.1.5) E-mail: _________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Especialidade: _________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
186
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b)_______________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
187
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os Médicos.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e Médicos
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os Médicos.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
188
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história profissional.
B3.1.1) Por que você optou por ______________? (Especialidade)
B3.1.2) Quais áreas da Medicina você já atuou, atua hoje ou que pretende atuar no futuro?
B3.1.3) Descreva sua experiência em trabalhar com Fonoaudiólogos.
B3.1.4) Descreva a relação existente entre a Medicina, a sua especialidade e você enquanto profissional, com a Fonoaudiologia.
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.2) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.4) Em sua opinião, os Médicos procuram o auxílio do profissional de Fonoaudiologia de maneira
geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.4.1)
B4.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.5) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e o Médico? (Dimensão Emocional). Os
casos clínicos são discutidos entre Médicos e Fonoaudiólogos?
B4.5.1)
Sim. Por quê?
B4.5.2)
Não. Por quê?
B4.5.3) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o Médico?
B4.5.4) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos Médicos?
B4.5.4.1)
B4.5.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.6) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os Médicos? (Dimensão Simbólica)
B4.7) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
B4.7.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.7.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
189
B4.8) Você trabalha com profissionais da área de Fonoaudiologia? (Contextualizar)
B4.8.1)
Sim.
B4.8.1.1) Quais os pontos positivos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.1.2) Quais os pontos negativos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.2)
Não. Por quê?
B4.9) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes, amigos e/ou clientes/pacientes?
B4.9.1)
B4.9.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da
profissão? (Aprofundar).
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por que?
Não. Por quê?
B5.2) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia,
ou seja, o que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo
oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
B6.2.2)
Sim. Quais são esses diferenciais?
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Como você vê a valorização/remuneração dessas profissões comparativamente com a Fonoaudiologia?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.5) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
190
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.3.1)
B7.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional, Sindicatos e
Associações de Medicina? E pelo Médico individualmente?
B7.5.1)
B7.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Você acredita que os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.1.1)
B8.1.2)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.2) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.2.1)
Sim.
B8.2.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.2.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de
Fonoaudiologia?
B8.2.2)
Não.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
191
Apêndice H - Roteiro de Entrevistas - Fisioterapeutas
-
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): _______________
Bl.1.5) E-mail: __________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Outro Curso Superior:
1.
Não
2.
Sim. Qual? ______________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
192
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
193
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os Fisioterapeutas.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e Fisioterapeutas
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os Fisioterapeutas.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
194
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história profissional.
B3.1.1) Por que você optou por Fisioterapia?
B3.1.2) Quais áreas da Fisioterapia você já atuou, atua hoje ou que pretende atuar no futuro?
B3.1.3) Descreva sua experiência em trabalhar com Fonoaudiólogos.
B3.1.4) Descreva a relação existente entre a Fisioterapia, a sua especialidade e você enquanto
profissional, com a Fonoaudiologia.
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.2) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudióloga faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.4) Em sua opinião, os Fisioterapeutas procuram o auxílio do profissional de Fonoaudiologia de
maneira geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.4.1)
B4.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.5) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e o Fisioterapeuta? (Dimensão Emocional). Os casos clínicos são discutidos entre Fisioterapeutas e Fonoaudiólogos?
B4.5.1)
Sim. Por quê?
B4.5.2)
Não. Por quê?
B4.5.3) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o Fisioterapeuta?
B4.5.4) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos Fisioterapeutas?
B4.5.4.1)
B4.5.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.6) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os Fisioterapeutas? (Dimensão Simbólica)
B4.7) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
B4.7.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.7.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
195
B4.8) Você trabalha com profissionais da área de Fonoaudiologia? (Contextualizar)
B4.8.1)
Sim.
B4.8.1.1) Quais os pontos positivos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.1.2) Quais os pontos negativos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.2)
Não. Por quê?
B4.9) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes, amigos e/ou clientes/pacientes?
B4.9.1)
B4.9.2)
Sim. Por que?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da
profissão? (Aprofundar).
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por que?
Não. Por quê?
B5.2) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia,
ou seja, o que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo
oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
B6.2.2)
Sim. Quais são esses diferenciais?
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Como você vê a valorização/remuneração dessas profissões comparativamente com a Fonoaudiologia?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.5) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
196
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
.......B7.3.1)
.......B7.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional e Sindicato
de Fisioterapia? E pelo Fisioterapeuta individualmente?
B7.5.1)
B7.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Você acredita que os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.1.1)
B8.1.2)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.2) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.2.1)
Sim.
B8.2.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.2.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de
Fonoaudiologia?
B8.2.2)
Não
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
197
Apêndice I - Roteiro de Entrevistas - Dentistas
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: __________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Outro Curso Superior:
1.
Não
2.
Sim. Qual? ______________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
198
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a)_______________________________________________________________________________
b)_______________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
199
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os Dentistas.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e Dentistas
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os Dentistas.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
200
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história profissional.
B3.1.1) Por que você optou por Odontologia?
B3.1.2) Quais áreas da odontologia você já atuou, atua hoje ou que pretende atuar no futuro?
B3.1.3) Descreva sua experiência em trabalhar com Fonoaudiólogos.
B3.1.4) Descreva a relação existente entre a Odontologia, a sua especialidade e você enquanto
profissional, com a Fonoaudiologia.
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Se você fosse descrever os profissionais de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente,
o que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.2) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.4) Em sua opinião, os Dentistas procuram o auxílio do profissional de Fonoaudiologia de maneira
geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.4.1)
B4.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.5) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os Dentistas? (Dimensão Emocional).
Os casos clínicos são discutidos entre Dentistas e Fonoaudiólogos?
B4.5.1)
Sim. Por quê?
B4.5.2)
Não. Por quê?
B4.5.3) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o Dentista?
B4.5.4) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender às necessidades e desejos dos Dentistas?
B4.5.4.1)
B4.5.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.6) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os Dentistas? (Dimensão Simbólica)
B4.7) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
B4.7.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
201
B4.7.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
B4.8) Você trabalha com profissionais da área de Fonoaudiologia? (Contextualizar)
B4.8.1)
Sim.
B4.8.1.1) Quais os pontos positivos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.1.2) Quais os pontos negativos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.2)
Não. Por quê?
B4.9) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes, amigos e/ou clientes/pacientes?
B4.9.1)
B4.9.2)
Sim. Por que?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da
profissão? (Aprofundar)
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por que?
Não. Por quê?
B5.2) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia,
ou seja, o que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo
oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
B6.2.2)
Sim. Quais são esses diferenciais?
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Como você vê a valorização/remuneração dessas profissões comparativamente com a Fonoaudiologia?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
B6.5) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fono-
202
audiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B7.3.1)
B7.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional, Sindicatos e
Associações de Odontologia? E pelo Dentista individualmente?
B7.5.1)
B7.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Você acredita que os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.1.1)
B8.1.2)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.2) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.2.1)
Sim.
B8.2.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.2.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de
Fonoaudiologia?
B8.2.2)
Não.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
203
Apêndice J - Roteiro de Entrevistas - Professores e Pedagogos de Escolas de Ensino
Fundamental e Médio
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): ______________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: __________________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Profissão: _______________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
204
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
205
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os Professores e Pedagogos.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e Professores e Pedagogos
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os Professores e Pedagogos.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
206
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Fale um pouco da sua história profissional.
B3.1.1) Por que você optou por ______________? (Especialidade)
B3.1.2) Quais áreas do Magistério você já atuou, atua hoje ou que pretende atuar no futuro?
B3.1.3) Quais disciplinas você ministra atualmente?
B3.1.4) Descreva sua experiência em trabalhar com Fonoaudiólogos.
B3.1.5) Descreva a relação existente entre o Magistério, a sua especialidade e você enquanto profissional com a Fonoaudiologia
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o
que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.2) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudióloga faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.4) Em sua opinião, os Professores/Pedagogos procuram o auxílio do profissional de Fonoaudiologia de maneira geral? (Dimensão Cognitiva)
B4.4.1)
B4.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.5) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os Professores/Pedagogos? (Dimensão Emocional). Os casos clínicos são discutidos entre os Professores/Pedagogos e Fonoaudiólogos?
B4.5.1)
Sim. Por quê?
B4.5.2)
Não. Por quê?
B4.5.3) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o Professor/Pedagogo?
B4.5.4) Você acredita que há uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender as necessidades e desejos dos Professores/Pedagogos?
B4.5.4.1)
B4.5.4.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.6) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os Professores/Pedagogos? (Dimensão Simbólica)
B4.7) Como você vê a profissão de Fonoaudiologia atualmente? (Dar ênfase à profissão e não ao profissional)
207
B4.7.1) Quais são os pontos fortes da profissão?
B4.7.2) Quais são os pontos fracos da profissão?
B4.8) Você trabalha com profissionais da área de Fonoaudiologia? (Contextualizar)
B4.8.1)
Sim.
B4.8.1.1) Quais os pontos positivos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.1.2) Quais os pontos negativos da sua experiência com os Fonoaudiólogos?
B4.8.2)
Não. Por quê?
B4.9) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes, amigos e/ou alunos?
B4.9.1)
B4.9.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Curso de Fonoaudiologia
B5.1) Você acha que o curso de Fonoaudiologia prepara os alunos para todas as áreas de atuação da
profissão? (Aprofundar).
B5.1.1)
B5.1.2)
Sim. Por que?
Não. Quais seriam as áreas de atuação do (a) Fonoaudiólogo (a)?
B5.2) O que você acha que poderia ser aperfeiçoado na formação dos profissionais de Fonoaudiologia,
ou seja, o que os cursos de Fonoaudiologia deveriam oferecer aos estudantes e que não vem sendo
oferecido?
Bloco 6 – Sombreamento
B6.1) Existem outras profissões que concorrem com a Fonoaudiologia atualmente?
B6.1.1)
Sim. Quais são?
B6.1.1.1) Quais são os pontos fortes dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.1.2) Quais são os pontos fracos dessas profissões em relação à Fonoaudiologia?
B6.1.2)
Não. Por quê?
B6.2) O profissional de Fonoaudiologia apresenta diferenciais em relação aos profissionais concorrentes?
B6.2.1)
B6.2.2)
Sim. Quais são esses diferenciais?
Não. O que deveriam fazer para se diferenciar?
B6.3) Como você vê a valorização/remuneração dessas profissões comparativamente com a Fonoaudiologia?
B6.4) Quais as atividades e funções são de responsabilidade do Fonoaudiólogo, mas que outros profissionais vêm exercendo?
208
B6.5) Quais as atividades e funções são de responsabilidade de outros profissionais, mas que os Fonoaudiólogos vêm exercendo?
Bloco 7 – Marketing
B7.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B7.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B7.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
.......B7.3.1)
B7.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B7.4) O que você entende por Marketing?
B7.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelos Conselhos Federal e Regional, Sindicatos e
Associações de Magistério? E pelo Professor individualmente?
B7.5.1)
B7.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
B7.6) Em sua opinião existem problemas relacionados ao abandono do curso e/ou da profissão de
Fonoaudiologia?
B7.6.1)
Sim. Por que você acha que isso tem ocorrido? Tal tipo de situação acontece durante o
curso ou após algum tempo do profissional no mercado de trabalho?
B7.6.2)
Não. Por quê?
Bloco 8 – Regulamentação e Representação de Classe
B8.1) Você acredita que os Fonoaudiólogos tem tido autonomia para exercer a profissão?
B8.1.1)
B8.1.2)
Sim. Por quê? Como você percebe essa autonomia?
Não. Por quê? A que você atribui a essa falta de autonomia?
B8.2) Você têm conhecimento sobre o Projeto de Lei no 7.703/2006, denominado Ato Médico?
B8.2.1)
Sim.
B8.2.1.1) Qual é a sua opinião a respeito do assunto?
B8.2.1.2) Como a possível aprovação do Ato Médico interfere no exercício da profissão de
Fonoaudiologia?
B8.2.2)
Não.
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
209
Apêndice K - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes em Tratamento de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: ___________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
2.
Graduação
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Profissão: _____________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
210
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
211
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) ________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
212
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) O que você estava buscando quando contratou os serviços de um Fonoaudiólogo? (Dimensão
Simbólica + Cognitiva)
B3.2) Por que você achou que o Fonoaudiólogo seria o profissional adequado para atender às suas
necessidades?
B3.3) Você procurou outros meios para atender às suas necessidades antes de contratar um Fonoaudiólogo? Quais?
B3.4) Você teve a influência ou indicação de alguém na decisão de buscar o serviço de Fonoaudiologia? De quem? Como?
B3.5) Como você ficou conhecendo o Fonoaudiólogo que você contratou, ou seja, quais foram as fontes de informação utilizadas e as pessoas que influenciaram a sua decisão por tal profissional?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.2) Você contratou ou pensou em contratar outros profissionais para atender às suas necessidades?
B4.2.1) Quais são os pontos fortes desses profissionais em relação ao Fonoaudiólogo?
B4.2.2) Quais são os pontos fracos desses profissionais em relação ao Fonoaudiólogo?
B4.3) O que você levou em consideração na escolha do Fonoaudiólogo que você contratou, ou seja,
quais os atributos você acha importante na decisão por um profissional da área de Fonoaudiologia?
B4.4) Como você via o trabalho do Fonoaudiólogo antes de ter a experiência com os serviços do profissional? Quais eram suas expectativas?
B4.5) Como você vê o trabalho do Fonoaudiólogo agora que tem a experiência com os serviços do
profissional?
B4.6) Quais as sensações/emoções que você tem durante o tratamento de Fonoaudiologia? (Dimensão
Emocional)
B4.7) Como você descreveria a sua experiência com o Fonoaudiólogo que você contratou? Tem sido
uma experiência positiva ou negativa? Por quê?
B4.8) Se você fosse descrever os profissionais de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente,
o que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.9) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.10) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
213
Emocional)
B4.10.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.10.2) Você sente uma preocupação efetiva do Fonoaudiólogo que você contratou em atender
suas necessidades e desejos?
B4.10.2.1)
B4.10.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.11) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
B4.12) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes e/ou amigos?
B4.12.1)
B4.12.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Marketing
B5.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B5.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B5.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B5.3.1)
B5.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B5.4) O que você entende por Marketing?
B5.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo?
B5.5.1)
B5.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
214
Apêndice L - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes que Interromperam o Tratamento de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): ______________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: ___________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
Mestrado
Doutorado
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Profissão: _____________
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
215
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a)_______________________________________________________________________________
b)_______________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
216
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
217
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) O que você estava buscando quando contratou os serviços de um Fonoaudiólogo? (Dimensão
Simbólica + Cognitiva)
B3.2) Por que você achou que o Fonoaudiólogo seria o profissional adequado para atender às suas
necessidades?
B3.3) Você procurou outros meios para atender às suas necessidades antes de contratar um Fonoaudiólogo? Quais?
B3.4) Você teve a influência ou indicação de alguém na decisão de buscar o serviço de Fonoaudiologia? De quem? Como?
B3.5) Como você ficou conhecendo o Fonoaudiólogo que você contratou, ou seja, quais foram as fontes de informação utilizadas e as pessoas que influenciaram a sua decisão por tal profissional?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.2) Você contratou ou pensou em contratar outros profissionais para atender às suas necessidades?
B4.2.1) Quais são os pontos fortes desses profissionais em relação ao Fonoaudiólogo?
B4.2.2) Quais são os pontos fracos desses profissionais em relação ao Fonoaudiólogo?
B4.3) O que você levou em consideração na escolha do Fonoaudiólogo que você contratou, ou seja,
quais os atributos você acha importante na decisão por um profissional da área de Fonoaudiologia?
B4.4) Como você via o trabalho do Fonoaudiólogo antes de ter a experiência com os serviços do profissional? Quais eram suas expectativas?
B4.5) Como você vê o trabalho do Fonoaudiólogo agora que tem a experiência com os serviços do
profissional?
B4.6) Quais as sensações/emoções que você tem durante o tratamento de Fonoaudiologia? (Dimensão
Emocional)
B4.7) Como você descreveria a sua experiência com o Fonoaudiólogo que você contratou? Tem sido
uma experiência positiva ou negativa? Por quê?
B4.8) Por quanto tempo você utilizou os serviços do Fonoaudiólogo?
B4.9) Por que você interrompeu a prestação de serviço/tratamento de Fonoaudiologia? E a quanto
tempo?
B4.10) Se você fosse descrever os profissionais de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou pacien-
218
te, o que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.11) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.12) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
Emocional)
B4.12.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.12.2) Você sentiu que houve uma preocupação efetiva do Fonoaudiólogo em atender suas
necessidades e desejos?
B4.12.2.1)
B4.12.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.13) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
B4.14) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes e/ou amigos?
B4.14.1)
B4.14.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Marketing
B5.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B5.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B5.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B5.3.1)
B5.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B5.4) O que você entende por Marketing?
B5.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo?
B5.5.1)
B5.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
219
Apêndice M - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes que Concluíram o Tratamento
de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: ___________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar:
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
B1.9) Escolaridade:
1.
Graduação
2.
Pós-Graduação
(Especialização)
3.
4.
5.
Mestrado
Doutorado
Pós-Doutorado
B1.11) Profissão: _____________
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.10) Estado civil:
1.
Casado / União Estável
2.
Solteiro
3.
Divorciado / Separado
4.
Viúvo
220
Bloco 2 - Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
221
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
222
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) O que você estava buscando quando contratou os serviços de um Fonoaudiólogo? (Dimensão
Simbólica + Cognitiva)
B3.2) Por que você achou que o Fonoaudiólogo seria o profissional adequado para atender às suas
necessidades?
B3.3) Você procurou outros meios para atender às suas necessidades antes de contratar um Fonoaudiólogo? Quais?
B3.4) Você teve a influência ou indicação de alguém na decisão de buscar o serviço de Fonoaudiologia? De quem? Como?
B3.5) Como você ficou conhecendo o Fonoaudiólogo que você contratou, ou seja, quais foram as fontes de informação utilizadas e as pessoas que influenciaram a sua decisão por tal profissional?
Bloco 4 – Imagem
B4.1) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B4.2) Você contratou ou pensou em contratar outros profissionais para atender às suas necessidades?
B4.2.1) Quais são os pontos fortes desses profissionais em relação ao Fonoaudiólogo?
B4.2.2) Quais são os pontos fracos desses profissionais em relação ao Fonoaudiólogo?
B4.3) O que você levou em consideração na escolha do Fonoaudiólogo que você contratou, ou seja,
quais os atributos você acha importante na decisão por um profissional da área de Fonoaudiologia?
B4.4) Como você via o trabalho do Fonoaudiólogo antes de ter a experiência com os serviços do profissional? Quais eram suas expectativas?
B4.5) Como você vê o trabalho do Fonoaudiólogo agora que teve a experiência com os serviços do
profissional?
B4.6) Como você descreveria a sua experiência com o Fonoaudiólogo que você contratou? Foi uma
experiência positiva ou negativa? Por quê?
B4.7) Por quanto tempo você utilizou os serviços do Fonoaudiólogo?
B4.8) Há quanto tempo você finalizou este serviço?
B4.9) Você acredita que os benefícios adquiridos com os serviços do Fonoaudiólogo permanecem até
hoje?
B4.10) Quais as sensações/emoções que você teve durante o tratamento de Fonoaudiologia? (Dimen-
223
são Emocional)
B4.11) Se você fosse descrever os profissionais de Fonoaudiologia para um parente, amigo ou paciente, o que você falaria? (Dimensão Funcional)
B4.12) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B4.13) Como você vê o relacionamento entre o Fonoaudiólogo e os clientes/pacientes? (Dimensão
Emocional)
B4.13.1) Quais são as emoções positivas e/ou negativas que podem existir na relação do Fonoaudiólogo com o cliente/paciente?
B4.13.2) Você acredita que houve uma preocupação efetiva dos Fonoaudiólogos em atender suas
necessidades e desejos?
B4.13.2.1)
B4.13.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
B4.14) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
B4.15) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes e/ou amigos?
B4.15.1)
B4.15.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 5 – Marketing
B5.1) Em sua opinião, qual o papel dos clientes/pacientes no tratamento Fonoaudiológico?
B5.2) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B5.3) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B5.3.1)
B5.3.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
B5.4) O que você entende por Marketing?
B5.5) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo?
B5.5.1)
B5.5.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
.
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
224
Apêndice N - Roteiro de Entrevistas - Clientes/Pacientes Potenciais para o Tratamento
de Fonoaudiologia
Prezado (a) senhor (a),
O presente questionário tem por objetivo obter informações para uma pesquisa acadêmica de Mestrado
sobre Fonoaudiologia. Sua participação é muito importante para o êxito do nosso trabalho. Cabe ressaltar que o sigilo das informações será plenamente preservado. Por sua especial colaboração, antecipamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Bloco 1 - Informações pessoais
B1.1) Nome: ____________________________________________________________________________
B1.2) Tel.(Res.): ______________
B1.3) Tel.(Com.): _____________
B1.4) Tel.(Cel.): ______________
Bl.1.5) E-mail: ___________________________________________________________________________
B1.6) Sexo:
Masculino
Feminino
B1.7) Idade (anos):_______________
B1.8) Renda familiar
1.
Até 2.000,00
2.
R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00
3.
R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00
4.
R$ 4.001,00 a R$ 5.000,00
7.
R$ 7.001,00 a R$ 8.000,00
5.
R$ 5.001,00 a R$ 6.000,00
8.
R$ 8.001,00 a R$ 9.000,00
6.
R$ 6.001,00 a R$ 7.000,00
9.
Acima de R$ 9.000,00
B1.9) Escolaridade:
B1.10) Estado civil:
1.
Graduação
1.
Casado / União Estável
2.
Pós-Graduação
2.
Solteiro
(Especialização)
3.
Divorciado / Separado
3.
4.
Mestrado
Doutorado
4.
Viúvo
5.
Pós-Doutorado
B1.11) Profissão: _____________
225
Bloco 2 – Desenhos
B2.1) Favor desenhar no quadro abaixo a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
Imagem do profissional de Fonoaudiologia
B2.2) Indique até três palavras que você associa com a imagem que você tem do profissional de Fonoaudiologia.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.3) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
226
B2.4) Favor desenhar no quadro abaixo qual é a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos
e os seus clientes/pacientes.
Percepção da relação existente entre Fonoaudiólogos e clientes/pacientes
B2.5 - Indique até três palavras que você associa com a sua percepção sobre a relação existente entre os Fonoaudiólogos e os seus clientes/pacientes.
a) _________________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________________
B2.6) Escreva uma frase que melhor represente o desenho acima.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
227
Bloco 3 – Contextualização e Perfil do(a) Entrevistado(a)
B3.1) Você já ouviu falar da profissão de Fonoaudiologia? O que você ouviu falar de positivo e negativo sobre a Fonoaudiologia? (Tentar identificar no discurso, o que ele ouviu de positivo e negativo
sobre a Fonoaudiologia)
B3.2) Em sua opinião, em que consiste o trabalho da Fonoaudiologia?
B3.2.1) Quais benefícios ela pode trazer para os clientes/pacientes? (Para as pessoas em geral e
para a sociedade)
B3.2.2) Quais são os pontos negativos da profissão de Fonoaudiologia?
B3.3) Quais as atividades/áreas de atuação que o Fonoaudiólogo exerce que você tem conhecimento,
ou seja, o que o Fonoaudiólogo faz? (Dimensão Cognitiva)
B3.4) O que você levaria em consideração na escolha de um Fonoaudiólogo caso fosse contratar um,
ou seja, quais os atributos você acha importante na decisão por um profissional da área de Fonoaudiologia?
B3.5) Caso você fosse falar para outras pessoas sobre a Fonoaudiologia, o que falaria?
B3.6) Se você fosse descrever o profissional de Fonoaudiologia para um parente ou amigo, o que você
falaria?
B3.7) Como você descreveria o ambiente de trabalho, o modo de vestir e a apresentação do Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B3.8) Você tem algum conhecimento sobre como é o relacionamento entre clientes/pacientes e o Fonoaudiólogo? (Dimensão Funcional)
B3.9) O que você acha que o trabalho desenvolvido pelos Fonoaudiólogos representa (simboliza/significa) para os clientes/pacientes? (Dimensão Simbólica)
B3.10) Você indicaria o trabalho de um Fonoaudiólogo para os seus parentes e/ou amigos?
B3.11) Caso você fosse indicado para se submeter ao tratamento de Fonoaudiologia, você faria?
B3.11.1)
B3.11.2)
Sim. Por quê?
Não. Por quê?
Bloco 4 – Marketing
B4.1) Você acha que o Fonoaudiólogo trabalha com clientes ou pacientes? Por quê? E para você existe
distinção entre clientes e pacientes? Qual?
B4.2) Em sua opinião, a profissão de Fonoaudiologia seria um tipo de prestação de serviços?
B4.2.1)
B4.2.2)
Sim. Por quê?
Não. Como então você classificaria a profissão de Fonoaudiologia? Por quê?
228
B4.3) O que você entende por Marketing?
B4.4) Você acha que o Marketing pode ser utilizado pelo Fonoaudiólogo?
B4.4.1)
B4.4.2)
Sim. Como?
Não. Por quê?
Você gostaria de fazer mais algum comentário sobre o tema abordado nessa pesquisa?
Download