refelexão sobre os saberes necessários á prática educativa

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II Congresso de Educação – UEG/UnU Iporá
A formação de professores: uma proposta de pesquisa a partir da reflexão sobre a prática docente
REFELEXÃO SOBRE OS SABERES NECESSÁRIOS Á PRÁTICA
EDUCATIVA - PAULO FREIRE
BARBOSA, Dayane Rodrigues1; FERREIRA, Marilda de Lima Oliveira2; MARIANO,
Jeryka Thawany Silva3; SOUZA, João Paulo Francisco4
Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá
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RESUMO
O presente trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, na qual busca-se propor algumas
ações que são necessárias para um conhecimento pleno do aluno, para tanto, com o objetivo
de realizar-se discussões relevantes, realizou-se um seminário do livro “Pedagogia da
autonomia: saberes necessários a prática educativa” de Paulo Freire, isso foi feito a procura de
reflexões que enriquecesse o conhecimento a respeito do dos saberes necessários á prática
educativa. Através disso chegamos à conclusão de como os escritos de Freire são atuais no
contexto educacional goiano.
Palavras Chaves: Paulo Freire, dialética, ensino-aprendizagem
INTRODUÇÃO
Historicamente sempre houve uma expectativa a respeito da educação quanto à
preparação do individuo para a vida (PILETTI, 1990), porem, é recente a constante cobrança
por resultados da educação, principalmente dos professores, por parte do governo
(LIBANEO, 2011) E ainda segundo Libâneo tal cobrança diante dos professores é “cobrar o
impossível”, uma vez que, os professores são responsáveis pelos seus atos e decisões, e os
resultados depende de um conjunto de fatores sobre os quais o professor não tem controle.
Nesse contexto, em que sob a supervisão de um governo autoritário, como é o atual
governo goiano, que vê a educação apenas como meio de se obter a eficiência econômica, é
de grande relevância pensar sobre a prática docente como meio de se alcançar alguns
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resultados cobrados que tem uma realmente relevância educacional e não somente financeira,
pensar sobre a prática nesse sentido só vem a contribuir, uma vez que, de acordo com Freire,
1996, pensar sobre a prática é responsável pelo “movimento dinâmico, dialético, entre o fazer
e o pensar sobre fazer”, ou seja, pensar sobre a pratica irá nos capacitar para que possamos
conseguir cada vez mais colocar em pratica algumas teorias de relevância educacional. Esse
pensamento dialético de acordo com Mattos & Mattos, 2005, é necessário para que
educadores (as) não caiam no pensamento comum de que quando o assunto é educação a
teoria nunca entra na prática.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, para isso, foi adotado como
livro base, para se propor as ações e discussões, a obra “Pedagogia da Autonomia: saberes
necessários a prática educativa” de Paulo Freire, na qual propõem-se 27 exigências para a
pratica educativa com o propósito de alcançar a liberdade, a autonomia dos alunos. Para o
amadurecimento intelectual dos integrantes do grupo, com foco no tema proposto realizou-se
um seminário a respeito da obra de Paulo Freire, e este ocorreu no 2° ano do curso de
Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Iporá. Com
esse trabalho se pretende aumentar e colocarem discussão as idéias de Paulo Freire que é de
grande relevância, já que neste livro ele aborda o ensino sobre diversos enfoques.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A obra discutida tem como principal questão a formação docente que com uma
reflexão sobre a prática educativo-progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos.
Outra questão a ser discutida e que é considerada indispensável à prática educativa e a
convivência humana, é a responsabilidade ética. A ética universal do ser humano, que
condena o cinismo e a mentira. A ética que o autor tanto fala é a que afronta qualquer
manifestação de discriminação.
A melhor maneira de lutar por uma sociedade com ética é vivê-la em nosso cotidiano,
com os educando, fazendo com que se amplie e não diminua. Com isso seria antiético criticar
obras, idéias ou autores sem ter conhecimento profundo sobre eles. Assunto muito discutido
no seminário na sala de aula, entre os alunos. O que não deve é mentir ao criticar, o preparo
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científico do professor deve coincidir com sua retidão ética. O conhecimento não deve ser
apenas transferido, o educador democrático não pode nega-se o dever de, na sua prática
docente, reforçar a capacidade critica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de
suas tarefas primordiais é trabalhar com os educando a rigorosidade metódica. Ensinar exige
também pesquisa, busca do que ainda não se conhece. Ser um professor pesquisador não é
qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente á de ensinar. Faz parte da
natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa.
A prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de
pureza. A necessidade da criticidade não pode ou não deve ser feita a distancia da rigorosa
formação ética e estética. Outro assunto polêmico é ensinar e corporificar suas palavras dado
exemplo do certo, pensar certo é fazer, agir certo, assim, Blaise Pascal (apud MORIN, 2005,
p.21) diz sobre a falta de corporeificação, “não se ensinam os homens a serem homens
honestos, mas ensina-se todo o mais”, assim devemos procurar ensinar com ética para poder
ter um ensino de melhor resultado. Ate porque ensinar exige risco, aceitação do novo e
rejeição a qualquer tipo de discriminação, da mesma forma que Juan de Mairena (apud
MORIN, 2005, p.21), afirma: “a finalidade da nossa escola é ensinar a repensar o pensamento,
a „des-saber‟ o sabido e a duvidar de sua própria duvida; esta é a única forma de começar a
acreditar em algo”, ou seja, diante de um conhecimento novo devemos pensar sobre ele
(repensar o pensamento) e se for o caso passar a crer nesse novo conhecimento e
gradualmente ir substituindo o já defasado (des-saber o sabido), assim tanto para a aceitação
com para a rejeição de um determinado conhecimento devemos antes de tudo refletir sobre os
mesmo.
Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é da reflexão
critica sobre a prática. É pensando criticamente na prática de hoje ou de ontem que se pode
melhorar a próxima prática. Não é possível a assunção que o sujeito faz de si numa certa
forma de estar sendo sem a disponibilidade para mudar. Neste caso ensinar, exige o
reconhecimento e a assunção da identidade cultural do educando. Assumir-se como ser social
e histórico como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos,
capaz de ter raiva porque é capaz de amar.
Durante o seminário enfatizou-se ainda, o fato de ensinar não ser apenas uma
transferência de conhecimento. O ensinar é a criação de possibilidades para que o aluno
alcance e construa seus saber desde então. E que o professor que faz de seu ensinamento de
acordo com essa transferência limita a busca que o aluno tem exercer sobre se provocada pela
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sua própria curiosidade que o leva ao saber. Ao longo dessa discussão abordamos “o ser
humano como seres inacabados e conscientes de seu inacabamento” deixamos esse tema
aberto para que fosse gerada uma discussão entre os alunos com o propósito de levá-los ao
entendimento de acordo com Paulo Freire, o que foi bem compreendido pelos discentes, que
abordou sobre o professor crítico apto a mudanças e a aceitação do que é diferente. Portanto,
nesse sentido a aceitação necessária, é com respeito ao ser sócio cultural, social, criança,
adulto, velho, etnia as diferenciações como seres éticos nos faz conscientes criando respeito
entre si e com o próprio eu. Ensinar exigi bom senso o professor que usa seus métodos com
comprometimento e autoridade como: instruções, avaliações, indagações, correções fazendo
uso do bom senso na prática educativa além disso é necessário que enquanto professor ensinar
de forma clara realizando um elo com a realidade e a prática. Estabelecer entre a prática uma
relação de alegria e esperança, professor e aluno possam aprender ensinar e produzir juntos.
Para o uso da curiosidade se necessita de pesquisa é uma busca além do que foi
compreendido ser curioso. Segundo Freire o educador que se entrega a procedimentos
autoritários ou paternalistas impede, limita o exercício da curiosidade; a curiosidade fortalece
a docência.
Assim, o que podemos observar é que Freire busca através de algumas exigências,
educarem os indivíduos para que os mesmos sejam autônomos, como Morim, 2003, discuti
sobre este fato afirmando que, nossa realidade atual necessita de “cabeças bem-feitas e não
cabeças bem-cheias”, com isso através da leitura e de uma reflexão dialética sobre teoria e
prática da obra de Freire podemos alcançar a exigência da qual Morim fala.
CONCLUSÕES
Tendo como base as discussões realizadas durante o seminário e da bibliografia
consultada, pode-se verificar o quão atual é o livro de Paulo Freire no contexto goiano, já que
atualmente este tem se tornado uma governo autoritário que busca a ascensão econômica
através das escolas, se esquecendo do foco principal da escola que é ensinar, e Paulo Freire
vem contribuir para uma melhor conscientização da categoria, quanto ao seu papel, uma vez
que aborda a educação desde o enfoque metodológico, passando pela necessidade da união da
categoria e indo até o político, que é muito necessário, já que esse último tópico influência
muito na profissão. Como resultado obtido, podemos verificar que temos muito que aprender
sobre nossa pratica com Paulo Freire em suas obras.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa - 39° ed. São Paulo, Paz e Terra, 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. Considerações críticas sobre o documento, "diretrizes do pacto pela
educação: reforma educacional goiano - setembro de 2011".
MATTOS, Sandra M. N.; MATTOS, José R. L. Em busca de um novo educador para uma
nova
educação
[internet].
2005
[acessado
em:
22/04/2012.]
disponível
em:<
http://www.ufrrj.br/leptrans/arquivos/educador.pdf >
MORIN; Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento-8°ed.-Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
PILETTI, Nelson. Historia Da Educação- 7 ed.- São Paulo, Ed. Ática, 1990.
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