HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR (NVEH-HUJM) MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR Normas e Rotinas para Notificação & Investigação dos Agravos de Notificação Compulsória CUIABÁ - JUNHO/2008 1 REITORA Profª. Drª. Maria Lucia Cavalli Neder VICE – REITOR Prof. Dr. Francisco José Dutra Souto SUPERINTENDENTE Prof. José Carlos Amaral Filho DIRETORIA CLÍNICA Profa. Dra. Olga Akiko Takano DIRETORIA ADMINISTRATIVA Adm. Jonas da Cruz Borges Assumpção DIRETORIA DE INFORMÁTICA E INSTRUMENTAÇÃO Elizandro Souza Braga 2 Coordenação Prof. Dr. Cór Jesus Fernandes Fontes Elaboração Gisele Turíbio Schutze Mura Márcia Beatriz Cattini de Mello Márcia Hueb Maria da Guia Sene Colaboradores Soraya Biana Rezende Andréa Barbieri de Barros Giovana Volpato Pazin Digitação Ana Paula Silva e Silva Capa Anne Artes Comunicação Visual 3 Sumário Apresentação................................................................................ 7 1. Introdução ................................................................................ 8 2. Procedimentos gerais para a Notificação e Investigação 10 dos Agravos de Notificação ....................................................... 3. Orientações gerais sobre a Vigilância Epidemiológica dos Agravos de Notificação. 3.1. Botulismo .............................................................................. 13 3.2. Cólera .................................................................................... 14 3.3. Coqueluche ........................................................................... 15 3.4. Dengue .................................................................................. 15 3.5. Difteria ................................................................................... 16 3.6. Doença de Chagas ............................................................... 17 3.7. Doença Invasiva por H. Influenzae B (DIHiB) .................... 18 3.8. Doença Meningocócica ....................................................... 19 3.9 DTA ......................................................................................... 21 3.10 Encefalite por Arbovirus ..................................................... 22 3.11 Esquitossomose .................................................................. 23 3.12 Febre amarela ...................................................................... 24 3.13 Febre maculosa ................................................................... 25 3.14 Febre Tifóide ........................................................................ 26 3.15 Hanseníase .......................................................................... 26 3.16 Hantavírus ............................................................................ 27 3.17 Hepatites Virais ................................................................... 28 3.18 Infecção pelo HIV ................................................................ 30 4 3.19 Critérios de definição de AIDS em indivíduos com ..... 31 13 anos ou mais. 3.20 Critérios de definição de AIDS em indivíduos menores 32 .. 13 anos. 3. 21 HIV em Gestantes ............................................................... 33 3. 22 HIV em RN de Mãe HIV (+) ................................................. 36 3. 23 Crianças com idade maior ou igual há 18 meses ........... 37 3. 24 Leishmaniose Tegumentar ................................................ 38 3. 25 Leishmaniose ....................................................... Visceral 38 3. 26 Leptospirose ....................................................................... 39 3. 27 Malária ................................................................................. 39 3. 28 Paralisia Flácida Aguda ou PFA ....................................... 40 3. 29 Peste .................................................................................... 41 3. 30 Poliomielite ......................................................................... 41 3. 31 Raiva .................................................................................... 44 3. 32 Rubéola Adquirida ............................................................. 46 3. 33 Sarampo .............................................................................. 46 3. 34 Sífilis Congênita ................................................................. 47 3. 35 Síndrome da Rubéola Congênita ...................................... 49 3. 36 Tétano Acidental ................................................................ 50 3. 37 Tétano Neonatal ................................................................. 51 3. 38 Tracoma .............................................................................. 51 3. 39 Tuberculose ........................................................................ 52 3. 40 Acidente com material de Risco Biológico? Saiba ......... 55 como proceder. 3. 41 CRIES – Centro de Referências em Imunobiológicos .... 57 5 Especiais. 3. 42 Procedimento para coleta, acondicionamento e ........ 61 transporte de amostras biológicas – MT Laboratório. 3. 43 Anexos ................................................................................ 6 64 APRESENTAÇÃO Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Hospital Universitário Julio Muller (NVEH-HUJM), tem como principal objetivo responsabilizar-se pela informação e proposição de ações de saúde coletiva no âmbito hospitalar, integrando os diferentes setores da instituição para: a) a promoção e a integração ensino-serviço dentro da instituição, desenvolvendo atividades práticas de vigilância epidemiológica em ação conjunta com professores, técnicos e alunos. b) o compromisso de realizar notificações qualificativas sobre eventos adversos qualidade dos produtos e garantir uma maior segurança para pacientes e profissionais da saúde. c) a definição de indicadores operacionais e de resultados sobre as suas atividades de vigilância epidemiológica hospitalar. Para o alcance desses objetivos, o NVEH-HUJM estabelece as presentes normas de rotinas de funcionamento da vigilância epidemiológica hospitalar no âmbito do HUJM. O NVEH (Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar) está instalado nas dependências do Ambulatório III do HUJM no endereço: Rua Luiz Phellipe Pereira Leite, S/N°, ba irro Alvorada. Fone (65) 3615-7253 e/ou 9207-2436. Este Manual tem como objetivo orientar sobre a suspeita, investigação específica e o modo de notificação das doenças de notificação compulsória que por ventura venham a ocorrer no âmbito do HUJM, bem como orientar para outras práticas de vigilância epidemiológica relevantes no âmbito de um hospital universitário. No que diz respeito a suspeita, são levantados sintomas de maior importância e destacados os antecedentes epidemiológicos. Não é objetivo deste guia revisar a etiopatogenia, nem tampouco todo o conjunto de manifestações clínicas e orientação terapêutica. São destacados os exames subsidiários necessários para a confirmação do caso (o impresso para solicitação, a coleta e o 7 fluxo). Este Manual foi baseado no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde. INTRODUÇÃO A Lei Orgânica da Saúde – n° 808/90 define: Vigilância Epidemiológica – “É o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção e a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de controle ou prevenção”. A observação contínua da ocorrência de agravos em determinada população confere a análise de sua distribuição segundo tempo, lugar e pessoa, podendo desta forma, detectar epidemias, fazer análise de suas tendências, subsidiando assim, o planejamento em saúde. Um serviço de Vigilância Epidemiológica bem estruturado tem condições de captar, consolidar e analisar as informações obtidas, delineando em uma área geográfica o processo saúde-doença, gerando indicadores de acompanhamento para agir de modo e tempo oportuno. O Ministério da Saúde pela Portaria GM/n°2529, de 2 3 de Novembro de 2004, instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, integrado o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. O HUJM em 10 de Outubro de 2005 mediante a portaria acima cria o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do hospital. Quais as Atribuições do Núcleo Epidemiológico Hospitalar? • Notificação de doenças e agravos • Busca ativa • Investigação de doenças e agravos • Participação em investigação de surtos • Consolidação, em análise e divulgação da informação • Promoção de integração entre setores afins do hospital • Monitoramento 8 • Realização de estudos epidemiológicos • Avaliação das ações de VE por meio de indicadores • Participação em atividades de imunização • Atuação como campo de estágio • Outras atividades • Recomendação e promoção das medidas de controle • Retroalimentação • Vigilância das doenças não transmissíveis • Vigilância Sentinela Como se procede esta notificação? Busca Ativa A busca ativa consiste em visitas periódicas aos domicílios e unidades detectando casos que não chegaram aos serviços ou que deixaram de ser notificados pelos mesmos. A busca ativa pode ser estrita a um domicílio, rua ou bairro, unidades de saúde, ou ainda, ultrapassar barreiras geográficas de municípios ou estados, conforme as correntes migratórias ou características dos NVE, a busca ativa deve ser de rotina nos locais de atendimento da própria unidade: enfermarias, P.A.A, ambulatórios, laboratórios, Unidade de Tratamento Intensivo-UTI, Farmácia, SVO e/ou outros departamentos da unidade. Qual o destino dos dados obtidos? Fluxo da Notificação O fluxo da notificação adotado deve seguir da unidade de saúde, após serem inseridos dos SINAN NET (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), para a Secretaria Municipal de Saúde, e esta se responsabiliza por enviá-los para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), com posterior envio para a Secretaria de Vigilância em Saúde do MS. 9 PROCEDIMENTOS GERAIS PARA A NOTIFICAÇÃO INVESTIGAÇÃO DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇAO E Como notificar: Em caso de suspeita: - solicitar Ficha de Notificação do SINAN ao Nucleo de Vigilância Epidemiológica (NVE/HUJM) - preencher a Ficha de Notificação pelo interno ou residente ou membro do NVE/HUJM; - encaminhar a Ficha de Notificação devidamente preenchida ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica - nos casos de notificações imediatas deverá comunicar ao Nucleo de Vigilância Epidemiológica (NVE/HUJM) para que medidas sejam tomadas; Obs.: O envio das fichas deve ser o mais breve, pois temos prazos para encaminhamento a SMS. Em caso de confirmação dos agravos: - solicitar as Fichas de Notificação e Investigação Epidemiológicas do SINAN ao Nucleo de Vigilância Epidemiológica (NVE/HUJM) - preencher as Fichas de Notificação e Investigação pelo interno ou residente ou por um membro do NVE/HUJM; - encaminhá-la ao núcleo de vigilância epidemiológica; - nos casos de notificações/ investigação imediata, deverão comunicar ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HUJM, pelo telefone 3615-7253 e/ou 9207-2436. Obs.: Todas as fichas de notificação/investigação epidemiológica serão encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde para os devidos encaminhamentos. Uma cópia dessas fichas deverá ser mantida no NVEH-HUJM, para posterior 10 análise e elaboração de relatórios. São doenças de notificação imediata: Botulismo Carbúnculo Cólera Difteria Febre Amarela Febre Tifóide Febre Maculosa Doença Meningocócica Meningite Aguda Hantavirose Peste Poliomelite Paralisia Aguda Flácida Raiva Humana Rubéola Sarampo Varíola Tularemia São doenças de notificação (não imediata) e investigação epidemiológica: Acidente por animais peçonhentos AIDS/SIDA Atendimento anti-rábico humano 11 Coqueluche Dengue Doença de Chagas Aguda Efeitos adversos pós-vacinais Hanseníase Hepatites virais agudas e crônicas HIV positivo em gestantes, puérperas e crianças (expostas ao risco de transmissão vertical). Leishmaniose tegumentar e visceral Leptospirose Sífilis congênita Síndrome de rubéola congênita Tétano acidental e neonatal Doenças apenas de notificação Caxumba Desnutrição grave DST Esquistossomose (área não endêmica) Intoxicação alimentar Varicela Viroses Malária Tuberculose 12 ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO BOTULISMO Como suspeitar: TGI: vômitos, constipação ou diarréia associados a alterações neurológicas. Alterações Neurológicas: instalação aguda, alterações visuais, flacidez palpebral, modificações da voz, distúrbios da deglutição, flacidez muscular generalizada, agitação psicomotora. Antecedentes de risco: ingestão de alimentos sem cocção prévia, tais como embutidos de carnes ou conservas em lata e vidro (palmitos, aspargos, cogumelos, alcachofra, doces, peixes, frutos do mar) especialmente acondicionados em embalagens submetidas a vácuo. Como investigar: Pesquisa da toxina no sangue: colher 10 ml de sangue o mais precocemente possível antes da administração do soro (*). Isolamento do Clostridium botulinum em fezes ou material obtido do ferimento (*). (*) Solicitar ao NVE_HUJM o meio de transporte e formulários adequados para a investigação. Obs.: para diagnóstico diferencial solicitar de rotina coprocultura. Como Notificar: O médico ao se deparar com quadros neurológicos abruptos, em adultos geralmente saudáveis, e com história de ingestão de alimentos suspeitos (conservas em latas ou vidros de palmitos, embutidos, ou compotas) deve notificar imediatamente a suspeita de Botulismo ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar /HUJM (fone: 3615-7253 e/ou 92072436). 13 COLERA Como suspeitar: A) Pessoa proveniente de região onde está ocorrendo cólera, que no prazo máximo de 10 dias (*) apresente diarréia aguda com fezes líquidas e sem sangue, de início súbito. B) B) Pessoa comunicante de indivíduo que tenha chegado aos últimos 30 dias (**) de região onde está ocorrendo cólera endêmica ou epidemicamente, que passe a apresentar diarréia aguda com fezes líquidas e sem sangue, de início súbito. C) Pessoa com 5 ou mais anos de idade que apresente diarréia aguda com fezes líquidas e sem sangue, de início súbito. Como investigar: a) Colha swab anal, encaminhe ao MT-Laboratório para setor de microbiologia no meio de transporte específico (Cary Blair), com pedido específico e xérox da notificação. b) Solicite para investigação complementar exame a fresco de fezes (AF) e coprocultura (COPROROT). Obs.: as amostras devem ser colhidas antes da administração de antibiótico ao paciente. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVEHUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. 14 COQUELUCHE Como suspeitar: Toda pessoa que, sem outra causa aparente, independente do estado vacinal, apresentar quadro de infecção de vias aéreas superiores há pelo menos duas semanas, com uma ou mais das seguintes manifestações: tosse paroxística, gemido inspiratório, vômitos pós-tosse. E em criança menores de um ano, episódios de cianose e crises de apnéia. Em surto - considere suspeito, paciente com sintomas de vias aéreas que tem contato mútuo com um caso de coqueluche. Como investigar: Cultura para Bordetella pertussis (colher swab de nasofaringe) maior positividade na fase catarral ou no início do paroxismo. Impresso do MT-Laboratório Avisar o Laboratório do HUJM e NVE antes da coleta para disponibilizar o meio de transporte CHARCOAL (Reagan-Love) Como fazer a prevenção: • No ambiente hospitalar precauções para transmissão por gotículas - Isolamento respiratório, por cinco dias após iniciar o antibiótico. Como notificar: • Em caso de suspeita, notifique ao NVEHUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. DENGUE Como suspeitar: Toda pessoa com doença febril aguda com duração máxima de 07 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, prostração, exantema. Antecedente de ter estado nos últimos 15 dias em área onde 15 esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha presença do Aedes aegypti. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique o NVE o mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana ligar 92072436. Como investigar: Sorologia: colher (10 ml) a partir do 5º dia de doença (MACELISA IgM). Caso o Laboratório do HUJM não esteja realizando o exame, encaminhar para MT-Laboratório com xérox da notificação e impressos específicos do laboratório. Pesquisa de Vírus (encaminhar material para MT Laboratório). Tem sido feita somente em situações especiais (discutir com NVE-HUJM, fone 3615-7253) DIFTERIA Como suspeitar: Febre, comprometimento acentuado do estado geral e uma ou mais das seguintes manifestações: Placas branco-acinzentadas bastante aderentes, com pequeno halo de hiperemia em amigdalas e/ou palato e/ou pilares. Aparecimento, após quadro amígdaliano, de miocardite ou comprometimento de nervos periféricos. Aumento do volume dos gânglios cervicais com edema periganglionar; amigdalite que não respondeu aos tratamentos habituais com grande comprometimento do estado geral. Como investigar: Bacterioscopia direta não tem valor diagnóstico. Swab nasal e de orofaringe semeado em meio específico (meio de cultura PAI): colher material da borda da pseudomenbrana, não da região central (não remover a pseudomembrana); material de lesões cutâneas, conjuntivais pode ser colhido. Para realização dos exames específicos, enviar material ao MT Laboratório com xérox da notificação. Como prevenir: Encaminhe para vacinação tríplice crianças com 2, 16 4, 6 meses de idade reforços com 15 meses e 5 anos.Encaminhe para vacinação com dupla adulto (difteria e tétano) adultos a cada 10 anos. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. DOENÇA DE CHAGAS Como suspeitar: Presença de miocardite (traduzível pelo ECG), associado à manifestação sistêmica de febre, mal estar geral, cefaléia, edema, hiporexia, hipertrofia de linfonodos. Pode ocorrer hepatoesplenomegalia. Quando existe porta de entrada pode estar presente o chagoma de inoculação ou sinal de Romana (ocular). Apenas a forma aguda deve ser notificada. Portanto, todo caso suspeito de Doença de Chagas Aguda, ou Doença de Chagas transfusional (ou acidental) deve ser notificado. Informações disponíveis nos Manuais do Ministério da Saúde que foram encaminhados aos Departamentos. Se necessário, solicitar novo exemplar ao NVE-HUJM (ramal 7253 e/ou 92072436). Como investigar: Os dados epidemiológicos, idade do paciente, os exames sorológicos, ECG e radiológicos, em geral, permitem a perfeita caracterização dessa entidade clínica. O exame parasitológico é a técnica mais simples, realizada através de gota fresca de sangue (microscopia direta) ou pela técnica de gota espessa corada, como empregada pela malária. O exame parasitológico direto através de hematoscopia, deve ser repetido 3 a 4 vezes ao dia por vários dias, diante da suspeita clínica. Realização de ELISA IgM pode ajudar no diagnóstico, mas a confirmação da fase aguda só é feita pela presença do parasita em sangue periférico. Há outros métodos para diagnóstico como Hemaglutinação indireta, Imunofluorescência indireta e Elisa, mais empregados no diagnóstico 17 dos casos crônicos. Como notificar: Apenas a forma aguda deve ser notificada. Portanto, todo caso suspeito de Doença de Chagas Aguda, ou Doença de Chagas Transfusional (ou acidental) deve ser notificado e encaminhado para NVEHUJM ou contactar pelos telefones 7253 e/ou 92072436. DOENÇA INVASIVA POR H. Influenzae B (DIHiB) Como suspeitar: Crianças < de 5 anos que não completaram a série primária de vacinação para HiB( Síndrome infecciosa, celulite, meningite, artrite séptica, bacteremia , empiema, pericardite, osteomielite, abscesso cutâneo, epiglotite, pneumonia). A maior incidência de DIHiB ocorre em crianças de 3 meses a 3 anos. Epiglotite é rara em crianças menores de 12 meses. Fatores predisponentes à DIHiB: doença falciforme, asplenia, infecção pelo HIV, imunodeficiências e neoplasias. Como investigar: Bacterioscopia e cultura de LCR, líquido pleural, aspirado de ouvido médio na dependência da apresentação clínica. Contra-imunoeletroforese no LCR ou outros materiais. Rx na epiglotite. Como prevenir: Indique vacinação contra DIHiB a partir de 2 meses de idade Indique quimioprofilaxia com rifampicina para: Contatos íntimos de creche ou pré-escola com idade < 24 meses e diante da ocorrência de um segundo caso confirmado deve-se estender a quimioprofilaxia para todos, inclusive adultos. Contatos domiciliares, inclusive adultos, somente em caso de haver na mesma residência outra criança com idade < 4 anos. Dose de rifampicina: adultos: 600mg/dia - 4 dias crianças: < 1 mês - 10mg/kg/dia - 4 dias 1 mês-12 anos - 20mg/kg/dia - 18 máximo 600mg/dia. Como notificar: • Todo caso suspeito deve ser comunicado, pelo meio mais rápido possível, ao NVEHUJM (ramal 7253 ou 92072436). DOENÇA MENINGOCÓCICA Como suspeitar quando houver: Síndrome infecciosa e/ou síndrome de hipertensão intracraniana e/ou síndrome radicular. Em lactentes: a clínica geralmente é de septicemia com diminuição da sucção, vômitos, transtornos sensoriais, aumento do tônus e convulsões. Pode haver abaulamento de fontanela. 50 a 60% dos casos de doença meningocócica têm lesões hemorrágicas cutâneas, petéquias, equimoses ou sufusões hemorrágicas. Como investigar: - colher líquor o mais rápido possível; - solicitar citologia, bioquímica, bacterioscopia e cultura; - contra-imunoeletroforese do líquor; - colher amostra de sangue para Hemocultura: 3 amostras; - solicitar contra-Imunoeletroforese. Colher fragmento de pele (biópsia da lesão hemorrágica): bacterioscopia e cultura do raspado das lesões. O material deve ser obtido raspando-se a lesão com o lado cego de um estilete, até o aparecimento de um fluído. 19 OUTRAS MENINGITES Como suspeitar: Febre Sinais meníngeos Antecedente de TCE, otite, sinusite, uso de drogas injetáveis, infecção pelo HIV. Como investigar: Exame físico detalhado com avaliação de fundo de olho, avaliar a presença de sinais de localização. Antecedente de risco. Coleta de LCR: Exame realizado • quimiocitológico • cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes) • contra-imunoeletroforese cruzada (líquor ou soro) • aglutinação pelo látex (líquor ou soro) Como atuar na PREVENÇÃO: Instituição imediata de precauções para transmissão por gotículas; manutenção das precauções para as infecções bacterianas sem agente identificado ou por meningococo ou por HiB por 24 h a partir do início do tratamento. Como prevenir: Recomendada para contatos íntimos do caso: rifampicina a cada 12 horas por dois dias: adultos (600 mg/dose), crianças abaixo de 1 mês: 5 mg/kg/dose, de 1 mês-12 anos: 10 mg/kg/dose (máximo 600 mg/dose). Instituição imediata de precauções para transmissão por gotículas. Como notificar: Todos os pacientes que apresentem LCR com alterações nos parâmetros citoquímicos devem ser notificados, independente do resultado da bacterioscopia e cultura. 20 Comunicar: o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM ramal: 7253). Final de Semana e à Noite (Cel – 9207-2436). DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAS) - EXAME: coprocultura (Fezes enteropatogênicas) (Papel Fitrol) SETOR: Parasitologia MATERIAL: para cultura de bactérias 1- Swab retal: Introduzir o swab na ampola retal comprimindo-o, em movimentos rotatórios suaves, em toda a extensão da ampola. Inocular no meio de transporte. 2- Fezes in natura 3- Swab fecal: Recolher parte das fezes com auxílio de um swab.Introduzir o swab no meio de transporte Cary- Blair ou água peptonada alcalina ou Recolher entre 3 a 5 gramas de fezes, diarréicas ou não, em recipiente de boca larga, limpos e/ou esterilizados (não utilizar substâncias químicas). Evitar recolher amostras fecais contidas nas roupas, superfícies de camas ou chão. - PERÍODO DE COLETA: Na fase ativa da doença. A semeadura deve ser realizada imediatamente após a coleta. - ACONDICIONAMENTO: Tubo de água peptonada alcalina (ph 8.4-8.6) ou meio de Cary Blair. Espalhar as fezes diarréicas ou emulsionadas em água em 2/3 de uma das superfícies do papel, com auxílio de um fragmento de madeira ou outro material disponível Acondicionar as tiras de papel de filtro em invólucros plásticos, Colher a amostra, tampar e observar a umidade (a amostra só é válida enquanto o papel de filtro se mantiver úmido). 21 - TRANSPORTE: Processar as amostras acondicionadas em tubos de água peptonada alcalina até 12 horas após a coleta, O meio de transporte Cary-Blair conserva, até 4 (quatro) semanas, numerosos tipos de bactérias inclusive vibriões. No entanto, como o swab, retal ou fecal, contém outros microrganismos da flora normal, recomenda-se processá-lo de 24 a 72 horas após a coleta (a 30ºC), ou até 7 (sete) dias, se mantido sob refrigeração (4 a 8ºC). COLETA E ARMAZENAMENTO CONFORME ORIENTAÇÕES DO MT LABORATÓRIO ANEXO NO FINAL DESTE MANUAL. ENCEFALITE POR ARBOVIRUS Denomina-se arboviroses as doenças causadas por um grupo de bunyavírus denominados arbobunavírus. Têm importante papel na transmissão os artrópodes hematófagos. As entidades clínicas relacionadas compreendem: encefalite de St. Louis, encefalite eqüina oeste e leste, e outras arboviroses que também podem cursar com encefalites como dengue, febre amarela e Mayaro. Outros agentes relacionados: West Nile, vírus Roccio, Oropouche. Como suspeitar: Paciente com quadro de febre alta, exantema, artralgia, congestão conjuntival, cefaléia, vômitos, alteração de marcha e equilíbrio e outras alterações neurológicas. Líquor com aumento de proteínas e aumento de celularidade a custas de linfomononucleares. Tendência a ocorrer em surtos. Paciente com história epidemiológica de contato estreito com ambiente silvestre. Como Investigar: Coletar sangue e líquor para isolamento viral até o 3º dia do início dos sintomas conforme orientação do NVE. Nos casos suspeitos de dengue com sorologias IgM negativos testar o soro para St Louis. 22 ESQUISTOSSOMOSE Como suspeitar: Esquistossomose Aguda: após 3 a 7 sem da exposição, febre, anorexia, dor abdominal e cefaléia, com menor freqüência o paciente pode referir diarréia, náuseas, vômitos, tosse seca; ao exame físico pode apresentar hepotoesplenomegalia e geralmente eosinofilia acentuada. Forma intestinal: em geral assintomática. Forma hepato-esplênica: paciente de áreas de alta endemicidade. Forma hepato-intestinal. Como investigar: Realização de parasitológico de fezes pelo método Kato-Katz. Ultrassonografia abdominal. Biópsia retal ou hepática, apesar de não estar indicado para utilização na rotina, pode ser útil em casos suspeitos, na presença de exame parasitológico de fezes negativo. Como prevenir: Identificação, tratamento e controle de tratamento adequado dos portadores de S. mansoni. Modificação das condições de transmissão (educação em saúde, saneamento ambiental nos focos). Como notificar: Todo caso confirmado ao NVE-HUJM pelo ramal 7253 ou 92072436. 23 FEBRE AMARELA Como suspeitar: Procedência de áreas endêmicas: região Amazônica, CentroOeste e região pré-amazônica do Maranhão. Países da América do Sul (Venezuela, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru) e países endêmicos da África, acompanhado de síndrome febril, ictérica ou hemorrágica. Como investigar Sorologia (MAC-ELISA IgM): solicitar impresso do MT Laboratório, colher 10 ml de sangue, após o 5º dia de doença. Isolamento de Vírus: colher 5 ml de sangue, enviar imediatamente ao MT Laboratório para acondicionamento, solicitar no impresso do MT Laboratório, até o 5º dia de doença ou enquanto permanecer a febre. Fragmento de tecido de necrópsia (coração, figado, rins, baço, linfonodo e cérebro) armazenado em frasco estéril com formalina tamponada a 10%. Colher material no máximo até 12 horas após o óbito. Como tratar: Medidas de suporte. Não há tratamento específico ATUE NA PREVENÇÃO Encaminhe para vacinação anti-amarílica indivíduos que viajarão para áreas endêmicas, com pelo menos 10 dias antes da viagem (revacinação a cada 10 anos). Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. 24 FEBRE MACULOSA Como suspeitar: Febre, mialgia, cefaléia, exantema, e /ou vasculite. Procedência ou atividade em área endêmica (região do rio Jaguari e rio Camanducaia - Pedreira, Jaguariúna, Joaquim Egídio). Contato com carrapato e /ou contato com eqüinos e capivaras e seus logradouros (período de incubação de 2 a 14 dias, média 7 dias). Como investigar: - cultura para Rickettsia rickettssia: - sangue: 2 ml de sangue em flaconete estéril. Aguardar a retração do coágulo. Adicionar meio BHI (Brain Heart Infusion) e acondicionar em freezer a -70oC. Solicitar ao NVEH para encaminhamento ao laboratório de referência. - biópsia das lesões petequiais: colocar o fragmento em flaconete estéril com 1 ml de meio de cultura BHI e acondicionar em freezer -70oC. Solicitar o material no NVEH. (solicitar o exame cultura para Rickettsia). Sorologia para febre maculosa: Solicitar 02 amostras com intervalo de 10-14 dias. Colher 10 ml em tubo seco e encaminhar ao MT Laboratório ( FICHAS EM ANEXO). Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. 25 FEBRE TIFÓIDE Como suspeitar: Paciente com febre persistente, acompanhada ou não dos seguintes sintomas: cefaléia, queda do estado geral, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas) diarréia ou constipação intestinal, hepatoesplenomegalia. Antecedentes epidemiológicos de ingestão de água ou alimentos com risco de contaminação com material fecal ou contato com caso confirmado. Manifestações leves e atípicas podem ocorrer. Como investigar: Hemoculturas (de preferência nas duas primeiras semanas de doença) (HEMO - 3 amostras). Coprocultura (colher entre a 2ª e 4ª semana de doença) (COPROROT). Reação de Widal (WIDAL): 2 amostras com intervalo de 15 dias. Hemograma, perfil hepático. Sorologia colher 10 ml, enviar ao MT Laboratório com xérox da notificação e impressos específicos. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. HANSENIASE Como suspeitar: Lesões de pele com alteração de sensibilidade (anestesia, parestesias, manchas hipocrômicas, com ou sem diminuição da sudorese e rarefação de pelos; placas eritematosas, eritematohipocrômicas, bem delimitadas, hipo ou anestésicas com comprometimento de tronco nervoso; Lesões pré faveolares (eritematosas planas com centro claro). 26 Lesões faveolares (ertematopigmentares de tonalidade ferruginosa ou pardacentra) apresentando alterações de sensibilidade; Eritema e infiltração difusos, placas eritematosas infiltradas e de bordas mal definidas, tubérculos e nódulos, madarose, lesões de mucosa, com alteração de sensibilidade. Acometimento de nervo(s) apresentando espessamento neural acompanhado de alterações de sensibilidade. Como investigar: - exame dermato-neurológico do paciente; - examinar aspectos morfológicos classificação das formas clínicas; das lesões cutâneas e - realização de exame baciloscópico de linfa como exame complementar para classificação de casos em MB ou PB; - exame histopatológico é indicado como suporte na elucidação diagnóstica e em pesquisas HANTAVIRUS Como suspeitar: Síndrome pulmonar (febre, tosse não produtiva e dispnéia com evolução para edema pulmonar) Antecedentes epidemiológicos: contato com reservatórios (pequenos mamíferos, principalmente roedores silvestres que excretam o vírus através da urina, fezes e saliva). Municípios com casos diagnosticados (2006): Campo Novo dos Parecis, Diamantino, Tangará da Serra e Castelo do Sonho (MT). Pacientes menores de 10 anos procedentes de áreas onde ocorreram casos confirmados com dispnéia de instalação aguda, febre, mialgia e cefaléia com ou sem tosse. Como investigar: Sorologia para Hantavírus (formulário específico do MTLaboratório, encaminhar ao MT-Lab. juntamente com a notificação. Solicitar duas amostras com intervalo de 10 a 15 dias). 27 Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. HEPATITES VIRAIS São doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado. Os principais agentes de importância clínica regional são o vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), e vírus de hepatite D (HDV). Estes vírus tem em comum a predileção pelos hepatócitos, entretanto, divergem quanto às formas de transmissão e conseqüências clínicas advindas da infecção. Como Suspeitar: Fase Aguda: Maioria dos casos deve-se ao vírus da hepatite A e B e eventualmente co-infecção com HBV/HDV na região norte. Cursa com uma fase prodrômica com astenia, febre baixa, diarréia, cefaléia, desconforto em hipocôndrio direito, náuseas e vômitos. Evoluem para fase ictérica, com hepatomegalia dolorosa, hiperbilirrubinemia com predomínio da fração direta e elevação de aminotransferases. A icterícia vai desaparecendo aos poucos, ocorrendo um período de convalescença que pode durar algumas semanas. Fase Crônica: São os casos nos quais o agente etiológico permanece no hospedeiro após seis meses do início da infecção. Os vírus B. C e D são os que têm possibilidade de cronificar. O portador crônico funciona como um reservatório perpetuando a transmissão. O indivíduo pode permanecer como portador assintomático do vírus, com uma replicação baixa e a evolução tende a ser mais benigna. Alguns indivíduos evoluem com hepatite crônica, com sinais histológicos da doença. Apresentam maior propensão para uma evolução desfavorável, com desenvolvimento de cirrose e complicações. 28 Hepatite Fulminante: Designa a insuficiência hepática no curso de uma hepatite aguda viral. Mortalidade elevada. Os vírus HBV e HAV são os mais relacionados. Como Investigar: Caso suspeito: Suspeita clínica /bioquímica Sintomático ictérico: Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sintomas como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal. Ou Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico confirmado. Sintomático anictérico: Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia e na investigação laboratorial apresente valor aumentado das aminotransferases. Assintomático: Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos cirúrgicos /odontológicos /colocação de “piercing” /tatuagem com material contaminado, por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringa ou agulha). - Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente de forma clínica e evolutiva do caso índice. - Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro igual ou superior a três vezes o valor máximo normal destas enzimas, segundo o método utilizado. Caso Confirmado: Hepatite A: Indivíduo caso suspeito + anticorpo da classe IgM contra o vírus da hepatite A (anti-HAV IgM) Hepatite B: Indivíduo caso suspeito + HBsAg reagente, HbeAg reagente, Anti HBc IgM reagente, DNA do HBV reagente. Hepatite C: Indivíduo caso suspeito + anti HCV reagente e PCR HCV 29 positivo. Hepatite D: Indivíduo portador crônico do vírus da hepatite B mais anticorpo para o vírus da hepatite D. Notificação: É doença de notificação compulsória, mesmo em caso suspeito. Proceder à notificação e encaminhar ao NVE-HUJM. Os casos identificados devem ser encaminhados ao ambulatório de referência para seguimento. Infecção pelo HIV Como suspeitar: Paciente com história de emagrecimento, diarréia recorrente ou crônica, linfadenopatia, monilíase oral e/ou esofagiana, infecções recorrentes, varicela disseminada, pneumonia por P. jiroveci, câncer cervical invasivo, toxoplasmose cerebral, Criptococose extracerebral, Micobacterioses entre outros. Como investigar: Realizar sorologia através de ELISA. Não realizar teste rápido (cromatográfico) de rotina. Este exame deve ser usado apenas em gestantes no pré-parto, e em casos de acidente de trabalho. Para a confirmação diagnóstica são necessárias duas sorologias ELISA positivas e confirmação por Western Blot. Como Notificar: Só há necessidade de notificação para os casos de AIDS, conforme critérios de definição a seguir: 30 Critérios de definição de caso de AIDS em indivíduos com 13 anos ou mais. Critérios CDC adaptado Existência de dois testes de triagem reagentes ou com confirmatório para detecção de anticorpos anti-HIV + Evidencias de imunodeficiência: diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de AIDS + Contagem de linfócitos T CD4+ < 350/mm3 e/ou Critérios Rio de Janeiro/Caracas Existência de dois testes de triagem reagentes ou um confirmatório para detecção de anticorpos anti HIV + Somatório de, pelo menos, 10 pontos, de acordo com uma escala de sinais, sintomas ou doenças e/ou Critérios excepcional óbito Existência de AIDS/SIDA (ou termos equivalentes) em algum campo da declaração de Óbito + Investigação epidemiológica inconclusiva Ou Menção de infecção pelo HIV (ou termos equivalentes) em algum campo Da declaração de Óbito, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo 31 HIV + Investigação epidemiológica inconclusiva Critérios de definição de caso de AIDS em indivíduos menores de 13 anos. Critério CDC adaptado Evidencia laboratorial da infecção pelo HIV em crianças, para fins de vigilância epidemiológica. + Evidencia de imunodeficiência Diagnostico de pelo menos duas doenças indicativas de AIDS de caráter leve e/ou Diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de AIDS de caráter moderado ou grave e/ou Contagem de linfócitos T CD4 + menor do que o esperado para a idade atual Ou Critérios excepcional Óbito Menção de AIDS/SIDA (ou termos equivalentes) em algum dos campos de declaração de Óbito + Investigação epidemiológica inconclusiva Ou Menção de infecção pelo HIV (ou termos equivalentes) em algum dos campos da Declaração de Óbito, em além de Doença(s) associada(s) a infecção pelo HIV 32 + Investigação epidemiológica inconclusiva - Informações disponíveis nos Manuais do Ministério da Saúde e no site www.aids.gov.br - Todos esses manuais já foram fornecidos aos Departamentos. Se necessário solicitar novo exemplar ao NVE-HUJM. HIV EM GESTANTES Como suspeitar: Independente de quadro clínico, TODA GESTANTE DEVE SER TESTADA NO PRÉ-NATAL PARA O HIV. Como Investigar: É recomendada a realização de teste anti-HIV, com aconselhamento e com consentimento, para todas as gestantes na primeira consulta de pré-natal e sempre que possível, a repetição da sorologia para HIV no início do 3º trimestre, utilizando testes rápidos, se necessário. As mulheres que apesar de testadas, chegarem ao momento do trabalho de parto sem o resultado da sorologia realizada, aconselhar e realizar o diagnóstico na maternidade, utilizando testes rápidos anti-HIV. Profilaxia da transmissão vertical do HIV: Profilaxia da transmissão vertical do HIV: esquema do PACTG 076 a) Esquema posológico da zidovudina na gestante AZT cápsulas de 100mg, via oral – a partir da 14ª semana até o parto. Dose diária: 600mg, divididos em três doses diárias de 200mg, ou 600mg, divididos em duas doses diárias de 300mg (esse esquema facilita a adesão terapêutica). b1) Esquema posológico da zidovudina na parturiente 33 Zidovudina injetável frasco ampola de 200mg com 20ml (10mg/ml) – A parturiente deve receber zidovudina endovenosa, desde o início do trabalho de parto até o clampeamento do cordão umbilical. Dose: Iniciar a infusão, em acesso venoso, individualizado, com 2mg/kg na primeira hora, seguindo infusão contínua, com 1mg/kg/hora, até o clampeamento do cordão umbilical. Diluir em soro glicosado a 5% e gotejar, conforme tabela a seguir (item b2, adiante). A concentração não deve exceder 4mg/ml. Nota: essa recomendação se refere a toda tipo de parto, incluindo cesárea eletiva, sendo que nessa situação a zidovudina intravenosa deverão ser iniciadas três horas antes da intervenção cirúrgica. Anexo I b2) Preparação da zidovudina para infusão intravenosa em 100ml de soro glicosado a 5% Peso da 40kg 50kg 60kg 70kg 80kg 90kg paciente ATAQUE (2 mg/Kg) Qtd. De Correr na primeira 8ml 10ml 12ml 14ml 16ml 18ml zidovudina hora Número 36 37 37 38 39 39 (gotas/min) MANUTENÇÃO Qtd. de AZT 4ml (1mg/Kg/ hora) Em 5ml 6ml 7ml 8ml 9ml infusão contínua 35 35 35 36 36 36 b3) Zidovudina oral – esquema alternativo recomendado em situações de não disponibilidade do AZT injetável no momento do parto 300mg de zidovudina oral no começo do trabalho de parto e, a partir de então, 300mg a cada três horas, até o clampeamento do cordão umbilical. Nota: em virtude da dificuldade de ingresso na maternidade enfrentada pelas mulheres, esse esquema deverá ser orientado a 34 todas elas, possibilitando dessa forma que, tão logo o trabalho de parto inicie, o uso da quimioprofilaxia com o AZT possa ser iniciado e, posteriormente, tenha continuidade na maternidade com a instituição do AZT intravenoso. Anexo I c1) Esquema posológico da zidovudina no recém-nascido Zidovudina, solução oral, 10mg/ml - Iniciar preferencialmente até a 2ª hora pós-parto, na dose de 2mg/kg a cada seis horas, durante seis semanas (42 dias). c2) Recomendações ao esquema posológico da zidovudina no recém-nascido 1. Administrar AZT em solução oral. Essa terapia deve ser iniciada o mais breve possível, se possível, ainda na sala de parto ou nas primeiras 2 horas após o nascimento, e ser mantida até a 6ª semana de vida (42 dias). Não existe evidência de benefício quando a administração do AZT para o neonato é iniciada após 48 horas de vida. A indicação da quimioprofilaxia após esse período fica a critério médico. 2. Os filhos de gestantes infectadas pelo HIV devem receber AZT solução oral, mesmo que suas mães não tenham recebido AZT durante a gestação e o parto. Nesses casos, o início, obrigatoriamente, deverá ser imediatamente após o nascimento (nas 2 primeiras horas). 3. Excepcionalmente, quando a criança não tiver condições de receber o medicamento por via oral, deve ser utilizado o AZT injetável, na mesma dose do esquema recomendado acima. 4. A dose de AZT apropriada para crianças prematuras, abaixo de 34 semanas de gestação, foi definida em estudo que recomenda 1,5mg/kg, IV ou 2mg/kg VO a cada 12 horas, nas primeiras 2 semanas e 2mg/kg a cada oito horas, por mais quatro semanas, se a criança nasceu com mais de 30 semanas de gestação. Nas crianças nascidas com menos de 30 semanas, espera-se quatro semanas para modificar o esquema (12). 5. Nas situações de prematuridade, se indicado, utilizar corticosteróide. 35 Notificação: Toda gestante com HIV Encaminhar a notificação ao NVE-HUJM. deve ser notificada. HIV EM RN DE MÃE HIV (+) Como Suspeitar: A maioria das crianças nascidas de mãe soropositiva para o HIV não apresenta sinais ou sintomas de infecção pelo HIV quando do nascimento. Toda criança nascida de mãe soropositiva para o HIV deve fazer o acompanhamento recomendado pelo Ministério da Saúde, até comprovar sua situação sorológica (infectada ou não). Encaminhar o RN ao ambulatório de infectologia pediátrica para acompanhamento clínico e ambulatorial especializado. Como Investigar: O diagnóstico laboratorial em crianças deve ser dividido de acordo com a faixa etária em que iniciou-se a pesquisa do diagnóstico, como as orientações a seguir (A): Crianças com idade menor ou igual a 18 meses: Infectada: A criança com 18 meses ou menos será considerada infectada quando for obtido resultado detectável em duas amostras obtidas em momentos diferentes, testadas pelos seguintes métodos: • quantificação do RNA viral plasmático – carga viral (ver algoritmo da Figura 1); ou • detecção do DNA pró-viral. Estes testes deverão ser realizados a partir de 1 mês de vida. Caso a primeira quantificação de RNA viral plasmática tenha um resultado detectável, deve ser repetida imediatamente. Se a segunda carga viral também for detectável, deve-se considerar a criança infectada com o HIV. Níveis de carga viral abaixo de 10.000 cópias/ ml devem ser cuidadosamente analisados porque podem ser resultados falsopositivos. 36 Não infectada: Considera-se não infectada a criança com idade menor que 18 meses, que tiver como resultado duas amostras abaixo do limite de detecção, por meio dos seguintes métodos: • quantificação do RNA viral plasmático - carga viral (ver algoritmo da Figura 1); ou • detecção do DNA pró-viral e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo uma delas após o 4º mês de vida; e • teste de detecção de anticorpos anti-HIV não reagente após os 12 meses. Crianças com idade maior ou igual há 18 meses: Infectada Em crianças com idade maior que 18 meses, o diagnóstico será confirmado por meio da realização. de um teste de triagem para detecção de anti-HIV 1 e anti-HIV-2 e pelo menos um teste confirmatório (ver figura 2 a). Em caso de resultado positivo, uma nova amostra deverá ser coletada para confirmar a positividade da primeira amostra. Informações mais detalhadas podem ser obtidas consultando-se a Portaria de no 59/GM/MS, de 18 de janeiro de 2003, disponível no website aids.gov.br. Em casos especiais, na impossibilidade de realização de diagnóstico laboratorial convencional, este diagnóstico também pode ser realizado utilizando-se o algoritmo de testes rápidos (fig. 2b). Nesta situação, são usados 2 testes em paralelo. As amostras que apresentarem resultados positivos nos dois testes rápidos terão seu resultado definido como “Amostra positiva para HIV”. Em casos de resultados discordantes nos dois primeiros ensaios, deverá ser realizado um terceiro. Teste rápido. Quando o terceiro teste apresentar resultado positivo, a amostra será considerada “positiva para HIV”. Não infectada 37 • Quando houver uma amostra não reagente em testes de detecção para anticorpos anti-HIV; ou. • Uma amostra negativa em dois testes rápidos. Em caso de resultados discordantes nos dois primeiros ensaios, realiza-se um terceiro teste rápido. Quando este terceiro teste resultar negativo, considera-se a amostra “negativa para o HIV”. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR Como suspeitar Indivíduo com processo ulcerativo cutâneo com lesão arredondada de bordas elevadas e infiltradas, fundo granuloso com ou sem exsudato, processo ulcerativo crônico (cutâneo ou mucoso), ou lesões verrucosas, tuberosas ou vegetantes. Como investigar Exames parasitológicos * Exame direto (esfregaço da lesão, imprint por aposição) * Histopatológico (biópsia da lesão) * Intradermorreação de Monte Negro Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. LEISHMANIOSE VISCERAL Como suspeitar: Indivíduo proveniente de hepatoesplenomegalia febril. área endêmica com Como investigar: Aspirado de material de medula óssea e cultura em meio NNN (avisar a e retirar o meio de cultura na microbiologia). HMG: pode evidenciar pancitopenia; VHS, EFP. Sorologia p/ leishmaniose: solicitar no MT - Laboratório. Intradermorreação de Montenegro. 38 Imunofluorescência indireta. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. LEPTOSPIROSE Como suspeitar: Paciente com febre, mialgia (principalmente na panturrilha), vômitos, calafrios, diminuição do volume urinário, hiperemia conjuntival e icterícia. Formas oligossintomáticas podem ocorrer. Antecedentes epidemiológicos de risco: exposição a enchentes ou outras coleções hídricas potencialmente contaminadas (córregos, fossas, lagos, rios); atividades profissionais como coleta de lixo, limpeza de córregos, trabalha com água e esgotos, tratadores de animais; presença de animais (roedores) infectados nos locais freqüentados. Como investigar: Exames Específicos: sorologia para Leptospirose (formulário específico do MT-Laboratório, encaminhar ao MT-Lab. juntamente com a notificação. Solicitar sempre duas amostras com intervalo de 10 a 15 dias). Exames Inespecíficos: perfil renal, perfil hepático, coagulograma, perfil eletrolítico. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. MALÁRIA Como suspeitar: Paciente com febre sem outro diagnóstico definido. Tenha estado nos últimos 14 meses em área, onde há transmissão de malária. Tenha tido malária nos últimos três anos. 39 Em todos os pacientes febris procedentes da região Amazônica, ainda que lá tenham estado apenas por poucas horas. Com investigar: Entrar em contato com o laboratório para realização de gota espessa, para pesquisa de protozoários. Como notificar: Em caso de suspeita, notifique ao NVE-HUJM pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (ramal 7253). Aos finais de semana e à noite, comunique pelo telefone 9207-2436. PARALISIA FLÁCIDA AGUDA OU PFA Como suspeitar: Fraqueza muscular progressiva, precedida em horas ou dias por distúrbios sensitivos. 2/3 dos casos os pacientes não conseguem andar. 20% dos casos a paralisia é completa. Quando é simétrico e ascendente Nervos cranianos podem ser afetados. Exame neurológico - fraqueza muscular abolição dos reflexos profundos e graus variados de atrofia. SGB (Guillain-Barré) é a causa mais comum de PFA. Como investigar: O diagnóstico é eminentemente clínico LCR (dissociação proteino-citológica) Eletroneuromiografia Fezes - colher duas amostras de fezes com intervalo de 24 horas (pedido do MT-Laboratório). Necessita contato telefônico prévio com o MT - Laboratório. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite 40 (Cel. – 9207-2436). PESTE Como suspeitar: * Paciente que apresenta quadro agudo de febre pertencente a um foco natural de peste, que evolua com adenite (“sintomático ganglionar”): * Paciente proveniente de área com ocorrência de peste pneumônicas (de 1 a 10 dias) que apresente febre e/ou manifestações clínicas da doença, especialmente sintomatologia respiratória. Como investigar: Mediante o isolamento e a identificação da Y. pestes em amostra de aspirado de bubão, escarro e sangue. • Imunofluorescência • Sorologia por técnica de emaglutinação, Elisa. Comunicar ao LACEN (formulário específico do MT - Laboratório, encaminhar ao MT-Lab; juntamente com a notificação). Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel. – 9207-2436). POLIOMIELITE Como suspeitar: A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por quadro de paralisia flácida, de início súbito instala-se subtamente e a evolução desta 41 manifestação, frequentemente, não ultrapassa três dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflixia no segmento atingido. Paciente que apresenta um quadro de paralisia flácida, de inicio súbito em menores de 15 anos, independente da hipótese de diagnostico de poliomielite ou toda hipótese diagnostica de poliomielite, em pessoas de qualquer idade. O diagnóstico diferencial da poliomielite deve ser feito com polineurite pós-infecciosa e outras infecções que causam paralisia flácida aguda. As principais doenças a serem consideradas no diagnóstico diferencial são: síndrome de Guillain-Barré (SGB), mielite transversa, meningite viral, meningoencefalite e outras enteroviroses (Echo tipo 71 e coxsackie, especialmente do grupo A tipo 7). Para o adequado esclarecimento diagnóstico, a investigação epidemiológica e a análise dos exames complementares são essenciais. Instalação da paralisia 24 a 28 horas Desde horas até 10 dias Desde horas até 4 dias Febre ao início Alta. Sempre presente no início da paralisia, desaparece no dia seguinte. Não é freqüente Raramente parece Aguda, assimétrica, principalmente proximal. Geralmente aguda. Paralisia Reflexos osteotendino-sos profundos Diminuídos ou ausentes Globalmente ausentes Ausentes em membros inferiores. Sinal de Babinsky Ausente Ausente Presente Sensibilidade Grave mialgia Parestesia, hipoestesia Anestesia de MMII com nível sensitivo Sinais de irritação meníngea Geralmente presentes Geralmente ausentes Ausentes Comprometi-mento de nervos cranianos Somente nas formas bulbares Pode estar presente Ausente Simétrica distal. 42 Aguda, simétrica em membros inferiores. Somente nas formas bulbares Em casos graves, exarcebada por pneumonia bacteriana. Em geral torácica, com nível sensorial Líquido cefalorraquidiano Inflamatório Dissociação proteino-citológica Células normais ou elevadas; aumento moderado ou acentuado de proteínas Disfunção vesical Ausente Às vezes transitória Presente Velocidade de condução nervosa Normal ou pode-se detectar apenas redução na amplitude do pontecial da unidade motora Redução da velocidade de condução motora e sensitiva Dentro dos limites da normalidade Presença ou não de fibrilações e pontas positivas. Potencial da unidade motora pode ser normal ou neurogênico. Dentro dos limites da normalidade. Insuficiência respiratória Presença ou não de fibrilações Eletromiografia (EMG) Potencial da unidade motora com longa duração e aumento da amplitude Como investigar: Fezes - colher duas amostras de fezes com intervalo de 24 horas até o 14ºdia do início da deficiência motora (pedido do MT-Laboratório), para pesquisa de Poliovírus. Necessita contato telefônico prévio com o MT – Laboratório. Exames complementares Líquor – Coletado na fase aguda do quadro clínico, deve ser enviado ao laboratório de referência em tubo estéril, em volume de aproximadamente 2 ml. O LCR deve ser conservado em freezer e transportado congelado em caixas térmicas contendo gelo seco ou gelo reciclável. Eletromiografia – Os achados e o padrão eletromiográfico da poliomielite são comuns a um determinado grupo de doenças que afetam o neurônio motor inferior. Anatomopatologia – O exame anatomopatológico do sistema 43 nervoso não permite o diagnóstico de certeza, pois não há alterações patognomônicas. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253). Final de Semana e à Noite (Cel. – 9207-2436). RAIVA Profilaxia da Raiva Humana (Manual Técnico do Instituto Pasteur - 1999) CUIDADOS COM O FERIMENTO Limpeza do ferimento: com água corrente abundante e sabão ou outros detergentes; deve ser realizado o mais rápido possível; caso não tenha sido efetuada no momento do acidente, deverá ser realizada no momento da consulta, qualquer que tenha sido o prazo transcorrido. A limpeza deve eliminar todas as sujidades e, em seguida, devem ser utilizados anti-sépticos que inativem o vírus da raiva (como PVPI). A sutura das lesões deve ser realizada se houver risco de comprometimento funcional, estético ou de infecções, pois aumenta o risco de infiltração do vírus nas terminações nervosas. O soro anti-rábico, quando indicado, deve ser infiltrado no local ferido uma hora antes da sutura. É necessário avaliar a necessidade de profilaxia do tétano, de acordo com a norma vigente, e de antimicrobianos para a prevenção de infecções secundárias. EXPOSIÇÃO A CÃES E GATOS A INDICAÇÃO DO TRATAMENTO PROFILÁTICO DA RAIVA DEPENDE - da situação clínica do animal no momento da exposição, - da possibilidade de sua observação e de seus hábitos de vida. - da situação da raiva na área geográfica de sua procedência e da gravidade da lesão. 44 SITUAÇÃO CLÍNICA EXPOSIÇÃO DO ANIMAL NO MOMENTO DA - animal com sinais suspeitos de raiva, o tratamento profilático do paciente imediato e o animal submetido à eutanásia e seu encéfalo (inteiro ou fragmentos) deve ser encaminhado para análise laboratorial. O resultado negativo da prova de imunofluorescência para raiva permite a suspensão do esquema profilático. - animal sadio, a conduta dependerá da observação clínica do animal. EXPOSIÇÃO A OUTROS ANIMAIS - O paciente deve iniciar o tratamento profilático da raiva, o mais rápido possível, em caso de acidente com morcego ou eqüídeo. - No caso de acidente com outros animais de alto e médio risco é indicada a eutanásia, quando possível, e o encaminhamento do encéfalo do animal para pesquisa laboratorial do vírus da raiva. O início do tratamento profilático do paciente pode ser retardado, no máximo em 48 horas após o acidente, para se aguardar o resultado, desde que o animal não apresente sinais da doença. Se não for possível obter o resultado nesse período, o tratamento deve ser iniciado, e posteriormente suspenso, caso seja negativo. - Se não houver possibilidade de realizar avaliação laboratorial, o paciente deve receber o esquema de tratamento profilático indicado. - A observação de animais é uma conduta válida apenas para cães e gatos, para os quais são conhecidos os períodos de incubação e transmissão da doença. Até o presente, esta conduta não pode ser adotada para nenhum outro animal visando à introdução ou suspensão do tratamento anti-rábico. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite 45 (Cel. – 9207-2436). RUBEOLA ADQUIRIDA Como suspeitar: Exantema máculopapular e/ou linfoadenopatia (retroauricular e occipital). Normalmente acompanhado de febre, em geral baixa. Como investigar: Solicite sorologia código RUB e encaminhe ao MT-laboratório do IgG e IgM por método ELISA. Como prevenir: Institua precauções para transmissão por gotículas Encaminhe os comunicantes para orientação e imunizações se necessário. Encaminhe para vacinação crianças aos 15 meses de idade, adolescentes e profissionais da área de saúde. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel. – 92072436). SARAMPO Como suspeitar: Febre, exantema máculo-papular, acompanhado de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, coriza, conjuntivite, independentemente da idade ou do estado vacinal e/ou. 46 Contato com casos semelhantes. Como prevenir: Solicite sorologia para sarampo no impresso do MT-Laboratório e encaminhe ao (método ELISA-IgM) amostra única. ATUE NA PREVENÇÃO Institua precauções para transmissão por aerossóis. Encaminhe os comunicantes (atenção especial para gestantes e imunocomprometidos) para orientação e imunizações se necessário. Encaminhe para a vacinação crianças aos 9 e aos 15 meses. Como notificar Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel. – 92072436). SÍFILIS CONGÊNITA Criança cuja mãe teve sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, independente da presença de sinais, sintomas e resultados laboratoriais. Toda criança que apresentar teste não treponêmico (VDRL, RPR) positivo para sífilis e uma das seguintes condições: evidência de sintomatologia sugestiva de sífilis congênita ao exame físico. – evidência de sífilis congênita aos raios-X alteração do LCR. - título de anticorpos não treponêmico (VDRL) do RN ³ 4 x o título materno, na ocasião do parto. - evidência de elevação de títulos de ac não treponêmicos em relação ao título anterior. - positividade para ac IGM contra T.pallidium ou Toda criança com teste não treponêmico após seis meses de idade, exceto em situação de seguimento pós-terapêutico e de sífilis adquirida ou. Todo caso de morte fetal ocorrido após 20 semanas de gestação ou com peso > de 500gr, cujas mães portadoras de sífilis não foram tratadas ou tratadas inadequadamente (natimorto com 47 sífilis). Como investigar: RN - Exame Físico - LCR - Raio-x Ossos Longos - VDRL (sangue periférico). Acompanhamento do RN, VDRL: 1, 2, 3, 6 e 12 meses. Em pacientes com LCR anormal deve ser feito novo LCR de 6/6 meses. Como prevenir: Na população geral: - Informação sobre DSTs. - uso de preservativos. - diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e em seus parceiros. - tratamento imediato do caso diagnosticado e do parceiro e acompanhamento ambulatorial até cura. - realização de VDRL em mulheres com desejo de engravidar. No pré-natal - VDRL no primeiro trimestre da gestação ou na 1ª consulta e outro no início do 3º trimestre. - Tratamento imediato dos casos e parceiros. - Realizar controle de cura mensal. - Orientar o uso de preservativo. No parto - Triagem para sífilis no local do parto - VDRL em toda mulher admitida para parto ou curetagem - Realizar VDRL em amostras de sangue periférico de todos RNs de mães com VDRL reagente. Tratamento imediato dos casos de sífilis congênita, notificação e investigação. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica 48 Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel. – 92072436). SÍNDROME DA RUBEOLA CONGÊNITA Como suspeitar: Criança com catarata e/ou retinopatia cardiopatia (persistência do ducto arterial, estenose da artéria pulmonar), déficit auditivo, microcefalia. Púrpura trombocitopênica neonatal. Crescimento retardado, hepatoesplenomegalia, lesões de pele. Formas leves podem ser associadas com pouca ou nenhuma manifestação ao nascimento. Como investigar: Isolamento de vírus é de grande importância nos casos suspeitos de SRC, particularmente nos casos de abortamento e perda fetal, assim como para a determinação do tempo de eliminação do vírus da Rubéola e, portanto do período de transmissibilidade (pesquisar o vírus a partir do 4º mês) uma vez que praticamente todos os casos eliminam até o 3º mês. Isolamento viral de: Secreção respiratória - swab de orofaringe, com um swab e colocá-lo em tubo estéril, contendo caldo nutriente e antibióticos. Sangue - amostra colhida em tubo estéril com heparina (mínimo de 2 ml). LCR - colher em fraconete plástico estéril (mínimo 2 ml). Urina - deve ser fresca colhida em flaconete plástico estéril. Material de catarata - colocar em caldo nutriente com antibiótico. Amostras de tecidos, placenta ou líquido amniótico - colocar em frascos estéreis com caldo nutriente. CALDO NUTRIENTE será fornecido pelo MT-Laboratório, portanto é necessário programação da coleta. O material coletado deve ser 49 o armazenado pela microbiologia a -70 C. Sorologia para rubéola: solicitar no impresso do MT-Laboratório. Como prevenir: Profissionais da área de saúde e mulheres em idade fértil (não grávidas) devem receber vacinação se susceptíveis. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel. – 92072436). TÉTANO ACIDENTAL Como suspeitar: Contratura para-vertebral e abdominal. Trismo Pode-se apresentar de forma localizada. Espasmos musculares sem alterações do nível de consciência. Presença de ferimentos (não é obrigatória; PI 4 a 21d). Como investigar: O diagnóstico é eminentemente clínico. O diagnóstico diferencial com doenças que causam trismo, rigidez de nuca e/ou convulsões: abcessos de orofaringe, caxumba, raiva, meningites. Como prevenir: Encaminhe para vacinação crianças aos 2, 4, 6, 15 meses e aos 5 anos com a vacina tríplice; reforços com dupla adulta (difteria e tétano) a cada 10 anos. Vacinar os indivíduos com esquema vacinal incompleto em todas as oportunidades existentes (consulta, internações, pré-natal). 50 Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel – 92072436). TETANO NEONATAL Como suspeitar: Dificuldade para sugar, choro constante em decorrência de trismo. Na evolução rigidez da musculatura do pescoço, do tronco, dos músculos abdominais, aumento da temperatura corporal, sudorese, hipertensão arterial e taquicardia. A criança assume posição de boxeador, opistótono. Como investigar: O diagnóstico é eminentemente clínico-epidemiológico. Como prevenir: Encaminhe no pré-natal a gestante para vacina duplo adulto Oriente os cuidados com o coto umbilical Como notificar Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel – 92072436). TRACOMA Como suspeitar: 51 Indivíduos que apresentarem história de "conjuntivite" prolongada ou referirem sintomas oculares de longa duração (ardor, hiperemia, sensação de corpo estranho, fotofobia, lacrimejamento e secreção ocular), especialmente na faixa etária de 1 a 10 anos. Os comunicantes de casos de tracoma com sintomas de conjuntivite, também devem ser considerados suspeitos. Como investigar: Avaliação com oftalmologista (inflamação tracomatosa folicular, inflamação tracomatosa intensa, cicatrização conjuntival tracomatosa, triquíase tracomatosa, opacificação corneana). Curetar raspando o local e colocar lâmina para Clamydia (lâmina com círculo azul; retirar na microbiologia, LPC/HC-UNICAMP), transportar embrulhada em papel alumínio o mais rápido possível. Solicitar PCLAM. Sorologia; imunofluorescência feita pelo IAL Como notificar Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel – 92072436). TUBERCULOSE Como suspeitar: Pacientes com sintomas respiratórios persistentes (mais de 15 dias). Febre de origem indeterminada. Síndrome consuptiva. Como investigar: 52 Pesquisa de BAAR no escarro: - para diagnóstico inicial Bacterioscopico: Baciloscopia e cultura Radiológico; Tomografia computadorizada do tórax; Broncoscopia; Outros: prova tuberculinica cutânea (PPD); Anatomo patológico (histológico e citologico) Sorológico, Bioquímico, Biologia Molecular. - EXAME: Baciloscopia - SETOR: Micobacteriologia - MATERIAL: Devem ser coletadas duas amostras de escarro de cada paciente, para aumentar as chances de se obter um resultado positivo. Essas amostras devem ser coletadas de acordo com o seguinte esquema: Primeira amostra – coletada quando o sintomático respiratório procura o atendimento na unidade de saúde, para aproveitar a presença dele e garantir a realização do exame laboratorial. NÃO É necessário estar em jejum. Segunda amostra – coletada, na manhã seguinte do dia seguinte, assim que o paciente despertar. Essa amostra em geral, tem uma quantidade maior de bacilos porque é composta de secreção acumulada na árvore brônquica por toda a noite. - PERÍODO DE COLETA: Critério médico - ACONDICIONAMENTO: Pote descartável Boca Larga, 50 mm de diâmetro, tampa rosqueável, plástico transparente altura mínima de 40 mm. É fundamental que o nome completo do paciente e as datas de coleta sejam escritos no corpo do pote, com uma letra que possa ser compreendida por qualquer outra pessoa. - TRANSPORTE: Deve ser feito em caixa próprio, não poroso, rígido e resistente a descontaminação. Colocar os potes comas tampa bem fechadas e voltadas para cima, dentro da caixa. È recomendável colocar um dos potes dentro de um saco plástico por questão de biossegurança. Desse modo, em caso de extravasamento da amostra, o risco biológico fica limitado ao saco plástico e não se espalha por toda a caixa. Acondicionar as 53 solicitações correspondentes, dentro de um envelope protegido com um saco plástico bem fechado por questão de biossegurança. Desse modo, em caso de extravasamento da amostra, o risco biológico fica limitado ao saco plástico e não se espalha por toda a caixa; Acondicionar as solicitações correspondentes, dentro de um envelope protegido. Com um saco plástico bem fechado, e envia-los junto com a caixa de transporte de amostras para o laboratório. Como prevenir: No ambiente hospitalares precauções para transmissão aérea (quartos privativos de preferência com pressão negativa, uso de máscara N95 para o profissional e uso de máscara comum para os pacientes quando não estiverem em isolamento). Encaminhe os contatos para investigação nas unidades básicas de saúde. Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel – 92072436). Precauções na prevenção de reações adversas Pesar o paciente em toda consulta e ajustar dose Monitorar o perfil hepático (AST,ALT, bilirrubinas), ácido úrico, uréia, creatinina Investigar durante a consulta a percepção para cores de pacientes em uso de EMB Teste de acuidade visual e teste para percepção de cores em pacientes recebendo EMB Realizar audiometria em pacientes em uso de aminoglicosídeos. Prescrever Piridoxina 10mg/dia para pacientes em uso de INH com outros fatores de risco para neuropatia periférica (HIV, diabetes, etilismo, gestação) Reintrodução das drogas após reações adversas Droga INH Dia 1 50 mg Dia 2 300mg 54 Dia 3 300mg RMP PZA EMB SM 75 mg 250mg 100mg 125 mg 300mg 1g 500 mg 500mg Dose plena Dose plena Dose plena Dose plena Como notificar: Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel – 92072436) ATENÇÂO VOCÊ SE ACIDENTOU COM MATERIAL DE RISCO BIOLÓGICO? SAIBA COMO PROCEDER Cuidados locais: Lesões em pele: - Lavagem exaustiva com água e sabão. - Não friccionar nem escovar o local para não aumentar a área de lesão. - Não utilizar soluções alcoólicas. Lesões em mucosa - Lavagem com solução fisiológica ou água. Coleta de amostras para investigação: Paciente-fonte conhecido • Exames laboratoriais - Exames sorológicos - Exames para detecção viral não são recomendados como testes de triagem e rotina - Considerar o uso de testes rápidos - Se o paciente-fonte não apresentar resultado laboratorial reagente para infecção pelo HIV / HBV /HCV no momento do acidente, testes 55 adicionais da fonte não estão indicados nem exames de follow-up do profissional acidentado. • Caso a condição sorológica do paciente-fonte seja desconhecido (p.ex. óbito, transferência hospitalar), considerar possíveis diagnósticos clínicos, presença de sintomas e história de comportamentos de risco para a infecção. • Não está indicada a testagem das agulhas que provocaram o acidente. A confiabilidade do teste é desconhecida e a realização deste procedimento pode trazer risco para quem vai manipular a agulha. Fonte desconhecida • Avaliar a probabilidade de alto risco para infecção – p.ex. prevalência da infecção naquela população, local onde o material perfurante foi encontrado, procedimento ao qual ele esteve associado, presença ou não de sangue, entre outros. Profissional exposto - Exames sorológicos: Solicitar anti-HIV, HBsAg, anti-HCV Procure atendimento imediato** Comunicar imediatamente o Sistema de Vigilância Epidemiológica Hospitalar pelo meio mais rápido possível, no dia do atendimento (NVE/HUJM - ramal: 7253) Final de Semana e à Noite (Cel – 92072436). Obs.: Obter informações no NVE para do CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho). 56 CRIES - CENTRO DE REFERÊNCIA EM IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS Objetivos Os CRIEs colocam à disposição dos setores público e privado, imunobiológicos não disponíveis na rede básica, seguindo critérios de indicação do Ministério da Saúde. Fornecem e aplicam além de ser referência para discussão, orientação e indicação dos imunobiológicos. Procedem a avaliação e acompanhamento de prováveis eventos adversos associados às vacinas. Participam de pesquisas realizadas na área, que contribuem para o conhecimento e ampliação das indicações, de novos esquemas e da otimização do uso dos imunobiológicos. Dos CRIEs também é função, oferecer aprimoramento e reciclagem de recursos humanos em imunizações. Indicações Basicamente, podem ser incluídas nos seguintes grupos: a) profilaxia pré e pós-exposição a agentes infecciosos, em determinadas situações de risco: por exemplo, vacina contra a varicela em surtos hospitalares de varicela e imunoglobulina humana contra hepatite B após acidentes pérfuro-cortantes em não vacinados; b) substituição de outros produtos disponíveis normalmente, 57 quando não podem ser utilizados devido a hipersensibilidade ou eventos adversos: por exemplo, vacina DTP acelular, vacina contra a raiva de cultivo celular, imunoglobulinas humanas específicas; c) imunização de crianças e adultos com imunocomprometimentos: por exemplo, vacina inativada contra a poliomielite. Segue abaixo a relação de imunobiológicos disponíveis e suas indicações nos CRIEs: IMUNOBIOLÓGICO INDICAÇÃO Imunoglobulina humana anti-hepatite B - Vítima de abuso sexual Acidente Pérfuro Cortante c/ HbsAg+ Contato sexual de caso agudo de Hepatite B RNs de mães HIV+ e c/ HbsAg+ RNs de mães HbsAg+ c/ peso > 2000 gr Imunoglobulina humana anti-rábica - Pessoas c/ teste ao soro anti-rábico positivo - Pessoas c/ reação de hipersensibilidade após qualquer soro heterólogo Imunoglobulina humana anti-varicela zoster - Comunicantes suscetíveis à varicela caso sejam: Imunocomprometidos Gestantes RNs de mães nas quais a varicela surgiu nos últimos 5 dias de gestação ou nos 2 dias pós parto - RNs prematuros ³ 28 semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela - RNs c/ < de 28 semanas ou <1000gr ao nascimento, independente da história materna Imunoglobulina humana antitetânica - Pessoas c/ teste ao soro anti-tetânico positivo - Pessoas c/ reação de hipersensibilidade após qualquer soro 58 heterólogo Vacina contra hepatite B - Contato domiciliar de portadores de HbsAg+ ou doentes c/ hepatite B crônica - Pacientes c/ risco transfusional múltiplo - Doadores regulares de sangue - Pacientes em uso de hemodiálise - Pessoas HIV+ ou imunocomprometidos - Transplantados - RNs de mãe HbsAg+ (primeiras 12 h pós parto) Vacina contra hepatite A - - Hepatopatas crônicos suscetíveis à hep. A - - Portadores dos vírus das hepatites B e C Vacina anti-rábica de cultivo celular - Pessoas que apresentem eventos aversos à vacina FuenzalidaPalácios (FP). - Pacientes imunocomprometidos c/ acidente de risco p/ raiva. - Profissionais de risco sem título protetor após esquema c/ FP e reforços. DPT acelular - Após alguns eventos adversos graves c/ DPT. - Esquema completo p/ crianças c/ doença neurológica estável. Vacina de vírus inativado contra poliomielite Suscetíveis: - Crianças c/ imunodeficiência congênita ou adquirida - Criança em contato domiciliar c/ imunodeficientes - Transplantados de medula óssea. 59 Vacina contra Pneumococo - Adultos e crianças >s de 2 anos c/ doença pulmonar ou cardiovascular crônicas graves, IRC, diabetes melitus insulinodependentes, cirrose hepática, hemoglobinopatias. - Imunodeficiência congênita ou adquirida. - Fístula liquórica. - Asplênicos. Vacina contra Haemophilus influenza tipo B - Crianças < 5 anos c/ cardiopatia ou pneumopatia crônicas graves. Menores de 18 anos asplênicos e hemoglobinopatias. Menores de 18 anos c/ imunodeficiência congênita ou adquirida. Transplantados de medula óssea em qualquer idade. Vacina contra influenza - Adultos e crianças c/ doença pulmonar ou cardiovascular crônicas graves, IRC, diabetes melitus insulino-dependente, cirrose hepática, hemoglobinopatias. - Imunodeficiência congênita ou adquirida. - Profissional de saúde ou familiares em contato c/ pacientes citados anteriormente. Vacina contra varicela - Imunocomprometidos nas indicações da literatura inclusive crianças HIV+. - Profissionais de saúde e familiares suscetíveis em contato c/ imunodeficientes. - Pessoas suscetíveis em pré-transplante de órgãos sólidos - Pessoas suscetíveis imunocompetentes internadas onde haja caso de varicela. - Vacinação antes de quimioterapia, em protocolos de pesquisa. 60 PROCEDIMENTOS PARA COLETA, ACONDICIONAMENTO TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS - MT laboratório. AGRAVO EXAME SETOR ELISA/ MEIA HIV IFI CD4/CD8 PERÍODO DE COLETA Soro ou Plasma. 3 meses após exposição. HIV Volume mínimo: 1,5ml W.BLOT HIV MATERIAL HIV Sangue Total (EDTA) Confirmatório Carga Viral RAIVA ARPERGILOS E CITOMEGAL O-VIROSE COCCIDIOID O-MICOSE COQUELUCH E HIV Volume mínimo: 1,5ml Tubo de ensaio 12X75mm com tampa. Manter em temp. entre 4 a 8ªC Confirmatório O critério médico Plasma* HIV ACONDICIONAMENTO A critério médico. Tubo de ensaio à vácuo, tampa roxa, armazenada a temperatura ambiente ( 20-25 ºC ) e protegida da luz. Não refrigerar, Não congelar Alicotar 1mL de plasma em dois micro tubos estéreis (livres de RNAse e DNAse) E TRANSPORTE Caixa térmica com gelo reciclável (4 a 8ªC), anexar ficha de investigação específica. Caixa apropriada para envio de amostra sem Gelo. CD4/CD8= enviar a amostra para ser analisada em até 24 hs, e apenas serão recebidas se não estiverem geladas ou congeladas, hemolisadas, coaguladas. Caixa térmica com Gelo Seco anexar ficha de investigação específica. Manter em temperatura 70ºC * Coleta a vácuo em tubo estéril e livres de RNAse e DNAse , ainticoagulante EDTA, Separar o plasma no Maximo até 4 horas após a coleta (2.500RPM/15min). Microtécnica Soro Caixa térmica com Gelo de soro Manter em temperatura Seco anexar ficha de neutralização Virologia Suspeita Clínica Volume -20ºC investigação específica em cultivo Mínimo: 1 mL (SINAN). celular. ** ** Exame realizado em laboratório de referência Instituto Pasteur. Fragmentos de Caixa térmica com gelo cérebro do animal Isolamento Saco plástico ou reciclável. (remessa Virologia suspeito ou Suspeita Clínica. Viral recipiente lacrado imediata) fragmento do Ficha do SINAN. cérebro humano. Tubo de ensaio 12X75 Caixa térmica com gelo Imunodifusão Soro mm com tampa. reciclável e anexar ficha Virologia Suspeita Clínica Dupla Volume: 1mL Temperatura entre de investigação específica 4 a 8º C (SINAN) Caixa térmica com gelo Pesquisa de Soro Manter em temperatura reciclável e anexar ficha Virologia O critério médico. de investigação específica IgM e IgG Vol.: 1,5 mL 20ºC (SINAN) Tubo de ensaio 12X75 Caixa térmica com gelo Imunodifusão Soro Início dos mm com tampa. reciclável e anexar ficha Virologia Dupla Volume: 1mL Sintomas Temperatura entre 4ª - 8º de investigação específica C (SINAN) Swab de Caixa apropriada para nasofaringe Cultura para Temperatura ambiente. Fase aguda semeado em transporte, sem gelo, Coqueluche Incubar em jarra com Bacteriologi (início) ou até 3 meio de Regan enviar ficha de pesquisa de chumaço de algodão em a dias de Lowe com investigação. Discriminar Bordetella estufa a 37ºC por no antibioticoterapia. cefalexina. se o material é de doente pertussis máximo 24h. (fornecido pelo ou comunicante. LACEN) OBS.: Coletar apenas em uma narina; Introduzir um swab ultrafino de haste flexível e estéril (alginatado) até a parede posterior da nasofaringe mantendo-o por 10segundos, retirar o swab em movimentos rotatórios. Após a coleta proceder à semeadura do material no meio de transporte Regan Lowe com cefalexina imediatamente (Tubo) e introduzir o swab até o fundo do mesmo. 61 DIFTERIA DENGUE fase aguda DENGUE Fase convalescent e DENGUE DOENÇA DE CHAGAS FEBRE AMARELA FEBRE TIFÓIDE FEBRE MACULOSA HANTAVIROS E HEPATITES VIRAIS Swab de Caixa apropriada para nasofaringe, Temperatura ambiente. transporte, sem gelo, Fase aguda orofaringe Incubar em jarra com Bacteriologi (início) ou até 3 enviar ficha de semeado em chumaço de algodão em a dias de investigação. Discriminar meio de PAI. estufa a 37ºC por no antibioticoterapia. se o material é de doente (fornecido pelo máximo 24h. ou comunicante. LACEN) OBS: coletar a secreção oral, com swab estéril, ao redor da garganta, amigdalas, úvula e toda a região da garganta. O swab deve ser passado cuidadosamente ao redor das lesões para evitar o deslocamento da placa. No caso de secreção nasal, utilizar o mesmo swab para as duas narinas. Introduzi-lo suavemente até a nasofaringe, girando-o posteriormente. Após a coleta proceder a semeadura do material no meio PAI imediatamente. Soro (Sangue total), deixar Caixa térmica com Gelo Isolamento ocorrer a retra Temperatura de Seco ou nitrogênio líquido Virologia 1º ao 5º dia. Viral ção do coagulo -70ºC anexar ficha de de 2 a 4 h, tem investigação específica. peratura 4ºC. Soro (Sangue total), deixar Caixa térmica com Gelo ocorrer a retra Após 5 dias do Seco ou gelo reciclável Pesquisa Temperatura de ção do coagulo início do Virologia IgM/IgG -20ºC anexar ficha de de 20 a 30 min, exantema investigação específica. em temperatura ambiente. Soro (Sangue total), deixar ocorrer a retra 14º a 30º dias (14 Caixa térmica com gelo Pesquisa Temperatura de Virologia ção do coagulo a 21 dias após 1ª reciclável anexar ficha de IgM/IgG -20ºC de 20 a 30 min, coleta) investigação específica. em temperatura ambiente. Caixa térmica com Ge lo Isolamento Temperatura de Virologia Vísceras Tão cedo quanto Viral -70ºC Seco ou nitrogênio líquido possível (ideal < anexar ficha de 8 horas; no investigação específica. Histopatologia máximo <24 Caixa apropriada para / Detecção de Virologia Vísceras Em formalina tamponada horas após o transporte, sem gelo, Antígeno óbito) enviar ficha de inves tigação. Observação: Recomenda-se fazer a 1ª coleta de sangue na primeira consulta do paciente, e a coleta da 2ª amostra quando solicitada pelo laboratório, 14 a 21 dias após a 1ª coleta. Cultura para Difteria pesquisa de Corynebacteri um diphtheriae Hemaglutinação ELISA Imunoparasi -tologia Soro. O critério médico. Volume: 2mL Soro. Tubo de ensaio tampado. Manter em temperatura ambiente. Caixa térmica com gelo reciclável Após o 5º dia do Caixa térmica com gelo Pesquisa de Manter o soro em Virologia início dos reciclável anexar a ficha IgM e IgG temperatura -20ºC Volume: 1,5ml sintomas. de investigação.(SINAN) OBS.: Após a coleta do Sangue Total, deixa-lo em temperatura ambiente por 20 a 30 minutos para permitir a retração do coagulo; Centrifugar a 1.500RPM durante 10 min para separar somente o soro. Caixa apropriada para Frasco com meio 1ª Semana dos transporte de amostra Hemocultura Virologia Sangue enriquecido. Sintomas sem gelo (Remessa Temperatura ambiente. imediata). 2ª e 3ª Semana Coprocultura Virologia Fezes Swab em meio Cary-blair. Temperatura ambiente Sintomas Caixa apropriada para transporte com gelo Tubo estéril Tempera tura R.Widal Virologia 1mL de soro 2ª Semana entre 4 à 8º C reciclável anexar ficha do SINAN Soro/Plasma. Caixa térmica com Gelo Seco e anexar ficha de Volume: 5 mL investigação específica Manter o soro/plasma em (SINAN). Pesquisa de Virologia O critério médico. temperatura entre -20ºC Deve-se ter 2 As amostras devem IgM e IgG** ou -70ºC*** amostras colechegar ao laboratório tadas com intercongelado e sem valo de 14 a 21 hemólise. dias ** Exame realizado em laboratório de referência (IAL). ***Acondicionar em critubos, tubos de microcentrífuga ou tubos plásticos com gel (já centrifugados); organizar em suporte próprio, envolto em sacos plástico bem vedado. VirologiaManter o soro em Caixa térmica com Gelo encaminha Soro. Após o 5º dia do temperatura -20ºC Seco ou reciclável e mento para Pesquisa de anexar ficha de início dos labo ratório IgM e IgG Volume: 1,5 ml sintomas. Lab. Referência: Inst. investigação específica de Evandro Chagas (IEC) (SINAN) referência. Hepatite A Suspeita clínica. Tubo de ensaio 12X75 Caixa térmica com gelo Virologia 1 mL de soro IgM e IgG mm com tampa. reciclável e anexar ficha 62 Hepatite B HBsAg A-HBcIgG A-HbcIgM A-HBs A-HbeAg HbeAg Hepatite C Hepatite D* PCR para HBV/ HCV Genotipagem HBV/HCV Virologia 2 mL de soro Virologia 1 mL de soro BIOLOGIA MOLECULA R Soro ou plasma (EDTA) Coleta realizada no MT Laboratório – aguardar agendamento, conforme cota disponível pelo Laboratório de referência. -70ºC por seis semanas HISTOPLASMOSE Imunodifusão Dupla Virologia Soro Volume: 1mL Início dos Sintomas HERPES Pesquisa de IgM e IgG Virologia Soro Volume: 1mL Suspeita Clínica ELISA Virologia LEPTOSPIROS E LEISHMANIOS E CANINA/ HUMANA Soro IFI Bacterioscópic o, e semeadura do liquor. MENINGITE BACTERIAN A Suspeita Clínica Volume: 1mL ELISA Imunoparasi tologia 1mL de Soro Bacteriologi a. 3ml do liquor Cultura Hemocultura 5 a 6 gotas liquor Lab. Tipo III grupo A, B eC LACEN Contraimunoe letroforese Temperatura entre 4ª 8º C Suspeita Clínica Inicio dos sintomas. Até 3 ml sangue 1ml de liquor MONONUCL E-OSES Soroaglutinação VirologIa 1 mL de Soro Início dos Sintomas. PARACOCCI DIOIDOMICO SE Imunodifusão Dupla Virologia 1 mL de Soro Início dos Sintomas Tubo de ensaio 12X75 mm com tampa. Temperatura entre 4ª 8º C Lab ref. FIOCRUZ/RJ Tubo de ensaio 12X75 mm com tampa. Temp. entre 4ª 8º C Tubo de ensaio 12X75mm com tampa. Manter temperatura de 4 a 8º C Tubo de ensaio 12X75mm com tampa. Temp. de 4 a 8º C Tubo de ensaio, estéril e seco tampado (fazer esfregaço de preferên cia no laboratório) Temp. ambiente. Meio de Agar choco late (fornecido pelo LACEN). Incubar a 36 C por 24 e/ou 48 horas Meio para hemocultura temperatura ambiente (colocar o sangue sem ainticoagulante, o meio contem) Frasco tampado estéril e seco. Manter entre 4 a 8. Tubo de ensaio 12X75mm com tampa. Temp. de 4 a 8º C Tubo de ensaio 12X75mm com tampa. Temp. de 4 a 8º C Lab ref.: FIOCRUZ ROTAVIRUS ELISA Virologia Fezes RUBÉOLA Pesquisa de IgM e IgG Virologia Soro Volume: 1mL SARAMPO Pesquisa de IgM e IgG Virologia Soro Volume: 2mL Pesquisa de IgM e IgG Virologia Soro Volume: 2mL TOXOPLASMOSE PARALISIA FLÁCIDA AGUDA (PFA) HANSENÍASE Início dos Sintomas, fazer a coleta apenas em menores de 5 anos (de acordo com o M.S.). Início do exantema até o 28º dia. Início do exantema até o 28º dia. Critério médico. em caso suspeito e informar se a amostra é do CTA ou se é Gestante. Executado pelo MTLaboratório, utilizan do-se das normas técnicas vigentes. Caixa térmica com gelo reciclável e anexar ficha de investigação específica (SINAN) Caixa térmica com gelo reciclável Caixa térmica com gelo reciclável e anexar ficha de investigação específica (SINAN) Caixa térmica com gelo reciclável. Caixa sem gelo, enviar ficha de encaminhamento da amostra. Caixa térmica com gelo reciclável. Caixa térmica com gelo reciclável e anexar ficha de investigação específica (SINAN) Frasco limpo, boca larga sem conservante, manter temperatura entre 4 a 8º C. Caixa térmica com gelo reciclável. Tubo de ensaio com tampa, mater temp. entre 4 a 8º C Tubo de ensaio com tampa, mater temp. entre 4 a 8º C Caixa térmica com gelo reciclável. e Ficha do SINAN Caixa térmica com gelo reciclável. e Ficha do SINAN Tubo de ensaio com tampa, mater temp. entre 4 a 8º C Caixa térmica com gelo reciclável. e Ficha do SINAN Recipiente tampa larga estéril, Remessa imediata Virologia 01 amostra de FEZES Início da doença manter a temperatura de 4 a 8 Caixa com gelo reciclável. ºC. Micobacteriolo Lâmina fixada à Baciloscopia Coleta de linfa* Na suspeita clínica Envelope gia temperatura ambiente (*) Nos pacientes com lesões ativas ou áreas com alterações da sensibilidade, os esfregaços deverão ser feitos em 4 sítios, segundo a ordem de prioridade a seguir: Esfregaços de dois lóbulos auriculares (LOD, LOE) - Esfregaços de cotovelo (CD, CE) Na ausência de lesões ou áreas dormentes, colher o material de 4 locais (dois lóbulos auriculares e dois cotovelos Obs.: A coleta é na pessoa, e feita uma punção com bisturi nos lóbulos e cotovelos e/ou lesão, após isquemia da região. È um exame que necessita da cooperação do paciente, pois é dolorosa e em caso de crianças, orienta-se procurar antes, um dermatologista, para que se faça antes do exame laboratorial, os testes de sensibilidade, e outros menos agressivos. Isolamento viral 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Saúde MT Laboratório FICHA CADAST RAL 2008 Dados do paciente Paciente: Sexo: M ( ) O paciente é: Amostra Idade F( ) RG: Data nasc. / Caso Suspeito ( ) Caso Controle ( ) Gestante ( ) CTA ( ) 1ª amostra ( ) 2ª amostra ( ) Anotar histórico do paciente Município : Dados Regionais Nº do IBGE ERS a que pertence: Unid. Solic.: Telefone: Data de coleta: Data: / Dados do Médico ou Enfermeiro que solicitou o(s) exame(s): Responsável: Nº CNS do Profissional solicitante Exame(s) a ser(em) Realizado(s) Marcar com “X” à esquerda do nome do exame: [ ] Hepatite B -HbSAg [ ] Hep A – A-HAV IgM [ ] Hepatite B –A-HbcIgM [ ] CMV IgG [ ] Cultura BK [ ] CMV IgM [ ] Chagas [ ] Leptospirose [ ] Raiva [ ] Hantavirose [ ] Cult. Coqueluche [ ] Febre Amarela [ ] Leishmaniose Humana [ ] Meningite [ ] Hepatite B –A-HbcIgT [ ] Dengue IgM [ ] Hepatite B –A-HbS [ ] Toxoplasmose IgG [ ] Hepatite B –A-Hbe [ ] Toxoplasmose IgM [ ] Hepatite B -HbeAg [ ] Sarampo [ ] Rubéola IgG [ ] HIV [ ] Hepatite A – HAV IgG [ ] Rotavirus [ ] Rubéola IgM ( suspeitos ) [ ] ___________________ [ ] Hepatite C – anti HCV Sigla CID= Classificação Internacional das Doenças n.º CNS ( Cartão Nacional do SUS) Cor BranPreAm B? P? A? Raça BranNegIn B? N? Outro(s) Exame(s) especificar aqui: Responsável: Telef. / E-mail: 72 I? Número CID: GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE MT LABORATÓRIO Protocolo de Entrega do Município de:___________________ Por favor, preencha as linhas abaixo com os nomes dos pacientes constantes nas fichas cadastrais Responsável pelo recebimento: ___________________________________________ Data da Entrega: ____/___/_____ Rua Thogo da Silva Pereira, 63 / Fone: (065) 3624-6095 / 3623-6404 Fax: (065) 3613-2697 / CEP 78020-500 - Cuiabá - MT e-mail: [email protected] 73 G O V E R N O D O E ST A D O D E M A T O G R O SS O S EC R ET A R IA D E ES TA D O D E SA Ú D E M T LA B O R A TÓ R IO Critérios obrigatórios para envio de amostras ao MT LABORATÓRIO Exames de Interesse Epidemiológico ( DNC) • • • • Exames de diagnóstico e monitoramento das DNC (Doenças de Notificação Compulsória), as amostras devem vir acompanhadas de Fichas de encaminhamento padrão, devidamente preenchida; Recipiente: Tubo 12x75mm, estéril, tampa de borracha; Volume da amostra: mínimo de 1,0 ml de soro para cada agravo (doença); Etiqueta deve conter: a - Procedência; b - Nome completo do paciente; c - Idade; d - Sexo; e - Exame; f - Data da coleta. Transporte de Amostra Em caixa de isopor, com gelo reciclável. Observação • Enviar junto com as amostras documento em 02 vias com a relação de nomes e os respectivos exames. Uma via será devolvida com o atestado de recebimento desta unidade. • A necessidade da ficha de encaminhamento é de critério obrigatório para o envio de amostras para Laboratórios de Referência Nacional. Exemplos: Ficha de Encam inhamento Tubo de Ensaio Procedência: Prefeitura Municipal de Cuiabá Nome: Elis Regina de melo Sexo: F Idade: 19 anos Exame: HIV Data de Coleta: 20/03/2003. Município: Cuiabá Data de Coleta: 20/03/2004 Nome: Elis Regina de Melo Sexo: F Idade: 19 anos Exames Solicitados: HIV Rua Thogo da Silva Pereira 63 / Fone: (065) 624-6095 / 623-6404 Fax: (065) 613-2697 / CEP 78020-500 - Cuiabá – MT e-mail: [email protected] C:\Documents and Settings\NUCLEO\Meus documentos\Downloads\Criterios obrigatorios para envio de amostras ao MT LABORATORIO.doc 74