UM OLHAR DIDÁTICO ACERCA DO FILME “TERRA PARA ROSE”1 CEZARIO, Sergio2; DIOTTO, Marina³; GALATTI, Jéssica4; MARTINS, André5; MONTEZEL, Letícia6; PEDON, Nelson7; SÃO JOSÉ, Gabriela8; SILVA, Leonardo9. Tutor: FUINI, Lucas10 1 Projeto de extensão realizado nas escolas de Ourinhos e Região. Licenciado em Geografia na UNESP de Ourinhos- SP. [email protected] 3 Graduanda em Geografia pela UNESP de Ourinhos. [email protected] 4 Licenciada em Geografia pela UNESP de Ourinhos. [email protected] 5 Graduando em Geografia pela UNESP de Ourinhos. [email protected] 6 Graduanda em Licenciatura e Bacharelado pela UNESP Ourinhos [email protected] 7 Professor Dr. Da UNESP Ourinhos [email protected] 8 Graduanda em Licenciatura e Bacharelado pela UNESP de Ourinhos. [email protected] 9 Graduando em Licenciatura e bacharelado pela UNESP Ourinhos [email protected] 10 Professor Doutor da UNESP Ourinhos. [email protected] 2 TODO O ACADÊMICO QUE DESEJAR ENVIAR O RESUMO EXPANDIDO, DEVERÁ TER EM SEU RESUMO UM PROFESSOR RESPONSÁVEL, NO QUAL TAMBÉM SERÁ AUTOR RESUMO O presente trabalho tem por objetivo discutir questões da geografia agrária de maneira didática através do uso do filme “Terra para Rose”, proporcionando aos alunos um debate e reflexões das questões associadas aos meios de produção e a estrutura fundiária capitalista que reproduz no espaço relações verticais e contraditórias dos latifúndios e as terras devolutas brasileiras. PALAVRAS-CHAVE: Cine- Debate; MST; Reforma Agrária. INTRODUÇÃO O documentário “Terra para Rose” mostra o início do Movimento Sem Terra (MST), que coincide com o período pós ditadura e redemocratização do país, e isso permite reflexões acerca do amadurecimento do movimento e também das forças contrárias a reforma agrária no nosso país; que no caso se personifica no congresso através da bancada ruralista; durante esses 30 anos. A atividade realizada pelo Grupo Pet em parceria com o Cacu-o, proporcionou um amplo debate abordando questões das características econômica, agrária e social do nosso país. METODOLOGIA A atividade prática do projeto compreendeu uma aula expositiva (figura 1) visando esclarecer as temáticas abordadas no decorrer do filme, visando sempre abrir o diálogo com os alunos sobre a forma como estes enxergam certos conceitos. O documentário dirigido por Tetê Moraes, produzido no ano de 1987, teve a duração de 84 minutos e após o término deste, foi realizado um debate dirigido, onde foi pontuado questões como, o Estatuto da Terra, o dia a dia dos moradores do assentamento, o enfoque que o filme dá para as mulheres e também proporcionou reflexões sobre quais foram os ganhos sociais do MST 30 anos depois e quais foram as mudanças dentro do movimento. Figura 1: Aula dialogada sobre o documentário “Terra para Rose”. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES Segundo Prado Júnior 1979, (…) A economia agrária brasileira não se constituiu na base da produção individual ou familiar, e da ocupação parcelária da terra, como na Europa, e sim se estruturou na grande exploração agrária voltada para o mercado. (...) Não se constituiu assim uma economia e classe camponesas, a não ser em restritos setores de importância secundária, e o que tivemos foi uma estrutura de grandes unidades produtoras de mercadorias de exportação trabalhadas pela mão-de-obra escrava (…). O filme trata de maneira concisa essa temática, o que proporciona de maneira didática um leque de discussão a serem trabalhadas para com os alunos, além de esses temas serem obrigatórios na grade escolar de formação e cobrados no vestibular, e para além disso buscamos uma formação social e política dos alunos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta atividade possibilitou uma grande integração entre os alunos da graduação do curso de geografia e também alunos do projeto Cacu-o (Cursinho Alterativo da Unesp Ourinhos), visto que a atividade teve a participação de toda a comunidade da Unesp Ourinhos. Além disso proporcionou uma rica contribuição conceitual e teórica da ciência geográfica como um todo, bem como as questões pontuais da geografia agrária, envolvendo questões históricas e atuais sobre a concentração fundiária e as contradições que se têm a partir desses latifúndios, bem como o uso e ocupação da terra. (Oliveira 2007) REFERÊNCIAS PRADO JR., Caio. A Questão Agrária. 4.ed. São Paulo, Brasiliense, 1979. OLIVEIRA, A. U. Modo Capitalista de Produção, Agricultura e Reforma Agrária. 1ª. ed. São Paulo: FFLCU/LABUR EDIÇÕES, 2007. v. 1. 184p. Terra para Rose. Direção: Tetê Moraes. Brasil, 1987, Colorido, 84 minutos.