WEB 2.0

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Departamento de Engenharia Informática e de Computação
Departamento de Engenharia Industrial e Gestão
Rua Dr. Roberto Frias, s/n, 4200-465 Porto, Portugal
WEB 2.0
Estudo sobre a integração das suas tecnologias nas empresas
privadas nacionais
Autores
Ana Ferreira • Carolina Gonçalves • Francisco Pinto • Filipe Rodrigues
João Fernandes • João Sousa • Renato Rodrigues
1 de Outubro de 2009
Web 2.0 – Estudo sobre a integração das suas tecnologias nas empresas privadas nacionais
Resumo
O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World
Wide Web que é uma tendência que reforça o conceito de troca de informações e
colaboração dos utilizadores com sites e serviços. Com a evolução natural da
Internet e do seu uso quotidiano, surge a crescente necessidade de se
melhorarem os serviços prestados pela mesma, bem como o interesse global em
transformar o mundo cibernético numa comunidade acessível a todos. A partir
desta necessidade, a Web amadureceu, alguns recursos que facilitam a
interacção nasceram e evoluíram, e assim se formou o conceito de "Web 2.0". A
ideia deste conjunto de tecnologias é que o ambiente on-line se torne mais
dinâmico e que os utilizadores colaborem para a organização de conteúdo.
Neste estudo pretendeu-se analisar o impacto e o nível de utilização da Web
2.0, assim como a sua integração no meio empresarial nacional. Abordando com
especial atenção as instituições que direccionam grande parte da sua actividade
às tecnologias e comparando com empresas conceituadas no panorama
português.
A partir da pesquisa nos sites Web 2.0 por algumas empresas enquadradas
em parâmetros previamente definidos chegou-se á conclusão que o nível de
aderência às tecnologias Web 2.0 para contacto com o público está bastante
abaixo do nível do encontrado no estrangeiro, com algumas empresas a usar
esses serviços sem responder ao feedback do público.
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Web 2.0 – Estudo sobre a integração das suas tecnologias nas empresas privadas nacionais
Abstract
Web 2.0 is the name given to a World Wide Web second generation trend,
characterized by the preeminence of the exchange of information and collaboration
between users and websites. The Internet is advancing everyday, while it is seen
as a quotidian need to most of the developed societies. With that, has born an
increasing need of improving its services and its available resources. In addition to
this, the idea of making the 'cybernet' accessible to everyone, is now considered to
be as being part of the international interests and concerns. Amongst all these
new ideas and interpretations, has born the Web 2.0 concept. It is nothing more
than the approaches and advances made in the name of interaction and of a closer
relationship between users and the web system. Dynamism, collaboration and a
more open-minded prespective from the users is what this 'movement' embraces
and expects for the on-line present (and future) scene.
Taking this in consideration, this report aims to describe the all idea of Web
2.0, based on its interaction with some of the most important portuguese private
institutions, focusing on some of the more technology-wise companies based on
Portugal.
Through the research in Web 2.0 websites for some private institutions that
fulfill the criteria previously chosen, this report concludes that the adoption rate to
Web 2.0 technologies for public contact is much lower than the rate found in other
countries, with some institutions using those services without responding to public
feedback.
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Agradecimentos
A
grande
generalidade
dos
conhecimentos
formais
necessários
e
requisitados como suporte base para a estruturação e execução dos elementos
visuais deste projecto foram adquiridos e fomentados no decorrer das formações
da semana exclusiva ao Projecto FEUP. Por isto, o grupo de trabalho quer desde
já traçar os mais sinceros agradecimentos à prof.ª Ana Azevedo, por nos ter
elucidado acerca da verdadeira noção de «relatório de Engenharia», fornecendo e
criando conhecimentos técnicos sem os quais este mesmo documento não se
regeria provavelmente pelas linhas oficialmente mais correctas; ao prof. Manuel
Firmino, pela sua marcante e inesquecível exposição pública no âmbito do tema
“Comunicações Eficazes”, que ao mesmo tempo que nos presenteou com uma
apresentação oral inigualável, nos formou nesse campo, alertando-nos para os
mais diversos pontos estruturantes para uma exposição positiva; e também ao
prof. Carlos Cardoso Oliveira, que apesar de nos ter guiado por uma formação
extremamente rica mas objectivamente direccionada para a execução gráfica de
posters expositivos e informativos, nos conseguiu também incutir conceitos e
noções que se revelaram e revelarão como sendo indubitavelmente úteis para
outras perspectivas de trabalho e execução visual para além do elemento do
poster.
Para além dos referidos, há também que agradecer a mais dois elementos
do corpo docente da FEUP: ao prof. Rosaldo Rosseti e ao prof. Nuno Flores. Este
último por nos ter acompanhado na fase inicial de criação, e sem o qual não teria
sido possível definir um rumo de forma tão atempada, pois foi ele que aconselhou
e guiou o grupo no seu processo de delineação, ajudando na anulação dos
contras e prossecução dos prós. Ao prof. Rosseti, agradecemos pela sua
presença na fase final do projecto, assumindo um papel também fulcral na préavaliação, nas decisões para ultimação do trabalho e na ‘limagem das últimas
arestas’.
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Por último, expomos e manifestamos a nossa gratidão ao nosso monitor do
Projecto FEUP, Tiago Fernandes, que de forma simpática se dispôs a qualquer
apoio e a qualquer hora, revelando-se uma pedra estruturante no cumprimento
dos objectivos proferidos e projectados, também pela forma inabalável e
inexorável com que nos soube não só monitorizar como também instruir.
A todos os outros, que não sendo aqui referidos, também contribuíram de
forma mais directa ou indirecta para o derrube e ultrapassagem das vicissitudes
com que nos deparámos, deixamos também aqui o devido agradecimento formal.
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Índice
1 • Introdução .......................................................................................................... 8
1.1 • Enquadramento .......................................................................................... 8
1.2 • Motivação ................................................................................................... 8
1.3 • Objectivos ................................................................................................... 9
1.4 • Estrutura do Relatório ................................................................................. 9
2 • Descrição do Problema .................................................................................... 10
2.1 • Conceito de Web 2.0 ................................................................................ 10
3 • Estado da Arte ................................................................................................. 13
4 • Trabalho do Autor ............................................................................................ 15
5 • Análises dos Resultados .................................................................................. 17
6 • Conclusões ...................................................................................................... 20
7 • Referências bibliográficas ................................................................................ 21
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Lista de figuras
1 • Percentagem do uso de determinada tecnologia, no contacto com o público . 17
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Lista de tabelas
1 • Empresas estudadas ........................................................................................ 15
2 • As empresas e o uso das tecnologias Web 2.0 ................................................ 18
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1 • Introdução
1.1 • Enquadramento
Este trabalho realiza-se no âmbito da unidade curricular Projecto FEUP do
primeiro ano dos Mestrados Integrados em Engenharia Informática e Computação
e de Engenharia Industrial e Gestão da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto (FEUP).
O tema do trabalho é a Web 2.0 e o problema atribuído ao grupo de trabalho
foi o seguinte: “Quais as instituições públicas que adoptam tecnologias Web 2.0:
Análise do impacto das tecnologias na actividade das empresas”.
1.2 • Motivação
A motivação principal para a realização deste trabalho resulta da importância
crescente da Web 2.0, que é utilizada para vários fins, sendo, possivelmente, o
marketing o principal para uma empresa. Torna-se intrigante, numa economia em
recessão, averiguar se as empresas privadas nacionais são capazes de
acompanhar o fenómeno internacional, e se não, o porquê disso suceder.
A um nível mais pessoal, o grupo interessou-se também pelo tema, pois esta
tecnologia é usada no dia a dia, mas poucos dos elementos tinham uma
perspectiva global e técnica sobre o assunto.
Será que a Internet, mais concretamente os recursos da Web 2.0, terão
algum impacto no desenvolvimento das empresas privadas nacionais? Em caso
afirmativo, será que as empresas estão a acompanhar a evolução dos tempos?
É isso que se pretende compreender com este estudo.
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1.3 • Objectivos
O objectivo deste trabalho consiste no estudo da utilização das tecnologias
ligadas à Web 2.0 nas empresas privadas em Portugal, dedicando especial
atenção às que têm contribuído para o ramo das novas tecnologias. Averiguar-seá, paralelamente, o impacto que a utilização destas tecnologias é capaz de
acarretar no mundo de mercado cada vez mais internacional e social em que
estas empresas se inserem. Pretende-se compreender não apenas o tema em
questão, mas também dar a conhecer um pouco mais sobre a Web 2.0.
1.4 • Estrutura do Relatório
Este relatório encontra-se dividido em seis capítulos, dos quais o primeiro é
composto pela presente introdução ao trabalho
No segundo capítulo, é explicado o problema abordado pelo grupo e,
adicionalmente, o conceito de Web 2.0 bem como a polémica em torno desta
denominação.
O terceiro capítulo aborda a história da Web 2.0 e as tecnologias subjacentes
a esta.
No quarto capítulo, é descrito o processo de selecção de empresas para o
estudo e dos esforços do grupo para determinar até que ponto são utilizadas as
tecnologias Web 2.0.
No quinto capítulo, são apresentados os resultados obtidos e é feita uma
análise dos mesmos.
No sexto e último capítulo são formuladas conclusões baseadas nos
resultados obtidos e noutros estudos que podem esclarecer os motivos para o uso
ou não-uso da Web 2.0 pelas empresas.
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2 • Descrição do Problema
Com o aumento da popularidade e do uso dos serviços Web 2.0, cada vez
mais empresas os utilizam para vários fins, nomeadamente marketing e
comunicação simplificada e barata entre o seu pessoal. Com este trabalho, o
grupo propôs-se a averiguar se esta é de facto a situação nacional, principalmente
a nível das grandes empresas e a nível das empresas que lidam com a tecnologia.
É necessário escolher cuidadosamente as empresas, uma vez que é
impossível analisar uma amostra significativa no tempo disponibilizado; as
instituições seleccionadas devem representar adequadamente o seu sector a nível
de sucesso e popularidade.
2.1 • Conceito de Web 2.0
Web 2.0 é um termo normalmente associado com o "Web Development" e
"Web Design" que facilita a interacção do utilizador comum com a World Wide
Web.
Um site que utiliza recursos Web 2.0 facilita a interacção entre utilizadores
e/ou com o próprio website, possibilitando, por exemplo, alterações de conteúdo
do mesmo, por parte de utilizadores sem grande infoliteracia.
Entre alguns dos sites que utilizam os recursos Web 2.0 com excelência,
podemos encontrar:
• YouTube: Site em que qualquer utilizador, independentemente da sua
experiência, pode inserir e aceder a vídeos/conteúdos com relativa facilidade.
• Facebook: Uma conhecida rede social onde é possível a um utilizador criar
o seu perfil, completo com os seus dados, aceder a fóruns de discussão sobre
uma infinidade de temas, descobrir pessoas com quem não contactava há muito e
fazer novos amigos.
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• Twitter: Uma rede social que permite aos utilizadores o envio e leitura de
mensagens curtas e instantâneas entre pessoas de todo o mundo em tempo real.
• Blogger: Sítio que permite a criação e alojamento de um blogue altamente
personalizado sem qualquer tipo de conhecimento de programação e sem
necessidade de alojamento pago.
• Skype: Serviço que permite efectuar chamadas telefónicas gratuitas entre
os seus utilizadores (tecnologia VoIP, ou Voice over Internet Protocol).
Os créditos da invenção do termo "Web 2.0" são geralmente atribuídos a Tim
O'Reilly, tendo nascido após uma conferência sobre o futuro da Internet, presidida
pelo próprio, em 2004.
Quando o termo foi utilizado pela primeira vez, pretendia marcar uma
posição: a Internet estava a crescer, tecnologias novas estavam a chegar e o
termo em si fazia referência ao que quer que esses avanços se tornassem. Numa
primeira instância Tim O'Reilly tinha em mente a "Web como plataforma", onde as
aplicações de software são criadas para a Web, ficando hospedadas na Web.
O termo é alvo de alguma controvérsia entre especialistas do meio; segundo
alguns, como Tim Berners-Lee (inventor da WWW e director do World Wide Web
Consortium), o termo é absurdo pois a Web 2.0 utiliza muitos componentes
tecnológicos criados antes mesmo do surgimento da Web.
Quando questionado sobre se é justo afirmar que a diferença entre ambos os
termos pode ser descrita como "Web 1.0 é a ligação entre computadores,
enquanto que Web 2.0 é a ligação entre pessoas", Berners-Lee respondeu:
"Totally not. Web 1.0 was all about connecting people. It was an interactive
space, and I think Web 2.0 is of course a piece of jargon, nobody even knows what
it means. If Web 2.0 for you is blogs and wikis, then that is people to people. But
that was what the Web was supposed to be all along. And in fact, you know, this
'Web 2.0,' it means using the standards which have been produced by all these
people working on Web 1.0."
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Muitos especialistas sugerem o uso do termo "Webware" para designar as
aplicações que são hoje consideradas "Web 2.0".
O termo "Webware" foi criado para tentar resolver toda a controvérsia em
torno da definição de Web 2.0. Uma vez que o termo Web 2.0 não se refere a
mudanças estruturais na rede, mas sim a uma nova abordagem do uso da
programação.
Por outro lado, é também uma alternativa ao termo criado por Tim O'Reilly,
que já demonstrou intenção de proibir a utilização do termo em palestras e
conferências.
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3 • Estado da Arte
A Internet é cada vez mais o meio de informação e propagação de
informação de eleição. É sem dúvida a forma mais fácil, económica e directa de
contactar o consumidor. É também a melhor forma de contactar as camadas mais
jovens que serão o futuro das empresas, como consumidores ou trabalhadores.
A definição conceptual da Web 2.0 não é nada de mais do que uma
afirmação da partilha de características comuns entre empresas, utilizadores
singulares e outros orgãos sócio-económicos. A estruturação desta nova forma de
encarar a Internet com todos os seus recursos e potencialidades, surgiu quando
as aglomerações que sobreviveram a uma altura critica da Internet, se
homogeneizaram e desenvolveram uma série de ideias agrupadas, base daquilo
que agora identificamos como Web 2.0. O termo propriamente dito foi utilizado
pela primeira vez em Outubro de 2004, pelas companhias O'Reilly Media e
MediaLive International, para denominar um conjunto de debates acerca das
posições e perspectivas a adoptar no recurso e utilização da Internet (Wikipédia
2009). A partir deste momento, o conceito popularizou-se.
A denominação Web 2.0 não traduz assim uma evolução tecnológica do
elemento Web propriamente dito, mas sim, e sobretudo, uma evolução da
perspectiva humana e das suas necessidades face àquilo que a Internet tem para
oferecer. Isto não quer dizer, no entanto, que as tecnologias utilizadas para
desenvolver um site integrada na segunda geração da Web sejam as mesmas de
uma página da primeira geração. De entre as tecnologias que tornaram a Web 2.0
possível, destacam-se:
• AJAX (Asynchronous JavaScript and XML): Permite criar páginas com
conteúdos dinâmicos ao permitir que um documento envie e receba informação do
servidor no background, ou seja, sem interromper o que quer que o utilizador
esteja a fazer e sem necessidade de recarregar a página. (Wikipedia 2009)
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
JavaScript: Linguagem de programação baseada na sintaxe Java (uma
outra linguagem) que permite criar scripts que se traduzem em páginas
não estáticas e com conteúdo dinâmico. (Wikipedia 2009)

XML (Extended Markup Language): É uma linguagem que permite a
codificação de dados, facilmente acessíveis por outras aplicações
(machine-readable). Deu origem a outras tecnologias, nomeadamente
as feeds RSS/Atom, que permitem a um utilizador receber informações
relativas a actualizações numa determinada página, o SOAP e o
XHTML. (Wikipedia 2009)
• XHTML (Extensible Hipertext Markup Language): É uma linguagem que
torna possível incorporar XML num documento HTML, sendo que esta última
linguagem já é utilizada desde os primórdios da Internet. (Wikipedia 2009)
• SOAP (Simple Object Access Protocol): Protocolo que pode definir os
alicerces de um serviço Web complexo ao permitir que vários outros serviços
complementares comuniquem entre si. (Wikipedia 2009)
• PHP/ASP
Linguagens
que
(PHP
Hipertext
permitem
Preprocessor
escrever
scripts
e
Active
que,
por
Server
sua
vez,
Pages):
geram
dinamicamente páginas HTML/XML/XHTML. Isto gera a possibilidade de se
criarem páginas de acordo com os dados de entrada fornecidos pelo utilizador ou
a partir de qualquer outro parâmetro e/ou inserir informações numa base de
dados. (Wikipedia 2009)
A nível de adesão, a idade é inversamente proporcional à utilização dos
serviços Web 2.0. A faixa etária que mais os utiliza é a dos jovens com idade
inferior a 34 anos De entre os serviços mais utilizados destacam-se o Youtube, os
vários calendários online (Google Calendar, Yahoo Calendar, entre outros), os
Blogs, os Fóruns de Discussão e a Wikipedia (White 2007).
É de notar também que das 10 páginas mais vistas no mundo, 9 estão de
alguma forma ligadas ao movimento Web 2.0. Em Portugal, esta taxa espelha-se
(Alexa 2009).
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4 • Trabalho do autor
Numa fase inicial, o grupo começou por pesquisar empresas sem critérios
rigorosos, utilizando conhecimento prévio, motores de pesquisa da Internet e a
bolsa. Nesta fase, o grupo também verificou os web sites das empresas e os web
sites de Web 2.0 numa tentativa de obter já informação sobre quais eram
utilizados pelas empresas encontradas.
Após alguma ponderação, foi tomada a decisão de o grupo se restringir às
empresas na área da tecnologia, por ser a área a que vários elementos do grupo
estavam mais ligados e por estas empresas terem um dever de estar na
vanguarda de movimentos electrónicos tais como a Web 2.0.
Após mais alguma pesquisa, recorrendo às páginas amarelas e novamente
aos motores de pesquisa, verificando também o uso dos websites Web 2.0 destas
empresas, foram revistos os critérios e, de modo a poder haver mais detalhe na
análise de cada empresa, decidiu-se filtrar a lista de empresas, utilizando sucesso
e popularidade como critérios de escolha. Em adição, a sugestão do professor
Nuno Flores, o grupo decidiu analisar algumas grandes empresas nacionais, de
modo a poder ter um panorama geral da situação das empresas mais conhecidas
pelo público geral. Assim, se obteve a seguinte lista de empresas a analisar:
Área Tecnológica
Área Geral
JP Sá Couto
Portugal Telecom
Alert
BPI
N Drive
EDP
Ydreams
Público
Primavera
Sonae
FiberSensing
Wit Software
Tabela 1 – Empresas estudadas
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Com esta lista em mente, o grupo propôs-se a analisar a integração da Web
2.0 nestas empresas. Para tal, seria necessário contactar as empresas, e assim
sendo, foram levadas em conta opções alternativas caso houvesse dificuldades
nesse contacto como, por exemplo, a Sage, a Utilsoft, a Critical Software e a
Extremos Software.
Recorrendo ao espaço web das empresas, à pesquisa e posterior contacto
das mesmas nos sites ligados ao movimento Web 2.0, realizou-se o estudo dos
dados e formularam-se as conclusões acerca de quais as empresas que
participam efectivamente na Web 2.0 e com que meios.
É também digno de nota, que a equipa envolvida no estudo (Equipa 405),
utilizou afincadamente as tecnologias Web 2.0, tanto no desenvolvimento do
estudo, como na organização de dados e mesmo como complemento às breves
reuniões presenciais. Utilizámos, mais concretamente, as ferramentas MSN/Live
Messenger, Google Docs, Google Groups e Google Calendar, com resultados
positivos, dos quais se destaca a possibilidade de debater assuntos relativos ao
projecto e manter um arquivo destes e também editar, colaborativamente e em
tempo-real, documentos como é o caso do presente relatório.
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5 • Análise dos Resultados
O uso das tecnologias Web 2.0 pelas empresas estudadas está distribuído da
seguinte forma:
Figura 1 - Percentagem do uso de determinada tecnologia, no contacto com o público.
O gráfico aponta o Twitter como a tecnologia Web 2.0 utilizada por
excelência, tanto a nível das empresas tecnológicas como das gerais, com várias
instituições a manterem-se contactáveis também pelo tradicional formulário de
contacto. Chegámos à conclusão que as empresas analisadas não utilizam
regularmente sistemas Voice over Internet Protocol ou Instant Messaging para
contacto com eventuais clientes; embora a maioria delas utilize esses mesmos
sistemas para contacto intra-empresa. Como forma de exemplo, tem-se a
Ydreams, que utiliza um sistema próprio de IM.
Existem ainda exemplos esporádicos de uso destas tecnologias para suporte
técnico.
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A um nível mais pormenorizado, a situação do uso das tecnologias é a
seguinte:
Google
Map
Formulário
Contacto
VoIP/IM
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Sim
Não
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Não
FiberSensing
Não
Não
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Wit Software
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Área geral
Portugal
Telecom
BPI
Sim
Sim
Não
Não
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Sim
Não
Não
Não
Não
EDP
Não
Sim
Não
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Sonae
Não
Não
Sim
(Brasil)
Não
Sim
(Grupo)
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Público
Sim
Sim
Não
Não
Sim
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Instituição
Feeds
Twitter
YouTube
Alert
Não
Não
JP Sá Couto
Não
Sim
N Drive
Não
YDreams
Não
Primavera
Facebook
My Space
AddThis.com
Blog
Área
tecnológica
Tabela 2 – As empresas e o uso das tecnologias Web 2.0
Pode-se verificar aqui uma tendência interessante: das empresas que não
apresentam formulário de contacto, umas utilizam o twitter, outras não aderem a
qualquer dos serviços Web 2.0. Isto sugere que o twitter pode substituir o
formulário de contacto, pois as empresas que não usam nenhum dos dois não têm
uma presença forte na Internet. No entanto, das tentativas de contacto pelo twitter,
apenas a YDreams respondeu, sendo também, das empresas sem formulário de
contacto e com twitter, a que o mantém mais actualizado, sendo que o último
"tweet" da Wit Software foi realizado a 6 de agosto de 2009 e no caso da JP Sá
Couto a 1 de Abril do mesmo ano.
De facto, de todos os contactos realizados, utilizando o Twitter, o Facebook e
o Youtube, apenas houve resposta do twitter da YDreams.
Como este estudo não abordou o uso interno destas tecnologias nem
conseguiu averiguar de que forma estas tecnologias afectam a produtividade,
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Web 2.0 – Estudo sobre a integração das suas tecnologias nas empresas privadas nacionais
torna-se difícil comparar os resultados aos de outros estudos mas pode-se
verificar que há 3 grandes grupos de empresas utilizadoras Web 2.0:
• As empresas que utilizam as tecnologias Web 2.0 de uma forma bem
definida e actualizam os seus conteúdos regularmente. Aqui enquadram-se a
NDrive, Portugal Telecom, YDreams e o Público;
• Empresas que experimentam ou experimentaram a Web 2.0; aqui
pertencem a JP Sá Couto, a Wit Software e a EDP;
• Aquelas que não utilizam as tecnologias Web 2.0 para contacto com o
público, onde podemos encontrar a Alert, Primavera, FiberSensing, Sonae e BPI.
Isto vai de encontro com as tendências experimentais que se verificavam há
um ano (Computerworld 2008), sendo que as empresas que tiveram sucesso
nessas experiências continuaram a consolidar a sua presença na Web 2.0,
pertencendo ao primeiro grupo, enquanto que as que falharam abandonaram as
suas presenças no movimento Web 2.0, situando-se no segundo grupo.
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6 • Conclusões
Através deste estudo do uso da Web 2.0 em empresas privadas, conclui-se
que já há adesão a estas tecnologias para contactar o público em Portugal, mas
não ao nível verificado nas empresas estrangeiras. À primeira vista, isto pode
parecer natural, pois uma parte significativa do público alvo pode não ter Internet
ou não a utilizar regularmente devido à taxa significativa de não adesão em
Portugal, principalmente nas faixas etárias mais avançadas (Vieira 2008).
No entanto, as empresas que de facto usam regularmente as tecnologias
Web 2.0, e em especial o Twitter, conseguem fazer a informação aceder ao seu
público alvo de uma forma bastante eficiente e têm ainda uma ferramenta de
recrutamento prática.
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Web 2.0 – Estudo sobre a integração das suas tecnologias nas empresas privadas nacionais
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