FILOSOFIA MODERNA (XIV) CORRENTES EPSTEMOLÓGICAS (I) Racionalismo Inatismo: existem ideias inatas, ou fundadoras, de onde se origina todo o conhecimento. Ideias que não dependem de um objeto. Idealismo: Sujeito pensante é mais importante que o objeto pensado. O processo de conhecimento se dá, fundamentalmente, pela razão. Principais Filósofos – René Descartes, Baruch Espinoza, Gottfried Leibniz, Malabranche. FILOSOFIA MODERNA (XV) CORRENTES EPSTEMOLÓGICAS (II) Empirismo Todo o conhecimento provém, em última instância, da experiência sensível. Não existem ideias inatas. A percepção sensorial é o ponto de partida do processo de conhecimento. Valoriza a experiência concreta e o livre pensamento. Principais Filósofos - Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, David Hume e George Berkeley . FILOSOFIA MODERNA (XVI) CORRENTES EPSTEMOLÓGICAS (III) O Apriorismo Kantiano Formas de sensibilidade a priori – Tempo e espaço Permitem a experiência sensorial. Formas de conhecimento a priori – Causa, relação e necessidade Determinam a compreensão que temos das coisas. Não conhecemos as coisas como elas realmente são (em si mesmas) e sim condicionadas por nossas estruturas mentais. FILOSOFIA MODERNA (XVII) RENÉ DESCARTES (I) (1596-1650) Fundador do Racionalismo moderno. Questionamento radical do conhecimento. Ceticismo: submete à dúvida todo o conhecimento existente. “Penso, logo existo” – única verdade livre de qualquer incerteza. Ideias claras e distintas: ponto de partida para um conhecimento válido das coisa porque são ideias incontestáveis, certas e seguras. FILOSOFIA MODERNA (XVIII) RENÉ DESCARTES (II) Obra: “Discurso Sobre o Método” Condição para o conhecimento: - Conduzir corretamente o pensamento/raciocínio. Regras básicas: - Evidência, análise, síntese, enumeração (verificação). Matemática: - Ideias claras e distintas demonstráveis e incontestáveis. FILOSOFIA MODERNA (XIX) RENÉ DESCARTES (III) Racionalismo: - Desconfia das impressões sensoriais/ experiência sensível. O homem é um ser pensante. Idealismo: - valoriza a atividade do sujeito como fundamento da realidade. Pensamento (consciência subjetiva) é mais importante que a matéria (ser objetivo). O Racionalismo/idealismo cartesiano separa o sujeito do objeto. FILOSOFIA MODERNA (XX) ESPINOZA (1632-77) Obra: Ética, Tratado Teológico-político. Deus é imanente – está em tudo o que existe. Tudo o que existe é necessário. Liberdade é a consciência da necessidade. Bíblia não é fonte de conhecimento. Estabelece princípios de conduta humana. Deus transcendente – Justifica poder político. FILOSOFIA MODERNA (XXI) NICOLAS MALEBRANCHE (1638-1715) Obras: Da Investigação da Verdade, Tratado Moral. Procurou adaptar o racionalismo cartesiano ao cristianismo. Ideias claras e distintas – Modelos perfeitos. Conhecimento é aproximação de Deus, que contém todas as ideias verdadeiras. FILOSOFIA MODERNA (XXII) GOTTLIEB W. LEIBNIZ (I) (1646-1716) Obras: Discurso de Metafísica, Monadologia. Crítica ao racionalismo e empirismo radicais. Estabelece graus de aceitação/discordância. Toda a verdade possui uma razão. Filosofia universalista: Integrar, totalizar e unificar o conhecimento. FILOSOFIA MODERNA (XXIII) GOTTLIEB W. LEIBNIZ (II) Monadologia: Universo – Harmonia e hierarquia. Mônadas: Unidades dinâmicas e autocontidas ordenadas por Deus. Melhor dos mundos possíveis – Uma entre infinitas possibilidades de organização. FILOSOFIA MODERNA (XXIV) BLAISE PASCAL (1623-62) Obra: Pensamentos. Crítica do Racionalismo cartesiano. “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. É preciso aceitar os limites da razão humana e sua capacidade de explicar o mundo. Valoriza a razão, mas nega o mecanicismo. Fragilidade da existência humana: entre o nada e o infinito. FILOSOFIA MODERNA (XXV) FRANCIS BACON (1561-1612) Obra: Novum Organum. Método indutivo de investigação. Conhecimento para utilização prática. Ciência experimental: observação, hipótese, experimentação, verificação, comprovação. Conhecimento: Libertar dos “ídolos” - Crenças, hábitos, preconceitos, tradição. FILOSOFIA MODERNA (XXVI) THOMAS HOBBES (1588-1679) Obras: O Leviatã, De Cive Conhecimento dos corpos naturais/artificiais. Concepção empirista, mecanicista, materialista. “No mundo não existe acaso ou liberdade”. Teoria do Pacto Social como origem do Estado. Visão pessimista do homem – Homo Homini Lupus. Defensor do governo absolutista. FILOSOFIA MODERNA (XXVII) JOHN LOCKE (I) – (1632-1704) Obras: Ensaio Acerca do Entendimento Humano. Empirismo não radical. Não existem ideias inatas (a mente é uma folha em branco). Experiência sensorial é o ponto de partida do processo de conhecimento. Percepção sensorial + processo mental que organiza, associa, combina sensações. Das ideias simples para as mais complexas. FILOSOFIA MODERNA (XXVIII) JOHN LOCKE (II) Obras: Segundo Tratado do Governo Civil. Pai do Liberalismo Político, filósofo empirista. Direitos naturais: Vida, liberdade, propriedade. Estado nasce de um pacto social e deve proteger os direitos. Governo para ser legítimo tem que ser representativo. Critica o absolutismo: Direito de rebelião contra a tirania. FILOSOFIA MODERNA (XXIX) GEORGE BERKELEY (1685-1753) Obra: Tratado Sobre os Princípios do Entendimento Humano. Empirismo idealista e radical; afirma a imaterialidade do mundo. Não existe matéria independente da mente. A existência das coisas é somente a percepção. Só existe a percepção: “Existir é ser percebido.” Deus: percebe de modo absoluto a existência dos seres e coordena a percepção dos sujeitos. FILOSOFIA MODERNA (XXX) DAVID HUME (1711-76) Obra: Investigação acerca do entendimento humano. Pensador ateu e empirista distingue: - Impressões: dados fornecidos pelos sentidos. - Ideias: representações mentais derivadas. Ceticismo teórico: questiona validade do raciocínio indutivo, porque não possui fundamento lógico. Crença na repetição (no hábito); dogma da Ciência. Conclusões científicas são relativas, são apenas probabilidades.