Imunodeficiências Secundárias Guilherme Iapequino Larissa Marquizzeppe Marina Pastore Paula Varella Saliha Samidi O Imunodeficiência: é a falha do sistema imune em proteger contra doença ou malignidade. O Imunodeficiência primária: é causada por defeitos no desenvolvimento ou genéticos no sistema imune. O Imunodeficiência secundária : é a perda da função do sistema imune como resultado da exposição a alguns fatores Imunodeficiência Secundária O Causas: -- Infecções virais ( *mais importantes) Para sobreviverem no hospedeiro os vírus podem causar imunodeficiências profundas infectando e destruindo os linfócitos, ou tornando-os mais cancerosos. O Outras causas: -- Doenças metabólicas / crónicas -- Doenças linfoproliferativas -- Transplantes de órgãos sólidos -- Transplantação de medula óssea -- Cirurgia e trauma -- Fármacos -- Neoplasias -- Má nutrição Imunodeficiências associados com infecções O Bacterianas O Virais O Por protozoários O Helmínticas O Fungos Deficiências de células T, B, PMN e macrófagos Imunossupressão induzida por virus Os vírus que afetam o sistema imune, podem ser divididos entre os que afetam: O Órgãos linfóides primários O Órgãos linfóides secundários Cinomose canina O O vírus da cinomose canina tem preferência por linfócitos , porém multiplica-se em diferentes tipos celulares, epitélio e tecidos nervosos. O O vírus se espalha a partir do sitio de invasão inicial, nas tonsilas e linfonodos brônquicos, para a corrente sanguínea, onde destrói linfócitos T e causa linfopenia. O Posteriormente, ele invade os órgãos linfóides secundários. Anormalidade imunológicas na AIDS O Todas as imunodeficiências adquiridas estão compreendidas através do entendimento da AIDS, Causada pelo Virus da Imunodeficiência Humana (HIV)-1. Foi o primeiro descoberto em 1981 tendo pacientes exibindo infecções por fungos com organismos oportunistas tais como Pneumocystis carinii e em outros casos, com um tumor de pele chamado sarcoma de Kaposi. HIV Existem dois tipos principais de HIV: HIV-1 (AIDS) Originou-se quase certamente de uma linhagem de virus da imunodeficiencia simia (SIV cpz) * Mutacão Chipanzés HIV-1 Humanos HIV-2 O ancestral deste é o Mangabei O HIV-1 não replica na maioria das outras células animais mas infecta chimpanzés, embora não induza SIDA neles. O Ratos portadores da síndrome da Imunodeficiência Combinada Severa (IDCS) reconstituídos com linfócitos humanos podem ser infectados pelo HIV-1. O HIV, que foi descoberto em 1983 : é um retrovírus de RNA transcrito para DNA pela transcriptase reversa (RT) após a sua entrada na célula. O O DNA é integrado no genoma da célula como um pro vírus que é replicado junto com a célula. Constituicão do HIV-1 uma capa viral, constituída de uma camada externa lipídica bi laminar da célula hospedeira na qual, estão incorporadas glicoproteínas compostas da gp41 transmembrana junto com a gp120 associada que, liga-se ao CD4 expressado nas células do hospedeiro. Ciclo de replicação e alvos da terapia O virus liga-se : Molécula de CD4 nas células Th Células dendríticas Monócitos através gp 120 do HIV ** Para a infecção do HIV é necessário um co-receptor. é um receptor de quimiocina como: CXCR4 expressado nas células T CD4+ , servem como co-receptores para a infecção pelo HIV. CCR5 expressado predominantemente nos macrófagos, Alterações Imunológicas O O virus se replica rapidamente e dentro de duas semanas o paciente desenvolve febre. O O carga viral no sangue aumenta significantemente e atinge um pico em dois meses, após ocorre um repentino declínio. O Quando a contagem de célula T CD4+ decresce para menos de 200 por mm cúbico a SIDA se desenvolve com força total. Imunoterapia Possíveis agentes para vacinas: O Imunização com mutantes portadores de deleções para reduzir a patogenicidade O Vacinação com proteínas recombinantes O Genes codificando proteínas introduzidos em virus vetores podem ser usados para vacinação O Quimiocinas que competem pelos co-receptores O IL-2 para intensificar células Th. Imunoterapia Empecilhos: O Vacinas atenuadas podem induzir a doença O Células T CD4+ podem ser destruídas pela vacina O Variação antigênica do HIV O Baixa imunogenicidade do virus pela regulação negativa de moléculas de MHC O Falta de modelos animais O Falta de testes in vitro Leucemia Felina (FeLV) O O virus da leucemia felina FeLV é um retrovirus oncogênico que causa doencas proliferativas e degenerativas em gatos. O Subgrupos virais de ocorrência natural identificados com base na estrutura da proteína gp70 : FelV-A : é predominante e transmitido naturalmente. Está presente em todos os gatos infectados por FeLV. FeLV-B : quando o FeLV-A combina-se com sequencias retrovirais endogenas forma-se o FeLV-B que apresenta maior propencao a causar tumores e é encontrado em cerca de 50% dos gatos FeLV-C : é encontrado em 1% a 2%, surge a partir de uma mutacao no gene do envelope do FeLV-A e é muito mais supressor da medula óssea que o FeLV-A FOCMA O Em vários casos de linfossarcoma felino, uma única proteína de superfície é expressa nas células infectadas. Conhecida como antígeno de membrana celular do oncornavírus felino(FOCMA). O Os genes retrovirais endógenos no genoma do gato codificam para FOCMA. Eles não são expressos em células normais, mas sim em células infectadas por FeLV O O gato que consegue produzir anticorpos contra FOCMA geralmente consegue destruir células tumorais induzidas por vírus. Infelizmente, anticorpos contra FOCMA não conferem protecão contra as doencas degenerativas induzidas por FeLV O Os gatos virêmicos que falham em produzir anticorpos anti- FOCMA são atualmente suscetíveis a todas as síndromes FelV, incluindo linfossarcoma O Algumas células de linfossarcomas felinos podem expressar FOCMA na ausência de qualquer evidência de infeccão por FeLV Transmissão O O FeLV é lançado em secreções, especialmente saliva e secreções nasais. O Cerca de 15% dos animais com viremia persistente tem uma vida saudável, mas os restantes morrem após 3 a 5 anos de infecção por FeLV. O Tumores linfóides se desenvolvem em 15% a 20% dos gatos infectados por FeLV Tumores O Gatos possuem a maior incidência de tumores linfoides, dentre os mamíferos domésticos. A maioria desses tumores é causado por FelV. O Exemplo de tumores linfoides: linfossarcoma, sarcoma de células reticulares, euritroleucemia, leucemia granulocítica. Linfócitos T gatos jovens Linfócitos T e B gatos mais velhos Imunossupresão O Gatos infectados por FelV apresentam linfopenia, que é resultado da perda de linfócitos T CD4+. Os linfócitos T CD8+ também declinam, porém menos. O Assim, esses gatos apresentam queda na imunidade mediada por células. O Linfócitos infectados por FelV produzem menos IL-2. O que deixa os animais infectados com maior chance de sofrerem por doenças secundárias. Imunossupresão O As atividades dos Linfócitos B são menos comprometidas (em relação ao T). O Ocorre queda na produção de IgM. Os níveis de IgG permanecem normais. O O sistema complemento fica comprometido, apresentando nível reduzido dos seus componentes. FeLV-Aids O Durante a infecção por FelV, pode-se desenvolver um tipo de vírus mais imunossupressor. Esse vírus é conhecido por FelV-Aids. O Causa imunodeficiência letal em quase 100% dos casos. O Impede a formação de resposta humoral, o que gera perda dos linfócitos T CD4+. Essa perda diminui a produção de citocinas estimuladoras de linfócitos B. Imunidade O 40% dos gatos infectados não apresentam respostas adequadas contra vírus, assim, adquirindo infecções persistentes. O Foram desenvolvidas 4 vacinas contra FelV. O A ampla vacinação nos E.U.A. reduziu a prevalência desta doença. Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) O A sua diferença, pro FelV, é que a transcriptase reversa exige magnésio. E a do FelV exige manganês. O 12 a 33% dos gatos infectados por FIV também se infectam por FeLV. Transmissão (FIV) O É transmitido principalmente por mordidas. O Gatos de rua. O Também pode ser transmitido sexualmente. Imunossupressão (FIV) O O FIV pode se replicar em linfócitos T CD4+ e T CD8+, linfócitos B, megacariócitos, células neuronais e macrófagos. O Os animais infectados apresentam: baixas quantidades de neutrófilos e linfócitos T; altas quantidades de linfócitos B. Diagnóstico O A melhor maneira de conseguir um diagnóstico para FIV é através de teste de ELISA ou imunocromatografia, O A partir do momento que é infectado, um gato pode continuar infectado por toda vida. O Pode ocorrer regressão em filhotes infectados, em torno de 3 a 4 meses, esses filhotes podem perder a detecção de anticorpos e vírus em seu sangue. O Mas o vírus ira permanecer em baixos níveis na medula óssea e nos linfonodos. O Glicoproteínas Resposta Imune Humoral O Utilizando FIV inativo foram obtidos bons resultados, e com certas vacinas de DNA tambem O Vacina com FIV inativo dos tipos A e D Tratamento O Uso de: antibióticos, fluidoterapia, e suplementos alimentares. O AZT é o único fármaco que possui efeito antiviral em gatos. O Podem surgir linhagens resistentes ao AZT. O Transplantes de Medula óssea como opção de tratamento. Vírus da Imunodeficiência Bovina (BIV) O BIV é um lentivírus O Foi isolado pela primeira vez em uma vaca com linfossarcoma O Pode se manifestar tanto em bovinos como em ovinos O Em bovinos causa linfócitos transitória, linfadenopatia e meningoencefalite nãosupurativa O A aparição em ovinos é tardia e seus sintomas são: aumento dos linfócitos T CD2+ e CD4+, e da relação CD4:CD8 Retrovírus em Cães O Ao longo dos últimos anos tem aparecido vários casos de isolamento de lentivírus em cães, mas ate agora nenhum foi confirmado como o ‘’verdadeiro retrovírus canino’’ Infecções por Circovírus O São pequenos vírus de DNA não envelopado que possuem a propensão para destruir tecidos linfoides O Pode causar deficiências em diferentes espécies, um exemplo são: aves e suínos O Algumas das deficiências são: anemia em aves, infecta os hemocitoblastos na medula óssea e os precursores de linfócitos T no timo O Em aves pode causar a doença leak-and- feather, que causa atrofia linfoide nos psitacídeos O Em suínos o vírus pode se tornar o circovírus tipo 2 (PCV2), essa variação causa a SMDS (síndrome multissistêmica do definhamento pós-desmame dos suínos) O Leitões com essa doença irão apresentar esse quadro: fraqueza, linfadenopatia, doenças respiratórias com palidez ocasional, icterícia e diarreia O O vírus afeta vários componentes importantes do sistema imune como: depleção de linfócitos, inicialmente sendo só CD4+ e CD8+ e depois linfócitos T duplopositivos. Outras Causas de Imunodeficiências Secundárias Imunodeficiências associadas ao envelhecimento Incluem: O Decréscimo no córtex tímico (reduzindo seu tamanho) O Hipo-celularidade O Diminuição nas funções das células CD4 O Decréscimo nas funções celulares O Aumento na auto-reatividade Imunodeficiências associadas com malignidades e outras doenças O Deficiências nas células B: -- mieloma múltiplo -- macroglobulinemia de Waldenstrom -- leucemia linfocítica crônica -- linfomas diferenciados O Células T com funções bloqueadas: -- Doença de Hodgkin -- tumores sólidos avançados O Outras situações em que imunodeficiências secundárias ocorrem: -- anemia por células ciclêmicas -- queimaduras -- cirrose alcoólica -- artrite reumatóide Imunodeficiências associadas a infecções microbianas e parasitárias A imunossupressão acompanha infestações e infecções por: O Toxoplasma O Helmintos O Artrópodes O Actinobacilos O Alguns streptococos Imunodeficiências associadas a toxinas O Micotoxinas (T-2 do Fusarium) em bovinos ou aves alimentados por grãos com fungos: -- diminução na resposta dos linfócitos bovinos mitógenos -- migração quimiotática de neutrófilos -- redução nos níves de IgM, IgA e C3 O Aflotoxina: -- diminuição na atividade fagocítica, aumentando a suscetibilidade de aves a Salmonella O Flumonisina B1: -- inibe a divisão de linfócitos B e T em filhotes de suínos -- aumenta produção de IFN-gama -- suprime a produção de IL-4 -- aumenta a suscetibilidade a infecções por E. coli Todas essas toxinas irão causar nos animais várias deficiências como: O Resposta diminuída a vacinas O Respostas de hipersensibilidade tardia O Redução no número de células NK Obrigado.