DOUTORADO-CIÊNCIAS VETERINÁRIAS-Carla Patrícia

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DOUTORADO
CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
OCORRÊNCIA DE FIV E FELV EM FELINOS DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ PELOS
DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO E MOLECULAR
CARLA PATRÍCIA AMARANTE E SILVA
As doenças dos gatos são inúmeras e a interação entre elas pode ou não potencializar uma determinada
enfermidade. Os vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o da leucemia felina (FeLV) são duas
importantes retroviroses que afetam felídeos mundialmente. O vírus da FIV é um lentivirus pertencente
a família Retroviridae, a mesma subfamília do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A transmissão
ocorre principalmente pela saliva através de mordidas e arranhões de gatos infectados, pela via intra
-uterina, perinatal, pelo leite ou pelo sêmen também pode ocorrer. O FeLV é um Gammaretrovirus, está
associado a leucemia, linfossarcomas, síndromes mieloproliferativas e imunossupressão. A transmissão
do FeLV ocorre principalmente pela saliva, mas estudos relatam também o vírus nas secreções
respiratórias, lacrimais, leite, urina e fezes. A FIV e FeLV são distribuídas amplamente entre os gatos. As
prevalências de FIV e FeLV no mundo variam de 1% a 44% e de 1% a 38%, respectivamente, e com
associação dos fatores de risco como idade, sexo, densidade populacional e estado de saúde. O método
de diagnostico usado rotineiramente para FIV é pela detecção de anticorpos no sangue, podendo ser
utilizados os teste de ELISA, “Western Blot” e a Imunofluorescência indireta, já no diagnóstico de FeLV
tem-se o teste de ELISA como o de eleição, ocorrendo a confirmação por IFA (imunofluorescência
direta), o qual visa a detecção de antígenos p27 intracelular. Além disto, métodos complementares
como a reação em cadeia pela polimerase (PCR) devem ser utilizados. Este estudo teve como objetivo
investigar a ocorrência da FIV e FeLV no município de Cuiabá, MT, avaliar os fatores de risco e avaliar os
testes diagnósticos utilizados. Foram analisados 79 gatos e compararam-se as técnicas de sorologia, PCR
de suabe oral e de sangue para detecção de DNA proviral. A ocorrência para FIV foi de 11,39% (9/79) na
sorologia, na PCR sangue e PCR de suabe oral os resultados foram de 5,06%(4/79) para ambos PCR, e
FeLV na sorologia e no PCR de suabe oral foram de 2,53%(2/79), PCR de sangue 7,59% (6/79). A análise
estatística dos fatores de risco demonstrou associação do sexo com a positividade para FIV, com um
valor de p=0,01 estando mais expostos animais machos do que fêmeas. O perfil epidemiológico da
infecção mostrou que as duas retroviroses FIV e FeLV infectam em iguais condições os animais em
relação à raça, idade, procedência e acesso à rua, havendo, contudo, uma associação significativa entre
positividade para FIV e gênero. Os resultados sugerem que os testes diagnósticos para FIV e FeLV devem
ser realizados de preferência em associação entre eles, e a PCR de suabe oral, neste caso pode ser
considerada uma importante ferramenta no diagnóstico.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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