Sentido do olfacto

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SENTIDO DO OLFACTO
O sentido das fossas nasais tem por localização as fossas nasais, que tem uma função olfactiva e uma
função respiratória (sendo a 1º porção da arvore respiratória).
As fossas nasais são concavidades funcionais, cuja integridade é fundamental para um bom
funcionamento do aparelho respiratório.
A mucosa das múltiplas anfractuosidades das fossas nasais constitui uma vasta superfície de contacto
com o ar inspirado.
A riqueza vascular e glandular da mucosa permite assegurar a filtração (graças à cílios e muco nasal,
que fixam as poeiras e microrganismos e os eliminam), aquecimento e humidificação (conseguida através da
constante secreção de muco).
O nervo olfactivo (I par craniano) recolhe as impressões sensoriais olfactivas na mancha amarelada
mucosa nasal, constituindo o aparelho receptor externo que as transporta até aos centros corticais do olfacto,
onde são transformadas em sensações e percepções olfactivas.
A mancha olfactiva está situada no andar superior das fossas nasais, encontrando-se dividida em 2
segmentos; um externo (face interna do corneto superior e região supra-turbinal vizinha) e um segmento
interno (na porção superior do septo nasal).
A mancha olfactiva representa o território sensorial do olfacto, tendo uma coloração amarelada (por
isso também chamada mancha amarela), apresenta uma grande riqueza em elementos epiteliais e células
nervosas receptoras bipolares, as células de Schultze, cujos axónios representam o 1º neurónio da via
olfactiva,
VIAS OLFACTIVAS
Transportam as impressões olfactivas da mucosa nasal para os centros corticais do olfacto.
O cérebro olfactivo ou rinencéfalo é muito atrofiado no ser humano. No homem é constituído pelo
arquicórtex e pelo paleocórtex.
As vias olfactivas compreendem:
Aparelho receptor » Vias de transmissão » Centros de percepção
APARELHO RECEPTOR
Localizado na mancha olfactiva, que se situa na porção alta da mucosa pituitária.
Neste ponto a mucosa olfactiva é constituída por células olfactivas ou células de Schultze e por célula
de sustentação.
A célula olfactiva é o aparelho receptor e também o 1º neurónio das vias olfactivas. Os dendrites
desta célula terminam sob a forma de expansões densamente cobertas por cílios, que emergem no muco que
cobre a superfície da mucosa olfactiva, constituindo os quimioreceptores.
VIAS DE TRANSMISSÃO
São constituídas por 2 neurónios:
-
1º neurónio ou protoneurónio – célula olfactivas de Schultze, são células bipolares, ciliadas, situadas
na mancha olfactiva. Os axónios atravessam os orifícios da lâmina crivada do etmóide, terminando
na face inferior do bulbo olfactivo, articulando-se ai com as células mitrais.
-
2º neurónio ou deutoneurónio – células mitrais do bulbo olfactivo. O bulbo olfactivo repousa sobre a
lâmina crivada do etmóide, recebendo nervos olfactivos (que são os axónios das célula olfactivas de
Schultze), que se continua com a fita olfactiva (axónios da células mitrais).
CENTROS DE PERCEPÇÃO
Estes centros podem ser primários ou secundários.
CENTROS OLFACTIVOS PRIMÁRIOS
Constituídos pelo bulbo olfactivo, fita olfactiva, estrias olfactivas, espaço perfurado anterior com o
trígono olfactivo, pela área entorrinal e pela área septal, incluindo a porção anterior do septo.
Bulbo olfactivo – situado na goteira olfactiva da lâmina crivada do etmóide, recebendo pela sua face inferior
os filetes dos nervos olfactivos propriamente ditos. Separado da fita olfactivo pelo sulco limitans.
Fita olfactiva – segue-se ao bulbo olfactivo, originando, junto ao trígono olfactivo, as 3 estrias olfactivas.
Estrias olfactivas: - externa (mais importante, termina ao nível do úncus da circunvolução do hipocampo); interna (alcança a área septal da face interna do lobo frontal); - média (dirige-se para o espaço perfurado
anterior, alongando-se sob a forma de uma dilatação, o tubérculo olfactivo).
Espaço perfurado anterior – é uma região crivada de orifícios, que se encontra situadas atrás da fita do
trígono olfactivo e de cada lado do quiasma. A fita longitudinal de Broca divide este espaço em duas partes:
uma anterior (substância cinzenta de Soemmering), e outra posterior (porção inominada).
Área piriforme ou entorrinal – é o córtex que cobre a zona situada adiante e para dentro do úncus da
circunvolução do hipocampo.
Área septal – corresponde ao segmento da parede interna do telencéfalo primitivo que, pelo desenvolvimento
do corpo caloso, fica devido numa parte dorsal, o septo pelúcido, e numa parte ventral, a circunvolução
subcalosa. É nesta área (nomeadamente no septo pelúcido e no seu núcleo) que termina a estria olfactiva
interna.
A área entorrinal, a área septal e o espaço perfurado anterior, áreas centrais do olfacto, são as áreas
que constituem o ponto de partida para vias de associação reflexas.
CENTROS OLFACTIVOS SECUNDÁRIOS
São também chamadas formações límbicas do rinencéfalo, e formam um anel complexo de
substância cinzenta, representando circunvoluções cerebrais, algumas delas atrofiadas. São constituídas pelo
lobo límbico de Broca (ou grande circunvolução límbica de Broca) e pela circunvolução intra-límbica de
Broca.
CONEXÕES DOS CENTROS OLFACTIVOS
Um complexo sistema de neurónios recebe as sensações olfactivas, transmitindo-as para outros
centros corticais e subcorticais, conduzindo à definição de diversos tipos de vias: reflexas, de associação e
comissurais.
VIAS REFLEXAS
-
1º via – feixe olfacto-hipotalâmico basal de Edinger, que une a área septal e o espaço perfurado
anterior aos núcleos do hipotálamo.
-
2º via – feixe septo-habenular ou estria medular ou habenular, que se origina na área septal e no
núcleo do septo pelúcido e termina no gânglio de habénula.
-
3º via – fibras trigonais póscomissurais – que se originam no úncus do hipocampo e terminam no
corpo mamilar.
VIAS DE ASSOCIAÇÃO
São vias que reúnem entre si os centros olfactivos primários e secundários, através da estria terminal
e do pilar anterior do trígono.
VIAS COMISSURAIS
Estas vias unem os centros olfactivos dos 2 hemisférios.
A comissura branca anterior une os 2 corpos amigdalinos.
A comissura inter-habenular liga os 2 gânglios da habénula.
A comissura psaltérica ou lira de David une os pilares posterior do trígono.
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