anais - qualihosp 2015

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anais 2015
27 a 29 de abril de 2015
CENTRO DE CONVENÇÕES REBOUÇAS
ISSN: 2316-9419
Congresso internacional
de Qualidade em serviços
e sistemas de saúde
e
d
ta
l
fa
Quanto custa a qualidade?
FICHA TÉCNICA
COMISSÃO ORGANIZADORA
Álvaro Escrivão Junior
Ana Maria Malik
Denise Balchiunas Toffoli
Evandro Penteado Villar Félix
Fernanda Martins Viana
Laura Maria Cesar Schiesari
Maria Laíz Athayde Marcondes Zanardo
Mariana Martins Carrera
PROJETO EDITORIAL
Cinthia Costa
PROJETO GRÁFICO
Cris Tassi Design Gráfico
ANAIS QUALIHOSP 2015
ISSN: 2316-9419
O ANAIS reproduz os trabalhos aprovados para o QualiHosp 2015.
Os textos são de responsabilidade de seus autores.
2
QUALIHOSP 2015
anais qualihosp 2015
COMISSÃO CIENTÍFICA
Adriana Cebrian de Almeida Magalhães Gomes
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Flavius Augusto Olivetti Albieri
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Ana Claudia de Alcântara Garzin
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
Grupo de Pesquisa Qualidade e Avaliação de Serviços
de Saúde e de Enfermagem
Florentino de Araújo Cardoso Filho
Associação Médica Brasileira
Ana Tania Lopes Sampaio
Conselho Federal de Enfermagem
Ana Tereza da Silva Pereira Camargo
Centro Brasileiro de Estudos em Saúde
Bernardete Weber
Hospital do Coração
Carlos Vital Tavares Côrrea Lima
Conselho Federal de Medicina
Carolina Lopes Zanatta
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Claudia Maria de Rezende Travassos
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde – ICICT/FIOCRUZ
Daisy Maria Rizatto Tronchin
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
Dario Fortes Ferreira
Hospital Samaritano São Paulo
Francisco Carlos Cardoso de Campos
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
Núcleo de Educação em Saúde Coletiva - Nescon
Georges Maguerez
Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da
Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio
Vargas de São Paulo – FGV/EAESP – GVsaúde
Gonzalo Vecina Neto
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Helena Barreto dos Santos
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Programa de Qualidade e Informação em Saúde
Henry de Holanda Campos
Universidade Federal do Ceará
José Roberto Ferraro
Associação Brasileira de Hospitais Universitário e de Ensino
Julieta Maria de Barros Reis Quayle
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
Keller De Martini
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
Eduardo Loebel
Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de
Uberlândia
Lica Arakawa Sugueno
Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª região/SP
Eliana Goldfarb Cyrino
Ministério da Saúde
Secretaria de Gestão e da Educação na Saúde
Luiz Fernando Ferrari Neto
Sindicato dos Hospitais, Clinicas e Laboratórios do Estado de
São Paulo - SindHosp
2015 qualihosp
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anais qualihosp 2015
COMISSÃO CIENTÍFICA
Marcelo Polacow Bisson
Conselho Regional de Farmácia
do Estado de São Paulo
Maria Angela da Paz
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Maria Carolina de Toledo Savieri Moreno
Organização Nacional de Acreditação
Maria D’Innocenzo
Escola Paulista de Enfermagem
Maria do Carmo
Ministério da Saúde
Secretária de Atenção à Saúde
Maria Eulália Lessa Valle Dallora
Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo de Ribeirão Preto
Mário César Scheffer
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Departamento de Medicina Preventiva
Marizélia Leão Moreira
Agência Nacional de Saúde Suplementar
Marta Maria Melleiro
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
Nancy Yamauchi
Consórcio Brasileiro de Acreditação
Patrícia Fernanda Toledo Barbosa
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Gerência de Monitoramento do Risco
4
qualihosp 2015
Paulo Carrara de Castro
Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo
Departamento de Medicina Social
Pubenza López Castellanos
Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês
Sandra Cristine da Silva
Hospital Sírio-Libanês
Sheyla Maria Lemos Lima
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio
Arouca – ENSP/FIOCRUZ
Solange Amora Aliandro
Conselho Regional de Administração
Grupo de Excelência em Administração de Saúde
Vanessa Sayuri Chaer Kishima
Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da
Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio
Vargas de São Paulo – FGV/EAESP – GVsaúde
Vera Lúcia Peixoto Santos Mendes
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia
Walter Cintra Ferreira Junior
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo
Wilson Rezende
Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da
Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio
Vargas de São Paulo – FGV/EAESP – GVsaúde
Zenewton André da Silva Gama
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
sumário
relato de caso
1
13
15
(clique no artigo para localizar o trabalho)
Gestão administrativa do bloco cirúrgico - Um reflexão para otimizar o desempenho integrando a prática médica,
assistência e gestão. Um estudo de caso
16
Avaliação de riscos de quedas de idosos no domicílio: Subsídio para tecnologia educacional com o foco
na segurança do paciente
18
Programa de implementação e sensibilização das metas de segurança do paciente em instituição de cuidados em
saúde de longa permanência: Experiência nacional
20
16Intervenção conservadora no tratamento de lesão isquêmica
22
18Melhoria no processo de descarte correto de lixo biológico - Redução de custos e sustentabilidade
24
21Modelagem da cadeia de processos visando integração das áreas com foco no trabalho em equipe
26
27Uso do FMEA como ferramenta de prevenção de riscos de processos em unidade de radiodiagnóstico
28
30Implantação do programa 5S em hospital público: Possibilidades e desafios para reorganização dos setores e
melhoria na qualidade da assistência prestada
30
34
32
Facilitadores do processo de desospitalização: Experiência de um hospital geral privado
38O monitoramento da reconvocação de pacientes como medida preventiva para redução de custos decorrentes a
repetição de exames de radiodiagnósticos
34
43
A legislação fiscal como ferramenta para a rastreabilidade e segurança dos pacientes
36
44
Programa de incentivo à pós graduação do HCB-PIP HCB
38
46Implementação da metodologia 5S no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas
40
47
42
Validação dos indicadores de qualidade
49Implementação de uma ferramenta para a análise do perfil epidemiológico da queda
44
50
Gestão de documentos informatizada como vetor da sustentabilidade
46
51Uso racional de benzodiazepínicos como estratégia para redução de queda
48
52
Análise do custo do programa de capacitação de enfermeiros para atendimento de urgência e emergência em
hospital público pediátrico
50
53Os postulados de Donabedian e Handler aplicados à lógica de gestão de microssistemas públicos de saúde
53
55
55
Avaliação de Risco como estratégia para a prevenção de danos ao paciente
57Impacto financeiro decorrente do uso racional de antimicrobianos associado a melhorias no processo de liberação
dos resultados microbiológicos
57
60O papel do enfermeiro na gestão da linha de cuidado do câncer de mama
59
65
66
67
Passagem de plantão da enfermagem: Implantação de um instrumento padronizado como estratégia para garantir
a comunicação efetiva, visitas de enfermagem e a participação da família
61
Auditoria da qualidade da assistência de pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e/ou Diabetes
Mellitus (DM) na atenção básica
63
Pesquisa de satisfação do usuário: A experiência do Hospital da Criança de Brasília
65
2015 qualihosp
5
sumário
68
Times de trabalho formados na equipe de enfermagem para alcance da Acreditação Hospitalar em instituição
pública de porte extra
66
69
O desfio de um hospital pediátrico municipal com a qualificação do profissional admitido na equipe de enfermagem
68
71
Núcleos de segurança do paciente: Um desafio possível em diferentes níveis de atenção
70
73
Qualidade na assistência: Envolvimento do paciente no Hospital Sírio-Libanês (HSL)
72
74
Um modelo educacional da enfermagem aos pacientes portadores de diabetes e seus cuidadores em um hospital
municipal pediátrico
74
75
Cultura de Segurança do Paciente em Ambulatório de Psiquiatria
76
81
Utilização da ferramenta sbar para garantia da segurança na transição do cuidado
78
83
Implantação da gestão de pacientes em fila de espera para procedimento cirúrgico de oftalmologia
80
84
Pesquisa de abandono de certificação de qualidade em saúde
82
85
Implantação da equipe de apoio assistencial em um hospital público de alta complexidade
84
86
Corpo médico e o processo de acreditação internacional de qualidade e segurança: Estratégias adotadas para envolvimento
86
87
Alta em 36 horas da UTI em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio: É seguro?
88
88
Perfil dos pacientes que realizaram Intervenção Coronária Percutânea (ICP) - Brasil e Estados Unidos (EUA), uma
experiência nacional no CathPCI Registry Database
90
93
Gerenciamento de resíduos na inserção social de um catador na UBS Jardim das Palmas
92
95
Implantação do prontuário eletrônico (PEP/SIGA) em uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial - AMA
93
96
O sucesso da implantação do Programa Cuidando da Asma na Unidade Básica de Saúde Paraisópolis
95
97
A implantação do 2º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQAB) em Unidades Básicas de Saúde da região Sul de SP e o apoio institucional
97
98
Avaliação da cultura de segurança em um hospital privado
99
99
Sensibilização para melhoria da adesão a higiene de mãos em unidade de internação de pacientes crônicos
101
100 Erros de medicação: Como preveni-los? Construindo as bases de um sistema de saúde seguro
102
102 Implantação da equipe de apoio assistencial em um hospital público de alta complexidade
104
103 Descentralização das práticas na vigilancia epidemiológica hospitalar apresenta associação temporal com
aumento da notificação de casos de Sífilis Congenita e Sífilis na Gestação em hospital filantrópico de SP
106
104 Auditoria de higienização das mãos nas unidades de saúde da parceria entre a Sociedade Beneficente Israelita
Brasileira Albert Einstein e a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo - SMS/SP
108
106 Ações preventivas contribuindo para a redução do dano decorrente de quedas em instituição de longa permanência
110
107 Ações educativas e de gestão voltadas para a higiene de mãos na UTI adulto relacionam-se temporalmente com
aumento do consumo de solução alcoólica e adesão da equipe multiprofissional ao procedimento
111
108 A criação de um sistema eletrônico de notificação de incidentes em hospital público do Ceará
113
109 Desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento multiprofissional do Protocolo Sepse
115
110 A importância do manual do núcleo de atendimento ao cliente para a qualidade e segurança da assistência hospitalar
117
112 Os desafios para a implementação da metodologia Lean Six Sigma em um serviço de oncologia
119
6
qualihosp 2015
sumário
113 Aplicando boas práticas de gerenciamento de projetos em serviços de saúde - Uma experiência em serviço privado
de alta complexidade
121
114 Estruturação e implantação de protocolo de identificação de paciente
123
115 Painel eletrônico de indicadores em tempo real como estratégia de gestão
124
117 Implantação do gerenciamento de leitos no Hospital Geral do Grajaú
125
118 O papel da andragogia na educação permanente em saúde
126
119 Uso do fluxo de caixa projetado como ferramenta de gestão em saúde
128
121 Gestão de suprimentos em organizações sociais de saúde: Uma ferramenta para a otimização de recursos financeiros
129
122 Rearranjos assistenciais em um pronto-atendimento de pediatria em tempos de poucos especialistas
131
123 Intervenção do processo medicamentoso com interface multidisciplinar
133
128 Metas do Cuidado: Foco no envolvimento do paciente
134
129 Implantação da Comissão de Segurança do Paciente em um hospital escola de grande porte do Estado de São Paulo
136
130 Processo de acreditação: Uma experiência bem sucedida em seis meses
138
131 Desenvolvimento de um portal de relatórios para monitoramento e avaliação dos indicadores de saúde na
gestão da Atenção Básica
140
133 Gestão estratégicas de processos em sistema público municipal de saúde
142
135 Padronização do processo de passagem de plantão em unidades de internação de um hospital público de porte
extra: Um relato de caso
144
137 Avaliação do treinamento admissional para a equipe de enfermagem de hospital público de porte extra
146
139 Protocolos assistenciais: Instrumentalização da gestão do cuidado em um hospital universitário
148
141 Estratégia para agilização na desocupação de leitos e padronização do processo de alta hospitalar nas unidades de
internação de um hospital público de porte extra
150
144 Auditoria interna de sistemas de gestão: O desafio de integrar múltiplos sistemas
152
145 Implantação de protocolos de prevenção de pneumonia associada e não associada à ventilação mecânica na
unidade de urgência e emergência: Relato de experiência
154
146 Sistema de classificação de Risco de Manchester na assistência médica ambulatorial: Relato de experiência
156
149 Programa de integração entre curso de graduação práticas de saúde no Hospital Geral do Grajaú
158
150 Experiência da aplicabilidade da ferramenta HFMEA (Health Care Failure Mode and Effect Analysis) no planejamento
cirúrgico de um hospital público oncológico
159
151 SIS - Sistema Integrado de Saúde
161
152 A saúde mental em dados: Implantação do fluxo de informação em Centro de Atenção Psicossocial III
163
153 Gestão corporativa de enfermagem: Relato da implantação de um modelo assistencial de excelência
165
155 Cure central de urgências remoções e emergências
167
156 Implantação de um programa de cirurgia segura em um hospital privado
169
157 Diretriz Clínica como instrumento de melhoria na qualidade da assistência: Estratificação de risco, avaliação de
metas e responsabilidade do paciente
171
2015 qualihosp
7
sumário
158 Prescrição racional de antipsicótico e redução de custo em um hospital psiquiátrico público universitário
173
161 Criando arte na brinquedoteca
175
162 Implantação do escritório de projetos em um hospital público oncológico
177
163 Estratégia para implantação do núcleo de segurança do paciente em institutos especializados no estado do Rio de Janeiro
179
164 Implantação do programa de segurança do paciente em uma operadora de saúde no estado do Pará
181
165 Segurança no paciente oncológico - Administração de quimioterápicos
183
167 A importância da gestão de qualidade e expansão da parceria entre o fornecedor de produtos médicos e os
profissionais da saúde para melhoria da qualidade do tratamento do cuidado com o paciente
185
168 Utilização de ferramentas da qualidade na gestão de um serviço odontológico
187
170 Grupo de pesquisa qualidade e avaliação de serviços de saúde e de enfermagem: Trajetória, produção e tendências
189
174 Adaptação e implantação do protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos em um
hospital de doenças infectocontagiosas em Natal-RN
191
175 Elaboração de um protocolo de alta como medida de segurança para pacientes de um hospital especializado em
doenças infectocontagiosas em Natal-RN
193
176 Desafio de um grupo de enfermeiros de um hospital público na construção de ferramentas para mensuração e
monitoramento de indicadores de qualidade de enfermagem
195
177 Implantação da sub comissão de segurança e qualidade na internação em um hospital universitário
197
179 Comitê de segurança do paciente: Um caminho para adoção de práticas seguras
199
183 Experiência na implantação do Núcleo de Segurança do Paciente numa unidade de atenção intermediaria
200
185 Impacto dos resultados assistenciais e financeiros na gestão da cadeia de valor
201
186 Melhoria de processos assistenciais por meio de análise de risco e eficiência do uso de recursos
203
191 Elaboração e implantação do protocolo de higienização das mãos em um hospital de doenças
infectocontagiosas em Natal-RN
205
193 Hospital de longa permanência: Fatores que influenciam na média de permanência
207
197 Uso de DRG em hospital filantrópico brasileiro: É possível?
208
199 A elaboração de um sistema de medição da performance técnica para uma rede de hospitais
210
201 Implantação de um programa de redução de absenteísmo em um centro de reabilitação
212
202 Otimização e racionalização do processo de compras de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção
214
206 Processo de acreditação Joint Commission International (JCI) em um hospital público oncológico
216
213 Política de atenção a queimados no estado na Bahia: A experiência de Cruz das Almas
218
214 Implantação do sistema informatizado Hórus especializado na central de abastecimento farmacêutico e unidades
dispensadoras do estado
220
219 Relato de experiencia: um desafio para equipe multiprofissional alinhamento do fluxo de atendimento á cátastrofe
através da simulação realistica
222
221 Ferramentas de gestão da qualidade: Aplicabilidade na segurança e prevenção de quedas de
pacientes em instituição hospitalar
224
8
qualihosp 2015
sumário
224 O impacto de gerenciamento de leitos baseado na metodologia Lean Six Sigma
226
227 Gestão da clínica e gerenciamento diário: Relato de experiência em uma unidade de clínica médica
230
229 Planejamento estratégico em hospital de OSS: Relato da experiência do Hospital Geral do Grajaú
232
234 Avanços e desafios frente à implementação do núcleo de segurança do paciente em um hospital privado
234
235 Gerenciamento do risco de suicídio em um hospital psiquiátrico
236
237 Demanda cotidiana de um hospital publico municipal rumo à qualidade: Relato de experiência
238
239 Notificação de erro de administração de medicamentos: Uma abordagem educativa envolvendo a segurança do paciente
240
242 Implantação da rastreabilidade de medicamentos em um hospital público terciário de grande porte
242
243 Utilização da matriz de importância - Desempenho na avaliação de concorrência em um hospital privado
244
245 Gestão estratégica alinhada ao mapeamento de processo numa unidade ambulatorial hospitalar: Um relato de experiência
246
247 Desenvolvimento de software para monitoramento de ações corretivas e preventivas em um hospital privado
248
248 Implementação de Workstations em Gestão de Saúde
250
250 Aplicação do Programa 5S em um hospital privado: Ferramenta precursora à implantação de modelo de
Gestão pela Qualidade
251
257 Planejamento estratégico situacional: Desempenho do especializando em gestão da clínica e o perfil
de competência desejado
253
258 Jogo educativo como facilitador de transformação e mudança comportamental no ambiente de saúde - Estudo de
caso em instituição publica e privada para montar o núcleo de segurança do paciente
254
259 Relato de experiencia: Um desafio para a equipe multiprofissional na implantação do protocolo de pneumonia
associada á ventilação mecânica em uma Unidade de Terapia Intensiva adulto
256
260 O uso da Árvore de Decisão para Incidente na tomada de decisões em um hospital
258
265 Participação da família no cuidado ao recém-nascido na unidade de terapia neonatal
260
268 Atendimento interdisciplinar ao portador de fibrose cística: Possível na realidade brasileira?
262
270 Reorganização da estrutura física e aquisições de novos equipamentos para melhor desenvolvimento do setor da lavanderia
264
271 Análise e descrição de cargos de uma farmácia hospitalar
266
275 Abordagem da ginástica holística (Método Ehrenfried) em tratamento de estenose lombar
268
277 Passagem de plantão: Importante ferramenta de gestão assistencial
269
279 Painel de gestão de ordens de serviços aplicado à comunicação
271
283 Acreditação de centros de especialidades odontológicas - Relato de experiência do estado do Ceará
272
284 Prevenção de infecção do trato urinário relacionado a cateter vesical de demora: Experiência de enfermeiros na
gestão de um protocolo multiprofissional
274
298 Segregação das atividades dentro do pronto socorro: Relato de experiência
276
300 Processo de gerenciamento de ocorrências: Experiência de um hospital filantrópico
278
303 Utilização de ferramentas de tI na implantação dos escritórios da qualidade e de segurança do paciente - A
experiência do estado do Ceará
280
306 Implantação da classificação de risco em unidades de urgência e emergência de uma operadora de saúde no estado do Pará
282
2015 qualihosp
9
sumário
308 Desenvolvendo parcerias na gestão de processos através de uma ferramenta de acompanhamento de notificações
(não conformidades e eventos adversos)
284
309 O paciente psiquiátrico e o processo de judicialização na assistência em saúde mental: Estudo exploratório do
atendimento psiquiátrico em Minas Gerais
286
319 Realinhamento do modelo de agendamento de exames laboratoriais: Ações direcionadas a qualidade no
atendimento aos usuários
288
321 Reconhecimento internacional de qualidade pela commission on accreditation of rehabilitation facilities (CARF)
290
322 O processo de acreditação em um hospital público
292
323 Piloto de mapeamento TUSS – SIGTAP para fins de DRG 294
327 Implantação de um serviço de Gestão de Risco: Relato de experiência de um hospital geral público de ensino e de
alta complexidade
296
329 A implementação e o gerenciamento do protocolo de Acidente Vascular Cerebral - Experiência de um ano
298
330 Proposta para expansão e padronização da rotina administrativa dos expedientes em um hospital público de São Paulo
300
332 Saída real-segurança no processo de internação da entrada à saída da instituição
302
339 Adesão à administração do antibiótico profilático associado ao protocolo de cirurgia segura
305
340 Abordagem do financiamento e do processo de incorporação da tecnologia CPAP pelo SUS na Medicina do Sono
307
343 Saída real-segurança no processo de internação da entrada à saída da instituição
309
345 Núcleos de melhores práticas na gestão da qualidade
311
351 A saúde suplementar em hospital universitário público de alta complexidade
313
353 Mapeamento dos processos financeiros em saúde suplementar em um hospital público de alta complexidade
315
356 Gestão de leitos um desafio em um hospital público: Relato de caso
317
359 Atendimento e fluxo de pacientes idosos no laboratório de análises clínicas de um hospital universitário
319
361 Pesquisa, desenvolvimento e inovação no Hospital Mãe de Deus: Instituto de Desenvolvimento e Inovação em Saúde – IDIS
321
373 Mestrado profissional em gestão da qualidade em serviços de saúde: Uma reflexão sob a ótica do discente
323
ARTIGO CIENTÍFICO OU PAPER
2
Gestão de documentos e automação de processos em uma instituição de saúde
sem papel
324
3
Contratualização de serviços de saúde no âmbito do SUS no estado do Rio de Janeiro
326
4
Mitigação do efeito Alert Fatigue para maximização da eficiência nos sistemas de suporte à decisão clínica
328
6
Resolutividade na assistência médico-hospitalar: Desafio que exige envolvimento para satisfação do paciente
329
7
Estruturação de um modelo de auditoria de metas internacionais de segurança do paciente com base nos eventos
adversos notificados
331
10
qualihosp 2015
sumário
9
O critério da relevância para avaliação da qualidade da gestão em saúde
333
10
Gestão de documentos e automação de processos em uma instituição de saúde
sem papel
335
11
Modelo de análise do risco para profissionais de enfermagem
337
12
Sobre o conceito de valor e seus usos na avaliação em saúde
339
14
Percepção da qualidade do atendimento dos pacientes que utilizam o SUS
340
19
Projeto sala de espera - Uma ação humanizada na radiologia
342
20
Identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde - Uma ferramenta de gestão
344
22
Educação permanente: Ferramenta de melhoria no processo de identificação segura em unidades hospitalares
346
25
Análise dos artigos de administração de saúde em periódicos acadêmicos de administração
348
26
Accountability nas OSS
350
28
Intervenção da Assistência Farmacêutica no processo de judicialização no SUS para a promoção do uso
racional de medicamentos
352
Avaliação dos motivos de referenciamento ao ambulatório de cardiologia pediátrica da Policlínica Municipal de
Sorocaba pela atenção primária: Criação de proposta de interação educacional em serviço
354
31
Avaliação do impacto da taxa de infecção hospitalar na média de permanência hospitalar
356
32
Prevalência e conformidade na identificação de pacientes por meio de pulseiras em unidades médico-cirúrgicas
em um hospital universitário
358
35
Mudanças no perfil das internações realizadas em um hospital universitário nos últimos 10 anos (2004-2014)
360
36
Adesão às diretrizes de uso das almotolias de álcool 70% e o gasto para a instituição
362
39
Telessaúde: Uma ferramenta eficiente para o SUS
364
40
Avaliação do programa de treinamento em PCR em um hospital terciário de referência do SUS
366
41
Opinião dos enfermeiros sobre a utilização dos indicadores de qualidade da assistência de enfermagem
368
42
A utilização do sistema de indicadores da assistência de enfermagem por gerentes e encarregados de enfermagem
de um hospital universitário
370
45
Síndrome de Burnout entre enfermeiros de um hospital privado na cidade de Olinda
372
48
Análise das taxas de anatomopatológico de neoplasias malignas com margens comprometidas
373
54
Estresse ocupacional de enfermeiros em unidade de terapia intensiva revisão sistemática
376
56
Efetividade de Bundle de prevenção de pneumonia relacionada à assistência à saúde em unidade pediátrica de um
hospital público secundário
378
59
Auditoria medicamentosa: Análise dos erros nas etapas de preparo e administração de medicamentos
380
61
Auditoria como forma de monitoramento da prática segura no centro cirúrgico
382
62
Avaliação da gestão na perspectiva do fortalecimento a partir da formação de gestores:
Uma ferramenta indutora de mudanças
384
Metodologia Positive Deviance aplicada ao checklist cirúrgico
386
29
63
2015 qualihosp
11
sumário
64
Gastroplastia: Tempo de internação, taxa de complicação intra-hospitalar e reinternação em 30 dias do procedimento
388
70
Análise de afastamentos por doença após redimensiomanento de pessoal de enfermagem
390
76
Avaliação do conhecimento da equipe de enfermagem sobre erros de medicação em um Pronto-Socorro infantil
392
77
Impacto da consolidação de um protocolo institucional na redução do tempo de ventilação mecânica e taxas de
permanência hospitalar em pacientes submetidos à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM)
394
O diferencial de um protocolo de cirurgia cardíaca na orientação ao paciente em pré operatório realizado por
enfermeiro especializado em um hospital cardiológico de São Paulo
396
79
Elaborações de um modelo de avaliação da performance de equipes de cirurgia cardíaca
398
80
Desfecho Clínico: Perda de peso e qualidade de vida após 6, 12 e 24 meses da cirurgia bariátrica
399
82
Avaliação da utilização do Bundle como ferramenta de controle de infecção em unidade de terapia intensiva
401
90
Avaliação da produtividade de hospitais brasileiros pela metodologia do diagnosis related groups 145.710 altas em 116 hospitais
402
91
Regulação e Qualidade Assistencial: O programa QUALISS da ANS na perspectiva das operadoras de planos de saúde
404
92
Fluxo dos procedimentos gerenciados para o paciente cirúrgico: Acompanhamento do tempo médio de
permanência e interface com as unidades de internação
405
Análise da aplicação de ferramentas de gestão para implantação de cultura organizacional e adequação ao modelo
de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA)
407
78
94
101 Perfil de solicitação ambulatorial de exames no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
409
111 Taxa de cancelamento de cirurgias por motivos hospitalares em hospital universitário de alta complexidade
411
116 Um protocolo padronizado para reduzir mediastinite após cirurgia cardíaca: Uma iniciativa de melhoria de
qualidade de um hospital privado brasileiro
413
120 Impacto do treinamento em cuidados específicos para Infarto Agudo do Miocárdio: Comparação do tempo portabalão entre um hospital cardiológico e hospitais não especializados de uma rede privada em São Paulo
415
124 Parto Seguro: Implantação de um checklist obstétrico
417
125 Melhoria dos resultados através de um programa baseado no relatório do banco de dados do STS - Primeira
experiência de um hospital brasileiro
419
126 Reestruturação de um protocolo de profilaxia para tromboembolismo venoso
421
127 Programa de certificação do processo de administração de medicação
423
132 Avaliação da aquisição de conhecimento em RCP através de simulação realística
425
134 Laudos de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) em Artroplastias de Joelho: Diferença entre materiais
utilizados e autorizados pelo SUS
427
136 Nível de adesão ao protocolo sepse eixo adulto em um hospital secundário
428
138 A aplicação do HFMEA para melhoria no processo da TRSC
430
148 Segurança do paciente: Capacitação à distância
432
154 Políticas públicas de saúde e os idosos institucionalizados: Um panorama do brasil
434
159 O planejamento estratégico como ferramenta para a eficiência da gestão pública - A experiência do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP
436
12
qualihosp 2015
sumário
160 A atenção primária e os idosos institucionalizados: A perspectiva dos profissionais de saúde no Brasil
438
169 Percepção dos enfermeiros acerca dos indicadores de qualidade no âmbito hospitalar
440
171 Desenvolvimento e validação de indicadores de boas práticas em segurança do paciente: Projeto ISEP- Brasil
442
178 Estudo da incidência de eventos de segurança evitáveis em UTI
444
180 Equivalência semântica, conceitual e de itens da versão brasileira do
Observable Indicators of Nursing Home Care Quality Instrument
446
181 Equivalência transcultural de mensuração do Observable Indicators of Nursing Home Care Quality Instrument
448
184 Otimização da gestão hospitalar baseada no médico guardião
450
188 Aplicação da pesquisa de cultura de segurança em uma rede de hospitais privados no Brasil
451
190 Humanização hospitalar implantação sistema de chamada eletrônica
453
192 Avaliação da higiene de mãos, prevenção de influenza e infecções por micro-organismos multirresistentes em
hospitais de Natal/RN - Brasil
455
194 Inovação de modelos de negócios em serviços de saúde de clínicas de hemodiálise
459
200 Fatores relacionados à queda de pacientes: Percepção de coordenadoras de enfermagem
460
203 Eventos adversos ocorridos com idosos em uma clínica cirúrgica
462
204 Representação social da cultura de segurança do paciente para profissionais de um hospital do Rio Grande do Norte, Brasil
464
205 Aplicação da metodologia Lean em um Pronto Socorro
466
207 Adesão à práticas seguras para prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde
468
208 Lista de abreviaturas, símbolos e expressões de doses associados a erros de medicação
470
209 Termômetro de sensibilização: Uma ferramenta de avaliação da cultura organizacional durante a implantação da acreditação
472
210 Como avaliar o engajamento do corpo clínico ao processo da acreditação
474
215 Impacto das internações de urgência e emergência no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil
476
216 Financiamento de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS): Comparação entre as especialidades
clínica e cirúrgica
478
217 A gestão municipal e as ações da atenção primária direcionadas aos idosos institucionalizados no Brasil
480
218 Influência da ocorrência de condições adquiridas no tempo de permanência hospitalar das internações em Belo
Horizonte avaliada pelo Diagnosis Related Groups (DRG)
482
220 Uso do ultra-som para punção de acesso venoso central: Um indicador de qualidade e segurança do paciente
483
222 Concepção dos gestores e gerentes quanto ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos
na estratégia de saúde da família de Parnamirím/RN - Brasil
484
225 Avaliação das dimensões da cultura de segurança do paciente em hospitais com diferentes tipos de gestão
486
226 Percepção do nível de segurança do paciente em hospitais brasileiros e fatores associados
488
230 Acesso aos leitos de uti: Estratégias de regulação e percepções dos gestores locais do SUS
490
232 Gestao hospitalar baseada em evidências: Uso das tics por hospitais de ensino
492
2015 qualihosp
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sumário
233 Impacto do Programa de Gerenciamento de Doença no tempo para reinternação
494
236 Monitoramento de tempos de espera para atendimento de uma unidade de Pronto-Socorro por um gestor de
enfermagem: Eficiência e qualidade do atendimento
496
238 Autoavaliação para higiene das mãos em serviços de saúde do Brasil
498
244 Fatores associados ao acesso à reabilitação física para vítimas de acidentes de trânsito
500
246 Custos e qualidade em saúde na terceira idade. Desafio nacional
503
249 Barreiras de acesso à reabilitação física após acidentes rodoviários: Perspectiva das vítimas e dos profissionais de saúde
505
252 A assistência em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, sob a óptica dos técnicos de enfermagem
508
253 O absenteísmo nas consultas ambulatoriais - Uma análise em hospital terciário do sul do Brasil
510
254 Uma unidade especializada em cuidados intensivos neurológicos tem melhor desempenho quando comparada
com uma unidade geral?
512
255 Avaliação e comparação das características dos pacientes idosos internados na Unidade de Terapia Intensiva
514
256 Incidentes relacionados à assistência à saúde notificados ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
516
261 Mortalidade no HCPA: A diferença entre o SUS e os Convênios
518
262 Pesquisa de cultura de segurança do paciente em um hospital público terciário de ensino
522
263 Readmissão hospitalar como indicador de qualidade em serviços de saúde: Revisão integrativa
524
264 Opinião do acompanhante da criança hospitalizada quanto à segurança e qualidade da assistência de enfermagem
525
266 Atenção primária em saúde e contexto familiar: Análise do atributo “centralidade na família”
527
267 Gerenciamento de riscos de um serviço de quimioterapia, Natal-RN
529
272 Avaliação dos desfechos dos processos licitatórios na modalidade pregão eletrônico de um hospital universitário
do estado de São Paulo
531
273 Estratificação de risco: Experiência em operadora de saúde na busca de um modelo ideal
533
274 Implementação dos princípios de Deming na saúde: O caso de um hospital pertencente a uma cooperativa médica
de Guarulhos – SP
535
299 Indicadores de segurança do paciente desenvolvidos por organizações internacionais
537
301 Impacto financeiro dos eventos adversos em hospitais para o SUS
540
302 Segurança do paciente em hospitais do estado de São Paulo: Resultados preliminares
542
304 Perfil do paciente com múltiplas internações e reinternações hospitalares: Experiência em operadora de saúde
544
305 Aplicação de ferramenta pró-ativa para análise antecipada de risco no processo de quimioterapia
546
307 Aplicação de uma ferramenta de análise prospectiva para definição de um processo crítico
549
310 Linha de cuidado materno infantil em um município da região metropolitana de São Paulo - Implantação da rede cegonha
550
311 Redução da taxa de cesariana em primíparas: Uma mudança do contexto local
552
312 Implantação do plano terapêutico multidisciplinar em Unidade de Terapia Intensiva
554
313 Fatores de risco e profilaxia para tromboembolismo venoso em terapia intensiva
556
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sumário
314 Pressão do balonete traqueal em pacientes intubados na Unidade de Terapia Intensiva
558
315 Ações de enfermagem na prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica
560
316 Assistência segura ao paciente em ventilação mecânica: Conhecimento de profissionais de enfermagem
562
317 Nível de satisfação da equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva
564
318 Controle de estoque de materiais hospitalares: Uma revisão bibliográfica
566
320 Aspectos Medológicos do Índice de Humanização dos Serviços de Saúde - IHS
567
324 Validação da lista de verificação para o parto seguro da organização mundial de saúde para hospitais brasileiros
569
328 Ressarcimento ao Sistema Único de Saúde das internações hospitalares de beneficiários da saúde suplementar
cobertos contratualmente
571
331 Internações por transtornos mentais e comportamentais provenientes do Departamento Regional de Saúde de Registro
574
333 Análise da assertividade da classificação de risco esi associado a um processo sistematizado de atendimento
576
334 Índice de Desempenho Assistencial como instrumento para comparar a segurança assistencial em uma rede de hospitais
578
335 Rede Escola de Saúde - Uma experiência de planejamento de serviços de saúde orientada pelo design voltada para
a educação e formação de Recursos Humanos no SUS
580
336 O impacto na aprendizagem da enfermagem com a capacitação no atendimento de parada cárdio respiratória
582
342 Percepção do paciente internado em relação à sua segurança
584
344 Estudo das solicitações de tomografias por um serviço de emergência - Análise da assertividade dessas solicitações
586
347 Avaliação da eficácia de treinamentos aplicados a equipe de enfermagem de um hospital geral acreditado
588
350 Indicadores de qualidade da assistência de enfermagem na atenção primária: Revisão integrativa
589
352 Gestão da produtividade nos hospitais e a sua relação com os programas de Acreditação Hospitalar
593
354 Avaliação da qualidade do processo de demarcação cirúrgica como meta internacional de
segurança do paciente operatório
595
357 Resultados perinatais satisfatórios x acolhimento e classificação de risco obstétrico como ferramenta de qualidade
596
358 Desafios em pagamento por performance: Revisão de literatura
598
360 Processo de implantação do e-SUS em um estado brasileiro: Experiência do TelessaúdeRS
600
362 Avaliação de produção audiovisual como objeto de aprendizagem virtual para utilização do Prontuário Eletrônico
do Cidadão (PEC)
602
363 Mapeamento da informatização das unidades básicas de saúde de um estado brasileiro
604
364 Avaliação das capacitações realizadas pelo TelessaúdeRS para a utilização do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
606
367 Planificando rede temática de atenção à saúde: Avaliação dos significados e sentidos para gestores municipais e
facilitadores institucionais
608
368 Análise da capacidade funcional da população idosa participante do programa de atenção integrada ao idoso
610
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relato de c aso
Trabalho n o 1
Gestão em Saúde
Gestão administrativa do bloco cirúrgico Um reflexão para otimizar o desempenho
integrando a prática médica, assistência e
gestão. Um estudo de caso
Autor: Vitor Tadeu Ferreira
Instituição: Hospital Moinhos de Vento
A experiência da gestão administrativa no bloco cirúrgico
desdobramentos que podem virar oportunidades de melhorias para outras unidades
assistenciais
A experiência de implantação da gestão administrativa no Bloco Cirúrgico do Hospital Moinhos de Vento está fomentando
diversas reflexões. A seguir, apresentamos algumas delas, no intuito de compartilhar oportunidades de melhoria, que podem
ter aplicação sistêmica por todas as unidades assistenciais, de diferentes unidades hospitalares. Seguem algumas reflexões e
constatações que motivaram a criação da Gestão Administrativa do Bloco Cirúrgico:
1. Esgotamento da equipe de enfermagem: A primeira constatação é de que o modelo anterior concentrava na enfermagem
toda a responsabilidade de gestão, contemplando, além da gestão da equipe de enfermagem, por si só, já imensa e complexa, toda a gestão de outros apoios assistenciais (fisio, nutrição, orientação da farmácia, etc), da equipe administrativa
com todas as suas ramificações, das manutenções corretivas, preventivas, instrumentais, rotinas de esterilização, e talvez
o principal ônus do modelo, fazia com que a enfermagem funcionasse como o gatilho das comunicações institucionais,
concentrando decisões de autorizações, remanejamentos, altas, cancelamentos, contatos com o andar, com a recepção e
admissão de pacientes, dentre outras atividades consideradas “complementares”, ou “secundárias”.
2. Dificuldade no estabelecimento de um DIÁLOGO ORGANIZACIONAL eficiente: Outra consideração fundamental neste modelo, é que a contraparte de referência para as decisões era centrada em um profissional médico, nunca no diálogo com um
profissional administrativo. E o médico, por vocação, prioriza MACRO aspectos técnicos dos procedimentos, assim como o
relacionamento interpessoal com pacientes e colegas de profissão, não focando em rotinas, microprocessos e/ou aspectos
administrativos ou periféricos às intervenções médicas.
3. A valorização das rotinas e dos controles administrativos. Com o empoderamento de um administrador no Bloco Cirúrgico,
buscamos o referencial teórico de Avedis Donabedian, que desenvolveu um quadro conceitual fundamental para o entendimento da avaliação de qualidade em saúde, a partir dos conceitos de estrutura, processo e resultado, classicamente
considerados uma tríade, que corresponde às noções da Teoria Geral de Sistemas: input-process-output, que pressupõe:
ESTRUTURA - recursos físicos, humanos, materiais e financeiros necessários para a assistência médica. Inclui disponibilidade
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relato de c aso
de recursos, controles administrativos, gerenciamento de tempos e movimentos e mão-de-obra qualificada. PROCESSO atividades envolvendo profissionais de saúde e pacientes, com base em padrões de qualidade pré-definidos. A análise de
performance do processo pode ser feita sob o ponto de vista técnico e/ou administrativo. RESULTADO - É o produto final da
assistência prestada, considerando saúde, satisfação de padrões e de expectativas.
4. O espelho para outras unidades assistenciais. É certo que ainda existe muito para ser feito, que os achados acima são
incipientes, mas a organização sistêmica superior é evidente, assim como o melhor aproveitamento dos processos. E
esta mesma reflexão pode servir de base para a análise de nossas Unidades de Internação, Ambulatórios/Consultórios e
Recepções. Pois temos atividades correlatas sendo executadas em padrões diferentes, e, assim como vinha ocorrendo no
Bloco Cirúrgico, mazelas de processos básicos passaram a ser aceitas como parte da rotina, o que não é aceitável. Também,
assim como percebido no bloco cirúrgico, existe um acúmulo de funções na enfermagem, com os mesmos resultados já
apresentados. Aliás, um pouco pior, pois nestes casos citados, o paciente não está anestesiado, e é um ator consciente de
tudo que ocorre à sua volta, criando questionamentos e situações desconfortáveis para o patamar de excelência anunciado
pela instituição.
2015 qualihosp
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relato de c aso
Trabalho n o 13
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação de riscos de quedas de idosos
no domicílio: Subsídio para tecnologia
educacional com o foco na segurança do
paciente
Autoras: Izabel Cristina Luiz; Ana Karine Ramos Brum
Instituição: UFF - Universidade Federal Fluminense
Introdução
Este projeto traz a proposta de contribuição no campo da pesquisa e assistência, trazendo melhorias e conhecimentos na
segurança do paciente baseados nas seis metas internacionais de Segurança do Paciente, conforme determinado pela Joint
Commission International, em parceria com a OMS em 2006. As Seis Metas Internacionais de Segurança, têm sido implementadas nos hospitais em processo de acreditação, em busca de melhorias nos seus processos assistenciais na área de segurança
e qualidade1. São elas: Identificar os pacientes corretamente; Melhorar a comunicação efetiva; Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância; Assegurar cirurgias com local de intervenção correto; Reduzir o risco de infecções associadas aos
cuidados de saúde; Reduzir o risco de lesões aos pacientes, decorrentes de quedas. Usando como orientação as seis metas
Internacionais de segurança do paciente, a empresa privada focalizada neste trabalho, em parceria com uma empresa de
Tecnologia da Informação (TI), desenvolveu um sistema de gestão para sua carteira de clientes, adotando a missão de mapear
e identificar pacientes com risco de desenvolver determinadas doenças crônicas e monitoramos estes pacientes com a Visita
Domiciliar (VD).
Objetivo geral
Avaliar e identificar os riscos de quedas em idosos, seus fatores extrínsecos e intrínsecos no atendimento domiciliar.
Objetivos específicos
- Analisar os fatores de riscos para idosos de quedas, frente às recomendações da PNSPI (Política Nacional de Saúde da Pessoa
Idosa) e do PNSP (Programa Nacional de Segurança do Paciente);
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qualihosp 2015
relato de c aso
- Elaborar uma tecnologia educacional voltada para o idoso e sua família, visando monitorar e mitigar os riscos de quedas no
domicílio;
- Validar uma tecnologia educacional na prevenção de quedas dos idosos no domicilio, com foco na segurança do paciente.
Desenvolvimento
Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa, em que se pretende estudar sobre a avaliação de quedas
de idosos em domicílio: subsídios para a tecnologia educacional com o foco na segurança do paciente através do Programa
Bem-Viver, oriundo de uma instituição particular de saúde. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade
Federal Fluminense, de acordo com a Resolução 466/122. O projeto consistirá em três fases: Avaliação do risco de queda no
ambiente domiciliar; Analise de resultados a partir da análise estatística descritiva simples; Elaboração de uma tecnologia educacional a partir da análise dos resultados e validação junto a juízes especialistas. Serão utilizadas para avaliar e quantificar o
risco de queda as escalas de Morse2 e de Downton respectivamente. Serão comparadas as escalas de Morse com a escala de
psicométrica de Likert.
Conclusão
No ambiente domiciliar, Os cuidados de enfermagem envolvem ações voltadas para a manutenção, melhora ou recuperação da saúde, potencializando o máximo possível de bem-estar físico e psíquico e independência nas atividades de vida diária.
A finalidade e especificidade dos cuidados domiciliares é manter o doente em casa, seu espaço de identidade e segurança,
promovendo o auto-cuidado e reduzindo as hospitalizações. Os benefícios são plausíveis quando comparados aos riscos, pois
o estudo objetiva a elaboração de uma Tecnologia Educacional que seja uma intervenção viável e aplicável aos idosos e suas
famílias no domicílio a fim de prevenir e mitigar quedas no domicílio, que levam a hospitalização e óbitos.
REFERÊNCIAS
1. Gomes, A.Q.F. iniciativas para segurança do paciente difundidas pela internet por organizações internacionais. 138 f. Dissertação (Mestrado) - Escola
Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz, 2008.
2. MORSE JM. Preventing patient falls: establishing a fall intervention program. New York: Springer Publishing Company, LLC; 2009.
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relato de c aso
Trabalho n o 15
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Programa de implementação e sensibilização
das metas de segurança do paciente em
instituição de cuidados em saúde de longa
permanência: Experiência nacional
Autoras: Cristiane Pavanello Rodrigues Silva; Silvia Helena Frota Mendonca
Instituição: Pavanello Saúde
Introdução
As Instituições de Cuidados em Saúde de Longa Permanência ICSLP, são instituições que provem cuidados às pessoas que
são ou estão incapazes de fazê-lo independentemente da comunidade; estes cuidados podem ser de total gerenciamento da
saúde ou parcial, de longo ou tempo indeterminado, como em cuidados paliativos, ou de curto tempo, como em serviços de
reabilitação ou recuperação. Com o envelhecimento populacional e as condições de cuidados de saúde cada vez melhores, o
prolongamento da vida e ou a sobrevida, é crescente, sendo necessária à assistência segura desse paciente, adulto ou criança,
denominado nesse caso residente, também, fora do ambiente hospitalar clássico, como nas ICSLP. A recomendação internacional como, também, a nacional é que se atenda às 06 Metas de Segurança: Identificação Correta do residente; Melhorar
da Efetividade da Comunicação; Melhorar a Segurança de Medicamentos de Alta Vigilância; Assegurar Cirurgia com Local de
Intervenção Correto, Procedimento Correto e Residente Correto, Procedimento Correto e Residente Correto; Reduzir o Risco de
Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde; Reduzir o Risco de Lesões ao Residente, decorrentes de Quedas.
Desenvolvimento
Para implementação e sensibilização do Programa das Metas de Segurança, o escritório da qualidade junto com a alta
gestão, em 2013, iniciou um conjunto de ações específicas, com a efetivação do monitoramento dessas ações em 2014,
sendo: Criação de Uma Liga de Metas da Segurança Multidisciplinar com reuniões periódicas para discussão dos processos
e fluxos relacionados ao cumprimento das Metas e Elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para cada processo, segundo a realidade e factibilidade local; Elaboração de Material Específico junto à Comunicação e Marketing para
sensibilização da equipe multidisciplinar, com material articulado de bolso que foi entregue a cada treinamento presencial
a cada meta implementada e cartazes de orientação com cores diferentes que foram colocados nos postos de enfermagem
e lugares estratégicos a cada meta treinada e implementada; Elaboração de Indicadores Específicos para cada Meta com
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relato de c aso
treinamento de toda a equipe multidisciplinar envolvida; Criação e 04 Grupos para discussão e elaboração de Planos de
Melhorias dos Indicadores das Metas de Segurança; Gerenciamento desses indicadores e seus planos de melhoria por meio
de ferramenta digital QualyTeam®.
Conclusão
A maior contribuição desse programa é o avanço na direção da qualidade da assistência prestada nas ICSLP, ainda muito
incipiente no Brasil para não dizer negligenciado, sendo que até o Programa Nacional de Segurança não tem obrigatoriedade
nesse tipo de instituição. É importante ressaltar que mesmo ainda com poucas referências nacionais e internacionais em pacientes/residentes crônicos para comparação futura de dados, o primeiro passo em direção à melhoria contínua já foi dado,
identificando e analisando as fragilidades e dificuldades para que se alcance a meta desejada e atenda o objetivo de sensibilizar e capacitar a equipe de saúde da ICSLP, para gerenciar e documentar seus resultados com foco na melhoria da assistência
segura, factível à sua realidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Neto A.Q (2006). Segurança dos pacientes, profissionais e organizações: um novo padrão de assistência à saúde. RAS; 8 (33)
Joint Commission International Center for Patient Safety (2008). International Patient Safety Goals. Recuperado em 20/10/2013, www.jcipatientsafety.org/29083
Smith PW, Bennet G, Bradley S, Drinka P, Lautenbach E, Marx J, et.al. SHEA/APIC Guideline: infection prevention and control in the Long? Term Care
Facility. Infection Control and Hospital Epidemiology, sept.2008, v.29, n.9.Ferreira D.P (2000)
Indicadores de Saúde: construção e uso. In: Cianciarullo T.I, Cornetta V.K.
Saúde, Desenvolvimento: um desafio para os gestores do Terceiro Milênio. São Paulo: Ícone; p. 259-70.
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relato de c aso
Trabalho n o 16
Gestão da Assistência
Intervenção conservadora no tratamento de
lesão isquêmica
Autores: Daise Guilherme Rodrigues; Vanessa Santos Paiva; Eduardo Cavalcanti Calegari; Daniele C. Ferreira de Siqueira
Instituição: Hospital das Clínicas Auxiliar de Suzano
PALAVRAS-CHAVE: noradrenalina, isquemia, técnica de fechamento de feridas.
Relato de Caso: Cuidados Prolongados
Instituições que realizam Cuidados Prolongados em pacientes de longa permanência atuam na recuperação e reabilitação
de pacientes que apresentam alguma sequela da patologia e/ou tratamento. Apresentam o objetivo da prestação individualizada e humanizada do cuidado ao paciente por um período maior que 30 dias de internação. Neste contexto, a área de estomatoterapia faz-se imprescindível para o tratamento das feridas que podem ocorrer com maior frequência.
Desenvolvimento
O relato de caso é para exemplificar a atuação de equipe no perfil hospitalar supracitado em um paciente que apresentou isquemia nas extremidades dos membros inferiores em consequência ao uso de droga noradrenalina, o qual foi assistido
primeiramente em um hospital de alta complexidade, e posteriormente transferido a nossa instituição para reabilitação e
curativos da ferida. O caso a ser discutido é do paciente, I.K, 73 anos, gênero masculino, com antecedentes de ICC, HAS, litíase
renal, filtro cava, TEP duas vezes, TVP MMII Esq., etilista, ex-tabagista, e que em abril de 2014 apresentou abalos no hemicorpo
esquerdo sem perda de consciência, com diagnóstico de aneurisma cerebral, o qual foi submetido à clipagem do mesmo, apresentado sequela de hemiparesia à esquerda e necessidade de reabilitação. Paciente foi transferido a este Hospital em setembro
de 2014, consciente, com hemiparesia à esquerda, sendo observada no momento da admissão hospitalar necrose distal de
3,4 e 5 PDD direito e quatro e cinco PDD esquerdo, decorrente do uso de noradrenalina, que pode ocasionar vasoconstricção
periférica, gerando necrose quando não observado os cuidados pertinentes à administração deste fármaco. O paciente foi
avaliado pela equipe que detectou necrose seca delimitada de aproximadamente 1 cm comprimento x 1.5 cm de largura,
com secreção serosa em pouca quantidade, com odor fétido, bordas úmidas, pele circunvizinha sem hiperemia, pulso pedioso presente bilateral, mas com boa perfusão periférica, e com resposta dolorosa a manipulação dos MMII. Optou-se por um
tratamento conservador, devido ao comprometimento vascular, realizando curativos diários com soro fisiológico associado ao
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relato de c aso
desbridamento por fricção não ocasionando sangramento, com a aplicação tópica de papaína 10% (agente enzimático) como
curativo oclusivo, ocorrendo à remoção do tecido necrosado gradativamente. Após 60 dias de tratamento as falanges estavam
reepitelizadas, e o paciente recebeu alta hospitalar com seguimento ambulatorial.
Conclusão
A reversão imediata da hiporperfusão tecidual é essencial para preservação dos órgãos, sendo utilizada na grande maioria
das vezes drogas vasoativas, as quais apresentam ações farmacológicas variadas, sendo necessário uma interpretação dos efeitos hemodinâmicos sistêmicos e locais, os quais devem ser monitorados pela equipe que assiste o paciente. A intervenção da
lesão mostram-se satisfatória nesse caso, sugerindo que o planejamento adequado realizado pela equipe é capaz de alcançar
os resultados esperados, evitando o ato cirúrgico da amputação, utilizando recursos de baixo custo e de fácil aplicabilidade,
colaborando para a melhoria da qualidade de vida e reabilitação do paciente.
Referência Bibliográfica
http://www.medicinanet.com.br/bula/8276/norepinefrina.htm
PORTARIA Nº 2.809, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2012 - Estabelece a organização dos Cuidados Prolongados para retaguarda à Rede de Atenção às Urgências e
Emergências (RUE) e às demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
RESOLUÇÃO - RDC Nº 283, DE 26 DE SETEMBRO DE 2005.JORNAL DA FFM - Publicação Bimestral da Fundação Faculdade de Medicina ano XII - nº 69 - set/out
2013.Alquati T, Piva JP, Garcia PCR.
Noradrenalina na terapêutica do choque recomendações atuais e novas perspectivas. Scientia Medica. 2008:
2015 qualihosp
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relato de c aso
Trabalho n o 18
Gestão em Saúde
Melhoria no processo de descarte correto
de lixo biológico - Redução de custos e
sustentabilidade
AutorA: Melina Castilho Primo Probaos
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein
Introdução
Para garantir que todo o lixo hospitalar, infectante ou não, seja coletado, tratado e descartado adequadamente, deve-se ter
um plano de gerenciamento deste resíduo. Em 2004, a ANVISA estabeleceu regras de armazenamento e tratamento do lixo gerado, desde a origem até o destino, atingindo todos os estabelecimentos de saúde (RDC 306, 7/12/2004). O descarte incorreto
pode afetar a população e o meio ambiente. Este trabalho foi realizado após a constatação de problemas detectados durante
a supervisão de enfermagem na Unidade Básica de Saúde Dr. Fancisco Scalamandré Sobrinho - UBS Arrastão, realizada pela
autora, que atua como enfermeira sênior da unidade: o lixo comum era descartado na lixeira biológica, as lixeiras não estavam
identificadas e não existia uma lixeira comum e uma biológica em cada sala de procedimento, o que favorecia o descarte incorreto do lixo biológico. O objetivo deste trabalho foi a redução de lixo descartado incorretamente na lixeira de lixo biológico,
diminuindo os custos para o tratamento deste lixo, antes de ir para o aterro.
Desenvolvimento
Realizada a pesagem diária do lixo biológico e a soma do peso do lixo do mês; Realizada sensibilização dos profissionais em
palestra e in loco nas salas; Feito compra e disponibilizadas 1 lixeira comum e 1 biológica em todas as salas; Identificação das
lixeiras como COMUM ou INFECTANTE, inclusive com adesivo de criação própria com informações do que pode e não pode
ser descartado em cada lixeira; Alterado o layout das salas, afastando o lixo biológico das pias e evitando assim o descarte de
lixo comum no biológico.
Conclusão
Ocorreu a diminuição de 60,1% do peso total de lixo biológico descartado no mês, quando se comparou novembro de 2013
com agosto de 2014. No mês de novembro de 2013 o peso era 112,65kg. Em julho o peso era de 44,96kg. Ocorreu uma sensi-
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relato de c aso
bilização do descarte correto do lixo biológico, favorecendo a diminuição dos riscos de acidentes de trabalho e a valorização
do trabalho em equipe, motivando a todos. Em relação aos custos, houve redução aproximada de R$ 324,43 para R$119,23 no
tratamento deste lixo. É um trabalho que visa a sustentabilidade e responsabilidade financeira no gasto do dinheiro público. É
um trabalho contínuo em nossa unidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde.
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relato de c aso
Trabalho n o 21
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Modelagem da cadeia de processos visando
integração das áreas com foco no trabalho em
equipe
Autora: Luciana Paula de Souza
Instituição: Instituo de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP
Introdução
O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP utilizou recentemente uma metodologia para modelagem da
cadeia de seus processos principais e de apoio. Nessa perspectiva o hospital buscou o desenvolvimento e a capacitação das
lideranças e de suas equipes para o mapeamento dos processos. O mapeamento de processos pode ser entendido como uma
orientação sistematizada das atividades que compõem o processo, é o delineamento das etapas e suas inter-relações para
realizar a entrega de um serviço ou produto. Permiti-nos uma visão abrangente do fluxo das atividades do trabalho e a relação
com seus clientes e fornecedores. O principal elemento para se mapear um processo, é a compreensão da relação existente
entre diversas áreas e serviços, para construção do desenho do processo. Para tanto, são fundamentais a interação e o trabalho
em equipe.
Objetivo
Identificar as atividades críticas e as imprescindíveis para o processo, de modo a priorizá-las, eliminando atividades desnecessárias e buscando dessa forma eficiência dos processos e redução de custos.
Metodologia
A partir do processo de certificação hospitalar, o Instituto buscou através de metodologia apropriada, o mapeamento de
seus processos. Como estratégia, o hospital desenvolveu gerentes e líderes na metodologia adotada, uniformizando o entendimento do conceito de gestão de processos e suas respectivas ferramentas para o mapeamento. As principais etapas realizadas foram: identificação do objetivo e resultados esperados, identificação de clientes e fornecedores, descrição das principais
etapas do processo, identificação dos responsáveis pelos processos e definição de indicadores de monitoramento. Após a fase
de definição da cadeia de processos, a equipe foi conduzida a elaborar, através de um retrato lógico, as principais etapas. Foi
fundamental nessa fase a identificação de elementos que contribuíssem para delimitar as entradas e saídas de cada etapa do
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relato de c aso
processo. Um fator primordial durante a elaboração desse mapeamento foi à definição dos responsáveis por executar cada
etapa. Outro ponto imprescindível para o mapeamento foi à definição de indicadores de desempenho, bem como o estabelecimento de metas. Após essas etapas, foi estabelecido fóruns de discussões para acompanhamento e monitoramentos desses
indicadores de processos, como forma de identificação e geração de oportunidades de melhorias.
Resultados
Percebe-se que com a implantação da metodologia de mapeamento, houve uma interação maior entre a equipe multidisciplinar na construção do desenho do processo. Trouxe a oportunidade de priorização de etapas críticas, bem como a possibilidade de monitorar indicadores de desempenho. Possibilitou melhorias nas inter-relações dos processos e contribuiu para
redução de etapas desnecessárias, trazendo ganhos perceptivos aos resultados da Instituição. Os ganhos obtidos por meio do
mapeamento também estão relacionados com a diminuição de custos, pois a simplificação e eliminação de fases desnecessárias e de baixo impacto foram eliminadas, possibilitando a revisão e dimensionamento correto de equipes. Além desses aspectos o mapeamento possibilitou a identificação de possíveis não conformidades nos processos e consequentemente tratativas
e ações preventivas foram implementadas.
Conclusão
Conclui-se que com esse resultado, o Instituto mostrou um envolvimento interdisciplinar da equipe, a co-responsabilidade
sobre os resultados dos processos e o desenvolvimento de reuniões de análise crítica. Contudo, foi possível mostrar a importância do monitoramento de indicadores de desempenho de processos como alvo para a garantia de resultados favoráveis e
redução de custos para a Instituição. Sabemos que a busca pela qualidade deve ser contínua e permanente.
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relato de c aso
Trabalho n o 27
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Uso do FMEA como ferramenta de prevenção
de riscos de processos em unidade de
radiodiagnóstico
AutoraS: Luciana Paula de Souza; Roberta Mari de Oliveira Pereira
Instituição: Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP
Introdução
O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP recentemente utilizou a ferramenta do FMEA (Failure Mode and
Effect Analysis), análise de modo e efeito de falhas, técnica utilizada para a identificação e análise de risco, tendo como alvo a
identificação e priorização das potenciais falhas dos processos. Após o processo de certificação, a instituição implementou esse
método com o objetivo de sistematizar e estruturar as potencias falhas que pudessem ocorrer nos processos, determinando
assim o efeito provável em cada fase do processo. Para o desenvolvimento dessa análise, fez-se necessário o mapeamento dos
processos críticos da instituição e a partir daí a utilização da ferramenta. Nessa perspectiva, o hospital buscou a capacitação da
área da Qualidade e Gestão de Riscos para o desenvolvimento e monitoramento da metodologia implantada.
Objetivo
Conhecer os potenciais riscos de modo e efeito de falhas dos processos críticos de unidade de Radiodiagnóstico, estabelecer prioridades para ações preventivas, buscando dessa forma eficiência e consequentemente redução de custos por falhas
nos processos.
Metodologia
A partir do processo de certificação hospitalar, o Instituto buscou através da ferramenta do FMEA, a identificação e a análise
de riscos de seus processos críticos. Como estratégia, o hospital desenvolveu a área da Qualidade e Gestão de Riscos. Foram
realizadas reuniões de discussões a partir do desenho do processo de cada área, o que resultou na disposição sistemáticas dos
modos de falha potencias em uma tabela de forma a facilitar a interpretação. Após os modos de falha estarem dispostos na
tabela, esses foram analisados e classificados em três aspectos: severidade, probabilidade /frequência e detecção. Pela análise
desses aspectos geramos os potenciais modos de falhas ordenados de acordo com a sua importância. Desta maneira, obtivemos na tabela, informações que nos dessem subsídios para a tomada de decisões. Além desses aspectos, essa ferramenta nos
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relato de c aso
trouxe informações sobre necessidades de maiores controles e planos de contingências. Foi fundamental o envolvimento da
equipe multidisciplinar técnica e de domínio do processo para identificação e análise dos riscos. Após essas etapas, foi estabelecido periodicidade de monitoramento, bem como revisões dos níveis de riscos identificados.
Resultados
Com a implantação da ferramenta FMEA, a instituição conseguiu catalogar de forma sistemática as possíveis falhas de
seus processos e consequentemente ter subsídios para a solução de possíveis não conformidades relacionadas aos processos.
Trouxe a oportunidade da equipe conhecer melhor seus problemas e priorizar os riscos críticos, bem como, desenhar ações de
melhorias e planos de contingências casos esses eventos ocorressem. Outro ganho foi o envolvimento e o desenvolvimento
da equipe técnica na ferramenta aplicada. Possibilitou melhorias nas inter-relações das equipes e contribuiu para a redução de
custos relacionados a processos não gerenciados por meio da prevenção de ocorrências de falhas.
Conclusão
Conclui-se que com esse resultado, o Instituto incorporou a atitude de prevenção de falhas, a co-responsabilidade e trabalho em equipe, bem como a redução de custos relacionados a riscos não gerenciados. Contudo, foi possível mostrar a importância do monitoramento dos riscos de processos, como alvo para a garantia de resultados favoráveis, satisfação do cliente e
benefícios financeiros resultantes das melhorias dos seus processos.
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relato de c aso
Trabalho n o 30
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação do programa 5S em hospital
público: Possibilidades e desafios para
reorganização dos setores e melhoria na
qualidade da assistência prestada
AutorAs: Eliane Soares de Teves; Débora Elaine Santos da Silva
Instituição: Hospital Nestor Goulart Reis
Introdução
As ações voltadas à qualidade no Hospital, onde o relato ocorreu, se iniciaram no ano de 2013, de forma lenta e gradativa.
O Hospital passou por mudanças estruturais, físicas e administrativas e trabalhar com qualidade passou a ser um desafio, pois
esbarrava na resistência de alguns funcionários em relação às mudanças que o Programa 5S, método utilizado, iria acarretar no
espaço hospitalar. Implantar o Programa 5S (Carvalho, 2011) e fazer disso uma ferramenta para monitorar e avaliar a qualidade
da assistência e dos serviços prestados era, e ainda é, uma tentativa de amenizar estas resistências e implantar uma nova cultura
operacional. O método utilizado para este artigo foi o Relato de Experiência (ZIMERMAN, 1997).
Desenvolvimento
Foram organizadas reuniões mensais para discutir a implantação do programa e as formas de aplicação dos 5 sensos:
utilização (1), organização (2), limpeza (3), higiene (4) e autodisciplina (5); orientações para a equipe e de como seriam as
auditorias. Através destas reuniões foi montado um cronograma de implantação, estabelecidos os impressos das auditorias
e os métodos de avaliação. A implantação ocorreu nas seguintes etapas:
A. Passos para implantação do Programa 5S.
A.1. Criação da Comissão.
A.2. Delimitação das áreas.
A.3. Treinamento dos líderes para o entendimento dos 5 sensos.
A.4. Divulgação do Programa.
A.5. Criar uma área de descarte para materiais e equipamentos em desuso.
B. Inicio da implantação: Dia “D”
C. Impressos para Auditoria Interna.
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relato de c aso
D. Largada.
E. Avaliação e Atribuição dos valores.
F. Divulgação dos resultados.
G. Relatório final.
H. Plano de Melhorias: Os sensos 1,2,3,4 foram aplicados em novembro de 2013 e o senso 5 em dezembro de 2013.
A primeira auditoria aconteceu ainda no mesmo ano e todos os setores do hospital foram avaliados. A segunda auditoria foi
realizada em Maio de 2014, seguida de mais 1, após 4 meses de intervalo. Os resultados foram tabulados e divulgados através
de painéis, e assim todos os funcionários puderam ver os resultados obtidos nos seus setores. Após um ano de implantação e
três auditorias realizadas, os resultados foram positivos, conforme Planilha de Avaliação dos Auditores. Dos 54 setores auditados, 67% conseguiram melhorar os resultados da última auditoria com relação às duas anteriores e 33% obtiveram resultados
inferiores, pelo menos em um dos Sensos. Os dados mostraram de modo geral, que houve uma significativa melhora no padrão
da qualidade, e que os setores estão se envolvendo cada vez mais nas ações de melhorias; as pessoas estão se comprometendo
com o Programa, buscando alternativas e estratégias para atingirem a manutenção e a superação de suas metas.
Conclusão
Esse programa trouxe algumas possibilidades positivas de melhoria de qualidade para o Hospital, tanto para os pacientes
quanto para os funcionários, pois mobilizou todos os setores, motivou pessoas, promoveu conhecimentos compartilhados e
possibilitou melhorias comuns, estabeleceu normas e rotinas padronizadas para os setores e principalmente, na qualidade de
assistência prestada aos pacientes. Um dos desafios centrais com o Programa é manter a cultura de qualidade no ambiente
Hospitalar, pois é complicado trabalhar com normas e rotinas que mexem com a estrutura organizacional, sobretudo no setor
publico. Outros importantes desafios estão relacionados com a permanência dos Auditores, pelo menos ao longo de três anos,
para elevar a qualidade de excelência das Auditorias e o retorno, em forma de ações, dos dirigentes da Instituição, no sentido
de atender às indicações pontuadas pelas Auditorias.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Pedro Carlos de. O programa 5S e a qualidade total.5ª ed. São Paulo: Editora: Alínea, 2011.
ZIMERMAN, David Epelbaum. et al. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes
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relato de c aso
Trabalho n o 34
Gestão da Assistência
Facilitadores do processo de desospitalização:
Experiência de um hospital geral privado
Autoras: Ana Cristina T. Maricato; Mônica Cristina de C. Campioli Brandão; Gilvane Lolato; Maria Chiara Chindamo
Instituição: HOSPITAL BARRA D’OR
Introdução
A internação domiciliar permite ao paciente retornar ao convívio familiar, visto que sua recuperação é mais rápida quando encontra-se em ambiente acolhedor. A redução do tempo de internação e a otimização do gerenciamento de leitos são
condições necessárias para sustentabilidade da instituição e para atender às demandas dos usuários. Sendo assim, buscou-se
implementar em um Hospital geral privado do Rio de Janeiro um fluxo de solicitação de cuidados domiciliares a partir da padronização de um formulário específico para utilização junto às operadoras de saúde. Este formulário compõe história clínica
resumida e indicação médica dos recursos necessários à continuidade da assistência. O processo de desospitalização visa agilizar a comunicação entre as equipes x famílias x operadoras na indicação de cuidados domiciliares, oferecer orientações sobre
direitos e benefícios dos idosos, preparar as famílias para a continuidade do cuidado em casa através do suporte emocional
oferecido pelo Serviço de Psicologia.
Desenvolvimento
A partir de Julho/2009 o Serviço Social (SeSo) identificou como principais causas de demora para a desospitalização a
inexistência de fluxo padronizado de solicitação de Home Care (HC), implementando as seguintes mudanças: identificação de
todas as operadoras conveniadas com o Hospital e as prestadoras de serviços especializadas em assistência domiciliar, formatando a descrição de trabalho de cada uma; formalização do fluxo de solicitação de HC, definindo-se etapas e papéis da equipe
multidisciplinar; padronização do formulário de solicitação de HC, constando itens necessários ao cuidado do paciente; criação
da folha de acompanhamento individual de HC, onde são registradas todas as evoluções de cada caso; implementação de
indicadores mensais, avaliando-se a performance deste processo. A análise foi realizada através do programa Biostat 5.0 com
significância estatística de p<0.05. Utilizou-se o teste binomial exato de Fisher para as comparações entre os grupos, devido à
escala nominal dos dados. Houve um aumento do número de casos aceitos em HC após a implementação do fluxo a partir do
ano de 2010 (p<0.05), notadamente a partir do 1º semestre de 2010. Os primeiros seis meses foram importantes para a estruturação do fluxo junto às operadoras.
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relato de c aso
Resultados
O tempo médio de desospitalização foi de 14 dias (mediana de 8 dias) e as taxas evolutivas desse processo estão descritas
na tabela abaixo:
Anos/ (n) casos
Aceitos
%
p
2009 (n=147) vs. 2010 (n=189)
78
113
60
0,21
2009 (n= 147) vs. 2011 (n=197)
78
126
64
0,04
2009 (n=147) vs. 2012 (n=201)
78
133
66
0,01
2009 (n= 147) vs. 2013 (n=259)
78
177
68
<0.001
2009 (n=147) vs. 2014 (n= 266)
78
206
77
<0.001
Conclusão
A experiência da estruturação de um fluxo de solicitação de HC mostrou um aumento progressivo dos casos aceitos a partir
do 1º semestre de 2010. Houve aumento médio significativo na taxa de desospitalização de 17% entre os anos de 2009 e 2014.
O mapeamento dos processos teve um impacto positivo na comunicação e relacionamento entre as operadoras de saúde,
equipes e famílias. As famílias mostraram-se mais seguras e acolhidas frente ao processo.
Bibliografia
CARLETI, SMM, REJANI, MI. Atenção Domiciliária ao paciente idoso. Papaléo Netto M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 1996
FABRICIO, S.C.C., WEHBE, G., NASSUR, F.B., ANDRADE, J.I. Assistência Domiciliar: A experiência de um hospital privado do interior paulista. Rev. Latino Americana
de Enfermagem 2004 setembro - outubro; 12(5): 721-6
RIBEIRO, A.C. ABRAHÃO, M.S. tradução GOMES, I.L. Home Care - Cuidados Domiciliares, Protocolos para a Prática Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara K
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relato de c aso
Trabalho n o 38
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
O monitoramento da reconvocação de
pacientes como medida preventiva para
redução de custos decorrentes a repetição de
exames de radiodiagnósticos
Autoras: Elizabeth da Costa Jóia; Luciana Paula de Souza
Instituição: Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina de São Paulo
Introdução
O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP, implantou em 2010 o Setor de Orientação e Convocação de
Pacientes (SOC), com seu principal objetivo de conhecer e monitorar as causas/motivos pelos quais os pacientes eram convocados e repetir/ complementar seus exames. Após a implantação do Setor, foi necessário o desenvolvimento de uma Política
de Reconvocação de Pacientes, com propósito de estabelecer e padronizar critérios para reconvocação. Com a preocupação
em melhorar os seus processos no que tange na qualidade ao atendimento ao cliente, o SOC padronizou um impresso próprio
para solicitação de reconvocação de pacientes, onde integrou informações importantes para um monitoramento do controle
de risco ao paciente devido a repetição do exame e consequentemente a exposição à radiação, bem como controle do retrabalho e aumento do custo decorrente ao novo exame. OBJETIVO: Conhecer e monitorar os principais motivos pelos quais os
pacientes são reconvocados a repetir seus exames, e dessa forma garantir a redução do percentual de pacientes reconvocados,
redução da exposição à radiação e redução de custos para instituição.
Metodologia
Após estruturação do Setor e estabelecimento da Política de Reconvocação do Paciente, pode ser estabelecido o indicador do percentual de pacientes reconvocados. Foi estabelecido em conjunto com a alta direção um fórum para discussão e
implementação de ações para redução desse percentual. Após acompanhamento de uma seria história, foi definida a meta de
20% pelo instituto. Os dados do número de pacientes reconvocados são coletados a partir do preenchimento do formulário
de reconvocação pelo médico radiologista. Os dados são monitorados pelo enfermeiro do SOC mensalmente e trabalhos em
conjunto com os Serviços de referência. Esse indicador é analisado qualitativa e quantitativamente e estratificados por motivos
de reconvocação mensalmente nas Reuniões de Análises Críticas (RACs) da instituição e planos de ação são implantados e
monitorados pelos respectivos responsáveis.
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relato de c aso
Resultados
Com a estruturação do SOC e definição de indicador de monitoramento das reconvocações de pacientes, o instituto através
das RACs pode acompanhar o percentual desses pacientes reconvocados. No início das análises em junho de 2014, o percentual de reconvocação era 38% e após esse acompanhamento e ações de melhorias, esse percentual apresentou queda nos meses
seguintes, atingindo uma média de 22%. Durantes as análises pode-se perceber que os principais e motivos de reconvocação
estavam relacionados a falhas de processos. A partir dessas informações, a instituição pode a melhorar seus processos, acompanhar de forma sistematizada o indicador, melhorar a satisfação do cliente, reduzir retrabalhos e consequentemente os custos
da repetição dos exames.
Conclusão
Foi possível concluir com esses resultados, que com o monitoramento do indicador de reconvocação, a instituição pode
estabelecer ações de melhorias em seus processos a partir das não conformidades detectadas. Evidenciamos no decorrer dos
meses, o envolvimento das equipes em prol de melhores processos e práticas, a corresponsabilidade sobre os resultados atingidos. Contudo, foi possível mostrar a redução dos custos pela diminuição do percentual de reconvocação do paciente.
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relato de c aso
Trabalho n o 43
Gestão da Assistência
A legislação fiscal como ferramenta para a
rastreabilidade e segurança dos pacientes
Autoras: Luciane Camillo de Magalhães; Daiana Souza de Oliveira; Luciana Raupp Rios Wohlgemuth
Instituição: Hospital de Clinicas de Porto Alegre
Introdução
O Sistema Público de Escrituração Digital foi criado com o objetivo de realizar todos os registros fiscais de forma eletrônica,
integrando diversos processos. Através desta legislação, um hospital público universitário alterou o seu sistema contábil e passou a trabalhar com materiais de órtese e prótese e especiais (OPME) de forma consignada, com autorização da Secretaria da
Fazenda Estadual (SEFAZ), visando a rastreabilidade destes produtos e a segurança dos pacientes.
Desenvolvimento
A partir do decreto 6.022/2007, foi instituído no Brasil o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Este sistema prevê
que os livros e documentos contábeis e fiscais sejam emitidos em forma eletrônica. Em resumo, o SPED é uma solução tecnológica que oficializa os arquivos digitais das escriturações fiscal e contábil dos sistemas empresariais dentro de um formato digital
específico e padronizado. A nota fiscal eletrônica foi o primeiro subprojeto do SPED colocado em prática. Com a implantação,
os contribuintes encaminham todas as informações para os órgãos fiscalizadores por meio de um sistema digital online. Os
arquivos vão para uma base de dados única e são compartilhados pelo fisco e demais órgãos autorizados. O Governo federal, os
Estados e as instituições podem acessar diretamente o sistema, obtendo as informações desejadas (BRASIL, 2007). A partir desta
obrigatoriedade, desenvolveu-se, neste hospital, um sistema de livros fiscais que permitiu a emissão e recebimento de notas
fiscais eletrônicas, através da integração com o software próprio da Instituição. Dentro deste contexto, iniciou-se uma discussão
sobre os materiais de órtese e prótese, que são de alto custo e necessitam de dados rastreáveis, para garantir a segurança dos
pacientes. A instituição solicitou à SEFAZ, autorização para trabalhar com consignação, que foi concedida. Os produtos chegam
ao hospital com nota fiscal eletrônica de consignação de entrada, são registrados no sistema interno gerando uma etiqueta
de código de barras com informações como fornecedor, dados da nota fiscal, data validade, lote, marca comercial, mantendo
assim rastreabilidade. Os procedimentos cirúrgicos no hospital são agendados e os materiais de OPME são dispensados por
pacientes, realizando a leitura do código de barras, que contém as informações rastreáveis. Após o uso destes materiais é gerado o Comunicado de Utilização de Material (CUM), que é encaminhado eletronicamente ao fornecedor para emissão da nota
fiscal de venda do produto e ao prontuário do paciente para faturamento pela fonte pagadora. A nota de venda emitida pelo
fornecedor também é vinculada ao CUM para a total rastreabilidade dos materiais utilizados. É importante comentar, que conforme Ajuste Sinief 11/2014, o fornecedor da consignação deve gerar sua própria nota de retorno simbólico da consignação do
material para posterior emissão de nota de faturamento.
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Conclusão
A implantação do SPED neste hospital e a introdução da consignação de forma informatizada e legal contribuíram no controle e nos registros dos materiais de OPME, que passaram a ter etiqueta de código de barras com total rastreabilidade. Estas
informações acompanham o paciente, na utilização e ficam disponíveis no prontuário. A rastreabilidade destes produtos é
muito importante para garantir a qualidade e a segurança dos processos assistenciais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007. Institui o Sistema Público de Escrituração Digital. In: Diário Oficial da União de 22/01/2007. BRASIL.
Ajuste SINIEF Nº 11 DE 15/08/2014. Dispõe sobre a concessão de regime especial na remessa interna e interestadual de implantes e próteses médico-hospitalares para hospitais ou clínicas. In: Publicado no Diário Oficial da União de 19/08/2014.
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relato de c aso
Trabalho n o 44
Gestão da Assistência
Programa de incentivo à pós graduação do
hcb-pip hcb
Autores: Vanderli Frare; Karine Hepp Guimarães; Mariana Ramos Souza; Renilson Rehem de Souza
Instituição: Hospital da Criança de Brasília - José de Alencar
Introdução
A Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), atuante no
Distrito Federal, percebeu a necessidade de ir além da assistência às famílias de crianças portadoras de câncer. Moveu esforços
e mobilizou a sociedade civil e ergueu um centro especializado, com recursos plenos e gerenciamento eficiente, para o tratamento integrado e multiprofissional da criança e do adolescente. Assim nasceu o Hospital da Criança de Brasília José AlencarHCB. Depois de pronto em 2009, foi doado pela Abrace ao Governo do Distrito Federal-GDF, passando a integrar a rede pública
de saúde. Atende exclusivamente pelo SUS e é gerido pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada-ICIPE, por meio
de um contrato de gestão com a Secretaria de Saúde do DF. A primeira fase, Bloco I, inaugurado em 2011, atualmente conta
com 624 funcionários e mais de 1.000.000 de atendimentos realizados em 18 especialidades. Destaca-se: a oncohematologia,
neurologia, cirurgia pediátrica, gastroenterologia, nefrologia, pneumologia e reumatologia; procedimentos de diálise, de multiprofissionais e exames laboratoriais, de imagem e métodos gráficos. Na modalidade de Hospital dia, conta com 19 leitos e
26 poltronas para procedimentos ambulatoriais. Com a segunda fase, Bloco II, previsto para 2015, fica concretizado o projeto
de Hospital pediátrico completo e assim cumprirá a sua missão - Assistir a população, de 29 dias a 18 anos, referenciada para
atenção especializada de média e alta complexidade, com integralidade e resolutividade humanizada, promovendo ensino e
pesquisa e inovações no modelo de gestão, em parceria com o GDF. A visão da instituição, como assistência pediátrica terciária,
é de ser reconhecida nacional e internacionalmente como centro de excelência em atenção pediátrica especializada e referência em ensino e pesquisa, motivos pelos quais são realizadas diversas ações de treinamento e desenvolvimento. Considerando
o contexto, mais a dificuldade pela baixa oferta de profissionais qualificados na área da saúde, a escassez de pediatras, onde
mesmo no serviço público que oferece salários acima do mercado e estabilidade, encontra-se dificuldade na manutenção
destes profissionais, entende-se que é de suma importância realizar programas de incentivo ao desenvolvimento profissional.
Desta forma, acredita-se que ações desta natureza contribuem para a atração e retenção dos profissionais. Por isso, o HCB tem
como estratégia de RH a gestão do conhecimento visando atingir os objetivos organizacionais o que justifica a implantação
do PIP-HCB.
Desenvolvimento
O PIP-HCB tem como meta incentivar a qualificação acadêmica e contribuir para o vínculo, fidelização e satisfação dos funcionários. Materializa-se por meio da concessão de bolsas ou liberação de horas de serviço para os funcionários cursar pós-gra-
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duação, lato senso e stricto senso, incluídos os MBAs em instituições de ensino superior, reconhecidas pelo MEC. Deste modo,
além de contribuir para o aperfeiçoamento da formação acadêmica dos funcionários, contribui-se também para a melhoria da
qualidade dos serviços prestados pelo hospital aos seus usuários. O processo de seleção para receber o incentivo é aberto em
Dezembro e Junho de cada ano e a concessão do auxílio segue regras estabelecidas em resolução interna e privilegia diversas
áreas de conhecimento.
Conclusão
O Programa iniciou em junho/2014, com ofertas de 30 vagas. Foram recebidas 3 inscrições e concedidas 3 bolsas nas áreas:
Gestão Estratégica de Recursos Humanos, Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal e Administração Pública. O período de inscrições para o segundo ciclo encontra-se em aberto e houve um aumento de 80% na procura e interesse pelo benefício.
REFERÊNCIAS
DAVENPORT, T. H; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial: como as Organizações Gerenciam o seu Capital Intelectual. Métodos e Aplicações Práticas. RJ:
Campus,1998
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relato de c aso
Trabalho n o 46
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implementação da metodologia 5S no Instituto
de Radiologia do Hospital das Clínicas
Autoras: Rosineide Iloia; Simone Fátima de Melo Gomes
Instituição: Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP
Introdução
Em busca da melhoria continua o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas implementou o Programa da Qualidade
Total que trata da arrumação, da ordem, da limpeza, do asseio e da autodisciplina assim conhecido no Japão e também no
Brasil como 5S, por representar as iniciais de 5 palavras japoneses: SEIRE, SEITON, SEISOH, SEIKETSU E SHITSUKE. A Filosofia 5S é
um compromisso de melhoria integral do ambiente e das condições de trabalho e não apenas um “mutirão de limpeza”. Para
execução do projeto o gestor de cada área indicou dois funcionários para participar e multiplicar o treinamento de apresentação da Metodologia trabalhando os conceitos básicos de qualidade, bem como os cinco sensos.
Objetivo
Apresentar a ferramenta, sensibilizar, fortalecer e ressaltar a importância do Programa 5S.
Metodologia
A implementação do Programa 5S foi divido em seis fases: registro fotográfico das áreas participantes, capacitação dos
multiplicadores, disseminação da capacitação nas áreas, aplicação da metodologia, premiação das áreas vencedoras e manutenção do projeto implementado. Registro fotográfico das áreas: foi dividido um pequeno grupo para fotografar os setores,
nesta fase os colaboradores ainda não sabiam do que se tratava. Por meio das visitas realizou-se uma avaliação quanto aos cinco sensos, obtendo, inclusive, evidências através das fotos, anotações e observação do local. Capacitação dos Multiplicadores:
Foram trabalhados os conceitos básicos de qualidade, bem como sensos de utilização, limpeza, saúde e autodisciplina, além
de serem exibidos resultados e vantagens da aplicação do programa. Disseminação da Capacitação nas áreas: Nesta etapa,
os multiplicadores com o apoio da gestão da qualidade passaram o aprendizado para sua equipe de trabalho ministrando o
mesmo treinamento que havia recebido.
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qualihosp 2015
relato de c aso
Aplicação da Metodologia
Depois de concluídos os treinamentos, partiu-se para prática, aplicação dos 5 Sensos aprendidos. Foi passado para os
multiplicadores um check-list dos critérios a serem avaliados na implementação do programa 5S. Neste momento, cada setor se organizou de acordo com sua disponibilidade e demanda de trabalho. Premiação das Áreas Vencedoras: Para avaliar a
área vencedora, a equipe técnica que fotografou os setores, retornou e fez novos registros para comparar o antes e depois da
aplicação da ferramenta. As avaliações consistiam em um check-list, contendo critérios de pontuação em três notas: 0,1 e 2. A
menor pontuação, zero, considera-se “não atende” a pontuação intermediária, um, era considerada “atende parcialmente”, e de
maior nota “atende”. Depois de realizada a avaliação e preenchido o check-list, efetuo-se os cálculos para saber a área de maior
pontuação. Manutenção do Programa 5S: Para dar continuidade e manutenção a essa filosofia, é indispensável à realização de
auditoria semestral com intuito de avaliar, motivar e promover um espírito de competição e de melhoria entre os funcionários,
estimulando-os a praticarem os 5 sensos.
Resultados
Com depoimentos dos colaboradores que executaram o projeto em seus setores, verificou-se que o Programa 5S proporcionou aumento no envolvimento de todos dentro do ambiente de trabalho. Eliminação do desperdício, redução de custos,
otimização de espaços, maior facilidade para a visualização e acesso aos materiais, ferramentas e documentos, melhoria das
relações humanas, redução de atos e condições inseguras e o incremento da harmonia no ambiente de trabalho.
Conclusão
Para os colaboradores o aprendizado foi significativo, uma vez que se deparou com uma situação diferente da normalmente
encontrada no seu ambiente de trabalho. Conclui-se também que os resultados obtidos com esta experiência poderão servir
como um agente motivador para realização de novos serviços e para a expansão do movimento no Instituto.
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relato de c aso
Trabalho n o 47
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Validação dos indicadores de qualidade
Autores: Daniela Fernandes de Oliveira; Sandra Cristine da Silva; Eduardo Gonçalves de Oliveira da Silva; Victor Marchese Ribeiro;
Elaine Aparecida Ambrósio Galvão
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
Introdução
Nas últimas décadas os indicadores de qualidade e segurança do paciente receberam uma valorização e um crescimento
importante nas instituições de saúde. Estas métricas são utilizadas para analisar e avaliar o desempenho dos processos assistenciais, para que se tenha uma tomada de decisão, implantação de melhorias ou até mesmo correção de desvios e erros.
Desta forma, é necessário que estes dados sejam coletados de maneira correta e adequada, pois se os mesmos apresentarem
problemas, todos os esforços de melhoria ou correção serão ineficazes. Para isso faz-se necessário a realização de um processo
de validação dos dados. Este processo é importante para verificar a qualidade dos dados e estabelecer um nível de confiança
dos resultados.
Desenvolvimento
Para garantir a qualidade dos dados coletados na instituição foi desenvolvido e implementado um processo de validação
dos indicadores de qualidade e segurança. Este processo é realizado pela área da Qualidade que periodicamente analisa os resultados, identificando quais serão os indicadores que serão validados. Esta análise tem como base um critério de classificação
dos indicadores, ou seja, todo resultado é classificado em: dentro da meta (quando o resultado atingiu a meta estipulada), preocupante (quando o resultado está em situação de alerta de piora) e crítico (quando o resultado atingiu um valor intolerável para
a instituição), para este último é necessário realizar análise de causa raiz e plano de ação. O processo de validação do indicador
é realizado quando o resultado apresentar por dois meses consecutivos à classificação crítico. Além disso, a validação também
é realizada quando: uma nova medida é implementada; os dados se tornarão públicos, houve alteração relativa a uma medida
pré-existente; inexplicável alteração do resultado; alteração na fonte de dados e alteração no sujeito da coleta de dados. Este
processo pode ser realizada por três formas: via sistema (quando os dados são extraídos e filtrados de sistemas), via observação
(quando os dados são coletados observando a realização da atividade) e via contabilização de dados (quando os dados são
contados por meio de fichas, por exemplo). A área da Qualidade entra em contato com o responsável pela coleta do indicador,
para que analisem em conjunto o processo de coleta do dado. A partir desta análise é verificada a consistência do processo e a
acurácia do resultado, obtendo assim o grau de confiabilidade do que foi coletado, que deve ser maior ou igual a noventa por
cento (90%). Nos casos onde o grau de confiabilidade for menor que este percentual, um plano de ação para correção deve ser
realizado e acompanhado pela área da Qualidade. No ano de 2014 foram realizadas trinta e nove (39) validações, num total de
42
qualihosp 2015
relato de c aso
cento e cinquenta e sete (157) indicadores monitorados, destas validações, em apenas um indicador foi identificado problemas
no resultado, implicando assim em uma análise errônea, e não real do processo monitorado. Neste caso, ações corretivas foram
realizadas e o processo da coleta deste indicador foi adequado.
Conclusão
Com a implantação do processo de validação dos indicadores, os resultados apresentados periodicamente, se tornam mais
confiáveis e de qualidade. O processo de validação trouxe para a instituição uma confiabilidade dos resultados analisados pela
Direção, que realizam decisões estratégicas para melhoria dos processos, a partir da análise de seu desempenho.
REFERÊNCIAS
Do registro ao indicador: gestão da produção da informação assistencial nos hospitais. Schout, D. & Novaes, H. M. D., 27/02/2007. Acessado em 13 de janeiro
de 2015. http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n4/12.pdf.
CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO DE SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE Padrões de acreditação da Joint Commission Intenational para hospitais. 5ª
ed. Rio de Janeiro: CBA, 2014.145 p.
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relato de c aso
Trabalho n o 49
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implementação de uma ferramenta para a
análise do perfil epidemiológico da queda
Autoras: Adriana Pires dos Santos; Evelin Amaral Ramos; Gisele de Oliveira Morgado; Lisiane Valdez Gaspary; Najara Maria Procopio
Andrade
Instituição: Hospital Geral de Itapecerica da Serra
Introdução
Queda é um evento não intencional que resultou no deslocamento do paciente para o chão ou para um nível mais baixo em relação a sua posição inicial1. As quedas representam um problema de saúde pública mundial, cerca de 3 a 20% dos
pacientes internados caem ao menos uma vez durante a hospitalização2. Para a prevenção de quedas é necessário que se
estabeleçam protocolos e procedimentos que trabalhem fatores de riscos, tanto intrínsecos quanto extrínsecos ao paciente.
Objetivo
Este estudo teve como objetivo caracterizar as quedas de pacientes internados ocorridas em um hospital público geral,
secundário, da grande São Paulo, de março de 2013 a dezembro de 2014.
Metodologia
No intuito de aprimorar o processo já existente de investigação de quedas na instituição, em 2013 o Serviço de Vigilância
de Risco (SVR) elaborou uma ficha de investigação para a identificação dos fatores epidemiológicos das quedas. Diariamente o
SVR recebe notificações de eventos e quase eventos adversos por meio de registros no sistema eletrônico disponível a todos os
colaboradores. Com a comunicação da ocorrência de queda, a enfermeira do SVR norteada por um instrumento padronizado
vai ao local em que o paciente está internado e coleta os seguintes dados: gênero, local da queda, fator desencadeante relacionado ao paciente, análise do ambiente/circunstância, paciente adulto com alto risco para queda, risco de lesão decorrente
de queda, lesão decorrente da queda, orientação ao paciente/acompanhante, conduta pós-queda. Essa ficha de investigação
é considerada encerrada após a alta do paciente, com monitorização dos itens: aumento do tempo de permanência hospitalar
e evolução do caso (alta, óbito em decorrência da queda, óbito por outras causas ou transferência externa).
Resultados
Das 88 fichas de investigação analisadas no período, observar-se que em 67% das quedas ocorreram em pacientes do sexo
masculino e 69% em faixa etária maior de 60 anos. O local mais frequente do evento foi o quarto com 43% dos casos, seguido
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relato de c aso
do banheiro com 26%, no período noturno em 51%. As circunstâncias representativas foram 54% de queda da própria altura e
28% queda da cama. Os fatores desencadeantes mais prevalentes foram: 22% perda de equilíbrio, 17% lipotímia, 16% agitação
psicomotora/ confusão mental/convulsão e 10% movimento brusco. Em relação à lesão decorrente a queda, 81% dos casos foi
classificada como nenhum dano. Ao se analisar o impacto socioeconômico, observa-se que em 40% dos casos houve a necessidade de exame adicional e em 4,5% aumento da internação hospitalar que variou de três a sete dias. A incidência de queda
neste mesmo período foi de 0,94 quedas/paciente-dia em 2013 e 0,78 em 2014.
Conclusão
A implementação de uma ferramenta para investigação das quedas aprimorou e sistematizou o processo de análises destes eventos, que favoreceram a identificação de possíveis fatores contribuintes. Os dados auxiliaram a revisão de protocolos e
procedimentos existentes visando à intervenção precoce e subsidiando tomadas de decisões no que diz respeito ao aprimoramento de medidas para a mitigação do risco.
REFERÊNCIAS
1.Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) Manual de indicadores de enfermagem NAGEH/ Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH). 2.ed. São Paulo: APM/CREMESP, 2012.
2. Institute for HealthcareImprovement. Transforming Care at the Bedside. How-to Guide: Reducing Patient Injuries fall. Udated 2012.
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relato de c aso
Trabalho n o 50
Gestão em Saúde
Gestão de documentos informatizada como
vetor da sustentabilidade
Autoras: Silvia Aparecida Pinheiro Brasil de Sousa; Lisiane Valdez Gaspary
Instituição: Hospital Geral de Itapecerica da Serra
Identificação do Problema
Uma instituição que oferece assistência excelente estabelecerá suas práticas baseadas na melhor evidência científica disponível. Ao estabelecer essas práticas um conjunto de atividades se fará necessário para garantir o acesso à informação atualizada,
aprovada pelas áreas técnicas e disponíveis às equipes, envolvendo a padronização de categorias de documentos, prazos para
revisão, vínculos e inter-relação formalizados com outros documentos institucionais (SOUSA, p.335, 2014). Os relatos de experiências de gestão de documentos sem o uso de tecnologia apropriada reforçam a limitação da abrangência a um pequeno
número de participantes ou de categorias de documentos. O hospital evidenciou isso, pois embora houvesse outras categorias, apenas uma era gerenciada e enfrentávamos dificuldades relacionadas a: manutenção do padrão (layout); dificuldade de
localizar o documento durante o processo de aprovação; ausência de meios para registrar a análise da qualidade, bem como
dos revisores das áreas técnicas; processo de controle e distribuição de cópias físicas às unidades trabalhoso, burocrático e
dispendioso. Neste contexto a gestão da qualidade propôs a aplicação de tecnologia para o avanço da gestão de documentos
e para a logística deste processo.
Solução Implantada
A aplicação de tecnologia consistiu na aquisição (2006) de um software de gestão da qualidade, que aprimorou a interação
na edição/revisão de documentos compartilhados, permitiu hiperlinks para acesso a documentos relacionados e controle de
registros de análise. A parametrização do sistema foi realizada visando permitir o acesso de todos os usuários a todos os documentos. O acervo está organizado em pastas eletrônicas nomeadas com o mesmo nome das áreas de trabalho e há senha
de leitor para cada área. Atualmente temos no sistema 998 documentos dentre as diversas categorias. Uma política de padronização e gerenciamento do acervo, um guia técnico de gestão de documentos e um procedimento para edição e revisão de
documentos no sistema foram implementados para nortear este processo.
Resultados Obtidos
A aplicação de tecnologia permitiu ampliar significativamente o gerenciamento de documentos e atualmente gerenciamos treze categorias, como Políticas, Protocolos e Procedimentos (Quadro 1). Cada categoria apresenta prazos de revisão e
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relato de c aso
modelos específicos e o sistema sinaliza aos usuários a proximidade da revisão por e-mail e por ícones (dentro do prazo, atrasado e próximo do vencimento) nas páginas de consulta aos documentos. De 2009 a 2014 a média de acessos de leitura aos
documentos, excluindo-se os acessos para edição, revisão e aprovação, foi de 25.600/ano. Os documentos são compartilhados
entre os 64 serviços/especialidades na instituição o que iria gerar 7.925 cópias caso ainda fosse necessária impressão a cada
revisão. Considerando uma média de pelo menos 05 páginas cada um, teríamos a cada dois anos a geração de 45.000 cópias.
Quadro 1. Documentos padronizados
Sigla
Nível
hierárquico
Prazo máximo
para revisão
Gerenciado no
sistema desde
Princípios Organizacionais e Políticas
PRO
Estratégico
24 meses
2010
Macroprocessos
MPR
Estratégico
24 meses
2010
Programa
PGR
Estratégico
12 meses
2011
Plano de Contingência
PLC
Estratégico
12 meses
2011
Manuais Técnicos e Guias
MTG
Estratégico
24 meses
2012
Contrato de Nível de Serviço
CNS
Tático
24 meses
2011
Regimento Interno
REG
Tático
24 meses
2012
Plano
PLA
Tático
12 meses
2012
Procedimento Operacional Padrão
POP
Operacional
24 meses
2008
Protocolo Técnico-Assistencial
PTA
Operacional
24 meses
2009
Manual do Serviço
MSE
Operacional
24 meses
2010
Avaliação de Perigos e Riscos
APR
Operacional
12 meses
2010
Rotinas Institucionais
ROT
Operacional
24 meses
2014
Categoria / Tipo
Fonte: Sistema de Gestão Qualidade
Conclusão
A gestão informatizada de documentos proporciona um equilíbrio constante e necessário às práticas de sustentabilidade
empresarial em decorrência da soma de ações em relação às dimensões econômica (redução de impressões-custo), ambiental
(redução do consumo de papel) e social (compromisso com o desenvolvimento dos recursos humanos), o que pode se configurar numa analogia com as premissas do Triple bottom line, conceito criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da
organização não governamental internacional SustainAbility.
REFERÊNCIAS
SOUSA, S.A.P.B. Condições e Desafios ao Desenvolvimento da Gestão de Documentos em Instituições de Saúde no Brasil - RAHIS da UFMG, Minas Gerais, v.
11, n. 4, p. 334-350, 2014.
CONTEÚDO aberto. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: Acesso em:16, jan. 2015.
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relato de c aso
Trabalho n o 51
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Uso racional de benzodiazepínicos como
estratégia para redução de queda
Autores: Maria Regina Leiko Horie Matunaga; Dennis Barbosa; Liliane Nunes da Silva, Claudia Fernandes Iglesias; Najara Maria
Procopio Andrade
Instituição: Hospital Geral de Itapecerica da Serra
Introdução
Queda representa um importante problema que compromete a segurança de pacientes em instituições de saúde de todo
o mundo, com impacto no aumento da morbimortalidade, aumento do tempo de permanência, necessidade de recursos
diagnósticos adicionais e consequentemente aumento de custos. Desta forma, muitas intervenções para prevenção de queda
e lesão decorrente de queda têm sido propostas, mas requerem uma abordagem multiprofissional planejada por programas
e protocolos baseados em evidência e adequados à realidade de cada instituição e característica da população atendida.
Estratégias bem sucedidas devem envolver a identificação de fatores de risco para queda modificáveis que incluem o uso de
medicamentos.
Objetivo
Avaliar o impacto de ações multiprofissionais planejadas para estimular o uso racional de benzodiazepínicos e reduzir a
incidência de queda e lesão decorrente de queda em uma unidade de internação de pacientes ortopédicos.
Metodologia
Em julho de 2013, a partir da publicação de novas evidências científicas, o Protocolo de Prevenção de Quedas da instituição
foi revisado e, dentre outras estratégias, foi incluído o uso racional de psicotrópicos. A partir de então, a Comissão de Farmácia e
Terapêutica (CFT) realizou um levantamento do consumo de medicamentos potencialmente associados a risco para queda em
todas as unidades do hospital para definição de estratégias focadas às particularidades de cada unidade de internação. Os medicamentos avaliados foram: Amitriptilina, Carbamazepina, Clorpromazina, Clobazam, Diazepam, Difenidramina, Fenobarbital
e Lorazepam. A partir deste levantamento foi identificado elevado consumo de Diazepam na unidade de clínica ortopédica
se comparada às demais unidades, sem indicação formal clara. Foi então aplicada ferramenta PDCA e definidas estratégias de
intervenção, a saber:
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relato de c aso
1. Discussão com a gestão local no que se refere às indicações de uso de benzodiazepínicos e riscos associados;
2. Sensibilização da equipe médica para estímulo ao uso racional de psicotrópicos na unidade pelo gestor médico da unidade;
3. Avaliação diária do uso desta classe de medicamento pelo enfermeiro e farmácia clínica e intervenção, quando pertinente,
4. Monitoramento do consumo de Diazepam pela CFT e
5. Monitoramento da incidência de queda e lesão decorrente de queda.
Resultados
As ações foram implementadas a partir do segundo semestre de 2013. A média de consumo de Diazepam 10mg reduziu
de 174 unidades no período pré-intervenção (período 1) compreendido de janeiro a julho de 2013 para 54,8 no período pós-intervenção (período 2 - agosto de 2013 até dezembro de 2014), totalizando 68,51% de redução (p<0,01). Impacto maior foi
evidenciado com o consumo de Diazepam 5mg (redução de 91,39%) tendo em vista que a média do consumo no período 1
reduziu-se de 228,57 unidades para 19,66 no período 2 (p<0,01). Paralelamente a incidência de queda na unidade caiu de 2,87
para 0,922 quedas por 1000 pacientes-dia (p=0,04). Convém ressaltar que não houve nenhuma ocorrência deste evento no
segundo semestre de 2014. Quando analisados os danos decorrentes de queda, foram notificadas duas quedas com lesão no
período 1, sendo que uma delas resultou na necessidade de nova reabordagem cirúrgica e uma no período pós intervenção.
A incidência de lesão decorrente de queda em cada um dos períodos avaliados foi de 0,52 e 0,10 por 1000 pacientes-dia, respectivamente (p=0,034).
Conclusões
As estratégias se mostraram bem sucedidas e o objetivo proposto foi alcançado, o que demonstra a importância do uso
racional de medicamentos como estratégia para segurança do paciente e sustentabilidade bem como o relevante papel de
ações multiprofissionais coordenadas, planejadas e baseadas em evidência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. How-to guide: Reducing patient injuries falls Institute for Healthcare Improvement, 2012.
2. Oliver, D. Healey F. Preventing Falls and Fall-related Injuries in Hospitals. Clin Geriatr Med 26 (2010)645-692.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 52
Gestão da Assistência
Análise do custo do programa de capacitação
de enfermeiros para atendimento de urgência e
emergência em hospital público pediátrico
Autoras: Edi Toma; Marta Marina Teixeira da Silva; Marcela Alves De Araújo Moreira; Benaia Candida Alves; Fernanda Bernardo Ribeiro
Instituição: HOSPITAL INFANTIL DARCY VARGAS
Introdução
A questão do treinamento e desenvolvimento de pessoal na área da saúde, sob o aspecto econômico, é o foco central
deste estudo. Embora se saiba que apenas o investimento financeiro, disponibilizado para treinamento e desenvolvimento de
pessoal, não garanta a excelência de desempenho dos recursos humanos, ele é um fator importante, na medida em que revela
uma política organizacional favorável ou não ao desenvolvimento desta atividade.
Jutificativa do Estudo
Devido ao atendimento especializado pediátrico de alta complexidade na instituição, o profissional enfermeiro é submetido a situações de estresse devido às urgências e emergências que ocorrem com os clientes pediátricos, e que demandam
tomadas de decisões e de ações imediatas e complexas.
Objetivo Geral
Avaliar o custo total de investimento na capacitação dos enfermeiros de uma instituição pública com Curso de PALS
(PediatricAdvanced Life Support) no atendimento de urgência e emergência pediátrico.
Objetivo Específico
Avaliar o percentual de profissional enfermeiro capacitado com curso de PALS no período de janeiro 2013 a janeiro 2015.
Relacionar o número de enfermeiros participantes no curso de PALS. Relacionar o número de enfermeiros não participantes
no curso de PALS.
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Método
Tipo de Estudo: Exploratório e descritivo, foi realizada nos moldes de estudo de caso. Local da Pesquisa-O estudo foi realizado numa instituição hospitalar pública referenciado em especialidade pediátrica da administração direta da Secretaria de
Estado da Saúde na cidade de São Paulo. População do Estudo- A instituição pública possui 78 enfermeiros, porém a população
deste estudo foi composta de 60 enfermeiros que atuam na instituição prestando assistência direta aos pacientes. Critérios de
inclusão- Enfermeiros que aceitem participar do programa de capacitação do PALS, enfermeiros que prestam assistência direta
aos pacientes da instituição. Critérios de exclusão-Enfermeiros de área administrativa,enfermeiros com afastamento prolongado, enfermeiros que se recusarem participar, enfermeiros admitidos após o início do programa, enfermeiros exonerados.Coleta
de dados- Instrumento de Coleta de Dados:Para a obtenção dos dados foi elaborado uma planilha contendo dados de todos
os enfermeiros da instituição, como local de trabalho, data planejada de realização do curso de PALS , enfermeiros capacitados,
enfermeiros não capacitados. Os dados foram coletados em planilha Excel para análise.
Resultado e Discussão
A população do estudo foi composta de 60 enfermeiros. Podemos verificar que foram capacitados os 50 enfermeiros neste
período, correspondendo a 83,3%. Aguardam capacitação 10 enfermeiros que correspondem a 16,6%. O custo unitário para o
curso do PALS do mês de janeiro de 2013 a outubro de 2014 foi de R$ 950,00 e no período de novembro de 2014 a janeiro de
2015 foi de R$ 1025,00. O custo total no curso de PALS para os 50 enfermeiros foi de R$47.950,00. A verba para os 10 enfermeiros
serem capacitados estão disponíveis para com isso atingir a meta de capacitação dos enfermeiros da instituição.
Quadro 1. Relação de enfermeiros da instituição segundo setor e especialidade
Unidade de trabalho
Número de Enfermeiros
Ambulatório Geral
3
Ambulatório de Oncologia
4
Pronto Socorro
13
Centro Cirúrgico
3
Centro de Material de Esterilização
2
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
8
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
Clínica de Nefrologia e Urologia
8
Clínica Cirúrgica e Hematologia
5
Clínica Médica
7
Clínica de Oncologia
8
Diretoria de Enfermagem
15
TOTAL
78
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Quadro 2. Relação do número de enfermeiros capacitados e não capacitados para o curso
de PALS
Categoria Profissional
Enfermeiros capacitados- PALS
Enfermeiros não capacitados- PALS
Enfermeiro
50
10
Quadro 3. Relação do custo do curso de PALS para os enfermeiros da instituição
CATEGORIA
PROFISSIONAL
CUSTO DE
CURSO DE PALS
DE JAN. 2013 À
NOV. 2014
QUANTIDADE
DE
ENFERMEIROS
CUSTO
PARCIAL
CUSTO DE
CURSO DE PALS
DE NOV. A JAN.
DE 2015
QUANTIDADE
DE
ENFERMEIROS
CUSTO
PARCIAL
CUSTO TOTAL
ENFERMEIRO
950,00R$
44
41.800,00R$
1025,00R$
6
6.150,00
47.950,00 R$
Considerações Finais
Quando se fala em resultados, inicialmente eles são associados a resultados financeiros. Contudo, em saúde, o termo resultado tem de considerar outras dimensões que, além dos custos, incluam resultados com a qualidade assistencial de enfermagem garantindo segurança de atendimento ao paciente pediátrico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araújo KA, Jacquet P, Santos SS, Almeida V, Nogueira SF. Reconhecimento da parada cardiorrespiratória em adultos: nível de conhecimento dos
enfermeiros de um pronto-socorro municipal na cidade de São Paulo. RevInstCiênc Saúde. 2008;26(2):183-90.
American Heart Association. Post Cardiac Arrest Syndrome: Epidemiology, Pathophysiology, Treatment, and Prognostication. Circulation: Journal of AHA,
2010.
Polit, D.F.; Hungler, B.P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem.3.ed.Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
52
qualihosp 2015
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Trabalho n o 53
relato de c aso
Gestão em Saúde
Os postulados de Donabedian e Handler
aplicados à lógica de gestão de microssistemas
públicos de saúde
Autores: Luiz Artur Rosa Filho
Instituição: Universidade de Passo Fundo
Introdução
Passo Fundo é um município com 194.000 pessoas, sendo o terceiro polo de saúde da região sul do Brasil. A partir de 2013,
a Secretaria Municipal de Saúde passou a executar intervenções fundamentadas pelos pressupostos de Donabedian (1) que
considera a análise da qualidade a partir de contextos históricos, culturais, sociais e institucionais na lógica da estrutura, processo e resultados. A partir de mudanças baseadas na Gestão Estratégica, alterações estruturais e processuais foram implantadas.
Handler preconizava cinco momentos, ao incluir o contexto ambiental e a Missão, oriunda da Gestão Estratégica. O objetivo
deste é analisar a implantação de dois modelos teóricos na gestão de Secretaria Municipal de Saúde.
Metodologia
Trata-se de relato de caso com análise por padrão combinado em que se compara a base empírica com padrões previstos,
permitindo ampliar a validade interna do estudo. A indicação desta estratégia se dá por sua característica em que o fenômeno
não é claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas, além do caráter unitário do objeto social estudado. O método do Estudo de Caso tem como objetivos capturar o esquema de referência e a definição da situação de um
dado participante, permitir um exame detalhado do processo organizacional em estudo identificar fatores particulares ao caso
e que possam levar a um maior entendimento da causalidade.
Resultados
No contexto macro ambiental, a Saúde de Passo Fundo era o pior serviço do total de 10 avaliados no fim de 2012. Um quadro técnico aliado a funcionários predominantemente sem partidos políticos assumiu a gestão. Quanto à missão, ampliar os
princípios do Sistema Único de Saúde com base na qualidade e canalizar investimentos na atenção primária foram estratégias
prioritárias. As mudanças estruturais principais foram aumento no investimento para renovar estruturas físicas numa taxa de
cerca de 10% ano e de bens permanentes de 20% ao ano. Houve aumento proporcional para despesas de custeio com esta-
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relato de c aso
bilização dos recursos investidos em recursos humanos. Houve o lançamento de quatro programas (Vacinação em casa; Meu
Bebe, meu tesouro; Olhar de Criança e Farmácia Mais Perto) sendo os três primeiros com foco em intervenções de processos.
Os resultados evidenciam queda na mortalidade infantil e melhora substancial no tracking (25%) populacional evidenciam
ganhos assistenciais.
Conclusões
Comunicar-se externamente passa a ser fundamental inclusive para viabilização “politica” de uma equipe técnica e ao grupo
condutor. O equilíbrio entre a velocidade da burocracia com a inovação necessária em unidades produtoras ainda é um grande
obstáculo, fragilizando a oferta de insumos, por exemplo. Outro desafio está na inversão do modelo oferta e demanda para
o segundo, já que o serviço público pauta-se pelo primeiro e ainda assim, ineficiente e clientelista. Isto também se relaciona
com custos. Por fim, cada vez mais é preciso investir em capacitação de recursos humanos, já que a lógica de processos não é
facilmente compreendida nem pela equipe condutora.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Handler A, Issel M, Turnock B. A Conceptual Framework to Measure Performance of the Public Health System. American Journal of Public Health
2001;91(8):1235-1239.
Schraiber, Lilia Blima; Peduzzi, Marina; Sala, Arnaldo; Nemes, Maria Ines Baptistella; Castanhera, Elen Rose L; Kon, Rubens. Planejamento,
gestão e avaliação em saúde: identificando problemas/Health planning, management and evaluation: identifying problems. Ciênc. saúde coletiva;4(2):221-61,
1999.
Donabedian A. Evaluating the Quality of Medical Care. The Milbank Quarterly 2005;83(4):691-729.
Donabedian A.The Quality of Care: How Can It Be Assessed?. JAMA. 1988;260(12):1743-1748.
Donabedian A. Evaluating the quality of medical care. Milbank Mem Fund Q 1966;44(3 Suppl):166-206.
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Trabalho n o 55
relato de c aso
Gestão da Assistência
Avaliação de Risco como estratégia para
a prevenção de danos ao paciente
Autoras: Gisele de Oliveira Morgado; Adriana Pires dos Santos; Lisiane Valdez Gaspary
Instituição: Hospital Geral de Itapecerica da Serra
Introdução
A avaliação de risco na assistência é um processo pró-ativo de detecção das necessidades dos pacientes, sejam elas funcionais (ex. nutricionais, auditivas...), especiais (barreiras de comunicação) ou assistenciais (queda, úlcera por pressão (UPP),
flebite). Esta detecção do risco tem o propósito de identificar as necessidades de cada paciente, a fim de direcionar o plano
de cuidados/terapêutico, fazendo com que este seja seguro, integral e individualizado. A partir da triagem e direcionamento
da equipe para a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da equipe multiprofissional serão realizadas intervenções
específicas, prevenindo a ocorrência de danos.
Objetivo
Descrever a implantação de um processo de avaliação de risco em um Hospital Geral Público da Grande São Paulo.
Metodologia
Em 2011 foi criado um grupo de discussão com o envolvimento de uma equipe multiprofissional, com o objetivo de
identificar necessidades específicas para cada paciente já na sua admissão. Foi elaborado um instrumento único de avaliação
de risco para instrumentalizar os profissionais, a partir de critérios pré-estabelecidos por cada categoria. Os principais riscos
identificados foram: UPP, queda, flebite, nutricional, psicológico, fisioterapêutico, fonoaudiológico, terapia ocupacional, social,
psiquiátrico e barreiras do aprendizado/comunicação, sendo aplicado a todos os pacientes internados, após avaliação inicial
pelo Enfermeiro, e a reavaliação em até 48h, ou antes, caso houvesse mudança em algum risco/necessidade do paciente.
Estabeleceu-se uma unidade piloto para aplicação e validação dos critérios definidos. Após a implantação e disseminação do
instrumento, em 2013, foi sugerida a alteração da avaliação de risco, especificando-se os critérios para a população adulta,
pediátrica e neonatal. A mudança visava à exclusão de itens que não se aplicavam a determinadas populações (Ex. UPP para
neonato), inclusão de outros riscos (queda com escalas validadas internacionalmente para adultos e crianças) e a aplicação de
requisitos para acompanhantes neonatais e pediátricos.
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relato de c aso
Resultados
A identificação precoce das necessidades e dos riscos permitiu uma visão mais crítica do enfermeiro em relação às condições do paciente, que influenciaram na mudança de comportamento e melhoria de processos assistenciais. O instrumento
também facilitou a interação entre as equipes, com melhor direcionamento das avaliações especializadas. Algumas dessas
melhorias impactaram na redução de riscos relacionados à UPP (0,54 casos novos de UPP grau II ou maior/ pacientes expostos
ao risco, em 2010; 0,44 em 2011; 0,31 em 2012, 0,26 em 2013 e 0,16 em 2014) e a queda (1,38 quedas/pacientes-dia em 2011;
1,18 em 2011; 1,01 em 2012, 0,94 em 2013 e 0,78 em 2014).
Conclusão
A identificação das necessidades específicas e de riscos de cada paciente na admissão e durante a internação, podem
influenciar a sua resposta à doença e ao tratamento, já que a avaliação adicional e a detecção de riscos proporciona a equipe
gerenciar os casos e intervir precocemente, aplicando estratégias de prevenção. A aplicação da avaliação fez com que a equipe
ficasse mais sensível à identificação dos riscos relacionados a cada paciente, tanto que desde a implantação alguns dos resultados institucionais reduziram sensivelmente, permitindo uma assistência de qualidade e mais segura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Leão, E.R., et al. Qualidade em Saúde e Indicadores Como Ferramenta de Gestão. São Paulo. Yendis Editora, 1ªEd. 2008.
Fonseca, A.S., et al. Segurança do Paciente. São Paulo. Martinari, 1ª Ed. 2014.
Burmester, H. Gestão da Qualidade Hospitalar. São Paulo. Editora Saraiva, 1ª Ed. 2013.
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Trabalho n o 57
relato de c aso
Gestão em Saúde
Impacto financeiro decorrente do uso racional
de antimicrobianos associado a melhorias
no processo de liberação dos resultados
microbiológicos
Autores: Najara Maria Procopio Andrade; Lilian Del Alamo. Elaine Cristina de Sousa; Diogo Cezario dos Santos; Tathiana Gil Berroca;
Aline Andrea Martins Moreira; Lourdes das Neves Miranda; Lucy Nagm
Instituição: Hospital Geral de Itapecerica da Serra
Introdução
Os antimicrobianos (ATM) estão entre os medicamentos mais prescritos em hospitais sendo responsáveis por 20 a 50% dos
gastos institucionais com medicamentos
1. A utilização indiscriminada dos ATM no século XX aliada à grande capacidade adaptativa dos microrganismos possibilitou
o surgimento de bactérias multirresistentes (MR). As infecções causadas por agentes MR elevam a morbimortalidade, aumentam o tempo de internação e os custos assistenciais; 2. A área hospitalar onde se observa maior densidade de uso de ATM e
também de microrganismos MR é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Baseado nesse contexto e na premissa de que receber
um tratamento adequado precoce na suspeita de infecção hospitalar, com ATM de amplo espectro de ação empiricamente é
fundamental para um desfecho favorável ao paciente. Desta maneira, o tratamento é realizado antes da confirmação microbiológica do agente causal da infecção e do perfil de resistência; 3. O tratamento empírico será tanto mais prolongado quanto
maior o tempo para liberação dos resultados dos exames microbiológicos pelo laboratório. Este estudo teve como objetivo
avaliar o consumo de ATM relacionados ao tempo de liberação dos resultados de hemocultura na UTI de adultos com demonstração do impacto econômico durante o período pré e pós-intervenção.
Desenvolvimento
Foi realizada avaliação mensal do custo com antimicrobianos, tempo médio de liberação de resultados de hemocultura
e Dose Diária Definida (DDD) dos ATM: polimixina, carbapenêmicos e vancomicina no ano de 2014 na UTI de adultos, sendo
considerado o primeiro semestre como período pré-intervenção e o segundo semestre como período pós-intervenção. Todas
as informações foram extraídas de relatórios do sistema de gestão hospitalar e do sistema de gestão laboratorial. Foram realizadas ações de melhorias com implantação de estratégias para favorecer o uso racional e descalonamento de ATM com papel
relevante do laboratório e do serviço do controle de infecção hospitalar (SCIH). O descalonamento é o ajuste para utilização
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relato de c aso
do ATM mais indicado ao agente da infecção assim que disponíveis os resultados de cultura e antibiograma pelo laboratório.
Os indicadores de qualidade também são utilizados para esse fim, sendo possível o monitoramento do tempo de entrega de
resultados dos exames microbiológicos em especial da hemocultura e também do consumo global e específico de ATM com
adoção da DDD que é a dose média necessária para um dia de tratamento de um paciente adulto.
Resultados
Os dados mensais foram analisados sendo comparadas as médias semestrais para avaliação das melhorias implantadas no
segundo semestre de 2014. Obtivemos 16,41% de redução no custo dos ATM com diminuição de 40,07%, 24,90% e 21,29% das
DDDs de polimixina, carbapenêmicos e vancomicina respectivamente. O tempo de liberação dos resultados de hemoculturas
na UTI de adultos teve diminuição de 18,62%. A análise estatística foi realizada pelo Epi Info versão 2013 com p<0,05.
Conclusão
Concluímos que as melhorias implantadas para diminuir o tempo de liberação dos resultados da microbiologia, em especial da hemocultura na UTI de adultos, influenciaram no consumo de ATMs com impacto econômico positivo observado no
segundo semestre de 2014.
REFERÊNCIAS
1. Santana RS, Viana AC, Santiago JSS, Menezes MS, Lobo IMF, Marcellini PS. Consequências do uso excessivo de antimicrobianos no pós-operatório: o contexto de um hospital público. Rev. Col. Bras. Cir. 2014; 41(3): 149-154;
2. Silva EU. A importância do controle da prescrição de antimicrobianos em hospitais para melhoria da qualidade, redução dos custos e controle da resistência bacteriana. Pratica Hospitalar 2008; 57(X): 101-106;
3. Oliveira AC, Paula AO. Descalonamento de antimicrobiano e custos do tratamento de pacientes com infecção. Acta Paul. Enferm. 2012; 25(2):68-74.
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Trabalho n o 60
relato de c aso
Gestão da Assistência
O papel do enfermeiro na gestão da linha de
cuidado do câncer de mama
Autoras: Mariana Carrer Colura; Reizania de Oliveira Novaes; Maria Cândida Lucas Costa
Instituição:SPDM – AME Maria Zélia
DESCRITORES: biopsia de mama; gestão de paciente; linha de cuidado.
Trata-se de relato de experiência sobre o gerenciamento de enfermagem na linha de cuidado dos pacientes com neoplasia de mama, para diagnóstico precoce, definição de tratamento e assistência humanizada, visando aperfeiçoar os resultados
e minimizar os riscos quanto ao estadiamento. Realizado no Ambulatório Médico de especialidades Maria Zélia, de janeiro a
dezembro 2014. A realização do trabalho foi motivada pela importância em demonstrar que o papel do enfermeiro é decisivo
para o alinhamento dos fluxos entre os setores e as equipes de saúde, visando o rápido diagnóstico e encaminhamento seguro
do paciente ao serviço especializado em cirurgia oncológica. O proposito deste trabalho é avaliar se a gestão da linha de cuidado melhora o tempo de diagnóstico e a continuidade da assistência ao paciente.
Objetivo
Descrever a atuação do enfermeiro frente a linha de cuidado do câncer de mama.
Método
Estudo de caso, que descreve a linha de cuidado e o acompanhamento do enfermeiro aos pacientes de acordo com metas
pré estabelecidas. Tem seu inicio na primeira consulta médica mediante suspeita diagnóstica, com admissão na linha de cuidado pelo enfermeiro.
O Enfermeiro realiza o agendamento de exames laboratoriais, mamografia e biópsia de mama no prazo de sete dias úteis.
Posteriormente monitora os resultados e viabiliza o retorno médico no prazo de vinte dias úteis. Confirmado diagnóstico, os
pacientes são encaminhados para rede referenciada, e mantem monitoramento a distância por um período de um ano. Toda
atuação da linha de cuidado é registrada em prontuários e planilhas.
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relato de c aso
Resultados
Anteriormente ao início da linha de cuidado oncológica o tempo médio para resolução diagnóstica entre a primeira consulta médica até o diagnóstico de câncer era de: ano de 2010 média de 6 meses, ano de 2011 média de 7 meses ano de 2012
média de 8 meses.
Durante o período estudado, foram cumpridos os prazos considerados adequados para diagnóstico e encaminhamento
cirúrgico precoce, colaborando com o tratamento no tempo correto e diminuição da ansiedade por parte das pacientes.
Observou-se a satisfação do enfermeiro, em proporcionar ao paciente e família o conhecimento sobre todos os passos do
diagnóstico até o tratamento.
No ano de 2014 tivemos 6.376 atendimentos realizados na consulta com mastologista, onde 173 pacientes foram encaminhados para Linha de Cuidado com suspeita de câncer de mama, destes tivemos:
Conclusão
O papel do enfermeiro nas ações de saúde frente as necessidades dos pacientes com câncer de mama é fundamental para
agilidade do diagnóstico e início precoce do tratamento.
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Trabalho n o 65
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Passagem de plantão da enfermagem:
Implantação de um instrumento padronizado
como estratégia para garantir a comunicação
efetiva, visitas de enfermagem e a participação
da família
Autoras: Simone Mattoso Mitushima; Daniella de Almeida; Fabiana Cristina de Oliveira Rossi
Instituição: Hospital Infantil Menino Jesus
Introdução
A passagem de plantão é uma atividade fundamental para o planejamento e continuidade dos cuidados e é o momento
em que o enfermeiro tem uma visão geral da unidade na qual assumirá suas atividades(1). A qualidade da informação depende
da habilidade de quem fala do tipo de passagem de plantão escolhida, do tempo despendido e da preocupação da equipe em
registrar informações que transmitam com clareza os eventos ocorridos no plantão. Uma passagem de plantão eficaz, depende
de um trabalho de equipe bem articulado, que transmita informações consistentes e de qualidade(1).
Desenvolvimento
Este trabalho foi desenvolvido em um hospital público, pertencente à rede municipal de saúde, que atende crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, onde a passagem de plantão era realizada verbalmente com visitas à beira leito com a participação
dos dois turnos envolvidos. O trabalho foi desenvolvido com a participação dos enfermeiros das Unidades de internação e
da UTI, para a construção de instrumentos específicos para a passagem de plantão, conforme as características da unidade. A
primeira fase deste trabalho foi a conscientização da equipe de enfermagem sobre a padronização e o uso de um instrumento
diretório. A segunda fase foi a de treinamento, orientando o preenchimento correto do impresso, por toda equipe, com informações claras e relevantes, capazes de direcionar o próximo plantão para as prioridades. Agregamos nesta nova rotina a visita
de enfermagem do turno que se inicia nos leitos sob sua responsabilidade de forma que o familiar possa participar. Durante o
primeiro mês, as passagens de plantão foram acompanhadas pelas supervisoras dos setores e pela coordenadora de enfermagem. Neste momento, algumas modificações necessárias foram realizadas nos impressos e dúvidas das equipes foram esclarecidas. Conforme a equipe foi amadurecendo nesta nova modalidade de passagem de plantão, surgiram ideias de melhoria
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relato de c aso
nos impressos para que este momento, compartilhado pelas equipes, seja não só essencial para a segurança do paciente como
também um momento educativo com todos os membros da equipe.
Conclusão
Foram observados vários benefícios com a padronização do processo da passagem de plantão. Durante a visita do enfermeiro e sua equipe, percebeu-se um melhor direcionamento e padrão, houve uma diminuição do tempo e das horas extras
geradas desta rotina e aumentou o foco na passagem de informações relevantes. O impresso consolida a comunicação efetiva
das informações necessárias para a continuidade do cuidado e, por fim, podemos trazer o familiar para participar deste momento e resgatar informações importantes sobre a criança durante a visita de enfermagem. Quando compartilhamos informações à beira do leito com os pacientes e familiares, os pacientes são vistos de modo global, e não apenas como um plano de
diagnóstico e tratamento(2). Para o paciente, percebemos que essa participação e contato com a equipe que estará atuando
durante aquele período fortalecem a confiança e o contato com a equipe de enfermagem. Isso também irá assegurar que a
equipe, paciente e família todos tenham conhecimento do plano de assistência, contribuindo com informações adicionais da
criança e engajamento no seu cuidado.
REFERÊNCIA
1. COREN. Parecer COREN-SP CAT nº009/2010. Passagem de plantão. 2010. Disponível em: www.webcorensp.org.br
2. Anderson, C. D.,& Mangino, R. R. (2006). Nurse shift report:Who says you can’t talk in front of the patient--Nursing Administration Quarterly, 30(2),112-122
3. Laws, D, & Amato, S. (2010). Incorporating Bedside Reporting into Change-of-Shift Report. Rehabilitation Nursing, 35(2), 70-74
4. PORTAL, K. M.& MAGALHÃES, A.M.M. (2008). Passagem de plantão: um recurso estratégico para a continuidade do cuidado em enfermagem. Revista
Gaúcha de Enfermagem,29(2), 246-53
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Trabalho n o 66
relato de c aso
Gestão em Saúde
Auditoria da qualidade da assistência de
pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) e/ou Diabetes Mellitus (DM) na atenção
básica
Autoras: Amanda Alves Vidal; Larissa Kozloff Naves; Fernanda Serra Granado; Gabriela Benjamin Togashi; Barbara Camila Martins
Gomes
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Introdução
A auditoria é uma importante ferramenta de gestão, utilizada não somente para indicar os problemas e as falhas, como
também apontar sugestões e soluções. (1). A auditoria da qualidade é uma prática constante na Sociedade Beneficente Israelita
Brasileira Albert Einstein. Por meio de parceria firmada com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de São
Paulo, foi possível ampliar a auditoria da qualidade para a atenção básica. São 13 unidades Básicas de Saúde da Supervisão
Técnica de Saúde do Campo Limpo - Coordenadoria Regional de Saúde da região Sul, onde a Instituição atua na contratação
de profissionais, acompanhamento do trabalho, na capacitação e no aprimoramento da assistência prestada. Em 2012, a equipe de Interlocução do Adulto e do Idoso, da área de Programas Governamentais, criou o Projeto para Acompanhamento e
Monitoramento dos Pacientes com HAS e/ou DM pela Estratégia Saúde da Família (ESF).
Objetivo
O objetivo é qualificar o acompanhamento de pacientes com HAS e DM na atenção primária. As etapas do projeto são: 1ª
Elaboração da planilha com os dados dos pacientes hipertensos e/ou diabéticos de cada uma das equipes; 2ª Treinamentos
para as equipes com relação ao manejo do paciente com HAS/DM e preenchimento das informações contidas na planilha e,
por fim 3ª Auditorias de qualidade para a verificação dos registros e acompanhamento dos pacientes inseridos na planilha de
monitoramento.
Desenvolvimento
A fim de cumprir a terceira etapa do Projeto, foi contemplada a auditoria de qualidade dos registros dos pacientes das
unidades. O planejamento da auditoria ocorreu no início de 2014, entres as áreas de apoio de Programas Governamentais. O
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relato de c aso
instrumento de auditoria foi desenvolvido para avaliar: número de consultas médicas e de enfermagem, número de vezes em
que a pressão arterial foi aferida, valores de colesterol total, HDL, creatinina e hemoglobina glicada. Os itens foram considerados
“conforme” se registrados em prontuário com data de, no máximo, um ano a partir da realização da auditoria. A amostra da
auditoria foi proveniente da Planilha de Pacientes com HAS e/ou DM, atualizada pelas UBS e enviada ao Núcleo de Informação
mensalmente. A planilha deve conter todos os pacientes diagnosticados com HAS e/ou DM que residem no território de
abrangência da unidade. Da planilha foram selecionados 10 pacientes por equipe (das 82 equipes), randomizados, totalizando
820 pacientes. Não houve critérios de exclusão. Qualquer paciente da Planilha poderia ser sorteado. Uma equipe possuía apenas um paciente na planilha, o que totalizou uma amostra de 811 pacientes. A auditoria piloto ocorreu no primeiro semestre
de 2014, em três unidades ESF. No segundo semestre de 2014 iniciaram-se as auditorias nas unidades ESF. Os gestores foram
comunicados, via e-mail, para que separassem os prontuários de papel. Os critérios de auditoria não foram divulgados previamente. A auditoria totalizou um período de três meses até sua conclusão. Tanto os registros do prontuário físico, quanto do
prontuário eletrônico foram avaliados. Após a finalização da auditoria, as informações coletadas foram digitadas em banco de
dados e atualmente encontra-se em período de análise.
Conclusão
Durante a realização das auditorias, notou-se o envolvimento dos profissionais em acompanhar o processo junto ao auditor,
possibilitando ações educativas no momento em que foi realizada, ao detectar as falhas e oportunidades de melhoria. Após a
apuração dos resultados, será elaborado um plano de ação com as áreas de apoio e gestores, buscando melhoria na gestão do
cuidado pelos profissionais da equipe aos pacientes com HAS e/ou DM na atenção básica. Esta auditoria ocorrerá anualmente
para avaliação das ações executadas.
REFERÊNCIAS
1. Paim CRP, Ciconelli RM. Auditoria de avaliação da qualidade dos serviços de saúde. RAS. 2007;36(9):85-92.
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Trabalho n o 67
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Pesquisa de satisfação do usuário: A
experiência do Hospital da Criança de Brasília
Autores: Erika Bomer Cagliari; Hudson Oliveira Silva; Renilson Rehem de Souza
Instituição: Hospital da Criança de Brasília-José de Alencar
A prática de avaliação dos serviços por meio da pergunta aos usuários difundiu-se a partir dos anos 60 na Europa e EUA,
inicialmente interessada nos estudos de adesão ao tratamento. No Brasil os estudos ganharam destaque a partir da segunda
metade da década de 1990, com o fortalecimento da participação da comunidade nos processos de planejamento e avaliação.
A incorporação do usuário na avaliação tem sido valorizada não apenas por constituir-se um indicador sensível da qualidade
do serviço prestado, mas por estar potencialmente relacionada à maior adequação no uso do serviço. A pesquisa de satisfação
do usuário foi instituída e aplicada no HCB desde o inicio de suas atividades, por meio da entrega e disponibilização de formulários, preenchidos espontaneamente pelos usuários. No entanto, observamos que ao longo do tempo, apesar dos esforços
internos, a adesão ao preenchimento foi caindo gradativamente. Avaliamos que o conteúdo da pesquisa se tornara obsoleto e
havia a necessidade de avançar, aprimorar e adequar o método. A reformulação metodológica foi impulsionada, além da baixa
adesão, pela necessidade de inovação e entendimento de que os canais de participação e escuta da população deveriam ser
ampliados, consolidados e aprimorados. O novo método de pesquisa se materializa por meio de ligações telefônicas, realizadas
pelo serviço de telefonia do hospital, em 24h à 72h pós-atendimento. A pesquisa é aplicada em pelo menos 15 usuários diariamente (gerando uma amostra de aproximadamente 5% do volume atendido), todos os serviços devem ser contemplados e seu
registro realizado em planilha única, disposta em unidade de rede. Com o objetivo de garantir confiabilidade das informações
e minimizar possíveis desvios, interpretações diversas e a usual subjetividade, adotou-se um roteiro para direcionar a realização
das pesquisas, padronizando a forma de abordagem ao usuário. O questionário utilizado foi estruturado com oito questões fechadas (múltipla escolha) e uma aberta, possibilitando ao usuário tecer comentários, também registrados e planilhados. A nova
metodologia de pesquisa de satisfação do usuário adotada pelo HCB possibilitou o fortalecimento do canal de comunicação
com os usuários, ampliou a captação de informações tornando o numero de pesquisas mais significativo e, consequentemente
o potencial de analise e intervenção mais assertivo. Percebemos ainda que o simples fato de receber uma ligação do hospital
para saber como tinha sido atendido, gerou nos usuários um senso de respeito e pertencimento, reforçando a dimensão da
gestão participativa e dos princípios da humanização.
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relato de c aso
Trabalho n o 68
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Times de trabalho formados na equipe de
enfermagem para alcance da Acreditação
Hospitalar em instituição pública de porte extra
Autoras: Maria Cristina Peres Braido Francisco; Carmen Mohamad Rida Saleh; Marcia Martins; Maria Aparecida Jesus Menezes
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
A acreditação hospitalar é uma certificação semelhante ao ISO, mas exclusiva para instituições de Saúde¹. Trata-se de um
método de avaliação voluntário, periódico e reservado dos recursos institucionais de cada hospital para garantir a qualidade da
assistência por meio de padrões previamente definidos 2. Esta avaliação é conduzida por equipe das Instituições Acreditadoras
Credenciadas pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A organização prestadora de serviços de saúde, que buscou a
acreditação é uma instituição hospitalar, pública, geral, cuja missão compreende ensino, pesquisa e assistência, com 960 leitos
ativos e que gerencia uma equipe de enfermagem com mais de 2000 profissionais, representando uma importante força de
trabalho na recuperação de pacientes internados. Em busca do desafio em receber a Certificação ONA Nível I, Segurança do
Paciente, a Divisão de Enfermagem foi em busca de estratégias que envolvessem o maior número de colaboradores.
Desenvolvimento
Foram formados 12 times de trabalhos, coordenados pela Diretora da Divisão de Enfermagem, Serviço de Qualidade e
Segurança do Paciente e Serviço de Educação Permanente que conduziram a orientação e supervisão das atividades desenvolvidas. Os times instituídos foram: Sistematização da Assistência de Enfermagem, Escala de Distribuição de Tarefas/Sistema de
Classificação de Pacientes, Passagem de Plantão, Código Azul, Identificação do Paciente, Controle de Glucosímetro/emperatura
de Geladeira, Medicação, POP’s Administrativos, POP’s Assistenciais, Produtos Químicos, Central de Materiais e Esterilização e
Organização da Unidade. Foi realizada a primeira reunião com as lideranças de enfermagem para apresentação dos 12 times
sugeridos e seus respectivos tutores e líderes. A Divisão de Enfermagem solicitou manifestação de interesse em atuar nos times
apresentados e sugeriu inclusão de técnicos e auxiliares de enfermagem para participarem desta mobilização. Todos os times,
utilizando a ferramenta de qualidade 5W e 3H, traçaram seus planos de ação alinhados a um cronograma de apresentação
semanal a coordenação dos times, trabalhando com os itens de não conformidades apontadas no relatório diagnóstico da
empresa certificadora, propondo mudanças nos processos de trabalho e nas práticas assistenciais. Os times se mobilizaram,
identificando os recursos necessários para adequação e/ou correção das não conformidades. O apoio da Diretoria Executiva foi
relevante para o sucesso dos times, no alcance das metas estabelecidas.
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relato de c aso
Conclusão
A mobilização, envolvendo maior número de profissionais de todos os níveis hierárquicos da instituição e o método de
trabalho escolhido, foram fundamentais para o sucesso e obtenção do resultado almejado, com mudanças de comportamento
das pessoas e dos processos de trabalho, rumo à construção de uma cultura de segurança na organização.
REFERÊNCIA
1. Site http://www.excellencemedical.com.br/saude/o-que-e-acreditacao-hospitalar/. Acesso disponibilizado no dia 28/01/2015.
2. Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde - Brasília: Organização Nacional de Acreditação, Brasília, 2014.
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relato de c aso
Trabalho n o 69
Gestão da Assistência
O desfio de um hospital pediátrico municipal
com a qualificação do profissional admitido na
equipe de enfermagem
Autores: Roselia Terezinha Paganotti Mazzo
Instituição: Hospital Infantil Menino Jesus
Introdução
A complexidade do objetivo de trabalho em pediatria hospitalar exige recriar as práticas no cotidiano da atenção à criança
e o adolescente e sua família, pois essa complexidade não se reduz à organização de outro processo de trabalho em específico,
mas envolve ação de distintos profissionais cujos atos em saúde são interdependentes e complementares. A capacitação do
profissional de enfermagem em pediatria com ênfase no conhecimento técnico-científico são atributos de qualificação profissional. O investimento em programas de capacitação dos profissionais de enfermagem em pediatria emergiu como elemento
fundamental na base das transformações estruturais do mundo globalizado. Assim, a especificidade da assistência de enfermagem na atenção a criança e o adolescente exigem profissionais bem preparados para a identificação dos problemas e para a
realização das intervenções necessárias.
Desenvolvimento
Este trabalho se desenvolve no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, uma instituição pública, pertencente à rede municipal de saúde, que atende crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos. Num estudo evolutivo desde o ano de 2012, verificamos
uma crescente dificuldade em admitir profissionais com experiência na área de pediatria. Para suprir esta ausência de mão de
obra qualificada, foi desenvolvido um programa de treinamento e desenvolvimento de profissionais recém-formados admitidos na instituição. Este programa foi desenvolvido pela educação continuada, com atividades teóricas e práticas com o objetivo de tornar o profissional independente e de forma segura para assumir suas atividades. As atividades são desenvolvidas em
laboratório e no próprio hospital. Associado a estas atividades, existe o acompanhamento de um tutor enfermeiro, preparado
e orientado pela educação continuada, para o desenvolvimento do profissional nas suas atividades práticas no hospital. O desenvolvimento do profissional é medido de duas formas: feedbacks pontuais e dois momentos formais antes da sua efetivação.
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Conclusão
As lacunas da formação nos Cursos de Enfermagem têm sido um dos obstáculos para a atuação dos profissionais no cuidado à criança hospitalizada, no início da carreira profissional. Com a aplicação deste programa educacional da enfermagem,
podemos direcionar o aprendizado e associá-lo à pratica do dia a dia, estamos vencendo um desafio de suprir a necessidade de
mão de obra e melhorar a atuação deste profissional. Nessa perspectiva, o desafio é que o profissional de enfermagem aprenda
a aprender, transformando o conhecimento em conduta humana relevante ao seu exercício profissional e para a qualidade da
assistência.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
1. Viana DL, Contim D, Abe ESH, Azevedo SVR. Manual de procedimentos em pediatria. Instituto da criança do HC. São Paulo (SP): Editora Yendis. 2010.
2. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2008. Uso do Indicador de qualidade para fundamentar programa de capacitação de profissionais de enfermagem. Disponível em:<http www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n4/v42n4a07.pdf> acesso em 27/11/11.
3. Revista Brasileiro de Enfermagem - Universidade Federal da Bahia. Escola de Enfermagem/Programa pós-graduação em enfermagem - Salvador BA - 2008.
O processo de capacitação do enfermeiro intensivista. Disponível em: < httpwww.scielo.br/pdf/reben/v61n6/a03v61nb.pdf.> acesso em: 27/11/11.
4. PASCHOAL, S. P; MANTOVANI, M de F.; MÉIER, M. J. Percepção da educação permanente, continuada e em serviço para enfermeiros de um hospital de
ensino. Revista da Escola de Enfermagem da USP. V. 41, n. 3 São Paulo. Set. 2007.
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relato de c aso
Trabalho n o 71
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Núcleos de segurança do paciente: Um desafio
possível em diferentes níveis de atenção
Autoras: Gabriela Benjamin Togashi; Bárbara Camila Martins Gomesm; Larissa Kozloff Naves; Amanda Alves Vidal
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Introdução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define segurança do paciente como a ausência de danos preveníveis ao paciente
durante o processo de assistência à saúde (WHO, 2013a). A segurança do paciente é uma questão de alta relevância na saúde,
porém no Brasil verifica-se a necessidade de ampliar sua discussão para níveis de atenção que vão além da assistência hospitalar. A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein possui, desde 2001, parceria com a Prefeitura Municipal de São
Paulo para a gestão de 13 Unidades Básicas de Saúde com Estratégia Saúde da Família (ESF), 3 Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS), 3 Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e 1 Unidade de Pronto Atendimento (UPA).Considerando a importância da
segurança do paciente, independente do nível de assistência, ações de segurança foram desenvolvidas para os serviços desta
parceria, dentre elas, a implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP).
Desenvolvimento
Desde 2008 as ações voltadas à segurança do paciente vêm sendo construídas, estruturadas e fortalecidas. Além do sistema de notificação, auditorias e metas, em 2011 foram implantados comitês que tinham como objetivo principal, analisar as
notificações de menor gravidade e traçar um plano de ação voltado à melhoria de processo. Esses comitês eram compostos
por uma equipe multiprofissional, envolvendo a liderança da unidade, farmacêutico, enfermeiros, representantes de equipes
multiprofissionais e médicos. Em 25 de julho de 2013 a ANVISA publicou a RDC nº 36 que possui como enfoque principal a
implantação de NSP em todos os serviços de saúde. Com a publicação da RDC, em 2014 o papel destes comitês existentes foi
revisto para que pudessem ser denominados como NSP. Atualmente são 20 NSP, formados em todos os serviços, mantendo
o objetivo de avaliar as notificações sem ou de menor gravidade realizadas pela própria unidade de atuação. São responsáveis também por acompanhar as ações de melhoria propostas a partir das notificações, atuar preventivamente identificando
situações de risco, desenvolver campanhas educativas que visem a segurança do paciente, atuar como referência para ações
institucionais, informar a equipe sobre resoluções, normativas e portarias que tenham relação com a segurança e divulgar as
ações de melhoria implantadas a partir das notificações. Para o desenvolvimento destas ações, os NSP se reúnem ao menos
uma vez por mês e possuem deliberação para implementar ações de melhoria. Para registrar as ações planejadas é utilizada
a ferramenta 5W2H de forma que garanta o acompanhamento e continuidade do planejamento. Além disso, o processo da
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relato de c aso
segurança é acompanhado por uma equipe de apoio da área de qualidade e segurança, que participa das reuniões, recebe as
notificações provenientes dos serviços, monitora ações de maior impacto e realiza capacitações para os membros dos núcleos
para instrumentalizá-los para melhor tratativa dos eventos.
Conclusão
A implementação dos NSP fortaleceu o trabalho que vinha sendo desenvolvido pelos antigos comitês, principalmente por
estar respaldado pela RDC 36. Além disso, é um espaço que permite o envolvimento de diferentes papéis, a liderança e a equipe
assistencial, para discutir processos e ainda, pode ser utilizado como uma ferramenta para a gestão. Ainda é preciso avançar
com o cadastro destes Núcleos e realização das notificações no Sistema de Notificação da ANVISA, sendo um processo em
planejamento para o primeiro semestre de 2015. Cabe ressaltar que os formulários do sistema da ANVISA ainda trazem um enfoque em incidentes em ambiente hospitalar e podem não se adequar em algumas situações dos serviços, como de Estratégia
Saúde da Família e Centro de Atenção Psicossocial.
REFERÊNCIAS
World Health Organization (WHO) [Internet]. Patient Safety - What is patient safety? [cited 2014 dez. 14] Available : http://www.who.int/patientsafety/about/
en/index.html.
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relato de c aso
Trabalho n o 73
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Qualidade na assistência: Envolvimento do
paciente no Hospital Sírio-Libanês (HSL)
Autores: Sandra Cristine da Silva; Elaine Aparecida Ambrosio Galvão; Vera Lucia Borrasca; Daniela de Oliveira Fernandes; Eduardo
Gonçalves de Oliveira da Silva
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
Introdução
A atenção no cuidar, o tratamento humanizado e foco no bem-estar do paciente faz parte da história do Hospital. A evolução da medicina, a incorporação de tecnologias e a especialização na saúde fizeram com que o foco no paciente fosse aperfeiçoado. Apesar do maior acesso à informação, erros e acertos no tratamento permaneceram sob o domínio da equipe de saúde.
O paciente continuou um agente passivo nesse processo. Enfrentamos o desafio de alterar essa realidade. Afinal, se o paciente
tem o direito a um tratamento digno e de qualidade, também pode ativamente, contribuir para a melhoria da segurança do
cuidado. As ações implantadas no HSL foram baseadas na campanha “Patient for Patient”, lançada em 2004 pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), e no Programa Nacional para Segurança do Paciente do Ministério da Saúde O objetivo desse movimento foi envolver o paciente no combate aos danos evitáveis à saúde, por meio de um engajamento baseado na honestidade,
informação e transparência. A OMS estabeleceu seis metas para segurança do paciente, com o objetivo de promover melhorias
específicas em situações de assistência consideradas de maior risco: Identificação correta dos pacientes; Comunicação efetiva;
Segurança dos medicamentos; Cirurgia Segura; Redução de risco de infecção e Redução do risco de lesões em decorrência
de queda. Dar aos pacientes condições para esse engajamento significa uma “via de mão-dupla”, uma quebra de paradigma
dentro de um ambiente culturalmente acostumado a ter no médico e equipe o portador do conhecimento final sobre todos
os atos. As bases para a prevenção e enfrentamento de eventuais resistências que certamente surgiram nesse caminho foram
à informação e transparência.
Desenvolvimento
No campo da informação, o primeiro passo, dado em 2013, foi à elaboração e distribuição de folders educativos sobre prevenção de queda. Como reforço, foi instalado em todos os quartos um quadro informativo, cujo conteúdo incentivo paciente
e familiar a cobrarem da equipe comportamentos de segurança; manutenção e confirmação da pulseira de identificação; checagem da identidade do paciente antes da administração de medicamentos; administração de dose correta de medicamentos;
procedimentos que precisam de autorização por escrito ou termo de consentimento; obrigatoriedade de sinalização do lado a
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relato de c aso
ser operado; higienização das mãos por todos os profissionais que entram no quarto. Por outro lado, a instituição adotou o critério da transparência, com divulgação dos seus resultados consolidados por meio de indicadores de segurança na assistência.
Essas informações estão publicadas no site do hospital, no campo “Qualidade e Segurança”. Os indicadores são acompanhados
de um pequeno texto com o objetivo de explicar o dado e incentivar os pacientes e familiares a contribuírem com sugestões
para a melhoria dos resultados. Estes indicadores têm ficado abaixo das metas estabelecidas pelo hospital e comparáveis a
“benchmark” de outras instituições.
Conclusão
Dentro de um amplo processo de humanização do atendimento em saúde, a segurança é fator essencial para a manutenção do direito à vida. Embora o impacto das medidas implantadas seja de difícil mensuração, nossa percepção é que a atuação
conjunta de instituições de saúde e pacientes é a forma mais eficiente para enfrentar os desafios relacionados à qualidade e
segurança e alcançar as metas estabelecidas.
REFERÊNCIAS
Joint Commission International. Manual de Padrões de Acreditação para Hospitais, 2015.Organização Mundial da Saúde. Campanha Patient for Patient.
Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/patients_for_patient/en/
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relato de c aso
Trabalho n o 74
Gestão da Assistência
Um modelo educacional da enfermagem
aos pacientes portadores de diabetes e
seus cuidadores em um hospital municipal
pediátrico
Autoras: Jocely Christina Aquino da Silva dos Santos; Solange Rocha Domingues
Instituição: Hospital Infantil Menino Jesus
Introdução
O Diabetes Mellitus tipo 1(DM1), está presente em 5% a 10% dos casos em crianças e adolescentes. O tratamento tem como
objetivo evitar as descompensações como a cetoacidose diabética. É uma doença crônica que exige mudanças de hábitos e
desenvolvimento de conduta de autocuidado que deverão ser mantidos por toda a vida. A educação em diabetes é a principal
ferramenta para a garantia do autocuidado, permitindo o autocontrole por parte do paciente.(1)
Desenvolvimento
As autoras atuam como enfermeiras de um Hospital Municipal Pediátrico, realizando intervenção educacional dos pacientes com DM1 admitidos através do Pronto Socorro, Unidade de Terapia Intensiva, Clínica Médica e ambulatório. No cotidiano
se percebeu a dificuldade de adesão ao tratamento pelos pacientes/cuidadores, sendo confirmado após estudo do perfil
epidemiológico realizado em janeiro de 2010. Ao final do levantamento dos dados foi concluído que a intervenção de enfermagem não estava sendo efetiva devido a vários fatores como: o modelo educativo deficiente (autoritário), dificuldades na
aplicação da insulina, na alimentação, exame de hemoglobina glicada alterado, casos de analfabetismo e crença religiosa na
cura. A partir de julho de 2010, optou-se pela educação através do lúdico (medida terapêutica, que promove a continuidade do
desenvolvimento infantil) e a interação desta com a pedagogia dialógica (pautada no diálogo que estimula as reflexões) para
a aprendizagem diferenciada. (2) Neste contexto, foi constatado, que a educação em diabetes evoluiu muito nos últimos anos
e utilizam um modelo mais focado no paciente, buscando promover mudanças de comportamento mais positivas. (1) O uso da
ludicidade ajuda no processo de adaptação no ambiente hospitalar, (3) hoje esta atividade é realizada como se segue: consiste
numa visita onde é aplicada a sistematização da assistência de enfermagem em diabetes (SAEAD), focada no diagnóstico de
enfermagem e, a partir daí se planeja uma estratégia didática para o ensino. Na parte teórica, se fornece material de leitura
conforme a faixa etária, sendo recolhido posteriormente. A orientação de enfermagem é executada a beira leito, utilizando-se
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relato de c aso
álbum seriado personalizado para os meninos e as meninas. A técnica da aplicação de insulina é efetuada com auxílio de um
boneco de pano, esponjas com formato de bichos, uma faixa de pano adaptada com uma esponja para amarrar no braço, perna, barriga do paciente, dois pôsteres ilustrativos, frascos e seringas de insulina, algodão e álcool 70%,finalizando com a entrega
de um manual elaborado pela enfermagem e um informativo de cuidados com o diabetes na escola.
Conclusão
Por fim, conseguimos ver a atividade lúdica como um facilitador do trabalho da enfermagem, os resultados são observados
no ambulatório de endocrinologia, através da avaliação médica e dos resultados da hemoglobina glicada que se mantém conforme o recomendado e, na consulta de enfermagem com análise da SAEAD que é essencial para a melhoria da segurança do
paciente, garantindo qualidade e a realização de uma assistência com excelência.
BIBLIOGRAFIA
1. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2013-2014 Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/342diretrizessbd.pdf
2. Figueiredo M F S, Rodrigues-Neto J F, Leite M T S. Modelos aplicados às atividades de educação em saúde. Rev. bras. enferm. vol.63, no.1 fev Jan,
Brasília 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n1/v63n1a19.pdf/
3. Depianti J R B, Silva L F da, Carvalho A da S, Monteiro A C M. Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care practices for children with cancer:
a descriptive study. Online braz j nurs [periódico na Internet]. 2014 [citado 2015 Jan 27]; 13(2): 158-165. Disponível em: http://www.revenf.bvs.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1676-42852014000200005&lng=pt.
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relato de c aso
Trabalho n o 75
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Cultura de Segurança do Paciente em
Ambulatório de Psiquiatria
Autoras: Ana Stella de Azevedo Silveira; Luciana Mayumi Yamaguchi, Ane Francine Martinelli; Samira Cezarete Cabral; Gabriela Ferraz
de Lima; Elaine Aparecida de Oliveira Lamana
Instituição: SPDM - ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA
O presente trabalho visa relatar os resultados da Pesquisa em Cultura de Segurança do Paciente da Agency for HealthCare
Research and Quality (AHQR) em um Ambulatório de Psiquiatria na cidade de São Paulo. Em 2013, foi implantado no
Ambulatório o Núcleo de Segurança do Paciente, responsável por ações de prevenção, treinamento e monitoramento relacionadas à Segurança do Paciente. Em 2014, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, Organização Social
que administra o Ambulatório, traduziu a Pesquisa em Cultura de Segurança do Paciente da AHQR e todos os colaboradores
da unidade foram convidados a respondê-la sendo que 119 entregaram o questionário preenchido (75,8%). As informações
coletadas foram inseridas na ferramenta de análise de dados fornecida pela AHQR, permitindo obter os resultados apresentados a seguir. Sessenta e seis por cento dos que responderam a pesquisa ocupavam cargos assistenciais, 34%cargos
administrativos e 4% cargos gerenciais. Quanto à percepção positiva sobre a Segurança do Paciente, observou-se que os
pontos fortes (>80% de respostas positivas) foram o trabalho em equipe, o acompanhamento e o monitoramento da assistência ao paciente, o aprendizado organizacional e a percepção geral sobre a segurança do paciente e qualidade. Os pontos
fracos (<70% de respostas positivas) foram abertura para comunicação, padronização de processos/fluxos do Ambulatório
e pressão e ritmo de trabalho, sendo que esse último se destaca com apenas 34%das respostas positivas, bastante abaixo
da média dos ambulatórios ao redor do mundo que responderam a pesquisa em 2014 (50%). Quando questionados sobre a
Percepção Geral em Segurança do Paciente, 15% dos colaboradores classificaram-na como excelente, 45% como muito boa,
37% como boa e 3% como regular. Ao comparar as respostas entre as classes profissionais (excluindo os cargos gerenciais),
notamos que os enfermeiros e técnicos foram o grupo que forneceu mais respostas positivas relacionadas ao seguimento
do paciente, ao treinamento da equipe, ao ritmo de trabalho, a padronização de processos e fluxos do Ambulatório e ao
apoio da liderança para a Segurança do Paciente. A equipe de psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais foi
a que obteve mais respostas negativas em relação a suficiência dos treinamentos oferecidos pelo Ambulatório e quanto a
abertura em comunicar erros. Os médicos foram os profissionais que emitiram mais repostas positivas sobre o trabalho em
equipe e abertura em comunicar erros, mas foram os que referiram sentir-se mais sobrecarregados com a pressão e o ritmo
de trabalho. A equipe administrativa foi a que referiu mais insatisfação com o trabalho em equipe e mais dificuldade na comunicação com seus superiores. O grupo que ocupa cargos gerenciais apresentou uma visão mais negativa que os demais
colaboradores nos itens padronização de processos e fluxos do Ambulatório, pressão e ritmo de trabalho e seguimento
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dos pacientes. Respostas positivas fornecidas pelos profissionais de enfermagem eram esperadas, uma vez que a questão
da Segurança do Paciente está embutida em sua cultura há mais tempo que para as demais categorias profissionais. As
respostas mais negativas dos gerentes quando comparadas aos demais colaboradores do Ambulatório refletem seu alto
nível exigência em relação à Segurança do Paciente. Os resultados apresentados permitiram identificar que, de modo geral,
processos, fluxos e pressão e ritmo de trabalho são as principais deficiências do Ambulatório na garantia da Segurança do
Paciente. Esses dados permitirão ao Núcleo de Segurança do Paciente elaborar um planejamento de suas ações para 2015
baseado na opinião e percepção dos colaboradores, focado nas respostas estratificadas por categoria profissional, contribuindo assim para a segurança da assistência e para a qualidade de trabalho no Ambulatório.
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relato de c aso
Trabalho n o 81
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Utilização da ferramenta sbar para garantia da
segurança na transição do cuidado
Autores: Mileide Morais Pena; Danielle Fabiana Cucolo; Ana Claudia Canalli, Julio Cesar Costa; Ana Luiza Ferreira Meres
Instituição: Hospital da PUC-Campinas
Introdução
Ao longo dos anos, organizações ligadas ao cuidado em saúde têm discutido e implantado estratégias para melhorar a
comunicação, visando a redução de danos ao paciente. Muitos problemas de comunicação entre os profissionais de saúde
ocorrem durante a transição do cuidado, ou seja, nas passagens de plantão ou trocas de turno entre as equipes, na interação
entre os profissionais de saúde e entre esses profissionais e os pacientes. Guidelines e recomendações para práticas de transição
do cuidado têm sido propostas por organizações que focam o cuidado seguro do paciente em todo o mundo. Em particular, o
uso de instrumentos e/ou abordagens padronizadas durante a transição do cuidado têm sido promovidos e aprovados pelos
órgãos certificadores1.
Desenvolvimento
Trata-se de um relato de experiência sobre a implantação da ferramenta SBAR para padronização das informações, durante
a transferência de pacientes da UTI Adulto e Pronto Socorro Adulto para as Unidades de Internação. A ferramenta SBAR2 é um
mnemônico utilizado para auxiliar os profissionais a elencarem informações importantes transmitidas durante a transferência
do paciente. Consiste em perguntas rápidas, padronizadas em quatro seções:
S
Situation
B
Background
Informar a história do paciente, medicamentos em uso, alergias, resultados de exames relevantes
A
Assessment:
Informar os sinais vitais, impressões clínicas, alterações no exame físico, presença de dispositivos e
preocupações
R
Recommendations
Identificar o paciente e o motivo de sua internação e ou procedimento
Indicar exames complementares, cuidados específicos e outras recomendações
A ferramenta foi estudada e analisada por uma equipe de enfermeiros e adaptada à realidade institucional, contemplando
as informações mais relevantes para a continuidade do cuidado: hipótese diagnóstica, patologias de base, reações a medicações, medicações em uso, intervenções ou tratamentos recentes, sinais vitais e presença de dispositivos, riscos do paciente,
exames coletados e pendentes, procedimentos e cirurgias pendentes e recomendações. A equipe multiprofissional foi inserida
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relato de c aso
no processo e também acrescentou informações importantes para sua prática. Durante o processo de programação de alta
do paciente, os profissionais envolvidos no seu cuidado preenchem o impresso com as informações sobre seu histórico e as
recomendações para a continuidade da assistência nas unidades de internação. O enfermeiro da Unidade de Internação recebe
essas informações e implanta as recomendações, descrevendo em evolução as condições do paciente no momento de sua
admissão e as ações para a continuidade do cuidado. Os demais profissionais da equipe multiprofissional realizam o plano de
cuidado fundamentado nas informações desse instrumento. Trata-se de um novo conceito na prática da equipe multiprofissional e um desafio na dinâmica de um hospital de ensino. Sendo assim, ainda existem limitações na sistematização desse processo, tais como o preenchimento de todos os itens que compõe o instrumento, o envolvimento do corpo clínico e a inserção do
paciente/familiar na transição do cuidado.
Conclusão
A utilização de ferramentas que contribuam para a melhoria do processo de comunicação e o envolvimento dos profissionais na definição dessas estratégias podem ser a chave para uma comunicação eficaz, garantindo a segurança do paciente e
prevenindo a ocorrência de eventos adversos.
REFERÊNCIAS
1. Ilan R, Le Baron CD, Christianson MK, Heyland DK, Day A, Cohen MD. Handover patterns: an observational study of critical care physicians. Online
BMC Health Serv Res [Internet]. 2012 [cited 2015 Jan 26];12:11. Available: http://www.biomedcentral.com/1472-6963/12/11.
2. National Health Service - NHS - Institute for Inovation and Improvement [Internet]. SBAR-Situation-Background-Assessment-Recommendation. England; 2008
[cited 2015 Jan 26]. Available: http://www.institute.nhs.uk/organisation/legal/copyright.html
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relato de c aso
Trabalho n o 83
Gestão da Assistência
Implantação da gestão de pacientes em fila
de espera para procedimento cirúrgico de
oftalmologia
Autores: Deyvid Fernando Mattei da Silva; Maria Teresa Gomes Franco; Aline Araujo Correa
Instituição: Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini - SPDM
Introdução
O acesso às informações de saúde, a crescente preocupação da população com qualidade de vida, os investimentos em
saúde da criança e nas áreas de atenção às doenças crônicas mais prevalentes, fez com que a perspectiva de vida aumentasse
no Brasil, caracterizando a mudança no perfil de pacientes que procuram os serviços de saúde. Observa-se maior atenção a
saúde do idoso. Nesse novo contexto, houve um aumento na demanda por serviços de oftalmologia com consequente aumento das filas para cirurgia nos serviços públicos, exigindo das instituições hospitalares maior agilidade e organização neste
processo. Diante das especificidades da população surgiu a necessidade de atuação na gestão desses pacientes, organizando
a fila cirúrgica por prioridades, orientando-os em relação ao pré e pós-operatório. Assim contribuindo com a diminuição da
suspensão cirúrgica por motivo evitáveis, das complicações no intra e pós-operatório e melhorando a aceitabilidade dos pacientes. Como a gestão do cuidado é de responsabilidade do enfermeiro, foi definido como atribuição do enfermeiro-clínico
esse papel. Objetivo: Avaliar os resultados da implantação da gestão dos pacientes em espera de cirurgias oftalmológicas, por
meio do enfermeiro-clínico.
Método
Trata-se de um estudo de caso, prospectivo, de abordagem quantitativa. Foi realizado em um hospital público do Estado
de São Paulo, de alta complexidade e gerenciado por Organização Social de Saúde. Conta com 153 leitos de internação e nove
salas cirúrgicas. Presta serviço ambulatorial especializado com 1520 consultas oftalmológicas por mês e 105 procedimentos
cirúrgicos, o que representa 16% de cirurgias realizadas. A gestão de pacientes de oftalmologia teve seu início em março de
2014. Nesse primeiro momento o enfermeiro-clínico entrou em contato pessoalmente ou por telefone com os pacientes.
Desenvolveu uma planilha em Excel para organizá-los por tipo de cirurgia e obter informações das condições clínicas de cada
um e, com a orientação dos médicos da especialidade, redefiniram os pacientes em listas de espera considerando a prioridade
cirúrgica e as datas de vencimento dos exames pré-operatórios, evitando perda destes exames com consequente retrabalho.
O período de coleta de dados foi de março a novembro de 2014.
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Resultados e Discussão
O primeiro resultado satisfatório foi a aceitabilidade dos pacientes relacionada à qualidade do serviço prestado. Com um
resultado crescente passou de 81% em março, aumentado gradativamente com 91% em julho e atingindo 92% em novembro.
Em relação a reclamações no serviço de atendimento ao usuário apresentou diminuição de 11 casos em março para 5 em
novembro. A taxa de efetividade dos procedimentos cirúrgicos realizados em relação aos agendados foi de 64,34% em março,
79,82% em julho e 80,34% em novembro.
Conclusão
A implantação da gestão de pacientes pelo enfermeiro-clínico foi positiva, tanto em relação aos resultados mensuráveis,
quanto à criação de vínculo com consequente confiança dos usuários, no processo. Os resultados nesse caso demonstraram que as mudanças nos processos de trabalho contribuem para a melhor utilização de recursos e maior humanização no
atendimento.
REFERÊNCIAS
1. Brasil - Ministério da Saúde. ONU registra aumento da expectativa de vida no Brasil. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/
570-destaques/34202-onu-registra-aumento-da-expectativa-de-vida-no-brasil. Acesso: [26 jan 2015].
2. Lemos MSA. Dias EC. Fortes NM. et al . O impacto do Projeto de Cirurgias Eletivas de Belo Horizonte sobre a fila de espera. Rev. Enfermagem Revista V. 16.
N° 03. Set./Dez. 2013.
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relato de c aso
Trabalho n o 84
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Pesquisa de abandono de certificação de
qualidade em saúde
Autoras: Maria Carolina de Toledo Sivieri Moreno; Kele Cristina Dias; Andrea Righi Kelian
Instituição: ONA
A ONA completou 15 anos no ano de 2014 com mais de mil certificações concedidas, sendo 452 vigentes, destas 229
organizações hospitalares. O crescimento anual médio no número de certificações de hospitais foi de 9,4% nos últimos cinco anos. No perfil das organizações acreditadas pela metodologia, destacam-se organizações hospitalares que não deram
continuidade ao processo de acreditação ao final do seu ciclo de certificação. Diante dos achados, definiu-se por investigar
os motivos do abandono. Foram levantadas todas as certificações de organizações hospitalares homologadas a partir de
janeiro de 2006, com vigência até julho de 2014. Foram destacadas 36 organizações que não renovaram suas certificações,
após 06 meses a contar da data do vencimento do seu certificado. Para estas Instituições foi elaborado um questionário
qualitativo semiestruturado aplicado por telefone ou por e-mail, ao longo dos meses de dezembro/2014 e janeiro/2015.
Foram contatados com sucesso 23 hospitais, sendo 04 via e-mail e 19 via telefone. Foram propostas cinco questões sendo
elas: Como foi a experiência da Instituição com a metodologia ONA? Quais as maiores dificuldades enfrentadas durante o
processo? Quais os maiores ganhos identificados na Organização com a metodologia? Qual foi o motivo da Organização
não ter realizado a recertificação na metodologia ONA? Você participa de alguma outra certificação ou metodologia de
qualidade em Saúde? Na análise dos resultados todas as Instituições relataram que a experiência com a metodologia ONA
foi boa ou excelente. As principais dificuldades apontadas foram: a disseminação da cultura da Qualidade e Segurança;
aspectos financeiros; adesão dos profissionais (liderança, corpo clínico e colaboradores) e a estrutura físico-funcional. Os
principais ganhos identificados pelas organizações foram: segurança do paciente; organização dos processos e integração
entre as áreas. Em relação aos motivos da organização não ter realizado a recertificação da metodologia destacaram-se:
migração para certificação internacional; dificuldades financeiras; problemas com a Instituição Acreditadora; decisão da
alta direção; troca de gestão; não sustentação dos padrões determinados pela metodologia; o não reconhecimento pelos
convênios. Quando questionadas em relação à participação em outras certificações ou metodologias de qualidade em saúde, 56,5% informaram não participar de outras metodologias. Aderiram a metodologias internacionais 26%, participam de
metodologia de certificação por processo 8,7%, e participam de programas locais de qualidade 8,7%.Apesar do crescimento
de novas metodologias de certificação de qualidade em saúde no Brasil, somente 21% das organizações contatadas que
não renovaram a acreditação pela metodologia ONA por que migraram para uma certificação internacional. O abandono
da metodologia deu-se por motivos de dificuldade financeira em 21,7% dos casos, 13% apresentaram problemas com a
Instituição Acreditadora responsável pela certificação, 13% devido à decisão da alta direção, 13% por troca de gestão e 8,7%
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relato de c aso
não conseguiram sustentar os padrões determinados pela metodologia. O não reconhecimento pelos convênios foi o motivo relatado por 4,3% dos entrevistados e 4,3% não souberam informar. Estes achados foram discutidos no planejamento
estratégico da Organização Nacional de Acreditação e geraram planos de ação específicos para reduzir a taxa de abandono.
REFERÊNCIAS
Sistema de Informação ONA Integrare,www.ona.org.br/OrganizacoesCertificadas.
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relato de c aso
Trabalho n o 85
Gestão da Assistência
Implantação da equipe de apoio assistencial
em um hospital público de alta complexidade
Autora principal: Aline Corrêa de Araujo
Autores: Deyvid Fernando Mattei da Silva, Maria Teresa Gomes Franco
Instituição: HTEJZ/SPDM
Introdução
Dimensionamento de pessoal de enfermagem (DPE) é um desafio para os gestores. Instrumentos que avaliam o grau de
dependência dos pacientes em relação aos cuidados de enfermagem são considerados na definição do quantitativo necessário. O instrumento mais comum é o sistema de classificação de paciente (SCP), porém contempla a assistência direta. Em um
hospital público de São Paulo, percebeu-se a necessidade de avaliar o DPE levando em consideração o tempo que o técnico
de enfermagem (TE) fica fora da unidade, por transporte de pacientes, solicitações de exames ou retirada de medicamentos
pós-prescritos na farmácia. Observou-se que havia momentos em que mais de dois colaboradores estavam fora da unidade,
diminuindo assim o tempo de assistência aos demais pacientes sob seus cuidados. Definiu-se verificar quanto tempo a equipe
de enfermagem gasta em atividades que não são medidas no SCP.
Objetivo
Avaliar a implantação do núcleo de apoio assistencial (NAAS) em relação ao tempo gasto em transporte de pacientes e na
coleta de exames de rotina.
Método
Trata-se de um estudo de caso, prospectivo, de abordagem quantitativa. Realizado em um hospital público de alta complexidade, gerenciado por organização social de saúde, com 153 leitos e uma produção de 650 cirurgias mês. Foi organizado o
NAAS com um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem por plantão com o papel de realizar o transporte interno e externo
de pacientes e coleta de exames. A coleta de dados foi realizada entre outubro e dezembro de 2014, em planilha Excel, e consistiu em registrar o tempo gasto pelo TE, tanto para encaminhamentos de pacientes a exames, como nas coletas de rotina.
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relato de c aso
Resultado e Discussão
Gastou-se 2189 horas em transporte de pacientes a exames de imagem, procedimentos externos e coleta de exames
laboratoriais. Esse tempo equivale a aumentar 730 horas/mês na assistência de enfermagem. Esse valor mostra que o dimensionamento realizado era falho, por não considerar todo processo de trabalho da enfermagem, e que esse tempo suprimia a
assistência direta aos pacientes pondo em risco a qualidade. Inferimos que o prejuízo é tanto no tempo do cuidado como na
organização do trabalho. Na hipótese de se reservar um TE exclusivamente para tais encaminhamentos em cada setor, além de
aumentar o número de pacientes para os demais, teríamos a necessidade de um número maior de colaboradores nessa função
e com períodos de ociosidade. Em relação aos exames laboratoriais de rotina, que são coletados diariamente, em horário pré-estabelecido, também se notou discreta melhora da qualidade. Anteriormente, cada TE coletava os exames laboratoriais de
seus próprios pacientes. Com a implantação da equipe de apoio diminuiu número de repetida coleta de exames em relação
à média do ano que foi de 2,76%: outubro 2,35%, novembro 1,68% e dezembro 2,3%, pelos motivos: transporte inadequado,
material insuficiente, material contaminado e perda de estabilidade, além do cumprimento do horário de entrega dos exames.
Podemos atribuir a melhora da coleta de exames pelo melhor aproveitamento do tempo e, ainda, pelo conhecimento e habilidade dos profissionais.
Conclusão
A avaliação da implantação da equipe de apoio assistencial, em relação ao tempo gasto em transporte de pacientes e a
coleta de exames laboratoriais de rotina, foi positiva. Nova pesquisa deve ser realizada no sentido de definir o tempo gasto, com
funções além da assistência direta para melhor adequar o dimensionamento de pessoal.
Referências
1. Magualhães AMM, Riboldi CO, Dall-Agnol CM. Planejamneto de recursos humanos de enfermagem: desafio para as lideranças. Rev Bras Enferm,
Brasília 2009 jul-ago; 62(4): 608-12. 2. Soares AVN, Rogenski KE, Fugulin FMT, Lima AFC, Sancinetti TR, Gaidzinski RR. Tempo de assistência de Enfermagem
como indicador de gestão de pessoas. O Mundo da Saúde, São Paulo: 2011; 35(3):344-49.
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relato de c aso
Trabalho n o 86
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Corpo médico e o processo de acreditação
internacional de qualidade e segurança:
Estratégias adotadas para envolvimento
Autores: Marina Boralli de Sousa; Marisa Madi Della Coletta; Anne Caroline de Oliveira Ramos; Paulo M. Hoff
Instituição: ICESP
Introdução
O processo de acreditação hospitalar é um método de consenso, racionalização e ordenação das instituições hospitalares e, principalmente, de educação permanente dos seus profissionais 1. Em estudo realizado por Seabra; 2, ao se examinar
os fatores críticos de sucesso para implementação da acreditação nas organizações hospitalares, a cultura médica mostra-se
como o aspecto que mais dificulta o processo. Uma questão é a própria formação médica que prepara para a autonomia e
não para o trabalho integrado. O Hospital em questão nesse relato possui corpo clínico fechado, com estrutura hierárquica
definida, onde após a admissão o médico pertence a uma equipe de cuidado especifica, respondendo diretamente para
uma chefia de grupo, a qual está enquadrada em uma das cinco coordenações médicas de especialidade e ao diretor médico da instituição. Esse relato objetiva apresentar quais foram as estratégias adotadas pela liderança de um hospital público
durante processo de preparação para avaliação de Acreditação internacional da Joint Comission International buscando
aproximação e parceria com o médico.
Desenvolvimento
A seguir as ações realizadas foram categorizadas em três grupos principais: 1. Desenvolvimento de materiais informativos 1.1. Manual de bolso de orientação do corpo clinico: em formato de pocket book com tamanho ideal para o bolso do jaleco, reuniu informações administrativas de interesse do grupo, apresentou as práticas assistenciais adotadas e a importância da cultura
da qualidade e segurança para o hospital. Apresenta os principais protocolos implantados, como o código azul e manejo da dor
em paciente oncológico; 1.2. Display informativo para ser anexado ao crachá: estratégia utilizada para dar segurança aos profissionais sobre a aplicação do processo de check list de segurança cirúrgico e também sobre as metas internacionais de segurança; 1.3. Lembrete nos consultórios ambulatoriais: focou novamente a divulgação das seis metas internacionais e reforço de
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relato de c aso
políticas. 2. Interação presencial com corpo médico - 2.1. Apresentação nos fóruns semanais médicos: foram disponibilizados
15-20 minutos para apresentação visando desmistificar o caráter administrativo processo de acreditação e trazer exemplos de
melhoria no atendimento ao paciente. Ao todo foram realizadas 29 apresentações em fóruns médicos; 2.2. Feedback mensal na
reunião de Conselho Diretor: a diretoria executiva visando o envolvimento da alta liderança médica da instituição compartilhou
resultados parciais e necessidade de apoio junto as equipes médicas. 3. Valorização do conhecimento médico - 3.1. Confecção
de Políticas e Documentos Institucionais: O objetivo de fazer políticas promoveu discussões sobre conceitos, estabelecimento
de processos em grupo visando à segurança onde o produto era a confecção de uma política. Conclusão: Quando o hospital
transmite o propósito do processo de acreditação e de suas implementações, de forma transparente, a distância entre o teórico e a prática é diminuída e o corpo médico adere. A equipe de liderança considerou as experiências como positivas e essa
aproximação com o corpo médico possibilitou a reflexão sobre a necessidade de estabelecimento de canais de comunicação
específicos mais efetivos, valorização do conhecimento desses profissionais e criação de um setor de relacionamento.
REFERÊNCIAS
1. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Série A. Normas e manuais técnicos. 3ª edição revista e atualizada. Brasília DF, 2002.
2. Seabra, S.A.K. Acreditação em organizações hospitalares./Porto Alegre, 2007, 170f. Dissertação (Mestrado em Administração) Faculdade de Administração,
Contabilidade e Economia, PUCRS.
Quadro 1. Representação da estrutura administrativa do corpo médico assistencial
Conselho Diretor
Professores titulares de especialidades médicas do instituto
Diretoria Geral Médica
Coordenações Médicas
Coordenação
Médica
OncoClínica
Coordenação
Médica
OncoCirúrgica
Coordenação
Médica
Hematologia
Coordenação
Médica Base
Coordenação
Médica SADT
Chefias de grupo
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relato de c aso
Trabalho n o 87
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Alta em 36 horas da UTI em pacientes
submetidos a cirurgia de revascularização do
miocárdio: É seguro?
Autores: Mariana Yumi Okada; José Carlos Teixeira Garcia; Fernanda de Andrade Cardoso; Nilza Sandra Lasta; Denise Louzada Ramos;
Viviane Aparecida Fernandes; Pedro Gabriel Melo Barros e Silva; Valter Furlan; Giuliano Generoso
Instituição: Hospital Totalcor
A preocupação com o tempo de estadia hospitalar do paciente em pós-operatório de cirurgia cardíaca tem sido crescente,
seja pelas complicações relacionadas com esta estadia, seja pela tentativa na redução do custo global dos procedimentos.
Objetivo
Identificar a segurança de diminuir o tempo de permanência na UTI para pacientes submetidos a cirurgia cardíaca.
Material e Método
Estudo observacional retrospectivo, com análise de banco de dados. Foram incluídos pacientes de cirurgia de revascularização do miocárdio isolada (RMI) entre janeiro de 2012 e outubro de 2014. Foram analisados dois grupos: A - pacientes que
receberam alta da UTI até o 1º dia de pós-operatório em um total máximo de 36 horas em UTI (1ºPO) e B - pacientes que receberam alta após o 1ºPO. Analisamos o perfil demográfico e os desfechos: tempos de entubação (IOT), UTI, internação hospitalar
(Hosp), reinternação na UTI e óbito.
Resultados
Foram operados 879 pacientes, tendo 185 (21,1%) recebido alta da UTI até o 1º PO. De acordo com o perfil demográfico o
GRUPO A apresentou média de idade de 58,1 ano, FE 59,3%, 89,7% do sexo masculino, 88,1% hipertensos, 47,6% diabéticos,
78,4% dislipidêmicos, 23,2% tabagistas, ATC prévi a 11,9%, RM prévia 1,1%. Tempo de CEC 83,9min, Anóxia 69,9 min e cirurgia
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relato de c aso
sem CEC 7% e mortalidade esperada pelo STS 0,68%. Com relação ao GRUPO B apresentou média de 62,1 anos, FE 57%, sexo
masculino 74,7%, 81,2% hipertensos, 49,4% diabéticos, 73,1% dislipidêmicos, 19,1% tabagistas, 14,6% com ATC prévia e 1,4%
com RM prévia. Tempo de CEC 84 min, anóxia 66,1min, cirurgia sem CEC 4,8% e mortalidade esperada pelo STS 1,16%. Os seguintes desfechos foram observados respectivamente nos grupos A e B: IOT (4,3 - DP: 3,52 e 8,5 horas - DP: 16,08), UTI (1,1 - DP:
0,17 e 2,7 dias - DP: 2,18), Hosp (4,6 - DP: 1,59 e 7,0 dias - DP: 6,19), reinternação em UTI (1,6% e 3,9%), reinternação hospitalar
(6,5% e 14,3%) e Mortalidade (0% e 1, 7%).
Conclusão
No grupo estudado a alta da UTI no 1º dia de pós-operatório foi segura, sugerindo que para pacientes selecionados, esta
prática pode ser utilizada rotineiramente.
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relato de c aso
Trabalho n o 88
Gestão da Assistência
Perfil dos pacientes que realizaram Intervenção
Coronária Percutânea (ICP) - Brasil e Estados
Unidos (EUA), uma experiência nacional no
CathPCI Registry Database
Autores: Mariana Yumi Okada; Camila Gabrilaitis Cardoso; Viviane Aparecida Fernandes; Pedro Gabriel Melo Barros e Silva; Valter
Furlan, André Spadaro; Sandro Faig; Henrique Barbosa Ribeiro; Fabio Conejo; Roger Renault Godinho; Expedito Ribeiro
Instituição: Hospital Totalcor
Introdução
O banco de dados CathPCI Registry Database - NCDR é um instrumento utilizado para integração de dados de pacientes
que realizaram Intervenção Coronária Percutânea (ICP). O intuito da utilização do banco de dados é melhorar a assistência ao
paciente que realizou ICP através da análise de tendências, criação de diretrizes de tratamento da prática baseada em evidências em saúde.
Método
Realizado coleta prospectiva de dados dos pacientes consecutivamente submetidos à ICP em um Hospital cardiológico na
cidade de São Paulo, de julho de 2013 à junho 2014. Os dados foram inseridos no CathPCI Registry Database. Foram avaliados
dados demográficos e o perfil dos pacientes.
Resultados
Foram submetidos dados de 789 pacientes e comparados ao número de 655.452 pacientes nos EUA. A prevalência foi
do sexo masculino em ambos os grupos de pacientes, (71.2% nos pacientes brasileiros e 68,7% nos americanos). A média de
idade foi de 61 e 65 anos respectivamente. Em relação ao diagnóstico, nos pacientes brasileiros o resultado observado foi de
42.1% de Angina Estável/Assintomáticos/Equivalente isquêmico, 20.2% de Angina Instável, 19.3% de IAM sem SST e 18.2% de
IAM com supradesnivelmento de segmento ST (SST), nos pacientes americanos o resultado foi de 20% de Angina Estável/
Assintomáticos/Equivalente isquêmico, 39.7% de Angina Instável, 22.7% IAM sem SST e 17.5% IAM com SST. Analisando os
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relato de c aso
antecedentes pessoais, o resultado observado foi de: 79.6% e 82.8% hipertensos, 66.9% e 78.4% dislipidêmicos, 36.4% e 38.5%
diabéticos, 24.6% e 30.5% tinham IAM prévio, 18.6% e 41% tinham ATC prévia e 12.7% e 18% tinham RM prévia na população
brasileira e americana, respectivamente. A taxa de mortalidade brasileira foi de 0.3% e a americana de 1.7% e a media de dias
de internação foi de 3 dias para os dois grupos.
Conclusão
Com a utilização do CathPCI Registry Database - NCDR observou-se uma semelhança no perfil demográfico entre as populações. Quando comparados os diagnósticos de admissão, o grupo americano apresenta uma maior taxa de pacientes com
angina instável, já no grupo brasileiro a prevalência é de pacientes eletivos (Angina Estável/Assintomáticos/Equivalente isquêmico) e a taxa de mortalidade brasileira e menor que a americana.
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Trabalho n o 93
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Gerenciamento de resíduos na inserção social
de um catador na UBS Jardim das Palmas
Autores: Arissa Cristina Rangel; Daniella Ribeiro; Gildelson Francisco Maciel; Sandra Dias Lopes
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
O PAVS - Programa Ambientes Verdes e Saudáveis - é um programa municipal da Estratégia saúde da Família, realizado
apenas em São Paulo, e desenvolve-se no âmbito das ações de promoção de saúde, projetos socioambientais no território, considerando a relação entre saúde e meio ambiente, desenvolve projetos em sete eixos temáticos, dentre eles, está o
Gerenciamento de Resíduos, em que este projeto esta vinculado. A área de abrangência da UBS Jardim das Palmas corresponde
a 17.377 pessoas, com o total de 4.957 famílias cadastradas, sedo que 97 famílias depositam seu lixo a céu aberto/queimado/
enterrado. Na comunidade, há diversos pontos de acúmulo de lixo domiciliar incorretamente descartado. Espalhados pelas
ruas e vielas, os focos de lixo são atrativos de insetos, roedores e cães, aumentando a vulnerabilidade da população a doenças.
Observa-se também, que a população da área de abrangência da UBS sofre da carência de informações a respeito do gerenciamento de resíduos, assim como não tem referências de práticas sustentáveis na comunidade, como a coleta seletiva de
materiais. Pensando nestas dificuldades, este projeto foi desenvolvido para estimular os colaboradores e a população da área
de abrangência da UBS ao descarte correto de resíduo domiciliar, tornando a UBS referência das ações de saúde ambiental
através do gerenciamento de resíduos com inclusão do catador da comunidade, que tem acesso aos serviços de saúde disponíveis na UBS. A coleta dos Materiais é realizada uma vez por semana, o Volume de lixo gerado em 2013 foi de 95,71 kg e em
2014 103,82 kg. Esse projeto esta possibilitando a mudança dos colaboradores, em relação a reutilização de materiais como os
papeis usados para rascunho, antes jogados no lixo comum, agora com a inserção de um catador da comunidade, esse material
é destinado a uma lixeira reciclável. Além de cumprir com o nosso papel como cidadão em relação ao meio ambiente, estamos
colaborando com a geração de renda de um morador, tornando a UBS uma referencia para a comunidade.
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Trabalho n o 95
relato de c aso
Gestão da Assistência
Implantação do prontuário eletrônico (PEP/
SIGA) em uma unidade de Assistência Médica
Ambulatorial - AMA
Autores: Andrea Francisco; Rodrigo Ribeiro; Heloísa Helena Andreeatta Corral
Instituição: Hospital Albert Einstein
Introdução
Na década de 90 foi desenvolvido um modelo de sistema informação voltado ao paciente (1). O Prontuário Eletrônico do
Paciente (PEP) é essencial para o paciente no acompanhamento da sua saúde e doença, e, estratégica para o serviço de saúde,
pois gera conhecimentos de ordem administrativa, de ensino, pesquisa e aspectos legais (2). Conforme Portaria 372/2014 Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo (SMS/PMSP), considerando a meta de Governo do Prefeito é a inclusão
do módulo do PEP na Rede Municipal de Saúde, integrado ao sistema SIGA Saúde, nas unidades sob gestão direta ou de qualquer parceiro (4). O Instituto Israelita de Responsabilidade Social da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
gerencia unidades de saúde da Atenção Primária em parceria com a SMS/PMSP desde 2001. Esse estudo tem como objetivo
descrever as etapas percorridas e procedimentos realizados no processo de implantação do PEP/SIGA na unidade Assistência
Médica Ambulatorial-AMA Paraisópolis.
Desenvolvimento
A unidade possui 143 profissionais, atendendo em média 11000 paciente/mês. A coleta de dados ocorreu entre agosto/2014 a novembro/2014. Utilizou-se como fonte de dados a análise documental dos registros existentes conforme demonstrado no Quadro 1.
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relato de c aso
Fase
Período
1. Reunião de Planejamento para Implantação do SIGA - PEP c/ gestor e sênior da unidade
Agosto
2. Levantamento de infraestrutura de TI com equipe especializada
Agosto
3. Reunião para descrição dos Fluxos existentes e desenho dos novos fluxos com gestor e equipe
de apoio da unidade
Agosto
4. Planejamento do Treinamento para Enfermeiros
Agosto
5. Reunião para alinhamento de informações com a equipe de TI da SMS
Agosto
6. Validação dos Fluxos com a unidade
Outubro
7. Treinamento dos profissionais Enfermeiros seniores e Analistas de Suporte
Outubro
8. Treinamento dos médicos in loco
Outubro
9. Treinamento dos profissionais Enfermeiros e Analistas de Suporte
Outubro
10. Configuração dos profissionais da Unidade- 15 dias antes GL
Outubro
11. Sensibilização e acompanhamento dos profissionais da unidade pelo gestor
Outubro
12. Treinamento Equipe ADM na unidade
Outubro
13. Go Live
Novembro
14. Acompanhamento Presencial - TI, Área técnica, Seniores
Novembro
Os dados gerados pelo PEP são utilizados para construção de relatórios, servindo como ferramenta de apoio e informação
ao gestor da unidade e equipe do projeto, a fim de construir indicadores pertinentes, permitindo o planejamento e gerenciamento de ações junto à equipe. Todos os profissionais utilizam o PEP SIGA.
Conclusão
O processo de implantação do PEP - SIGA na AMA Parisópolis foi bem sucedido, considerando-se uma experiência inovadora. A composição de uma equipe voltada para as atividades relacionadas à implantação e acompanhamento in loco dos
atendimentos no PEP foi fundamental para utilização adequada do software. É importante salientar que a chave para o sucesso
nessa implantação foi o compromisso significante da liderança, proporcionando uma aceitação e disponibilidade de mudança
cultural por parte da equipe multidisciplinar.
REFERENCIAS
Sabine Jenal, Yolanda Dora Martinez Évora. Revisão de literatura: Implantação de Prontuário Eletrônico do Paciente. J. Health Inform. 2012 OutubroDezembro; 4(4): 176-812.
Sabine Jenal, Yolanda Dora Martinez Évora. Desafio da implantação do prontuário eletrônico do paciente. J. Health Inform. 2012 Dezembro; 4(Número
Especial - SIIENF 2012): 216-93.
Sidney Alverni Eloy da Hora. Plano de intervenção para implantação do prontuário eletrônico do paciente no centro de referência e especialidades em
saúde da criança e do adolescente de jaboatão dos Guararapes - PE. Recife 2012.4. Disponível em: http://extranet.saude.prefeitura.sp.gov.br/areas/crsleste/
regulacao/diretrizes/municipal/
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Trabalho n o 96
relato de c aso
Gestão da Assistência
O sucesso da implantação do Programa
Cuidando da Asma na Unidade Básica de Saúde
Paraisópolis 1
Autores: Tales Massato Shibata; Heloísa Alves Pacheco; Denise Pupo do Prado Cocozza; Diego Marques Fontes Muritiba; Juliana
Gabriel Souza; Carla de Brito Pereira; Danielle da Costa Palacio; Simone Augusta de Oliveira
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein
Introdução
A asma é a doença crônica mais prevalente da criança. Alguns estudos apontam que a prevalência de alergias respiratórias
no município de São Paulo pode ultrapassar em mais de 20% dependendo da faixa etária. As doenças respiratórias também
são uma das maiores causas de internação na pediatria. De acordo com a Interlocução da Saúde da Criança da Supervisão
Técnica de Saúde do Campo Limpo (STSCL) do município de São Paulo, a fila de espera para pneumologia pediátrica era uma
das três maiores entre as especialidades pediátricas no período de julho de 2013 na região sul da cidade. Diante deste cenário,
a Área de Apoio Técnico da Atenção Básica - Estratégia Saúde da Família - dos Programas Governamentais do Instituto Israelita
de Responsabilidade Social (IIRS) da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein (SBIBHAE) desenvolveu
o Projeto Cuidando da Asma com o objetivo de diminuir a fila de espera através de capacitação médica da atenção primária,
reavaliação dos casos de fila de espera na Unidade Básica de Saúde (UBS) e atendimento compartilhado do médico da UBS
com a equipe da Área de Apoio. Os resultados esperados seriam a diminuição da fila de espera, diminuição do número de
encaminhamentos ao especialista e maior numero de pessoas acompanhadas e tratadas na UBS. A UBS Paraisópolis 1 solicitou
a implantação do programa devido ao elevado número de crianças que procuram os serviços de saúde da região por crises
frequentes de broncoespasmo.
Relato da experiência
A equipe de Paraisópolis 1 solicitou uma capacitação de asma devido à grande quantidade de crianças com quadro de broncoespasmo de repetição não totalmente controlados. Em maio de 2014 foi realizada uma capacitação com a equipe médica e de
enfermagem através de uma aula expositiva na unidade. Neste momento, foi oferecido também o Projeto Cuidando de Asma,
na qual a equipe aceitou aderir imediatamente de forma voluntária. Foi contratualizado uma meta de redução em 80% da fila de
espera na unidade. Havia 22 crianças na fila de espera para pneumopediatria na Regulação da UBS. Entre junho a agosto de 2014,
todas as crianças foram reavaliadas em consultas compartilhadas. Após a reavaliação, todas as crianças foram removidas da fila
de espera porque não apresentavam critérios de encaminhamento ao especialista e/ou apresentavam quadros que poderiam ser
acompanhados na atenção primária. Novos casos de asma também foram avaliados pela equipe da UBS e também não necessitaram de avaliação com o especialista. Através das consultas compartilhadas com o apoio técnico, os médicos da UBS ganharam
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relato de c aso
novos conhecimentos no manejo ambulatorial dos quadros de broncoespasmo de repetição, resultando no aumento da qualificação da equipe da UBS no acompanhamento e tratamento dos casos de asma e diminuição do número de encaminhamentos.
Considerações Finais
O Programa Cuidando da Asma e a parceria entre a Área de Apoio Técnico da Atenção Básica e os profissionais de saúde
da UBS Paraisópolis1 permitiram uma melhor qualificação para a resolução local dos casos, contribuindo para a diminuição dos
encaminhamentos ao especialista. O sucesso de implantação na UBS Paraisópolis 1 é um exemplo que poderá ser seguido em
outras unidades.
Gráfico 1. Implantação do Programa Cuidando da Asma na UBS Paraisópolis 1
Gráfico 2. Número de pacientes em espera para a avaliação com o pneumopediatra na UBS
Paraisópolis 1
Gráfico 3. Indicador alcançado e Meta contratualizada
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Trabalho n o 97
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
A implantação do 2º ciclo do Programa
Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade
da Atenção Básica (PMAQ-AB) em Unidades
Básicas de Saúde da região Sul de SP e o apoio
institucional
Autoras: Barbara Camila Martins Gomes; Monica Fernandes Graziadei da Costa; Larissa Kozloff Naves; Gabriela Benjamin Togashi
Instituição: SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA ALBERT EINSTEIN
Introdução
O PMAQ foi instituído em 2011, através da portaria Nº 1.654. É de alcance nacional e visa a melhoria do acesso e da qualidade da atenção à saúde. A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, por meio de parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de São Paulo (SMS/PMSP) atua na gestão de recursos humanos, acompanhamento
do trabalho das equipes, na capacitação e no aprimoramento da assistência prestada. A primeira experiência participando do
PMAQ foi em 2012 com a adesão de 59 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). O processo de desenvolvimento e
avaliação externa do 1º ciclo oportunizou ações de melhorias para reorganização do processo de apoio institucional e acompanhamento das equipes.
Desenvolvimento
O PMAQ está organizado em quatro fases que compõem um ciclo. O desenvolvimento é a fase onde se realiza a autoavaliação das equipes, elaboração e implementação de planos de ação que tenham impacto na prática assistencial, organização do
trabalho, mensurados através de indicadores e preparação para a avaliação externa por meio de documentos que evidenciam
as ações realizadas. Em 2013 ocorreu o 2º ciclo com a adesão de 79 equipes de SF, 24 equipes de Saúde Bucal e 4 Núcleos de
Apoio à Saúde da Família (NASF). Essas equipes obtiveram ao longo de 2013 e 2014 acompanhamento sistemático das áreas de
apoio de qualidade e apoio técnico. O programa estabelece que o apoio institucional deve adotar diretrizes como a autonomia
dos sujeitos e a produção do cuidado integral, no entanto, não indica metodologias ou padroniza instrumentos. Nesse sentido,
a instituição tem autonomia de definir a forma mais adequada de realizar o acompanhamento junto às equipes. Os encontros
foram realizados durante as reuniões de equipe e reuniões para discussão de indicadores, tendo como objetivos: acompanhar
o status dos planos de ação em desenvolvimento, apoiar as equipes na condução do processo e evidenciar os resultados con-
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relato de c aso
quistados ao longo do 2º ciclo. Nessas reuniões discutiam-se as potencialidades e dificuldades, além da redefinição de novas
estratégias. Foram adotados instrumentos de trabalho como planilhas e relatórios para organizar o acompanhamento das
ações de cada equipe. Dessa forma, o status da ação era identificado através de cores que sinalizavam o andamento da mesma.
No período de conclusão e avaliação das ações, elaborou-se outro instrumento para consolidação dos resultados e apresentação para a Supervisão Técnica de Saúde de Campo Limpo (STSCL).
Conclusão
As melhorias alcançadas no 2º ciclo foram: aumento do número de equipes contratualizadas em relação ao 1º ciclo; a redefinição e sistematização do apoio institucional e interlocução com a STSCL e Coordenadoria Regional de Saúde - SUL (CRSSUL);
maior aproximação das equipes com os objetivos do programa; resultados positivos com impacto na reorganização de processos de trabalho e na assistência. O modelo de acompanhamento proposto por nossa instituição contemplou os requisitos do
programa e será adotado para o 3º ciclo, com a adição de algumas melhorias. Até o momento, temos disponíveis os resultados
parciais do 2º ciclo com os conceitos finais de cada equipe após a avaliação externa, sendo: ESF: 16,8 % conceito muito acima
da média; 61% conceito acima da média; 22% Mediano ou abaixo da média; ESB: 70,8% conceito muito acima da média; 29%
conceito acima da média; NASF: 66,6% Mediano ou abaixo da média, 33,3% acima da média. Por orientação da SMS, o PMAQ
será utilizado como ferramenta de planejamento e gestão, com foco na melhoria contínua dos processos de trabalho das
equipes de Atenção Básica.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 1.654, de 19 de julho de 2011. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQAB) e o Incentivo Financeiro. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1654_19_07_2011.html. Acesso em dezembro de 2014.
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Trabalho n o 98
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação da cultura de segurança em um
hospital privado
Autoras: Evani Savi Poletto; Rebeca de Rene Graf
Instituição: Unimed Salto/Itu
Introdução
Segurança do Paciente pode ser definida como a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde conforme a Organização Mundial de Saúde (2009) apud Reis (2013). O atual movimento para segurança do paciente substitui a culpa e a vergonha por uma nova abordagem, a de repensar os processos assistenciais, a fim de
antecipar os erros antes da ocorrência dos mesmos ou, antes que causem danos aos pacientes. No Brasil, iniciativas voltadas
para esta área vem ocorrendo, e uma das mais importantes é o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), no qual
a Anvisa, através da RDC 36/2013 estabelece a obrigatoriedade da criação de Núcleos de Segurança do Paciente nos serviços
de saúde e a notificação de eventos adversos associados à assistência do paciente. Para que seja possível desenvolver uma
cultura com essa finalidade, uma das premissas é avaliar a cultura corrente, a fim de conhecer as crenças e comportamentos
relacionados à segurança por parte dos profissionais. Este estudo ocorreu em um Hospital no qual, em outubro de 2014, foi
criado o Escritório da Qualidade, com intuito de rever processos e criar uma cultura de qualidade e segurança. A aplicação do
questionário intitulado Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) desenvolvido pela Agency Healthcare Research and
Quality (AHRQ) foi proposta a fim de avaliar a forma como os profissionais percebem a segurança do paciente, e embasar propostas de melhoria definindo escopos de ação.
Objetivo
Relatar a experiência de aplicação da Pesquisa Sobre Segurança do Paciente e o benefício obtido.
Metodologia
Trata-se de um Relato de Caso sobre a aplicação de uma pesquisa sobre Segurança do Paciente realizada em dezembro de
2014, em um Hospital Geral Privado de pequeno porte no interior de São Paulo, feita com autorização da Direção. Optou-se
pelo instrumento de coleta de dados HSOPSC devido seu uso em diversos países e por possuir versão adaptada para hospitais
brasileiros. A população do estudo segue critérios sugeridos pelos desenvolvedores do questionário: profissional em contato
direto com paciente ou em função que afeta diretamente o cuidado, com carga horária semanal de ao menos 20 horas no hospital e estar presente em um dos turnos de trabalho no período da coleta de dados (REIS, 2013). Foram convidados a participar
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relato de c aso
todos os profissionais elegíveis, totalizando 212 colaboradores (exceto corpo clínico), incluindo terceiros. Entregue questionário impresso com carta anexa esclarecendo sobre a pesquisa, participação voluntária e anonimato nas respostas. Excluídos dos
resultados questionários devolvidos em branco.
Resultados Gerais
Recebidos 101 questionários respondidos (48%), refletindo boa participação considerando ser o primeiro contato da instituição com tal pesquisa; 49% eram da enfermagem, 15% técnicos de outras áreas e 6% médicos, destes 74% mulheres, 46%
com ensino médio completo havendo maior participação dos setores Emergência, Laboratório, Radiologia e Farmácia. Dos
participantes, 53% consideravam que seus erros podiam ser usados contra eles, 46% avaliaram a segurança do paciente como
regular ou ruim em sua área de trabalho e 72% não comunicou nenhum evento nos últimos 12 meses.
Conclusão
Após análise, considerou-se que tal pesquisa permite avaliação de elementos como valores, crenças, normas, fluxo de
notificação de eventos, gestão e comunicação, o que corrobora para o fortalecimento das ações de qualidade e segurança,
suportando propostas de melhoria, podendo ser utilizada por outras instituições com foco nos mesmos interesses.
BIBLIOGRAFIA
REIS, Cláudia Tartáglia. “A Cultura de segurança do paciente: validação de um instrumento de mensuração para o contexto hospitalar brasileiro”. 2013. 203 f. Tese (Doutorado em Ciências em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.
Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.
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Trabalho n o 99
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Sensibilização para melhoria da adesão a
higiene de mãos em unidade de internação de
pacientes crônicos
Autores: Selma Tavares Valerio; Marcos Montes Parra; Vanessa Marcolino; Vanessa Maria da Silva de Poli Correa
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Milhares de pessoas vão a óbito diariamente, em todo o mundo, devido à infecções adquiridas nos serviços de saúde.
As mãos são o principal veículo de transmissão de infecção durante os cuidados de saúde prestados. Portanto, a medida
mais importante para prevenir a transmissão de microrganismos patogênicos e evitar infecções é a higienização das mãos
(OMS, 2010). Com o objetivo de melhoria na adesão á higienização das mãos dos profissionais de unidade de pacientes
crônicos foi desenvolvido um programa para sensibilização e orientação dos profissionais de saúde, acompanhantes e familiares. O programa foi elaborado a partir de uma coleta prévia, através da observação direta da higienização das mãos
durante os cuidados de saúde e planejamento das ações de sensibilização: orientação da técnica de higiene das mãos com
uso da caixa de luz negra, promoção de concurso entre os funcionários para elaboração de cartazes e frases de efeito para
sensibilização da equipe, pacientes e acompanhantes, elaboração de placas ilustrativas com lembretes sobre a prática de
higiene das mãos e colocação em equipamentos e mobiliários, envio de material virtual sobre os 5 momentos da higiene
das mãos para equipes de saúde, orientação para acompanhantes e familiares, instalação de contadores de acionamento
do dispenser de algo gel. Após a implementação das ações planejadas foi realizada nova coleta da prática de higiene das
mãos. A auditoria da adesão á higiene das mãos foi realizada por um grupo de profissionais (enfermeiros, fisioterapeutas,
técnicos de enfermagem) treinados pela enfermeira do serviço de controle de infecção, este mesmo grupo de profissionais
foi responsável pela elaboração e implantação das estratégias de sensibilização para a melhoria da adesão à higienização
das mãos. Os resultados obtidos com a implementação das ações elaboradas obteve aumento em 40% na adesão á higiene
das mãos sendo que na auditoria pré intervenção a adesão era de 60% e após intervenção foi de 84%. Para manutenção da
adesão da higienização das mãos e dos resultados obtidos, monitoramos com o diagrama de Pareto a categoria profissional,
o horário e setor envolvido na auditoria. O uso de contadores de acionamento do dispenser de álcool gel foi monitorado
para acompanhamento indireto da adesão á higiene das mãos. A realização de ações periódicas para sensibilização de equipes, pacientes e acompanhantes foi mantida como forma de envolver os profissionais no controle e prevenção de infecções
para a garantia de uma assistência segura.
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relato de c aso
Trabalho n o 100
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Erros de medicação: Como preveni-los?
Construindo as bases de um sistema de saúde
seguro
Autoras: Mirana Volpi Goudinho Pereira; Aline Togni Braga; Mileide Morais Pena; Ellen da Silva Meireles; Marta Maria Melleiro.
Instituição: Hospital e Maternidade Celso Pierro
Introdução
Condições inseguras podem culminar em erros graves. Nesse cenário, erros de medicação destacam-se por serem eventos
adversos recorrentes, tornando-se o pesadelo de inúmeras instituições e pacientes, gerando impactos negativos, tanto na
imagem destas instituições, quanto nos custos de ações de mitigação. Logo, ações de gerenciamento de risco devem ser adotadas, afim de que se consiga proporcionar tratamento livre de erros. A exemplo das demais, na instituição estudada, erros de
medicação são mais prevalentes, justificando a relevância deste estudo 1-5.
Objetivos
1- Estimular a abertura de relatórios de notificação de erros de medicação, análise e tratamento destes;
2- Conscientizar os profissionais de saúde sobre a terapia medicamentosa segura.
Metodologia
Relato de experiência vivenciado pela Comissão de Gerenciamento de Riscos e Serviço da Qualidade de um Hospital terciário,
privado, universitário, localizado no interior do Estado de São Paulo quanto à notificação e análise de erros de medicação.
Análise dos Resultados
Baseados na análise dos Relatórios de Notificação abertos em 2014 foram identificados 199 erros de medicação, cujas
principais causas foram: Erros de dispensação (18,6%), de prescrição (21,1%) e administração (60,3%). Em comparação aos anos
anteriores, tem-se: 2010: 330; 2011: 275; 2012: 275; 2013: 336. Os relatórios de notificação foram analisados pela equipe multiprofissional por meio das ferramentas: Diagrama de Ishikawa e Protocolo de Londres 6 adaptado. As estratégias de melhoria
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relato de c aso
pela ferramenta 5W2H. Após análise minuciosa dos resultados, foi proposta a realização de um workshop de caráter conscientizador, multidisciplinar; implantação de um Protocolo medicamentoso e de medicamentos de alta vigilância, com etiquetas
diferenciadas e dupla checagem no preparo destes; bloqueios e alertas para prescrição médica (a instituição trabalha com
sistema informatizado), auditorias in loco, entre outros. Obteve-se redução no número de falhas de dispensação em 54,1%. A
redução de falhas de prescrição e administração não foi impactante, no entanto, tal fato deve-se ao aumento de notificações,
devido à elucidação do caráter não punitivo destas e ao estímulo às análises dos indicadores de resultado dos processos, visando sempre à busca pelo conhecimento do real cenário em que cada unidade está.
Conclusão
O estudo revelou ser fundamental o envolvimento e conscientização dos profissionais na prática segura de suas atividades.
Não há como descartar a necessidade de implementação de ações visando à melhoria nos processos 2-5. Acreditamos que os
resultados esperados foram alcançados, mas diante do contínuo deste processo, novos esforços deverão ser despendidos.
REFERÊNCIAS
1. Teixeira, TCA.; Cassiani, SHB. Análise de causa raiz: avaliação de erros de medicação em um hospital universitário. REV Esc Enferm USP, 2010; 44 (1):
139-46;
2. Joanna Briggs Institute. Strategies to reduce medication erros with reference to older adult. Best practice. 2009; 9 (4): 1-6;
3. Gimenes, FRE; Mota, MLS; Teixeira, TCA; Silva, AEBC; Opitz. SP; et al. Segurança do paciente na terapêutica medicamentosa e a influência da prescrição médica nos erros de dose. REV Latino-Am. Enfermagem, 2010; 18 (6): [7 telas];
4. Yamamoto, MS; Peterlini, MAS; Bohomol, E. Notificação espontânea de erros de medicação em hospital universitário pediátrico. REV Acta Paul
Enferm; 2011; 24 (6): 766-71;
5. Cassiani, SHB; Miasso, AI; Silva, AEBC; Fakin, FT; Oliveira, RC. Aspectos gerais e número de etapas do sistema de medicação de quatro hospitais
Brasileiros. REV Latino-Am Enfermagem; 2004; 12 (5): 781-9;
6. The London Protocol. Tradução do: Systems analysis of clinical incidents. Taylor, S.; Vincent, C. Imperial College London, London.
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relato de c aso
Trabalho n o 102
Gestão em Saúde
Implantação da equipe de apoio assistencial
em um hospital público de alta complexidade
Autor: Marcello Landi
Instituição: Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas
Excelência no Faturamento SUS para Preservar a Receita Hospitalar
Este caso relata algumas ações adotadas pelo IOT, Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que resultaram em aumento da receita mesmo com a tabela de preços
SUS se mantendo congelada. É notório que a tabela de remuneração do Sistema Único de Saúde (SUS) está muito defasada em
relação aos níveis de custo dos serviços de saúde, mas também é claro que a especialização dos serviços de saúde no processo de faturamento é muito baixa. Especialmente os hospitais não faturam adequadamente as contas, o que agrava a relação
receita x custo. Seguem algumas das ações e seu objetivos, visando a excelência no faturamento SUS para preservar a receita
hospitalar: Implantação do Comitê de Faturamento - Manter o aumento de faturamento e preservação da receita na agenda
de todos os gestores, com reuniões permanentes para discutir indicadores, processos e definir em conjunto tudo que possa
ser necessário e viável fazer. Implantação do laudo eletrônico de utilização de OPME nas cirurgias - Evitar perda de faturamento
por incompatibilidade entre o procedimento cirúrgico e o OPME e entre o procedimento cirúrgico e o diagnóstico do paciente,
segundo as regras do SUS. Eliminar a codificação de procedimentos, OPMEs e Diagnósticos no Faturamento, fazendo com que
isso seja feito pelo próprio médico imediatamente após a cirurgia. Redesenho dos formulários de pedidos de exames - Evitar
a perda de faturamento pro divergência de códigos, eliminando a codificação dos exames pela área de Faturamento, fazendo
com que o próprio formulário já contenha a codificação. Substituição das Notas de Débito por Check-lists de apontamento
de realização de procedimentos multidisciplinares - Substituição das Notas de Débito por Check-lists de apontamento de
realização de procedimentos multidisciplinares. Análise crítica dos indicadores de faturamento por área assistencial - Motivar
os gestores das áreas assistenciais à participar do resultado faturamento, e entender a importância de sua atuação para a saúde
financeira do Instituto, através da análise dos indicadores de faturamento da sua área, e do seu envolvimento no redesenho dos
processos de formação das contas. Implantação do check-list de Faturista - Padronizar o faturamento das contas independente
do faturista através da implantação de check-list contendo os itens e a sequencia de atividades para fechamento e remessa das
contas. Análise crítica da Tabela SUS para cada área assistencial e multidisciplinar - Envolver o próprio gestor da área assistencial
na análise dos capítulos da Tabela SUS que se referem à sua área, reduzindo a possibilidade de não faturar por serviço prestado
e permitido pela tabela SUS.
Mediante analise, concluímos que: Descentralizando a responsabilidade pela geração de receita, que no IOT era exclusiva
da Área de Faturamento o Instituto está conseguindo aumentar a receita SUS, mesmo reduzindo o volume de atendimento por
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questões técnicas, e mesmo com o congelamento da Tabela de Preços SUS. Tomando como exemplo as internações: Em 2012
registrou 6.206 altas, em 2013 registrou 4.778 altas; e em 2014 registrou 4.471 altas, o que representa uma queda de mais de 30
% no volume de internações; De 2012 para 2013 o faturamento cresceu 7,5 %, e entre 2013 e 2014 o faturamento cresceu 21,3
%.A queda de mais de 30 % no volume de atendimento, e ao mesmo tempo acréscimo de faturamento em mais de 30 %, é tem
explicação no aumento do ticket médio das AIHs que passou de R$ 1.665,70 em 2012 para R$ 2.150,49 em 2014. Mesmo com a
Tabela SUS congelada o IOT conseguiu elevar o ticket médio eliminando ao máximo a perda de faturamento, que ocorria basicamente pela ausência de conhecimento adequado dos envolvidos em relação às regras de faturamento permitidas pelo SUS.
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relato de c aso
Trabalho n o 103
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Descentralização das práticas na vigilancia
epidemiológica hospitalar apresenta
associação temporal com aumento da
notificação de casos de Sífilis Congenita e Sífilis
na Gestação em hospital filantrópico de sp
Autores: Simone Carvalho Ruiz; Milton Soibelmann Lapchik; Marisa Naoe Makiyama; Auany Monique Teixeira Torres; Simone Caneschi
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes
Introdução
A vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória deve ser coordenada pela CCIH do hospital quando
da ausência de um núcleo de vigilância hospitalar. A Sífilis Congênita tem apresentado aumento do número de casos no país
nos últimos anos, sendo alvo de ações no campo da vigilância em saúde para prevenção e controle. Em agosto de 2014, após
reestruturação do serviço de controle de infecção hospitalar, houve adequação das orientações técnicas e a notificação de
casos da doença passou a ser realizada também pela equipe de enfermagem do setor materno-infantil, contando com o apoio
de auxiliar de enfermagem e escrituraria da CCIH para busca ativa de casos, sob supervisão do médico e enfermeira do setor.
Objetivos
Avaliar o impacto das ações descentralizadas de vigilância em saúde hospitalar para notificação de casos de Sífilis Congênita
e Sífilis Gestacional em 2014.
Métodos
O estudo foi realizado em Hospital Filantrópico em município do Estado de São Paulo. A definição de caso confirmado
de Sífilis Congênita para fins de notificação aos órgãos oficiais de vigilância em saúde seguiu os critérios estabelecidos pelo
Ministério da Saúde. No primeiro semestre de 2014, somente a enfermeira da CCIH realizava as notificações de casos da doença.
No segundo semestre de 2014 a notificação foi estendida ao setor maternoinfantil com o apoio da enfermagem local e com
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busca ativa de casos pela auxiliar de enfermagem e escrituraria da CCIH. Inicialmente a enfermeira da CCIH alinhou todos os
profissionais envolvidos sobre os critérios e definições de Sífilis Congênita e Sífilis na Gestação, disponibilizando material técnico nos setores para consulta e apoio. A partir de julho de 2014, a busca ativa de casos foi ampliada com a busca de pistas nos
registros do laboratório do hospital, prontuário do setor materno-infantil e visitação sistemática ao setor. O preenchimento da
ficha SINAN passou a ser realizado pela enfermagem do setor maternoinfantil sob supervisão da CCIH.
Resultados
Após a revisão do processo de notificação e a ampliação das ações de vigilância epidemiológica hospitalar para diagnóstico
e tratamento da Sífilis Congênita e Sífilis na Gestação, com a descentralização das ações de vigilância e suporte da CCIH, observamos associação temporal com aumento da notificação de casos (1 caso de Sífilis Congênita e 1 caso de Sífilis na Gestação, no
1º semestre de 2014 contra 19 casos de Sífilis Congênita e 37 casos de Sífilis Gestacional após a descentralização).
Conclusão
As ações de descentralização de vigilância em saúde voltadas para identificação de casos de Sífilis Congênita no hospital, com envolvimento multiprofissional, estiveram associadas temporalmente com aumento do número de notificações da
doença. Como conseqüência das notificações, toda a equipe maternoinfantil ficou em estado de alerta para o diagnóstico e
segurança assistencial. O aumento significativo das notificações também desencadeou maior atenção em relação às ações
intrahospitalares, assim como alertou o gestor público local quanto a necessidade da atuação nas unidades básicas de saúde
para o diagnóstico precoce, tratamento e orientações preventivas à população, gerando maior parceria entre gestor público
e hospital.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/AIDS. Diretrizes para controle da sífilis congênita: manual de bolso/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST/Aids. - 2. ed. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
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relato de c aso
Trabalho n o 104
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Auditoria de higienização das mãos nas
unidades de saúde da parceria entre a
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira
Albert Einstein e a Secretaria Municipal de
Saúde de São Paulo - SMS/SP
Autoras: Marianilza Lopes da Silva; Barbara Camila Martins Gomes; Fernanda Serra Granado; Amanda Alves Vidal; Gabriela Benjamim
Togashi
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Introdução
A Higiene das Mãos (HM) é uma medida básica individual de prevenção de infecções relacionadas à saúde que visa a segurança do paciente, dos profissionais de saúde e ambiente. As Precauções Padrão - PP são aplicadas em todos os níveis de
atenção à saúde e incluem a HM como a medida individual mais simples, menos dispendiosa e considerada, isoladamente,
a mais importante para a prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. A prática recomendada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) é a dos 5 momentos de HM. Sendo eles: 1. Antes do contato com o paciente, 2. Antes
da realização de procedimento asséptico, 3. Após risco de exposição a fluidos corporais, 4. Após contato com o paciente e 5.
Após contato com as áreas próximas ao paciente. A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) por meio
do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS), realiza a gestão compartilhada com a Secretaria Municipal de Saúde
de São Paulo - SMSSP de 13 Unidades Básicas de Saúde - UBS, 3 Assistência Médica Ambulatorial - AMA, 3 Centro de Atenção
Psicossocial - CAPS e 1 Unidade de Pronto Atendimento - UPA da Supervisão Técnica de Saúde do Campo Limpo (STSCL).
Anualmente são realizadas auditorias observacionais de HM com o objetivo de evidenciar a adesão às práticas exercidas pelos
profissionais de saúde que prestam assistência direta ao paciente.
Desenvolvimento
Em 2014, planejou-se uma auditoria observacional de HM a ser realizada em 2 momentos (1º e 2º semestre), em 18 unidades da parceria. A área responsável pela execução das auditorias conta com o apoio de uma área responsável pela análise e estruturação dos dados. O processo da auditoria consiste no envio de um comunicado eletrônico para os gestores das unidades,
informando que será realizada uma auditoria observacional in loco, referente a uma das metas internacionais de Segurança do
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Paciente. No dia da avaliação, a auditora apresentou-se ao gestor da unidade e, dirigiu-se às salas de atendimento aos usuários.
Foi utilizado o instrumento disponibilizado pela OMS. O 1º momento foi realizado nos meses de abril/maio, com 61% de adesão. Em julho, realizou-se apresentação para todas as unidades, contendo os resultados da 1ª auditoria, local e categoria profissional observados e os 5 momentos de HM: Em outubro, foi realizada nas unidades a Campanha de HM 2014, com o intuito de
relembrar na prática a utilização dos 5 momentos e sensibilização da importância dessa prática. Para essa ação, utilizou-se uma
câmara escura com lanterna ultravioleta UV e produto Glo Germ®, para simulação de sujidade e a prática correta de HM. O 2º
momento ocorreu entre os meses de outubro/novembro, tendo por resultado 71,7% de adesão.
Conclusão
Mediamente os esforços das ações realizadas, apresentação dos resultados, a importância dos 5 momentos de HM e da
Campanha, conclui-se que houve uma discreta melhora no resultado da taxa de adesão à HM entre o 1º e o 2º momento da
auditoria (61% para 71,7%). Sob a ótica do auditor, alguns profissionais apresentaram dificuldade em cumprir a orientação
acerca da prática dos 5 momentos de HM. Apesar do resultado final apresentar valores superiores a 70% de conformidade, esta
experiência evidencia a necessidade de ações complementares, preventivas para o aumento do envolvimento dos profissionais acerca da adesão ao protocolo da HM, como por exemplo, a realização de auditorias internas conduzidas pelos próprios
profissionais, previamente treinados na técnica.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm.Acesso em agosto de 2013.
GUIDE TO IMPLEMENTATION OF THE WHO multimodal hand hygiene improvement strategy. Geneva: World Health Organization, 2009. Disponível em: http://www.
who.int/gpsc/5may/tools/training. Acesso em agosto de 2013.
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relato de c aso
Trabalho n o 106
Gestão da Assistência
Ações preventivas contribuindo para a redução
do dano decorrente de quedas em instituição
de longa permanência
Autoras: Selma Tavares Valerio; Paula Pelegrini Peixoto; Milene Silva Ferreira; Renata Gonsalez dos Santos; Daniela Nascimento Augusto
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
O envelhecimento é um processo natural do ser humano que causa diversas alterações funcionais e estruturais. Estas alterações levam a um prejuízo físico e funcional, resultando em perda de força e massa muscular (sarcopenia), flexibilidade e
diminuição da capacidade cardiorrespiratória. Todas estas alterações levam à perda da capacidade funcional e instabilidade
postural e consequentemente, a um estilo de vida mais dependente e um maior risco de quedas. As quedas são definidas
como qualquer episódio de desequilíbrio inesperado e não intencional quando o corpo entra em contato com qualquer superfície abaixo da cintura pélvica. Sabe-se que são eventos multidimensionais, que englobam características sociodemográficas,
econômicas, culturais e ambientais. São causadas por fatores intrínsecos (faixa etária, diminuição de controle postural, doenças
ou transtornos que levem a incapacidade de manter/recuperar o equilíbrio, uso de medicamentos psicotrópicos) e extrínsecos
(ambiente, iluminação e obstáculos como tapete, degraus; renda, maior preocupação e acesso a orientações e cuidados com
a saúde). O índice de quedas na população idosa é de 30%, podendo chegar a 50% nos idosos acima de 80 anos. Cerca de 1/3
das pessoas com mais de 65 anos sofrerão um ou mais episódios de queda em um ano. As quedas podem causar sequelas importantes, tais como fraturas e hospitalização (em 40% dos casos), lesão dos tecidos moles, perda de confiança/medo, redução
da mobilidade e atrofia muscular, principalmente em membros inferiores, levando a uma diminuição na qualidade de vida dos
idosos. A ocorrência de quedas em idosos frágeis, institucionalizados, pela literatura, é de 80%, sendo este um evento frequente
entre os idosos de uma instituição de longa permanência com capacidade para 170 idosos (278 quedas/ano) bem como o
aumento dos danos decorrentes das quedas. Constituindo assim, uma preocupação da equipe multiprofissional, desenvolvemos o presente projeto. Aplicamos a ferramentas da Qualidade Brainstorming, para identificação das causas dos eventos de
quedas ocorridos no ano de 2012/2013, sendo identificado: Ausência de diretrizes específicas para a prevenção de quedas e
danos decorrentes no residencial; necessidade de monitoramento dos medicamentos que podem aumentar o risco de queda;
análise dos eventos e capacitação para o tema não sistematizada; necessidade de padronização de rotinas e dispositivos para
prevenção de queda com dano. A partir das causas identificadas foi elaborado um plano de ação, que consistiu na elaboração
do protocolo específico para o residencial com participação da equipe multidisciplinar; treinamento presencial das equipes e
dos idosos, monitoramento dos medicamentos relacionados ao risco de queda e divulgação para equipe médica mensalmente
pelos farmacêuticos, implantação de reunião para discussão pós quedas com foco na identificação das causas e implementação de ações de prevenção, implementação de rotinas para os idosos com alto risco de queda, teste e aprovação de dispositivos tecnológicos para diminuição do dano pós quedas. As ações propostas por este projeto mostraram a redução do dano
decorrente de quedas em 42% durante os dois anos de implementação. Novas ações são realizadas para a redução dos danos
decorrentes de quedas, assim como serão mantidas as ações apresentadas anteriormente, bem como o monitoramento dos
eventos para a manutenção da funcionalidade e qualidade de vidas dos idosos residentes em nossa instituição.
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Trabalho n o 107
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Ações educativas e de gestão voltadas para
a higiene de mãos na uti adulto relacionamse temporalmente com aumento do consumo
de solução alcoólica e adesão da equipe
multiprofissional ao procedimento
Autores: Simone Carvalho Ruiz; Simone Aparecida Dias da Costa; Maria Camila Lunardi; Marisa Naoe Makiyama; Milton Soibelmann
Lapchik
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes
Introdução
A higiene de mãos é parte do conjunto metas internacionais de segurança do paciente, além de ser medida fundamental
para a prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, conforme divulgado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS). O consumo de solução alcoólica para higiene de mãos é um indicador já validado internacionalmente a ser
utilizado para mensurar a adesão da equipe multiprofissional ao procedimento, sendo também um indicador utilizado pelo
Programa Estadual de Controle de Infecção Hospitalar de São Paulo (CVE/SP). A partir de julho de 2014, foram realizadas ações
coordenadas pela CCIH e setor de educação continuada, para melhoria das práticas de adesão à higiene de mãos, pelos profissionais da UTI adulto, nos cinco momentos preconizados pela OMS para assistência segura ao paciente.
Objetivos
Descrever as ações de educação e sensibilização realizadas pela CCIH na UTI adulto para a higiene de mãos à equipe multiprofissional; avaliar o impacto das ações de educação em higiene de mãos sobre o consumo de solução alcoólica no setor.
Métodos
A partir de agosto/2014 foram realizadas as seguintes ações: visitação na UTI adulto, pela enfermeira da CCIH e da educação
continuada orientando a técnica correta de higiene de mãos à equipe multiprofissional, priorizando a utilização da solução
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relato de c aso
alcoólica quando indicado. Realizada adequação da localização dos dispensadores de solução alcoólica no setor, priorizando a
proximidade com o ponto de cuidado ao paciente. Providenciada a confecção de placas sinalizadoras sobre os cinco momentos preconizados pela OMS para a higiene de mãos na assistência ao paciente, com fixação junto aos dispensadores. Realizada
visitação técnica do CCIH para auditoria interna de adesão à higiene de mãos na UTI adulto. O consumo de solução alcoólica
foi mensurado com base nos dados informados pelo setor de higiene hospitalar, sendo calculada a densidade de consumo de
solução alcoólica/paciente-dia (quantidade em ml de solução alcoólica consumida no mês/total de pacientes-dia do mês). O
referencial para conformidade utilizado para comparabilidade deste indicador foi o mesmo descrito pelo Programa Estadual de
Controle de Infecção Hospitalar de SP: valor igual ou superior a 20ml/paciente-dia.
Resultados
Houve associação temporal entre as ações de gestão e educação voltadas para a higiene de mãos aos profissionais de
saúde da UTI adulto e o aumento progressivo do consumo de solução alcoólica no setor. A média do consumo de solução
alcoólica pré-treinamento foi de 23,1ml/paciente dia e após o treinamento a média do consumo atingiu 52,5 ml/paciente dia.
Conclusão
As ações voltadas para adequação de estrutura e educação em higiene de mãos na UTI-adulto se relacionaram com o aumento da adesão por parte da equipe ao procedimento de prevenção contra as infecções hospitalares.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2007.
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Trabalho n o 108
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
A criação de um sistema eletrônico de
notificação de incidentes em hospital público
do Ceará
Autores: Virgínia Angélica Lopes Silveira; Ana Karine Girão Lima; Jamille Soares Moreira Alves; Fernanda Gadelha Severino; Carla
Fonteles Chaves; Selma Furtado Magalhães; Djane Ribeiro Filizola; Jonisvaldo Pereira Albuquerque; Fernanda Colares de Borba Netto
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
Eventos adversos proporcionam grande impacto na saúde da população. Intervenção efetiva nas situações de crise provocada pela ocorrência de acontecimentos indesejados requer uma cultura institucional fundamentada na segurança do paciente, sendo necessário conhecer a abrangência e a magnitude da ocorrência. A notificação de incidentes consiste na comunicação de eventos adversos, sendo o método mais utilizado para coletar informações. Estudos destacam a notificação voluntária
de eventos como essencial e valiosa para a cultura organizacional voltada a segurança do paciente, especialmente porque
reforça a confiança da organização em seus funcionários. Assim, a notificação dos incidentes ocorridos devem ser estimulada.
Desenvolvimento
Com o objetivo de fortalecer a segurança do paciente no contexto hospitalar através da notificação de incidentes e estimular a vigilância em saúde, monitorando as notificações espontâneas geradas, o Núcleo de Gestão e Segurança do Paciente
(NUGESP) e o Núcleo de Tecnologia da Informação deste hospital, criaram um sistema eletrônico para a notificação de incidentes. Os funcionários ao identificarem situações de risco, eventos com ou sem danos ou quebra de acordos entre os serviços,
são orientados a realizarem notificações acessando através de um login e senha individual, numa plataforma exclusiva para
a notificação de eventos. Após acessar esta área pode-se optar em fazer o registro identificado ou anônimo, inserindo as informações referentes ao evento, tais como data e horário, local do ocorrido e setor notificado. Caso tenha envolvido algum
paciente, o sistema solicita o número do prontuário e, realiza a busca do nome completo, data de nascimento e nome da
mãe. Concluindo-se essa etapa, o registro passa a ser visualizado pelo NUGESP, sendo analisado a coerência das informações
e classificado por categoria (erro, não conformidade e evento sentinela). Em seguida os gestores dos serviços, para os quais os
registros foram direcionados, detectam a notificação e emitem resposta no prazo previamente acordado, descrevendo as ações
imediatas empreendidas para o gerenciamento da crise e estabelecendo, se possível, um plano de ação (ferramenta 5W2H)
baseado nas causas identificadas, para estabelecer barreiras, prevenir novos eventos ou mitigar o risco, destacando os respon-
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relato de c aso
sáveis e o prazo para reavaliação da efetividade do planejamento. Ao concluir, o NUGESP pode acessar a resposta e avaliar a
análise. Caso concorde com a resposta, finaliza o processo. Se não considerar satisfatória, convoca reunião com os gestores
dos serviços envolvidos para traçarem as estratégias. Quando se detecta no sistema um incidente de maior gravidade (eventos
catastróficos ou sentinela grau 1), o NUGESP aciona os gestores dos setores correlatos antes que todo esse trâmite transcorra,
a fim de agilizar o processo e administrar a situação em tempo hábil.
Conclusão
A informatização das notificações se mostrou um aliado no gerenciamento dos incidentes, superando alguns dos obstáculos encontrados nos formulários de papel, como: legibilidade da letra, falta de informações essenciais para identificação do
evento (marcadas como obrigatórias no sistema), disponibilidade dos formulários e horário de funcionamento do NUGESP, dificuldades em se compilar dados para análise de indicadores (o sistema gera relatórios automáticos), tendo um papel promissor
para as ações relacionadas à segurança do paciente.
REFERÊNCIAS
ANVISA. Investigação de Eventos Adversos em Serviços de Saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Vol 5 pag 13. 2013.
ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Vol 1, pag 48, 2013.
Capucho HC, Arnas ER, Cassiani SHB. Segurança do Paciente: Comparação entre notificações voluntárias manuscritas e informatizadas sobre incidentes
em Saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2013:34(1): 166-168.
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Trabalho n o 109
relato de c aso
Gestão da Assistência
Desenvolvimento de uma ferramenta de
monitoramento multiprofissional do Protocolo
Sepse
Autores: Virgínia Angélica Lopes Silveira; Ulysses Vieira Cabral; Ana Karine Girão Lima; Jamille Soares Moreira Alves; Fernanda Gadelha
Severino; Carla Fonteles Chaves; Jonisvaldo Pereira Albuquerque; Fernanda Colares de Borba Netto
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
A Sepse tem alta incidência e letalidade com custo elevado, sendo a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTI). Está demonstrado que pacientes têm melhor prognóstico quando reconhecidos e tratados precocemente. Em 2002,
foi lançada a Campanha “Sobrevivendo à Sepse” visando esclarecer e estimular a implementação de medidas terapêuticas, baseadas em evidências científicas de qualidade, com objetivo de reduzir a mortalidade por sepse. Em 2012, promoveu-se nova
edição da campanha, visando melhorar o tratamento e a homogeneizar o uso das atuais propedêuticas para o seu manejo. O
guideline revisado reforça a ideia de que não se deve atrasar o manejo da Sepse, principalmente sepse grave e choque séptico,
reforçando a reposição volêmica adequada e o início do antibiótico na primeira hora.
Desenvolvimento
Sendo a sepse patologia prevalente que reflete também a realidade desta Instituição, foi construído um protocolo institucional visando a redução da mortalidade ocasionada por essa patologia. Com o objetivo de acompanhar a sequência de
atividades desencadeadas a partir do acionamento do Protocolo Sepse, bem como permitir aos setores mobilizados o gerenciamento dos tempos de resposta numa ferramenta única, foi criada uma planilha compartilhada num disco virtual. Este
dispositivo consiste num recurso de armazenamento e sincronização baseado no conceito de computação em nuvem, onde
o usuário pode armazenar arquivos através deste serviço e acessá-los a partir de qualquer computador ou outros dispositivos,
como smartphones ou tablets, desde que ligados à internet. Quando a equipe assistencial diagnostica um quadro de Sepse,
desencadeia uma série de atividades: primeiro, aciona o Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC), responsável por comunicar
o acionamento e mobilizar os demais setores ligados ao protocolo, como laboratório, centro cirúrgico, radiologia, central de
equipamentos e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, a fim de agilizar o processo. A partir do contato do NAC, cada
setor tem prazo de resposta acordado por meio de uma interação de processos. Logo, deve ser feito o monitoramento desses
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relato de c aso
tempos de resposta que gerarão indicadores de desempenho de cada serviço relacionado ao protocolo. Antes da implantação
desse recurso, cada setor acompanhava individualmente a sua performance gerando uma visão fragmentada do processo e
defasada, visto que a compilação e análise dos dados acontecia geralmente no mês subsequente. A partir dessa nova modalidade, os pacientes incluídos no Protocolo Sepse podem ser rastreados em tempo real e os setores têm ao seu dispor um
painel que demonstra o transcorrer das atividades no hospital, permitindo acompanhar informações importantes, como data
de admissão e abertura do Protocolo, hora de acionamento e tempo de resposta de cada setor, discutir em tempo hábil as não
conformidades verificadas, possibilitando ainda, ao final, conhecer o desfecho de cada paciente e se houve ou não adesão ao
Protocolo.
Conclusão
A implementação de um instrumento de acesso sincronizado, que possa ser acessado de dispositivo com acesso à internet
tornou o processo mais dinâmico, eficiente e econômico, visto que não demandou novos custos para o hospital na área de
desenvolvimento em Tecnologia da Informação, pois a plataforma virtual é um recurso aberto e gratuito. Além disso, possibilitou a visão sistêmica dos gestores e colaboradores que participam das atividades, onde a aplicação desta ferramenta tende a
melhorar a gestão em saúde, com reflexo na segurança e na qualidade da assistência.
Referências
Campanha sobrevivendo a sepse disponível em: Acesso em: 12 jul. 2012. Surviving sepsis campaing disponível em: Acesso em: 20 jun. 2014
Dellinger RP, Levy MM, Rhodes A, et al: Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Severe Sepsis and Septic Shock: 2012. Crit Care
Med 2013; 41:580-637
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Trabalho n o 110
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
A importância do manual do núcleo de
atendimento ao cliente para a qualidade e
segurança da assistência hospitalar
Autores: Virgínia Angélica Lopes Silveira; Ana Karine Girão Lima,Jamille Soares Moreira Alves; Fernanda Gadelha Severino; Carla
Fonteles Chaves; Sandra Juliana Freitas; Germana Neri Lopes; Carolina Drummont Barboza; Rafaela Neres Severino; Tacio Pinheiro
Bezerra; Islânia Pereira Amorim; Antônia Elma Araujo Gomes Bastos; Cleane Pinheiro de Araujo; Rosemeire Souza Gomes
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
Segundo a Anvisa, a busca da qualidade da atenção dos serviços de saúde deixou de ser uma atitude isolada e tornou-se hoje um imperativo técnico e social. A sociedade está exigindo cada vez mais a qualidade dos serviços a ela prestados,
tornando-se fundamental a criação de normas e mecanismos de avaliação e controle da qualidade assistencial, aliado a
um maior nível de profissionalismo e, consequentemente, um melhor desenvolvimento técnico, buscando a satisfação do
paciente, por intermédio de uma atenção competente. Ao se tratar do contexto hospitalar, a internação acaba por tirar as
pessoas da sua rotina e do convívio com amigos e familiares. O familiar tem, no processo de recuperação do paciente, um
papel tão importante quanto os médicos, enfermeiros, medicamentos, tratamentos e seus resultados. No intuito de ofertar
maior segurança e qualidade do atendimento ao paciente e seus familiares uma Organização Social (OS), que trabalha com
gestão da saúde, implantou um Núcleo de Atendimento ao Cliente - NAC nas suas unidades hospitalares, pronto atendimento e unidades básicas de saúde em Fortaleza sob sua gestão. O intuito da criação do NAC é propiciar a integração de
informações, entre os diversos serviços que se relacionam com o público, de tal maneira que seja gerado um padrão de
atendimento efetivo,minimizando equívocos, incoerências e obstrução das atividades, maximizando o grau de satisfação do
público interno e externo.
Desenvolvimento
A elaboração do manual se deu a partir da preparação de um checklist com as necessidades primordiais de pacientes e familiares percorrendo desde a admissão até o followup, em seguida foram realizadas visitas aos serviços de saúde que já tinham
o NAC implantado e assim foi coletado como cada um dos processos deve acontecer, juntou-se esses resultados com o levantamento bibliográfico sobre outras experiências de construção e implantação de manuais e partir daí o manual da referida OS
foi construído. Com base no manual as unidades de saúde poderão concentrar serviços no NAC, obtendo economia estrutural
e de pessoal, satisfação e segurança do paciente, gerando aumento da confiabilidade e satisfação deste com o serviço.
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relato de c aso
Conclusão
A implantação dos NAC nos diversos serviços, atenção básica, pronto atendimento e hospitais, se apresenta como experiência exitosa ocasionando maior precisão nos encaminhamentos, redução de gastos, maior agilidade dos processos, reduzindo
o tempo de espera do paciente, fortalecendo a integração entre serviços e profissionais resultando na satisfação do cliente e
de sua família.Colocar todos esses processos no manual fomenta a sistematização dos processos, melhorando a qualidade e
minimizando os riscos.
REFERÊNCIAS
ONIAS, J. M. T. C., Et al: Humanização e integralidade da atenção à saúde reprodutiva da mulher no sistema único de saúde - SUS, Revista Científica do ITPAC,
Araguaína, v.6, n.1, Pub.2, Janeiro 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar/Ministério da Saúde, Secretaria
de Assistência à Saúde. - Brasília: Ministério da Saúde.
MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde./Eugênio Vilaça Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.549 p.:1. Gestão em saúde 2. Atenção
à saúde 3. Redes de Atenção à Saúde 4. Sistema Único de Saúde I. Organização Pan-Americana da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 3.390, DE 30 de dezembro de 2013. Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se as diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
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Trabalho n o 112
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Os desafios para a implementação da
metodologia Lean Six Sigma em um serviço de
Oncologia
Autora: Graziela Ferreira Escobar
Instituição: Grupo COI
Introdução
Garantir a excelência operacional deveria ser uma meta para todas as instituições de saúde que estão estabelecidas num
cenário de recursos escassos. A metodologia Lean Six Sigma aplicada nos serviços de saúde pode promover grandes benefícios
evitando erros operacionais, reduzindo o tempo de permanência, melhorando a satisfação do paciente e os resultados clínicos.
Apesar disso, poucas instituições de saúde têm utilizado a metodologia no Brasil. O objetivo deste estudo foi descrever os desafios na implementação da metodologia Lean Six Sigma em um Serviço de Oncologia privado no Rio de Janeiro.
Desenvolvimento
O processo de implementação no Grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas) foi iniciado em maio de 2013, quando a
proposta para a incorporação de Lean Six Sigma foi apresentada ao grupo de gestores. No mês seguinte, foram definidos os
projetos e os colaboradores que iriam participar. A escolha dos temas para os projetos foi baseada em cinco problemas reais
que afetavam o tempo de espera e a segurança de nossos pacientes, como a demora para iniciar tratamento quimioterápico
e dificuldades na rastreabilidade de prontuários. Foram selecionadas dez pessoas para participar do programa, distribuídas em
pares entre os cinco projetos. Os participantes foram capacitados através de formação específica (64 horas), durante os meses
de julho e agosto de 2013. A partir daí, começamos a desenvolver projetos com monitoramento periódico por um consultor
sênior. Os projetos concluídos no primeiro ciclo foram: 1. Redução de liberações para tratamento fora do prazo. 2. Redução das
discrepâncias de estoque físico e eletrônico de medicamentos. 3. Redução dos erros de documentação para envio às fontes
pagadoras. 4. Redução de erros de rastreabilidade de prontuários. 5. Redução de tempo de espera para início de quimioterapia.
Todos os projetos foram concluídos em fevereiro de 2014, quando os cinco líderes de projeto foram certificados como Green
Belts. O principal desafio na implementação da metodologia Lean Six Sigma foi a mudança cultural na equipe de gestão.
Embora a tomada de decisão baseada em planejamento e informação de alta qualidade seja mais assertiva, devido à escassez
de tempo os gestores não têm o hábito de esperar pela análise de dados. Como desafio secundário podemos citar a dificuldade
de coleta de dados confiáveis, uma vez que a falta de informação ainda é um grande problema no Brasil.
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relato de c aso
Conclusão
Entre as instituições de saúde no Brasil, o Grupo COI é um dos pioneiros no uso da metodologia Lean Six Sigma. Acreditamos
que, apesar dos desafios enfrentados, a implementação de ferramentas Lean Seis Sigma irá otimizar nossos fluxos de trabalho, resultando em vários benefícios para nossos pacientes, como a redução do tempo de espera e aumento da segurança.
Após a conclusão dos projetos iniciais, estamos conduzindo mais sete novos projetos com previsão de término em junho/15.
Eficiência operacional será o elemento de sobrevivência para as instituições, demandadas a entregar o mesmo resultado assistencial com menor disponibilidade de recursos financeiros. Neste sentido, estamos nos preparando para reduzir desperdícios
em todo o fluxo assistencial, capacitando profissionais para o desenvolvimento de projetos e buscando continuamente resultados otimizados comparáveis aos melhores centros de excelência no mundo.
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Trabalho n o 113
relato de c aso
Gestão em Saúde
Aplicando boas práticas de gerenciamento
de projetos em serviços de saúde - Uma
experiência em serviço privado de alta
complexidade
Autora: Graziela Ferreira Escobar
Instituição: Grupo COI
A gestão de serviços de saúde no âmbito privado vem atingindo na última década uma complexidade comparável à
indústria automobilística da década de 70. Iniciativas centradas apenas na excelência do atendimento tendem ao fracasso,
se não considerarem o cenário restrito das fontes pagadoras e as restrições e os requisitos das distintas partes interessadas.
É fundamental considerar que, nos serviços de saúde privados, usualmente não é o paciente que paga pelos recursos utilizados e que o médico ainda exerce significativa influência sobre as decisões institucionais. Desta forma, gerenciar projetos
num ambiente com margem de erro estreita, demanda um conhecimento técnico mais aprimorado. A utilização das Boas
Práticas de Gerenciamento de Projetos recomendadas pelo Project Management Institute possibilita o gerenciamento efetivo
nas dimensões de:
Escopo: que requisitos serão contemplados na execução do projeto, considerando que não é possível conduzir um projeto
que atenda a todas as necessidades de todas as partes interessadas;
Tempo: determinar a linha de tempo viável para a execução de atividades, alinhada aos recursos financeiros disponíveis;
Custos: garantir a viabilidade financeira do projeto através de estimativas realistas;
Qualidade: definir requisitos de qualidade do produto/serviço que será entregue ao final e também a qualidade de execução das fases distintas do projeto;
Recursos humanos: identificar que recursos serão utilizados em determinada fase e como eles estarão disponíveis;
Comunicações: planejar como as comunicações entre pessoas e departamentos serão conduzidos ao longo de todo o
projeto para evitar interpretações errôneas e atrasos;
Riscos: identificar os riscos em fase inicial, possibilitando a mitigação e o gerenciamento adequado de riscos que poderiam
inviabilizar a execução;
Aquisições: definir requisitos para a negociação de contratos de terceiros na execução de atividades específicas;
Partes interessadas: definir regras de monitoramento das partes interessadas, representadas por pacientes, médicos, demais profissionais de saúde, fontes pagadoras e sociedade.
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relato de c aso
O Grupo COI iniciou um projeto internacional de integração do modelo de cuidado ao paciente oncológico há três anos.
O gerenciamento do projeto envolve um grupo de 12 pessoas diretamente ligados ao projeto. O projeto possui interface com
uma instituição de referência mundial baseada nos Estados Unidos, com todas as áreas assistenciais em âmbito ambulatorial,
com áreas administrativas em fases distintas e ainda com inserção de novos serviços de diagnóstico e internação ao longo da
implementação. A partir do Plano Estratégico foi criado um conjunto inicial de 157 atividades, com prazos e responsáveis pelo
acompanhamento. Todos os planos de gerenciamento são inseridos em software específico de gerenciamento de projetos
TeamWorks®. A fase atual do projeto tem como principal meta a execução do plano piloto para atendimento multiprofissional para pacientes diagnosticados com câncer de mama, próstata, pulmão e intestino. A experiência com a execução de um
projeto internacional em oncologia vem demonstrando o benefício de utilizar práticas mais robustas de gestão no gerenciamento efetivo de recursos. Até o momento, a maior lição aprendida está no entendimento das restrições de tempo e custo na
execução de projetos complexos. O próximo passo no aprendizado será a definição objetiva de indicadores de resultado na
assistência ao paciente oncológico, possibilitando a comparação dos resultados obtidos na assistência prestada no Grupo COI
em relação às referências mundiais no tratamento do câncer.
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Trabalho n o 114
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Estruturação e implantação de protocolo de
identificação de paciente
Autores: Regina Márcia Cassago; Edmar Daniel Virgulino; Sylvia Suelotto Diegues
Instituição: Hospital Geral do Grajaú - OSS
A Organização Mundial de Saúde OMS definiu que “segurança do paciente é a ausência de dano desnecessário, real ou
potencial, associado à atenção à saúde” e, desde a publicação do documento “Errar é humano: construindo um sistema de
saúde mais seguro”, várias ações para estimular a adoção de medidas para minimizar falhas, promover qualidade e segurança
no ambiente hospitalar estão sendo realizadas assim, foram instituídas seis metas internacionais com o objetivo de promover
melhorias em áreas específicas da assistência. O Processo de Identificação do Paciente, meta 1, é a primeira delas e constitui
uma importante barreira de segurança, tanto para o paciente quanto para o profissional. Este trabalho relata o processo de
desenvolvimento e implantação de protocolo de identificação do paciente em um Hospital Público regido por Contrato de
Gestão que, portanto tem restrições financeiras que dificultam a operacionalização de ações que envolvam custos significativos. Desta forma, o objetivo do trabalho foi construir um protocolo que pudesse garantir a segurança do paciente durante
o fluxo assistencial com operacionalização de baixo custo. O projeto foi desenvolvido em três fases: I - visitas técnicas para
identificar alternativas de pulseiras já utilizadas por outros serviços; busca de soluções disponíveis no mercado, estudo de
custo-benefício das opções que melhor atendiam as necessidades institucionais. Finalizado o processo de escolha do material,
procedeu-se a definição dos dados a serem impressos na pulseira e a avaliação da compatibilidade do software com o sistema
MV 2000, estruturação do estudo de custo e solicitação da aprovação da diretoria para implantação do processo e aquisição
do material. II Instalação das impressoras, divulgação do protocolo por meio de treinamentos in loccu, fundo de tela, cartazes
e disponibilização do protocolo na intranet. A construção do protocolo ocorreu em paralelo com as fases I e II. O documento
foi estruturado a partir do desenho integral do processo que contemplou desde o momento da chegada do paciente, sua
movimentação dentro da instituição até sua saída, além disto definiu-se lado e posição da pulseira e método de conferência
da identidade do paciente. A implantação do protocolo ocorreu em 04/12/2013. III- Estruturação e realização de auditoria de
processo para avaliar a adesão e corrigir as não conformidades identificadas cujo resultado demonstrou que 90% dos profissionais abordado conheciam o protocolo e o descreviam corretamente. A pulseira estava presente em 89% dos pacientes entrevistados e em 88% dos RNs avaliados. O posicionamento e a legibilidade estavam conformes em 79% e 78% dos entrevistados,
respectivamente. A checagem da identificação antes da realização de procedimento assistenciais foi realizada, pelos profissionais em 51% das avaliações. A partir da avaliação do resultado, adequações no protocolo e no processo foram realizados bem
como um novo treinamento dos profissionais envolvidos no processo (enfermagem, fisioterapia, fonoaudiólogos, médicos,
recepcionistas, residentes, profissionais do SADT e serviço social) em sala de aula. O monitoramento do processo se dá por
meio do acompanhamento do volume de notificações de não conformidades e por auditorias periódicas que ocorrem sem
divulgação prévia. A estruturação, implantação e acompanhamento do protocolo de Identificação do Paciente requereu um
envolvimento de todas as áreas envolvidas. A mudança de cultura institucional é extremamente difícil pois envolve mudança
de conduta pessoal a partir do entendimento da importância da ação proposta. Os profissionais somente aderem à estratégia
quando compreendem o objetivo da ação e entendem que a identificação é, não só uma barreira de segurança para o paciente
mas, também para si próprio. Neste processo, a liderança tem um papel fundamental pois, atua como multiplicadora junto aos
profissionais sob sua gestão, capilarizando o conhecimento.
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relato de c aso
Trabalho n o 115
Gestão em Saúde
Painel eletrônico de indicadores em tempo
real como estratégia de gestão
Autores: Regina Márcia Cassago; Rafael Saad Fernandez; Edmar Daniel Virgulino
Instituição: Hospital Geral do Grajaú – OSS
O conjunto de indicadores (financeiros, atendimento, assistenciais) de uma empresa demonstra sua performance, medindo
e acompanhando sistemas ou processos ao longo do tempo. Deste modo, mostram, de forma objetiva como uma determinada atividade está se desenvolvendo. A facilidade de acesso aos indicadores estratégicos, sobretudo em tempo real, imprime
agilidade ao processo de tomada de decisão, permitindo correções no rumo das atividades no instante em que elas estão
acontecendo, diferente do que ocorre com apresentação de indicadores mensais, que apenas nos permitem olhar para falhas
passadas e projetar correções para o futuro, sem intervenção imediata no presente. A Instituição, objeto do trabalho, é um
Hospital Público gerenciado por Organização Social da Saúde e, portanto, com atividades de produção assistencial e qualidade
de prestação de serviços regidas por Contrato de Gestão, com metas rígidas de desempenho cujo descumprimento impacta
diretamente no volume de recursos recebidos. Além disso, por ser certificado como Hospital de Ensino, está sujeito a metas
assistenciais adicionais que visam um campo adequado de prática para residentes e estagiários. O objetivo deste trabalho foi
estruturar e disponibilizar uma ferramenta de acompanhamento, em tempo real, dos indicadores estratégicos da instituição,
tendo sido desenvolvido em duas fases: I: Estruturação do painel inicial de indicadores: treinamento dos gestores; levantamento e avaliação dos indicadores existentes/necessários; implantação do painel de indicadores setoriais; e estruturação de banco
de dados único por meio de planilha dinâmica de Excel. II: foram realizadas a avaliação dos indicadores dos contratos de Gestão
e plano de Hospital de Ensino. Sequencialmente, foi analisada a base de dados do sistema de gestão MV2000 e viabilizada a
extração das informações e o método de apresentação em formato de painel dinâmico. A ferramenta foi desenvolvida com
recursos internos, utilizando linguagem web PHP/MYSQL por meio de integração com banco de dados (Oracle). A primeira
versão contemplava as telas de ocupação de leitos, atendimentos e cirurgias. Já na segunda versão, foram inseridas a produção
assistencial de PS, internações/altas, duplicidade de exames, altas médicas aguardando alta hospitalar, erros de alocação de
pacientes em leitos, número de partos, taxa de cesáreas e emissão de senhas. A gestão visual, em tempo real, proporcionada
pelos indicadores estratégicos trouxeram como resultado a análise e correção da utilização de leitos extras com consequente
melhoria da taxa de ocupação, que passou a expressar a realidade do momento; aumento da rotatividade do leito em razão
do ganho de agilidade nas transferências de pacientes internados no PS para as unidades de internação; visualização da taxa
de ocupação real das áreas consideradas críticas em relação à internação em leitos extras, possibilitando análise e intervenções
corretivas; acompanhamento de solicitações duplicadas de exames, possibilitando análise e intervenções corretivas. acompanhamento de fichas com tempo de espera para classificação superior a 1 hora, possibilitando a identificação de falha neste
processo e intervenções para melhoria em tempo real. Além disso, a medida permitiu acompanhamento da média de tempo
de atendimento desde a retirada de senha até o término da classificação de risco, possibilitando intervenções para agilização
do processo. Por fim, o acompanhamento de demanda cirúrgica eletiva, de urgências e partos por tipo permitiu um acompanhamento mais efetivo da produção do setor e do volume de partos cesarianos, possibilitando intervenções para melhoria
do atendimento prestado aos pacientes cirúrgicos. Tal processo tornou extremamente ágil o envio de respostas à Diretoria de
demandas urgentes de informação, bem como a elaboração de estudos mais aprofundados sobre os indicadores institucionais
por meio do estabelecimento de correlações entre os dados.
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Trabalho n o 117
relato de c aso
Gestão da Assistência
Implantação do gerenciamento de leitos no
Hospital Geral do Grajaú
Autores: Verônica Miranda Soares; Rafael Saad Fernandez; Sylvia Suelotto Diegues
Instituição:IRSSL/Hospital Geral do Grajaú
O Hospital Geral do Grajaú - HGG é uma unidade de Saúde Estadual, gerenciada por OSS (Organizações Sociais de Saúde),
localizada no extremo Sul da Cidade de São Paulo. Possui 268 leitos, sendo: 40 leitos Clínico Adulto, 10 leitos de Neurologia
Clínica, 50 leitos Pediátricos, 14 leitos Cirúrgico Pediátrico, 9 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, 24 leitos Cirúrgico
Adulto, 17 leitos de Ortopedia, 34 leitos de Alojamento Conjunto, 10 leitos de Berçário baixa complexidade e 11 leitos da
Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal, 10 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Adulto e 12 leitos Semi-Intensivos, 19 leitos
na Observação do Pronto-Socorro Adulto e 8 leitos na Observação do Pronto – Socorro Infantil. Possui Bloco Cirúrgico com 8
salas, Bloco Obstétrico e Ambulatório de Ortopedia. Realiza em média 24 mil atendimentos de urgência e 1.400 internações/
mês. Em 10/02/2014, por decisão da Diretoria Assistencial, foi implantado o setor de o Gerenciamento de Leitos. A missão do
Gerenciamento de leitos é disponibilizar os leitos em sua capacidade máxima dentro dos critérios definidos pela Instituição,
visando a diminuição do tempo de espera pela internação, contribuindo para a satisfação do cliente médico e paciente, possibilitando uma maior integração entre a equipe multidisciplinar, aprimorando o atendimento ao paciente com informações
exatas, a equipe do gerenciamento de leitos dispõe de uma enfermeira e um profissional administrativo. O setor serve de
apoio às ações multidisciplinares, contribuindo para a horizontalização dos processos e quebrando um paradigma até então intransponível no hospital que era o “monopólio” dos leitos por especialidades. Com o gerenciamento de leitos, as vagas
deixaram de pertencer às clínicas e passaram a ser realmente propriedade de todos os pacientes, com alocação de pacientes
preferencialmente nas unidades mais ligadas a sua patologia, mas internados em outras unidades caso necessário, reduzindo
o número de pacientes que permaneciam internados no pronto-socorro e as transferências para outros hospitais. A equipe de
gerenciamento de leitos participa ativamente da visita multidisciplinar nas unidades, identificando os pacientes que estão de
alta e agilizando o processo. Verifica, quais exames e avaliações estão pendentes, aciona os responsáveis para agilizar a desospitalização do paciente, contribuindo para evitar expor os pacientes ao risco de infecção hospitalar e diminuindo o número de
queixas no SAU (Serviço de Apoio ao Usuário). Nos casos de necessidade de realização de exames ou procedimentos externos,
trabalha-se em conjunto com a Central de Transferência, para resolução dos casos de cateterismos, cirurgia cardíaca, implantação de marca-passo e avaliações como psiquiatria, neurocirurgia e bucomaxilo, que necessitem de transporte. A implantação
do setor de gerenciamento de leitos trouxe diversos benefícios para a instituição, tais como otimização da utilização da capacidade instalada, redução da média de permanência em 0,5 dia e o giro de leito em 1,0 dia. O processo fez com que a instituição
percebesse que é essencial identificar claramente os processos que interagem na ocupação dos leitos, definir metas para os
processos, mensurá-los, checá-los, agir sobre os indicadores, promover melhorias, planejando a melhor utilização do leito.
2015 qualihosp
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Trabalho n o 118
Gestão da Assistência
O papel da andragogia na educação
permanente em saúde
Autores: VJamille Soares Moreira Alves; Tarsia Vitória de Araújo Joaquim Gadelha; Daniela Chiesa; Francisca Brunna de Carvalho
Costa Vasconcelo; Virginia Angélica Lopes Silveira; Luana Maria de Lima Lopes Figueiredo; Anna Philomena de Alencar Brito; Ana Egliny
Sabino Cavalcante; Maria Helane Rocha Batista; Raquel Lucena Nicodemos; Fernanda Gadelha Severino; Ana Karine Girão Lima
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
A sociedade contemporânea exige profissionais cada vez mais qualificados, produtivos e gerando mais valor às instituições.
Assim se faz necessário estabelecer métodos e processos de trabalho visando que as atividades sejam realizadas de maneira
eficaz e eficiente com qualidade, economia e segurança. Nesse contexto,o processo educativo em saúde vêm evoluindo ao
longo do tempo, passando de um modelo pedagógico para andragógico,baseado na troca de saberes e valorização das vivências dos adultos. Onde o educando não deve ser mais considerado um ser passivo, mas estimulado a construir seu próprio conhecimento tornando a aprendizagem mais efetiva no contexto de educação permanente em saúde favorecendo a melhoria
dos resultados nas instituições.
Desenvolvimento
Todas as iniciativas de treinamento são pautadas por uma filosofia de melhoria continua da qualidade, para todas estas é
feito um planejamento abrangendo a determinação do público-alvo, objetivos de aprendizagem, logística, análise de custos,
definição da estratégia de ensino-aprendizagem, execução de cronograma e avaliações a serem aplicadas. Na primeira fase de
implementação do treinamento faz-se a formação de um grupo de funcionários denominados de multiplicadores, responsáveis por facilitar a aprendizagem do tema junto aos colaboradores, reunidos em grupos de até 20 pessoas. Destaca-se aqui a
figura do coordenador de área, o grande responsável pelo desenvolvimento de sua equipe, como peça fundamental para o
sucesso dessa metodologia. Na segunda fase do treinamento os multiplicadores aplicam as estratégias propostas, tendo como
diretrizes a discussão reflexiva do conhecimento, a utilização de recursos áudio visuais e fomentando as habilidades através de
simulações. Segue-se a fase anterior as ações de monitoramento e as avaliações necessárias a fim de identificar os resultados
alcançados. Aplica-se de uma forma geral nos treinamentos dois tipos de avaliação, sendo estes a reação imediata ao evento e
a avaliação dos três níveis de aprendizagem (conhecimento, habilidade e atitude). O processo como um todo obedece as fases
do ciclo de melhoria da qualidade conhecido como PDCA.
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relato de c aso
Conclusão
O serviço de educação permanente baseada no uso de estratégias referenciadas pela andragogia, os conceitos da qualidade e os objetivos estratégicos institucionais favorecem crescimento da instituição através da consolidação do aprendizado
difundindo práticas efetivas, eficazes e seguras.
Referências
1. Draganov Patrícia Bover, Friedländer Maria Romana, Sanna Maria Cristina. Andragogía na saúde: Estudo bibliométricoEsc. Anna Nery [serial na internet]. 2011 Mar [cited 2015 janeiro 30];15 (1): 149-156.Disponível a partir de: http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452011000100021&lng=en.
2. Draganov, Patrícia Bover, de Carvalho, Andréia Andrade, Ribeiro, Vanessa Neves, e Sanna, Maria Cristina. (2013). Andragogia em enfermagem: Uma revisão da literatura Investigación y Educación em Enfermería, 31 (1), 86-94. Retirado 30 janeiro de 2015, a partir de http://www.scielo.org.
co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-53072013000100011&lng=en&tlng=en
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Trabalho n o 119
Gestão em Saúde
Uso do fluxo de caixa projetado como
ferramenta de gestão em saúde
Autores: Ernesto Stangueti; Rafael Saad Fernandez; Jocelene Batista Pereira
Instituição: IRSSL/Hospital Geral do Grajaú
A escassez ou a limitação dos recursos financeiros é a realidade para a grande maioria das organizações de saúde brasileiras,
e o Hospital Geral do Grajaú (HGG), administrado pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês, através do estabelecimento de contrato de gestão com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES) não foge a essa situação. O HGG recebe
verba fixada através de negociações com a SES, que consideram metas assistenciais a serem cumpridas, mensalmente. Tratase de uma negociação que depende muito das disponibilidades geradas pela arrecadação de impostos e, nem sempre, os
recursos disponibilizados são suficientes, o que requer da gestão financeira atuação constante e articulação entre os diversos
Departamentos do HGG para a diminuição de despesas. Nesse sentido, a gestão do HGG utiliza uma ferramenta fundamental
para a identificação das dificuldades e necessidades que possam advir, que é o Fluxo de Caixa Projetado, de curto prazo. O
objetivo do fluxo de caixa projetado é informar como se comportarão as entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período, podendo ser projetado a curto ou no longo prazo. No curto prazo, busca-se identificar os excessos de caixa ou a
escassez de recursos dentro do período projetado, para que através dessas informações seja possível cumprir com os compromissos. As informações de que a empresa dispõe para elaborar o fluxo de caixa projetado no curto prazo diferem daquelas que
estão disponíveis na análise de longo prazo. No curto prazo, as principais operações de entrada e saída já foram realizadas e a
empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos dentro do período. No entanto, quando
se projeta no longo prazo, o que se conhece são apenas projeções das operações de ingressos e/ou desembolsos de recursos
financeiros. Dessa forma, o fluxo de caixa projetado no longo prazo não tem a mesma efetividade do curto prazo, pois podem
ocorrer situações não projetadas que interferem nos resultados. Por essa razão, o Fluxo de Caixa Projetado deve ser preferencialmente, utilizado no curto prazo, situação em que tem maior assertividade e confiabilidade. De acordo com Campos (1999),
o Fluxo de Caixa Projetado é um instrumento utilizado pela gestão para considerar, com antecedência, determinadas situações
de risco, impedindo que elas ocorram ou minimizando os efeitos que dela possam advir. Corroborando a importância dessa
ferramenta, para Sá (2006, p. 60): “O fluxo de caixa projetado de curto prazo tem como principal objetivo identificar os excessos
de caixa e a escassez de recursos esperados dentro do horizonte da projeção.” Esse conhecimento prévio possibilita a antecipação e atuação para correção de descompassos que poderão ocorrer, evitando desgastes desnecessários e buscando manter
o alinhamento em relação ao planejamento estratégico definido para o período. O HGG utiliza essa ferramenta para análises
e avaliações de curto prazo, com periodicidade mensal, bimestral e trimestral, o que tem possibilitado ao Hospital, o ajuste
de suas disponibilidades às necessidades que se apresentam, proporcionando maior controle e a possibilidade de administrar
com antecedência situações que possam interferir negativamente no desempenho assistencial. No final de 2014, o uso desta
ferramenta permitiu identificar que havia sobras de caixa que poderiam ser utilizadas para o pagamento de dívidas e financiar
investimentos em infraestrutura. A previsão é que esta informação seja incorporada a um painel de gestão em 2015, de modo
a observarmos em tempo real a execução do que foi projetado e confirmar dia a dia a realização das previsões orçamentárias.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 121
relato de c aso
Gestão em Saúde
Gestão de suprimentos em organizações
sociais de saúde: Uma ferramenta para a
otimização de recursos financeiros
Autores: Ernesto Stangueti; José Pereira de Souza; Wagner Barreto; Jocelene Batista Pereira; Rafael Saad Fernandez
Instituição: IRSSL/Hospital Geral do Grajaú
O HGG é um hospital de ensino estadual inaugurado em 1998 que atende a população do extremo sul da cidade de São
Paulo, a qual abriga quase um milhão de habitantes. Dada sua vocação para urgência/emergência e a escassez de equipamentos de saúde no entorno, é em geral a primeira porta para atendimento médico na região, o que lhe impõe um volume de
atendimento superior a sua capacidade. A estas dificuldades soma-se a escassez de recursos financeiros, que tem colocado
não só o HGG, mas muitas instituições de saúde do país em situação delicada. Diante deste cenário e visando maior equilíbrio
nas contas, foram discutidas no HGG estratégias que pudessem aliviar esta situação. Dentre elas, destaca-se a intervenção na
gestão de suprimentos, alvo deste trabalho, que obteve resultados de curto prazo no aumento na disponibilidade de recursos financeiros. O HGG vinha adotando a prática de compras mensais, consideradas reservas estratégicas para compensação
das oscilações de consumo ditadas pela sazonalidade e complexidade dos atendimentos. Dessa forma, mantinha um grande
volume de recursos investidos nos estoques, os quais absorvem capital da empresa que poderia estar investido em outras
atividades (CHING, 2007). Neste contexto, o setor de Compras identificou fornecedores com capacidade para realizar entregas
em curto espaço de tempo (entre 24 e 48 horas). Dessa forma, foi verificada a possiblidade de que os estoques pudessem ser
reduzidos a um mínimo estratégico sabendo-se que, havendo a necessidade de reposição motivada por alteração da demanda, seria possível obter materiais e medicamentos disponíveis rapidamente. Assim, a partir de julho de 2014, os volumes de
estoques foram ajustados para baixo, de modo a manter uma quantidade de materiais e medicamentos bastante próxima do
consumido. O nível de estoques passou a ser monitorado com frequência ainda maior, na modalidade Sistema de Reposição
Contínua (SRC), que possibilita a detecção de níveis insuficientes e fornece o embasamento necessário para providências de
ressuprimento dentro de prazos adequados, evitando o desabastecimento de quaisquer itens e o consequente impacto negativo na assistência prestada aos pacientes. Os dados são acompanhados via painel eletrônico, com emissão de alertas quando
os estoques de algum material atingem níveis críticos, para que sejam disparados novos pedidos de compra. A variação no
volume dos estoques é evidenciada pela tabela abaixo:
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relato de c aso
MÊS
R$
Jan
R$ 979.373,66
Fev
R$ 1.132.553,00
Mar
R$ 1.103.427,30
Abr
R$ 1.000.958,37
Mai
R$ 1.096.147,24
Jun
R$ 1.040.071,76
Jul
R$ 938.222,35
Ago
R$ 635.709,30
Set
R$ 596.218,10
Out
R$ 637.278,73
Fonte: MV - Relatório de balancete contábil
A média de valores do estoque, no primeiro semestre de 2014, foi de R$ 1.058.755,22 e o valor médio nos 4 primeiros meses do segundo semestre de 2014 foi de R$ 701.857,12, variação menor em 34%. Tal otimização permitiu que, em média, R$
356.898,10 de recursos que antes eram investidos em estoque, fossem disponibilizados, melhorando a capacidade financeira
durante o segundo semestre de 2014. Outro reflexo consistiu na redução de riscos de vencimento de materiais e medicamentos. Além disso, ocupou-se menor espaço de armazenamento, liberando área física para outras atividades. O índice de giro
mostra que, no primeiro semestre, o estoque era suficiente para consumo na média de 25,4 dias, sendo reduzido para média
de 16 dias nos primeiros 4 meses do segundo semestre, com renovação duas vezes em cada mês. Em suma, a prática contribuiu
para melhorar o desempenho do hospital, diminuindo o investimento em estoques, disponibilizando maior quantidade de
recursos que puderam ser utilizados no atendimento a outras necessidades.
BIBLIOGRAFIA
CHING, H. Y. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada Supply Chain. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 122
relato de c aso
Gestão da Assistência
Rearranjos assistenciais em um prontoatendimento de pediatria em tempos de
poucos especialistas
Autora: Jocelene Batista Pereira
Instituição: IRSSL/Hospital Geral do Grajaú
Introdução
A Pediatria é uma área em que os médicos atuam em todos os níveis de atenção à saúde: promoção, proteção e recuperação da saúde, obrigatoriamente. Nesta especialidade, a relação ocorre de forma estreita com paciente e família, empatia
com este binômio, visto que um bom diagnóstico e prescrição pode não garantir um cuidado final efetivo, em virtude da
dependência do paciente. Em se tratando de urgência e emergência, além da versatilidade, é preciso estabilidade emocional e
resistência física, pois as situações que podem ocorrer envolvem crises das mais diversas e a necessidade de assegurar a correta
identificação do grau de gravidade. A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) registra que, no Estado de São Paulo, temos
2,7 médicos/mil habitantes, o que é considerado adequado. Entretanto, há apenas 0,7 pediatra/mil habitantes entre zero e 20
anos incompletos (faixa de atuação da pediatria). Se há quinze anos 15% a 20% dos formandos procuravam a pediatria como
especialidade, hoje esse número é inferior a 8%. Algumas razões podem ser colocadas para a falta destes especialistas: feminilização da atividade (80% das vagas atuais nos programas de residência são ocupadas por mulheres), visto que isso acarreta
diminuição do número de horas disponíveis para o trabalho em virtude de sua própria necessidade frente à maternidade; deslocamento do atendimento ambulatorial para o pronto-atendimento, em virtude da incorporação das mulheres ao mercado
de trabalho e sua falta de tempo para o cuidado ambulatorial, causando insatisfação dos profissionais na urgência/emergência;
exigência de produtividade; remuneração inadequada; entre outras.
Desenvolvimento
No período de aumento de consultas, entre abril e agosto, a escala de médicos do Pronto Socorro Infantil do Hospital Geral
do Grajaú estava muito desfalcada, o que gerou fechamento do serviço por duas semanas consecutivas. Como a unidade já
utiliza o protocolo de Manchester adaptado, inclusive na pediatria, já havia o diagnóstico de que entre 60% e 70% dos casos
se enquadravam nos critérios verde ou azul (características ambulatoriais). A este quadro, somava-se o alto déficit de profissionais nas demais unidades no entorno do HGG. Desta forma, discutindo com a equipe do serviço, descobrimos que em outros
locais havia a experiência de trabalhar com generalistas para este tipo de atendimento. Como a alternativa era o fechamento
da porta por falta de pediatras, acordamos trabalhar com equipes mistas, tendo no mínimo dois pediatras para atender casos
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relato de c aso
classificados como amarelos ou vermelhos e dois generalistas para atender casos verdes e azuis. Ressalta-se que esta medida foi
implementada apenas após várias tentativas frustradas de recrutamento de pediatras no mercado, inclusive com salários diferenciados. Embora tenham ocorrido várias manifestações dos especialistas que discordavam da medida, a população aprovou
totalmente a medida. Para dar suporte e diminuir riscos, os protocolos de priorização e assistenciais foram revistos.
Conclusão
O número de atendimentos no PSI em 2014 foi mantido em relação a 2013, houve reformulação da área física e implementação da supervisão e protocolos assistenciais. Hoje discutimos a necessidade de aprimorar estes generalistas, para que
aumentem seus conhecimentos como socorristas em pediatria. Continuamos com o recrutamento aberto para pediatras, mas
discutimos que é preciso priorizá-los para salas de emergência, enfermaria e UTI, diante da escassez de especialistas.
REFERÊNCIAS
Courtright, K. R., Kerlin, M. P. “A equipe da unidade de terapia intensive e a qualidade do cuidado: desafios nos tempos de poucos intensivistas”. Revista
Brasileira de Terapia Intensiva, 2014; 26(3):205-207.http://www.apmsantoandre.org.br/links.aspx
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Trabalho n o 123
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Intervenção do processo medicamentoso com
interface multidisciplinar
Autoras: Marcia Martins; Wilson Gualter; Fátima Mitie; Andrea Cassia Sforsin
Instituição: Hospital das Clinicas - Instituto Central
Introdução
A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no ambiente hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, têm evidenciado a presença de erros no tratamento medicamentoso causando prejuízos aos pacientes
que vão desde o não-recebimento do medicamento necessário até lesões e mortes. Na instituição o processo medicamentoso considera as seguintes etapas: Prescrição médica, dispensação e distribuição do medicamento pela farmácia hospitalar,
armazenamento local, preparo e administração, sendo as três últimas de responsabilidade da enfermagem. A atuação da enfermagem não se atem somente aos procedimentos técnicos mas abrange todas as etapas do processo. A administração de
medicamentos corresponde a última oportunidade de prevenir um erro na medicação que pode ter surgido já na prescrição
ou na dispensação dos medicamentos.
Desenvolvimento
Verificamos a necessidade de analisar, criticamente, o sistema medicamentoso, para identificar as possíveis falhas e causas,
implementando barreiras que previnam a ocorrência de incidentes e buscando soluções para os problemas existentes. Foi estabelecida uma parceria entre as Divisões de Farmácia e de Enfermagem para a revisão do processo medicamentoso, sendo desenvolvido protocolos institucionais visando a segurança do paciente e colaboradores. São eles: Preparo, Diluição e Estabilidade;
Medicamento de Alta Vigilância; Medicamentos Sujeitos a Controles Especiais; Termolábeis; Multidoses; Administração de
Medicamentos por Sonda Enteral e a confecção de um instrumento denominado PAF - Prescrição, Administração, Finalização
contendo instruções exatas para a pratica segura no preparo e administração de medicamentos. Após a confecção dos protocolos e instrumento, estes foram apresentados e disseminados aos colaboradores e em seguida realizado auditoria para verificação dos processos medicamentosos nas áreas assistenciais. Conclusão: Fortalecimento da equipe de enfermagem quanto
ao conhecimento da pratica segura nos processos medicamentosos utilizando recursos educativos bem como a melhoria da
qualidade da assistência farmacológica.
REFERÊNCIA
SILVA, Ana Elisa Bauer de Camargo; CASSIANI, Silvia Helena de Bortoli. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UMA VISÃO SISTÊMICA PARA O DESENVOLVIMENTO
DE MEDIDAS PREVENTIVAS DOS ERROS NA MEDICAÇÃO. Revista Eletrônica de Enfermagem, [S.l.], v. 6, n. 2, dez. 2006. ISSN 1518-1944. Disponível em:. Acesso
em: 28 Jan. 2015. doi:10.5216/ree.v6i2.810.); (LEAPE et al. 1995; TÁXIS & BARBER, 2003)
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relato de c aso
Trabalho n o 128
Gestão da Assistência
Metas do Cuidado: Foco no envolvimento do
paciente
Autores: Sandra Cristine da Silva; Daniela de Oliveira Fernandes; Ariane Nadolskis Severine; Claudia Seiko Kondo; Debora Cecilia
Mantovani; Faustino de Carvalho; Helen Maria Benito Scapolan Petrolino; Ana Lucia Chaloub Chediac Rodrigues; Renata Lourenzen de
Oliveira; Luiz Francisco Cardoso; Cassia Guerra
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
Introdução
Cada vez mais o paciente é envolvido no seu cuidado durante o atendimento nas instituições de saúde. Sua participação
tem o objetivo de aumentar a qualidade e segurança no processo de cuidar. Esta prática faz com que as informações e tomadas
de decisões sejam compartilhadas e o impacto é positivo na qualidade e segurança do paciente.
Desenvolvimento
A partir desta importante ação no envolvimento do paciente em seu cuidado, a Instituição implantou um processo de identificação das metas diárias e individuais dos pacientes. Este processo acontece da seguinte maneira: Diariamente, no plantão da
manhã, a equipe multidisciplinar, contemplando o médico (áreas críticas), enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico e concierge, discute e define as metas de cada paciente internado. Como auxílio para a definição das metas foi desenvolvido
pelas equipes, uma listagem contendo metas possíveis de serem alcançadas conforme o perfil do paciente naquele dia. A
listagem contempla metas de aspecto respiratório, motor, nutricional, gastrointestinal, renal, tecidual, neurológico, laboratorial,
hidroeletrolítico, sinal vital, cuidado paliativo, hemostasia, cirurgia, terapia medicamentosa, emocional e educacional. As metas
definidas são anotadas no prontuário do paciente favorecendo a elaboração do plano de cuidado, numa perspectiva multiprofissional e centradas nas necessidades do paciente. A meta que não foi atingida, a equipe multidisciplinar realiza uma análise
mais abrangente explorando as causas, e se for o caso, a mesma meta é mantida no próximo dia ou substituída de acordo com
a análise realizada pela equipe. Para envolver o paciente no alcance dessas metas, foi desenvolvido um quadro e instalado
no quarto do paciente. Neste quadro são anotadas as metas definidas pela equipe multiprofissional, as quais o paciente consegue contribuir para alcançá-la. Além das metas do dia, são anotadas no quadro as seguintes informações: Previsão de alta
do paciente (data estipulada pelo médico), nome dos profissionais do plantão (enfermeiro, técnico de enfermagem e outros
profissionais) sendo este campo atualizado a cada plantão (manhã, tarde e noite). Neste quadro também é possível sinalizar,
visualmente com plaquinhas coloridas e imantadas, algumas informações importantes, tais como, jejum, repouso no leito, cui-
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qualihosp 2015
relato de c aso
dado com a pele, medicamento no quarto, risco de queda, restrição hídrica, controle glicêmico, preparo para alta, vulnerável,
preservar membro, controle de diurese e alergia. Além disso, existe um espaço livre no quadro, onde paciente e/ou familiar
preenche informações importantes sobre seu dia, recados, entre outras anotações. Em 2014 este quadro foi instalado em 451
apartamentos e com o projeto de expansão institucional, em 2015 será instalado em mais 76 apartamentos.
Conclusão
Com a implantação do processo das metas diárias do paciente, proporcionando ao mesmo a oportunidade de participar
do seu cuidado, a instituição observou um aceite muito positivo de todos os envolvidos, incluindo o médico responsável, a
equipe multidisciplinar, os familiares e o próprio paciente. Esta ação auxilia que o paciente e/ou familiar sejam influenciadores
nos cuidados médicos, propiciando melhorar a qualidade e aumentar a segurança dos processos assistenciais.
REFERÊNCIAS
Pacientes e familiares podem aumentar a segurança no atendimento de saúde. Acessado em 13 de janeiro de 2015. http://setorsaude.com.br/antonioquinto/2014/02/04/novo-post-pacientes-e-familiares-podem-aumentar-a-seguranca-no-atendimento-de-saude/ - Padrões de Acreditação da Joint Commission
International para Hospitais, 5ª edição.
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relato de c aso
Trabalho n o 129
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação da Comissão de Segurança do
Paciente em um hospital escola de grande
porte do Estado de São Paulo
Autoras: Marcia Martins; Brigitte Feiner; Vanessa Airas
Instituição: Hospital das Clinicas - Instituto Central
Introdução
Receber uma assistência à saúde de qualidade é um direito do indivíduo e os serviços de saúde devem oferecer uma atenção que seja efetiva, eficiente, segura, com a satisfação do paciente em todo o processo. O Brasil compõe, junto com outros
países, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde em 2004 que possui
como principal proposta instituir medidas que aumentem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde. O
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi lançado em 1º de abril de 2013 (Portaria nº 529) pelo Ministério da
Saúde e ANVISA e relaciona um conjunto de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de eventos que poderiam resultar
em dano desnecessário para o paciente. Uma das principais propostas do PNSP é a obrigatoriedade da criação e implantação
de Núcleos de Segurança do Paciente (RDC 36). Em conformidade com a legislação, foi constituída, em janeiro de 2014, a
Comissão de Segurança do Paciente (CSP) da Instituição em estudo que recomendou a necessidade de criação de subcomissões em cada um dos Institutos integrantes do complexo hospitalar. Em junho de 2014 o Instituto Central constituiu sua
Subcomissão de Segurança do Paciente (SCSP).
Desenvolvimento
A implantação da Subcomissão de Segurança do Paciente teve com principal objetivo a responsabilidade de desenvolver a
cultura de segurança do paciente no Instituto e programar ações para a promoção de uma assistência segura tendo como diretriz a elaboração dos protocolos de segurança recomendados pelo PNSP. Para sua composição foram identificados profissionais
envolvidos em ações estratégicas de segurança do paciente: Coordenador Médico, Vice Coordenador: Enfermeira do serviço de
qualidade e segurança do paciente da Divisão de Enfermagem, representantes da Diretoria Executiva, Escritório da Qualidade,
Gerenciamento de Risco, Corpo Clínico (Cirurgia e Clinica), Divisão de Nutrição e Dietética, Divisão de Arquivo Médico (DAM)
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qualihosp 2015
relato de c aso
e CCIH. Foi estabelecida agenda de reuniões semanais para desenvolver as seguintes ações: Elaborar e criar estratégias de disseminação dos 07 protocolos referentes às metas de segurança do paciente do Programa Nacional de Segurança do Paciente
através de discussões entre a equipe multiprofissional; Realizar a reorganização dos trabalhos relacionados já existentes; Aplicar
questionário de Pesquisa de Cultura de Segurança do Paciente no Instituto; Realizar o primeiro evento de segurança do paciente no Instituto com o objetivo de divulgar a subcomissão e as 06 metas de segurança do paciente, seu modelo contemplou
um Circuito da Segurança do Paciente e foi composto por 6 estações interativas, cada qual referente a uma meta de segurança,
onde os profissionais de diversas áreas puderam inteirar-se mais sobre o assunto e receber um folder contendo informações
objetivas. Cerca de 600 pessoas participaram do evento, o que corresponde a 32% do total de colaboradores do instituto, desde
administrativos a equipe médica; Elaborar, em conjunto com Gestão de Risco, ferramenta de notificação de eventos adversos e
participar na análise e discussão de estratégias de redução de risco de eventos adversos graves e sentinela.
Conclusão
A criação da SCSP sistematizou as ações já desenvolvidas pela instituição, e possibilitou maior visibilidade sobre a temática,
contribuindo para que o Instituto em estudo obtivesse a certificação ONA nível 1 e refletindo o entendimento, por parte dos
profissionais, da importância da segurança para o paciente, para a instituição e para si próprio.
REFERÊNCIAS
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em
Serviços de Saúde, 2013; RDC 36/2013. Disponível em http://portal.anvisa.gov.br/
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relato de c aso
Trabalho n o 130
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Processo de acreditação: Uma experiência bem
sucedida em seis meses
Autores: Nadia Lucila Rocha Brito; Walter Cintra Ferreira Junior; Enio Salu
Instituição: INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HC FMUSP
O processo de acreditação é visto como burocrático e demorado, pela maioria dos profissionais que atuam na área da
saúde. De fato, para adquirir reconhecimento público por meio de acreditadoras idôneas é necessário comprovar se o que
fazemos segue determinados padrões baseados em normas e leis vigentes, conferindo qualidade aos nossos serviços prestados. (Manual ONA, 2014) O tempo despendido e a forma de organização dos trabalhos, são fatores fundamentais para o
sucesso, porém se não houver o engajamento de todos os envolvidos no processo em busca de um único objetivo ou meta,
dificilmente será possível se obter êxito. E para isto, muitas vezes se faz necessária uma mudança de comportamento, uma
maturidade profissional para superar o ambiente de competição e insegurança comuns no ambiente corporativo. (Feldman
LB, et al, 2005). O processo de acreditação envolve áreas de conhecimento nas quais muitas vezes os gestores das áreas críticas,
atores-chave do processo de certificação, nunca foram treinados adequadamente, e de uma hora para outra, todo trabalho
desenvolvido pelo profissional deve estar relatado como normas que direcionarão as atividades, sendo necessário o estabelecimento de indicadores de desempenho para que estes gestores possam acompanhar e monitorar seus processos. (Schiesari
LM, 1999) Quando os gestores dominam minimamente os conceitos que estão inclusos de forma subliminar nos requisitos da
acreditação, o processo de certificação pode ser mais simples, rápido e eficaz. Este caso relata a experiência do IOT- Instituto de
Ortopedia e Traumatologia do HC FMUSP, especializado em ortopedia e traumatologia, no projeto de Acreditação ONA Nível 1,
que reduziu a carga de investimento em consultoria direta para certificação em troca da capacitação dos gestores hospitalares
nas disciplinas gestão de processos, gestão de contratos e gestão de custos, e conseguiu sua certificação em período de tempo
de projeto inferior ao dos demais hospitais do Complexo do qual faz parte, e aportando menor nível de investimento global.
O hospital não possui uma área específica de Qualidade, e a opção foi definir um grupo de pessoas que seriam responsáveis
por desenvolver as atividades em suas respectivas áreas. Todos estes profissionais receberam capacitação e orientação de
metodologia para desenvolver seus planos de ação. Foi contratada uma Instituição Acreditadora Credenciada, para fazer um
diagnóstico inicial de nossas práticas baseadas na metodologia da ONA-Organização Nacional de Acreditação, e um relatório
detalhado da nossa situação no momento da visita foi emitido. Todas as não conformidades apontadas neste relatório foram
trabalhadas, e as ações de correções foram implantas, sendo necessário para alguns casos desenvolver projetos de longo prazo
para solucionar as não conformidades de maior dificuldade para resolução. Foram muitos ganhos conquistados desde o início
do projeto, sendo: a capacitação da equipe de gestores aos requisitos do manual da ONA para a melhoria do desempenho, o
desenvolvimento da Política de Segurança do Paciente, a gestão de documentos, onde foi estabelecido a padronização sistemática de controle de todos os documentos e registros, de forma a assegurar que os mesmos fossem atualizados, organizados,
íntegros, prontamente identificáveis e que seus usuários fossem informados prontamente de suas alterações. Este processo
mobilizou os profissionais, e contribuiu para a integração dos processos assistenciais e das pessoas na instituição.
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relato de c aso
Conclusão
O hospital desenvolveu o processo de certificação pela metodologia ONA, em seis meses, com menor aporte de investimento, por conta: Do engajamento dos próprios gestores hospitalares na gestão do projeto; Do investimento em capacitação
dos gestores, uma vez que foram capacitados em ferramentas de gestão de processos, gestão de contratos e gestão de custos,
além da capacitação específica em qualidade; Da metodologia de organização e monitoramento do projeto.
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relato de c aso
Trabalho n o 131
Gestão em Saúde
Desenvolvimento de um portal de relatórios
para monitoramento e avaliação dos
indicadores de saúde na gestão da atenção
básica
Autores: Roberto Gaziola Junior; Wilerson Andresy de Faria; Alessandra Cristina Ferreira Martins; Fernanda Serra Granado
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein
Introdução
Na gestão pública, as ações de monitoramento e avaliação dos indicadores de saúde constituem-se em elementos efetivos
para a tomada de decisão por propiciar aos gestores, as informações necessárias para a definição de estratégias de intervenção
nos diversos níveis dos serviços de saúde 1. O objetivo do presente estudo foi desenvolver um Portal de Relatórios para monitoramento e avaliação de informação e indicadores de saúde nas unidades de saúde gerenciadas e administradas pela Sociedade
Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), em parceria com a prefeitura do município de São Paulo.
Desenvolvimento
A elaboração do Portal de Relatórios (PR) foi realizado em 3 etapas. A etapa 1 consistiu na utilização do Microsoft® SQL
Server, um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) que facilita os processos de definição (tipos de dados, estruturas e restrições para dados), construção (armazenamento de dados em mídia apropriada e controlada pela SGBD), manipulação (pesquisas, recuperação de dados, atualizações e geração de relatórios de dados) e compartilhamento de bancos de
dados entre vários usuários e aplicações 2. O SGBD atua, ainda, na proteção do sistema contra o mau funcionamento ou falhas
no hardware ou software, na segurança contra acessos não autorizados ou maliciosos e na manutenção do banco de dados.
Junto ao SQL Server, a Etapa 2 se baseou na utilização do Microsoft® SQL Server Reporting Services (SSRS), um recurso na plataforma de relatório que dispõe de um conjunto completo de ferramentas para criação e gerenciamento e entrega de relatórios,
permitindo aos desenvolvedores integrar ou estender dados, além de processar relatórios em aplicativos personalizados. Por
fim, como plataforma de desenvolvimento dos relatórios utilizou-se o Report Builder (RB) (Etapa 3), um componente do SSRS
que permite aos usuários corporativos a criação de seus próprios relatórios a partir de um fácil modelo de dados através do
navegador. É possível selecionar modelos de layout de relatórios contendo seções de dados pré-definidas. Algumas limitações
consistem no conhecimento prévio em servidores e redes e nas linguagens de programação SQL e de um dialeto do Visual
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Basic. O PR da Coordenação de Indicadores e Sistemas de Informação do SBIBAE foi elaborado com informações referentes
às AMAs Paraisópolis, Jd. Pirajussara e Vila Prel e da UPA Campo Limpo. O banco de dados com informações de saúde das
unidades é exportado mensalmente pelo SIGA-PEP na forma de planilhas do Microsoft® Excel. Porém, em virtude do excesso
de informações, as planilhas são grandes e lentas, tornando muito difícil a manipulação dos dados. A maior capacidade de
armazenamento de dados no PR permite maior autonomia no desenvolvimento de novos indicadores de saúde favorecendo
sua viabilização e disponibilização a todos os funcionários e gestores das unidades, por meio da ferramenta Citrix na intranet.
Desse modo, é possível a compilação, o monitoramento e a avaliação dos dados na forma de figuras, gráficos e/ou tabelas em
uma perspectiva longitudinal. Informações relativas ao déficit médico, número de fichas de atendimento ambulatorial abertas
e número de atendimentos médicos efetivos, quantidade de usuários segundo classificação de risco, faixa etária, sexo e atendimento preferencial, quantidade de atendimentos realizada por médicos e equipe de enfermagem, entre outras são avaliadas
e comparadas entre as unidades.
Conclusão
O PR se constituiu em um instrumento simples de incentivo à cultura de gestão por resultados, a partir do monitoramento
e da avaliação de informações e indicadores de saúde na Atenção Básica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Subsídio para o 2º Encontro. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa - SGEP. Departamento de Monitoramento
e Avaliação da Gestão do SUS. Brasília: Cadernos DEMAGS; 2009.
2. Elmasri R, Navathe S. Sistemas de Banco de Dados. 4.ed. São Paulo; 2005.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 133
Gestão em Saúde
Gestão estratégicas de processos em sistema
público municipal de saúde
Autores: Luiz Artur Rosa Filho; Carla Beatrice Crivellaro Gonçalves; Bruna Chaves Lopes; Maria Lucia Dal Magro; Cristiane Barelli
Instituição: Universidade de Passo Fundo
Introdução
Passo Fundo é uma cidade com 194.000 pessoas, sendo o terceiro polo de saúde da região sul do Brasil. Em 2013, a Secretaria
Municipal de Saúde passou a planejar e executar suas ações segundo um modelo de gestão estratégica de processos propostos por Kaplan. A Gestão é assumida por técnicos e funcionários públicos sem vínculos políticos partidários predominantemente, aliando perfil acadêmico com dedicação prévia ao microssistema da cidade. A realidade pública é indiferente a outras, com
predomínio da burocracia legal de Weber, mas com responsabilidades ampliadas de bem estar social local. A Saúde de Passo
Fundo tinha a pior avaliação dentre 10 áreas em linha de base. Todas estas realidades exigiam resultados em todos os prazos
(Curto, Médio e Longo).
Metodologia
Trata-se de relato de caso com análise por padrão combinado em que se compara a base empírica com padrões previstos,
permitindo ampliar a validade interna do estudo. A indicação desta estratégia se dá porque o fenômeno não é claramente
evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas, além do caráter unitário do objeto social estudado, o case “Passo
Fundo”. Este método tem como objetivos capturar o esquema de referência e a definição da situação de um dado participante,
permitir um exame detalhado do processo organizacional em estudo e identificar fatores particulares ao caso e que possam
levar a um maior entendimento da causalidade.
Resultados
A primeira fase, de mobilização com descongelamento das realidades prévias foi executado com uma grande alteração nos
locais de trabalho e/ou de funções de pelo menos 35% do Staff Técnico-Operativo e de cerca de 70% do Staff Administrativo
no primeiro ano. Foram lançados nos primeiros 12 meses, 3 programas estruturantes e prioritários. Reuniões com toda a equipe
condutora e com comunicação aberta aconteceram semanalmente no primeiro ano. A montagem do elenco coalizador, de
aproximadamente 25 pessoas, se deu num contexto típico, de um mix político aliado a identificação de condutores técnicos,
que são maioria. O desenvolvimento da visão e da estratégia foi realizado em contextos anteriores ao período analisado. Os
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relato de c aso
trackings populacionais são crescentes desde o inicio e o principal prêmio de gestão pública no nível estadual obtidos pelo
município foi conquistado pelo “case Passo Fundo”.
Conclusões
A consolidação do grupo condutor garantiu legitimidade para a implantação do modelo inclusive com avaliações públicas
positivas, superando-se assim o primeiro desafio qual seja, de que a capacidade de implantação e sua legitimação política são
mais importantes do que a qualidade em si da intervenção, ou seja, reconhecer que maus resultados são mais comuns por
má aplicação ou por falta de condições políticas do que por má qualidade de uma determinada estratégia. Os resultados são
incipientes mas a redistribuição de tarefas minimizou, dois anos passados da proposta, o discurso e prática de egressos do modelo tradicional, presentes tanto na equipe condutora quanto dentre os coalizadores, ainda que compromissados com o novo
modelo. Traços e execuções tradicionais associados a novos desafios surgem a todos os momentos exigindo harmonização da
dimensão técnica e política, com predomínio da politização das intervenções técnicas consolidadoras do modelo. Por outro
lado, não há sinal, por exemplo, de um equilíbrio entre a velocidade da burocracia com a inovação necessária em unidades
produtoras.
BIBLIOGRAFIA
Peregrino, Fernando Otávio de Freitas. A Nova Administração Pública no Brasil (1995/2009): Uma Avaliação do Modelo de Organização Social na área da
Ciência & Tecnologia/Fernando Otávio de Freitas Peregrino. - Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2009.
YIN, Robert K. - Case study research - design and methods. Sage Publications Inc., USA, 1989.
S. Kaplan, P. Norton, Robert, David. The Balanced Scorecard: Translating Strategy Into Action. 1. ed. [S.l.]: President and Fellows of Harvard College, 1996. p.
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relato de c aso
Trabalho n o 135
Gestão da Assistência
Padronização do processo de passagem de
plantão em unidades de internação de um
hospital público de porte extra: Um relato
de caso
Autoras: Tatiana da Cunha Rana; Carmen Mohamad Rida Saleh; Maria Cristina Peres Braido Francisco; Sylvia Fernandes Assumpção;
Edna Januário dos Santos Barboza
Instituição: Hospital das Clínicas
Introdução
O processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e um receptor que interpreta uma
determinada mensagem (1,4). A passagem de plantão é um exercício de comunicação entre a equipe de enfermagem com a
finalidade de transmitir informação objetiva, clara e concisa relacionada aos acontecimentos que envolvem a assistência ao
paciente, podendo ser utilizada comunicação oral ou escrita. É importante ressaltar que a falta da passagem de plantão configura infração ética disciplinar, inclusive com punição e penas descritas nos artigos 126, 127 e 128 do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (2,3). Sendo assim, torna-se imprescindível a organização de normas e rotinas para a passagem de
plantão para que esta atividade transcorra adequadamente, padronizando os horários para a realização da ação, suas formas e
condições de operação, garantindo que as informações sejam transmitidas com qualidade no menor tempo possível, dentro
dos limites preconizados pela Instituição.
Desenvolvimento
Visando a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao paciente foi desenvolvido pela Diretoria de
Enfermagem um trabalho conjunto com todas as lideranças do hospital. Foram criados 12 times de trabalho, dentre eles,
“Passagem de plantão”, com o objetivo de padronizar essa atividade nas 35 unidades de internação de um Hospital Escola, de
grande porte, do estado de São Paulo, com quadro de enfermagem de aproximadamente 2000 funcionários. Após levantamento bibliográfico e da situação da prática diária, foram estabelecidos pelo grupo: critérios para passagem de plantão nas
unidades de internação, discussões para definição de melhor instrumento e método a ser utilizado. Após a finalização dos itens
contemplados no instrumento como imprescindíveis para passagem de plantão, foi discutido com a Diretora de Enfermagem,
Serviço de Qualidade e Segurança e Serviço Educação Permanente, onde foram selecionados cinco unidades com intuito de
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relato de c aso
verificar possíveis adequações. Após as readequações sugeridas pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, o
modelo foi implantado em todas as unidades de internação.
Conclusão
A implantação de uma padronização para todas as unidades de internação mobilizou a participação das lideranças de
enfermagem, no qual os apontamentos sugeridos foram acatados. Deste modo, o modelo instituído contribuiu para melhor
integração entre equipe de enfermagem e, garantiu maior visibilidade das necessidades dos pacientes nas 24 horas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Arreguy Senna C, Oliveira, RML, Lima DML, Vasconcellos CMR, Sacramento EL. Construção e utilização de um painel informativo para passagem de plantão: Relato De Experiência. Revista Eletrônica de Enfermagem (online), Goiânia, v.3, n.1, jan-jun. 2001. Disponível: http://www.revistas.ufg.br/
index.php/fen
2. Coren/SP. Parecer cat nº009/2010. Disponível em portalcoren-sp.gov.br/parecer_coren_sp_2010_9pdf
3. Marques LF, Santiago LF, Feliz VC.A passagem de plantão pela enfermagem: as intercorrências dos pacientes leito por leito. Rev Enferm UFPE on
line.2012;6(1):192-7
4. Portal KM, Magalhães ANM. Passagem de plantão: um recurso estratégico para a continuidade do cuidado de enfermagem. Rev Gaucha Enferm,
Porto Alegre (RS);2008 29(2);:246-Enfermagem,
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relato de c aso
Trabalho n o 137
Gestão da Assistência
Avaliação do treinamento admissional para a
equipe de enfermagem de hospital público de
porte extra
Autores: Carmen Mohamad Rida Saleh; Sandra Celidonia da Silva; Wilson José da Silva Gualter; Edzangela de Vasconcelos Santos;
Maria Cristina Peres Braido Francisco
Instituição: Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
A Educação Permanente em Saúde promove processos formativos estruturados a partir da problematização do seu processo de trabalho, cujo objetivo é a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho, tomando
como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e o controle social em saúde.
Entre as atividades da Educação Permanente, o treinamento admissional tem sido desenvolvido com a proposta de preparar
os profissionais da equipe de enfermagem para prestação da assistência baseada nas diretrizes institucionais, alinhando-o a
missão, visão, valores e filosofia da instituição. Pode ocorrer quando o conhecimento novo é construído a partir de um diálogo
que já sabíamos antes. A experiência relatada é de um hospital público de porte extra que possui cerca de 2000 colaboradores
da equipe de enfermagem, no qual o Serviço de Educação Permanente (SEP) é composto por 01 Diretor Técnico de Serviço de
Saúde, 03 Enfermeiros e 02 Oficiais Administrativos, que tem a responsabilidade de desenvolver planos de treinamento, assim
como o acompanhamento constante no período de experiência (3 meses).
Desenvolvimento
Observamos a necessidade de identificar o conhecimento prático destes profissionais recém admitidos, para subsidiar o
treinamento com foco nas atividades mencionadas como não desenvolvidas pelos enfermeiros e técnicos de enfermagem antes de ingressarem na instituição. Para isto, foi elaborado um instrumento, onde o profissional no primeiro dia em que é entregue para área de atuação, deverá registrar suas atividades práticas de enfermagem executadas antes da admissão, permitindo
a identificação de procedimentos e atividades executadas por ele. Baseado neste instrumento, o enfermeiro responsável pela
área de trabalho deverá auxiliar no desenvolvimento de técnicas e atividades que não foram realizadas durante a formação ou
experiência do profissional. O colaborador registra diariamente quais foram as atividades realizadas por ele, onde é analisado
periodicamente com intuito de verificar se conseguiu ou não realizar atividades rotineiras da unidade, e se há necessidade de
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relato de c aso
intervenção do SEP. Estes profissionais são acompanhados diariamente pelos enfermeiros elencados para esta atividade nas
suas unidades de trabalho.
Conclusão
O Instrumento é de fácil preenchimento e retrata as atividades realizadas ou não do colaborador antes de ingressar na
instituição, serve como parâmetro para atentarmos quanto à necessidade de intensificar determinadas atividades assistenciais
que não foram desenvolvidas durante a sua formação e ou experiência profissional.
Referências
http://www.saude.sp.gov.br/coordenadoria-de-recursos-humanos/areas-da-rh/grupo-de-selecao-e-desenvolvimento-de-rh/educacao-permanente
(20/01/2015). Bucchi, SM; Mira, VL. Reelaboração do treinamento admissional de enfermeiros de unidade de terapia intensiva. Rev. Esc Enfermagem USP
2010; 44 (4).
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relato de c aso
Trabalho n o 139
Gestão da Assistência
Protocolos assistenciais: Instrumentalização da
gestão do cuidado em um hospital universitário
Autores: Mileide Morais Pena; Danielle Fabiana Cucolo; Ana Claudia Canalli; Julio Cesar Costa; Ana Luiza Ferreira Meres
Instituição: Hospital da PUC-Campinas
Introdução
Em razão da evolução tecnológica e das novas necessidades assistenciais à saúde, as instituições hospitalares passaram
a ser gerenciadas como empresas complexas e exigem novas abordagens para alcançar melhores resultados assistenciais e
institucionais. A tendência tem sido adotar cada vez mais sistemas de gestão que garantam a qualidade e a segurança dos processos. Dentre esses, os protocolos assistenciais possibilitam sistematizar o cuidado incluindo a avaliação dos riscos, as ações
preventivas e a conduta terapêutica.
Desenvolvimento
Trata-se de um relato de experiência sobre instrumentalização da gestão do cuidado por meio de protocolos assistenciais
em um hospital universitário, de grande porte, do interior do Estado de São Paulo. Inserido nesse contexto de busca constante pela melhoria da qualidade dos serviços e considerando a análise de resultados e as diretrizes estratégicas da instituição
definiu-se pela implantação e gerenciamento de alguns protocolos clínicos: Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST; Insuficiência Respiratória Aguda Infantil; Pré-eclâmpsia; Sepse Adulto e Infantil. Além desses, outros protocolos visam gerenciar os riscos inerentes às atividades assistenciais: prevenção de Queda, cuidados com Sondas,
prevenção de Flebite, dentre outros. Atualmente, a ocorrência de eventos sentinela, relacionados à cadeia medicamentosa,
é considerado um grave problema de saúde pública1 e, na instituição, representa o segundo evento mais prevalente. Para
nortear as medidas preventivas, adotou-se o Protocolo de Terapia Medicamentosa envolvendo as diversas etapas do processo
(armazenamento, prescrição, dispensação, preparo e administração). A comunicação, principalmente a verbal e a escrita, representa outro aspecto importante na segurança do paciente. A transição do cuidado pode ser compreendida como a “passagem
de bastão” ou a transferência do caso e de responsabilidade entre as equipes2. Essa prática foi instituída recentemente (no
ano de 2013) e corresponde ao grande desafio dos profissionais da saúde seguindo ao protocolo sobre Segurança nas Etapas
de Transição dos Cuidados do Paciente. Por outro lado, considerando sua característica de hospital cirúrgico, o protocolo de
Cirurgia Segura estabelece medidas para minimizar os riscos relacionados às intervenções cirúrgicas e envolve a checagem de
alguns itens na entrada do paciente até a saída da sala cirúrgica. O índice de infecção hospitalar e as medidas preventivas são
extensamente discutidos e gerenciados pelas equipes nas diferentes unidades do hospital incluindo protocolos para prevenção de Pneumonia associada e não associada à Ventilação Mecânica; Prevenção de Infecção do Trato Urinário e o de Inserção,
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relato de c aso
Manutenção e Remoção do Cateter Venoso Central. Frente a essas ferramentas de gerenciamento do cuidado, a equipe multidisciplinar deve estar envolvida no processo de gestão e de melhoria dos resultados assistenciais, representando quebra de
paradigmas e, portanto, outro desafio institucional. Nesse sentido, o enfermeiro tem desempenhado uma performance integradora e sistemática contribuindo, substancialmente, para a implementação da política de segurança no hospital.
Conclusão
Os protocolos assistenciais instrumentalizam a gestão do cuidado, entretanto para garantir a efetividade e a eficácia na prática institucional, faz-se necessário também incorporar estratégias de gestão de mudança, o que vem ganhando cada vez mais
espaço nas organizações brasileiras, focando no desenvolvimento contínuo das pessoas e na retenção dos talentos.
REFERÊNCIAS
1. assiani SHb, organizadores. Hospitais e medicamentos: impacto na segurança dos pacientes. São Paulo: Yendis; 20102. Koenig CJ, Maguen S, Daley A,
Cohen G, Seal KH. Passing the baton: a grounded practical theory of handoff communication between multidisciplinary providers in two department of veterans
affairs outpatient setting. J Gen Intern Med. 2012;28(1); 41-50.
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relato de c aso
Trabalho n o 141
Gestão da Assistência
Estratégia para agilização na desocupação
de leitos e padronização do processo de alta
hospitalar nas unidades de internação de um
hospital público de porte extra
Autoras: Maria Cristina Peres Braido Francisco; Maria de Lourdes Possari; Maria Teresa Di Sessa P. Q. Ribeiro; Valdete de Medeiros;
Vânia de Sousa Costa
Instituição: Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
A demora da saída do paciente após a alta hospitalar demanda em diminuição da rotatividade na ocupação de leitos, aumento de custos, em função do tempo de permanência, gerando ansiedade para o cliente e familiares. A alta é prerrogativa
médica, porém é um processo que implica na atuação da equipe multidisciplinar. Identificou-se, na instituição estudada, elevado tempo na desocupação dos leitos, o que levou a Diretoria Executiva da Instituição, numa perspectiva de direcionamento
estratégico, a propor o estudo para diagnóstico situacional.
Desenvolvimento
Formou-se uma equipe de trabalho com enfermeiros e assistentes sociais para elaboração de uma estratégia de agilização
do processo de alta. A primeira fase do projeto foi um levantamento bibliográfico onde identificou-se os três pontos centrais
que deveriam ser trabalhados no processo: trabalho em equipe, comunicação e relação entre a equipe multiprofissional, paciente e família. Utilizando a metodologia MASP (Método de Análise e Solução de Problemas) e Diagrama de Ishikawa foram
analisadas as principais dificuldades: questões sociais, judiciais e de processo. Também foi levantado o histórico do tempo para
desocupação dos leitos por meio de um instrumento de coleta de dados e a elaboração de um Histograma das unidades com
base nos dados coletados diariamente, semanalmente e mensalmente. No decorrer do trabalho, constatou-se a necessidade
de algumas definições no fluxo de pré-alta e alta, e acompanhamento diário da equipe multiprofissional por meio de um
Quadro de Controle de Alta dos Pacientes modelo Kanban. A equipe elegeu o Serviço de Geriatria/Imunologia como unidade
piloto. A implementação do projeto mostrou que a demora na desocupação dos leitos não era expressiva, e o foco passou a ser
a padronização da alta hospitalar, assim como a revisão dos processos entre as áreas. Posteriormente o Projeto foi expandido
para outras três unidades: Clínica Médica, Obstetrícia e Urologia. No momento o projeto está implantado em sete unidades.
Os resultados obtidos foram: melhora da comunicação entre os membros da equipe multiprofissional, redução do tempo de
desocupação dos leitos, assistência humanizada e segura.
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Conclusões
O processo de alta hospitalar deve ser trabalhado desde a admissão do paciente. A interação do trabalho da equipe multiprofissional contribui para uma prática que favorece a qualidade e humanização do atendimento, resultando em agilização da
saída dos serviços hospitalares e padronização dos processos.
Referências
CARRIJO, D. Ensaio sobre tema da prática do Serviço Social na área da Saúde: A Interdisciplinaridade. Rev. Serviço Social & Saúde Ano 2, Nº 2, 2003.
SANTOS, A.S., KARSCH, U.M. A rede de serviços de atenção à saúde do idoso na cidade de Barcelona (Espanha) e na cidade de São Paulo (Brasil). Revista Serviço
Social e Sociedade;102, São Paulo, 2010.
POMPEO, D.A. Atuação do enfermeiro na alta hospitalar: reflexões a partir dos relatos de pacientes. Revista Acta Paul. Enferm; 20 (3), São Paulo, 2007.
SANTOS, L. Trabalho em equipe como fator de qualidade; http://www.artigonal.com/recursos-humanos-artigos/trabalho-em-equipe-fatorda-qualidade.
SILVA. A.A. A concepção sobre o usuário dos serviços públicos de saúde. Trabalho apresentado no Seminário Internacional de Transferência de
Tecnologia, Pesquisa e Serviços, PUC SP 21 a 23 de Março de 1990, publicado nos anais do evento, PP 159-http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.
php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12299&revista_caderno=7.
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relato de c aso
Trabalho n o 144
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Auditoria interna de sistemas de gestão: O
desafio de integrar múltiplos sistemas
Autores: Victor Marchese Ribeiro; Sandra Cristine da Silva; Daniela Fernandes de Oliveira; Elaine Aparecida Ambrósio Galvão; Eduardo
Gonçalves de Oliveira da Silva
Instituição: Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
Introdução
A concorrência e as exigências do mercado criam a necessidade de buscar continuamente a excelência e melhoria dos
processos, e de adaptação a normas de reconhecimento internacional. Para prestadoras de serviços de saúde, certificações
em sistemas de gestão melhoram os processos internos, a imagem da instituição junto aos pacientes, familiares, operadoras
de planos de saúde, médicos, poder público, ONGs e demais partes interessadas, sendo muitas vezes necessários diferentes
sistemas para suprir todas as demandas. Para maximizar os recursos disponíveis, é necessário examinar as congruências entre
os sistemas, e integra-los nos pontos comuns. A padronização dos processos internos, assim como a adoção destes requisitos
normativos fazem das auditorias internas importantes instrumentos de verificação de desempenho, assim como de educação
dos colaboradores.
Desenvolvimento
A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês (SBSHSL) posiciona-se como referência na busca contínua da
qualidade. Visando consolidar essa posição, obteve em 2007 sua acreditação pela Joint Commission International (JCI). Para a
manutenção da acreditação JCI foi implantado o processo de auditorias internas, porém sem uma instrução formal deste processo. Em 2011 a SBSHSL iniciou a estruturação de um Sistema de Gestão Ambiental e Saúde e Segurança do Trabalho com
base nas normas ISO 14001 e OHSAS 18001. Para o atendimento destas normas, a Qualidade estabeleceu uma instrução documentada para auditorias internas. Tendo em vista que as ações implementadas pelo Plano de Melhoria da Qualidade devem ser
constantemente monitoradas, a área da Qualidade percebeu que esta norma de auditoria interna poderia padronizar este processo para os diferentes sistemas de gestão, fosse JCI, ISO 14001, OHSAS 18001, Qmentum International e outros que viessem
a ser adotados no futuro, com o objetivo de verificar a conformidade com as disposições planejadas, fornecendo informações
à administração para sua análise crítica. Assim, a norma de auditoria interna deve fornecer bases para que estas possam ser
realizadas de forma combinada (mais de um sistema), ou isolada (apenas um dos sistemas), porém com registros padronizados
dos resultados. Para tanto, oferece orientações sobre o planejamento das auditorias, formação da equipe auditora, estudo da
documentação, plano, programa, métodos de auditoria, e registro dos resultados. Desta forma, houve a necessidade de preparar uma equipe multidisciplinar que avaliasse a consistência dos processos, com base nos padrões de qualidade implantados,
apontando ações de melhoria e correção. Os auditores internos devem ser treinados de acordo com os padrões adaptados,
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relato de c aso
considerando também a experiência prática e conhecimento da estrutura organizacional. Para os registros das atividades os
foram desenvolvidos listas de verificação para cada norma adotada. Os relatórios de auditoria apresentam as anotações dos
Check-Lists, e os resultados são apresentados na forma de um índice de Não Conformidade (NC), determinado pela razão entre
o número de NC detectadas, pelo número total de padrões auditados. Em 2014 este índice apresentou uma média de 13%.
Conclusão
A avaliação interna é o recurso utilizado para dar suporte às diferentes áreas na busca de oportunidades de melhoria e na
verificação da adaptação aos padrões aplicados. Também possibilita o preparo da Instituição quando a mesma submete-se as
avaliações externas, configurando-se simultaneamente como um instrumento de correção de processos, e de educação dos
colaboradores.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISO 19011: diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro: ABNT, 2012. 53 p.
CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO DE SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE Padrões de acreditação da Joint Commission Intenational para hospitais. 4ª
ed. Rio de Janeiro: CBA, 2010. 288 p.
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relato de c aso
Trabalho n o 145
Gestão da Assistência
Implantação de protocolos de prevenção
de pneumonia associada e não associada à
ventilação mecânica na unidade de urgência e
emergência: Relato de experiência
Autores: Mileide Morais Pena; Ana Claudia Canalli; Danielle Fabiana Cucolo; Julio Cesar Costa; Ana Luiza Ferreira Meres
Instituição: Hospital da PUC-Campinas
Introdução
Nas últimas décadas, os serviços de urgência e emergência passaram a representar importante porta de entrada ao sistema de saúde. Considerando o perfil de morbimortalidade da população brasileira, que não tem acesso regular a um serviço
de saúde e somado à falta de leitos para internação ocorre a superlotação desses serviços. No âmbito hospitalar, a assistência
prestada pela equipe multiprofissional visa restabelecer as condições de saúde do paciente para que possa, não só sobreviver,
mas também viver com qualidade de vida. A implementação de protocolos assistenciais constitui-se em um desafio, principalmente em unidades de urgência e emergência com prevalência de demanda espontânea. A utilização de bundles reúne um
grupo de medidas padronizadas de cuidados que podem resultar em melhorias substanciais na assistência à saúde, incluindo
os protocolos para prevenção de pneumonia.
Desenvolvimento
Na análise dos indicadores de uma unidade de urgência e emergência SUS, de um hospital universitário no interior de
São Paulo, com 80% de demanda espontânea, 250% de ocupação, observou-se que o perfil de pacientes admitidos possuía
complexidade assistencial classificada em intensiva e semi-intensiva, o que impactava diretamente na média de permanência
(2,5 dias). A partir desse perfil, mantendo pacientes internados nessa unidade, foram implantados protocolos de prevenção
de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) e Não Associada à Ventilação Mecânica (PNAV). Em janeiro de 2012 foi
iniciado o gerenciamento das medidas preventivas, com envolvimento da equipe multiprofissional, tendo como critério de
inserção os pacientes com permanência superior a 24 horas. Essa prática consiste na auditoria diária, avaliando a conformidade
com os protocolos: atendimento pela Fisioterapia, manutenção de cabeceira elevada, periodicidade de troca de equipamentos
ventilatórios, interrupção diária da sedação, profilaxia para Hemorragia Digestiva Alta (HDA) e para Trombose Venosa Profunda
(TVP), manutenção de sonda orotraqueal e higiene oral com clorexidina a 0,12%, sendo as cinco últimas medidas exclusivas
para prevenção de PAV. Após dois anos de gerenciamento desses protocolos, observa-se 91% de conformidade às recomen-
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dações para prevenção de PAV, com fragilidade no despertar diário e na prescrição de profilaxia para HDA e TVP. No protocolo
de PNAV há 95% de conformidade, sendo a elevação da cabeceira e a troca dos equipamentos ventilatórios os itens críticos. As
ações adotadas para sustentabilidade desse processo envolvem a inserção da equipe (enfermeiro, médico e fisioterapeuta) nas
auditorias beira leito e visitas multiprofissionais.
Conclusão
Considerando a dinâmica da unidade de urgência e emergência e todos os desafios enfrentados diariamente, essa estratégia contribui substancialmente para minimizar os riscos inerentes à assistência à saúde e promover a segurança do paciente.
REFERÊNCIA
Silva SG, Nascimento ERP, Salles RK. Bundle de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica: uma construção coletiva. Texto Contexto
Enferm. 2012;21(4)837-44.
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relato de c aso
Trabalho n o 146
Gestão da Assistência
Sistema de classificação de Risco de Manchester
na assistência médica ambulatorial: Relato de
experiência
Autoras: Tatiana Fabbri; Flávia Saraiva Leão Fernandes
Instituição: SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA (HOSPITAL ALBERT EINSTEIN)
Introdução
A Classificação de Risco é um processo de organização da fila de espera que propõe outra ordem de atendimento que não
a ordem de chegada. Seus objetivos são: garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado; informar o
paciente que não corre risco imediato sobre o tempo provável de espera; promover o trabalho em equipe por meio da avaliação contínua do processo. 1 O Sistema Manchester de Classificação de Risco (MTS) é uma ferramenta padronizada e validada
de manejo clínico de risco criado em 1994 no Reino Unido, que pretende assegurar a atenção médica de acordo com o tempo
resposta de acordo com a necessidade do paciente que procura os serviços de urgência em emergência. 2 Este relato descreve
a experiência de quatro anos de utilização do MTS em três unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) na cidade de
São Paulo (Supervisão Técnica de Saúde do Campo Limpo/Coordenadoria de Saúde Sul), geridas pela parceria estabelecida
entre a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Desenvolvimento
O MST foi implantado em setembro de 2011 na AMA Vila Prel, em julho de 2012 na AMA Paraisópolis e em dezembro de
2012 na AMA Pirajussara. O processo de implantação consistiu nas seguintes etapas:
Etapa
Revisão do sistema de classificação de risco nas AMA
Período
2010
Contrato com o Grupo Brasileiro Classificação de Risco para implantação
Ago/2010
Palestra de sensibilização pelo GBCR
Out/2010
Capacitação de três turmas de triadores com 20 participantes
Nov/2010
Treinamento de 16 auditores
Abril/2011
(continua)
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(continuação)
Acompanhamento in loco pelo GBCR
Abril/2011
Auditoria externa
Mai/2011
Formação de multiplicadores (educação continuada – curso triador)
2011
Capacitação de triadores pelos instrutores Einstein
Jun/2011
Auditoria interna
Jun/2011
2013
Formação de multiplicadores (educação continuada – curso auditor)
A implantação do MTS consiste num processo intenso de capacitação dos profissionais. Foram no total 200 classificadores,
e 49 auditores. Atualmente, a SBIBAE é autônoma no que se refere à educação continuada do MTS, uma vez que foram capacitados 6 multiplicadores do Curso de Triador e Auditor. A auditoria interna garante a conformidade do protocolo e indica pontos de melhoria de processo de trabalho. Em quatro anos de utilização do MTS nas três unidades foram classificados 604.937
pacientes.
Unidade
AMA Pirajussara
AMA Vila Prel
AMA Paraisópolis
Total
2011
2012
2013
2014
Total
0
292
45950
55120
101362
22.557
81.372
77862
59910
241.701
0
32.459
132673
96742
261874
22557
114.123
256485
211772
604937
Conclusão
A utilização do MTS possibilitou a organização de fluxo de pacientes nas unidades, conforme as necessidades de saúde e
risco clínico de seus usuários. Esta classificação é passível de auditorias internas e externas, fato que contribui para melhoria no
processo de trabalho e qualidade do serviço, baseado no perfil da população. Este breve relato pode contribuir como melhoria
do modelo para outros serviços de saúde de emergência pública.
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de humanização da atenção e gestão do SUS. Humaniza SUS. Acolhimento
e classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
2. Mackaway-Jones KM, Marsden J, Windle J. Sistema Manchester de Classificação de Risco. Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. 1ªed brasileira,
2010.
3. Fernandes FSL, Lima BS, Ribeiro MN. Welcoming with Risk Classification in the Hospital São Paulo’s Emergency Department. Acta Paul Enferm.
2012;25(Special Issue 2):164-8.
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relato de c aso
Trabalho n o 149
Gestão da Assistência
Programa de integração entre curso de
graduação práticas de saúde no Hospital Geral
do Grajaú
Autores: Michel Lyra Lucena; Eliane Gomes Muniz; Abner Costa de Aguiar; Erika Maria Monteiro Santos; Roseli Pereira Lins; Sandra
Regina da Cunha; Silvana Ribeiro de Sousa; Suelen Lopes da Cruz; Virginia Zagallo Penna; José Pereira de Souza
Instituição: Hospital Geral do Grajaú
O presente projeto busca aprimorar o conhecimento da práxis (teoria, prática, reflexão) do aluno da graduação de farmácia
visando a importância do graduando estar inserido no contexto hospitalar, aproximando-se da vivência e diretrizes do SUS. As
diretrizes curriculares dos cursos de graduação na área da saúde tem como prioridade a formação do profissional com a visão
de clínica ampliada, com autonomia, senso de responsabilidade social, e com capacidade de atender o paciente como um
cidadão único. Ao visualizarmos o cotidiano dos serviços de saúde percebemos a incompatibilidade entre a formação recebida
pelos profissionais de saúde, marcada pela divisão em setores do saber, e autocentrada, como em entrave para a viabilização
do acesso ao cuidado em saúde de forma integral. Percebemos que os profissionais de saúde apresentam lacunas na trajetória
da aprendizagem sobre a organização do sistema de saúde, a articulação do cuidado, o trabalho em equipe multidisciplinar,
o uso das tecnologias leve e dura no cuidado ao usuário, famílias, e comunidade. Esse Projeto Aplicativo tem como objetivos:
identificar, causas, consequências, os nós críticos, e as ações para a inserção do Graduando de Farmácia no Hospital Geral do
Grajaú (HGG); aprimorar o desenvolvimento do graduando de farmácia com base no conceito SUS valorizando o conhecimento prévio dos mesmos; propor ações para a inserção do Graduando de Farmácia no Hospital Geral do Grajaú. Utilizamos
o Planejamento Estratégico Situacional, proposto por Carlos Matus, identificamos o macroproblema: Desarticulação ensino-serviço, e o problema: Não há inserção do graduando de farmácia na farmácia do HGG. O descritor foi definido como 100% dos
graduandos de farmácia não realizam estágio na farmácia no HGG. O nó crítico é a baixa procura do estagiário da farmácia do
HGG. As ações tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento do perfil de um aluno com visão da clínica ampliada, com
autonomia, senso de responsabilidade social e capacidade de atender o paciente com um cidadão único. O projeto é propiciar
encontros no HGG baseados na metodologia ativa no qual o aluno de farmácia poderá desenvolver questões de aprendizagem
que articulem os conteúdos do currículo com as questões vivenciadas no capo de prática. As ações propostas pelo grupo no
plano de ação são: avaliação do currículo; definição dos objetivos do projeto; aprovação dos projeto pelas instâncias responsáveis: avaliação dos objetivos educacionais; determinação das estratégias educativas.
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Trabalho n o 150
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Experiência da aplicabilidade da ferramenta
HFMEA (Health Care Failure Mode and Effect
Analysis) no planejamento cirúrgico de um
hospital público oncológico
Autores: Priscila Martins Delgado; Joyce Caroline Dinelli Ferreira; Marisa Madi Della Coletta; Anne Caroline de oliveira Ramos
Instituição: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
Introdução
A segurança do paciente passa por uma fase de transição, cuja mudança de paradigma concentra-se em analisar o risco
pró ativamente, e não apenas investigar os eventos de modo reativo. O HFMEA é uma ferramenta de análise de risco pró-ativa
adaptada para os serviços de saúde, cujas definições, algoritmos e matrizes são específicos. São avaliados os modos de falha
para redução das vulnerabilidades, num processo de alto risco e prioritário, em que os líderes institucionais implementam
ações de melhoria. O tema deste HFMEA foi definido a partir da análise de gravidade, baseada na avaliação do indicador de
densidade de eventos adversos com dano real grave ao paciente, e na análise de probabilidade, baseada no relatório geral de
eventos e no histórico de near miss com potencial evento sentinela. Desta forma, o HFMEA conduzido em 2014, analisou o
processo assistencial anestesia e cirurgia, na etapa do planejamento, cujo modo de falha correspondeu à descrição incorreta
do procedimento cirúrgico.
Desenvolvimento
Este trabalho buscou demonstrar a aplicabilidade da ferramenta HFMEA, a fim de mitigar a ocorrência de descrição incorreta do procedimento cirúrgico na etapa do planejamento. A equipe da Gestão de Risco estruturou o time multiprofissional
de especialistas provenientes do ambulatório cirúrgico, anestésico, gerenciamento de leitos, tecnologia de informação e financeiro. Na sequencia os capacitou quanto à aplicação da ferramenta do HFMEA. Foram conduzidas reuniões de brainstorming
com a equipe de especialistas para analisar o risco, sendo identificadas: as causas potenciais do modo de falha; pontuados o
escore de risco quanto à gravidade e probabilidade a partir da Matriz de Classificação do Risco; aplicado o algoritmo da Árvore
de Decisão para identificar as vulnerabilidades do sistema e decidir em parar ou prosseguir com HFMEA; ações de melhoria,
responsáveis, prazo e medidas de resultados para controlar ou eliminar o risco. Por fim, foi conduzida a avaliação de eficácia
trimestralmente, para buscar evidências da implantação das melhorias e rediscutir as estratégias para atingir a meta dos planos
de ação parcialmente implantados.
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relato de c aso
Conclusão
As causas potenciais identificadas corresponderam: cadastro dos procedimentos cirúrgicos baseados somente na tabela
SUS de faturamento; indicação precoce de tratamento cirúrgico e ausência de fluxo de atualização do cadastro. As ações de
melhoria estabelecidas foram: revisão dos procedimentos cirúrgicos cadastrados pelos especialistas; sensibilização da equipe
médica a fim de garantir o fluxo de indicação cirúrgica após estadiamento e descrição do fluxo de atualização dos procedimentos cadastrados. A avaliação de eficácia foi pautada na mensuração dos resultados, a partir da análise das notificações de
ocorrências subsequentes relacionadas à descrição de procedimento cirúrgico incorreto. Houve redução para apenas 3 eventos em um ano, classificados como near miss, cuja ação imediata foi a operacionalização do fluxo de atualização do cadastro
dos procedimentos. Portanto, a aplicação do HFMEA promoveu a mitigação do risco da descrição incorreta dos procedimentos
cirúrgico, garantindo um cenário de maior segurança assistencial.
REFERÊNCIA
DeRosier J, Stalhandske E, Bagian JP, Nudell T. Using Health Care Failure Mode and Effect Analysis: The VA National Center for Patient Safety´s Prospective
Risk Analysis System. The Joint Commission, 28 (5): 248 - 267, 2002.
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Trabalho n o 151
relato de c aso
Gestão em Saúde
SIS - Sistema Integrado de Saúde
Autores: Marcello Delascio Cusatis; Edson Soares de Almeida; Andressa Junqueira; Eduardo Ikeda; Ilades Pagan; Lury Tanabe
Instituição:SECRETARIA DE SAÚDE DE MOGI DAS CRUZES
Contextualização
Mogi das Cruzes está localizado na região metropolitana do Estado de São Paulo e é, depois da capital, o maior município
em área da Grande São Paulo, com 713 quilômetros quadrados de extensão. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatísticas (IBGE), Mogi das Cruzes encerrou o ano de 2013 com a estimativa de 414.907 habitantes. A Secretaria Municipal
de Saúde não era informatizada e a Central de Agendamento de Consultas era um setor sem recursos tecnológicos ou informações online, utilizando apenas uma central de atendimento via telefone. As agendas eram enviadas em meio físico, sem
controle posterior do atendimento aos pacientes. Registrava-se um alto índice de absenteísmo e havia também a limitação de
horário para atendimento ao público, pois os horários de atendimento não eram comuns uns aos outros e não havia possibilidade de remanejamentos para o aproveitamento das agendas. Havia um descrédito do sistema de agendamento e as filas
presenciais nas unidades eram constantes, chegando a registrar reclamações e ouvidorias de pacientes que se deslocavam
desde as quatro horas da manhã para a unidade, com a intenção de conseguir um agendamento com profissional da saúde.
As ligações não eram monitoradas, impossibilitando o rastreamento de possíveis queixas ou questionamentos dos munícipes.
O monitoramento das ausências médicas não era eficaz, impedindo o remanejamento das vagas e gerando atrasos no reagendamento do paciente à consulta.
Objetivo
Implantar um sistema de agendamento e atendimento que garanta acessibilidade, Implantar prontuário único e eletrônico
do paciente em todas as unidades de saúde do município, Antecipar, através de monitoramento online, eventos que resultem
em perda e/ou absenteísmo de consultas, Gerenciamento de informações administrativas e assistenciais, Melhora do processo
e qualidade assistencial, Levantar perfis epidemiológicos para o planejamento de ações estratégicas em determinadas regiões
do município, Maior agilidade no fechamento mensal do faturamento do município.
Metas
Reduzir o absenteísmo, Diminuir o tempo médio de atendimento, Otimizar a grade de ofertas, Universalizar informações
assistenciais, Criar painéis de indicadores para gerenciamento online.
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relato de c aso
Público Alvo
Munícipes, gestores, profissionais da área da saúde e quaisquer profissionais e órgãos que busquem dados específicos da
saúde do município de Mogi das Cruzes.
Implantação
A primeira etapa de implantação do SIS abordou o desenvolvimento de um sistema informatizado de gestão dos atendimentos da Rede Básica, contemplando gradativamente os equipamentos de saúde, contando atualmente com aproximadamente 1.557 computadores, além de todos os ativos em Tecnologia da Informação (TI). Ações como o dimensionamento e as
capacitações das equipes foram necessárias para o início da implantação, ocasionando a redução dos erros operacionais. A
informatização da Rede Básica de atendimento, que atualmente conta com 51 unidades municipais, 15 delas inauguradas nos
últimos cinco anos, proporcionou uma evolução na facilidade de acesso do munícipe aos agendamentos de suas consultas
e exames. Paralelamente, houve maior aproveitamento das vagas disponibilizadas, maior controle da produção de consultas
médicas, enfermagem e equipe multiprofissional, reduzindo, assim, as filas por consultas na rede básica de saúde.
Resultados Iniciais
Com os indicadores provenientes das informações coletadas através do sistema, foi possível monitorar o absenteísmo,
diminuindo o índice de 35% registrado em 2010 para os atuais 23% (média registrada em 2013). Houve também maior visibilidade das informações gerenciais por meio de relatórios e gráficos que auxiliam nas tomadas de decisões dos gestores, criando
processos novos, mais dinâmicos e aperfeiçoados.
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Trabalho n o 152
relato de c aso
Gestão da Assistência
A saúde mental em dados: Implantação do
fluxo de informação em Centro de Atenção
Psicossocial III
Autoras: Priscilla Nogueira Cavini; Ligia Maria Vieira; Amanda Menon Pelissoni; Allyne Ribeiro
Instituição: HOSPITAL ALBERT EINSTEIN/SMS
Introdução
Estudos epidemiológicos têm identificado um número cada vez maior de pessoas com transtornos mentais, inclusive no
Brasil1. Contudo, ainda são poucas as publicações sobre o processo de trabalho em saúde mental, inclusive, nos principais
serviços do SUS - os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Em geral, os registros versam sobre a clínica e se dão de forma
subjetiva. Outros fatores contribuem para a escassa produção de indicadores em saúde mental, como: inexistência de padrões
assistenciais e de ferramentas para o registro de dados, cultura de gestão por indicadores incipiente, diversidade na nomenclatura de procedimentos dificultando a comparação e análise dos dados apresentados. Na iniciativa de alinhar as informações
sobre o trabalho realizado entre os CAPS, o Ministério da Saúde instituiu um novo sistema de registro das ações ambulatoriais
de Saúde (RAAS)2. No entanto, é responsabilidade dos equipamentos a elaboração de fluxos e métodos de captação das informações. Assim, assumindo a perspectiva de monitoramento em saúde como estratégia técnico-administrativa3 dada pelo
contexto e pela organização dos processos de trabalho, o CAPS Adulto III Paraisópolis e Supervisão Técnica de Saúde do Campo
Limpo desenvolveram e implantaram dois instrumentos para sistematizar as informações e apoiar o processo de gestão.
Desenvolvimento
O Instrumento de acolhimento foi desenvolvido para a captação de dados da chegada do usuário ao serviço, caracterizando dados demográficos, assistenciais e epidemiológicos. É constituído de duas planilhas integradas: uma administrativa
com dados de identificação dos usuários e outra assistencial na qual registramos as demandas apresentadas, critérios avaliados para inserção ou não do usuário no serviço, bem como o desfecho do atendimento que é categorizado entre: Inserido
no serviço, Em Avaliação, Encaminhado para a rede ou Matriciamento. Este processo ocorreu de forma coletiva, sendo uma
oportunidade para sensibilizar e capacitar a equipe. Uma vez inserido em tratamento, para cada paciente é desenvolvido um
Projeto Terapêutico Singular (PTS) para o delineamento de seu tratamento. Trata-se de uma estratégia inovadora e incentivada
pelo SUS, no entanto, a sistematização destas informações ainda é precária. Com o segundo instrumento Planilha do PTS, as
propostas terapêuticas são atualizadas a cada dois meses, garantindo ao serviço um indicador de qualidade da organização
da equipe, das atividades ofertadas, adesão e monitoramento do usuário no serviço, auxiliando na tomada de decisão clínica.
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relato de c aso
Conclusão
A experiência favoreceu a apropriação dos casos e qualificação do atendimento ofertado. A nova cultura de registro e de
utilização das informações propiciou o monitoramento do cuidado e favoreceu a comunicação qualificada com a rede de serviços. Relatórios gerenciais são mensalmente elaborados e permitem análises sobre aspectos importantes da atuação do CAPS à
sua clientela, respondendo: de onde vêm os usuários? Quais suas queixas? Quais os encaminhamentos? A partir destas análises,
o planejamento e a tomada de decisões são mais direcionados às reais necessidades da população atendida. Contudo, é preciso cuidar para que o uso das informações não fique centrado unicamente na medição de ações, e sim, auxilie na capacidade
de significar os processos para a construção de uma rede de cuidados sensível a sua população.
REFERÊNCIAS
1. Lima MS Epidemiologia e impacto social. Rev. Bras. Psiquiatr. (21) s.1 São Paulo Maio 1999 (acessada em 15-10-2012).
2. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 276, de 30 de março de 2012, Institui o sistema de Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde (RAAS), disponível
em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2012/prt0276_30_03_2012.html, (acessado em 26/01/2015).
3. Tanaka ou, Melo C. Avaliação de programas de saúde do adolescente: um modo de fazer. São Paulo: EDUSP; 2004.
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Trabalho n o 153
relato de c aso
Gestão da Assistência
Gestão corporativa de enfermagem: Relato
da implantação de um modelo assistencial de
excelência
Autoras: Elizabeth Akemi Nishio; Fabiana Silva Okagawa; Gina Vilas Boas Lima Tarsitano; Maria D’ Innocenzo
Instituição: SPDM
Introdução
A Gestão Corporativa de Enfermagem parte de uma Organização Social de Saúde (OSS) do Estado de São Paulo foi criada
no ano de 2000, dois anos após a qualificação da OSS, culmina com a ampliação exponencial do serviço e está subordinada
ao superintendente da organização. É composta por um Coordenador Geral das Diretorias de Enfermagem, uma Assessora
Técnica de Educação Continuada, uma Assessora de Projetos, uma Coordenadora Técnica Científica e uma secretaria. Esta gestão é responsável por implantar e manter a política, filosofia e diretrizes do modelo de gestão de enfermagem e acompanhar o
desempenho do serviço de enfermagem de cada instituição, através de indicadores de qualidade assistencial, do resultado institucional e de reuniões corporativas mensais e visitas in loco. Para tal, criou-se uma sistematização de implantação do modelo
assistencial de enfermagem para as unidades novas e, também para a assunção e transformação de hospitais e ambulatórios já
operantes. Atualmente gerencia onze hospitais, onze ambulatórios e dezenove unidades básicas de saúde.
Desenvolvimento
Em novembro de 2014 um hospital público, geral, de grande porte, referenciado para atendimento de aproximadamente
2 milhões e 200 mil habitantes da região do Alto do Tietê, com pronto socorro aberto e 209 leitos do Município de Guarulhos
passou a ser gerido por uma nova OSS. No período de transição, a Gestão Corporativa de Enfermagem realizou o diagnóstico
institucional e identificou importantes oportunidades de melhorias. Entre estas tiveram destaque a falta de barreiras de segurança na assistência, foram identificadas 47 úlceras em 37 pacientes, a gerência de enfermagem era fragmentada e subordinada à diretoria médica, o número de colaboradores de enfermagem eram fixos por unidade e estavam dimensionados de
maneira inadequada, havia excesso de materiais e medicações nos setores, problemas com a higiene das áreas assistenciais,
falhas nas interfaces da assistência com as áreas de apoio, e documentos desatualizados para apoio da prática assistencial.
Após a avaliação acurada da instituição, a Gestão Corporativa de Enfermagem iniciou a implantação de seu modelo assistencial. Na ESTRUTURA o quadro de enfermagem foi redimensionado de acordo com o grau de complexidade assistencial dos
pacientes, perfis epidemiológicos e indicadores disponíveis de cada unidade assistencial, e as exigências das Resoluções da
Diretoria Colegiada da ANVISA e do Conselho Federal de Enfermagem. Quanto ao PROCESSO, foi realizada a higienização das
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relato de c aso
unidades assistenciais, implantação do protocolo de Medicação Segura e protocolos de riscos assistenciais, a Sistematização
da Assistência de Enfermagem, o Manual de Procedimentos de Enfermagem, e realizado treinamento intensivo direcionado
a segurança do paciente e desenvolvimento de liderança dos enfermeiros. Deu-se início ao alinhamento das interfaces das
unidades de Gestão à Vista e as rotinas institucionais. Embora precoce, como RESULTADO, já foi possível observar nos meses
subsequentes a implantação o impacto na taxa média de absenteísmo de 2014, reduzindo de 10,8 para 5,4%, e o aumento da
média do índice de treinamento mensal, de 5,6 para 15,1 horas/homem.
Conclusão
A Gestão Corporativa de Enfermagem ao longo de sua existência de 15 anos se mostrou efetiva para a implantação do
modelo assistencial de enfermagem preconizado pela organização, evidenciado por meio da melhoria dos resultados assistenciais e da manutenção das diretrizes que contribuem para o processo assistencial seguro, haja vista que a maior parte das
unidades sob esta gestão possui certificações de qualidade nacionais e internacionais que refletem diretamente a qualidade
da assistência prestada.
REFERENCIAS
Nishio EA, Franco MTG. Modelo de Gestão em Enfermagem: qualidade assistencial e segurança do paciente. Elservier. 1ed. São Paulo,2011.
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Trabalho n o 155
relato de c aso
Gestão da Assistência
Cure central de urgências remoções e
emergências
Autores: Marcello Delascio Cusatis; Marly Ines; Thiago Moreira; Paulo Villa Boas
Instituição: Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes
Considerando a necessidade de implantação de serviço específico com recursos e equipamentos apropriados para o atendimento das urgências e emergências pré-hospitalares e do transporte sanitário, atendendo solicitações de remoções internas
no município e as de TFD - TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO, e que este instrumento proporcionasse a facilidade de acessibilidade dos munícipes e a efetividade das ações com impactos positivos à sociedade; Considerando a necessidade de agregar
ao serviço prestado uma administração direta, eficiente, eficaz, responsável, com excelência na utilização de recursos públicos,
humanos, tecnológicos e financeiros, e por necessidade de unificação dos serviços 192, 193 e Serviço de remoção de pacientes
do município de Mogi das Cruzes, deu-se a criação da CURE 192 (Central Única de Remoções e Emergências) pela administração do Prefeito Marco Bertaiolli e Secretaria Municipal de Saúde, que iniciou suas atividades em 01.10.2011. Com a criação da
CURE 192 (Central Única de Remoção e Emergência), formou-se uma parceria perfeita e sincronizada entre o 17º Grupamento
de Bombeiros e o SAMU 192 - Regional Mogi das Cruzes, rendendo à CURE 192 o prêmio “Amigos do Bombeiro” conferido
pelo 5° Grupamento de Bombeiros - Guarulhos e ainda o prêmio de “Melhor atendimento em ocorrência de 2012”, (resgate
de vítima de tentativa de suicídio em poço de grande profundidade), conferido pelo Comando Metropolitano do Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo; A CURE 192 É UMA UNIDADE DO SIS/SMS/PMMC QUE OPERA A UNIFICAÇÃO 192-193, COM
A SEGUINTE ESTRUTURA DE FROTA E RH:
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relato de c aso
RECURSOS HUMANOS DA CURE 192: A CURE 192 é composta por 188 colaboradores contratados pela OSS no Contrato de
Gestão e 80 colaboradores com vínculo no município de Mogi das Cruzes, totalizando 268 profissionais, assim distribuídos:
Em 2014, a Central CURE 192 registrou 91.125 atendimentos, atendendo as urgências/emergências, as remoções eletivas, os
TFDs, os mandatos judiciais e coberturas de eventos. A CURE 192, tem hoje em Mogi das Cruzes, uma base central e duas descentralizadas e conta com mais quatro bases descentralizadas, que abrigam o SAMU 192, nos municípios da regional, que são:
Arujá, Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis. A metodologia adotada da descentralização de bases, tem eficácia no TEMPO
RESPOSTA dos atendimentos solicitados. Somos hoje um modelo nacional referenciado pelo Ministério da Saúde, em termos
de prestação de serviços, agilidade, qualidade, eficiência e eficácia.
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Trabalho n o 156
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação de um programa de cirurgia
segura em um hospital privado
Autora: Paula Gobi Scudeller
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
Introdução
A instituição, preocupada com as questões de segurança do paciente cirúrgico e incentivada pelo processo de acreditação
hospitalar da Joint Commission Internacional (JCI) implantou no final de 2007 o programa de cirurgia segura nesta instituição.
A publicação do Manual de Cirurgia Segura pela OMS em 2009 direcionou os programas de segurança do paciente no Brasil,
também impulsionados pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente, lançado em 2013 pelo Ministério da Saúde.
Desenvolvimento
O ponto central deste processo foi garantir a segurança do paciente cirúrgico em todo o cuidado perioperatório, de maneira que se diminuíssem os riscos e aumentassem a confiabilidade. Este processo aconteceu em etapas, sendo que em 2007
foi implantado somente o processo de time-out no centro cirúrgico, que consistia em checagem de paciente, procedimento e
lateralidade corretos. Em 2011 foi utilizada uma ferramenta de análise de risco para sistematizar a avaliação do processo, que
é repetida anualmente. Foram analisados os riscos e falhas nas seis etapas deste processo através da metodologia de Análise
de Risco e Efeito de Falha - FMEA (Failure mode and effects analysis). Antes da intervenção as etapas responsáveis pelas falhas
deste processo foram avaliadas e pontuadas segundo a severidade, ocorrência e detecção da falha, consistindo: agendamento
cirúrgico, admissão na instituição, avaliação pré-operatória (pré-anestésica e demarcação cirúrgica), transporte para o Centro
Cirúrgico, transoperatório (check-in, time out e check-out) e recuperação anestésica. Este programa incluiu a sistematização de
toda cadeia de atendimento cirúrgico após análise de risco e incorporação dos novos processos no cuidado perioperatório. O
monitoramento foi realizado pela criação de indicadores e também notificação de incidentes ou eventos adversos relacionados. Os indicadores elaborados foram time-out, demarcação cirúrgica e reoperação. A implantação incluiu treinamentos das
equipes, campanhas institucionais e orientações aos pacientes. A educação das equipes foi crucial para que entendessem a
importância da iniciativa e aderissem ao processo. Houve resistência, mas aos poucos a cultura foi se disseminando. A experiência positiva dos resultados das equipes contribuiu para melhorar adesão. São realizadas reuniões periódicas com equipe
multiprofissional do Centro Cirúrgico, para discussão de eventos adversos e elaboração de propostas de melhoria, aumentando
o envolvimento da área e a cultura de segurança. Foram analisadas, após implantação, pela mesma metodologia FMEA (Failure
mode and effects analysis) todas as seis etapas deste processo, evidenciando redução progressiva dos riscos de 2011 até 2013. O
último FMEA realizado em janeiro de 2015 apresentou um valor maior em relação ao último (2013), atribuído à fase do transo-
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relato de c aso
peratório, principalmente 2 processos: alta precoce de sala cirúrgica e contagem de gazes e compressas. Para estes processos
foram elaborados planos de melhoria. Dos indicadores monitorados, o de demarcação cirúrgica e time-out mostraram melhoria
contínua de resultados evidenciando adesão ao processo.
Conclusão
Os resultados foram alcançados com ações sistemáticas através de campanhas institucionais, treinamentos da equipe cirúrgica e educação do paciente na sua própria consciência de segurança. O trabalho constante de feedback com a equipe ajudou
a melhorar a cultura de segurança e consequentemente aumentar a confiabilidade do processo.
REFERÊNCIAS
1. WHO Guidelines for Safe Surgery 2009: Safe Surgery Saves Lives.;
2. Failure Mode and Effects Analysis in Health Care: Proactive Risk Reduction, 2010 by The Joint Commission.
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Trabalho n o 157
relato de c aso
Gestão da Assistência
Diretriz Clínica como instrumento de melhoria
na qualidade da assistência: Estratificação de
risco, avaliação de metas e responsabilidade do
paciente
Autores: Elisa de Carvalho; Érika Bomer Cagliari; Isis Maria Quezado Soares Magalhães; Renilson Rehem de Souza
Instituição: Hospital da Criança de Brasília-José de Alencar
Introdução
A implementação de diretrizes clínicas respaldadas pelas evidências científicas atuais contribui para a maior eficiência e
qualidade na assistência, com incorporação de novas tecnologias, controle de custos e avaliação de eficácia. Como fatores relevantes para seleção dos tópicos incluem-se: a importância epidemiológica (incidência e prevalência), a gravidade (morbidade
e mortalidade), o impacto das ações na saúde da população e o controle de custos. Neste contexto, atualmente, destaca-se a
importância das ações relacionadas à prevenção e ao tratamento da obesidade, que vem atingindo proporções epidêmicas em
países desenvolvidos e em desenvolvimento, incluindo crianças e adolescentes. Por todos estes motivos, o HCB está implantando a “Diretriz Clínica para Sobrepeso e Obesidade (Diretriz SpO)”, um projeto pioneiro no Distrito Federal.
Objetivos
Estabelecer o fluxo de pacientes com sobrepeso ou obesidade para o HCB, da admissão à sua alta, com estratificação de risco, de forma integrativa e complementar à rede de saúde da SES-DF; otimizar a abordagem multiprofissional, com marcadores
de eficácia; corresponsabilizar a família, por meio das metas do paciente.
Metodologia
Foram organizados ambulatórios para a implementação da Diretriz SpO, com a participação conjunta do Gastroenterologista,
Endocrinologista, Psicóloga, Nutricionista e Enfermeira. Na consulta de triagem são realizados: a história clínica, o exame físico,
a avaliação nutricional e a solicitação de exames para avaliação de comorbidades. Conforme estes dados, o paciente é classi-
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relato de c aso
ficado em três níveis de risco. O plano terapêutico é traçado conforme a estratificação de risco e a necessidade específica de
cada paciente. Fazem parte do plano terapêutico as reuniões de grupo, as atividades com o educador físico e com a gastronomia (cozinha experimental e edição de livro de receitas). Todas as informações e fluxos foram estabelecidos em três cadernos:
principal, no qual constam os critérios de elegibilidade (inclusão e exclusão no programa), estratificação de risco, fluxos assistenciais e metas de avaliação; anexo (ficha de história clínica, exame físico, exames, tabelas de classificação e condutas baseadas em evidências relacionadas ao plano diagnóstico e terapêutico); e caderno do paciente (informações, avaliações mensais
e metas do paciente).
Resultados e Discussão
a elaboração da diretriz, com estratificação de risco, vai de encontro aos objetivos do SUS, pois permite aumentar e facilitar o acesso do paciente à assistência de qualidade, com melhor utilização de recursos. Além disso, permite que a família
faça “parte da equipe multidisciplinar”, pois na infância, o tratamento da obesidade pode ser ainda mais difícil do que na fase
adulta, pois está relacionado à disponibilidade e mudanças de hábitos de vida dos pais e familiares. Além disso, a criança e o
adolescente podem não entender os danos que o excesso de peso pode ocasionar e, dessa forma, podem não compreender
a importância das ações propostas neste programa. Assim, corresponsabilizar os pacientes e familiares é importante para o
resultado satisfatório.
Conclusões
A Diretriz Clínica SpO do HCB, como foi elaborada, permite a avaliação da produtividade, de maneira associada à gestão
de qualidade na assistência, por meio do alcance das metas terapêuticas, maior integração entre as equipes multidisciplinares,
maior participação do usuário e humanização do atendimento, o que garante maior efetividade, com menor custo. Representa,
desta forma, um instrumento importante para a assistência, ensino e pesquisa, pilares do HCB.
REFERÊNCIAS
Aggarwal A, et al. Nonalcoholic fatty liver disease in children: recent practice guidelines, do they take us? Curr Pediatr Rev. 2014;10(2):151-61.
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Trabalho n o 158
relato de c aso
Gestão da Assistência
Prescrição racional de antipsicótico e redução
de custo em um hospital psiquiátrico público
universitário
Autores: Maria de Fátima Castanheira; Helio Elkis, Edson Shiguemi Hirata; Aaron de Oliveira Barbosa; Marcelo Girotto Martins; Rodrigo
Fonseca Martins Leite
Instituição: Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP
Introdução
A farmácia é uma importante área de despesa em um hospital psiquiátrico. No Instituto de Psiquiatria do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medica da Universidade de São Paulo, a farmácia representa 85% do total dos custos de insumos.
Este custo é representado principalmente pelos medicamentos de última geração, entre eles os antipsicóticos de segunda
geração, ou atípicos, indicados para tratamento de esquizofrenia. Devido aos efeitos colaterais, as prescrições de antipsicóticos
de segunda geração ou atípicos estão substituindo as de antipsicóticos de primeira geração em todo o Brasil. O medicamento
risperidona 25mg injetável de liberação prolongada, indicado para pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento com
antipsicótico oral, foi padronizado para uso no Hospital das Clinicas da FMUSP em 2008. As prescrições deste medicamento
praticamente substituíram as de haloperidol decanoato, antipsicótico típico de depósito, mais barato e com a mesma indicação. Em 2013, o custo das prescrições de risperidona liberação prolongada era de aproximadamente um milhão de reais por
ano e representava cerca de 25% da despesa total de medicamentos do IPq. Apesar de ser o medicamento com maior impacto
econômico, era prescrito para apenas 84 pacientes.
Metodologia
Criação de um grupo de trabalho constituído por farmacêuticos e psiquiatras, com o objetivo de implantar o uso racional
de risperidona 25mg injetável. Realizamos a revisão de todas as prescrições e elaboramos um protocolo clínico para, a liberação
deste medicamento apenas para pacientes com diagnóstico de esquizofrenia ou transtorno bipolar, com história de falta de
adesão ao tratamento com antipsicótico oral e que tenha apresentado falta de resposta ou intolerância ao haloperidol decanoato. Os casos que não preenchiam estes critérios eram encaminhados para apreciação do grupo de trabalho.
Resultados
Na revisão dos casos, dos 84 pacientes que faziam tratamento com risperidona 25mg injetável, apenas 43 (51%) pacientes
estavam de acordo com a indicação do protocolo, ou seja, para pacientes com esquizofrenia ou transtorno afetivo bipolar.
Dos 42 (49%) pacientes fora do protocolo, 12 (14%) tinham diagnóstico de transtorno de personalidade, 10 (12%), transtorno
depressivo, 6 (7%) transtorno alimentar e 13 (16%) com outros diagnósticos como retardo mental, autismo, transtorno de de-
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relato de c aso
senvolvimento, epilepsia entre outros. Após um ano de trabalho, observou-se diminuição de prescrição de risperidona 25mg
injetável em 47,8%. Além das prescrições serem mais racionais, houve uma economia R$ 552.000,00 (quinhentos e cinquenta e
dois mil reais) no período de um ano entre novembro 2013 e outubro de 2014.
Conclusão
A revisão das prescrições e a implantação e monitorização do protocolo clínico, resultou em uso racional de risperidona
25mg injetável e importante redução de custos para o hospital. Programas para uso racional de medicamentos, em especial
dos antipsicóticos atípicos, podem resultar em economia importante para os serviços de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bechelli LPC. Antipsicóticos de ação prolongada no tratamento de manutenção da esquizofrenia. Parte I. Fundamentos do seu desenvolvimento, benefícios
e nível de aceitação em diferentes países e culturas. Rev Latino-am Enfermagem 2003 maio junho; 11(3):341-9.
Elkis, H.; Louzã, M.R. Novos antipsicóticos para o tratamento da esquizofrenia. Rev. Psiq. Clín. 34, supl 2; 193-197, 2007.
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Trabalho n o 161
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Criando arte na brinquedoteca
Autoras: Railda Alves Silva Carone; Sandra Regina Cunha
Instituição: Hospital Geral do Grajaú - OSS
Introdução
A Lei Federal nº. 11.104/2005 tornou obrigatória a existência da Brinquedoteca nos hospitais para as crianças internadas e
o Art. 2º considera a brinquedoteca um espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças
e seus acompanhantes a brincar. No HGG as atividades desenvolvidas na Brinquedoteca são dirigidas por duas profissionais
recreacionistas, no período das 9h00 às 17h00, de segunda a sexta feira e aos sábados das 9h00 às 15h00, que auxiliam no
planejamento e desenvolvimento de Projetos definidos em três eixos de Trabalho: Eixo da Alegria: Blocos Pedagógicos; Viagem
através dos Sentidos; Saúde Ambiental; Higienização; Todo dia Poesia e Atividades Livres; Eixo da Amizade: Brinquedoteca
Móvel; Contos de Fábulas e Acolhimento Pré e Pós Cirúrgico; Eixo da Esperança: Datas Comemorativas e Apoio Acadêmico no
leito. No Eixo da Alegria, foi desenvolvida a ação Criando Arte, que consiste na apresentação, conhecimento e reprodução de
obras de grandes pintores nacionais e internacionais às crianças internadas. Desta forma, foram onde foram abordadas biografia dos artistas, principais obras, características e técnicas de Miró, Tarcila do Amaral, Romero Britto e Van Gogh.
Desenvolvimento
Para assistir uma criança no ambiente hospitalar se faz necessária uma atuação que busque sempre diminuir os efeitos da
doença e seu tratamento, porque os efeitos da doença e seu tratamento muitas vezes irão acometer a crianças de forma global.
O trabalho tem como objetivo promover um espaço lúdico que amenize as adversidades advindas do processo de internação,
ajudando a criança a lidar com a dor, com o desconhecido e o afastamento de sua rede social. As práticas educativas também,
auxiliam na aproximação dos pais e/ou responsáveis com as crianças e fortalece os vínculos afetivos, o que gera maior segurança nas crianças durante o processo de internação. A Metodologia utilizada para alcançar os objetivos propostos contou
com a apresentação da biografia dos autores, obras, cores utilizadas e representações, sendo possível a criação de releituras
diversas, por meio do uso e re-uso de sucatas, desenhos, pinturas, criação de móbile, cartões, porta lápis e outros produtos.
Como Resultados, tivemos uma ótima aceitação e participação das crianças e os produtos foram compartilhados em exposição
para os pais e trabalhadores de saúde no Hospital no período de 15 dias. Após a realização das atividades, foi aplicada uma
pesquisa às crianças e constatou-se que 75% das crianças não conheciam os artistas, descreveram a atividade como divertida,
diferente e se surpreenderam com as formas das imagens e cores utilizadas pelos artistas, muitas manifestaram o deseja de
levar a produção para casa após a alta.
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relato de c aso
Conclusões
Constituir na Brinquedoteca um espaço para o encontro com a arte, possibilita estimular as crianças á curiosidade e a quebra de paradigma da perfeição/criação e pode produzir visivelmente a alegria das ememas durante as atividades. Os resultados
observados revelam o papel e a relevância da brinquedoteca como um recurso que otimiza a recuperação das crianças internadas. A arte é uma expressão significativa utilizada para as crianças se expressarem em todo e qualquer momento de suas vidas.
REFERÊNCIAS
FRIEDMANN, A.(org) O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Ed Scritta, ABRINQ, 1992.
BENJAMIM, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. Trad de Marcus Vinícius Massari, São Paulo: Summus, 1984.
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Trabalho n o 162
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação do escritório de projetos em um
hospital público oncológico
Autoras: Anne Caroline de Oliveira Ramos; Danyela Rodrigues; Marisa Madi Della Coletta
Instituição: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
Introdução
O Escritório de Gestão de Projetos surgiu com o objetivo de orientar e aplicar as metodologias de gerenciamento de projetos. O Project Management Institute (PMI), na norma norte-americana denominada PMBOK Guide 5º edition, define Escritório de
Gerenciamento de Projetos como uma estrutura gerencial que padroniza processos relacionados à governança de projetos e
facilita o compartilhamento de recursos, metodologias, ferramentas e técnicas. Pesquisa MPCM 2012 aponta que instituições
com nível mínimo de maturidade em gestão de projetos, apresentam taxa de sucesso total (referente a prazo e custo) de 35%,
já as instituições com nível máximo de maturidade apresentam taxa de sucesso de 73,5%. No Hospital Público Oncológico
em questão, o Escritório de Projetos tem a finalidade de fornecer informação, suporte e serviços para a capacitação de gestão
de projetos e colaborar para o desenvolvimento dos projetos referentes às ações estratégicas da Instituição. Como principais
atividades, destacam-se a orientação quanto ao preenchimento do portfólio, termo de abertura e cronograma e o acompanhamento dos projetos estratégicos Institucionais.
Desenvolvimento
A implantação do Escritório de Projetos no Hospital Público Oncológico, iniciada em maio de 2013, foi dividida em quatro
fases: iniciação, diagnóstico, implementação e desenvolvimento. Na fase de iniciação foi formada a equipe responsável pelo
Escritório, composta por dois colaboradores do Centro de Planejamento e Gestão (CPG). Inicialmente, foi feita uma divulgação
do Escritório em reunião para a alta liderança. Foram determinados também, os representantes de cada diretoria para interface
com o Escritório. Ainda na iniciação, as ferramentas de suporte a serem utilizadas foram elaboradas e validadas. Na segunda
fase, o diagnóstico, iniciaram-se as atividades com os representantes das diretorias. Inicialmente ocorreram reuniões com o
propósito de divulgar as funções do escritório e orientar sobre o suporte a ser oferecido para a execução dos projetos. Nesta
mesma fase, foi apresentado o formulário de levantamento dos projetos para a criação do portfólio Institucional. O terceiro passo foi a implementação, que é o início das atividades junto aos representantes. Foram apresentados os modelos de Termo de
Abertura e cronograma ao grupo. Na última fase, o desenvolvimento, foram definidos alguns pontos que deveriam ser desen-
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relato de c aso
volvidos, tais como: realização de um Workshop sobre Gestão de Projetos; aplicação de curso de Gerenciamento de Projetos,
pois o conhecimento sobre o assunto entre os representantes não estava nivelado. Em paralelo à realização das fases, foram
realizadas três visitas de benchmarking a fim de consolidar as melhores práticas do mercado, sendo uma empresa do segmento
de medicina diagnóstica, um hospital privado e outra voltada a operações financeiras bancárias.
Conclusões
Os principais resultados alcançados foram: Os representantes já reconhecem no Escritório de Projetos um ponto de apoio e
orientação no que diz respeito à gestão dos projetos; Foi determinada a classificação de todos os projetos quanto a tipo, fase,
complexidade, importância estratégica e nível de gerenciamento; Elaboração e revisão do portfólio institucional: 328 projetos
dos quais 53 foram classificados como estratégicos, sendo que os estratégicos são acompanhados pelo Escritório; Os projetos
do portfólio estratégico tem documentação mínima (Termo de Abertura e cronograma e resumo executivo);Alinhamento do
desenvolvimento de projetos institucionais com o Planejamento Estratégicos.
REFERÊNCIA
PMI Project Management Institute. A Guide to the Project Management body of knowledge (PMBOK Guide). 5º Ed. Newtown Square: PMI, 2013.
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Trabalho n o 163
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Estratégia para implantação do núcleo
de segurança do paciente em institutos
especializados no estado do Rio de Janeiro
Autoras: Ana Paula de Almeida Queiroz; Paula Maria Amorim Padilha; Maria da Piedade Augusto de Souza Evangelista
Instituição: Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro
Introdução
A questão da Segurança do Paciente (SP) em Serviços Saúde (SS) tornou-se prioritária para o aprimoramento da qualidade
da assistência. O tema tem sido priorizado pela OMS. No Brasil, o MS, publicou a Portaria n.º 529/2013, que institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente. A ANVISA publicou a RDC Nº 36/2013, que institui ações para a SP em SS as quais impactaram na atenção à saúde do paciente a fim de promover a melhoria na qualidade do atendimento. Com base nisso, foi elaborada
uma Estratégia para sensibilizar a Direção e os colaboradores dos Institutos especializados (IE) sob Gestão da Fundação, a fim de
implantar os respectivos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP). Ressaltamos que as IE já realizavam ações de Gerenciamento
de Risco, porém não eram sistematizadas. O objetivo deste trabalho é descrever as ferramentas utilizadas para implantar o NSP
nas 2 das 3 IE sob Gestão Plena da Fundação em 2014.
Desenvolvimento
O trabalho foi desenvolvido em quatro etapas: Reunião com a Direção e colaboradores; Palestra com abordagem dos
conceitos sobre SP; Elaboração de Banner contendo eventos adversos (EA) recentes e a Oficina sobre Segurança do Paciente
(OSP). A Estratégia de sensibilização iniciou com uma Reunião com a Direção e colaboradores, onde se definiu que a abordagem para garantia da SP se efetuaria baseada nas Seis Metas Internacionais (MI) de SP, definidas pela OMS. Em seguida, foi
ministrada Palestra para disseminar conceitos da SP aos colaboradores. Após a Palestra, foi realizada a OSP com exposição do
Banner contendo os EA ocorridos no Brasil, selecionados com base nas Seis MI de SP. A OSP foi dividida em dois momentos: 1ª
apresentação teórica dos conceitos básicos sobre SP e ações já descritas na literatura mundial; 2ª dinâmica de grupo, o qual foi
dividido em 6, cada qual responsável em trabalhar uma MI respeitando o perfil profissional. Cada grupo elegeu um relator, que
apresentou as ações definidas como prioritárias para minimizar o risco de pacientes, além dos indicadores para acompanhamento das ações. Das ações priorizadas destacam-se: MI1:/AÇÃO: Implantar Protocolo de Identificação do Paciente; MI2/AÇÃO:
Aprimorar o Round Multidisciplinar; MI3/AÇÃO: - Padronização de cores para medicamentos de alta vigilância; MI4/AÇÃO:
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relato de c aso
Implementação de checklist para cirurgia segura; MI 5/AÇÃO: Manter o treinamento e protocolo de higienização das mãos; MI6/
AÇÃO: Sensibilização e treinamento para notificação. As ações elencadas na Oficina foram encaminhadas ao Coordenador do
NSP, a fim de avaliar a viabilidade da implantação das ações junto a Direção.
Resultados
Em 100% dos IE as Estratégias foram satisfatórias para implantação dos NSP. Observou-se que os IE se encontravam em
momentos distintos de maturidade e perfil Institucional, fato que foi respeitado para não influenciar o desenvolvimento do
trabalho. Todas as ações prioritárias eram tangíveis e foram aprovadas pela direção.
Conclusão
A mudança de cultura na saúde é um desafio constante, sendo primordial o amadurecimento da Cultura da SP Institucional
para planejar mudanças consistentes e de impacto. Com base nos resultados apresentados pode-se afirmar que a Estratégia
adotada foi assertiva para a implantação dos NSP. Os resultados descritos refletem a preocupação e o compromisso dos gestores e dos colaboradores, em todos os níveis, compreendendo que se trata de um problema sistêmico de alto risco.
REFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº529, de 1º de Abril de 2013. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução-RDC Nº36, de 25 de julho de 2013.
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Trabalho n o 164
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação do programa de segurança do
paciente em uma operadora de saúde no estado
do Pará
Autores: Renata Freitas Ferreira; Jamylle Lucia Porto Maciel; Lourival Rodrigues Marsola
Instituição: Unimed Belém
Introdução
A segurança do paciente é definida como o ato de evitar, prevenir ou melhorar os resultados adversos ou as lesões originadas no processo de atendimento médico-hospitalar (1). A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu Seis Metas Internacionais
para a Segurança do Paciente, são elas: Identificar o paciente corretamente; Melhorar a comunicação entre os profissionais de
saúde; Melhorar a segurança na cadeia medicamentosa; Assegurar cirurgia segura; Higienizar as mãos para evitar infecções; e
Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. Em Julho de 2013 o ministério da saúde determinou por meio da RDC 36, que
fossem instituídas ações para a segurança do paciente nos serviços de saúde. Para atender essa RDC uma Operadora de Saúde
do Estado do Pará desenvolveu um projeto para implantar o Programa de Segurança do Paciente nas suas quatro unidades
próprias de saúde.
Desenvolvimento
Em Janeiro de 2014 iniciou-se entre os gestores e alguns colaboradores operacionais a capacitação em Segurança do
Paciente, sendo ministrada por enfermeiras consultoras de qualidade em saúde.Com a apresentação da RDC 36, construíram-se Núcleos de Segurança do Paciente (NUSEP) e o Plano de Segurança do Paciente. Foram realizadas visitas às unidades a fim
de verificar o diagnóstico situacional. Detectadas as fragilidades iniciaram-se as discussões para implantação dos protocolos da
OMS. O primeiro a ser discutido foi o protocolo de prevenção de úlcera por pressão. Este foi elaborado e discutido. Após sua
publicação, os treinamentos programados foram realizados. O Protocolo de Identificação Segura foi elaborado com a definição
dos três identificadores mínimos: nome completo do paciente, data de nascimento e nome da mãe. Posteriormente, foi elaborado o Protocolo de Prevenção de Queda, onde foram levantadas as fragilidades estruturais, como: janelas não lacradas ou sem
telas, grades laterais nos leitos e sinalização com placas de áreas sendo higienizadas, para que estas fossem ajustadas. Para a segurança na cadeia medicamentosa foi implantado o Protocolo de Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP), onde foram
trabalhadas de forma intensa a identificação o armazenamento e a dispensação desse tipo de medicamento. Para o protocolo
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relato de c aso
de transferência de informações foram definidos formulários de passagem de plantão e solicitação de transferência inter e
intra-hospitalar a fim de melhorar a comunicação entre profissionais da saúde. Foram realizadas duas ações de Higienização das
mãos. A primeira mostrou a taxa de adesão dos profissionais, e a segunda apresentou os avanços na adesão após os estímulos
realizados ao longo do ano. O último Protocolo a ser implantado foi o de Cirurgia Segura. Dentre as atividades estimuladas para
a realização deste protocolo destacou-se a aplicação correta do check list de cirurgia segura.
Conclusão
Dessa forma observamos que as iniciativas relatadas tornaram a assistência à saúde mais segura, pois por meio da implantação das metas propostas pela OMS foi possível proporcionar resultados satisfatórios para os beneficiários, colaboradores e gestores, pois minimizaram os riscos assistenciais e possibilitaram o uso racional de recursos, trazendo economia para a operadora.
REFERÊNCIAS
1. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente/Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. - Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
2. Anvisa (Brasil). Boletins Informativo - Segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde. 2013. Disponível em: http://www.Anvisa.gov.br/hotsite/
segurancadopaciente/documentos/junho/Moulo%201%20%20Assistencia%20Segura.pdf.”
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Trabalho n o 165
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Segurança no paciente oncológicoAdministração de quimioterápicos
Autoras: Erika Fabris do Nascimento; Flavia Pavone de Campos; Vera Lucia Borrasca; Renata Cristina Kitazulo
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
Introdução
Segundo o Instituto Nacional de Câncer a estimativa para o ano de 2015 aponta para a ocorrência de aproximadamente 576
mil casos novos de câncer. A quimioterapia constitui uma das modalidades de maior escolha para tratamento de cura, controle
e paliação e envolve o uso de substancias citotóxicas administradas principalmente por via sistêmica. O uso de múltiplas drogas utilizadas no tratamento do câncer favorece o maior numero de ocorrências relacionadas ao processo de medicações. Está
instituição preocupada com a questão de segurança do paciente e incentivada pelo processo de acreditação hospitalar da Joint
Commission Internacional (JCI) adotou medidas de barreira de segurança na administração de medicamentos quimioterápicos.
Objetivo
Descrever as ocorrências notificadas relacionadas a erro no processo de quimioterápicos em pacientes internados e ambulatoriais no Hospital Sírio Libanês no ano de 2014, visando desenvolver e aprimorar as práticas do processo de barreiras de
segurança já existentes.
Metodologia
Revisão das ocorrências notificadas e analisadas no sistema institucional envolvendo pacientes que receberam quimioterapia em regime de internação e ambulatorial no Hospital Sírio Libanês na unidade Bela Vista, unidade Itaim e unidade de Brasília
no ano de 2014.
Resultados
Foram notificadas 32 ocorrências sendo 22 ocorrências de pacientes ambulatoriais e 10 internados. A unidade Itaim apresentou 04 notificações de ocorrências e a unidade de Brasília não teve registro de ocorrência. Após o levantamento dos dados
foi observado que 16 ocorrências aconteceram na fase de administração, 01 ocorrência relacionada a erro de transcrição de
prescrição médica, 06 ocorrências relacionadas à prescrição médica e 08 ocorrências relacionadas à dispensação incorreta dos
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relato de c aso
medicamentos. As ocorrências foram analisadas e classificadas de acordo com o grau do dano, 25 ocorrências sem dano, 02
ocorrências com dano leve e 05 ocorrências com dano grave (02com dano real e 03com dano potencial). Todos os pacientes
tiveram o dano totalmente revertido.
Conclusão
Foi observado que a principal fase de notificações ocorreu na administração e dispensação. Na fase de dispensação, a
falha mais frequente foi à entrega da droga, após preparo da medicação pela farmácia oncológica, chegando à unidade ,com
período de estabilidade muito curto, impossibilitando a administração no tempo de infusão prescrito. A falta de atenção e a
desvalorização das barreiras de segurança pelo profissional estão diretamente envolvidas com as notificações na fase de administração. O monitoramento e análise das ocorrências relacionadas ao uso de quimioterápicos possibilita a identificação de
falhas permitindo reestruturar as barreiras de segurança.
REFERÊNCIAS
1) SIQUEIRA, I.L.C.P.; PETROLINO, H.M.B.S, Modelo de Desenvolvimento de Profissionais no Cuidado em Saúde, Atheneu, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, 2013;77-88.
2) SOUSA, Paulo; MENDES, Walter. Segurança do paciente: conhecendo os riscos na organização de saúde, Fiocruz, Rio de Janeiro, 2014; 159-18.
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Trabalho n o 167
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
A importância da gestão de qualidade e
expansão da parceria entre o fornecedor de
produtos médicos e os profissionais da saúde
para melhoria da qualidade do tratamento do
cuidado com o paciente
Autoras: Tatiane Araujo dos Santos; Caroline Yin; Simone Rocha; Elisangela molina
Instituição: Boston Scientific
Este trabalho com o titulo de “Qualidade do cuidado com o paciente: vamos melhorar juntos?” apresenta a importância
da relação de confiança entre o fornecedor de produtos para saúde e os profissionais da saúde, bem como a transparência
do sistema da qualidade e aplicação deste. O estudo de caso também estabelece vínculos para compartilhar conhecimento e
atender as necessidades dos clientes que utilizam de dispositivos médicos para melhorar a qualidade do tratamento de seus
pacientes.
Introdução
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), um dos requisitos de Boas Práticas de Funcionamento
para os Serviços de Saúde é o gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão, planejados e implementados
a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e em alguns casos o desempenho das tecnologias de saúde utilizadas na prestação de serviços de saúde, abrangendo cada etapa do gerenciamento, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde
pública e do meio ambiente e a segurança do paciente.[1] O conceito de qualidade em serviços de saúde passou, ao longo dos anos, do enfoque puramente técnico para um enfoque mais abrangente, no qual se tenta satisfazer as necessidades, interesses e demandas de três grupos: os prestadores do serviço de saúde, os que gerenciam tais serviços e os que
o utilizam. Cada um destes grupos tem interesses e opiniões próprios sobre melhoria de qualidade dos serviços de um
hospital.[2] Como valor, a qualidade está associada a um estilo de gestão, à visão sistêmica, à melhoria contínua e visa promover mudanças sucessivas utilizando-se de novas técnicas de produção, voltadas ao combate dos desperdícios humanos e materiais. Compreende princípios, metodologias e ferramentas da qualidade, essenciais nas organizações.[3]
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relato de c aso
Objetivo
Disseminar o conhecimento de qualidade, demonstrando transparência e credibilidade. Prover informações aos clientes
sobre as experiências que alcançaram sucesso na aplicação da gestão de qualidade. Visa também ter clientes parceiros orgulhosos de trabalhar com uma empresa que se preocupa com o paciente e assim estreitar as relações entre o fornecedor de
tecnologias para saúde e os usuários que estão em contato com os pacientes para o final beneficio de pacientes ao entregar
um produto de saúde seguro e eficaz.
Resultados
Os resultados foram mensurados através de uma pesquisa de satisfação a qual fora aplicada ao final dos eventos. Ao longo
do projeto, o evento recebeu 11 instituições de saúde e 29 profissionais tiveram essa experiência. Todos os profissionais deram
depoimentos positivos uma vez que além de verificar a eficácia do sistema de qualidade, puderam visualizar todo a cadeia dos
dispositivos médicos desde o recebimento até o envio às instituições de saúde onde trabalham. A disponibilidade da empresa
em apresentar suas instalações e processos internos criou uma relação de confiança entre o fornecedor e o cliente.
Conclusão
O compartilhamento do sucesso e ênfase na segurança do paciente suscita nos profissionais o desejo de manter os padrões
de qualidade na aplicação dos dispositivos e também fortalece a gestão de qualidade até a unidade de saúde. Amplia a visão
do profissional que atende o paciente com os dispositivos, que conhece a procedência e sente se seguro por trabalhar com
produtos de confiança, tendo como maior beneficiário o paciente, que é principal objetivo do trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ANVISA. RDC Nº. 63 DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011.p.2
[2] ARAUJO, C.; FIGUEIREDO, K. ; FARIA, M. Qualidade em serviços de saúde - Qualit@s Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 Vol.9. Nº 1 (2009)
[3] FADEL,M, ; FILHO ,G.;. Percepção da Qualidade de Serviços Públicos de Saúde - RIO DE JANEIRO 43(1):07-22, JAN./FEV. 2009
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Trabalho n o 168
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Utilização de ferramentas da qualidade na
gestão de um serviço odontológico
Autor: Luiz Vicente Souza Martino
Instituição: SESC
Introdução
Qualidade é o grau em que os serviços de saúde prestados a indivíduos e populações aumentam a probabilidade de ocorrência de resultados desejados e são consistentes com o conhecimento profissional atual1. Ao se priorizar a melhoria da qualidade, é certo que somente se resolvem problemas após se admitir sua existência e só se melhora o que se pode medir2. Assim,
mecanismos de monitoramento e avaliação são essenciais no planejamento estratégico de serviços de saúde e baseiam-se em
indicadores que auxiliam na redução da complexidade do mundo real a aspectos e dimensões considerados relevantes3. Na
gestão da qualidade trabalha-se com melhoria contínua e sua busca pode ser subsidiada por ferramentas da qualidade que são
técnicas que auxiliam na definição, mensuração, análise de indicadores e na proposição de soluções para problemas, facilitando sua visualização, seu entendimento e auxiliando na tomada de decisão4. Na linha da gestão da qualidade é que, a partir de
fevereiro de 2012, o Serviço Odontológico de uma Organização Paraestatal que tem por finalidade proporcionar cultura, lazer
e bem-estar a um público-alvo específico, situado na região sul da cidade de São Paulo, iniciou suas atividades.
Desenvolvimento
O Serviço trabalha com atendimento de pacientes programáticos e possui capacidade de realização de 1.200 consultas
mensais, trabalhando com praticamente todas as especialidades odontológicas, exceto ortodontia e implantodontia. Desde
sua abertura, elencaram-se indicadores de estrutura, processo e resultado para apoiar a gestão. São eles: número de atendimentos mensais; índice de aproveitamento de consultas; índice de ociosidade; relação procedimento/consulta; índice de
absenteísmo de pacientes e média de consultas para alta clínica. Outros indicadores foram incorporados no decorrer do processo, tais como: média diária de urgências; índice de satisfação de pacientes; tempo médio entre falhas de equipamentos;
tempo médio para reparar equipamentos e taxa de adequação de serviços protéticos. Na busca por ciclos de melhoria, são as
ferramentas da qualidade que apoiam a análise do conjunto de indicadores. Fluxogramas são utilizados na construção e mapeamento de microprocessos relevantes ao serviço. Histogramas e Diagramas de Tendência são usados para todos os indicadores
em seu acompanhamento mensal. O ciclo PDSA (plan, do, study, act) é a ferramenta para planejamento de novos projetos.
Planos de ação são construídos, utilizando-se o 5W2H (what, who, , when, why, how, how much). E o Diagrama de Pareto tem sido
utilizado a taxa de adequação de serviços protéticos, onde subsidia plano de ação junto ao laboratório de prótese contratado
pelo Serviço Odontológico.
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Conclusão
São praticamente três anos de monitoramento, avaliação e utilização de ferramentas da qualidade onde foram verificados
ciclos de melhoria na maioria dos indicadores, sobressaindo-se: índice de aproveitamento de consultas; índice de ociosidade e
índice de absenteísmo de pacientes. No entanto, a busca por melhoria contínua e o trabalho baseado em ferramentas da qualidade não é consequência de ação pontual, pois qualidade em saúde é fruto de um processo continuado que nunca acaba,
pois quando novos patamares de qualidade são alcançados, novos desafios devem se apresentar5.
REFERÊNCIAS
1. Institute of Medicine. Crossing the quality chasm: a new health system for the 1st century. Washington DC: National Academy Press, 1990, p.244.
2. Rodrigues MV et al. Qualidade e acreditação em saúde. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011, p.47.
3. Teixeira HJ et al. Fundamentos da administração: a busca do essencial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p.304.
4. Malik AM, Schiesari LMC. Qualidade na Gestão Local de Serviços e Ações de Saúde. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública-USP, 1998, p.49. 5. Burmester
H. Manual de gestão hospitalar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012, p.21.
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Trabalho n o 170
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Grupo de pesquisa qualidade e avaliação de
serviços de saúde e de enfermagem: Trajetória,
produção e tendências
Autoras: Ana Claudia Alcantara Garzin; Marta Maria Melleiro; Daisy Maria Rizatto Tronchin; Larissa Kozloff; Ellen Regina Sevilla
Quadrado
Instituição: Centro Universitário São Camilo
Introdução
O desenvolvimento da pesquisa é uma importante ferramenta para o fortalecimento das profissões, sustentada pela busca
constante de novos conhecimentos(1). Um dos elementos constituintes da construção do conhecimento envolve a disponibilidade de recursos humanos competentes no processo criativo e investigativo. Nesse sentido, os grupos de pesquisa fornecem
suporte necessário para atividades de pesquisa de profissionais de saúde, graduandos e pós-graduandos e a oportunidade de
trabalho integrado e compartilhado para a produção e divulgação de conhecimento em determinadas linhas de pesquisa(2-3).
O grupo de pesquisa Qualidade e Avaliação de Serviços de Saúde e de Enfermagem - GPQA compõe um dos 55 grupos da
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP); foi constituído em 2007, com o objetivo de possibilitar a compreensão das formas de articulação entre a produção de conhecimento nas áreas de qualidade e avaliação de serviços de saúde e
de enfermagem, bem como a sua incorporação nos processos assistenciais, gerenciais e de ensino e pesquisa.
Objetivo
Descrever a trajetória do GPAQ na formação de graduandos e pós-graduandos e desenvolvimento técnico-científico de
profissionais de saúde.
Método
Trata-se de um relato de caso, que descreve a trajetória e a produção científica do GPQA no período de 2007 a 2014.
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relato de c aso
Resultado
O grupo é composto por duas líderes, professores e pesquisadores, alunos de graduação, mestrado e doutorado e profissionais da área da saúde. Conta com, aproximadamente, 30 participantes. As reuniões ocorrem mensalmente na EEUSP e
abordam a construção e discussão de projetos de pesquisa, apresentação das investigações produzidas e palestras proferidas
por convidados externos, propiciando reflexões que fomentam a busca por novos conhecimentos. Nos sete anos de atuação
foram publicados 24 artigos em periódicos especializados de abrangência nacional e internacional, dois livros e 12 capítulos
de livros. Ocorreram 13 defesas de mestrado e uma de doutorado; foram realizados 16 trabalhos de iniciação científica e 50
trabalhos apresentados em eventos científicos. Atualmente o grupo conta com quatro mestrandos e 11 doutorandos, cujas
pesquisas estão em andamento. A temática segurança do paciente e a cultura de segurança nas instituições de saúde têm sido
alvo de discussão e elaboração de trabalhos no grupo.
Conclusão
A participação dos profissionais de saúde, pesquisadores, graduandos e pós-graduando no grupo de pesquisa vêm propiciando oportunidades acadêmicas de desenvolvimento e divulgação de pesquisas, favorecendo a produção científica específica que constitui reflexo da necessidade de novos conhecimentos e das inquietações dos profissionais. Dentre as dificuldades
encontradas, constatou-se, sobretudo, a rotatividade dos participantes, a qual impactou na continuidade de alguns trabalhos.
Por conseguinte, acreditamos na efetiva contribuição das atividades, do grupo de pesquisa em questão, na articulação entre os
saberes científicos e a prática assistencial e gerencial dos profissionais participantes.
REFERÊNCIAS
1 Erdmann AL, Lanzoni GMM. Características dos grupos de pesquisa da enfermagem brasileira certificados pelo CNPQ de 2005 a 2007. Esc Anna Nery
Rev Enferm. 2008 Jun;12 (2):316-22.
2. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Grupos de Pesquisa: saiba mais. [acesso em 2014 Abr 05]. Disponível: http://
www.cnpq.br/gpesq/saibamais.htm
3. Lino MM, Backes VMS, Canever BP, Ferraz F, Prado ML. Perfil da produção científica e tecnológica dos grupos de pesquisa em educação em enfermagem da Região Sul do Brasil. Rev Latinoam Enferm 2010;18(3):452-8.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 174
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Adaptação e implantação do protocolo de
segurança na prescrição, uso e administração
de medicamentos em um hospital de doenças
infectocontagiosas em Natal-RN
Autores: Carlos Alexandre de Souza Medeiros; Maria José de Souza Pieretti; Ana Karoliny da Cruz Vasconcelos; Cesimar Claudino da
Silva; Lorenna Dantas de Senna; Márcia Maria Cruz; Maria do Carmo Costa do Nascimento; Amanda Patricia Menezes Ratis
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
O programa de fluorterapia intensiva foi introduzido na UBS Paraisópolis II com base nas diretrizes de saúde bucal (RSS-164
de 21/12/2000). Esse programa visa a promoção e prevenção de saúde bucal em crianças de 4 a 12 anos com alto risco de cárie, devido a vulnerabilidade da área de abrangência da UBS. Anteriormente eram feitas orientações preventivas nas consultas
finais de tratamento concluído e, devido a baixa adesão dos pacientes com consulta agendada programática, houve a necessidade da mudança de prática. O trabalho tem o intuito de aumentar a quantidade de atendimentos preventivos, a paralisação
do processo da cárie e a melhoria no condicionamento comportamental dos pacientes. O programa teve início em outubro
de 2014 na UBS Paraisópolis II com a equipe de saúde bucal. Houve a implantação de um cartão específico e lúdico com o
controle de adesão através de uma planilha de fluorterapia. no qual já estão previamente agendadas as 7 sessões estabelecidas
pelo programa, sendo 4 semanas seguidas, como “terapia de choque”. Após a “terapia de choque” as aplicações são reduzidas
gradativamente para 2 no mês seguinte e para 1 no terceiro mês. A prática do programa é desenvolvida pelas técnicas de saúde
bucal no escovódromo, localizado ao lado do consultório, não interferindo nos atendimentos em cadeira odontológica. Os horários da fluorterapia são estabelecidos após as refeições, por períodos. As crianças recebem uma escova na primeira sessão e a
trazem para as outras seis com o objetivo de avaliar os cuidados de conservação da mesma. Num processo rápido, as crianças
são supervisionadas na escovação com creme dental e, em seguida, na própria escova utilizada, recebem o flúor gel acidulado
durante um minuto. O paciente é orientado a permanecer 30 minutos sem ingestão de alimentos ou líquidos. A equipe observou a melhoria da higiene oral desses pacientes, a paralisação da cárie, assim como a assiduidade e adesão ao tratamento.
Introdução
Em abril de 2013 o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Segurança do Paciente, que posteriormente seria regulamentado pela ANVISA. Nele foi publicado o protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos,
que deveria ser adaptado e implantado nas instituições pelos seus Núcleos de Segurança do Paciente. Os erros de medicação
são bastante comuns no ambiente hospitalar visto que este procedimento é bastante corriqueiro no processo terapêutico e de
extrema importância que sejam identificados, corrigidos e prevenidos para que se tenha um aumento na segurança do pacien-
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191
relato de c aso
te. A criação de uma cultura de sistematização e padronização de condutas, educação permanente, implementação de novas
tecnologias e acompanhamento das práticas profissionais em todas as etapas de trabalho que envolvem os medicamentos são
componentes importantes para a redução destes erros.
Desenvolvimento
Foi designado pelo NSP um subgrupo formado por médicos, enfermeiros e farmacêuticos para realizarem a adaptação
do protocolo à realidade do hospital. Inicialmente a adequação foi realizada pelo grupo e então foi proposta a criação de um
fórum permanente para discussão. O fórum funcionou com a realização de oficinas de discussão de temas específicos relacionado às rotinas da instituição e contou com a presença de diversos profissionais, onde os temas eram expostos e discutidos.
Entre os temas abordados tivemos terapias medicamentosas comuns à rotina do hospital. Destas oficinas foram ajustados
alguns pontos do protocolo e foi programado para o final do ano um evento de sensibilização, onde foi lançado oficialmente
o protocolo da instituição, sendo entregue a cada setor uma pasta contendo a cópia do documento onde posteriormente
serão anexados os Procedimentos Operacionais Padrões específicos. Após a realização das oficinas e a disseminação da cultura
de segurança através de alguns eventos e discussões nos colegiados gestores setoriais e no colegiado gestor ampliado, como
parte do modelo de cogestão/gestão participativa adotado pela instituição, vêm se observando uma mudança qualitativa
em algumas prescrições médicas atendidas na farmácia central do hospital. Mudanças tais como: Adoção da nomenclatura
da Denominação Comum Brasileira ao invés do nome comercial do medicamento; A presença de orientações mais claras e
inclusive destacadas referentes à administração, conduta em caso de ocorrência de reações adversas nas prescrições; Adoção
da dupla checagem por parte da farmácia durante a preparação da dose para fazer a dispensação; Instituição de um programa
de uso seguro de medicamentos potencialmente perigosos, juntamente com a distribuição de um manual de diluição e estabilidade de medicamentos injetáveis; Nota-se portanto, uma mudança comportamental lenta e gradual nos responsáveis por
boa parte do processo terapêutico dos pacientes, fruto de uma preocupação que gerou momentos de avaliação de processos
de trabalho visando o aumento da segurança do paciente.
Conclusão
A implantação deste protocolo está influenciando positivamente as mudanças nos processos de trabalho da instituição,
fortalecendo o trabalho multidisciplinar e disseminando a cultura de segurança do paciente, porém ainda há muito mais o
que melhorar, principalmente com o envolvimento de mais profissionais, elevando assim a qualidade do serviço prestado ao
usuário.
REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de Segurança na Prescrição Uso e Dispensação de Medicamentos. Brasília, 2013.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília, 2014.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA-ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e
Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 175
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Elaboração de um protocolo de alta como
medida de segurança para pacientes de
um hospital especializado em doenças
infectocontagiosas em Natal-RN
Autores: Carlos Alexandre de Souza Medeiros; Adélia Una Dantas Machado; Manuella Brandão Marques Bezerra; Amanda Patricia
Menezes Ratis; Maria do Carmo Costa do Nascimento; Márcia Maria Cruz; Lorenna Dantas de Senna; Cesimar Claudino da Silva; Ana
Karoliny da Cruz Vasconcelos; Maria José de Souza Pieretti
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
As doenças infectocontagiosas podem trazer aos pacientes sequelas e incapacidades graves que poderão acompanhá-los
pelo resto de suas vidas. Boa parte dos pacientes acometidos por estas doenças vivem em situação de vulnerabilidade social,
que associada às internações de longa duração podem trazer complicações que afetam de várias formas a vida do paciente,
como por exemplo um paciente que tem o diagnóstico de HIV durante a internação e passa a fazer o uso de terapia antirretroviral contínua. A alta médica é o encerramento da assistência prestada ao paciente do hospital por decisão médica. Tendo em
vista a mudança de rotina na vida destes pacientes que passam por longos períodos de internamento, viu-se a necessidade de
sistematizarmos estas altas. A elaboração de um protocolo de alta segura tem como objetivos: Uniformizar e sistematizar condutas; Promover a assistência multiprofissional e interdisciplinar; Melhorar a qualidade dos registros hospitalares nesta etapa
do tratamento; Envolver o paciente/familiares no seu processo terapêutico de uma forma orientada e segura, assegurando a
continuidade do cuidado.
Desenvolvimento
A formação de uma equipe multiprofissional e multissetorial foi sugerida em reunião do Colegiado Gestor Ampliado, como
parte do modelo de cogestão/gestão participativa adotado pela instituição, reunindo-se semanalmente durante dois meses
para discutir os pontos de a serem incluídos no protocolo, sendo eles: Elaboração de um plano de alta que deve conter os
passos a serem seguidos; Comunicação dos planos de alta ao serviço social para que sejam providenciados os encaminhamentos necessários; Treinamento dos pacientes que necessitarão de auto cateterismo vesical e/ou auto administração de insulina
cinco dias antes da alta, de preferência com a presença de um acompanhante; As orientações nutricionais serão fornecidas
no dia anterior da alta; As orientações sobre medicamentos de uso domiciliar deverão ser fornecidas pelo farmacêutico no dia
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relato de c aso
da alta; O médico deverá orientar a respeito de retorno ambulatorial e seguimento do tratamento no dia da alta; O paciente
sempre deverá levar consigo os exames que por ventura tenha trazido ou feito anteriormente à internação, sendo que aqueles
realizados via SUS, ele poderá levar cópias, cabendo ao médico assistente eleger quais destes serão importantes para o seguimento do tratamento/benefício social; Impreterivelmente o paciente deverá receber o seu resumo de alta; Caso o paciente
necessite de acompanhamento em outros serviços, deverá levar consigo ficha de referência e/ou contra referência. Os passos a
serem seguidos serão acompanhados por um check-list onde cada profissional envolvido, ao realizar a intervenção relacionada
à alta deverá anotá-la. É preciso chamar a atenção ainda no protocolo para os demais tipos de alta abordados, que são: Alta por
abandono de tratamento hospitalar, que se divide em alta por evasão e à revelia; Alta por indisciplina; Alta por transferência;
Alta por transferência; Alta por óbito e alta por permanência administrativa.
Conclusão
A elaboração e a implantação de protocolo de alta segura é um mecanismo viável de favorecimento de alta hospitalar
responsável e de contra referência. O planejamento estipulado pelo protocolo mostra-se capaz de promover a articulação dos
diferentes pontos de atenção em saúde e o seu seguimento. O relato desta experiência demonstra a importância da equipe
multidisciplinar na atuação no cuidado de pacientes que muitas vezes passam por internamentos de longa duração e saem
deste, com necessidades até outrora desconhecidas.
REFERÊNCIAS
Thieme RD; Pinto LM; Macedo DS; et al. Elaboração e implantação de protocolo de alta responsável para idosos com doenças crônicas hospitalizados e
com necessidades alimentares especiais. Demetra: Nutrição, Alimentação & Saúde. 2014; 9:269-286.
The National Quality Forum (NQF). Safe Practices for Better Healthcare 2010 update. Washington: The National Quality Forum: 2010
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Trabalho n o 176
relato de c aso
Gestão da Assistência
Desafio de um grupo de enfermeiros de um
hospital público na construção de ferramentas
para mensuração e monitoramento de
indicadores de qualidade de enfermagem
Autoras: Lígia Beneli Prado; Andrea Cotait Ayoub; Andréa Braz Vendramini e Silva; Eliana Bittar; Mara Nogueira de Araújo
Instituição: Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
Introdução
A qualidade dos serviços de saúde e questões voltadas à segurança do paciente é uma preocupação mundial. A melhoria
da qualidade assistencial é considerada um processo amplo e dinâmico de identificação contínua dos fatores intervenientes
do processo de trabalho da equipe de enfermagem. A utilização de indicadores traz como benefícios a possibilidade de,
constantemente, acompanhar o desempenho das instituições, atuando como importante instrumento gerencial capaz de
representar quanti e qualitativamente a assistência, permitindo a comparação entre instituições, entre setores de um mesmo
serviço e com metas internacionais. A utilização de sistemas informatizados tem contribuído efetivamente para coleta, mensuração, armazenamento e análise de dados, tornando o processo mais dinâmico, produtivo, subsidiando a elaboração de metas
institucionais e promovendo intervenções para melhoria da qualidade da assistência. Entendendo as limitações de recursos
do sistema público de saúde brasileiro e a inexistência, na maioria das instituições públicas, de sistemas informatizados, um
grupo de enfermeiros motivados pela dificuldade no gerenciamento dos dados de forma manual e pela busca contínua da
qualidade assistencial, construiu uma ferramenta simples para a mensuração e monitoramento dos indicadores de qualidade
em enfermagem.
Desenvolvimento
As ferramentas foram construídas pelo Grupo de Indicadores de Qualidade de Enfermagem no ano de 2006 e readequadas
em 2013, segundo as definições, fórmulas e critérios adotados pelo Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH). As 7
planilhas foram elaboradas no programa Microsoft Office Excel 2007 contemplando 21 indicadores, sendo 07 relacionados ao
gerenciamento de recursos, 11 assistências, 01 relacionado à pesquisa e 02 a educação, os quais foram selecionados baseado
no contexto da instituição. A padronização de preenchimento dos dados foi feita por meio de treinamentos construídos com
base em Procedimentos Operacionais Padrão (POP`s), nas planilhas utilizadas e nas fichas de notificação dos eventos, instrumento este utilizado para caracterizar e rastrear as ocorrências, permitindo melhor investigação e mapeamento de situações
críticas, subsidiando as ações de enfermagem voltadas para redução de problemas.
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relato de c aso
Conclusão
Acredita-se que para atingir a excelência da qualidade da assistência nos serviços de saúde, um dos grandes desafios do
profissional da área é a avaliação de seus resultados de forma contínua e sistemática, em busca da melhoria contínua. Apesar
dos limites impostos pelo serviço, a construção de ferramentas de mensuração e monitoramento é possível ser feita com poucos recursos e tem contribuído no processo de trabalho por meio da síntese e visualização dos dados, na tomada de decisão e
redução de tempo e custos ao serviço.
REFERÊNCIAS
Carneiro FS, Bezerra ALQ, Silva AEBC, Souza LP, Paranaguá TTB, Branquinho NCSS. Eventos adversos na clínica cirúrgica de um hospital universitário: instrumento de avaliação da qualidade. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011 abr/jun; 19(2):204-11.
Moura GMSS, Juchem BC, Falk MLR, Magalhães AMM, Suzuki LM. Construção e implantação de dois indicadores de qualidade assistencial de enfermagem. Rev Gaucha Enferm., Porto Alegre (RS). 2009 mar; 30(1): 136-40.
Labbadia LL, D’Innocenzo M, Fogliano RRF, Silva GEF, Queiroz RMRM, Carmagnani MIS, Salvador ME. Sistema Informatizado para Gerenciamento
de Indicadores da Assistência de Enfermagem do Hospital São Paulo. Rev Esc Enferm USP 2011; 45(4):1013-7.
Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH). Manual de indicadores de enfermagem NAGEH/Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH), 2 ed.,
São Paulo, APM/CREMESP, 2012.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 177
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação da sub comissão de segurança
e qualidade na internação em um hospital
universitário
AutorAs: Deise Vacario De Quadros; Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha; Elaine Aparecida Félix; Valéria de Sa Sottomaior;
Simone Pasin
Instituição: Hospital de Clínicas de Porto Alegre-HCPA
Introdução
A missão do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) de prestar assistência de excelência vem orientando as práticas
assistenciais de pesquisa e ensino. Em 2001, a instituição decidiu conduzir o seu programa de qualidade, aderindo à certificação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e, conquistando por três anos seguidos o título de hospital acreditado.
Em 2013, recebeu o título de primeiro hospital brasileiro de ensino acreditado pela Joint Commission International (JCI) (1). Com
ações integradas à política institucional e as definições previstas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n°36 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alinha metas para promover a utilização das melhores práticas assistenciais e a segurança do paciente (2). Sendo assim, foi constituído o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) formado pelo Programa de Gestão
da Qualidade e da Informação em Saúde (Qualis) e pela Comissão Permanente da Gerência de Risco Sanitário Hospitalar (GR).
A GR tem na sua constituição um grupo executivo e grupos operacionais que são subcomissões de segurança e qualidade
(sCOMSEQs). Esse trabalho é um relato de experiência que descreve as estratégias adotadas pela instituição para melhoria da
segurança do paciente no âmbito de um hospital universitário do sul do Brasil e o fluxo das notificações de ocorrências entre
a GR e a sCOMSEQ Internação adulto.
Desenvolvimento
Para alcançar seus objetivos a GR possui sob sua coordenação as sCOMSEQs que ganham o nome da área que representam.
Atualmente, totalizam 14 subcomissões. Sendo assim, foi formada a sCOMSEQ Internação, um grupo multiprofissional que
representa as 15 unidades de internação clínica e cirúrgica de pacientes adultos, composto por enfermeiras, farmacêutica,
médico, representantes das chefias de enfermagem clínica e cirúrgica, bem como gerentes administrativas. Cabe à sCOMSEQ
Internação analisar as notificações de circunstância de risco, quase-falhas e os eventos adversos classificados pela GR em níveis
de gravidade mínimo à moderado, identificar oportunidades de melhorias e acompanhar as ações propostas. Para alcançar
seus objetivos, reúne-se quinzenalmente e discute sobre as notificações que a GR lança em sua planilha. As notificações são
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relato de c aso
debatidas e um representante encarrega-se de analisar com maiores detalhes a ocorrência, por meio de escuta ativa dos
envolvidos sem juízo de valor, focando sempre na reestruturação dos processos, através da cronologia dos fatos, de maneira
educativa em prol da construção de uma cultura de segurança. Considerando, que a segurança em sua forma mais simples,
pode ser definida como o ato de evitar, prevenir e melhorar os resultados adversos ou de lesões decorrentes do processo de
saúde (3). Para tanto, utiliza métodos como análise de causa e efeito, revisão de fluxo, busca em prontuários. Essa subcomissão
tem o apoio do SEDE (Serviço de Educação em Enfermagem) para ampliar a difusão de boas práticas.
Conclusão
Quanto mais complexo é um sistema, maior o risco de erros e eventos adversos poderem estar presentes (4) . A implantação da sCOMSEQ internação corrobora com a visão institucional de alinhar práticas que desenvolvam a cultura de segurança
dentro da instituição, possibilitando maior agilidade na avaliação das notificações com propostas de ações de melhoria que
contemplam uma visão multiprofissional e contam com a participação e comprometimento dos níveis operacionais e da administração central.
REFERÊNCIAS
(1) Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Boletim do Qualis n°2. 2014.
(2) RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013.
(3) Vincent, Charles. Segurança do Paciente. Orientações para evitar eventos adversos.1ª Ed.Yendis 2010.
(4) Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à
Pratica. 1ª Ed. Capítulo
198
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Trabalho n o 179
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Comitê de segurança do paciente: Um caminho
para adoção de práticas seguras
Autoras: Dane Kelle Tonnia da Silva; Ana Claudia Lopes Fernandes de Araujo; Andresa Acácia Xavier Epaminondas
Instituição: Hospital Esperança Olinda
PALAVRAS-CHAVE: segurança do paciente; comitê de profissionais; gestão em saúde.
O objetivo deste artigo é discutir o processo de implantação e funcionamento do Comitê de Segurança do Paciente em um
Hospital privado na cidade de Olinda. Tendo como finalidade a redução de atos inseguros nos processos assistenciais e o uso
das boas práticas de forma a alcançar os melhores resultados para o paciente. Para isso, a Gestão de segurança desempenha
um papel vital dentro da instituição fornecendo suporte para a tomada de decisão. Os Pilares utilizados para a sustentação
de um ambiente seguro estão pautados no Planejamento de segurança, Mapeamento de perigos e barreiras, Auditoria clínica, Monitoramento e avaliação de resultados, Disseminação da cultura de segurança, Notificação e tratamento de eventos,
Indicadores de segurança. Com o presente estudo busca-se contribuir para a reflexão da segurança do paciente sobre os crescentes desafios de uma assistência livre de danos. Busca-se, ainda, fomentar um importante passo para o desenvolvimento de
comitês de segurança em nosso país e a apreciação crítica desse importante dispositivo na cultura hospitalar.
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relato de c aso
Trabalho n o 183
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Experiência na implantação do Núcleo de
Segurança do Paciente numa unidade de
atenção intermediaria
Autores: Carina Maria Nunes; Cesar Roberto Andrade; Denise Simas Lamarão; Meire Augusta Celestino Amaro
Instituição: Hospital Albert Einstein/UPA Campo Limpo
A segurança do paciente é um componente fundamental da qualidade de cuidados de saúde e através de medidas simples
e efetivas obtêm-se respostas positivas aplicáveis à minimização de riscos e danos causados. A Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) Campo Limpo, porte III, 24 horas, inaugurada em abril de 2014, é um serviço de saúde de complexidade intermediária
situado entre a Atenção Básica de Saúde e a Atenção Hospitalar, que anteriormente era um serviço de Assistencial Médica
Ambulatorial (AMA). O Núcleo de Segurança do Paciente da UPA Campo Limpo foi adequado devido à mudança da complexidade do serviço. Com a transição de AMA para UPA e o aumento da equipe de colaboradores em julho de 2014, houve a
necessidade de fortalecer o Núcleo de Segurança do Paciente por meio de treinamentos, estimulando o colaborador a apontar
situações de risco para o ambiente e para si próprio, convite aos colaboradores que não são membros do núcleo a participar
das reuniões e apresentação dos eventos discutidos periodicamente à equipe.
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Trabalho n o 185
relato de c aso
Gestão em Saúde
Impacto dos resultados assistenciais e
financeiros na gestão da cadeia de valor
Autora: Virginia Maria Ceroni Paraizo
Instituição:Hospital Samaritano
Introdução
Com o aumento dos gastos na área de saúde e as limitações impostas pelos usuários de serviços hospitalares, torna-se necessária a adoção de um sistema que providencie controle nos custos e otimização das receitas nos processos assistenciais. A
visão estratégica baseada em unidades de negócios (UEN) independentes direcionas para processos estruturados em procedimentos e protocolos gerenciados fez com que o foco passasse a ser nos resultados mensuráveis da assistência multidisciplinar
atrelado aos resultados financeiros e valor do negócio. Esse processo teve como objetivo alcançar resultados coerentes às necessidades de saúde da clientela e às necessidades institucionais. Para tanto, se fez necessário a compreensão de um conjunto
de princípios e conhecimentos de análise econômica que instrumentalizaram os profissionais para o desenvolvimento de um
processo de gestão inovador, mais autônomo e orientado à melhoria da eficiência, eficácia e economicidade.
Objetivo
Destacar a relevância da gestão de custos e otimização das receitas atrelado a qualidade da assistência; Conhecer a importância da participação do enfermeiro na gestão dos recursos financeiros.
Desenvolvimento
Assim, desde 1982 a Organização Mundial de Saúde, já afirmava ser o enfermeiro o profissional da área de saúde com o
maior potencial para assegurar uma assistência de qualidade e com custos racionais. O que pode ser explicado pela presença
desse profissional nos serviços de saúde a maior parte do tempo, assim como pela proximidade aos usuários, o que faz com
que eles possuam capacidade para estar avaliando a assistência e, portanto devem ser ouvidos nos debates sobre gerenciamento de custos (GRECO, 2009). A instituição entendendo essa necessidade de avaliação dos processos por profissionais que
entendam da assistência qualificou enfermeiros gestores de UEN que passaram a trabalhar a efetividade dos processos de
cuidar incorporado aos resultados financeiros. Para iniciar o trabalho os profissionais passaram pela qualificação sobre a estrutura de custos e orçamentos previstas para cada UEN baseado em ações de custos, racionalização de processos, alocação e
controle de recursos e desdobramento das estratégias. Nas UEN´s foram desenvolvidos times de trabalho focados em ações
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201
relato de c aso
de controle de custos fixos (avaliação e adequação do corpo funcional baseado em custos X resultados assistenciais), interface
com área comercial para adequação dos acordos baseados nas implantações de protocolos e novas tecnologias, avaliação de
novos produtos (materiais e medicamentos) com ênfase na melhor qualidade e rentabilidade financeira, ações conjuntas com
as áreas de faturamento e auditoria de contas a fim de garantir a conformidade entre a assistência prestada e a conta hospitalar.
Resultados
Nota-se assim um maior envolvimento do enfermeiro que passa a ter uma visão mais ampla, atrelando a qualidade assistencial aos resultados financeiros. Maior controle e melhora progressiva das margens de contribuição dos pacotes acordados com
as operadoras, controle eficaz dos custos diretos e tickets médio dos pacientes por unidade de negócio e atenção especial a
média de ocupação e tempo de permanência nas Unidades de Internação e Terapias Intensivas. Com a mudança do modelo
a instituição passou a oferecer oportunidades educativas para obtenção de conhecimentos sobre finanças, orçamento e utilização de recursos, eficácia dos serviços e como aumentar sua capacidade de participar e influir nos processos de tomada de
decisões; Devido a variedade de componentes responsáveis pelos custos em saúde e devido a importância da participação do
enfermeiro como agente atuante nesse processo, nota-se uma melhora na integração institucional, resultados assistenciais e
econômicos financeiros.
REFERÊNCIAS
FRANCISCO, I.M.F; CASTILHO, V. A enfermagem e o gerenciamento de custos, Acesso em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v36n3/v36n3a04.pdf, 2009;
GRECO, R.M. Gerência de Custos em Enfermagem, 2014
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Trabalho n o 186
relato de c aso
Gestão em Saúde
Melhoria de processos assistenciais por meio de
análise de risco e eficiência do uso de recursos
Autoras: Anne Caroline de Oliveira Ramos; Joyce Caroline Dinelli Ferreira; Priscila Martins Delgado; Joyce Chacon Fernandes; Marisa
Madi Della Coletta
Instituição: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
Introdução
O processo de melhoria da segurança do paciente e da qualidade da assistência à saúde tem recebido atenção especial
em âmbito global. Dados do Instituto de Medicina (EUA) indicam que erros associados à assistência a saúde causam entre 44
e 98 mil disfunções a cada ano nos hospitais dos Estados Unidos. O custo associado a esses eventos foi estimado entre 17 e 29
bilhões de dólares em razão de cuidados adicionais, mas também pela perda de rendimento e incapacidade resultante (Kohn
et al. 2000). O aumento dos gastos e custos na saúde é acompanhado com preocupação pelos gestores. O conhecimento dos
custos é passo fundamental para a gestão dos hospitais, que estão inseridos em um contexto de custos elevados, recursos
escassos, pressão por qualidade e bons serviços (Dallora e Forster, 2008). Segundo Malik e Gonzalo (2007), no contexto da
assistência hospitalar a preocupação com a eficiência chega a ser criticada como um estímulo ao racionamento de serviços,
mas quando a eficiência é critério de avaliação da gestão, faz sentido buscar métodos gerenciais. A apuração de custos não é
problema intransponível tecnicamente, mas sua implantação depende de política institucional e se justifica quando serve para
tomar decisões. Este relato de caso tem como objetivo descrever uma revisão de processo assistencial associada a uma análise
de eficiência de uso de recurso material em um Hospital Oncológico de alta complexidade.
Desenvolvimento
Diante da importância do tema, a área de Gestão de Risco do Hospital identificou que em uma amostra de três meses o
número de queixas técnicas recebidas no setor representavam 88% das notificações de tecnovigilância da Instituição, enquanto que falha de processo correspondia a 12%. Do universo de queixas de técnicas, as notificações referentes ao artigo médico
hospitalar sistema fechado representavam 30%. Os tipos de queixas estavam relacionados à dificuldade na assepsia, dificuldade
no manuseio, vazamento, acúmulo de resíduo sanguíneo e dificuldade de conexão. Os danos gerados estavam relacionados à
necessidade de troca do sistema fechado em tempo inferior a 96h e maior ocorrência de perda de acesso periférico. As informações acima contribuíram para a priorização e escolha do material e processos relacionados a serem analisados. Assim, a área
de Gestão de Risco, juntamente com uma equipe multidisciplinar envolvendo suprimentos, treinamento assistencial, grupo
da SCIH e padronização de materiais, conduziu análise de causa raiz das queixas registradas e proposição de ações. Dentre as
ações propostas foram realizadas: troca da marca utilizada previamente, capacitação in locu sobre o uso do material e monitoramento da taxa de infecção da corrente sanguínea. As ações foram realizadas e monitoradas em um prazo de 30 dias. Após as
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relato de c aso
ações realizadas as queixas técnicas apresentaram redução de 68%, destas nenhuma queixa relacionada ao sistema fechado.
Além da melhoria no cenário de segurança do paciente evidenciada pelos indicadores acima, as ações realizadas também impactaram nos custos dos procedimentos envolvidos. Em parceria com a equipe financeira do Instituto realizou-se um estudo
por amostragem que apontou que as trocas adicionais, geradas no cenário anterior à intervenção das equipes, correspondiam
a um custo adicional de R$ 82.000 nos procedimentos realizados. Assim, foi possível evidenciar um cenário de maior segurança
e qualidade e redução dos custos hospitalares.
Conclusão
O referido estudo mostra que por meio da identificação do cenário de risco, foram implantadas ações de melhoria na segurança e qualidade do processo associadas a resultados de redução de custos.
REFERÊNCIAS
Dallora; Forster. A importância da Gestão de Custos em Hospitais de Ensino, 2008.
Vecina Neto; Malik. Tendências na assistência hospitalar, 2007.
Kohn, et al. To err is human: building a safer health system, 2000.
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Trabalho n o 191
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Elaboração e implantação do protocolo de
higienização das mãos em um hospital de
doenças infectocontagiosas em Natal-RN
Autores: Carlos Alexandre de Souza Medeiros; Amanda Patricia Menezes Ratis; Maria do Carmo Costa do Nascimento; Márcia Maria
Cruz; Lorenna Dantas de Senna; Cesimar Claudino da Silva; Ana Karoliny da Cruz Vasconcelos; Maria José de Souza Pieretti
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
O primeiro desafio global, previsto na Aliança Mundial para a segurança do Paciente, está focado na prevenção das Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), que apresenta como lema: “Uma assistência limpa é uma assistência mais segura” e
envolve ações relacionadas á melhoria da Higienização das Mãos em serviços de saúde. Neste contexto o Núcleo de Segurança
do Paciente (NSP) e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição, referência estadual para doenças infectocontagiosas do estado do Rio Grande do Norte; elaborou e implantou o protocolo de higienização das mãos, embasado no
protocolo do Ministério da Saúde/ANVISA/Fiocruz publicado em 09 de julho de 2013 que faz parte das estratégias do Programa
Nacional de Segurança do Paciente, tendo como objetivo instituir e promover a higiene das mãos na prevenção e controle das
IRAS, segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados.
Desenvolvimento
O protocolo foi elaborado englobando os seguintes pontos: a higiene simples, antisséptica e fricção antisséptica das mãos
com preparação alcoólica, e suas respectivas recomendações baseadas em evidências cientificas e consenso de especialistas.
Os cinco momentos para higienização das mãos, Estratégia multimodal da OMS para melhoria da higienização das mãos e o
desenvolvimento de indicadores de desempenho para mensuração da melhoria da adesão às práticas de higiene das mãos.
Foi validado pela Direção geral em publicação oficial como normatização institucional e apresentado no 1º Seminário de
Segurança do Paciente promovido pelo NSP para os profissionais da comunidade hospitalar. A CCIH como membro do NSP
implementou as ações educativas de adesão da higienização das mãos nos setores, priorizando os críticos como a UTI, na educação continuada da prática de higiene de mãos, fixando lembretes e realizando auditoria de processo, além da mensuração
dos indicadores de desempenho obrigatórios de consumo de sabonete líquido e álcool gel.
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relato de c aso
Conclusão
Apesar da implantação do protocolo e as implementações das ações educativas, a CCIH com base nos resultados preliminares obtidos pelas ferramentas de avaliação citadas, concluiu que a adesão às práticas de higienização das mãos entre os profissionais da instituição está muito baixa, observando-se uma negligência tanto nas oportunidades de higienização, quanto na
própria execução das técnicas. Este processo envolve uma mudança no padrão comportamental e por ser bastante complexo
e multifacetado, requer esforços e estratégias multidisciplinares envolvendo efetivamente os atores do NSP com abordagens
cientificas e motivacionais para mudar crenças e valores sobre a higienização das mãos na comunidade hospitalar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo para a prática da higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília, 2013.BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Documento
de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília, 2014.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e
Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013.
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Trabalho n o 193
relato de c aso
Gestão da Assistência
Hospital de longa permanência: Fatores que
influenciam na média de permanência
Autores: Fabio Yoshito Ajimura; Daise Guilherme Rodrigues; Ana Cristina Ferreira Lyra
Instituição: Hospital Auxiliar de Suzano - HCFMUSP
Considera-se paciente de longa permanência aquele que permanece no ambiente hospitalar por um período superior a 30
dias. A existência de hospitais específicos para esse tipo de paciente justifica-se pelas particularidades que ele apresenta com
relação aos diagnósticos e tratamento necessitando profissionais e cuidados especializados. O processo de alta hospitalar em
instituições de cuidados prolongados tem se mostrado mais complexo do que apenas a estabilização do quadro clínico para
a posterior alta, existindo diversos fatores que influenciam nessa etapa e que acabam impactando na média de permanência,
uma vez que postergam a alta. A probabilidade de uma alta hospitalar complexa deve ser identificada o mais precocemente
possível e até mesmo antes da internação do paciente, para que possa ser discutida de uma forma ampla, através de abordagens clínicas, sociais, éticas e inclusive no âmbito jurídico. A ocupação de leitos por pacientes que não necessitam de cuidados hospitalares deve ser considerada prejudicial ao sistema existente, uma vez que impede a internação de pacientes que
precisam receber assistência com maior grau de complexidade, assim como coloca o próprio paciente em riscos hospitalares
desnecessários. Se levarmos em conta uma Rede de Atenção à Saúde onde existe dificuldade de disponibilização de leitos para
pacientes de longa permanência, uma das consequências é a mudança do perfil dos pacientes em hospitais que possuem
características de alta rotatividade e voltados para atendimentos de alta complexidade. Essas unidades passariam a manter um
paciente com perfil distinto do habitual, decorrente da falta de local para onde transferir esse paciente. Desta forma, assume
importância o estudo do perfil e dos fatores que afetam a média de permanência dentro de uma estrutura voltada ao atendimento de pacientes de longa permanência e cuidados prolongados. A caracterização do paciente dessa instituição e sua
associação a necessidades específicas para efetivação da alta hospitalar tem como objetivo subsidiar a equipe multidisciplinar
para que durante todo o período da internação possam ser resolvidos os problemas que existam e que dificultam a saído do
paciente quando houver a liberação médica. Um estudo exploratório descritivo transversal foi realizado em um hospital de longa permanência localizado na região do Alto Tietê e que tem como porta de entrada apenas transferências de um hospital de
alta complexidade localizado na cidade de São Paulo. Durante 24 meses (janeiro de 2013 até dezembro de 2014) foram acompanhados todos os casos que permaneceram internados nesse hospital sendo colhidos dados com relação aos diagnósticos e
perfil sociodemográfico. Foram registradas todas as altas médicas e identificados os motivos pelos quais não se efetivaram as
altas hospitalares, identificando os fatores que impossibilitaram a saída do paciente e acarretando numa média de permanência de 176,57 dias em 2014 e de 178,49 em 2013. Foram identificados que as maiores dificuldades para a saída hospitalar após
o paciente apresentar condições clínicas que possibilitassem sua alta podiam ser relacionadas ao próprio paciente/familiares,
ao serviço de destino/sistema ou à própria instituição em que ele se encontra internado. A identificação desses fatores possibilita com que o hospital otimize o processo de alta hospitalar através do preparo e capacitação de equipes multidisciplinares,
estando aptas a lidar com eventos potencialmente identificados como complexos.
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relato de c aso
Trabalho n o 197
Gestão da Assistência
Uso de DRG em hospital filantrópico brasileiro:
É possível?
Autores: Márcia Martiniano de Sousa e Sá
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
“Diagnosis Related Groups’’ (DRGs) constituem um sistema de classificação de pacientes internados em hospitais que atendem casos agudos, desenvolvido no final dos anos 60, por uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da Yale University,
EUA, dirigida por Robert B. Fetter e John Thompson. Essa equipe teve como objetivo realizar pesquisas nas áreas de gestão, planejamento e revisão de utilização hospitalar e foi motivada principalmente pela demanda gerada com a criação, em 1965, do
programa MEDICARE para cidadãos americanos que preenchiam determinados critérios de renda. Este determinava que cada
hospital pertencente ao programa deveria ter um comitê de revisão de utilização, assim como um programa para essa revisão.
Este sistema de classificação busca correlacionar os tipos de pacientes atendidos pelo hospital, com os recursos consumidos
durante o seu período de internação, criando grupos de pacientes coerentes, similares e homogêneos quanto ao consumo de
recursos hospitalares denominados DRGs (Averill 1985; Burik 1981). Para tal, foi desenvolvida uma metodologia que utiliza técnicas estatísticas e computacionais, juntamente com conhecimentos de medicina e dos processos de atendimento hospitalar.
O processo de geração dos DRGs precisa de umas informações base, o chamado Conjunto Mínimo Básico de Dados (CMBD,
ou Minimal Basic Data Set, MBDS) que internacionalmente tem sido objeto de normativa para a homogeneização dos dados
que devem ser incluídos nos prontuários médicos e na autorização de internação hospitalar. Foi realizado um primeiro envio
do CMBD para que fosse rodado o Grouper que resulta no DRG. As principais dificuldades foram: quantidade e qualidade dos
diagnósticos codificados em CID-10, uma vez que não há busca ativa de diagnósticos secundários; envio apenas do procedimento principal codificado pela tabela SIGTAP (Tabela de Procedimentos, OPM e Medicamento do SUS e apresentação SIA/
SUS). O Grouper do DRG é realizado através da tabela CID-9 CM (Clinicamente Modificada), sendo essa conversão realizada pela
empresa detentora dos direitos do Grouper. Os principais resultados descritos são: 3% de inconsistências, ou seja, o diagnóstico
principal não é compatível com o procedimento principal, não sendo possível identificar o DRG. Os principais diagnósticos,
80% da amostra, correspondem a 10 MDC (Major Diagnostic Category). Sendo: MDC 06 Doenças e distúrbios do sistema digestivo (15%), MDC 08 Doenças e distúrbios do sistema músculo-esquelético e do tecido conjuntivo (10%), MDC 05 Doenças
e doenças do sistema circulatório (10%), MDC 09 Doenças e Distúrbios da pele, tecido subcutâneo e da mama (9%), MDC 11
Doenças e Distúrbios do rim e do trato urinário (8%), MDC 04 Doenças e Transtornos do Sistema Respiratório (8%), MDC 01
Doenças e distúrbios do sistema nervoso (7%), MDC 07 Doenças e distúrbios do sistema Hepatobiliar (6%), MDC 03 Doenças
e Distúrbios do ouvido, nariz, boca e garganta (5%) e, MDC 12 Doenças e distúrbios do sistema reprodutor masculino (5%). O
tempo médio de permanência em diferentes DRGs é uma ferramenta útil para analisar o desempenho hospitalar e identificar
áreas de melhoria potencial de eficiência. A média de permanência do hospital em estudo é mais do que o dobro da média de
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relato de c aso
permanência americana. A amostra do hospital é composta principalmente por saídas com severidade da doença nível “um”
(74,22%). Isso é quase o dobro do que o padrão norte-americano. Embora isso possa refletir o case-mix do hospital ele também
pode demonstrar a falta de codificação de diagnóstico ou procedimentos. Apesar das diferenças culturais existentes entre
Brasil e Estados Unidos, a primeira rodada do DRG mostrou uma fragilidade do sistema de informação, sobretudo em relação a
codificação de diagnósticos e procedimentos. Porém, o maior desafio é a validação de uma tabela de procedimentos que possa
ser utilizada em âmbito nacional e convertida para CID-9 CM possibilitando a execução do Grouper e o DRG.
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relato de c aso
Trabalho n o 199
Gestão em Saúde
A elaboração de um sistema de medição
da performance técnica para uma rede de
hospitais
Autores: Angela Zerbielli; Rodrigo Gavina da Cruz; Helidea de Oliveira Lima
Instituição: Rede Dor/São Luiz
PALAVRAS-CHAVE: indicadores; avaliação de performance; qualidade técnica; modelo de gestão.
Introdução
Um dos desafios na área de assistência à saúde é o aperfeiçoamento dos modelos de gestão em hospitais. O conhecimento
das necessidades particulares de diversas unidades é uma forma de desenvolver e aperfeiçoar esses modelos. Uma dimensão
relevante na gestão é o uso efetivo dos dados qualitativos e quantitativos disponíveis. A existência de um bom sistema de
indicadores em uma organização permite uma análise profunda e abrangente sobre a efetividade da gestão e de seus resultados do que a simples constatação de que está indo bem porque seu faturamento ou o número de clientes está crescendo.
Além disso a medição sistemática, estruturada e balanceada dos resultados por meio de indicadores permite às organizações
fazerem intervenções necessárias com base em informações pertinentes e confiáveis, à medida que ocorrem variações entre
o planejado e o realizado.
Desenvolvimento
Relatamos aqui a experiência de construção de um grupo de indicadores que permitam a avaliação da Qualidade Técnica
numa Rede de hospitais privados, localizados em quatro estados do Brasil. A proposta do modelo é avaliar simultaneamente
três dimensões, considerando-se a melhoria do cuidado prestado ao paciente (qualidade técnica - QT), a melhoria da experiência de cuidado do paciente (satisfação) e a melhoria do retorno do capital investido (rentabilidade). Para avaliação da QT foram
elencados indicadores dos processos estratégicos, gerando um painel de indicadores a serem avaliados em todas as unidades.
Esses processos foram originados a partir da modelagem do macroprocesso das organizações e da definição de processos finalísticos com priorização dos estratégicos. Considerando a diversidade regional existente e a avaliação de perfil epidemiológico,
foi identificado como processos estratégicos comuns a todas as unidades a emergência, o centro cirúrgico (C.C) e as unidades
de terapia intensiva (UTI). Assim, dentre os treze indicadores relativos aos resultados de QT, dois referem-se diretamente ao
processo cirúrgico, seis ao processo de internação em UTI, três são relativos a protocolos de segurança e dois são resultados de
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relato de c aso
protocolos clínicos gerenciados. A ficha técnica dos indicadores foi padronizada a partir de referência de sistemas de medição
já existente (observatório ANAHP, QUALISS e requisitos Joint Commission International. Foram definidos: classificação por tipo,
descrição, metodologia de coleta, critérios de inclusão/exclusão de dados, unidade medida, fonte dos dados, periodicidade
de coleta, responsáveis e metas, quando já existia série histórica na coleta de dados. A metodologia de acompanhamento dos
resultados foi definida com periodicidade mensal e participação da liderança e média gerência, para criação da cultura de avaliação da qualidade do dado e do refinamento de análise crítica. Trimestralmente os resultados são avaliados pelos Diretores
Regionais em reunião com Diretores Executivos.
Conclusão
A medição de performance da qualidade técnica é essencial para avaliação da qualidade do cuidado. O grande desafio é
conseguir padronizar a coleta de dados e transformá-los em informação e conhecimento, gerando inteligência para tomada de
decisão e ações de melhoria. Para isso é necessário pensar antes de coletar os dados e capacitar gestores no desenvolvimento
de análises críticas consistentes. Ferramentas informatizadas amigáveis auxiliam em muito a condução do processo de coleta
de dados e de análise.
REFERÊNCIAS
Donabedian. Basic approaches to assessment: structure, process and outcome. In: Explorations in Quality Assessment and Monitoring (Donabedian A.) vol I, pp.
77-125, Ann Arbor, Mochigan: Health Administration Press.
Fundação Nacional da Qualidade, Sistema de Indicadores. São Paulo, 2014;
Fundação Nacional da Qualidade; Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão. Cadernos de Excelência em Gestão, 2010.
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relato de c aso
Trabalho n o 201
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação de um programa de redução de
absenteísmo em um centro de reabilitação
Autoras: Claudia Barbieri Tait Gandolfi; Maria Eulália Lessa do Valle Dallora; Katia Maria Padula; Juliana Azenha Martins
Instituição: HCFMRP-USP
Introdução
As filas e o tempo de espera para atendimentos no SUS são motivos de reclamações frequentes da população. Segundo
pesquisa realizada em 2010 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com o objetivo de avaliar a percepção da
população sobre serviços prestados pelo SUS, entre as principais melhorias sugeridas está a de que o sistema necessita de um
aumento no número de médicos e uma redução no tempo de espera para os atendimentos. Desde o início de seu funcionamento, em 2007, o Centro de Reabilitação (CER) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP
(HCRP) encontrou dificuldades na adesão dos pacientes ao tratamento devido ao grande número de comparecimentos semanais ao serviço. E mais do que acarretar problemas aos próprios usuários, as faltas traziam prejuízo para quem estava aguardando para ser atendido e para a Instituição, que contava com custo fixo de uma estrutura instalada ociosa que hoje representaria
aproximadamente R$500.000,00 anuais para um índice de absenteísmo de 24%.
Figura 1. Índice de Absenteísmo do CER em 2009
Desenvolvimento
Preocupada com essa questão a administração do CER estabeleceu como um de seus indicadores de qualidade o acompanhamento do índice de absenteísmo, tendo como meta alcançar o número de 18% ao mês, já que média na época era de 24%,
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relato de c aso
chegando a ultrapassar 30% em algumas especialidades. Esta meta foi traçada com base em outras unidades com o mesmo
perfil de atendimento. Já nos primeiros meses de atendimento foi observado que pacientes desconheciam a dinâmica de funcionamento do CER e os serviços prestados. Para isto foi criado um “Manual para Pacientes” constando rotinas de atendimento,
frequência, licenças, transporte, atendimento de urgência, medicamentos, alimentação e restrições. Outro problema observado
foi a dificuldade dos pacientes em conseguir transporte várias vezes por semana, seja particular ou público, este último provido
em sua maioria pelas Prefeituras da região. Para atenuá-lo foi implantado o agendamento conjunto, onde os atendimentos são
realizados no mesmo dia em horários próximos, evitando vindas extras ao CER, além de procurar agendar o tratamento em consonância com o serviço de transporte existente. Mesmo com estas iniciativas os pacientes continuaram faltando ou abandonando
as terapias. Assim, em consonância com a Política Nacional de Humanização, que estabelece como uma das suas diretrizes o
acolhimento, foi criado o Grupo de Acolhimento do CER. Nele os pacientes e seus familiares são orientados sobre seus direitos e
deveres, conhecem a estrutura física do Centro, suas rotinas e regras, bem como do HCRP em geral. Uma destas regras diz respeito
ao compromisso com o tratamento e faltas, onde é informado que receberá alta por abandono do tratamento com duas faltas
consecutivas ou três alternadas, sem justificativa. Para a falta ser considerada como justificada é necessário a apresentação de um
atestado médico ou social. A condição para que o paciente inicie seu atendimento é participar do Grupo, que tem duração de
uma hora e acontece três vezes por semana em dias e horários alternados para facilitar o acesso ao usuário.
Figura 2. Índice de Absenteísmo do CER em 2014
Conclusão
Todas as medidas apresentaram bons resultados, porém após a implantação do Programa de Acolhimento, em apenas dois
meses conseguimos alcançar a meta que estávamos tentando desde o início do ano. O acolhimento como ato ou efeito de
acolher expressa uma atitude de inclusão, de tratamento humanizado, pois o Programa de Reabilitação não depende somente
do profissional que atende o paciente, mas também da participação ativa dele e de sua família.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Sistemas de Indicadores de Percepção Social. 09/02/2011.
BRASIL, Ministério da Saúde. Humaniza SUS. Política Nacional de Humanização - A Humanização como Eixo Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em
Todas as Instâncias do SUS. 1ª edição. Brasília. 2004
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relato de c aso
Trabalho n o 202
Gestão da Assistência
Otimização e racionalização do processo de
compras de órteses, próteses e meios auxiliares
de locomoção
Autoras: Claudia Barbieri Tait Gandolfi; Maria Eulália Lessa do Valle Dallora; Katia Maria Padula
Instituição: HCFMRP-USP
Introdução
Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, as ações de reabilitação devem ter uma abordagem multiprofissional e
interdisciplinar, de modo a garantir tanto a sua qualidade quanto o princípio da integralidade. Deve ser garantido o direito dos
deficientes físicos a oportunidades idênticas às dos demais cidadãos principalmente com relação às melhorias nas condições de
vida resultantes do desenvolvimento econômico, bem como à preservação da autonomia destas pessoas. Em muitos casos, o processo completo de reabilitação do indivíduo passa pelo uso de coletes, próteses, órteses e meios auxiliares de locomoção (OPM)
ficando definido o Gestor Estadual de Saúde como responsável em promover o acesso da pessoa com deficiência para estes itens.
Desenvolvimento
Até 2008, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP (HCRP) como em toda região, a prescrição
era feita pelos profissionais de saúde e o paciente era orientado a procurar por outros meios para a obtenção destes materiais, o
que nem sempre era possível. Necessitando do mesmo para sua reabilitação e inserção social e não possuindo condições financeiras próprias para arcar com sua aquisição, o paciente acabava por procurar o Ministério Público que acionava o Estado visando
a dispensação. Este fluxo, além de impróprio, acabava gerando aquisições dispendiosas para o Estado e inadequadas para os
pacientes, pois nem sempre eram realizadas por profissional especializado, além do tempo entre a prescrição e recebimento, que
era imprevisível. Com o início das atividades do Centro de Reabilitação (CER) o HCRP recebeu a incumbência do Estado de adquirir
as OPMs advindas de uma ação judicial coletiva, prescritas por diversos profissionais de saúde que não os do Centro. A aquisição
destes itens é complexa, pois são sob medida para cada paciente e o lapso de tempo que normalmente ocorre entre a data da
prescrição até a finalização da compra, torna imprópria a prescrição. Para compreender o processo e atender de melhor forma a
demanda do paciente, foram utilizadas as ferramentas Diagrama de Ishikawa, que permitiu agrupar e visualizar as várias causas
que eram a origem dos problemas, e Fluxograma de Processos, onde foi descrita de forma gráfica sua sequência operacional.
Com isso, foi implantado um modelo de aquisição através de credenciamento das empresas especializadas em ortopedia
técnica da região, o que tornou o fluxo muito mais rápido para 61% das aquisições. Neste modelo também foi estabelecido como
teto para pagamento o valor definido na Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do Sistema Único de Saúde, o que gerou uma economia média de recursos de 34%, e, em alguns casos de até 64%.
Conclusão
Este processo serviu para o aprimoramento da gestão de aquisição de OPMs no Centro de Reabilitação. Durante toda
sua implantação, houve o acompanhamento e o monitoramento dos cronogramas estabelecidos, orçamentos propostos e o
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qualihosp 2015
relato de c aso
cumprimento das metas e prazos. O aprimoramento da gestão assistencial deve ser um
compromisso dos gestores das instituições
de saúde. Neste relato demonstra-se que é
possível quebrar um importante paradigma
que prega: “o que custa pouco não possui
qualidade?”. Uma gestão comprometida
pode promover o eficiente uso dos recursos
públicos atendendo os requisitos da demanda assistencial sem perda da qualidade.
Figura 1. Diagrama de Ishikawa sobre a Aquisição de OPM
REFERÊNCIAS
1. Manual de legislação em saúde da pessoa com deficiência/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
à Saúde, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. 2ª Edição Revisada. Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2006.
2. MENEZES, Luis C. de M. Gestão de Projetos. São
Paulo: Atlas, 2003.
3. SORDI, José Osvaldo de. Gestão por Processos - uma abordagem da moderna administração. 2ª Edição - Ed. Saraiva - 2008.
4. CHRISTENSEN, Clayton M; GROSSMAN, Jerome H.; HWANG, Jason. Inovação na Gestão da Saúde - a receita para reduzir custos e aumentar qualidade. Porto
Alegre: Ed. Bookman, 2009
Figura 2 e 3. Fluxograma de Aquisição de OPM
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relato de c aso
Trabalho n o 206
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Processo de acreditação Joint Commission
International (JCI) em um hospital público
oncológico
Autoras: Anne Caroline de Oliveira Ramos; Renata Aparecida Melo Cesar; Karen Keity Curcovezki Amaral; Marisa Nazare Florencio de
Aquino; Marisa Madi Della Coletta
Instituição: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
Introdução
A Acreditação é um método de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico, reservado e sigiloso que busca
garantir a qualidade na assistência por meio de padrões previamente aceitos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS),
a partir de 1989 a acreditação passou a ser elemento estratégico para o desenvolvimento da qualidade na América Latina. A
Avaliação da Qualidade na saúde iniciou-se no século passado onde foi estabelecido o Programa de Padronização Hospitalar.
Na década de 60, a Joint Commission International (JCI) buscou então aprimorar o grau de exigência desses padrões. Com isso,
publicou o Accreditation Manual for Hospital contendo padrões de excelência em qualidade, considerando também processos e resultados da assistência (Mezomo, 1995). Este trabalho tem o objetivo de descrever a experiência de implantação de
Acreditação JCI em um hospital oncológico de alta complexidade do Sistema Único de Saúde do Estado de São Paulo.
Desenvolvimento
O processo de Acreditação JCI no Hospital Público Oncológico iniciou-se em 2012 com as seguintes etapas: Apresentação
de Estudo de viabilidade do projeto à Direção e Lideranças; Realização da avaliação externa diagnóstica e elaboração do relatório; Formação e capacitação do grupo de facilitadores responsáveis pela coordenação e auditoria interna das atividades;
Elaboração de planos de ação para implementação de melhorias; Realização de reavaliações externas para acompanhamento
do desempenho referente aos padrões JCI; Avaliação de Acreditação Final. O processo de Acreditação contou com metodologia de acompanhamento junto ao Escritório de Projetos, onde foi aplicada a metodologia do PMI que proporcionou agilidade
na interface entre as áreas, controle mais preciso das atividades e priorização das ações críticas para o sucesso do projeto.
Auditorias internas, coordenadas pela equipe do Centro de Planejamento e Gestão (CPG), foram realizadas a fim de identificar
lacunas referentes aos padrões preconizados pela acreditação e orientar as áreas sobre a importância da gestão por indicadores. Este processo proporcionou maior interação entre as unidades e melhoria na gestão aberta de informações. Para que todos
os colaboradores do hospital tivessem acesso às informações referente ao processo de acreditação, foram realizadas diversas
campanhas de conscientização, workshops de qualidade e segurança do paciente, oficinas de trabalhos manuais, peça teatral,
treinamentos, entre outros. Como consequência das atividades acima citadas, a busca pela acreditação consistiu em um pro-
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relato de c aso
cesso educativo sensibilizando a liderança, os colaboradores e parceiros para o caminho da melhoria contínua, criando um
ambiente organizacional seguro, sustentável e promissor. Acreditado em julho de 2014 pela JCI, os colaboradores do hospital
continuam sendo incentivados ao aprimoramento dos indicadores das metas internacionais de segurança. As lideranças dos
setores se reúnem trimestralmente com o CPG para analisar os dados de cada setor, discutir temas relacionados às várias áreas,
os resultados de cada meta, bem como as próximas ações.
Conclusão
O processo de obtenção do selo da JCI proporcionou uma efetiva melhoria nos processos referente à segurança do paciente, tendo em vista o crescimento médio dos resultados dos padrões exigidos pela JCI em 62% entre os anos de 2012 e 2014.
Destaca-se que o referido Hospital foi o primeiro Hospital Público da capital paulista a conquistar a acreditação JCI.
REFERÊNCIA
Mezomo. Gestão da Qualidade na Saúde- Princípios Básicos. São Paulo, 1995.
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relato de c aso
Trabalho n o 213
Gestão em Saúde
Política de atenção a queimados no estado na
Bahia: A experiência de Cruz das Almas
Autores: Emmanuelle Fonseca Marinho de Anias Daltro; Carlos Henrique Briglia de Barros
Instituição: Universidade Federal da Bahia / Faculdade Maria Milzae
Introdução
No Brasil ocorrem 1 milhão de casos de queimaduras por ano, 200 mil são atendidos em serviços de emergência e 40 mil
demandam hospitalização. Na Bahia, o Hospital Geral do Estado (HGE), unidade de referência localizada na capital, atende
cerca de 3 mil casos por ano, sendo que 1 em cada 3 casos demandam internamento no Centro de Tratamento de Queimados
(CTQ). Em 2007, 30% dos queimados que chegaram ao HGE eram oriundos Recôncavo Baiano, sobretudo da cidade de Cruz
das Almas, graças à tradicional guerra de espadas (BRIGLIA; FIUZA, 2007; CARVALHO, 2009). Diante do exposto, os gestores do
Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado da Bahia e do Município de Cruz das Almas pactuaram a implantação da Unidade de
Tratamento de Queimados de Cruz das Almas (UTQ Cruz das Almas) para facilitar o acesso dos pacientes ao tratamento. Este
trabalho descreve a experiência da implantação da UTQ Cruz das Almas, enfatizando aspectos políticos e técnicos que interferiram neste processo.
Desenvolvimento
Em 2005, foi elaborado o projeto para a implantação da UTQ Cruz das Almas com o objetivo de descentralizar o atendimento do HGE, humanizar e garantir resolutividade no tratamento, promover alto nível de independência funcional do paciente
e ser referência em cirurgia plástica reparadora do paciente queimado no Estado da Bahia. Havia naquele momento uma
conjectura política favorável ao processo dado ao alinhamento entre os três níveis de governo. Este alinhamento permitiu a
celeridade na celebração de instrumentos de parceria necessários para o desenvolvimento projeto. Entretanto, mesmo com
o referido alinhamento, entre 2006 e 2007 a UTQ Cruz das Almas dedicou-se apenas a realização de eventos de prevenção às
queimaduras e à capacitação de profissionais da rede municipal para assistência básica às queimaduras em cooperação técnica
com a equipe do CTQ do HGE. Ficou evidente, neste período, que entraves burocráticos foram responsáveis pela lentidão do
processo de implantação. Em 2008, finalmente, foi realizada a reforma e adaptação do Hospital Municipal de Cruz das Almas
que culminou com o início das atividades especializadas na UTQ Cruz das Almas. A unidade passou a contar com 15 leitos cirúrgicos, 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, sala de balneoterapia, sala de curativo ambulatorial e 2 salas cirúrgicas. Foram
contratados profissionais especializados do CTQ/HGE para treinamento em serviço da equipe. De acordo com os sistemas de
informação em saúde, entre 2008 e 2009 foram realizados na UTQ Cruz das Almas 2.987 procedimentos ambulatoriais e 41
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relato de c aso
procedimentos hospitalares (DATASUS, 2014). Em meados de 2009, já com um histórico considerável de serviços prestados no
Recôncavo da Bahia, a UTQ Cruz das Almas foi o lócus da 1º cirurgia de implante de matriz de regeneração dérmica custeada
pelo SUS no Nordeste.
Conclusão
A implantação da UTQ Cruz das Almas levou, no período analisado, à redução em 70% dos encaminhamentos de pacientes
queimados de Cruz das Almas e região para Salvador, favorecendo o acesso resolutivo aos serviços de atenção ao queimado
para os pacientes do Recôncavo, com um alto índice de satisfação do usuário registrado através da Ouvidoria Municipal de
Cruz das Almas. Dentre os limites observados para a operacionalização do serviço, destacaram-se a insuficiência de recursos
financeiros para custeio, a carência de mão de obra especializada e pendências burocráticas para habilitação/credenciamento
pelo Ministério da Saúde. Ressalta-se que, no caso analisado, o empenho técnico e político não foram suficientes para superar
os limites operacionais e garantir a longevidade do serviço. Em 2011 a UTQ Cruz das Almas foi desativada e os serviços transferidos para um hospital regional sob gestão estadual.
REFERÊNCIAS
BRIGLIA, C.H.; FIUZA, N.S.; et. al.; Projeto para implantação de uma Unidade de Tratamento de Pacientes Vítimas de Queimaduras no Instituto de Pediatria do
Recôncavo - IPER; Salvador, 2007.
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relato de c aso
Trabalho n o 214
Gestão em Saúde
Implantação do sistema informatizado Hórus
especializado na central de abastecimento
farmacêutico e unidades dispensadoras do
estado
Autoras: Andreza da Silva Rocha; Maria Cristina Souza Pereira Oliveira
Instituição: Secretaria Estadual de Saúde Pública do Pará
A Assistência Farmacêutica (AF) como parte do Sistema Único de Saúde (SUS) surge como conjunto de ações voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e
visando ao acesso e ao seu uso racional para isso, é preciso e essencial que todo o ciclo da Assistência Farmacêutica em todas
suas etapas seja desenvolvido adequadamente, visto que possíveis equívocos podem refletir na resposta e ao cuidado do paciente na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria de sua qualidade de vida. Segundo a Organização
Mundial de Saúde o uso racional de medicamento propõe que o usuário receba medicamentos apropriados para situação
clínica, nas doses que satisfaçam suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo possível, o mau
gerenciamento do processo de gestão da AF pode ocasionar entre outros transtornos o desabastecimento culminando na
interrupção de tratamento e fracasso terapêutico. O financiamento da Assistência Farmacêutica no SUS, principalmente na
aquisição de medicamento, é crescente e envolve as três esferas de gestão, sendo o financiamento de responsabilidade de
todos, os recursos federais estão organizados e transferidos na forma de blocos e o da AF é dividido em três componentes:
Básico; Estratégico e Especializado, sendo este último o de maior impacto orçamentário. Com o intuito de facilitar o acesso
com racionalização de os gastos e otimizar os recursos, o Estado do Pará buscou expandir a rede de acesso a este componente
aos usuários e implantar em todas as unidades dispensadoras de medicamentos especializados (UDME) o sistema de gerenciamento de estoque (Hórus Especializado), disponibilizado gratuitamente pelo Ministério da Saúde, tendo como contrapartida
adequar a estrutura de todos os setores onde o sistema seria implantado. O objetivo deste trabalho é descrever o processo
de implantação do sistema informatizado hórus especializado para gerenciamento de estoque da Central de Abastecimento
Farmacêutico e Unidades Dispensadoras, afim de gerenciar os recursos. A base metodológica caracteriza-se como estudo de
caso, utilizando o Planejamento Estratégico Situacional (PES) através da elaboração de Plano Operativo (PO) como ferramenta
de gestão. De acordo com a metodologia, diversos problemas relacionados à Assistência Farmacêutica foram identificados e
conforme o método de análise, um dentre estes, foi priorizado e aplicado o PES. A ausência de sistema de gerenciamento de estoque de medicamentos, foi o problema priorizado e como resposta sugeriu-se a implantação do sistema Hórus Especializado,
o qual foi adotado e implantados nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos Especializados (UDME). Com a parceria entre
as esferas de gestão o Estado executou a implantação do sistema de gestão em 100% de suas unidades ofertando oficinas e
capacitações para todos os que utilizariam o sistema. O gerenciamento de estoque de medicamento é atividade complexa
e com diversas atribuições na qual a quantidade de informações e dados para uma gestão eficaz requerem um dinamismo
220
qualihosp 2015
relato de c aso
e clareza que necessita de sistema informatizado eficiente, que permita além da rastreabilidade da tecnologia farmacêutica
disponível, o acompanhamento do paciente ainda que este se desloque dentro do sistema de saúde em diferentes linhas
de cuidado, e que este possa usufruir de informações de seu histórico patológico a fim de obter tratamento adequado e no
momento que necessite. Conclui-se que o sistema possibilita gerir eficientemente o ciclo da AF, proporcionando não apenas
economia financeira ao Estado, mas otimização de recursos e permite que o usuário e comunidade possam usufruir de assistência terapêutica adequada, evitando desperdício e possíveis desabastecimentos que garanta ao usuário segurança e o uso
racional de medicamentos.
2015 qualihosp
221
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 219
Gestão da Assistência
Relato de experiencia: um desafio para equipe
multiprofissional alinhamento do fluxo de
atendimento á cátastrofe através da simulação
realistica
Autoras: Vera Lucia Valentim; Adriana Torres; Ariadne Fonseca; Maiza Monteiro; Fernanda Marin
Instituição: São Camilo
Introdução
A simulação realística é o mais avançado método de treinamento utilizado principalmente em atividades de risco, com o
objetivo de aumentar a segurança dos processos. Na área da saúde, porém, sua aplicação é relativamente recente, quando
comparada à aviação. Apoiada por alta tecnologia reproduz, por meio de cenários clínicos, experiências da vida real. Para tanto,
utiliza simuladores, manequins e atores, em instalações que criam um hospital-virtual com o objetivo garantir a segurança
no processo de assistência ao paciente. Considerando que a segurança do paciente é imprescindível, realizamos uma simulação realística no atendimento á catástrofe. Utilizamos como parâmetro a aproximação da realidade, cujo ambiente apresenta
características específicas do cenário de emergência, evidenciando as experiências cognitivas, psicomotoras e afetivas, do
funcionário. Entretanto é de suma importância ressaltar que o aprendizado continua sendo um requisito primordial para o desenvolvimento das competências profissionais dentro da nossa instituição, vislumbrando técnicas eficazes e efetivas na assistência para os pacientes. Partindo do pressuposto que promover o ensino é estabelecer critérios para capacitar o colaborador,
desenvolvendo suas competências a fim de assegurar um atendimento qualificado dando ênfase á segurança do paciente, a
Simulação Realística é uma metodologia de treinamento inovadora, que, por meio de cenários de vivências práticas, replica
experiências da vida real e favorece um ambiente participativo e de interatividade.
Objetivo
Alinhamento do fluxo de atendimento aos pacientes vitima de catástrofe.
Método
Trata-se de um relato de experiência, realizado em um Hospital Privado, de médio porte, localizado na zona norte de São
Paulo. Este treinamento foi realizado em 2015. Utilizamos uma metodologia de ensino e aprendizado através da simulação
realística.
222
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relato de c aso
Relato da Experiência
Foram selecionados dezessetes vitimas adultos incluindo uma gestante e duas crianças, dentre as vitimas havia dois óbitos.
Simulamos o desabamento de um prédio de três andares com atendimento administrativo. As vitimas foram transportadas
para o atendimento multiprofissional no PSA através de ambulâncias, com toda a paramentação necessária. Tendo em vista o
grau de gravidade destas vitimas, as mesmas foram classificadas por cores de acordo com o método START.
Considerações Finais
Mediante a esta perspectiva foi necessário reavaliar o fluxo de atendimento dos pacientes de maior gravidade, assim como
a disseminação de informações para os familiares das vitimas e o atendimento da imprensa em situações de catástrofe. Este alinhamento de processo foi evidenciado após a aplicação de métodos facilitadores de aprendizado em nosso serviço que busca
qualidade e segurança do paciente e do profissional. Fica evidente que a simulação realística é um marco de grande evolução
na qualidade da assistência prestada aos pacientes.
2015 qualihosp
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 221
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Ferramentas de gestão da qualidade:
Aplicabilidade na segurança e prevenção de
quedas de pacientes em instituição hospitalar
Autores: Nilce Mara da Silva; Julia Pereira Soares Bitar; Lucieli Dias Pedreschi Chaves; Antonio Pazin Filho; Ana Martha de Almeida
Limongelli
Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO/USP
Frente às constantes transformações nos contextos hospitalares referentes à prática de saúde, o enfermeiro sofre exigências
de conhecimento especializado, bem como, habilidades gerenciais norteadas pelas ferramentas de gestão de risco (RODRIGUES
et al, 2014). Desta forma, o profissional enfermeiro tem assumido posições gerenciais no âmbito hospitalar tomando decisões
que relacionem as atividades administrativas, assistenciais e de ensino dentro das instituições, atrelando-as ao compromisso
com a qualidade e segurança do paciente. O hospital de estudo é público, universitário com atendimento terciário ao paciente
de alta complexidade e dispõe de 167 leitos de internação, qualificado para o ensino na área da saúde e tem como missão
institucional o atendimento às urgências que demandam maior densidade tecnológica e tratamento especializado, em abrangência da Direção Regional de Saúde (BERNARDES; EVORA; GABRIEL, 2011). Este estudo prioriza apresentar as atividades do
subcomitê de prevenção de quedas na utilização de ferramentas de gestão da qualidade. Após a implantação do subcomitê
de prevenção de quedas de pacientes, composto por 12 membros foram utilizadas ferramentas de qualidade para priorizar as
atividades do grupo. Inicialmente foi realizado um brainstorming, a fim de elencar as principais causas de quedas de pacientes
na instituição, após utilizou-se o diagrama de Ishikawa (causa e efeito), onde foram categorizadas as causas raízes do problema,
sendo elas divididas em fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente. Dentre as ferramentas e técnicas de qualidade utilizou-se também a ferramenta G.U.T., essa ferramenta estratégica direcionou as ações desenvolvidas pelo grupo, considerando G:
gravidade; U: urgência e T: tendência, no qual a gravidade representa o dano ou prejuízo que o problema acarreta, a urgência
representa o tempo de que se dispõe para resolver a questão e a tendência representa o que poderá acontecer se nada for
feito a respeito do problema (MARSHALL JR. et al, 2008). Deste levantamento, observou-se que a criação de uma cartilha de
orientação sobre prevenção de quedas de pacientes para os profissionais, pacientes e familiares seria prioritária e de grande
importância para o andamento das demais atividades realizadas pelo grupo na instituição. Para a criação da cartilha foi utilizada a ferramenta de gestão 5W e 2H que mapeia as atividades e o plano de ação com o máximo de clareza e objetividade,
direcionando os processos referente a: What? Who? When? Why? How?,How Much? (RODRIGUES et al, 2014; MARSHALL JR. et
al, 2008). A cartilha criada, intitulada “Segurança do Paciente - Prevenindo Quedas” foi divulgada no Workshop de Segurança
do Paciente da instituição, contribuindo para a mudança de cultura referente à prevenção de eventos adversos relacionados a
quedas de pacientes.
224
qualihosp 2015
relato de c aso
REFERÊNCIAS
BERNARDES,A.; EVORA,Y.D.M.; GABRIEL,C.S. O Modelo de cogestão em organizações hospitalares. In: HARADA,M.J.C.S. (Org) Gestão em enfermagem: ferramenta para prática segura. São Caetano do Sul: Yendis Ed., 2011.
MARSHALL JR.,I. et al. Gestão da qualidade. 9ª ed. Rio de Janeiro: Ed.FGV, 2008.
RODRIGUES,B.G. et al. Gerenciamento da assistência de enfermagem: estudo de caso na clínica médica de um hospital universitário. Revista Eletrônica Gestão
& Saúde, v.5, n. 1, p. 253-62, 2014.
2015 qualihosp
225
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 224
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
O impacto de gerenciamento de leitos baseado
na metodologia Lean Six Sigma
Autores: Falcão, Paula 1 ; Repetto, Simone 2 ; Geloneze, Ana Luiza Demarchi 3
Coordenadora Gestão de Leitos 1, Gerente da Qualidade e Processos 2, Black Belt Lean Six Sigma 3
Introdução
O processo de Gerenciamento de Leitos Hospitalares pode ser considerado um dos mais complexos e desafiadores dentro
das instituições de saúde, uma vez que envolve diversos setores e profissionais de equipes interdisciplinares, que muitas vezes
trabalham de forma isolada, ignorando a relação de interdependência entre suas atividades. Dados estatísticos divulgados
pelo Ministério da Saúde revelam um desequilíbrio entre a oferta e a necessidade de leitos hospitalares no Brasil. Além deste
cenário preocupante e persistente, outro fator extremamente importante é que, quanto maior o período de permanência
em ambiente hospitalar, maior é o risco de infecções associadas à assistência à saúde, aumentando em 2% a cada dia de internação. Portanto, um processo eficiente voltado ao gerenciamento de leitos é absolutamente necessário e de fundamental
importância, gerando impacto na segurança dos pacientes.
Para obter resultados satisfatórios, é essencial identificar claramente os processos que interagem na gestão dos leitos, conhecer dificuldades e limitações, definir metas a serem alcançadas, definir sistemática de acompanhamento e mensuração de
dados, analisar criticamente os resultados, implantar melhorias no processo e realizar acompanhamento constante.
Alguns passos podem ser utilizados para implantação da gestão de leitos nas instituições de saúde, considerando o o perfil
da instituição e suas condições: 1. Definir sistemática para implantação da Gestão de Leitos - Consiste em definir responsabilidades nas equipes, criar critérios para liberação dos leitos das internações eletivas, assim como em situações de urgência/emergência.
2. Estabelecer Interfaces e Integração com as áreas - Algumas instituições optam em criar um setor para gerenciamento de
leitos, outras agregam ao setor de internação e admissão. É importante estabelecer um líder para este processo, para ser a
referencia e dar diretrizes aos outros setores com interface neste processo.
3. Gerenciar os tempos de todas as etapas - Todas as etapas do processo devem ser identificadas e mensuradas. Estes dados
são utilizados para identificar os focos prioritários de atuação.
4. Utilizar Sistema/Softwares - A utilização de um sistema eletrônico atua como um grande facilitador do processo de gerenciamento de leitos, uma vez que todos os tempos de todas as etapas poderão ser acompanhados de forma simultânea e eficaz.
5. Definir Indicadores - Definir quais indicadores serão utilizados para o acompanhamento das ações e processos estabelecidos são fundamentais para identificar monitorar o desempenho.
A metodologia Lean Six Sigma tem como princípios fundamentais:
• Redução de desperdícios (Lean)
• Redução de variações nos processos (Six Sigma)
Adotando estes princípios básicos em todas as ações, além das ferramentas preconizadas pela metodologia, o Hospital
Novo Atibaia aprimorou de forma consistente o seu processo de Gerenciamento de Leitos.
226
qualihosp 2015
relato de c aso
Objetivo
Descrever os resultados obtidos através das mudanças implementadas no processo de gestão de leitos hospitalares, baseadas na Metodologia Lean Six Sigma. Os objetivos estabelecidos são:
• Identificar todos os processos/setores envolvidos na gestão de leitos
• Envolver as equipes destes setores e promover a integração
• Identificar o cenário atual e estabelecer metas a serem atingidas em conjunto
• Diminuir o tempo ociosos dos leitos hospitalares
• Diminuir o tempo médio de permanência hospitalar
• Aumentar o giro de leito
• Diminuir o intervalo de substituição de leitos
• Aumentar a segurança dos pacientes atendidos na instituição
Método
A ferramenta DMAIC foi amplamente divulgada a todos os envolvidos e utilizada como base das ações deste projeto. Uma
análise do cenário inicial da gestão de leitos hospitalares foi realizada através do Mapeamento do Fluxo de Valor. Desta forma,
foi possível identificar e mensurar todas as etapas do processo e assim, estabelecer ações específicas e direcionadas, atuando
de forma objetiva e consistente.
D
M
A
I
C
Define (Definir)
Measure (Medir)
Analyse (Analisar)
Improve (Melhorar)
Control (Controlar)
Definir o
problema Definir
escopo do
projeto
Mensurar e
identificar a
situação atual
Procurando
identificar relações
de causa e efeito
Analisar os dados e as
alternativas propostas
pela equipe envolvida,
avaliando as soluções
e estratégias a serem
implementadas
Implementar as melhorias
escolhidas baseadas na
análise da etapa anterior.
É recomendado utilizar
pilotos para possibilitar
possíveis ajustes
Controlar o futuro estado de
processo para assegurar que
quaisquer desvios do objetivo
sejam corrigidos antes que se
tornem defeitos. Implementar
sistemas de controle eficazes
RESUMO - PROJETO GERENCIAMENTO DE LEITOS
ETAPA
RESPONSÁVEL
ATIVIDADE
INDICADOR
Admissão do paciente
Médico PS ou Médico
do Paciente
Sinalização da data provável da alta
% de altas previstas na
admissão
Médico
Atualiza a previsão de alta em prontuário
conforme necessário
—
Médico e/ou Enfermagem
Informa o paciente da previsão de alta e
o mantém atualizado
—
Enfermagem
Atualiza a previsão de alta no
quadro da enfermagem
—
Enfermagem
Confirma com o médico a previsão de alta
para o dia seguinte e informa o paciente e
toda sua equipe, mantendo quadro atualizado
—
Durante o período de
internação
24h antes da data
prevista para a alta
(continua)
2015 qualihosp
227
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o sumário
relato de c aso
(continuação)
Enfermagem e equipe
multidisciplinar (s/n)
Inicia os cuidados de enfermgem (banho,
curativos, orientações) nos pacientes que
estão com alta prevista
—
Médico
Inicia as visitas médicas nos pacientes que
estão com alta previstas e prescrevem a alta
até às 10h
% de altas prescritas até as
10h
Administrativo
Tem até 45 minutos para finalizar a conta e a
organização do prontuário e liberar a saída do
paciente
Enfermagem
Após Administrativo, tem 45 minutos para finalizar
suas atividades, direcionar o acompanhante para
o fechamento da conta hospitalar no setor de
internação, encaminhar o paciente para a alta e
liberar a alta hospitalar no sistema
Equipe de Higiene
Após liberação da enfermagem, tem 01:30h
para higienizar e disponibilizar o leito para
uma nova internação
No dia da alta
Após a alta médica
prescrita
Após liberação da
enfermagem
Demais Indicadores
monitorados durante o
projeto:
qualihosp 2015
Tempo médio de liberação da
higiene
Giro de Leito
Tempo médio de permanência geral
Taxa de ocupação geral
% de altas previstas na admissão
% de altas prescritas até as 10h
Tempo média entre a alta médica e a liberação da enfermagem
Tempo médio entre a liberação da enfermagem e o final da higienização
Tempo médio entre a alta médica e o leito disponível (tempo ocioso)
Intervalo de substituição de leitos
Ações Desenvolvidas e Resultados Iniciais
228
Tempo médio de liberação da
enfermagem
relato de c aso
Desperdício Financeiro com atividades que não agregam valor ao processo
Base cálculo: Valor médio diária hospitalar excluindo diárias das UTIs =
R$ 309,36 Valor hora = R$12,89. Fonte: Gestão Unidades Negócio HNA.
Antes
Após 30 dias
Tempo de leito Ocioso
06:58h
03:05h
Desperdício financeiro dia
R$90,23
R$38,67
Desperdício financeiro mês
R$2.706,90
R$1.160,10
Desperdício financeiro ano
R$32.482,80
R$13.921,20
Conclusão
O projeto, iniciado em dezembro de 2014, encontra-se em plena fase de acompanhamento e controle. Ajustes serão desenvolvidos diante dos resultados iniciais identificados, pontualmente junto à equipe médica para melhoria da adesão à previsão
de alta e a prescrição de alta até às 10h, entretanto é possível observar o impacto das demais ações após 30 dias da implantação através da redução do tempo total de leito ocioso. Todas as equipes envolvidas relataram melhoria significativa em suas
atividades após perceberem a interação e cooperação entre as mesmas.
REFERÊNCIAS
1. BERWICK, D.M.; GODFREY, A.B & ROESSNER, J. Melhorando a qualidade dos serviços médicos, hospitalares e da saúde. São Paulo: Makron Books, 1994.
2. BORBA, R.V. Administração Hospitalar: princípios básicos. 3. ed. São Paulo: Cedas, 1991.
3. BORBA,R. V. – Planejamento empresarial hospitalar – São Paulo: Cedas, Cedas,1989;
4. BORBA, V. R.; LISBOA, C. T. Teoria Geral de Administração Hospitalar. Rio de Janeiro: Qualitymark,2006.
5. Roberto G. Rotondaro. Six Sigma Management strategy to improve processes, products and services. São Paulo. Atlas Publisher. 2013.
6. RADNOR, Z; HOLWEG, M; WARING, J. Lean in Healthcare: The unfilled promise? Social Science & Medicine, Nottingham, v.74, p364-371, 2012.
7. ROBINSON, S; RADNOR, Z; BURGESS, N.WORTHINGTON, C. SimLean: Utilizing simulation in the implementation of lean in healthcare. European Journal of
Operational Research, Loughborough, v.219, p.188-197, 2012.
8. IMÕES, F. Lean Healthcare – O conceito Lean aplicado à realidade dos serviços de saúde. 2009.95 f. Dissertação (Mestre em Gestão da Tecnologia, Inovação
e Conhecimento). Universidade de Aveiro. 2009.
9. YEH, H; LIN, C; SU, C. WANG, P. Applying lean six sigma to improve healthcare: An empirical study. African Journal of Business Management, v.5, p.12356-12370,
2011.
10.WARING, J; BISHOP, S. Lean Healthcare: Rhetoric, ritual and Resistence. Social Science & Medicine, Nottingham, v.71, p1332-1340, 2010.
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relato de c aso
Trabalho n o 227
Gestão da Assistência
Gestão da clínica e gerenciamento diário:
Relato de experiência em uma unidade de
clínica médica
Autoras: Fabiana Oliveira Silva; Mayara Oliveira Souza; Sonia Marize Tadra; Elizabeth Akemi Nishio; Cristiane Aparecida Betta
Instituição: Hospital Geral de Pirajussara
Introdução
A gestão da clínica é a introdução de tecnologias de microgestão dos serviços de saúde com a finalidade de assegurar
padrões clínicos ótimos e melhorar a qualidade da atenção à saúde. As tecnologias da gestão são: gestão dos riscos da clínica,
gestão de patologia, gestão de caso, gestão da lista de espera, diretrizes clinicas e auditoria clínica. As ferramentas de Gestão
da Clínica têm trazido grandes contribuições, uma vez que fornecem elementos de apoio à decisão e manejo clínico, organizando o processo de trabalho e os fluxos e definindo as competências e responsabilidades dos serviços, das equipes e dos
profissionais tendo como finalidade aumentar eficiência da assistência e diminuir os riscos para os pacientes. O gerenciamento
diário, como ferramenta da gestão da clinica é um acompanhamento diário da operação conectando os indicadores e as metas
organizacionais ao desempenho diário por meio de ferramentas visuais e encontros rápidos que envolvam também o acompanhamento e a solução de problemas que surgem na operação.
Desenvolvimento
A unidade de Clinica Medica de um hospital geral localizado em um município da grande São Paulo, possui 41 leitos, sendo
8 leitos destinados a pacientes de cuidados semi intensivos. O perfil de atendimento é de pacientes com patologias cardiológicas e nefropatas. Cerca de 35 % da clinica era ocupada por pacientes considerados crônicos, ou seja, com mais de 30 dias
de internação hospitalar, o que gerava impacto no acesso aos pacientes que necessitavam do leito na clinica e superlotava o
Pronto Atendimento do hospital. No mês de outubro de 2014, iniciamos a gestão da clinica e gerenciamento diário das metas
na unidade. Foi estudado o perfil de atendimento da unidade em relação ao diagnóstico e definida as linhas de cuidados, em
que ficou estabelecido o plano terapêutico, a data provável de alta e as metas diárias da equipe multiprofissional. O quadro de
aviso da unidade foi reformulado, dando lugar à gestão à vista: indicadores mensurados na unidade, eventos notificados, canal
de sugestões dos colaboradores, alertas para procedimentos operacionais padrões (ROPS) pertinentes a unidade. Em frente a
este quadro, diariamente, a enfermeira da unidade no inicio de cada turno se reúne com a equipe e rapidamente discute quais
os objetivos do dia, o desdobramento das ações e as metas a serem cumpridas de acordo com a linha de cuidado e plano terapêutico estabelecido. Essas reuniões não duram mais que 5 minutos. Ao final do dia, a reunião ocorre novamente para saber
se este objetivo foi cumprido ou não. Após dois meses de implantação temos como resultado um aumento de 43% no numero
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qualihosp 2015
relato de c aso
de internações e 25% no numero de saídas da unidade em relação a media anual. Com o gerenciamento diário das metas
estabelecidas no plano terapêutico conseguimos diminuir a quantidade de pacientes crônicos na unidade para 9%, sendo a
diminuição de 15 para 10 dias do tempo de decanulação destes pacientes fator que gerou impacto na desospitalização.
Conclusão
Dentro do curto espaço de analise da ferramenta introduzida podemos concluir que se bem aplicada e gerenciada, apresenta resultados expressivos na efetividade da pratica assistencial.
REFERENCIAS
1. Mendes, Eugenio Vilaca; Gestão da Clínica, 2002. 2.Gouveia, Robson. Desdobramento estratégico e gerenciamento diário sob a ótica lean, ed.Instituto
Lean, 2011.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 229
Gestão em Saúde
Planejamento estratégico em hospital de OSS:
Relato da experiência do Hospital Geral do
Grajaú
Autores: Rafael Saad Fernandez; Jocelene Batista Pereira
Instituição: Hospital Geral do Grajaú
O Hospital Geral do Grajaú - HGG, gerenciado pela OSS Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês - IRSSL, adotou
em 2012 como prática o modelo de gestão guiado pelo Planejamento Estratégico - PE. Proposto inicialmente por Kaplan e
Norton, tal modelo foi empregado ao longo de anos no aprimoramento da gestão de grandes empresas, as quais viram em
ferramentas como o Balanced Score Card e os Mapas Estratégicos formas efetivas de acompanharem o andamento de suas
unidades. Tal modelo foi trazido para a Saúde e é empregado em muitas unidades como forma de conduzir a gestão. Em alguns casos, o modelo visa apenas documentar ações e registrar a evolução de indicadores, de forma a garantir o cumprimento
de exigências de selos de qualidade. Contudo, quando aplicado como eixo condutor das ações de gestão, inserido na rotina
diária, tem potencial transformador. A experiência aqui registrada relata a introdução do modelo de PE no HGG. Ao longo de
2012, foram realizadas reuniões para definir missão, visão e valores da instituição. O processo foi conduzido de forma ascendente, com participação de colaboradores das diferentes áreas, o que se refletiu em uma estratégia suficientemente ampla
para abarcar as todas as unidades envolvidas na condução de um hospital. A partir de 2013, foram discutidos quais seriam os
projetos estratégicos para a instituição e de que forma o processo seria inserido na rotina da gestão. Para isso, houve troca de
experiências com o Hospital Sírio-Libanês, no sentido de observar o que poderia ser utilizado como modelo para o HGG. Além
disso, houve envolvimento de consultoria externa que auxiliou na organização de reuniões para discutir o assunto ao longo
deste ano. Ainda no final de 2013, foi organizado um grande seminário envolvendo Hospital Sírio-Libanês, IRSSL, SES, SMS e
gestores do HGG para discutir o cenário em que o hospital estava inserido e determinar os desafios que se colocavam diante
desta instituição. Neste seminário, foi desenhada a primeira versão do mapa estratégico, definido o conjunto de indicadores
estratégicos que seriam acompanhados inicialmente e elaborados os primeiros planos de ação. Neste encontro, optou-se por
organizar o planejamento do HGG em quatro grandes eixos:
- Qualidade da assistência;
-Sustentabilidade;
-Pessoas;
- Ensino e Pesquisa.
Para cada eixo foi organizado um grupo de gestores, os quais seriam encarregados de mensalmente produzir análise dos
indicadores e acompanhamento dos projetos a ele relacionado. Deste modo, ao longo de 2014, foi instituída rotina mensal de
reuniões. No 1º semestre de 2013, a instituição encontrava-se em dificuldades financeiras e as ações mais significativas da instituição estavam sendo conduzidas de forma desarticulada, com retrabalho entre as equipes. A rotina de planejamento permitiu
um acompanhamento constante dos indicadores, resultando em reequilíbrio financeiro e alinhamento das equipes em torno
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qualihosp 2015
relato de c aso
de objetivos comuns. Dentre os principais projetos conduzidos e implementados em 2014 encontram-se a instituição das
metas internacionais de segurança do paciente (Meta 1 - concluída; Meta 2 - em andamento); reequilíbrio fiscal e financeiro;
introdução da residência multiprofissional (com previsão de dobrar o número de vagas em 2015); ações de sustentabilidade
(com queda significativa no consumo de energia e água, esta última para 1/3 do consumo de jan/13!); plano institucional de
humanização (focado no PS, reorganizando a estrutura de gestão e abrindo espaço para um amplo projeto de reforma, com
melhoria na qualidade do atendimento observada nos índices de satisfação); entre outros. Deste modo, a experiência mostrou-se bastante bem sucedida e será ampliada em 2015 com a inclusão de um Escritório de Projetos, descendo o modelo apenas
dos projetos da alta direção para os projetos estratégicos de todas as unidades, o que deverá contribuir para que a unidade
conquiste o selo de qualidade em 2015.
2015 qualihosp
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relato de c aso
Trabalho n o 234
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avanços e desafios frente à implementação
do núcleo de segurança do paciente em um
hospital privado
Autores: Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira Saraiva; Alcides Viana de Lima Neto; Fernanda Lira Nunes Paulino; Nilba Lima de Souza;
Karine Cordeiro de Lemos Vasconcelos Silva
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
O setor saúde deve ser responsável por oferecer serviços de excelência e qualidade, primando pela segurança de todos os
seus clientes. Nesse sentido, entende-se que todos os profissionais envolvidos no processo assistencial devem estar preocupados com a segurança do paciente (SP). Diante da importância e relevância da temática, em 25 de julho de 2013, a Diretoria
Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabeleceu a Resolução Nº 36 que instituiu ações para a SP nos
serviços de saúde e adotou outras providências, dentre elas, a constituição do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) dentro
das instituições, definido como instância criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à SP. Destarte,
objetiva-se relatar a experiência interprofissional frente à construção do NSP em um hospital privado situado em Natal-RN.
Desenvolvimento
Diante das discussões realizadas nos últimos anos referentes a essa temática, alguns profissionais de nível superior do hospital (médico, enfermeiros e farmacêutica gerente), sentiram a necessidade de abordar com um olhar diferenciado, bem como
desenvolver ações que promovessem um cuidado integral e seguro. Partiu-se, inicialmente, da motivação de cada um, em
consonância com protocolos nacionais e internacionais, o que possibilitou encontros para a construção e implementação de
algumas ações primárias. A partir do surgimento da RDC Nº 36, tais profissionais formaram inicialmente o núcleo, por convocação de órgãos superiores (direção e gerência de enfermagem), destacando a concepção e valorização da contribuição de cada
um com os seus saberes específicos, tendo em vista a constituição multiprofissional da equipe. Dentre os principais desafios
vivenciados pelos membros do núcleo estão: a adesão dos profissionais da ponta em contribuir com as práticas seguras em
virtude da sobrecarga de trabalho, muitas vezes burocracias exigidas pelas instituições, bem como, a visão cartesiana por parte
da gestão da instituição, dificultando a implementação de algumas ações que necessitam de investimentos maiores e apoio
institucional. Apesar das fragilidades citadas anteriormente, consideram-se como pontos positivos e avanços, a mobilização e
construção de uma cultura de segurança com a participação dos diversos atores que compõem o cenário do cuidado, dentre
eles os profissionais de nível superior, médio e elementar. Destaca-se ainda a adaptação e implementação, de acordo com a
234
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relato de c aso
realidade loco-institucional, dos protocolos de identificação do paciente, segurança durante o uso, prescrição e administração
de medicamentos, prevenção de úlceras por pressão, cirurgia segura, lavagem das mãos e risco de quedas e prevenção do
tromboembolismo venoso (TEV), alguns deles recomendados por documentos legais. Tais protocolos foram elaborados, discutidos com o colegiado, validados e posteriormente divulgados na instituição.
Conclusão
A implementação do NSP representa um grande desafio por ser um processo novo e que necessita da adesão e o envolvimento dos diversos profissionais, exigindo um olhar diferenciado para essas questões. Ademais, entende-se a importância que
deve ser dada ao colegiado, tendo em vista as contribuições para a qualidade da atenção oferecida aos pacientes, bem como o
respaldo ético-legal vivenciado pelos profissionais por meio da criação de ações coerentes com as recomendações científicas
e legais.
REFERÊNCIAS
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em
serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, 2013.
GONÇALVES, L. A. et al. Alocação da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos adversos/incidentes em unidade de terapia intensiva. Revista da Escola
de Enfermagem USP, São Paulo, v. 46. n.spe, p.71-77, Out. 2012.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 235
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Gerenciamento do risco de suicídio em um
hospital psiquiátrico
Autores: André Danjiro Yoshizawa; Juliana Inhauser Riceti Acioli Barboza; Solange Regina Giglioli Fusco
Instituição: IPq
Introdução
O comportamento suicida é definido como uma ação na qual o indivíduo inflige-se dano (autoagressão), não importando o
nível ou a razão genuína da ação. Podendo ser de forma contínua com pensamentos de autodestruição e autoagressão, manifestada por gestos suicidas e tentativas de suicídio, e, finalmente, o próprio suicídio. É visto de maneira complexa, envolvendo
atitudes, cognições e comportamentos, cujos limites são vagos e imprecisos exigindo cuidados especializados em unidades
de internação hospitalar.
Justificativa
Foi identificado em uma instituição pública, localizada no município de São Paulo, um aumento do número de suicídios em
um curto período de tempo que mobilizou a equipe técnica multidisciplinar no sentido de entender e intervir nesta realidade
que sempre esteve presente em nosso cotidiano, mas que se evidenciou como uma problemática a ser repensada em termos
de estratégias de gerenciamento de risco e prevenção.
Objetivo
Relatar a experiência da equipe de enfermagem no Gerenciamento do Risco de Suicídio em um hospital psiquiátrico.
Metodologia
Trata-se do relato da experiência na elaboração e implantação de um Protocolo envolvendo equipe médica e de enfermagem nas seguintes etapas:
1) Sensibilização de equipe de enfermagem quanto à temática do suicídio e os sentimentos mobilizados nesta equipe.
2) Elaboração do Plano Assistencial da Enfermagem, de acordo com o grau de Risco de Suicídio classificado através de um roteiro de Avaliação (TASR) de aplicabilidade médica (Alto Risco-vermelho, Risco Moderado-laranja e Baixo Risco- amarelo). O
Plano Assistencial de Enfermagem abrangem os seguintes itens: orientações gerais, cuidados com o ambiente terapêutico,
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relato de c aso
medidas terapêuticas de enfermagem (apoio, ajuda na expressão de pensamentos e sentimentos e imposição de limites),
equilíbrio do humor e contenção do suicídio (encorajar papel ativo no tratamento e recuperação e estimular a crença e a
fé do paciente), com reavaliações sistemáticas e periódicas e sinalização de alerta visível para toda equipe multidisciplinar.
3) Reformulação do Impresso de Notificação de Evento Adverso com inclusão de critérios específicos referentes à tentativa de
suicídio para melhoria no processo de avaliação e análise.
4) Elaboração de indicadores de Risco de Suicídio: incidência de pacientes com risco de suicídio, incidência de tentativa de
suicídio e incidência de suicídio.
Resultados
A implementação do Plano Assistencial de Enfermagem com base no Roteiro de Avaliação de Risco favoreceu a tomada
de decisões, a sistematização da assistência de enfermagem e o plano terapêutico singular fundamental para a segurança
do paciente, a melhoria na qualidade da assistência e a ausência de novos casos de suicídio. A Reformulação do Impresso de
Notificação de Evento Adverso permitiu realizar análises mais detalhadas na busca das ocorrências, possibilitando identificar
falhas no processo, rever os planos de ação e formular novas estratégias de assistência.
Conclusão
O Protocolo favoreceu a comunicação efetiva entre os profissionais envolvidos na assistência promovendo a segurança
do paciente, minimizando os riscos, evitando a consumação de novos casos de suicídio e fortalecendo o atendimento com
segurança e qualidade.
REFERÊNCIAS
WHO (2014). World Suicide Report. “Preventing suicide: a global imperative”. Acessado 29 de janeiro. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/131056/1/9789241564779_eng.pdf?ua=1&ua=1. Bertolote JM, Santos CM, Neury JB. Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência
psiquiátrica. Revista Brasileira de Psiquiatria. 2010; vol 32, Supl II: 587-95.
Luoma JB, Martin CE, Pearson JL. Contact with mental health and primary care providers before suicide: a review of the evidence. Am J Psychiatry. 2002; 159
(6): 909-16.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 237
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Demanda cotidiana de um hospital publico
municipal rumo à qualidade: Relato de
experiência
Autoras: Iara Cristina-Silva; Poliana Colombo Baldin
Instituição: Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha
No âmbito da saúde, as organizações prestadoras de serviços de saúde, precisam adaptar-se ao momento de mudança e
transformações, tornando-se flexíveis e adotando estratégias que atendam as expectativas dos usuários. Atividades laborativas
pautado na PORTARIA Nº3390/30 de 2013. Hospital Dr Fernando Mauro Pires da Rocha, Hospital Geral inaugurado em 1990
referencia de Urgência/Emergência Sendo referência terciária para Unidades Básicas de Saúde, Programa Saúde da Família UBS/
PSF, Pronto Socorros, Unidades de Pronto Atendimento e UARS/AMA’s.
Objetivo/Metodologia
Relatar a experiência da gestão de Qualidade em hospital público do Município de São Paulo, vivenciados pela(s) autora(s),
enquanto membros da equipe multidisciplinar com um olhar qualitativo, que abordou a problemática desenhada a partir de
métodos descritivos, reflexão e ação GIL (2000). O mapeamento de Demandas voltadas as questões de Qualidade no Hospital
começaram a ser discutidas em 07/12/2014 após as constatações identificadas em visita denominada “Diagnostico Situacional”
equipe Coordenação do Núcleo Executivo de Qualidade Autarquia Hospitalar Municipal de São Paulo junto á alta direção e
equipe da qualidade foram elencados alguns quesitos para melhoria e obediência a legislação pertinentes.
Resultados
A implementação das ações referentes às demandas elencadas:
A) Controle de Psicotrópicos: Implementação de protocolo Assistencial referente á Prescrição, Dispensação, e controle dos
Psicotrópicos, de acordo com a responsabilidade profissional; conforme Portaria 344/98 ANVISA;
B) Organização das Comissões existentes: Foram identificadas 22, de acordo com as publicações Diário Oficial; houve orientação aos respectivos presidentes quanto a necessidade das ATAS, respectivos cronogramas e ações;
C) Informação (REM, Perfil Nosologico, Censo, Indicadores): Alinhamento junto Serviço Arquivo Médico, Diretoria técnica,
Administrativa e Qualidade com Projeto de reformulação do CENSO, em se tratar de que a INFORMAÇÃO é instrumento
essencial para a tomada de decisões. Nesta perspectiva, representa imprescindível ferramenta à vigilância epidemioló-
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relato de c aso
gica, por constituir fator desencadeador do processo “informação-decisão-ação”, tríade que sintetiza a dinâmica de suas
atividades.
D) Controle Refrigeração: Identificação de Unidade de Refrigeração, para armazenamento de medicamentos termolabeis 12
em unidades assistenciais da Instituição capacitação, orientação para equipe de enfermagem nos quatro plantões
E) Sistema de Trabalho Gestão por competências: elaborado instrumento com 05 perguntas abertas, junto á equipe da qualidade/Diretoria administrativa, implementação piloto setor: Farmácia Mapeamento de Competências descrição clara das
competências da organização e dos indivíduos, remetem as funções dos indivíduos e as reais necessidades da organização.
AMARAL 2008.
F) Atenção ao Cliente: Continuidade do projeto intuído por AHM, a Pesquisa de Satisfação com formulário padrão que contempla quatro esferas de satisfação do cliente (Péssimo, Ruim, Bom e Ótimo) como ferramenta essencial de Qualidade.
G) Segurança do Paciente: Em acordo com a POLÍTICA INSTITUCIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE com as 6 Metas
Internacionais S. Paciente com a publicação da RDC 36/2013 continuidade identificação, revisão e implementação dos
protocolos Assistenciais.
H) Controle dos Carros de emergência: Padronizados 14 carros de emergência da instituição objetivando um atendimento ágil
e seguro através de protocolo e auditoria mensal, capacitação, orientação da Equipe multidisciplinar. CONCLUÍ-SE que as
Demandas cotidianas estão longe do término, pois um serviço de qualidade deve sempre buscar melhorias nos processos.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações 2003.GIL, A. C. (2002). In A.C.Gil (Org).AMARAL,R.M. et al. Modelo
para o mapeamento de competências em equipes de inteligência competitiva. Ciência da Informação, Brasília, v 37,2008.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 239
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Notificação de erro de administração de
medicamentos: Uma abordagem educativa
envolvendo a segurança do paciente
Autores: Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira Saraiva; Alcides Viana de Lima Neto; Fernanda Lira Nunes Paulino; Nilba Lima de Souza;
Heloísa Helena Oliveira da Silva
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
O uso de medicamentos nas instituições de saúde é uma prática complexa que envolve vários profissionais e que leva
a riscos. Envolve a prescrição, dispensação e administração dos medicamentos, sendo efetuada pelos profissionais médico,
equipe da farmácia e equipe de enfermagem. A presença dos incidentes e eventos adversos, que comprometem a segurança
do paciente, constituem atualmente um grande desafio para o aprimoramento da qualidade no setor saúde. O enfrentamento
deste desafio, envolve necessariamente uma nova percepção do erro e seu redimensionamento, como indicador de falha de
um processo que não necessariamente diz respeito ao desempenho individual. Toda atividade executada é uma oportunidade
de erro, podendo o mesmo ser definido como qualquer ação que exceda as tolerâncias suportadas pelo sistema que interage
com o ser humano. Emerge, neste novo cenário, o erro como indicador de qualidade de um processo, bem como, sintoma da
necessidade de reconstrução do conhecimento ou da prática propriamente dita. A partir desta nova contextualização viabiliza-se a intervenção correta e oportuna, investindo-a de maior capacidade resolutiva. Delineado por esse pensamento, é importante a abordagem do erro na instituição hospitalar, o que contribui para a melhoria da assistência com vistas à segurança do
paciente. O estudo trata-se de um relato de experiência acerca da reconstrução sobre a percepção do erro de administração
de medicamentos em uma instituição de saúde de alta complexidade.
Desenvolvimento
A experiência foi vivenciada pelos enfermeiros de uma instituição hospitalar privada no estado do Rio Grande do Norte. A
reconstrução do conceito de erro foi motivada a partir da criação do núcleo de segurança do paciente, e por meio da elaboração e implementação do protocolo de segurança no uso de medicamentos. Diante disso, foi redimensionado o impresso
para notificação de erro de administração de medicamentos, envolvendo uma abordagem educativa ao invés de punitiva. Esse
impresso utilizado na notificação foi avaliado com base na literatura atual e no contexto local e dimensionado de forma que
as causas do erro estejam descritas de forma clara e objetiva, facilitando o processo de tratamento deste, desenvolvido pela
enfermeira responsável pela Educação Permanente da instituição juntamente com o Núcleo de Segurança do Paciente. Depois
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relato de c aso
da reformulação, os enfermeiros foram treinados para a abordagem do evento e o preenchimento do impresso corretamente.
A notificação do erro encontra-se em fase de implantação na referida instituição de saúde; a abordagem educativa é de suma
importância para a garantia da intervenção adequada. Dessa forma, é perceptível a maior receptividade dos colaboradores do
processo, diante do erro notificado. Um dos obstáculos encontrados foi a adesão de notificadores, demonstrando a dificuldade
de compreensão acerca do crescimento trazido pelo erro conhecido.
Conclusão
A mudança de paradigma acerca do conceito de erro é algo lento e progressivo. Esse estudo demonstra que no contexto
em questão a muito a ser desenvolvido, em termos de estratégias para essa mudança. Entretanto, acredita-se que a internalização de novos padrões e atitudes seja uma meta a ser incorporada e, que as próximas notificações de falhas sejam pertinentes
e possibilitem aos gestores um retrato mais nítido sobre a assistência prestada.
REFERÊNCIAS
DUARTE, R.S.; SALLES, R.S.; CASSIAVILLANI, C.A.; CAVA, A. O Gerenciamento de Risco e a notificação de erro pela equipe de Enfermagem: relato de um hospital
federal acreditado. Revista Acreditação, vol.4, n.7, 2014.
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS.
Disponível em: Acesso em: 26/01/2015.
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relato de c aso
Trabalho n o 242
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação da rastreabilidade de
medicamentos em um hospital público terciário
de grande porte
Autores: Renato Mateus Fernandes; Paulo Frederico Galembeck; Cleuber Esteves Chaves; Anna Laura Roquetto Pancini; Vanusa
Barbosa Pinto
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
O grande desafio para as farmácias hospitalares é aprimorar a gestão administrativa, desde o planejamento e compras até
o armazenamento e distribuição, garantindo uma melhor qualidade técnica e maior segurança do paciente (SILVA, et. al 2013).
Portanto, para aperfeiçoar o controle de estoque, garantir a segurança do paciente, reduzir custos e propiciar uma melhor
gestão, a Divisão de Farmácia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo iniciou o projeto para implantar a rastreabilidade de medicamentos. Em vista disto, este artigo apresenta um relato de
sobre a implementação da rastreabilidade do Hospital das Clínicas visando um aumento da qualidade na farmácia hospitalar.
Desenvolvimento
A proposta deste projeto é garantir a rastreabilidade dos medicamentos, a partir do recebimento até a sua administração
com o controle do lote e validade. Entretanto, pela complexidade do hospital a implantação do projeto se dará em quatro fases,
sendo que a primeira, abordará a distribuição até os setores. Os medicamentos contemplados neste primeiro passo do projeto foram os de alta vigilância (MAV), por apresentarem um risco aumentado de provocar danos significativos nos pacientes
(BRASIL, 2013). A lista de MAVs utilizada no hospital é composta por 22 apresentações de nove princípios ativos foi selecionada
a partir da lista do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos. A distribuição dos medicamentos para os pacientes
internados se dá na forma individualizada e foi necessário dimensionar a quantidade e como seria a unitarização. Dessa forma, a
alternativa foi a reetiquetagem com a impressão de código de barras, realizada pela Unidade de Farmacotécnica (UFAR) do hospital. Outro passo do projeto foi garantir que o sistema informatizado estava preparado para interpretar os dados do código de
barras, sendo necessárias simulações para assegurar a confiabilidade do sistema. Na Logística da Assistência Farmacêutica (LAF)
houve mudanças no seu fluxo operacional para adequar-se ao projeto. O setor de recebimento começou a inserir no sistema as
informações que serão rastreadas, tais como, lote e validade. Para que houvesse a movimentação dos medicamentos por meio
do código de barras, este setor passou a etiquetar as caixas de embarque e enviando para a unitarização na UFAR. Feito isso,
o medicamento unitarizado será armazenado na LAF até que se seja solicitado sua distribuição. A área de conferência adotou
o uso de leitores de código de barras, promovendo maior agilidade na baixa do estoque e mais uma barreira para evitar erros.
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relato de c aso
Conclusão
Os resultados alcançados são bem promissores para as próximas etapas, tendo como benefícios: processos mais seguros;
maior agilidade na conferência com baixa de estoque online; emissão de relatórios dos lotes enviados para os setores; facilidade para a notificação de reações adversas e maior rapidez na localização de lotes interditados. Os gastos necessários para
o projeto são de grande impacto financeiro, e por muitas vezes visto como empecilho, entretanto, a economia gerada pela
diminuição dos erros e o melhor controle do estoque possibilitam um grande retorno do investimento inicial para a instituição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 529, 1º abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do paciente. Brasília, 2013. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html>.
SILVA, M. J. S.; TORRES, R. M.; OLIVEIRA, M. A.; CASTRO, C. G. S. O. Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 12, Dez. 2013 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art text&pid=S1413- 81232013001200017&ln
g=en&nrm=iso>.
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relato de c aso
Trabalho n o 243
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Utilização da matriz de importância Desempenho na avaliação de concorrência em
um hospital privado
Autoras: Heloísa Helena Oliveira da Silva; Mariana Rodrigues de Almeida; Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira Saraiva; Karine Cordeiro
de Lemos Vasconcelos Silva; Nilba Lima de Souza.
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
Apesar de muito utilizada para avaliar oportunidades de melhoria em serviços, a Matriz de Importância-Desempenho,
pouco tem sua aplicabilidade utilizada para a definição de estratégias de competitividade na gestão hospitalar. Este trabalho
tem como objetivo aplicar a matriz importância-desempenho em um serviço hospitalar privado, situado na cidade de Natal, no
estado do Rio Grande do Norte, Brasil, com a finalidade de conhecer a contribuição desta ferramenta para determinação dos
critérios competitivos observados na organização.
Desenvolvimento
O método de pesquisa utilizou um questionário de satisfação aplicado a uma amostra de 23 clientes com período de
internação superior a 15 dias e uma amostra de 23 gestores da instituição em estudo. No instrumento foram identificados e
analisados os critérios competitivos mais valorizados, o seu grau de importância e seu desempenho frente aos concorrentes.
Conclusão
Como resultado da pesquisa, observou-se a identificação de objetivos ganhadores de pedidos, qualificadores e observação
de necessidade de melhoria, no ponto de vista de clientes e gestores. Portanto, concluiu-se que a ferramenta utilizada, contribuiu significativamente para o alinhamento da estratégia da empresa hospitalar, frente à expectativa dos clientes.
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relato de c aso
REFERÊNCIAS
ARI ZILBER, MOISES ; CARLOS LAZARINI, LUIZ. Estratégias competitivas na área da saude no brasil: um estudo exploratório. Revista de Administração
Contemporânea - RAC, Jan-March, Vol.12(1), p.131-154, 2008.
DANGAYACH, G.S. e DESHMUKH, S.G. Manufactury Strategy: literature review and some issues. International Journal of Operations and Production Management,
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FREIRE, F. S.; CRISÓSTOMO, V. L.; BOTELHO D. R. Um método quantitativo para avaliação da satisfação dos clientes. Revista Contabilidade & Finanças, Vol.14(31),
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GONÇALVES, M. A.; ZAC, J. I.; AMORIM, C. A. Gestão estratégica hospitalar: aplicação de custos na saúde. Revista de Administração FACES Journal, Vol.8(4),
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PRAJOGO D. I., MCDERMOTT. Examining competitive priorities and competitive advantage in service organisations using Importance-Performance Analysis matrix.
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SLACK, N.; CHAMBERS, S. e JOHNSTON, R. Administração da Produção. Tradução Henrique Luiz Corrêa. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
VENDEMIATTI, M.; SIQUEIRA, E.S.; FILARDI, F.; BINOTTO, E.; SIMIONI, F.J. Conflito na gestão hospitalar: o papel da liderança. Ciência & Saúde Coletiva, Vol.15,
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 245
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Gestão estratégica alinhada ao mapeamento de
processo numa unidade ambulatorial hospitalar:
Um relato de experiência
Autoras: Patricia Andreia Lima Maciel; Shirley dos Santos; Cristiane Aparecida Betta; Sandra Miriam Bertolini Turati; Elizabeth Akemi
Nishio
Instituição: Hospital Geral de Pirajussara
Introdução
Um dos pontos mais abordados em discussões gerenciais é a importância da análise de indicadores e a utilização de ferramentas de qualidade que auxiliam nos processos operacionais, gerenciais e estratégicos das Instituições. As Instituições de
Saúde há muito adotam este modelo de gestão e já conseguem apresentar resultados positivos e expressivos. O nosso relato
de caso inicia-se na análise de uma destas ferramentas de gestão, a saber, a pesquisa de satisfação do Serviço de Atendimento
ao Usuário (S.A.U.). Em nossa Instituição, o resultado desta satisfação é analisado de modo global e estratificado por Unidades.
No início do ano de 2014, a Unidade Ambulatorial, que historicamente apresentava resultados não satisfatórios apresentou um
agravante: o surgimento de queixas formais não características da Unidade devido à demora no atendimento das consultas
e no agendamento de cirurgias. Sendo assim, foi decidida pela Alta Liderança do Hospital uma intervenção direcionada na
Unidade.
Desenvolvimento
Este trabalho teve início em junho de 2014 e a data de virada das mudanças macros do processo se deu no dia 03 de novembro de 2014. Uma equipe multiprofissional foi constituída para a realização desta intervenção e com o objetivo de realizar
o levantamento dos principais problemas para elaboração de um plano de melhorias dos processos da Unidade Ambulatorial.
Para isso foi adotada a seguinte metodologia:
1º. Realização de um mapeamento do processo ambulatorial (Metodologia Lean) através de um acompanhamento no local de
todos os fluxos da Unidade e entrevista com colaboradores e usuários;
2º. Organização das informações coletadas;
3º. Benchmarking com outras Unidades que possuem serviços exitosos e consulta com profissionais especialistas, com larga
experiência nesta área assistencial;
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relato de c aso
4º. Elaboração do diagnóstico e apresentação de uma proposta inicial de melhorias para a Alta Liderança;
5º. Reunião com equipes de apoio para ajustar e validar ações específicas que faziam parte do plano de melhorias global;
6º. Apresentação do objetivo do trabalho de intervenção, diagnóstico, plano de ação, cronograma das mudanças no processo
para os gestores das equipes envolvidas;
7º. Apresentação do objetivo do trabalho de intervenção, diagnóstico, plano de ação, cronograma das mudanças no processo
para os colaboradores operacionais das equipes envolvidas;
8º. Aplicação dos Planos de Ação específicos e preparação para a virada das mudanças (cronograma);
9º. Virada do processo e acompanhamento das mudanças;
10º.Acompanhamento semanal das ações, ocorrências e resultados. O plano de melhorias contemplou revisão e mudanças nos
fluxos operacionais, assistenciais e de interfaces com clientes internos e externos. Houve redefinição de papéis e responsabilidades e mudança no acompanhamento das metas de produção, de satisfação do cliente e o gerenciamento da fila
cirúrgica foi reorganizado.
Conclusão
Os primeiros dias foram os mais críticos, porém equipe operacional e os usuários aprovaram as medidas de organização dos
fluxos, dos processos de trabalho e a redefinição de papéis e responsabilidades. Em análise preliminar obtivemos uma melhora
de aproximadamente 20% da aceitabilidade da satisfação, com elogios formais recebidos. O acompanhamento das metas de
produção está mais eficiente e a fila cirúrgica reorganizada permitiu a reestruturação de sua gestão. O que concluímos foi que
a utilização e análise sistemática das mais variadas ferramentas de qualidade se constituem em excelentes instrumentos na
gestão eficiente das práticas assistenciais e na garantia da produção de um cuidado efetivo e da acessibilidade do usuário.
REFERÊNCIAS
Falconi, V. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia-a-dia. Editora DG. 8ªed. Belo Horizonte, 2002.
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relato de c aso
Trabalho n o 247
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Desenvolvimento de software para
monitoramento de ações corretivas e
preventivas em um hospital privado
Autoras: Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira Saraiva; Heloísa Helena Oliveira da Silva; Karine Cordeiro de Lemos Vasconcelos Silva;
Nilba Lima de Souza; Alcides Viana de Lima Neto
Instituição: UFRN
Introdução
A implementação de programas de garantia da qualidade nos serviços de saúde tem sido uma das principais preocupações
e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso se deve a diversos fatores observados que transcorre desde
questões ético-legais que implicam em uma crescente judicialização da saúde, até questões econômicas ou relacionadas à
necessidade de garantir níveis satisfatórios de segurança na prestação dos serviços. Diante desse contexto, destaca-se a criação e a implementação dos Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ), entendidos como um conjunto de práticas voltadas para
a satisfação do paciente, abordagem por processos, melhoria contínua e envolvimento de todos. Nessa conjuntura, surgem
ferramentas como fatores importantes para a manutenção da qualidade dos processos clínicos, que podem contribuir para a
melhoria dos serviços prestados. Diante da importância e da necessidade da utilização cotidiana dessas ferramentas, objetiva-se com este relato apresentar um software desenvolvido e utilizado em um hospital privado para a criação de relatórios de
ações corretivas provenientes de não-conformidades, bem como ações preventivas.
Desenvolvimento
Para aprimorar o desempenho organizacional por meio da melhoria dos seus processos, bem como fornecer aos clientes
serviços eficientes, o referido hospital optou pela implementação do SGQ de acordo com as orientações da NBR ISO 9001:2008.
Com o propósito de atender ao requisito 8.5 da norma, que trata de “Melhorias”, o Comitê da Qualidade, juntamente com a
equipe de tecnologia da informação desenvolveu um software que possibilita a abertura de Relatórios de Ações Corretivas e
Preventivas (RACP’s). Destaca-se que as ações corretivas são realizadas quando ocorrem falhas nos processos, ou seja, ocorrem
fragilidade durante a realização de ações documentadas por normas, diretrizes, protocolos clínicos ou até mesmo a legislação
vigente e têm o objetivo de eliminar a causa da não-conformidade ou outra situação indesejável. As ações preventivas são
abertas quando, por meio de uma visão ampla, os gestores dos processos realizam ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade ou outra situação potencialmente indesejável. O software foi desenhado e estruturado com base
no diagrama de causa-efeito e apresenta a relação entre uma característica da qualidade e os seus fatores, permitindo que
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relato de c aso
seja identificada uma relação significativa entre um efeito e as suas possíveis causas. Além da análise por meio do diagrama,
o sistema possibilita a elaboração de um plano de ações estruturado a partir da ferramenta 5W2H que possibilita a descrição
de atividades pré-estabelecidas que precisem ser desenvolvidas com a maior clareza possível, além de funcionar como um
mapeamento dessas atividades.
Conclusão
Pode-se afirmar que as organizações, inseridas em um mercado competitivo, somadas à exigência da clientela por serviços
de qualidade, necessitam buscar sempre a melhoria constante no desempenho dos seus processos. Nesse sentido, considera-se que o desenvolvimento do software possibilitou um melhor monitoramento e acompanhamento tanto das ações corretivas quanto das preventivas, contribuindo com o desenvolvimento e a implementação de planos de melhoria contínua pela
alta direção e os gestores/coordenadores de áreas do referido hospital.
REFERÊNCIAS
GOES, S. Ação Corretiva e Ação Preventiva. Executive Educação Continuada e Consultoria LTDA, 2010. Disponível em HTTP://executive.com.br/arquivos_pdf/
pdf505.pdf. Acesso em 29 de janeiro de 2015.
SILVA, A. O. et AL. Gestão da qualidade: aplicação da ferramenta 5W2H como plano de ação para projeto de abertura de uma empresa. 3ª Semana Internacional
das Engenharias da FAHOR. Horizontina, 2013. Disponível em: http://www.fahor.com.br/publicacoes/sief/2013/gestao_de_qualidade.pdf. Acesso em:29 de
janeiro de 2015.
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 248
Gestão em Saúde
Implementação de Workstations em Gestão de
Saúde
Autores: Thomas Augusto Taka; Raphael Tadashi Kaneko; Fernando Liebhart Maia
Instituição: HCFMUSPSP
A estruturação de um organograma baseado em estações de trabalho especializadas (Workstations) é um conceito advindo da descentralização de processos em gestão, que visa a criação de subunidades dentro de uma estrutura organizacional
centralizada. Tal conceito tornou-se amplamente difundido em diversos segmentos, inclusive na elaboração do Sistema Único
de Saúde. Um hospital público de ensino, de caráter terciário estava passando por um processo de acreditação e era necessário adequar os seus processos com um prazo de tempo restrito para atender a todos os critérios de avaliação. Dessa forma, o
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) criou as Workstations (WS). O objetivo era
se adequar às avaliações de programas de acreditação e a melhoria da qualidade de seus serviços prestados às suas diversas
unidades, tendo em vista, porém, a limitação no dimensionamento de recursos humanos e os prazos para adequações das não
conformidades. Essas WS foram baseadas em uma estrutura matricial e organizadas de forma que recursos fossem descentralizados de acordo com as necessidades de cada área. A Workstation Central (WSC) corresponde à Coordenação do SESMT e
é responsável por coordenar as demais WS, padronizar processos e operações, atender às demandas jurídicas e trabalhistas,
além de definir e planejar inserções de programas e processos na organização geral. Competem às WS a aplicação e gestão dos
processos determinados pela WSC em sua área, com planejamento e execução de ações alinhadas aos stakeholders locais, bem
como desenvolvimento e elaboração de relatórios. Essa organização de trabalho permitiu garantir em tempo hábil a conformidade de todos os seus processos em critérios de qualidade sem onerar a instituição com uma contratação de equipe. As WS
dinamizaram a comunicação e as ações do SESMT com todas as áreas do hospital e ampliaram a gama de informações coletadas, refinando a qualidade do serviço prestado de acordo com as necessidades dos stakeholders, mas mantendo os processos
centralizados e corporativos com a WSC.
REFERÊNCIAS
Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 Brasil.
Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
Ulrich, David. Human resource champions: The next agenda for adding value and delivering results. Harvard Business Press, 2013.
Siggelkow, Nicolaj, and Daniel A. Levinthal. “Temporarily divide to conquer: Centralized, decentralized, and reintegrated organizational approaches to exploration and adaptation.” Organization Science 14.6 (2003): 650-669.
Wong, Elaine M., Margaret E. Ormiston, and Philip E. Tetlock. “The effects of top management team integrative complexity and decentralized decision making
on corporate social performance.” Academy of Management Journal 54.6 (2011): 1207-1228.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 250
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Aplicação do Programa 5S em um hospital
privado: Ferramenta precursora à implantação
de modelo de Gestão pela Qualidade
Autores: Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira Saraiva; Heloísa Helena Oliveira da Silva; Karine Cordeiro de Lemos Vasconcelos Silva;
Alcides Viana de Lima Neto; Danielly Isabel Gomes de Lima
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
Incutir a cultura de gestão pela qualidade no ambiente hospitalar não é tarefa fácil, requer planejamento que promova a
alteração do comportamento das pessoas e a transformação do ambiente das organizações. Este estudo relata a experiência
da aplicação da metodologia do Programa 5S nas Unidades de Internação de um hospital privado, situado na cidade de Natal,
no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, como ferramenta prévia, para implantação de um programa de qualidade.
Desenvolvimento
As estratégias utilizadas para a aplicação dos cinco sensos estiveram a cargo de um Comitê interno, multiprofissional, que
após planejamento definiu o modelo de execução do Programa 5S nas unidades de internação hospitalar. Todos os funcionários receberam treinamentos durante o horário de trabalho, por um período de dois meses. Na sequência todos participaram
ativamente de evento denominado 5S Semanal, onde para cada dia da semana foi estabelecido um Senso a ser praticado. Este
ciclo rodou por três meses consecutivos, visando aquisição de disciplina frente ao programa. Finalizado o período, foi realizada
auditoria 5S em todas as áreas de trabalho.
Conclusão
A utilização do Programa no Hospital proporcionou uma reorganização nos Postos de Enfermagem, resultando numa mudança no ambiente físico, nas questões organizacionais e administrativas, contribuindo para melhoria da autoestima do pessoal e auxiliando o relacionamento interpessoal. Efetivamente destacamos os seguintes resultados: ambientes organizados de
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relato de c aso
forma segura e prática, combate ao desperdício, comprometimento com a manutenção da ordem no ambiente, relações de
trabalho mais solidárias, disciplina nas práticas assistenciais e o despertar da criatividade profissional entre os colaboradores.
Observamos o empenho dos funcionários, de forma colaborativa, o que resultou em um ambiente propício a gestão pela
qualidade.
REFERÊNCIAS
PERTENCE, Poliana Prioste; MELLEIRO, Marta Maria. Implantação de ferramenta de gestão de qualidade em Hospital Universitário. Rev Esc Enferm USP, v. 44,
n. 4, p. 1024-31, 2010.
VALLS, Valéria Martin; VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. A gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil: uma nova revisão de literatura,
de 1997 a 2006. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p. 118-137, 2006.
JÚNIOR, Garibaldi Dantas Gurgel; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão. Qualidade total e administração hospitalar: explorando disjunções conceituais. Ciência e
Saúde Coletiva, v. 7, n. 2, p. 325-34, 2002.
LIMA, MBBPB. A gestão da qualidade e o redesenho de processos como modelo de desenvolvimento organizacional em hospitais públicos universitários: o
caso do Hospital das Clínicas da UNICAMP. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, 2006.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 257
relato de c aso
Gestão em Saúde
Planejamento estratégico situacional:
Desempenho do especializando em gestão da
clínica e o perfil de competência desejado
Autores: José Pereira de Souza; Jocelene Batista Pereira; Rosana Cláudia Posseti
Instituição: Hospital Geral do Grajaú - OSS
O Sistema Único de Saúde exige novas habilidades na Gestão da Clínica. Esse trabalho relata uma experiência, vivenciada
no curso de Especialização da Gestão da Clínica do Município de São Paulo - Região 38 durante o ano de 2014. Como um
dos requisitos para o título de facilitador em metodologias ativas, buscou-se analisar por meio do Planejamento Estratégico
Situacional (PES) o Desempenho dos especializando dos Grupos Afinidade 1 e 3 do Curso de Gestão da Clínica - GC. Foi considerado como referência, o Perfil de Competência do Gestor da Clínica nas Regiões de Saúde, oriundo do resultado do trabalho
desenvolvido pelos seus autores a partir dos perfis de competência estabelecidos para os cursos Gestão da Clínica nas Redes
de Atenção à Saúde, Gestão da Clínica nos Hospitais do SUS e Gestão do Cuidado ao Paciente Crítico, realizado no período
2009-2010, Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas de Atenção à Saúde, realizado no período 2011-2012, e Gestão da
Clínica nas Regiões de Saúde, nas duas edições realizadas no período 2012-2014 pelo IEP/HSL. Como atividade dos Projetos em
parceria entre o Hospital Sírio-Libanês, o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa e o Ministério da Saúde, com o apoio do
Conselho Nacional de Secretários da Saúde - CONASS, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS,
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e de instituições de Ensino Superior do país, vem desenvolvendo projetos
educacionais voltado ao desenvolvimento de profissionais do Sistema Único de Saúde - SUS. Vamos descrever a experiência
da utilização do Planejamento Estratégico Situacional (PES) como metodologia para compreensão dos problemas identificados do ponto de vista da facilitação de especializandos do Curso de Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde. O Planejamento
Estratégico Situacional foi elaborado a partir dos problemas oriundos dos especializandos do Curso de Gestão da Clínica da
3ª Onda (Região 38 - São Paulo) em diferentes contextos. O perfil do especialista em gestão da clínica nas regiões de saúde
está representado pela articulação de três áreas de competência que delimitam o escopo de trabalho da atuação profissional:
Gestão em Saúde; Atenção à Saúde e Educação na Saúde. Por meio da análise crítica da participação e do produto dos especializandos, aplicando-se o planejamento estratégico situacional, identificamos que as principais dificuldades identificadas e
problematizadas incluíram os seguintes Descritores (D), D1: apenas 11% dos especializandos dos GAF 1 e 3 do Curso de Gestão
da Clínica tinham conhecimento da Metodologia Ativa; D2: 100% dos especializandos apresentaram algum grau de dificuldade
no desenvolvimento do trabalho em saúde de modo orientado aos resultados e D3: 100% dos especializandos apresentaram
algum grau de dificuldade para focalizar e avaliar a atenção à saúde nas necessidads dos usuários. Para dificuldades apresentadas na Área de Competência: Ensino em Saúde foram utilizadas estratégias tais como Processamento das Situações Problema
(SP) e Processamento de Narrativas. Na Área de Competência: Gestão em Saúde foram desenvolvidos os Projetos Aplicativos
- PA e na Área de Atenção à Saúde, foram construídas as Linhas de Cuidado (LC) e o Projeto Terapêutico Singular (PTS). A utilização de estratégias de Metodologia Ativa favorece um diagnóstico e acompanhamento mais acurado dos especializandos, com
desenvolvimento de capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras, mobilizadas para realização de uma ação de forma a
alcançar o perfil de competência proposto para o Gestor da Clínica no SUS.
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relato de c aso
Trabalho n o 258
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Jogo educativo como facilitador de
transformação e mudança comportamental
no ambiente de saúde - Estudo de caso em
instituição publica e privada para montar o
núcleo de segurança do paciente
Autora: Rosely Cordon
Instituição: FOUSP- CEPI
Introdução
A importância do lúdico e do humor na aprendizagem vem sendo estudada e pesquisada tanto para crianças como para
adultos, sendo crescente o numero de artigos nestas áreas. O uso equilibrado do humor ajuda a quebrar o stress e as defesas,
possibilitando uma comunicação mais eficaz entre o facilitador e os participantes, sugerindo que o papel psicológico primário
do humor é como uma resposta emocional ou tampão para aliviar o estresse físico. Além disso, o riso estimula um efeito fisiológico que diminui os hormônios do estresse, como o cortisol sérico e adrenalina. O uso do humor não pode ser exagerado,
fora de contexto ou irrelevante, pois isso torna-se uma distração, para ser eficaz, a comédia deve complementar - e não distrair - o material do curso. Os instrutores que usam o humor perturbador ou inapropriado podem realmente interferir com a
aprendizagem. Na medida certa, o humor é uma ferramenta poderosa, que atrela o conteúdo a emoções positivas, o que ajuda
a gravar no cérebro a informação nova através da redução do estresse, e baixar defesas e bloqueios à compreensão. Os jogos
educativo visam introduzir elementos de humor, desafio, conquista de objetivos, vivencia relevante, para que o conteúdo se
fixe melhor na memória e pode ser mais facilmente traduzido para o cotidiano, facilitando a aplicação do conteúdo na prática,
promovendo mudanças efetivas, principalmente em ambientes onde existe alta taxa de stress.
Objetivos
Os Jogos da Excelência na Saúde foram criados com finalidade educativa, para introduzir vivencia lúdica no treinamento de
excelência para a qualidade do atendimento em saúde, e formar o núcleo de segurança do paciente, que exige competência
focando principalmente na liderança, na disseminação por toda a organização dos princípios e valores que se quer incutir aos
colaboradores, ser customizado segundo seu perfil, estratégias e ações de gestão de risco e outros cuidados, assim como atentar para mudanças de cultura positiva, e ser perceptível e educacional também ao paciente e familiares.
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relato de c aso
Desenvolvimento
Pode ser jogado de duas formas. O primeira jogo é para um numero menor de participantes, com a presença de um facilitador, indicado para equipes menores com desafios maiores, de 2 a 6 participantes, composto por um tabuleiro, com 3 níveis,
casas com passos apontando a direção, estrelas para mudar de nível, casas com prêmios e castigos, e um troféu de excelência
no centro, peças para mover pelo tabuleiro, até 100 cartas numeradas consecutivamente descrevendo comportamentos e
atitudes desejáveis e indesejáveis, com pontos positivos, neutros e negativos, e um dado. O segundo jogo é de cartas, com a
presença de um facilitador, sendo para um numero maior de participantes, com assuntos mais gerais, de 2 e máximo de 50 participantes. As cartas são numeradas consecutivamente, sempre até 3 vezes a do numero de participantes, podendo ser dividido
por assuntos, assim como também descrevendo comportamentos e atitudes desejáveis e indesejáveis, com pontos positivos,
neutros e negativos. Ao final quem marcar mais pontos positivos, pelo julgamento da maioria, ganha o troféu de excelência.
Ambos os jogos pode se acrescentar regras para negociar, trocar cartas, trabalhar em equipes, tudo irá depender do numero
de pessoas, do facilitador e do tempo para desenvolver a atividade. Ao final o facilitador usa as cartas e tudo que foi respondido
e anotado pelo observador como tema para discussão final, tendo um papel importante para as decisões que serão tomadas
para a melhoria dos processos.
Conclusões
Os jogos foram criados e colocados em pratica em três intuições de saúde, sendo duas privadas e uma publica, surtindo
um efeito positivo, com envolvimento dos participantes, despertando o lado lúdico da “brincadeira”, do jogo de carta e de tabuleiro, e principalmente para a atenção aos conceitos que se queria transmitir, de modo dinâmico e claro, onde ao final todos
estavam a vontade colaborando.
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relato de c aso
Trabalho n o 259
Gestão da Assistência
Relato de experiencia: Um desafio para a
equipe multiprofissional na implantação
do protocolo de pneumonia associada á
ventilação mecânica em uma Unidade de
Terapia Intensiva adulto
Autoras: Vera Lucia Valentim de Souza; Elizangela Cristina Ayres Hasman; Ariadne Fonseca; Livia Marie Kubagawa
Instituição: São Camilo
Introdução
A segurança do paciente trata-se de um tema instigante, pois exige um esforço interdisciplinar com mudança de comportamento dentro do universo hospitalar. Partindo do pressuposto que a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM)
representa números expressivos nas taxas de morbimortalidade, e repercute em danos potenciais na saúde dos indivíduos acometidos por essa complicação e consequentemente elevando um aumento significativo no tempo de internação hospitalar e
nos custos assistências para as instituições de saúde. Com isto, seu diagnóstico e tratamento devem ser precoces, assim como
as medidas de prevenção. Diante do exposto o nosso desafio foi fortalecer e implantar medidas preventivas para prevenção
de PAVM calcado em um protocolo institucional. Sendo assim, é necessário que a equipe multidisciplinar tenha conhecimento
aprofundado desta temática, para prevenir complicações sistêmicas como, por exemplo, a pneumonia. O conhecimento das
medidas de prevenção da PAV é um fator importante para a diminuição da incidência desta infecção.
Objetivo
Fortalecer a implantação do protocolo de prevenção de PAVM com a equipe multiprofissional em uma unidade de terapia
intensiva adulto.
Método
Trata-se de um relato de experiência, na aplicabilidade do protocolo institucional de prevenção de PAVM realizado em um
Hospital Privado, de médio porte, localizado na zona norte de São Paulo.
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Relato da Experiência
A partir da implantação do protocolo de prevenção PAVM (Bundle de Ventilação) e após o diagnostico situacional das
notificações que eram realizadas referentes à PAVM foi emitido o conceito de avaliar os riscos e gerenciar este processo. Desta
forma, institui-se um grupo de prevenção á PAVM, que segue as diretrizes do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente,
responsável por avaliar e analisar os eventos adversos que são notificados através de impressos próprios disponível na intranet
da instituição. Diante do exposto foi evidenciado que o protocolo de prevenção de PAVM necessitava de reformulação, dentre
algumas ações foram incluso a higiene oral 4x dia com escova aspirativa e aspiração sub-glote antes e após transporte. Sendo
evidenciado sua pratica através da prescrição de enfermagem e checagem da mesma. Assim como a monitorização da insuflação do Cuff, no qual a fisioterapia tem o papel fundamental. Para implantação desta alteração na Unidade de terapia intensiva,
o grupo de prevenção á PAVM realizou treinamentos para a equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudióloga e fisioterapeutas) baseado na metodologia da simulação realística.
Considerações Finais
Diante do exposto a PAVM, embora seja uma infecção, pode ser evitada pelo cuidado da equipe multiprofissional fundamentada nas melhores evidências científicas disponíveis e descrita no Bundle de ventilação. Sendo assim, é notória a redução
deste evento em nossa instituição após o acompanhamento sistêmico e contínuo das práticas destas medidas preventivas
instituída no protocolo de prevenção de PAVM.
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relato de c aso
Trabalho n o 260
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
O uso da Árvore de Decisão para Incidente na
tomada de decisões em um hospital
Autores: Marcia Maiumi Fukujima; Larissa Jardini; Marco Aurelio Vitorino Cunha
Instituição: Hospital Estadual de Diadema
Introdução
Após a publicação do relatório “Errar é humano” pelo Institute of Medicine, discutem-se modelos de “cultura não punitiva”
dentro da cultura organizacional. Porém, mais recentemente, a responsabilidade ganha vulto na “cultura justa”. A Árvore de
Decisão para Incidentes (ADI) é uma ferramenta desenvolvida pela Agência Nacional de Segurança do Paciente do Reino Unido
com base na matriz de culpa descrita por Reason em 1997. A ADI tem 4 etapas: teste de intencionalidade, de incapacidade, de
expectativa e de substituição. A ADI apoia o objetivo de criar uma cultura aberta, em que os funcionários sentem que podem
relatar incidentes de segurança do paciente, sem medo indevido das consequências.
Justificativa
A Pesquisa de Cultura de Segurança do Paciente foi aplicada anualmente para o pessoal do hospital desde 2010. A dimensão “resposta não-punitiva ao erro” mostrou percepção positiva de 22% para 24% nos últimos 3 anos. Este resultado é um dos
piores do inquérito, e manteve-se estável. Acreditamos que essa percepção negativa da resposta não-punitiva dificulte a comunicação de eventos sentinela e incidentes e prejudica as análises transparentes dos casos.
Desenvolvimento
Este trabalho foi realizado em um hospital público geral, com 266 leitos. 1.285 funcionários (488 funcionários de enfermagem, 286 médicos, 422 administrativos e 89 técnicos). Os times de recursos humanos e de liderança têm analisado os resultados da pesquisa de cultura de segurança do paciente, utilizando brainstorming. Análise de causa raiz ajudou a reconhecer o
comportamento punitivo (advertências). Para melhrar este ítem, implantamos a ADI como um projeto-piloto no setor de enfermagem. Trata-se de estudo observacional. Na primeira fase, foi realizada uma pesquisa de literatura. Em seguida, elaborou-se
a folha com a árvore de decisão no idioma Português (planejamento). A segunda fase envolveu a capacitação de gerentes de
enfermagem para implementação da nova ferramenta (fazer). A terceira fase foi de análise de dados (estudo). Na quarta fase a
ferramenta será expandida para toda a instituição (agir). Os resultados da ADI são compartilhados com os funcionários envolvi-
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relato de c aso
dos no incidente como uma forma de feedback e transparência na gestão dos incidentes. Tivemos um basal de 20 advertências
por mês, em média, para o grupo estudado (setor de enfermagem) em 2013. Usando a ADI, nos meses de setembro a dezembro de 2014, das 42 advertências que seriam aplicadas, 5 foram evitadas (12%). Em 2 casos, houve deficiência de capacitação, e
em 3 casos havia circunstâncias atenuantes significativas, o que direciona para falha sistêmica. A média mensal de advertências
aplicadas caiu 52% no período estudado em relação ao período basal (de 20 para 10,5 advertências por mês).
Conclusão
A compreensão do erro humano, seus fatores predisponentes, assim como dos processos e fluxos levam a mudança de
comportamento em relação às práticas punitivas e senso de justiça. A transparência para analisar as falhas focando os processos e não mais os erros humanos tem contribuído para melhorar a confiança dos funcionários em seus líderes. A ADI é uma
ferramenta de baixo custo de implantação e utilização simples. Há expectativa de melhora da percepção da cultura de segurança do paciente no longo prazo.
REFERÊNCIAS
Vincent C. Segurança do Paciente: orientações para evitar eventos adversos. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2009. p.129-158 e 197-229
Reason JT. Managing the risks of organizational accidents. Aldershot: Ashgate, 1997. - National Patient Safety Agency. The incident decision tree: information and
advice on use. 2015. Disponível em http://www.nrls.npsa.nhs.uk/resources/?EntryId45=59900
Meadows S, Baker K, Butler J. The incident decision tree: guidelines for action following patient safety incidents. 2015. Disponível em <http://www.ncbi.nlm.
nih.gov/books/NBK20586/>
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relato de c aso
Trabalho n o 265
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Participação da família no cuidado ao recémnascido na unidade de terapia neonatal
Autoras: Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira Saraiva; Samara Isabela Maia de Oliveira; Niclécia Carla Pereira da Fonseca; Ana Luiza da
Costa Cunha; Nilba Lima de Souza
Instituição: UFRN
Introdução
A inclusão da família no contexto da hospitalização ameniza parte do sofrimento da criança e recém-nascido (RN) quando
este é retirado do seu ambiente de origem e privado de situações do cotidiano. Acredita-se que, a aproximação dos profissionais com os familiares de uma criança favoreça o conhecimento sobre o seu estado, oferecendo subsídios que facilitam a
sua adaptação ao ambiente hospitalar. Desse modo, é importante a construção de vínculos que favoreçam a prestação de um
cuidado individualizado e uma vivência menos traumática da hospitalização pela criança. Observa-se que prestar uma assistência centrada nas necessidades dos pacientes pode parecer simples e óbvia, entretanto, dentro de um sistema tão complexo
como os dos serviços de saúde, este trabalho torna-se um grande desafio a ser conquistado e sustentado ao longo do tempo.
Esse relato tem o objetivo de apresentar a experiência vivenciada por estudantes de enfermagem durante a realização de um
projeto de extensão referente a Participação da família no cuidado ao RN de uma Unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).
Desenvolvimento
O projeto foi realizado numa maternidade escola onde as estudantes observavam diariamente a visita dos pais ao RN e dialogavam com eles nesse momento. Embora a permanência dos pais junto ao filho hospitalizado seja um direito garantido pelo
estatuto da criança e do adolescente, em muitas unidades hospitalares esse direito ainda não está sendo cumprido. Assim, a
presença paterna se torna limitada aos horários das visitas hospitalares. As visitas aos RNs foram permitidas após análise de cada
caso pela equipe dos profissionais, principalmente por parte do serviço social. Tais exceções foram dadas frente aos casos de
pais que residem e trabalham no interior e ficam impossibilitados de ver seus filhos diariamente ou devido as mães estarem no
período de puerpério e não poderem sair do leito. Na percepção dos pais, a presença da família na UTIN, além de proporcionar
bem-estar à criança, é fator de segurança também para eles, pois desta forma eles têm a oportunidade de acompanhar e participar do cuidado dispensado ao filho durante toda a internação. Relativo à aceitação dos visitantes pela equipe infere-se que
a receptividade aos pais se mostrou satisfatória, considerado como ponto importante na participação ativa dos pais no plano
de cuidados do RN e minimizando as inseguranças vivenciadas durante o período de hospitalização. A insatisfação de alguns
participantes relacionou-se com o estado clínico grave do RN, muitas vezes com baixo peso e em uso de aparelhos invasivos,
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relato de c aso
o qual aumenta o sentimento de aflição e impede uma participação mais ativa no cuidado ao neonato e a interação com a
equipe, aumentando a responsabilidade desta em tornar o ambiente da UTIN mais acolhedor para os familiares.
Conclusão
A percepção dos familiares frente a participação no cuidado ao RN hospitalizado na UTIN revela uma boa aceitação por
parte da equipe, porém há ainda a necessidade de maior incentivo a visita, de orientações e informações mais esclarecedoras
quanto ao quadro clínico do RN e, consequentemente, de uma maior integração dos profissionais com os familiares na implementação do plano de cuidados do neonato.
REFERÊNCIAS
WEGNER, Wiliam. A segurança do paciente nas circunstâncias de cuidado: prevenção de eventos adversos na hospitalização infantil [Tese de doutorado].
Porto Alegre (RS): Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011. 156p.
Ministério da Saúde (BR). Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do adolescente e dá outras providências. Brasília:
Ministério da Saúde; 2010.
PINTO, Julia Pinto; RIBEIRO Circéa Amália; PETTENGILL, Myriam Mandetta et al. Cuidado centrado na família e sua aplicação na enfermagem pediátrica. Rev
Bras Enferm. Brasília. 2010; 63(1): 132-135.
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relato de c aso
Trabalho n o 268
Gestão da Assistência
Atendimento interdisciplinar ao portador de
fibrose cística: Possível na realidade brasileira?
Autores: Luciana de Freitas Velloso Monte; Renilson Rehem de Souza; Isis Maria Quezado Soares Magalhães; Erika Bomer Cagliari; Elisa
de Carvalho
Instituição: Hospital da Criança de Brasília José Alencar
Introdução
O acompanhamento do portador de fibrose cística (FC) é complexo, por se tratar de doença genética sistêmica grave. Uma
equipe multiprofissional é essencial. Sabe-se que um seguimento adequado eleva a sobrevida e qualidade de vida desses pacientes. No Brasil, porém, ainda são escassos os locais de atendimento multi/interdisciplinar para as doenças crônicas graves.
Objetivo
Demonstrar que a atuação interdisciplinar para o atendimento dos portadores de FC é possível em um hospital público
brasileiro.
Métodos
O trabalho descreve a forma de atendimento, com todas as suas peculiaridades, dos pacientes com FC do ambulatório do
Hospital da Criança de Brasília José Alencar-DF (HCB), construída e aperfeiçoada desde a sua inauguração, em novembro de
2011. Demonstra as estratégias utilizadas para a segregação dos pacientes entre si, a forma encontrada para otimizar o atendimento, bem como a utilização do método interdisciplinar.
Resultados
Por meio de educação continuada, a equipe do HCB capacita os funcionários às peculiaridades dos cuidados ao portador
de FC. Desde a entrada na instituição os pacientes recebem uma pulseira de identificação de cor específica para essa patologia, de modo que os funcionários possam diferenciá-los dos demais. Visando a segregação dos portadores de FC, de acordo
com os consensos internacionais, eles são conduzidos cada um para sua sala de atendimento, onde permanecem para serem
atendidos por todos os profissionais da equipe multidisciplinar. A equipe é composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,
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relato de c aso
psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, além de outros profissionais de apoio. Após cada atendimento é realizada a desinfecção do consultório. A otimização do seguimento também é priorizada: no mesmo turno, os pacientes coletam a cultura
de secreção respiratória, fazem a espirometria, podem colher exames se indicados, assim como são atendidos por cerca de
sete profissionais. A forma de atendimento da equipe é interdisciplinar, já que existem várias áreas atuando juntas, discutindo
constantemente os casos, trazendo um olhar mais completo de cada caso. Grupos de pais, presenciais e virtuais também são
realizados, para desenvolver uma melhor compreensão da doença pelos familiares.
Conclusões
O seguimento interdisciplinar ao portador de FC em hospitais públicos brasileiros é possível. Faz-se necessário, portanto,
sensibilizar os gestores de saúde para a importância dessa forma qualificada e eficiente de atendimento, que promove otimização de gastos e melhora a qualidade de vida desses indivíduos e de suas famílias.
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Trabalho n o 270
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Reorganização da estrutura física e aquisições
de novos equipamentos para melhor
desenvolvimento do setor da lavanderia
Autores: Simone Carvalho Ruiz; Aline Moreira da Silva; Denise Katia Ikai; Marisa Naoe Makiyama; Milton Soibelmann Lapchik
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes
Introdução
A lavanderia hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao atendimento ao paciente. É o setor responsável pelo
processamento e distribuição das roupas usadas no hospital. Em abril de 2014, foi realizado um estudo em conjunto com a
Coordenação do setor de lavanderia e Diretoria do hospital para avaliar as mudanças, que desempenhariam em produtividade
para o setor. Reorganização da estrutura física com adequação do setor de rouparia, sala de costura, compra de equipamentos
modernos, redução do horário de funcionamento da lavanderia, aperfeiçoar o trabalho dos colaboradores e apresentar melhor
desempenho da equipe.
Objetivo
Reorganizar o processo de trabalho do setor da lavanderia, adequar espaço físico, investir em equipamentos, recursos humanos e garantir desenvolvimento para o setor.
Método
O estudo foi realizado com o apoio de visita em outra instituição para conhecer outro método de trabalho, curso específico
para gestão de enxoval hospitalar, reuniões periódicas para ajudar no processo de mudanças. Após estudo foi realizado adequação do espaço físico, distribuição correta das atividades, novas aquisições de equipamentos e reorganização do horário de
trabalho, buscando desenvolvimento para o setor, baseando se na RDC n°06 de 30 de janeiro de 2012.
Resultados
Após as intervenções com as melhorias das ações, a distribuição física possibilitou melhor aproveitamento do espaço físico, qualidade no processamento de roupa tanto área limpa quanto área suja da lavanderia de forma eficiente e organizada.
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relato de c aso
Impactando na redução de custo de maquinário, produtos e colaboradores pela redução do horário de funcionamento da
lavanderia (Anexo I e Anexo II).
Conclusão
Através das ações simples de adequações de processos de trabalho, recursos humanos, organização estrutural e equipamentos do setor de lavanderia possibilitaram uma estruturação do ambiente de trabalho, trazendo desenvolvimento para o
setor e qualidade no suporte de apoio aos pacientes.
REFERÊNCIAS
Manual ANVISA 2009 (Processamento de roupas de serviços de saúde: Prevenção e Controle de Riscos). RDC n°6 de 30 de janeiro de 2012.ILL, Myriam
Mandetta et al. Cuidado centrado na família e sua aplicação na enfermagem pediátrica. Rev Bras Enferm. Brasília. 2010; 63(1): 132-135.
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relato de c aso
Trabalho n o 271
Gestão em Saúde
Análise e descrição de cargos de uma farmácia
hospitalar
Autoras: Maria Cleusa Martins; Lucila Pedroso da Cruz; Alessandra Santiago; Vanusa Barbosa Pinto; Priscila Carla Moura Honório
Instituição: Divisão de Farmácia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
A descrição de cargos é um documento elaborado para a identificação e formalização das atribuições, deveres, responsabilidades e requisitos de cada cargo na organização, dando uma visão geral da inter-relação entre as áreas facilitando a compreensão da estrutura e hierarquia da Instituição, para ser utilizada como fonte de informação para os perfis dos potenciais
ocupantes dos cargos (1).
Desenvolvimento
O objetivo deste relato de caso é descrever as etapas para atualização da descrição de cargos da Farmácia, de um hospital
de grande porte e alta complexidade. A análise foi feita para atender ao processo de acreditação ocorrido na Instituição durante o ano de 2014, quando se verificou a necessidade de reestruturar a descrição de cargos dos 220 colaboradores da Farmácia.
O trabalho foi efetuado em várias etapas em parceria com o Centro de Gestão de Pessoas do Instituto e com o apoio de uma
empresa consultora.
Etapa 1: Verificar o posicionamento dos cargos no organograma da Farmácia, para que se criasse uma numeração de acordo
com níveis hierárquicos, pautada em responsabilidade e autoridade.
Etapa 2: Revisar os cargos foram segundo os critérios de variedade, autonomia, significado das tarefas, identificação com
as tarefas e retroação. O tipo, ou variedade e complexidade dos processos determinou a identificação do profissional com ou
processos que gerencia ou as tarefas que executa e sua percepção de responsabilidade por resultados o que está vinculado ao
nível hierárquico do cargo.
Etapa 3: Observar a semelhança entre tarefas e processos áreas diversas. Esta observação permite a formação de unidades
naturais de trabalho, a estruturação da relação direta entre trabalhador e seu cliente-usuário nas esferas internas (inter-áreas) e
externas com pacientes e fornecedores.
Etapa 4: Determinar o nível hierárquico em que ocorre a abertura de canais de retroação quando o trabalhador é capacitado
a efetuar a avaliação do trabalho baseado nos indicadores já implementados para implementar planos de ação para melhorar
resultados. A auto avaliação cria grupos autônomos com capacidade de programar em seu planejamento estratégico planos
de ação para melhoria contínua da qualidade dos serviços baseados no desenho dos cargos.
Etapa 5: Construir a matriz de responsabilidades dos cargos com periodicidade, responsável e primeiro substituto, objetivos,
metas e resultados a atingir (2). No início da estruturação, existiam 72 cargos, agrupados por área de atuação. Após o término da
análise e execução do projeto foram obtidos 60 cargos, distribuídos em 8 níveis hierárquicos na área fim e seus equivalentes na
área meio, agrupados de acordo com o tipo de atividade executada. Na descrição inicial as categorias foi feita de acordo com
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qualihosp 2015
relato de c aso
o Serviço onde estavam inseridas (Assistência, Produção ou Administrativo). Na descrição atual são considerados os tipos e
afinidades entre processos realizados nas diferentes áreas (distribuição, dispensação, logística, produção, logística da produção
e administrativo).
Conclusão
A realização da estruturação dos cargos possibilitou avaliar as similaridades entre os cargos considerando a área onde estão
inseridos. A atualização da descrição também permitiu incluir tópicos que não constavam na descrição anterior como EPIs e
descrição de equipamentos utilizados durante a execução das atividades e a respectiva necessidade de acompanhamento de
saúde ocupacional. O modelo proposto permite disseminar a visão sistêmica entre os trabalhadores deve ser revisado e atualizado periodicamente.
REFERÊNCIAS
1. R. Klering dos Reis: Análise e Descrição de Cargos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Departamento de Ciências Administrativas. Escola de
Administração. Porto Alegre. 2007.
2. Machado, U. C. Modelagem do Trabalho Análise e Descrição de Cargos. pt.slideshare.net/ucm_morita/07-gp-chi-modelagem-de-cargos. Acesso em
27/01/2015.
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relato de c aso
Trabalho n o 275
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Abordagem da ginástica holística (Método
Ehrenfried) em tratamento de estenose lombar
Autoras: Camila de Ávila Gabriel; Patricia de Carvalho Labombe; Viviane Fernandes; Valter Furlan
Instituição: Amil - Total Care
A estenose do canal vertebral lombar é uma das maiores queixas relacionadas à lombalgia e lombociatalgia. Sua incidência
tem aumentado nas últimas décadas, devido a longevidade da população. O diagnóstico da estenose do canal lombar com
frequência é feito tardiamente, visto que a doença ocorre de maneira insidiosa. O tratamento conservador é uma das opções
para o caso de estenose lombar. Estudos mostram que 15 a 43% dos pacientes apresentam melhora progressiva realizando o
tratamento de um a cinco anos. A Ginástica Holística é uma opção para o tratamento conservador nos casos de estenose lombar. Trata-se de uma técnica de cuidados corporais criada pela médica e fisioterapeuta Lily Ehrenfried. O método trabalha através de três níveis: o pedagógico, o preventivo e o terapêutico. Possui movimentos que buscam a harmonia do corpo, e que são
realizados de maneira ativa e sempre respeitando o limite de cada um. Além da dificuldade no diagnóstico e na indicação do
melhor tipo de tratamento na estenose lombar, existe também a dificuldade em avaliar os resultados do tratamento realizado.
Diversas escalas de avaliação, foram desenvolvidas para a avaliação subjetiva nos resultados dos tratamentos, sejam conservadores ou cirúrgicos. O índice de Oswestry é uma das escalas utilizadas para avaliar a percepção em relação a incapacidade pela
dor lombar em 10 atividades de vida diária. Trata-se de um questionário que o próprio paciente preenche. Através das respostas, teremos uma pontuação subjetiva em nível de função. O questionário tem como vantagem ser de fácil compreensão, e
engloba um amplo domínio da dor, função e limitação do estado de saúde O Whoqol -100 é um instrumento construído pela
Organização Mundial de Saúde para avaliar qualidade de vida. Validado para língua portuguesa, também existe a versão resumida (Whoqol -bref ) que será utilizado nesse estudo, onde são abordadas questões sobre domínio físico, domínio psicológico,
domínio social e em relação ao meio ambiente. Esse estudo constitui-se de um estudo de caso, e tem por objetivo relatar a
abordagem da Ginástica Holística - Método Ehrenfried como terapêutica em estenose lombar, através do questionário Owestry
e Whoqol. O paciente recebeu atendimento na UCP (Unidade de Correção Postural) localizada no Total Care (ambulatório da
AMIL especializado em doenças crônicas) por intermédio da Ginástica Holística - Método Ehrenfried, entre os dias 07/06/2013
e 13/01/2014. Pode-se verificar que através dos questionários Owestry e Whoqol-bref, e através da percepção e da escala analógica de dor, a Ginástica Holística (Método Ehrenfried) o paciente apresentou melhora clínica do paciente, contribuindo para
melhora de suas atividades de vida diária e qualidade de vida.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 277
relato de c aso
Gestão da Assistência
Passagem de plantão: Importante ferramenta
de gestão assistencial
Autores: Guilherme Agustin Louzada Pereda; Ernesto Sasaki Imakuma; Ricardo Murville Camps; Leandro Ryuchi Iuamoto
Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
No Brasil quase a totalidade dos hospitais recebe poucos recursos investidos em termos de passagem de plantão. Nas passagens de plantões médicos, as atualizações dos pacientes a serem avaliados são transmitidas informalmente. Esse processo
ocorre verbalmente ou por meio de escrita própria (1) ambas de organização aleatória, sendo que as informações passadas de
um plantonista a outro têm grandes chances de falha na transmissão de dados relevantes e risco da não divulgação de uma
conduta médica ou necessidade do paciente já realizada ou prevista (2).
Desenvolvimento
A disciplina de propedêutica clínica se responsabiliza por oferecer uma padronização do atendimento e raciocínio médico
por meio da anamnese (entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto
inicial no diagnóstico de uma doença ou patologia). Apesar disso não há ferramenta oficial sobre a elaboração de um resumo
das principais informações do paciente voltado para a transmissão de dados eficaz e rápida a outro profissional médico, específica para o momento de passagem de plantão. Atualmente não existe uma diretriz geral que instrua a forma mais eficiente
de se realizar a passagem de plantão a fim de assegurar a continuidade da assistência prestada ao paciente (3). Uma ferramenta
muito utilizada é o formulário físico ou eletrônico, de elaboração empírica, que contém o resumo necessário para compreender o caso do paciente e que permite organizá-lo em uma lista de modo a que suas necessidades sejam atendidas de acordo
com a prioridade de urgência de seu caso. (4-5) A pesquisa dos principais tópicos evidenciados em formulários de passagem de
plantão de dois serviços hospitalares permitiram a composição de uma proposta de formulário padrão que contenha as seguintes informações: Data do plantão/Plantonistas Responsáveis/Leito do Paciente/Data de Internação do Paciente/Nome do
Paciente/Idade do Paciente/Equipe responsável pelo paciente/Diagnóstico do Paciente/Antecedentes Pessoais do Paciente/
Resultados de Exames (direcionado a sua patologia)/Terapia executada (Antibioticoterapia, outros)/Dieta/Presença de sonda
vesical ou nasoenteral/Presença de acesso venoso periférico ou central/Interconsulta Requisitada ou Parecer de Interconsulta/
Pendências a serem confirmadas ou executadas/Provável destino do paciente. ALTA, Enfermaria, UTI.
2015 qualihosp
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relato de c aso
Conclusão
A criação de um formulário de fácil preenchimento, contendo as informações mais relevantes dos pacientes de forma
padronizada possibilitaria uma forma de passagem de plantão com menor perda de informações, maior agilidade na troca de
informações e com possibilidade de utilização destes dados para pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Matheus MCC, Colvero LA, Igue CE, Dias DC. Passagem de plantão: um estudo da comunicação verbal e não-verbal. Acta Paul Enferm. 1998;11(2):77-82.
2. Siqueira Ivana Lucia Correa Pimentel de, Kurcgant Paulina. Passagem de plantão: falando de paradigmas e estratégias. Acta paul. enferm. [serial on the Internet]. 2005 Dec [cited 2014 Oct13];18(4):446-450. Available : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002005000400015&lng=en.http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002005000400015.
3. Nogueira MS. Incidentes críticos na passagem de plantão [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo; 1998.
4. Siqueira ILCP, Muto M. Apresentação e avaliação de um método de passagem de plantão em Unidade de Internação. In: Anais do 6º Encontro de
Enfermagem e Tecnologia; 1998 abr 5-8; São Paulo. São Paulo: ENFTEC; 1998. p. 404-9.
5. Jones R. Out-of-hours care. Br J Gen Pract. 2013 Oct;63(615):546. doi:10.3399/bjgp13X673955. PubMed PMID: 24152471; PubMed Central PMCID:
PMC3782789.
270
qualihosp 2015
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Trabalho n o 279
relato de c aso
Gestão em Saúde
Painel de gestão de ordens de serviços aplicado
à comunicação
Autores: Carolina Melhem Leardini; Marina Manduca Ferreira; Edmar Daniel Virgulino; Rafael Saad Fernandez
Instituição: HGG/IRSSL
O Hospital Geral do Grajaú, gerenciado pela OSS Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, possui uma área de
Comunicação bastante ativa. A área de Comunicação do HGG atua de maneira transversal em todas as atividades desenvolvidas
na instituição. Ela presta uma série de serviços às demais equipes do hospital, tanto na elaboração de material gráfico impressos
quanto eletrônico. O setor produz peças que servem para estabelecer comunicação com os colaboradores, mas também com
a comunidade externa que utiliza os serviços da unidade. Além disso, é responsável pela organização dos eventos juntamente
com outros setores, desde a ideia inicial (tema, arte, público alvo) até a finalização com a cobertura jornalística. Até 2014, as
demandas de serviços à Comunicação chegavam por e-mail ou pessoalmente. Dado o grande volume de solicitações, a área
começou a enfrentar dificuldades para atender todos os pedidos, havendo esquecimento de tarefas, falhas de atendimento,
além de ausência de indicadores para determinar o volume de trabalho realizado e o tempo para atendimento às demandas.
Tendo isso em vista, foi decidido em junho elaborar um painel de ordens de serviços nos mesmos moldes do que já é utilizado
no HGG para organizar os serviços de manutenção. Em julho de 2014 o painel entrou em funcionamento e foi adaptado para
poder ser utilizado nas atividades de Comunicação. Desde então, foram inseridas no sistema 680 solicitações de serviços. Cada
uma delas é identificada por solicitante e é registrado dia e horário da solicitação. Quando a demanda é recebida pelo setor é
analisada pela equipe, que entra em contato com o solicitante para esclarecer eventuais dúvidas. Após efetuado o trabalho,
o mesmo é encaminhado via e-mail para o solicitante e a equipe aguarda a aprovação. Assim que o trabalho é aprovado, é
dada baixa na solicitação, registrando-se assim o tempo completo de realização do trabalho. Inicialmente, houve dificuldades
de adesão das equipes ao uso do sistema. Muitos ainda insistiam em fazer as solicitações pessoalmente. À medida que os colaboradores foram orientado, perceberam que era mais prático utilizar o sistema eletrônico e a adesão passou a ser de quase
100%. A implantação do painel resultou em maior organização do trabalho, além da possibilidade de divisão de tarefas entre
os profissionais (atividades jornalísticas, afixação de cartazes e/ou criação, com fluxos específicos para cada tipo de trabalho
e de acordo com o perfil dos profissionais que atuam na comunicação). A ação também ampliou o raio de abrangência, na
medida que qualquer colaborador tem acesso ao sistema e pode solicitar elaboração de cartazes, comunicados, coberturas
jornalísticas etc. A equipe de Comunicação também se tornou mais conhecida dos demais colaboradores, criando laços que
facilitam a realização dos trabalhos.
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relato de c aso
Trabalho n o 283
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Acreditação de centros de especialidades
odontológicas - Relato de experiência do estado
do Ceará
Autores: Flavianne Santos Soares Oliveira; Sérgio Beltrão De Andrade Lima; Carmem Lúcia Macedo Osterno; Ismenia Maria Barreto
Ramos
Instituição: SECRETARIA DA SAUDE DO ESTADO DO CEARA
No ano de 2012, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) lançou o Manual Brasileiro de Acreditação: Serviços
Odontológicos, onde descreve os padrões para a certificação destes serviços. O Ceará, por sua Secretaria da Saúde (SESA),
figurando como um dos principais motivadores do movimento de qualificação dos serviços odontológicos, colaborando
para o desenho desse manual. O objetivo principal deste trabalho é apresentar a iniciativa da SESA para a Acreditação dos
Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) ligados ao Programa de Expansão e Melhoria da Assistência Especializada à
Saúde (PROEXMAES), através da metodologia ONA, destacando o desafio do serviço público durante o processo de preparação
para a Acreditação e a superação destes conforme se observa nos resultados preliminares da equipe técnica da Unidade de
Gerenciamento de Projetos (UGP) da SESA durante as atividades de fomento e preparo. Para esse estudo, os 16 CEO Regionais
distribuídos no interior do Estado, constituem cenários da pesquisa. As atividades de sensibilização e preparo, realizadas desde
o início de 2011 até o presente momento torna oportuna a apresentação de resultados parciais. A equipe técnica da UGP desenvolveu uma metodologia de cinco etapas para preparar os CEOS, sendo elas:
1) Instalação dos núcleos gerenciadores da qualidade
2) Mapeamento e análise crítica dos processos,
3) Desenho e implementação de protocolos,
4) Análise estatística dos processos e
5) Melhoria Contínua.
Confirmada a adesão ao processo, a unidade é visitada por uma equipe de técnicos da UGP e na ocasião, realiza-se a capacitação dos Gestores da Qualidade, com definição de competências e atribuições. Em seguida, os demais colaboradores participam de uma oficina de direcionamento estratégico, a fim de sensibilizá-los quanto à importância da gestão da qualidade, qual
o seu papel em relação ao processo e definidas a missão, visão e os valores da unidade, elementos norteadores das políticas
obrigatórias da ONA. Durante a segunda etapa, os gerentes das unidades trabalharam os macroprocessos, subprocessos, interações, fluxos e responsabilidades. A terceira etapa utilizou o mapeamento de processos para identificar os pontos críticos e
procedimentos de risco, visando a formulação dos protocolos e instruções de trabalho. Atualmente as unidades trabalham no
desenvolvimento da quarta etapa: Análise estatística de processos. Cada gestor identificou indicadores quanti e qualitativos
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qualihosp 2015
relato de c aso
para monitorar. A proposta é que concomitante ao amadurecimento dos processos, a validação desta etapa ocorra em breve.
Quanto a Melhoria contínua, quinta etapa, propõe-se um rotina de monitoramento dos indicadores, avaliação dos processos,
notificar e tratar não conformidades e eventos sentinela e simulação de visitas de diagnóstico. A certificação de qualidade dos
CEO constitui produto original do PROEXMAES e representa um avanço para a Acreditação no Brasil. Como resultados preliminares, destacam-se a disseminação da cultura da qualidade entre as unidades da rede estadual de saúde, estabelecimento de
uma rede de cooperação entre Diretores e funcionários dos serviços e a criação de uma rotina de visitas para a promoção da
cultura do autodiagnóstico que identifique oportunidades de melhoria. Acreditamos ser um processo viável de ser conquistado que passa por propiciar estrutura adequada, desenhar processos de trabalho maduros, sensibilizar gestores e arregimentar
profissionais para a prática da segurança. Cabe aos demais atores envolvidos auxiliar as partes nessa busca, mostrando sempre
a Acreditação como uma consequência da adoção de melhores práticas e não como o objetivo a ser perseguido.
REFERÊNCIAS
1. CEARÁ. Governo do Estado do Ceará. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Programa de Expansão e Melhoria da Assistência Especializada a Saúde,
Ceará, 2009.
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273
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relato de c aso
Trabalho n o 284
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Prevenção de infecção do trato urinário
relacionado a cateter vesical de demora:
Experiência de enfermeiros na gestão de um
protocolo multiprofissional
Autora: Renata Morais Teodoro Fini
Instituição: Hospital e Maternidade Celso Pierro
Introdução
A infecção do trato urinário (ITU) é responsável por alta incidência de infecção hospitalar sendo associada a complicações,
custos adicionais e maior mortalidade. Mais de 80% das infecções urinárias estão relacionadas à cateterização vesical, podendo
aumentar a incidência de acordo com o tempo de permanência. O gerenciamento do cuidado e da unidade representa o núcleo do trabalho do enfermeiro, assim como, as ações de controle e prevenção de infecção são inerentes ao processo de cuidar.
O enfermeiro é o profissional capaz de integrar as demais disciplinas, no intuito de incrementar medidas visando à qualidade e
segurança assistencial no período de internação.
Desenvolvimento
Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência do enfermeiro clínico na gestão de um protocolo multiprofissional
para prevenção de ITU, em uma unidade de internação de um hospital universitário de grande porte do interior do estado
de São Paulo. Devido ao alto índice de ITU, 10 casos em 2010 relacionados a utilização de cateter vesical de demora (CVD),
em janeiro de 2011, fomentou-se uma importante discussão em parceria com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
(SCIH), para implantar e gerenciar medidas preventivas de ITU com enfoque multidisciplinar. A partir do mês de abril/2011, os
enfermeiros iniciaram o gerenciamento da indicação e retirada precoce do CVD, por meio de discussões diárias com a equipe
médica com enfoque educativo. Foram consideradas indicações aceitáveis da manutenção do CVD: obstrução do trato urinário, procedimento maior que duas horas, até 24 horas após a cirurgia, cateter peridural, controle rigoroso da diurese, sedação
profunda, úlcera estágio III ou IV na região da bacia, intolerância ao movimento, reparo cirúrgico de úlcera de decúbito. Após
a implantação desse protocolo observou-se uma redução no número de infecções sendo seis casos em 2011 (4 casos antes
da implantação do protocolo), três casos de ITU em 2012 e nenhum caso em 2013. Em 2014 foram registrados três casos até
o mês de abril. Frente a esses resultados surgiu a necessidade de nova discussão e foi implementada a auditoria da inserção
do cateter, sendo avaliada a higienização das mãos, utilização de luvas estéreis, antissepsia com clorexidina aquosa a 0,2%, uso
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relato de c aso
de campo estéril, inserção com técnica estéril e fixação da sonda. No período de abril/2014 a dezembro/2014, houve 100% de
conformidade nos itens auditados. Foi implantado também o gerenciamento das medidas de manutenção do CVD, por meio
de auditoria clínica aplicada diariamente. Os resultados obtidos foram: 100% de conformidade no posicionamento da bolsa coletora adequado, 100% na fixação do cateter de acordo com o sexo, 100% de higiene íntima evidenciado em anotação e 100%
das bolsas coletoras identificadas com a data da inserção. Desde abril/2014 não foram evidenciados novos casos de ITU, impulsionando os enfermeiros na liderança desse cuidado multidisciplinar e mobilizando a equipe na adesão às ações de prevenção.
Conclusão
O enfermeiro atuante na unidade de internação desenvolve dentro do seu processo de trabalho a gestão, liderança e interação com a equipe multidisciplinar perante a realização das ações preventivas do protocolo implantado, considerando de
extrema importância sua articulação técnico-científica como garantia de um processo assistencial seguro.
REFERÊNCIAS
GAGLIARDI, E. M. D.B. et al. Infecção do Trato Urinário. In: FERNANDES, A.T. (ED.). Infecção Hospitalar e Suas Interfaces na Área da Saúde. São Paulo: ed. Ateneu,
2000. Cap.18.p. 459:78
RODRIGUES, E. A. C.; RICHTMANN, R. Infecção Relacionada à Assistência à Saúde - Orientações Práticas. 1ª Ed. São Paulo: Sarvier, 2009.
Diagnosis, Prevention and Treatment of Catheter-Associated Urinary Tract Infections in Adults: 2009 International Clinical Practice Guidelines the Infectious Diseases
Society of America. Clin Infect Dis 2010:50 March 625:63.
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relato de c aso
Trabalho n o 298
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Segregação das atividades dentro do pronto
socorro: Relato de experiência
Autores: Humberto Cunha Castro; Carlos Jorge Lotfi; Sandra Maria Degrande Carvalho
Instituição: REDE DOR SÃO LUIZ - ANÁLIA FRANCO
PALAVRAS-CHAVE: Pronto Socorro; melhoria da performance; qualidade técnica; qualidade
percebida.
Introdução
Os grandes volumes de atendimento dentro dos Prontos Socorros é um fenômeno mundial e tornam-se desafiadores para
as instituições, pois elevam os períodos de permanência dentro dessa unidade. Essas demandas contribuem com esperas
elevadas e otimizar esse período torna-se cada vez mais importante, tendo em vista a dinâmica de trabalho das equipes e a
da expectativa dos clientes. Segundo o Institute for Healthcare Improvement (IHI) os dois principais fatores contribuintes de elevação da média de permanência dentro do pronto atendimento são a realização da triagem, avalição inicial pelo profissional
médico e a realização e liberação dos exames diagnósticos do paciente. Diante do exposto segregar as atividades dentro do
Pronto Socorro, representam uma oportunidade de melhoria do desempenho dentro da unidade.
Desenvolvimento
Relatamos aqui a experiência de mudança de fluxo na unidade de pronto socorro com construção de sala específica para
realização da punção venosa onde também realiza-se a coleta de exames de sangue com fácil acesso a área de apoio do laboratório. Após a consulta médica o paciente vai para a sala de medicação onde irá realizar a punção venosa e a coleta dos
exames de sangue, essas atividades são realizadas em conjunto por profissionais de enfermagem do pronto socorro e do
laboratório, somente após a punção venosa e coleta o paciente segue para a sala de medicação onde os medicamentos serão
administrados pela equipe de enfermagem, durante o tempo que o paciente estiver na sala de punção, todos os materiais e
medicamentos estão sendo dispensados pelo arsenal (farmácia satélite) por meio de lote eletrônico realizado no momento da
consulta, esses medicamentos serão preparados por profissionais de enfermagem seguindo todas as normas de preparado de
medicação, dessa forma podemos concluir que temos dois processos em paralelo, que favorecem a otimização dos tempos de
atendimento. A proposta da implantação da sala de punção é de diminuir o tempo de espera para a punção venosa, agilizar o
envio das amostras de sangue para a área técnica, reduzir o tempo para análise das amostras e garantir a identificação segura
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relato de c aso
das amostras e a melhoria da qualidade das mesmas, evitando recoleta. Elegemos o processo da medicação, onde a expectativa do paciente e sua espera prolongada representavam essa oportunidade.
Conclusão
Houve quebra de paradigma sobre a segregação das atividades dentro do fluxo do Pronto Socorro, onde o fator humano,
revisão dos processos e infraestrutura corroboraram com a melhoria dos resultados. Na ótica da equipe multiprofissional e
clientes. Com a implantação da sala de coleta houve redução da média de permanência na unidade de 56% e o número de
exames laboratoriais liberados no tempo estabelecido de 80 minutos aumentou cerca de 22%.Analise critica dos resultados e
o projeto tornou possível a replicação do modelo.
REFERÊNCIAS
Centers for Disease Control and Prevention. Guidelines for the Prevention of Intravascular Catheter Related Infections. MMWR 2011
ANVISA - Manual de Critérios Nacionais de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde - Infecções relacionadas a cateter - 2009
Infusion Nurses Society - Diretrizes Práticas para Terapia Intravenosa, Edição 2008
RDC-45, de 12 de março de 2003- Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde,
Brasil, 2003.
Institute for Healthcare Improvement: Forming the team. www.qualityhealthcare.org/IHI/Topics/Flow/PatientFlow/HowToImprove/flowformingtheteam.htm
(accessed Fev. 2015).
2015 qualihosp
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relato de c aso
Trabalho n o 300
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Processo de gerenciamento de ocorrências:
Experiência de um hospital filantrópico
Autoras: Vera Lúcia Borrasca Domingues da Silva; Paula Gobi Scudeller
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
A segurança do paciente é um importante componente da Qualidade em Saúde. Existe um conjunto de evidências e
conhecimentos sobre as implicações que a segurança tem sobre as organizações de saúde, os seus profissionais e principalmente os doentes que a ela recorrem. São elas: perda de confiança, aumento de custos e comprometimento dos resultados.
Estratégias para criação de sistemas mais seguros, capazes de prevenir erros incluem simplificação e padronização de processos, comunicação efetiva e aprendizado com os erros passados. Sistemas seguros pressupõem uma cultura na qual os erros
são discutidos abertamente, com foco nos processos e em soluções que evitem reincidências. Esses sistemas contemplam
processo de identificação de erros a partir de relatos da equipe operacional. O desenvolvimento progressivo de uma cultura
de segurança é fundamental para a sustentabilidade de programas cujo objetivo é minimizar riscos. Estão presentes, em instituições com cultura de segurança, as seguintes características: Notificação, discussão e análise de eventos adversos; “Feedback”;
Suporte aos profissionais envolvidos em eventos graves; Engajamento de pacientes; Comunicação ao paciente/família. Este
hospital, filantrópico e de alta complexidade, iniciou um processo de gerenciamento de riscos em 2002, como membro do
“Projeto Sentinela” - ANVISA. A partir dos requisitos desse projeto, construiu um sistema para identificar eventos relacionados
aos processos assistenciais. Assim, iniciou o desenvolvimento de uma nova cultura na instituição, onde os eventos e erros
passaram a ser considerados como oportunidades de aprendizagem e a segurança e qualidade da assistência um esforço
contínuo de melhoria. Campanhas institucionais foram realizadas, envolvendo a alta direção, com o objetivo de sensibilizar a
equipe multiprofissional. Duas importantes premissas foram fundamentais: o caráter não punitivo e a possibilidade de notificações anônimas. Após o registro, as notificações são classificadas conforme o tipo de ocorrência (queixa técnica, reação adversa
medicamentosa, quase falha, incidente, evento adverso) e grau de dano (leve, moderado, grave ou sentinela). As ocorrências
com dano grave ou sentinela são investigadas na metodologia “análise de causa raiz”, com elaboração de plano de ação corretiva. O processo de investigação inclui ouvir todas as partes envolvidas (profissionais, familiares e pacientes), rever o prontuário
médico, consultar especialistas, identificar riscos para o paciente e instituição, propor soluções e emitir relatório. Os eventos, a
conclusão da investigação e o plano de ação corretiva são discutidos pelo menos com os profissionais das unidades envolvidas, com o objetivo de prevenir reincidências e promover cultura de segurança. Em 2014, foram notificadas 6.469 ocorrências
assistenciais, que, após analise, 5240 foram aceitas. Análise de causa raiz foi realizada em 98 ocorrências, gerando 68 planos de
melhoria. Os principais processos e problemas envolvidos nos planos de melhoria foram: transporte intrahospitalar; punção
periférica de difícil acesso; admissão e alta no Centro Cirúrgico (CC); time out; contagem de gazes e compressas no transoperatório, posicionamento em cirurgia robótica; fogo em campo operatório; oxigenioterapia na recuperação anestésica; uso
de enxertos; atendimento de emergência no CC e Centro Diagnóstico (CD); rastreabilidade de peças para patologia; exames
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qualihosp 2015
relato de c aso
invasivos no CD; terapia medicamentosa; uso de quimioterapia e queda. Excluindo-se as reações adversas medicamentosas e
os desvios de qualidade de produtos hospitalares, a classificação das ocorrências quanto ao dano para o paciente foi: nenhum
dano 60%; dano leve 36%; dano moderado 3% dano grave ou sentinela 1%.
BIBLIOGRAFIA
1) Pronovost P, Weast B, Rosenstein B. Implementing and validating a comprehensive unit-based safety program. J Patient Saf 2005;1:33-40.
2) Joint Commission International Accreditation Standards for Hospital.
2015 qualihosp
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 303
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Utilização de ferramentas de tI na implantação
dos escritórios da qualidade e de segurança do
paciente - A experiência do estado do Ceará
Autores: Flavianne Santos Soares Oliveira; Sérgio Beltrão de Andrade Lima
Instituição: SECRETARIA DA SAUDE DO ESTADO DO CEARA
Em abril de 2013, o Governo Federal instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente, objetivando qualificar o
cuidado em saúde para todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. Ainda no mesmo ano, a ANVISA publica a
RDC nº 36, através da qual, sinaliza a obrigatoriedade da direção dos serviços de saúde constituir seus Núcleos de Segurança
do Paciente. A redução do dano ao paciente tem sido identificada como uma das principais áreas que necessitam de melhoria
devido ao grande impacto no resultado e no financiamento do setor saúde. Com o objetivo de promover o uso inovador da
tecnologia e proporcionar uma estrutura que possibilite a melhoria dos processos de trabalho, A Secretaria da Saúde do Ceará
(SESA), desenvolveu o Sistema Integrado de Gestão em Saúde (SIGES) para gestão das unidades do Programa de Expansão e
Melhoria da Assistência Especializada à Saúde (PROEXMAES) visando produzir informações para a gestão e orientar a prática
profissional para a Segurança do Paciente. O foco deste trabalho é apresentar o desenvolvimento do módulo de Gestão da
Qualidade do SIGES pela equipe técnica da Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP) da SESA. A ferramenta objetiva dar
suporte ao gestor no desenvolvimento das atividades pertinentes ao Escritório da Qualidade, como o a notificação e tratamento de eventos adversos; controle de rotinas, processos e documentos; emissão de alertas de não conformidade; gerenciamento
de protocolos e padrões; controle de riscos; treinamentos em qualidade; permite ainda: cadastrar documentos, registro da
localização em meio físico com classificação hierarquizada; cadastro de documentos em meio digital, registro eletrônico do revisor, do aprovador e as datas de revisão e aprovação; aprova, rejeita e estorna a aprovação de documentos e ordens de serviço;
sinaliza o período de revisão de cada documento de acordo com o parâmetro previamente estabelecido; notificação individual
ou de um grupo acerca de novos documentos inseridos ou modificados; emissão de alertas padronizáveis aos usuários do
sistema; abertura de ordens de serviços de origem independente ou desconhecida, onde os usuários possam notificar não
conformidades em meio digital; utilização das ferramentas clássicas da gestão da qualidade para identificação das causas-raiz
de eventos adversos. Permite ainda a elaboração de plano de ação visando diminuição do número de intercorrências e evitar
a reincidência de não conformidades. O sistema integra-se ao módulo de prontuário eletrônico, permitindo a abertura de
Ordens de Serviço (O.S) vinculadas ao prontuário do paciente; permite o registro das atividades planejadas e realizadas para as
O.S; dispõe de ferramentas que agrupam as não conformidades em classes, fornecendo análises estatísticas como: incidência,
prevalência, tendência e ainda permite o planejamento de auditorias internas e elaboração de check-list para utilizar como
ferramenta de auditoria. Atualmente, o sistema encontra-se implantado em 10 unidades, das 37 previstas, dessas, 06 estão com
os Escritórios da Qualidade já implantados. Pretende-se durante o ano de 2015, terminar a implantação dos demais escritórios.
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qualihosp 2015
relato de c aso
Por este motivo, faz-se oportuna a apresentação de resultados preliminares. Em unidades que iniciaram a utilização do sistema
pode-se apontar como resultados alcançados a disseminação da cultura da qualidade, o estabelecimento de uma rede de
cooperação entre Diretores das unidades, promoção da cultura do auto diagnóstico, a identificação das oportunidades de
melhoria e o estudo e tratamento das não conformidades. Diante dos achados consideramos esta como experiência exitosa e
um avanço para a história da instituição pesquisada.
REFERÊNCIAS
1) WACHTER, Robert M. Compreendendo a segurança do paciente. - Porto Alegre: ARTMED, 2010.
2) BRASIL, Resolução - RDC nº 36 de 25 de julho de 2013. Brasília, 2013.
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relato de c aso
Trabalho n o 306
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação da classificação de risco em
unidades de urgência e emergência de uma
operadora de saúde no estado do Pará
Autores: Jamylle Lucia Porto Maciel; Renata Freitas Ferreira; Lourival Rodrigues Marsola
Instituição: Unimed Belém
Introdução
A área de Urgência e Emergência tem se transformado em uma área problemática para o sistema de saúde, conforme relatado na Política Nacional de Atenção as Urgências (2006). Esse problema se dá pela crescente demanda por serviços nesta área
nos últimos anos, devida ao crescimento do número de acidentes e da violência urbana e à insuficiente estruturação da rede.
Neste cenário, a adoção de medidas como a Classificação de Risco vem tomando um papel essencial para otimizar os atendimentos nas unidades de urgência e emergência. Segundo a Política Nacional de Humanização (PNH, 2004), avaliar riscos e
vulnerabilidade implica estar atento tanto ao grau de sofrimento físico quanto psíquico, pois muitas vezes o usuário que chega
andando, sem sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode estar mais necessitado de atendimento com
maior grau de risco e vulnerabilidade. Necessitando prestar assistência com mais qualidade aos beneficiários que procuram
atendimento em unidades de Urgência e Emergência, uma Operadora de Saúde do Estado do Pará desenvolveu um projeto
para implantar a Classificação de Risco nas suas quatro unidades próprias de saúde.
Desenvolvimento
A decisão de implantar a Classificação de Risco nas unidades de urgência e emergência dos Recursos Próprios partiu da alta
administração, pois observou-se a necessidade de adotar esse sistema para que os pacientes fossem atendidos pela gravidade
em que se encontravam, e não por ordem de chegada. Em fevereiro de 2014 iniciou-se a discussão a respeito da implantação
do Acolhimento ou Triagem Classificatória de Risco, contando com o auxílio de consultoras da área de Qualidade em Saúde.
Nesse período as lideranças de enfermagem analisaram os horários de maior atendimento em cada unidade, tomando como
base o ano de 2013, para que pudessem chegar ao dimensionamento de enfermeiros necessários para atenderem na sala de
acolhimento. Após essa análise, o grupo gestor de cada unidade realizou o levantamento das necessidades de estrutura física
e de recursos humanos para a implantação. Com a aprovação das contratações de enfermeiros, iniciaram as discussões quanto ao protocolo a ser utilizado. Foi definido em comum acordo que seriam utilizados os direcionamentos do HumanizaSus,
protocolo disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Para a celeridade do processo, foram adquiridos aparelhos digitais e semi-
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relato de c aso
-automáticos para a verificação dos sinais vitais, ficando o tempo preconizado para o atendimento na sala de classificação de
risco em três minutos. Após a contratação dos enfermeiros, iniciaram-se os treinamentos em cada unidade, com a participação
de representantes de todas as categorias profissionais da instituição. A implantação se deu em uma unidade por vez, e após
um mês de implantação o protocolo começou a ser monitorado para fins de auditorias clínicas.
Conclusão
Com a implantação da Classificação de Risco nas Urgências e Emergências desta operadora de saúde, pode-se perceber
que o atendimento ficou mais ágil e estruturado nas quatro unidades próprias. As metas previstas para 2014, definidas no
protocolo da instituição, foram alcançadas. Priorizando, assim, a atenção aos que apresentam maior agravo, refletindo uma
assistência mais organizada, humana e segura.
REFERÊNCIAS
1. Ministério da Saúde (BR). HumanizaSUS - acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília (DF):
Ministério da Saúde; 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf
2. Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção as Urgências. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf
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relato de c aso
Trabalho n o 308
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Desenvolvendo parcerias na gestão de
processos através de uma ferramenta de
acompanhamento de notificações (não
conformidades e eventos adversos)
Autoras: Valeria Barreto Esteves Leite; Victor Hugo dos Santos Silva
Instituição: Rede D’Or Sao Luiz Morumbi
Introdução
As falhas na assistência ocorrem com grande frequência de acordo com diversos autores e experiências demonstradas na
prática. Muitas delas estão relacionadas à falta de envolvimento da operação na criação e implantação dos processos. Todo
início de implantação de um processo gera um grande esforço de planejamento multidisciplinar e de educação permanente
para que possa ser igualado o nível de informação e entendimento dos envolvidos com o objetivo de gerar uma prática coerente com o planejado inicialmente. O início do processo tem maiores chances de manter-se funcionando de acordo com o
planejado se houver engajamento de toda equipe, porém, após algum tempo de implantação, há uma tendência natural de
“abandono” do monitoramento, fato este que pode gerar falhas e abalar a Segurança do Paciente. O acompanhamento deficiente das implantações de novos processos dificulta a eficácia do mesmo e normalmente dispensa um importante tempo
para corrigir as consequências ao invés de acompanhar o processo para evitar as falhas.
Desenvolvimento
Para auxiliar a gestão da assistência no monitoramento contínuo de um processo implantado, o setor de Qualidade desenvolveu uma ferramenta simples de acompanhamento e feedback para a melhoria da assistência. O primeiro passo foi incentivar
e incluir no conceito institucional de “notificação de eventos” toda e qualquer falha observada ou sugerida relacionada ao processo. Com isso abrimos o leque de motivos pelo qual os colaboradores poderiam e deveriam notificar. Neste contexto tivemos
um aumento significativo de notificações enviadas ao setor de Qualidade (233%) favorecendo um olhar mais crítico nas fragilidades existentes. O segundo passo foi classificar estas notificações em grupos e em seguida, através de uma planilha de Excel,
contendo as informações devidamente classificadas, foi aplicada uma Matriz de Priorização Adaptada (Gravidade x Frequência),
onde cada grupo classificado recebeu uma pontuação de gravidade (1-Baixa, 2-Média, 3-Alta) que foi multiplicada pela frequência (número de eventos relacionados ao grupo no período de 15 dias) gerando um escore para priorização dos mesmos. O
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qualihosp 2015
relato de c aso
resultado da classificação obtida na matriz foi disponibilizado aos gestores assistenciais para visualização de como a situação
era percebida e praticada pelos colaboradores e onde estavam os principais pontos que necessitavam ser reabordados ou até
alterados. A partir daí foram realizadas reuniões com os setores envolvidos para discussão dos eventos e implantação de planos de melhoria para os processos deficientes, onde a participação de colaboradores da base foi essencial na identificação das
falhas e no desenvolvimento e aplicação desses planos de melhoria. O setor de Qualidade na proposta de moderador auxiliou,
inicialmente, na discussão através da utilização do modelo de problematização. Após definição da estratégia a ser tomada um
relatório foi redigido e anexado a planilha de monitoramento junto ao setor de Qualidade e disponibilizado aos gestores. Este
processo se repetiu até manutenção adequada do novo processo e então finalização do monitoramento com auxilio do setor
de Qualidade.
Conclusão
O setor de Qualidade através desta ferramenta pôde auxiliar na gestão assistencial no que se refere à implantação e manutenção dos processos assistenciais para que a eficácia e eficiência da boa prática prevista pelos processos fossem observadas. Esta ferramenta contribuiu também para o entendimento da equipe multidisciplinar sobre o seu papel na Segurança ao
Paciente visto que a necessidade de melhorias, evidenciado por eles mesmos, fortaleceu a interação entre as equipes.
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relato de c aso
Trabalho n o 309
Gestão da Assistência
O paciente psiquiátrico e o processo de
judicialização na assistência em saúde
mental: Estudo exploratório do atendimento
psiquiátrico em Minas Gerais
Autores: Marco Túlio Paolinelli Pellegrini; Márcia Mascarenhas Alemão
Instituição: Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais
PALAVRAS-CHAVE: Judicialização da Saúde; Atendimento Paciente portador de distúrbio
psiquiátrico; Custos em Saúde.
Objetivo
O presente trabalho tem por objetivo geral construir uma base de conhecimento que fundamente as diretrizes políticas
para a assistência em saúde mental no Estado de Minas Gerais. São objetivos específicos:
1. o estudo da assistência no nível terciário aos portadores de transtorno mental que são atendidos por meio da Internação
Compulsória;
2. verificar a incidência das internações compulsórias em relação às demais internações nas unidades da Fundação Hospitalar
do Estado de Minas Gerais (FHEMIG); e
3. qual sua relação com os gargalos assistenciais encontrados na Rede de Assistência à Saúde (RAS).
Metodologia
Trata-se de estudo de caso, que utiliza como método atividades de action research - entrevistas; análises de dados primários
e secundários; experiências e conhecimentos das equipes; discussões em grupos focais em formatos diversos e adoção de
técnicas dialéticas como brainstorming; júri simulado nas equipes interdisciplinares com o reconhecimento de suas competências, habilidades e fatores intangíveis (como a dimensão social) para elaboração do trabalho.
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relato de c aso
Resultado
O estudo em andamento e as reuniões focais já apontaram para a necessidade da construção de instrumentos reguladores
das ações jurídicas para alinhamento dessas com as ações de saúde derivando num atendimento integral. Na fase descritiva
inicial, foi realizada a construção do fluxo do atendimento ao paciente, com levantamento das atividades das seguintes etapas:
Etapa 1: origem da demanda;
Etapa 2: intimação judicial;
Etapa 3: acolhimento;
Etapa 4: internação;
Etapa 5: alta responsável.
Além disso, construiu-se proposta de instrumento para subsidiar a ação judicial de dados assistenciais adequados.
Discussão
A internação compulsória é recurso jurídico previsto em lei que empossa o judiciário de uma ferramenta que o autoriza a
atuar diretamente no âmbito da Assistência à Saúde e visa ampliar as possibilidades de soluções para eventos complexos que
poderiam resultar em sérios danos para o próprio interessado ou a terceiros caso não houvesse intervenção em tempo hábil.
Entretanto, só é ética e legalmente admissível quando todos os recursos extra hospitalares já se esgotaram (conforme artigo
40 lei 10.216 de 06 de abril de 2001). Para isso, é necessário o conhecimento aprofundado desses recursos (dos atendimentos
em saúde mental extra hospitalares) ao portador de sofrimento mental, para não se incorrer no uso inadequado dos leitos
hospitalares, que vêm reduzindo em número ao longo dos últimos anos devido à atual política de assistência do Ministério da
Saúde. Portanto, fazer operar a RAS em sua perspectiva mais ampla, para uma real integração interinstitucional, parece-nos a
única resposta ética à crescente demanda pelos leitos psiquiátricos. Dessa forma, impõe-se a integração das informações num
nível centralizado e de amplo acesso para criação estrutura de conhecimentos que otimize os diversos recursos para agilização
das tomadas de decisão visando a melhora qualitativa na assistência.
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relato de c aso
Trabalho n o 319
Gestão da Assistência
Realinhamento do modelo de agendamento
de exames laboratoriais: Ações direcionadas a
qualidade no atendimento aos usuários
Autores: Joana D’arc Ricardo dos Santos; Andrea Aparecida da Fonseca Monteiro; Diego da Silva Ferreira; Katsumi Osiro; Valdete
Machado
Instituição: SPDM/NGA SANTA CRUZ
Introdução
Um dos maiores desafios do SUS e melhorar a qualidade dos serviços prestados, quanto à atenção e o acolhimento dos
usuários², olhar diferenciado entre eficácia e eficiência, são necessários para que o gestor identifique pontos vulneráveis e trace
medidas preventivas visando garantir a segurança do atendimento ofertado à população³. Em 2012 o atendimento para coleta
de exames laboratoriais em nosso serviço seguia as diretrizes utilizadas na maioria dos laboratórios de mesmo fim: o paciente
apresentava a solicitação médica, agendávamos os exames, fornecíamos a orientação quanto o preparo necessário e o instruíamos a comparecer no dia agendado as 07:00h para atendimento. Este último item era responsável por queixas de usuários
referentes ao tempo de espera para atendimento, pois, a demanda diária girava em torno de 80 pacientes. Identificamos que
este modelo de atendimento para nosso perfil de pacientes sempre nos traria queixas, pois, nosso publico em sua maioria
enquadrava-se nas características preferencias (por idosos, gestantes e crianças), existindo a necessidade de refinar ações visando garantir o acesso eficiente¹. O controle de pacientes era realizado através de agenda dividida por intervalos de 20’ com 10
pacientes para cada horário, porém, o problema permanecia uma vez que o publico atendido era em sua maioria preferencial,
isso nos fez repensar sobre: Como melhorar o atendimento, garantindo a satisfação de nosso paciente e também do nosso
profissional³, diminuindo o tempo de espera para atendimento e garantindo o atendimento preferencial? Nosso desafio era
minimizar o tempo de espera, garantindo a satisfação do paciente e profissional de enfermagem durante o atendimento².
Desenvolvimento
1) Analise da produção media de atendimento no setor e levantamento do tempo gasto para atendimento, 2) Redefinição
do modelo de agendamento, passando a ser feito por horário, com a orientação ao paciente de comparecer 15’ antes do horário agendado para atendimento, 3) Reformulação da agenda com intervalos de 10’ em blocos de 3 a 4 pacientes por bloco
intercalando o total por horário visando organizar a chegada dos pacientes sem superlotar a sala de espera e evitando tumulto
e stress a equipe do setor composta por 3 auxiliares de enfermagem sob supervisão de 1 enfermeiro. Pois, a fragilidade capilar
entre idosos, crianças muitas vezes pelo medo, entre outras situações desprendiam maior tempo para atendimento.
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Conclusão
Toda mudança em rotinas adotadas requer tempo, treinamento e monitoramento para adesão e adaptação dos envolvidos.
Inicialmente muitos pacientes resistiram a chegar apenas 15’ antes do horário agendado, chegando a sugerir no S.A.U o retorno
do modelo antigo, profissionais do setor de coleta estranharam a falta de ruídos, pois, com a organização para chegada dos
pacientes o desempenho das atividades passou a ser realizado com maior tranquilidade, possibilitando gerenciar encaixes e
atrasos, devido a estrutura elaborada da agenda.Com o decorrer do novo processo a evidencia na melhoria e organização do
atendimento contribuiu para a aceitação e valorização do trabalho. Quanto ao tempo gasto no atendimento, não houve alteração, porém, a espera sim sofreu impacto positivo, sendo possível gerenciar de maneira eficiente o atendimento no setor. O
resultado obtido referente à organização do atendimento não gerou custo adicional, o necessário foi o olhar do gestor sob um
fator de risco a satisfação do usuário e ambiente de trabalho adequado a equipe de saúde.
REFERENCIAS
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/assistencialaboratorial/Coleta_Laboratorial.pdf
http://www.humanizasaude.rs.gov.br/site/artigos/manual
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/gessau.html
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relato de c aso
Trabalho n o 321
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Reconhecimento internacional de qualidade
pela commission on accreditation of
rehabilitation facilities (carf)
Autores: Nathália Alonso Martins; Natália Nicola; Cléber de Moraes Motta; Cristian Eduardo Guolo
Instituição: PROAHSA
Introdução
A busca por melhorias na qualidade nos serviços de saúde vislumbra a melhoria continua da gestão e da assistência. Por
meio de metodologias e ferramentas de gestão, dentre elas o processo de acreditação, estimula-se o desenvolvimento da
cultura de melhoria contínua da qualidade. Por meio da visão de ser um centro de referência internacional em Reabilitação, o
objeto de estudo estabeleceu como meta a busca pela acreditação internacional Commission on Accreditation of Rehabilitation
Facilities (CARF). O objetivo do estudo foi compreender o histórico da acreditação CARF e o início do processo para acreditação
em um centro de reabilitação de São Paulo. Relato de caso descritivo exploratório de abordagem qualitativa. Os dados foram
coletados por meio de revisão de literatura, análise do manual da CARF, entrevistas semiestruturadas e observação de campo
dos colaboradores do centro de reabilitação.
Desenvolvimento
As certificações e acreditações são caminhos para os centros de reabilitação evoluir os seus cuidados de saúde, nos quais
esses princípios e práticas devem ser relevantes para os colaboradores e representar o compromisso de oferecer programas e
serviços que são mensuráveis. A CARF é uma organização independente e sem fins lucrativos, no qual surgiu pela necessidade
de existir uma Acreditação de Unidades de Reabilitação que garantisse a prestação de serviços de reabilitação de qualidade
nos Estados Unidos da América. O desenvolvimento dos padrões iniciou em 1950, porém somente em 1966 as organizações
americanas denominadas U.S. Social and Rehabilitation Services Commissioner Mary E. Switzer formaram a CARF. Até 1995, a
CARF publicou um manual único de padrões para serviços de reabilitação. Após este ano, começou a publicar edições separadas para cada uma de suas principais áreas da acreditação: saúde comportamental, serviço ocupacional e comunitário, e
reabilitação médica. As políticas e procedimentos adequados para acreditação estão em um manual padrão que descreve os
processos da acreditação. Esta entidade já acreditou nos Estados Unidos cerca de 20.455 estabelecimentos de saúde, entretanto expandiu a sua atividade ao resto do mundo com um total de 22.874 unidades acreditadas, porém a América do Sul possui
apenas quatro acreditações, com 3 estabelecimentos no Chile e 1 na Argentina. Os resultados das entrevistas semiestruturadas
e observação de campo dos colaboradores mostraram que apesar dos critérios para garantir o selo serem disponibilizados pela
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relato de c aso
CARF, apresentam o manual em inglês com características genéricas e pouco específicas, situação que dificulta uma avaliação
mais objetiva dos critérios pelos colaboradores. São mais de 1.200 requisitos exigidos e avaliados para garantir esta acreditação.
Embora os desafios sejam inúmeros, o centro de reabilitação por meio de um comitê pretende realizar diagnósticos organizacionais e estabelecer diretrizes para melhorias em suas estruturas, processos e resultados, focados no objetivo final de melhoria
da vida das pessoas assistidas.
Conclusão
Ao analisar a trajetória da acreditação CARF possibilita-se entender o panorama da acreditação no mundo e introduzir o
conhecimento para os colaboradores do centro de reabilitação.
REFERÊNCIAS
ALKHENIZAN, A.; SHAW, C. Impact of accreditation on the quality of healthcare services: a systematic review of the literature. Ann Saudi Med, v. 31, n. 4, p. 407-16,
2011.
COMMISSION ON ACCREDITATION OF REHABILITATION. Facilities Quick Facts about CARF. 2012a. Disponível em: <http://www.carf.org/About/QuickFacts/>
COMMISSION ON ACCREDITATION OF REHABILITATION. Medical Rehabilitation Standards Manual. Tucson: CARF Document Production, 2009.
WU, S. S.; WELCH, D. G.; HOPPE, K. M. et al. Pathways to certifications in physical medicine and rehabilitation in the United States: past, present, and future. Eur J
Phys Rehabil Med, v. 49, n. 3, p. 385-93, 2013.
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relato de c aso
Trabalho n o 322
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
O processo de acreditação em um hospital
público
Autores: Julianne Rodrigues de Moraes Rosa; Felipe Hart Ferreira; Lilian Moura da Silva; Maria Luísa de Lima Landman; Danielle
Pedroni Moraes
Instituição: ICHC-FMUSP
Introdução
A implementação do sistema de qualidade não é tarefa simples, mas contrariamente, se apresenta como um grande desafio
a ser enfrentado pelos gestores e profissionais que buscam adequar seus processos de trabalho a excelência no atendimento.
Todo esforço de melhoria de uma instituição deve começar por meio do enfoque dos profissionais no que tange à educação,
desenvolvimento de habilidades, formação de consciência responsável, treinamentos para o trabalho em equipe e desenvolvimento da concepção ética do trabalho, visto que eles emergem como o cerne da política de qualidade, tendo papel essencial
na garantia e na manutenção do processo. A Acreditação Hospitalar é um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, de forma periódica, voluntária, racionalizada, ordenadora e, principalmente, de educação continuada dos profissionais,
com o intuito de garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente aceitos; apesar de no início ser considerada um diferencial para as empresas e com isso fortemente ligada ao mercado privado, hoje há um crescente interesse do
setor público, não só no Brasil, para que as instituições públicas também tenham seus serviços reconhecidamente focados na
melhoria do gerenciamento, da eficiência e em busca da excelência.
Desenvolvimento
Inserido no contexto acima, um Hospital Público, de ensino e de complexidade terciária, situado no município de São
Paulo, aderiu ao Programa da Organização Nacional de Acreditação - ONA, em busca da Acreditação Nível 1, no início de 2014.
A primeira ação tomada pela direção foi a confecção de um vídeo de sensibilização dos colaboradores, no qual as principais
lideranças do hospital propunham uma aproximação de todos para que a mobilização em busca da acreditação começasse,
criando assim uma causa comum. O vídeo foi lançado em um evento, que contou ainda com palestras sobre a acreditação e a
ONA, e estações sobre a Higienização das mãos e o Programa 5S, o qual foi implantado a seguir. Na mobilização do 1º S - Seiri
foram envolvidas todas as áreas administrativas e assistências, resultando em quatro (4) caminhões de material excedente. Na
sequência, visando capacitar as principais lideranças, criar uma rede de disseminação e familiarizar os colaboradores tanto com
o Manual da ONA - versão 2014 quanto com o relatório diagnóstico feito pela Instituição Acreditadora Credenciada, foram
ministrados cursos para formação de multiplicadores, com a participação total de 118 colaboradores, incluído os médicos.
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relato de c aso
Outra ação que contribuiu para o sucesso deste projeto foi a composição da Subcomissão de Segurança do Paciente, que desenvolveu protocolos institucionais para as seis (6) metas de segurança do paciente, instituídas pela Organização Mundial de
Saúde - OMS, além de todo trabalho de criação e disseminação dos protocolos, foi confeccionado um crachá que distribuído
para todos os colaboradores, aplicada pesquisa sobre a Cultura de Segurança do Paciente e realizado um evento, com estações
sobre cada uma das metas além de uma sobre gestão de riscos, que naquele momento passava por reestruturação e reformulação. No decorrer do ano a gestão da qualidade foi criada de forma institucional e com sua implantação os planos de ação,
previamente elaborados em decorrência da visita diagnóstica, foram revisados e adequados às necessidades do processo, esta
ação mobilizou as diversas áreas que se uniram em busca de uma causa comum, que foi alcançada no início de dezembro, após
uma semana inteira dedicada à visita de acreditação.
Conclusão
Por meio do compromisso com a política da qualidade estabelecida pela instituição, os profissionais se engajaram e reforçaram a cultura de melhoria centrada no cliente e na determinação de executar serviços de forma segura e com excelência e
só dessa forma foi possível atingir o resultado esperado.
REFERÊNCIAS
Novaes, HM. O processo de acreditação dos serviços de saúde. Revista de Administração em Saúde. 2007; 9(37):133-40.
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relato de c aso
Trabalho n o 323
Gestão da Assistência
Piloto de mapeamento tuss – sigtap para
fins de drg
Autores: Deborah Pimenta Ferreira de Castilho
Instituição: Hospital Sírio-Libanês
O DRG – Diagnosis Related Groups – é um sistema de classificação de pacientes construído com o intuito de instrumentalizar
a gestão hospitalar, através da análise do perfil nosológico, diagnósticos, procedimentos realizados, além do conjunto de bens
e serviços prestados aos pacientes para tratar problemas de saúde específicos 1.Utiliza o CID 9 CM ou o CID 10 para análise dos
diagnósticos informados, e para os procedimentos a tabela do CID 9 – CM/Procedures.
Com o objetivo de utilizar o DRG no Brasil, para instituições públicas e privadas e, levando-se em consideração que não
existe uma única tabela de procedimentos padronizada no país, faz-se necessário o mapeamento das tabelas utilizadas na TUSS
e SIGTAP.
A TUSS (Terminologia Unificada em Saúde Suplementar) nasceu da necessidade de se criar um vocabulário comum para a
troca de informações entre operadoras e prestadores de serviços de saúde no setor de saúde suplementar, utilizando por base
a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), porém sem os respectivos portes. A TUSS faz parte
do padrão TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar).
Já a SIGTAP (Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM SUS), utilizada tanto para o SIH
(Sistema de Informações Hospitalares) quanto para o SIA (Sistema de Informações Ambulatoriais), sendo muitas vezes referida
como Tabela Unificada do SUS. É mantida e distribuída pelo Ministério da Saúde, construída de forma hierarquizada e com
quatro níveis de agregação: grupo, subgrupo, forma de organização e procedimento.
O mapeamento deve ser feito para possibilitar que a troca de informações entre os sistemas seja efetiva.
O mapeamento foi realizado utilizando-se como fonte a tabela 22 da TUSS (versão publicada em 201405) e como alvo os
procedimentos SIGTAP (versão web – competência 01/2015), priorizando-se os procedimentos cirúrgicos, procedimentos invasivos e exames de alta complexidade.
Na primeira fase do processo foram analisados os procedimentos dos sistemas cardio-circulatório e digestivo.
As principais dificuldades levantadas foram: procedimentos existentes na TUSS que não existem na SIGTAP, nome dos procedimentos divergentes dificultando na localização destes, procedimentos existentes na TUSS com a necessidade de mapeamento de dois procedimentos para um procedimento da SIGTAP . Na tabela utilizada da TUSS a coluna de descrição detalhada
está vazia, existindo apenas o código do termo e o termo (nome do procedimento); além disso não trouxe nenhuma hierarquia
que já existia na versão anterior (grupo e subgrupo).
A tabela SIGTAP possui, aproximadamente, 136 procedimentos cirúrgicos digestivos, já a TUSS, possui, aproximadamente
298 procedimentos, contagem baseada no exemplo da CBHPM. Já entre os procedimentos cirúrgicos circulatórios a tabela
SIGTAP tem 246 e na TUSS 210. Portanto, não há uma relação um para um.
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relato de c aso
Para o mapeamento dos procedimentos digestivos, apenas 116 (39%) foram mapeados para a SIGTAP, 82 (28%) foram mapeados, mas, com termos inexatos e 98 (33%) não foram mapeados.
Já entre os cardiológicos, foram mapeados 50 (24%) procedimentos, 61 (29%) foram mapeados, porém, com termos inexatos e 79 (47%) não puderam ser mapeados.
Essas tabelas foram construídas com objetivos e estruturas diferentes, portanto o mapeamento torna-se mais trabalhoso.
Existe a necessidade de especialistas auxiliarem no mapeamento dessas tabelas.
Devido ao grande número de procedimentos não correlacionados sugere-se a elaboração de uma tabela nova, com merge
entre ambas.
REFERÊNCIAS
Fetter RB. The DRG patient classification system – Background. In: Fetter RB, Brand DA, Gamache D, editors. DRGs their design and development. Ann Arbor:
Health Administration Press; 1991. P. 3- 27
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o sumário
relato de c aso
Trabalho n o 327
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Implantação de um serviço de Gestão de Risco:
Relato de experiência de um hospital geral
público de ensino e de alta complexidade
Autoras: Vanessa Arias; Márcia Martins; Eliane Morais Pinto; Youko Nukui; Eliza Midori Yagyu
Instituição: Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP
Introdução
No início de 2014, o Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP (ICHC) passou por visitas diagnósticas realizadas
por uma Instituição Acreditadora Credenciada (IAC), dando início ao processo de acreditação nível 1 pela metodologia da
Organização Nacional de Acreditação (ONA). O processo de diagnóstico organizacional resultou em um relatório detalhado, no
qual foram feitos alguns apontamento. Em relação à Gestão de Risco, podemos citar por exemplo: implantar política de gestão
de risco, assegurar a implantação do gerenciamento de riscos em todos os processos e assegurar a gestão dos eventos adversos notificados pelos gestores das áreas. Neste contexto, almejando não apenas a certificação da Instituição, mas principalmente melhorar os processos existentes e aumentar a segurança da assistência prestada ao paciente, iniciou-se a estruturação de
um serviço de Gestão de Risco institucional.
Desenvolvimento
Os incidentes assistenciais eram notificados de forma descentralizada e os incidentes relacionados a risco sanitário não
tinham interface com a assistência. A partir de julho de 2014, o serviço de Gestão de Risco foi incorporado ao Centro de
Planejamento e Gestão do ICHC que está subordinado diretamente à Diretoria Executiva deste Instituto. A Gestão de Risco está
estruturada com um Gerente de Risco e atualmente conta com duas alunas que fazem parte do Programa de Capacitação em
Serviço. Com o intuito de centralizar as informações e os trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos relacionados ao gerenciamento de riscos, o primeiro passo foi a criação do Comitê de Risco. Este comitê tem caráter multiprofissional e se reúne
periodicamente para discussão de casos e apresentação e análise de indicadores. O passo seguinte foi elaborar o Programa
de Gestão de Risco institucional. Este programa seguiu as diretrizes estabelecidas na Política de Gestão de Risco do HCFMUSP,
que foi descrita por um grupo formado pelos Gerentes de Risco que representam cada Instituto do complexo HCFMUSP. O
objetivo desta política é estabelecer as diretrizes para a gestão de risco de modo a orientar os processos de avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos com vistas a mitigar os impactos negativos nos objetivos estratégicos da
organização. Seguindo estas diretrizes, o programa estabelecido pelo ICHC objetivou estabelecer e descrever o conjunto de
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relato de c aso
ações pró-ativas para a gestão dos riscos e ações reativas para o gerenciamento das ocorrências e desenvolver a cultura de segurança institucional por meio de uma atitude pró-ativa e de aprendizado organizacional não punitivo. A partir de outubro de
2014, as notificações de incidentes foram centralizadas na Gestão de Risco abrangendo todos os profissionais, sendo opcional
a identificação do notificante. A ficha para notificação também foi modificada, sendo construída em conjunto com a equipe
multiprofissional. Para estimular ainda mais a notificação, em novembro foi implantado o sistema de notificação eletrônico, o
qual tornou este processo mais prático tanto para as áreas notificantes quanto para a Gestão de Risco. Agora, nosso próximo
passo será apresentar os indicadores de cada área para seus respectivos gestores para que eles apropriem-se dos dados de suas
unidades e tracem planos de ação a partir das análises realizadas.
Conclusão
Para estruturar uma Gestão de Risco institucional é fundamental o apoio da alta liderança e o envolvimento de toda equipe,
tanto assistencial quanto administrativa. Outro ponto fundamental é a realização de ações capazes de mudar a cultura de segurança organizacional, mudando a forma de pensar e, principalmente, o comportamento dos profissionais de saúde no que
tange a segurança do paciente e a qualidade da assistência prestada.
REFERÊNCIAS
Brasil. ANVISA. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2014.ABNT NBR ISSO/IEC 31000:2
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Trabalho n o 329
Gestão da Assistência
A implementação e o gerenciamento do
protocolo de Acidente Vascular Cerebral Experiência de um ano
Autora: Maria Fernanda Zorzi Gatti
Instituição: Hospital Samaritano SP
Introdução
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, o que causa um
forte impacto econômico e social. É um fenômeno vascular agudo definido como perda súbita da função cerebral resultante da interferência do suprimento sanguíneo (1). O atendimento especializado do AVC agudo melhora o atendimento a um
maior número de pacientes, com a organização de sistemas de triagem e investigação, além de um ambiente seguro para
o tratamento trombolítico (2).
Desenvolvimento
A fim de garantir a assistência adequada e segura para esses pacientes, uma linha de cuidado foi definida como protocolo institucional e o gerenciamento de pontos traçadores “chave” têm sido acompanhados e discutidos com a equipe
multiprofissional envolvida. No atendimento domiciliar de emergência ou no atendimento do Pronto Socorro, o paciente é
avaliado quanto aos sintomas neurológicos e, a partir daí, um chamado simultâneo do emergencista, neurologista e setor de
imagem garantem a avaliação rápida para tomada de decisão com relação ao tratamento trombolítico, de neurointervenção,
cirúrgico ou suporte clínico em terapia intensiva. Neste momento a linha de cuidado se inicia, cada profissional envolvido
(médico, enfermeiro, farmacêutico, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e assistente social) está inserido em um plano de cuidados que visa proporcionar assistência segura e de qualidade, reabilitação precoce e orientação e suporte familiar.
Dentro da linha de cuidado, elaborada do tempo zero ao quinto dia de internação, pontos traçadores foram definidos como
importantes indicadores de qualidade de processo e assistência, tais como: tempo porta tomografia em 30 minutos e porta
agulha em 60 minutos, antiagregante plaquetário no primeiro dia para pacientes não trombolisados, controle de glicemia e
de hipertermia, avaliação fonoaudiológica em 24h, profilaxia para trombose venosa profunda, reconciliação medicamentosa
em até 48h e avaliação de déficts por escala funcional em até 48h. Os resultados, assim como os casos individuais, são discutidos com a equipe multiprofissional mensalmente. No decorrer de 2014 foram incluídos no protocolo de AVC 291 pacientes
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relato de c aso
com idade entre 21 e 89 anos (média 68 anos), 47% do sexo feminino e 53% do sexo masculino. Foram diagnosticados com
AVC isquêmico 49 pacientes e 07 deles se beneficiaram da trombólise com conformidade no tempo de 60’ em 86% casos.
Conclusão
No decorrer desse trabalho, importantes melhorias foram implementadas com ganho de estrutura e qualidade institucional, além de despertar na equipe uma integração e responsabilidades com o resultado assistencial, econômico e social. O
foco especializado e a estrutura adequada para a assistência de pacientes acometidos por AVC tem proporcionado resultados
indiscutíveis de qualidade e segurança.
REFERÊNCIAS
1. Lewandowski C, Barsan W. Treatment of acute ischemic stroke. Ann Emerg Med. 2001 Feb; 37(2): 202-16.
2. Chaves MLF, Finkelsztejn A, Stefani MA et al. Rotinas em neurologia e neurocirurgia - Dados eletrônicos. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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Trabalho n o 330
Gestão em Saúde
Proposta para expansão e padronização da
rotina administrativa dos expedientes em um
hospital público de São Paulo
Autores: Katia Cilene Oliveira da Silva; Danielle Pedroni de Moraes; Alessandra Cruz Fernandes; João Rocha Venceslau; Lucila Pedroso
da Cruz
Instituição: HCFMUSP
Introdução
Os modelos de gestão documental visam aprimorar os processos e serviços, além de assegurar a efetividade de ações que
agregam credibilidade ao documento, atuando na redução de custos, no combate ao retrabalho, na padronização de condutas
e rotinas administrativas, a fim de otimizar recursos e investimentos, resultando assim em agilidade e eficiência. Na área hospitalar os modelos de gestão documental tem aplicabilidade devido à complexidade de atividades que exigem confiabilidade,
segurança, controle e qualidade do produto final, pois a segurança do paciente é o foco dessas organizações. Neste contexto,
as comunicações internas entre as diferentes áreas e a documentação são de vital importância para a garantia de qualidade
dos processos. “O contexto de normalização não se restringindo a modernidade, ao contrario, há muito tempo, na historia da
evolução humana, a normalização é uma constante. Pesos e medidas, dinheiro, lei, expressões gráficas para representar números e letras são exemplos de normalização fundamental para a vida em coletividade” (TAVARES et al.,2008,p.16). Dessa forma, a
proposta aplicada e que se efetivou por meio da implementação da expansão e padronização da rotina administrativa dentro
da instituição pública hospitalar constituiu uma compreensão de todo o sistema para que os documentos fossem controlados
e rastreados com facilidade, tivessem fácil acesso, fossem atualizados, bem identificados e legíveis, estando arquivados/armazenados adequadamente.
Justificativa
Observou-se que muitas dificuldades eram oriundas da falta de organização e padronização na comunicação entre os
envolvidos, de forma que a troca de informação estabelecida e a falta de disseminação do sistema de gestão documental
deixaram em evidências as falhas e a necessidade de um plano de ação eficaz, que estabelecesse uma melhoria efetiva na
complexibilidade e burocratização das atividades. Assim, pontuando não conformidades nos processos documentais viu-se a
necessidade de uniformidade e padronização dos documentos, de modo, que os esforços em gerenciar os conflitos existentes
e normatizar as principais ocorrências pudessem ser aplicados na rotina administrativa da instituição.
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relato de c aso
Objetivo
Normatizar e unificar o uso do Sistema de Gestão Documental na rotina administrativa com os expedientes; Estabelecer
modelo de documento, padronizar a elaboração de memorandos/ofícios/requisições de compra/autorizações, implantando
uniformidade e segurança das informações e assegurando a confiabilidade; Favorecer a rastreabilidade dos documentos e
transparência na tramitação documental.
Desenvolvimento
Para implantação da proposta foram mapeadas as clínicas/serviços que executam atividades administrativas, foi feito levantamento das áreas que possuíam o sistema instalado com a identificação ativa, como também, verificado se havia manuseio
correto do sistema pelos usuários, foram habilitadas novas identificações para as áreas que não possuíam o sistema, criadas
novas identificações de acesso, elaborado um manual explicativo para uso do sistema como também, o documento modelo/
padrão para ser utilizado na construção dos documentos, esse contendo as informações precisas e necessárias, além dos logos
permitidos e aprovados pela alta direção. A nova norma de adequação e padronização foi divulgada e disponibilizada nos canais de acesso dos colaboradores, como: jornal institucional e desktop dos computadores.
Conclusão
Com a implantação da proposta o hospital evoluiu na sua rotina administrativa, obtendo rastreabilidade, confiabilidade,
exclusão de retrabalhos, padronização, uniformidade, controle e facilidade de comunicação entre às áreas, assim contribuindo
para a Qualidade do serviço oferecido.
REFERÊNCIAS
TAVARES, José da Cunha; NETO, João Batista Ribeiro; HOFFMAN, Silvana Carvalho. Sistemas de gestão integrados: qualidade, meio ambiente, responsabilidade social e segurança e saúde no trabalho. 1a ed. São Paulo: Ed. SENAC São Paulo, 2008.
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relato de c aso
Trabalho n o 332
Gestão em Saúde
Saída real-segurança no processo de internação
da entrada à saída da instituição
Autoras: Juliana Pinto Schunck; Dayane Bruno da Silva; Andreia Pereira do Carmo
Instituição: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira - Icesp
PALAVRAS-CHAVE: Alta hospitalar; Alta efetiva; Segurança; Qualidade; Hospital público;
Hospital de grande porte; Fluxo de internação.
Introdução
O hospital no qual é realizado esse processo, é uma instituição pública de grande porte, referência no atendimento de casos
de câncer no estado de São Paulo. Possui 388 leitos ativos de enfermaria, 70 leitos de UTI e 34 posições em Hospital dia. Alcança
uma média mensal de 1200 internações hospitalares e 1030 saídas. Para aumentar a segurança no fluxo de internação do paciente (da entrada à saída), foi implantado em Junho/2013, uma central responsável por realizar a saída real na alta, ou seja, saída efetiva da instituição. Devido o prédio apresentar uma estrutura física vertical (28 andares) e de grandes dimensões (84.000
m2), esse processo tem a importância de garantir que todos os pacientes que receberam alta, saíram realmente da instituição.
Desenvolvimento
O processo baseia-se em a equipe que encaminha o paciente de alta hospitalar da enfermaria até a porta da instituição (podendo ser equipe de enfermagem, transporte, ou hospitalidade), passar pela recepção do setor de internação, que fica ao lado
da catraca de saída do hospital, dar baixa no atendimento do paciente e, assim, ele é liberado. A princípio, o acompanhamento
desse processo era feito pela equipe administrativa do pronto socorro, porém, devido local não ser exclusivo para esse processo (disputava o atendimento com os pacientes que queriam abrir ficha no pronto socorro), muitos pacientes e colaboradores
não esperavam para realizar o processo e saiam sem finalizar a internação. No gráfico 1 temos os dados prévios à transferência
desse processo para uma recepção própria. A meta é alcançar 100% de saída real sobre as altas. Nesse período, a porcentagem
alcançada da meta era de 65%. Com a alteração desse processo, tivemos um aumento considerável de cumprimento da meta.
Passamos de 65% para uma média mensal de 94% de saídas reais sobre as altas, como pode ser observado no gráfico 2. Ao
transferir essa atividade para uma recepção própria, foi observado que muitos pacientes chegavam para realizar o processo de
saída real, porém, a unidade de saída (enfermaria), ainda não tinha lançado a alta dele no SIH, então, era realizado aí uma nova
checagem se o paciente que queria fazer sua saída real, realmente estava de alta da enfermaria. Com isso, conseguimos evitar
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as evasões da instituição. Além da evasão, também foi possível desenvolver um plano de ação com as recepções das enfermarias, a fim de diminuir os números de casos reais de alta e que chegavam na recepção de saída real com processo administrativo
incompleto. No gráfico 3, pode ser observado a melhoria adquirida através do plano de ação.
Conclusão
Em uma instituição com grandes proporções estruturais e de fluxo de pacientes, garantir a segurança administrativa no processo de internação (da entrada à saída do paciente), deve ser um dos focos de atenção para a qualidade do atendimento prestado. Com esse intuito, criar um fluxo que consiga assegurar a saída real do paciente na sua alta (efetiva saída das instalações
da instituição), torna o processo de alta seguro, evitando que o paciente fique perdido na instituição. Uma outra experiência
que foi tirada desse processo, é que foi possível filtrar àqueles pacientes que queriam se evadir do hospital, fazendo com que o
setor se tornasse uma barreira física evitando esses casos. Ainda não foi possível alcançar a meta de 100% de saídas reais sobre
as altas, pois alguns pacientes que saem de alta acompanhados com equipe de transporte externo, muitas vezes se dirigem a
outras recepções do hospital, por não terem recebido as orientações de saída, e os colaboradores internos, não os barram na
catraca. É necessário estreitar o plano de ação e alinhamento de todas as equipes da instituição.
Gráfico 1. Acompanhamento alta x saída real (pré projeto)
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Gráfico 2. Acompanhamento alta x saída real (durante e pós projeto)
Gráfico 3. Saída real com alta administrativa pendente
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Trabalho n o 339
relato de c aso
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Adesão à administração do antibiótico
profilático associado ao protocolo de cirurgia
segura
Autores: Jessica Piro Barragam; Rosa Luiza Moraes Teixeira de Aguiar; Elide Leyla Martinez Moscatello; Tiago Vicente de Oliveira;
Joyce Cortez de Barros
Instituição: HOSPITAL REDE D’OR SÃO LUIZ MORUMBI
Introdução
Os padrões de qualidade almejados em serviços de saúde contemplam os procedimentos de cirurgia e anestesia seguros
e prevenção de infecção de sítio cirúrgico, através da criação do CHECKLIST de Cirurgia Segura.1 Um dos itens do CHECK LIST é
a administração do antibiótico profilático, medida importante na prevenção de infecção de sítio cirúrgico (ISC), segundo estudos a eficácia do antibioticoprofilaxia (ATP) é perdida se a administração da droga for feita muito tempo antes da cirurgia e
reduzida após o seu início, sendo assim, para máxima eficácia profilática é fundamental que o antibiótico seja feito na indução
anestésica, até 1 hora da incisão cirúrgica.1,2 O uso do ATP deve ser usado criteriosamente, para isso foi criado um Manual de ATP
para o uso consciente e padronizado dos antibióticos na instituição.1 O presente estudo tem como objetivo avaliar a adesão
da administração do antibiótico profilático até 1 hora antes da incisão cirúrgica, segundo os critérios do CheckList de Cirurgia
Segura do Protocolo de Cirurgia Segura institucional.
Objetivo
Avaliar a adesão da administração do antibiótico profilático até 1 hora antes da incisão cirúrgica.
Metodologia
Estudo transversal descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Realizado em hospital privado de São Paulo, no
período de julho de 2012 a dezembro de 2014, com 202 leitos, 13 salas cirúrgicas, atende todas as especialidades médicas,
realiza média de 900 cirurgias/mês. A coleta de dados aconteceu a partir de um instrumento preenchido pelo médico anestesiologista, que é quem realiza a administração do antibiótico, durante a indução anestésica. Foi criado um banco de dados no
Excel, e os cálculos estatísticos foram realizados pelo mesmo programa.
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Resultados
Foram analisadas 12.491 cirurgias realizadas no período de julho de 2012 a dezembro de 2014. Em julho de 2012 61,1% dos
procedimentos tiveram administração de antibiótico profilático até 1 hora, em dezembro de 2012 observa-se um crescimento
da adesão desta orientação para 92,8%. Já a repetição, quando necessário no intraoperatório foi de 30,8% em julho de 2012
para 88,3% em dezembro de 2012. Durante o ano todo de 2013, o índice de adesão à administração do antibiótico profilático
manteve-se acima de 95%, e apenas janeiro de 2013 apresentou índice de 72,7% na repetição do antibiótico no intraoperatório
quando recomendada, observa-se crescente melhora deste índice durante o ano. Em relação a repetição do antibiótico no intraoperatório, o mês de janeiro de 2014 apresentou índice de 72,7%, após ações educativas, este índice apresentou crescentes
valores, mantendo-se acima de 95% durante o ano de 2014 todo.
Discussão
A ATP é uma das práticas indicadas para a segurança do paciente cirúrgico, pois a ISC é uma causa evitável de morbimortalidade.1,2 A partir do Manual de ATP, foi realizado o compartilhamento de informações para as equipes cirúrgicas e anestésicas,
observando-se que no início do estudo, em julho de 2012, os índices de adesão à administração do antibiótico profilático e
da sua repetição no intraoperatório era baixa, inferior à 70%, a partir de treinamentos e reuniões para compartilhamento das
informações houve um crescimento, mantendo o índice acima de 90% durante os anos subsequentes.
Conclusão
Os dados obtidos demonstram que o estabelecimento de práticas para a aquisição e vigilância do uso de antibióticos, a
confecção de protocolos norteados por indicadores pré-estabelecidos pelas diretrizes nacionais e internacionais, e o envolvimento das equipes multidisciplinar uniformizam as condutas, uma vez que a resistência bacteriana é uma ameaça à segurança
do paciente.
REFERÊNCIAS
1. Guilarde AO, Pacheco IT, Gomes LVR, Lima VAB, Pacheco JP, Souza MA. Avaliação da Antibioticoprofilaxia Cirúrgica em Hospital Universitário.
Revista de Patologia Tropical. Jul-set.2009. vol.38 (3):179-185.
2. WHO- WORLD HEALTH ORGANIZATION. WORLD ALLIANCE FOR PA
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Trabalho n o 340
relato de c aso
Gestão em Saúde
Abordagem do financiamento e do processo
de incorporação da tecnologia CPAP pelo SUS
na Medicina do Sono
Autores: Renata Aparecida dos Santos Lobo; Evelinda Marramon Trindade; Renata Tenenbojm Correa; Geraldo Lorenzi-Filho
Instituição: PROAHSA/HCFMUSP
Introdução
A correta incorporação demonstrou ser um desafio para os sistemas de saúde no mundo inteiro, devido aos altos gastos (1).
O uso racional de tecnologias implica na seleção dessas e, a identificação de subgrupos específicos de utilização (2). Um exemplo é o caso da Medicina do Sono, que é uma área de atuação recente, que trata a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono
(SAOS), que tem como principal indicação a utilização de CPAP (Continuos Air Pressure), que não é financiado pelo SUS para essa
condição específica. Diversas etapas devem ser seguidas, para que haja reembolso pelo SUS, como a articulação entre diversos
fatores e atores (3) e a incorporação da tecnologia pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC).
Objetivos
Analisou-se o processo de incorporação da tecnologia CPAP na Medicina do Sono e a articulação entre os diversos grupos
responsáveis por essa demanda, mediante a necessidade de responder ao tratamento da SAOS. Buscou-se descrever as etapas
históricas do processo de criação de um Centro Interdepartamental de Estudos do Sono (CIES) no Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
Método
Estudo qualitativo, retrospectivo processual de fonte primária, onde o investigador não foi participante. Visou-se analisar
o processo de incorporação do CPAP pelo SUS para a Medicina do Sono. Este processo foi desencadeado pela análise documental do “Processo do Sono”, número 5647/89-H do HCFMUSP, de documentos da Associação Brasileira do Sono (ABS), como
o Relatório de Evidências Clínicas e o Estudo de Impacto Orçamentário (EIO), enviados à CONITEC em 2012 e, a resposta desta
perante a demanda. Buscou-se apreciar qual foi o desenvolvimento do processo de implantação do CIES durante os anos de
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307
relato de c aso
1989 a 2011 para entender os fatores que influenciaram o HCFMUSP a coordenar esse projeto. Os textos foram categorizados
em busca da frequência de problemáticas, atores e interesses e tipo de informação, definindo-se padrões e identificando aspectos relevantes, para a interpretação do caso de forma coerente.
Resultados
A superintendência em 1989 levantou a necessidade em coordenar um Centro para Estudos do Sono. Realizou-se um projeto para implantação do CIES, com estrutura administrativa e física, mas durante as décadas, vários entraves ocorreram, e o projeto passou por reestruturações. Tais barreiras incluem a descentralização da área de atendimento ambulatorial, dificuldades
financeiras, pois o CPAP não é financiado pelo SUS para a SAOS e às dificuldades administrativas. A articulação entre a equipe
multidisciplinar e os três institutos integrantes do CIES provou ser uma barreira transcendente na incorporação e produção
científica.
Conclusão
A articulação, tanto social quanto política entre os diferentes grupos é uma barreira importante no processo de incorporação das tecnologias, como foi observado no caso da Medicina do Sono. A comunicação mediante produções científicas a
respeito do tema ainda é incipiente, trazendo pouco subsídio para a incorporação dessa tecnologia. É necessária a utilização
adequada da Avaliação em Tecnologia (ATS) como ferramenta de planejamento e gestão do SUS, área que ainda não foi capilarizada entre as equipes assistenciais e gerenciais.
REFERÊNCIAS
1. Chaves, Áurea J. “O Complexo processo de incorporação de tecnologias em saúde no Brasil.” Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva 21.3 (2013): 205-206.
2. Silva, Letícia Krauss. “Avaliação tecnológica e análise custo-efetividade em saúde: a incorporação de tecnologias e a produção de diretrizes clínicas para
o SUS.” Ciênc Saúde Coletiva 8.2 (2003): 501-20.
3. Trindade, Evelinda. “A incorporação de novas tecnologias nos serviços de saúde: o desafio da análise dos fatores em jogo.”Cad. saúde publica 24.5 (2008):
951-964.
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Trabalho n o 343
relato de c aso
Gestão em Saúde
Saída real-segurança no processo de internação
da entrada à saída da instituição
Autores: Thiago Otoni; Rafael Saad Fernandez
Instituição: IEP / Fund. Dom Cabral
Sustentabilidade - Economia de Água e Consumo Consciente.
A água é fundamental para a vida no Planeta Terra. E mesmo sendo abundante (cobrindo cerca de 75% da superfície do planeta), a maior parte dela é água salgada (cerca de 97,5%), imprópria para o consumo humano diretamente, sendo necessário
tratamento complexo e muito mais caro do que o convencional para a torná-la potável, sobrando apenas 2,5% de água doce.
E desta água doce disponível no mundo, apenas 0,28% estão acessíveis em rios, lagos e pântanos, estando a maior parte dela
(9,72%) em regiões polares, no topo de montanhas e subterrâneas (aquíferos), de difícil acesso ao ser humano, ou seja, apenas
0,007% de toda a água do mundo é doce e acessível aos seres humanos. Além disso, dois milhões de toneladas de detritos são
despejadas em lagos, rios e mares no mundo todo dia, incluindo lixo industrial, dejetos humanos e resíduos de agrotóxicos.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), cada pessoa necessita de 3,3 mil litros de água por mês (cerca de 110
litros de água por dia) para atender às necessidades de consumo e higiene. Porém, no Brasil, o consumo pode chegar a mais
de 200 litros/dia por pessoa. Dentro desse cenário, o Hospital Geral do Grajaú enxergou a possibilidade de reduzir o consumo
de água e, em paralelo, promover o uso consciente nas dependências da unidade. Com medidas de melhoria na infraestrutura física e campanhas de uso adequado do recurso, o Hospital promoveu no ano de 2014 uma redução média mensal de
38,62% no consumo de água comparado ao ano de 2013. A economia anual, comparando apenas esses dois últimos anos,
chegou a 61,38% no consumo do recurso. As principais ações de melhoria foram a desativação da lavanderia interna, terceirizando completamente o serviço com empresa especializada, capaz de processar o produto com mais eficiência e com menos
desperdícios, e também a desativação do sistema de caldeiras da unidade. As caldeiras utilizavam gás natural como insumo
para aquecer água e gerar vapor para uso na lavanderia, sistema de água quente predial, Autoclaves da Central de Materiais
Esterilizados (CME) e uso na cocção (cozinha) pelo setor de Nutrição do Hospital. Para gerar o vapor com pressão suficiente
para atender a demanda dos setores, as caldeiras utilizavam uma quantidade significativa de gás e água, promovendo um alto
consumo desses recursos. Como alternativa para as caldeiras foram instalados geradores de vapor nos próprios equipamentos,
com rendimentos superiores ao das caldeiras e utilizando quantidades baixas de água e energia ou gás GLP. Além das melhorias nas infraestruturas físicas, o Hospital promoveu campanhas internas de uso adequado da água, divulgando ações de uso
consciente através de banners, emails, informativos e folhetos diretamente na unidade, visando a participação e integração do
maior número possível de colaboradores e pacientes.
Fontes:
http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=reuso.htmhttp://www.gwpsudamerica.org/docs/publicacoes/doc_138_
pt.pdfhttps://practicegreenhealth.org/topics/energy-water-and-climate/water
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Trabalho n o 345
relato de c aso
Gestão em Saúde
Núcleos de melhores práticas na gestão da
qualidade
Autores: Paola Carbone; Evandro Penteado Villar Felix; Armando dos Santos Cunha; André Rodrigues Silva; Felipe Bossio Aquino;
Ricardo Emanoel Alves
Instituição: Hospital do Coração - HCor
A gestão da qualidade vem evoluindo ao longo do tempo com a utilização de novas ferramentas, como às relacionadas à
tecnologia da informação (TI), mas mantendo foco naquilo que lhe é o principal, o capital humano das organizações. O fundamental no sucesso da gestão da qualidade está na capacidade de aprendizado dos seus colaboradores, na visão integrada e
sistêmica dos processos e da própria instituição, no conceito de accountability, utilizando-se de ferramentas para a adequada
gestão dos processos e mensuração dos resultados, a fim de se definirem ao longo do tempo novos patamares de qualidade a
serem buscados (melhoria contínua) tanto pelos indivíduos quando pela própria organização.
Objetivo
Apresentar relato de caso sobre método de gestão da qualidade, denominado Núcleos de Melhores Práticas (NMP) em
hospital privado especializado.
Método
Os NMP foram criados com objetivo principal de apoiar o desenvolvimento da autonomia e capacidade dos diversos setores da instituição na implantação de ações voltadas para a qualidade e segurança na assistência ao paciente assim como
nas áreas de apoio e administrativas. Tem caráter voluntário, com a participação dos colaboradores da linha de frente e apoio
das lideranças. Além disso, os objetivos secundários incluem: - Estimular o trabalho em equipe e multiprofissional integrado;
- Estimular a comunicação entre os colaboradores dentro e entre as áreas; - Implantar e incentivar a utilização de ferramentas
da qualidade e gerenciamento do risco na análise e resolução dos problemas internos; - Incentivar a cultura de qualidade e
segurança; - Evidenciar a todos os colaboradores os benefícios advindos das práticas de qualidade e segurança para todos os
envolvidos: pacientes, familiares, profissionais, à própria área, instituição e sociedade.
O escritório da qualidade tem papel de apoio e incentivador dos NMP, sistematizando as ações a serem realizadas a partir
das demandas apresentadas. As reuniões dos grupos são do tipo brainstorming. O hospital é uma organização privada, sem fins
lucrativos, com 300 leitos de internação, localizado na cidade de São Paulo. O caso: logística de suprimentos entre hospital e
unidade diagnóstica externa. Foi mapeado o processo da logística e desenhado o fluxo de suprimentos entre o almoxarifado
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relato de c aso
central do hospital e a unidade diagnóstica externa a partir das informações coletadas juntos aos colaboradores diretamente
envolvidos no processo e validado pelos mesmos. Foram identificados os gargalos e iniciado estudo para melhoria do processo.
Foi criado um plano de ação envolvendo colaboradores do almoxarifado, farmácia, compras e da transportadora terceirizada.
Dentre as sugestões dos colaboradores foi aplicada a utilização de caixas rígidas que possibilitassem o transporte do material
do almoxarifado central para unidade separado por área, e colocação de lacre para rastreamento, garantindo a segurança e
integridade dos materiais e medicamentos. Foi otimizada a separação desses materiais e medicamentos, a velocidade do carregamento e do descarregamento e o armazenamento no destino. A participação no NMP confirmou aos colaboradores sua
importância e responsabilidade na melhoria dos processos ampliando sua visão crítica e estimulando a discussão da melhoria
de outros processos.
Conclusão
A participação ativa dos colaboradores responsáveis pelos processos na resolução dos seus problemas estimula a melhoria
na comunicação interna e integração entre setores, criando uma cultura de trabalho em equipe e visão sistêmica da organização a partir da sistematização e utilização de ferramentas da qualidade.
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Trabalho n o 351
relato de c aso
Gestão em Saúde
A saúde suplementar em hospital universitário
público de alta complexidade
Autores: Natália Nicola; Nathalia Alonso Martins; Cléber de Moraes Motta; Lívia Montes; Adriano Guimarães Ferreira
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
A Agência Nacional de Saúde Suplementar tem divulgado o constante crescimento no setor de Saúde Suplementar (SS)
com aumento da cobertura assistencial médico-hospitalar e odontológica da população. O Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), ao analisar este cenário e destacar-se pela excelência de seu corpo
clínico e tecnologias, propôs inserir-se neste segmento econômico para gerar receitas complementares ao seu orçamento e
estabelecer equilíbrio financeiro por meio da criação de um setor denominado Núcleo de Assistência à Saúde Suplementar
(NASS). Os objetivos foram conhecer e descrever o setor de SS no HCFMUSP, sua produção assistencial e a parcela da receita de
SS na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do Hospital.
Desenvolvimento
Dentre as modalidades de Operadoras que possuem contratos com o HCFMUSP, as Autogestões apresentaram maior prevalência (34 das 60 operadoras), seguidas das Medicinas de Grupo, Seguradoras, Cooperativas e Filantropias. Os pacientes idosos, com idade a partir dos 60 anos, representam cerca de 40% da população atendida pela SS no HCFMUSP. Dos indicadores
em SS, observou-se aumento nos atendimentos de pronto socorro, internações e realização de cirurgias entre 2004 e 2014.
Porém, houve queda nos atendimentos ambulatoriais e na realização de exames laboratoriais e de imagem de 2012 a 2014.
Em relação ao setor financeiro, as receitas do tesouro e fundacionais tiveram aumento de 2011 a 2014. No ano de 2012, cerca
de 76% da receita de SS foi referente às internações e 22% às consultas ambulatoriais com participação de todos os Institutos,
e 1% de atendimento de urgência e emergência e 1% de outros atendimentos realizados apenas pelo Instituto do Coração.
Em 2014, as receitas fundacionais representaram 35,9% da receita total do HCFMUSP na DRE. Desta porcentagem, 68,7% foi
proveniente do SUS, 28,4% dos convênios, 2% de particulares e 1% de outras fontes. A receita de SS (convênios e particulares)
representou, portanto, 10,9% da receita total do Hospital. A receita proveniente de convênios, de 2011 a 2014, aumentou 33,2%,
cerca de R$44,5 milhões. Entretanto, houve, no mesmo período, uma redução de R$3,6 milhões na receita fundacional de fonte
particular, queda de 22,5%.
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relato de c aso
Conclusão
Com as análises realizadas, foi possível observar que a receita gerada pela produção assistencial da SS, tem configurado um
impacto positivo na receita total do HCFMUSP. Esta receita complementar pode reduzir a carência de recursos públicos, possibilitar que o Hospital amplie a sua capacidade de atendimento, atualize seus equipamentos, crie novos serviços, em benefício
também dos usuários do SUS. Tanto o paciente do SUS quanto da SS vem sendo tratado da mesma maneira, pelos mesmos
profissionais, mesma estrutura física e tecnológica. A hotelaria, ao longo do tempo foi aperfeiçoada e, atualmente, contempla
todos os pacientes, independentemente da sua fonte de pagamento. Portanto, não há atendimento privilegiado a quem se
dispõe a pagar e nem renúncia de atendimento gratuito aos que são cobertos pelo SUS.
REFERÊNCIAS
Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Saúde Suplementar. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: Beneficiários Operadoras e Planos. Rio
de Janeiro: ANS, 2014. Disponível em: http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais _para_pesquisa/Perfil_setor/Caderno_informacao_saude_suplementar/2014_mes12_caderno_informacao.pdf
Sestelo JAF, Souza LEPF, Bahia L. Saúde suplementar no Brasil: abordagens sobre a articulação público/privada na assistência à saúde. Cad. Saúde Pública,
Rio de Janeiro, 29(5):851-866, 2013.
Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de Informações de Beneficiários, 2014.
Albuquerque C, Piovesan MF, Santos IS, Martins ACM, Fonseca AL, Sasson D, et al. A situação atual do mercado da saúde suplementar no Brasil e
apontamentos para o futuro. Ciência & Saúde Coletiva, 13(5):1421-1430, 2008.
314
qualihosp 2015
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o sumário
Trabalho n o 353
relato de c aso
Gestão em Saúde
Mapeamento dos processos financeiros em
saúde suplementar em um hospital público de
alta complexidade
Autores: Cléber de Moraes Motta; Nathalia Alonso Martins; Natália Nicola; Adriano Guimarães Ferreira; Lívia Montes dos Santos
Instituição: PROAHSA
Introdução
A elevação dos custos na saúde e os insuficientes reajustes das tabelas de financiamento da saúde pública têm exigido
fontes alternativas de financiamento para a assistência, de forma que não dependam totalmente do orçamento público 1. Uma
das opções está relacionada à oferta de serviços de saúde às operadoras e pacientes particulares, com os quais Fundações de
Apoio celebram contratos com as operadoras de planos de saúde e com pacientes particulares. O objetivo deste trabalho foi
avaliar os processos administrativos da saúde suplementar para padronizar e priorizar ações, responsabilizar os setores e evitar
atrasos na apresentação das contas às operadoras, reduzindo-se a perda de recursos financeiros na saúde suplementar de um
hospital público de alta complexidade.
Desenvolvimento
A reduzida comunicação entre os players e as modificações contratuais provocam a constante necessidade de revisões das
contas, devido ao não cumprimento das exigências contratuais. Dentre os desafios impostos na relação entre operadoras e o
hospital, pode-se destacar a morosidade na atualização dos contratos em relação à cobertura, ao rol de procedimentos e às
formas de autorização 2. Além disso, com o objetivo de aumentar o movimento de clientes, o hospital se vê na necessidade
de aceitar contratos-padrão estabelecidos pelas operadoras, o que o desafia no gerenciamento dos diversos contratos. Após
o mapeamento dos processos administrativos, evidenciou-se que cada Instituto deste hospital tem sua própria rotina, com
reduzidas ações em conjunto não ocorrendo, também, a não responsabilização dos setores nas atividades desenvolvidas. Além
disso, muitas vezes, os prazos para a produção dos recursos de glosa não são cumpridos, levando a uma recusa destes. Assim,
torna-se necessário o estabelecimento de metas para a produção e correção dos recursos. São medidas consideradas necessárias à saúde suplementar deste hospital: promover e facilitar o desenvolvimento de uma consciência organizacional voltada
à qualidade; estimular o aprimoramento dos processos e a autonomia na solução de problemas; ampliar os mecanismos de
monitoramento da qualidade dos processos; e acompanhar e corrigir a implantação dos planos de ação 3. Torna-se essencial
que haja a padronização das ações nas unidades, levando-se em consideração as melhores práticas existentes no mercado,
com o propósito de aperfeiçoar os processos locais para inovar a gestão, eliminar os problemas e criar oportunidades, de modo
que o fechamento das contas seja feito dentro de um prazo aceitável, respeitando-se as exigências contratuais 4. Conclusão. É
fundamental que se busque a excelência dos processos, para que se atinja a eficiência e agilidade. Além disso, compõem ações
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relato de c aso
que podem contribuir com as estratégias de captação de rendas financeiras para o hospital: interação e comunicação entre
os departamentos, adequado uso do sistema de informação já existente e o estabelecimento de metas para a realização dos
serviços.
REFERÊNCIAS
1. Carvalho DMT. Financiamento da assistência médico-hospitalar no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2007;12(4):879-92.
2. Salu EJ. Administração Hospitalar no Brasil. Barueri: Manole; 2012: 465.
3. Lima MBBPB. A gestão da qualidade e o redesenho de processos como modelo de desenvolvimento organizacional em hospitais públicos universitários:
o caso do hospital de clínicas da UNICAMP. Campinas. Dissertação [Mestrado em Engenharia e Gestão da Qualidade] Universidade Estadual de Campinas;
2006.
4. Vorhies DW, Morgan NA. Benchmarking marketing capabilities for sustainable competitive advantage. Journal of Marketing. 2005;69(1):80-94.
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qualihosp 2015
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o sumário
Trabalho n o 356
relato de c aso
Gestão da Assistência
Gestão de leitos um desafio em um hospital
público: Relato de caso
Autores: Roseli Gomes Cavalini; ToshieTubone Martinelli
Instituição: Hospital das Clinicas Luzia de Pinho Melo
Introdução
O gerenciamento de leitos também denominado gestão do acesso é uma das maiores dificuldades dos hospitais públicos,
dada a relação demanda e oferta. Acrescido a esse cenário da dificuldade de acomodação do paciente e das transferências
internas entre as unidades e principalmente a postergação de alta, podemos observar o aumento do tempo de permanência hospitalar. O gerenciamento de leitos deverá abranger desde a internação do paciente até a alta hospitalar, constituindo
parte importante na gestão do acesso e ao remanejamento dos leitos hospitalares. Todo esse movimento tem como objetivo
melhorar o planejamento e controle da oferta e demanda de leitos, provendo a manutenção da taxa de ocupação, índice de
renovação e intervalo de substituição do leito hospitalar.
Desenvolvimento
Trabalho desenvolvimento em uma instituição pública do Alto Tietê, com 309 leitos, referência para alta complexidade,
pronto socorro de demanda espontânea. Com o objetivo de garantir a sustentabilidade do modelo de gestão, otimizar a utilização dos leitos, garantir a acessibilidade do usuário, conhecer o perfil da relação demanda X oferta. Para o melhor gerenciamento de leitos, foi implantado o plano e projeto terapêutico para as unidades de internação de acordo com as patologias de
maior prevalência, que visa o planejamento da alta hospitalar já no momento da internação; visitas multiprofissionais a beira
leito para discussão do caso clínico e a viabilização do cumprimento da programação da alta. Dentro de cada projeto terapêutico, foram definidos alguns marcadores (tempo e exame necessário) e seu gerenciamento com o propósito de atingir a meta
almejada. Durante esta trajetória, foram implantadas algumas ferramentas para controle e acompanhamento dos tempos de liberação do leito, desde a informação verbal pelo médico até a saída efetiva do paciente e após, o tempo para liberação do leito
pela hotelaria e o tempo para nova admissão. A partir de 2011 passamos a ter o enfermeiro como referência no gerenciamento
de leitos. Antes da atuação efetiva do enfermeiro no gerenciamento de leitos, apresentávamos um tempo aproximado de 5
horas para liberação do leito e nova admissão. Frente à atuação do enfermeiro, observamos como resultado em 2014 redução
do tempo para liberação do leito de 5 horas para 2h30min, redução de 50% do tempo (gráfico 1), índice de renovação do leito
de 3,63 para 4,22 (paciente/leito, otimização 14% na utilização do leito, (gráfico 2)). Não observamos mudanças significativas na
taxa de ocupação e no tempo de permanência. Com o gerenciamento dos marcadores dos planos terapêuticos observamos
64% das saídas certas, ou seja, paciente com alta hospitalar dentro do tempo preconizado livre de danos.
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relato de c aso
Conclusão
Com a atuação do enfermeiro neste processo, podemos observar uma redução significativa na liberação do leito e consequentemente maior giro do mesmo. A ausência de um sistema informatizado para a gestão dos leitos proporciona morosidade
na execução do mesmo. Como desafio, temos: o uso do plano/projeto terapêutico como auxiliadores desse processo e ferramenta que apoiará a gestão dos leitos e refinamento das discussões dos casos clínicos.
Gráfico 1. Redução 50% tempo para
nova admissão
Gráfico 2. Otimização 14% na utilização
do leito
REFERÊNCIAS
Cucolo, DF; Daniel, APSP; Santos JC; Meres, ALF; Desafios e conquistas do enfermeiro na gestão de leitos de um hospital universitário: relato de
experiência. Online consultado em 02-02-2015
Faria de, E; Costa, KRA; Santos, MA; Fumio, MK; Nova abordagem do gerenciamento de leitos associado a agenda cirúrgica. RAS, vol. 12, n. 47, abr-jun2010
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Trabalho n o 359
relato de c aso
Gestão da Assistência
Atendimento e fluxo de pacientes idosos no
laboratório de análises clínicas de um hospital
universitário
Autores: Natália Nicola; Nathalia Alonso Martins; Cléber de Moraes Motta
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
Os Laboratórios de Análises e Pesquisas Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres são estabelecimentos destinados à coleta
e ao processamento de material humano visando a realização de exames e testes laboratoriais. Tendo em vista a preocupação
com o bom desempenho de seus processos de análises clínicas, o laboratório deve estar atento quanto às tendências organizacionais do século XXI, como os avanços tecnológicos, tendências em direção a alianças estratégicas, parcerias, fusões e compartilhamento de informações, diversidade da população consumidora e mudanças demográficas. De todas as faixas etárias,
os idosos, com 60 anos ou mais, são a parcela que mais demandam por serviços de saúde. Sendo assim, faz-se necessário promover maior acessibilidade e adequação dos serviços de saúde à população idosa, como no Laboratório de Análises Clínicas
de um hospital universitário público de alta complexidade, por ser uma unidade que atende muitos pacientes diariamente, inclusive idosos. O objetivo geral deste trabalho foi conhecer o fluxo de atendimento ambulatorial dos idosos no laboratório do
hospital, conhecer o nível de satisfação dos usuários e propor readequação do fluxo para melhor atendimento dos pacientes.
Desenvolvimento
Obteve-se como resultados o aumento na proporção de atendimentos ambulatoriais por faixa etária, na representatividade
de idosos e na tendência de produção de exames por faixa etária nos anos de 2006, 2009, 2012 e 2013. Quanto ao nível de
satisfação dos usuários, verificou-se resultados insatisfatórios em relação à estrutura física e aos processos de atendimento do
laboratório. Dentre as sugestões apresentadas pelos pacientes estão tópicos como priorização dos idosos a partir de 60 anos
de idade, adequação da estrutura física e do fluxo de atendimento, melhor comunicação e informação entre profissional e
paciente.
Conclusão
Ao adaptar o ambiente e os fluxos de atendimento aos pacientes prioritários, o benefício acaba sendo para todos os usuários e funcionários do serviço. Para garantir um ambiente e atendimento propícios, faz necessário, portanto, a priorização de
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319
relato de c aso
idosos a partir de 60 anos de idade, como preconizado pelo Estatuto do Idoso, e não apenas a partir de 70 anos como no laboratório, uma vez que este é um direito estabelecido por lei; presença de Segurança/patrulhamento; sanitários bem sinalizados,
limpos, conservados e de fácil acesso a pessoas com diferentes graus de incapacidade; presença de funcionário no balcão de
informações durante o período de atendimento do laboratório; maior treinamento de funcionários para agendamento de
exames; orientação aos pacientes sobre tempo de jejum; orientação aos pacientes sobre o horário do exame; disponibilização
de cadeiras de rodas na porta de entrada do hospital (início do fluxo) e maior treinamento dos funcionários na organização das
filas e orientação para retirada do exame.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 out. 2003.
Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.74 1.htm>.
HARMENING, M. Denise. Administração de Laboratórios: princípios e processos. 2ª ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora, 2009.
SÃO PAULO (Estado). Portaria CVS-01, de 18 de janeiro 2000. Dispõe sobre as condições de funcionamento dos laboratórios de análises clínicas, patologia
clínica e congêneres. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 19 fev. 2000. Seção 1, p.1-63.
Organização Mundial da Saúde. Guia global: cidade amiga do idoso. 2008.
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o sumário
Trabalho n o 361
relato de c aso
Gestão em Saúde
Pesquisa, desenvolvimento e inovação
no Hospital Mãe de Deus: Instituto de
Desenvolvimento e Inovação em Saúde – IDIS
Autores: Marcelo Paes; Fábio Leite Gastal
Instituição: Hospital Mãe de Deus
A revisão do plano estratégico do Sistema de Saúde Mãe de Deus apontou para a necessidade de estruturação de um
núcleo para impulsionar de forma sistematizada a execução de seu Modelo de Crescimento, bem como gerar melhorias e
inovação em serviços e processos. Nesse contexto, foi criada a Diretoria de Desenvolvimento e Inovação (DDI), cuja proposta é
ofertar valor a partir do aprimoramento de um sistema da qualidade voltado à segurança do paciente, de uma gestão de projetos adequada às intenções do negócio, e pelo constante desenvolvimento do ensino e pesquisa como ativos organizacionais,
sustentados pela gestão estratégica e prática da inovação.
Desenvolvimento
A criação da DDI apoiou-se num conceito norteador para que suas práticas garantam a coerência e exequibilidade necessárias para projetos de uma organização da saúde.
Figura 1. conceito norteador para o
Assim, o conceito que guia essa prática descreve que o
desenvolvimento e a inovação
aprimoramento da qualidade na segurança do paciente,
a adequação coerente de projetos à estratégia do negócio e a ampliação das atividades acadêmicas se darão
mediante o ajuste de tais iniciativas ao que for desejado
pela instituição, justo para a sociedade e viável para o
negócio.
A DDI tem tarefas cujo desempenho a capacita para
uma concreta geração de valor através do desenvolvimento e da busca da inovação para a organização:
• Desenvolver produtos de valor (utilidade)
• Apoiar a prosperidade da organização
• Promover a capacidade de evolução
• Atrair, desenvolver e manter know-how
• Construir e manter relações significativas
• Usar recursos de maneira responsável
• Desenvolver e praticar o foco DO cliente
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321
relato de c aso
São três as áreas de atuação, cada uma com responsabilidades específicas e convergentes. “Sistemas da Qualidade” pratica uma sistemática de auditorias internas em que avalia cada unidade através de time de green belts. Entre as atividades, há
certificação, acreditação e consultoria interna. “Projetos Estratégicos” faz a gestão de projetos diversos, o Desenvolvimento de
Novos Produtos, Business Model Generation e programas de investimento e expansão. Analisa demandas de ideias e projetos, as
classifica e direciona à incubação ou apoio metodológico. “Ensino e Pesquisa” rege o Programa de Residência Médica, Educação
Continuada, os cursos da Escola de Saúde, as atividades do Comitê de Ética em Pesquisa e as tarefas relacionadas à pesquisa
básica, clínica e tecnológica.
A gestão da inovação - oriunda daí - se concretiza ao Planejar e Gerir (estratégias, conceitos); Explorar e
Provocar (colaboração, alternativas); Servir (apoio às áreas);
e Desenvolver (soluções para a segurança do paciente e
para a organização).
Figura 2. modelo de atuação da DDI
Conclusão
Com esta sistemática estabelecida, iniciou um projeto
para transformar o HMD em uma ICT privada, órgão constituído por Lei que tem por missão executar atividades de
pesquisa básica ou aplicada. Dessa forma, a organização
poderá se beneficiar de incentivos fiscais e financeiros
voltados à inovação e à pesquisa científica e tecnológica,
apoiando-se em instituições financiadoras e de fomento
a projetos de inovação. O Instituto de Desenvolvimento
e Inovação em Saúde (IDIS) vai desenvolver projetos através de quatro linhas: 1) Hospital do Futuro: Centro de
Computação Aplicada, Sistemas de Informação Clínica e Automação de Processo Médico-Assistencial; 2) Centro de Pesquisa
Clínica; 3) Centro de Design de Serviços de Saúde e de Melhorias no Processo Médico-Assistencial; e 4) Centro de Economia da
Saúde, Epidemiologia de Serviços e Segurança do Paciente.
REFERÊNCIAS
CELASCHI, Flaviano; DESERTI, Alessandro. Design e innovazione: strumenti e pratiche por La ricerca applicata. Roma, 2007.
GRISE, Paulo Roberto Sá. Tarefa empresarial das empresas válidas. Programa Foco DO Cliente. Escola de Marketing Industrial, 2014.
OSTERWALDER, Alexander; Business Model Generation - Inovação em Modelos de Negócios. Alta Books, 2011.
PAES, Marcelo. Dossiê Cenários de Inovação - Projetos Estratégicos (Etapa metaprojetual). Porto Alegre, 2012.
322
qualihosp 2015
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o sumário
Trabalho n o 373
relato de c aso
Gestão em Saúde
Mestrado profissional em gestão da qualidade
em serviços de saúde: Uma reflexão sob a
ótica do discente
Autoras: Marília Santos Fagundes; Ana Tânia Sampaio
Instituição: UFRN
A gestão de sistemas e serviços de saúde com a garantia da qualidade da atenção apresenta-se como um dos principais desafios
do Sistema Único de Saúde (SUS). Na atualidade, uma das principais diretrizes do Ministério da Saúde (MS) é executar a gestão pública com base na indução, monitoramento e avaliação de processos e resultados mensuráveis, a fim de garantir acesso e qualidade
da atenção em saúde a toda a população (BRASIL, 2012b). O presente relato de caso tem por finalidade apresentar a experiência
inovadora da formação em gestão da qualidade através do primeiro mestrado com formato semipresencial do Brasil na área de
qualidade em saúde. O Mestrado Profissional Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde é um curso de pós-graduação da UFRN
ofertado em colaboração com a Universidad de Murcia na Espanha. O programa tem enfoque internacional, sendo também ofertado
na universidade espanhola e no Instituto Nacional de Salud Pública no México. A modalidade de ensino é semipresencial com 90%
da carga horária a distância e 10% presencial, sendo 4 encontros de três dias (um por semestre, na UFRN de Natal-RN). É sediado no
Departamento de Saúde Coletiva (DSC) e no Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC), contando com a colaboração da Secretaria
de Educação a Distância (SEDIS) responsável pela plataforma virtual onde se desenvolvem as atividades do curso. O conteúdo aborda
as atividades, metodologia e aplicações da Melhoria da Qualidade em Serviços de Saúde. São detalhados os fundamentos teóricos e
os instrumentos metodológicos que podem ser utilizados em atividades ou programas de Avaliação e Melhoria (Garantia ou Gestão)
da Qualidade Assistencial. Os participantes são profissionais do SUS que estarão capacitados para organizar, promover e executar
atividades relacionadas com a gestão e pesquisa em qualidade dos serviços de saúde. Os trabalhos serão desenvolvidos de acordo
com necessidade e prioridade local onde o trabalhador esta inserido podendo ser nas seguintes linhas de pesquisa prioritárias:
Segurança do Paciente e Melhoria da Qualidade na Atenção Básica. A estrutura curricular é composta por 49 Unidades Temáticas (UT)
distribuídas em nove Módulos e um Trabalho Final de Mestrado. Em cada UT é disponibilizado via plataforma virtual material didático,
vídeo aula, trabalho prático e autoavaliações. Por se tratar de uma modalidade semipresencial o curso possui uma flexibilidade que
possibilita ao mestrando aliar os estudos às suas tarefas profissionais nos momentos mais oportunos. A experiência de um mestrado
profissional em gestão da qualidade oferece uma formação onde se adquiri conhecimentos e habilidades metodológicas necessários
para colocar em prática o compromisso com a melhoria da qualidade que cada vez mais é entendida e valorizada nos contextos
das organizações em saúde. Dessa forma, configura-se como importante ferramenta estratégica de institucionalização da cultura da
qualidade, melhoria do acesso e dos indicadores de saúde, e principalmente, na produção de mudanças efetivas nas condições de
saúde da população, através da busca contínua pela excelência.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 31 de dezembro de 1990b.
Saturno PJ: Cómo definimos calidad. Opciones y características de los diversos enfoques y su importancia para los programas de gestión de la calidad. Manual del
Master en gestión de la calidad en los servicios de salud. Módulo 1: CONCEPTOS BÁSICOS. Unidad temática 1. 2ª Ed. Universidad de Murcia, 2008. ISBN: 978-848371-752-3. Depósito Legal: MU-1653-2008.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 2
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Gestão de documentos e automação de
processos em uma instituição de saúde
sem papel
Autora: Maria Jose Amaral Salomi
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
A administração na área de saúde é fundamental para equilíbrio financeiro das instituições e melhorias de processos. Para
alcançar essas metas, um elemento importante são os indicadores, que começam a apontar evidências positivas na utilização
da gestão de documentos e automação de processos em uma instituição de saúde, por meio de Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs) no sistema e-Saúde. O objetivo central deste estudo propõe, por meio de uma revisão da literatura, reunir
dados e índices sobre o tema em questão. A análise de artigos americanos, europeus e brasileiros em organizações de saúde
acadêmicas ou não acadêmicas, aponta partilha e utilização de dados do paciente que melhoram: o desempenho de sistemas
aplicados; análises de processos; indicadores da qualidade do serviço prestado e da qualidade de atendimento e segurança ao
paciente; o diagnóstico e a prescrição de medicamentos e diminuição de erros de informações de dados, alcançando assim o
estágio 7 na Healthcare Informatics Management and Systems Society (HIMSS).
REFERÊNCIAS
1. Blaya JA, Fraser HS, Holt B. E-Health technologies show promise in developing countries. Health Affairs. 2010 Feb; 29(2): 244-251.
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3. Stroetmann KA, Jones T, Dobrev A, Stroetmann VN. eHealth is worth it. The economic benefits of implemented eHealth solutions at ten European sites.
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4. Leadings CIOs of Europe. A model for achieving HIMSS Stage 7. HIMSS CIO SUMMIT Europe/HIMSS Analytics Europe 2013 Mar; p. 5-11. Leadings CIOs of Europe.
A model for achieving HIMSS Stage 7. HIMSS CIO SUMMIT Europe/HIMSS Analytics Europe. 2013 Mar; p.13.
5. Saúde sem papel: sustentabilidade Hospital Infantil Sabará. 2012 Dec 13.
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11. Marques EP, Oliveira GLB, Kiatake LGG, Carvalho Jr. MA, Silva ML, Bernal VB. Manual de certificação para sistemas de registro eletrônico em saúde (S-RES).
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15. Watson PJ. Electronic health records: manual for developing countries. 2006.
16. The U.S. President’s Emergency Plan for AIDS Relief. 2014, June 04.
17. Moncho, V. El Hospital Marina Salud de Dénia es el único de España y segundo de Europa en obtener el nivel 7, el máximo en la escala EMRAM del HIMSS, por
su Historia Clínica Electrónica. 2013, Sept 05.
18. Castro, R. Tecnologia para gestão em hospitais ainda é desafio. 2014, June 04.
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2015 qualihosp
325
ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 3
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o sumário
Gestão em Saúde
Contratualização de serviços de saúde no
âmbito do SUS no estado do Rio de Janeiro
Autoras: Margareth C Portela , Sheyla M Lemos Lima, Claudia de Brito, Claudia C Escosteguy, Mara Diana Rolim e Melissa de Oliveira
Instituição: Fundação Oswaldo Cruz
Arranjos contratuais têm sido utilizados nos sistemas e serviços de saúde, no âmbito internacional e nacional, com vistas à
provisão e melhoria da qualidade do cuidado à saúde. O pressuposto é que eles incorrem em um conjunto de regras e constrangimentos formais e informais capazes de intensificar a prestação de contas e impactar o desempenho organizacional. Os
objetivos deste estudo foram (1) caracterizar as experiências de arranjos contratuais, no âmbito do SUS, estabelecidos entre a
Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil (SES) e as Secretarias Municipais de Saúde (SMS) em gestão plena do Rio de Janeiro,
com prestadores de serviços de saúde; e (2) captar a percepção dos gestores dos contratos acerca do desempenho dos mesmos, aspectos facilitadores e barreiras enfrentadas. O estudo foi transversal, contemplando a SES-RJ e as SMS do estado. Um
questionário semiestruturado foi aplicado em entrevistas com responsáveis pelos arranjos contratuais vigentes, das comissões
de acompanhamento dos contratos, dos setores de regulação e avaliação, de planejamento, ou correlatos. Foram consideradas
todas as contratualizações identificadas até junho de 2012. Houve recusa de seis de 58 SMS em participar do estudo, das quais
três sabidamente com contratos. Foram então considerados 132 contratos, sendo 57 da SES-RJ, 41 da SMS-RJ e os demais 34,
de SMS dos municípios do interior. Destaca-se que 25% dos contratos foram estabelecidos com Organizações Sociais (OS) para
operacionalizar e gerir os serviços de saúde. Na maior parte dos casos, a contratualização foi utilizada como uma ferramenta de
execução do planejamento e da política de saúde no âmbito federal, estadual ou municipal. Considerando que a contratualização pressupõe na sua estrutura de sustentação um plano de atividades com metas e recursos, um sistema de monitoramento
e um sistema de incentivos, o estudo permitiu apreender que, sob a percepção de um dos lados, o contratante, este tripé está
ainda em consolidação, com algumas práticas já instituídas, demandando aperfeiçoamento, e outras ainda por serem implantadas. Foram identificados como aspectos facilitadores: o funcionamento regular da comissão de acompanhamento do contrato, a clareza na definição das metas do contrato, a factibilidade das metas pactuadas e os sistemas de informação disponíveis.
Estes achados destacam o referido tripé. Destacam-se como benefícios apontados: o aumento de cobertura, o maior conhecimento da rede e do prestador, a melhoria de práticas e mecanismos de responsabilização e prestação de contas, a melhoria da
qualidade assistencial do prestador, a maior integração do prestador contratado na rede. Observou-se que na maior parte dos
contratos, os contratados deixaram de atender as metas contratadas o que pode ser consequência de um plano de atividade e
metas definidos de forma imprecisa, da ausência de monitoramento contínuo, não possibilitando ajustes nas metas contratadas e/ou de um sistema de incentivos que não está cumprindo sua função. Ainda, tendo em vista o grande interesse que as OS
têm gerado e que 33 dos 132 contratos considerados neste estudo foram estabelecidos com OS, destacam-se o pouco tempo
de utilização das OS e insuficiência de dados para a avaliação dos seus resultados, o predomínio das relações contratuais com
OS na SMS-RJ para realização da atenção primária em saúde e atendimento de urgência e emergência e o destaque, como
um dos principais benefícios percebidos pelos contratantes, da expansão da oferta de serviços nos contratos OS. Destaca-se
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qualihosp 2015
ar tigo científico o u paper
a necessidade de realização de estudos para captar a percepção da outra parte (a organização contratada e suas equipes) e
identificar os resultados da tendência de utilização de OS na SMS RJ para a gestão da atenção primária a saúde e urgência e
emergência numa aparente estratégia de ampliação de cobertura. Esta tendência parece em expansão para outras unidades
de saúde da SMS RJ e também na SES RJ.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 4
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Mitigação do efeito Alert Fatigue para
maximização da eficiência nos sistemas de
suporte à decisão clínica
Autores: Dinarde Almeida Bezerra; Felipe Mancini
Instituição: UNIFESP
Objetivos
Identificar e sintetizar as adaptações necessárias nos sistemas de apoio à decisão clínica (SADC) para mitigação do efeito
Alert Fatigue sem comprometimento da segurança do paciente.
Métodos
Revisão integrativa da literatura em bases científicas que satisfaçam os objetivos.
Resultados
Identificou-se que a imprecisão dos alertas nos SADC tem produzido um efeito conhecido como Alert Fatigue, que reduz o
grau de eficiência destes sistemas. Embora que comprovadamente os SADC ofereçam maiores níveis de segurança à prescrição
de medicamentos, cerca de 33 a 96% de todos os alertas são desprezados sem que haja a decisão requerida. Este estudo listam
técnicas apontadas em artigos científicos que propõe a mitigação deste efeito.
Conclusão
Ainda que seja um desafio, adaptações nos alertas atuais dos SADC são seguras, possíveis e necessárias para mitigação do
Alert Fatigue em prol da maximização da eficiência dos SADC.
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Trabalho n o 6
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Resolutividade na assistência médicohospitalar: Desafio que exige envolvimento
para satisfação do paciente
Autoras: Maite Augusta Correa Costa Rossetto; Lital Moro Bass; Carla Souza Behr; Juliana Hissamura; Tania de Oliveira Messias; Andrea
Maria Carneiro de Paiva
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Introdução
Resolutividade é a capacidade de resolver ou finalizar um processo, simplificando e agilizando procedimentos (1), ou seja,
a capacidade de resolver problemas, o que, por consequência, levará à satisfação do cliente (2). A resolutividade nos serviços
de saúde ganha especial destaque, pois envolve a obtenção de um estado de saúde melhor que o estado inicial e não apenas
bons resultados financeiros. Para tanto, é necessário estabelecer metas e medir sistematicamente o alcance das mesmas. O
objetivo foi evidenciar e quantificar a qualidade da assistência prestada ao paciente e seu envolvimento, em consenso com o
médico e enfermeiro, na tomada de decisões em relação ao tratamento e resultados esperados.
Método
A amostra foi composta pelos pacientes internados: - Submetidos a um dos cinco procedimentos cirúrgicos mais frequentes
na instituição, realizados por médicos com maior nível de segmentação; - Pacientes dos Programas de Cardiologia e Neurologia
com alta no mês da auditoria; - Idade maior ou igual a 18 anos; - Internados por período maior que 24 horas até 4 dias - critério
válido apenas para os pacientes cirúrgicos. Foram excluídos da amostra pacientes que foram a óbito, transferidos e pediátricos
e também aqueles cujo Plano Assistencial não estava preenchido com ao menos um problema ativo e uma meta, com sua
evolução. A coleta dos dados foi realizada nos prontuários digitalizados, através dos formulários: Plano Assistencial, Controles
de Enfermagem e Avaliação de Risco Multidisciplinar. Os indicadores definidos para esta mensuração foram: 1. Resolução de
sintomas: Total de problemas ativos segundo seu status (melhorado/resolvido, mantido ou piorado)/Total de problemas ativos;
2. Satisfação com o cuidado: Total de metas segundo seu status (atingida, em andamento e não atingida)/Total de metas estabelecidas; 3. Mobilidade: Total de avaliações segundo seu status de mobilidade (melhorado, inalterado ou piorado) na alta do
paciente/Total de avaliações realizadas 4. Atividade: Total de avaliações segundo seu status de atividade (melhorado, inalterado
ou piorado) na alta do paciente/Total de avaliações realizadas.
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ar tigo científico ou paper
Desenvolvimento
Os resultados são referentes ao ano de 2013. 1. Indicador Resolução de Sintomas: status dos problemas ativos na alta
75,9% dos problemas ativos relatados foram melhorados ou resolvidos, 23,8% foram mantidos e 0,2% piorados. 2. Indicador
Satisfação com o cuidado: status das metas na alta 56,5% das metas estabelecidas foram atingidas, 43,1% estavam em andamento e 0,4% não foram atingidas. 3. Indicador Mobilidade: status funcional na alta 9,0% dos pacientes avaliados quanto à
mobilidade apresentaram melhora na alta; 82,6% apresentaram mobilidade inalterada e 8,4% pioraram o status de mobilidade.
4. Indicador Atividade: status funcional na alta 13,6% dos pacientes avaliados quanto à atividade apresentaram melhora na alta,
78,4% apresentaram atividade inalterada e 8,1% pioraram o status de atividade. Vale destacar que a condição de mobilidade e
atividade inalteradas é considerada positiva, à medida que o paciente, na alta hospitalar, não apresenta piora no status funcional. Além disso, a piora de mobilidade e atividade pode refletir a condição pós-operatória do paciente ou ainda o curso natural
da doença.
Conclusão
Através da construção do dashboard foi possível avaliar de forma indireta a satisfação do paciente em relação ao alcance das
metas estabelecidas e a qualidade da assistência prestada ao paciente. Apesar de os primeiros resultados apontarem para boa
qualidade na assistência, esforços serão direcionados para a busca de um patamar mais elevado da qualidade na assistência,
através da definição de um plano de ação que inclui: capacitação profissional, envolvimento da equipe médica, educação do
paciente e informatização da coleta de dados.
Referências
(1) http://www.dicionarioinformal.com.br/resolutividade/
(2) http://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/18574
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Trabalho n o 7
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Estruturação de um modelo de auditoria de
metas internacionais de segurança do paciente
com base nos eventos adversos notificados
Autoras: Lital Moro Bass; Maite Augusta Correa Costa Rossetto; Carla Souza Behr; Juliana Hissamura; Tania de Oliveira Messias; Andrea
Maria Carneiro de Paiva
Instituição: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Introdução
As Metas Internacionais de Segurança do Paciente (IPSG) foram desenvolvidas para melhorar a segurança do paciente
na prestação de assistência à saúde, destacando áreas problemáticas e apresentando soluções consensuais, baseadas em
evidências e opinião de especialistas. São elas: Metas 1 (Identificar os pacientes corretamente), 2 (Melhorar a comunicação
efetiva), 3 (Melhorar a Segurança de Medicamentos de Alta Vigilância), 4 (Assegurar Cirurgias com Local de Intervenção Correto,
Procedimento Correto e Paciente Correto), 5 (Reduzir o Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde) e 6 (Reduzir o
Risco de Lesões ao Paciente, decorrentes de Queda). Um conjunto de medidas foi adotado na Instituição a fim de evitar falhas
nestes processos e, através do sistema de notificação voluntária existente na Instituição, são identificados eventos adversos
relacionados às IPSG. Neste sentido, a auditoria visa à identificação de pontos ainda frágeis e que podem, através de um plano
estabelecido e implementado, prover as barreiras que evitarão reincidências. Até 2012, a auditoria era realizada por intermédio
de amostra probabilística da população de estudo. Objetivo: Reestruturar o modelo de auditoria, considerando os eventos
notificados relativos às IPSG, visando fornecer à Instituição dados para o desenvolvimento de um plano de melhoria contínuo.
Método
O planejamento da auditoria das Metas 1, 2, 3 e 6 foi baseado no levantamento e análise do histórico das notificações de
eventos adversos e eventos adversos graves relativos ao tema, independente da gravidade, incluindo os Near misses. A partir
destas informações foram definidos os locais e os tópicos a serem auditados em cada meta. São incluídos na auditoria os pacientes e profissionais que atendam as condições que seguem:
1. Pacientes internados, identificados via sistema, através do censo hospitalar do horário e local a ser auditado;
2. Pacientes externos que estejam presentes no local e horário a ser auditado;
3. Enfermeiros em escala na data e horário da auditoria. São excluídos da amostra pacientes ou profissionais que no momento
da auditoria estejam em procedimentos.
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331
ar tigo científico ou paper
Desenvolvimento
A auditoria realizada no segundo semestre de 2013, revelou superação das metas estabelecidas para as metas 1, 2 e 6 com
os respectivos resultados de conformidade: 97%, 93,7% e 86,3%. Apenas a Meta 3 obteve resultado abaixo do previsto, atingindo o patamar de 81,3% de conformidade.
Meta
População
Método
Meta contratada
Resultado
1
401 pacientes
Observação
90%
97%
2
63 profissionais
Entrevista
90%
93,7%
3
80 profissionais
Entrevista
99%
81,3%
6
190 pacientes / profissionais
Observação / Entrevista
85%
86,3%
Conclusão
O ganho com o redesenho do modelo de auditoria baseado nos eventos adversos está na identificação de falhas em processos que pareciam bem ajustados e estabelecidos, como o de controle e administração dos medicamentos de alta vigilância
o qual, no modelo anterior, apresentava excelentes resultados, com conformidade acima de 95%. Já, a partir da aplicação do
novo modelo, pode-se verificar fragilidade no conhecimento dos profissionais assistenciais sobre as barreiras para prevenção
de erros de medicação envolvendo os high alerts. Outro ganho com esta nova metodologia foi a oportunidade de identificar as
categorias de enfermeiros que necessitam de maior investimento de treinamento e supervisão.
REFERÊNCIAS
1. The Joint Commission. National Patient Safety Goals Effective January 1, 2014. Hospital Accreditation Program.
http://www.jointcommission.org/assets/1/6/HAP_NPSG_Chapter_2014.pdf
2. Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais, 5ª edição (editado por) Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e
Serviços de Saúde - Rio de Janeiro: CBA: 2014 Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática.
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf
332
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Trabalho n o 9
ar tigo científico o u paper
Gestão em Saúde
O critério da relevância para avaliação da
qualidade da gestão em saúde
Autores: Douglas Francisco kovaleski; Sérgio Fernando Torres de Freitas
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina
Este trabalho tem por objetivo propor a relevância como um critério de avaliação da qualidade da gestão em saúde. Para
isso, parte-se do pressuposto de que a relevância é o critério de base social que deve orientar as decisões estratégicas da gestão, para além das questões rotineiras, visando à ampliação do acesso, a produção da equidade e o impacto social. Este estudo
foi desenvolvido por meio da hermenêutica, com base na literatura de interesse. A preocupação central na elaboração desse
modelo é com sua aplicabilidade e utilização. Por isso, a proposição da relevância, devido a sua instrumentalidade, ultrapassa
a enunciação de um conceito. A relevância deve ser percebida em indicadores observáveis no cotidiano da gestão, em seus
mais variados níveis, considerando os sujeitos envolvidos. O que se pretende responder a partir deste estudo é: que atributos
devem ter os indicadores para que sejam capazes de traduzir o critério da relevância para a avaliação da qualidade da gestão
em saúde - Este estudo assume o recorte da avaliação da gestão em saúde com o objetivo de trazer uma contribuição para
a gestão do SUS. Assume-se que a avaliação para a gestão deve ser engajada com as demandas sociais, de maneira voltada à
tomada de decisão. A área da avaliação em saúde ocupa significativa abrangência e pode ser observada a partir de três ramos:
avaliação clínica, avaliação epidemiológica e avaliação para a gestão. Parte-se do entendimento de que a avaliação da gestão
deve debruçar-se sobre questões passíveis de intervenção por parte da gestão. Com base nessa discussão, algumas perguntas
devem definir os caminhos da avaliação: qual é a direção desejada para a questão em jogo? As ações estão direcionadas para
resolver o problema apontado? A meta da avaliação em saúde, no contexto assumido, é integrar o melhor das atividades e dos
recursos existentes nos programas, ações ou sistemas, modificando o que não é útil ou não está na direção política almejada e
aprendendo a partir da experiência. A avaliação para a gestão em saúde, considerada nesta pesquisa, atua em prol do SUS. E a
partir da constatação da falta de uma direção clara para a gestão pública em saúde. Nesse sentido, é que se coloca a proposição
da relevância como critério de avaliação da qualidade da gestão em saúde. Para clarificar a que estamos nos referindo ao falar
em “critério” definimos alguns os termos: dimensão, critério, indicador, atributo, medida e parâmetro, que não cabem na íntegra,
nos limites desse resumo. Numa sequência lógica, a dimensão fundamenta um critério que se traduz em um ou vários indicadores, aferidos, cada um, por sua(s) respectiva(s) medida(s). Os indicadores são caracterizados por seus atributos. O julgamento
que define o juízo de valor é dado a partir de um parâmetro. A qualidade de uma avaliação é definida pela coerência interna
exercida entre todos estes elementos. Para tanto, propomos o critério de avaliação da qualidade, no qual a gestão pública em
saúde deve possuir três atributos essenciais para que seja considerada de qualidade sob o critério da relevância: governança,
produção da equidade e humanização. A partir desses atributos afirma-se que para que a gestão pública em saúde tenha
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ar tigo científico ou paper
qualidade é necessário que ela: 1º produza equidade, orientada pela ampliação do acesso e inclusão social; 2º apresente boa
governança, orientada para o impacto social positivo sobre as populações, para a legitimidade social e para a integração de
políticas em prol da preservação do meio ambiente; e 3º busque a humanização, orientada pela qualidade de vida e por ações
intersetoriais de apoio.
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Trabalho n o 10
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Gestão de documentos e automação de
processos em uma instituição de saúde
sem papel
AutorAs: Audry Elizabeth dos Santos; Maria Cristina Sanna
Instituição: Hospital Sírio-Libanês; Universidade Federal de São Paulo
Cuidados com a saúde: valores culturais de imigrantes no Brasil e sua influência na
organização dos serviços de saúde
O processo de imigração é um grande desafio para o cuidado em saúde, sendo necessário identificar a diversidade de crenças e práticas da clientela para melhor se estruturar os serviços assistenciais. No Brasil, houve diversas correntes imigratórias,
entre essas, africanos, italianos, japoneses, alemães e árabes 2. Os determinantes culturais, influenciam no processo saúde e
doença e demandam intervenções gerenciais e assistenciais para prover a qualidade da assistência.
Objetivo
Descrever atributos e valores étnico culturais dos imigrantes do Brasil com foco nos cuidados à saúde.
Método
Estudo descritivo que empregou, como fonte, o trabalho de Purnell e Pulanka 1. As informações foram compiladas segundo
as variáveis: comunicação, nutrição, espiritualidade e cuidados à saúde sendo comparadas entre si.
Resultados
A comunicação não verbal é mais evidenciada nos africanos, italianos e árabes. Todas as culturas expressam emoção através
da alimentação com rituais de socialização. A espiritualidade permeia todas as culturas e rituais de mortes são valorizados. As
praticas de cuidado à saúde apresentam a religião como fonte de conforto no caso dos africanos, a valorização à prevenção
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ar tigo científico ou paper
para alemães e japoneses. A dor entre as diversas culturas também, apresentam aspectos diversificados. A análise efetuada
demonstrou demandas específicas determinadas por aspectos culturais que necessitam ser contempladas na organização do
cuidado e que essa atenção é necessária para a qualidade da assistência.
Fontes citadas
1. Purnell LD, PulankaBJ. Cuidados de Saúde Transculturais - uma abordagem culturalmente competente. Lusodidacta, 2010.
2. IBGE- Estatística de povoamento imigração por nacionalidade. 2014 [online] Disponível em: (maio/14).
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Trabalho n o 11
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Modelo de análise do risco para profissionais
de enfermagem
Autores: Carlos Eduardo Kruger de Campos; Liliane Bauer Feldman; Maria D’ Innocenzo.
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
Introdução
As investigações realizadas acerca dos erros e eventos adversos no relatório To Err is Human: Building a Safe Care System(1)
destacaram a necessidade de se melhorar a segurança do paciente, que por sua vez está diretamente relacionada à qualidade
da assistência, à responsabilidade civil e ao ônus decorrente dos danos causados.(2-3) Desta forma, os estabelecimentos de
saúde voltaram sua atenção as iniciativas de prevenção e a adoção de modelos de gestão(3) voltados à acreditação e a padronização das suas atividades. No entanto, os aspectos peculiares do ser humano, tornam difícil essa padronização, ainda que, bem
sucedida em alguns casos. Sendo que, a grande questão ética é que uma tentativa de padronização absoluta da performance
humana no trabalho não abarca as diferenças individuais nem a resultante do conflito entre as necessidades do indivíduo e
as pressões do ambiente.(4) Neste contexto, a equipe de enfermagem também está sensível ao problema, pois está imersa no
sistema de atenção e muitas vezes acaba por ser responsabilizada pelos erros.(5)
Objetivo
Apresentar um modelo de análise do risco do profissional de enfermagem ser considerado culpado.
Método
Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa, com caráter documental e retrospectiva, que foi realizada
no Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, por meio da análise dos processos éticos, julgados e arquivados. Para
análise estatística foram utilizadas análises paramétricas, a técnica de regressão logística e para verificação da aderência o
Goodness-of-Fit Tests.
Resultados
Foram analisados os processos ético-disciplinares de 89 profissionais de enfermagem. Com base nos dados encontrados, os
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ar tigo científico ou paper
autores criaram um modelo para tentar predizer a probabilidade de um profissional de enfermagem ser considerado culpado
em um processo ético-disciplinar. Este modelo obteve um percentual de concordância de 81,8% e mostrou-se aderente, pois
o p-valor não foi significativo, ou seja, p-valor <0,05. (Pearson P-valor = 0,490; Deviance P-valor = 0,244; Hosmer-Lemeshow
P-valor = 0,645).
Modelo elaborado pelos autores:
Conclusão
Concluiu-se que é possível predizer com boa confiança se um profissional de enfermagem poderá vir a ser considerado
culpado, com o uso deste modelo. Esta fórmula pode ser utilizada na Gestão do Risco Profissional da Enfermagem mitigando
possíveis perdas e ônus aos envolvidos no evento adverso. É válido ressaltar a continuidade dos estudos acerca do tema para
aprimoramento dos aspectos interpessoais, psicológicos e éticos que envolvem o erro, o profissional e o estabelecimento de
saúde.
BIBLIOGRAFIA
1. Kohn LY, Corrigan JM, Donaldson MS, Committee on Quality of Health Care in America. To err is human: Building a Safer Health System. Washington
DC: National Academy Press; 2000
2. Christiaans-Dingelhoff I, Smits M, Zwaan Lea. To what extent are adverse events found in patient records reported by patients and healthcare
professionals via complaints, claims and incident reports - BMC Health Services Research. 2011 março: p. 01-10.
3. Feldman LB; D’Innocenzo M; Cunha ICKO. Evaluating Nursing practices beyond our borders. Journal of Management Nursing, March 2013, Volume
44, Issue 3, p. 28–36
4. Pinto LH. Gestão de pessoas e comportamento humano no trabalho: Aspectos psicodinâmicos e falhas operacionais na indústria. Gestão & Planejamento.
2002 jan/jun: p. 06-12.
5. Bohomol E, Ramos L. Erro de medicação: importância da notificação no gerenciamento da segurança do paciente. Rev. bras. enferm. 2007 fev:
p. 32 - 36.
338
qualihosp 2015
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Trabalho n o 12
ar tigo científico o u paper
Gestão em Saúde
Sobre o conceito de valor e seus usos na
avaliação em saúde
Autores: Douglas Francisco kovaleski; Carlos Botazzo
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina
Avaliação é a atribuição de um juízo de valor sobre determinado objeto. A avaliação em saúde pressupõe um entendimento
de valor. Que é ponto de partida para a atribuição de um juízo de valor. Entretanto, há que se questionar: onde está o valor?
No objeto avaliado? No avaliador? Ou na relação entre eles? No intuito de aprofundar a compreensão sobre o conceito de
valor este artigo faz uma incursão nos escritos de autores de diferentes campos do conhecimento, para, ao cabo, propor uma
direção quanto aos valores da avaliação em saúde no contexto brasileiro. As palavras valor e valores são usados com grande
frequência, na língua falada e escrita, como se seu significado fosse óbvio. No uso cotidiano, o termo valor refere-se a pessoas,
épocas ou objetos. Outro uso comum são os conflitos de valores, classificados correntemente em valores econômicos, morais
ou religiosos. A axiologia (do grego axios, valioso) é a parte da filosofia que trata dos valores. “Valor” designa propriedade de
algo (algo “valioso”, em algum sentido), seja belo, bom, agradável, justo, econômico etc. com relação a objetos, ações, pessoas
ou eventos. Valores são propriedades pelas quais algo tem importância ou relevância para alguém em relação aos seus desejos,
necessidades ou interesses. Os valores são, na concepção de Mario Bunge, propriedades relacionais que os objetos adquirem
para determinados sujeitos, em determinadas circunstâncias. Agnes Heller defendia que o decurso da história é o processo de
construção dos valores, e da degenerescência de alguns deles. Por isso eles não são fixos, mas alteram-se em tempos históricos
e que a explicitação dos valores ocorre de maneira diversa nas diferentes sociedades. O conceito de valor, segundo a mesma
autora, leva em conta ainda a subjetividade na questão da transformação social. Nesta perspectiva, o ser humano possui valores que auxiliam no direcionamento da ação, mas eles não estão em causa, pois esta depende das relações sociais em seu
conjunto. A avaliação envolve um julgamento, a atribuição de um valor, uma medida de aprovação ou não a uma política ou
programa público ou privado, de analisá-la a partir de pressupostos do avaliador ou pactuados entre os envolvidos. Dessa forma, é preciso ter clareza que, no campo da avaliação de políticas públicas, não existe neutralidade. Entretanto, o uso criterioso
dos métodos e das ferramentas próprias da avaliação é fundamental para que a opção pessoal do avaliador não se confunda
com os resultados de avaliação. É importante ter clareza que o processo de avaliação gera uma tensão entre o dado objetivo e
o subjetivo. A avaliação deve trazer a apreensão de que é produto do conhecimento e, como tal, deve ser coerente na sua utilização para realmente buscar transformações e qualidade nas políticas públicas. É preciso perceber que a avaliação de políticas
envolve princípios políticos fundamentais sobre alguma concepção referente ao bem-estar humano, destacando-se entre eles
os princípios de igualdade e democracia, bem como a concepção de cidadania. A política neoliberal, no entanto, introduziu na
concepção de Estado, elementos da administração gerencial com base na avaliação da eficiência econômica e administrativa.
A superação desse enviesamento economicista, calcado na análise da eficiência, passa pela consideração do valor como aspecto essencial da avaliação em saúde. O valor que orienta as avaliações em saúde deve pautar-se pela intencionalidade das ações,
baseado em princípios humanísticos, políticos e culturais. Constitui a preocupação com que sociedade e que relações sociais
se pretende produzir a partir das políticas públicas. Portanto, ele deve estar na base do planejamento das políticas públicas e
na legitimação das mesmas no seio da sociedade.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 14
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Percepção da qualidade do atendimento dos
pacientes que utilizam o SUS
Autoras: Kátia Vieira Borges; Ana Maria Malik; Claudia Raffa
Instituição: Instituto do Coração
Introdução
Procurando minimizar a subjetividade presente nas avaliações de satisfação do usuário, a Organização Mundial da Saúde
- OMS (2000, 2012) propôs o conceito de responsividade, que se refere ao modo como o sistema de saúde reconhece as expectativas da população em relação aos aspectos não médicos do cuidado (elementos não diretamente ligados ao estado
de saúde). Para Bernhart, Wiadnyana, Pohan (1999) a metodologia que enfatiza a responsividade propõe formas de se fazer
perguntas que reduziriam o fator subjetivo das respostas e o chamado gratitude bias (viés de gratidão).
Objetivos
Apresentar a percepção da qualidade do atendimento dos pacientes que utilizam o SUS.
Metodologia
Foram selecionados dezesseis pacientes maiores de 18 anos que utilizam o SUS há mais de um ano. Após o consentimento
dos sujeitos foi realizada e gravada entrevista semi-estruturada com 24 variáveis construídas com base no estudo de Vaistman
e Andrade, (2005). As gravações foram transcritas e agrupadas através do programa WELF QDA.
Análise de Resultados
Todos os participantes são alfabetizados, a maioria deles (oito) recebem de 1 a 2 salários mínimos e dois recebem acima
de 5 salários (amostragem com baixo grau de instrução e baixos níveis salariais). Com relação aos serviços avaliados, a maioria
(seis) encontram-se na região da zona oeste. A variável melhor analisada na Categoria Responsividade foi a subcategoria instalações/ambiente físico, onde o entrevistado apontava “que as mesmas são limpas, mas que não têm a capacidade necessária
para atender a população, mas eles fazem o possível para organizar e deixar limpo o local”. Na Categoria Satisfação, destaca-se
que a subcategoria relacionamento interpessoal é considerada satisfatória. Segundo Sitzia e Wood (1997) é o modo com que
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ar tigo científico o u paper
cada profissional de saúde interage pessoalmente com os pacientes. A subcategoria Eficácia/resolução também apresenta-se
satisfatória. Na categoria Humanização todas as subcategorias analisadas demostraram-se insatisfatórias. Na categoria Direitos
do Paciente, todas as subcategorias deixam a desejar na visão do paciente. O Modelo Conceitual demostrado na figura 1
identifica que para mensurar a qualidade do atendimento de maneira mais assertiva e menos subjetiva deve-se criar variáveis
no questionário de satisfação de modo a conseguir atingir as quatro categorias teóricas proposta (satisfação, responsividade,
humanização e direitos do paciente).
Imagem 1. Modelo Conceitual da Percepção de Qualidade
Conclusão
Nos aspectos não médicos (responsividade) os entrevistados apontaram: falta de atenção por parte da equipe assistencial, falta de autonomia do paciente, comunicação falha, bem como a falta de liberdade de escolha de locais e profissionais.
A maioria dos entrevistados está insatisfeita, apesar dos sujeitos com maior grau de instrução se apresentarem mais críticos,
contradizendo a firmação de Andrade, Vaistman e Farias (2010) que afirmam que em pesquisas de satisfação entre usuários de
menor renda e escolaridade, a aceitação acrítica do atendimento é um aspecto que deve ser levado em conta na interpretação
dos resultados porque, para a população carente, conseguir o atendimento já é difícil e sua obtenção é uma conquista. Com
relação à humanização, pode-se concluir que o atendimento é pouco humanizado: nem sempre se vêm atendidos com dignidade. Apesar da insatisfação, os dados demostram que os pacientes reclamam pouco. Outro achado é que nem sempre os
direitos dos pacientes são respeitados.
REFERÊNCIAS
BERNHART, MH, WIADNYANA, IGP, WIHARDJO, H, POHAN, I. Patient satisfaction in developing countries. Soc Sci Med 1999; 48:989-6.
VAITSMAN, J.; ANDRADE, G. R. B. Satisfação e Responsividade: formas de medir a qualidade e a humanização da assistência à saúde. Revista Ciência Saúde
Coletiva. 2005, vol.10, no.3, p.599-613. ISSN 1413-8123.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 19
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Projeto sala de espera - Uma ação humanizada
na radiologia
Autoras: Roberta Mari De Oliveira Pereira; Eliana Porfírio; Angela Maria Agostinho de Melo; Gerlane Afonso de Assis; Vivian Gava
Malta de Abreu
Instituição: Instituto de Radiologia do HCFMUSP
Introdução
Os centros de diagnósticos por imagem desde o surgimento do Raio - X no Século XIX, tem apresentado um grande avanço tecnológico e passou por mudanças como da imagem registrada em filmes fotográficos para serem visualizadas de forma
digital com arquivo virtual através da informatização dos equipamentos, proporcionando um resultado preciso dos exames
radiológicos. Paralelamente à tecnologia de ponta em radiodiagnóstico, existe um ser humano com expectativas à espera do
resultado dos seus exames para dar sequência ao seu tratamento. Em 2001 o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional
de Humanização da Assistência Hospitalar, que apresenta propostas concretas e ações claramente definidas de melhorias da
qualidade do atendimento público à saúde. Dentro deste cenário foi criado um ambiente acolhedor nas salas de espera onde
pacientes e familiares que aguardam para serem atendidos, recebam informações através de palestras, com abordagem multiprofissional (enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social) sobre algumas doenças, como: obesidade, prevenção do
câncer, depressão, osteoporose, anorexia, diabetes mellitus, hipertensão, entre outros.
Objetivo
Apresentar a importância do projeto sala de espera como momento de acolhimento, onde o usuário adquire informações
de prevenção à saúde.
Método
A apresentação segue um cronograma de datas, horário, com os temas que são definidos pelo grupo no início de cada
ano e acontecem mensalmente nas salas de espera dos setores: tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, radioterapia e mamografia. Ao final das apresentações é solicitado aos ouvintes que preencham um impresso de avaliação, com
quatro perguntas fechadas e uma pergunta aberta para comentários e sugestões. O resultado é tabulado e enviado à equipe
multiprofissional.
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Resultado
Foram levantadas 92 avaliações referentes ao ano de 2014. Em relação ao tipo de atividade 74 relataram que foi ótimo e
23 que foi bom. Quanto ao item duração verificou-se que 64 classificaram como ótimo e 36 como bom. Sobre os temas abordados, 81 apontaram como ótimo e 21 como bom. Ao avaliarem o projeto sala de espera, 81 consideraram ótimos e 23 bom.
Conclusão
Essa dinâmica humanística e singular favorece a comunicação entre pacientes e profissionais, proporcionando um momento de descontração e participação com questionamentos, que facilitam a compreensão e o enfrentamento do momento
vivido, minimizando a ansiedade dos que aguardam para serem atendidos.
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Trabalho n o 20
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Identificação, análise, avaliação,
monitoramento e comunicação dos riscos no
serviço de saúde - Uma ferramenta de gestão
Autoras: Roberta Mari De Oliveira Pereira; Luciana Paula de Souza Martins
Instituição: Instituto de Radiologia do HCFMUSP
Introdução
Percebe-se que dentro das organizações de saúde existe uma subnotificação de eventos envolvendo riscos relacionados a
processos assistenciais e administrativos. Um dos principais fatores da subnotificação está relacionado à penalização por parte
das lideranças, o que intimida os colaboradores a notificarem não conformidades. Dentro do escopo da Gestão de Risco do
Instituto, objetivou-se com a sistemática de notificação, o acompanhamento dos eventos relacionados a riscos de processos,
desde a identificação, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos em que o Instituto está exposto.
Objetivo
O objetivo é melhorar os processos, conhecer, reduzir ou aceitar os riscos de forma a gerenciá-los com foco nos processos
evitando aumento de custos decorrente aos retrabalhos.
Metodologia
O Instituto começou a gerenciar seus riscos, a partir da vinculação do Instituto em 2008, ao Projeto Hospitais Sentinelas,
com o mapeamento dos eventos adversos e queixas técnicas relacionadas ao uso de produtos pós comercializados. Em 2009,
foi constituído o Comitê de Risco/Segurança, formado por uma equipe multiprofissional, que deteve um papel crítico de assegurar a eficácia do gerenciamento de riscos por meio de análises frequentes, favorecendo o cumprimento de seus objetivos
estratégicos. A principal estratégia utilizada foi a realização de treinamentos técnicos como forma de sensibilizar as equipes
quanto à importância da sistemática de notificação de riscos relacionados a processos assistenciais e administrativos. As não-conformidades detectadas são registradas, analisadas, investigadas e tratadas pelos respectivos responsáveis, através da implementação de ações corretivas. Para evitar a recorrência de não conformidades, são definidas e implementadas as ações
preventivas necessárias. A implementação da ação preventiva é monitorada e sua eficácia é analisada através de indicadores
de reincidência. Classificação das ocorrências foi dimensionada da seguinte forma:
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Assistencial
Institucional
Ocupacional
Exames / Procedimentos
Estrutura Física
Condições de Trabalho
Quedas
Risco de Incêndio / Curto Circuito
Segurança
(Risco Físico, Químico ou Biológico)
Troca de Imagem / Pacientes
Serviços / Fornecedores
Uso de Medicamentos
Controle de Documentação
Identificação de Paciente
Falta de Manutenção Preventiva / Corretiva
Óbito
Falta de Água / Energia / Gases
Extravasamento de Contraste
Atividade Extra Vascular
Resultados
Percebe-se que com a implantação da sistemática de notificação, o número de notificações no Instituto relacionadas a
processos assistenciais e administrativos aumentou significativamente em relação ao ano de implantação, o que nos mostrou
a facilidade de acesso ao sistema e a efetividade da sensibilização da equipe quanto a importância dessa prática. Em 2012 totalizamos 57 notificações e em 2014 tivemos um total de 874 notificações de não conformidade relacionadas a processos. Esse
resultado pode ser monitorado e contribuiu para a identificação de oportunidades de melhorias nos processos. Conclusão:
Conclui-se que com esse resultado, o Instituto mostrou um amadurecimento quanto à cultura de qualidade, as práticas de
melhorias contínuas, corresponsabilidade sobre os resultados e a importância do gerenciamento de riscos como alvo para
segurança do paciente e colaboradores. Mostrou-se também a redução da má qualidade dos processos, pela diminuição do
retrabalho e consequentemente a redução de custos. Retrabalhos foram minimizados a partir de implementação e monitoramentos das ações corretivas e preventivas. Através de treinamentos, fóruns, informativos, boletins, reuniões de análise crítica,
foi possível mostrar aos colaboradores a importância da notificação como forma de prevenção de não conformidades futuras,
promovendo melhorias nos processos, gestão participativa e criando barreiras eficazes. Sabemos que a busca pela qualidade
deve ser contínua e permanente.
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Trabalho n o 22
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Educação permanente: Ferramenta de
melhoria no processo de identificação segura
em unidades hospitalares
Autoras: Fernanda Gadelha Severino; Daniela Chiesa; Ana Karine Girão Lima; Társia Vitória de Araújo Joaquim Gadelha; Jamille Soares
Moreira Alves; Virgínia Angélica Lopes Silveira; Luana Maria Lopes Figueiredo; Raquel Nicodemos Lucena
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
Tendo em vista que a qualidade e segurança são atributos indissociáveis ao cuidado do paciente, estas devem ser preocupações das instituições de saúde no processo de identificação segura do cliente. Este procedimento assegura ao paciente
que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o
possam lesar, favorecendo, também, a redução do número de eventos de risco e garantia da terapêutica. Erros de identificação
do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases do diagnóstico e do tratamento. Alguns
fatores podem potencializar os riscos na identificação como: estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou
profissional dentro da instituição e outras circunstâncias no ambiente. Nesse contexto as ações de educação permanente
favorecem o desenvolvimento da cultura de segurança institucional, melhorando o processo de identificação e reduzindo o
surgimento de possíveis erros.
Objetivo
Avaliar o impacto das estratégias de educação permanente utilizadas na melhoria do processo de identificação segura em
um hospital.
Método
O planejamento da estratégia teve início em Março de 2014 investigando os pontos críticos relacionados ao processo de
identificação dos pacientes através de auditoria em um hospital público no estado do Ceará. Após esta etapa realizou-se no
período de Maio a Junho de 2014 oficinas de simulações realísticas e discussões de caso sobre o processo de identificação,
abordando da admissão a alta hospitalar, administração de medicações e realização de procedimentos. O treinamento contemplou a equipe de enfermagem, da nutrição, de apoio diagnóstico e recepcionistas. Outra estratégia utilizada foram campanhas
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de sensibilização com cartazes e dramatização sobre a temática em discussão. Como forma de análise dos dados foi calculada
a taxa de treinamento da seguinte forma: (número de funcionários treinados/número total de funcionário do setorx100) e
auditorias pré e pós as ações.
Resultados
Participaram dos treinamentos um total de 617 funcionários, correspondendo a 81,9% do público alvo do treinamento,
ao se analisar por categoria observou-se as seguintes taxas: equipe de enfermagem 85,9%, nutrição 100%, apoio diagnóstico
71,8% e recepcionistas 56,5%. O intervalo entre as auditorias, pré e pós, foi de 2 meses sendo observado um incremento de 8%
na identificação dos pacientes, 44% na identificação das dietas orais e 89% nas dietas parenterais.
Conclusão
O uso de estratégias com base em conceitos andragógicos, como a discussão de caso e simulação realística, favoreceram
uma taxa significativa de adesão aos treinamentos, por torná-los mais atrativos para funcionários e garantindo a continuidade
das boas práticas discutidas quando avaliados a médio prazo.
BIBLIOGRAFIA
CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO; JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. Padrões de Acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais.
4ª ed. [editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. Rio de Janeiro: CBA, 2011.
Edrees HH, Paine LA, Feroli ER, Wu AW. Health care workers as second victims of medical errors. Polskie Archiwum Medycyny Wewnetrznej. 2011;121
(4):101-107.
Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em
Serviços de Saúde. 1 ª ed. 2013. Disponível em: http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/livros. Acesso em:
20/01/2015.qualidade deve ser contínua e permanente.
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Trabalho n o 25
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Gestão em Saúde
Análise dos artigos de administração de saúde
em periódicos acadêmicos de administração
Autores: Germany Gonçalves Veloso; Ana Maria Malik
Instituição: Fundação Getulio Vargas
Introdução
As fronteiras da Administração em Saúde (AS) se confundem com as de outras áreas científicas com as quais tem intersecções. Uma forma de avaliar o escopo da área seria avaliar os temas mais frequentes em seus produtos (artigos acadêmicos, p.e).
A análise de conteúdo serve a esta utilidade. O trabalho visa portanto avaliar as características dos artigos de AS em periódicos
de administração em geral (AG), principalmente suas diferenças e semelhanças.
Métodos
As etapas consistiram em: (1) seleção dos artigos de periódicos de administração; (2) seleção de avaliadores; (3) classificação
dos artigos; (4) análise temática dos artigos; (5) comparações entre os diferentes tipos de artigo. Foram selecionados artigos
relacionados à saúde, o mais liberalmente definido, em periódicos de Administração. Os periódicos foram RAE, RAE-eletrônica,
RAUSP, RAC, RAC-Eletrônica, RAP e BAR. Baseado em uma expectativa para obter número mínimo de classificações, foram coletados 66 artigos. Em seguida, foi feito levantamento eletrônico, com 237 pesquisadores e professores ligados ao estudo de
organizações de saúde. Foram solicitados a ler os resumos dos artigos e classificá-los, em uma escala de 4 pontos, a partir da
pergunta “Este é um artigo de Administração/Gestão em Saúde?” Os respondentes tinham as seguintes alternativas: (1) definitivamente não é; (2) provavelmente não é; (3) provavelmente é; e (4) definitivamente é. Para cada respondente foi alocado,
aleatoriamente, 6 resumos. Uma vez conseguindo-se um nível de concordância aceitável, os resumos foram analisados por suas
médias e desvios-padrão. Foi realizada uma distinção categorial e análise temática dos diferentes grupos de artigos a partir do
estudo daqueles que tiveram uma avaliação mais consistente (desvio-padrão <1).
Resultados
Foram obtidas 123 respostas válidas. O nível de concordância destes achados foram avaliados pela Intraclass Correlation.
Seu resultado foi de 0,56, considerado “regular”. Para a análise de conteúdo foi feita a atribuição de realizações (presença ou
ausência) para cada uma das variáveis pré-elencadas, o que as transformou em variáveis binárias e permitiu análises estatísticas,
especificamente a avaliação de associação (Teste Exato de Fisher), como se ver na Tabela 1. Ressalta-se que entre os artigos
ambientados em organizações de saúde, cinco foram classificados como de não AS e 18 tiveram classificação inconsistente.
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Tabela 1. Medidas de associação entre as variáveis utilizadas na análise e o tipo do artigo na
amostra
Variável
Teste de Fisher
(Sig.)
Variável Teste de Fisher
(Sig.)
Organização
0,702
Teórico
1,000
Sistemas
0,047
Empírico
1,000
Organização de Saúde
0,001
Processo
0,487
Outras Organizações
0,000
Estrutura
0,329
Hospital/Prestador
0,032
Política
0,461
OPS
1,000
Qualidade Técnica
0,240
Público
0,045
Qualidade Funcional
1,000
Privado
0,021
Econômico-Financeiro
0,171
Equidade
0,163
Comentários
De uma forma geral o estudo revelou que, para a amostra, existem características distinguíveis sobre o que são as pesquisas
acadêmicas em AS. Não só isso: existem também algumas características que fogem ao esperado. Esses resultados mostram
que a área de AS não se limita a ser um estudo de organizações de saúde, não basta somente tê-las como o objeto da pesquisa. Na verdade, parece ser um conceito com muitas características, destacando-se entre eles o fato de, em termos de critérios
de desempenho ou objetivos, não haver uma primazia tão grande de stakeholders financeiros em detrimento de pacientes,
da sociedade e dos profissionais de saúde. A área parece mais associada a conceitos ligados à área pública e a uma avaliação
multidimensional. Contrariando também a expectativa, aspectos teóricos surgem tão frequentemente em artigos de AS como
de AG. Estudos sobre Operadoras de Planos de Saúde (OPS) tendem a não ser reconhecidos como de AS exclusivamente (podendo ser classificado com de AS ou de AG).
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Trabalho n o 26
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Gestão em Saúde
Accountability nas OSS
Autores: Flavio Morgado; Rosania Nascimento Pereira; Maria Cristina Sanches Amorim
Instituição: PUC SP
Introdução
OSS são entidades públicas de direito privado que celebram contratos de gestão com o Estado, financiadas total ou parcialmente pelo orçamento público. Assim como a reforma do Estado, as OSS provocam debates quanto à transferência de recursos
públicos para organizações privadas e os resultados para o cidadão. Os princípios e ferramentas de governança corporativa
foram escolhidos para contribuir com o debate e apontar possibilidades de melhorias.
Objetivo
Avaliar a accountability nas OSS.
Metodologia
Revisão da literatura sobre governança no segmento público, reforma do Estado e OSS; análise dos contratos de gestão,
do relatório de execução anual, dos relatórios financeiros publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo (D.O.E.) em 2013
e do relatório de execução trimestral em 2013 disponíveis no portal da SES. Escolheram-se os quatro maiores hospitais da
Associação para o Desenvolvimento da Saúde (SPDM).
Análise dos Resultados
A accountability dos hospitais pesquisados foi examinada nas quatro dimensões que seguem: - Gestão e fiscalização dos
contratos - Metas relativas aos indicadores de produção assistencial e qualidade são definidas e acompanhadas pela SES, que
produz relatório sobre a consecução dos objetivos; informações do relatório são enviadas pelas OSS por meio de portal específico. Na documentação analisada não se encontrou referências de controle da SES sobre a qualidade das informações enviadas
e utilizadas nos relatórios. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) têm
relatado problemas na prestação de contas pelas OSS relativas à falta de dados comparáveis para a execução financeira, qualidade das informações e atrasos dos relatórios. Também não há referências a punições, apenas solicitação de providências. Indicadores dos processos e serviços - Indicadores estão em linguagem técnica, dificultando a compreensão pelos profissionais
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fora da área da saúde. Os indicadores de qualidade não mostram como foram mensurados e não estão disponíveis no D.O.E. As
metas não são comparativas com anos anteriores ou com hospitais similares. - Prestação de contas para a sociedade e órgãos
do governo - Relatório financeiro da entidade está exclusivamente em linguagem “contábil”, exigindo conhecimento em análise de balanço para ser compreendido. Relatórios de execução não contemplam dados comparativos da execução financeira
(problema apontado pela ALESP), impedindo a compreensão do desempenho relativamente ao orçamento previsto e à receita
real, à produtividade, à evolução dos gastos com terceirização e à mão de obra. Informações disponíveis sobre o relatório de
avaliação e execução dos contratos estão desatualizadas.- Acesso da sociedade às informações - O D.O.E. não tem ferramentas
de busca “amigável”. A linguagem é sempre técnica e desvinculada de seus contextos.
Conclusões
O arcabouço legal e o contrato de gestão firmado entre as partes procuram combinar controle de resultados e algum grau
de accountability porém, com alguns pontos prejudiciais à esta: o executivo estadual (SES) é simultaneamente comprador,
avaliador e pagador das OSS; o controle externo não interfere no controle quase exclusivo da SES sobre as OSS, a falta de referências à punições previstas na lei podem fragilizar a prestação das contas e a transparência. Passados quinze anos desde a
criação, é necessário adequar a gestão das OSS aos critérios de governança da administração pública, o que contribuiria para o
aprimoramento do sistema de saúde.
REFERÊNCIAS
BARRET, P. Achieving Better Practice Corporate Governance in the Public Sector. AM Auditor General for Australia, 2002.
MARQUES, M.C.C. Aplicação dos princípios da Governança Corporativa ao Setor Público. RAC, v.11,n.2, Abr/Jun. 2007, p.11-26.
TIMMERS, H. Government Governance: Corporate Governance in the public sector, why and how?, 2000.
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Trabalho n o 28
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Gestão da Assistência
Intervenção da Assistência Farmacêutica
no processo de judicialização no SUS para a
promoção do uso racional de medicamentos
Autores: Rejane Silva de Pádua Souza; Jefferson Herculano da Silva; Géssia Flauzino Kremer; Juliana de Almeida Machado; Marcia
Freitas De Andrade Derruci
Instituição: Farmácia de Medicamentos Especializados de Franca
Introdução
Considerando os avanços nas políticas de saúde, principalmente após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), medidas
têm sido adotadas para ampliar o acesso aos medicamentos e promover o uso racional. Entretanto, a crescente demanda de
ações judiciais para o fornecimento de medicamentos é desafio para os gestores, pois contraria os princípios do SUS e a consolidação da Política Nacional de Medicamentos. Assim, a Assistência Farmacêutica tem um papel fundamental no planejamento
de ações para garantir a qualidade do fornecimento e uso racional dos medicamentos e a utilização dos recursos disponíveis
de forma eficiente, buscando diminuir o processo de judicialização no SUS.
Objetivo
Demonstrar a possibilidade e os benefícios da transferência de pacientes que recebem medicamentos via ação judicial para
serem atendidos na Farmácia do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (FCEAF), buscando fornecimento
com orientação, segurança e eficácia terapêutica além de redução dos gastos.
Metodologia
Foi realizado trabalho em conjunto pelos farmacêuticos da FCEAF e da Farmácia do Núcleo de Assistência Farmacêutica,
que atende as demandas de ações judiciais contra o Estado. Assim, mediante orientação e consentimento dos pacientes
em tratamento via judicial com os medicamentos imunobiológicos Abatacepte, Adalimumabe, Etanercepte, Golimumabe,
Infliximabe, Rituximabe e Tocilizumabe, foi efetuada transferência dos mesmos para a retirada destes medicamentos na FCEAF.
Desta forma, listou-se a quantidade total de pacientes transferidos e a quantidade total de frascos de medicamento retirado
mensalmente por estes pacientes, sendo realizada então a comparação do custo do tratamento mensal destes pacientes, tendo Janeiro/2014 como referência para cálculo do custo de aquisição dos medicamentos.
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Análise dos Resultados
observou-se que o custo via FCEAF foi R$ 132.710,62 enquanto via judicial seria R$ 263.572,60 se continuassem retirando
os medicamentos desta forma, ou seja, uma economia de 98,6% para o Governo, sendo que em um ano a diferença passa a
ser R$ 1.570.343,70.
Conclusão
Além do gasto, é importante considerar que é mais seguro e vantajoso para o paciente e para o SUS receber estes medicamentos na FCEAF, pois são entregues com assistência farmacêutica integral, em que ocorre a dispensação na dose, forma
farmacêutica e quantidades apropriadas, com informações sobre o uso adequado, para que o paciente utilize o medicamento
corretamente, de modo a garantir segurança, eficácia e adesão ao tratamento. Também no Componente Especializado o paciente recebe os medicamentos após avaliação de critérios estabelecidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do
Ministério da Saúde e mediante apresentação periódica de documentos preenchidos pelo prescritor, o que garante o acompanhamento médico do tratamento, evitando-se automedicação e uso indiscriminado. Vale ressaltar que na FCEAF os pacientes
têm a possibilidade de relatar queixas referentes a desvios de qualidade e reações adversas que por sua vez são notificadas
ao Núcleo de Farmacovigilância do Estado. Desta forma, estratégias como esta transferência, são fundamentais para garantir
a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS e colaborar para sua adequada operacionalização; assegurar a aplicação
dos recursos públicos em saúde de maneira eficaz, eficiente e justa, além de cumprir as premissas das políticas da Assistência
Farmacêutica e promover o uso racional de medicamentos.
Referências
CHIEFFI, A.L; BARATA, R.B. Judicialização da política pública de assistência farmacêutica e eqüidade. Cad. Saúde Pública,v.25,n.8,p.1839-1849,2009.PEPE, V.L.E.
et al. A judicialização da saúde e os novos desafios da gestão da assistência farmacêutica. Ciênc. saúde coletiva,v.15,n.5,p.2405-2414,2010.VIEIRA, F.S. et al.
Assistência farmacêutica e ações judiciais: propostas para melhorar o acesso e o uso de medicamentos. Rev.adm. Saúde,v.12,n.47,p.79-86,abr.-jun.2010.
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Trabalho n o 29
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o sumário
Gestão da Assistência
Avaliação dos motivos de referenciamento
ao ambulatório de cardiologia pediátrica da
Policlínica Municipal de Sorocaba pela atenção
primária: Criação de proposta de interação
educacional em serviço
Autores: Virna Maria Guevara; Maria Helena Senger; Flávio Morgado
Instituição: PUC SP
Introdução
A prevalência das cardiopatias congênitas está entre sete a dez crianças por 1000 nascidas vivas. Os principais motivos que
levam o médico da atenção primária a encaminhar uma criança ao cardiologista pediátrico são: sopro cardíaco, dor precordial,
arritmias, cansaço, dispneia, cianose, radiografia de tórax anormal, eletrocardiograma alterado, avaliação para atividade física. O
desafio atual dos pediatras, médicos de família e cardiopediatras é desenvolver estratégias de diagnóstico precisas e financeiramente adequadas.
Objetivos
Fortalecer a rede de atenção à saúde em seus níveis primário e secundário, utilizando-se dos casos de Cardiologia Pediátrica
como condição estratégica e desenvolver uma proposta de trabalho interdisciplinar e de interação com apoio matricial, otimizando
o sistema de referência e contra referência.
Metodologia
Trata-se de estudo exploratório com análise documental descritiva das 433 guias de referenciamento de pacientes atendidos no
ambulatório de Cardiologia Pediátrica da Policlínica Municipal de Sorocaba, no período de janeiro a junho de 2012, acompanhado
do estudo dos prontuários.
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Resultados
Dentre 371 pacientes encaminhados por motivos cardiovasculares (85,7% dos 433 pacientes), 143 (38,6%) foram confirmados
com doença cardiovascular. Três destes (2,1%) tiveram alta, sem contrarreferência. Permaneceram em seguimento 131 (91,6%) pacientes; nove (6,3%) perderam o seguimento. Outros 170 (45,8%) não foram confirmados como portadores de doença cardiovascular.
Também perderam seguimento, antes da confirmação de doença cardiovascular, 58 pacientes (15,6%).
Conclusão
Do total de pacientes analisados, pouco mais de um terço foram confirmados como portadores de doenças cardiovasculares,
mostrando que as falhas de encaminhamento, por inadequação técnica do motivo ou por falhas estruturais do sistema, são importantes em número e em sua qualidade. Apenas cerca da metade dos casos que recebeu alta foram contrarreferenciados, ou seja, a
integração da atenção primária e secundária não ocorre de maneira efetiva. A avaliação propedêutica e três exames subsidiários (raio
X de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma) foram realizados para quase todos os pacientes. Conclui-se que quando o paciente
chega ao nível secundário da saúde, os exames para elucidação diagnóstica cardiológica são utilizados para justificar uma resposta
condizente ao médico da atenção primária (quando ocorre), para o paciente e sua família, incluindo sua realocação no sistema. Isto
faz parte da prática de que o cuidado ao paciente não é compartilhado entre os níveis de atenção e que há necessidade de resposta
rápida para favorecer o fluxo do agendamento de novos pacientes na atenção secundária. A fim de se fortalecer a rede de atenção
à saúde, a utilização de avanços como a telemedicina e os conceitos de apoio matricial e regionalização se colocam como meios de
troca, otimização e racionalização do conhecimento e dos recursos. Com isso, os pacientes que estão à deriva no sistema de saúde
seriam resgatados e seus diagnósticos concluídos. A atuação dos vários profissionais de saúde, a distribuição de competências, a
ênfase em Educação Permanente, a distância ou presencial, parece ser um caminho promissor na busca para o fortalecimento e a
utilização mais efetiva do sistema de saúde.
Referências
CAMPOS GWS, DOMITTI AC. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cadernos de Saúde
Pública, 2007.OLIVEIRA GN.
Apoio matricial como tecnologia de gestão e articulação em rede. In: CAMPOS GWS, GUERRERO AVP, organizadores.
Manual de práticas em atenção básica: saúde ampliada e compartilhada. São Paulo: Hucitec; 2008. p. 273-82. PINTO JÚNIOR VC,
RODRIGUES LC, MUNIZ CR.
Reflexões sobre a formulação de política de atenção cardiovascular pediátrica no Brasil. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular,
2009.
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Trabalho n o 31
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o sumário
Gestão da Assistência
Avaliação do impacto da taxa de infecção
hospitalar na média de permanência hospitalar
Autores: Ana Paula Radünz Vieira; Andressa Bernardi; Francisco José Reis Ferreira de Lima; Mateus Carvalho Maldonado; Sabrina
Coelli; Mariza Kluck
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA)
PALAVRAS-CHAVE: “infecção hospitalar”; “média de permanência”.
Introdução
Infecção hospitalar é normalmente provocada pela microbiota bacteriana humana que, em decorrência de doença, de
procedimentos invasivos e do contato com a microbiota hospitalar, se desequilibra em relação aos mecanismos de defesa do
corpo. No Brasil, desde 1997, a Lei 9.431 obriga hospitais a possuírem um programa de controle de complicações infecciosas
hospitalares. Observa-se que dados relacionados a complicações infecciosas no ambiente hospitalar resultam em aumento
médio no tempo de internação, com acréscimo aos custos assistenciais, e elevação dos riscos de infecções secundárias à internação prolongada, o que corrobora para um grande impacto na assistência do paciente internado. A taxa de infecção hospitalar, dessa forma, apresenta impacto considerável na qualidade assistencial de um hospital, tanto pela repercussão na média de
permanência, como pelo aumento dos custos hospitalares e pela redução da rotatividade de paciente nos leitos.
Objetivos
Avaliar o impacto da taxa de infecção hospitalar na média de permanência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre durante
o período de 2004 a 2014.
Material e Métodos
Análise explicativa dos dados veiculados pelo sistema informatizado de Indicadores de Gestão (IG) do HCPA. A análise dos
dados foi feita utilizando o software Microsoft Excel 2007. A revisão bibliográfica foi realizada através das bases de dados Scielo
e Periódicos Capes, com as seguintes palavras-chave: “infecção hospitalar”; “média de permanência”.
Resultados
A média de permanência hospitalar no HCPA vem declinando entre 2004 e 2014, atingindo seu mínimo durante o período
de 2011 num valor de 7,96 dias, ainda acima da média nacional. Enquanto isso, também se observa um declínio da taxa de
infecção hospitalar nesse mesmo período, com uma média de 8,71%, número muito inferior se comparado à realidade das
instituições de saúde pública brasileira, onde a taxa de prevalência de infecções hospitalares é em torno de 18%.
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Discussão
A média de permanência e a taxa de infecção hospitalar diminuíram nos últimos 10 anos; sendo esta redução mais significativa quando comparada a aquela. Entretanto, não foi observada correlação sazonal entre as variações dos dois indicadores
estudados, não apresentando, assim, variações similares na análise específica por subdivisão de meses.
Conclusão
A média de permanência está relacionada com a taxa de infecção, tanto como causa, como quanto consequência. No
presente estudo, entretanto, não foi possível demonstrar a interdependência das duas variáveis com os critérios de inclusão
selecionados, a despeito dos resultados encontrados na literatura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS:
1. Couto RC, Pedrosa TMG, Cunha AFA, Amaral DB. Infecção hospitalar e outras complicações não-infecciosas da doença: epidemiologia, controle e
tratamento. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2009.
2. McFee RB. Nosocomial or Hospital-acquired Infections: An Overview. Disease-A-Month 2009; 55(7): 422-438.
3. Andrade GM. Custos da infecção hospitalar e o impacto na área da saúde. BSBM Brasília Med 2005; 42(1/2):48-50.
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Trabalho n o 32
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Prevalência e conformidade na identificação
de pacientes por meio de pulseiras em
unidades médico-cirúrgicas em um hospital
universitário
Autoras: Viviane Martins Almeida; Daisy Maria Rizatto Tronchin
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
A qualidade e a segurança do paciente são temáticas globais, abrangentes e alvo de discussões envolvendo gestores,
trabalhadores e usuários dos serviços de saúde. No que tange à segurança do paciente, esta consiste em restringir ao mínimo
aceitável a ocorrência de um dano desnecessário, sendo o termo definido como a redução do risco de dano ao paciente ao
mínimo possível dada a situação gerada por uma ação ou agente potencial (1). A Organização Mundial da Saúde sugere que as
instituições desenvolvam e executem programas e protocolos com ênfase na responsabilidade dos trabalhadores para a identificação correta do paciente, padronizem o uso de pulseiras de identificação e que essas contenham ao menos dois elementos
identificadores, contra indicando os números de quarto ou leito. Fomenta, ainda, a incorporação de educação continuada dos
profissionais de saúde na conferência no processo de identificação dos pacientes e a participação efetiva dos usuários e familiares no processo (2). Nesse contexto, o processo de identificação do paciente assume papel de destaque e é tido como essencial
para a segurança nos serviços prestadores de cuidado.
Objetivo Geral
Avaliar a identificação do paciente por meio de pulseiras nas clínicas médica e cirúrgica em um hospital universitário do
Município de São Paulo e, como específicos: mensurar a prevalência de pulseiras de identificação dos pacientes internados
nas clínicas médica e cirúrgica; calcular o índice de conformidade geral na identificação dos pacientes por meio de pulseira e
comparar o índice de conformidade na identificação do paciente entre as unidades. Método: Estudo quantitativo, exploratório-descritivo, com coleta prospectiva de dados, desenvolvido nas unidades médica e cirúrgica, do Hospital Universitário da USP. A
coleta de dados foi realizada no período de janeiro a março de 2014, mediante o sorteio de um dia de cada mês, empregando-se um formulário preenchido à beira leito. A casuística correspondeu a 188 pulseiras de identificação. A conformidade do
processo foi considerada quando todos os itens descritos na pulseira de identificação estiveram consonantes ao protocolo
institucional, a saber: dados legíveis, pulseira íntegra, limpa e com a presença de dois identificadores; o nome e sobrenome
completos e corretos e o registro/matrícula hospitalar. Os dados foram analisados em função da estatística descritiva e inferencial, com significância de 5%.
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Resultados
No que diz à prevalência geral da presença de pulseira, o percentual foi de 98% nas duas unidades, sendo de 100% na
unidade médica. Quanto à conformidade nas duas unidades, esta correspondeu a 80%. Em relação às não conformidades,
15,2% foram atribuídas à confecção incorreta, 10,3% à ilegibilidade dos dados, 6% à sujidade da pulseira e 4,34% à falta dos dois
identificadores na pulseira. Na comparabilidade entre as unidades houve diferença estatisticamente significante nos atributos
integridade (p= 0, 027) e limpeza (p=0, 002) da pulseira, com maior percentual de não conformidade na clínica cirúrgica.
Conclusão
A prevalência de pulseira obteve índice satisfatório nas unidades estudadas, porém há necessidade de elevar o percentual
da clínica cirúrgica. Quanto à conformidade do processo de identificação, este necessita revisão, sobretudo quanto à confecção da pulseira e a legibilidade dos dados, indicando para a implementação de medidas, visando à melhoria da qualidade e a
segurança do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1) Ruciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Sherman H, Lewalle P. Towards na International Classification for Safety: key concepts and terms.
Int J Qual Health Care. 2009;21(1):18-26.
(2) World Health Organization. World Alliance for Patient Safety: forward programmer 2005. Geneve, 2004. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/
en/brochure_final.pdf. Acessado em 15 de novembro de 2011.
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Trabalho n o 35
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o sumário
Gestão da Assistência
Mudanças no perfil das internações
realizadas em um hospital universitário
nos últimos 10 anos (2004-2014)
Autora: Mariza M. Kluck
Instituição: Faculdade de Medicina da UFRGS
Introdução
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) é um hospital geral, universitário e de alta complexidade. As mudanças demográficas, sociais, políticas, econômicas e científicas, entre outras, afetam toda a Sociedade e se refletem também na realidade
hospitalar. A qualidade das informações obtidas no prontuário eletrônico da instituição e disponíveis através de seu sistema de
“Business Intelligence” (BI) permite que uma análise destas mudanças seja realizada.
Objetivo
Avaliar as mudanças ocorridas no perfil dos pacientes internados e das internações no HCPA em 2004 e em 2014.
Material e Métodos
Busca de dados e indicadores no Sistema de Indicadores de Gestão, “BI” do HCPA.
Resultados
Em 2004, a capacidade instalada era de 738 leitos, tendo sido realizadas 26.773 internações, sendo 4.424 (16,5%) internações obstétricas. Dos pacientes internados, 57,3% eram do sexo feminino; 53% eram oriundos de Porto Alegre, 30% do anel
metropolitano, 16% do restante do estado e 0,5%, de fora do RGS. 20% dos pacientes eram menores de 15 anos, 43,5% tinham
entre 16 e 49 anos e 36,5%, acima de 50 anos. A taxa de mortalidade geral foi de 4,9. A média de permanência foi de 8,7 dias; a
taxa de cesárea de 32,4%; a taxa de ocupação de leitos foi de 86,9% e foram realizados 3,4 exames por paciente-dia. As principais causas de internação, pela classificação da CID10, foram: Partos (18%), Neoplasias (13%) e Doenças do aparelho digestivo
(10,5%). 28,5% dos óbitos tiveram como causa básica neoplasias, 19,3% doenças do aparelho respiratório e 15%, do aparelho
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circulatório. Foram dispensadas 3.423.515 doses de medicamentos, a um custo de R$7.983.650,00. Foram utilizadas 15.100 órteses e próteses, a um custo de R$ 9.581.597,00.Em 2014, o número de leitos aumentou para 842, tendo sido realizadas 32.056
internações, sendo 3.552 (11,1%) internações obstétricas. Dos pacientes internados, 57,1% eram do sexo feminino; 50% eram
oriundos de Porto Alegre, 25% do anel metropolitano, 16% do restante do estado e 9% de fora do RGS. Em relação à faixa etária,
14% eram crianças menores de 15 anos, 37,5% tinham entre 16 e 49 anos e 48,5% acima de 50 anos. A taxa de mortalidade
geral foi de 4,9; a média de permanência foi de 8,5 dias, a taxa de cesárea de 32,4%, a taxa de ocupação de leitos foi de 88,8% e
foram realizados 4,8 exames por paciente-dia. As principais causas de internação, pela classificação da CID10, foram: Neoplasias
(14%), Parto (12,5%) e Doenças do aparelho circulatório (11,2%). Dos óbitos, 35% tiveram como causa básica neoplasias, 15%
doenças do aparelho circulatório e 13%, do aparelho respiratório. Foram dispensadas 3.978.184 doses de medicamentos, a um
custo de R$ 17.779.495,00. Foram utilizadas 35.180 órteses e próteses, a um custo de R$ 26.333.730,00.
Discussão e Conclusões
Muitas mudanças foram percebidas nestes 10 anos: a população gaúcha envelheceu (expectativa de vida aumentou de
73,6 para 76,9 anos), a taxa de natalidade caiu de 14,4 para 13,0 nascimentos por 1000 habitantes, as políticas de saúde evoluíram, a ciência e a indústria passaram a oferecer novas (e caras) alternativas terapêuticas, entre outras. Estas alterações se
refletiram no perfil dos pacientes internados e das internações realizadas no HCPA entre 2004 e 2014: a proporção de pacientes menores de 15 anos caiu 5%, enquanto a de pacientes maiores de 50 anos aumentou cerca de 12%; o número de partos
realizados caiu 20%; a proporção de pacientes oriundos de fora do RGS cresceu 9%, indicando a consolidação do HCPA como
hospital de referência para alta complexidade. Os principais indicadores permaneceram constantes, com exceção do número
de exames solicitados por paciente-dia, que aumentou de 3,4 para 4,8, valor muito elevado mesmo considerando-se o caráter
de hospital de ensino do HCPA. Os gastos com medicamentos e órteses e próteses aumentaram consideravelmente. Análises
mais aprofundadas permitirão relacionar melhor estas mudanças com aquelas ocorridas na Sociedade.
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Trabalho n o 36
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Adesão às diretrizes de uso das almotolias de
álcool 70% e o gasto para a instituição
Autoras: Magaly Cecília Franchini Reichert; Ana Laura Oliveira Guedes
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
Introdução
O álcool etílico 70% é um produto bastante utilizado na área da saúde por sua ampla ação germicida e baixo custo. É eficaz
na desinfecção de dispositivos, superfícies, equipamentos e tampas de medicamentos multidoses(1). É também utilizado pelos
profissionais de saúde para antissepsia da pele em muitas situações da prática clínica. Para garantir uma ação segura o produto
precisa ser de boa qualidade e estar dentro do padrão de uso segundo as orientações do fabricante(2) em consonância com as
normas da instituição.
Objetivos
Avaliar a adesão à rotina de uso e de troca das almotolias de álcool 70% (100 ml) nas unidades de internação de um hospital
e estimar o gasto para a instituição com a substituição das almotolias encontradas em não conformidade.
Metodologia
Estudo transversal, realizado em hospital universitário no município de São Paulo, em 10 períodos de observação entre
março e maio de 2014, nos turnos manhã e tarde. A amostra foi definida por conveniência, sendo os critérios de inclusão: almotolias que estavam em uso, abertas e distribuídas pelas unidades. Foram consideradas em conformidade as almotolias que
cumpriram todas as diretrizes do hospital: descarte a cada 7 dias, anotação da data de início de uso e tampada após abertura.
O gasto foi calculado multiplicando-se o total de almotolias em não conformidade pelo seu valor unitário médio expresso em
Reais (R$) fornecido pela Instituição.
Análise dos Resultados
A amostra constituiu de 268 almotolias de álcool 70% (100 ml) em 60% das unidades do hospital. Apenas 24 (8,9%) almotolias estavam em conformidade com as diretrizes, sendo 6 observadas no período da manhã e 18 a tarde, não havendo diferença
significativa entre os períodos (P= 0.7999). O serviço de UTI apresentou a maior adesão (34,6%), seguido pelo serviço de Clínica
Pediátrica/Obstétrica (12,5%), Clínica Médico Cirúrgica (10,3%) e Clínica Médica Especializada (3,1%), (P< 0.001). No presente
estudo os resultados mostraram uma pequena adesão à rotina de uso das almotolias de álcool 70%. Ao se analisar separadamente cada item, a diretriz “tampada após abertura” foi a de menor adesão, observada em 48 (17,9%) almotolias, conforme
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Figura 1. Tal dado tem relação direta com a eficácia do álcool 70%, pois devido à sua alta volatilidade permanecer sem a tampa
implica na diminuição da sua concentração, que deve ser de 68% a 72% peso/volume(2). O gasto calculado para a instituição
com a troca das almotolias em não conformidade seria de R$ 226,92, valor aproximadamente igual à quarta parte do total do
custo por paciente com uma infecção de corrente sanguínea(3).
Conclusões
Este estudo evidenciou a baixa adesão à rotina de uso e troca das almotolias de álcool 70%. Apesar de não terem sido encontrados pesquisas para comparação dos dados, os resultados são preocupantes trazendo à discussão a importância de maior
adesão às rotinas como ações que precisam ser estimuladas no ambiente hospitalar para garantir um atendimento mais seguro
ao paciente e com custos adequados. São necessários novos estudos para aprofundar o tema, aprimorar a identificação das
almotolias de álcool 70% em condições de uso indevidas, assim como o cálculo mais abrangente sobre os eventos adversos e
os custos que poderiam estar relacionados com essa prática.
REFERÊNCIAS
1. Rutala WA, Weber DJ, HICPAC. Guideline for disinfection and sterilization in healthcare facilities, 2008. Atlanta, GA: US Department of Health and Human
Services, CDC; 2008 [acesso em 17 mai 2014]. Disponível em: http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/Disinfection_Nov_2008.
2. Tiyo R, Toquato AS, Jacques FO, Colombo TC. Determinação do álcool 70% utilizado para antissepsia em drogarias e farmácias de Maringa-Paraná.
Rev Bras Farm. 2009; 90(3): 231-235.
3. Blot SI, Depuydt P, Annemans L, Benoit D, Hoste E, Waele JJ et al. Clinical and economic outcomes in critically ill patients with nosocomial
catheter-related bloodstream infections. Clin Infect Dis. 2005; 41:1591-98.
Figura 1. Distribuição das almotolias de álcool 70% segundo a adesão as diretrizes de uso e
periodicidade de troca – São Paulo – SP, 2014.
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Trabalho n o 39
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o sumário
Gestão em Saúde
Telessaúde: Uma ferramenta
eficiente para o SUS
Autores: Fernanda Martins Viana; Ana Maria Malik
Instituição: FGV-EAESP
PALAVRAS-CHAVE: Telemedicine; e-Health; Telemedicina; Telessaúde no Brasil; SUS.
Objetivo
Discutir o papel da Telessaúde como ferramenta para melhorar a assistência em Saúde no Brasil, dentro do contexto do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Métodos
Foi utilizada metodologia qualitativa analítica do tipo “Theory building cases”, tendo sido analisados casos nacionais e internacionais. Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica em bases de dados indexadas e visita a um serviço de
telessaúde nacional (Rede de Teleassistência de Minas Gerais - RTMG).
Resultados
O estudo dos casos demonstrou que a aplicação da telessaúde melhorou a resolutividade da assistência primária em saúde,
reduzindo a necessidade de encaminhamento de pacientes, proporcionou economia para pacientes e para o sistema de saúde
secundária ao evitamento das transferências, e contribuiu para a capacitação técnica dos profissionais de saúde por meio de
discussões de casos clínicos e atividades educacionais à distância.
Conclusão
A telessaúde pode ser considerada uma ferramenta eficiente e viável para o SUS.
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BIBLIOGRAFIA
Alkmim, M. B., & Ribeiro, A. L. (2012, December 1). Incorporación de la telesalud en el sistema público de salud de Minas Gerais, Brasil.
CEPAL. Canada’s Health Informatics Association. (2013). Telehealth Benefits and Adoption: Connecting People and Providers Across Canada (p. 121). Toronto, Canada.
WHO-Global Observatory for eHealth. (2010). Telemedicine: Opportunities and developments in Member States. Observatory (Vol. 2, p. 96). doi:10.4258/
hir.2012.18.2.153.
SITES
http://www.hc-sc.gc.ca/index-eng.php;
www.telessaude.hc.ufmg.br;
https://www.infoway-inforoute.ca/index.php/progress-in-canada/benefits-realization.
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Trabalho n o 40
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação do programa de treinamento em pcr
em um hospital terciário de referência do sus
Autoras: Fernanda Gadelha Severino; Ana Karine Girão Lima; Raquel Nicodemos Lucena; Luana Maria Lopes Figueiredo; Virgínia
Angélica Lopes Silveira; Jamille Soares Moreira Alves; Társia Vitória de Araújo Joaquim Gadelha; Daniela Chiesa
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
Acredita-se que o programa de treinamento em ressuscitação cardiopulmonar (RCP) baseado em guidelines seja a iniciativa
de saúde pública mais bem sucedida dos tempos atuais. Nessa perspectiva, entende-se que a concretização de um Programa
de Treinamento em RCP, seguindo as diretrizes da American Heart Association (AHA) e recomendações da Sociedade Brasileira
de Cardiologia, capacite as equipes de Enfermagem e Fisioterapia a agirem prontamente e ordenadamente diante de uma
parada cardiorrespiratória (PCR) com medidas básicas de reanimação cardiorrespiratórias, desempenhando habilidades ágeis
junto à equipe, maximizando as chances de sobrevida livre de sequelas neurológicas ou morte (quando possível revertê-la),
além de reduzir ou eliminar tentativas mal sucedidas de ressuscitação.
Objetivo
Avaliar o programa de treinamento em RCP aplicado aos Enfermeiros e Fisioterapeutas de um hospital terciário de referência do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo as diretrizes da AHA.
Método
Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido no setor de Ensino e Pesquisa do referido hospital. Para a coleta
dos dados foram utilizados os questionários, construídos pelo serviço, com pontos considerados críticos nas diretrizes da AHA,
conhecimentos indispensáveis aos profissionais da saúde do âmbito hospitalar. A coleta foi no mês de junho de 2014. A análise
dos dados teve abordagem descritiva, mediante análise percentual. Os dados referentes aos pré-testes e pós-testes foram tidos
como satisfatório quando atingiam no mínimo 75% de acerto.
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Resultados
Foram avaliados 224 questionários de 112 funcionários que participaram do treinamento e do pré e pós teste, destes
70%(n= 79) eram do sexo feminino. Após o treinamento, dos 27 itens com percentual insatisfatório antes do treinamento
(abaixo de 75%), apenas 5 não atingiram eficácia no resultado (superior a 75%). Imediatamente após o treinamento, 42 itens
atingiram o percentual preconizado como de “conhecimento satisfatório”.
Conclusão
Os resultados deste estudo mostraram que havia deficiência no conhecimento da equipe multiprofissional diante das
situações de PCR e o treinamento, a curto prazo, foi capaz de aumentar a retenção de conhecimento sobre essa temática, proporcionando uma melhoria da assistência, com potencial de redução da mortalidade hospitalar.
REFERENCIAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaque das diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. Dallas: AHA, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde.
Avaliação de Tecnologias em saúde: ferramentas para a gestão do SUS. Brasília: Editora MS, 2009.
BRIÃO, R. C. et al. Estudo de coorte para avaliar o desempenho da equipe de enfermagem em teste teórico, após treinamento em parada cardiorrespiratória.
Rev Latino-am Enfermagem, São Paulo, n. 1, a. 17, p. jan./fev. 2009. Disponível em:. Acesso em: 27 fev. 2014.
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Trabalho n o 41
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Opinião dos enfermeiros sobre a utilização dos
indicadores de qualidade da assistência de
enfermagem
Autoras: Elena Bohomol; Rosana R. Figueira Fogliano; Lais Martins de Santana
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
Introdução
Atualmente é de suma importância a avaliação dos serviços de saúde para proporcionar um atendimento de qualidade
com base na identificação das necessidades de saúde do paciente e redução contínua dos riscos para eles e profissionais.
Deste modo é importante que as instituições definam o seu espectro de medidas para as atividades clínicas e administrativas,
de modo a minimizar os riscos associados às variações nos processos de assistência. Assim, o monitoramento contínuo de
indicadores torna-se fundamental, pois permite estabelecer a comparação entre um fato real e uma meta que se quer atingir,
instrumentalizando, inclusive, o enfermeiro, na gerência do cuidado dispensado ao paciente.1
Objetivo
Conhecer a opinião dos enfermeiros sobre a utilização do sistema de indicadores de um hospital universitário do estado de
São Paulo. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo-exploratório, tipo survey, utilizando questionário estruturado
com escala de Likert, realizado em um hospital universitário do município de São Paulo, em Junho de 2014. A amostra por conveniência foi 60 enfermeiros, representando 21,3% do total de 282 enfermeiros da instituição. A pesquisa aprovada tem CAAE
30792914.8.0000.5505.
Resultados
A amostra é majoritariamente do sexo feminino (93,3%), sendo 48,5% com idade entre 20 e 30 e a maioria (81,6%) trabalhando em Unidades de Clinicas Médico-Cirúrgicas. Verifica-se que 85% enfermeiros referiram conhecer o programa de
indicadores de qualidade da assistência da instituição; 50% concordaram com a afirmativa de ter tido uma capacitação inicial
para a utilização do sistema; 66,7% utilizam o sistema de indicadores diariamente; 79,9% dos enfermeiros reconhecem ser um
sistema de fácil operação; 84,9% dos participantes reconhecem que os indicadores contribuem para a avaliação da assistência
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de enfermagem, assim como para a melhoria da prática do cuidar. Deste modo, o presente estudo vai ao encontro da literatura
quanto à importância de se ter instrumentos que possibilitem medir a qualidade da assistência, utilizando sistemas de fácil
operação.2 No entanto, o uso diário do mesmo ainda requer melhor monitoramento. Perguntou-se, também, se os profissionais
realizaram treinamentos relacionados ao conceito, identificação e notificação de eventos adversos, havendo concordância em
40% dos respondentes; além de que apenas 14,6% deles responderam apresentar e discutir os resultados dos indicadores da
unidade para a equipe de enfermagem sob sua supervisão e 30% dos enfermeiros referiram compartilhar os resultados com o
supervisor ou gerente da unidade. Nestes dois últimos aspectos, o estudo traz ambivalência nas respostas dos enfermeiros ao
afirmarem que os indicadores contribuem para a avaliação da assistência e os resultados não serem amplamente divulgados
para a equipe ou discutidos com ela e ou superiores. Tal postura reflete a necessidade de um processo de amadurecimento
institucional que envolva os diversos níveis hierárquicos para a implantação de um movimento contínuo de qualidade.3
Conclusão
Os enfermeiros consideram importante o uso dos indicadores de qualidade para a avaliação da assistência, porém há necessidade de se trabalhar a gestão da qualidade como um foco estratégico institucional, com análise contínua dos resultados
e definição de metas para a melhoria da assistência.
REFERÊNCIAS
1. Kurcgant P, Vieira APM. Indicadores de qualidade no gerenciamento de recursos humanos em enfermagem: elementos constitutivos segundo percepção
de enfermeiros. Acta Paul Enferm 2010;23(1):11-5.
2. Simões e Silva C, Gabriel CS, Bernardes A, Évora YDM. Opinião do enfermeiro sobre os indicadores que avaliam a qualidade na assistência de enfermagem.
Rev Gaúcha Enferm, 2009;30(2):263-71.
3. Franco JN, Barros BPA, Vaidotas M, D’Innocenzo M. Percepção dos enfermeiros sobre os resultados dos indicadores de qualidade na melhoria da prática
assistencial. Rev Bras Enferm, 2010;63(5):806-10.
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Trabalho n o 42
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o sumário
Gestão da Assistência
A utilização do sistema de indicadores da
assistência de enfermagem por gerentes e
encarregados de enfermagem de um hospital
universitário
Autores: Rosana Rodrigues Figueira Fogliano; Nathalia Barione Zancheta; Elena Bohomol
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
Introdução
A complexidade da assistência hospitalar concebe a necessidade de criar indicadores para avaliação dos processos e resultados. A qualidade da assistência nos dias de hoje, tornou-se mais um investimento do que somente custo. Uma instituição
de saúde de qualidade, além de promover uma assistência adequada, ser reconhecida por isso e liderar a concorrência, ainda
promove a diminuição da taxa de absenteísmo, maior satisfação profissional e uma melhora geral da produtividade por trabalharem em um ambiente seguro, que forneça recursos e ferramentas adequadas para a promoção da saúde. (1) Uma das principais ferramentas que auxiliam na promoção dessa qualidade é o Indicador. Os indicadores são utilizados como ferramenta
de monitoramento externo, assumindo um papel importante como meio de fornecer visibilidade à instituição de saúde. (2) A
enfermagem deve influenciar sempre os funcionários a terem uma parceria entre si e compreenderem a responsabilidade e
a importância de registrarem o mesmo. Deve-se estimular a busca pela qualidade da assistência, realçando a importância de
cada membro da equipe para que o objetivo seja alcançado. (3) Assim, este estudo apresenta como questão norteadora: Como
os enfermeiros Gerentes e encarregados de enfermagem utilizam o sistema de indicadores na sua prática de gestão?
Objetivo
Conhecer a utilização do sistema informatizado de indicadores de enfermagem pelos gerentes e encarregados em
enfermagem.
Metodologia
Estudo descritivo do tipo survey, de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturados, constituído de dados sócio-demográficos dos participantes e por questões que foram respondidas por meio de uma
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escala de Likert, com cinco graus de variações. Foi realizado em um Hospital Universitário do município de São Paulo, com 742
leitos; no período de maio a junho de 2014.
Análise dos Resultados
A amostra foi constituída por 27 enfermeiros, sendo (7) 25,93% gerentes e (20) 74,07% encarregados da Diretoria de
Enfermagem do HU. Verificou-se que a faixa de idade média foi de 38,86 anos (dp 3,72) e (23) 85,19% eram do sexo feminino.
Evidenciou-se que a maioria dos enfermeiros gestores considera o sistema informatizado de indicadores de enfermagem de
fácil manuseio. Observou-se que (13) 48,14% notificam eventos adversos e (8) 30% ainda não notificam. Comprovou-se que
(12) 44% dos gestores utilizaram o sistema para acompanhar a assistência prestada aos pacientes, entretanto, apenas (8) 30%
concordaram e (3)11% concordaram totalmente, que apresentam os indicadores em reuniões periódicas para a equipe de
enfermeiros.
Conclusões
As notificações de eventos adversos ainda apresentam fragilidades no desempenho de atividades, demonstrando que a
cultura da segurança na Instituição ainda não está bem sedimentada, necessitando de estratégias futuras de implementação.
REFERÊNCIAS
1. Menezes PIFB, D’Innocenzo M. Dificuldades vivenciadas pelo enfermeiro na utilização de indicadores de processos. Rev Bras Enferm, Brasília, 2013
jul-ago;66(4):571-7.
2. Cintra AE, Pinto AC, Sousa EO, Rosa EV, Lima IA, Rodrigues SO. Utilização de indicadores de qualidade para avaliação da assistência de enfermagem: opinião dos enfermeiros. J Health Sci Inst. 2010;28(1):29-34.
3. D’Innocenzo M. Indicadores Organizacionais. In: D’Innocenzo M, Feldman LB, Fazenda NRR, Helito RAB, Ruthes RN. Indicadores, auditorias e certificações: ferramentas de qualidade para gestão em saúde. São Paulo: Martinari; 2006.
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Trabalho n o 45
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Síndrome de Burnout entre enfermeiros de um
hospital privado na cidade de Olinda
Autoras: Andresa Acácia Xavier Epaminondas; Dane Kelle Tonna da Silva
Instituição: Hospital Esperança Olinda
PALAVRAS-CHAVE: síndrome; burnout; enfermeiros.
O presente estudo teve como objetivo identificar a ocorrência de Síndrome de Burnout entre Enfermeiros de um Hospital
privado na cidade de Olinda, envolvendo uma amostra de 41 (53,94%) enfermeiros. As contínuas e crescentes transformações,
de ordem econômica, política, social e técnica, que estão processando no mundo do trabalho têm exercido forte influência
sobre a saúde dos trabalhadores. Alguns estudos apontam o crescimento do número de trabalhadores da área da saúde acometidos pelo adoecimento no trabalho, o que gera a necessidade de investimentos para identificar as causas destes danos e
de ações que contribuam para redução destas taxas e, em consequência, preservem a saúde do trabalhador. A Síndrome de
Burnout se define como um estresse crônico experimentado pelo indivíduo em seu contexto de trabalho, principalmente no
âmbito das profissões cuja característica essencial é o contato direto com pessoas, e é conceituada como uma doença que
resulta de um processo sequencial que envolve três principais características, como exaustão emocional, despersonalização e
diminuição da realização pessoal no trabalho. A pesquisa foi um estudo de corte transversal, descritivo, exploratório e quantitativa, utilizou-se um questionário com abordagem aos aspectos sócio-culturais, características laborais e questões sobre as três
dimensões da síndrome (Maslach Burnout Inventory - MBI). A maioria da amostra era do sexo feminino, solteira, menor que 30
anos, com até 5 anos de conclusão de curso e de vínculo com a empresa, lotadas na Unidade de Internação, com duplo vínculo,
não realizavam atividade física, 43,90% estão no nível médio de exaustão emocional, 95,12% no nível de despersonalização
alto e 12,19% no baixo nível de realização pessoal no trabalho. Verificou-se que três dos enfermeiros entrevistados esteve no
nível considerado como grau máximo de intensidade nas três dimensões do burnout. Destaca-se a importância de identificar
a prevalência da síndrome, pois o seu desenvolvimento pode provocar resultados negativos entre profissionais, pacientes e
instituições.
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qualihosp 2015
ar tigo científico o u paper
Trabalho n o 48
Gestão da Assistência
Análise das taxas de anatomopatológico
de neoplasias malignas com margens
comprometidas
Autores: Thomas Heck Munhoz; Mariza Machado Kluck; João Matheus Bernardi Bombardelli; Rafael Firmino Ballester; Rodrigo Martini
Mesquita; Vitor Costa Fabris
Instituição: Faculdade de Medicina UFRGS
Introdução
A taxa de anatomopatológico (AP) de neoplasias malignas com margens comprometidas é um indicador de qualidade
assistencial, pois demonstra de maneira objetiva quantos pacientes não tiveram sua neoplasia completamente removida, inferindo, assim, a resolubilidade da equipe cirúrgica e a taxa de reintervenções cirúrgicas não programadas para a excisão do
resto de conteúdo neoplásico.
Objetivos
Analisar visualmente a taxa de anatomopatológico de neoplasias malignas com margens comprometidas entre as cirurgias
realizadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), de janeiro de 2003 a outubro de 2014. Verificar as tendências da taxa
nos grandes segmentos cirúrgicos, localizando áreas que necessitem de maior atenção da gestão do hospital.
Materiais e Métodos
Estudo transversal. Dados obtidos por meio do sistema Indicadores de Gestão do HCPA e analisados no Microsoft Excel.
Resultados
Ao final do estudo obtivemos seis análises das taxas de margens comprometidas, sendo as seis dividas em: geral, pele,
mama, trato gastrointestinal, colo de útero e próstata. Exames anatomopatológicos gerais: as taxas de AP com margens comprometidas, de 2003 a 2014, mostraram uma queda de 18%, em 2003, para 8%, em 2014 (gráfico 1).
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Gráfico 1. Taxa geral de anatomopatológico com margens comprometidas
Ao longo dos meses de 2013, em relação à média histórica mostrou uma variação máxima próxima à 20% em junho e
mínima de 4% em março (gráfico 2).
Gráfico 2. Taxa geral de anatomopatológico com margens comprometidas - 2013
Quando estudadas por órgão de origem, as taxas médias de 2003 até outubro de 2014 (gráfico 3), colo uterino demonstrou
a maior taxa média com 29,09% e trato gastrointestinal a menor com 6,51%.
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Gráfico 3. Taxa de AP com margens comprometidas - jan. 2013 até out. 2014
Exames anatomopatológicos de pele: as taxas de AP de pele com margens comprometidas mostraram queda de 15% para
menos de 6%, de 2003 a 2014.
Durante o ano de 2013 a maior taxa foi em junho, ultrapassando os 15%. A menor foi em janeiro, com 0%. Os dados de
outubro não foram encontrados.
Exames anatomopatológicos de mama: as taxas de AP de mama com margens comprometidas foram maiores em 2007,
ultrapassando os 17% e foram menores em 2012, ficando próximas dos 3%. A linha de tendência apresentou queda no período
estudado. Ao longo de 2013, o mesmo indicador permaneceu dentro dos parâmetros históricos.
Exames anatomopatológicos de trato gastrointestinal: percebe-se um pico em 2004, com taxa aproximando-sedos 10% e
um vale em 2009, com a taxa se encontrando em 4%.
Exames anatomopatológicos de colo uterino: a menor taxa foi em 2012, com aproximadamente 15%, e a maior em 2007,
com quase 40% de peças com margens comprometidas. Ao longo do ano de 2013, há uma fuga do padrão dos últimos 10
anos, ultrapassando o limite superior dos dois desvios padrões nos meses de outubro, novembro e janeiro.
Exames anatomopatológicos de próstata: houve um pico na taxa de margens comprometidas no ano de 2006, com valores
próximos de 40%, e um vale no ano de 2012 - próximo a 15%. Houve tendência de queda ao longo da década estudada. Ao
longo do ano de 2013, as variações permaneceram dentro dos parâmetros da década.
Conclusão
Os resultados nos permitem inferir que há sim uma busca pelo aprimoramento das ressecções com margens livres de
neoplasia. Estudos que busquem a comparação dos dados obtidos nessa pesquisa com os dados do Serviço de Patologia do
HCPA são necessários para obter-se o padrão ouro de ressecção do hospital e, com isso, aprimorar o trabalho dos cirurgiões e
a qualidade de vida dos pacientes.
Bibliografia
1. American Cancer Society. Disponível em: http://www.cancer.org/cancer/cancerbasics/cancer-prevalence. Acesso em 26/11/2014.
2. Kluck M, Guimarães JR, Ferreira J. A gestão da qualidade assistencial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre: implementação e validação de indicadores Rev. adm. saúde;10(40,n.esp):97-102, jul.-set. 2008.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 54
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o sumário
Gestão da Assistência
Estresse ocupacional de enfermeiros
em unidade de terapia intensiva revisão
sistemática
Autores: Cesar Silva Leite
Instituição: Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Conflito; Esgotamento Profissional; Eventos Adversos.
Analisar a produção científica relacionada ao modo como o estresse ocupacional está presente na vida do Enfermeiro que
atua em unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Método
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, onde foram consultadas as bases de dados BDUSP, MEDLINE, Scielo e
LILACS para a identificação dos artigos. Os termos utilizados na busca foram delimitados por meio de consulta às coleções de
termos das respectivas bases de dados, Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os descritores utilizados em conjunto para a
identificação dos artigos foram: conflito (conflict), esgotamento profissional (burnout), Enfermagem (nursing), eventos adversos
(adverse events). A busca se restringiu a artigos publicados em português, inglês ou espanhol no período compreendido entre
2000 e 2014.
Resultados
Foram selecionados 66 (sessenta e seis) artigos científicos que atenderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos.
Discussão
Decorrente do esgotamento, desatenção, irritabilidade e insatisfação, a baixa produtividade repercute negativamente entre
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ar tigo científico o u paper
a Equipe de Enfermagem com sobrecarga de trabalho para os demais trabalhadores, sendo causa de conflitos, podendo levar
ao prejuízo da Segurança do Paciente, causando Eventos Adversos e Iatrogênias. A prevalência do burnout entre Enfermeiros
de UTI é evidenciada como moderada a elevada pelas pesquisas internacionais.
Conclusão
Há necessidade da inserção desses conceitos na formação de Enfermeiros, preparando-os para enfrentamento da realidade
profissional, capacitando-os a enfrentar os estressores relativos ao trabalho. Cultura de segurança, contribuindo para a segurança do paciente e qualificando a assistência.
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Trabalho n o 56
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Gestão da Assistência
Efetividade de Bundle de prevenção de
pneumonia relacionada à assistência à saúde
em unidade pediátrica de um hospital
público secundário
Autores: Fernanda Gadelha Severino; Vítor Hugo Pontes Rocha; Celiane Teixeira da Silva; Daniel de Souza Barbosa Nogueira; Isabelle
de Freitas Luz; Mara Lúcia Rodrigues de Sousa; Fernanda Medeiro de Mesquita; Lourdes Andréa Thé de Holanda; Karlla Danielle Leite
Lúcio; Maria Carolina Carneiro Parente; Carlos Nobre Rabelo Junior; Ana Karine Girão Lima; Virgínia Angélica Lopes Silveira, Jamille
Soares Moreira Alves
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são uma importante causa de morbimortalidade de pacientes internados em todo o mundo. Dentre os diversos tipos de IRAS, a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é uma das mais
prevalentes em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva. Pacientes adultos e pediátricos internados em enfermarias também estão susceptíveis a evoluírem com IRAS durante uma internação, especialmente nas internações prolongadas
de pacientes portadores de comorbidades. A Pneumonia Relacionada à Assistência à Saúde (PRAS) é uma das principais causas
de IRAS em pacientes pediátricos internados em enfermaria. Tendo em vista a maior prevalência e impacto clínico da PAV em
detrimento da PRAS, não foram encontrados na literatura programas bem definidos de prevenção desta última.
Objetivo
Avaliar a efetividade de um Bundle de prevenção de PRAS em uma enfermaria pediátrica de um hospital público secundário
da cidade de Fortaleza - Ceará.
Metodologia
Trata-se de um estudo prospectivo, intervencionista e descritivo para avaliar a efetividadede de um programa de prevenção
de PRAS em uma população pediátrica. O Bundle foi implantado em agosto de 2014, com o treinamento e a participação da
equipe multidisciplinar da unidade de internação, e aplicado a partir de setembro. Os componentes do Bundle foram: eleva-
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ar tigo científico o u paper
ção da cabeceira a 30°, aspiração adequada de vias aéreas superiores, asseio da cavidade oral e profilaxia de úlcera péptica.
Semanalmente, os pacientes elegíveis foram avaliados quanto à adesão aos itens do Bundle e mensalmente avaliadas as taxas
de adesão global ao programa. Foram analisados também os casos de PRAS notificados na unidade, bem como as taxas de
incidência mensal da mesma.
Resultados
De setembro a dezembro de 2014, 227 pacientes foram elegíveis ao Bundle preventivo de PRAS na unidade pediátrica.
Desses, 109 (48%) eram pacientes portadores de encefalopatia crônica não progressiva. Com relação à adesão global aos
componentes do Bundle, verificou-se um aumento progressivo das taxas de adesão mensal durante os quatro meses (79%,
84%, 85% e 93%), com uma média de 86% no período analisado. Com relação ao número de casos de PRAS diagnosticados na
unidade, verificou-se uma diminuição progressiva, iniciando com quatro casos (taxa de infecção de 2,87%) no primeiro mês e
culminando com a erradicação da infecção no último mês.
Conclusão
O aumento progressivo das taxas de adesão global aos componentes do Bundle, resultando na diminuição do número de
casos diagnosticados de PRAS, bem como da taxa de incidência de infecção demonstram a efetividade a curto prazo na prevenção deste tipo de IRAS em uma população pediátrica. Tendo em vista o possível impacto clínico no desfecho dos pacientes
internados, bem como a diminuição de custos associados à assistência à saúde, faz-se necessária um análise dessas medidas
preventivas a longo prazo.
REFERÊNCIAS
Centers for Disease Control and Prevention. Guidelines for preventing health care-associated pneumonia, 2003: recommendations of CDC and the Health care
Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2004; 53:1-36.Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Critérios Diagnósticos de Infecção do Trato Respiratório. 2009. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde.
2007.Brasil.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde - Higienização das Mãos. 2009.
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Trabalho n o 59
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Gestão da Assistência
Auditoria medicamentosa: Análise dos erros
nas etapas de preparo e administração de
medicamentos
Autoras: Aline Togni Braga; Marta Maria Melleiro; Mileide Moraes Pena; Ellen da Silva Meireles; Mirana Volpi Goudinho Pereira
Instituição: Hospital e Maternidade Celso Pierro
Introdução
As falhas adversas ocorridas na prática dos profissionais, apesar dos grandes avanços tecnológicos em todas as áreas da
saúde, ainda são frequentes no cotidiano das instituições de assistência ao paciente. Atualmente, esta temática vem sendo
discutida em diversas publicações nacionais e internacionais, dada a grande importância que este conteúdo representa para
o sistema de saúde, pacientes, instituições, familiares, profissionais e sociedade. Ainda, no que diz respeito à Assistência ao
paciente, a utilização de medicamentos é uma das intervenções mais realizadas no ambiente hospitalar na qual se evidencia a
presença de erros nas várias etapas do processo, podendo causar prejuízos aos pacientes, que vão desde o não recebimento
do medicamento necessário até lesões e mortes1. Na análise dos eventos relacionados à terapia medicamentosa, o processo
de auditoria torna-se um excelente instrumento, medindo as falhas com intuito de propor melhorias para a qualidade da assistência que os hospitais se propõem a oferecer aos seus clientes. Sua função não é somente indicar as falhas e os problemas,
mas também, apontar sugestões e soluções, assumindo, portanto, um caráter educacional2.
Objetivo
Levantar, por meio de instrumento estruturado, os erros nas etapas de preparo e administração medicamentosa.
Método
Pesquisa de natureza observacional, seguindo a recomendação de que trata-se de técnica que detecta mais erros ativos
que outras, no contexto da segurança do paciente. A pesquisa foi realizada em um hospital universitário, privado, de grande
porte, localizado no interior do Estado de São Paulo - Brasil. A coleta de dados ocorreu nas unidades onde estão alocados pacientes submetidos à terapia com múltiplos fármacos. Toda a observação foi realizada tendo como instrumento um roteiro sistematizado, tipo checklist, e se fundamentou nos seguintes itens: Identificação do equipo, higienização das mãos antes do preparo de medicação, leitura direta na prescrição para pegar a droga, identificação correta da medicação, checagem imediata do
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medicamento, administração no horário correto, identificação de acesso venoso, acesso sorolizado, leitura prévia da pulseira,
interrupção do profissional durante o procedimento e realização de dupla checagem para os medicamentos de alta vigilância.
Resultados
Foram observadas 75 doses no ano de 2013 e 87 doses em 2014, que representam 0,04% do total de medicações dispensadas/dia para essas unidades. O índice médio de adequação em 2013 foi de 76 % e em 2014, 77%, constata-se uma melhora
no processo de administração de medicamentos. Comparando o resultado das auditorias, os itens com menor índice de adequação foram: leitura prévia da pulseira em 2013 - 32% e em 2014 - 71% e identificação correta da medicação em 2013 - 27%
e em 2014 - 45%.
Conclusão
Esse estudo revelou um diagnóstico situacional, alertando a equipe de enfermagem acerca da necessidade de propostas
de intervenção para garantir a segurança na terapia medicamentosa. Entendendo que a auditoria é apenas a ferramenta de
diagnóstico, a Comissão de Gerenciamento de Riscos (CGR) e as áreas envolvidas, implantaram diversas ações para melhorar a
segurança na terapia medicamentosa, tais como: folder com orientações para inserção do paciente na sua própria terapêutica,
revisão e treinamento do protocolo de terapia medicamentosa, incentivo à notificação espontânea e análise dos erros de medicação ocorridos, inserção de itens na ferramenta de auditoria, de forma a contemplar toda a cadeia de terapia medicamentosa,
entre outras ações.
REFERÊNCIAS
1. Silva LT, Santos MM. Interações medicamentosas em unidades de terapia intensiva: uma revisão que fundamenta o cuidado do enfermeiro. Rev enferm
UERJ. 2011; 19(1):134-9.
2. Chiavenato I. Administração de recursos humanos. 2a ed. São Paulo: Atlas; 1981. 3v.
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Trabalho n o 61
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o sumário
Gestão da Assistência
Auditoria como forma de monitoramento da
prática segura no centro cirúrgico
Autores: Priscila Matheus; Ana Luiz Vasconcelos; Fernanda Aparecida de Paula Russo; Juliana Fernandes Massari; Paulo Marcelo
Zimmer; Thais Gomes Pereira
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Introdução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 234 milhões de procedimentos cirúrgicos realizados por ano, com taxas de
complicações de 3 a 16%. O Institute of Medicine estima cerca de 98.000 óbitos por ano devido a erros no processo assistencial.
No ano de 2008, Dr. Artur Gawande e membros da OMS instituíram em 08 países um checklist cirúrgico, com os seguintes resultados: 36% de redução das complicações cirúrgicas, 47% de redução da mortalidade, 50% de redução das infecções, 25%
de redução das reoperações. O Time Out é realizado na sala de cirurgia imediatamente antes da indução anestésica e antes da
incisão cirúrgica, durante o qual todos os membros da equipe envolvidos na assistência, confirmam verbalmente em voz alta
todos os itens anestésicos e cirúrgicos que garantam uma assistência cirúrgica segura. Caso seja detectada qualquer não conformidade durante estas duas etapas, o enfermeiro ou técnico condutor do Time Out tem autonomia para parar o processo até
que a não conformidade seja regularizada. A adesão a realização do checklist é fundamental para que o procedimento possa
decorrer com segurança.
Objetivo
Visando mensurar a adesão a realização do Time Out o presente estudo tem como objetivo a implantação de auditorias
locais no centro cirúrgico.
Metodologia
Através da ferramenta 5H2W foram planejadas ações como: definidos parâmetros a serem auditados; desenvolvido um impresso próprio para a auditoria; planejado a logística de frequência para realização das auditorias; realizado treinamento teórico
e prático dos auditores para tal atividade; apresentado o processo e os resultados para a área auditada.
Resultado
Após treinamento teórico foi realizado um treinamento prático no período aproximando de 30 dias, para então o auditor
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ser habilitado. As auditorias são realizadas diariamente de segunda a sexta-feira nos dois centros cirúrgicos (CC) da instituição
por 04 colaboradores. Os mesmos permanecem no CC no período aproximado de 3h/dia acompanhando de forma aleatória a
realização do Time Out antes da indução anestésica e antes da incisão cirúrgica. A auditoria é realizada por meio de um checklist
desenvolvido para tal atividade que contempla os mesmos itens do impresso para realização do Time Out. Sendo assim são
avaliados 19 itens no Time Out antes da indução anestésica e 11 itens no Time Out antes da incisão cirúrgica. A não realização
de pelo menos um dos itens avaliados caracteriza o Time Out como incompleto. Um relatório com os resultados das auditorias
realizadas no dia anterior são enviados diariamente como forma de feedback individual. Mensalmente são realizadas reuniões
junto as equipes do CC para apresentação dos indicadores, análise do cenário e ações de melhoria no processo como um todo.
Em 2013 foram realizadas 1857 auditorias e a adesão ao checklist completo foi de 66,6%; em 2014 foram realizadas 2348 auditorias e a adesão aumentou para 76,0%. Destacamos que no presente estudo o volume de auditorias tem o fator limitante do
número de auditores, desta forma deixamos uma proposta de estudo futuro para aumento das auditorias de forma a mesma
ser representativa frente ao volume cirúrgico.
Gráfico. Adesão ao Checklist cirúrgico - Time Out
Adesão ao Time Out antes da Incisão Cirúrgica e antes da Indução Anestésica
100%
66,6%
2013 (n=1857)
Time Out Perfeito
100%
76,0%
2014 (n=2348)
Realização do Time O ut
Meta
Conclusão
O monitoramento da realização do Time Out nos permite identificar oportunidades de melhoria a fim de aperfeiçoar o
processo, aumentando a qualidade da prática assistencial e consequentemente a segurança do paciente submetido a um
procedimento cirúrgico.
REFERêNCIAS
1. Organização Mundial da Saúde - Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias Seguras Salvam Vidas, 2010.
2. To err is Human: Building a Safer Health System (1999). HAYNES AB. et al. A Surgical Safety Checklist to Reduce Morbidity and Mortality in a Global Population. N
Engl J Med 2009; 360:491-499.
3. Measuring Variation in Use of the WHO Surgical Safety Checklist in the Operating Room: A Multicenter Prospective Cross-Sectional Study. Stephanie Russ. et al. J
Am Coll Surg. Vol. 220, No. 1, January 2015.
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Trabalho n o 62
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o sumário
Gestão em Saúde
Avaliação da gestão na perspectiva do
fortalecimento a partir da formação de
gestores: Uma ferramenta indutora de
mudanças
Autoras: Dane Kelle Tonnia da Silva; Raniela Fernanda dos Santos; Ana Claudia Lopes Fernandes de Araujo; Andresa Acácia Xavier
Epaminondas
Instituição: Hospital Esperança Olinda
DESCRITORES: avaliação; gestão de qualidade total; formação de recursos humanos.
Introdução
A consolidação do direito a saúde como direito, é um desafio as práticas sanitárias, que devem está fortalecidas, para oferecer respostas resolutivas aos seus usuários. Neste contexto, ressalta-se a importância de apoiar um processo de qualificação
permanente, como uma ferramenta indutora de mudanças nas práticas da gestão.
Objetivo
Avaliar quais os impactos de uma gestão qualificada para a institucionalização do direito a saúde em uma microrregião do
Estado de Pernambuco.
Método
Pesquisa avaliativa, de caráter qualitativo, aplicado a gestores da administração pública. Para avaliar a qualidade dos serviços
de saúde, definiram-se as linhas de pesquisa, apontados por Donabedian, a qual se concentrou na avaliação de três componentes: estrutura, processo e resultados, sendo abordados as seguintes subcategoria: recursos humanos em saúde, governança, acesso à formação e situação de saúde. Considerou-se como critério de inclusão gestores com o curso de Avaliação em
Sistemas de Saúde concluído e em pleno exercício de suas atividades, sendo a amostra constituída por 03 gestores. A coleta de
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dados aconteceu através da aplicação de um questionário. Os dados foram analisados a partir da categorização dos discursos.
O Projeto foi previamente aprovado pelo o Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade ASCES, sob protocolon°152/11.
Resultados
No eixo recursos humanos é convergente o sentimento de não reconhecimento/valorização, como também, não há aplicação de Plano de Cargos e Carreiras e Vencimento. Quanto ao acesso à formação, a avaliação foi positiva, já o eixo governança
aparece fragilizado. A situação de saúde revela-se sem implementações de novas ações especificas a saúde do idoso, ao controle do câncer de colo e mama e as doenças prevalentes da infância.
Conclusão
Recomenda-se um olhar sensibilizado junto ao processo de trabalho/gestão do trabalho, fortalecendo-os como uma ferramenta capaz de corroborar com as práticas sanitárias, e consequentemente com a institucionalização do direito a saúde.
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Trabalho n o 63
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Metodologia Positive Deviance aplicada ao
checklist cirúrgico
Autores: Priscila Matheus; Ana Luiz Vasconcelos; Fernanda Aparecida de Paula Russo; Juliana Fernandes Massari; Rafael Bianconi
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Introdução
No ano de 2008, Dr. Atul Gawande e membros da OMS instituíram em 08 países um checklist cirúrgico composto de 19 itens,
publicado no NEJM com os seguintes resultados: 36% de redução das complicações cirúrgicas, 47% de redução da mortalidade,
50% de redução das infecções, 25% de redução das reoperações. No ano de 2010 o Hospital Israelita Albert Einstein, realizou o lançamento da Campanha Cirurgia Segura que teve como tema principal a implantação de um checklist cirúrgico antes de qualquer
procedimento visando garantir a segurança do paciente. Este processo conta com o engajamento de toda a equipe envolvida
na assistência cirúrgica do paciente e tem como “líder” a equipe de enfermagem, responsável por conduzir o Time Out, atuando
como barreira de qualidade nas possíveis falhas no processo. O Time Out é uma breve pausa de menos três minutos na sala de
operações imediatamente antes da indução anestésica e antes da incisão cirúrgica, durante a qual todos os membros da equipe
envolvida na assistência (cirurgiões, anestesiologistas, enfermeiros e outros envolvidos na assistência), confirmam verbalmente
em voz alta todos os itens anestésicos e cirúrgicos que garantam uma assistência cirúrgica segura. Este é um meio de assegurar a
comunicação entre os membros da equipe para prevenir possíveis falhas no processo assistencial. Auditorias internas evidenciam
que apesar do checklist ser realizado para 100% a conferência de todos os 19 itens antes da indução anestésica e dos 11 itens antes
da incisão cirúrgica foi realizada em apenas 66,6% nos 1857 casos auditados no ano de 2013.
Objetivo
Aumentar a adesão à realização completa do Time Out em 10% no ano de 2014.
Metodologia
Através da metodologia Positive Deviance, uma filosofia de melhoria de processos através das sugestões dos próprios envolvidos. Realizadas reuniões mensais com profissionais do centro cirúrgico (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem,
engenharia clínica, etc.) para discussão do tema checklist cirúrgico com o objetivo de aumentar o comprometimento e a colocação de pequenos detalhes da prática que podem fazer a diferença para a adesão ao checklist, e por consequência garantir a
segurança do paciente.
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Resultados
Algumas ações foram desenvolvidas, tais como:
(1) Envio de relatórios para os enfermeiros de referência com os resultados das auditorias diárias realizadas no centro cirúrgico;
(2) Feedback aos condutores do Time Out;
(3) Feedback aos médicos;
(4) Divulgação mensal dos resultados para toda a equipe do CC;
(5) Projeto lembrete com a importância dos itens menos realizados;
(6) Revisão do impresso de checklist utilizado.
O checklist continua sendo realizado em 100% dos pacientes que realizam procedimento no centro cirúrgico. Porém a adesão a conferência de todos os itens passou de 66,6% em 2013 para 76,0% nos 2348 casos auditados no ano de 2014.
Gráfico. Adesão ao Checklist cirúrgico - Time Out.
Adesão ao Time Out antes da Incisão Cirúrgica e antes da Indução Anestésica
100%
66,6%
2013 (n=1857)
Time Out Perfeito
100%
76,0%
2014 (n=2348)
Realização do Time O ut
Meta
Conclusão
O envolvimento dos profissionais que atuam no processo é fundamental para sua melhoria.
REFERêNCIAS
1. Organização Mundial da Saúde - Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias Seguras Salvam Vidas, 2010.
2. To err is Human: Building a Safer Health System (1999). HAYNES AB. et al. A Surgical Safety Checklist to Reduce Morbidity and Mortality in a Global Population.
N Engl J Med 2009; 360:491-499.
3. Measuring Variation in Use of the WHO Surgical Safety Checklist in the Operating Room: A Multicenter Prospective Cross-Sectional Study. Stephanie Russ. et al. J
Am Coll Surg. Vol. 220, No. 1, January 2015.4. Marsh DR et al. BMJ 2008;329:1177-1179.
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Trabalho n o 64
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o sumário
Gestão da Assistência
Gastroplastia: Tempo de internação, taxa de
complicação intra-hospitalar e reinternação
em 30 dias do procedimento
Autoras: Priscila Matheus; Ana Luiz Vasconcelos; Fernanda Aparecida de Paula Russo; Juliana Fernandes Massari; Thais Gomes Pereira
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Introdução
A obesidade é uma doença de causa multifatorial, resultante da interação entre fatores genéticos e o ambiente em que
estamos expostos, tais como alimentação inadequada e sedentarismo, proporcionando assim um balanço energético positivo,
tendo como consequência o aumento excessivo de gordura corporal. Para a classificação da obesidade são utilizados vários
indicadores, sendo o Índice de Massa Corporal (IMC) o padrão internacional segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Calculamos o IMC dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Dessa forma considera-se obesidade quando o
IMC encontra-se acima de 30kg/m². O tratamento cirúrgico é uma alternativa eficaz quando se falham os métodos clínicos tradicionais, e é indicado para indivíduos com IMC = 40kg/m2, ou com IMC = 35kg/m2, associado à presença de outras doenças.
A literatura descreve taxa de 10% de complicação intra-hospitalar, destacando: tromboembolismo pulmonar, deiscência da
sutura, fístulas, estenoses, infecções, hemorragias. A adaptação da relação entre capacidade e demanda, aumenta a segurança
do paciente e é essencial para assegurar que os pacientes recebam o cuidado certo, no lugar certo, na hora certa, durante todo
o tempo. O tempo médio de permanência (TMP) é uma medida de eficiência, pois reflete o quão eficientemente uma instituição utiliza seus leitos. O aumento do TMP sem justificativa tem como consequências atraso nas admissões de emergência,
cancelamento de procedimentos cirúrgicos eletivos e “desaceleração” do hospital. No entanto é fundamental monitorar a taxa
de reinternação destes pacientes, pois a alta precoce deve ser realizada sobre tudo com foco na segurança do paciente.
Objetivo
Avaliar o tempo médio de internação, taxa de complicação intra-hospitalar, e reinternação em até 30 dias de pacientes
submetidos a gastroplastia.
Metodologia
Os dados foram coletado do prontuário dos pacientes submetidos a gastroplastia pelas técnica Gastrectomia Vertical,
Bypass em Y de Roux e Gastrectomia Vertical com Bipartição Intestinal entre Jan.10 a Dez.14.
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Resultado
Dos 1681 pacientes avaliados 56% realizou
Gastrectomia Vertical, 31% By-pass em Y de Roux, 13%
Gastrectomia Vertical com Bipartição Intestinal.
Grafico 1. Técnica de Gastroplastia
Na técnica Gastrectomia Vertical, o TMP foi de 3,3
dias, com uma taxa de complicação intra-hospitalar de
3,0%(28pc); e uma taxa de reinternação de 3,3%(31pc).
Já no By-pass em Y de Roux, o TMP foi de 2,8 dias, com
uma taxa de complicação intra-hospitalar de 3,3%(17pc);
e uma taxa de reinternação de 2,5%(13pc). E por fim, na
Gastrectomia Vertical com Bipartição Intestinal, o TMP
foi de 3,6 dias, com uma taxa de complicação intra-hospitalar de 6,0%(13pc); e uma taxa de reinternação
de 1,8%(4pc).
Quadro 1. Tempo de internação, taxa de complicação e taxa de re-internação.
Tempo de Internação
Taxa de Complicação
Reinternação em 30 dias
Gastrectomia
Vertical
Bypass em Y de
Roux
Gastrectomia Vertical +
Bipartição Intestinal
N=946
3,3
3,0%
3,3%
N=517
2,8
3,3%
2,5%
N=218
3,6
6,0%
1,8%
Conclusão
Podemos concluir também que apesar do TMP ser curto, em média 3,1 dias, a taxa de reinternação não é alta, média de 2,9%;
fato que corrobora para a assertividade na escolha da data de alta do paciente. Quanto a taxa de complicação, em todas as
técnicas ela esteve muito abaixo do descrito em literatura que é igual a 10%.
REFERENCIA:
1. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade. 2009/2010/ABESO 3.ed. - Itapevi, SP: AC
Farmacêutica, 2009.
2. American association of clinical endocrinologists, the obesity society, and American society for metabolic & bariátrica surgery medical guidelines for clinical practice for the perioperative nutritional, metabolic, and nonsurgical support of the bariátrica surgery patient. AACE/TOS/ASMBS Bariatric Surgery Guidelines. Endocr
Pract 2008;14(Suppl 1).
3. Abell TL, Minocha A. Gastrointestinal complications of bariatric surgery: diagnosis and therapy. Am J Med Sci 2006;331(4):214-8.
4. Dindo D, Demartines N, Clavien PA. Classification of surgical complications: a new proposal with evaluation in a cohort of 6336 patients and results of a
survey. Ann Surg 2004; 240: 205-13
2015 qualihosp
389
ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 70
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o sumário
Gestão da Assistência
Análise de afastamentos por doença após
redimensiomanento de pessoal de enfermagem
Autores: Denise Salazar da Rosa; Ana Maria Müller de Magalhães; Vanessa Monteiro Mantovani; Deise Vacario de Quadros; Isabel
Cristina Echer
Instituição: Hospital de Clínicas de Porto Alegre-HCPA
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Doença; Absenteísmo.
Introdução
A falta de pessoal de enfermagem para atender as demandas de pacientes internados em hospitais é um grande desafio
para as lideranças.Estudo internacional apontou que a melhoria do ambiente hospitalar e melhores quadros de profissionais
repercutem na qualidade e segurança nos cuidados aos pacientes, na satisfação e retenção dos enfermeiros em seus locais de
trabalho(1). Pesquisa Brasileira também evidenciou que o aumento do número de pacientes atribuídos à equipe de enfermagem está associado com o aumento de alguns eventos adversos com os pacientes, assim como o aumento do absenteísmo e
rotatividade de profissionais(2). Além disso, o afastamento do trabalho por doença é um fenômeno crescente e preocupante,
tanto pelos custos diretos e indiretos que representam para a organização, quanto aos danos que afligem o trabalhador e sua
família(3). Dentre os fatores que contribuem para o absenteísmo optou-se por descrever os afastamentos por doença, que
possivelmente possam estar relacionados com a sobrecarga de trabalho.
Objetivo
Analisar o número de afastamentos por doença após adequação do quadro de pessoal.
Método
Estudo descritivo, retrospectivo com dados obtidos através dos registros da Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Serviço
de Medicina Ocupacional de um Hospital universitário do sul do Brasil. Foram descritos e analisados os números de afastamentos por doença no primeiro semestre de 2013 e em período correspondente em 2014, considerando-se os intervalos de 16
de janeiro a 15 de julho de cada ano. Os afastamentos avaliados nesse período dizem respeito somente aos afastamentos por
licença saúde do próprio trabalhador, excluindo-se afastamentos por filho doente. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Instituição (n° 12 0332).
390
qualihosp 2015
ar tigo científico o u paper
Resultados
O incremento de 40% no número de enfermeiros e 16% no número de técnicos de enfermagem, a partir de dezembro de
2013, resultou na redução de 12% no percentual de afastamentos por doença, 21,8% no total do banco de horas excedentes,
92% nas horas extras pagas. O último mês analisado coincidiu com a ocorrência da Copa do Mundo, na qual, em dias de jogos
da Seleção Brasileira, os profissionais trabalharam por ponto facultativo. Outro achado relevante diz respeito ao aumento na
satisfação dos profissionais com as condições de trabalho.
Conclusão
A adequação do quadro de pessoal de enfermagem repercutiu positivamente na diminuição do absenteísmo por doença
na equipe e no gerenciamento de horas extras da unidade. Como o absenteísmo é uma ausência não programada, a sua ocorrência repercute diretamente na necessidade de alocar pessoal em horários excedentes para garantir as proporções mínimas
de profissionais por paciente. A avaliação do absenteísmo é um indicador de apoio à decisão gerencial, por isso intervenções
para reduzi-lo são necessárias para garantir a qualidade assistencial.
Referências:
Aiken LH et al. Patient safety, satisfaction, and quality of hospital care: cross sectional surveys of nurses and patients in 12 countries in Europe and the United States.
Britsh Medical Journal [Internet] 2012;344:e1717. Disponível em: http://www.bmj.com/content/344/bmj.e1717
Magalhães AMM, Dall-Agnol CM, Marck PB. Carga de trabalho da equipe de enfermagem e segurança do paciente - estudo com método misto na
abordagem ecológica restaurativa. Rev. Latino-Am. Enfermagem [Internet]. 2013 [acesso em: 11 Out.2012];21(Spec):[09telas]. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/rlae/v21nspe/pt_19.pdf
Cunha JCCB. Adoecimento e afastamento do trabalho de servidores públicos estaduais de Santa Catarina,1995-2005. Dissertação de Mestrado do Programa
de Pós Graduação em Saúde Pública da UFSC, 2007.
2015 qualihosp
391
ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 76
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação do conhecimento da equipe de
enfermagem sobre erros de medicação em um
Pronto-Socorro infantil
Autoras: Giselle Pinto de Oliveira Sá Macedo; Maria D’Innocenzo; Elena Bohomol
Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Introdução
Erros de medicação podem ocorrer em qualquer fase da terapia medicamentosa (prescrição, dispensação, preparo, administração e monitorização) e ocasionar ou não injúrias ao paciente. (1) Medicações administradas erroneamente podem
comprometer a qualidade de assistência e ocasionar danos aos pacientes, tais prejuízos desencadeiam desde reações adversas,
lesões temporárias, permanentes e até a morte do indivíduo dependendo da gravidade do erro cometido. (2,3) Na população
pediátrica, a terapia medicamentosa utilizada é particularmente predisposta a erros devido a variações na dosagem, idade,
superfície corpórea e peso das crianças, além de envolver mecanismos de absorção e excreção do fármaco. (4,5,6)
Objetivo
Avaliar o nível de conhecimento da equipe de enfermagem sobre o conceito de erros de medicação. Metodologia: Realizouse um estudo descritivo e exploratório no Pronto-Socorro Infantil de um hospital universitário, entre 37 profissionais de enfermagem, por meio de um instrumento estruturado, com 10 questões abertas e utilização da escala de Likert, referente a erros
de medicação. Análise dos Resultados: Os participantes constituíram-se por 19 (51,4%) auxiliares de enfermagem, nove (24,3%)
enfermeiros e nove (24,3%) técnicos de enfermagem. Destes, 91,9% eram do sexo feminino, 59,5% deles trabalhavam apenas
na instituição da pesquisa e eram contratados sob regime celetista, com média de idade de 38 anos, tempo médio de formação profissional de 11,3 anos e tempo médio de trabalho na instituição pesquisada de 7,2 anos. Os profissionais demonstraram
conhecimento linear sobre o conceito erros de medicação por meio do questionário aplicado. A quinta questão registrou que
26 (72,9%) participantes discordaram e/ou discordaram completamente que atrasos superiores a uma hora correspondem a
erro de medicação. Não foi possível observar diferença estatisticamente significativa entre profissionais de nível técnico e de
nível superior com relação a esse tipo de erro de medicação.
392
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ar tigo científico o u paper
Conclusão
Torna-se necessário a implantação de programas de capacitação, em unidades pediátricas, com o propósito de incrementar
o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre o sistema de medicação e garantir a qualidade de assistência e segurança junto aos pacientes.
REFERÊNCIAS
1. Franco JN, Ribeiro G, Innocenzo MD, Barros BPA. Percepção da equipe de enfermagem sobre fatores causais de erros na administração de medicamentos. Rev Bras Enferm. 2010;63(6):927-32.
2. Miasso AI, Oliveira RC, Silva AEBC, Junior DPL, Gimenes FRE, Fakih FT, et al. Prescription errors in Brazilian hospitals: a multi-centre exploratory
survey. Cad Saúde Pública. 2009;25(2):313-20.
3. Nguyen EE, Connolly PM, Wong V. Medication safety initiative in reducing medication errors. J Nurs Care Qual. 2010;25(3):224-30.
4. Yamamoto MS, Peterlini MAS, Bohomol E. Notificação espontânea de erros de medicação em hospital universitário pediátrico. Acta Paul Enferm.
2011;24(6):766-71.
5. Porter SC, Kaushal R, Forbes PW. Impact of a patient-centered technology on medication errors during pediatric emergency care. Ambul Pediatr
2008;8(5):329-35.
6. Kaufmann J, Laschat M, Wappler F. Medication errors in pediatric emergencies: a systematic analysis. Dtsch Arzetbl Int. 2012;109(38):609-16.
2015 qualihosp
393
ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 77
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o sumário
Gestão da Assistência
Impacto da consolidação de um protocolo
institucional na redução do tempo de
ventilação mecânica e taxas de permanência
hospitalar em pacientes submetidos à Cirurgia
de Revascularização do Miocárdio (crm)
Autores: Denise Louzada Ramos; Valter Furlan; Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva; José Carlos Teixeira Garcia; Mariana Yumi Okada;
Fernanda de Andrade Cardoso; Nilza Sandra Lasta
Instituição: Hospital Totalcor
Introdução
A redução do tempo de IOT e o aumento da taxa de extubação em centro cirúrgico (CC) pode relacionar-se com o aumento
das taxas de alta da UTI no 1ºPO e alta hospitalar precoce em pacientes submetidos a CRM, diminuindo riscos de complicações
pós-operatórias relacionadas com a internação.
Metodologia
Foram coletados dados prospectivamente de 893 pacientes submetidos a CRM em um hospital cardiológico de São Paulo,
de janeiro de 2012 a outubro de 2014. Analisou-se taxa de extubação em CC, tempo médio de extubação no PO, alta da UTI
em até 36 horas (1ºPO) e alta hospitalar no 4ºPO, comparando os resultados entre os anos, no intuito de observar o impacto
da consolidação de um protocolo institucional, implementado no 2º trimestre de 2012 e consolidado em 2013, que consiste
na avaliação criteriosa do anestesista quanto à possibilidade de extubação no CC e nível de sedação, aumento da frequência
de avaliação fisioterapêutica no POI no intuito de garantir ventilação adequada e desmame precoce, reuniões trimestrais com
as equipes para divulgação dos resultados, além de intervenção direta com equipe cirúrgica e clínica que acompanham o
paciente submetido a CRM.
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qualihosp 2015
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TABELA 1. Resultados obtidos
2012 (N=368)
2013 (N=299)
2014 (N=226)
Média de tempo IOT (horas)
8,32
4,36
3,24h
Taxa de Extubação CC (%)
0,80%
6,20%
8,80%
Taxa de Reintubação (%)
3%
2,34%
1,79%
Alta da Uti - 1ºPO
10%
19%
42%
Alta Hospitalar - 4ºPO
13%
35%
47%
Conclusão
Este trabalho evidenciou que a consolidação de um protocolo institucional e a intervenção direta com equipe médica, de
enfermagem e fisioterapia refletiu expressivamente na redução do tempo de extubação e no aumento das taxas de extubação
em CC, esta por sua vez se mostrou segura quando realizada criteriosamente, não impactando negativamente nas taxas de
reintubação. Houve ainda um aumento das taxas de alta da UTI no 1ºPO e alta hospitalar no 4º PO, culminando na redução do
tempo de hospitalização dos pacientes submetidos à CRM.
2015 qualihosp
395
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Trabalho n o 78
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
O diferencial de um protocolo de cirurgia
cardíaca na orientação ao paciente em
pré operatório realizado por enfermeiro
especializado em um hospital cardiológico de
São Paulo
Autores: Denise Louzada Ramos; Paulo Henrique dos Santos Herdeiro; Valter Furlan; Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva; Mariana
Yumi Okada; Nilza Sandra Lasta
Instituição: Hospital Totalcor
Introdução
A expectativa do cliente no pré operatório de cirurgia cardíaca está relacionado a sentimentos como medo, ansiedade, receio do inesperado no intra e pós operatório . Uma prática comum evidenciada e que traz um diferencial é a orientação prévia
ao cliente e seus familiares. O objetivo desse trabalho é descrever a experiência do trabalho de um enfermeiro especializado
em orientar pacientes no pré operatório de cirurgia cardíaca em um hospital cardiológico de São Paulo.
Método
Relato de experiência analisando período de janeiro de 2012 a outubro 2014, sobre a atuação de um enfermeiro em orientações prévias relacionadas ao período pré, intra e pós operatório de cirurgia cardíaca, aos clientes e familiares. Estes são encaminhados pelos cirurgiões e/ou clínicos com agendamento prévio via telefonista. Aos internados, recebem orientações in loco. As
orientações abrangem desde o momento da internação até o momento da alta. Conforme protocolo institucional, é entregue
kit para tratamento preventivo de infecção de ferida operatória para ser iniciado 5 dias antes do procedimento, bem como,
manual de cirurgia cardíaca. No pós operatório, o pacientes recebem orientações de toda equipe multiprofissional em parceria
com a gestora do protocolo de cirurgia cardíaca , além de um follow up para avaliação da qualidade da assistência prestada.
Resultados
Foram realizadas 646 orientações individualizadas no período descrito. Conforme relato dos pacientes e familiares houve
melhor aceitação do diagnóstico, com aparente entendimento das orientações fornecidas e esclarecimento das dúvidas, além
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ar tigo científico o u paper
da diminuição da ansiedade e melhor manejo nos cuidados pós cirurgia. O follow up foi realizado para todos os pacientes com
100% de satisfação.
Conclusão
Evidenciamos que a atuação do enfermeiro na orientação pré cirurgia fornece informações importantes e indispensáveis
para um entendimento do cliente e familiar favorecendo as situações que serão vivenciadas posteriormente, amenizando a
ansiedade e riscos desnecessários por falta de informação.
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Trabalho n o 79
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Gestão em Saúde
Elaborações de um modelo de avaliação da
performance de equipes de cirurgia cardíaca
Autores: Denise Louzada Ramos; Valter Furlan; Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva; José Carlos Teixeira Garcia; Mariana Yumi Okada;
Nilza Sandra Lasta
Instituição: Hospital Totalcor
Introdução
Um dos grandes desafios da atualidade na gestão hospitalar é em como avaliar a equipe médica e gerando melhorias, a
busca por um modelo de avaliação da performance das equipes médicas, deve ser um modelo que preconize o uso de padrões de comparação baseados em evidência, utilizando como referência as diretrizes ou metas estabelecidas entre gestores
e equipe médica.
Método
O primeiro desafio foi em criar um escopo de avaliação que estivesse dentro dos padrões da ética médica, baseado em
diretrizes internacionais e que atendesse as necessidades de qualidade da instituição. Foi realizada reunião para divulgação
do modelo de avaliação com as equipe de cirurgia cardíaca onde obtivemos 100% de adesão e concordância. As avaliações
foram dividas em três categorias de indicadores: resultados, processos e adesão a protocolos institucionais, as metas foram
baseadas em indicadores internacionais e série histórica, e cada indicador tem um pontuação de (10 a 50) totalizando 490
pontos, de acordo com o grau de complexidade e relevância, estes resultados são apresentados trimestralmente para equipe
de cirurgiões, comparando os resultados do hospital e equipe, sendo apresentação individual e sigilosa.
Resultados
Nas três categorias foram avaliados 16 itens: Mortalidade operatória, Reinternação hospitalar, Mediastinite, Acidente Vascular
Cerebral, todos estes defechos são avaliados no período até 30 dias após a alta, reoperação cirúrgica aguda, Taxa de hemotransfusão, % de pacientes que receberam acima de 4 unidades de hemácias, Taxa de Infecção operatória, preenchimento da ficha
cirúrgica, Adesão ao protocolo de prevenção de ICS relacionado ao CVC e prevenção de ITU relacionado a SVD, Completitude
do Prontuário, Pesquisa de Satisfação do cliente, Participação em reunião clínica.
Conclusões
A avaliação de desempenho das equipes de cirurgia cardíaca, tem sido uma importante ferramenta na melhoria dos resultados de qualidade e proporciona maior eficiência nos processos, pois através desta avaliação as equipes discutem seus
resultados e propõe estratégias de melhorias.
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Trabalho n o 80
Gestão da Assistência
Desfecho Clínico: Perda de peso e qualidade de
vida após 6, 12 e 24 meses da cirurgia bariátrica
Autoras: Fernanda Aparecida de Paula Russo Stapf; Ana Luiz Vasconcelos; Caren Cristina Giannotti Bizutti; Juliana Fernandes Massari;
Priscila Matheus
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Introdução
A obesidade é uma doença de causa multifatorial resultante da interação entre diversos fatores, como alimentação inadequada e sedentarismo, proporcionando assim um balanço energético positivo, com consequência o aumento excessivo
de gordura corporal. Para a classificação da obesidade o Índice de Massa Corporal (IMC) é o padrão internacional segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS). Calculamos o IMC dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Dessa forma
considera-se obesidade quando o IMC encontra-se acima de 30kg/m². Quanto à gravidade, a OMS divide a obesidade em: grau
I (IMC entre 30-34,9kg/m²), grau II (IMC entre 35-39,9kg/m²) e grau III (IMC - 40kg/m²). O tratamento cirúrgico é uma alternativa
eficaz quando os métodos clínicos tradicionais não são eficazes, e é indicado para indivíduos com IMC - 40kg/m2, ou com
IMC - 35kg/m2, associado à presença de comorbidades. No tratamento cirúrgico, além da perda de peso que pode variar entre
60-80% do excesso de peso nos primeiros 1,5 anos, os pacientes também apresentam melhora das comorbidades relacionadas
à obesidade, tais como: diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, refluxo gastro-esofágico, artropatias,
contribuindo para uma melhora significante na qualidade de vida. Acompanhado por um enfermeiro gerenciador; baseado no
modelo americano case management, que identifica, coordena e monitora a implementação e o acompanhamento de protocolos e serviços necessários para atingir as necessidades humanas e de saúde do paciente; o paciente obeso recebe suporte
desde a admissão na unidade de internação até após a alta hospitalar através de contatos telefônicos periódicos.
Objetivo
Avaliar os resultados em longo prazo de perda de peso e qualidade de vida dos pacientes submetidos à gastroplastia após
6, 12 e 24 meses.
Metodologia
Entre Jul.11 a Dez.14, durante a internação além da verificação do peso é aplicado o questionário EuroQol, instrumento multidimensional (mobilidade, auto cuidado, atividade habitual, dor/desconforto e ansiedade/depressão). Para cada item existe
uma graduação de 1, 2 e 3 (sem problemas, algum problema e problema grave, respectivamente), inclui uma escala analógica
visual em que o paciente gradua seu estado geral de saúde de 0 (pior imaginável) a 100 (melhor imaginável). Após a aplicação
do instrumento é necessário proceder ao cálculo dos índices definidos pelas cinco dimensões, este índice varia entre -0 a 1,000
(saúde perfeita). Este mesmo questionário é aplicado com 6, 12 e 24 meses após a cirurgia via telefone ou e-mail; desta forma
podemos obter um comparativo antes e depois do tratamento cirúrgico.
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Resultado
Atualmente 476 pacientes foram inseridos no protocolo, sendo que 398 pacientes completaram 6 meses; 297 pacientes
completaram 12 meses; e 125 pacientes completaram 24 meses da cirurgia. A média de perda de excesso de peso foi de 59%
após 6 meses da cirurgia, de 70% após 12 meses e de 66% após 24 meses. Em relação ao Índice de Qualidade de Vida no pré-operatório o índice médio foi de 0,83 passando para 0,95 com 6 meses, 0,94 após 12 meses e 0,95 após 24 meses.
Gráfico 1. Porcentagem de Perda de excesso de Peso após a Gastroplastia
Perda de Excesso de Peso após Gastroplastia
70%
66%
59%
6 meses
12 meses
24 meses
Gráfico 2. Índice de Qualidade de Vida antes e após Gastroplastia
Índice de Qualidade de Vida - EuroQol
0,95
0,94
0,95
6 meses
12 meses
24 meses
0,83
Pré- operatório
Conclusão
Evidenciada uma perda de excesso de peso dentro dos parâmetros mencionado na literatura com consequente percepção
na melhora da qualidade de vida por parte do paciente.
REFERêNCIAS
1. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade. 2009/2010 / ABESO -. 3.ed. - Itapevi, SP:
AC Farmacêutica, 2009.
2. Shah M, Simha V, Garg A. Review: Long-Term Impact of Bariatric Surgery on Body Weight, Comorbidities, and Nutritional Status. J Clin Endocrinol Metab
2006; 91(11):4223-31.
3. American association of clinical endocrinologists, the obesity society, and American society for metabolic & bariátrica surgery medical guidelines for clinical practice for the perioperative nutritional, metabolic, and nonsurgical support of the bariátrica surgery patient. AACE/TOS/ASMBS Bariatric Surge
400
qualihosp 2015
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Trabalho n o 82
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação da utilização do Bundle como
ferramenta de controle de infecção em
unidade de terapia intensiva
Autoras: Dane Kelle Tonnia da Silva; Ana Claudia Lopes Fernandes de Araujo; Andresa Acácia Xavier Epaminondas
Instituição: Hospital Esperança Olinda
PALAVRAS-CHAVE: Bundle; Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva.
Trata-se de pesquisa quantitativa realizada com enfermeiros assistenciais da Unidade de Terapia Intensiva adulto, de um
Hospital Público de Recife, com finalidade de avaliar o conhecimento dos enfermeiros a cerca das recomendações do bundle
na prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência, descrever as ações voltadas à prevenção de infecção em pacientes com
cateter venoso central, identificar quais medidas para prevenção de infecção relacionada ao uso de sonda vesical de demora e
verificar medidas profiláticas de controle de infecção associada à ventilação mecânica. Os dados foram coletados através de um
questionário estruturado, por meio de entrevista. Na análise dos dados verificou-se que 75% afirmam que a instituição disponibiliza um modelo de bundle e, apenas 44% dizem aplica-lo. Sobre o bundle de prevenção de infecção de corrente sanguínea,
87% dizem acontecer troca regular de equipo, 56% afirmam uso de clorexidina 0,5% nos ejetores e 100% dizem realizar e registrar troca do curativo de acesso venoso central. No bundle de prevenção de infecção de trato urinário associada sonda vesical
demora 87,5% apontam que há fixação de sonda, mas 25% afirmam que a troca não acontece no período inferior a 24 horas.
No bundle de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica, 100% afirmam que seguiam às recomendações da
higiene oral com clorexidina 0,12% e decúbito de 30º a 45°. Com isso, evidenciou-se que apesar da maioria revelar conhecimento acerca do bundle, há necessidade de se resgatar e treinar a equipe para a adoção das recomendações como rotina.
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Trabalho n o 90
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Gestão em Saúde
Avaliação da produtividade de hospitais
brasileiros pela metodologia do diagnosis
related groups - 145.710 altas em 116 hospitais
Autores: Jose Carlos Serufo Filho
Instituição: SPDM
Introdução
Os gastos dos diversos países em saúde e no Brasil consomem ao menos 15% da arrecadação municipal e 12% da estadual.
Gerir esses investimentos de maneira satisfatória torna-se grande desafio. Desenvolvido nos anos 80, para o governo norte-americano, o Diagnosis Related Groups (DRG) constitui sistema de classificação de pacientes que relaciona os tipos de atendimento com os recursos consumidos, possibilitando medir e comparar custos e produtividade hospitalar.
Metodologia
Trata-se de estudo transversal avaliando a produtividade de hospitais brasileiros pela metodologia do Diagnosis Related
Groups, e compará-la aos hospitais que vendem serviços ao governo americano, ajustada por produto DRG, distribuída nos
percentis, sendo as variações encontradas denominadas variações de produtividade. A unidade de custo usada para comparação foram os dias de uso do hospital necessários ao tratamento. Foi avaliada a relação entre a mediana do tempo de
internação e complexidade produtiva de cada produto assistencial DRG, medido pelo peso do produto na composição do
Casemix (Coeficiente global de ponderação da produção). Foram analisados 145.710 relatórios de altas de 117 hospitais usando a categorização DRG do governo norte-americano em sua versão 31.0 (MS-DRG) e para compatibilizado com sistema de
codificação Brasileiro de procedimentos TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar) e SUS (Sistema Único de Saúde)
empregou-se o software DRG Brasil®.
Resultado
O sexo feminino ocorreu em 63,9% da população, e idade média de 42,8 anos. Comparando distribuição idade, sexo e
motivos de internação encontramos um perfil semelhante aqueles das populações que se internam nos hospitais do SUS e na
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saúde suplementar. Nos pacientes clínicos 78% e nos cirúrgicos, 52,6% apresentaram pelo menos um diagnóstico secundário.
A produtividade dos hospitais estudados é 28,4% menor que a dos hospitais americanos no percentil 50. Quando comparamos
as medianas de tempo de internação ajustadas por tipo de produto DRG encontramos uma produtividade do tratamento
cirúrgico 3,7% menor que a produtividade dos hospitais americanos e produtividade do tratamento clínico 46,3% menor que
a produtividade dos hospitais americanos no percentil 50. O peso da complexidade assistencial de cada produto apresentou
correlação positiva com o tempo mediano de permanência hospitalar para internações clínicas (p=0,001; R2=28,2) e cirúrgicas
(p=0,001; R2=49,6) mas explica apenas parcialmente a relação.
Conclusões
A produtividade hospitalar é menor que americana sendo pior para os tratamentos clínicos. As causas da baixa produtividade no presente estudo podem ser explicadas apenas parcialmente pela complexidade determinada pelas variáveis biológicas
o que aponta uma grande oportunidade de melhoria de produtividade pela melhoria dos processos do sistema local de saúde.
O aumento de produtividade hospitalar é uma oportunidade de melhoria de uso de recursos no sistema de saúde nacional.
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Trabalho n o 91
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Regulação e Qualidade Assistencial: O
programa QUALISS da ANS na perspectiva das
operadoras de planos de saúde
Autora: Raquel Medeiros Lisbôa
Instituição: ENSP – FIOCRUZ
O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar - QUALISS, da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) consiste em um sistema de mensuração e monitoramento do desempenho dos prestadores de serviços do setor, por meio de um painel de indicadores, para posterior divulgação ao público dos resultados assistenciais obtidos. O programa utiliza como premissa a conexão entre a divulgação pública dos resultados assistenciais e a indução
da melhoria da qualidade dos cuidados prestados à população. O objetivo deste estudo foi identificar o conhecimento, as
expectativas e as mudanças das operadoras de planos de saúde ocorridas em virtude do Programa QUALISS, especialmente, no
que concerne ao monitoramento da qualidade assistencial ofertada por seus prestadores hospitalares. Trata-se de um estudo
observacional, transversal, descritivo, baseado em dados primários, a partir de uma amostra estratificada de operadoras de planos de saúde dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os resultados mostraram que: i) a maioria absoluta das operadoras
conhece o programa, ii) as expectativas quanto a ele são majoritariamente positivas, iii) a maior parte das operadoras não tem
uma estrutura especializada em avaliação da qualidade assistencial, nem sistema de informação gerencial para monitorar a
qualidade e não solicita indicadores de qualidade aos seus hospitais, e, iv) a maioria das operadoras não realizou reformulações
estruturais em decorrência da implementação do programa QUALISS. Contudo, mesmo incipiente, um pequeno número de
operadoras referiu ter realizado mudanças em função do QUALISS, o que pode configurar um potencial fator de transformação para o setor, porém, em médio e longo prazo. O curto espaço de tempo de implementação do programa e o fato de ter
ocorrido uma interrupção desta implementação por parte da ANS podem ter influenciado nestes resultados. Observou-se
que fatores como a heterogeneidade das empresas, as relações entre as operadoras e os prestadores, o suporte político e o
contexto da saúde suplementar, influenciam diretamente os resultados da implementação deste tipo de intervenção estatal.
Estes achados são bastantre relevantes para o aprimoramento do processo de implantação do próprio QUALISS, assim como
do processo regulatório da saúde suplementar no Brasil. Novos estudos que possibilitem conhecer a resposta dos agentes
regulados em relação à regulação exercida pelas Agências Reguladoras são necessários para subsidiar a revisão das normas e
dos incentivos estabelecidos por estas.
404
qualihosp 2015
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Trabalho n o 92
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Fluxo dos procedimentos gerenciados para
o paciente cirúrgico: Acompanhamento do
tempo médio de permanência e interface com
as unidades de internação
Autores: Ana Luiz Vasconcelos; Isabelle Bortotti, Tatiane Canero; Priscila Matheus; Paulo Marcelo Zimmer
Instituição: HIAE
Introdução
Segundo IHI (Institute for Healthcare Improvement) a gestão do fluxo de pacientes é uma forma de melhorar os serviços de
saúde. A adaptação da relação entre capacidade de leitos e a demanda de pacientes, aumenta a segurança do paciente pois
é essencial para assegurar que os pacientes recebam o cuidado certo, no lugar certo, na hora certa, durante todo o tempo.
Nesse contexto o tempo médio de permanência (TMP) reflete o quão eficientemente uma instituição utiliza seus leitos. O
aumento do TMP sem justificativa pode acarretar em atraso nas admissões de emergência, cancelamento de procedimentos
cirúrgicos eletivos e “desaceleração” do hospital. A medida que gerenciamos o TMP geramos uma capacidade de leito virtual
que pode ser utilizada para melhorar o acesso ao tratamento de outros pacientes, reduzir de custo e headcount operacional
com consequente receita adicional. Procedimento Gerenciado (PG) é um conjunto de ações assistenciais e administrativas
necessárias e suficientes para a realização integral de procedimentos cirúrgicos, contemplando recursos humanos, instalações
físicas, equipamentos, instrumentos e materiais de insumo, inerentes ao processo assistencial. Essa definição permite a gestão
da assistência, estimulando a previsibilidade de custos, racionalização de recursos e segurança assistencial do paciente.
Objetivo
Reduzir o tempo médio de permanência (TMP) em 6h dos pacientes submetidos ao procedimento gerenciado de colecistectomia em um período de 4 meses.
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ar tigo científico ou paper
Metodologia
Entre os meses de Ago-Dez.14 realizado diariamente um levantamento de todos os pacientes internados para realização
do PG de colecistectomia e acompanhado o tempo de internação dos mesmos em minuto. Realizado interface diária com as
unidades de internação, pontuando os pacientes e seus respectivos tempos de internação versos o tempo previsto para permanência do mesmo.
Resultado
O TMP dos pacientes submetidos ao procedimento gerenciado de colecistectomia em ago/14 era igual a 33:47min; passando para 27:36min em dez/14. Havendo uma redução de 6:11min.
Conclusão
A participação da equipe assistencial no processo de gerenciamento de TMP é fundamental para o cumprimento do mesmo, pois possibilita o envolvimento da equipe assistencial no planejamento da assistência, incluindo a alta hospitalar o mais
precoce possível.
REFERENCIAS
1. NHS - Institute for Innovation and Improvement - Disponível em: http://www.institute.nhs.uk/quality_and_service_improvement_tools/quality_and_service_improvement_tools/patient_flow.html.
2. IHI - Institute for Healthcare Improvement - Disponivel em: http://www.ihi.org/knowledge/Pages/Changes/MatchCapacityandDemand.aspx.
3. Advisory Board Company. Next-Generation Capacity Management Collaborating for Clinically Appropriate and Efficient Inpatient Throughput. 2010, USA.
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Trabalho n o 94
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Análise da aplicação de ferramentas de gestão
para implantação de cultura organizacional
e adequação ao modelo de qualidade da
Organização Nacional de Acreditação (ona)
Autores: Guilherme Agustin Louzada Pereda; Sonia Lucena Cipriano
Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução
A Organização Nacional de Acreditação (ONA) é uma entidade não governamental sem fins lucrativos com o objetivo de
promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde do Brasil, contribuindo com a promoção da qualidade da assistência no País. A partir de decisão da diretoria do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor) iniciou-se o processo de certificação ONA nível I em Julho de
2014. Objetivos: Evidenciar resultados de processos criados e método de trabalho empregado pelo serviço de Farmácia do
InCor em reformulação de cultura organizacional. Apontar ferramentas de gestão utilizadas durante o processo de certificação
ONA InCor 2014 e identificar novas aplicações para a melhoria contínua.
Método
O trabalho consistiu no estudo observacional do ambiente, pessoas e processos construídos a partir da chegada da gestora
no serviço de farmácia e reformulação de cultura organizacional, a partir de Novembro de 2013.Foram estudados os requisitos
do nível I ONA e desenvolvidos processos para a adequação do serviço de farmácia a esse modelo de qualidade. Realizou-se
a divulgação de ferramentas de gestão para contribuição na elaboração de novos planos de ação para o Planejamento Anual
do Serviço de Farmácia InCor. Elaborou-se para a coleta de dados e foi aplicado na equipe farmacêutica um instrumento em
formulário para Diagnóstico Situacional e Levantamento de Planos de Ação que evidenciasse os resultados alcançados durante
o ano e estabelecesse um registro gerando um parâmetro de clima organizacional para o serviço. O intuito desse formulário
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407
ar tigo científico ou paper
também foi incentivar os funcionários a apontar os pontos fortes do período e oportunidades de melhoria nos processos de
trabalho e aplicação de novas ferramentas.
Resultados
Ferramentas de gestão utilizadas pelo serviço de Farmácia em sua reformulação de cultura organizacional durante o ano
de 2014: Diagnóstico Situacional, Planejamento Estratégico, Ciclo PDCA, 5W2H e Trabalho em Equipe. Foi identificado como
novas aplicações as seguintes ferramentas: Conceito Positive Deviance, Desenvolvimento de Dimensões da Qualidade segundo Institute for Healthcare Improvement (IHI). Desenvolvimento de Projeto de Inovação em 90 dias de acordo com método IHI.
Responderam o formulário 19 de 20 farmacêuticos (95%). A Média do Clima Organizacional (0 a 10) foi de 8,05. Relatados 13
pontos fortes do serviço e oportunidades de melhoria nos processos (Tecnologia da Informação, Dimensionamento de custos,
estoque e RH, Comunicação, Infraestrutura). Evidenciados 14 planos de ação para a melhoria do serviço.
Conclusão
Foi possível acompanhar, identificar e registrar a reformulação de cultura organizacional e uso de ferramentas de gestão
para qualidade no serviço de farmácia do InCor por meio do formulário desenvolvido e acompanhamento de certificação ONA.
Também identificou-se que a área tem potencialidades para a aplicação de novas ferramentas de gestão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. [https://www.ona.org.br/Inicial]. Organização Nacional de Acreditação. Acessado em 27 de Janeiro de 2015.
2. [http://www.ihi.org/education/ihiopenschool/Pages/default.aspx] Institute for Healthcare Improvement, Open School. Acessado em 15 de Dezembro de
2014.
3. V F Nieva, J Sorra. Safety culture assessment: a tool for improving patient safety in healthcare organizations. Qual Saf Health Care 2003;12(Suppl II):ii17-ii23.
4. D A Marx, A D Slonim. Assessing patient safety risk before the injury occurs: an introduction to sociotechnical probabilistic risk modelling in health care. Qual
Saf Health Care 2003;12(Suppl II):ii33-ii38.
5. T Belzunegui, P. Busca, L. López-Andújar, M. Tejedor. Calidad y acreditación de los servicios de urgências An. Sist. Sanit. Navar. 2010, Vol. 33,
Suplemento 1.
408
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Trabalho n o 101
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Perfil de solicitação ambulatorial de exames no
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Autores: Ricardo Brandão Kliemann; Pedro da Rocha Olsen; Pedro Viégas Cavalheiro; Diego Gardin Martins; Mariza Kluck
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Introdução
O exame laboratorial complementa informações obtidas na consulta médica(1). Além disso, exames podem ser solicitados
para os mesmos indivíduos, em locais diferentes, de forma repetida(2). A excessiva solicitação é um tema muito relevante para
a gestão da qualidade assistencial, principalmente quando se trata de saúde pública, em que o uso ineficiente dos recursos
reflete em gastos desnecessários(3).
Objetivos
Realizar um levantamento dos principais exames laboratoriais solicitados ambulatorialmente no Hospital de Clínicas de
Porto Alegre (HCPA) e verificar as especialidades médicas que mais solicitam exames, no intuito de sugerir a necessidade de
redução do número de testes desnecessários.
Metodologia
Foram consultadas, em novembro de 2014, fontes de dados como o Sistema IG (Informações Gerenciais) do HCPA. Os cálculos e os gráficos foram estruturados utilizando o programa Graphpad. Os dados coletados foram referentes ao período entre
o ano 2003-2014.
Análise dos Resultados
A taxa geral de solicitação de exames vem aumentando linearmente nos últimos anos (de 2,62 exames/consulta em 2004 para
3,43 exames/consulta em 2014). Além disso, em 10 anos houve um aumento de quase 100.000 consultas/ano (405.839 consultas
em 2003 para 491.125 consultas em 2013). Essa alteração é provavelmente associada a um impacto financeiro considerável. Na
análise dos exames mais solicitados, nota-se que grande maioria é exames de rotina sem um fim diagnóstico evidente (os cinco
exames mais solicitados são hemograma, creatinina, contagem de plaquetas, ureia e glicose sérica). Pelo fato de o HCPA ser um
hospital com enfoque também no ensino e na pesquisa, muitos testes foram requisitados com enfoques científicos ou devido a
uma insegurança comum a internos e residentes. A área executora de exames mais requisitada foi a patologia clínica (responsável
pela grande maioria dos testes laboratoriais) com 692360 exames em 2004 e 1126121 em 2013. Realizando menos de 10% do total
da patologia clínica, a Radiologia foi a 2ª área mais requisitada, com 57261 exames em 2004 e 76995 em 2013. Completando as 5
áreas executoras mais requisitadas, estão a Cardiologia (3º), a Genética Médica (4º) e a Patologia (5º). Partindo desses dados, podemos notar que o aumento na taxa de exames/consulta foi alavancado pela crescente solicitação de exames laboratoriais (que
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ar tigo científico ou paper
usualmente não têm fins de diagnóstico, mas sim de acompanhamento médico de rotina). Os serviços médicos com as maiores
taxas de solicitação de exames foram Nefrologia (14,8 exames/consulta em 2004 e 16,98 em 2013) e Reumatologia (6,8 exames/
consulta em 2004 e 13,5 exames/consulta em 2013). Isso se deve ao fato de as nefropatias possuírem múltiplas etiologias e uma
progressão que deve ser acompanhada atentamente, e ao fato de os testes reumatológicos terem baixa especificidade. Além disso, apenas especialidades clínicas compõem os 5 serviços com maiores taxas de solicitação (Gastroenterologia em 3º, Oncologia
Pediátrica em 4º e Medicina Interna em 5º), sendo que o serviço cirúrgico com a maior taxa de exames/consulta é o de Cirurgia do
Aparelho Digestivo (em 14º lugar, com uma taxa de 3,1 exames/consulta).
Conclusão
O estudo mostra que houve um aumento substancial na solicitação de exames ambulatoriais no HCPA no período avaliado, devendo servir aos propósitos de conscientização e implementação de projetos para diminuir a solicitação de exames
desnecessários.
Referências
1. Marcelo F Capilheira; Iná S Santos. Epidemiologia da solicitação de exame complementar em consultas médicas. Rev. Saúde Pública vol.40 no.2 São
Paulo Apr. 2006.
2. Bates DW et al. Whatproportionof common diagnostictestsappearredundant.Am J Med. 1998;104(4):361-8.
3. Eisenberg JM et al. Computer basedaudittodetectandcorrectoverutilizationoflaboratorytests.MedCare.1977;15:915?921.
410
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Trabalho n o 111
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Taxa de cancelamento de cirurgias por motivos
hospitalares em hospital universitário de alta
complexidade
Autores: Gustavo Alberto Vieira de Araújo; Luciana Pavan Antoniolli; Marcelle Jaeger Anzolch; Mariza Machado Kluck
Instituição: Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Introdução
O cancelamento de cirurgias agendadas por motivos hospitalares é uma das principais causas de ineficiência dos blocos
cirúrgicos e de gasto de recursos, agregando custos e impacto para o sistema de saúde e para o paciente. O impacto pode ser
pior no caso de hospitais de grande porte e financiados predominantemente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como é o
caso do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Objetivos
avaliar a taxa de cancelamento de cirurgias por motivos hospitalares no HCPA e em outros hospitais semelhantes. Avaliar
condições e motivos para os cancelamentos e alternativas para sua diminuição.
Metodologia
realizou-se um estudo retrospectivo com análise de dados de prontuário eletrônico do período de 2006 a 2014 sobre cirurgias realizadas no Bloco Cirúrgico do HCPA, excluindo procedimentos de Centro Cirúrgico Ambulatorial, acompanhado de
revisão sistemática nas principais bases de dados a partir dos termos “surgery cancellation”. Foram selecionados seis estudos
sobre o tema, realizados em hospitais de perfil semelhante em diversos países. Os motivos de cancelamento foram divididos
em causas hospitalares e não hospitalares, e em causas evitáveis e não evitáveis, conforme proposto na literatura.
Resultados
As taxas encontradas em nossa revisão bibliográfica para cancelamento cirúrgico variaram entre 2 a 30% para cancelamentos gerais; e entre 1% a 20% para cancelamento por motivos hospitalares. O HCPA apresentou taxa de cancelamento cirúrgico
geral de 18,6% e de 10,4% por motivos hospitalares. No HCPA, a maior parte (81,5%) dos procedimentos foi financiada pelo
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ar tigo científico ou paper
SUS, para os quais a taxa de cancelamento quatro vezes maior do que em procedimentos particulares e de convênios (11,87%
vs. 3,12%). Houve variação entre os estudos para as especialidades cirúrgicas com maiores taxas de cancelamento; no HCPA,
estas especialidades foram a Urologia e a Cirurgia Torácica. Quanto às causas de cancelamento, tempo de sala insuficiente foi o
principal motivo no HCPA, sendo responsável por 35,4% dos cancelamentos por motivos hospitalares, e em 50% dos hospitais
analisados. No HCPA, foi seguido por falta de leitos e substituição por cirurgia de emergência. O percentual de cancelamentos
evitáveis foi semelhante entre os centros: entre 50 e 60%. No HCPA, este percentual foi de 50% e incluiu motivos hospitalares
como erro de agendamento e pré-operatório incompleto, e motivos de paciente como não comparecimento ou preparo
inadequado.
Discussão
O cancelamento de cirurgias por motivos hospitalares é indicador de uma situação complexa que envolve diversos aspectos de gestão hospitalar. O desempenho do HCPA neste quesito em relação a outros hospitais descritos na literatura é
intermediário e pode ser compatível com o de outros hospitais brasileiros de alta complexidade. Estratégias como o “set-up” de
procedimentos e de pacientes por turno e o trabalho conjunto com a Engenharia de Produção estão sendo adotadas. Medidas
sugeridas pelos estudos analisados incluem ainda a flexibilização da agenda do Bloco Cirúrgico e a “overlapping induction”. A
grande proporção de causas evitáveis permite a melhora das taxas de cancelamento com medidas de gestão e modificação
do funcionamento do bloco cirúrgico.
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Trabalho n o 116
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Um protocolo padronizado para reduzir
mediastinite após cirurgia cardíaca: Uma
iniciativa de melhoria de qualidade de um
hospital privado brasileiro
Autores: Beatriz Akinaga Izidoro; Paulo Henrique dos Santos Herdeiro; Sheila Figueiredo Okada de Souza; Anna Silva Machado;
Mariana Yumi Okada; Valter Furlan; Nilza Sandra Lasta; Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva; Denise Louzada Ramos
Instituição: Hospital TotalCor SP
Objetivos
Em um esforço para reduzir a taxa de infecção após cirurgia cardíaca complexa, foi desenvolvido e implementado um protocolo padronizado em uma instituição com um grande volume de casos de mediastinites em pacientes submetidos à cirurgia
de revascularização do miocárdio (CRM).
Métodos
Desde 2011, um hospital privado brasileiro especializado em cardiologia participa do banco de dados da Sociedade de
Cirurgiões Torácicos (STS) e os primeiros relatos evidenciaram maior número de casos de mediastinite em comparação com
hospitais americanos. Os membros do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e do Grupo de Qualidade desenvolveram
um protocolo para reduzir a incidência de mediastinite. O protocolo foi inicialmente aplicado a todos os pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio a partir de março de 2012 e consistiu de abordagem pré e pós-operatória do
paciente cirúrgico. Durante uma avaliação de enfermagem, o paciente recebe um kit contendo clorexidina 2% para o banho,
mupirocina 20mg/g para uso tópico e clorexidina 0,12% para a higiene oral e o paciente foi instruído a realizar estas medidas,
durante 5 dias antes da cirurgia. A adição de um antimicrobiano glicopéptido na profilaxia em casos específicos foi realizada.
Foi implementado um rigoroso controle de glicose durante a cirurgia e no pós-operatório imedia glicemia foi mantida entre
110-140mg/dl, utilizando infusão contínua de insulina regular. A consulta de acompanhamento após 15 dias de cirurgia foi
realizada para tratamento de feridas e diagnóstico precoce de infecção da ferida. De 2011 a 2013, dados de todos os pacientes
submetidos a RM foram inseridos no banco de dados STS. Os escores de risco STS utilizados para prever eventos foram validados em nosso hospital. Em nossa análise, os casos de mediastinite durante este período são apresentados como frequências e
porcentagens e os eventos pré e pós-protocolo são comparados usando o teste exato de Fisher. O diagnóstico da infecção foi
feito utilizando critérios do CDC.
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ar tigo científico ou paper
Resultados
As características basais dos doentes de CRM, antes e após o protocolo estão descritos na tabela abaixo. A ocorrência de
mediastinite antes do protocolo (de janeiro de 2011 até março de 2012) foi de 2% ( 9/429 CRM). Durante o período de execução
ocorreram 2 casos de mediastinite em cirurgia de revascularização miocárdica 195 (1%) e após a implementação completa do
protocolo (a partir de Outubro de 2012 até Dezembro de 2013) não houve casos de mediastinite em 369 procedimentos de RM
(p = 0,0045 ). Em fevereiro de 2014, a instituição ampliou o protocolo para todas as cirurgias cardíacas realizadas e até Setembro
de 2014 não foi notificado casos de mediastinite.
Conclusão
Após a implementação de mudanças práticas baseadas em evidências uma redução linear na taxa de mediastinite foi documentada e sustentada.
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Trabalho n o 120
ar tigo científico o u paper
Gestão da Assistência
Impacto do treinamento em cuidados específicos
para Infarto Agudo do Miocárdio: Comparação
do tempo porta-balão entre um hospital
cardiológico e hospitais não especializados de
uma rede privada em São Paulo
Autores: Beatriz Akinaga Izidoro; Sheila Aparecida Simoes; Camila Gabrilaitis Cardoso; Mariana Yumi Okada; Valter Furlan; Pedro
Gabriel Melo de Barros e Silva; Denise Louzada Ramos
Instituição: Hospital TotalCor SP
Introdução
No Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST), há oclusão da artéria coronária,
com indicação de recanalização precoce por Angioplastia Primária ou terapia fibrinolítica. Segundo as Diretrizes da American
Heart Association (AHA), o tempo porta-balão (chegada ao serviço até abertura da artéria) deve ser de no máximo 90 minutos.
Trata-se de um indicador de qualidade do atendimento ao paciente com IAMCSST em instituições que possuem serviço de
hemodinâmica, com clara relação com prognóstico e mortalidade.
Métodos
Com a implantação de uma Rede de Dor Torácica hospitalar em 2013, foram analisados os resultados do indicador tempo
porta-balão obtido em um hospital referência em Cardiologia (com equipe treinada e certificação internacional de cuidados
no IAM) com o mesmo indicador obtido em 3 hospitais não especializados com serviço de hemodinâmica disponível. Foram
analisados os dados do banco de registro do protocolo de dor torácica de pacientes com IAMCSST submetidos à angioplastia
primária nos 4 hospitais no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014, todos.
Resultados
Observou-se que o hospital referência em Cardiologia realizou em 2013, 31 angioplastias primárias, com média de tempo
porta-balão de 77,1 min e os outros hospitais apresentaram respectivamente uma média 151,4 min (12 procedimentos), 117,7
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min (09 procedimentos) e 101 min (26 procedimentos). O percentual de ATC primária < 90 min foi de 84% no hospital especializado e nos hospitais não especializados 0%, 11% e 42%, respectivamente. No ano de 2014, o hospital referência realizou 22
procedimentos, com a média de tempo porta-balão de 72 min e os outros hospitais apresentaram respectivamente uma média
144,9 min (27 procedimentos), 96,3 min (10 procedimentos) e 137,4 min (24 procedimentos). O percentual de ATC primária <
90 min foi de 86% no hospital especializado e nos hospitais não especializados 15%, 20% e 30%, respectivamente.
Conclusões
Observou-se que o Hospital referência em cardiologia conseguiu atingir as metas recomendadas pela AHA para tempo
de abertura da artéria relacionada ao IAMCSST, obtendo resultados superiores aos obtidos em centros não especializados.
Destacando a importância de uma equipe treinada, monitoramento constante e intervenções educativas com objetivo de
atendimento rápido e eficaz, com melhora da porcentagem dos pacientes com porta balão < 90min.
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qualihosp 2015
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Trabalho n o 124
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Parto Seguro: Implantação de um checklist
obstétrico
Autoras: Fernanda Aparecida de Paula Russo Stapf; Adriana Policastro; Adriana Cristina Dornellas; Ana Luiz Vasconcelos; Priscila
Matheus
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Introdução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 234 milhões de procedimentos cirúrgicos realizados por ano, com taxas
de complicações de 3 a 16%. No ano de 2008, Dr. Atul Gawande e membros da OMS instituíram em 08 países um checklist
cirúrgico, com os seguintes resultados: 36% de redução das complicações cirúrgicas, 47% de redução da mortalidade, 50%
de redução das infecções, 25% de redução das reoperações. O cenário obstétrico é um ambiente complexo e dinâmico e
requer um trabalho multidisciplinar importante, necessitando extrema colaboração entre os membros da equipe. Omissões
e/ou esquecimentos de alguns aspectos clínicos, como por exemplo, uso de anticoagulantes, profilaxia para strepto B, entre
outros, podem resultar em efeitos adversos significativos os pacientes. Baseado neste cenário, o College of Obstetricians and
Gynaecologists recomenda um checklist para os casos de parto semelhante ao aplicado nas cirurgias.
Objetivo
Implantar um checklist obstétrico para todos os partos realizados na instituição no segundo semestre de 2014.
Metodologia
O processo tem início na unidade de internação onde a equipe responsável pela assistência prepara a parturiente para
o encaminhamento ao centro obstétrico (CO). Na admissão da paciente no CO a equipe de enfermagem realiza o check in e
verifica a identificação da paciente, as avaliações clínicas, e os exames realizados. Após verificação, a paciente é encaminhada à
sala de parto, sendo necessárias duas novas verificações denominadas de Time Out. O Time Out é realizado em dois momentos
imediatamente antes da indução anestésica e antes da incisão cirúrgica, durante a qual todos os membros da equipe envolvida
na assistência confirmam verbalmente em voz alta todos os itens anestésicos e cirúrgicos que garantam um parto seguro. Este
é um meio de assegurar a comunicação entre os membros da equipe para prevenir possíveis falhas no processo assistencial.
Caso seja detectada qualquer não conformidade durante estas duas etapas, o condutor do Time Out tem autonomia para parar
o processo até que a não conformidade seja regularizada para que o parto possa decorrer posteriormente com total segurança.
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Após o término do procedimento antes de encaminhar a paciente ao seu destino, a equipe de enfermagem realiza o check out.
Para a implantação desta prática entre jun e out de 2014 foram: (1) estruturado um impresso de checklist obstétrico baseado
no preconizado pela OMS e (2) realizado um piloto no CO durante 30 dias. (3) Realizado treinamento presencial com 100%
dos enfermeiros do CO e da maternidade. (4) Alinhado fluxo de realização do checklist com transporte de pacientes, gerente
de anestesia, gerente da obstetrícia e coordenador de enfermagem do CO e da maternidade. (5) Divulgado a nova rotina para
Corpo Clínico e grupo de colaboradores da maternidade.
Resultados
O checklist obstétrico foi implementado e desde dezembro de 2014 é realizado em todos os partos garantindo que todos
os elementos de uma prática segura sejam instituídos para cada novo parto promovendo um ambiente seguro no centro
obstétrico.
Conclusão
O envolvimento multidisciplinar na estruturação de um processo de segurança é fundamental, pois contribui para a receptividade e adesão ao processo.
REFERêNCIAS
1. Surgical Safety Checklist in Obstetrics and Gynaecology. SOGC clinical practice guideline. J Obstet Gynaecol Can 2013;35(1):82-83.
2. WHO Surgical Safety Checklist for maternity. NHS, December 2010.
3. The introduction of a surgical safety checklist in a tertiary referral obstetric centre. R J Kearns, et al. BMJ Qual Saf 2011;20:818e822. doi:10.1136/bmjqs.2010.050179
418
qualihosp 2015
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Trabalho n o 125
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Melhoria dos resultados através de um
programa baseado no relatório do banco de
dados do STS - Primeira experiência de um
hospital brasileiro
Autores: Beatriz Akinaga Izidoro; Giuliano Generoso; Fernanda de Andrade Cardoso; Mariana Yumi Okada; Valter Furlan; Nilza Sandra
Lasta; Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva; Denise Louzada Ramos
Instituição: Hospital TotalCor SP
Introdução
O banco de dados do STS é uma importante ferramenta para os programas de melhoria da qualidade. A maior evidência
é baseada em estudos na América do Norte e pouco se sabe em outras regiões. Desde 2011, um hospital privado brasileiro
especializado em cardiologia participa do banco de dados do STS.
Método
Foi implementado um programa de educação multifacetada e contínua com base em relatórios do STS em 2012 por uma
equipe multidisciplinar visando a redução no tempo de ventilação mecânica (VM) e tempo de permanência na unidade de
terapia intensiva (UTI) e também no número de transfusões inadequadas. A equipe educacional desenvolveu um protocolo
institucional para o uso racional de hemoderivados com base em diretrizes e utilizou o banco de dados do STS como referência
para fazer intervenções com a equipe cirúrgica e clínica, considerando objetivos de critérios para extubação e sedação. Todos
os pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) foram incluídos na análise que comparou pré e pós
programa de forma a observar o impacto da intervenção educativa.
Resultados
De janeiro de 2012 a dezembro de 2014, 925 CRM foram realizadas. O risco previsto de mortalidade intra-hospitalar pelo
escore STS foi de 1,2 % em 2012, 0,96% em 2013 e 0,99% em 2014. As taxas de hemotransfusão em 2012, 2013 e 2014 foram respectivamente 48,7%, 37,5%, 37,5%. O média do numero de unidades de sangue por cirurgia em 2012 foi 1,38, em 2013 foi 1,12
e 1,24 em 2014. A média do tempo de extubação em horas, no ano de 2012 foi 11,3, em 2013 foi 4,3 e 3,2 em 2014. O tempo
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médio de permanência na UTI (horas) em 2012 foi 64,8, em 2013 53,1 e 47,1 em 2014. Em 2012 10% dos pacientes saíram de alta
da UTI em 36 horas (1ºPO), em 2013 foram 19,7% e 42,2% em 2014. Com relação ao tempo médio de permanência hospitalar
(dias) no pós operatório em 2012 foi de 6,5, em 20136,0 e 5,4 em 2014. As altas hospitalares no 4ºPO em 2012 foram 12,2%, em
2013 34,6 e 48,5 em 2014. Com relação as readmissões na UTI em 2012 foram 4,6%, em 2013 2,4% e 1,5% em 2014. As readmissões hospitalares <30 dias foram 13% em 2012, 9,3 em 2013 e 11% em 2014. As taxas de mortalidade em 30 dias foram 2,17%
em 2012, 1,0% em 2013 e 2,57% em 2014. Notamos que houve uma redução na transfusão comparando 2012, 2013 e 2014. O
tempo de VM e permanência hospitalar no pós operatório reduziram em 2014. As taxas de alta precoce aumentaram. Houve
uma redução de readmissões em UTI após as intervenções multifacetadas baseadas no STS. As taxas de óbito e readmissão
hospitalar em 30 dias apresentaram aumento em 2014, a análise crítica destes indicadores foi realizada e planos de ação foram
traçados com foco na melhoria do desempenho dos mesmos.
Conclusão
Os resultados indicam que o programa de melhoria da qualidade com base nos relatórios do STS podem melhorar os resultados em um hospital privado brasileiro.
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Trabalho n o 126
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Reestruturação de um protocolo de profilaxia
para tromboembolismo venoso
Autores: Fernanda Aparecida de Paula Russo Stapf; Ana Luiz Vasconcelos; Juliana Fernandes Massari; Priscila Matheus; Antonio
Eduardo Pereira Pesaro.
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Introdução
O termo Tromboembolismo Venoso (TEV), comum em pacientes internados, engloba a trombose venosa profunda e o
tromboembolismo pulmonar que apresenta elevadas taxas de morbimortalidade. Sendo assim todos os pacientes - 18 anos
de idade internados devem ser inseridos em um Protocolo de Profilaxia para TEV. Em nossa instituição o primeiro protocolo
de profilaxia para TEV foi implantado em 2010, por meio de um algoritmo onde a avaliação era dividida em duas categorias:
pacientes clínicos e pacientes cirúrgicos. A avaliação dos pacientes clínicos era de responsabilidade exclusiva do enfermeiro
sendo realizada nas primeiras 24h de internação; e a dos pacientes cirúrgicos ocorria no pré-operatório pela equipe cirúrgica.
Após 48h do procedimento cirúrgico, o paciente passava a ser inserido na categoria de paciente clínico e todos os pacientes
eram reavaliados a cada 48h. Em 2013 notou-se a importância da reestruturação do protocolo, baseado nas novas diretrizes
internacionais, buscando garantir maior objetividade operacional e segurança ao paciente.
Objetivo
Reestruturar o Protocolo de Profilaxia para Tromboembolismo Venoso durante o ano de 2014.
Metodologia
No início de 2014 iniciou-se a reestruturação do protocolo baseado nas diretrizes internacionais de profilaxia de TEV e foi
realizada sua adaptação para a realidade da instituição, com conteúdo simplificado em fluxograma único, acessível às equipes
multidisciplinares. Após a validação do novo protocolo em foros de especialidades por diversas equipes médicas, os impressos
foram estruturados, e iniciou-se o piloto operacional. Após esta etapa, os impressos foram aprovados pelo comitê de prontuários e o protocolo foi disponibilizado para consulta na documentação institucional. Foi realizado um treinamento online e in
loco para o corpo clínico e para a equipe multidisciplinar antes da implantação. No primeiro mês da implantação uma equipe
de suporte realizou diariamente um plantão de dúvidas em todas as unidades de internação e centro cirúrgico.
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Resultados
O novo protocolo de profilaxia para TEV, implantado em dez/14, foi dividido em três categorias: pacientes clínicos, cirúrgicos e cirúrgicos ortopédicos. Cada categoria possui um impresso próprio de avalição do risco de TEV. Para o paciente clínico,
a avaliação de risco é realizada pelo enfermeiro nas primeiras 24h de internação, para os pacientes cirúrgicos e cirúrgicos
ortopédicos avalição de risco é realizada pela equipe cirúrgica após a cirurgia. Em todas as avaliações, é necessário realizar a
estratificação de risco de TEV e o score desta estratificação classificará o risco do paciente em muito baixo/baixo ou moderado/
alto. Em seguida avalia-se o risco hemorrágico e o fluxo de profilaxia determinará qual a conduta recomendada. Esta profilaxia
recomendada deve constar em prescrição médica, e nos casos de não adesão a profilaxia o médico deverá registrar o motivo
no próprio impresso. A fase de implementação operacional durou 60 dias. Após esta fase o protocolo passou a ser realizado
em toda instituição.
Conclusão
A simplificação do conteúdo de diretrizes e o envolvimento das equipes médicas multidisciplinares foram de suma importância na reestruturação do protocolo para que houvesse consenso em relação às condutas e ampla divulgação em todos os
setores da instituição. O efeito desse processo na adesão ao protocolo deverá ser mensurado em estudos futuros.
REFERêNCIA
Douketis JD, at al. Perioperative management of antithrombotic therapy: Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis. American College of Chest
Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines. Chest.2012 Feb;141(2 Suppl):e326S-50S.
Barbar S, at al. A risk assessment model for the identification of hospitalized medical patients at risk for venous thromboembolism: The padua prediction score.
Journal of thrombosis and haemostasis: JTH.2010;8:2450-2457.
Caprini JA. Thrombosis risk assessment as a guide to quality patient care. Disease-a-month: DM.2005.
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Trabalho n o 127
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Programa de certificação do processo
de administração de medicação
Autora: Thaís Melatto
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein
Erros no processo de administração de medicação são eventos recorrentes e de potencial gravidade, envolvendo a segurança do paciente e do colaborador. A padronização e o treinamento dos profissionais relacionados ao processo de administração de medicação contribui para melhorar a qualidade, diminuindo os erros e consequentemente o risco à segurança do
paciente e do colaborador. Garantir o aprendizado e a aplicação do treinamento na prática profissional é o maior desafio das
áreas de treinamento, frente a esse cenário formulamos uma ação de treinamento visando a realização de um diagnóstico dos
erros mais comuns no processo de administração de medicação para posterior embasamento do conteúdo do curso.
Objetivos
Reduzir em 50% o número de eventos adversos relacionados aos erros de medicação, Garantir que 100% dos enfermeiros
possuam habilidade técnica para administrar medicação seguindo os padrões de qualidade estabelecidos pela instituição.
Metodologia
Realizado uma primeira certificação do processo de administração de medicação em ambiente de simulação através de
cenários clínicos reproduzindo experiências da vida real, levando em consideração o processo descrito em documentação
institucional. Frente aos resultados obtidos na primeira certificação, foi realizado treinamento teórico para nivelar o conhecimento da equipe e, na sequencia, realizado uma segunda certificação no mesmo modelo da primeira. O apoio a performance
da equipe aconteceu em parceria com as áreas de atuação, utilizando cartazes, materiais virtuais e questionários, em períodos
pré determinados. Ao final do segundo mês após o término das ações de treinamento foi realizado auditoria beira-leito a fim
de verificar a aquisição e retenção do conhecimento.
Resultados
Na primeira certificação do processo de administração de medicação, apenas 24% dos enfermeiros e 25% dos técnicos e
auxiliares de enfermagem possuíam habilidade prática para administrar medicação (gráfico 1 e 2). Na segunda certificação
91% dos enfermeiros e 89% dos técnicos e auxiliares de enfermagem possuíam habilidade prática (gráfico 1 e 2). Na auditoria
realizada ao final do segundo mês após a finalização das ações de treinamento, a porcentagem de itens em conformidades no
processo de administração de medicação foi de 94% (gráfico 3).
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Conclusões
A capacitação do enfermeiro no processo de administração de medicação colabora para a diminuição dos erros de medicação, garantindo a qualidade e a segurança do paciente e do colaborador.
Gráfico 1: Comparação Conceito Geral Técnicos/ Auxiliares de Enfermagem entre a 1ª e 2ª Certificação
Gráfico 2: Comparação Conceito Geral dos Enfermeiros entre a 1ª e 2ª certificação
Gráfico 3: Resultados da auditoria de prontuários
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Trabalho n o 132
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação da aquisição de conhecimento em
RCP através de simulação realística
Autoras: Jamille Soares Moreira Alves; Tarsia Vitória de Araújo Joaquim Gadelha; Daniela Chiesa; Virginia Angélica Lopes Silveira,
Luana Maria de Lima Lopes Figueiredo; Fernanda Gadelha Severino; Ana Karine Girão Lima
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
Treinamento e atualizações frequentes são, provavelmente, as chaves para melhorar o desempenho dos profissionais na
ressuscitação cardiopulmonar (RCP) cujo o foco atual são as compressões cardíacas e sua qualidade de acordo com a American
Heart Association(AHA). A literatura aponta que treinamentos utilizando demonstrações, discussão em grupo e prática de habilidades através de simulação favorecem a aquisição do conhecimento, especialmente com adultos. Nesse contexto, deve ser
uma preocupação dos serviços de saúde promover treinamentos sobre RCP para seus funcionários, utilizando estratégias de
ensino-aprendizagem que favorecem a aquisição do conhecimento sobre o tema.
Objetivo
Avaliar aquisição de conhecimento em RCP através de simulação realística.
Método
Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido em novembro de 2013 com enfermeiros de um hospital secundário de referência da rede de saúde em Fortaleza- CE. A amostra constou de 53 enfermeiros que não atuam em pronto
atendimento. A primeira fase do estudo foi aplicação de pré-teste com 5 questões referentes a técnica de reanimação cardiopulmonar, a fase 2 tratou-se da apresentação teórica das diretrizes da RCP, segundo a AHA, seguida de simulação realística
do atendimento ao paciente em parada cardiopulmonar e na fase 3 aplicou-se as mesmas questões da fase 1 em forma de
pós-teste. Realizou-se a análise descritiva e inferencial dos dados através do número de acertos do pré e pós-teste, utilizando
o teste-t pareado, assim como a aquisição imediata do conhecimento a partir do ponto de corte com nota maior ou igual a 8.
Resultados
Na análise dos resultados 2 participantes não realizaram o pré teste e 9 não realizaram o pós teste, sendo a amostra final de
42 enfermeiros. A nota média do pré teste foi de 5,61 (±2,6) pontos e no pós teste a média passou para 8,14 (±1,7) (p<0,05). Em
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se tratando da aquisição de conhecimento 73% (n=31) dos participantes atingiram um desempenho satisfatório. Quanto ao
conteúdo evidenciou-se que a questão relacionada aos quesitos para a execução da RCP de qualidade foi a que teve o maior
ganho (36%), quando comparado ao número de acertos entre o pré e o pós teste.
Conclusão
Os resultados deste estudo evidenciaram que o uso de estratégias de ensino-aprendizagem com base em simulação realísticas aumentam a aquisição do conhecimento e aplicação de pré-teste e pós-teste são bons métodos de avaliação da
estratégia aplicada.
REFERÊNCIAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaque das diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. Dallas: AHA, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Avaliação de Tecnologias em saúde: ferramentas para a gestão do SUS. Brasília: Editora MS, 2009.
GUIDOTTI, E. L. B. Aprendizagem. PATRUS, F.; SILVA, S,C. (Organizadores) In: Gestão de Pessoas. p: 94-103, São Paulo, 2010.
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Trabalho n o 134
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Gestão em Saúde
Laudos de Órteses, Próteses e Materiais
Especiais (OPME) em Artroplastias de Joelho:
Diferença entre materiais utilizados e
autorizados pelo SUS
Autora: Nadia Lucila Rocha Brito
Instituição: INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HC FMUSP
O uso de Órteses, Próteses e Materiais Esterilizados-OPME é muito comum nas cirurgias do sistema músculo esquelético,
e têm um alto impacto na conta hospitalar devido ao seu alto custo. Em hospitais que atendem ao Sistema Único de SaúdeSUS, o controle de pagamento dos procedimentos realizados a pacientes internados se dá pela AIH (Autorização de Internação
Hospitalar), que se caracteriza por um conjunto de documentos que comprovam dados dos pacientes e quais serviços foram
prestados sob regime de internação hospitalar, sendo este documento encaminhado ao Ministério da Saúde que realiza o pagamento de acordo com o “pacote” de procedimentos previamente estabelecido entre eles (Raimundini, 2006). O que ocorre
na prática, é que algumas OPME utilizadas nos procedimentos realizados não estão contempladas neste acordo ou têm preço
muito inferior ao praticado pelo mercado. O presente trabalho teve como objetivo principal analisar a diferença do custo entre
a OPME utilizadas em artroplastias de joelho e o montante repassado pelo SUS em 30 cirurgias, realizadas entre janeiro e setembro de 2013. A presente pesquisa utilizou o método dedutivo, e é classificada como de natureza aplicada, com finalidade
quantitativa e com objetivo descritivo, o período de levantamento bibliográfico foi de abril a dezembro 2012. Foi realizada uma
análise do uso de OPME-Órteses, Próteses e Materiais Especiais nos procedimentos de artroplastias de joelho do SUS, realizados
no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC/FMUSP no período de janeiro a setembro de 2013. A análise dos laudos se
deu pela comparação entre as OPME utilizadas e as OPME autorizadas pelo Ministério da Saúde. A artroplastia total primária do
joelho foi o procedimento de maior volume realizado neste período nesta instituição, 73,23% das cirurgias realizadas tiveram
suas OPME utilizadas compatíveis com as OPME disponibilizadas pelo SUS e apenas 26,67% das cirurgias utilizaram OPME a
mais que as disponibilizadas, portanto de alguma forma este material foi subsidiado pela instituição para garantir o atendimento ao paciente. A maioria das OPME utilizadas nas cirurgias de artroplastia de joelho, nesta instituição e neste período foram
subsidiadas pelo SUS. Entretanto, como a instituição estabelece uma negociação com os fornecedores para viabilizar o uso
destas OPME a um custo inferior ao praticado no mercado não foi possível evidenciar muita diferença entre o custo da OPME
real e o estabelecido na tabela SIGHTAP, de qualquer forma a revisão dos insumos compatíveis para estes procedimentos deve
ocorrer com certa frequência no Ministério da Saúde, principalmente no que tange a quantidade de OPME.
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Trabalho n o 136
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Gestão da Assistência
Nível de adesão ao protocolo sepse eixo
adulto em um hospital secundário
Autores: Jamille Soares Moreira Alves; Tarsia Vitória de Araújo Joaquim Gadelha; Daniela Chiesa; Virginia Angélica Lopes Silveira; Luana
Maria de Lima Lopes Figueiredo; Maria Helane Rocha Batista; Fernanda Gadelha Severino; Ulysses Vieira Cabral; Ana Karine Girão Lima;
Fernanda Colares de Borba Netto
Instituição: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
Introdução
A Sepse tem alta incidência, alta letalidade e custo elevado, sendo a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTI). Está demonstrado que pacientes acometidos por esta patologia têm melhor prognóstico quando reconhecidos e
tratados precocemente. Em 2012, a Campanha “Sobrevivendo à Sepse”, visando melhorar o tratamento e homogeneizar o uso
das atuais propedêuticas para o manejo da Sepse foi atualizada, o guideline revisado reforça a idéia da abordagem precoce no
manejo da Sepse, principalmente sepse grave e choque séptico, reforçando a reposição volêmica adequada e início do antibiótico na primeira hora. Sendo a Sepse uma patologia prevalente que reflete também no cotidiano do hospital do estudo, foi elaborado um protocolo institucional, baseado no guideline, atualizado e adaptado às necessidades e realidade da região. Depois
da construção dos documentos seguiu-se a implantação do protocolo nos serviços. Foram desenhadas estratégias de implantação e de educação permanente com objetivo de implantar o protocolo e acompanhar adesão as medidas pela instituição.
Objetivo
Analisar a adesão do protocolo Sepse no eixo adulto em um hospital secundário.
Método
Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, em um hospital secundário da rede pública de Fortaleza, no período de
janeiro a dezembro de 2014, onde foi calculada a taxa de adesão ao protocolo Sepse, ou seja, o número de protocolos abertos
corretamente, levando em consideração a reposição volêmica adequada ao caso em questão e se o antibiótico foi administrado corretamente na primeira hora, outro dado coletado foi a estratificação da sepse, onde a partir dos critérios clínicos definidos pelo guideline o paciente era classificado como sepse, sepse grave ou choque séptico. Os dados foram coletados a partir
de uma planilha de Excell, preenchida pela equipe de plantão a cada abertura do protocolo sepse, e em seguida foi realizado
a análise descritiva dos dados.
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Resultados
No período foram abertos 350 protocolos, destes 22,8%(n=80) eram casos de sepse, 64,3%(n=225) eram sepse grave e
12,9%(n=45) choque séptico. Observou-se uma taxa de adesão média de 72% e ao se verificar a adesão em reposição volêmica e antibiótico na primeira hora, separadamente, foi constatado as seguintes taxas, respectivamente, 78% e 94%. Quando se
analisa a adesão a partir da estratificação, sepse grave e choque séptico, observa-se que a taxa de adesão completa é de 76%
e 58%, respectivamente.
Conclusão
De uma maneira geral o protocolo no eixo adulto teve uma boa adesão no referido hospital, porém observa-se que ainda
precisa ser intensificado a importância em relação a reposição volêmica, assim como também deve ser fortalecido a importância do reconhecimento precoce dos sinais de deterioração, aumentando assim o reconhecimento do número de casos sepse
e diminuindo sepse grave e choque séptico.
BIBLIOGRAFIA
Dellinger RP et al. Campanha de sobrevivência à sepse: Diretrizes internacionais para tratamento de sepse grave e choque séptico: 2012. CriticalCare
Medicine. 2013;41(2):1-58. Diamond D et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico - abordagem do agente infeccioso - diagnóstico.
RevBras Ter Intensiva. 2011; 23(2):134-44.
Siqueira-Batista R et al. Sepse: atualidades e perspectivas. RevBras Ter Intensiva. 2011; 23(2): 207-16.
Hicks P et al. The Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock. CritCareResusc. 2008;10 (1):8.
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Trabalho n o 138
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
A aplicação do HFMEA para melhoria no
processo da TRSC
Autoras: Eloni Terezinha Rotta, Elaine Aparecida Felix, Helena Barreto dos Santos, Valéria de Sá Sottomaior, Daiandy da Silva
Instituição: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
Introdução
A Terapia de Substituição Renal Contínua (TSRC) é o tratamento mais empregado quando há perda de função renal no
paciente crítico. Esse procedimento está associado a potenciais complicações e eventos graves ou fatais, sendo a identificação
precoce dos riscos necessária para a garantia da segurança e qualidade da assistência. No Centro de Tratamento Intensivo
Adulto (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre houve aumento significativo do número destes procedimentos nos últimos
anos. Em 2013 foram realizadas em média 220 sessões de TSRC por mês e notificadas 17 ocorrências relacionados a esta terapia,
representando 6,8 % das notificações do setor. Com a situação apontada, observou-se a necessidade de avaliar e melhorar o
processo de TRSC.
Objetivo
Descrever as ações implementadas para melhorar a segurança do processo de TSRC no CTI.
Metodologia
A ferramenta escolhida foi o Healthcare Failure Mode & Effect Analisis (HFMEA) aplicado nas etapas da prescrição e preparo
da solução dialítica que apresentaram escore de risco maior ou igual a 8. A metodologia abrangeu reuniões de brainstorming
com a equipe multiprofissional para desenhar o fluxo do processo, identificação das causas potenciais de falhas, determinação
do risco de cada causa, definição de tratar ou aceitar o risco e confecção de plano de ação com as melhorias propostas. Após
3 meses da implantação das melhorias foi aplicado um checklist e realizada análise qualitativa e quantitativa dos resultados.
As notificações de ocorrências foram monitoradas. As melhorias propostas foram descritas e amplamente disseminadas nas
equipes assistenciais através dos multiplicadores da área envolvida e membros da Gerência de Risco.
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Resultados
A partir da aplicação do HFMEA foram instituídas as seguintes melhorias no processo: atualização da prescrição informatizada de acordo com as terapias recomendadas na instituição; alteração na frequência de coleta de exames laboratoriais para
possibilitar avaliação destes pelo nefrologista ainda durante o dia; normatização do processo de comunicação verbal entre
equipes; melhoria no registro manual das alterações da prescrição em vigência; dupla checagem do preparo das soluções de
diálise com a obrigatoriedade da assinatura do enfermeiro em rótulo padronizado elaborado para estas soluções e evolução
em prontuário do inicio, término e alterações na terapia. A atualização da prescrição informatizada foi totalmente realizada; a alteração na frequência de coleta de exames laboratoriais foi implementada em 100% dos pacientes; a adesão da equipe médica
as alterações na prescrição e nos registros em prontuário foi de 30%. A adesão dos enfermeiros aos registros em prontuário foi
de 95%. O registro da dupla checagem pelo enfermeiro foi realizado em 43% das observações. Houve redução das notificações
de ocorrências.
Análise dos Resultados
Frente a estes resultados novas reuniões de trabalho foram realizadas para traçar estratégias de melhoria na adesão às propostas e, foi desenvolvido e inserido no prontuário, um formulário mais adequado às necessidades dos registros de alterações
da prescrição. Novo monitoramento das rotinas está previsto para março deste ano.
Conclusão
A utilização de ferramentas adequadas para análise proativa de riscos e o envolvimento direto da equipe multiprofissional
nas discussões é uma importante forma de detecção de riscos latentes e sensibilização da equipe assistencial para a segurança
do paciente. A pequena redução nas notificações pode ser atribuída a possível sub-notificação prévia a discussão do processo.
Observou-se que, nesta área, de acordo com o observado na instituição e apesar das capacitações, os registros em prontuário
ainda são pontos que merecem maior investimento.
REFERÊNCIA
VA NCPS - Veteran’s Administration National Center for Patient Safety: The basics of healthcare failure mode and effect analysis. 2005th edition. 2005. Available at:
(http://www.va.gov/ncps/SafetyTopics/HFMEA/HFMEAIn
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Trabalho n o 148
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Segurança do paciente: Capacitação à
distância
AutorAs: Rosana Alves; Ana Claudia C G Germani; Francis Solange Vieira Tourinho; Siulmara Cristina Galera; Andréa Aparecida Contini;
Sandra Gasparini
Instituição: Instituto Faimer Brasil
Introdução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os erros relacionados à assistência determinam danos que afetam milhares de indivíduos ao redor do mundo. O erro leva à danos permanentes ou até mesmo ao óbito; e ainda provoca aumento
do tempo de internação e também dos custos financeiros (WHO, 2008)1. Várias medidas vêm sendo tomadas, tendo como
marco o relatório “Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais seguro” (19992), que fez referência aos erros relacionados a assistência à saúde. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (2011)3 reforça o objetivo de evitar
danos aos pacientes, e considera o erro como uma condição humana, sendo oportunidade para conhecer, aprender e prevenir
os erros nos serviços de saúde. Nesta direção, a Segurança do Paciente vem sendo amplamente discutida entre classes profissionais da saúde e também no meio científico, entretanto existem lacunas entre a translação do conhecimento para a prática
dos profissionais de saúde.
Objetivos
Sensibilizar docentes das profissões da saúde sobre a questão da Segurança do Paciente, difundir conhecimentos sobre o
assunto, apresentar e discutir o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) 4 por meio de um Curso de Educação a
Distância (EAD) utilizando a Plataforma Moodle.
Metodologia
O curso EAD foi montado em três blocos e avaliação do curso. Docentes da área da saúde de diversas Instituições de Ensino
Superior foram o público alvo. Cada bloco, com média de 10 dias, disponibilizou artigos científicos e vídeos como material para
consulta. Cada bloco apresentava ainda uma tarefa seguida de feedback coletivo ou individual. O participante pode contribuir
a qualquer momento, mesmo após o término do prazo estabelecido. O 1º Bloco apresentou um vídeo da Organização Mundial
de Saúde sobre “Segurança do Paciente” disponível no link:< http://youtu.be/CPGm09F-SCk >, sendo a tarefa a discussão no
Fórum. O 2º Bloco baseou-se na análise de fotos de situações de risco do paciente. Por fim, o 3º Bloco solicitou a aplicação
adequada da Simulação Clínica a sua realidade de curso, considerando as metas do PNSP.
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Resultados
Em média, 35 docentes (de um público-alvo de 50) participaram de todas as atividades do curso. A análise de conteúdo,
segundo Bardin5 , das postagens no Fórum do Bloco 1, demonstrou facilidades e dificuldades dos docentes em promover a
segurança do paciente, em suas atividades diárias. No Bloco 2 foi realizada a análise dos questionário das fotos. O feedback
contou com Gabarito (respostas corretas baseadas no PNSP, onde a maioria detectou o erro) e um consolidado das respostas
dos participantes. No Bloco 3, a análise de vídeo sobre simulação e a participação no fórum reforçaram a importância de implementar atividades ou cenários de prática simulada onde o processo de ensino-aprendizagem em Segurança do Paciente
pudesse ser abordado, com aspectos voltados para a aplicação do PNSP.
Conclusões
Consideramos ter atingido os objetivos previamente estabelecidos, uma vez que: 1) foi possível apresentar e discutir o
PNSP; 2)houve um estímulo ao processo reflexivo sobre a aplicabilidade das diretrizes de Segurança do Paciente por meio da
análise fotográfica; 3)foi fomentada a aplicação dos conhecimentos no ambiente de trabalho de cada participante.
REFERÊNCIAS
1. WHO, World Health Organization. Sumary of the evidence on patient safety: implications for research. Edição: Ashish Jha, 2008.;
2. KOHN, L. T.; CORRIGAN, J. M.; DONALDSON, M. S. To Err is Human: Building a Safer Health System. 2. ed. Washington (DC): National Academy of Sciences, 2000.
287 p.;
3. ANVISA, Ministério da Saúde. Boletim Informativo sobre a Segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde. Brasília, DF: GGTES/Anvisa, 2011;
4. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Dispõe sobre o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília, 2013;
5. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002.
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Trabalho n o 154
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Gestão em Saúde
Políticas públicas de saúde e os idosos
institucionalizados: Um panorama do brasil
Autores: Grasiela Piuvezam; Zenewton André da Silva Gama; Monise Santos de Carvalho; Vítor Guerra Pereira Xavier; Rafael Alves da
Silva; Aline Rochelle Filgueira Dantas
Instituição:UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Pública; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Políticas
Públicas de Saúde.
Introdução
As políticas públicas em saúde são essenciais para garantir a qualidade na assistência a saúde das populações.
Objetivo
Identificar, na perspectiva de gestores municipais, políticas públicas de saúde direcionadas a idosos institucionalizados no
Brasil. Além disso, busca-se analisar os aspectos da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI, 2006) na realidade dos
municípios.
Desenho e Métodos
Estudo qualitativo, do tipo observacional e analítico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 28 gestores municipais de 11 municípios brasileiros, contemplando as 5 regiões geográficas. Os dados coletados foram processados pelo software
ALCESTE versão 4.9 (Reinert, 1990).
Resultados
A análise resultou em 2 eixos temáticos que juntos constituem 4 classes. A classe 1 foi intitulada Atenção a saúde do idoso e
observou-se o reconhecimento dos gestores de que, as questões relacionadas à saúde do idoso requerem abordagens diferen-
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ciadas para serem mais efetivas (Pizarro, 2004). O tema central da classe 2 foi a institucionalização dos idosos, que abordou a
problemática do atendimento aos idosos institucionalizados, em que verificou-se que para esse grupo inexistem programas e
ações, a nível local, de promoção e proteção à saúde e prevenção de doenças (Pestana e Santos, 2008). A classe 3 foi marcada pelo tema: assistência à saúde do idoso, e o discurso dos gestores mostrou-se polarizado para a assistência à saúde bucal
dos idosos, fato que é corroborado com a literatura em que diversos estudos apontam para a precariedade da saúde bucal dos
idosos em geral (Araújo et al, 2006; Ferreira et al, 2009) e dos idosos institucionalizados (Piuvezam e Lima, 2013). Em relação a classe 4, a mais expressiva identifica-se o tema: financiamento e gestão das ações de saúde direcionadas ao idoso, nessa
classe os gestores queixam-se por existir um financiamento insuficiente para a realização das ações de saúde.
Conclusões
Os resultados demonstram uma deficiência de ações voltadas à saúde do idoso institucionalizado, apesar de ser preconizado pela PNSPI. Identificou-se que na maioria dos municípios estudados as ações regulamentadas na Política ainda estão em
fase de planejamento ou implantação. Os poucos projetos efetivos são fragmentados não abrangendo todos os níveis de atenção à saúde. Ainda há limites que devem ser ultrapassados para que a PNPSI seja aplicada e implementada de maneira plena e
eficaz. Tal problemática foi observada no discurso dos gestores, que em sua maioria reconhecem a deficiência em muitas áreas
da atenção ao idoso, em especial aos que se encontram institucionalizados.
REFERÊNCIAS
Araújo S. S. C., Freire D. B. L., Padilha D. M. P., Baldisserotto J.. Suporte social, promoção de saúde e saúde bucal na população idosa no Brasil. Interface
- Comunic., Saúde, Educ. 2006; 10(19): 203-216.
Brasil. Portaria do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde de n° 2528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
(PNSPI) e dá outras providências. Diário Oficial da União 2006.
Ferreira R. C., Magalhães C. S., Rocha E. S., Schwambach C. W., Moreira A. N.. Saúde bucal de idosos residentes em instituições de longa permanência
de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública 2009; 25(11): 2375-2385.
Piuvezam G. Lima KC. Factors associated with missing teeth in the Brazilian elderly institutionalised population. Gerodontology, 2013; 30(2): 141-149
Pizarro J. A.. Desigualdades en los servicios de protección de la dependência para personas mayores. Gac Sanit 2004;18 (Supl 1):126-31.
Reinert M. Alceste: Une méthodologie d’analyse des données textuelles et une aplication. Bulletin de Méthodologie Sociologique 1990;28:24-54.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 159
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o sumário
Gestão da Assistência
O planejamento estratégico como ferramenta
para a eficiência da gestão pública - A
experiência do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto usp
Autoras: Katia Maria Padula; Claudia Barbieri Tait Gandolfi; Luciane Silva; Maria Eulália Lessa do Valle Dallora.
Instituição: Hospital das Clínicas da FMRP-USP
Introdução
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP - HCRP adota como norteador para o seu plano de
gestão o Planejamento Estratégico - PE, que tem a função de estabelecer diretrizes institucionais, promovendo o alinhamento
dos recursos e esforços. Com isso é definido o que fazer, porque, quem, como, quando e qual o custo das ações traçadas para
alcançar os objetivos estratégicos.
Desenvolvimento
O HCRP sempre trabalhou com planejamento, porém sem uso da metodologia de PE. As informações encontravam-se
dispersas, sob domínio de diferentes “atores”, o que dificultava o acompanhamento sistemático e não favorecia a obtenção de
informações tempestivas das ações. O PE foi implantando como ferramenta de gestão a partir de 2007, momento que foram
definidos a Missão, Visão e Valores. Para a elaboração do Planejamento Estratégico utilizou-se o Balanced Scorecard, metodologia proposta por Kaplan e Norton (1997) que se propõe a traduzir a missão em objetivos estratégicos específicos, considerando
uma visão sistêmica e abrangente da instituição. Para análise do ambiente hospitalar foi utilizado a metodologia SWOT que
estuda o ambiente de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities
(oportunidades) e Threats (ameaças). Sua construção deu-se através de Oficinas de Trabalho, onde inicialmente os participantes receberam um aporte teórico/conceitual sobre o assunto e em seguida, foram formados grupos de discussão. A análise
do Ambiente Interno foi estruturada nos eixos: Atenção à Saúde, Ensino e Pesquisa, Gestão Hospitalar, Gestão de Pessoas
e Comunidade e Clientes. Já o Ambiente Externo também foi estruturado em quatro categorias: Fator Econômico, Fatores
Político e Legal, Fatores Social, Demográfico e Epidemiológico e Fator Tecnológico. Os resultados obtidos nestas Oficinas subsidiaram a conclusão do PE com a definição dos Objetivos Estratégicos traçados nos eixos institucionais: Atenção à Saúde, Gestão
Hospitalar, Gestão de Pessoas e Comunidade e Clientes. Finalizada esta etapa foram elaboradas ações para cada objetivo, em
reuniões específicas, com representantes das equipes constituídas nas oficinas. O acompanhamento do PE é permanente,
assim como as variáveis que nele interferem, tanto do ambiente interno quanto externo permanecem sob vigilância contínua,
com a concepção de que ele é dinâmico e que demanda mudanças para a sua execução, sem, contudo perder a sua essência.
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qualihosp 2015
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Atualmente, o PE encontra-se em seu segundo ciclo, 2011/2014. Nele foram validados a Missão, Visão e Valores. Também foram
implementadas práticas de refinamento, como exemplo citamos: a utilização da metodologia 5W2H para o detalhamento e
mapeamento das ações como subsídio de priorização dos objetivos estratégicos pela alta administração.
Conclusão
Neste percurso o PE foi validado como uma ferramenta essencial no estabelecimento e fortalecimento das diretrizes institucionais, atuando como uma bússola norteadora dos rumos estabelecidos pela Missão e Visão além de fortalecer o papel do
HCRP no Sistema Único de Saúde como hospital de alta complexidade.
A figura 1 exemplifica a estrutura do PE.
Ao final destes dois ciclos, fica claro para a Administração que o uso do PE como pratica de gestão trouxe como principal
resultado o alinhamento das ações e decisões gerando economia de esforços e dos recursos humanos, materiais e financeiros
promovendo a eficiência da gestão pública.
Figura 1. Modelo de estrutura do PE
REFERÊNCIAS
1. Kaplan, r.s.; Norton, D. P. A estratégia em ação - balancedscorecard.
17 ed, Rio de Janeiro: Campus, 1997.
2. Neves, M.F. Planejamento e Gestão Estratégica de Marketing. São Paulo:
Atlas, 2005.
3. Malagón-Londonõ, G. Administração Hospitalar. 2 ed, Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S.A., 2008.
4. Oliveira, D.P.R.. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 20 ed., São Paulo: Atlas, 2004.
5. Tancredi, F.B.; Barrios, S.R.L.; Ferreira, J. H. G.. Planejamento em
Saúde. 2 ed., São Paulo: Peirópolis, 1998.
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Trabalho n o 160
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o sumário
Gestão da Assistência
A atenção primária e os idosos
institucionalizados: A perspectiva dos
profissionais de saúde no Brasil
Autores: Grasiela Piuvezam; Mônica Larissa Padilha Honório; Mariela Samantha de Carvalho Costa; Amanda Karolina Torres de
Medeiros Alves; Candice Alves Esmeraldo; Zenewton André da Silva Gama
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária em Saúde; Idoso; Instituições de Longa Permanência para
Idosos.
Introdução
A Atenção Primária à Saúde (APS) tem-se apresentado como uma estratégia de organização da atenção à saúde voltada
para responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população (Macinko e Lima-Costa, 2012) e a qualidade dos serviços oferecidos vem melhorando em função de diversas ações
governamentais.
Objetivo
O objetivo foi investigar as ações realizadas em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) pelos profissionais de
saúde da APS no Brasil.
Metodologia
Estudo quali-quantitavo em 11 municípios brasileiros. Utilizou-se entrevistas semi-estruturadas com 82 profissionais de
saúde. A análise foi realizada pelo software ALCESTE versão 4.9 (Reinert, 1990).
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Resultados
Foram encontradas 05 classes nos discursos dos profissionais. A primeira, denominada Necessidade de profissionais da APS
em atender idosos institucionalizados (54,61%) abordou o número reduzido de profissionais na APS e a necessidade de suprir
demanda (Carvalho et al, 2010). A classe 2 - Necessidade de capacitação dos profissionais da APS para atendimento aos idosos
institucionalizados (18,43%) traz a necessidade de capacitar profissionais, o reconhecimento dessa questão pode ser fator causal da precariedade de ações específicas para à saúde do idoso (Carvalho et al, 2010). A classe 3 - Ações dos profissionais na PHC
(10,80%) mostrou que em todos municípios há ausência de ações regulares nas ILPI (Pinto et al, 2013). A Classe 4 - Atendimento
para grupos específicos na APS (8,82%) evidenciou as insuficientes atividades desenvolvidas com idosos na APS (Da Mota et al,
2011). E a classe 5 - Sentimento do profissional que trabalha na APS (7,33%) mostrou que os profissionais gostam de trabalhar
com idoso, entretanto, reconhecem necessidade de capacitação (Kanno et al, 2012).
Conclusão
Observou-se uma deficiência na APS quanto ao cuidado com idosos institucionalizados, falta de incentivos e de capacitação, além do déficit de profissionais e de ações específicas para a população senil.
REFERÊNCIAS
Carvalho C. J. A., Assunção R. C., Bocchi S. C. M., Percepção dos profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família quanto à assistência prestada
aos idosos: revisão integrativa da literatura, 2010, vol.20, n.4, 1307-1324.
Da Motta, L. B.; De Aguiar, A. C.; Caldas, C. P.; Estratégia Saúde da Família e a atenção ao idoso: experiências em três municípios brasileiros. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, 27(4): 779-786, abr, 2011.
Kanno, N. P., Bellodi, P. L., Tess, B. H., Profissionais da Estratégia Saúde da Família diante de demandas médico-sociais: dificuldades e estratégias de enfrentamento. Saude soc. [online]. 2012, vol.21, n.4, pp. 884-894
Macinko, J., M. F. Lima Costa, 2012, Access to, use of and satisfaction with health services among adults enrolled in Brazil’s Family Health Strategy: evidence the
2008 National Household Survey: Trop Med Int Health, v. 17, p. 36-42.
Pinto R.M., Da Silva S. B., Soriano R., Community Health Workers in Brazil Unified Health System: A framework of their praxis and contributions to patient health
behaviors, Soc Sci Med., 2013, 74 (6): 940-947.
Reinert M. Alceste: Une méthodologie d’analyse des données textuelles et une aplication. Bulletin de Méthodologie Sociologique 1990;28:24-54.
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Trabalho n o 169
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Percepção dos enfermeiros acerca dos
indicadores de qualidade no âmbito hospitalar
AutorAs: Ana Claudia Alcantara Garzin; Ellen Regina Sevilla Quadrado; Larissa Kozloff; Daisy Maria Rizatto Tronchin; Marta Maria
Melleiro
Instituição: Centro Universitário São Camilo
Introdução
A qualidade é condição fundamental nos serviços de saúde e deve permear as políticas e metas organizacionais direcionadas para a assistência baseada nos pressupostos de segurança e satisfação dos usuários dos serviços de saúde, bem como
dos profissionais que neles atuam(1). A qualidade em saúde é definida como conjunto de atributos que inclui um nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos e um mínimo risco ao usuário. Pode ser ainda, referida como a satisfação das
necessidades dos usuários, considerando os valores sociais existentes(2-3). É notável, que nas últimas duas décadas, as questões
relativas à qualidade em saúde têm evoluído, possibilitando ampliar seu constructo e delinear métodos apropriados para
mensurá-la. Dado os diferentes instrumentos de avaliação em saúde, os indicadores vêm se destacando, especialmente, os
que são construídos, validados e aplicados para analisar um dado fenômeno ou situação. O presente estudo foi desenvolvido a
partir da Teoria Donabediana que se baseia na tríade de estrutura, processo e resultado, e se propôs em conhecer a percepção
dos enfermeiros sobre o uso dos indicadores com o objetivo de promover melhorias e/ou tomada de decisão.
Objetivo
Conhecer a percepção dos enfermeiros em relação ao emprego de indicadores de qualidade nos seus processos de trabalho.
Método
Pesquisa exploratória-descritiva com abordagem quantitativa, com coleta prospectiva de dados, realizada em 15 hospitais
nos Estados de São Paulo e de Santa Catarina, sendo oito da rede privada e sete hospitais públicos. A coleta de dados ocorreu
no período agosto de 2013 a abril de 2014, após a anuência do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo e das instituições participantes e contou com a participação de 664 enfermeiros assistenciais. Foi
utilizado um questionário constituído de duas partes, sendo a primeira designada para os dados sócio-demográficos dos participantes e a segunda composta por 40 proposições a serem respondidas por meio de uma escala de Likert, que que é utilizada
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para medir atitudes, opiniões, percepções ou sentimentos. Foi realizada a avaliação de consistência interna do questionário
com a aplicação do teste de Alpha de Cronbach, no qual se obteve valor de 0,84.
Resultados
No que tange às proposições elencadas para análise, 89,5% dos enfermeiros concordaram que o indicador é uma medida
que verifica a qualidade da assistência prestada; 86,8% dos enfermeiros entenderam que o emprego dos indicadores traz
melhoria nos processos assistenciais de enfermagem; para 82,6% dos enfermeiros é necessário capacitar e instrumentalizar os
profissionais para o uso dos indicadores. Não houve clareza na tendência das respostas dadas às proposições que retratavam
a análise reflexiva por parte do enfermeiro ao coletar os dados dos indicadores e sobre o envolvimento dos enfermeiros na
análise dos resultados dos indicadores.
Conclusão
Os achados deste estudo permitiram analisar a percepção dos enfermeiros relacionados ao uso de indicadores, nos aspectos de gestão, cultura organizacional e educação em serviço, ressaltando a complexidade das práticas e as repercussões na
assistência. Alguns questionamentos continuam sem uma resposta unânime. O estudo também nos remete a uma reflexão
sobre a participação dos enfermeiros no processo de construção, desenvolvimento e análise crítica dos indicadores, bem como
nos planos de ações para a melhoria da qualidade assistencial.
REFERÊNCIAS
1. Tronchin DMR, Melleiro MM, Kurcgant P, Garcia AN, Garzin ACA. Subsídios teóricos para a construção e implantação de indicadores de qualidade em saúde. REv Gaúcha Enferm. 2009, 30(3):542-6.
2. Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA. 1988;260(12):1743-8.
3. Donabedian A. The role of outcomes in quality assessment and assurance. QRB Qual Rev Bull. 1992; 18(11): 356-60.
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Trabalho n o 171
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Desenvolvimento e validação de indicadores
de boas práticas em segurança do paciente:
Projeto isep- Brasil
Autores: Zenewton André da Silva Gama; Pedro Jesus Saturno Hernández; Denise Nieuwenhoff Cardoso Ribeiro; Marise Reis de
Freitas; Paulo José de Medeiros; Almária Mariz Batista; Edna Marta Mendes da Silva; Carlos Alexandre de Souza Medeiros
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
A mensuração da segurança do paciente tem recebido atenção internacional privilegiada em busca da qualidade da assistência hospitalar.1 Porém, persiste um descompasso entre a evolução conceitual da segurança do paciente2 e as estratégias
mais prevalentes de sua mensuração e monitoramento. A maioria dos indicadores atuais focam a quantificação de erros e eventos adversos, faltando o enfoque valorizar a medição das iniciativas preventivas destes problemas.1 Não dispomos no Brasil
de um conjunto de indicadores validados que mensurem a segurança do paciente a partir de práticas baseadas em evidência.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar indicadores de boas práticas de segurança do paciente para o contexto
brasileiro.
Metodologia
O projeto ISEP-Brasil foi realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Brasil) em colaboração com a Unidad de
Salud Pública da Universidad de Murcia (Espanha) entre 2012 e 2014. O desenho foi de validação de instrumentos de medida,
ao considerar os indicadores instrumentos de medida da qualidade. Tomou por base a tradução e adaptação dos indicadores
validados no Projeto ISEP-Espanha3 e o documento Safe Practices for Better Healthcare do National Quality Forum dos Estados
Unidos,4 que possui 34 recomendações de boas práticas. A validação dos indicadores foi realizada por um painel de 25 especialistas e a análise da confiabilidade e viabilidade em um estudo piloto em três hospitais com diferentes tipos de gestão (Estadual,
Federal e Privada) localizados em Natal-RN.
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Resultados
Após a fase de estudo piloto, 75 dos 83 indicadores aprovados anteriormente mostraram-se confiáveis, viáveis e úteis para
o contexto dos hospitais brasileiros. Quanto ao tipo de dado, 39 indicadores são de estrutura e 36 de processo. Contemplam
31 das 34 Boas Práticas recomendadas pelo NQF 2010 e são medidos a partir de diferentes métodos: observação direta (7 indicadores), revisão de prontuário (16 indicadores), revisão de outros documentos (2 indicadores), entrevista com profissional
de saúde responsável pelo serviço (3 indicadores), questionário autoadministrado (10 indicadores), auditoria de protocolos,
normas ou políticas (37 indicadores).
Conclusão
Em sintonia com a definição atual de segurança do paciente, os indicadores validados informam diretamente sobre a presença da diminuição do risco de dano. Adicionalmente, têm potencial de incorporação nas políticas de saúde, uma vez que
ainda é escasso o monitoramento externo de hospitais brasileiros baseado na perspectiva de avaliar a implantação de práticas
seguras baseadas em evidência. Os indicadores desenvolvidos e validados neste projeto constituem uma contribuição para a
gestão da segurança do paciente no contexto dos hospitais brasileiros.
REFERÊNCIAS
1. Vincent C, Burnett S, Carthey J. The measurement and monitoring of safety. London: Health Foundation, 2013.
2. Organización Mundial de la Salud. Marco Conceptual de la Clasificación Internacional para la Seguridad del Paciente Versión 1.1. Informe Técnico. WHO,
2009. Disponível em: Acesso em: outubro de 2014.
3. Saturno PJ et al. Construcción y validación de indicadores de buenas prácticas sobre seguridad del paciente. Madrid: Ministerio de sanidad y consumo, 2008.
4. The National Quality Forum (NQF). Safe Practices for Better Healthcare - 2010 Update: a consensus report. Washington: The National Quality Forum: 2010.
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Trabalho n o 178
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Estudo da incidência de eventos de segurança
evitáveis em UTI
AutorAs: Edzangela de Vasconcelos Santos; Renata Daud Mahfud Gallotti; Ligia Maria Dal Secco; Simone Aquino; Marcia Cristina Zago
Novaretti
Instituição: Universidade Nove de Julho - UNINOVE
Introdução
Na literatura estão bem definidos os incidentes de segurança do paciente decorrentes de ações assistenciais, porém, há
uma parcela de incidentes não classificados nesta categoria, pois estão relacionadas aos processos administrativos, ainda pouco estudados, especificamente em UTI.
Objetivo
Analisar a influência da gestão de processos administrativos na segurança de pacientes internados em quatro UTIs clínicas
de um Hospital Público destinado a atender alta complexidade.
Metodologia
A metodologia utilizada conta com uma abordagem empírica de caráter exploratório-descritivo e estratégia de pesquisa-ação. As informações relacionadas à caracterização da população e a potenciais eventos adversos foram registradas em impressos próprios, criados pela autora. As visitas médicas e de enfermagem foram acompanhadas com caráter observacional,
anotadas em impresso próprio para relatos de eventos adversos e, comparadas com a revisão diária dos registros dos prontuários. Foi realizada dupla checagem dos prontuários com os impressos de coleta de dados.
Análise dos Resultados
Foram encontrados 9.396 incidentes em 202 admissões, sendo 653 (6,94%) em 148 admissões classificados como incidentes administrativos, dos quais 99,3% são evitáveis. A idade média dos pacientes foi de 52,58 anos, com discreto predomínio do
sexo masculino (51,98%). O tempo de internação hospitalar foi, em média de 21,00 (+17,49) e de 13,20 (+13,45) (p=0,0002) nos
grupos com e sem incidentes administrativos.
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Conclusão
Desta forma, concluímos que os incidentes administrativos ocupam uma pequena, porém, importante, do total de incidentes (6,94%), ocorrendo em processos que interferem diretamente na assistência prestada, podendo gerar danos graves e até a
morte. Quase a totalidade dos incidentes de segurança relacionada às falhas administrativas foi do tipo evitável, cabendo então
o desenvolvimento e implantação de medidas de prevenção dessas ocorrências e, consequentemente contribuindo para a
melhoria da gestão e assistência ao paciente crítico.
REFERÊNCIAS
Branquinho, N. C., & De Camargo Silva, A. E. B. (2014). Cultura de Segurança do paciente em instituições de saúde: um estudo bibliométrico. Enfermería
Global, 33(1), 349-361.
Gallotti, R. M. D., Costa, S. F., Guimarães, T., Padilha, K. G., Inoue, E. N., Vasconcelos, T. N., Santos, E.V. & Levin, A. S. (2012). Nursing workload as a
risk factor for healthcare associated infections in ICU: a prospective study. PloS one,7(12), e52342.
Leitão, I. M. T. D. A., Oliveira, R. M., Leite, S. D. S., Sobral, M. C., Figueiredo, S. V., & Cadete, M. C. (2013). Análise da comunicação de eventos adversos
na perspectiva de enfermeiros assistenciais. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste- Rev Rene, 14(6), 1073-83.
Organização Mundial de Saúde. (2011). Conceptual framework for the international classification for patient safety (Divisão de Segurança do Doente,
Departamento da Qualidade na Saúde, Trad.) Rio de Janeiro: Direção Geral da Saúde. (Obra original publicada em 2009).
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 180
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Equivalência semântica, conceitual e de itens
da versão brasileira do Observable Indicators of
Nursing Home Care Quality Instrument
Autores: Wagner Ivan Fonseca de Oliveira; Kelienny de Meneses Sousa; Grasiela Piuvezam; Zenewton André da Silva Gama
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
Apesar da importância das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) como alternativa de cuidados em todo
mundo, o Brasil ainda não dispõe de instrumento válido para monitorar a qualidade neste contexto. Nos Estados Unidos utiliza-se o Observable Indicators of Nursing Home Care Quality Instrument (IOQ)1 para monitorar a qualidade da assistência à saúde nas
ILPIs. O instrumento enfoca estrutura e processo relacionados à dimensão chave da qualidade Atenção Centrada no Usuário.2
Objetivo
Adequar transculturalmente o IOQ da língua original para o português brasileiro. Metodologia: Trata-se de uma adaptação
transcultural de um instrumento de medida. A partir de um comitê de especialistas composto por 10 participantes foi realizada
a equivalência conceitual e de itens para avaliar a pertinência e viabilidade do IOQ à realidade nacional através da técnica de
grupo nominal adaptada e do Índice de Validade do Conteúdo (IVC) alusivo a cada item e ao instrumento como um todo. Em
seguida, cumpriu-se a equivalência operacional, idiomática e a semântica concomitantemente. Esta se constituiu em 05 fases:
(1) duas traduções realizadas por dois professores bilíngues brasileiros;
(2) duas retrotraduções concretizadas por dois professores bilíngues norte-americanos;
(3) apreciação formal efetivada a partir de uma profissional bilíngue da área de saúde com vivência nos Estados Unidos e Brasil.
Nesta fase avaliou-se o significado referencial das palavras constituintes comparando a versão original com as retrotraduzidas (inglês-inglês) para determinar a correspondência literal entre as versões por escalas visuais de 0% a 100% em ordem
crescente de equivalência. Posteriormente, foi apreciado o significado geral para melhor compreensão do impacto que um
termo do instrumento original possui no contexto cultural da população-alvo optando-se por uma qualificação em quatro
níveis: inalterado (IN), pouco alterado (PA), muito alterado (MA) ou completamente alterado (CA). (4) Realizou-se uma revisão
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por um segundo comitê de especialista formado por quatro componentes diretamente envolvidos no estudo; e (5) aplicação
do pré-teste em três ILPIs por pares representando entes sociais diferentes: profissionais de saúde, potenciais consumidores e
reguladores da Subcoordenadoria da Vigilância Sanitária (SUVISA).
Resultados
Modificações importantes foram realizadas a fim de garantir a equivalência do questionário à cultura nacional. O IVC dos
itens variou de 80 a 100% e do instrumento foi de 94,3% e 95,3% referentes respectivamente à viabilidade e relevância do IOQ
à realidade brasileira. Quanto ao significado referencial, observou-se similaridade entre as duas retrotraduções e o instrumento
original, variando entre 90-100% para a primeira retrotradução e 70-100% para a segunda. Com relação ao significado geral,
houve certa primazia pela versão 01 que recebeu classificação “inalterado” em 80% dos itens, enquanto a versão 02 apresentou
apenas 47%. No pré-teste o IOQ mostrou-se compreensível e de fácil aplicação.
Conclusão
A adaptação transcultural deste instrumento contribui para avaliação e melhoria da qualidade no âmbito das ILPI brasileiras.
Apesar de encorajadores, os resultados obtidos devem ser complementados à luz de avaliações psicométricas futuras.
REFERÊNCIAS
1. Rantz M, Zwygart-Stauffacher M. How to find the best eldercare: a 20-minute guide to assisted living, in-home care, nursing homes, e senior housing in
your community. United States: Fairview press; 2009.p. 103-131
2. Arah OA, Westert GP, Hurst J, Klazinga NS. A conceptual framework for the OECD Health Care Quality Indicators Project. International journal for quality
in health care : journal of the International Society for Quality in Health Care/ISQua. 2006;18 Suppl 1:5-13.
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Trabalho n o 181
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Equivalência transcultural de mensuração do
Observable Indicators of Nursing Home Care
Quality Instrument
Autores: Wagner Ivan Fonseca de Oliveira; Kelienny de Meneses Sousa; Grasiela Piuvezam; Zenewton André da Silva Gama
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
Diante da mudança demográfica e da ineficiência dos serviços de saúde nas Instituições de Longa Permanência para Idosos
(ILPIs) é relevante estabelecer padrões de qualidades e rotinas avaliativas de atenção aos cuidados para os idosos institucionalizados. Nos Estados Unidos utiliza-se o Observable Indicators of Nursing Home Care Quality Instrument (IOQ) para monitorar a
qualidade da assistência à saúde nas ILPIs. O instrumento enfoca estrutura e processo relacionados à dimensão da qualidade
Atenção Centrada no Usuário. Estudos evidenciam relação positiva desta dimensão com os clássicos resultados de saúde.1
Porém, no Brasil ainda não há um instrumento válido e confiável para monitorar a qualidade dos serviços neste contexto.
Objetivo
Apreciar a equivalência de mensuração entre o IOQ original concebido em inglês e uma versão em português, além de
realizar análise situacional das ILPIs avaliadas.
Metodologia
Trata-se de um estudo observacional transversal para validação de instrumento de medida e análise descritiva das instituições. A população foi composta por todas as ILPIs do Rio Grande do Norte (N=37). O IOQ é constituído por 30 itens em que
são atribuídos pontuações de 1-5 em ordem crescente de qualidade relacionada a aspectos diretamente observáveis. Este
instrumento, divide-se em dimensões, das quais duas são alusivas à estrutura: (1) utilização de ambientes básicos e (2) odores,
e as demais ao processo: (3) prestação de cuidados, (4) gestão da aparência dos idosos, (5) comunicação interpessoal, (6) acesso aos ambientes e (7) ambiente familiar. A coleta foi realizada por três pares de avaliadores representando diferentes entes
sociais: profissionais de saúde, potenciais consumidores e reguladores da Subcoordenadoria da Vigilância Sanitária (SUVISA).
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Para análise da consistência interna do instrumento foi adotado o Teste Alfa de Cronbach. Utilizou-se o teste Kappa para medir
a concordância entre os pares de avaliadores. Aferiu-se através da análise fatorial exploratória e confirmatória a existência de
uma estrutura multidimensional presumida a partir do instrumento original.
Resultados
As ILPIs avaliadas (N=31) apresentaram características homogêneas ao contexto brasileiro: maioria delas é de pequeno a
médio porte (±90%); nenhuma de caráter público e grande parte são de natureza privada sem fins lucrativos (±78%). Quanto
à consistência interna do IOQ obteve-se um Alfa de Cronbach elevado (0,863). O teste Kappa apresentou uma concordância
entre os pares de avaliadores de moderada a alta (0,55 entre reguladores e 0,70 entre os profissionais de saúde e potenciais
consumidores). Através das análises fatoriais identificou-se uma reconhecível correspondência dos itens com as dimensões
do instrumento original. A maior parte das ILPIs avaliadas apresentaram problemas de qualidade (±71%). Piores resultados
estevem relacionados ao processo com média de 2,8 por item, enquanto a estrutura foi de 3,75. Ressalta-se ainda que a menor
pontuação foi alusiva a prestação de cuidados (média igual a 2).
Conclusões
Grande parte das ILPIs avaliadas mostraram-se de baixa qualidade. Não obstante, os piores resultados foram relativos à
dimensão da prestação de cuidados que além de ser a mais diretamente relacionada à Atenção Centrada no Usuário é considerada o fator de maior impacto na qualidade segundo a percepção dos principais interessados nos serviços: os usuários.2 O
IOQ fora reconhecido como um instrumento válido e confiável no âmbito brasileiro sendo sugerido seu uso não apenas para
monitorar a qualidade dos serviços em saúde nas ILPIs, mas também para exigir melhorias.
REFERÊNCIAS
1. Epstein RM, Street RL. Patient-Centered Care for the 21st Century: Physicians’ Roles, Health Systems and Patients’ Preferences. American Board of Internal
Medicine Foundation, 2008.
2. Rantz MJ, Marek KD, Zwygart-Stauffacher M. The future of long-term care for the chronically ill. Nursing administration quarterly. 2000;25(1):51-8.
2015 qualihosp
449
ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 184
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o sumário
Gestão em Saúde
Otimização da gestão hospitalar baseada no
médico guardião
Autores: Pedro Benedito Batista Junior; Anderson Luis de Alvarenga; Marcio Henrique de Alvarenga; Eduardo Fagundes Parrillo;
Fernando Fagundes Parrillo
Instituição: Prevent Senior
Nas duas ultimas décadas as mudanças no contexto econômico brasileiro, aumento da renda per capita, desenvolvimento
tecnológico, acesso à informação e o upgrade dos tratamentos para patologias agudas e crônicas gerou uma mudança importante na qualidade de vida da população. A criação de um sistema de saúde para suprir a demanda de atendimento de
pacientes a partir da 6a década de vida tornou-se necessária uma vez que a pirâmide etária do país mudou. Neste contexto,
em meados de 1997 o plano de saúde Prevent Senior se desenvolveu aliando eficiência e inovação no cuidado ao paciente
idoso. Sua estrutura operacional foi constituída para priorizar o atendimento em rede própria, para desse modo, haver maior
controle do fluxo de beneficiários e objetividade na indicação de terapêuticas. Operando 8 unidades hospitalares próprias o
modelo de administração e gestão dos recursos clínicos e cirúrgicos sofreu inúmeras adaptações e a necessidade de médicos
engajados com as expectativas dos beneficiários e a otimização do sistema, criou a oportunidade para o desenvolvimento do
Médico Guardião. Um profissional com autonomia e postura exigidas de um diretor clínico, porém com posicionamento integral no fronte de atendimento junto aos médicos assistentes, equipe multi disciplinar, pacientes e familiares. O envolvimento
do Médico Guardião se mostrou fundamental na gestão estratégica e sua atuação tornou-se um modo de administração dos
atores do sistema de saúde e da organização operacional dos hospitais. Com atuação decisiva o Médico Guardião assumiu a
responsabilidade da unidade hospitalar durante as 24 horas do dia, 7 dias por semana, com o objetivo de manter a operação
eficiente e intervir em qualquer situação que saia dos padrões exigidos.
450
qualihosp 2015
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Trabalho n o 188
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Aplicação da pesquisa de cultura de segurança
em uma rede de hospitais privados no Brasil
Autoras: Angela Zerbielli; Luciana Gualberto Pinho; Ana Claudia Fernandes; Helidea de Oliveira Lima
Instituição: Rede Dor/São Luiz
DESCRITORES: Segurança do paciente; pesquisa de percepção de segurança; Rede D’Or São Luiz.
Contexto
O presente estudo foi realizado em 12 hospitais de uma rede de hospitais privados no Brasil, atualmente com mais de 4 mil
leitos, distribuídos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília.
Introdução
A segurança do paciente têm sido reconhecida como uma dimensão da qualidade do atendimento e do desempenho
organizacional. Entende-se por cultura da segurança o conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que
determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde. Uma variedade de instrumentos estão disponíveis para avaliar a
cultura de segurança do paciente em serviços de saúde. O questionário desenvolvido pela Agency for Heathcare Research and
Quality (AHRQ) - Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) - tem sido amplamente utilizado nos EUA e Inglaterra. No
Brasil, uma versão do HSOPSC foi traduzida para o português e aplicada aos profissionais de hospitais acreditados no estado
de SP. Evidenciou-se que as organizações hospitalares estudadas possuíam uma cultura de ações punitivas frente aos erros.
Objetivos
Com esse estudo espera-se ser possível a avaliação o nível de cultura de segurança do paciente nos hospitais da rede,
utilizando-se a adaptação transcultural da versão brasileira do HSOPSC. Além disso espera-se que o estudo facilite a avaliação
interna e de aprendizagem no processo de melhoria da segurança do paciente; ofereça informações para a identificação de
pontos fortes e áreas com potencial de melhoria; permita aos hospitais a comparação de seus resultados; e possibilite o acompanhamento desses dados para implementação das mudanças necessárias.
2015 qualihosp
451
ar tigo científico ou paper
Metodologia
A aplicação do questionário HSOPSC, foi realizada, por meio online, no período de 05/01/2014 a 31/03/2014, em 12 hospitais. Foi utilizado a plataforma online (SurveyMonkey®). Foram obtidas respostas ao questionário de 6.191 colaboradores, entre
todas as categorias profissionais, incluindo médicos do corpo clínico. Para o cálculo de amostra foi utilizado um erro amostral
de 2%. Todas as unidades obtiveram respostas para mais de 80% da amostra.
Resultados
Foram considerados pontos fortes valores - 75% de percepções positivas (Concordo + Concordo totalmente/Maioria
do Tempo + Sempre) e oportunidades de melhoria - 50% percepções negativas (Discordo totalmente + Discordo/Nunca +
Raramente). A segurança do paciente foi classificada como “excelente ou muito boa” por 41% dos entrevistados, mas os pontos
de maior oportunidade de melhoria foram identificados na “transferência internas e passagem de plantão”, nas “respostas não
punitivas aos erros” e no “staffing”. Os maiores pontos fortes encontrados na pesquisa foram: “estamos ativamente buscando
melhorias para a segurança do paciente” e “nesta unidade, as pessoas se tratam com respeito”.
Conclusão
Apesar das unidades analisadas adotarem as diretrizes do Programa Nacional de Segurança do paciente e já trabalharem
com a ferramenta da Acreditação, é grande o número de profissionais que responderam ainda não terem utilizado o formulário
de notificação de eventos. Ações para melhoria dos pontos encontrados dever ser tomadas de maneira sistêmica, facilitando a
implementação pela possibilidade de trocas de boas práticas entre as unidades.
REFERÊNCIAS
Claudia Tartaglia Reis, Josué Laguardia, Mônica Martins. Adaptação transcultural da versão brasileira do Hospital Survey on Patient Safety Culture:
etapa inicial - Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28(11):2199-2210, novembro 2012.
Reis, Cláudia Tartaglia - A cultura de segurança do paciente: validação de um instrumento de mensuração para o contexto hospitalar brasileiro. Tese
(Doutorado) Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de janeiro, 2013;
Resolução RDC Nº 36, de 25 de julho 2013.
452
qualihosp 2015
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Trabalho n o 190
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Humanização hospitalar implantação sistema
de chamada eletrônica
Autora: Walkiria Carvalho de Brito
Instituição: Instituto de Ortopedia e Traumatologia - FFMUSP
O presente trabalho visa apresentar a implantação do Sistema de chamada Eletrônica no ambulatório do Instituto de
Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP, o objetivo é demonstrar a ferramenta que organiza filas e disponibiliza relatórios
gerencias e indicadores de performance dos profissionais envolvidos no processo de atendimento. O desenvolvimento deste
trabalho se deu através de uma pesquisa exploratória pesquisa bibliográfica a partir de livros e artigos científicos disponíveis
na internet além de observação de campo e analise de indicadores da pesquisa de satisfação. Os resultados encontrados constituem nos melhorias dos indicadores e relatórios gerenciais que ajudou e identificou falha nos processos que gera a demora
tão discutida no atendimento além da estrutura física inadequada. A partir estes resultados foram realizadas algumas melhorias no processo e identificada a necessidade de reformulação de agendas que também é um fator impactante na demora no
atendimento ambulatorial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEF, Malkel, Dicionário Informal , PR , 2009. Disponível em:. Acesso em: 28 out.2013.
ALVES, Maria de Jesus Pinheiro, O Serviço de Atendimento Permanente Satisfação dos Utentes com Assistência de Enfermagem. Dissertação de Mestrado.
Disponível em <http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/7148> Acesso em 10 jan.14.
BRASIL,(2005). Política nacional de humanização. Humaniza SUS. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/doc_base.pdf> Acesso em
28 out. 2013/14 abril 2014.
BRASIL, Ministério de Saúde, 2011. Programação Arquitetônica de Unidades Funcionais de Saúde, SOMASUS Sistema de Apoio à elaboração de projetos de
investimento em saúde. Brasília DF. Vol. 1. Disponível em: . Acesso em 08 dez. 2013.
BRASIL. Lei nº 8.080, de 1990 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providência. Disponível em:< http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109386/lei-808090> Acesso em: 20 de out.2013.
Site Institucional, Instituto de Ortopedia e Traumatologia<, Disponível em acesso em 20 nov. 2013.
JURAN, Joseph Moses. . Wikipédia, a enciclopédia livre, São Paulo, set. 2013. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Moses_Juran>. Acesso em
28 out. 201
MARTINS, M. C. F. (2001). Humanização das relaçõesassistenciais de saúde: a formação do profissional de saúde. São Paulo, maio 2003. Disponível em:<http://
www.polbr.med.br/ano03/artigo0503_1.php> acesso 28 out. 2013.
MENDES, Ana Carolina Potier. Plano Diretor Físico Hospitalar. Uma abordagem Metodológica frente a Problemas complexos. Campinas 2007, Disponível em
. Acesso em 30 nov. 2013.
MEZZOMO, Augusto A., Humanização hospitalar: conceito de humanização. São Paulo: Editora Loyola, 2010. Cap 1,3, p.129 e 156.
MEZOMO, João Catarin. Qualidade Hospitalar: Reinventando a Administração no Hospital. Cedas, 1992.
2015 qualihosp
453
ar tigo científico ou paper
NASSEL, Constantino W., 2000. NORMA ISO 9000, Sistema de gestão da qualidade Iso 9001:2000 Requisitos e linhas de Orientação para implementação.
Disponível em: Acesso em 03 nov.2013.
PAIVA, Eliete de; GABARDO, Marilisa Carneiro Leão, Gestão de Logística no Atendimento ao Cliente/Paciente em Clínica Odontológica. Revista Gestão e Saúde.
Curitiba 2011. Disponível em < http://www.herrero.com.br/revista/Edicao%204%20Artigo%202.pdf> Acesso em 14 jan. 2011.
RIGHI, Angela Weber; SCHMIDT, Alberto Souza; VENTURINI, Jonas Cardona. Qualidade em serviços públicos de saúde uma avaliação da estratégia saúde da
família. Revista produção on line.
Gráfico 1. Quantidade de Atendimento por especialidade médica.
Fonte: SICS IOT, 2012 X 2013, Ambulatório SUS do Instituto de Ortopedia e Traumatologia . (SICS Sistema Inteligente de Chamada
Eletrônico).
Gráfico 2. Tempo médio de espera por especialidade médica.
Fonte: SICS IOT, 2012 X 2013, Ambulatório SUS do Instituto de Ortopedia e Traumatologia . (SICS Sistema Inteligente de Chamada
Eletrônico).
454
qualihosp 2015
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Trabalho n o 192
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação da higiene de mãos, prevenção
de influenza e infecções por micro-organismos
multirresistentes em hospitais de Natal/RN Brasil
Autores: Sibele Ferreira de Araújo; José Carlos Martins Leitão; Laiane Graziela Paulino Da Costa; José Gomes Neto Júnior
Instituição: UFRN
Este estudo tem por objetivo avaliar o cumprimento das Práticas Seguras de prevenção de infecções, bem como compará-las em três hospitais com diferentes tipos de gestão, por meio da aplicação de indicadores de estrutura e processo, baseados
em três recomendações do NationalQualityForum (NQF). A pesquisa apresenta-se como um estudo observacional e transversal,
realizado de fevereiro à março de 2014, em três hospitais de Natal - RN, Brasil, geridos por instâncias diferentes, sendo: Privada
(HP), Estadual (HE) e Federal (HF). Os indicadores foram coletados mediante auditoria, observação direta, revisão de prontuários
e questionário. A análise dos dados foi realizada em função do tipo de coleta de dados de cada indicador. Para as variáveis de
estrutura foi realizada uma análise descritiva da frequência absoluta de conformidade, para as de processo foram analisados
através do LotQualityAssessmentSample (LQAS) e porcentagem de adesão ou falhas. Quanto à prática de Higiene de Mãos, os resultados apontam que apesar de existir uma conformidade dos indicadores de estrutura (Protocolo, Infraestrutura e Educação
permanente), a adesão a esta prática foi insatisfatória nos três hospitais (HP=33%; HE=14%; HF=10%). Quanto à prevenção
do vírus da influenza entre os profissionais de saúde, notou-se uma boa adesão a imunização, considerando que o número
de profissionais vacinados se aproximou a 90% nos três hospitais (HP=89%; HE=88%; HF=85%), apesar de não existir normas/
protocolo sobre esta medida. Percebeu-se ausência de Política/normas de “Prevenção de Micro-organismos Multirresistentes”
nos três hospitais, bem como, uma baixa porcentagem de adesão às precauções de contato (HP=27%; HE=0%; HF=9%) e
nenhum dos hospitais alcançou conformidade em relação a avaliação do risco de infecção nas primeiras 24 horas. Em geral,
os indicadores de estrutura tiveram maior conformidade no HF, seguido do HP e HE. Quanto aos indicadores de processo, o
hospital que alcançou maior percentual de adesão às práticas seguras foi o HP, seguido do HF e HE. Conclui-se que existe uma
série de práticas baseadas em evidências científicas, políticas e programas de prevenção de infecções, porém a maioria delas
não está implantada na rotina dos hospitais avaliados. Ficou evidenciado a necessidade de uma complementação de políticas,
programas, protocolos com a avaliação contínua, vigilância e monitoramento sistemático, tanto pelos hospitais como pelos
reguladores. É necessário que os hospitais se adéquem às constantes transformações, revendo seus processos e modernizando
seus modelos de gestão, para que consigam alcançar resultados que garantam a segurança do paciente.
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ar tigo científico ou paper
Quadro 1. Indicadores de estrutura e processo de acordo com as recomendações do NQF.
Recomendação
Higiene das
Mãos
Prevenção de
Influenza
Prevenção de
Micro-organismos
Multirresistentes
Indicador
Tipo
Medida
Fórmula
Protocolo de higiene das mãos dos profissionais de saúde
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Educação permanente sobre higiene das mãos
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Adesão à higiene das mãos pelos profissionais de saúde
Processo
Observação
direta
% de Adesão
Infraestrutura para a higiene das mãos
Estrutura
Observação
direta
Sim ou não
Normas sobre vacinação dos profissionais contra influenza
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Profissionais de saúde vacinados contra Influenza.
Processo
Questionário
% de
profissionais
vacinados
Política de prevenção e controle de transmissão de
bactérias multirresistentes.
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Processo
Observação
direta
% de Adesão
Processo
Prontuário
% de Adesão
Adesão às precauções de contato
Avaliação do risco de infecção/colonização por bactérias
multirresistentes.
Tabela 1. Conformidade dos indicadores de boas práticas de prevenção de Infecções relacionados à
Higiene das Mãos em três hospitais com diferentes tipos de gestão, Natal, Rio Grande do Norte, 2014.
HP
HF
Total
1.1 Protocolo de higiene das mãos dos profissionais de saúde
Sim
Sim
3/3
1.2 Educação permanente sobre higiene das mãos
Não
Sim
2/3
33%
(n=200)
10%
(n=200)
19%
(n=600)
40%
25%
12%
8%
19%
19%
Existência de pias
UTI:
Sim
Sim
-
Enfermarias:
Sim
Sim
-
Sabão/ Solução alcoólica
UTI:
Sim
Sim
-
Enfermarias:
Sim
Sim
-
Dispensador
UTI:
Sim
Sim
-
Enfermarias:
Sim
Sim
-
Toalha
UTI:
Sim
Sim
-
Enfermarias:
Sim
Sim
-
Boa Prática: Higiene das Mãos
1.3 Adesão à higiene das mãos pelos profissionais de saúde
% Adesão (UTI)
%Adesão (Enf.)
1.4 Infraestrutura para Higiene de Mãos
HP= hospital privado; HE= hospital estadual; HF: hospital federal.
456
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ar tigo científico o u paper
Tabela 2. Conformidade dos indicadores de boas práticas de prevenção de Influenza em três
hospitais com diferentes tipos de gestão, Natal, Rio Grande do Norte, 2014.
HP
HE
HF
Total
Não
Não
Não
0/3
89%
(n=55)
88%
(n= 83)
85%
(n= 70)
88%
(n=208)
Boa Prática: Prevenção de Influenza
2.1 Normas sobre vacinação dos profissionais contra influenza
2.2 Profissionais de saúde vacinados contra Influenza
HP= hospital privado; HE= hospital estadual; HF: hospital federal.
Tabela 3. Conformidade dos indicadores de boas práticas de prevenção de Micro-organismo
Multirresistente em três hospitais com diferentes tipos de gestão, Natal, Rio Grande do Norte,
2014.
HP
HE
HF
Total
3.1 Política de prevenção e controle de transmissão de bactérias
multirresistentes:
Não
Não
Não
0/3
3.2 Adesão às precauções de contato:
27%
0%
9%
12%
Em UTI:
Paciente isolado em quarto privativo
50%
10%
100%
46,6%
Identificação na porta ou prontuário
50%
10%
65%
40%
Adesão à higiene das mãos antes e após o contato
34%
4%
28%
22%
Uso de luvas ao entrar no quarto e retirada antes de sair
80%
34%
76%
60%
Uso de avental ao entrar no quarto e retirada antes de sair
74%
12%
40%
42%
Em Enfermaria:
Paciente isolado em quarto privativo
100%
0%
100%
80%
Identificação na porta ou prontuário
100%
100%
100%
100%
Adesão à higiene das mãos antes e após o contato
52%
4%
20%
25%
Uso de luvas ao entrar no quarto e retirada antes de sair
72%
14%
32%
39%
Uso de avental ao entrar no quarto e retirada antes de sair
56%
10%
10%
25%
3/17
0/17
8/17
22%
Boa Prática: Prevenção de Micro-organismo Multirresistentes
3.3 Avaliação do risco de infecção/colonização por bactérias multirresistentes:
HP= hospital privado; HE= hospital estadual; HF: hospital federal.
2015 qualihosp
457
ar tigo científico ou paper
REFERÊNCIAS
THE NATIONAL QUALITY FORUM (NQF). Safe Practices for Better Healthcare-2010 Update: A Consensus Report. Washington, NQF; 2010. Chapter 7, ImprovingPatien
tSafetyThroughthePreventionofHealthcare-Associated Infections; p. 247-322.
MENDES, Walter et al. Características de eventos adversos evitáveis em hospitais do Rio de Janeiro. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2013, vol.59, n.5, pp. 421428. ISSN 0104-4230. http://dx.doi.org/10.1016/j.ramb.2013.03.002.
ESTUDIO NACIONAL SOBRE LOS EFECTOS ADVERSOS LIGADOS A LA HOSPITALIZACIÓN. ENEAS 2006. Madrid: Ministerio de Sanidad y Consumo; 2006.
GAMA ZAS, Saturno PJ, Ribeiro A, et al. Indicadores de boas práticas de segurança do paciente (Projeto ISEP-Brasil): Desenvolvimento e validação para o contexto de hospitais brasileiros. Relatório de pesquisa. UFRN, FAPERN, CNPq, CT-Infra: 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico
para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União da União da
República Federativa do Brasil, Brasília, 20 mar. 2002.
458
qualihosp 2015
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Trabalho n o 194
ar tigo científico o u paper
Gestão em Saúde
Inovação de modelos de negócios em serviços
de saúde de clínicas de hemodiálise
Autores: Caroline Brum Rosso; Patrícia Flores Magnago; Marcelo Nogueira Cortimiglia
Instituição: UFRGS
A gestão do serviço de saúde é de suma importância para o atendimento das necessidades da população, assim o gestor
público ou privado encontra-se com o desafio de equilibrar os custos e a qualidade dos serviços prestados aos usuários. Para
definir o planejamento e a estrutura operacional desses serviços é preciso definir o modelo de negócio a ser construído, a fim
de atender a todas as partes interessadas: usuários, profissionais da saúde, gestores públicos e privados, investidores, empresas
e fornecedores. O estudo sobre modelos de negócio está relacionado à busca pela compreensão dos mecanismos de como
as empresas criam, capturam e entregam valor ao consumidor (OSTERWALDER e PIGNEUR, 2005). Na área da saúde, os modelos de negócios são tradicionais (HWANG e CHRISTENSEN, 2008), além de haver poucos estudos que possuem esse tipo de
abordagem. Nesse contexto, este estudo busca compreender os modelos de negócios adotados por clínicas de hemodiálise
na cidade de Porto Alegre, para posteriormente, propor melhorias para atingir maior qualidade, maior produtividade e maior
segurança ao paciente por meio de inovações incrementais e disruptivas a esses modelos de negócios na área da saúde. Tal
pesquisa foi realizada em três clínicas de hemodiálise, utilizando-se entrevistas e observações. Foi possível concluir que há uma
lógica similar entre as empresas pesquisadas no âmbito da geração de valor e na estruturação de processos internos, recursos,
receitas, custos e nos demais aspectos que compõem o tratamento de hemodiálise. Esse padrão deve-se às regulamentações
governamentais que a área da saúde está envolta, no caso da hemodiálise é a Resolução da Diretoria do Colegiado nº 11 de
março de 2014. A legislação que os serviços de saúde estão submetidos é importante para haver qualidade mínima do tratamento em todas as clínicas de hemodiálise do país, contudo a legislação rígida dificulta que os gestores das clínicas pensem
em modelos de negócios diferentes do que existe na atualidade, uma vez que não há incentivo para tal. Em suma, a inovação
disruptiva só poderá ocorrer no setor do serviço de tratamento dialítico, caso a legislação vigente seja remodelada nos aspectos relacionados, principalmente, ao pagamento das sessões de hemodiálise e a estrutura do tratamento dos pacientes com
doença crônica renal. Casos como de uma empresa americana que leva a hemodiálise até a casa do paciente, são exemplos de
novos modelos de negócios que aumenta a eficiência e a qualidade do tratamento, visto que o paciente realiza sessões diárias
de hemodiálise sem a necessidade do esforço de se deslocar até a clínica. Uma alternativa de inovação incremental sem alterar
a legislação vigente é a busca pela eficiência dos serviços de saúde, com a redução dos custos, mas, simultaneamente, aumentar a qualidade do tratamento entregue ao paciente. Dentre os métodos que existem na literatura de gestão, uma metodologia
que auxiliaria nesse processo é a Lean healthcare. Essa abordagem tem no seu cerne a busca incessante por diminuir perdas do
serviço de saúde e aumentar o valor entregue ao paciente (GRABAN, 2013).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRABAN, M. Hospitais Lean. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Clarifying business models: Origins, present, and future of the concept. Communications of the association for Information Systems,
v. 16, 2005.
HWANG, J.; CHRISTENSEN, C. Disruptive innovation in health care delivery: a framework for business-model innovation. Health Affairs, v. 27, n. 5, p. 1329-1335, 2008.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 200
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Fatores relacionados à queda de pacientes:
Percepção de coordenadoras de enfermagem
Autores: Marco Antonio Alabi; Vera Lúcia Peixoto Santos Mendes; Karina Araujo Pinto
Instituição: Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia
No ambiente hospitalar, a queda é um evento frequente e, muitas vezes, é minimizado pelos profissionais, mas elas acarretam consequências físicas, psicológicas e sociais ao paciente e à família e elevam os custos da assistência, aumentando o tempo de hospitalização. Este trabalho objetiva analisar a percepção de coordenadoras de enfermagem dos setores assistenciais
de um hospital público, quanto aos fatores relacionados à queda de pacientes. Foi realizado estudo exploratório e descritivo,
em um hospital geral de alta complexidade, de referência em ortotrauma, de gestão pública estadual, localizado na cidade de
Salvador - BA. Participaram voluntariamente das entrevistas semiestruturadas 16 Enfermeiros Coordenadores de diversos setores, respondendo questões sobre a experiência relacionada à queda de pacientes, percepção quanto às complicações após o
evento, ao prolongamento de hospitalização e aos fatores associados à queda. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa,
sob o Parecer nº 925.655.
Resultados e Discussão
eram do sexo feminino (87,5%), a idade variou entre 25 e 55 anos, predominando a faixa etária de 36-45 anos (56,25%).
Quanto à experiência, 62,5% dos enfermeiros atuavam nas respectivas unidades por mais de 05 anos e os demais atuavam entre 1 e 5 anos, possuindo assim tempo de serviço considerado suficiente para a adaptação ao ambiente de trabalho e às rotinas.
A maioria dos participantes (68,25%) informou que já teve experiência com queda de paciente na organização e referiram que,
em 50% dos casos, após a queda os pacientes não tiveram complicações. Ressalta-se que no hospital não existe protocolo de
monitoramento para os casos de quedas. Dentre as consequências da queda, observou-se índice de 6% de traumatismo craniano, o que reflete a necessidade em se manter sob monitoramento o usuário que sofreu o evento de queda, para minimizar
sequelas tardias. Houve necessidade de prolongar a internação após a queda em 68,75% dos casos Foram apontados como
fatores associados ao paciente para a ocorrência da queda: confusão e desorientação mental (43,75% dos casos), ausência de
solicitação de auxílio da enfermagem (31,25%) e sonolência (25,0%). Dos fatores relacionados ao ambiente, foi apontado cerca
de 50% como sendo o uso inadequado do equipamento ou pela ausência de grades no leito, o que está associado ao mobiliário, talvez pela não padronização dos mesmos. Quanto à terapêutica medicamentosa, o uso de tranquilizantes, sedativos ou
hipnóticos foi apontado como responsável por 93,75% dos casos. Dos fatores relacionados aos cuidados da enfermagem: falta
de ações preventivas (50%), anamnese incompleta (43,75%) e assistência inadequada a paciente (6,25%) com risco de queda.
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ar tigo científico o u paper
Conclusões
A queda de pacientes hospitalizados é um problema presente e merece atenção redobrada da equipe multidisciplinar, uma
vez que aumenta o tempo de permanência, os custos assistenciais, envolve a qualidade da assistência e compromete a credibilidade do hospital, além da possibilidade de repercussões legais. A qualidade da assistência e a segurança do paciente são
alicerces para a busca da excelência do cuidado, sendo toda a Unidade responsabilizada tanto pelo êxito como pelo fracasso
do cuidado.
REFERÊNCIAS
COSTA, S.G.R.F, MONTEIRO D.R, HEMESHAT M.P, ALMEIDA M.A, Caracterização das quedas do leito sofridas por pacientes internados em um hospital universitário. Rev. Gaucha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 p.12.
DECESARO, M.N; PADILHA, K.G. Iatrogenia na Assistência de Enfermagem Durante a Internação em UTI: Queda de Pacientes Revista Ciência, Cuidado e Saúde
Maringá v.1,n.1, p.159-162,1. Em 2002.
MINISTERIO DA SAÚDE- GABINETE DO MINISTRO-Portaria Nº 529, de 1º de Abril de 2013- Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente(PNSP).
2015 qualihosp
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 203
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Eventos adversos ocorridos com idosos em
uma clínica cirúrgica
Autora: Ana Lúcia Queiroz Bezerra
Instituição: Universidade Federal de Goiás
Introdução
Eventos adversos são incidentes que resultam em dano intencional decorrente da assistência e não relacionado à evolução
da doença de base1. Na assistência pré e/ou pós-operatória, os eventos adversos decorrentes do cuidado acometem sete
milhões de pessoas, anualmente, totalizando dois milhões de óbitos, sendo 50% evitáveis2. Estudo com idosos apontou que,
77,7% sofreram algum tipo de evento adverso durante a internação, sendo relacionados a dispositivos tubulares, erros de medicação e queda3 .Ser idoso constitui-se fator de risco para eventos adversos, com consequências mórbidas e significativas, que
podem interferir nas atividades diárias do indivíduo e influenciar na probabilidade de quedas em domicílio, após alta hospitalar4. A análise dessas evidências é necessária e subsidia as ações preventivas para a ocorrência de incidentes, minimizando
os potencias riscos assistenciais, o que contribui para qualidade dos processos de trabalho e segurança do paciente idoso
hospitalizado.
Objetivos
Estimar a prevalência e fatores associados aos eventos adversos relacionados à assistência à saúde de idosos hospitalizados
em uma clínica cirúrgica de um hospital universitário.
Método
Estudo transversal, retrospectivo, com 260 internações de idosos admitidos na clínica cirúrgica de um hospital universitário
da região Centro-Oeste do Brasil, no período de julho a dezembro de 2013. A fonte de dados foram os prontuários e a coleta
foi norteada por instrumento pré-validado. Os achados foram inseridos em banco de dados do Programa Statistical Packpage
for the Social Sciences, versão 20.0. Calculou-se a prevalência e intervalos de 95% de confiança. Realizou-se análise descritiva e,
para identificar os fatores associados, utilizou-se o teste qui-quadrado. A análise multivariada foi realizada com variáveis que
obtiveram p<0,10 em análise univariada, considerando significantes as associações com p<0,05.
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Resultados
A prevalência dos eventos adversos foi estimada em 58,8% (IC 95%: 52,8% - 64,7%) o que corresponde a 153 internações
expostas. Foram identificados 531 registros de eventos adversos, com média de 2,04 ocorrências por internação. O tipo de
evento mais frequente relacionou-se ao processo clínico. A ocorrência de dor não resolvida se destacou com 80,2%; retirada
não programada e obstrução de dispositivos tubulares 7,2%; falhas durante procedimentos técnicos, deiscência cirúrgica e
processo alérgico (exceto medicamentos) 2,6%. Em relação à administração clínica, 4,7% foram relacionados a exame marcado
e não realizado e suspensão de cirurgia. A reação adversa a medicamento correspondeu a 2,6%. Outros eventos adversos constatados foram infecção hospitalar 1,9%; queda e úlcera por pressão 0,4%; e a falta de hemoderivados 0,4%. Dentre os fatores
independentes para a ocorrência de evento adverso, o tempo de internação superior a nove dias se destacou (p=0,000), por
aumentar a exposição em até 32 vezes (IC 95% 7,2 - 142,1), quando comparado às internações com período inferior.
Conclusão
Estes eventos apresentam impacto na mortalidade e no tempo de internação e apontam falhas na organização do serviço
e a necessidade de estabelecer ações educativas para o aperfeiçoamento dos processos de trabalho e melhor articulação entre
os subsistemas integrados à instituição, com foco na promoção da qualidade e segurança do idoso.
REFERÊNCIAS
1. World alliance for patient safety. Taxonomy. The conceptual framework for the international classification for patient safety; 2009.
2. Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: manual - cirurgias seguras salvam vidas; 2009.
3. Nascimento et al. Indicadores de resultados da assistência: Análise dos eventos adversos durante a internação hospitalar. Rev Lat am Enf. 2008;16(4):746-51.
4. Davenport RD et al. Falls following discharge after an in-hospital fall. BMC Geriatr. 2009;9:53.
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Trabalho n o 204
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o sumário
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Representação social da cultura de segurança
do paciente para profissionais de um hospital
do Rio Grande do Norte, Brasil
Autores: Jose Gomes Neto Júnior; Zenewton Andre da Silva Gama; Sibele Ferreira de Araújo; Laiane Graziela Paulino da Costa; Almária
Mariz Batista
Instituição: UFRN
PALAVRAS-CHAVE: Cultura de segurança; Hospital; Representação social.
Introdução
Apesar da existência de recomendações que enfatizem a necessidade de criação e manutenção de cultura de segurança
organizacional para melhoria da segurança do paciente, através de estabelecimento de estruturas e sistemas de liderança,
processos de medida, intercâmbio e intervenções em cultura de segurança, treinamento da equipe de trabalho e identificação
de riscos e danos à segurança do paciente, ainda é necessário avançar, significativamente, quanto ao desenvolvimento de
conhecimento sistemático sobre cultura de segurança em serviços de saúde, além de informações sobre suas condições de
funcionamento, uma vez que a cultura de segurança apresenta especificidades locais, requerendo análise quali-quantitativa
para compreensão deste aspecto da qualidade do serviço de saúde.
Objetivo
Descrição do contexto em que se desenvolve a cultura de segurança neste hospital.
Metodologia
Buscou-se apreender o, mais fielmente possível, a realidade da cultura de segurança do paciente em um hospital geral de
urgência/emergência da rede pública estadual de Natal, de outubro a dezembro de 2013. Através de técnica de análise do
conteúdo falado pelos profissionais entrevistados, foi construída a representação social que o conteúdo deste discurso tem
para o depoente. Para tal, foram estabelecidas as variáveis (elementos de cultura de segurança) notificação de evento adverso,
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trabalho colaborativo, qualidade do serviço de saúde, aprendizado organizacional, gestão do serviço de saúde, sobrecarga de
trabalho e deficiência de capacitação.
Resultados
Foram analisados 28 questionários, nos quais, em seu conjunto, constatou-se 56 elementos relacionados a cultura de segurança. Destes, 30,4% faziam referenciam à qualidade do serviço de saúde, 26,8% à gestão do serviço de saúde, 14,3% à trabalho
colaborativo, 8,9% à sobrecarga de trabalho, 8,9% à notificação de evento adverso, 5,4% à aprendizado organizacional e 5,4%
à deficiência de capacitação.
Conclusão
Ainda é necessário avançar, significativamente, quanto ao desenvolvimento de conhecimento sistemático sobre cultura de
segurança em serviços de saúde como informações sobre por que e sob que condições a intervenção em cultura de segurança
funciona.
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, LDA; 1977. NATIONAL QUALITY FORUM (NQF). Safe practices for better healthcare - 2010 update: a consensus
report. 2010.
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Trabalho n o 205
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Aplicação da metodologia Lean em um Pronto
Socorro
Autoras: Ana Maria Campo Alves da Cunha; Fernanda de Andrade; Monica Bertolini Garcia
Instituição: Centro Universitário São Camilo
O pensamento Lean é uma metodologia, de cinco passos que tem como essência fazer mais com menos e, ao mesmo tempo chegar mais perto de fornecer aos clientes o que eles querem, quando querem e na quantidade de que precisam (JOINT
COMMISSION, 2011). O primeiro passo é especificar o valor para o paciente com ênfase na sua segurança e seu conhecimento
dos resultados esperados, incentivando-os a participar das decisões do seu tratamento. O segundo passo é identificar a cadeia
de valor para o paciente: quando ele chega à emergência realiza-se a resolução do seu problema (diagnóstico), o gerenciamento de informações (do diagnóstico que irá orientar seu tratamento) e o caminho físico ( onde ficará ao longo de sua internação
até a alta). .O terceiro passo é o fluxo, definido como a laboração do serviço de maneira contínua sem interrupções. Na cadeia
de valor já enxuta, deve-se criar harmonia entre as atividades, de forma ordenada (JOINT COMMISSION, 2011). O quarto passo
é o puxar: produzir o que os clientes demandam, dentro de um fluxo continuo, permite puxar os serviços na medida de suas
necessidades, acomodando as mudanças conforme essa demanda. O quinto passo é a perfeição, numa busca constante de
melhoria nos processos evitando desperdícios, falhas e barreiras. (GRAVAN, 2013) Os desperdícios mais comuns são: espera pela
consulta, por resultados de exames ou por medicação; transporte entre áreas para pacientes e materiais, movimentação por
distancia entre áreas afins como PS e o centro diagnóstico, excesso de processamentos, como as mesmas perguntas em todos
os setores que o paciente realiza procedimentos que pode ser resultado de falta de comunicação entre pessoas ou departamentos; estoques desnecessários a maior (perdas de espaço e dinheiro) ou a menor (desperdício de movimento, custo e expedição), e ainda desperdício por falhas, como não realizar procedimentos corretos na primeira vez (JOINT COMMISSION, 2011).
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo analisar o resultado da implantação da metodologia Lean no setor de Pronto Socorro.
Metodologia
A metodologia utilizada foi um estudo de caso, com pesquisa quantitativa por meio de dados secundários por método
indutivo.
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Resultados
Inicialmente foi montado o fluxo dos pacientes no PS, e projetada uma nova proposta para melhoria do processo. A seguir a
identificação dos passos para implantação da metodologia Lean no setor de Pronto Socorro; após um ano (janeiro a dezembro
2012) foi analisado a produtividade antes e após a aplicação da metodologia por meio do indicador de Produtividade Médica
(com aumento de 69%); a qualidade agregada aos serviços prestados por meio do indicador de Índice de Retorno do Paciente
em <24h (com a redução de 0,70%); o envolvimento das pessoas no processo, por meio do indicador de Quantidade de
Exames Laboratoriais realizados(com a redução de 18%), com a utilização dos exames considerados de urgência; e o indicador
de Quantidade de Itens de Prescrição Médica (com redução de 21%) com a implantação de protocolos. A área foi reformada
para melhorar o fluxo de atendimento.
Considerações Finais
A implantação da cultura lean, exige um sentido de responsabilidade e respeito entre todos os envolvidos: funcionários,
parceiros, pacientes e familiares na condição de principais consumidores no esforço de melhoria de processos. Valoriza a padronização dos métodos de trabalho em nome da segurança, da qualidade e da produtividade, e é projetado fisicamente para
minimizar desperdícios para o paciente e para todos que trabalham nesses locais.
REFERÊNCIAS
GRAVAN, Mark. Hospitais Lean: melhorando a qualidade, a segurança dos pacientes e o envolvimento dos funcionários. Porto Alegre. Bookman,2013. O pensamento Lean na saúde: menos desperdício e filas e mais qualidade e segurança para o paciente. Porto Alegre. Bookman, 2013.
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 207
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Adesão à práticas seguras para prevenção de
infecções relacionadas à assistência à saúde
Autores: Laiane Graziela Paulino da Costa; Zenewton André da Silva Gama; Rosângela Maria Morais da Costa; Marise Reis de Freitas;
Sibele Ferreira de Araújo
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
As infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS) representam um dos mais importantes problemas de saúde pública
em todo mundo. De acordo com a OMS, a prevalência de infecções de países em desenvolvimento pode ser o dobro comparado a países desenvolvidos. Esta estimativa é de 15,5 por 100 pacientes, quanto na Europa ou EUA a prevalência é de 7,6 por 100
pacientes. Entretanto, nota-se poucas publicações de estudos no país relacionados sobre práticas seguras para a redução de
IRAS. Neste contexto, quatro infecções específicas, respondem por mais de 80% de todas as ‘infecções hospitalares: de corrente
sanguínea relacionadas ao cateter venoso central, de sítio cirúrgico, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções
do trato urinário associada ao cateter. O objetivo do estudo foi avaliar a segurança do paciente com base na adesão a boas
práticas de prevenção de infecções, bem como compará-las em três hospitais com diferentes tipos de gestão. Trata-se de um
Estudo observacional e transversal, realizado de fevereiro a março de 2014, em três hospitais de Natal - RN, Brasil, geridos por
instâncias diferentes, sendo: Privada (HP), Estadual (HE) e Federal (HF). Foram utilizados indicadores de estrutura e processo,
baseados em quatro recomendações do National Quality Forum. A coleta foi realizada mediante auditoria, observação direta,
revisão de prontuários e entrevista. A análise dos dados foi realizada em função do tipo de coleta de dados de cada indicador.
Para as variáveis de estrutura foi realizada uma análise descritiva da frequência absoluta de conformidade, para as de processo
foram analisados através do Lot Quality Assessment Sample (LQAS) e porcentagem de adesão ou falhas. O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados demonstram que a manutenção segura do CVC se mostrou satisfatória em
todos os hospitais avaliados (82%). HE não apresentou protocolo para a profilaxia antibiótica em cirurgias e protocolo de pré-operatório de pele e mucosas; observou-se o cumprimento da rotina de profilaxia (71%), sendo as oportunidades de melhoria
principalmente no antibiótico apropriado (56% de falhas) e momento aplicado (41% de falhas); o HF não apresentou protocolo
para cuidados ao paciente em ventilação mecânica; as principais falhas encontradas foram a ausência de cuidados dentários e
profilaxia para úlceras pépticas; quanto a prevenção de infecção associada ao cateter urinário (IACU), apenas o HP apresentou
protocolo de prevenção de IACU e nenhum dos hospitais alcançou a conformidade (35%) em relação a remoção do cateter
vesical nas primeiras 48h do pós-operatório. Em geral, os indicadores de estrutura tiveram maior conformidade no hospital
privado, seguido do federal e estadual. Quanto aos indicadores de processo, o hospital privado alcançou maior percentual de
adesão às práticas seguras, seguido do federal e estadual. Ressalta-se uma variabilidade de adesão às práticas em relação aos
hospitais avaliados, apontando que mesmo com normas instituídas e consolidadas cientificamente, nem sempre são seguidas
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ou realizadas. Demonstrando assim, a necessidade de uma complementação de políticas, programas e protocolos com avaliação contínua e monitoramento da implantação destas práticas preventivas, de forma que assegurem tanto a adesão quanto à
conformidade dessas práticas pelos hospitais e reguladores.
Quadro 1. Características dos indicadores de boas práticas para segurança do paciente
medidos no projeto.
Recomendação
Uso de Cateteres Venosos
Centrais
Atenção ao Paciente em
Ventilação Mecânica
Indicador
Tipo
Medida
Fórmula
Normas sobre prevenção de infecções associada à
CVC.
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Manutenção Segura de CVC
Processo
Observação
direta
% de Falhas
Protocolo para cuidados ao paciente em ventilação
mecânica.
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Protocolo para preparo pré-operatório da pele e
mucosas.
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Adequação da profilaxia antibiótica em cirurgias.
Processo
Prontuário
% de Adesão
Controle da normotermia em cirurgias de cólon e
reto.
Processo
Entrevista
Sim ou não
Protocolo para prevenção de infecção urinária
associada a cateter.
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Educação para a inserção e manutenção dos
cateteres urinários.
Estrutura
Auditoria
Sim ou não
Remoção do cateter vesical nas primeiras 48h do
pós-operatório.
Processo
Prontuário
% de adesão
Protocolo para profilaxia antibiótica em cirurgias.
Prevenção de infecção
do sítio cirúrgico
Prevenção de Infecção
Urinária Associada a
Cateter
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 208
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Lista de abreviaturas, símbolos e expressões
de doses associados a erros de medicação
Autores: Élida Dias Cândido; Zenewton André Da Silva Gama; Almária Mariz Batista; Denise Nieuwenhoff Cardoso Ribeiro; Francisca
Sueli Monte Moreira
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Introdução
O uso de abreviaturas em prescrições está entre as causas mais citadas de erros de medicação, sendo já antiga a ideia de
eliminar seu uso. Importantes consensos e documentos internacionais destacam a necessidade de padronizar o uso de abreviaturas e símbolos nas prescrições. No Brasil, entretanto, ainda não foi desenvolvido e validado um conjunto de abreviaturas
e símbolos que devem ser evitados, sendo necessário, desta forma, traduzir, adaptar ao português e validar uma lista de abreviaturas e símbolos não recomendados, bem como desenvolver abreviaturas e símbolos específicos em consonância com o
contexto brasileiro.
Objetivo
Sugerir uma lista adaptada ao contexto brasileiro que auxilie a elaboração desse tipo de documento em cada hospital,
contribuindo, particularmente, para redução de erros de medicação e, em âmbito mais amplo, para consolidação do Programa
Nacional de Segurança do Paciente.
Metodologia
Este estudo foi realizado por profissionais farmacêuticos, e especialistas em gestão da qualidade. As fases do estudo foram
(1) adaptação transcultural das listas internacionais de abreviaturas; (2) validação de face, conteúdo e critério.
Análise dos Resultados
O comitê de especialistas entrou em consenso sobre a importância de uma lista com um total de 19 abreviaturas, símbolos
e expressões de doses. Este foi o resultado da tradução e avaliação da aplicabilidade ao Brasil das listas internacionais já existentes, além de um item adicionado pelo comitê técnico, por julgarem-no como potencial causa de erro de medicação. Quanto ao
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item adicionado pelo comitê, trata-se da abreviatura Cp, cujo significado pode ser tanto comprimido quanto cápsula, portanto,
considerada inadequada. Desta forma, o mais adequado seria utilizar as abreviaturas Comp e Cap ou por extenso Comprimido
e Cápsula, respectivamente. Durante a tradução e adaptação transcultural notou-se que algumas abreviaturas presentes nas
listas internacionais não se aplicavam a realidade da língua brasileira. Como por exemplo, no caso das abreviaturas D (dia), MTX
(metotrexato), as quais, por sua vez, não foram introduzidas na proposta da lista brasileira. Para o contexto brasileiro, de forma
geral, utiliza-se por extenso Dia, não abreviatura, assim como se utiliza também a forma por extenso Metotrexato, quando se
trata de fazer referência a, respectivamente, posologia e nome de medicamento. Além disso, Mitoxantrona está, praticamente,
em desuso no Brasil.
Conclusão
Este estudo contribuiu para melhorar a segurança do paciente, ao disponibilizar uma lista de abreviaturas, símbolos e expressões de doses não recomendadas adaptadas ao contexto dos hospitais brasileiros, auxiliando a gestão da qualidade.
REFERÊNCIAS
ROSA, M.B; PERINI, E; ANACLETO; T. A; NEIVA, H.M; BOGUTCHI, T. Erros na prescrição hospitalar de medicamentos potencialmente perigosos. Revista de Saúde
Pública. 43 (3):490-8.2009
NATIONAL QUALITY FORUM (NQF). Safe practices for better healthcare - 2010 update: a consensus report. Washington, DC: NQF; 2010
AGENCY FOR HEALTHCARE RESEARCH AND QUALITY (AHRQ). Making health care safer II: an updated critical analysis of the evidence for patient safety practices, n.
211, 2013.
Institute for Safe Medication Practices (ISMP). List of error-prone abbreviations, symbols, and dose designations. ISMP Medication Safety Alert, v. 8, n. 24, 2013.
M. J. OTERO LÓPEZ, R. MARTÍN MUÑOZ, A. DOMÍNGUEZ-GIL HURLÉ. Seguridad de Medicamentos. Abreviaturas, símbolos y expresiones de dosis asociados a errores
de medicación. Farm Hosp Madrid 2004; 28 (2): 141-144
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ar tigo científico ou paper
Trabalho n o 209
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Termômetro de sensibilização: Uma
ferramenta de avaliação da cultura
organizacional durante a implantação da
acreditação
Autores: Gilmara Pereira Espino; Leonidas de Moraes Sobrino Porto; Marlon Nicolas Ramos de Oliveira; Helidea de Oliveira Lima
Instituição: Governance Care e GPeS Gestão de Projetos em Saúde
Introdução
Observamos nos processos de implantação da acreditação, dentre outras dificuldades, duas que nos motivaram a uma
maior exploração: a falta de compreensão da essência do método e a falta de motivação da equipe para a adesão às mudanças
culturais necessárias a implantação do processo.
Objetivos
O Termômetro de Sensibilização (TS) é uma ferramenta com o objetivo de mapear a cultura da organização, analisando uma
pesquisa direcionada, a relação entre o conhecimento e sensibilização dos profissionais quanto ao processo de implantação
da Acreditação.
Metodologia
No TS é aplicado questionário customizado por categoria profissional (diretores, gerentes e supervisores, médicos staffs,
médicos do corpo clinico, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, profissionais da hotelaria, almoxarifado
e administrativos). É definido a amostra ideal por categoria profissional e disponibilizado formulários em meio eletrônico, e
em alguns casos, meio físico. As questões foram distribuídas de modo a avaliar as seguintes variáveis: “conhecimento geral e
específico sobre segurança do paciente” e “atitude ou sensibilização em relação ao tema”. Cada variável representa um eixo no
gráfico onde os grupos são dispersos de forma que se possa identificar grupos com potencial de liderar outras equipes (alto
conhecimento e alta sensibilização), grupos que demandam prioritariamente informação básica (alta sensibilização e baixo
conhecimento), grupos que demandam prioritariamente ações de motivação (alto conhecimento e baixa sensibilização) e
grupos de atenção (baixo conhecimento e baixa sensibilização). A nota para cada questão varia de 0 a 5. Ao final obtém-se um
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gráfico representado por quatro quadrantes onde o ponto de intersecção é a nota media do hospital, e os grupos são representados por esferas com proporção ao tamanho do grupo.
Análise de Resultados
O teste do TS foi realizado em dois hospitais de igual porte, localizados ambos em São Paulo e sob a mesma direção geral.
O Hospital A não possuía nenhum certificado de acreditação e o Hospital B era Acreditado com Excelência (ONA 3). Obtivemos
833 respostas do Hospital A e 1137 respostas do Hospital B. Foi considerado uma amostra válida, com nível de confiança de
95% e erro amostral de 5%. Na variável conhecimento, todos os grupos relacionados a atividade assistencial (médicos, enfermeiros, equipe de farmácia e de apoio multidisciplinar) do Hospital B tiveram melhor desempenho do que os mesmos grupos
do hospital A. A saber: Médicos externos: 2,7(A) e 3,18 (B); Médicos Staff: 2,46 (A) e 2.86 (B); Enfermagem: 3,64 (A) e 4 (B); Apoio
Multidisciplinar: 2,16 (A) e 4 (B); Farmácia: 2,96 (A) e 3,19 (B). Na variável sensibilização, a diferença entre a mínima nota do hospital A (2,28 para médicos staff ) e a máxima (4,03 para farmácia) foi de 1.75 pontos, enquanto que para o hospital B, a variação
foi de 0,99 pontos (mínima de 2,52 para farmácia e 3,51 para enfermagem). Quanto menor a variação, mais homogêneo é a
instituição. Quando dispostos no gráfico, o hospital A se mostrou sensivelmente mais coeso do que o hospital B, no que se
refere cultura de segurança do paciente, como era de se esperar considerando que se trata de hospital já acreditado. Após
fase de testes com o hospital A e B, a ferramenta foi novamente aplicada em outros cinco hospitais brasileiros, com resultados
igualmente coerentes.
Conclusão
O TS comprovou ser ferramenta eficaz para apoio diagnostico da cultura de segurança de um hospital, contribuindo para
que o gestor verifique se a estratégia institucional está sendo desdobrada adequadamente até o nível assistencial e administrativa da operação. Com a utilização do TS evidencia-se o conhecimento, engajamento e motivação da equipe da organização
no que se refere ao processo da acreditação.
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Trabalho n o 210
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Como avaliar o engajamento do corpo clínico
ao processo da acreditação
Autores: Gilmara Pereira Espino; Leonidas de Moraes Sobrino Porto; Marlon Nicolas Ramos de Oliveira; Helidea de Oliveira Lima
Instituição: Governance Care e GPeS Gestão de Projetos em Saúde
Introdução
O sistema de saúde necessita uma transformação radical, passando de um sistema de saúde centrado no trabalho individual do médico para uma abordagem baseada num trabalho de equipe centrado no paciente. Cabe aos médicos serem líderes
desse processo de mudança. No processo da Acreditação observamos que alguns médicos se envolvem mais na implantação
e na adesão à mudanças necessárias.
Objetivos
Analisar o engajamento do corpo clínico no processo de acreditação, a partir da frequência diária com que trabalha na
instituição, utilizando o Termômetro de Sensibilização (TS). Identificar profissionais que possam atuar como multiplicadores.
Metodologia
Foi avaliado a aplicação do TS aplicado ao corpo clínico de 5 hospitais de grande porte, todos Acreditados na metodologia
da Organização Nacional da Acreditação, localizados em SP (03), no RJ (01) e no DF (01). Foram obtidas 1.075 respostas de
médicos que atuavam no centro cirúrgico (57%), pronto-atendimento (13%), unidade intensiva (10%), internação clínica e ambulatório (9%), Serviço de Apoio Diagnóstico (5% ) e outros (6%). Para análise, os respondentes foram divididos em 2 grupos:
Grupo 1 (A) com os que frequentam a instituição até 2 dias por semana (768 médicos) e Grupo 2 (B) com os que frequentam
a partir de 3 dias por semana (307 médicos). Cada instituição convidou diretamente o próprio corpo clínico, de modo que as
respostas refletem a percepção do profissional sobre o hospital que o convidou.
Análise de Resultados
77% de todos os entrevistados afirmaram trabalhar em alguma outra instituição acreditada. Sobre o hospital que lhes aplicava a pesquisa, 53,59% de A sabiam se tratar de hospital acreditado, contra 75,08% de B (destes, contudo, 47,23% não sabiam
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dizer qual o nível mais recente de acreditação do hospital). Grupos A e B reconhecem igualmente (73,5%) que a responsabilidade com a segurança do paciente é de todos, inclusive das equipes não-assistenciais, acompanhantes e próprio paciente.
Também concordam sobre as principais vantagens e desvantagens da metodologia. Vantagens mais citadas: “protocolos e
procedimentos bem definidos”, “todos os funcionários aprendem como executar melhor as próprias tarefas” e “equipes mais
comprometidas”. Desvantagens mais citadas: “pouca flexibilidade nas rotinas”, “auditorias constantes, gerando pressão exagerada” e “aumento no tempo de espera do paciente”. Para 22,14% de B, não há desvantagens significativas. Este grupo prefere
ser informado sobre o processo de acreditação do hospital por meio de: e-mail (34,43%), pessoalmente (17,48%), palestras e
treinamentos (15,64%), mala-direta (9,86%), cartazes (8,94%), SMS (7,75%) e telefone (5,91%). Para o Grupo A, as preferências
mudam para: e-mail (46,33%), palestras e treinamentos (14,32%), mala-direta (12,41%), pessoalmente (9,18%), cartazes (7,54%),
SMS (6,03%) e telefone (4,18%).
Conclusão
Quanto maior a frequência do médico no hospital, melhores são o entendimento sobre a estratégia institucional para segurança do paciente, a percepção sobre o valor da acreditação e o engajamento. Isto indica a necessidade de políticas distintas
de comunicação interna para os grupos A e B. Gestores hospitalares podem se beneficiar da identificação precoce de cada
grupo, incentivando a participação do Grupo A nas discussões estratégicas sobre segurança do paciente e abastecendo-o com
indicadores de qualidade que consolidem a percepção sobre as vantagens e esclareçam as desvantagens. O Grupo A pode ser
encarado estrategicamente como o agente multiplicador da informação para o Grupo B, contribuindo sensivelmente para a
consolidação mais rápida da cultura de segurança no hospital.
REFERÊNCIAS
Thomas H. Lee, Toby Cosgrove. Engaging Doctors in the Health Care Revolution. Harvard Business School, June 2014.
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Trabalho n o 215
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o sumário
Gestão em Saúde
Impacto das internações de urgência e
emergência no financiamento do Sistema Único
de Saúde (SUS) no Brasil
Autores: Jacson Venâncio de Barros; Roger Daglius Dias
Instituição: HCFMUSP
Introdução
A área de urgência e emergência constitui-se em um importante componente assistencial do sistema único de saúde (SUS).
No SUS, as internações hospitalares podem ocorrer em caráter eletivo ou de urgência/emergência. O objetivo deste estudo foi
comparar o faturamento decorrente das internações hospitalares em caráter de urgência em relação às internações eletivas
no SUS.
Metodologia
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo realizado por meio da análise de todas as internações hospitalares ocorridas no sistema único de saúde (SUS) do Brasil no período de 01 de janeiro de 2008 a 31 de março de 2013. Os dados foram obtidos no sistema de informação hospitalar (SIH/SUS) a partir das autorizações de internação hospitalar (AIH). As variáveis foram
categorizadas de acordo com o caráter da internação em eletiva e de urgência e tabuladas no software Microsoft Excel 2013.
Resultados
Foram analisadas um total de 58.648.294 internações hospitalares. Destas, 58,8% foram de pacientes do sexo feminino e
41,2% do sexo masculino. As internações em caráter eletivo corresponderam a 20,3%, as de urgência a 78,58% e as demais
representando 1,19%, do total. A média de permanência foi de 5,7 dias nas internações eletivas e de 5,6 dias nas de urgência.
A porcentagem de diárias de UTI em relação ao total de diárias foi de 3,7% nas internações eletivas e de 6,5% nas de urgência.
A taxa de mortalidade foi de 1,5% e 4,0% nas internações eletiva e de urgência, respectivamente. O valor total ressarcido pelo
SUS, no período de estudo, foi de US$ 29,4 bilhões, sendo US$ 7,2 bilhões (24,4%) nas internações eletivas e de US$ 21,8 bilhões
(74,6%) nas de urgência e nas demais US$ 432,8 milhões (1,30%). O valor total gasto por paciente-dia foi em média US$ 104,04
nas internações eletivas e US$ 84,50 nas de urgência.
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Conclusões
As internações de urgência/emergência são responsáveis pela maior parte dos gastos assistenciais com internações hospitalares no SUS. Embora o maior valor absoluto de gastos seja com as internações de urgência, o faturamento por paciente-dia é maior nas internações eletivas. Este resultado pode refletir uma inadequada remuneração das internações de urgência
que possuem necessidade maior de UTI e pacientes mais graves (representada pela mortalidade), fatores estes que acarretam
maiores custos.
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Trabalho n o 216
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Gestão da Assistência
Financiamento de internações hospitalares no
Sistema Único de Saúde (SUS): Comparação
entre as especialidades clínica e cirúrgica
Autores: Roger Daglius Dias; Jacson Venâncio de Barros
Instituição: Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da FMUSP
Introdução
No sistema único de saúde (SUS), as internações hospitalares podem ocorrer de maneira eletiva ou de urgência/emergência.
As principais especialidades responsáveis pelas internações hospitalares no SUS são a clínica e a cirurgia. Até o momento, não
há na literatura nenhum estudo que analise o financiamento das internações no SUS comparando as diferentes especialidades.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi comparar o faturamento decorrente das internações hospitalares entre as especialidades clínica
e cirúrgica no SUS.
Metodologia
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo realizado por meio da análise de todas as internações hospitalares ocorridas no sistema único de saúde (SUS) no período de 01 de janeiro de 2008 a 31 de março de 2013. Os dados foram obtidos no
sistema de informação hospitalar (SIH/SUS). Os dados foram tabulados no software Microsoft Excel 2013.
Resultados
Foram analisadas um total de 58.287.261 internações hospitalares. Destas, 16.831.962 (28,9%) foram cirúrgicas, 20.988.836
(36,0%) clínicas, 10.849.034 (18,6%) obstétricas, 6.937.646 (11,9%) pediátricas e 2.679.783 (4,6%) psiquiátricas. Quando comparamos as internações cirúrgicas às clínicas, notamos que em caráter eletivo as cirúrgicas (68,0%) são mais frequentes que as
clínicas (17,3%) e em caráter de urgência as internações clínicas (40,6%) são mais frequentes que as cirúrgicas (19,2%). A média
de permanência das internações cirúrgicas foi de 2,82 dias e 5,27 dias nas eletiva e de urgência, respectivamente. Nas internações clínicas, a média de permanência foi de 10,8 dias nas eletivas e 5,9 dias nas de urgência. A porcentagem de diárias de UTI
em relação ao total de diárias foi de 6,9% nas internações cirúrgicas eletivas, 10,8% nas cirúrgicas de urgência, 2,8% nas clínicas
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eletivas e 5,9% nas clínicas de urgência. A mortalidade foi de 0,7% nas internações cirúrgicas eletivas, 3,41% nas cirúrgicas de
urgência, 5,5% nas clínicas eletivas e 7,7% nas clínicas de urgência. No período analisado, o faturamento total das internações
cirúrgicas foi de R$ 26.990.434,74 comparado a R$ 18.402.453.348,10 das internações clínicas. O valor médio gasto por paciente-dia foi de R$ 461,17 nas internações cirúrgicas eletivas, R$ 354,32 nas cirúrgicas de urgência, R$ 104,78 nas clínicas eletivas
e R$ 144,31 nas clínicas de urgência.
Conclusões
A especialidade cirúrgica é a responsável pela maior parte dos gastos assistenciais com internações hospitalares no SUS.
Quando comparado às internações cirúrgicas eletivas, as internações cirúrgicas de urgência têm maior tempo de permanência,
maior necessidade de UTI e maior gravidade (representado pela mortalidade). No entanto, as internações cirúrgicas de urgência possuem um menor valor de faturamento por paciente-dia. Estes resultados podem representar um subfinanciamento das
internações cirúrgicas em caráter de urgência no SUS. Estes resultados referem-se aos valores faturados de acordo com a tabela
SUS, não sendo possível inferir os reais custos diretos e indiretos das internações.
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Trabalho n o 217
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Gestão da Assistência
A gestão municipal e as ações da atenção
primária direcionadas aos idosos
institucionalizados no Brasil
Autores: Grasiela Piuvezam; Vilani Medeiros de Araújo Nunes; Zenewton André da Silva Gama; Monise Santos de Carvalho; Vítor
Guerra Pereira Xavier; Rafael Alves da Silva; Aline Rochelle Filgueira Dantas
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Políticas Públicas de Saúde; Idosos; Instituição de
Longa Permanência.
Introdução
As ações de saúde na atenção primária são essenciais para garantir a qualidade na assistência a saúde das populações.
Objetivo
O objetivo foi analisar as ações desenvolvidas na atenção primária direcionadas aos idosos institucionalizados no Brasil na
perspectiva dos gestores municipais.
Metodologia
Estudo qualitativo, do tipo observacional e analítico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 28 gestores municipais de 11 municípios brasileiros, contemplando as 5 regiões geográficas. Os dados coletados foram processados pelo software
ALCESTE versão 4.91.
Resultados
A análise resultou em 2 eixos temáticos que juntos constituem 5 classes. A Classe 1 “Consolidação da Estratégia da Saúde
da Família (ESF)” trata de um relato histórico da situação da ESF e das equipes, observa-se que a implantação da ESF surge em
um contexto 2 no qual a necessidade de adoção e reformulação de novas políticas3 públicas eram emergencialmente necessá-
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rias. A Classe 2, intitulada “O idoso: alvo das ações da ESF”, traz os idosos como um dos grupos em que as equipes de saúde da
família realizam atividades direcionadas. A populações mais contempladas com essas ações direcionadas na APS são os grupos
de diabéticos e hipertensos (HIPERDIA), de acordo com o preconizado pela PNAB acerca do processo de trabalho das equipes
de Atenção Básica 4. A Classe 3 - “Dificuldades no gerenciamento dos profissionais de saúde”, traz a composição das equipes de
saúde da família da ESF. Relata-se também nos discursos dos entrevistados as dificuldades enfrentadas na situação precária de
infra-estruturas nas Unidades Básicas de Saúde, constituindo-se como um grave e crônico5,6 problema do sistema público de
saúde no Brasil. A Classe 4 trata da “Interferência da política local nas ações de saúde”, e isso é destacado sobretudo nos períodos de transição de gestão que no Brasil ocorre a cada quatro anos. Os problemas na gestão municipal da saúde, sobretudo no
que diz respeito à autonomia na administração dos recursos e instabilidade dos quadros dirigentes, podem estar relacionados
com a situação analisada 7. A Classe 5 “Necessidade da atenção especializada em saúde”, refere-se a existência e implantação
principalmente de serviços especializados para garantir o processo de referência e contra-referencia e consequentemente a
atenção integral. Os resultados demonstram os dilemas para o funcionamento da Atenção primária, além da imprecisão de
ações específicas e de qualidade aos idosos institucionalizados. As ações implementadas simbolizam uma atenção fragmentada, desconsiderando a epidemiologia local e de forma a não contemplar todos os âmbitos da saúde, ou seja, distante do que
é preconizado nas Políticas de Saúde Pública aos Idosos.
REFERÊNCIAS
1. Reinert M. Alceste: Une méthodologie d’analyse des données textuelles et une aplication. Bulletin de Méthodologie Sociologique 1990;28:24-54.
2. Veras RP, Caldas CP. A Promoção da saúde de uma população que envelhece. In: Dallepiane LB. Envelhecimento humano: Campo de saberes e práticas
em saúde coletiva. Rio Grande do Sul: Editora Unijuí; 2009. p 57- 80.
3. Lucchese, PTR. Políticas públicas em Saúde Pública. São Paulo: BIREME, OPAS, OMS; 2004. 90 p.
4. Brasil. Política Nacional de Atenção Básica. Portaria n. 2488, de 21 de outubro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde. 2011.
5. Salzano, FM. Saúde pública no Primeiro e Terceiro Mundos: desafios e perspectivas. Ciênc. saúde coletiva. 2002; 7: 7-16.
6. Kalache A, Veras RP, Ramos LR. O envelhecimento da população mundial. Um desafio novo. Rev Saúde Pública. 1987; 21:200-10
7. Cardoso MA, Silva LMV. Avaliação da cobertura da atenção básica à saúde em Salvador, Bahia, Brasil (2000 a 2007). Cad. Saúde Pública. 2012; 28:1273-84.
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Trabalho n o 218
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Gestão da Assistência
Influência da ocorrência de condições
adquiridas no tempo de permanência
hospitalar das internações em Belo Horizonte
avaliada pelo Diagnosis Related Groups (DRG)
Autora: Paula Balbino Daibert
Instituição: UFMG
Um dos fatores responsáveis pelo mau uso de recursos na saúde é o número de leitos ou diárias perdidas devido à ineficiência assistencial. Um exemplo é o aumento no tempo de permanência devido à presença de condições adquiridas em
hospital. O reconhecimento e registro destas condições não é habitual no Brasil. Estudos sobre este assunto são pioneiros no
país. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das condições adquiridas no tempo de permanência hospitalar utilizando o Diagnosis Related Groups, nas internações em Belo Horizonte. Trata-se de estudo do tipo caso-controle que comparou o
tempo de permanência hospitalar entre grupos de pacientes com presença ou ausência de condições adquiridas na internação. Foram incluídos 2.004 pares de indivíduos a partir de uma população de 57.215 pacientes internados entre os anos de
2012-2014 em Belo Horizonte. A amostra foi pareada por sexo, idade, instituição e DRG. Para os neonatos, o pareamento se
deu pelo peso ao nascer. O sexo e a idade entram no pareamento para controlar as diferenças inerentes destas variáveis em
relação às doenças. Já a instituição entra para controlar as diferenças estruturais e de recursos que possam existir entre os locais
escolhidos e que possam afetar a evolução dos casos durante a internação. O pareamento por DRG ocorre para que a avaliação da influência da presença de condições adquiridas se dê em relação à casos semelhantes clinicamente e no consumo de
recursos. Nas comparações entre os dois grupos quanto ao tempo de permanência foi utilizado o teste estatístico t de student
para amostras pareadas. Este teste tem como objetivo avaliar se a diferença média entre duas medidas realizadas numa mesma
unidade experimental ou em indivíduos pareados é estatisticamente igual a zero ou diferente de zero. Todos os resultados
foram considerados significativos para uma probabilidade de significância inferior a 5% (p < 0,05), tendo, portanto, pelo menos
95% de confiança nas conclusões apresentadas O paciente com condição adquirida apresentou tempo de permanência duas
vezes maior que o seu par. A média de permanência foi de 9,2 dias para o paciente sem condição adquirida e 18,1 dias para o
paciente com condição adquirida. O teste de McNemar foi utilizado para avaliar a relação entre os indivíduos dependentes, no
caso os pares, testando a diferença entre 28% que é o total de óbitos em paciente com condição adquirida e 7,4% que é o total
de óbitos em paciente sem condição adquirida. A diferença estatisticamente significativa demonstra a relação entre a presença
de condição adquirida e a evolução para óbito. Na caracterização dos pacientes em relação a permanência real até a ocorrência
da condição adquirida e a permanência prevista não encontramos significância entre o tempo “livre” de condições adquiridas
dos dois grupos. Os dois grupos realizaram o dobro do tempo de permanência previsto, o que significa que na amostra avaliada o evento ocorre próxima da alta hospitalar. A valoração dos leitos-dia perdidos e dos recursos utilizados para tratamento
das ocorrências são essenciais para a análise econômica do peso dos eventos adversos nas contas hospitalares. Ações neste
segmento irão contribuir para a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro.
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Trabalho n o 220
ar tigo científico o u paper
Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Uso do ultra-som para punção de acesso
venoso central: Um indicador de qualidade e
segurança do paciente
Autoras: Jéssica de Paula Chiachio; Amália Tieco da Rocha Sabbag; Renata Prado Bereta Vilela
Instituição: Hospital de Base São José do Rio Preto
O uso de cateter venoso central é uma prática comum em ambiente hospitalar, utilizado para monitorização, infusão de
fluidos e drogas vasoativas. No entanto, há possibilidade de complicações, tanto na sua inserção quanto em sua manutenção.
Complicações comuns são, punção de artéria carótida, pneumotórax, hemotórax, tamponamento cardíaco, infecções, embolia
e hidrotórax. A primeira descrição do uso de ultrassonografia para auxilio na passagem do acesso central foi feita em 1978,
porém, atualmente, ainda há resistência em sua aquisição e uso. Seus benefícios para a segurança do paciente são inúmeros
devendo a utilização na prática ser incentivada. Dessa forma os objetivos foram mensurar a utilização do ultra-som para punção
venosa central em centro cirúrgico bem como descrever os benefícios para a segurança do paciente nessa prática. Trata-se de
um estudo descritivo-exploratório, retrospectivo (2014), na modalidade estudo de caso, realizado no centro cirúrgico de uma
instituição hospitalar de ensino, nível quaternário e porte extra (597 leitos), localizado no interior Paulista. Este centro cirúrgico contém 27 sala de cirurgia, atendendo média de 1500 pacientes/mês e 2000 procedimentos/mês, é referencia para várias
especialidades, realizando procedimentos de pequeno, médio e grande porte. Foi calculada a utilização através dos dados de
uso do aparelho e do total de saídas de cateteres venosos centrais. Para a descrição dos benefícios do uso do aparelho para a
segurança do paciente foi extraído de literatura e adaptado com a prática. A média de utilização do ultra-som para passagem
de cateter venoso central na instituição no período estudado foi de 43,7%, variando entre 52,4% em janeiro e 32,3% em julho.
No centro cirúrgico que contém um aparelho portátil que fica disponível no setor 24 horas a média de utilização foi de 51,3%
(n=618) variando entre 65,7% (n=69) no mês de setembro e 24,7% (n=21) no mês de outubro. Pode-se citar como benefícios
do uso do aparelho, permitir a realização da punção sob visão direta das estruturas vasculares, peri-vasculares e da agulha de
punção, redução de complicações graves relacionada ao cateter, não é um método invasivo e nem radioativo, sua utilização é
de baixo custo e resultar em incremento da segurança e satisfação do paciente e família. Concluímos que há necessidade de
incentivo do uso do ultra-som para inserção do cateter venoso central para beneficiar o paciente e promover a sua segurança.
Os dados gerais da instituição são semelhantes ao do setor de estudo e sugerimos o investimento em outros equipamentos
para facilitar a utilização, com base na quantidade de procedimentos. É comprovado cientificamente a eficácia dessa prática
conforme o apresentado em literatura e a prática vivenciada dos pesquisadores.
REFERÊNCIAS
WOLLMEISTER, J. et al. Uso do Ultra-Som para Punção Venosa Central em Paciente Obeso com Adenomegalia Cervical. Rev Bras Anestesiol. v. 58, n. 4, p. 403408, 2008.
FLATO, U. A. P; PETISCO, G. M; SANTOS, F. B. Punção venosa guiada por ultra-som em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. v. 21, n. 2, p. 190-196, 2009.
PELICANO, J. F. et al. Complicações de acesso venoso central: hidrotórax. São Paulo Med J. v.123, n. suppl, p. 25, 2005.
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Trabalho n o 222
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Gestão da Assistência
Concepção dos gestores e gerentes quanto
ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos
na estratégia de saúde da família de
Parnamirím/RN - Brasil
Autores: Sibele Ferreira de Araujo; Joana D’arc Fernandes de Freitas; José Carlos Martins Leitão; Laiane Graziela Paulino da Costa
Instituição: UFRN
A pesquisa objetivou identificar o conhecimento dos Gestores e Gerentes da Estratégia de Saúde da Família no município de Parnamirím/RN, em relação ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos na comunidade; como uma medida alternativa e segura para os usuários, tendo como referência a proposta da Política Nacional que rege as Práticas Integrativas e
Complementares em saúde (PICS) na atenção básica. Trata-se de um estudo do tipo descritivo e exploratório, realizado no
município de Parnamirim/RN com Gestores e Gerentes de serviços de saúde acerca do conhecimento das PICS e em relação ao
uso de plantas medicinais e fitoterápicos, realizado em três etapas: levantamento bibliográfico, realização de entrevistas e interpretação e análises dos dados. Participaram da pesquisa de forma voluntária cinco diretores das unidades de saúde, uma coordenadora geral, uma coordenadora da Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Secretário Municipal de Saúde, de diferentes áreas
de conhecimento. A coleta de dados para a segunda etapa foi realizada no mês de setembro de 2014, por meio de entrevistas
individuais, seguindo um roteiro previamente elaborado com questões fechadas, a fim de caracterizar o perfil dos Gerentes e
Gestores, o grau de conhecimento sobre plantas medicinais e fitoterápicas, implantação no município das Práticas integrativas
complementares em saúde (PICS) na Atenção Básica e conhecimento sobre o programa Nacional de Plantas Medicinais e fitoterápicos. Os resultados apontam que seis dos entrevistados é do sexo feminino e apenas dois do sexo masculino, entre 27 e
57 anos de idade, O grau de escolaridade dos participantes sofreu variabilidade, dos oitos entrevistados dois tem nível médio
e seis nível superior. Apenas um participante afirmou não ter conhecimento sobre a fitoterapia. Cinco utilizam as plantas medicinais como medicina alternativa e reconhecem os benefícios. Em geral dos oito participantes, três têm pouco conhecimento,
quatro tem conhecimento médio e um desconhece. Nenhum embasou participação em capacitações sobre as PICS, além de
não conhecer às normatizações/portarias. Quanto à importância do uso das plantas medicinais e fitoterápicos como forma de
terapia alternativa na saúde da comunidade, sete acredita que o programa traria benefícios à comunidade, sendo mais uma
opção na busca de promoção da saúde, podendo reduzir custos e riscos com medicamentos. O município de Parnanirim/RN
não implantou as PICS na ESF e os entrevistados acreditam que para Implantação das PICS no município, são necessárias uma
série de requisitos como: capacitação de profissionais, comprometimento político e utilização de indicadores. Conclui-se que
existe uma preocupação no uso desses medicamentos, considerando que utilizados de forma excessiva trazem riscos a vida
dos usuários. Evidenciou a necessidade de educação permanente, após implantação das práticas, de modo a apoiar, monitorar sistematicamente e preparar os profissionais da área de saúde, conforme é preconizado Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde (PNEPS).
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o
Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais
e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
Decreto Nº 5.813, de 22 de Junho de 2006. Aprova a política nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências.
MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas : sistema de utilizacão de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 4. ed. rev. e ampl. Fortaleza: UFC, 2002,
267p
Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de
Assistência Farmacêutica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 60 p. - (Série B. Textos Básicos de Saúde).
Tabela 1. Distribuição dos Gestores
e Gerentes da ESF, por escolaridade.
Parnamirim/RN, 2014.
Tabela 4. Distribuição dos Gestores e
Gerentes da ESF, sobre o conhecimento do
Programa Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares. Parnamirim/RN, 2014.
Escolaridade
Nº
Ensino Fundamental
00
Conhecimento sobre a PNPIC
Nº
Ensino Médio
02
Pouco conhecimento
04
Ensino Superior
06
Médio conhecimento
03
TOTAL
08
Nenhum conhecimento
01
TOTAL
08
FONTE : Próprio autor : 2014.
Tabela 2. Distribuição dos Gestores e
Gerentes da ESF, por conhecimento sobre
fitoterapia. Parnamirim/RN, 2014.
Conhecimento em Fitoterapia
Nº
Sim
07
Não
01
TOTAL
08
FONTE : Próprio autor : 2014.
Tabela 5. Distribuição dos Gestores e
Gerentes da ESF, de acordo com o nível de
importância do uso de plantas medicinais/
fitoterapia como forma de terapia alternativa/
complementar na saúde da comunidade.
Parnamirim/RN, 2014.
FONTE : Próprio autor : 2014.
Tabela 3. Distribuição dos Gestores e
Gerentes da ESF, que utilizam as plantas
medicinais como forma de medicina
alternativa. Parnamirim/RN, 2014.
Utiliza Plantas Medicinais
Nº
Sim
05
Não
03
TOTAL
08
Uso de Plantas Medicinais
Nº
Muito Importante
07
Razoavelmente Importante
01
TOTAL
08
FONTE : Próprio autor : 2014.
FONTE : Próprio autor : 2014.
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Trabalho n o 225
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Avaliação das dimensões da cultura de
segurança do paciente em hospitais com
diferentes tipos de gestão
Autores: Johnnatas Mikael Lopes; Zenewton André da Silva Gama; Luiz Eduardo Lima de Andrade; Luiz Paulo Costa Farias; Carla
Caroline Medeiros dos Santos
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
A Cultura de Segurança do Paciente (CSP) é um indicador estrutural para o sucesso da implementação e monitoramento da
segurança do paciente (SP). Avaliar a cultura de segurança é importante para medir as condições organizacionais que levam à
possíveis danos ao paciente e suas utilidades são: diagnosticar o nível de CSP, riscos de dano, benchmarking interno e externo,
evolução das intervenções de SP, acompanhar as mudanças com o tempo e preenchimento de regulamentos1. Selecionar uma
ferramenta adequada, utilizar métodos de coletas de dados válidos, implementar o plano de ação e iniciar as mudanças são
relevantes2. Dessa forma, objetivou-se avaliar a CSP a partir de suas dimensões propostas pelo Hospital Survey on Patient Safety
Culture (HSOPSC) em hospitais de diferentes tipos de gestão. Assim, foi desenvolvido um estudo transversal em três hospitais
do Rio Grande do Norte, sendo um de gestão federal, um estadual e outro privado. Foi utilizado o HSOPSC, adaptado para o
Brasil, que avalia a CSP em doze dimensões. O HSOPSC contém 42 questões cada uma mensurada em escala Likert. A classificação do grau de percepção de segurança é descrita usando a mediana e os percentis 25 e 75, sendo considerado fortaleza
a dimensão que tiver mais de 75% de resposta positiva e fragilidade aquela com mais de 50% de respostas negativas. Além
disso, foram descritas as porcentagens de respostas neutras, positivas e negativas em cada uma das dimensões da cultura de
segurança. Entre os 1.576 questionários enviados, 218 (13,8%) foram respondidos, sendo 18,4% no hospital federal, 10,8% no
estadual e 15,4% no privado. Ao se avaliar todos os hospitais, a frequência de percepções positivas para cada dimensão revelou
percentuais de resposta mais altos nas dimensões “expectativas e ações da direção/supervisão da unidade/serviço que favorecem a segurança” e “trabalho em equipe na unidade/serviço” com 66,9% e 60,1%, respectivamente. No entanto, nenhuma
dimensão atingiu o nível de fortaleza da cultura de segurança no agregado de hospitais, já que isso só ocorre com mais de
75% de respostas positivas para uma dada dimensão. Já nas percepções negativas, as dimensões “Percepção de segurança”,
“dimensionamento de pessoal” e “resposta não punitiva para erros” apresentaram as porcentagens mais elevadas, com 47%,
45,6% e 44,2%, respectivamente. Mesmo sendo os aspectos mais avaliados negativamente, ainda não atingem o nível mínimo
de 50% para serem considerados fragilidades. Considerando cada hospital separadamente, percebe-se que apenas o hospital
privado conseguiu atingir o nível de fortaleza nas dimensões “expectativas e ações da direção/supervisão da unidade/serviço
que favorecem a segurança” com 86,4%, “aprendizagem organizacional/melhoria continuada” com 87,6%, “Trabalho em equipe
na unidade/serviço” com 76,8%, “Apoio da gerência do hospital para a segurança do paciente” com 90,2% e “Trabalho em equipe entre unidades” com 77,3%. Nas dimensões com respostas negativas, apenas o hospital estadual mostrou fragilidade nas
dimensões “Percepção de segurança” com 64,3%, “Dimensionamento de pessoal” com 59,2%, “Apoio da gerência do hospital
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para a segurança do paciente” com 54,5%, “Trabalho em equipe entre unidades” com 54,3% e “Problemas em mudanças de
turno e transições entre unidades/serviços” com 53,8%. O hospital federal foi o único que não teve fortalezas nem fragilidades
em nenhuma dimensão. Assim, evidencia-se um clima organizacional de segurança distinto entre tipos de gestão hospitalar,
sendo o hospital privado diferenciado quanto a este indicador estrutural da segurança do paciente.
REFERENCIAS
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Série Segurança do Paciente
e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2014;
2. Guldenmund FW. The use of questionnaires in safety culture research - an evaluation. Saf Sci. 2007;45(6):723-43;
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Trabalho n o 226
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Percepção do nível de segurança do paciente
em hospitais brasileiros e fatores associados
Autores: Johnnatas Mikael Lopes; Marlon César Melo de Souza Filho; Romero Fonseca Vieira Junior; Luiz Eduardo Lima de Andrade;
Zenewton André da Silva Gama
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Alarmantes incidentes que afetam a Segurança do Paciente (SP) ocorrem o ano inteiro em hospitais de todo o mundo.
Nos países desenvolvidos, um em cada dez pacientes é prejudicado ao receber cuidados hospitalares1. De cada 100 pacientes
hospitalizados, sete nos países desenvolvidos e dez em países em desenvolvimento irão adquirir infecções associadas aos
cuidados de saúde. A Cultura de Segurança do Paciente (CSP) é um indicador estrutural para o sucesso da implementação e
monitoramento da SP. No âmbito da saúde, a CSP foi definida pela Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) como
o produto de valores, atitudes, percepções, competências e padrões de comportamento de grupos e de indivíduos. Isto determina o compromisso, estilo e proficiência no manejo de segurança em saúde de uma organização. Assim, o objetivo do estudo
foi avaliar a percepção de segurança do paciente e fatores associados em hospitais brasileiros com diferentes tipos de gestão.
O desenho foi observacional transversal. Enviaram-se 1576 questionários aos profissionais de três hospitais do estado do Rio
Grande do Norte, utilizando o Hospital Survey on Patient Safety Culture adaptado para o Brasil. As percepções são descritas
através de uma nota geral de 0 a 10 (1 e 2 péssimo, 3 e 4 ruim, 5 e 6 regular, 7 e 8 bom, e 9 e 10 excelente). A fim de saber os
fatores interveniente na percepção da segurança, foi realizado uma análise de Equações de Estimativas Generalizáveis, com
matriz não-estruturada e função ligante de Poisson. Adotou-se um nível de significância de 5% para minimizar um erro tipo
I. A taxa de resposta foi 13,8% (n=218), estimativa bem inferior aos dados internacionais e que revela o clima desfavorável da
organização em relação à proteção ao paciente. A segurança do paciente teve nota entre 7 e 10 para 55,8% dos respondentes
dos hospitais participantes. Quanto à nota em relação à segurança do paciente, 62,9% dos participantes do hospital federal
classificaram como boa (nota 7 ou 8) ou excelente (nota 9 ou 10), sendo 25,9% do estadual e 90,9% do privado. No hospital
estadual, 48,2% dos profissionais avaliaram como péssima (nota 1 ou 2) ou ruim (nota 3 ou 4), enquanto no federal apenas 10%
fizeram a mesma classificação e no privado nenhum profissional classificou desta forma. Evidencia-se distinção entre os hospitais quanto à nota geral (p<0,001), onde os funcionários do hospital federal (B=0,35; p<0,01) e do privado (B=0,55; p<0,01), em
relação ao estadual, relatam maiores notas. Tal discrepância pode está relacionada a um cenário de instabilidade gerencial e
crises sucessivas do sistema de saúde estadual. Outra característica que demostra interferência na nota é a unidade de trabalho
do respondente (p<0,001), onde as unidades de emergência, psiquiatria e radiologia tendem a relatar menores notas sobre a
segurança do paciente, enquanto que a farmácia dá notas maiores à SP do serviço quando comparados às outras unidades.
As unidade de farmácia estão historicamente mais inteiradas quanto a necessidade de prevenção de erros relacionados aos
medicamentos. Foi revelado também que o cargo ocupado pelos funcionários é interveniente na estimativa da nota geral SP
(p<0,001). Parece que os cargos de médico do corpo clínico, farmacêutico e assistente social têm a tendência de fornecerem
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notas mais baixas que o cargo odontólogos, enquanto que médicos residentes fornecem maiores escores assim como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeuta ocupacional em relação a outras profissões. Outro fator é a quantidade de notificações
de eventos adversos. Profissionais que mais notificam, fornecem as maiores notas gerais da segurança do paciente por estarem
mais compromissados com a qualidade e segurança. Conclui-se que a CSP ainda é um aspecto negligenciado nos hospitais
estudados e que ela sobre variabilidade dependendo do tipo de gestão, unidade do serviço, cargo e da quantidade de notificação dos respondentes.
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Trabalho n o 230
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Gestão em Saúde
Acesso aos leitos de uti: Estratégias de
regulação e percepções dos gestores locais do
sus
Autores: Emmanuelle Fonseca Marinho de Anias Daltro; Deise Santana de Jesus Barbosa; Bárbara Leonora Souza de Miranda; Vera
Lucia Peixoto Santos Mendes; Fábio Campos de Aguiar
Instituição: Universidade Federal da Bahia / Faculdade Maria Milza
A descentralização, integralidade do cuidado e participação da comunidade são diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)
que requerem do estado e da sociedade civil capacidades institucionais e organizativas para garantir o acesso dos usuários a
todos os níveis de complexidade, conforme a sua necessidade de saúde. Na gestão de leitos de Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), observa-se que o crescimento da demanda é desproporcional à capacidade de oferta, o que gera ineficiência do sistema,
insatisfações de gestores e de usuários. Este trabalho é resultado de pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado da Bahia (FAPESB), foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob Parecer No. 666.477 e objetiva analisar o
acesso aos leitos de UTI, identificando as percepções dos gestores locais do SUS e as estratégias de regulação adotadas pelos
mesmos para garantir o acesso dos usuários aos leitos de UTI na Macrorregião Leste do Estado da Bahia. Trata-se de um estudo
exploratório de natureza quantitativa e qualitativa, realizado a partir de dados primários obtidos pela aplicação de questionários a uma amostra composta por 20 gestores locais de saúde, considerando-se os seguintes critérios:
a) paridade entre os gestores atuantes em municípios que possuem hospital com UTI; que possuem hospital sem UTI e que
não possuem hospital;
b) atuação em hospitais com modelos de gestão diferenciados, levando-se em conta a sua distribuição geográfica.
Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva com o apoio do aplicativo Survey Monkey e mediante análise de conteúdo (BARDIN, 2002). Os resultados demonstram que dentre as nove macrorregiões de saúde que compõem o
Estado da Bahia, o menor déficit de leitos de UTI encontra-se na Macrorregião Leste (39%), entretanto, esta parece apresentar
os maiores problemas de acesso a este tipo de serviços no estado, pois além de sediar a capital, Salvador, com as dificuldades
próprias de uma região metropolitana, possui grande parte dos serviços de maior complexidade tecnológica e para onde são
encaminhadas as demandas dos outros municípios. Os gestores afirmam que o acesso dos usuários do SUS ao leito de UTI é
ruim ou péssimo (68%) e atribuem esta dificuldade, principalmente, a inexistência de leitos e ao uso indiscriminado de leitos.
A estratégia de regulação mais citada foi de natureza “política/relacional”, na qual a regulação do acesso se dá por meio de
contato pessoal com indivíduos que atuam nos hospitais que têm UTI e até pelo aplicativo móvel WhatsApp. Os resultados
deste estudo indicam a necessidade de ampliar a capacidade da administração pública para fazer cumprir as diretrizes constitucionais do SUS e os contratos, rever mecanismos paralelos de regulação do acesso, garanti-lo e elevar a credibilidade do SUS
e da regulação.
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REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edição 70, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.001/GM de 12 de junho de 2002. Brasília (DF): Diário Oficial da União; 13 jun. 2002.
FARIAS, Sidney Feitosa; GURGEL JR., Garibaldi Dantas; COSTA, André Monteiro; BRITO, Rodrigo de Lino; BUARQUE, Roberta Rabelo. A regulação no setor público de saúde no Brasil: os (des)caminhos da assistência médico-hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva. 16 (Supl. 1): 1043-1053, 2011.
GOMES, Fernanda de Freitas Castro; CHERCHIGLIA, Mariângela Leal; MACHADO, Carlos Dalton; SANTOS, Viviane Cristina dos; ACURCIO, Francisco de Assis;
ANDRADE, EliIola Gurgel. Acesso aos procedimentos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde: uma questão de judicialização. Cad. Saúde
Pública, Rio de janeiro, 30(1):31-43, jan, 2014.
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Trabalho n o 232
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Gestão em Saúde
Gestao hospitalar baseada em evidências: Uso
das tics por hospitais de ensino
Autores: Fabio Campos Aguiar; Vera Lucia Peixoto Santos Mendes
Instituição: Universidade Federal da Bahia
Este trabalho objetiva analisar criticamente o papel da Comunicação e a utilização de Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs) no suporte à tomada de decisões gerenciais em hospitais de ensino. Foi realizado estudo de caso de natureza qualitativa em quatro hospitais de ensino e de alta complexidade que fazem parte da Rede de Inovação e Aprendizagem
em Gestão Hospitalar (Rede InovarH/BA) e, portanto, possuem implantado o Sistema de Informações Gerenciais (SIG) que é útil
nos processos comunicacionais. A coleta de dados foi autorizada pela Resolução nº 008/2012 do Comitê de Ética em Pesquisa.
Os hospitais A e B mantinham a alimentação do SIG à época da coleta (abril a junho de 2012), e os hospitais C e D haviam
deixado de alimentar o Sistema. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez sujeitos (tomadores de decisão). Os
registros foram analisados mediante Análise de Conteúdo (1), verificando-se: a importância atribuída à Comunicação e às TICs,
observando em que medida as práticas de Comunicação adotadas contribuem para a integração dos processos assistenciais
e administrativos; as limitações e as oportunidades na utilização do SIG. No âmbito da Sociedade em Rede (2) é crescente o
papel da Comunicação na gestão organizacional e as (TICs) desempenham papel fundamental, facilitando a difusão de informações, que são insumos estratégicos para alcançar objetivos comuns, por meio do conhecimento compartilhado e aplicado
(3)
. Ao mesmo tempo em que se percebe a inovação representada pela utilização das TICs, observa-se que, no ambiente da
gestão dos hospitais, a adoção destas é incipiente, apesar do uso obrigatório pelos financiadores de inúmeros Sistemas de
Informações (4). Pressupõe-se que existe considerável resistência, principalmente dos médicos, à adoção de TICs nos processos
hospitalares (5), contribuindo para ao tomada de decisão gerencial sem base em informações. Assim, uma ferramenta que é
capaz de trazer transformações gerenciais e práticas, inclusive gerando conhecimento, pode estar sendo subutilizada (6). Os
resultados demonstram que a Comunicação e o uso de TICs são entendidos como processos secundários, levando a um ambiente comunicacional fragmentado, cuja não eficácia é empecilho à tomada de decisão gerencial baseada em informações e
à integração dos processos. Confirma-se o pressuposto que a categoria médica é a mais resistente à adoção do SIG, contudo os
médicos com idade inferior a 40 anos vem se tornando menos resistentes ao uso de TICs. É possível afirmar que o SIG, se corretamente compreendido e utilizado pelos hospitais, pode viabilizar a tomadas de decisão gerencial com base em evidências,
contribuindo na integração dos processos e na geração de conhecimento.
REFERÊNCIAS
1. BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. São Paulo: Edições 70, 2004.
2 . CASTELLS, M. A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
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3. MENDES, V. et al. Redes Sociais de Colaboração: a experiência de uma rede de hospitais. In: TEIXEIRA, F. (Org.). Gestão de Redes de cooperação interempresariais: em busca de novos espaços para o aprendizado e inovação. Salvador: Casa da Qualidade, 2005.
4. CERQUEIRA, Pedro A. B. Alinhamento entre as estratégias da tecnologia da informação e as estratégias empresariais em organizações hospitalares. 2004.
190 f. Dissertação (Mestrado em Administração Estratégica) - Universidade Salvador, Salvador, 2004.
5. ANDRADE, A. Os Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica: uma ferramenta de gestão. Rev. Eletr. Enf., [S.l.], v.12, n.1, 2010. Disponível em: Acesso
em: 06 jun. 2010
6. JBILOU, J. et al. Combining Communication Technology Utilization and Organizational Innovation: Evidence Canadian Healthcare Decision Makers. J Med Syst.,
[S.l.], v.33, n.1, p. 275-286, 2008.
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Trabalho n o 233
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Impacto do Programa de Gerenciamento de
Doença no tempo para reinternação
Autores: Carolina Padrão Amorim; Felix Jose Alvares Ramires; Evandro Penteado Villar Felix
Instituição: Hospital do Coração
Introdução
A Insuficiência Cardíaca (IC) é um crescente problema de saúde pública, que se associa a piora significativa da qualidade
de vida do paciente, altas taxas de mortalidade e crescentes custos financeiros envolvidos. Estima-se que ocorram cerca de
1 milhão de hospitalizações por insuficiência cardíaca nos Estados Unidos a cada ano e que até 83% deste pacientes sofram
ao menos uma internação ao longo de suas vidas, com taxas de re-hospitalização crescentes. Este fato caracteriza a alta morbidade a geração e altos gastos em saúde pública. Dados indicam que após a hospitalização inicial, 25% dos pacientes são
re-internados em 30 dias, sendo que 35% destes pela mesma situação inicial. No Brasil os dados são bastante semelhantes, em
estudo realizado no ano de 2007 demostrou-se que 39,4% das internações no Sistema Único de Saúde foram por IC, grande
parte ocasionadas pela má aderência ao tratamento farmacológico e não farmacológico da doença. Um programa de gerenciamento de doenças específico para IC, cujo principal objetivo é otimizar o conhecimento da Equipe Multidisciplinar, o paciente
e a família, melhorando assim o tratamento dos pacientes nestas condições, foi desenvolvido no ano de 2011 em um hospital
filantrópico da Cidade de São Paulo.
Objetivo
Demonstrar o impacto do Programa de Gerenciamento de Doenças sobre o tempo de reinternação em pacientes com IC.
Materiais e Métodos
Foram avaliados 383 pacientes inseridos entre os anos de 2011 a 2014 no Programa de Gerenciamento, destes 30% tiveram
mais de uma internação no período de um ano, desde a inclusão no Programa.
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Resultados
No ano de 2011 o tempo médio para reinternação foi de 24,2 dias, já em 2012 este tempo foi de 80,1 dias, com aumento
significativo do tempo para reinternação (p>0,001) em 2013 este tempo foi de 87 dias e em 2014 94 dias, nos três últimos
períodos não houve melhora estatística, porém houve uma melhora numérica que impacta de forma positiva na qualidade de
vida do doente.
Conclusão
Os dados demonstram que em relação ao inicio do Programa, houve um aumento no tempo de reinternação, demonstrando a importância da criação deste Programa.
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Trabalho n o 236
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Gestão da Assistência
Monitoramento de tempos de espera para
atendimento de uma unidade de ProntoSocorro por um gestor de enfermagem:
Eficiência e qualidade do atendimento
Autores: Edvania Schneider de Campos; Sonia Aparecida Batista; Luciane Roberta Aparecida Vigo
Instituição: Hospital totalCor
Introdução
Com a grande demanda de atendimento nas unidades de prontos-socorros pelo mundo, o tempo de espera para atendimento de triagem de enfermagem e médico tornaram-se um fator determinante para estabelecer a qualidade do atendimento. É sabido que um menor tempo de espera garante ao paciente de alto risco uma maior sobrevida. No Brasil, não diferente do
contexto mundial, a crescente procura por atendimento em serviços hospitalares de emergência demanda altas tecnologias e
cuidados médicos e de enfermagem cada vez mais complexos e onerosos. Demandas dessa natureza consistem em desafios
a serem transpostos pelos gestores e trabalhadores que primam pela qualidade da assistência, pois devem adequar, cotidianamente, a estrutura e a forma de atendimento de cada serviço. (BELLUCCI JUNIOR, MATSUDA, 2012) A presença de um gestor
de enfermagem neste setor pode garantir a eficiência deste atendimento, garantindo que, com monitorização contínua, o
tempo de espera para o atendimento, principalmente para a triagem de enfermagem, garantirá a eficiência e a qualidade do
atendimento.
Objetivo
Descrever os tempos de espera de atendimentos para realização de triagem de enfermagem e atendimento médico de
uma unidade de pronto-socorro de um hospital particular, especializado em cardiologia, na cidade de São Paulo, antes e após
a presença intensiva de um gestor de enfermagem no setor.
Metodologia
Estudo descritivo realizado através da comparação dos tempos de espera para atendimentos de 7864 pacientes, em uma
unidade de pronto-socorro, comparando-se os tempos sem a presença intensiva de um gestor de enfermagem, no trimestre
de julho a setembro do ano de 2014 e com a presença deste, após a implantação no mês de outubro ao mês de dezembro de
2014. Os dados foram retirados através de um programa informatizado de mensuração de tempos de atendimentos da unida-
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de, que, além de registrar os tempos de atendimento, sinaliza ao gestor a quantidade de pacientes que estão aguardando o
atendimento e o tempo de espera destes pacientes.
Análise dos Dados
Observou-se que, no período de julho a setembro do ano de 2014, o tempo médio de espera para a realização do atendimento de triagem era de 00:06:05, e o tempo de espera para o atendimento médico era de 00:19:23. Após a implantação do
acompanhamento contínuo do gestor de enfermagem, obteve-se um tempo médio de espera para a realização da triagem de
00:04:49, e de 00:20:02 para o atendimento médico.
Julho – Setembro/ 2014
Outubro-Dezembro /2014
Tempo médio espera para triagem de enfermagem
00:06:05
00:04:49
Tempo médio espera para atendimento médico
00:19:23
00:20:02
Conclusão
Apesar de possuir somente uma unidade para a realização da triagem de enfermagem, o acompanhamento contínuo de
um gestor de enfermagem favorece a melhora dos tempos para este atendimento, visto que esta diminuição nos tempos
favorece a qualidade no atendimento ao paciente, identificando e classificando estes pacientes de forma objetiva para o atendimento médico. O sistema informatizado de mensuração de tempos demonstra ao gestor, em tempo real, a situação de sua
unidade, podendo este incentivar a melhora dos tempos de espera.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELLUCCI JUNIOR, José Aparecido; MATSUDA, Laura Misue. Implantação do sistema acolhimento com Classificação e Avaliação de Risco e uso do
Fluxograma Analisador. Texto contexto - enferm., Florianópolis , v. 21, n. 1, mar. 2012 . Disponível em . Acesso em 25 jan. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/
S0104-07072012000100025
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Trabalho n o 238
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Avaliação, Qualidade e Segurança do Paciente
Autoavaliação para higiene das mãos em
serviços de saúde do Brasil
Autores: Heiko Thereza Santana; Magda Machado de Miranda Costa; Diana Carmem Almeida Nunes de Oliveira
Instituição: Anvisa
Introdução
A higiene das mãos (HM) é o procedimento mais importante para evitar a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), e, recentemente, o protocolo de higiene das mãos foi publicado pelo Ministério da Saúde1. Para melhoria
desta prática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a estratégia multimodal que engloba cinco componentes2,3: mudança de sistema, envolvendo a disponibilização de produtos para HM no ponto de assistência; educação e treinamento dos
profissionais; avaliação da adesão à HM e devolutiva à equipe; lembretes no local de trabalho para HM e estabelecimento de
clima de segurança. Baseada nesta estratégia, a OMS criou o Instrumento de Autoavaliação para HM. A ferramenta está dividida
em cinco componentes que refletem os cinco elementos da Estratégia Multimodal.
Objetivo
O presente trabalho objetiva comparar os resultados do Instrumento de Autoavaliação para HM aplicados nos anos de
2011 e 2014, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para avaliar a situação da rede hospitalar no Brasil no que
diz respeito às práticas de HM. Materiais e métodos: A coleta de dados para a realização do diagnóstico situacional da promoção e práticas da HM nos serviços de saúde foi realizada, pela ANVISA, nos período de 04 de maio a 31 de dezembro de 2011
(Aplicação 1) e de 9 de janeiro de 2014 a 10 de janeiro de 2015 (Aplicação 2), utilizando-se o Instrumento de Autoavaliação
para HM formatado em formulário eletrônico no modelo FormSUS, versão 3.0. Os dados coletados foram analisados por meio
do Programa Excel. Após preenchimento de um dos 5 componentes, era possível a soma das pontuações das respostas selecionadas para obtenção do subtotal para cada componente, pelo serviço de saúde. Durante o processo de interpretação, estes
subtotais foram somados para se calcular a pontuação global para identificar a classificação dos estabelecimentos assistenciais
de saúde (EAS) quanto ao nível de HM: 0-125 (Inadequado); 126-250 (Básico); 251-375 (Intermediário ou em Consolidação) e
376-500 (Avançado ou Sedimentado).
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Resultados
Cerca de 900 serviços responderam ao Instrumento de Autoavaliação para HM (Aplicação 1). Quanto à classificação do nível
de higiene das mãos dos EAS, segundo região geográfica, a maioria dos EAS avaliados está localizada na região sudeste do
país. Segundo a classificação do nível de higiene das mãos (
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