analise psicopedagógica sobre as dificuldades de aprendizagem

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ANALISE PSICOPEDAGÓGICA SOBRE AS DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA: REFLEXÕES NO 6º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Robério Ferreira Nobre1 - URCA
Francisco Ronald Feitosa Moraes2 - UFC
Thalita Souza do Nascimento3 - UFC
Grupo de Trabalho - Psicopedagogia
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
O presente estudo relata os primeiros resultados de uma pesquisa desenvolvida como parte
integrante da disciplina de Prática de Ensino: Psicologia da Aprendizagem Matemática junto
ao Curso de Licenciatura em Matemática da Unidade Descentralizada de Campos Sales –
Universidade Regional do Cariri – URCA, realizada durante o primeiro semestre de 2015.
Essa pesquisa objetivou-se estudar, identificar e analisar as origens das dificuldades de
aprendizagem em Matemática apresentadas por estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental
de duas escolas da rede pública de ensino dos municípios de Campos Sales e Araripe, ambos
no estado do Ceará. O estudo fundamentou-se nas ideias dos principais autores da área, entre
eles destaca-se Carvalho (1994), Saiz e Parra (2001), Correia (2001), Moraes (2006), Oliveira
e Cunha (2009) e Weiss (2002). Como metodologia escolheu-se a pesquisa qualitativa, na
busca de compreender os significados, motivos, concepções, valores e atitudes que impactam
diretamente na temática estudada. A pesquisa configurou-se (e configura-se, visto que ainda
está em andamento) por meio da realização de entrevistas, observações das aulas de
matemática, aplicação de questionários junto aos professores e estudantes, atividades
individuais e em grupo com os alunos envolvendo jogos pedagógicos. O estudo permitiu,
dentre outras questões, constatar que grande parte das dificuldades apresentadas pelo grupo de
alunos pesquisado decorre do modelo didático-metodológico adotado pelo docente, o qual é
marcado principalmente pela exposição verbal, treino e memorização dos conteúdos
matemáticos trabalhados. O tema escolhido mostra-se relevante e atual, pois busca contribuir
1
Mestrando em Educação pela Universidade Anne Sullivan. Pedagogo, Psicopedagogo, especialista em
Educação Infantil, Gestão Escolar, Prática Pedagógicas, Psicomotricidade e Ludicidade. Desenvolve pesquisa
sobre a construção dos saberes nos processos de ensino e de aprendizagem. Email: [email protected].
2
Mestrando em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Licenciado em Matemática,
Psicopedagogo, especialista em Psicologia aplicada à Educação, Gestão Escolar, Prática Pedagógicas,
Metodologia do Ensino de Matemática. Desenvolve pesquisa sobre Narrativas autobiográficas, Estágio
Supervisionado e Formação de Professores de Matemática. E-mail: [email protected].
3
Mestranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Pedagoga, Psicopedagoga pela
Unichristus. E-mail: [email protected].
ISSN 2176-1396
29430
para efetivação da aprendizagem matemática, intervenção para a melhoria das práticas dos
docentes de matemática, incentivando-os a refletir sobre as consequências de suas escolhas na
aprendizagem de seus alunos, ajudando-os ainda a superar suas dificuldades de ensinagem.
Palavras-chave: Dificuldades de Aprendizagem. Ensino de Matemática. Prática Docente.
Introdução
Este trabalho relata os primeiros resultados de uma pesquisa desenvolvida na
disciplina de Prática de Ensino: Psicologia da Aprendizagem Matemática no Curso de
Licenciatura em Matemática Universidade Regional do Cariri – URCA em Campos Sales
durante o primeiro semestre de 2015, tendo como objetivo, a identificação, análise e descrição
das origens das dificuldades de aprendizagem em Matemática apresentadas por alunos do 6º
ano do Ensino Fundamental de duas escolas da rede municipal das cidades de Campos SalesCE e Araripe-CE. Correia (2001, p. 75), enfatiza que “As dificuldades de aprendizagem de
origem orgânica são aquelas que decorrem de desordens neurológicas que interferem na
recepção, integração ou expressão da informação, provocando discrepâncias acentuadas entre
aquilo que é ensinado e aquilo que é aprendido pelo aluno”. Fonseca destaca que:
As dificuldades de aprendizagem de origem pedagógica são aquelas que estão
diretamente relacionadas ao sujeito que aprende, aos conteúdos pedagógicos que são
trabalhados em sala de aula, ao papel exercido pelo professor, aos métodos e
procedimentos de ensino que são adotados, ao ambiente físico e social da escola.
(2014, p.39).
O trabalho terá um olhar psicopedagógico, percebendo as relações presentes nos
processo de ensino, aprendizagem e as dificuldades que resultam na não aprendizagem.
Inicialmente foi realizado o aprofundamento teórico, considerando as obras de
Carvalho (1994), Saiz e Parra (2001), Correia (2001), Moraes (2006), Oliveira e Cunha
(2009), Weiss (2002), Alves (2004), dentre outros. O estudo foi realizado pelo o professor de
Prática de Ensino: Psicologia da Aprendizagem em Matemática, o professor orientador de
estágio supervisionado e cinco acadêmicos do sétimo período de matemática que realizaram
estágio supervisionado nas escolas pesquisadas.
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A Psicopedagogia
A Psicopedagogia surgiu com a necessidade de atender as crianças que apresentavam
dificuldades de aprendizagem. É uma área de conhecimento interdisciplinar proveniente da
Pedagogia e da Psicologia. A preocupação da Psicopedagogia é com o ser que aprende, e o
seu objetivo principal é trabalhar esse ser, potencializando-o como pessoa construtora da sua
história, de conhecimentos, inserida em um contexto social. Para Moraes (2006, p. 24), a
“Psicopedagogia é um campo de atuação que lida com o processo de aprendizagem humana,
isto é, o aprender e o ensinar que trabalha com os padrões normais ou não do aprender”. Todo
processo parte do diagnóstico, o qual destaca Weiss (2002, p. 32) “O objetivo do diagnóstico
psicopedagógico é identificar os desvios e os obstáculos do sujeito que, o impedem de crescer
na aprendizagem dentro do esperado pelo meio social”.
Todo diagnóstico psicopedagógico é, uma investigação, uma pesquisa do que não
vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. Será, portanto, uma
queixa que parte, algumas vezes, do próprio sujeito, da família e, na maioria das
vezes, da escola. No caso, trata-se do não-aprender, do aprender com dificuldade ou
lentamente alguma coisa, do não revelar o que aprendeu. (WEISS, 2002, p. 27).
Por meio do diagnóstico é possível identificar e compreender as dificuldades que
ocorrem na aprendizagem do sujeito que o impedem de se desenvolver. Segundo Rubinstein:
O psicopedagogo é como um detetive que busca pistas, procurando selecioná-las,
pois algumas podem ser falsas, outras irrelevantes, a sua meta fundamentalmente é
investigar todo o processo de aprendizagem levando em consideração a totalidade
dos fatores nele envolvidos, para, valendo-se desta investigação, entender a
constituição da dificuldade de aprendizagem. (1996, p.128).
O diagnóstico permite ao profissional investigar, levantar hipóteses provisórias que
serão ou não confirmadas ao longo do processo, recorrendo aos conhecimentos práticos e
teóricos. A intervenção psicopedagógica está relacionada com o processo de aprendizagem e
se propõe a investigar e entender como se dá o desenvolvimento educacional num contexto
interdisciplinar. Assim, o pesquisador deve ser um observador, questionador, investigador,
mediador, orientador e avaliador, inclusive de suas próprias formas de agir para melhor
analisar e compreender as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelo grupo investigado.
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A dificuldade de aprendizagem é definida e observada quando o aluno não consegue
acompanhar o ritmo normal de aprendizagem comparada com o restante da turma. Estas são
oriundas tanto de fatores intraescolares como extraescolares. (FONSECA, 2014)
Entender a origem e as causas das dificuldades de aprendizagem é fundamental para
uma adequada intervenção. Uma das formas bastante utilizadas principalmente em ciências
humanas, de se desenvolver o conhecimento científico é Estudo de Caso. Para Weiss (2002),
estudo de caso é uma investigação qualitativa, tem como objetivo a tentativa de aprofundar o
nível de compreensão de um momento que está sendo vivido por um “organismo humano”. O
propósito é ter uma consciência clara dos fatores que possam estar contribuindo para a
construção do seu modo de ser e de atuar naquele seu momento histórico. Dessa forma, o
estudo de caso consiste em uma técnica de observação, de construção de raciocínio e de relato
e formulação de hipóteses, abrindo caminhos para novas descobertas.
Ensino de Matemática
De maneira geral, as práticas pedagógicas predominante dos professores de
matemática limitam-se a controlar, indicar, ordenar, aconselhar, corrigir, ensinar transmitindo
verbalmente a matéria, enquanto o aluno fica atento, copia e reproduz os conhecimentos
recebidos. Muitos alunos, pais e professores demonstram insatisfação com relação à
Matemática escolar, encarando-a como difícil. Conforme Campos (2014, p. 34), “é preciso
intervir, motivar, estimular e cuidar para que esses alunos não se sintam impotentes diante do
aprendizado, criando uma relação afetiva para o desenvolvimento educacional desses alunos”.
Se os alunos não conseguem aprender um determinado conteúdo, em geral, muitos
docentes afirmam que eles têm problemas inerentes a eles mesmos e/ou ocasionados pela
situação familiar ou social, sem que se discuta a forma como está sendo desenvolvida a
prática pedagógica deste professor ao trabalhar os conteúdos matemáticos. De acordo com
Lorenzato (2010, p. 127), “A falta de reflexão do professor sobre sua prática pedagógica pode
garantir a repetição de um ensino destituído de significado para os alunos [...]. Assim, ser
reflexivo é uma exigência ao professor que persegue uma melhor postura profissional”.
Assim como o aluno, o professor também possui algumas defasagens com relação às
práticas pedagógicas, pois, se por um lado temos quem não aprende, por outro, temos quem
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provavelmente não ensina de forma adequada. Para D’Ambrósio (2014, p.78), “O professor
não é o sol que ilumina tudo. Sobre muitas coisas ele sabe bem menos que seus alunos”.
O professor é considerado um elemento fundamental na aprendizagem do aluno e
como tal, deveria receber uma boa formação inicial e, no exercício profissional ter a
oportunidade de participar de cursos, palestras e similares com vistas à sua permanente
atualização e aperfeiçoamento. A esse respeito Carvalho acrescenta a seguinte reflexão:
Por que uma porcentagem tão pequena de alunos aprende Matemática? Por que a
maior parte dos alunos afirma não entender Matemática? Como propor um trabalho
de sala de aula que capacite os futuros professores a atuar de tal modo que
promovam o aprendizado da Matemática nas classes de pré-escola e de 1ª a 4ª série?
São questões fundamentais na reflexão sobre o ensino da Matemática. (2011, p. 15).
É necessário que o ensino de Matemática tenha renovação dos métodos utilizados e
dos objetivos estabelecidos, implementando estratégias e procedimentos que produzam
resultados positivos, capazes de preparar os alunos para raciocinarem em qualquer situação,
com espírito crítico, objetividade e coerência de pensamento. Segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais: Matemática (BRASIL, 1997, p.31). “A Matemática deverá ser vista
pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio,
de sua capacidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação”.
Nessa perspectiva, a Educação Matemática deve priorizar ações criativas enfocando o
que ensinar e o que aprender nas aulas de Matemática, fazendo com que o aluno exercite
todas as suas potencialidades. A criatividade deve ser buscada, pois ela está diretamente
associada à própria ideia de liberdade, de autonomia, de capacidade de inovar, de transformar.
A não aprendizagem da Matemática decorre muitas vezes de determinadas concepções
que entendem que a aprendizagem se limita a respostas padronizadas dadas pelos estudantes e
seguidas de estímulos, sem a devida compreensão. O professor pretende com aulas
expositivas, emitir estímulos onde à resposta seja a imediata aprendizagem, concebendo o
aprender como um ato de consumo, estímulo, reforço, memorização e simples reprodução.
Alguns alunos se dispõem à tarefa de aprender os conteúdos, seja apenas por esforço
próprio, incentivo familiar e/ou acompanhamento do professor. Enquanto que outros enganam
a escola da mesma forma que são enganados por ela, assumem uma farsa, criando a imagem
de uma aprendizagem falsa, ancorada na memorização. Esses alunos sentem seus
pensamentos invadidos por ideias alheias, de quem fala sem estar disposto a ouvir.
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O ensino da Matemática deve ser visto como um projeto, um lançar-se para o futuro,
para que os resultados desse ensino não sejam apenas um aprendizado de procedimentos a
serem rigorosamente seguidos, mas, para o sujeito, compreensão do mundo e de seu estar
nele, ora como ator principal, ora como coadjuvante, mas sempre como partícipe, com todas
as suas competências e habilidades potenciais e em constante e permanente desenvolvimento.
O educador precisa apresentar desafios ao educando que o permitam utilizar seus
conhecimentos para, com a ajuda de seus pares e de fontes diversas, formular
soluções. É responsabilidade do professor de Matemática selecionar situações que
sejam compatíveis com os saberes discentes e considerando os objetivos
curriculares, os quais são repletos de representações estruturadas e linguagem
formal, que devem ser alcançados no final do processo e não apresentados no início,
como costuma acontecer. (MORAES; BARGUIL, 2015, p. 138).
O ensino e a aprendizagem da Matemática são, um educar que se constrói guiado por
metas para atingir um conhecimento amplo, conseguido com uma prática pedagógica pautada
na competência do educador e tendo como princípio, o diálogo e o respeito ao educando.
Procedimentos Metodológicos
Neste estudo foi escolhido o método qualitativo, buscando compreender os motivos,
significados, concepções, valores e atitudes que impactam diretamente na temática estudada.
A pesquisa configura-se (visto que ainda está em andamento) através de entrevistas,
observações das aulas de matemática, questionários junto aos professores e estudantes,
atividades individuais e em grupo com os alunos. Para tanto, duas turmas pertencentes à rede
pública de ensino, compostas por 40 alunos do 6º ano do ensino fundamental com idade entre
11 e 13 anos, foram escolhidas para o desenvolvimento do presente estudo. Cada turma é
atendida por um professor formado em matemática e com especialização na área.
Foram realizadas entrevistas iniciais com os professores e alunos, destacando as
características das salas, das turmas, particularidades e concepções destes profissionais e
educandos. Fortalecendo maior entendimento dos aspectos apresentados durante o estudo.
Inicialmente envolveram todos os docentes e discentes. “A fim de conhecer os
vínculos do sujeito com a aprendizagem e o conhecimento Matemático” (OLIVEIRA;
CUNHA, 2009). Durante o processo de diagnóstico psicopedagógico, constatou-se que os
estudantes apresentavam bom relacionamento com todos da escola, e que as práticas de
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ensino desenvolvidas pelos professores são marcadas pela exposição oral, uso constante da
lousa e pela realização de exercícios padronizados em um ambiente pouco estimulador.
Elegeu-se como intervenção inicial o trabalho dos estagiários (pesquisadores) para
desenvolver atividades em que os alunos tornam-se parte ativa no processo. Foram pensadas,
criadas e adaptadas atividades práticas em relação aos conhecimentos matemáticos, como:
jogos Matemáticos de adição, subtração e multiplicação; jogo da memória com figuras
geométricas; dominó de Matemática e atividade com interpretação de problemas.
As ações seguintes buscavam incentivar os professores a participarem efetivamente,
seja brincando ou sugerindo modificações, realização de uma nova entrevista para perceber o
impacto das estratégias adotadas nos alunos com dificuldades de aprendizagem na disciplina.
Discutindo e analisando os resultados
A partir das leituras, das observações e análises do diagnóstico psicopedagógico, foi
possível concluir, até o presente momento, que os motivos do (não) aprender, ou das
dificuldades de aprendizagem dos alunos do sexto ano do ensino fundamental são, em grande
parte, de origem pedagógica, tendo como “falha” o processo didático-metodológico.
Nas observações das aulas perceberam práticas expositivas, os professores, entretanto,
ao serem questionados sobre as metodologias, destacaram que os alunos não aprendem de
outra maneira, sendo a forma expositiva mais eficaz para tomar atenção dos alunos, não
conversarem, nem atrapalhe os colegas. Os educandos refletem-se as escolhas dos
professores, já que mais da metade dos discentes pesquisados apresentam descontentamento
com as aulas de matemática, destacando-as como cansativas, desinteressantes e difíceis.
As atividades realizadas pelos estagiários, em que os alunos foram tomados como
participantes, apresentaram interesse, envolvimento
e atenção, obtendo resultados
satisfatórios na participação e na aprendizagem das concepções e utilização dos conceitos.
Numa mesma turma, cada estudante apresenta tempos de aprendizagem diferentes. O
professor precisa estar apto a identificar e compreender as dúvidas do aluno, olhando suas
particularidades, realizando ações integradoras e observações sistemáticas de sala de aula.
Vigotsky (2007) coloca que é na brincadeira ou situação imaginária que a criança age
independentemente daquilo que vê, operando com os significados das coisas e, portanto,
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substituindo as próprias coisas, transcende a percepção imediata dos objetos e possibilita a
construção do pensamento abstrato.
Com essa pesquisa almeja-se sensibilizar os professores, de maneira que possam
repensar suas práticas e motivarem-se a buscar novas possibilidades e estratégias de ensino.
Nesse sentido, o ato de planejar exige do educador uma ação organizada, pensada, flexível, o
que não significa que esteja liberado ao acaso. Para Oliveira e Cunha (2009), o ato de
planejar, precisa ser pensado, elaborado e adequadamente aplicado em sala de aula, o que
exige do professor pleno domínio dos conteúdos propostos para a disciplina em que irá atuar e
um vasto conhecimento teórico sobre os assuntos a serem trabalhados.
Do ponto de vista de Weiss (2002, p.16). “a psicopedagogia busca a melhoria das
relações com a aprendizagem, na construção da própria aprendizagem de alunos e
educadores”. Tais propósitos devem ser concretizados na prática, através de aulas planejadas
nas quais se evidenciem a segurança nos conteúdos e nos métodos de ensino; a constância e
firmeza no cumprimento das exigências escolares pelos alunos; o respeito no relacionamento.
Considerações Finais
No ensino de Matemática é essencial que o estudante esteja ativamente envolvido no
processo, com situações diversificadas de ensino e de aprendizagem que despertem o interesse
pelos conhecimentos matemáticos dos alunos com dificuldades de aprendizagem constituem o
primeiro passo para modificar uma situação de atraso ou de aprendizagem lenta.
É importante ressaltar que na sala de aula, ao interagir com cada aluno em particular e
se relacionar com a classe como um todo, o professor não apenas transmite conhecimentos,
em forma de informações, conceitos e ideias, mas também facilita a veiculação de ideais,
valores e diferentes princípios de vida, ajudando a formar a personalidade do educando.
Sabemos que o professor sozinho pouco pode fazer diante da complexidade de
questões que os alunos apresentam. Por este motivo, a autores e colaboradores da pesquisa
optaram por estabelecer momentos de troca com o professor regente de sala, é fundamental
propor meios para composição de uma prática educativa mais coerente junto ao professor.
Através das análises preliminares do presente trabalho, concluiu-se que um dos
grandes influenciadores das dificuldades de aprendizagem são os fatores pedagógicos,
diretamente relacionados com as escolhas didático-metodológicas feitas pelos professores. É
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importante ressaltar que os resultados apresentados são preliminares, pois o referido estudo
ainda encontra-se em andamento, dando-se continuidade nos meses seguintes.
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