BRINQUEDOTECA: ESPAÇO PEDAGÓGICO PARA INTERAGIR BRINCADEIRAS E APRENDIZAGENS Gislene Alves Moura Silma do Carmo Nunes Faculdade Católica de Uberlândia [email protected] [email protected] Agência Financiadora: FAPEMIG Este trabalho é resultado de um projeto de pesquisa que encontra-se em fase de execução, na Faculdade Católica de Uberlândia/MG. Sua origem vincula-se à preocupação com a formação dos/as futuros/as docentes, ou mesmo daqueles/as que, embora ainda cursando a graduação em Pedagogia – Licenciatura, já exercem a profissão docente na educação infantil e/ou nos anos iniciais do ensino fundamental. Quando tomamos nosso tempo para rememorar sobre o passado das gerações que antecederam as atuais, em especial àquelas dos anos de 1940 a 1990, nos deparamos com uma enorme diferença culturas sobre o modo como a infância era vista, tratada e educada. Podemos começar rememorando como a criança era educada em casa, pelos pais, pela família; como era preparada para freqüentar os lugares públicos; como e com quem brincavam. Nesse contexto cultural sobre a infância, das décadas de 1940 às de 1990, se quisermos entender a sua história, podemos começar resgatando a cultura sobre as idades em que as crianças iniciavam o tempo da escolarização. Sabemos que não havia uma homogeneidade em todas essas questões, pois a posição socioecômica das famílias determinava algumas diferenças, como: quando e para quê ir à escola? Como, com quem e com o quê brincar? Também o lugar da infância era um pouco diferenciado da atualidade. A criança não freqüentava reuniões de adultos e nem participavam de suas conversas. Eram instruídas a se manterem distantes e alheias às conversas reservadas aos adultos. Criança não se sentava à mesa com os adultos. Suas refeições eram realizadas à parte, em mesas e locais quase sempre separados dos adultos. Embora, nas camadas populares, essa cultura não prevalecesse, de modo que as crianças se alimentavam em meio aos adultos. As brincadeiras das crianças eram bem diferentes das atuais. Como não existiam os brinquedos eletrônicos, que acaba por individualizar bastante as brincadeiras, a norma mais recorrente eram as crianças brincarem em grupo. Nos espaços urbanos, brincavam na rua ou em lugares onde podiam se reunir. Nos espaços rurais, também as crianças se agrupavam em alguma casa para brincarem. A entrada para o mundo escolar se dava bem mais tarde. Geralmente, aos sete, oito ou até aos dez ou doze anos. Não havia preocupação com a educação infantil e os primeiros jardins de infância aparecem por volta da década de 1960. Mas, somente nas cidades e paras as camadas socioeconômicas mais abastadas. O ingresso à vida escolar tinha a conotação de iniciação ao aprendizado da leitura e da escrita. Não havia preocupação com a socialização das crianças. As crianças do campo iam à escola quando os pais podiam colocar um/a professor/a em casa, às suas custas. Então, as crianças estudavam certo tempo, até dominar a leitura e a escrita e a matemática necessária à vida cotidiana. Os/as filhos/as de famílias mais abastadas, em muitos casos, iam para as cidades continuarem seus estudos. Ficavam em internatos. As meninas, em colégios de freiras e os meninos em colégios de padres. As crianças da cidade podiam freqüentar os grupos escolares e concluírem o curso primário que equivaleria aos anos iniciais do ensino fundamental. Depois, iam para o ginásio, onde concluíam o equivalente ao fundamental II, ou seja, do 6º ao 9º ano. Posteriormente, cursavam o nível médio (científico). As moças, geralmente faziam o Curso Normal (de nível médio) para se tornarem professoras. O rapazes tinham mais chance de cursar o ensino superior. As moças, depois de formadas (professoras de nível médio), ficavam a espera do casamento. Mediante essa característica da educação nacional, as abordagens teórico/ metodológicas de educação eram tradicionais. Poucos foram os/as educadores/as que, na época, se preocupavam em redefinir as políticas educacionais, sobretudo as metodologias de ensino. Portanto, o movimento da Escola Nova, no Brasil, foi um avanço e, ao mesmo tempo, serviu para que a nação brasileira começasse a discutir sobre teorias e métodos educacionais. Pelo o que até aqui expusemos, não é difícil imaginar que ensinar/aprender pudesse ser algo agradável, prazeroso e não uma tortura para as crianças. Entretanto, com o início das discussões teórico/metodológicas sobre o ensino/aprendizagem e também com a necessidade da mulher assumir o trabalho fora do lar, a preocupação com a educação infantil ganhou novos contornos. O surgimento dos jardins de infância e a ampliação da rede escolar para as crianças foram ampliados. O êxodo rural, característico dos anos de 1970 em diante, também contribuiu para o aumento da rede escolar urbana. Assim, outras políticas educacionais foram sendo discutidas e implantadas. Os métodos de ensino/aprendizagem tiveram que ser repensados, pois as crianças começaram a chegar à escola, na educação infantil, aos três anos de idade e, hoje, já chegam com seis meses de vida. Mediante o quadro até aqui apresentado, os brinquedos e as brincadeiras ganharam importância pedagógica. Hoje, existe preocupação em se trabalhar com o lúdico, também como uma forma de educar e não somente realizar o entretenimento das crianças. Muitos estudos apontam os brinquedos e as brincadeiras como importantíssimos para auxiliar o processo educativo. Tanto um quanto outro permitem ações criativas. E, nessas ações, são possibilitadas intervenções para auxiliar a aprendizagem, para que a criança se expresse quanto aos seus sentimentos, noção sobre o mundo, sobre si mesma e sobre o aprende. A interatividade com o brinquedo e com as brincadeiras podem descortinar comportamentos, emoções, reações em relação ao outro e ao que está a sua volta ou no seu meio de convivência. Por essas razões, nos últimos anos as escolas infantis vem se preocupando em construir espaços específicos para brincadeiras e mesmo para construção de brinquedos. São as brinquedotecas, hoje presentes em escolas, hospitais, supermercados, lojas de alimentação e muitos outros. Não é por acaso que as Diretrizes Curriculares – DCN para o curso de Pedagogia orienta a existência de laboratórios pedagógicos e brinquedotecas nas Instituições de Ensino Superior – IES, onde é ministrado esse curso. Como o Curso de Pedagogia da Faculdade Católica de Uberlândia já possui, desde 2010, um Núcleo de Estudos e Pesquisa Sobre Brinquedoteca, e, pensando nessas questões, propusemo-nos a elaborar um projeto de pesquisa que buscasse algum recurso financeiro para subsidiar suas atividades. Assim, ao propor o projeto de Estudos e Pesquisa sobre Brinquedoteca para o curso de Licenciatura em Pedagogia, fez-se necessário explicar os motivos e a finalidade de uma brinquedoteca dentro de cursos de licenciatura e de uma Instituição de Ensino Superior – IES. É importante, também, explicar o que é uma brinquedoteca e o seu significado pedagógico para os/as alunos/as de um curso de formação docente, futuros/as profissionais da educação ou, em muitos casos, alunos/as que já são educadores/as já atuando em diferentes níveis de ensino e para pesquisadores relacionados à área da infância e da educação. No caso do projeto em questão, necessário se faz explicitar sua importância e finalidade para a formação docente, dentro e fora do espaço escolar. A brinquedoteca é um espaço destinado ao desenvolvimento de brincadeiras. Nesse espaço, crianças e adultos vão para brincar livremente e, ao mesmo tempo, desenvolver as manifestações de suas potencialidades e necessidades lúdicas. Desse modo, é um espaço que possibilita atividades pedagógicas que estejam relacionadas com o brincar e que contribuam para resgatar a auto-estima das crianças e torná-las felizes. A brinquedoteca pode, inclusive, tornar-se um espaço para pensar, repensar e executar atividades relacionadas ao desenvolvimento da aprendizagem, do estímulo à inteligência e ao desenvolvimento de habilidades físicas e motoras. Por meio das atividades lúdicas e educativas, realizadas em uma brinquedoteca, é possível ampliar a formação dos/as alunos/as do curso de Pedagogia, de outras licenciaturas e/ou áreas afins que priorizem, de alguma forma, contribuir para os processos socioculturais e educativos. Pode servir para aperfeiçoar e melhorar a formação de educadores/as que já se encontram atuando em espaços educacionais relacionados à educação infantil e pode, também, envolver a comunidade em um trabalho coletivo que vise o bem-estar social e o desenvolvimento cognitivo, psicológico e motor das crianças desenvolvendo nelas a autoconfiança, elevando a autoestima e possibilitando a construção da própria cidadania. A brinquedoteca pode e deve ser um espaço para fazer a criança feliz. Nela devem existir projetos que permitam à criança brincar sossegada, sem cobrança e sem sentir que está atrapalhando ou perdendo tempo, de modo a estimulá-la ao desenvolvimento de uma vida interior rica e a capacidade de concentração e atenção, como explica CUNHA (1994). As funções e objetivos são diferentes daqueles estabelecidos para uma instituição escolar. A brinquedoteca deve ser incorporada à política para o lazer da criança. Essa política, por sua vez, está relacionada ao direito à infância. Educação e brinquedo são inseparáveis. Mas, muitos/as educadores/as desconhecem ou desrespeitam a política para o lazer e ao direito de brincar da criança. Não raro, os/as professores/as ignoram as brincadeiras das crianças perdendo a oportunidade de educálas a partir do brincar. Os/as docentes, assim como a maioria das pessoas adultas, inclusive a família, médicos-pediatras, psicólogos pouca ou nenhuma atenção dão ao brinquedo e às brincadeiras. Ignoram a capacidade de interagir com as crianças, com os brinquedos e com as brincadeiras. Assim, não valorizam nem incentivam o brincar e não contribuem para ajudar as crianças a viverem de modo mais alegre, feliz e saudável, interagindo e colocando em prática o gosto pelo brinquedo. A brinquedoteca, instalada em uma Instituição de Ensino Superior – IES -, assim como um núcleo de estudos e pesquisa sobre o tema em questão objetiva auxiliar a formação de educadores/as e pesquisadores de outras áreas relacionadas à criança no sentido de contribuir para que reconheçam o direito da infância ao brinquedo e ao lazer e se preparem para exercer as atividades educativas de modo a incentivar as crianças a brincarem e a aproveitarem os momentos de brincadeiras para observar e analisar o desenvolvimento e o comportamento infantil. Dessa maneira, o/a futuro/a educador/a que está sendo formado/a para atuar na educação infantil poderá reconhecer que brincando a criança aprende a gostar de estar ocupada. Além disso, como explica a CNBB (1997, p. 26), “(...) quem brinca está mais feliz e, portanto, mais predisposto a amar o próximo”. O poder público, sobretudo o poder municipal, e também os movimentos sociais podem ter, na organização e no espaço de uma brinquedoteca, oportunidade de cuidar melhor da infância em sua cidade. Muitas crianças não brincam porque não possuem condição para brincar. Falta-lhes espaço físico, brinquedos, incentivo à imaginação porque os/as adultos/as desejam que elas se comportem como adultos/as. Nem sempre os/as adultos/as e nem mesmo os/as educadores/as reconhecem o quanto o brincar é importante para o desenvolvimento da criança. O valor das atividades lúdicas precisa ser resgatado nas comunidades, nas organizações não governamentais que trabalham em programas em favor de crianças, na organização das políticas públicas que cuidam dos aspectos relacionados à criança e ao adolescente. Mas, sobretudo entre os/as educadores/as, esse valor precisa ser resgatado. E o único meio de fazê-lo é dando aos/às futuros/as educadores/as uma formação que priorize, dentre outros aspectos pedagógicos, a importância ao lúdico, ao brincar. Em outras palavras, é preciso dar aos/às educadores/as, aos/às médicos/as e profissionais ligados/as à infância uma formação que valorize e reconheça a importância pedagógica que tem as brincadeiras e o brinquedo para as crianças, tanto nos aspectos do desenvolvimento intelectual e psicossocial quanto nos aspectos moral e do desenvolvimento físico e motor. As Faculdades e Escolas de Formação de Magistério de Pedagogos/as ainda dão pouca ênfase ao trabalho educativo no sentido de formar os/as educadores/as de modo a perceberem o direito da criança à política do brincar e do lazer infantil. Como nos adverte a CNBB (1997, p. 27), o educador pode completar sua formação acadêmica sem nunca ter manuseado um brinquedo para verificar o que ele pode oferecer de estimulação ao desenvolvimento de uma criança. Sendo o brincar a forma natural de expressão das crianças, é fundamental para o educador conhecer os efeitos e as possibilidades que os recursos lúdicos podem proporcionar. Mas, para que as crianças brinquem de forma estimuladora, os adultos que com elas interagem precisam estar preparados. O ato de aprender pode ser desafiante, agradável e transformador, se for significativo para a criança. A motivação é fundamental para que a aprendizagem aconteça de forma rica, capaz de provocar o desenvolvimento. Mas é um processo interior, por essa razão é tão importante dar condições para que o interesse se manifeste e possa ser cultivado. Conforme as palavras da CNBB, priorizar a discussão teórica e exercitar a prática pedagógica sobre o direito e a importância do brincar e da política do direito da infância ao lúdico, bem como a riqueza pedagógica das atividades do brinquedo para as crianças é de fundamental importância na formação dos/as educadores/as e dos/as demais profissionais que trabalham com a infância. Isso, por si só justifica a existência de um núcleo de estudos e pesquisa sobre brinquedoteca, bem como a construção e funcionamento de uma nas IES que atuam na formação docente. Mas, uma brinquedoteca pode, também, contribuir com o poder público local e com a comunidade. Para isso, a Faculdade Católica de Uberlândia, por meio dos cursos de Pedagogia e outras licenciaturas e bacharelados que formam profissionais afins deverá, no futuro, fazer parcerias com os órgãos públicos ou instituições sociais e comunitárias e que tenham interesse e disposição para investirem estudos e pesquisas e trabalhar com as comunidades locais no atendimento às políticas voltadas para as necessidades da infância e da adolescência. O Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre Brinquedoteca, além de aperfeiçoar a formação pedagógica dos/as alunos/as e dos/as professores/as. E, ainda, ampliará a discussão sobre o direito ao lúdico e às brincadeiras que são, também, direitos políticos da infância, conforme assinalamos anteriormente. Também, com este projeto, a Faculdade Católica de Uberlândia formará brinquedistas para atuar em espaços educativos escolares e não-escolares nas comunidades. Este projeto poderá ter uma função pedagógico-educativa e também política. Será um projeto que necessitará de recursos financeiros para a aquisição de bibliografia para estudos e pesquisa e para a aquisição dos brinquedos e dos materiais necessários à construção de uma brinquedoteca e ao seu funcionamento. Mas, também poderão ser aproveitados os materiais pedagógicos produzidos pelos/as alunos/as dos cursos da Faculdade Católica orientados/a pelos/as professores/as e pesquisadores/as que ministrarão curso de brinquedistas como atividade teórico/prática do projeto. Muitos brinquedos poderão ser construídos a partir do aproveitamento de sucatas e outros recursos que demandem poucos recursos financeiros. Mas, são necessários estudos e pesquisas para se conhecer as possibilidades que os diferentes brinquedos e brincadeiras podem proporcionar às crianças. Dessa maneira, temos a certeza de que este projeto muito contribuirá com a formação docente de professores/as e alunos/as e, ainda, com a formação de profissionais de outras áreas relacionadas à infância. Possibilitará, também, aquisição de saberes sobre a criança e os direitos constitucionais que garantem à todas elas oportunidades dignas de crescer, adolescer e viver com alegria e com a esperança de tornar-se um/a cidadão/ã e não um/a excluído/a em seus direitos políticos e sociais. A Faculdade Católica, por meio de alunos/as, professores/as e pesquisadores/as que se integrarem ao Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Brinquedoteca formará um grupo de brinquedistas que poderá atuar em brinquedotecas desenvolvendo as diversas atividades exigidas para o funcionamento eficaz de um projeto pedagógico nesse campo do saber sobre a infância e a educação. Poderá montar mini-cursos para formar, nas comunidades e nas organizações não-governamentais outros/as brinquedistas divulgando e ampliando os serviços de brinquedoteca na cidade de Uberlândia/MG, ajudando a tirar crianças da rua e de situação de risco, além de contribuir com o desenvolvimento educacional e a promoção da cidadania e da infância. Os objetivos do Projeto são: criar um espaço de estudos e pesquisas sobre brinquedoteca para possibilitar a participação dos/as alunos/as, dos/as professores/as e dos/as pesquisadores/as contribuindo para ampliar e construir conhecimentos nessa área; reafirmar o brinquedo e a ludicidade como direitos da criança no âmbito jurídico, das leis, das normas e do Direito; criar espaço físico, educativo e sociocultural para o atendimento às necessidades de brincar, de crescer alegre e feliz; contribuir para melhorar a formação profissional dos/as alunos/as do curso de Pedagogia, das demais licenciaturas e de outros cursos em áreas afins; colocar o espaço físico da Faculdade Católica de Uberlândia e os seus recursos humanos e materiais disponíveis à favor da educação e da construção da cidadania e da construção de saberes acerca do brinquedo, das brincadeiras e construção de brinquedotecas e formação de brinquedistas. Metodologicamente, será utilizada a pesquisa qualitativa, de abordagem etnográfica e com ênfase na pesquisa-ação. Tem como princípio estudar a cultura sobre brinquedos e brincadeiras e seus significados sociohistóricos discutindo suas funções pedagógicas a partir da construção e funcionamento de brinquedotecas. Além dos estudos teóricos, serão realizadas ações concretas, visitando brinquedotecas e construindo, no espaço da Faculdade Católica de Uberlândia, uma brinquedoteca que constituir-se-á em laboratório de pesquisa para os estudos e as ações do Núcleo. Este referencial metodológico será importante para o desenvolvimento da pesquisa, porque, como explica André (2003, p. 27), Etnografia significa “descrição cultural”. Para os antropólogos, o termo tem dois sentidos: (1) um conjunto de técnicas que eles usam para coletar dados sobre os valores, os hábitos, as crenças, as práticas e os comportamentos de um grupo social; e (2) um relato escrito resultante do emprego dessas técnicas. Como o princípio da etnografia é descrever a cultura, entendida como práticas, hábitos, saberes, valores, linguagens e significados, então essa metodologia será importante para recuperar os estudos e os trabalhos já o realizados em outros tempos e espaços históricos. E, agora, acrescido de uma investigação que possibilitará repensar a importância e os significados socioculturais e educativos de brinquedoteca. E, ainda, em consonância com a Introdução/Justificativa, com os objetivos apresentados, o Projeto de Estudos e Pesquisas Sobre Brinquedoteca tem como eixo metodológico nortear a realização de estudos e ações temporárias e permanentes que privilegiem as particularidades das demandas descritas e apresentadas. Assim, este Projeto contempla objetivos universitários e, principalmente, necessidades socioeducativas construindo espaço de pesquisa para todos/as os/as interessados/as nas questões relacionadas à criança e ao seu direito de brincar, bem como ao direito de freqüentar espaços educativos e capazes de resgatar a esperança e qualidade de vida não só para a infância, mas também para a juventude e a vida adulta. REFERÊNCIA BRASIL. Referência Curricular Nacional para a Educação Infantil – Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998. COORDENAÇÃO NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL - CNBB. Brinquedotecas na Pastoral da Criança. Brasília: Pastoral da Criança/Organização de Ação Social da CNBB, 1997. CRAYDY, Carmem e KAERCHER, Gládis E. (Orgs.). Educação Infantil: para que te quero? Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 2 ed., São Paulo: Maltese, 1994. KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 5 ed., São Paulo: Cortez Editora, 2001. OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. 5 ed., São Paulo: Cortez Editora, 2001.