40-IIFIICE-Restinga)[1]

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II Feira Interna de Iniciação Científica e Extensão - II FIICE
Camboriú, SC, 30/09 e 01 outubro de 2010
Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú
ÁREA TEMÁTICA PRINCIPAL:
MEIO AMBIENTE
PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL DA APA COSTA BRAVA – BALNEÁRIO
CAMBORIÚ – EM PARCERIA COM A ESCOLA GIOVANIA
DE ALMEIDA
Maria Olandina Machado (Orientadora) [email protected]
Cristalina Yoshie Yoshimura (co-orientadora) [email protected]
Euclides Mario Pieri (aluno) [email protected]
Lucas Adão Rockenbach (aluno) [email protected]
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Camboriú, SC, 30/09 e 01 outubro de 2010
Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú
PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA RESTINGA DA
APA COSTA BRAVA – BALNEÁRIO CAMBORIÚ – EM PARCERIA COM A
ESCOLA GIOVANIA DE ALMEIDA
Maria Olandina Machado1; Cristalina Yoshie Yoshimura2; Euclides
Mario Pieri3; Lucas Adão Rockenbach4.
RESUMO
Nesta etapa do projeto, o objetivo principal é ensinar a população escolar da região do Estaleirinho –
Balneário Camboriú, a cultivar a espécie Blutaparon Portulacoides, para que entendam sua
fundamental importância na recuperação da restinga nesta região. O projeto envolve alunos de oitavo
e nono ano da Escola Giovania de Almeida, totalizando 11 alunos e uma orientadora educacional.
Este grupo de monitoria foi treinado para fazer o monitoramento do crescimento das plantas no
viveiro. Primeiramente foi feita a escolha da área para a coleta das plantas para a produção de
mudas no viveiro, que foi construído na escola. Foi feito o monitoramento semanal do crescimento
das mudas, anotando os seguintes dados: número de nós, número de ramos e número de folhas de
cada muda. Após 45 dias no viveiro, as mudas já tinham condições de sobreviver na restinga, seu
habitat natural. Então, foi feita a seleção de uma área degradada, que fosse de fácil acesso para os
alunos e próximo à escola, para o transplante das mudas. O crescimento das mudas transplantadas
está sendo monitorado pelos alunos da escola. Ao final das análises foi possível observar que nem
todos os alunos do grupo de monitoria tiveram um grande interesse em realizar certas atividades.
Palavras chave: Blutaparon portulacoides, restinga, dunas frontais.
1 INTRODUÇÃO
Segundo HESP(2001) apud Neto (2004), as dunas frontais compõem o
ambiente mais próximo do mar, é formada a partir do acumulo de sedimentos,
transportados pelo vento e aprisionados pela vegetação com as raízes e a porção
rastejantes rizomatosa, que fixam a areia. Elas agem como um estoque essencial de
sedimentos, protegendo a linha de costa contra a erosão e inundação causada por
eventuais ressacas e por uma potencial elevação no nível médio do mar.
1
Professora Orientadora. [email protected].
Professora Co-orientadora. [email protected].
3
Aluno do Curso Técnico em Agropecuária, Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú.
s/n. C. Postal 16, CEP 88340-000, Camboriú, Santa Catarina. [email protected]
4
Aluno do Curso Técnico em Agropecuária, Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú.
s/n. C. Postal 16, CEP 88340-000, Camboriú, Santa Catarina. [email protected]
2
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Em épocas de mar calmo, as ondas transportam sedimento para a praia.
Este é transportado pelo vento até as dunas frontais, onde é aprisionado pela
vegetação e acumulado. Ao ser retirado por eventos de ressaca, este sedimento
erodido é depositado na forma de barras arenosas ao longo da zona de surfe. Tanto
a erosão e movimentação do sedimento das dunas frontais quanto às barras
arenosas formadas na zona de surfe dissipam a energia das ondas de tempestade,
fazendo com que estas arrebentem mais longe da linha de praia. A perda da
vegetação que aprisiona o sedimento deixa a praia e as dunas muito suscetíveis à
erosão eólica e à causada por ondas (DEWHURST apud NETO, 2004).
Os padrões sucessionais e a riqueza específica da vegetação nas dunas
frontais variam conforme a taxa de deposição de sedimentos, o volume de spray
salino que as atinge, a disponibilidade de nutrientes no solo, a umidade e a idade
das dunas. As espécies pioneiras ocupam a porção mais próxima do mar. Nas
dunas frontais mais estabilizadas, onde as condições ambientais são mais estáveis,
com maior acúmulo de matéria orgânica no solo, arbustos e árvores começam a
aparecer (HESP apud NETO, 2004).
A zona litorânea tem um importante papel na vida das pessoas, sendo
que 80% da população mundial vivem na mesma, e de alguma forma utilizam essa
área, tanto para a recriação como em caráter econômico. Como parte importante
dessa zona estão as dunas frontais, que exercem um papel na proteção da área
costeira contra tempestades, sendo que, quando de alguma forma é destruída, é
retirada uma proteção natural e com isso a região fica suscetível a outros danos.
Além disso, as dunas compõem parte fundamental na paisagem. Além disso,
abrigam diversas espécies animais e vegetais.
As áreas já degradadas podem ser recuperadas, através da produção de
mudas e plantio das mesmas, mas isso só é possível com trabalhos conjuntos com
população local, pois qualquer alteração no ambiente pode gerar modificações no
cotidiano dos mesmos, e ainda podem evitar novas formas de destruição da área
(RESTAURAÇÃO AMBIENTAL..., 2003).
Parcerias como as com a Associação Ecológica Taquaras podem
estabelecer a integração da comunidade local com as pessoas responsáveis pela
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recuperação das áreas degradadas. Também podem auxiliar no processo de
conscientização dos moradores sobre a importância das dunas e da vegetação de
restinga, pois esses dois fatores estão intimamente ligados na proteção da costa.
A espécie Blutaparon portulacoides SW., é considerada uma planta
pioneira no sistema de dunas frontais, ocorrendo em toda a costa brasileira do
Ceará ao Rio Grande do Sul. Devido à grande quantidade de raízes e hastes eretas
curtas é uma das plantas mais importantes na fixação da areia (HUECK apud BOSA,
2005).
Apesar de poder apresentar inflorescências o ano todo, a viabilidade de
suas sementes é baixa, sendo assim, sua forma de reprodução mais viável é a
vegetativa.
Os fragmentos são arrancados da planta mãe e transportados pelo ma,
ao serem depositados formam raízes secundárias que logo se fixam na areia. O
caráter suculento das hastes e das folhas facilita a sobrevivência dos fragmentos
enquanto este não produz novas raízes, bem como possibilita o crescimento da
planta mesmo quando ocorre o soterramento pela areia.
A educação ambiental, segundo o Grupo R3 é definida como
interdisciplinar orientada para a resolução de problemas locais; é participativa,
comunitária, criativa e valoriza a ação. É uma educação crítica da realidade
vivenciada, formadora de cidadania. É transformadora de valores e atitudes através
de novos hábitos e conhecimento. É criadora de uma ética, sensibilizadora e
conscientizadora para as relações integradas ser humano/ sociedade/ natureza e
tem por objetivo o equilíbrio local e global, como forma de obtenção da melhoria da
qualidade de todos os níveis de vida.
2 METODOLOGIA (material e métodos)
Este projeto teve inÍcio há dois anos, com a parte de pesquisa para saber
qual a melhor forma de produzir mudas da espécie Blutaparon Portulacoides, para a
recuperação de áreas degradadas da Costa Brava. A parte de extensão do projeto
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teve inÍcio no ano de 2009 na escola Giovania de Almeida no bairro Estaleirinho –
Balneário Camboriú.
Primeiramente foi feita uma reunião com os alunos interessados do oitavo
e nono ano da escola. Na reunião foram transmitidos os objetivos do projeto e
também qual seria a tarefa que cada aluno iria realizar.
Após a reunião, a tarefa foi coletar as mudas da planta ao longo da zona
costeira. Para isso utilizamos instrumentos de corte (ex.: tesoura e estiletes) para
retirar as estacas da planta mãe. Coletou-se também areia da praia que foi utilizada
como substrato para as plantas. A areia foi peneirada para a retirada de impurezas
que possam atrapalhar o crescimento da planta.
As mudas, já coletadas, foram transportadas para a escola, para o
implante das mesmas no viveiro. Utilizamos sacos de cachorro quente para plantar a
muda no substrato. Das mudas coletadas pelos alunos, foram cortadas em estacas
de 30 centímetros cada uma, cada aluno ficou responsável de irrigar e monitorar três
plantas, cada saco de cachorro quente ficou uma planta, os sacos foram ainda
colocados em caixinhas de leite cortadas na lateral e foram alojadas em caixas de
madeira com a capacidade de 6 plantas por caixa. As plantas foram marcadas com
o nome do monitor e o nº de cada uma delas, para facilitar a monitoria.
Irrigavam-se as plantas a cada dois dias. Em caso de chuva a irrigação
seria dois dias após a chuva. O monitoramento foi feito semanalmente anotando-se
os seguintes dados: nº de nós, nº nós com ramos, nº ramos, nº ramos com folhas e
o nº total de folhas.
Após 45 dias, quando as plantas estavam prontas para se desenvolver
na areia da praia, foi selecionada uma área degradada para fazer o transplante das
mudas. As plantas foram retiradas do viveiro e transportadas até a área degradada,
onde foi feito o transplante.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através dos dados obtidos na tabela de monitoramento, observou-se que
nem todas as plantas tiveram um bom desempenho, devido aos cuidados dos
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alunos, das condições climáticas e etc. Algumas plantas até morreram no viveiro e
não puderam ser transplantadas para a praia.
O resultado foi que não houve o interesse total do grupo de monitoria,
somente um aluno entregou a planilha com todos os dados corretos e anotados
semanalmente como foi proposto para o grupo.
Após o transplante das mudas para a área degradada, o monitoramento
também deveria ser realizado semanalmente, mas devido a um campeonato de surf,
houve o pisoteamento do local e as plantas não sobreviveram, já que a área não foi
devidamente isolada. Assim impossibilitando a monitoria.
4 CONCLUSÃO
Através dos resultados obtidos, podemos concluir que os alunos não
puderam ter um grande aproveitamento deste assunto, porque não houve o
interesse do grupo. Talvez se tivéssemos exigido mais do grupo, teria despertado
interesse maior em relação ao assunto.
Como esse assunto é de extrema importância para a comunidade, iremos
tentar de outra forma, ou com outra faixa etária de alunos com a intenção de obter
resultados melhores.
REFERÊNCIAS
DEWHURST, D. (Comis.) (2002) apud NETO, Afrânio Gomes. Avaliação da
vegetação nas dunas frontais da Praia Brava, Itajaí(SC) e desenvolvimento de
técnicas para a sua reabilitação. 2004. 64f. Trabalho de Conclusão de Curso.
Curso de Oceanografia, Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2004.
HESP, P. A. (2001) apud NETO, Afrânio Gomes. Avaliação da vegetação nas
dunas frontais da Praia Brava, Itajaí(SC) e desenvolvimento de técnicas para a
sua reabilitação. 2004. 64f. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de
Oceanografia, Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2004.
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Camboriú, SC, 30/09 e 01 outubro de 2010
Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú
HUECK, K. (1955) apud BOSA, Priscila.Recomposição da vegetação nas dunas
da Praia Brava, Itajaí(SC). 2005. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de
Oceanografia, Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2005.
RESTAURAÇÃO AMBIENTAL E ORDENAMENTO DA ORLA DA PRAIA
BRAVA.2003. Relatório Final. UNIVALI. Contrato administrativo 434/03 com a
Prefeitura Municipal de Itajaí. Itajaí, 2003
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