TRABALHO EXITOSO EM ATER - 2014 ARMAZENAMENTO DE FORRAGEM EM "SILO SACO" UMA TECNOLOGIA ACESSÍVEL AO HOMEM E A MULHER DO CAMPO Passira/PE, 2014 ARMAZENAMENTO DE FORRAGEM EM "SILO SACO" UMA TECNOLOGIA ACESSÍVEL AO HOMEM E A MULHER DO CAMPO Regional: Surubim Municipio: Passira Comunidade: Sítio Camaradas Equipe responsável: Fabrício Bezerra Pereira e Maria Elisabete S. de C. Menezes E-mail: [email protected] / [email protected] Fone: (81) 3651-2808 Categorias: 1ª Segurança Alimentar e Nutricional 2ª Inovação Sociotécnica 1. APRESENTAÇÃO O município de Passira localiza-se na Mesorregião do Agreste Pernambucano. O nome do município em tupi-guarani quer dizer "acordar suave". O município foi fundado em 20 de dezembro de 1963(PMP/2014). Possui uma área de 326,758 km² e 29.031 habitante(Estatística IBGE/2014), onde aproximadamente metade da população mora no campo. Limita-se ao Norte com as Cidades de Salgadinho e Limeiro; ao Sul com Gravatá, Pombos e Bezerros; ao Leste com Feira Nova e Glória do Goitá; e a Oeste com o município de Cumaru. A Cidade tem como padroeira Nossa Senha da Conceição (PMP/2014). Na região que compõe à área territorial do município de Passira os tipos de solos são: argiloso, arenoso, pedregoso e rochoso. Os meses chuvosos são de abril a junho, com precipitação pluviométrica média anual de 720.7 milímetros(PMP/2014). A cidade de Passira também tem como atividade econômica de grande importância a pecuária de bovino, caprino e ovino, com certa predominância da pecuária de corte. Na agricultura o milho irrigado se destaca, sendo tradicionalmente um dos maiores produtores do Estado. Outras culturas são de grande importância econômica para o município, como: milho, feijão e fava de sequeiro, macaxeira, coentro, tomate, pimentão, banana e citros. Diante da estiagem prolongada que vem assolando a região do agreste, dificultando assim a produção de alimentos para os rebanhos nos período de escassez, o IPA - Passira vem realizando um trabalho de informação, demonstração prática e divulgação de uma tecnologia de convivência com o semiárido, conhecida como “silo saco”, que é mais uma alternativa para os agricultores familiares utilizarem no armazenamento de forragem para alimentar os rebanhos. O trabalho esta sendo realizado na comunidade de Camaradas, que esta localizada as margens da PE 095, a Oeste do município de Passira, confrontando-se com o município de Cumaru. Esta tecnologia é bem acessível ao homem e mulher do campo, pois, independente do tamanho da área cultivada com plantas forrageiras o "silo saco" pode ser feito com bastante praticidade. Os sacos utilizados podem ser adquiridos de três formas: sacos prontos em casas comerciais especializadas na área agrícola; a segunda opção é adaptar o saco de nylon impermeabilizando internamente com um saco plástico(EMBRAPA/2009); e a terceira alternativa é confeccionar o próprio saco usando uma lona plástica dupla face e cola (IPA/2014). As plantas forrageiras utilizadas para esta tecnologia foram: o milho, o sorgo e o capim. Estas forrageiras foram trituradas, na sequência ensacada e compactada manualmente dentro do saco, retirando ao máximo o ar de dentro do saco, com isso o processo de fermentação da forragem ocorrerá sem presença do oxigênio. Dentre as principais vantagens do “silo saco”, podemos citar: acessibilidade á tecnologia, baixo custo de produção, uma pequena máquina forrageira será suficiente para execução do serviço, o uso da mão de obra familiar, o transporte rápido e prático desta forragem e o fornecimento aos animais após 40 dias de armazenamento. As dificuldades encontradas destacamos a falta de "MAQUINAS FORRAGEIRA ou ENSILADEIRA" que infelizmente são imprescindível para execução da prática e poucos agricultores tem acesso, no entanto, iremos incentivar à aquisição através de projetos pelo PRONAF, porém, sugerimos que sejam criado programas de beneficiamento de forragens voltado para os agricultores familiares. 2. OBJETIVO Informar, demonstrar e divulgar que existem tecnologias acessíveis e simples para o armazenamento de forragem voltada para o pequeno agropecuaristas, que esta sofrendo com períodos de escassez de alimento animal, provocado pelas longas e repetidas estiagens que vem atingindo nossa Região. O "silo saco" tem por principal finalidade atender a necessidade nutricional dos animais, gerando suporte forrageiro de qualidade e que será servido em época oportuna. 3. PÚBLICO A tecnologia do "silo saco" é destinado principalmente ao agropecuaristas de base familiar, que possui poucos animais, uma pequena área de cultivo de forragens e depende principalmente da mão de obra familiar. 4. Nº DE FAMÍLIAS ENVOLVIDAS Os agricultores envolvidos no projeto foram mobilizados através do Programa de Distribuição de Sementes de Sorgo Forrageiro, onde foram selecionados 10 produtores. Posteriormente realizamos uma reunião no dia 12 de agosto de 2014, no Escritório Municipal do IPA e contamos com a presença de 30 representantes familiares. Na reunião abordamos o seguinte tema: "PRÁTICAS DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO", onde tratamos de alimentação animal, focando entre outras o "silo saco" como uma alternativa de armazenamento de forragens para o agricultor familiar. No dia 29 de setembro de 2014, fizemos uma DP - Demonstração Prática no Sítio Camaradas e fizemos o passo à passo do "silo saco". Contamos com a presença de 10 participantes. 5. Nº DE AGRICULTORES/AS BENEFICIADOS/AS Como é um projeto em faze inicial, temos 03 agricultores executando a tecnologia e pretendemos estender aos demais agricultores assistido pelo IPA. 6. PERÍODO DE EXECUÇÃO DA PROPOSTA O projeto iniciou-se no mês de maio/2014, quando o sorgo forrageiro foi disponibilizado para o Escritório Local do IPA em Passira, que distribuiu aos agropecuaristas selecionados para experimentar a nova cultura forrageira. Os beneficiados com a semente receberam informação do processo de armazenamento de forragem com "silo saco" de forma individual, porém estávamos procurando uma comunidade e propriedade que aceitassem não somente plantar o sorgo, mais utiliza- lo como silo. No mês de setembro/2014 realizarmos a primeira "Demonstração Prática" no Sítio Camaradas na propriedade da agricultora, Diva Regina de Jesus Silva (Dona Deinha), onde tivemos a participação de alguns agricultores da Comunidade. A proposta está em andamento, mais constatamos o resultado dos primeiros silos produzidos e concluímos que a qualidade e aroma da forragem é idêntico aos silos tradicionais. 7. METODOLOGIA 7.1 Visita Foram realizados visitas na propriedade para acompanhamento do desenvolvimento da cultura do sorgo forrageiro e levantamento produtivo do milho e capim elefante, para posterior ensilagem. (Fotos: 01, 02 e 03) FOTO 01: Lavoura de sorgo. FOTO 02: Plantio de milho. FOTO 03: Cultivo de capim elefante. 7.2 Reunião Realizamos uma reunião para informação e divulgação da tecnologia, onde se fizeram presentes 30 participantes, que tiveram conhecimento do assunto como uma das práticas de convivência com o semiárido, voltada principalmente para o agricultor familiar. (Fotos: 04 e 05) FOTO 04: Público presente na reunião. FOTO 05: Apresentação das práticas de convivência com o semiárido. 7.3 DP- Demonstração Prática A demonstração prática foi de grande importância para os agricultores, pois, no momento da abordagem do assunto, tiramos varias duvidas na apresentação teórica e podemos comprovar na prática. Os 10 participante saíram capacitados para realizar a prática em suas propriedades, seguindo os passos abaixo. (Fotos: 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13) FOTO 06: Cortando o sorgo forrageiro. FOTO 07: Transportando. FOTO 08: Triturando o sorgo. FOTO 09: Volume triturado de forragem. FOTO 10: Enchimento do saco. FOTO 11: Compactação manual da forragem triturada. FOTO 12: Retirando o ar para posterior fechamento. FOTO 13: Armazenamento do “silo saco”. 8. COLABORADORES OU PARCEIROS Na execução do projeto tivemos a parceria da Associação dos Agricultores do Sítio Camaradas, que através de sua representante a Sr.(a) Diva Regina de Jesus Silva, que nos disponibilizou a propriedade e se comprometeu com todas as etapas do projeto, inclusive socializar e mobilizar a comunidade para a prática do "silo saco". Também tivemos a colaboração na realização dos eventos metodológicos de: José dos Santos, Roberta Gercina, Henrique Silva, José João de Souza, Severino Bernardo, Antonio Soares, Severino Jerônimo, Irapuan Pascoal, Layane Oliveira, Maria Helena de Lucena e Valdemiro Lemos. 9. RESULTADOS ESPERADOS 9.1 No período de seca o agricultor terá reserva alimentar para os animais; 9.2 As pequenas propriedades familiares poderá acessar a tecnologia; 9.3 Baixo custo de produção; 9.4 Uma pequena maquina forrageira será suficiente para execução do serviço; 9.5 A mão-de-obra será da própria família; 9.6 O transporte do alimento será prático e rápido; e 9.7 Boa qualidade do produto final. 10. RESULTADOS OBTIDOS De acordo com os resultado esperados, comprovamos todos as expectativas relacionados no ITEM 9, onde obtivemos um bom resultado do produto armazenado. 11. SUSTENTABILIDADE E CONTINUIDADE DA PROPOSTA A proposta é sustentável pelo fato de não agredir o maio ambiente e todos os sacos utilizados são reutilizáveis e recicláveis. A continuidade da proposta se dará pela atual circunstância que estamos vivendo em relação as "prolongadas e repetidas estiagens". O "silo saco" é uma tecnologia simples e necessária para o pequeno agricultor que vem sofrendo com a falta de forragens nos períodos críticos do ano. É importante salientar que estamos tratando de mais uma alternativa de armazenamento de alimento animal destinada ao pequeno agricultor. 12. CONCLUSÃO Concluímos deixando claro que o "silo saco", pela simplicidade e acessibilidade, deve somar com outras tecnologias já consolidadas na região. Estamos dando um "passo" para realização de um trabalho que certamente contribuirá muito para a conscientização do agropecuarista de base familiar que necessita de armazenar forragens para os meses de seca. O grande objetivo do "silo saco" é atender a necessidade nutricional dos animais, gerando suporte forrageiro de qualidade e que será servido em época oportuna, ou seja, os criadores terão alimentos para que estrategicamente sustentem seus rebanhos nos meses críticos de seca. 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS PREFEITURA MUNICIPAL DE PASSIRA (PMP). Disponível em: http://www.portalpassira.com.br/a-cidade/perfil, acesso em 23 de Outubro de 2014 às 15:30 horas. PREFEITURA MUNICIPAL DE PASSIRA (PMP). Disponível em: http://www.portalpassira.com.br/a-cidade/historia, acesso em 23 de Outubro de 2014 às 15:45 horas. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSCA (IBGE). Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=261050&search=pern ambuco|passira, acesso em 23 de Outubro de 2014 às 16:10 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSCA (IBGE). Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=261050&search= pernambuco|passira|infograficos:-historico, acesso em 23 de Outubro de 2014 às 16:25 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Adaptação do saco de nylon impermeabilizado com o saco plástico de 100 litros. Disponível em http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2009/silo-saco-alternativa-deensilagem-para-agricultura-familiar, acesso em 23 de Outubro de 2014 às 16:33. INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO (IPA) - ESCRITÓRIO MUNICIPAL DE PASSIRA. Projeto e confecção do saco plástico de lona dupla face, com dimensões de 1m x 1,5m. Data: 25 de Setembro de 2014 às 14:00. 14. ANEXO FOTO 14: Silos com sacos: adaptado, comprado pronto e confeccionado. FOTO 15: Grupo da DP - Demonstração Prática. 14.1 Projeto de confecção do saco plástico com lona dupla face idealizado pelo IPA Escritório Municipal de Passira FOTO 16: Projeto de confecção do saco de plástico dupla face – dimensionamento. FOTO 17: Projeto de confecção do saco de plástico dupla face – Colagem.