UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO - PPED Programa da Disciplina Fundamentos da Teoria Econômica I Prof. Marcelo Matos ([email protected]) Profa. Renata La Rovere ([email protected]) Aula 1 1. Introdução: Economia de Mercado e Produção Bibliografia: CANO, Wilson (1998). Introdução à economia: uma abordagem crítica. São Paulo: Fundação Editora da UNESP. Cap 1 e 2 (3, 4 e 5) FEIJÓ, Carmem Aparecida; RAMOS, Roberto Luis Olinto (orgs.) (2008 [2001]). Contabilidade social: a nova referência das contas nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Campus. Cap. 1 Satisfação das necessidades • Sociedades antigas – Família ou grupo criava o carneiro, extraía-lhe e fiava a lã, tecia os fios e confeccionava a roupa; – Coincidência temporal (momento) e espacial (local) da produção e consumo • Sociedades modernas – Tende a desaparecer a produção para consumo próprio – Divisão de atividades na produção - diversos agentes executando etapas produtivas – Importância da distribuição – Outros agentes: empresas de transporte, seguradoras, governo, bancos etc. Complexidade das atividades produtivas atuais Atividades Agentes Produtos ovinocultura fibras de lã indústria química fibras sintéticas 2fiação ind. de fiação fios 3tintura ind. de tinturaria acabamento de fios 4tecelagem ind. de tecelagem tecidos 5comercialização com. atacadista distribuição aos confeccionistas 6confecção ind. vestuário roupas feitas 7comercialização com. varejista distribuição aos consumidores 1 produção de fibras PRODUÇÃO Necessidades Humanas passam a ter caráter “ilimitado”: Mudança dos padrões de necessidade ao longo de perídos históricos Renda Tecnologia Propaganda, etc Classificação: Necessidades individuais: • Corporais o absolutas (biológicas): ex.: alimentação; o relativas (sociais): ex: conforto (converte coisas supérfluas em “necessidades”) • Espirituais: conhecimento e criação artística • Luxo ou consumo suntuário: caráter relativo (diferenças de classe e de renda) Necessidades coletivas: serviços de saúde, educação etc. PRODUÇÃO Os bens e serviços podem ser classificados em: Livres: não implica em esforço à sociedade para sua obtenção: ar, água, a luz e o calor solar, o mar etc. Econômicos: requerem esforço humano para sua obtenção Relativamente Escassos; Objetos de propriedade e de posse; Valor expresso por meio dos preços. Razões da escassez relativa Por que bens econômicos são escassos? • Quantidade e qualificação das pessoas; • Quantidade dos instrumentos auxiliares da produção; • Recursos naturais (tanto pela própria natureza quanto pelo regime de propriedade e uso privado); • Conhecimento científico e tecnológico limitado: – Tempo de translado e assimilação; – Preços e custos de sua obtenção; – Monopólio de seu uso (patentes). Nas sociedades modernas Característica básica de separação espaço-temporal entre o ato de produzir e o de consumir, implica em dois atos distintos: Como obter dinheiro (vendendo bens e serviços, alugando casas, emprestando dinheiro a juros, vendendo a própria força de trabalho, etc.); Como gastar e empregar dinheiro (comprando bens e serviços, e guardando ou aplicando o que sobrou, num banco). Fatores de Produção e a organização da produção • Três fatores básicos para a organização da produção – Trabalho – Recursos Naturais – Capital • Produção resulta da interação desses elementos • Disponibilidade desses elementos num dado sistema econômico, associada a um determinado nível de conhecimento técnico-científico, revela o potencial produtivo do sistema O Elemento Humano (Trabalho) Distribuição espacial: presença humana numa área geográfica guarda relação com a execução de atividades produtivas Condições de saúde e educação Sáude Capacidade Física Educação Guarda relação com capacidade Intelectual Não há “linearidade” perfeita entre esforço educacionalde uma país e sua renda Rural x Urbano Estrutura sexo-etária Sexo: incorporação feminina no mercado de trabalho & desafio de gênero Faixa Etária: População Economicamente Hábil (PEH) População jovem amplia o potencial produtivo Desemprego Previdência População economicamente ativa (PEA): PEH – (donas(os) de casa, estudantes, não remunerados, pessoas que não desejam trabalhar) Variação da população Recursos Naturais • Recursos: – Solo e subsolo – Recursos hidrológicos – Clima • Dotação e utilização econômica de recursos naturais devem ser vistas em termos dinâmicos • Avanço científico – ex: substituição borracha natural (árvores) pela sintética (petróleo) • Reflorestamento Capital • Instrumentos auxiliares da produção e dos bens que ampliam a capacidade produtiva da nação: – – – – – – – – Ferramentas, Máquinas, Instalações, Edifícios destinados a produção, Novas residências, Portos, aeroportos, estradas, Comunicações, Escolas, hospitais, etc. Capital • Bens e serviços segundo sua finalidade: – Bens e serviços de consumo: satisfazer diretamente as necessidades dos homens – Bens e serviços intermediários (matérias primas e serviços insumos): destinados a sofrer alterações em processos produtivos – Bens de capital: produtos finais (como os de consumo), mas que não se destinam a satisfação de necessidades imediatas, mas a produção de outros bens e serviços O Aparelho Produtivo • Aparelho produtivo: conjunto das Unidades Produtoras • Unidades produtoras se diferenciam segundo: – – – – Tamanho Forma jurídica Setor e atividade Origem de capital controlador • Grandes Setores Produtivos: – Primário – Secundário – Terciário • Transição histórica do peso dos setores Estrutura Produtiva em diferentes países Evolução em três décadas Fluxos do Aparelho Produtivo • Real – Produto – Oferta • Nominal – – – – – – Renda – Demanda Pagto Fatores de Produção Salários e Ordenados Juros Lucros Aluguéis DIAGRAMA DO FLUXO CIRCULAR NA ECONOMIA MODERNA Receitas Bens e Serviços Vendidos MERCADO DE BENS E SERVIÇOS: As empresas vendem As famílias compram Despesas Bens e Serviços Comprados FAMÍLIAS: EMPRESAS: Compram e consomem bens e serviços. Produzem e vendem Bens e Serviços Contratam e utilizam fatores de produção Recursos Naturais, Capital e Trabalho Comprados Salários, Lucros, Juros e Aluguéis Setas Internas Setas externas São proprietárias de fatores de produção e os vendem MERCADOS DE FATORES DE PRODUÇÃO: As famílias vendem As empresas compram Indicam o fluxo real (Oferta) Indicam o fluxo nominal (Demanda) Recursos Naturais, Capital e Trabalho Vendidos Renda Capítulo 2 – A Economia de Mercado Evolução de técnicas produtivas • Evolução tecnológica, proporcionando formas mais eficientes de produzir e novos produtos e serviços • Revoluções industriais associadas a grandes conjuntos de inovações • Tendência a aceleração do progresso científico e tecnológico, reduzindo-se o tempo entre a descoberta e a aplicação econômica Invento Motor elétrico Tubo de vácuo Rádio Tubo de raio X Reator nuclear Radar Bomba atômica Transistor Bateria solar Matérias plásticas Ano de descoberta Ano de aplicação Nº de anos 1821 1882 1887 1895 1932 1935 1938 1948 1953 1955 1886 1915 1922 1913 1942 1940 1945 1951 1955 1958 65 33 35 18 10 8 7 3 2 3 Paradigma tecno-econômico 23 Função de produção • Representa “receita” para a produção P f (TQ, TNQ, RN , K , Matérias primas...) • Evidencia o tipo de tecnologia utilizada no processo produtivo. Organização da produção • Insumos: Unidades produtoras ensejam a existência de uma demanda e uma oferta intermediária dentro do aparelho produtivo Transações intermediárias P VBP insumos • Serviços de fatores: – Prestação de serviços de trabalho – Utilização do capital – Utilização de recursos naturais • Contrapartida nominal: pagamento aos detentores destes fatores – Salários e ordenadas – Aluguéis – Juros e lucros Organização da produção Exemplo – produção de pão Atividades Gastos com insumos Pagamentos a fatores de produção Fazenda 10 20 30 Moinho 30 40 70 Padaria 70 90 160 110 150 260 Gastos e vendas totais • Como calcular o produto da comunidade? VBP insumos P 260 110 150 • Como calcular a renda da comunidade? Y SO L J Re nda A Pr oduto : Y P Valor das vendas Classificação Nacional de Atividades Econômicas Classificação Nacional de Atividades Econômicas Organização da produção Exemplo – sistema econômico simplificado I. Setor Primário a) Gastos com insumos Sementes Produtos químicos Subtotal b) Pagamento a fatores Salários e ordenados Juros Aluguéis Lucros Subtotal Valor das Vendas = VBP 5 15 20 25 3 30 22 80 100 Organização da produção Exemplo – sistema econômico simplificado II. Setor Industrial a) Gastos com insumos Matérias primas agrícolas Insumos industriais Transporte, seguros Subtotal b) Pagamento a fatores Salários e ordenados Juros Aluguéis Lucros Subtotal Valor das Vendas = VBP 25 20 15 60 20 5 5 30 60 120 Organização da produção Exemplo – sistema econômico simplificado III. Setor Serviços a) Gastos com insumos Insumos industriais Transporte, seguros, publicidade Subtotal b) Pagamento a fatores Salários e ordenados Juros Aluguéis Lucros Subtotal Valor das Vendas = VBP 5 5 10 30 7 10 23 70 80 Matriz insumo-produto Vendas ou Demanda intermediária Saídas” (Transações intermediárias) Compras ou “entradas” Setor Setor Setor TOTAL II III (D) I Setor I Setor II Setor III Total Di Salários Juros Aluguéis Lucros líquidos Depreciação Total do Valor Agregado VBP Demanda final Vendas de bens e serviços para consumo final ou investimento Valor Bruto da Produção Consumo InvestiTotal (C) mento (I) DF (C + I) VBP Matriz insumo-produto Vendas ou Demanda intermediária Saídas” (Transações intermediárias) Compras ou “entradas” Setor Setor Setor TOTAL II III (D) I Setor I Setor II Setor III Total Di Salários Juros Aluguéis Lucros líquidos Depreciação Total do Valor Agregado VBP Demanda final Vendas de bens e serviços para consumo final ou investimento Valor Bruto da Produção Consumo InvestiTotal (C) mento (I) DF (C + I) VBP 5 25 - 30 70 - 70 100 15 20 5 40 50 30 80 120 - 15 5 20 60 - 60 80 20 60 10 90 180 30 210 300 25 20 30 75 3 5 7 15 30 5 10 45 20 25 20 65 2 5 3 10 80 60 70 210 100 120 80 300 Matriz insumo-produto I. Renda Interna Bruta: ou valor agregado bruto, ou somatório, dos pagamentos aos fatores de produção, inclusive a depreciação; II. Produto Interno Bruto: a produção física de bens e serviços finais avaliada aos preços vigentes no mercado, descontados os consumos intermediários; III. Despesa Interna Bruta: significando o dispêndio que a comunidade faz ao utilizar a renda na aquisição do produto (compras de bens de consumo e de bens de capital). DESTINOS DA PRODUÇÃO • Fluxo Real (P) – Consumo (C) - Bens e serviços de consumo mercado de bens e serviços – Investimento Bruto (IB) • Investimento de Reposição (IR) • Investimento Líquido (IL) mercado de bens de capital • Fluxo nominal (Y) – Consumo – Poupança • Unidades produtoras + Depreciação (reservas) • Bancos Fluxo nominal Fluxo Real: P=C+I Fluxo Nominal: Y=C+S Como: P = Y Temos: S = I (verdadeira ex-post) As relações econômica internacionais • Economia aberta • Algumas facetas do governo A Economia Nacional e sua inter-relação com o “Resto do Mundo” Relações Internacionais comércio internacional de mercadorias e serviços migrações internacionais transferência de capital ajuda militar donativos econômicos, etc. A Economia Nacional e sua inter-relação com o “resto do mundo” Teorizações • Smith – Cada nação tem que se especializar na produção de mercadorias • Vantagens absolutas • Custos mais baixos – Se fosse aplicada hoje, apenas algumas nações produziriam a moderna produção industrial • Ricardo – Custos/vantagens comparativos – Nações deveriam se especializar não na produção de bens que apresentassem apenas vantagens absolutas, mas naqueles que apresentassem vantagens relativas. A Economia Nacional e sua inter-relação com o “resto do mundo” Produção Portugal Inglaterra Vinho( x garrafas) 80 h de trabalho 120 h de trabalho Tecido( y metros) 90 h de trabalho 100 h de trabalho Portugal - vantagem absoluta em ambos produtos Portugal - vantagem comparativa • Vinho (80/120) 66% • Tecido (90/100) 90% Limite das trocas • Limite inferior – 0,89 (80/90), Portugal • Limite superior – 1,2 (120/100), Inglaterra É vantajoso para ambos: as trocas tem que se encontra acima de 0,89 e abaixo de 1,2. A Economia Nacional e sua inter-relação com o “resto do mundo” • Heckscher e Ohlin – Diferentes custos entre nações estão relacionados à diferentes dotações fatoriais – Abundância e escassez de terras, por exemplo – Tendência a equilíbrio de preços entre os fatores • Visões “desenvolvimentistas” – Especialização em vantagens comparativas desequilíbrio “deterioração dos termos de troca” – Vantagens de incorporação de avanços tecnológicos – Argumentos da “Indústria Nascente” Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro • Fluxo real fluxo nominal • Utilização de duas moedas: nacional e estrangeira • Pós segunda guerra: países membros do FMI vinculam suas moedas a reservas em ouro e dolares • Atualmente, grande maioria com livre flutuação Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro Exemplo: • Brasil tem uma relação 4 R$/US$ - taxa cambial • Bens a,b,c - preço US$ 2,00 nos EUA • No Brasil, esses bens custarão R$ 8,00? • Preços de um mesmo bem podem ser diferentes entre países: diferentes tributação, custos de produção, diferentes produtividades, etc. Ex: tarifas de importação (ou dif. custos) + 10% (a) ; 20% (b); 100% (c) Preços: a) 8,80; b) 9,60 e c) 16,00 Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro Graus de poder de compra das nações: • Moedas fortes – Alto poder de compra – Estabilidade – Importância nas trocas internacionais – Aceitação correte como o meio de pagamento internacional Ex: Dólar Americano, Iene, Euro • Moedas fracas ou intermediárias – Aceitação no mesmo país – Somente nas fronteiras nacionais ou regionais Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro • A economia internacional –> mercado complementar – Escoamento da produção nacional • Saída De Mercadorias/Serviços (Exportação) • Contrapartida: entrega de renda – Complementa necessidades do mercado interno • Entrada de bens/serviços (importação) • Contrapartida: saída de renda interna • Comércio internacional de Bens • Serviços prestados de um país a outro: – Transportes, turismo, rendas de direitos de propriedade (juros, aluguéis, royalties), serviços de trabalho (salários,honorários, etc.) • Existem transações sem contra partidas – Donativos – Transferências unilaterais de um país a outro Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro • Registro: balanço de pagamentos internacionais • Transações reais: transações correntes – Exportação • Reduz disponibilidade interna bens e serviços • Entrada de capital - fluxo nominal – Importação • Aumenta disponibilidade interna bens e serviços • Saída fluxo nominal: ouro, divisas ou títulos de crédito • Transações bilaterais (exportações e importações): – As reais se registram no balanço de transações correntes – Nominais (contrapartidas) balanço de capital Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro Balanço de transações correntes I. Balanço comercial: X – M (mercadorias) II. Balanço de serviços e donativos: X – M (serviços) e donativos; Ex: fretes, seguros, aluguel de filmes, royalties, juros, donativos, turismo, etc. III. Saldo do balanço de transações correntes: I + II = “poupança líquida do exterior” IV. Contrapartida financeira - Balança de capital registra: (i) transações financeiras bilaterais, com duplo lançamento; (ii) entradas e saídas devido ao comércio exterior; (iii) donativos especificamente financeiros Pricipais tipos de transações econômicas internacionais e seu registro IV. Balanço de capital • A: Entradas de capital (+): • Débitos contraídos no exterior • Financiamentos concedidos pelo exterior • Ouro monetário, divisas, investimentos diretos, empréstimos, financiamentos, etc. • B: Saídas de capital (-) • Créditos e financiamentos concedidos ao exterior • Ouro monetário, divisas, investimentos diretos, empréstimos e financiamentos ao exterior, amortizações da dívida externa, etc. • A – B = saldo do balanço de capital • Mostra como foi financiado o saldo de transações correntes • Se transações corretes for (+), a conta de capitais (-): estamos financiando o resto do mundo. • Se transações correntes for (-), o conta de capitais (+): “resto do mundo” está financiando nosso déficit em transações correntes. Mecanismos de controles das transações internacionais • Heterogeneidade de agentes envolvidos (governos, bancos, famílias,etc.) • Diversidade de operações ( exportações, donativos, ajuda militar, etc.) – Necessidade de organização e controle de execução • Papel governo – – – – Direta e indiretamente Autorizações, concessões Bancos públicos e privados Empresas exportadoras, etc Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional Efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Nenhuma economia nacional pode ser considerada autárcita. • Grau de abertura: – Possibilidades internas de produção – Dimensão do território, mercado – Condições solo, clima, etc. • Quanto maiores o território e os recursos naturais de um país, menor a necessidade de importação • Países pequenos: comércio exterior essencial para crescimento Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Via especialização e altos coeficientes de exportação e importação • Produção e serviços competitivos • Coeficiente de abertura comercial • De exportação (x/y) • De importação (m/y) • Qual o grau ideal de abertura? Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Países grandes ou de grandes mercados – Coeficientes baixos • Pequenos países desenvolvidos tem altíssimos coeficientes de abertura comercial – Maiores níveis de renda – Alto padrão industrial (alta eficiência/ competitividade) – Produtos de alto valor agregado • Perfil dos fluxos de comércio: peso manufatura VS. alimentos/matérias primas Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional Vendas Compras Demanda intermediária (Transações intermediárias) Setor Setor II I Setor I Setor II Setor III Produção Nac. Import. (M) Subtotal Salários Juros Aluguéis Lucros líquidos Depreciação Total do V.A. VBP + M 5 15 20 5 25 30 3 10 35 2 80 105 25 20 15 60 15 75 20 7 3 25 5 60 135 Demanda final VBP Setor TOTAL Consum Investi- Exporta- Total III (D) o (C) mento (I) ções (X) (C+I+X) 5 5 10 10 30 10 7 20 3 70 80 30 40 20 90 20 110 80 20 20 80 10 210 320 50 70 55 175 5 180 25 25 10 35 25 5 30 30 VBP 75 95 60 230 15 245 105 135 80 320 35 355 VBP + M Modelo fechado: Oferta = P = C + I Demanda = D = C + I Agora: Oferta total = P + M Demanda total = D = C + I + X Logo: P = C + I + (X - M) Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Papel das exportações • Variável externa à economia • Depende da demanda internacional • Problemas para importar • Divisas (importação é financiamento pelas divisas geradas pelas exportações) Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Preços produção primários: tendência secular para queda ou estagnação.( -> excesso oferta), ( -> subst. Sintéticas) obs.: preços manufaturados tendência inversa • Pauta de exportações de uma economia pode dar uma primeira aproximação de seu grau de desenvolvimento – Alimentos (a) – Matérias-primas (b) – Produtos manufaturados(c) • Maior grau de subdesenvolvimento se associa com peso de A eB • Maior desenvolvimento se associa com maior peso de C Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Pauta de Importações – Subdesenvolvidos: maior peso relativo de de bens manufaturados – Desenvolvidos: maior peso relativo de alimentos e matérias-primas, comércio intrassetorial Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Implantação de considerável parque industrial pode majorar importações. Ex.: “Indústria” automobilística • Antes importava carro inteiro • Depois se importa carro desmontado Desenvolvimento de sistemistas e autopeças Vs. • Problema: Qualquer restrição à importação afeta direta ou indiretamente o nível interno de atividade econômica Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Dívida Externa • Saldo devedor do país com relação ao resto do mundo, representado pelo empréstimos e financiamentos obtidos • Capacidade de pagamento: Exportação (+) vs. Importações ( - ) • Renda líquida do exterior ( - ) • Recebimento de rendimentos do exterior (Lucros e juros de capitais nacionais investidos no exterior etc.). ( + ) Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Saldo • (+) Cobrir serviço anual da dívida externa (amortização e juros) • (-) Contratação de novos empréstimos/ financiamentos • Aumenta a dívida • Uma saída: Saldar compromissos importação economia Restringe limita potencial de crescimento da Os efeitos do inter-relacionamento na economia nacional • Retomando determinação do produto: Pela ótica da demanda pelo produto: P = C + I + (X - M) Pela ótica do destino da renda: Y = C + Sn + RLE (RLE= renda líquida recebida do exterior) • Igualando: I + (X - M) = Sn + RLE I – Sn = RLE – (X – M) = Se ( poupança externa equivale ao saldo do balanço de pagamentos em transações correntes com sinal trocado • Poupança total da economia com dois componentes I = Se + Sn O SETOR PÚBLICO 2. A atvidade produtora do setor público 2. A atvidade produtora do setor público • Sob a perspectiva da demanda pelo produto: P = C + I + G + (X - M) • Sob a perspectiva do destino da renda: Y = C + Sn + RLG + RLE (RLG = soma de impostos arrecadados e outras receitas – transferências e subsídios pagos pelo Governo) • Igualando: I + G + (X - M) = Sn + RLG + RLE I + (X - M) - RLE = Sn + RLG – G I - [RLE - (X - M)] = Sn + Sg (poupança do governo) I - Se = Sn + Sg I = Sn + Sg + Se