Deficiência Visual e Auditiva:Implicações na Infância e Adolescência Fabiana Guedes Universidade de São Paulo Universidade Gama Filho ECOAR - Estudos em Corpo e Arte - EACH/USP NAFAS -CEPEUSP Um Outro Olhar para Prática Profissional É fundamental um outro olhar, capaz de observar e analisar atentamente os anseios, necessidades, vulnerabilidades e potencialidades de um dado contexto e, a partir daí, ajudar as pessoas a construírem um novo status de saúde. Isso implica em um olhar para a saúde com outro enfoque, que não se restringe à doença nem às morbidades e comorbidades decorrentes. É necessário pensar sobre si, sua prática profissional, seus semelhantes e o mundo a seu redor . Bibliografia Dados do IBGE – CENSO 2010 Sensibilidade Visual As imagens e os raios de luz atravessam a córnea , o humor aquoso, a pupila, o cristalino e o humor vítreo. Todos esses meios devem estar transparentes para que a luz possa passar por eles e chegar à retina. Da retina, são encaminhados para o cérebro através do nervo óptico por meio de estímulos elétricos. Fisiologia da Visão O Nervo Óptico, ou segundo par craniano, é responsável por levar impulsos nervosos gerados na Retina até o Córtex Cerebral, onde essas informações são transformadas em imagens. Nós temos dois nervos ópticos, um para cada olho, que se cruzam numa região chamada Quiasma Óptico. Fisiologia da Visão O quiasma óptico é uma estrutura em formato de X formada pelo encontro de dois nervos ópticos. No quiasma óptico as fibras da parte medial de cada retina cruzam para projetarem para o outro lado do cérebro, enquanto que as fibras da parte lateral da retina continuam no mesmo lado. Como resultado temos que cada hemisfério cerebral recebe informações sobre o campo visual contralateral de ambos os olhos. Vídeo Deficiência Visual Conceito: Situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. Deficiência Visual Classificação Quanto à intensidade a. Visão subnormal ou baixa visão b.Cegueira Aquele que lê com ampliação ou lupas. Possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com prescrição de lentes corretivas, mas pode aprimorar sua capacidade de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias, baixa visão e outros recursos e modificações ambientais. Aquele que lê em Braile. Pessoa cuja percepção da luz, embora possa auxilia-la em seus movimentos e orientação, é insuficiente para aquisição de conhecimentos por meios visuais. Deficiência Visual Classificação Quanto ao comprometimento do campo visual Comprometimento central Deficiência Visual Visão central é aquela na qual a imagem cai no centro da retina, em uma área chamada mácula, e essa visão é cheia de detalhes. É importante na leitura para perto, para longe e nas atividades que exigem percepção de detalhes. Deficiência Visual Classificação Quanto ao comprometimento do campo visual Comprometimento periférico Deficiência Visual • Visão periférica é aquela que se forma fora da mácula, na periferia da retina. • Essa visão é pouco rica em detalhes, percebe-se a presença dos objetos e movimentos, mas nada nítido. • É importante para se locomover, principalmente à noite (com pouca iluminação). Deficiência Visual Diferenças entre Retina Central e a Retina Periférica Características Melhor desempenho Receptor mais freqüente Retina Central Visão fotópica Cone( receptores da visão cromática) Circuito mais freqüente Linha exclusiva Retina Periférica Visão exotópica Bastonetes (apresentam maior sensibilidade a luz de baixa intensidade) Projeção convergente Sensibilidade á Baixa intensidade Discriminação de formas Ótima Alta Visão de cores Resultado de lesão Precária Cegueira noturna Fonte: LENT, 2010. Ótima Cegueira total localizada Baixa (precária) Deficiência Visual A percepção visual é o aspecto mais apurado e sofisticado da modalidade visual. Submodalidades de Percepção Visual Localização espacial Nos permite identificar em que posição no campo de visão aparece um determinado objeto . Medida da intensidade Possibilita estimar o brilho de cada objeto em relação ao ambiente em que se encontra. Discriminação de formas Nos permite diferenciar e reconhecer os objetos segundo os seus contornos. Detecção de movimento Através da qual percebemos que alguns objetos se movem, enquanto outros permanecem parados . Visão de cores Capacidade de distinguir diferentes tons e nuances de cores. Deficiência Visual • Curiosidades: • Visão de Cores: Capacidade de distinguir diferentes tons e nuances de cores. • Os neurocientistas da atualidade calculam que somos capazes de ver cerca de sete milhões de cores diferentes! • Como o cérebro é capaz de identificar tantas cores? Deficiência Visual • Como o cérebro é capaz de identificar tantas cores? • As cores denominadas primárias, produzem todas as cores que somos capazes de ver. • Os cones( receptores da visão cromática) possuem três tipos diferentes de pigmentos, cada um deles absorvendo preferencialmente uma das três cores primárias ( vermelho, verde e azul). • Os bastonetes possuem um único tipo de pigmento – a rodopsina-, cuja maior absorbância situa-se na faixa do azul. • Os bastonetes apresentam maior sensibilidade a luz de baixa intensidade, mas seu único pigmento não lhes permite informar ao cérebro sobre cores. LENT, 2010. Deficiência Visual Já repararam que nós mulheres sabemos diferenciar muito bem as cores? Conseguimos saber muito bem o que é um cinza-grafite, verde-água, azul-turquesa, etc. E quando vamos escolher os esmaltes tem vários tons de vermelho e eles são diferentes. Já os homens nomeiam as cores com palavras simples: vermelho, verde, azul, sem detalhes. Como nós mulheres possuímos dois cromossomos X, temos uma variedade maior de cones que os homens, e isso reflete na maneira detalhada como descrevemos as cores. Deficiência Visual È uma anomalia genética na qual ocorre ausência ou mutação do gene que codifica um dos três pigmentos visuais dos cones (LENT, 2010). Dificuldade para distinguir vermelho e verde ou outras cores. Daltonismo total : Causado por lesão do cérebro é conhecida como acromatopsia ( é uma condição rara). Ou incapacidade de enxergar todas as cores, decorrente de defeitos nos cones, as células fotossensíveis da retina. Visão de Cores Daltonismo Deficiência Visual Causas Congênitas: Malformações oculares, • Glaucoma congênito, • Catarata congênita. • Deficiência Visual Causas • Adquiridas: • Traumas oculares, • Catarata, • Degeneração senil de mácula, • Glaucoma, • Alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes. • Patologias Degeneração macular: 10% da população sofre de degeneração macular. A doença é a principal causa de cegueira no mundo , em faixas etárias acima de 50 anos. Patologias Degeneração macular: Embaçamento da visão central, dificuldade para ler, escrever, costurar e realizar outras atividades que exijam visão em detalhe podem ser sintomas de degeneração macular. A degeneração macular é uma doença em que o afinamento e o rompimento da retina prejudicam o funcionamento da mácula( parte sensível responsável pela nitidez, detalhamento, percepção de cores e visão para a leitura. Patologias Toda patologia ocular que possa causar alterações na cápsula do cristalino e/ou no meio ao seu redor (humor aquoso e vítreo) podem levar ao desenvolvimento de catarata congênita ou adquirida. LENT,2010. Patologias Catarata: • Perda de transparência do cristalino, originando perturbações na diminuição da acuidade visual. A visão periférica também está normalmente afetada. Patologias Catarata Causas: Traumática, congênita, por uso de medicamentos e inflamatório, porém a causa mais comum é a relacionada a idade . Estima-se que mais de 50% das pessoas acima de 60 anos e algumas mais jovens sofram de catarata. Cirurgia de Catarata Vídeo Patologias Glaucoma: • É uma patologia do olho em que a pressão intra-ocular é elevada por produção excessiva ou deficiência na drenagem do humor aquoso. • Compreensão das células nervosas causando danos ou morte dessas células. • Resulta em perda de permanente de visão e restrição da visão periférica. Patologias Glaucoma: Quais os fatores de risco? Pessoas acima de 45 anos com histórico familiar. Pressão intra-ocular atipicamente elevada Descendentes de etnias africanas ou asiáticas Miopia Uso elevado de corticóides Lesão ocular prévia Patologias • Glaucoma congênito : • O glaucoma na infância, considerado em todas as suas formas de apresentação, ocorre em 1:10.000 nascidos vivos, enquanto que o glaucoma congênito do tipo primário, especificamente, ocorre em aproximadamente 1:30.000 nascidos vivos ( Dickens, 1996). • O glaucoma congênito é uma doença relativamente rara, porém constitui a causa mais importante de cegueira na infância. Patologias Síndrome de Usher : De origem genética, a síndrome tem graus variáveis e associa a surdez, presente já no nascimento, com a perda gradual da visão, que se inicia na infância ou na adolescência. A doença afeta primeiro a visão noturna e depois a periférica, das laterais, preservando por mais tempo a central. Causa também sensibilidade à luz forte. Patologias Visão e Diabetes: • A circulação problemática causada pelo acumulo de glicose nos vasos sanguíneos, afeta a retina podendo com o tempo levar a distúrbios da visão e cegueira. • A perda de visão é 25 vezes mais freqüente em quem tem diabetes. • Dados da Sociedade Brasileira que a falta de informação e a ausência de sintomas pode causar cegueira em 40% dos diabéticos. • Dificuldade de foco, glaucoma e danos na retina são as principais complicações oftalmológicas que provocadas pelo diabetes. Deficiência Visual Identificação Na criança : Desvio de um dos olhos, Não seguimento visual de objetos, Não reconhecimento visual de familiares, Baixo aproveitamento escolar, Atraso de desenvolvimento. Deficiência Visual Identificação No adulto: Borramento súbito ou paulatino da visão seguido de vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis. Deficiência Visual Fatores de risco: Histórico familiar de deficiência visual por doenças de caráter hereditário; Histórico pessoal de diabetes ou hipertensão; Não realização de cuidados pré-natais e prematuridade; Não utilização de óculos de proteção para a realização de determinadas tarefas; Não imunização contra a rubéola da população feminina em idade reprodutiva. Fatores de risco: Rubéola : Quando a gestante contrai a rubéola no início da gestação, a chance de malformação congênita no primeiro mês é de 50%, no segundo, 30%. A rubéola congênita também pode provocar aborto, parto prematuro e, no bebê, os sintomas mais freqüentes são: Surdez; retardo do crescimento intra-uterino; microftalmia (malformação que deixa os olhos muito pequenos), catarata e retinopatia(doenças degenerativas não inflamatórias da retina); cardiopatia; lábios leporinos, microcefalia e retardo mental. Deficiência Visual Características do DV: Afetivas Cognitivas Motoras Deficiência Visual Características AFETIVAS Menor auto-confiança; Menor auto-estima; Menor desenvolvimento social; Altamente verbais; Dependente de outros e com receio de se movimentar; Ansiedade; Medo de situações e ambientes não conhecidos; Insegurança em relação às suas possibilidades; Deficiência Visual COGNITIVAS: Consciência cognitiva tende a ser menor, pois há limitação na captação de estímulos. Falta de relação entre o objeto visualmente percebido e a palavra e falta de experiências práticas; Defasagem no nível cognitivo, por dificuldade na formação e utilização de conceitos. Deficiência Visual MOTORAS Seguem a mesma seqüência de desenvolvimento motor, mas num ritmo mais lento, devido a ausência de movimentos. Defasagem da imagem corporal; Defasagem na lateralidade; Defasagem na expressão facial e corporal; Maior tempo de reação entre a prontidão postural e o movimento inerente; Possuem menos equilíbrio; Correr e arremessar são habilidades de difícil execução; Tendência a ter sobrepeso Deficiência Visual Algumas características podem ser apresentadas, ou não, independentemente do indivíduo ser cego, mas devido à falta de vivência motora; Deficiência Visual Não há nenhuma pesquisa mostrando que indivíduos com deficiência visual apresentam QI inferior a indivíduos que apresentam visão normal. Há sim dificuldades na elaboração de conceitos, visual (sintético) e não-visual (analítico) Deficiência Visual Comportamentos Estereotipados Maneirismo: ● Fricção dos olhos ● Balanceiro de partes do corpo ● Gestos repetitivos com as mãos Causas: ● Estimulação sensorial ● Privação Social ● Auto – regulação / Superestimulação ● Reação a agentes externos e estressantes Deficiência Visual Processo Ensino – Aprendizagem Necessidades Básicas Mapa mental; Conhecimento dos materiais; Conhecimento da acuidade visual do aluno (ficha de anamnese); Evitar padrões de movimento e estimulação rítmica prédeterminados. Dicas Modificar o ambiente espaços e equipamentos para evitar acidentes A luminosidade do ambiente pode ajudar na localização dos espaços para os alunos com baixa visão Evitar ambientes com excesso de ruídos, pois a poluição sonora pode comprometer o desenvolvimento do aluno Usar bolas com cores fortes e guizos Dicas Incluir nas aulas atividades que trabalhem habilidades motoras básicas, equilíbrio, imagem corporal, alinhamento postural e que envolvam amigos videntes e familiares. Deficiência Visual Algumas Modalidades Atletismo Judô Natação Goal-Ball e Torball Futebol de salão Ciclismo Deficiência Auditiva Audição A audição é a modalidade sensorial que permite aos animais e ao homem perceber sons. Sons são certas vibrações do meio que se transmitem ao órgão receptor da audição e são transformadas em potenciais bioelétricos para processamento no sistema auditivo. Características do Som CARACTERÍSTICA DETERMINADA POR UNIDADE DE MEDIDA Intensidade Comprimento da onda Quanto > a onda, mais FORTE o som. Quanto < o comprimento da onda, mais FRACO o som Decibel (db) Freqüência No de ondas num determinado período de tempo Quanto > o no de ondas, mais ALTO o som (agudo). Quanto < o no de ondas, mais BAIXO o som (grave) Hertz (Hz) ou ciclos por segundo Vídeo Deficiência Auditiva Como nossa audição funciona? 1- O som (sons ambientais, ruídos e a fala) é captado pelo pavilhão auricular, atravessa todo o conduto auditivo externo e choca-se contra o tímpano(2), pondo-o em movimento. 2- Como o tímpano está preso aos três ossículos da orelha média, através do martelo, todo o sistema, tímpano e ossículos, vibra fazendo com que o som alcance os líquidos da cóclea(3). 3- Na cóclea o som alcança as células ciliadas e estas transforma-o em impulsos nervosos estimulando as fibras do nervo auditivo(4). Daí estes impulsos chegam ao cérebro onde os interpretamos. Deficiência Auditiva Definição: • Deficiência auditiva é a perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis. Deficiência Auditiva Graus de severidade da deficiência auditiva Audição Normal - Diminuição da audição em até 15 dB. Deficiência Auditiva Suave – Perdas entre 16 e 25 dB. Surdez Leve – Perdas entre 26 e 40 dB. Surdez Moderada - Perdas entre 41 e 55 dB Surdez Moderadamente Severa – Perdas entre 56 e 70 dB Surdez Severa – Perdas entre 70 e 90 dB. Surdez Profunda – Acima de 91 dB Classificação da deficiência auditiva Quanto ao período de aquisição, podem ser: Congênitas (já nasce surdo e é pré-lingual – antes da aquisição de linguagem) Adquiridas (perde a audição no decorrer da vida, podendo ser pré-lingual ou pós-lingual). Deficiência Auditiva Deficiência auditiva congênita - 62% dos casos. Deficiência auditiva adquirida – 38% dos casos. Deficiência Auditiva Classificação da deficiência auditiva Congênita a. hereditariedade, b. viroses maternas (rubéola , sarampo) doenças tóxicas da gestante (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose), c. ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez. Deficiência Auditiva Classificação da deficiência auditiva Adquirida a. predisposição genética (otosclerose), b. meningite, c. ingestão de remédios ototóxicos, d. exposição a sons impactantes (explosão) e. viroses Classificação da deficiência auditiva Quanto a etiologia, podem ser: Pré-natais (fatores genéticos adquiridas pelas mães). Peri-natais (provocado por parto prematuro, anóxia cerebral e trauma de parto). Pós-natais (doenças adquiridas ao longo da vida como, caxumba e meningite). e doenças Prevenção Qualquer bebê recém-nascido pode apresentar um problema auditivo no nascimento ou adquiri-lo nos primeiros anos de vida. Isto pode acontecer mesmo que não haja casos de surdez na família ou nenhum fator de risco aparente. Por isto peça ao pediatra para fazer o Teste da Orelhinha quando a criança nascer Qualquer problema auditivo deve ser detectado ao nascer, pois os bebês que têm perda auditiva diagnosticada cedo e iniciam o tratamento até os 6 meses de idade apresentam desenvolvimento muito próximo ao de uma criança ouvinte. Fatores de risco para a surdez do bebê 0 a 28 dias HISTÓRIA FAMILIAR INFECÇÃO INTRAUTERINA ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS Fatores de risco para a surdez do bebê 0 a 28 dias MENINGITE BACTERIANA NOTA APGA MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Fatores de risco para a surdez do adulto • USO CONTINUADO DE WALKMAN • POLUIÇÃO SONORA • TRABALHO EM AMBIENTE DE ALTO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA • INFECÇÃO DE OUVIDO CONSTANTE Fatores de risco para a surdez Indivíduos expostos constantemente a grandes intensidades sonoras em geral apresentam limiares de audibilidade mais altos que os demais, o que inicialmente se deve a uma hiperfunção do reflexo de atenuação, mas depois se converte em um enrijecimento das articulações entre os ossículos.Como conseqüência ocorre a surdez. Fatores de risco para a surdez Os indivíduos mais suscetíveis de surdez por poluição sonora são os músicos (roqueiros e músicos de trios elétricos). Além deles, também são suscetíveis os operários de construção que lidam com britadeiras e indivíduos que trabalham em ruas de muito movimento. Deficiência Auditiva Tipos de deficiência auditiva Deficiência auditiva condutiva b. Deficiência auditiva sensório-neural c. Deficiência auditiva mista a. Deficiências – Definições Condutiva : Localizada no ouvido externo e/ou médio, tem como causa otites e essas perdas, geralmente, podem ser reversíveis após tratamento. Deficiência Auditiva Causas da deficiência auditiva condutiva Cerume ou corpos estranhos do conduto auditivo externo. Otite (inflamação)externa: Otite média Deficiência Auditiva Causas da deficiência auditiva condutiva Estenose (redução de calibre ou ausência do conduto auditivo externo). Perfurações da membrana timpânica: Fissuras Palatinas Obstrução da tuba auditiva Deficiência Auditiva Corpo estranho do conduto auditivo externo. Deficiência Auditiva Perfuração e recuperação da membrana timpânica Deficiência Auditiva Otite Média Deficiência Auditiva Otite Média Tuba Auditiva Deficiências – Definições Neurossensorial: Localizada no ouvido interno, é irreversível e geralmente causada por rubéola maternal e meningite. Deficiência Auditiva Causas da deficiência auditiva sensório-neural Causas pré-natais: 1. Hereditárias. 2. Não hereditárias Causas perinatais: 1. Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento 2. Trauma de Parto Causas pós-natais 1. Infecções 2. Drogas ototóxicas 3. Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) 4. Traumas físicos que afetam o osso temporal Deficiências – Definições Mista : Localizada no ouvido externo, médio e interno, geralmente causada por fatores genéticos; Central: Localiza-se desde o tronco cerebral até o córtex cerebral. Deficiência Auditiva Curiosidades • O aumento da poluição sonora nas últimas décadas tem sido muito prejudicial. • Estatísticas levantadas entre 1971 e 1990, época que marcou o auge do Heavy Metal e do Punk, mostram que o número de pessoas entre 18 e 44 anos com problemas relacionados à audição aumentou em 17%. Entre 46 e 64 anos, o aumento foi de 26%. • Os dados são da National Health Interview Survey. Deficiência Auditiva Curiosidades Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que 10% da população mundial sofre de problemas auditivos. A rubéola, que atinge mulheres durante a gestação, é uma das principais causas da surdez congênita. A falta de controle de doenças que se tornaram epidêmicas, como a meningite, e as lesões causadas pelo comércio livre e o uso indiscriminado de drogas ototóxicas (tóxicas para o ouvido), são agravantes da surdez no Brasil, o que já não acontece em países de primeiro mundo. A audição é tão importante que, dentre os órgãos do sentido, o ouvido é o único que permanece em alerta as 24 horas do dia. Deficiência Auditiva Curiosidades Houve muitas mortes (1500) e esterilizações forçadas de deficientes auditivos no holocausto. Eles foram considerados sem utilidade pelos alemães. QUADRO I Qualidade do Som Decibéis Tipo de Ruído muito baixo 0-20 farfalhar das folhas baixo 20-40 conversação silenciosa moderado 40-60 conversação normal alto 60-80 ruído médio de fábrica ou trânsito muito alto 80-100 apito de guarda e ruído de caminhão 100-120 ruído de discoteca e de avião decolando ensurdecedor Aparelhos auditivos Só devem ser usados com recomendação médica, depois da avaliação do otorrinolaringologista e depois de se investigar as causas da perda auditiva. Tipos de aparelhos — intracanal (colocado dentro do conduto auditivo); microcanal (não aparece, fica na entrada do conduto auditivo); e externo retro-auricular (colocado atrás da orelha). Aparelhos Micro canal É posicionado no conduto auditivo, como avanço da tecnologia foi possível o desenvolvimento do micro canal de uma forma que seja adaptado dentro do canal do ouvido, é recomendado para perdas de audição leves, moderadas e profundas . Aparelhos Intra canal Seus componentes são menores que o do intra-auricular porém fica mais escondido no ouvido é recomendado para perdas de audição leves e moderadas. Aparelhos Intra auricular É posicionado no pavilhão auricular, ele é recomendado para perdas de audição moderadas e severas. Aparelhos Retro auricular É posicionado atrás do ouvido e o som é transmitido (conduzido) para o ouvido através de um molde que é adaptado no ouvido, ele é recomendado para perdas de audição leve, moderada e profunda. Aparelhos O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral. Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoas com deficiência auditiva ? Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, outras não; Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque em seu braço levemente; Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar; Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha; Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas; Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer; Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou. Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. Geralmente, as pessoas surdas não se incomodam de repetir para que sejam entendidas Deficiência Auditiva Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ? Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método; Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete supondo que ela não possa entendêlo. Deficiência Auditiva Características Afetivas Associam-se mais com pares semelhantes; Podem apresentar menor desenvolvimento social; Ansiosos e medrosos porque sabem que não podem ser avisados rapidamente de um perigo iminente; Podem apresentar capacidade de concentração reduzida (distração) Deficiência Auditiva Características Cognitivas Capacidade de compreender abstrações pode ser diminuída; Maior dificuldade na formação de conceitos. Deficiência Auditiva Características Psicomotoras Não possuem repertório de feedback auditivo, afetando a capacidade de relacionar espaço e movimento. Possuem movimentos sem propósito hiperatividade Deficiência Auditiva Características Psicomotoras Postura pobre; As vezes possuem uma marcha onde arrastam os pés; Desenvolvimento motor pode estar abaixo do normal; Equilíbrio e agilidade podem ser deficientes. Função Pulmonar no DA No deficiente auditivo o padrão respiratório(devido á falta de percepção e monitoramento do som por elas produzido) encontra-se alterado, apresentando uma dificuldade em administrar o fluxo aéreo a expelir ar antes de concluir a fala. Exercícios respiratórios Melhorar as funções ventilatórias e respiratórias Evitar aumento do volume residual Suporte psicológico e diminuição da ansiedade (STUNK et al, 1991) Aumentar a mobilidade torácica Mobilizar o diafragma Exercícios Deve-se aplicar exercícios específicos respiratórios e de desbloqueio torácico. Função Melhorar a mecânica respiratória. Diminuir a rigidez torácica. Aumentar a expansibilidade torácica. Deficiência Auditiva • Educação Física: • Pode contribuir significativamente para melhoria da linguagem do indivíduo (comunicação total) • Dança como expressão não-verbal • Cuidados com exercícios que bloqueiem o campo visual. Deficiência Auditiva • Relação Professor / Aluno DA • Usar todos os recursos possíveis para comunicar-se procurando certificar-se de que o aluno compreendeu a mensagem; • Manter-se em frente ao aluno falando; enquanto estiver • Considerar as limitações, mas capacidades. enfatizar as Deficiência Auditiva • Relação Professor / Aluno DA • Não mudar constantemente as uma determinada atividade; • Não demonstrar impaciência quando não estiver entendendo o que o aluno quer dizer; • Não articular exageradamente as • Substituir as pistas sonoras por visuais, necessário. regras de palavras; se O que fazer na aula de Educação Física? O que não deve faltar na sua aula? Educação Física Principais Atividades a serem trabalhadas no DA: Equilíbrio estático e dinâmico Estimulação proprioceptiva Coordenação motora Controle corporal Consciência corporal Noções espaço-temporais Ritmo Condicionamento físico Exercícios respiratórios e relaxamento Jogos e atividades em grupo. Vídeo Seqüência 1 Três meio polichinelo, 1 giro de 360o , um agachamento, duas palmas com os braços e mãos sobre a cabeça e termina na pose ao lado: Seqüência 2 Dar quatro passos a frente, elevar alternadamente um dos joelhos ao mesmo tempo que estralha os dedos, fazer quatro circunduções do quadril, fazer quatro saltitos com pés unidos para trás e acabar na pose ao lado: OBRIGADA! É aprendendo que sabemos se é possível ensinar. E ensinar não é transferir conhecimento , mas criar as possibilidades para sua produção ou sua construção. Quem ensina aprende a ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Paulo Freire Contato: Email:[email protected] Blog:http://fabianaguedesatividadefisica.blogspot.com.br Blog:http://atividadefisicaepromocao.blogspot.com.br