Deficiência Visual e Auditiva EEFEUSP

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Deficiência Visual e
Auditiva:Implicações na Infância e
Adolescência
Fabiana Guedes
Universidade de São Paulo
Universidade Gama Filho
ECOAR - Estudos em Corpo e Arte - EACH/USP
NAFAS -CEPEUSP
Um Outro Olhar para Prática
Profissional

É fundamental um outro olhar, capaz de observar e
analisar atentamente os anseios, necessidades,
vulnerabilidades e potencialidades de um dado contexto
e, a partir daí, ajudar as pessoas a construírem um novo
status de saúde.

Isso implica em um olhar para a saúde com outro
enfoque, que não se restringe à doença nem às
morbidades e comorbidades decorrentes.

É necessário pensar sobre si, sua prática profissional, seus
semelhantes e o mundo a seu redor .
Bibliografia
Dados do IBGE – CENSO 2010
Sensibilidade Visual

As imagens e os raios de luz
atravessam a córnea , o
humor aquoso, a pupila, o
cristalino e o humor vítreo.

Todos esses meios devem
estar transparentes para que
a luz possa passar por eles e
chegar à retina.

Da retina, são encaminhados
para o cérebro através do
nervo óptico por meio de
estímulos
elétricos.
Fisiologia da Visão

O Nervo Óptico, ou segundo
par craniano, é responsável
por levar impulsos nervosos
gerados na Retina até o
Córtex Cerebral, onde essas
informações
são
transformadas em imagens.

Nós temos dois nervos
ópticos, um para cada olho,
que se cruzam numa região
chamada Quiasma Óptico.
Fisiologia da Visão

O quiasma óptico é uma estrutura
em formato de X formada pelo
encontro de dois nervos ópticos.

No quiasma óptico as fibras da parte
medial de cada retina cruzam para
projetarem para o outro lado do
cérebro, enquanto que as fibras da
parte lateral da retina continuam no
mesmo lado.

Como resultado temos que cada
hemisfério
cerebral
recebe
informações sobre o campo visual
contralateral de ambos os olhos.
Vídeo
Deficiência Visual

Conceito:
Situação irreversível de diminuição da
resposta visual, em virtude de causas
congênitas ou hereditárias, mesmo após
tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de
óculos convencionais.
Deficiência Visual

Classificação

Quanto à intensidade
a. Visão
subnormal
ou baixa visão
b.Cegueira
Aquele que lê com ampliação ou lupas. Possui
dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo
com prescrição de lentes corretivas, mas pode
aprimorar sua capacidade de realizar tais
tarefas com a utilização de estratégias visuais
compensatórias, baixa visão e outros recursos e
modificações ambientais.
Aquele que lê em Braile. Pessoa cuja percepção da
luz, embora possa auxilia-la em seus movimentos e
orientação, é insuficiente para aquisição de
conhecimentos por meios visuais.
Deficiência Visual

Classificação
Quanto ao comprometimento do campo visual
Comprometimento central
Deficiência Visual

Visão central é aquela na qual a imagem cai no centro
da retina, em uma área chamada mácula, e essa visão é
cheia
de
detalhes.

É importante na leitura para perto, para longe e nas
atividades que exigem percepção de detalhes.
Deficiência Visual

Classificação
Quanto ao comprometimento do campo visual
Comprometimento periférico
Deficiência Visual
•
Visão periférica é aquela que se forma fora da mácula, na periferia da
retina.
•
Essa visão é pouco rica em detalhes, percebe-se a presença dos objetos e
movimentos, mas nada nítido.
•
É importante para se locomover, principalmente à noite (com pouca
iluminação).
Deficiência Visual
Diferenças entre Retina Central e a Retina Periférica
Características
Melhor desempenho
Receptor mais freqüente
Retina Central
Visão fotópica
Cone( receptores da
visão cromática)
Circuito mais freqüente
Linha exclusiva
Retina Periférica
Visão exotópica
Bastonetes (apresentam
maior sensibilidade a luz
de baixa intensidade)
Projeção convergente
Sensibilidade á
Baixa
intensidade
Discriminação de formas Ótima
Alta
Visão de cores
Resultado de lesão
Precária
Cegueira noturna
Fonte: LENT, 2010.
Ótima
Cegueira total
localizada
Baixa (precária)
Deficiência Visual

A percepção visual é o aspecto mais apurado e sofisticado da modalidade
visual.
Submodalidades de Percepção Visual
Localização espacial
Nos permite identificar em que posição
no campo de visão aparece um
determinado objeto .
Medida da intensidade
Possibilita estimar o brilho de cada
objeto em relação ao ambiente em que
se encontra.
Discriminação de formas
Nos permite diferenciar e reconhecer
os objetos segundo os seus contornos.
Detecção de movimento
Através da qual percebemos que alguns
objetos se movem, enquanto outros
permanecem parados .
Visão de cores
Capacidade de distinguir diferentes
tons e nuances de cores.
Deficiência Visual
•
Curiosidades:
•
Visão de Cores: Capacidade de distinguir diferentes tons e nuances
de cores.
•
Os neurocientistas da atualidade calculam que somos capazes de
ver cerca de sete milhões de cores diferentes!
•
Como o cérebro é capaz de identificar tantas cores?
Deficiência Visual
•
Como o cérebro é capaz de identificar tantas cores?
•
As cores denominadas primárias, produzem todas as
cores que somos capazes de ver.
•
Os cones( receptores da visão cromática) possuem
três tipos diferentes de pigmentos, cada um deles
absorvendo preferencialmente uma das três cores
primárias ( vermelho, verde e azul).
•
Os bastonetes possuem um único tipo de pigmento –
a rodopsina-, cuja maior absorbância situa-se na faixa
do azul.
•
Os bastonetes apresentam maior sensibilidade a luz
de baixa intensidade, mas seu único pigmento não
lhes permite informar ao cérebro sobre cores.
LENT, 2010.
Deficiência Visual

Já repararam que nós mulheres sabemos
diferenciar muito bem as cores?

Conseguimos saber muito bem o que é um
cinza-grafite, verde-água, azul-turquesa,
etc.

E quando vamos escolher os esmaltes tem
vários tons de vermelho e eles são
diferentes. Já os homens nomeiam as cores
com palavras simples: vermelho, verde,
azul, sem detalhes.

Como nós mulheres possuímos dois
cromossomos X, temos uma variedade
maior de cones que os homens, e isso
reflete na maneira detalhada como
descrevemos as cores.
Deficiência Visual

È uma anomalia genética na qual ocorre
ausência ou mutação do gene que
codifica um dos três pigmentos visuais
dos cones (LENT, 2010).

Dificuldade para distinguir vermelho e
verde ou outras cores.

Daltonismo total :

Causado por lesão do cérebro é
conhecida como acromatopsia ( é uma
condição rara).

Ou incapacidade de enxergar todas as
cores, decorrente de defeitos nos
cones, as células fotossensíveis da
retina.
Visão de Cores
Daltonismo
Deficiência Visual
Causas
Congênitas:

Malformações oculares,
• Glaucoma congênito,
• Catarata congênita.
•
Deficiência Visual
Causas
• Adquiridas:
• Traumas oculares,
• Catarata,
• Degeneração senil de mácula,
• Glaucoma,
• Alterações retinianas relacionadas à
hipertensão arterial ou diabetes.
•
Patologias
Degeneração macular:

10% da população
sofre de degeneração
macular.

A doença é a principal
causa de cegueira no
mundo , em faixas
etárias acima de 50
anos.
Patologias

Degeneração macular:

Embaçamento da visão central,
dificuldade para ler, escrever,
costurar e realizar outras atividades
que exijam visão em detalhe podem
ser sintomas de degeneração
macular.

A degeneração macular é uma
doença em que o afinamento e o
rompimento
da
retina
prejudicam o funcionamento da
mácula( parte sensível responsável
pela
nitidez,
detalhamento,
percepção de cores e visão para a
leitura.
Patologias

Toda patologia ocular que possa causar
alterações na cápsula do cristalino e/ou no
meio ao seu redor (humor aquoso e vítreo)
podem levar ao desenvolvimento de
catarata congênita ou adquirida.
LENT,2010.
Patologias

Catarata:
• Perda de transparência do
cristalino,
originando
perturbações
na
diminuição da acuidade
visual. A visão periférica
também está normalmente
afetada.
Patologias
Catarata

Causas:

Traumática, congênita, por uso de
medicamentos e inflamatório,
porém a causa mais comum é a
relacionada a idade .

Estima-se que mais de 50% das
pessoas acima de 60 anos e
algumas mais jovens sofram de
catarata.
Cirurgia de Catarata
Vídeo
Patologias
Glaucoma:
•
É uma patologia do olho em que a
pressão intra-ocular é elevada por
produção excessiva ou deficiência
na drenagem do humor aquoso.
•
Compreensão das células nervosas
causando danos ou morte dessas
células.
•
Resulta em perda de permanente de
visão e restrição da visão periférica.
Patologias

Glaucoma:

Quais os fatores de risco?

Pessoas acima de 45 anos
com histórico familiar.
Pressão
intra-ocular
atipicamente elevada
Descendentes
de
etnias
africanas ou asiáticas
Miopia
Uso elevado de corticóides
Lesão ocular prévia





Patologias
•
Glaucoma congênito :
•
O glaucoma na infância, considerado em todas as suas formas de
apresentação, ocorre em 1:10.000 nascidos vivos, enquanto que o
glaucoma congênito do tipo primário, especificamente, ocorre em
aproximadamente 1:30.000 nascidos vivos ( Dickens, 1996).
•
O glaucoma congênito é uma doença relativamente rara, porém
constitui a causa mais importante de cegueira na infância.
Patologias

Síndrome de Usher :

De origem genética, a síndrome tem graus variáveis e associa
a surdez, presente já no nascimento, com a perda gradual da
visão, que se inicia na infância ou na adolescência.

A doença afeta primeiro a visão noturna e depois a periférica,
das laterais, preservando por mais tempo a central. Causa
também
sensibilidade
à
luz
forte.
Patologias

Visão e Diabetes:
•
A circulação problemática causada pelo acumulo de glicose nos
vasos sanguíneos, afeta a retina podendo com o tempo levar a
distúrbios da visão e cegueira.
•
A perda de visão é 25 vezes mais freqüente em quem tem diabetes.
•
Dados da Sociedade Brasileira que a falta de informação e a
ausência de sintomas pode causar cegueira em 40% dos diabéticos.
•
Dificuldade de foco, glaucoma e danos na retina são as principais
complicações oftalmológicas que provocadas pelo diabetes.
Deficiência Visual
 Identificação
 Na

criança :
Desvio de um dos olhos,
 Não seguimento visual de
objetos,
 Não reconhecimento visual de
familiares,
 Baixo aproveitamento
escolar,
 Atraso de desenvolvimento.
Deficiência Visual

Identificação

No adulto:

Borramento súbito ou paulatino da visão seguido de
vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor,
lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que
pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
Deficiência Visual
 Fatores de
risco:

Histórico familiar de deficiência visual por doenças de caráter
hereditário;

Histórico pessoal de diabetes ou hipertensão;

Não realização de cuidados pré-natais e prematuridade;

Não utilização de óculos de proteção para a realização de
determinadas tarefas;

Não imunização contra a rubéola da população feminina em
idade reprodutiva.
Fatores de risco:

Rubéola :

Quando a gestante contrai a rubéola no início da gestação, a chance
de malformação congênita no primeiro mês é de 50%, no segundo,
30%.

A rubéola congênita também pode provocar aborto, parto prematuro
e, no bebê, os sintomas mais freqüentes são:

Surdez; retardo do crescimento intra-uterino; microftalmia
(malformação que deixa os olhos muito pequenos), catarata e
retinopatia(doenças degenerativas não inflamatórias da
retina); cardiopatia; lábios leporinos, microcefalia e retardo
mental.
Deficiência Visual
Características do DV:
 Afetivas
 Cognitivas
 Motoras

Deficiência Visual
Características
AFETIVAS
 Menor auto-confiança;
 Menor auto-estima;
 Menor desenvolvimento social;
 Altamente verbais;
 Dependente de outros e com receio de se
movimentar;
 Ansiedade;
 Medo de situações e ambientes não conhecidos;
 Insegurança em relação às suas possibilidades;

Deficiência Visual
COGNITIVAS:
 Consciência cognitiva tende a ser menor,
pois há limitação na captação de estímulos.
 Falta
de relação entre o objeto visualmente
percebido e a palavra e falta de experiências
práticas;
 Defasagem
no nível cognitivo, por dificuldade
na formação e utilização de conceitos.
Deficiência Visual
MOTORAS

Seguem a mesma seqüência de desenvolvimento motor, mas
num ritmo mais lento, devido a ausência de movimentos.

Defasagem da imagem corporal;

Defasagem na lateralidade;

Defasagem na expressão facial e corporal;

Maior tempo de reação entre a prontidão postural e o
movimento inerente;

Possuem menos equilíbrio;

Correr e arremessar são habilidades de difícil execução;

Tendência a ter sobrepeso
Deficiência Visual

Algumas características podem ser
apresentadas, ou não, independentemente do
indivíduo ser cego, mas devido à falta de
vivência motora;
Deficiência Visual


Não há nenhuma pesquisa mostrando que indivíduos
com deficiência visual apresentam QI inferior a
indivíduos que apresentam visão normal.
Há sim dificuldades na elaboração de conceitos,
visual (sintético) e não-visual (analítico)
Deficiência Visual
Comportamentos Estereotipados
Maneirismo:
● Fricção dos olhos
● Balanceiro de partes do corpo
● Gestos repetitivos com as mãos
Causas:
● Estimulação sensorial
● Privação Social
● Auto – regulação / Superestimulação
● Reação a agentes externos e estressantes
Deficiência Visual
Processo Ensino – Aprendizagem
Necessidades Básicas
Mapa mental;
 Conhecimento dos materiais;
 Conhecimento da acuidade visual do aluno (ficha de
anamnese);
 Evitar padrões de movimento e estimulação rítmica prédeterminados.

Dicas
Modificar o ambiente espaços e equipamentos para
evitar acidentes
A luminosidade do ambiente pode ajudar na localização
dos espaços para os alunos com baixa visão
Evitar ambientes com excesso de ruídos, pois a poluição
sonora pode comprometer o desenvolvimento do aluno
 Usar bolas com cores fortes e guizos



Dicas

Incluir nas aulas atividades que trabalhem
habilidades motoras básicas, equilíbrio,
imagem corporal, alinhamento postural e
que envolvam amigos videntes e
familiares.
Deficiência Visual
Algumas Modalidades
Atletismo
Judô
Natação
Goal-Ball e Torball
Futebol de salão
Ciclismo
Deficiência Auditiva
Audição

A audição é a modalidade sensorial que
permite aos animais e ao homem
perceber sons.

Sons são certas vibrações do meio que
se transmitem ao órgão receptor da
audição e são transformadas em
potenciais
bioelétricos
para
processamento no sistema auditivo.
Características do Som
CARACTERÍSTICA
DETERMINADA POR
UNIDADE DE MEDIDA
Intensidade
Comprimento da
onda
Quanto > a onda, mais FORTE o
som. Quanto < o comprimento
da onda, mais FRACO o som
Decibel (db)
Freqüência
No de ondas num
determinado
período de tempo
Quanto > o no de ondas, mais
ALTO o som (agudo). Quanto <
o no de ondas, mais BAIXO o
som (grave)
Hertz (Hz) ou ciclos
por segundo
Vídeo
Deficiência Auditiva
Como nossa audição funciona?

1- O som (sons ambientais, ruídos e a fala) é
captado pelo pavilhão auricular, atravessa
todo o conduto auditivo externo e choca-se
contra o tímpano(2), pondo-o em
movimento.
2- Como o tímpano está preso aos três
ossículos da orelha média, através do
martelo, todo o sistema, tímpano e ossículos,
vibra fazendo com que o som alcance os
líquidos
da
cóclea(3).
3- Na cóclea o som alcança as células ciliadas
e estas transforma-o em impulsos nervosos
estimulando as fibras do nervo auditivo(4).
Daí estes impulsos chegam ao cérebro onde
os interpretamos.
Deficiência Auditiva

Definição:
•
Deficiência auditiva é a perda parcial ou
total das possibilidades auditivas
sonoras, variando em graus e níveis.
Deficiência Auditiva

Graus de severidade da deficiência
auditiva

Audição Normal - Diminuição da audição em até 15 dB.
Deficiência Auditiva Suave – Perdas entre 16 e 25 dB.
Surdez Leve – Perdas entre 26 e 40 dB.
Surdez Moderada - Perdas entre 41 e 55 dB
Surdez Moderadamente Severa – Perdas entre 56 e 70 dB
Surdez Severa – Perdas entre 70 e 90 dB.
Surdez
Profunda
–
Acima
de
91
dB






Classificação da deficiência
auditiva

Quanto ao período de aquisição, podem ser:

Congênitas (já nasce surdo e é pré-lingual –
antes da aquisição de linguagem)

Adquiridas (perde a audição no decorrer da
vida, podendo ser pré-lingual ou pós-lingual).
Deficiência Auditiva


Deficiência auditiva congênita - 62%
dos casos.
Deficiência auditiva adquirida – 38%
dos casos.
Deficiência Auditiva

Classificação da deficiência auditiva
Congênita
a.
hereditariedade,
b.
viroses maternas (rubéola , sarampo) doenças
tóxicas da gestante (sífilis, citomegalovírus,
toxoplasmose),
c.
ingestão de medicamentos ototóxicos (que
lesam o nervo auditivo) durante a gravidez.
Deficiência Auditiva

Classificação da deficiência auditiva
Adquirida
a.
predisposição genética (otosclerose),
b.
meningite,
c.
ingestão de remédios ototóxicos,
d.
exposição a sons impactantes (explosão)
e.
viroses
Classificação da deficiência
auditiva

Quanto a etiologia, podem ser:

Pré-natais (fatores genéticos
adquiridas pelas mães).

Peri-natais (provocado por parto prematuro,
anóxia cerebral e trauma de parto).

Pós-natais (doenças adquiridas ao longo da
vida como, caxumba e meningite).
e
doenças
Prevenção

Qualquer bebê recém-nascido pode
apresentar um problema auditivo no
nascimento ou adquiri-lo nos primeiros
anos de vida.

Isto pode acontecer mesmo que não
haja casos de surdez na família ou
nenhum fator de risco aparente.

Por isto peça ao pediatra para fazer o
Teste da Orelhinha quando a criança
nascer

Qualquer problema auditivo deve
ser detectado ao nascer, pois os
bebês que têm perda auditiva
diagnosticada cedo e iniciam o
tratamento até os 6 meses de
idade
apresentam
desenvolvimento muito próximo
ao de uma criança ouvinte.
Fatores de risco para a surdez do bebê
0 a 28 dias
HISTÓRIA FAMILIAR
 INFECÇÃO INTRAUTERINA
 ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS
 PESO INFERIOR A 1.500 GR AO
NASCER
 MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS

Fatores de risco para a surdez do bebê
0 a 28 dias
MENINGITE BACTERIANA
NOTA APGA MENOR DO QUE 4 NO
PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E
MENOR DO QUE 6 NO QUINTO
MINUTO
 VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI
NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS
 OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS


Fatores de risco para a surdez do
adulto
•
USO CONTINUADO DE
WALKMAN
•
POLUIÇÃO SONORA
•
TRABALHO EM AMBIENTE DE
ALTO NÍVEL DE PRESSÃO
SONORA
•
INFECÇÃO DE OUVIDO
CONSTANTE
Fatores de risco para a surdez

Indivíduos expostos constantemente a
grandes intensidades sonoras em geral
apresentam limiares de audibilidade mais
altos que os demais, o que inicialmente se
deve a uma hiperfunção do reflexo de
atenuação, mas depois se converte em um
enrijecimento das articulações entre
os
ossículos.Como
conseqüência
ocorre a surdez.
Fatores de risco para a surdez

Os indivíduos mais suscetíveis de surdez por
poluição sonora são os músicos (roqueiros e
músicos de trios elétricos).

Além deles, também são suscetíveis os operários de
construção que lidam com britadeiras e indivíduos
que trabalham em ruas de muito movimento.
Deficiência Auditiva
Tipos de deficiência auditiva
Deficiência auditiva condutiva
b. Deficiência auditiva sensório-neural
c. Deficiência auditiva mista
a.
Deficiências – Definições


Condutiva :
Localizada no ouvido externo e/ou médio, tem
como causa otites e essas perdas, geralmente, podem
ser reversíveis após tratamento.
Deficiência Auditiva
 Causas
da deficiência auditiva
condutiva
Cerume
ou corpos estranhos do conduto
auditivo externo.
Otite (inflamação)externa:
Otite média
Deficiência Auditiva

Causas da deficiência auditiva
condutiva
 Estenose
(redução de calibre ou ausência do
conduto auditivo externo).
 Perfurações da membrana timpânica:
 Fissuras Palatinas
 Obstrução da tuba auditiva
Deficiência Auditiva
Corpo estranho do conduto auditivo
externo.
Deficiência Auditiva

Perfuração e recuperação da membrana
timpânica
Deficiência Auditiva

Otite Média
Deficiência Auditiva

Otite Média
Tuba Auditiva
Deficiências – Definições
Neurossensorial:
 Localizada
no ouvido interno, é
irreversível e geralmente causada
por rubéola maternal e meningite.

Deficiência Auditiva

Causas da deficiência auditiva sensório-neural
Causas pré-natais:
1. Hereditárias.
2. Não hereditárias

Causas perinatais:
1. Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento
2. Trauma de Parto

Causas pós-natais
1. Infecções
2. Drogas ototóxicas
3. Perda auditiva induzida por ruído (PAIR)
4. Traumas físicos que afetam o osso temporal

Deficiências – Definições
Mista :
 Localizada no ouvido externo, médio e
interno, geralmente causada por
fatores genéticos;

Central:
 Localiza-se desde o tronco cerebral
até o córtex cerebral.

Deficiência Auditiva
Curiosidades
•
O aumento da poluição
sonora nas últimas décadas tem
sido muito prejudicial.
•
Estatísticas levantadas entre 1971 e
1990, época que marcou o auge do
Heavy Metal e do Punk, mostram
que o número de pessoas entre 18
e 44 anos com problemas
relacionados à audição aumentou
em 17%. Entre 46 e 64 anos, o
aumento foi de 26%.
•
Os dados são da National Health
Interview Survey.
Deficiência Auditiva
Curiosidades

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que 10% da
população mundial sofre de problemas auditivos.

A rubéola, que atinge mulheres durante a gestação, é uma das
principais causas da surdez congênita.

A falta de controle de doenças que se tornaram epidêmicas, como a
meningite, e as lesões causadas pelo comércio livre e o uso indiscriminado de
drogas ototóxicas (tóxicas para o ouvido), são agravantes da surdez no Brasil, o
que já não acontece em países de primeiro mundo.

A audição é tão importante que, dentre os órgãos do sentido, o ouvido é o
único que permanece em alerta as 24 horas do dia.
Deficiência Auditiva
Curiosidades

Houve muitas mortes (1500) e
esterilizações forçadas de deficientes
auditivos no holocausto. Eles foram
considerados sem utilidade pelos alemães.
QUADRO I
Qualidade do Som
Decibéis
Tipo de Ruído
muito baixo
0-20
farfalhar das folhas
baixo
20-40
conversação silenciosa
moderado
40-60
conversação normal
alto
60-80
ruído médio de fábrica ou
trânsito
muito alto
80-100
apito de guarda e ruído de
caminhão
100-120
ruído de discoteca e de avião
decolando
ensurdecedor
Aparelhos auditivos
Só devem ser usados com recomendação
médica, depois da avaliação do
otorrinolaringologista e depois de se investigar
as causas da perda auditiva.
 Tipos de aparelhos — intracanal (colocado
dentro do conduto auditivo); microcanal (não
aparece, fica na entrada do conduto auditivo); e
externo retro-auricular (colocado atrás da
orelha).

Aparelhos

Micro canal
É
posicionado
no
conduto auditivo, como
avanço da tecnologia
foi
possível
o
desenvolvimento
do
micro canal de uma
forma
que
seja
adaptado dentro do
canal do ouvido, é
recomendado para
perdas de audição
leves, moderadas e
profundas .
Aparelhos

Intra canal
Seus componentes são
menores que o do
intra-auricular porém
fica mais escondido
no ouvido é
recomendado para
perdas de audição
leves e
moderadas.
Aparelhos
Intra auricular
É posicionado no
pavilhão auricular,
ele é recomendado
para perdas de
audição moderadas
e severas.

Aparelhos
Retro auricular
É posicionado atrás
do ouvido e o som
é transmitido
(conduzido) para o
ouvido através de um
molde que é adaptado
no ouvido, ele é
recomendado para
perdas de audição leve,
moderada e profunda.

Aparelhos

O implante coclear é um
dispositivo eletrônico de
alta
tecnologia,
que
estimula eletricamente as
fibras
nervosas
remanescentes, permitindo
a transmissão do sinal
elétrico para o nervo
auditivo, afim de ser
decodificado pelo córtex
cerebral.
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar
melhor com a pessoas com
deficiência auditiva ?
Não
é correto dizer que alguém é
surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não
falam porque não aprenderam a falar.
Muitas fazem a leitura labial, outras não;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar
melhor com a pessoa com
deficiência auditiva ?
Quando
quiser falar com uma pessoa
surda, se ela não estiver prestando
atenção em você, acene para ela ou
toque em seu braço levemente;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar
melhor com a pessoa com
deficiência auditiva ?
Quando
estiver conversando com uma
pessoa surda, fale de maneira clara,
pronunciando bem as palavras, mas não
exagere. Use a sua velocidade normal, a
não ser que lhe peçam para falar mais
devagar;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor
com a pessoa com deficiência
auditiva ?
 Fale
diretamente com a pessoa, não de lado
ou atrás dela.
 Faça
com que a sua boca esteja bem visível.
 Gesticular
ou segurar algo em frente à boca
torna impossível a leitura labial. Usar bigode
também atrapalha;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor
com a pessoa com deficiência
auditiva ?
 Se
você souber alguma linguagem de sinais,
tente usá-la.
 Se
a pessoa surda tiver dificuldade em
entender, avisará.

De modo geral, suas tentativas serão
apreciadas e estimuladas;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a
pessoa com deficiência auditiva ?
 Seja
expressivo ao falar.
 Como
as pessoas surdas não podem ouvir
mudanças sutis de tom de voz que indicam
sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou
seriedade, as expressões faciais, os gestos e o
movimento do seu corpo serão excelentes
indicações do que você quer dizer;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a
pessoa com deficiência auditiva ?
 Enquanto
estiver conversando, mantenha sempre
contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa
surda pode achar que a conversa terminou.
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a
pessoa com deficiência auditiva ?
 Nem
sempre a pessoa surda tem uma boa dicção.
 Se
tiver dificuldade para compreender o que ela
está dizendo, não se acanhe em pedir para que
repita.
 Geralmente, as
pessoas surdas não se incomodam
de repetir para que sejam entendidas
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a
pessoa com deficiência auditiva ?
 Se
for necessário, comunique-se através de
bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual
for o método;
 Quando
a pessoa surda estiver acompanhada de
um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao
intérprete supondo que ela não possa entendêlo.
Deficiência Auditiva
Características
Afetivas
 Associam-se mais com pares semelhantes;
 Podem apresentar menor desenvolvimento
social;
 Ansiosos e medrosos porque sabem que não
podem ser avisados rapidamente de um perigo
iminente;
 Podem apresentar capacidade de concentração
reduzida (distração)

Deficiência Auditiva
Características
Cognitivas

 Capacidade
de compreender abstrações
pode ser diminuída;
 Maior dificuldade na formação de
conceitos.
Deficiência Auditiva
 Características
Psicomotoras
 Não
possuem repertório de feedback
auditivo, afetando a capacidade de
relacionar espaço e movimento.
 Possuem movimentos sem propósito hiperatividade
Deficiência Auditiva
 Características
Psicomotoras
 Postura
pobre;
 As vezes possuem uma marcha onde
arrastam os pés;
 Desenvolvimento motor pode estar
abaixo do normal;
 Equilíbrio e agilidade podem ser
deficientes.
Função Pulmonar no DA

No deficiente auditivo o
padrão respiratório(devido á
falta
de
percepção
e
monitoramento do som por
elas produzido) encontra-se
alterado, apresentando uma
dificuldade em administrar
o fluxo aéreo a expelir ar
antes de concluir a fala.
Exercícios respiratórios

Melhorar as funções ventilatórias e respiratórias

Evitar aumento do volume residual

Suporte psicológico e diminuição da ansiedade
(STUNK et al, 1991)

Aumentar a mobilidade torácica

Mobilizar o diafragma
Exercícios

Deve-se aplicar exercícios
específicos respiratórios e
de desbloqueio torácico.
Função



Melhorar
a
mecânica
respiratória.
Diminuir a rigidez torácica.
Aumentar
a
expansibilidade torácica.
Deficiência Auditiva
•
Educação Física:
•
Pode contribuir significativamente para melhoria da
linguagem do indivíduo (comunicação total)
•
Dança como expressão não-verbal
•
Cuidados com exercícios que bloqueiem o campo
visual.
Deficiência Auditiva
•
Relação Professor / Aluno DA
•
Usar todos os recursos possíveis
para
comunicar-se procurando
certificar-se de que
o aluno compreendeu a mensagem;
•
Manter-se em frente ao aluno
falando;
enquanto
estiver
•
Considerar as limitações, mas
capacidades.
enfatizar
as
Deficiência Auditiva
•
Relação Professor / Aluno DA
•
Não mudar constantemente as
uma determinada atividade;
•
Não demonstrar impaciência quando não
estiver entendendo o que o aluno quer
dizer;
•
Não articular exageradamente as
•
Substituir as pistas sonoras por visuais,
necessário.
regras
de
palavras;
se
O que fazer na aula de
Educação Física?
O que não deve faltar na sua
aula?
Educação Física
Principais Atividades a serem trabalhadas no DA:










Equilíbrio estático e dinâmico
Estimulação proprioceptiva
Coordenação motora
Controle corporal
Consciência corporal
Noções espaço-temporais
Ritmo
Condicionamento físico
Exercícios respiratórios e relaxamento
Jogos e atividades em grupo.
Vídeo
Seqüência 1

Três meio
polichinelo, 1 giro
de 360o , um
agachamento, duas
palmas com os
braços e mãos
sobre a cabeça e
termina na pose ao
lado:
Seqüência 2

Dar quatro passos a
frente, elevar
alternadamente um dos
joelhos ao mesmo tempo
que estralha os dedos,
fazer quatro circunduções
do quadril, fazer quatro
saltitos com pés unidos
para trás e acabar na pose
ao lado:
OBRIGADA!

É aprendendo que sabemos se é possível ensinar. E ensinar não é transferir
conhecimento , mas criar as possibilidades para sua produção ou sua
construção. Quem ensina aprende a ensinar e quem aprende ensina ao
aprender.
Paulo Freire
Contato:
 Email:[email protected]
 Blog:http://fabianaguedesatividadefisica.blogspot.com.br
 Blog:http://atividadefisicaepromocao.blogspot.com.br

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