Prova

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CONCURSO PARA
FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR
DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
CIRURGIÃO GERAL - PLANTONISTA E ROTINA
Data: 07/05/2017 • Duração: 4 horas
Leia atentamente as instruções abaixo:
01 Você recebeu do fiscal o seguinte material:
a) Este Caderno, com 40 (quarenta) questões da Prova Objetiva, sem repetição ou falha, conforme distribuição
abaixo:
Língua Portuguesa
Conhecimentos de SUS
Conhecimentos Específicos
01 a 05
06 a 10
11 a 40
b) Um Cartão de Respostas destinado às respostas das questões objetivas.
02 Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que
aparecem no Cartão de Respostas. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal.
03 Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio do Cartão de Respostas, com caneta
esferográfica de tinta na cor azul ou preta.
04 No Cartão de Respostas, a marcação da alternativa correta deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo
todo o espaço interno, com caneta esferográfica de tinta na cor azul ou preta, de forma contínua e densa.
Exemplo:
A
B
C
D
05 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 4 (quatro) alternativas classificadas com as
letras (A, B, C e D), mas só uma responde adequadamente à questão proposta. Você só deve assinalar
uma alternativa. A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, mesmo que uma das respostas
esteja correta.
06 Somente depois de decorrida uma hora do início das provas o candidato poderá entregar seu Caderno de
Questões (Prova), seu Cartão de Respostas e retirar-se da sala de prova. O candidato que insistir em sair
da sala de prova, descumprindo o aqui disposto, deverá assinar o Termo de Ocorrência declarando sua
desistência do Concurso, que será lavrado pelo Coordenador do Local.
07 Ao candidato, será permitido levar seu Caderno de Questões, quando faltar 01 (uma) hora para o
término da prova. O candidato que se retirar antes de cumprido esse prazo estará abrindo mão
voluntariamente do direito de posse de seu Caderno de Questões não podendo reivindicá-lo posteriormente.
Será disponibilizado um exemplar (modelo) da prova no endereço eletrônico http://www.selecon.org.br
dois dias após a realização das provas, bem como o gabarito preliminar.
08 Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu Cartão de Respostas. Os rascunhos e as marcações
assinalados no Caderno de Questões não serão levados em consideração.
09 Os 3 (três) últimos candidatos permanecerão sentados até que todos concluam a prova ou que termine o
seu tempo de duração, devendo retirar-se juntos.
10 Ao término da prova, entregue ao fiscal o CARTÃO DE RESPOSTAS.
CIRURGIÃO GERAL - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
LÍNGUA PORTUGUESA
A humanização como dimensão pública
das políticas de saúde
No início de 2003, enfrentamos um debate no Ministério
da Saúde defendendo a priorização do tema da
humanização como aspecto fundamental a ser
contemplado nas políticas públicas de saúde. O debate
se fazia a partir da tensão entre concepções diferentes.
Havia escolhas, de um lado, que visavam aos “focos e
resultados dos programas” e, de outro, que
problematizavam os processos de produção de saúde e
de sujeitos, no plano mais amplo da alteração de modelos
de atenção e de gestão. Neste contexto, apresentava-se
para nós não só um desafio, mas principalmente a urgência
de reavaliar conceitos e práticas nomeadas como
humanizadas. Identificada a movimentos religiosos,
filantrópicos ou paternalistas, a humanização era
menosprezada por grande parte dos gestores, ridicularizada
por trabalhadores e demandada pelos usuários.
O debate ia se montando em torno das condições
precarizadas de trabalho, das dificuldades de pactuação
das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde (SUS),
do descuido e da falta de compromisso na assistência ao
usuário dos serviços de saúde. O diagnóstico ratificava a
complexidade da tarefa de se construir de modo eficaz
um sistema público que garantisse acesso universal,
equânime e integral a todos os cidadãos brasileiros.
Não restava dúvida: o SUS é uma conquista nascida
das lutas pela democracia no país que, em 1988, ganham
estatuto constitucional. Garantir o “caráter constituinte”
do SUS impõe que possamos identificar os problemas
contemporâneos que se dão na relação entre Estado e as
políticas públicas. É esta relação que queremos
problematizar neste momento que o projeto de uma Política
Nacional de Humanização (PNH) retoma o que está na
base da reforma da saúde do porte daquela que resultou
na criação do SUS.
Nos primeiros passos que demos imediatamente nos
confrontamos com outro aspecto presente no âmbito do
que se nomeava como programas de humanização: havia
projetos, atividades, propostas, mas em todos era evidente
o caráter fragmentado e separado dessas iniciativas não
só na relação de baixa horizontalidade que se verificava
entre elas, mas também no modo vertical como elas se
organizavam dentro do Ministério da Saúde e do SUS.
Tínhamos, então, um duplo problema: seja o da
banalização do tema da humanização, seja o da
fragmentação das práticas ligadas a diferentes programas
de humanização da saúde. Na verdade, trata-se de um
mesmo problema em uma dupla inscrição teórico-prática,
daí a necessidade de enfrentarmos a tarefa de redefinição
do conceito de humanização, bem como dos modos de
construção de uma política pública e transversal de
humanização da/na saúde.
2
Diante desse duplo problema, a Secretaria Executiva
do Ministério da Saúde propôs a criação da PNH. Como
política, a humanização deveria traduzir princípios e modos
de operar no conjunto das relações entre todos que
constituem o SUS. Era principalmente o modo coletivo e
co-gestivo de produção de saúde e de sujeitos implicados
nesta produção que deveria orientar a construção da PNH
como política pública.
Regina Benevides
Eduardo Passos
Fragmento extraído de Revista Ciência & Saúde, Rio de Janeiro,
2005. (Disponível em:scielo.br/)
1. De acordo com os autores, a urgência em reavaliar a
noção de humanização se deve, entre outros fatores, a:
A) visão pejorativa a respeito do tema
B) equívoco evidenciado no texto constitucional
C) rejeição da nomeação por usuários do sistema
D) valorização de um assunto considerado modismo
intelectual
2.
No diagnóstico realizado, as ações relativas aos
programas de humanização apresentavam caráter limitado por:
A) inscrever-se de maneira fragmentada nas referências
teóricas
B) corresponder a uma estrutura governamental
hierarquizada
C) conceder espaço intensificado às críticas dos
usuários
D) obter dotação orçamentária federal limitada
3. No quinto parágrafo, uma expectativa dos autores ainda
não realizada é reforçada pelo emprego da seguinte marca
linguística:
A) pronome demonstrativo em “esse duplo problema”
B) futuro do pretérito no verbo “dever”
C) presente do indicativo em “propôs”
D) advérbio em “como política”
4.
No terceiro parágrafo, o emprego dos dois-pontos
estabelece o seguinte sentido entre as partes da frase:
A) explicar uma negação
B) introduzir uma alternativa
C) ratificar um posicionamento
D) apresentar uma ponderação
5. O trecho “Identificada a movimentos religiosos,
filantrópicos ou paternalistas” (1º parágrafo) pode ser
introduzido por um conectivo. A expressão que introduz
corretamente a relação de sentido entre esse trecho e o
restante da frase é:
A) apesar de ser
B) mesmo que seja
C) tão logo seja
D) por ser
CIRURGIÃO GERAL - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
CONHECIMENTOS DE SUS
6.
De acordo com a Lei nº 8.080/90, as Comissões
Intersetoriais, subordinadas ao Conselho Nacional de
Saúde, terão a finalidade de articulação de políticas e
programas que abrangerão as seguintes atividades, entre
outras:
A) protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas
B) vigilância sanitária e farmacoepidemiologia
C) direitos do trabalhador e técnicas em educação
D) ações de lazer e remanejamento de recursos
7. De acordo com a Lei nº 8.142/90, os usuários do SUS,
entre outros agentes, participarão, por meio dos Conselhos
de Saúde, na discussão de políticas de saúde,
possibilitando a negociação de propostas que direcionem
os recursos e as ações, tendo em vista os interesses da
sociedade, e terão suas decisões homologadas por:
A) autoridade de saúde de âmbito municipal, do
Sistema Único de Saúde
B) diretor do Sistema Único de Saúde, sediado no
Ministério da Saúde
C) delegado regional designado pelas secretarias
estaduais de saúde
D) chefe do poder legalmente constituído em cada
esfera de governo
8. Conforme estabelecido na Lei que regula, em todo o
território nacional, o Sistema Único de Saúde (Lei nº 8.080/
90), as ações e serviços de saúde, as atividades de
pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em
saúde serão cofinanciadas, entre outros, por:
A) receitas tarifárias, tributos federais e transferências
constitucionais
B) universidades, órgãos de fomento e empréstimos
compulsórios
C) Sistema Único de Saúde, universidades e orçamento
fiscal
D) Sistema Financeiro de Habitação, contribuições
sindicais e COFINS
9. Desempenha um papel chave na Estratégia de Saúde
da Família, pois desenvolve ações que buscam a
integração entre a equipe de saúde e a população adstrita
à Unidade Básica de Saúde. Trata-se do seguinte
profissional:
A) agente comunitário de saúde
B) conselheiro comunitário
C) assistente social
D) agente sanitário
10. Na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, está
previsto que, na dificuldade para atendimento, é de
responsabilidade da direção e da equipe da Unidade de
Saúde a resolução das condições de acolhimento e
encaminhamento do usuário do SUS, assim como a
informação sobre os critérios de priorização do acesso na
localidade por ora indisponível. Esses critérios devem ser
baseados na:
A) complexidade dos procedimentos e tempo de
recuperação, com a avaliação dos custos
B) relação custo-benefício das alternativas de
tratamento, de acordo com a demanda local
C) necessidade de saúde e indicação clínica, sem
qualquer tipo de discriminação ou privilégio
D) continuidade da atenção com o apoio domiciliar, com
assistência religiosa e psicológica
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11. Durante a resposta inflamatória ao trauma cirúrgico,
o fator inibidor da migração de macrófagos (primeira
citocina funcional descrita) possui inúmeros efeitos
biológicos, entre os quais pode-se citar:
A) diminuição da produção global de citocinas
inflamatórias PGE-2 e IL-1 beta
B) estímulo à apoptose celular
C) ativação de vários tipos celulares envolvidos no
processo inflamatório
D) diminuição da resposta do sistema imunológico aos
lipopolissacarídeos (LPS)
12. Paciente vítima de agressão por arma branca em
transição toracoabdominal apresenta, ao ser admitido em
sala de trauma, pressão arterial de 90x60 mmHg,
frequência cardíaca de 123 bpm, frequência respiratória
de 31 irpm e discreta confusão mental. De acordo com a
padronização do ATLS (suporte avançado de vida do
trauma), a classificação de choque hemorrágico e a
reposição volumétrica desse paciente correspondem,
respectivamente, a:
A) III – solução cristaloide
B) III – solução cristaloide e hemotransfusão
C) II – solução cristaloide e hemotransfusão
D) II – solução cristaloide
13.
A maioria dos pacientes diagnosticados com
neoplasia maligna bem diferenciada da tireoide apresenta
bom prognóstico. Porém, vários são os fatores que podem
contribuir para evolução desfavorável destes pacientes.
Utilizando a classificação de risco do prognóstico para
pacientes portadores de câncer bem diferenciado de
tireoide (AMES ou AGES), pode-se considerar fator de
alto risco prognóstico:
A) idade menor que 40 anos
B) tumor medindo 1,5 cm
C) neoplasia bem diferenciada
D) sexo masculino
3
CIRURGIÃO GERAL - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
14. Na prática diária do cirurgião, diversos critérios são
utilizados para o encaminhamento cirúrgico das mais
diferentes patologias. Para os pacientes portadores de
hiperparatireoidismo primário, é uma indicação de terapia
cirúrgica:
A) todos os pacientes com menos de 50 anos de idade
portadores de hiperparatireoidismo primário
B) concentração sérica de cálcio menor que 1mg/dL
acima dos limites superiores de normalidade
C) pacientes com fácil vigilância clínica
D) densidade óssea da coluna lombar aferida menor
que 2 DP (desvios-padrão) abaixo do pico de massa
óssea
15.
As lesões colônicas traumáticas ocorrem mais
comumente após trauma abdominal perfurante, embora, de
forma mais rara, ocorram também no trauma contuso. Sobre a
conduta cirúrgica frente à lesão colônica, é correto afirmar que:
A) lesões que acometem menos de 50% da
circunferência da parede do cólon podem ser
reparadas com 1 ou 2 planos de sutura
B) lesões que acometem mais de 50% da
circunferência da parede do cólon devem ser
ressecadas e sempre realizada colostomia
C) é sempre possível realizar anastomose imediata,
mesmo em vigência de choque
D) a principal conduta nas lesões retais é a derivação,
porém não é necessário drenagem pré-sacra
16. A tríade letal é comum em pacientes reanimados
vítimas de grandes sangramentos ou em estado de choque
decorrente de vários mecanismos. Além da coagulopatia,
essa tríade é composta de:
A) alcalose e hipotermia
B) acidose e hipertemia
C) acidose e hipotermia
D) alcalose e hipertemia
17. As condições que interferem na cicatrização das feridas
constituem tema de grande importância no manejo dos
pacientes operados. Dentre os fatores locais que interferem
na cicatrização satisfatória de uma ferida cirúrgica, tem-se:
A) a deficiência de zinco
B) a presença de estreptococos beta-hemolíticos
C) o uso de glicocorticoides
D) insuficiência cardíaca
19. Inúmeros são os fatores relacionados ao aumento
do risco de infecção do sítio cirúrgico. Nas condições
clínicas que aumentam este risco, encontra-se:
A) antissepsia cutânea
B) hipercolesterolemia
C) pessoa com IMC 22Kg/m2
D) diabete melito
20. Paciente, 35 anos de idade, feminina, sem
comorbidades, foi submetida à colecistectomia
videolaparoscópica eletiva para tratamento de colelitíase.
Durante a primeira noite de pós-operatório, o médico
assistente foi chamado para avaliar episódio febril
(Tax 37.8oC). A causa mais comum de febre nas primeiras
24h de pós-operatório é:
A) atelectasia
B) infecção do trato urinário
C) coleção intracavitária
D) pneumonia nosocomial
21. A cirurgia para tratamento da obesidade mórbida tem
origem nos anos 1950, em que foram realizadas as
primeiras cirurgias disabsortivas. Atualmente, NÃO é uma
das indicações cirúrgicas para a cirurgia bariátrica:
A) paciente psicologicamente estável sem dependência
química
B) falha na terapia nutricional
C) IMC maior que 40 Kg/m2 sem comorbidade clínica
D) IMC maior de 30 Kg/m 2 associada à comorbidade
clínica
22. As
diversas técnicas para realização da cirurgia
bariátrica são baseadas em diferentes mecanismos de
ação. A técnica em que há intensa má absorção e é, ao
mesmo tempo, discretamente restritiva é:
A) banda gástrica
B) derivação biliopancreática
C) derivação gástrica com Y de Roux
D) gastrectomia vertical por videolaparoscopia
Com base no caso a seguir, responda às questões
23 e 24:
Paciente, 30 anos, masculino, vítima de acidente
automobilístico (auto X caminhão), chega ao
pronto-socorro apresentando abertura ocular
após estímulo álgico, respondendo ao
examinador com palavras inapropriadas e
retirando os membros após estímulo doloroso.
18. As fístulas enterocutâneas, apesar dos avanços da
terapia nutricional perioperatória, são importantes causas
de morbimortalidade nos pacientes cirúrgicos. É esperado
o fechamento espontâneo de uma fístula nos quadros
apresentados a seguir, EXCETO em:
A) presença de trajeto fistuloso de 2,0 cm
B) débito da fístula de 200 mL/24h
C) presença de ruptura da continuidade da parede
intestinal de 20% da circunferência
D) doença inflamatória intestinal sem sinais de atividade
4
23. A escala de coma de Glasgow para o caso descrito é:
A)
B)
C)
D)
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8
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CIRURGIÃO GERAL - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
24.
Após estabilização do quadro, o paciente foi
submetido à tomografia computadorizada de abdome onde
foi observado laceração da cápsula do fígado de 0,9 cm
de profundidade parenquimatosa. De acordo com a
classificação para lesão hepática traumática, o grau desta
lesão e a conduta para o caso são, respectivamente:
A) I – laparotomia de urgência
B) II – conduta conservadora
C) II – laparotomia de urgência
D) I – conduta conservadora
28. Paciente, 70 anos de idade, apresenta episódios de
25. Paciente, 60 anos de idade, masculino, apresenta-se
29. Um paciente portador de úlcera péptica duodenal
no pronto-socorro com queixa de dispneia e dor torácica.
Relata inúmeros (aproximadamente 6) episódios eméticos
após libação alimentar. Durante o exame físico, observou-se
taquidispneia e presença de enfisema subcutâneo em
região cervical e torácica alta. Os sinais vitais eram:
frequência cardíaca 100 bpm, pressão arterial 110X80
mmHg e temperatura axilar 37,9oC. A leucometria era de
19.000 leucócitos com bastonemia importante. Os
exames de imagem revelaram hidropneumomediastino
discreto. O diagnóstico mais provável e o tratamento
indicado para este paciente são, respectivamente:
A) membrana esofagiana – esofagectomia
B) perfuração esofagiana – stent endoluminal
temporário
C) esôfago em “quebra-nozes” – drenagem torácica
D) divertículo esofágico – esofagectomia
26. As hérnias da região inguinal possuem tratamento
essencialmente cirúrgico. Inúmeras são as técnicas
descritas para o reparo dessas patologias. A técnica
baseada na aproximação da aponeurose do músculo
transverso abdominal ao ligamento de Cooper, através de
suturas interrompidas, é:
A) McVay
B) Shouldice
C) Bassini
D) Stoppa-Rives
27. Com o advento da cirurgia laparoscópica, é crescente
o uso deste método para a correção das hérnias inguinais,
principalmente as hérnias recidivadas. Porém, o
conhecimento da anatomia do canal inguinal por esta via
se faz importante para evitar complicações e / ou
acidentes cirúrgicos típicos desse método. Os limites da
região conhecida como triângulo da destruição e as
estruturas contidas nessa topografia são, respectivamente:
A) ligamento de Cooper e vasos femorais – nervos
genitofemoral e cutaneofemoral lateral
B) ligamento inguinal e ducto deferente – vasos
espermáticos e nervo ileoinguinal
C) músculo cremaster e vasos espermáticos – nervo
cutâneo lateral da coxa e vasos ilíacos internos
D) ducto deferente e vasos espermáticos – vasos ilíacos
externos e nervo femoral
hematêmese. Após estabilização hemodinâmica, foi
realizada endoscopia digestiva alta que apresentou laudo
com a descrição: “classificação de Forrest Ib”. Esta
descrição significa que o achado endoscópico e o risco
de sangramento foram, respectivamente:
A) sangramento ativo e pulsátil – alto
B) sangramento ativo e não pulsátil – alto
C) coágulo aderente – baixo
D) vaso visível não sangrante – baixo
que se mantém ativa após 12 semanas de tratamento
possui indicação cirúrgica. A técnica adequada para
resolução desse caso é:
A) vagotomia de células parietais e antrectomia
B) gastrectomia atípica com ressecção da úlcera
C) gastrectomia total
D) ulcerorrafia com piloroplastia
30. Após apendicectomia videolaparoscópica de urgência
para tratamento de apendicite aguda, o exame
histopatológico evidenciou tumor carcinoide de 0,7 cm na
ponta do apêndice. A conduta indicada para esse caso é:
A) nova cirurgia laparoscópica para realização de
ileotiflectomia
B) colectomia direita por via convencional
C) conservadora, com rastreio para outros tumores
neuroendócrinos
D) quimioterapia
31.
Durante colecistectomia videolaparoscópica,
observou-se a presença de cálculo único, porém facetado
no interior da vesícula biliar. Nesse caso, o cirurgião deve
optar por:
A) realizar colangiografia per-operatória
B) solicitar colangiorressonância nuclear magnética no
pós-operatório imediato
C) converter para colecistectomia convencional
D) realizar coledocotomia com exploração das vias
biliares
32. A pancreatite agude consiste numa doença de grande
incidência e que pode cursar desde a forma branda, com
baixa mortalidade, até a forma mais grave, em que a
mortalidade pode chegar a 30%. A principal etiologia da
pancreatite aguda é:
A) autoimune
B) alcoólica
C) litíase biliar
D) hiperlipidemia
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CIRURGIÃO GERAL - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
33.
O sangramento das varizes esofagianas é a
complicação da hipertensão porta com maior ameaça
imediata à vida. Tão eficaz quanto a terapia farmacológica
ou a terapia endoscópica, é a técnica por tamponamento
de varizes sangrantes com uso de balão de SengstakenBlakemore. A principal vantagem da aplicação desta
técnica é:
A) baixa taxa de ressangramento após esvaziamento
do balão
B) dispositivo confortável para o paciente
C) baixa incidência de complicações graves
independente da experiência do profissional
D) cessação imediata do sangramento na maioria dos
pacientes
34. Paciente, 60 anos de idade, feminina, internada no
serviço de cirurgia geral com quadro de icterícia de padrão
obstrutivo (bilirrubina total sérica 26 mg/dL com bilirrubina
direta 22 mg/dL), sem queixa de dor ou pródromos infecciosos.
Relata perda ponderal de aproximadamente 12 Kg no último
mês. Estudos radiológicos determinaram tumoração
estenosante no ducto hepático principal atingindo a
confluência dos ductos hepáticos, porém sem envolvê-los.
Não foram observados linfonodomegalias. Segundo a
classificação de Bismuth-Collete, o tipo tumoral e o tratamento
indicado baseado nesta classificação são, respectivamente:
A) II – gastroduodenopancreatectomia
B) II – ressecção do ducto hepático com margem de
ressecção 5 a 10 mm, colecistectomia e
hepaticojejunostomia em Y de Roux
C) III – hepatectomia direita e colecistectomia
D) III – coledocoduodenostomia lateral e colecistectomia
35. A hemobilia é definida como sangramento para a via
biliar decorrente de uma comunicação anormal entre o
ducto biliar e um vaso sanguíneo. A tríade clássica dessa
síndrome, descrita por Sandblom em 1948, é:
A) dor abdominal superior, hemorragia digestiva alta e
icterícia
B) dor abdominal periumbilical, hemorragia digestiva alta
e hipotensão
C) dor abdominal superior, hemorragia digestiva baixa
e febre
D) dor abdominal baixa, hemorragia digestiva baixa e
desorientação
36.
O conhecimento da segmentação hepática é
importante para o tratamento de tumores hepáticos
primários e secundários que podem ser ressecados e,
também, para uma operação hepática segura. Dessa
forma, de acordo com Brisbane (2000), uma
trisseccionetomia esquerda envolve os seguintes
segmentos hepáticos:
A) II e III
B) II, III, IV, V e VIII
C) II e IV
D) IV e VIII
6
37. A isquemia colônica é a forma mais comum de
isquemia intestinal. Por ser na maioria dos casos transitória
e de resolução espontânea, essa patologia é mal
diagnosticada ou mal reconhecida. Dentre as indicações
crônicas e /ou tardias para a cirurgia da isquemia colônica
encontra-se:
A) sangramento maciço
B) colopatia perdedora de proteínas após duas
semanas de tratamento
C) colite fulminante com megacólon tóxico
D) estenose colônica sintomática
38. Paciente, 25 anos de idade, masculino, submetido à
laparotomia exploradora após agressão por arma de fogo.
Foi realizada esplenectomia sem intercorrências.
Apresenta, no 2o dia de pós-operatório, quadro de distensão
abdominal sem dor associada à náusea. As funções
intestinais estão preservadas. O estudo radiológico
demonstra distensão de alças de intestino delgado sem
sinais de coleção intracavitária ou de obstrução mecânica.
Há relato de uso de morfina no pós-operatório devido
à queixa de dor. A melhor conduta para o caso é:
A) laparotomia exploradora
B) punção abdominal guiada por ultrassonografia
C) descompressão nasogástrica e reposição
hidroeletrolítica
D) clister glicerinado
39. Um dos desafios do cirurgião no atendimento de
emergência é a diferenciação do quadros de abdome agudo
cirúrgico e não cirúrgico. São consideradas causas NÃO
cirúrgicas do quadro de abdome agudo, com EXCEÇÃO de:
A) envenenamento por chumbo
B) hérnia encarcerada
C) crise falciforme
D) crise addissoniana
40.
Um recém-nascido com episódios eméticos
recorrentes possui radiografia simples de abdome
apresentando o sinal da dupla bolha. O tratamento para
este caso é:
A) piloromiotomia laparoscópica
B) conservador com uso de medicação pró-cinética
C) enterectomia segmentar com anastomose primária
D) bypass da obstrução com anastomose em forma de
diamante
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