Prova

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CONCURSO PARA
FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR
DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
INTENSIVISTA - PLANTONISTA E ROTINA
Data: 07/05/2017 • Duração: 4 horas
Leia atentamente as instruções abaixo:
01 Você recebeu do fiscal o seguinte material:
a) Este Caderno, com 40 (quarenta) questões da Prova Objetiva, sem repetição ou falha, conforme distribuição
abaixo:
Língua Portuguesa
Conhecimentos de SUS
Conhecimentos Específicos
01 a 05
06 a 10
11 a 40
b) Um Cartão de Respostas destinado às respostas das questões objetivas.
02 Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que
aparecem no Cartão de Respostas. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal.
03 Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio do Cartão de Respostas, com caneta
esferográfica de tinta na cor azul ou preta.
04 No Cartão de Respostas, a marcação da alternativa correta deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo
todo o espaço interno, com caneta esferográfica de tinta na cor azul ou preta, de forma contínua e densa.
Exemplo:
A
B
C
D
05 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 4 (quatro) alternativas classificadas com as
letras (A, B, C e D), mas só uma responde adequadamente à questão proposta. Você só deve assinalar
uma alternativa. A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, mesmo que uma das respostas
esteja correta.
06 Somente depois de decorrida uma hora do início das provas o candidato poderá entregar seu Caderno de
Questões (Prova), seu Cartão de Respostas e retirar-se da sala de prova. O candidato que insistir em sair
da sala de prova, descumprindo o aqui disposto, deverá assinar o Termo de Ocorrência declarando sua
desistência do Concurso, que será lavrado pelo Coordenador do Local.
07 Ao candidato, será permitido levar seu Caderno de Questões, quando faltar 01 (uma) hora para o
término da prova. O candidato que se retirar antes de cumprido esse prazo estará abrindo mão
voluntariamente do direito de posse de seu Caderno de Questões não podendo reivindicá-lo posteriormente.
Será disponibilizado um exemplar (modelo) da prova no endereço eletrônico http://www.selecon.org.br
dois dias após a realização das provas, bem como o gabarito preliminar.
08 Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu Cartão de Respostas. Os rascunhos e as marcações
assinalados no Caderno de Questões não serão levados em consideração.
09 Os 3 (três) últimos candidatos permanecerão sentados até que todos concluam a prova ou que termine o
seu tempo de duração, devendo retirar-se juntos.
10 Ao término da prova, entregue ao fiscal o CARTÃO DE RESPOSTAS.
INTENSIVISTA - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
LÍNGUA PORTUGUESA
A humanização como dimensão pública
das políticas de saúde
No início de 2003, enfrentamos um debate no Ministério
da Saúde defendendo a priorização do tema da
humanização como aspecto fundamental a ser
contemplado nas políticas públicas de saúde. O debate
se fazia a partir da tensão entre concepções diferentes.
Havia escolhas, de um lado, que visavam aos “focos e
resultados dos programas” e, de outro, que
problematizavam os processos de produção de saúde e
de sujeitos, no plano mais amplo da alteração de modelos
de atenção e de gestão. Neste contexto, apresentava-se
para nós não só um desafio, mas principalmente a urgência
de reavaliar conceitos e práticas nomeadas como
humanizadas. Identificada a movimentos religiosos,
filantrópicos ou paternalistas, a humanização era
menosprezada por grande parte dos gestores, ridicularizada
por trabalhadores e demandada pelos usuários.
O debate ia se montando em torno das condições
precarizadas de trabalho, das dificuldades de pactuação
das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde (SUS),
do descuido e da falta de compromisso na assistência ao
usuário dos serviços de saúde. O diagnóstico ratificava a
complexidade da tarefa de se construir de modo eficaz
um sistema público que garantisse acesso universal,
equânime e integral a todos os cidadãos brasileiros.
Não restava dúvida: o SUS é uma conquista nascida
das lutas pela democracia no país que, em 1988, ganham
estatuto constitucional. Garantir o “caráter constituinte”
do SUS impõe que possamos identificar os problemas
contemporâneos que se dão na relação entre Estado e as
políticas públicas. É esta relação que queremos
problematizar neste momento que o projeto de uma Política
Nacional de Humanização (PNH) retoma o que está na
base da reforma da saúde do porte daquela que resultou
na criação do SUS.
Nos primeiros passos que demos imediatamente nos
confrontamos com outro aspecto presente no âmbito do
que se nomeava como programas de humanização: havia
projetos, atividades, propostas, mas em todos era evidente
o caráter fragmentado e separado dessas iniciativas não
só na relação de baixa horizontalidade que se verificava
entre elas, mas também no modo vertical como elas se
organizavam dentro do Ministério da Saúde e do SUS.
Tínhamos, então, um duplo problema: seja o da
banalização do tema da humanização, seja o da
fragmentação das práticas ligadas a diferentes programas
de humanização da saúde. Na verdade, trata-se de um
mesmo problema em uma dupla inscrição teórico-prática,
daí a necessidade de enfrentarmos a tarefa de redefinição
do conceito de humanização, bem como dos modos de
construção de uma política pública e transversal de
humanização da/na saúde.
2
Diante desse duplo problema, a Secretaria Executiva
do Ministério da Saúde propôs a criação da PNH. Como
política, a humanização deveria traduzir princípios e modos
de operar no conjunto das relações entre todos que
constituem o SUS. Era principalmente o modo coletivo e
co-gestivo de produção de saúde e de sujeitos implicados
nesta produção que deveria orientar a construção da PNH
como política pública.
Regina Benevides
Eduardo Passos
Fragmento extraído de Revista Ciência & Saúde, Rio de Janeiro,
2005. (Disponível em:scielo.br/)
1. De acordo com os autores, a urgência em reavaliar a
noção de humanização se deve, entre outros fatores, a:
A) visão pejorativa a respeito do tema
B) equívoco evidenciado no texto constitucional
C) rejeição da nomeação por usuários do sistema
D) valorização de um assunto considerado modismo
intelectual
2.
No diagnóstico realizado, as ações relativas aos
programas de humanização apresentavam caráter limitado por:
A) inscrever-se de maneira fragmentada nas referências
teóricas
B) corresponder a uma estrutura governamental
hierarquizada
C) conceder espaço intensificado às críticas dos
usuários
D) obter dotação orçamentária federal limitada
3. No quinto parágrafo, uma expectativa dos autores ainda
não realizada é reforçada pelo emprego da seguinte marca
linguística:
A) pronome demonstrativo em “esse duplo problema”
B) futuro do pretérito no verbo “dever”
C) presente do indicativo em “propôs”
D) advérbio em “como política”
4.
No terceiro parágrafo, o emprego dos dois-pontos
estabelece o seguinte sentido entre as partes da frase:
A) explicar uma negação
B) introduzir uma alternativa
C) ratificar um posicionamento
D) apresentar uma ponderação
5. O trecho “Identificada a movimentos religiosos,
filantrópicos ou paternalistas” (1º parágrafo) pode ser
introduzido por um conectivo. A expressão que introduz
corretamente a relação de sentido entre esse trecho e o
restante da frase é:
A) apesar de ser
B) mesmo que seja
C) tão logo seja
D) por ser
INTENSIVISTA - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
CONHECIMENTOS DE SUS
6.
De acordo com a Lei nº 8.080/90, as Comissões
Intersetoriais, subordinadas ao Conselho Nacional de
Saúde, terão a finalidade de articulação de políticas e
programas que abrangerão as seguintes atividades, entre
outras:
A) protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas
B) vigilância sanitária e farmacoepidemiologia
C) direitos do trabalhador e técnicas em educação
D) ações de lazer e remanejamento de recursos
7. De acordo com a Lei nº 8.142/90, os usuários do SUS,
entre outros agentes, participarão, por meio dos Conselhos
de Saúde, na discussão de políticas de saúde,
possibilitando a negociação de propostas que direcionem
os recursos e as ações, tendo em vista os interesses da
sociedade, e terão suas decisões homologadas por:
A) autoridade de saúde de âmbito municipal, do
Sistema Único de Saúde
B) diretor do Sistema Único de Saúde, sediado no
Ministério da Saúde
C) delegado regional designado pelas secretarias
estaduais de saúde
D) chefe do poder legalmente constituído em cada
esfera de governo
8. Conforme estabelecido na Lei que regula, em todo o
território nacional, o Sistema Único de Saúde (Lei nº 8.080/
90), as ações e serviços de saúde, as atividades de
pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em
saúde serão cofinanciadas, entre outros, por:
A) receitas tarifárias, tributos federais e transferências
constitucionais
B) universidades, órgãos de fomento e empréstimos
compulsórios
C) Sistema Único de Saúde, universidades e orçamento
fiscal
D) Sistema Financeiro de Habitação, contribuições
sindicais e COFINS
9. Desempenha um papel chave na Estratégia de Saúde
da Família, pois desenvolve ações que buscam a
integração entre a equipe de saúde e a população adstrita
à Unidade Básica de Saúde. Trata-se do seguinte
profissional:
A) agente comunitário de saúde
B) conselheiro comunitário
C) assistente social
D) agente sanitário
10. Na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, está
previsto que, na dificuldade para atendimento, é de
responsabilidade da direção e da equipe da Unidade de
Saúde a resolução das condições de acolhimento e
encaminhamento do usuário do SUS, assim como a
informação sobre os critérios de priorização do acesso na
localidade por ora indisponível. Esses critérios devem ser
baseados na:
A) complexidade dos procedimentos e tempo de
recuperação, com a avaliação dos custos
B) relação custo-benefício das alternativas de
tratamento, de acordo com a demanda local
C) necessidade de saúde e indicação clínica, sem
qualquer tipo de discriminação ou privilégio
D) continuidade da atenção com o apoio domiciliar, com
assistência religiosa e psicológica
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11. Paciente masculino de 60 anos de idade, chega ao
pronto-socorro com relato de cefaleia súbita, acompanhada
de confusão mental e hemiplegia direita. A tomografia
computadorizada de crânio evidencia hemorragia
subaracnóidea (Fisher IV). Sobre essa situação clínica, é
correto afirmar que:
A) a ruptura de aneurisma cerebral pode ser descartada
com o exame de fundo de olho
B) pela classificação de Hunt e Hess, esse paciente
teria um bom prognóstico
C) o uso de bloqueador de canal de cálcio modifica a
evolução do vasoespasmo arteriográfico
D) ressangramento e hidrocefalia são complicações
cerebrais precoces
12. Paciente com febre e sepse grave, cateter venoso
central com sítio de inserção infectado. O procedimento a
ser realizado é:
A) coletar swab da secreção do sítio de inserção e
retirar o cateter
B) coletar culturas, retirar o cateter e iniciar antibiótico
C) coletar hemoculturas, retirar o cateter e aguardar
48 horas para direcionar antibioticoterapia
D) manter o cateter, coletar culturas e iniciar antibiótico
pelo cateter
13. O balão intraórtico BIAC está indicado no choque
cardiogênico de difícil reversão com o objetivo de:
A) otimizar o débito cardíaco primário de 10 a 30%
reduzindo a resistência vascular sistêmica
(pós-carga)
B) nunca deve ser usado para tratamento da IC
descompensada
C) otimizar o debito cardíaco primário de 10 a 30%
aumentando a resistência vascular sistêmica
(pós-carga)
D) otimizar o debito cardíaco primário de 20 a 50% sem
reduzir a resistência vascular periférica (pós-carga)
3
INTENSIVISTA - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
14. Sobre a infecção pelo HIV, é correto afirmar que:
A) o uso de inibidores da transcriptase reversa de
análogos de nucleosídeos pode estar relacionado
ao desenvolvimento de pancreatite aguda
B) dificilmente a análise microbiológica do lavado
broncoalveolar auxilia no diagnóstico da pneumonia
por Pneumocystis jirovecii
C) é rara a presença de pneumotórax em pacientes
com pneumocistose grave
D) corticosteroide deve sempre ser associado, como
medicamento adjuvante, ao esquema terapêutico
contra o Pneumocystis jirovecii
15. Sobre os bloqueadores neuromusculares, pode-se
afirmar que:
A) a succinilcolina é o bloqueador neuromuscular não
despolarizante mais utilizado entre os disponíveis
para o uso clínico
B) a succinilcolina tem ação rápida e promove o
bloqueio das terminações nervosas em 3 a 5 minutos
após a injeção de 1 a 1,5 mg/kg intravenosa
C) são potenciais efeitos colaterais da succinilcolina a
hipotensão, a hipopotassemia e a hipertermia maligna
D) traumatismo raquimedular com secção de medula
espinhal é contraindicação para o uso da succinilcolina
16. Paciente feminina, 30 anos de idade, com quadro de
agitação psicomotora, delírio, febre, mioclonia, hiperreflexia
de membros inferiores e midríase, em tratamento
medicamentoso para obesidade. Este quadro clínico pode
corresponder a:
A) síndrome neuroléptica maligna
B) síndrome serotoninérgica
C) hipertermia maligna
D) síndrome anticolinérgica aguda
17. Quanto à diarreia que pode acontecer no paciente
gravemente enfermo, é correto afirmar que:
A) não há relação entre o local da infusão da dieta
enteral (estômago ou intestino delgado) e o
desenvolvimento de diarreia
B) diarreia pode fazer parte do quadro clínico de
pacientes com hipercortisolismo
C) diarreia grave pode ocasionar alcalose metabólica
D) idade maior que 60 anos, uso de bloqueador de
bomba de prótons e suscetibilidade imunológica são
fatores de risco associados ao desenvolvimento de
infecção pelo Clostridium difficile
18. A diferença entre a pressão de pico e a pressão de
platô, em uma onda de pressão obtida durante uma
ventilação controlada a volume com onda de fluxo quadrada,
relaciona-se com a:
A) complacência torácica
B) resistência das vias aéreas
C) complacência pulmonar
D) elastância do sistema respiratório
4
19. Sobre a insuficiência renal secundária à rabdomiólise,
é correto afirmar que:
A) cerca de 90% dos pacientes com rabdomiólise não
traumática apresentam dor intensa à compressão muscular
B) os diuréticos osmóticos devem ser utilizados para
diminuir o risco de insuficiência renal
C) deve-se tentar manter débito urinário maior que 150 ml/h
D) a reposição volêmica inicial deve ser feita com
30 ml/kg de peso, durante 30 minutos e, idealmente,
com solução hipertônica (solução salina a 3%)
20. Sobre a fisiopatologia da síndrome da angústia
respiratória aguda (SARA), é correto afirmar:
A) A resistência vascular pulmonar é elevada, resultado
da diminuição do calibre dos vasos do leito vascular,
induzida por hipóxia e obstrução trombótica.
B) O aumento da pressão arterial pulmonar é um
marcador bem definido de mortalidade.
C) O acúmulo de líquido e de proteínas intra-alveolares
induz reação inflamatória local, com acúmulo de
ATPase e leucotrienos pulmonares.
D) A perda da atividade de surfactante decorre da diminuição
da produção por pneumócitos tipo 1 e consumo da
proteína surfactante por células inflamatórias.
21. São indicações de terapia de substitução renal em
paciente internado em unidade de terapia intensiva:
A) hipervolemia, acidose e hipernatremia
B) encefalopatia urêmica, acidose e intoxicação por
acetaminofeno
C) hiperfosfatemia, arritmias pela uremia e acidose
metabólica refratária
D) encefalopatia urêmica, acidose metabólica refratária
e intoxicação por betabloqueador
22.
A melhor terapêutica transfusional na fase de
sangramento da coagulação intravascular disseminada é:
A) plasma fresco congelado e plaquetas, se contagem
< 20.000
B) plasma fresco congelado e plaquetas, se contagem
< 20.000 e fibrinogênio < 100.000
C) plasma fresco congelado e plaquetas, se contagem
< 50.000 e fibrinogênio < 100.000
D) plasma fresco congelado e plaquetas, se contagem
< 50.000
23. A conduta correta de primeira linha no paciente em
crise de asma é:
A) a aspiração das vias aéreas do paciente intubado
não é fator de piora do quadro de broncoespasmo e
evitá-la leva a acúmulo de secreção e pneumonia
B) uso rotineiro de beta-2-adrenérgico intravenoso é
recomendado no quadro de asma grave
C) uso de beta-2-adrenérgicos de ação curta, via
inalatória
D) uso rotineiro de metilxantinas, nos casos graves, é
ainda recomendado
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24. O quadro que melhor define cetoacidose diabética é:
A) glicemia: 650 mg/dL; pH: 7,32;
21 mg/dL; cetonúria: 4+/4+
B) glicemia: 330 mg/dL; pH: 7,13;
8 mg/dL; cetonúria: 3+/4+
C) glicemia: 126 mg/dL; pH: 6,9;
19 mg/dL; cetonúria: 2+/4+
D) glicemia: 190 mg/dL; pH: 7,27;
31 mg/dL; cetonúria: 1+/4+
bicarbonato:
bicarbonato:
bicarbonato:
bicarbonato:
25. Em relação à trombocitopenia induzida pela heparina
(HIT), pode-se afirmar que:
A) novos eventos trombóticos ou o aparecimento de
necrose de pele não estão associados à HIT
B) a HIT se inicia apenas após 15 dias da exposição à
heparina e não se relaciona ao seu uso prévio
C) não se faz necessário afastar outras causas de
trombocitopenia em pacientes sob uso de heparina
para diagnosticar HIT
D) ocorre diminuição em 50% do valor basal da
contagem de plaquetas, após o início da exposição
à heparina
26.
Com relação à nutrição do paciente gravemente
enfermo, considera-se que:
A) as reservas de glicogênio do organismo somente se
mantêm por 48 horas
B) a taxa de perda da massa muscular excede aquela
de peso corporal
C) a proteína contida nos músculos começa a ser
utilizada como fonte de energia quando os níveis de
proteína visceral atingem valor crítico
D) a avaliação do estado nutricional em pacientes
gravemente enfermos baseia-se em parâmetros
antropométricos
27. Em relação à mediastinite, pode-se afirmar que:
A) o diagnóstico é definido quando a cultura de tecido
ou coleção mediastinal acusa a presença de microorganismos
B) no pós-operatório de cirurgia cardíaca, manifestase com sinais de sepse dentro dos primeiros 4 dias
C) na avaliação inicial, a radiografia de tórax fornece
frequentemente o diagnóstico
D) a tomografia computadorizada é uma ferramenta útil
na avaliação do mediastino, desde que utilizada
sem contraste
28.
Paciente de 65 anos de idade, ao final de uma
transfusão de hemácias apresenta desconforto respiratório,
queda da oximetria de pulso, taquipneia e hipertensão.
Realizada radiografia de tórax, que evidenciou
comprometimento dos quatro campos pulmonares (pressão
arterial = 170 x 110 mmHg). Recebe 20 mg de furosemida,
com melhora do quadro. O melhor diagnóstico que define
o quadro descrito é:
A) reação transfusional tipo enxerto hospedeiro
B) edema agudo de pulmão
C) TACO – sobrecarga cardíaca associada à transfusão
D) TRALI – injúria pulmonar aguda associada à
transfusão
29. São efeitos sistêmicos da síndrome compartimental
abdominal:
A) aumento do shunt intrapulmonar, diminuição do
clearance de lactato, diminuição da função
mitocondrial e aumento da formação de úlceras de
pressão
B) aumento do fluxo venoso portal, diminuição da
perfusão da mucosa intestinal, aumento da pós-carga
e aumento da translocação bacteriana
C) diminuição do fluxo arterial portal, aumento das
pressões pulmonares, aumento da contratilidade
cardíaca e aumento da atividade do citocromo P450
D) aumento da pressão parcial de gás carbônico
(PaCO2), aumento do metabolismo da glicose,
indução de acidose por formação de cetoácidos,
diminuição da complacência ventricular
30. Paciente de 65 anos de idade, portador de diabetes
mellitus, recém-egresso de cidade praiana, apresenta-se
com quadro de febre alta, mialgia, dor retro-orbitária, dor
abdominal e vômitos. Considerou-se tratar de dengue. A
classificação desse quadro e a conduta, nesse momento,
devem ser respectivamente, de:
A) dengue grave, com alteração de parâmetros
perfusionais; internação em unidade de terapia
intensiva com reposição volêmica de 20 mL/kg em
20 minutos
B) dengue grave, sem alteração de parâmetros
perfusionais; internação em unidade de terapia
intensiva para monitorização
C) dengue grave, com alteração de parâmetros
perfusionais; internação em unidade de terapia
intensiva com reposição volêmica de 10 a 20 mL/kg
em 1 hora, repetindo até 3 vezes
D) dengue provável, com sinais de alerta; internação
hospitalar com reposição volêmica inicial de 10 a
20 mL/kg
5
INTENSIVISTA - PLANTONISTA E ROTINA — FEAM
31.
Um paciente é admitido na unidade de terapia
intensiva com insuficiência hepática aguda. Os achados
que firmam o diagnóstico são:
A) icterícia e encefalopatia
B) encefalopatia e prolongamento do tempo de
protrombina
C) icterícia e prolongamento do tempo de protrombina
D) encefalopatia e hemiplegia
32. Um paciente apresenta autopressão expiratória final
positiva (PEEP). Nesse caso, a estratégia que pode ser
utilizada é:
A) diminuir o tempo expiratório
B) aumentar a pressão de platô
C) adequar a PEEP extrínseca
D) aumentar o volume corrente
33.
Em relação ao derrame e ao tamponamento
pericárdicos, é correto afirmar que:
A) a insuficiência cardíaca grave pode resultar em
derrame pericárdico transudativo, como
consequência de pressões de enchimento ventricular
demasiadamente elevadas ou drenagem pericárdica
obstruída
B) o desempenho de ambos os ventrículos é
prejudicado simultaneamente no tamponamento
pericárdico
C) a pressão pericárdica, quando normal, não interfere
na pressão transmural ventricular
D) nos casos de tamponamento de rápida instalação,
como no hemopericárdico, a distensão jugular é
sempre aparente
34. A definição de sucesso da intubação é a visualização
da epiglote e a colocação do tubo traqueal entre as cordas
vocais. A confirmação do acesso bem-sucedido à via aérea
é oferecido pela:
A) demarcação da altura da cânula de intubação
orotraqueal
B) ausculta pulmonar
C) radiografia de tórax
D) capnografia
35. O fator etiopatogênico que tem a maior importância
fisiopatológica na hipoperfusão nos pacientes com sepse
grave é:
A) aumento do tônus simpático arteriolar
B) diminuição da indução de arginina vasopressina
C) indução da óxido nítrico sintetase
D) inibição de barorreceptores
36.
O uso abusivo de soluções de hidroxietilamido
acarreta coagulopatia pelo mecanismo da:
A) diminuição de fator de Von Willebrand
B) plaquetopenia
C) deficiência de fator VII
D) deficiência de protrombina
6
37. Ao receber um paciente não intubado apresentando
doença obstrutiva agudizada na unidade de terapia
intensiva, os itens que devem ser imediatamente
pesquisados na admissão, definindo a decisão de
intubação, são:
A) dificuldade de falar, uso de musculatura acessória,
frequência respiratória, fluxo inspiratório (respiração
curta), hipóxia (oximetria), nível de consciência e
condição hemodinâmica
B) dificuldade de falar, dor ao respirar (escala de Borg),
batimento de asa do nariz, diaforese e hipotermia
C) nível de consciência, história recente de contato com
fungos e alérgenos, história de viagens ao exterior
recentes, história vacinal contra pneumococo e
influenza, oximetria de pulso e condição
hemodinâmica
D) se é a primeira vez que tem uma crise grave,
dificuldade para completar frases curtas, se a
secreção mudou de aspecto, se já foi intubado
devido a esse problema, se é diabético, se faz uso
de corticoide prévio e se apresenta antecedentes
para contrair o vírus HIV
38. A variável para diferenciar os estados de choque que,
caracteristicamente, apresentam baixo fluxo é:
A) taxa de extração de oxigênio
B) saturação venosa mista de oxigênio
C) resistência vascular sistêmica
D) pressões de enchimento de câmaras direitas e
esquerdas
39. Em relação à manutenção do paciente sob analgesia
e sedação contínuas na UTI, é correto afirmar:
A) A ventilação mecânica é a principal razão de
analgesia e sedação na UTI, pois a sedação
inadequada desacopla o paciente do equipamento
e se relaciona com maior índice de extubação
inadvertida.
B) Todo paciente em UTI deve ser mantido
profundamente sedado até o tempo mais próximo
de sua alta.
C) Durante a ventilação mecânica, quanto mais sedado
o paciente maior a troca gasosa.
D) Durante a ventilação mecânica, a indicação de
analgesia e sedação é decisão pessoal do médico.
40. Em pacientes com infarto agudo do miocárdio com
supradesnivelamento do segmento ST complicado com
choque cardiogênico, a melhor estratégia de reperfusão é:
A) tratamento clínico
B) angioplastia
C) fibrinólise
D) cirurgia imediata
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