U.S. SECURITIES AND EXCHANGE COMISSION – SEC Washington, D.C. 20549 FORMULÁRIO 20-F [ ] [X] [ ] DOCUMENTO DE REGISTRO REFERENTE À SEÇÃO 12(b) OU 12(g) ATO DA BOLSA DE VALORES DE 1934 OU RELATÓRIO ANUAL REFERENTE À SEÇÃO 13 OU 15 (d) ATO DA BOLSA DE VALORES DE 1934 Para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2001 OU RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO REFERENTE À SEÇÃO 13 OU 15 (d) ATO DA BOLSA DE VALORES DE 1934 Para o período de transição de _________ a _________ Arquivado na comissão sob número 001-15148 PERDIGÃO S.A. (Nome exato do registrante conforme especificado nesse capítulo) N/D (Tradução do nome do registrante para o inglês) República Federativa do Brasil (Jurisdição de Incorporação ou Organização) Av. Escola Politécnica, 760 Jaguaré 05350-901-São Paulo -SP- Brasil (Endereço do escritório principal) Ações registradas conforme a Seção 12(b) do Ato da Bolsa Ações Preferenciais, sem Valor Nominal. Representadas por Ações Depositárias Americanas. Nome de cada Bolsa na qual Listada; Bolsa de Valores de Nova York Ações registradas conforme a Seção 12(g) do Ato: Nenhuma Ações cujos registros são obrigatórios na Seção 15(d) do Ato: Nenhuma O número total de ações emitidas de cada tipo na bolsa de valores da PERDIGÃO S.A. em 31 de dezembro de 2001 era: 15.471.957 Ações Ordinárias sem valor nominal 29.180.427 Ações Preferenciais sem valor nominal Indique com um x se o Registrante (1) tem relacionados todos os seus relatórios solicitados na Seção 13 ou 15(d) do Ato da Bolsa de Valores de 1934 referente aos 12 meses anteriores (ou algum período menor que o Registrante tenha sido solicitado), e (2)tenha relacionado seus requerimentos para os últimos 90 dias. Sim X Não ___ Indique com um x o item demonstração de resultados da Registrante conforme o Item 17 X Item 18 . ÍNDICE Página Parte I Introdução Item 1. Identificação dos Diretores, Administradores e Conselheiros Item 2. Estatísticas de Oferta e Escala de Atividades Item 3. Informações Chave Item 4. Informações da Empresa Item 5. Revisão Operacional e Financeira e Projeções Item 6. Diretores, Administradores e Funcionários Item 7. Acionistas Majoritários e Transações com Partes Relacionadas Item 8. Informação Financeira Item 9. Oferta e Listagem Item 10. Informação Adicional Item 11. Comentários Qualitativos e Quantitativos Sobre os Riscos de Mercado Item 12. Descrição de Outros Títulos que Não Sejam Valores Mobiliários 1 1 1 1 12 31 41 44 45 47 49 56 58 Parte II 58 58 58 58 58 Item 13. Falhas, Atrasos de Dividendos e Inadimplências Item 14. Modificações Materiais aos Direitos dos Portadores dos Títulos e Uso da Receita da Operação Item 15. Reservado Item 16. Reservado Parte III. 58 Item 17. Demonstrações Contábeis Item 18. Demonstrações Contábeis Item 19. Anexos 58 58 58 PARTE I INTRODUÇÃO 1 Exceto quando indicado, todas as referências (i) à Empresa ou à Perdigão se referem à Perdigão S.A. , uma corporação organizada de acordo com as leis da República Federativa do Brasil (“Brasil”); e suas subsidiárias integrais Perdigão Agroindustrial S.A. e Perdigão Overseas S.A., e (ii) para “Ações Preferenciais” e “Ações Ordinárias” referente às Ações Preferenciais e Ordinárias autorizadas e emitidas da companhia, designadas ações preferenciais e ações ordinárias, respectivamente, sem valor nominal. Todas as referências a R$, reais ou real se referem à moeda oficial brasileira. Todas as referências a "U.S. dólares," "dólares" ou "U.S.$” indicam dólares americanos. Todas as informações financeiras contidas neste relatório estão em Reais. Em 1 de julho de 1994 a denominação da moeda brasileira foi mudada de cruzeiro real para real (cada real valia 2.750 cruzeiros reais naquele momento), mas já tinha ocorrido outra mudança em 1 de agosto de 1993 onde a moeda era o cruzeiro e passou para cruzeiro real, (onde cada cruzeiro real valia 1.000 cruzeiros). Em 30 de junho de 2002 a taxa de câmbio comercial (venda) era de R$ 2,8444 para US$1,00. As Demonstrações Financeiras auditadas de 31 de dezembro de 2001 e 2000 e para os períodos findos em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999 (“Demonstrações Financeiras”) apresentadas neste Relatório Anual estão expressas em Reais. Nós modificamos as bases de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. As demonstrações financeiras consolidadas apresentadas neste documento foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis determinados pela Legislação Societária brasileira. De acordo com o Método da Legislação Societária brasileira: O ajuste do nível de preços foi suspenso em 1o de janeiro de 1996 e sua utilização não é mais permitida; e É proibido o desconto de ativos e passivos monetários a taxas fixas. Nos anos anteriores, as demonstrações financeiras apresentadas nos relatórios 20-F foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil (Brazilian GAAP). De acordo com o Método Brazilian GAAP: Certos efeitos da inflação são reconhecidos e informações de períodos anteriores reformuladas em moeda constante; e O desconto a valor presente de ativos e passivos monetários com taxa fixa é necessário quando o efeito é material. A mudança na base contábil também afetou as divulgações de balanços elaborados de acordo com os princípios geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP). A Nota 21 das Notas Explicativas das Demonstrações Contábeis aparece em vários lugares nesse Relatório Anual e descreve as principais diferenças entre o Método Brasileiro da Legislação Societária e U.S. GAAP conforme elas estão relacionadas à Empresa e promove um ajuste ao U.S. GAAP do lucro líquido e do patrimônio líquido. Para propósitos de market-share, a Empresa obtem informações da AC Nielsen, que divide o mercado dos produtos industrializados e congelados em três segmentos: Carnes Industrializadas, Carnes Congeladas e Massas Congeladas. Nesse Relatório as referências a “produtos processados” significam carnes industrializadas, congeladas, pratos congelados e aperitivos, e as referências a produtos elaborados significam Chester®(*), peru e produtos temperados. “Commodities” são definidas como frango inteiro, cortes de suíno e frango e outros produtos in natura (“produtos não processados”), tais como perdiz, codorna e faisão. Projeções da empresa Este 20-F contém afirmações que são projeções. Estas afirmações aparecem em várias partes e incluem demonstraçõe relativas a intenções, crenças e expectativas atuais da empresa, de seus diretores e executivos a respeito de (i) a declaração ou 1 Perdigão S.A. tem outra subsidiária integral, a embarques/faturamento de produtos exportados. Perdigão Export Ltd., que éuma chamada empresa “trading”, utilizada para * Chester® é uma marca registrada de uma ave especial originada de processo de seleção genética por cruzamentos a partir do “Gallus gallus”, resultando em uma ave com setenta por cento de carnes acumuladas no peito e coxas. pagamento de dividendos, (ii) o direcionamento e as futuras operações da empresa, (iii) a implantação das principais estratégia operacionais da empresa, incluindo possíveis aquisições ou joint ventures ou outras oportunidades de investimentos, (iv) implementação da estratégia de financiamento da empresa e planos de gastos de capital e, (v) os fatores ou as tendências qu afetam as condições financeiras da empresa ou seus resultados operacionais. Possíveis investidores são alertados que tai previsões não são garantias do desempenho futuro e envolvem riscos e incertezas, e que resultados reais podem ser totalment diferentes daqueles das previsões. O acompanhamento das informações contidas na Declaração de Registro, incluindo-s algumas que não constam no “Relatório da Administração e na Análise da Situação Financeira e do Resultado Operacional” identifica importantes fatores que poderiam provocar tais divergências. ITEM 1.IDENTIFICAÇÃO DOS DIRETORES, ADMINISTRAÇÃO E CONSELHEIROS Em 1 de junho de 2002 os sócios e funcionários da Arthur Andersen S/C, auditores da Perdigão S.A., se uniram a Deloitte Touche Tohmatsu Brasil. Os trabalhos de auditoria nas demonstrações contábeis da Empresa em 31 de dezembro de 2001 e 2000 e nos três anos que precedem o período findo em 31 de dezembro de 2001 inclusos nesse Relatório Anual foram realizados pela Deloitte Touche Tohmatsu Brasil. ITEM 2.ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADA Não se aplica. ITEM 3.INFORMAÇÕES-CHAVE A.Dados Financeiros Selecionados As Demonstrações Financeiras para os períodos findos em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999 foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu e seus pareceres encontram-se anexos a este Relatório Anual. Os dados financeiros selecionados de 31 de dezembro de 2001 e 2000 e para cada um dos três anos do período findo em 31 de dezembro de 2001 foram obtidos das Notas e Demonstrações Contábeis Consolidadas auditadas incluídas neste Relatório Anual. Os dados financeiros selecionados de 31 de dezembro de 1999, 1998 e 1997 e para cada um dos dois anos do período findo em 31 de dezembro de 1998 foram obtidos das Demonstrações Financeiras auditadas e notas anexas, preparadas de acordo com o método da Legislação Societária Brasileira, o qual não está incluído neste Relatório Anual. Os seguintes parágrafos discutem algumas peculiaridades importantes a respeito da divulgação dos dados financeiros selecionados e das demonstrações contábeis. Essas peculiaridades devem ser relembradas quando forem avaliadas as informações financeiras selecionadas e na análise do “Item 5. Revisão Financeira e Operacional e Perspectivas”. As Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com o Método da Legislação Societária Método da Legislação Societária Brasileira e U.S. GAAP Brasileira, que difere em certos pontos dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (“U.S.GAAP”). As diferenças entre o método da Legislação Societária Brasileira e o U.S.GAAP que apresentam os efeitos mais significativos no lucro líquido e no patrimônio líquido são: Diferenças na metodologia de contabilização da inflação e índices; Certas diferenças que surgem devido ao uso de políticas contábeis regulamentadas, resultando em divergências no tratamento de juros capitalizados e na contabilização da contribuição de clientes aos custos de expansão dos sistemas de suprimento da cadeia produtiva; Diferenças na contabilização de pensões e outros benefícios pós-aposentadoria; Diferenças na contabilização de certos custos identificados na construção de novas instalações fabris e provisões para contingências trabalhistas registradas após o término da construção das novas instalações e sua operacionalização; Diferenças relacionadas aos efeitos de imposto de renda diferido das diferenças referidas acima; e Diferenças no cálculo do lucro (prejuízo) por ação. Veja Nota [21] das Demonstrações Contábeis para um resumo das diferenças entre o método da Legislação Societária brasileira e o U.S.GAAP e uma reconciliação para o U.S.GAAP do Patrimônio Líquido em 31 dezembro de 2001, 2000 e 1999 e do Lucro Líquido para os períodos findos em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO CONSOLIDADAS (Todos os valores são em Legislação Societária em R$ mil) RECEITA OPERACIONAL BRUTA Mercado Interno Mercado Externo Impostos sobre vendas Cancelamento e Devoluções RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DAS VENDAS LUCRO BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas Gerais e Administrativas Outros Resultados Operacionais RESULTADO OPERACIONAL ANTES DAS DESPESAS FINANCEIRAS Despesas Financeiras Líquidas RESULTADO OPERACIONAL Resultado não Operacional LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS Imposto de Renda e Contribuição Social Participação dos Funcionários Participação dos Administradores LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA Participação Minoritária LUCRO LÍQUIDO Lucro líquido por ação (1) Dividendos por ação (2) Dividendos por ADR (3) (4) Dividendos por ADR (em dólares) (3) (4) 1997 1998 1999 2000 2001 1.267.529 938.162 329.367 (116.202) (25.039) 1.126.288 (837.817) 288.471 (218.682) (198.448) (28.720) 8.486 1.414.786 1.107.758 307.028 (147.150) (30.179) 1.237.457 (903.854) 333.603 (239.021) (209.247) (32.602) 2.828 1.801.056 1.283.904 517.152 (187.286) (40.735) 1.573.035 (1.112.855) 460.180 (294.687) (267.429) (31.844) 4.586 2.066.406 1.554.022 512.384 (230.344) (72.409) 1.763.653 (1.336.000) 427.653 (312.977) (284.058) (36.081) 7.162 2.789.409 1.754.564 1.034.845 (256.897) (98.809) 2.433.703 (1.633.483) 800.220 (439.492) (400.907) (40.274) 1.689 69.789 (24.421) 45.368 (1.741) 43.627 (237) (938) 42.452 94.582 (19.092) 75.490 (8.606) 66.884 (5.246) (1.200) 60.438 165.493 (98.295) 67.198 (6.574) 60.624 (12.562) (900) 47.162 114.676 (63.219) 51.457 1.305 52.762 (6.580) (850) 45.332 57 45.389 1,020 0,318 0,635 0,325 360.728 (117.678) 243.050 (3.987) 239.063 (57.168) (10.838) (2.810) 168.247 42.452 0,000190 0,000052 0,259 0,232 60.438 0,000271 0,000072 0,359 0,297 47.162 0,000212 0,000059 0,295 0,165 168.247 3,780 1,134 2,268 0,978 LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA BRASILEIRA BALANÇO CONSOLIDADO (Todos os valores são em Legislação Societária em R$ mil) 1997 1998 1999 2000 2001 Aplicações Financeiras - Curto Prazo 384.511 367.803 333.385 642.536 391.219 Ativo Circulante Total 666.285 681.831 750.348 1.195.289 1.043.055 15.461 143.526 324.497 68.866 328.249 Ativo Imobilizado 528.631 592.397 726.358 854.931 903.640 ATIVOS TOTAIS 1.240.494 1.460.373 1.866.940 2.234.012 2.424.094 Passivo Circulante Total 457.488 598.702 718.543 921.126 1.014.013 Endividamento de Longo Prazo 278.785 311.433 536.228 611.053 598.771 Patrimônio Líquido 438.569 482.198 523.663 569.728 672.808 Capital Social 415.433 415.433 415.433 415.433 415.433 1.267.529 1.414.786 1.801.056 2.066.406 2.789.409 Lucro Líquido 17.782 46.515 38.157 41.195 163.982 Lucro Líquido por ação (1) (4) 0,3982 1,0427 0,8573 0,9255 3,6842 Lucro Líquido por ADR (3) (4) 0,7965 2,0854 1,7146 1,8511 7,3683 223.259.903 223.055.810 222.544.442 44.509 44.509 44.652 44.611 44.508 22.254 22.254 1.317.264 1.535.252 1.936.835 2.293.677 2.473.542 Endividamento de Longo Prazo 278.785 311.433 536.228 611.053 598.771 Patrimônio Líquido 522.604 540.742 565.765 607.615 708.800 Capital Social 415.433 415.433 415.433 415.433 415.433 Dividendo em dinheiro por ADR (3) (4) 0,259 0,359 0,295 0,635 2,268 Dividendo em dinheiro por ADR (em dólares) (3) (4) 0,233 0,296 0,165 0,324 0,978 Aplicações Financeiras - Longo Prazo U.S. GAAP Receitas Média das ações emitidas (000) (4) Média dos ADRs emitidos (000) (4) Ativo Total (1) Ganhos por ações são calculados sob o Método da Legislação Societária brasileira baseado nas ações emitidas ao final de cada ano. De acordo com o U.S. GAAP, os ganhos por ação são calculados com base na média da ações em circulação. (2) Os dividendos são reconhecidos pelo Método da Legislação Societária brasileira no ano da realização do lucro, embora os acionistas não os aprovem até o ano seguinte e eles têm o direito de alterar os montantes. De acordo com o U.S. GAAP, os dividendos são registrados quando os acionistas aprovam os montantes dos dividendos. (3) Cada ADR representava 5.000 ações preferenciais da empresa em 31 de dezembro de 1999. (4) Em 20 de junho de 2000, os acionistas da Perdigão aprovaram um grupamento de 5.000 ações preferenciais antigas em uma nova ação. Além disso, como resultado do citado grupamento, efetivado em 26 de junho de 2000, a Perdigão alterou a proporção de um ADR representando 5.000 ações preferenciais para um ADR representando duas ações preferenciais. Como resultado da mudança na proporção, houve também uma mudança no número e no símbolo do CUSIP. Também, ocorreu uma troca obrigatória de ADRs cujos portadores receberam um novo ADR para cada dois ADRs previamente possuídos. Pagamentos foram feitos para todas as frações de ADS. Para fins de US GAAP, o grupamento e a alteração na proporção das ações para ADSs refletiram-se retroativamente no lucro por ação e no número médio de ações/ADSs em circulação em todos os períodos apresentados. Taxas de Câmbio No Brasil existem dois mercados de câmbio, o Mercado Comercial e o Mercado Flutuante. O Mercado Comercial se destina primeiramente a negócios estrangeiros e transações que geralmente requerem aprovação das autoridades monetárias brasileiras, tais como compra e venda de investimentos registrados por estrangeiros e remessas para fundos no exterior. A aquisição de moeda estrangeira no Mercado Comercial só pode ser efetuada através de instituições financeiras brasileiras autorizadas a comprar e vender moeda nesse mercado. A Taxa do Mercado Comercial é a taxa de conversão da moeda brasileira em dólares, conforme parecer do Banco Central. A “Taxa do Mercado Flutuante” é a taxa de conversão que prevalece da moeda brasileira em dólar, que é aplicada nas transações onde a taxa do mercado comercial não é aplicada, conforme parecer do Banco Central. Até a implantação do Plano Real, as Taxas de Câmbio Comercial e Flutuante tinham diferenças significantes. Desde a introdução do Plano Real essas taxas não têm mais diferenças grandes, mas não há garantias que no futuro não haverá grandes diferenças entre as taxas. Tanto a Taxa de Câmbio Comercial quanto a Taxa de Câmbio Flutuante são orientadas pelo Banco Central a uma base diária. As Taxas de Câmbio Comercial e Flutuante são livremente negociadas, mas sofrem forte influência do Banco Central. Depois da implantação do Plano Real, o Banco Central inicialmente admitiu flutuações do real com uma intervenção mínima. Em 6 de março de 1995, o Banco Central anunciou que iria intervir no mercado comprando ou vendendo dólares, para estabelecer a faixa de flutuação dentro da qual a taxa de câmbio entre o real e o dólar deveria ficar. Em 13 de janeiro de 1999 as autoridades monetárias brasileiras interromperam a intervenção para manter o sistema anterior de taxa de câmbio com bandas que tem como referência uma taxa específica de acordo com o controle das taxas de câmbio que pré-estabelece as taxas mínima e máxima. Como resultado das contínuas pressões de desvalorização do Real, o Banco Central assumiu uma desvalorização do Real de 7,6%, estabelecendo uma nova banda que ia de R$ 1,20 a R$ 1,32 por US$1,00. Apesar desse esforço em manter somente uma desvalorização limite,devido às pressões o Banco Central anunciou em 15 de janeiro de 1999 que permitiria que o Real fosse negociado livremente em todos os mercados de câmbio mundiais. Essa decisão foi confirmada em 18 de janeiro de 1999, quando o Banco Central anunciou oficialmente sua nova política, permitindo que o valor do Real seja determinado pelos mercados de câmbio mundiais, intervindo somente para limitar variações muito grandes no valor da moeda. Depois desse pronunciamento e do fim das negociações em 18 de janeiro de 1999, a taxa comercial era R$ 1,5384 para US$1,00. Em 31 de dezembro de 2001 a taxa de câmbio comercial era R$ 2,3204 para US$1,00. Desde o início de 2002 os investidores estão preocupados com as eleições governamentais. Como resultado o Real vem se desvalorizando, tendo fechado a R$ 2,8541 para US$ 1,00 em 10 de julho de 2002. A tabela abaixo contém os valores da Taxa de Câmbio Comercial no final dos períodos indicados. Taxas de Câmbio Comerciais em 31 de dezembro de: Mínimo Máximo Média (1) Fechamento 1997 1,0395 1,1164 1,0780 1,1164 1998 1,1165 1,2087 1,1605 1,2087 1999 1,2078 2,1647 1,8142 1,7890 2000 1,7205 1,9847 1,8298 1,9554 2001 1,9422 2,8007 2,3521 2,3204 (1) Representa a média da taxa de câmbio do encerramento mensal do período relevante. Informações mensais sobre taxas de câmbio com máxima e mínima, nos últimos seis meses: Dez/2001 Jan/2002 Fev Mar Abr Mai Jun/2002 Mínimo 2,2930 2,2932 2,3482 2,3236 2,2709 2,3770 2,5413 Máximo 2,4672 2,4384 2,4691 2,3663 2,3689 2,5296 2,8593 Fechamento 2,3204 2,4183 2,3482 2,3236 2,3625 2,5220 2,8444 A Empresa vai fazer distribuições de dividendos relacionadas às ações preferenciais em moeda nacional. Assim, as flutuações da taxa de câmbio podem afetar os montantes em dólar recebidos pelos portadores de ADSs na conversão pelo Depositário dessas distribuições em dólar para pagamento dos portadores de ADSs preferenciais. Flutuações na taxa de câmbio entre reais e dólares podem afetar também o equivalente em dólares do preço em reais das Ações Preferenciais nas Bolsas de Valores Brasileiras. B. CAPITALIZAÇÃO E ENDIVIDAMENTO Não se aplica. C. RAZÕES PARA A OFERTA E USO DE RECURSOS Não se aplica. D. FATORES DE RISCO Alguns Fatores de Risco Relacionados à Empresa Riscos Associados à Criação de Animais e ao Processamento de Carne As operações da Empresa envolvem a criação de animais, que estão sujeitos a vários riscos, inclusive doenças, contaminação, preocupações com a saúde do consumidor e às condições climáticas adversas. A carne está sujeita à contaminação durante o processamento e a distribuição. Contaminações durante o processamento podem afetar um grande número de produtos da Empresa e podem ainda ter um impacto significante em suas operações. As vendas da Empresa dependem das preferências dos consumidores, e a perda da confiança dos consumidores nos produtos vendidos pelos produtores brasileiros devido a doença ou contaminação dos produtos da Empresa pode ter um efeito material adverso no resultado das operações da Empresa. Preços Cíclicos A indústria de alimentos no Brasil, assim como a indústria de alimentos industrializados em outros países, tem se caracterizado por períodos cíclicos de preços altos e alta lucratividade, seguidos por aumentos de produção, que levam a preços e lucratividade baixos. A Empresa acredita que os preços internos e de exportação de sua linha de produtos estão sujeitos à alta volatilidade e à variação cíclica. Não se pode afirmar que os resultados da Empresa não serão afetados por declínios econômicos futuros nos preços reais. Volatilidade dos Custos das Matérias-Primas O maior componente unitário dos custos de vendas da Empresa é o custo dos ingredientes usados na preparação da ração. O preço da maior parte dos ingredientes da ração usados pela Empresa está sujeito a grande volatilidade devido ao clima, ao tamanho da colheita, aos custos de estoque e transporte, à política agrícola do governo, às taxas cambiais e a outros fatores. A Empresa não faz hedge para proteger seus custos de matérias-primas. Competição A Empresa enfrenta significante competição de outros produtores brasileiros no mercado interno onde vende seus produtos, e de outros produtores mundiais nos mercados para os quais exporta seus produtos. Há outros grandes produtores brasileiros integrados verticalmente que competem com a Empresa. Em diversos níveis, essas Empresas têm recursos financeiros substanciais e são fortes em suas linhas de produtos nas regiões em que atuam. A Empresa espera que continue uma forte competição em todos os mercados, e que empresas já existentes e novas empresas ainda tem mercados para colocar suas linhas de produtos e para aumentar a área geográfica onde já atuam. Não se pode afirmar que o desempenho da Empresa não será afetado adversamente pelo aumento da competição. Regulamento Ambiental Os produtores brasileiros de alimentos, inclusive a Empresa, estão sujeitos a rigorosas leis ambientais locais, estaduais e federais que abrangem, entre outras coisas, saúde humana, o destino dos resíduos e das descargas de poluentes no ar e na água. Com a possibilidade de regulamentos não antecipados ou outros investimentos, particularmente com as leis ambientais se tornando mais rigorosas no Brasil e no mundo, o montante necessário para futuros gastos de manutenção da obediência a estas leis pode variar substancialmente de acordo com o nível de exigência e pode afetar adversamente a viabilidade dos fundos para outras despesas de capital e outras propostas. Atrasos na expansão de nossas fábricas podem afetar significantemente nossos custos Atualmente a Empresa está empenhada num importante projeto de expansão, o Complexo Agroindustrial em Rio Verde – GO, que envolve vários riscos. Esses riscos incluem engenharia, construção, regulamentação, e outros riscos significantes que podem atrasar ou intervir na conclusão ou na operação do Projeto, ou elevar muito os custos da Empresa. A Empresa tem condições de concluir com sucesso o Complexo Agroindustrial em Rio Verde – GO no prazo, mas também está sujeita a riscos de financiamento e outros. A Empresa pode sofrer efeitos adversos porque: • • • o Projeto de Expansão pode não ser concluído a tempo ou dentro de um determinado orçamento; fábricas novas ou reformadas podem não operar na capacidade determinada ou podem custar mais que o esperado para operar; pode não ser possível vender a produção adicional a preços atraentes. A Empresa é controlada por um grupo definido de entidades A Empresa é controlada pelos Fundos de Pensão. As Ações Preferenciais e os ADSs Preferenciais não dão direito a voto nas reuniões de acionistas, exceto sob certas circunstâncias. Isso significa, entre outras coisas, que acionistas preferencialistas não tem direito a voto em transações corporativas, inclusive fusões ou consolidações da Empresa com outras empresas. Além disso, os Fundos de Pensão podem determinar o resultado de qualquer decisão que precise de aprovação dos acionistas, inclusive transações como reorganizações corporativas, mudança de controle das transações e o momento e valor a ser pago de futuros dividendos. Se a Empresa perde algum de seus grandes clientes, ou se eles reduzem significativamente os valores de suas compras junto à Empresa, a receita bruta e o lucro operacional podem sofrer efeitos adversos Os dez maiores clientes da Empresa em 2001 responderam por aproximadamente 28,0% das vendas líquidas para o mercado interno. Assim sendo, se a Empresa perder algum de seus maiores clientes ou se eles reduzirem significativamente o valor de suas compras, a receita bruta e o lucro operacional da Empresa poderão sofrer efeitos adversos. As exportações da Empresa podem sofrer efeitos adversos por disputas trabalhistas portuárias, rompimentos e por restrições à importação As exportações da Empresa dependem, em parte, de fatores que fogem ao seu controle, inclusive dificuldades com o transporte por greves ou outros motivos, mudanças nas leis brasileiras ou regulamentações restringindo as exportações em geral ou de seus produtos em particular. Além disso, as autoridades responsáveis em vários países já impuseram no passado, e podem impor no futuro, restrições às exportações brasileiras, com base em barreiras sanitárias. Qualquer um dos itens acima citados pode afetar adversamente a receita bruta e o lucro operacional da Empresa. Riscos Relacionados ao Brasil O Governo Brasileiro tem Exercido Significativa Influência na Economia Brasileira. A Política Brasileira e as Condições Econômicas têm Impacto Direto nos Negócios da Empresa e No Preço de Mercado das Ações Preferenciais. O governo Brasileiro freqüentemente intervém na economia brasileira e ocasionalmente muda drasticamente a política. As ações do governo para controlar a inflação e seus efeitos em outras políticas geralmente envolvem controle de preços, desvalorização da moeda, controle do capital e limites nas importações, entre outras coisas. Os negócios da Empresa, condições financeiras e resultado de operações podem ser afetados adversamente pelas mudanças na política, como impostos, variações cambiais e outros problemas, tais como: • • Flutuações da moeda; • inflação; • instabilidade de preços; • impostos; • política tributária; e outras questões políticas, diplomáticas, sociais e econômicas, dentro ou que afetem o Brasil. Os Esforços do Governo Brasileiro em Manter a Economia Estável, Assim Como Especulações Sobre Possíveis Medidas Futuras Contribuem Significativamente para a Incerteza Econômica no Brasil e Para a Alta Volatilidade dos Mercados Brasileiros. O Brasil tem experiência histórica em taxas de inflação extremamente altas. Tanto a inflação quanto as tentativas do governo de baixá-la tem significantes efeitos negativos na economia brasileira em geral. Em dezembro de 1993 o governo Brasileiro introduziu um plano de estabilização econômica chamado Plano Real. Os objetivos iniciais do plano eram reduzir a inflação e construir as bases para sustentar o crescimento da economia. Em 1 de julho de 1994 o governo brasileiro introduziu uma nova moeda, o real.Desde a introdução do real, a taxa de inflação brasileira tem se mantido bem abaixo dos períodos anteriores. A taxa anual de inflação, medida pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, foi: Ano 1993 ............................................................................. 1994 ............................................................................. 1995 ............................................................................. 1996 ............................................................................. 1997 ............................................................................. 1998 ............................................................................. 1999 ............................................................................. 2000 ............................................................................. 2001 ............................................................................. Taxa de Inflação 2.567, 46% 1.246,62% 15,25% 9,20% 7,74% 1,78% 20,10% 9,95% 10,38% Não há garantias que essa taxa de inflação baixa vá continuar. O Brasil pode ter altos índices de inflação no futuro. Futuras medidas do governo, incluindo as de ajuste do valor do Real, podem aumentar a inflação. Períodos de inflação substancial no futuro poderão ter efeitos adversos na economia brasileira, nos mercados financeiros brasileiros e nos negócios, condições financeiras e resultados de operações da Empresa. Flutuações no Valor da Moeda Brasileira Em Relação Ao Dólar Americano Resultam Em Incertezas na Economia Brasileira E Nos Mercados Brasileiros, Com Resultados Adversos Nas Condições Financeiras, Resultados Operacionais E, Conseqüentemente, No Valor de Mercado Das Ações Preferenciais e ADSs da Empresa. Como resultado das pressões inflacionárias, a moeda brasileira vem sendo desvalorizada periodicamente nas últimas quatro décadas. Durante esse período, o governo brasileiro implementou vários planos econômicos com várias políticas de câmbio, incluindo desvalorizações repentinas periódicas , durante a qual a freqüência de ajustes passou de diária a mensal, com sistema de câmbio flutuante. Nesse longo período, a desvalorização da moeda brasileira esteve relacionada com a taxa de inflação brasileira, desvalorizações em curtos períodos resultaram em significantes flutuações na taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar americano, e também entre outras moedas. As desvalorizações podem impactar a Empresa de diferentes maneiras: enquanto suas exportações se tornam mais competitivas, o custo das dívidas em dólar aumenta e a demanda doméstica tende a cair. As flutuações do valor do real em relação ao dólar americano podem afetar o valor de mercado dos ADSs. A desvalorização pode reduzir o valor do dólar americano na distribuição dos dividendos dos ADSs e pode também reduzir o valor de mercado das ações preferenciais e dos ADSs. Restrições a Saída do Capital Brasileiro Podem Retrair o Recebimento de Dividendos e Distribuições Pelos Investidores, E Os Valores de Vendas das Ações Preferenciais. O governo brasileiro pode impor restrições temporárias à conversão da moeda brasileira em moeda estrangeira e às remessas para os investidores estrangeiros cujos investimentos são procedentes do Brasil. A lei brasileira permite que o governo imponha essas restrições em caso de sério desequilíbrio no saldo da balança de pagamentos, ou caso preveja sérios desequilíbrios. A restrição do governo à saída do capital pode impedir o custodiante no Brasil, ou se os investidores tiverem trocado ADSs por ações preferenciais, podem inibir a conversão do dinheiro relacionado às ações preferenciais em dólares americanos, e de remeter esses resultados. Os investidores podem ser afetados adversamente por atrasos na obtenção de qualquer aprovação governamental para converter pagamentos em moeda brasileira em remessas nas respectivas ações preferenciais subscritas nas ADSs. O governo brasileiro pode ainda instituir uma política de controle cambial mais restritiva no futuro. Atualmente, para remeter o capital das distribuições ou ganhos com ações preferenciais para os Estados Unidos, O Depositário deve registrar no Banco Central o montante investido pelos estrangeiros nas ações preferenciais que representam os ADSs. O Depositário vai registrar sua participação nas ações preferenciais como investidor estrangeiro junto ao Banco Central. O Banco Central vai emitir um certificado de registro do capital estrangeiro em nome do Depositário, sob custódia, e assumindo a contínua disponibilidade de moeda estrangeira, podendo converter dividendos e outros de moeda brasileira em dólares americanos, remetendo esses dólares ao Depositário para distribuir aos acionistas. A legislação brasileira prevê que apesar de sérios desequilíbrios no balanço de pagamentos brasileiro ou sérias razões para se prever desequilíbrios, restrições temporárias podem ser impostas à remessa de capitais para o exterior. Por aproximadamente seis meses entre 1989 e início de 1990, por exemplo, para manter as reservas brasileiras em moeda estrangeira, o governo brasileiro congelou todos os dividendos e repatriações de capital de investidores estrangeiros. Depois esses montantes foram descritos de acordo com as diretrizes do governo brasileiro. Não há garantias de que o governo brasileiro não tomará medidas similares no futuro. Acontecimentos em Outros Países Emergentes Podem Afetar o Preço de Mercado Das Ações Preferenciais e dos ADSs. O preço de mercado de ações preferenciais (PN) e ADSs podem ser afetados negativamente por quedas nos mercados financeiros internacionais e no cenário econômico mundial. O mercado de títulos brasileiro é, em graus variados, influenciado por condições econômicas e de mercado de outros países emergentes, especialmente na América Latina. Apesar de as condições econômicas variarem em cada país, as reações dos investidores aos desenvolvimentos em um país podem ter efeito sobre mercados de títulos e títulos de investidores estrangeiros, incluindo o Brasil. Desde o último trimestre de 1997, os mercados financeiros internacionais passaram por uma instabilidade expressiva, e um grande número de índices de mercado, inclusive no Brasil, sofreram uma queda considerável. Por exemplo, as dificuldades econômicas do Equador e da Turquia, as crises econômicas na Ásia, a moratória russa em 1998 e a desvalorização da moeda russa em 1998 desencadearam uma significativa instabilidade nos mercados de títulos do Brasil e outras economias emergentes. Desde 1999, a economia argentina tem sofrido uma recessão marcada pelos níveis reduzidos de consumo e investimento, desemprego crescente e PIB em queda. Durante o final de 2001, correntistas argentinos retiraram seu dinheiro dos bancos e tentaram enviar para fundos no exterior. No início de dezembro de 2001, o governo restringiu o direito de tais correntistas de sacarem seus fundos. A crise econômica tem aumentado a instabilidade política. Em 20 de dezembro de 2001, o Presidente Fernando de la Rua renunciou, e, desde então, a Argentina teve outros quatro governantes, incluindo o atual presidente Eduardo Duhalde. No dia 24 de dezembro do mesmo ano, o então presidente, Adolfo Rodríguez Saá, anunciou que a Argentina imporia uma moratória no pagamento de sua dívida externa. Em 3 de janeiro de 2002, o país formalmente ausentou-se de dívidas feitas com alguns credores estrangeiros. No dia 7 do mesmo mês, a Argentina anunciou a desvalorização do peso em 29%, encerrando a paridade com o dólar americano. Esses acontecimentos podem ter desencorajado investimentos estrangeiros no Brasil, e mais ainda, podem afetar o mercado das nossas Ações Preferenciais Nominativas e ADSs. Além disso, a continuação da recessão argentina e a recente desvalorização do peso podem afetar negativamente a economia brasileira uma vez que a Argentina é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, tendo recebido 8,6% das exportações brasileiras em 2001. Por outro lado, desenvolvimentos semelhantes nos mercados financeiros internacionais, especialmente na América Latina, podem comprometer nossas condições financeiras e nossa habilidade de levantar capital quando necessário. Não há garantias que os mercados de títulos brasileiros não continuarão a ser afetados negativamente por acontecimentos em outros lugares, principalmente em mercados emergentes, ou que tais acontecimentos não afetarão o mercado de nossas Ações Preferenciais e ADSs. Imposição de Responsabilidade Civil Pode Ser Difícil A Empresa está estruturada de acordo com as leis brasileiras. Todos os diretores e executivos e muitos dos assessores residem no Brasil e substancialmente todos os ativos dessas pessoas e da Empresa se localizam no Brasil. Não há tratamento de reciprocidade entre Estados Unidos e Brasil na decisão de julgamentos. Como resultado, podem não ser possíveis serviços de processos contra essas pessoas nos Estados Unidos ou em outra jurisdição fora do Brasil. Em uma situação similar, podem não ser possíveis julgamentos em cortes não brasileiras, incluindo julgamentos de responsabilidade civil sob as leis das S.A.’s dos Estados Unidos contra a Empresa ou seus diretores e executivos. A assessoria legal brasileira informou a Empresa que as cortes brasileiras irão acatar julgamentos das cortes dos Estados Unidos por responsabilidade civil com base nas leis das S.A.’s dos Estados Unidos somente se o julgamento satisfizer certas condições impostas pela Suprema Corte Federal Brasileira. O julgamento estrangeiro será aceito no Brasil se: • • • • preencher todas as formalidades necessárias para que seja aceito sob as leis do país que realiza o julgamento estrangeiro; for sobre o pagamento de uma certa quantia em dinheiro; for aprovado por uma corte competente depois do processo concluído na Empresa sob a jurisdição onde o julgamento teve sua sentença; não for objeto de recurso; • for autenticado por um executivo do consulado brasileiro no país onde ocorreu o julgamento e for acompanhado por uma tradução juramentada para o português; e • não for contrário à soberania nacional brasileira, pública ou moral, e não tiver nenhum motivo ou razão para não ser aceito pelas cortes brasileiras. A assessoria jurídica brasileira já advertiu a Empresa que: • como queixoso, um acionista pode trazer uma ação com base nas leis das S.A.’s dos Estados Unidos para as cortes brasileiras, e as cortes brasileiras podem impor responsabilidades em ações da Empresa, seus diretores e alguns executivos; • se um acionista tem sede fora do Brasil, mas tem propriedades no Brasil, ele deve prover garantias aos custos da corte e demais taxas legais, de acordo com o litígio no Brasil; e • a lei brasileira limita a capacidade de julgamento de um credor da Empresa satisfaça o julgamento ao invés da Empresa arrolar alguns de seus ativos. ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA A. História e desenvolvimento da Companhia História da Companhia A Empresa se estabeleceu em 1934, com o nome de Ponzoni, Brandalise e Cia, no estado de Santa Catarina, sob a direção de Saul Brandalise, e foi administrada pela família Brandalise até setembro de 1994. Nesses 68 anos de história, a Empresa diversificou suas atividades nos mercados primários. Em 1940, a Empresa expandiu suas atividades, com ênfase em alimentos, incluindo o processamento de produtos suínos. Nos anos 70, a Empresa expandiu a distribuição de seus produtos para o mercado internacional. Dos anos 80 aos anos 90 a Empresa iniciou uma série de aquisições em negócios de processamento de aves e suínos, assim como investimentos em outras indústrias. De 1990 a 1993 a Empresa incorreu em substanciais perdas, devido ao aumento dos custos, poucos investimentos no desenvolvimento de novos produtos, capacidade de expansão limitada e pouco marketing. A Empresa atravessou uma crise, que resultou, em setembro de 1994, na venda do controle acionário pela família Brandalise, que detinha 80,68% do capital votante e 65,54% das ações preferenciais, para um grupo de oito Fundos de Pensão nacionais e para as Empresas Bradesco². Os Fundos de Pensão incluem: (i) PREVI- Caixa de Prev. Func. Banco do Brasil, o fundo de pensão do Banco do Brasil S.A.; (ii) Fund. Telebrás Seg. Social - SISTEL, o fundo de pensão da Telebrás; (iii) PETROS - Fund. Petrobrás Seg. Social, o fundo de pensão da Petrobrás; (iv) Real Grandeza Fund. De Ass. Prev. Soc., o fundo de pensão de Furnas; (v) Fund. Assist. Prev. Social do BNDESFAPES, o fundo de pensão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES; (vi) PREVIBANERJ - Caixa de Prev. dos Func. do Banerj, o fundo de pensão do Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A.; (vii) VALIA - Fund. Vale do Rio Doce, o fundo de pensão da Cia. Vale do Rio Doce; e (viii) TELOS - Fund. Embratel Seg. Social, o fundo de pensão da Embratel. A Empresa acredita que a transferência do controle acionário da família Brandalise para os Fundos de Pensão ofereceu a oportunidade de redirecionar os negócios maximizando lucros. Os fundos de pensão contrataram um time de executivos para reestruturar a administração, com programas de modernização, incluindo o Projeto de Otimização e o Complexo Agroindustrial em Rio Verde – GO. A nova administração promoveu uma reestruturação corporativa extensiva, reduzindo o número de empresas controladas de treze para somente três, e enxugou a Empresa para reduzir as taxas de juros da dívida. Em 31 de março de 2002, os Fundos de Pensão possuíam 79,76% das ações ordinárias e 39,13% das ações preferenciais. As ações da Empresa são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Estrutura Corporativa Em 27 de junho de 1997, as ações da então existente empresa holding das Empresas Perdigão, Perdigão S.A. Comércio e Indústria foram trocadas pelas ações da Empresa na base de um para um. A Perdigão S.A. Comércio e Indústria incorporou a Perdigão Agroindustrial S.A. e a Perdigão Avícola Rio Claro Ltda, e trocou seu nome para Perdigão Agroindustrial S.A. (Agroindustrial), que é atualmente a empresa operacional da Companhia, responsável pela produção de produtos de aves e suínos. Atualmente, a Empresa³ é uma holding com duas controladas Agroindustrial e Perdigão Overseas S.A., que controla as exportações. ____________________ ² As Empresas Bradesco possuem 8,9% das ações ordinárias e 5,5% das ações preferenciais, totalizando 6,6% do total do capital. A principal atividade das Empresas Bradesco é a bancária. O Banco Bradesco tem sido o maior banco privado nacional. As outras Empresas do Grupo Bradesco que participam da Companhia, são: ABS Empr. Imob. Part. Serv. S.A. (empreendimentos imobiliários); Banco Bradesco S.A. (banco); Bradesco Fundo Inv. Ações (fundo de investimento); Bradesco Previdência e Seguros S.A. (plano de pensão); Fdo. Bradesco Ações C. Livre (portifólio de carteira livre de ações); Bradesco Tem. Id. Fdo. I Ações (fundo de investimento); Prudential Atl. Cia. Bras. (seguros); Bradesco Foundation FIA; Bradesco Ibov. Ativo Shark FIA; Bradesco IBX Plus FIA; Bradesco II Fundo Inv. Ações; Bradesco Inst. IBX Ativo FIA; Bradesco Templeton Funds. As Empresas Bradesco não fazem parte do acordo de acionistas. Em 3 de fevereiro de 2000 a Perdigão Agroindustrial S.A. e a Batávia S.A., uma subsidiária da Parmalat do Brasil S.A. Indústria de Alimentos, assinaram um memorando de entendimentos no Frigorífico Batávia S.A., uma empresa constituída para gerenciar e operar a divisão de produtos cárneos da Batávia S.A., sob a marca Batavo e com um patrimônio líquido estimado em R$ 42 milhões. A Perdigão Agroindustrial detinha 51% e ficou responsável pelo gerenciamento dessa nova empresa, enquanto a Batávia S.A. detinha 49% do capital. A Agroindustrial tinha garantido o direito de adquirir participação adicional no médio ou longo prazo. Em abril de 2000 a Empresa pagou R$ 21 milhões à Batávia S.A. pela aquisição de seu controle acionário do Frigorífico Batávia S.A. Em 16 de março de 2001 a Perdigão Agroindustrial S.A., subsidiária integral da Perdigão S.A., adquiriu o remanescente dos 49% do Frigorífico Batávia S.A. Após a aquisição, o Frigorífico Batávia S.A. foi incorporado pela Perdigão Agroindustrial S.A., em 26 de março de 2001. PERDIGÃO S.A. 100% PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A. 100% PERDIGÃO OVERSEAS S.A. 50% BRF TRADING COMPANY * Being Constituted Joint-Venture with Sadia Em 25 de abril de 2001, a Perdigão S.A. e a Sadia S.A., empresas líderes no setor de aves e suínos no Brasil, acordaram a formação de uma empresa trading que atuará exclusivamente no exterior, com a intenção de incrementar as exportações nacionais de aves e suínos para mercados potenciais não consolidados. A BRF Trading Company foi constituida em outubro de 2001, com a matriz em São Paulo, e é 50% de cada empresa. A Perdigão e a Sadia continuarão competindo nos mercados, onde as duas Companhias possuem uma presença consolidada. A Empresa é composta por administradores independentes, com um diretor executivo recrutado entre profissionais especializados do mercado, para interagir com as áreas operacionais de Perdigão e Sadia. As estimativas são de que, no primeiro ano de operação, a nova empresa alcance um faturamento em torno de US$ 150 milhões, exportando 120 mil toneladas de carnes de suínos e aves. A nova empresa pretende ter porte e capacidade para competir com as maiores companhias mundiais do setor de alimentos, otimizando a experiência que as duas empresas líderes têm no mercado externo, seu poder de negociação, a logística e a tecnologia para desenvolvimento de produtos que respondam às necessidades específicas de cada mercado. Com a perspectiva de reforço das vendas externas dos produtos cárneos brasileiros, através do novo empreendimento, toda a cadeia produtiva nacional montada em torno da suinocultura e da avicultura deverá ter um incremento em médio prazo. ³ Perdigão S.A. tem outra subsidiária integral, a embarques/faturamento de produtos exportados. Perdigão Export Ltd., que é uma chamada empresa “trading”, utilizada para Rússia e os países da Eurásia e, ainda, Egito, África do Sul, Angola, Cuba, República Dominicana, Irã, Jordânia e Iraque são os mercados almejados pela BRF Trading Company. A nova empresa vai desenvolver marcas próprias e novos produtos, de acordo com a demanda e peculiaridades de cada país. Programas de Expansão A partir de 1995 a Empresa vem utilizando um agressivo programa para aumentar a produção das fábricas existentes expandindo e modernizando a produção, melhorando seus sistemas de informação e de logística, para um transporte mais eficiente, abrindo novos mercados através de novas linhas de produtos. Projeto de Otimização Em 1995, a Empresa implementou o Projeto de Otimização, que foi desenvolvido para elevar a capacidade de produção da Empresa em 50% e as vendas em 60% no final de 1998. Essas metas foram ampliadas. A capacidade de produção aumentou de 321.000 toneladas de produtos cárneos em 1994 (antes de começar o Projeto de Otimização) para 510.000 toneladas em 1998 (depois de concluído o Projeto de Otimização). O volume das vendas de produtos cárneos aumentou de 312.000 toneladas em 1994 para 526.000 toneladas em 1998, representando um incremento de 68,6%. O Projeto de Otimização consistiu em modernizar as fábricas de processamento de suínos e aves da Empresa, modernizando e expandindo as fábricas de rações, melhorando os sistemas de informação e ampliando a distribuição e operação logística da Empresa. O Programa de Otimização custou R$ 272 milhões e foi financiado, em parte, pelos dois empréstimos do International Finance Corporation (IFC) e pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O empréstimo A junto ao IFC é de 10 anos, num montante de US$ 35 milhões, e o Empréstimo B é de 7 anos, num montante de US$ 20 milhões. A taxa de juros média é 6,66% ao ano. O empréstimo junto ao BNDES é de 8 anos, num montante de R$ 109,6 milhões. A taxa de juros anual média é a TJLP mais 4,1%. A TJLP é calculada trimestralmente contabilizando a taxa média anual de retorno dos instrumentos da dívida externa pública e da dívida interna federal. A taxa é válida por três meses a partir de sua publicação. A TJLP em vigor foi publicada em 28 de março de 2002 e a taxa anual e estava em 9,50%. Plano de Expansão de 2003 Em 1997, a Empresa começou a implementar o Plano de Expansão 2003; através dele a Empresa pretende construir um sistema integrado com fábricas de rações, abate de aves e suínos, fábrica de processamento de aves e suínos em Rio Verde-GO. O projeto se chama Complexo Agroindustrial, em Rio Verde – GO (Projeto Buriti). A Empresa estima que esse projeto custará aproximadamente R$ 410 milhões quando totalmente instalado em 2003. Em 31 de dezembro de 2001, a Empresa já havia gasto R$ 370 milhões no Complexo Agroindustrial, que está sendo financiado pelo BNDES e por recursos próprios da Empresa. O montante total do financiamento do BNDES será de aproximadamente R$ 208 milhões, dos quais R$ 179,6 milhões foram desembolsados até 31 de maio de 2002. Os financiamentos do BNDES são denominados em Real e em Dólar. Os financiamentos em Real tem juros de TJLP mais 3,5% ao ano, e a parte em dólar tem juros de 12,19% ao ano. Além do Projeto Buriti, em setembro de 1999, o Conselho de Administração aprovou muitos outros investimentos relacionados a novos segmentos e produtos de alimentos congelados a serem incluídos no Plano de Expansão 2003 e implementados no período de 1999-2003, que em conjunto somará R$ 450 milhões. Esses investimentos representam a construção (ou aquisição, ou expansão) das unidades fabris que irão habilitar a Empresa a produzir, vender e distribuir (ou expandir as atuais produções, vendas e distribuições) de muitas outras linhas de produtos congelados tais como vegetais, pão-de-queijo, massas, pratos congelados, pizzas e outros. A Empresa acredita que esses investimentos adicionais vão consolidar a transformação de uma empresa que produz carnes em uma empresa que produz, processa e distribui alimentos. O Plano de Expansão 2003 também inclui investimentos adicionais substanciais em distribuição e marketing de produtos industrializados e congelados para utilizar totalmente o crescimento relativo a esta expansão. A Empresa considera várias opções de financiamento para esses investimentos adicionais. A aquisição da divisão de produtos cárneos da Batavo foi totalmente financiada pela geração interna de caixa. Os novos produtos congelados (tais como massas congeladas, pizzas, pão-de-queijo,etc) podem ser financiados com as linhas de crédito do BNDES, como os programas FINAME e POC/FINEM, que financiam de 50% a 70% do custo, dependendo da viabilidade e do custo do financiamento. De 1997 a 2001 a Perdigão investiu R$ 231 milhões nesses novos projetos, incluindo a aquisição do Frigorífico Batávia S.A. Até 31 de maio de 2002, o BNDES desembolsou R$ 93,6 milhões para manutenção desses projetos. Através do Plano de Expansão 2003 a Empresa espera um incremento de 6.540.000 cabeças/semana em 2000 para 9.000.000 cabeças/semana em 2003 nos abates de aves, após terminado o projeto. Os abates de suínos, que eram 44 mil cabeças/semana em 2000, deverão aumentar para 64 mil cabeças/semana em 2003, também após concluído o projeto. A capacidade de produção de alimentos congelados e industrializados deve aumentar de 715.000 toneladas/ano em 2000 para 1.020.000 toneladas/ano após concluído o projeto de expansão, incluindo a aquisição do Frigorífico Batávia S.A.. Estratégia de Negócios A principal estratégia da Empresa é se focar no crescimento do negócio de carnes e outros produtos alimentícios relacionados, a serem distribuídos pela Perdigão através de sua rede de distribuição existente para produtos refrigerados e congelados. A Empresa acredita que sua importante função no desenvolvimento da indústria de carnes no Brasil, com profundo conhecimento dos mercados em que atua, sua posição no mercado, sua rede de distribuição nacional , a força de sua marca, sua força financeira e a qualidade de sua administração permitem alcançar objetivos estratégicos. Os principais elementos da estratégia da Empresa são: - Implementação do Plano de Expansão 2003. Em 1997, a Empresa iniciou a implementação do plano de Expansão 2003, através do qual pretende construir um sistema integrado com fábrica de rações, abate de aves e suínos e processamento de carnes (Complexo Agroindustrial, em Rio Verde – GO). A unidade iniciou suas operações em junho de 2000 com 10% da capacidade nominal, ampliando gradativamente até atingir a plena capacidade nominal em 2003. A maior parte do crescimento da Empresa em 2002 será gerada pelo Complexo Agroindustrial, em Rio Verde – GO. Além do Projeto Buriti, em setembro de 1999 a Empresa anunciou muitos outros investimentos relacionados a outros segmentos de alimentos congelados para serem implementados de 1999 – 2003 e representam a construção (ou aquisição, ou expansão) de unidades que vão habilitar a Empresa a produzir, vender e distribuir muitas outras linhas de alimentos congelados tais como vegetais congelados, pãode-queijo, massas, pratos congelados, pizzas e outros. - Manutenção dos níveis de exportação a um mínimo de 25% das vendas anuais brutas de produtos resfriados e congelados, incrementando o volume de exportação de produtos processados.. A competitividade brasileira das carnes suínas e de aves fornece à Empresa excelentes mercados alternativos, economias de escala e financiamentos mais baratos para a exportação. Recentemente a Perdigão foi a primeira empresa brasileira aprovada pelo E.F.S.I.S., como empresa qualificada a vender produtos processados de aves diretamente aos consumidores europeus. No último ano, as plantas de Marau e Capinzal receberam certificação do rigoroso sistema de Inspeção Sanitária Europeu (EFSIS). - Manter um nível elevado de patrimônio. Desde 1995, apesar da histórica instabilidade da economia brasileira, a Empresa vem mantendo um nível elevado de patrimônio em relação ao ativo total ( excluindo aplicações financeiras) se comparada a empresas similares no Brasil e nos Estados Unidos. Em 31 de dezembro de 2001 a relação entre patrimônio e ativo total era 34,6%. - Melhora do market share da Empresa no mercado interno e expansão das vendas no mercado externo. A Empresa pretende continuar investindo substancialmente na manutenção e no avanço de seu market share no mercado brasileiro de carnes processadas congeladas enquanto expande as vendas de aves e produtos com maior valor agregado, tais como carnes processadas, alimentos prontos e cortes especiais em outros países. - Consolidação do Programa de Qualidade Total com Certificado ISO para as unidades. Para manter o padrão internacional de competitividade no longo prazo, a Empresa continua a implementar seu programa de administração da qualidade total. O QTP (Qualidade Total Perdigão) é baseado no TQM (Administração da Qualidade Total), que é uma versão européia e norte-americana do estilo japonês TQC (Controle de Qualidade Total). Para este programa, nós aplicamos algumas ferramentas que são úteis e necessárias para manter, distribuir, compartilhar e incorporar os conceitos do QTP, como: 5S – uma técnica japonesa que inclui cinco itens: seleção (materiais úteis ou não), ordenação (organização e objetividade), limpeza (eliminação do indesejável), bem-estar (melhoria das condições físicas e mentais) e auto-disciplina (fazer as coisas certas naturalmente). O QTP é fundamental para obter a série ISO. Em 1995, a administração implementou um programa para (i) obter e manter o certificado ISO 9002-94, o certificado internacional que assegura consistente qualidade dos produtos e serviços, e (ii) incorpora práticas e conceitos da administração da qualidade total em todas as áreas da empresa. Em dezembro de 1997 as fábricas de Salto Veloso-SC e de Marau-RS receberam o certificado ISO 9002-94. Um dos fatores que deram suporte ao ISO 9002 foi o HACCP – Controle de Análise de Risco dos Pontos Críticos, que foi implementado em todas as unidades produtivas da Empresa. Esse programa é requerido pelo Ministério da Agricultura do Brasil (1998), como nos Estados Unidos. Seguindo as tendência de mercado para a venda de produtos saudáveis, a Empresa inaugurou em Videira em 1998 o Centro de Tecnologias de Carnes para desenvolvimento de novas formulas, produtos e processos de produção. Em 2000, de acordo com o cronograma da Empresa para o critério ISO. A unidade de Capinzal-SC, recebeu a certificação ISO 9001-2000. - Elevação do mix de produtos com investimentos em marketing, na marca da Empresa, e o lançamento de novos produtos com ênfase na linha de conveniência. A Empresa deve elevar o portifólio dos produtos vendidos e vem se concentrando em carnes processadas, produtos congelados e pratos prontos congelados. Desde julho de 1997 a Empresa vem distribuindo vegetais congelados produzidos por terceiros. A Perdigão também entrou no mercado de pizzas e massas congeladas, processando-os em sua própria fábrica e comercializando com sua marca. Otimização das operações logísticas e produtivas para reduzir custos e alcançar maiores ganhos de escala A Empresa tem se focado em suas operações de produção e logística, elevando a eficiência e reduzindo os custos de produção e distribuição, modernizando seus centros de distribuição, implementando e melhorando o sistema de informações logísticas e o sistema de roteamento de distribuição, automatizando e otimizando o layout das filiais de vendas, e ajustando o perfil de seus caminhões. A Empresa também acredita que a otimização da operação logística reduzirá despesas porque reduz os custos de distribuição. B. Visão dos Negócios Visão de Mercado – O Brasil e o Mundo Aves O consumo mundial de aves aumentou substancialmente na última década. Esse crescimento tem ocorrido por diversos fatores, tais como melhor distribuição de renda, conceitos como dieta e saúde, preços competitivos e forte desenvolvimento de produtos para uma demanda por produtos processados com maior valor agregado e maior sofisticação. O consumo per capita de aves no Brasil aumentou muito após a implementação do Plano Real em julho de 1994. Esse aumento se deu devido ao aumento da renda disponível, promoção de governo e mercado e preços reais mais baixos. O consumo brasileiro de aves aumentou substancialmente, de 2,3 kg em 1975 para 30,8 kg em 2001(4). Espera-se que o consumo brasileiro de aves continue crescendo a uma taxa anual de 5% devido ao maior poder de compra, desde o Plano Real, com preços inferiores do frango se comparado a suínos ou bovinos, preferência do consumidor pela carne de frango, que sofre menos os efeitos da sazonalidade que a carne bovina e outras fontes de proteína. A Empresa acredita que o consumo de frango está estreitamente relacionado às altas e baixas dos preços nos mercados. O mercado mundial de aves tem se caracterizado por uma queda nos preços no longo prazo e por períodos cíclicos com muita lucratividade, seguidas por superprodução, levando a períodos de menores preços e menor rentabilidade. Produtores menores e menos eficientes vem sendo forçados a fechar ou a vender seus negócios para produtores maiores. Isso tem reduzido o número de competidores e capacitado aos mais eficientes, integrados verticalmente e melhor capitalizados, assim como a Empresa, elevando o tamanho de suas operações e seu market share. O mercado internacional de aves é dominado por poucos países, incluindo: Estados Unidos, Brasil, França e Hong Kong como exportadores e Rússia, China e Hong Kong como importadores. Os três maiores produtores mundiais são Estados Unidos, Brasil e China. O Brasil é bem posicionado e compete eficientemente no mercado internacional. As exportações brasileiras se destinam essencialmente para três áreas: (i) a carne escura é vendida para o Extremo Oriente como cortes especiais; (ii) frangos inteiros, um produto de commodity, são vendidos para o Oriente Médio e para Argentina; (iii) carne branca, especialmente cortes e, mais recentemente, peito de frango processado são vendidos para a Europa. Em 2001 o Brasil exportou aproximadamente 1.249.000 toneladas de aves, o segundo maior volume exportado no mundo depois dos Estados Unidos. As matérias-primas para a produção de ração de aves são milho e soja. O Brasil é o segundo maior produtor de soja depois dos Estados Unidos e o terceiro maior produtor de milho depois dos Estados Unidos e da China. O Brasil tem um clima mais adequado para a produção de aves e o mercado interno fornece economias de escala valiosas. Conforme estudo do Banco Mundial, os produtores brasileiros tem custos inferiores de matérias-primas e alta eficiência porque a produção é integrada verticalmente, o que faz com que seus custos sejam menores entre os demais países exportadores. Apesar dessas vantagens temos poucos subsídios do governo, uma estrutura de portos antiga, fretes muito altos, e a distância entre o Brasil e os mercados é grande. Desde que o consumo de aves se globalizou mais que sua produção, há um grande volume de aves para ser comercializado internacionalmente. As autoridades de vários países impuseram restrições a importação de vários produtos cárneos. Essas restrições teoricamente se baseiam em barreiras sanitárias, mas frequentemente são restrições políticas e econômicas ao livre comércio. Em dezembro de 2001, a Empresa produzia todas as suas aves para exportação nas plantas localizadas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, pois a esses estados a União Européia não impõe barreiras. Em fevereiro de 1999, a unidade de processamento de aves da Perdigão em Marau/RS recebeu o certificado do EFSIS – Serviço de Inspeção de Alimentos Europeu – permitindo a venda de aves cozidas diretamente para as redes de supermercados européias (a Perdigão foi a primeira empresa brasileira a ser aprovada). Suínos Embora a carne suína seja a terceira no ranking de preferência de consumo, depois da bovina e da de aves, em mercados grandes como o brasileiro, os preços baixos para os produtos suínos, bem como fatores tradicionais elevam a demanda para os produtos suínos. ____________________________________ 4 Fonte: APINCO/FNP O Brasil está entre os países com menor consumo de suínos. A Empresa acredita que há potencial de crescimento do consumo de suínos com o aumento da renda e com mais consumidores ficando cientes de seu valor nutricional. Em 1997 o consumo brasileiro de suínos foi de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 15,2% sobre o consumo em 1994, o que ainda é um consumo pequeno se comparado a Hong Kong, Espanha ou Estados Unidos. Em 2001, estima-se que o consumo per capita de suínos no Brasil seja de 11,3 kg, enquanto para outros países espera-se um consumo de: Hong Kong 64,4 kg, 66,2 kg na Espanha e 31,2 kg nos Estados Unidos. A Empresa acredita que há um grande mercado externo para os produtos suínos brasileiros. A competitividade brasileira é difícil nesse mercado, pois as autoridades de vários países impuseram restrições às importações de vários produtos cárneos. Por exemplo, a febre aftosa é uma infecção animal presente em diversos países do mundo. Essa doença é muito contagiosa e pode se alastrar por grandes distâncias, através de animais ou produtos infectados ou contaminados. O estado de Santa Catarina foi declarado região livre da febre aftosa. A tabela a seguir contém o consumo “per capita” estimado de carne nos principais mercados mundiais para 2001: CONSUMO MUNDIAL DE AVES, SUÍNOS E BOVINOS (em kg/ano) – 2001* Hong Kong Estados Unidos Espanha Dinamarca Argentina França Alemanha Itália Brasil Reino Unido México Japão Rússia Aves Suínos Bovinos Total 57,3 49,6 26,7 24,6 26,2 15,7 19,2 30,8 28,7 23,6 13,8 11,8 64,4 31,2 66,2 76,3 38,2 56,8 39,6 11,3 24,3 11,9 17,5 12,7 13,4 43,5 12,9 23,4 69,3 19,4 11,1 20,2 36,8 21,0 23,3 12,0 15,3 135,1 124,3 105,8 99,7 93,9 83,8 83,6 79,0 78,9 74,0 58,8 43,3 39,8 Fonte: USDA / APINCO / ABIPECs / FNP (*) Março 2002 – Dados preliminares Processo Produtivo Aves Os mais importantes produtos de aves da empresa consistem de frango e Chester, com os demais compostos de peru, codorna, faisão e perdiz. A Empresa produz uma linha de frango incluindo frango e peru inteiros congelados e temperados, cortes de frango e peru processados e elaborados, ou produtos próprios, incluindo o Chester. A Empresa está envolvida em cada fase do processo produtivo de suas aves. O estoque de matrizes criadas nos incubatórios é produzida na granja de avós da Empresa e as matrizes resultantes são produzidas em duas granjas de matrizes próprias. Através do Projeto de Otimização, o número de incubatórios em funcionamento pela Empresa aumentou. Para o ano que encerrou-se em 31 de dezembro de 2001, a Empresa tinha quatorze incubatórios, com capacidade de aproximadamente 385 milhões de pintos de um dia por ano, contra dez incubatórios, com capacidade de aproximadamente 152 milhões de pintos de um dia por ano para o período encerrado em 31 de dezembro de 1994. Os ovos produzidos por essas matrizes geram os pintos de um dia que irão para os produtores integrados. Os integrados, num regime de parceria legal são responsáveis por gerenciar e cuidar do crescimento das aves sob supervisão de inspetores e veterinários da Empresa. A maioria dos integrados produz em pequena escala e cria em um ou dois aviários (aproximadamente 12.000 frangos por aviário) para complementar sua renda. A Empresa recebe como retorno da parceria, a sua respectiva participação em aves e compra a participação que cabe ao integrado. Tal pagamento se baseia no índice de desempenho, que é determinado conforme a mortalidade das aves, a proporção entre a quantidade ingerida de ração e a carne produzida. Essa taxa deve cobrir os custos de produção, inclusive a mão-de-obra, e ainda um lucro líquido para o integrado. A Empresa tem contratos de parceria com aproximadamente 3.865 integrados de aves. Muitos desses integrados são também fazendeiros que produzem milho e vendem para a Empresa produzir ração. A Empresa fornece a seus integrados além dos pintos de um dia, a ração, o suporte veterinário e assistência técnica para que eles possam completar o ciclo reprodutivo das aves até a idade do abate, geralmente entre 36 e 40 dias, para o frango normal. Para um suprimento adequado ao material genético, a Empresa tem uma parceria com a Cobb Vantress, Inc., uma empresa localizada no Arkansas, Estados Unidos, especializada em desenvolvimento genético comercial de animais produzidos para o consumo humano. Os ovos produzidos no estoque de matrizes dessa empresa são transferidos diretamente do Arkansas para o Brasil. Além do frango, a Empresa produz estoque de avós para a linha Chester de produtos, numa fazenda de desenvolvimento genético da própria Empresa. A Empresa também produz ovos fertilizados de Chester em três a cinco granjas da Empresa. Em 31 de dezembro de 2001 a Empresa tinha uma capacidade de abate de 7.119.000 cabeças por semana em seus seis abatedouros, todos automatizados e com uma capacidade de processamento de mais de 440.000 toneladas ao ano de produtos à base de frango. Após concluído o Plano de Expansão 2003 a Empresa espera ter uma capacidade de abate de 9.000.000 cabeças por semana contra 2.715.000 cabeças por semana que tinha em 31 de dezembro de 1994. A empresa pretende também passar a produzir 570.000 toneladas de carne de aves por ano, contra as 162.000 toneladas por ano que produzia em 31 de dezembro de 1994. Suínos Aproximadamente 90% da produção total de suínos da Empresa é usada em produtos com valor agregado, tais como presuntarias, salames, salsichas e mortadelas, e os outros 10% são vendidos como produtos suínos não processados, em cortes. Semelhante à integração vertical que caracteriza o processo operacional de aves, a Empresa está envolvida no mesmo grau na produção de suínos. A Empresa tem um contrato de suprimentos com a Agroceres S. A., que representa a Empresa Britânica de Desenvolvimento Suíno (“PIC”) no Brasil. Em 1987, com a assistência da PIC, a Empresa introduziu uma avançada produção de avós de matrizes para uma produção mais eficiente. O estoque de avós de matrizes de raças puras como Landrace Duroc e Large White, é utilizado pela Empresa em plantéis de estoque de avós de matrizes com mais de 2.650 avós para produzir matrizes. Os dois plantéis são gerenciadas por dois integrados, Agropecuária Imbuial Ltda e Master Agropecuária Ltda, que produzem as matrizes para a Empresa sob contratos que estabelecem os requisitos técnicos. Em 31 de dezembro de 2001, a produção de leitões era realizada em quatro plantéis da própria Empresa e em 256 plantéis possuídos por produtores integrados. A engorda dos leitões ocorre em três sistemas estruturados da Empresa. Aproximadamente 854 integrados recebem leitões da Empresa, num regime de parceria legal, e a Empresa fornece ração, medicação, assistência técnica e genética. Aproximadamente 274 integrados compram os leitões, ração e medicação da Empresa, vendendo os suínos de volta para a Empresa após a engorda. Aproximadamente 994 integrados utilizam o sistema Full Cycle, onde o produtor produz o leitão e procede a sua engorda, recebendo da Empresa assistência técnica, adquirindo a ração desta para os animais. Neste caso, a Empresa compra toda a produção a preços de mercado. Os suínos disponíveis após a engorda respondem por 74% do estoque de abates da Empresa e os outros 26% referem-se ao mercado a vista. Em 31 de dezembro de 2001 a Empresa tinha uma capacidade de abate de 50.000 cabeças de suínos por semana, um acréscimo de 28.000 se compararmos a 1994, e uma capacidade de processamento de 350.000 toneladas por ano de produtos à base de suínos e bovinos, um acréscimo de 191.000 toneladas se compararmos as 159.000 toneladas de 1994. Desde 1995, todas as unidades de abate operavam a plena capacidade. O Programa de Otimização elevou a capacidade de abate em 54,5% e a de processamento em 54,1%, se comparadas a 31 de dezembro de 1998. Quando o Plano de Expansão 2003 estiver concluido a capacidade de abate deverá aumentar 45% e a de processamento 47%, se comparadas a 2000. Bovinos A Empresa adquire matéria-prima para sua produção bovina no mercado, e não cria nem abate bovinos em suas próprias fábricas. A Empresa utiliza produtos bovinos para produzir hamburgueres, kibes, almôndegas, pratos prontos e frios. Como o volume de vendas de produtos bovinos é mínimo, a Empresa consolida as vendas de produtos suínos e bovinos. Unidades Industriais A figura abaixo aponta a localização das unidades industriais da Empresa: Ver anexo A. Vendas A Empresa vende seus produtos cárneos nos mercados interno e externo. Com tecnologia avançada, a Empresa desenvolve e vende uma grande variedade de produtos de aves e suínos, cada qual com seu aroma e sabor diferenciado. A Empresa vende mais de 400 produtos diferentes só no mercado interno. Do total líquido de vendas de carnes da Empresa, no mercado doméstico, aves inteiras somam 0,2%, cortes de aves 5,1%, elaborados e processados de aves representam aproximadamente 11,3%. As exportações de produtos de aves somaram aproximadamente 35,6%. Os produtos derivados e processados de suínos e bovinos, no mercado doméstico representaram aproximadamente 27,6% e os cortes in-natura 1,4%, das receitas líquidas. As exportações de suínos/bovinos representaram 7,0% das receitas líquidas. As exportações de suínos da Empresa são relativamente pequenas porque muitos países se recusam a importar carne crua de suínos do Brasil por acreditarem que o país ainda não erradicou a febre aftosa. A Empresa produz todos os produtos suínos nas regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são áreas livres de febre suína. Santa Catarina é livre da febre aftosa. O governo brasileiro e a Empresa estão negociando com muitos países para que aprovem os suínos produzidos em Santa Catarina para serem exportados para esses países. Comparação das Vendas da Empresa de Suínos e Aves nos Três Anos Encerrados em 31 de dezembro de 2001 A tabela abaixo apresenta as vendas líquidas de aves e suínos da Empresa como parcelas da receita para mercado interno e para exportações para os três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999. 1999 R$ mil A. MERCADO INTERNO 1. In-Natura % 2000 R$ mil % 2001 R$ mil % 815.155 125.579 51,8% 8,0% 1.004.513 187.636 57,0% 10,6% 1.110.628 162.646 45,6% 6,7% Aves 95.910 6,1% 151.397 8,6% 128.451 5,3% Suínos 29.669 1,9% 36.239 2,1% 34.195 1,4% 2. Elaborados/Processados 689.576 43,8% 816.877 46,3% 947.982 39,0% B. MERCADO EXTERNO 1. In-Natura 516.474 442.122 32,8% 28,1% 511.847 395.382 29,0% 22,4% 1.034.634 746.988 42,5% 30,7% Aves 404.385 25,7% 349.042 19,8% 582.291 23,9% Suínos/Bovinos 37.737 2,4% 46.341 2,6% 164.697 6,8% 2. Elaborados/Processados 74.352 4,7% 116.465 6,6% 287.646 11,8% 240.774 632 15,3% 0,0% 246.757 536 14,0% 0,0% 288.242 199 11,8% 0,0% A Total M. Interno B. Total M. Externo 1.055.929 517.106 67,1% 32,9% 1.251.270 512.383 70,9% 29,1% 1.398.870 1.034.833 57,5% 42,5% TOTAL 1.573.035 100,0% 1.763.653 100,0% 2.433.703 100,0% Outros-MI Outros-ME No mercado interno brasileiro, a Empresa vende seus produtos acabados para supermercados, varejo, atacado e compradores institucionais. Para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001, a Empresa vendeu seus produtos para mais de 60.500 clientes no Brasil. Os dez maiores compradores nesse período são nove supermercados e um atacadista. A Empresa acredita que esse aumento nas vendas para supermercados e varejistas ajude a capitalizar a marca da Empresa e a produzir margens maiores do que as que podem ser conseguidas através de atacadistas e mercados institucionais. A tabela abaixo apresenta as vendas da Empresa como percentuais do volume a supermercados, varejistas, atacadistas e institucionais para os anos fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999 Para o ano encerrado em 31 de dezembro, Supermercados Varejistas Atacadistas Institucionais TOTAL 2001 Vendas como percentual de volume 2000 Vendas como percentual de volume 1999 Vendas como percentual de volume 62,6 17,0 11,8 8,6 _ 100%___ 63,6 18,0 10,1 8,3 _100%___ 61,3 21,2 7,9 9,6 _ 100%___ A Empresa exporta suas aves principalmente para o Extremo Oriente, Oriente Médio e Europa. Para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001, as exportações da Empresa eram basicamente frango inteiro e cortes de frango. Geralmente a Empresa vende seus cortes especiais para o Japão, seus frangos inteiros para o Oriente Médio e seus produtos com maior valor agregado para a Europa. A Empresa utiliza seus produtos de aves para se adaptar aos mercados específicos onde vende seus produtos. Por exemplo, no mercado interno, a Empresa vende um frango inteiro pesando, aproximadamente, 1,8 kg, enquanto que um frango semelhante a ser vendido para o Oriente Médio pesa somente de 0,9 a 1,3 kg e deve alimentar somente uma pessoa. A Empresa também exporta órgãos internos e pés de frango para o Extremo Oriente, e fígado (que é usado como ingrediente na ração de animais de estimação) para a Europa. A Empresa vende também produtos processados para a Europa, diretamente para as redes de supermercados. Os maiores clientes externos da Empresa são: (i) Abdullah Ali Almunajen Sons Co., da Arábia Saudita, que é cliente desde 1986; (ii) William Foods Ltd., de Hong Kong, cliente desde 1976: (iii) Bobis Aussenhandels GmbH, da Europa, cliente desde 1991; (iv) Mitsubishi Corporation, do Japão, cliente desde 1986; e (v) Global Group Spalding da Inglaterra, cliente desde 2000. A tabela a seguir apresenta as exportações da Empresa por região como percentagem do total de exportações para os anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999: 1 1999 2000 2001 Vendas (%) Toneladas (%) Vendas (%) Toneladas (%) Vendas (%) Toneladas (%) País EXTREMO ORIENTE Japão Hong Kong Cingapura 33 16 12 5 34 13 15 6 34 15 13 6 36 12 17 6 28 13 10 5 32 12 14 6 ORIENTE MÉDIO Arábia Saudita Kuwait Emirados Árabes Unidos Outros 31 23 3 1 4 34 26 3 1 4 25 17 3 1 4 29 20 3 1 5 19 13 2 1 3 23 16 3 1 3 EUROPA Alemanha Holanda Inglaterra Outros 30 7 7 9 7 25 7 5 5 8 35 6 14 8 7 28 7 9 5 7 36 3 18 11 4 26 4 11 6 5 OUTROS PAÍSES 6 7 6 7 17 18 TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% __________ 1 Percentagens estão baseadas nos números após o registro contábil e podem variar dos percentuais derivados das exportações em dólares. Competição O crescimento da produção de aves e suínos no Brasil resultou num aumento da competição no mercado interno. A Empresa tem alocado uma importante parcela de sua produção em produtos com alto valor agregado, para os mercados interno e externo. Os principais concorrentes da Empresa são Sadia S.A. ("Sadia") e Seara Alimentos S.A. ("Seara"). No mercado de industrializados de carne a Empresa tinha 24,4% do market share para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001, enquanto que Sadia e Seara tinham market shares de 23,9% e 9,6%, respectivamente. A Empresa estima que esse mercado representou aproximadamente R$ 5,1 bilhões no Brasil em 2001, sendo 57,9% do market share concentrado nas três maiores empresas, e o restante do mercado está nas mãos de mais de cem pequenas empresas. Devido ao elevado nível de competitividade nesse mercado, no futuro a Empresa acredita que os produtores pequenos e não integrados fecharão ou serão adquiridos por empresas maiores, como a Empresa, que elevarão seu market share expandindo suas operações e assim consolidando o mercado. No mercado de carnes congeladas, a Empresa tinha 31,8% do market share para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001, e Sadia e Seara tinham market shares de 38,7% e 7,2% respectivamente. Da Granja é a terceira maior concorrente desse setor, com 5,5% do market share em 2001. A Empresa estima que esse mercado tenha movimentado aproximadamente R$ 1,2 bilhão no Brasil em 2001, sendo 70,5% do market share concentrado nas duas maiores empresas, o que sugere que esse mercado já esteja razoavelmente consolidado. O método de cálculo do market share, usado para distinguir os diferentes segmentos de carnes congeladas foi alterado em outubro/novembro de 2000 por A.C.Nielsen. Essa mudança reclassifica alguns produtos na categoria de congelados de carnes. As alterações envolveram: - Reclassificação dos produtos entre as categorias carnes congeladas e aperitivos; - Os Produtos da Linha Swift Premium foram excluídos; - Carnes Congeladas – O segmento de empanados é considerado agora como característica de produto, e estes volumes são redistribuídos em outros segmentos; A tabela a seguir apresenta os principais concorrentes da Empresa e seu market share para cada segmento do mercado para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001: Empresa Perdigão Sadia Da Granja Seara Frangosul Aurora Outros Total Carnes Congeladas %1 31,8 38,7 5,5 7,2 ND ND 16,8 100,0 Industrializados de Carnes%1 24,4 23,9 ND 9,6 ND 5,3 36,8 100,0 Exportações2 23,2 27,8 0,8 17,2 17,2 2,0 11,8 100,0 Fonte: 1 AC Nielsen., 2 ABEF (Associação Brasileira dos Exportadores de Frango) A seguinte compara o market share da Perdigão, da Sadia e da Seara para congelados e industrializados de carnes nos períodos indicados: Market Share em Volume – Carnes Congeladas 60 53,1 48,6 50 48,0 47,8 47,9 38,7 30 10 0 47,9 43,0 40 20 51,5 25,5 9,3 8,8 6,6 1994 13,6 10,1 9,1 1995 30,3 31,1 31,3 31,1 37,7 31,8 31,6 15,1 13,0 9,0 9,0 7,8 1996 1997 7,2 7,0 7,0 1998 6,8 5,4 4,6 1999 2000 5,6 6,4 7,2 6,9 5,5 5,8 2001 Acum 2002 FM02 PERDIGÃO SEARA SADIA DA GRANJA Perdigão - Consolidando Batavo desde 2000 Sadia - Consolidando Rezende desde 1999 Crescimento do Mercado em Volume – Carnes Congeladas PERÍODO 1993 / 1992 1994 / 1993 1995 / 1994 1996 / 1995 1997 / 1996 1998 / 1997 1999 / 1998 Crescimento em Volumes (%) 27,1 % 18,9 % 68,9 % 20,9 % 19,4 % 14,8 % 2,6 % 2000 / 1999 2001 / 2000 -3,7% (*) 21,3 Fonte: Nielsen (*) O crescimento de volume em 2000 foi afetado pela alteração nas categorias conforme explicado anteriormente. Market Share – Industrializados de Carnes 30 25,0 26,7 27,5 25,5 24,4 24,9 10 0 18,4 16,4 8,0 1994 19,3 24,4 25,4 25.4 21,8 21,7 20 24,4 22,8 23,6 21.8 23,9 16,4 9,5 1995 9,6 1996 PERDIGÃO 9,4 1997 8,3 1998 SADIA Perdigão - Consolidando Batavo desde 2000 Sadia - Consolidando Rezende desde 1999 Crescimento do Market Share de Industrializados de Carnes 6,6 1999 8,3 2000 9,6 2001 SEARA 9,2 Acum 2002 9.2 Jan-Fev 2002 Crescimento em Volumes (%) PERIODO 1993 / 1992 1994 / 1993 1995 / 1994 1996 / 1995 1997 / 1996 1998 / 1997 1999 / 1998 2000 / 1999 2001 / 2000 Fonte: Nielsen 14,4 % 14,5 % 37,9 % 6,6 % 14,1 % 8,9 % 6,8 % 0,6% 1,1% Market Share – Pratos Prontos - Massas 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 95,6 78,9 62,3 58,3 56,4 54,7 31,9 32,0 36,6 38,5 15,8 2,1 2,7 2,7 3,5 1,1 0,0 1998 1999 2000 PERDIGÃO NESTLE 2001 Acum 2002 0,8 FM02 SADIA Perdigão - Consolidando Batavo desde 2000 Sadia - Consolidando Rezende desde 1999 Crescimento do Market Share de Massas Congeladas PERÍODO Crescimento em Volumes (%) Média Anual – 2001/1997 58 2001/2000 29 Média Dez-Mar 2002/2001 -3 Sadia e Seara competem com a Perdigão tanto interna quanto externamente. A Empresa acredita que essa competitividade no mercado mundial de frango é comparável as melhores produções do mundo, e que a Empresa mantém vantagem competitiva devido ao baixo custo da ração e da mão-de-obra. Distribuição dos Produtos de Aves e Suínos Mercado Interno A Empresa tem focado suas operações logísticas no aumento da eficiência e na redução dos custos de distribuição através da modernização de seus centros de distribuição, implantando um avançado sistema de informações logísticas e um sistema de roteamento de distribuição, automatizando e otimizando o layout das vendas, e ajustando o perfil da frota. A Empresa acredita que a otimização da operação logística vai reduzir as despesas através da redução dos custos de distribuição. Mais de 65% dos produtos cárneos são consumidos pelos 58% da população brasileira concentrada na Região Sudeste, mas o consumo de carnes tem crescido mais na Região Nordeste. A Empresa atinge aproximadamente 85% da população brasileira através de sua rede de distribuição nacional, com a qual a Empresa distribui seus produtos. Em 1995, a administração organizou uma nova distribuição logística , coordenada entre as unidades industriais e melhorando a distribuição dos produtos acabados. Em 1996 a Empresa abriu três centros de distribuição em Fortaleza-CE, em Uberlândia-MG e em Manaus-AM; e construiu duas novas filiais em Belo Horizonte-MG e em São Paulo-SP. Durante o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 1997, a Empresa construiu duas novas filiais no Rio de Janeiro e em Porto Alegre e elevou a capacidade da filial de Campinas. Em 1998 terminou a construção da filial de Videira-SC. A Empresa modernizou as filiais de Curitiba, Bauru e Brasília em 1998 e as filiais de Fortaleza, Salvador e Santos também foram construídas em 1998. Em 1999 a Empresa abriu um novo centro de distribuição em Bebedouro e centralizou as operações de Uberlândia em Bebedouro, e abriu também um centro de distribuição em Goiânia. Em 1999 a Empresa também iniciou operações de cross-docking com caminhões grandes transferindo produtos para veículos menores fazerem a distribuição em várias cidades pelo país. Em 2001, foi inaugurado em Campinas o maior Centro de Distribuição da Companhia, com investimentos de aproximadamente R$ 35 milhões. Esta construção terá 15.000 m2 de área construída em 3 módulos – 2001/2003, com capacidade total de 13.000 toneladas de produtos (4.300 toneladas por módulo). Em 31 de dezembro de 2001 a Empresa operava com 20 centros de distribuição e distribuía seus produtos exclusivamente para 10 distribuidores por todo o Brasil. Instalações de Exportação Marítima A Empresa utiliza as instalações de exportação marítimas através do Porto de Itajaí e de outros portos no sul do país. Os portos brasileiros são possuídos e administrados pelo governo federal, que historicamente tem um fraco relacionamento com o sindicato dos portuários e é caracterizada por uma rivalidade de trabalho. A Empresa acredita que Itajaí tenha uma melhor relação de trabalho se comparado a outros portos brasileiros gerenciados pelo governo federal, que de vez em quando tem disputas de trabalho, e interrupções causadas pelo clima, que pode reduzir o carregamento e transporte das exportações. Disponibilidade de Matérias-Primas Em 31 de dezembro de 2001 a Empresa tinha sete fábricas de rações com uma capacidade instalada de 202.000 toneladas por mês, que produziam a ração necessária para suas operações de reprodução animal. As matérias-primas básicas usadas na produção de ração são milho e soja misturados a micronutrientes e conservantes. A Empresa vende ração a alguns integrados e a parte que não é usada é vendida no mercado à vista. Para os anos fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999 a ração somou R$ 27,9 milhões, ou 2,0%, R$ 24,5 milhões, ou 2,0%, e R$ 19,9 milhões, ou 1,9%, respectivamente, da receita bruta da Empresa. A Empresa adquire aproximadamente 40% de seu milho de produtores rurais e pequenos comerciantes, 60% de cooperativas . As principais regiões produtoras de milho são Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Nas unidades de processamento de carne suína, os suínos são abatidos e imediatamente cortados em dois. A parte das carcaças é então dividida conforme sua finalidade, e se torna matéria-prima para a produção de vários industrializados, incluindo presunto e salsicha. Nas unidades de processamento de carne de ave, frangos inteiros são produzidos para os mercados interno e externo (principalmente Oriente Médio), e os cortes de frango são produzidos para o Extremo Oriente e Europa. A Empresa adquire outros materiais necessários para produzir seus produtos, tais como tripas preparadas de animais (para embutir), caixas de papelão e sacos plásticos (para empacotar, etiquetar), temperos e remédios veterinários (para aves e suínos), principalmente dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O complexo industrial que está sendo construído no Plano de Expansão 2003 está próximo das regiões que produzem matérias-primas mais baratas, onde a Empresa espera reduzir os custos de produção. Os preços dos grãos na Região Centro-Oeste do Brasil são geralmente de 15% a 20% menores que os preços no Sul do país. Essa diferença é similar no custo do frete ocorre porque no Centro-Oeste a produção é maior que o consumo, e no Sul ocorre o inverso. Incentivos Fiscais Devido ao elevado valor dos investimentos nos Programas de Expansão, a Empresa tem acesso a vários programas de incentivo fiscal do governo. Geralmente, esses incentivos se baseiam em financiamentos e/ou redução dos impostos sobre as vendas para o correspondente aumento de produção. Os quatro programas de incentivo mais importantes que a Empresa utiliza são: . FUNDOPEM-1(Rio Grande do Sul) – redução de 40% nos impostos sobre as vendas por 8 anos; . FUNDOPEM-2(Rio Grande do Sul) – redução de 75% nos impostos sobre as vendas por 8 anos; . PRODEC (Santa Catarina) – financiamento de 75% nos impostos sobre as vendas por 22 anos; . FOMENTAR (Goiás) – financiamento de 70% nos impostos sobre as vendas por 20 anos. C. Estrutura Organizacional PERDIGÃO S.A. 100% PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A. 100% PERDIGÃO OVERSEAS S.A. 50% BRF TRADING COMPANY * Being Constituted Joint-Venture with Sadia D. Ativo Imobilizado As plantas industriais estão localizadas no Brasil. Atualmente, as bases de produção da Companhia são organizadas em quatro unidades regionais de produção – Videira e Herval d’Oeste, localizadas em Santa Catarina, Marau, localizada no Rio Grande do Sul e Rio Verde, localizada em Goiás. A regional de Videira inclui as unidades de: Videira, Salto Veloso e Lages; a de Herval d’Oeste, Herval d’Oeste e Capinzal; e a da regional de Marau inclui Marau e Serafina Corrêa. Estas unidades contam com fábricas para estoques de matrizes, incubatórios, plantas de abate e processamento, bem como estocagem de grãos e fábrica de rações, e esmagamento e fábrica de óleo vegetal em algumas unidades. Em 2001, a estrutura comercial e produtiva da Perdigão era a seguinte: 13 unidades industriais de carnes; 2 plantas industriais de soja; 7 fábricas de rações; 14 incubatórios; 20 centros de distribuição e 22 armazéns de grãos. Todas as unidades industriais de carnes, soja e fábrica de ração e incubatórios são de propriedade da Empresa. Dos 20 centros de distribuição existentes, 6 deles são alugados de terceiros. Dos 22 armazéns de grãos, cujas propriedades não são significativas, 10 são possuídos pela Empresa. Meio Ambiente Em 2001, a Perdigão investiu mais de R$ 5,8 milhões em ações e operações relacionadas ao meio ambiente. Deste total, aproximadamente R$ 1,4 milhões foi gasto em projetos de infra-estrutura, incluindo sistemas de tratamento de efluentes e gases e equipamentos para processamento de resíduos sólidos, principalmente para atender a necessidades de aumento da produção. A política da empresa nesta área tem como pressuposto assegurar que suas atividades e seu crescimento sejam sempre orientados e desenvolvidos em perfeita harmonia com o meio ambiente. O Comitê de Coordenação Ambiental da Perdigão, composto por membros de diversas áreas da Empresa, discute e define requisitos para que este princípio seja obedecido, e direciona estrategicamente as ações de gestão ambiental da Perdigão. Atualmente, a Perdigão mantém dois projetos-piloto de gerenciamento ambiental nas unidades de Salto Veloso e Marau, seguindo o padrão ISO 14001. O objetivo é desenvolver uma metodologia adaptada às características e necessidades da empresa, e que possa, no futuro, ser aplicada a toda organização. A empresa mantém, desde 1989, o Procep – Programa de Conservação de Energia Perdigão. Esse programa teve sua importância realçada em 2001, quando a ameaça de um colapso no sistema energético do país levou o governo brasileiro a implantar um programa de racionamento de energia em várias regiões. O Procep compreende a racionalização do consumo não apenas da energia elétrica, como também de combustíveis e de água. Os resultados têm sido altamente expressivos. Este programa conseguiu uma economia de 7% entre 1995 a 2001, um período no qual a produção da Perdigão aumentou 146%. O racionamento federal de energia elétrica já terminou, mas os benefícios gerados pelo Procep renderão durante muitos anos. Quase todas as unidades da Perdigão já implantaram um programa de coleta seletiva de resíduos, que são enviados a companhias locais de reciclagem. Os resíduos especiais como óleos lubrificantes usados, pilhas, baterias e outros são descartados de acordo com a legislação ambiental vigente. A unidade da Perdigão em Serafina Corrêa , no Rio Grande do Sul, conquistou no ano passado o 9o Prêmio Expressão de Ecologia, concedido pela revista Expressão, a mais importante publicação político-econômica da região Sul do país, na categoria Controle de Poluição. Por meio de um conjunto de ações, a Perdigão procura reduzir os impactos ambientais de toda a sua cadeia produtiva. Uma orientação permanente voltada para a produção limpa busca a redução do consumo de água e energia e o aumento da produtividade dos processos. O gerenciamento dos resíduos sólidos aperfeiçoa continuamente a disposição desses resíduos, sempre de acordo com a legislação vigente e as recomendações dos órgãos ambientais. Os produtores integrados de aves e suínos recebem orientação ambiental permanente por meio do Serviço Rural Perdigão. A empresa também exerce controle sobre a situação do licenciamento ambiental desses produtores. - A Perdigão participou de várias atividades na sociedade e os principais objetivos foram: preservar áreas naturais nas cidades de Videira, em Santa Catarina, e Marau, no Rio Grande do Sul; promover e adaptar tecnologias para o controle de poluição de produtores de suínos nas regiões onde a empresa mantém operações; promover e dar suporte a projetos de educação ambiental, com atenção especial às crianças; desenvolver os comitês de bacias hidrográficas para preservar os recursos hídricos. ITEM 5. REVISÃO OPERACIONAL E FINANCEIRA E PERSPECTIVAS A. Revisão operacional e financeira e perspectivas Geral A discussão a seguir deveria ser lida junto com as Demonstrações Contábeis inclusas em outro item da Declaração de Registro. As Demonstrações Contábeis são preparadas de acordo com a Legislação Societária brasileira, que difere em certos aspectos significantes do U.S. GAAP. A Nota 21 das Notas das Demonstrações Contábeis que aparece em outro item desta Declaração de Registro descreve as principais diferenças entre a Legislação Societária brasileira e o U.S. GAAP na forma de se referirem à empresa, e incluem uma conciliação do lucro líquido e do patrimônio líquido com o U.S. GAAP. Veja “Apresentação das Informações Financeiras”. Efeitos da Inflação, Flutuações da Taxa de Câmbio e Impacto do Plano Real Por muitos anos, o Brasil experimentou altas taxas de inflação, cujo efeito foi uma progressiva queda no poder de compra da vasta maioria da população brasileira. Em períodos de alta inflação, os salários reais tendem a cair porque a freqüência e o tamanho dos ajustes salariais à inflação geralmente não são compensados pela taxa real da inflação. Desde a introdução do Real em julho de 1994, a taxa de inflação no Brasil tem caído drasticamente. (Veja a tabela abaixo). Além disso, tem havido crescimento econômico desde a implementação do Plano Real, com o PIB crescendo a 5,7% em 1994, 4,2% em 1995 e 2,9% em 1996, 3,0% em 1997, 0,1% em 1998, 0,8% em 1999, 4,5% em 2000 e 1,51% em 2001. A tabela a seguir mostra a inflação e a desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar para os períodos mencionados: Período fiscal encerrado em 31 de dezembro 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Inflação base (INPC) 21,98 % 9,12 % 4,34 % 2,49 % 8,43 % 5,27 % Inflação (IGP-M) 15,25 % 9,20 % 7,74 % 1,78 % 20,10 % 9,95 % Desvalorização (R$ vs. US$) 14,95 % 6,88 % 7,41 % 8,27 % 48,01 % 9,31 % 2001 9,44% 10,38% 18,67% Resultado Operacional 1 A Perdigão é um dos maiores produtores verticalmente integrados e revendedores de produtos de aves e suínos. As operações da empresa incluem fábricas de ração, incubatórios, granjas de criação de matrizes de aves, centros de plantéis de suínos, unidades de abate e processamento de aves e suínos, escritórios de vendas e centros de distribuição. A empresa vende uma vasta e diversificada linha de produtos de frango e suínos, ambos nos mercados interno e externo. No mercado interno a empresa vende seus produtos de carne para mais de 57.900 clientes, e no mercado externo, para mais de 276 clientes em 70 países. Seus principais produtos incluem: (i) industrializados de carnes, tais como salsichas, mortadelas, presuntos, lingüiças, produtos defumados, bacon e salames; (ii) carnes congeladas, tais como hambúrgueres, empanados de carne, kibes, almôndegas, nuggets, steaks e outros; (iii) pratos congelados de carne e massas, tais como lasanhas e pizzas; (iv) aperitivos; (v) outros alimentos congelados, tais como vegetais, linha de feijões e pão-de-queijo; (vi) produtos “commodity”, tais como frango inteiro congelado, cortes e miúdos de frango, cortes de suínos congelados (vii) elaborados de carnes e outros produtos. A tabela seguinte mostra as receitas de vendas, informações de volumes e preços dos principais segmentos da empresa para VENDAS BRUTAS R$ (mil) 1999 2000 2001 Mercado Interno . In Natura . Aves . Suínos/Bovinos . Elaborados/Processados Total de Carnes . Soja . Outros Processados . Outros Total 146.238 111.205 35.033 860.302 1.006.540 179.427 54.083 43.854 1.283.904 217.139 174.252 42.887 1.046.927 1.264.066 162.855 74.050 53.051 1.554.022 188.311 147.574 40.737 1.226.011 1.414.322 179.077 98.897 62.268 1.754.564 Mercado Externo . In Natura . Aves . Suínos/Bovinos . Elaborados/Processados Total de Carnes . Soja . Outros Processados Total 442.168 404.431 37.737 74.352 516.520 632 0 517.152 395.371 349.029 46.342 116.466 511.837 537 10 512.384 746.908 582.206 164.702 287.645 1.034.553 200 92 1.034.845 1.523.060 223.913 54.083 1.801.056 1.775.903 216.443 74.060 2.066.406 2.448.875 241.545 98.989 2.789.409 Vendas Totais . Frigorificados de Carnes . Soja/Outros . Outros Processados Total os períodos indicados. 1 Fonte: ABEF/ABIPECS VENDAS Toneladas 1999 2000 2001 Mercado Interno . In Natura . Aves . Suínos/Bovinos . Elaborados/Processados Total de Carnes . Soja . Outros Processados Total 70.924 56.059 14.865 301.094 372.018 289.003 13.817 674.838 107.926 90.573 17.353 334.823 442.749 261.025 14.701 718.475 77.710 60.198 17.512 382.555 460.265 222.616 18.530 701.411 Mercado Externo . In Natura . Aves . Suínos/Bovinos . Elaborados/Processados Total de Carnes . Soja . Outros Processados Total 196.482 182.665 13.817 18.062 214.544 281 0 214.825 212.132 194.137 17.995 32.277 244.409 280 2 244.691 280.742 233.092 47.650 58.115 338.857 88 18 338.963 Vendas Totais . Frigorificados de Carnes . Soja/Outros . Outros Processados Total 586.562 289.284 13.817 889.663 687.158 261.305 14.703 963.166 799.122 222.704 18.548 1.040.374 Preço Médio (R$/kg) 1999 Mercado Interno . In Natura . Aves . Suínos/Bovinos . Elaborados/Processados Total de Carnes Mercado Externo . In Natura . Aves . Suínos/Bovinos . Elaborados/Processados Total de Carnes Vendas Totais . Frigorificados de Carnes 2000 2001 2,062 1,984 2,357 2,857 2,706 2,012 1,924 2,471 3,127 2,855 2,423 2,451 2,326 3,205 3,073 2,250 2,214 2,731 4,116 2,408 1,864 1,798 2,575 3,608 2,094 2,660 2,498 3,456 4,950 3,053 2,597 2,584 3,064 Os preços médios referem-se apenas aos produtos de carnes. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001 comparado com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2000. Vendas Brutas Para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001, as vendas brutas cresceram 35%, para R$ 2,789 bilhões, contra 2,066 bilhões no mesmo período de 2000, devido ao incremento das exportações, agregação de valor e aumento na produção, resultando em um incremento de 16,3% no volume de produtos de aves e suínos/bovinos vendidos, tendo os preços médios ficado 18,6% superiores em função principalmente dos preços de exportação, refletindo também o impacto da desvalorização. Além disso, as vendas de outros produtos principalmente produtos derivados de soja e outros produtos processados cresceram 17,2% para R$ 340,5 milhões em 2001. A Administração espera que este incremento no volume de produtos de carnes continue devido aos investimentos no Complexo Agroindustrial 2003, que poderá suprir o crescimento de no mínimo 10% nos volumes anuais até 2003. Mercado Interno As vendas brutas para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2001 cresceram 12,9%, de R$ 1,754 bilhões para R$ 1,554 bilhões comparadas à 2000, com volumes 4% superiores no segmento carnes, tendo priorizado as vendas de produtos de maior valor agregado, definidas como um dos principais focos estratégicos, que representaram 83,1% dos volumes e 86,7% do faturamento de carnes no mercado doméstico. Os produtos in-natura de carnes apresentaram queda em função do direcionamento de volumes maiores para o mercado externo. Os outros produtos processados, envolvendo vegetais congelados, pizzas, massas, pão-de-queijo e a linha de feijões, cresceram 26,0% em volumes e 33,6% em receitas. Estes crescimentos estão embasados nos esforços de marketing de colocar à disposição dos consumidores de opções diferenciadas e atender ao mercado institucional e de varejo. Neste ano os lançamentos somaram 24 produtos novos com a marca Perdigão, nas linhas: Toque de Sabor, Apreciatta, Chester, Turma da Mônica e outras de produtos industrializados e congelados, tendo ficado o destaque para a linha Light & Elegant, de produtos com menor teor de calorias, à base de peru. Com a marca Batavo colocamos mais 11 novos produtos, incluindo o lançamento da linha de Pizzas La Gôndola. Outro grande diferencial da Empresa é a estrutura logística, que vem sendo aperfeiçoada e modernizada, ao longo destes últimos anos, proporcionando agilidade no atendimento, superando até entraves criados por fatores exógenos, como a crise da energia elétrica. Os preços médios, neste mercado, sofreram elevação em torno de 8% em carnes, no ano, e 6% no último trimestre do ano, impulsionados também por melhoria de mix. A administração espera que o market share da Companhia continue crescendo, especialmente para produtos de valor agregado, os quais a Companhia tem concentrado seus esforços e novos lançamentos. Exportações Os crescimentos de 102,0% em receitas e 38,5% em volumes nas exportações não representaram apenas uma oportunidade gerada com os efeitos da BSE (“vaca louca”) e da febre aftosa, na Europa. Isto reflete também, a conquista efetiva de mercados em países europeus, asiáticos e do Oriente Médio, através da competitividade com custos menores de produção, da inovação tecnológica, da qualidade nos processos e produtos, envolvendo, ainda, a rastreabilidade dos animais abatidos que se constitui em mais um fator de garantia para nossos produtos. O expressivo incremento de 147,0% nas vendas e 80,1% nos volumes dos produtos elaborados/processados contribuiu para que o preço médio em dólares não se alterasse, apesar do ajustamento de preços dos produtos innatura no mercado europeu, a partir do terceiro trimestre, devido ao restabelecimento do consumo de carnes bovinas e suínas, após os efeitos da BSE e da febre aftosa. No âmbito do processo de internacionalização reforçamos ainda mais nosso posicionamento na Europa, com a inauguração da Perdigão Itália, com sede em Bologna, responsável pela comercialização e distribuição ao mercado italiano e países vizinhos, atendendo a processadores e food service, através de um escritório e de um centro de distribuição. Criamos nossa marca internacional - Perdix - que está sendo utilizada principalmente para os produtos processados, em mercados nos quais a marca constitui um dos principais diferenciais de competitividade. A BRF International Foods, parceria estabelecida em 25.04.01 com a Sadia S.A. iniciou suas operações em outubro e vem ampliando os mercados de ambas Companhias, nas áreas avícola, suinícola e de alimentos em geral, nos mercados considerados não consolidados como a Rússia e Eurásia, entre outros. Lucro Bruto Comparadas à receita líquida as margens brutas demonstram um ganho expressivo em relação ao ano anterior, de 8,7 pontos percentuais, e 6,5 pontos percentuais no último trimestre, devido à excelente performance das exportações, à agregação de valor ao mix e à média do comportamento dos preços do milho, que no ano ficaram inferiores. Estes fatores contribuíram para o aumento do lucro bruto em 87,1% no ano – R$ 800,2 milhões e 77,5% no quarto trimestre – R$ 260,4 milhões. O comportamento dos custos das principais matérias-primas oscilou durante o ano principalmente em função da desvalorização cambial. O Brasil é um grande produtor e exportador de soja, por isso seus preços estão atrelados ao mercado internacional. Para que não haja desestímulo do produtor no plantio do milho, a empresa tem realizado programas de incentivo à produção deste insumo, essencial para a nossa atividade. No primeiro semestre os custos se mostraram razoáveis, tendo tido sua elevação a partir do terceiro trimestre 2001, crescendo o custo das vendas 22,3% no ano e 30,4% no trimestre. O impacto foi expressivo em itens relacionados ao câmbio, como a soja e os materiais secundários importados. A empresa acredita que o custo dos grãos diminuirá gradualmente em comparação com aquele pago pela produção nas fábricas do sul do Brasil, uma vez que o Projeto Buriti começou a operar, e historicamente os preços dos grãos na região central do Brasil têm sido de 15% a 20% menores que os do sul do país. Despesas Operacionais As despesas operacionais tiveram um incremento de 37,8% no ano e 49,8% no último trimestre. Para viabilizar as exportações, os custos com fretes marítimos e terrestres além de armazenagem e serviços portuários, sofreram elevações. Outros itens também sofreram reajustes, como comunicações e combustíveis. As ações de marketing foram reforçadas, contribuindo juntamente com os demais fatores citados, para que as despesas operacionais tivessem crescimento superior à receita bruta. A administração acredita que a implementação da nova unidade produtiva em Goiás (Complexo Agroindustrial de Rio Verde-GO) poderia reduzir as despesas operacionais economizando-se com logística para a entrega de produtos para as regiões norte e nordeste do Brasil, além de poder proporcionar uma maior produtividade. Despesas Financeiras Líquidas A desvalorização cambial provoca nos resultados uma antecipação das despesas financeiras, que é compensada com maiores receitas provenientes de exportações futuras, em função do montante do passivo líquido indexado à moeda estrangeira com cobertura vinculada aos embarques de exportação (“hedge natural”) que, no final do ano, correspondia a US$ 99 milhões, 31,6% superior ao ano anterior e 27,9% menor que o do terceiro trimestre devido a liquidações de dívidas cambiais não renovadas, resultando em um efeito cambial líquido nas despesas financeiras de R$ 21,3 milhões, no acumulado. Devido a estes efeitos, as despesas financeiras líquidas tiveram um crescimento de 86,1% no ano e uma queda acentuada de 81,8% , quando comparadas ao último trimestre de 2000. Em 31.12.01, o endividamento contábil líquido era de R$ 575,9 milhões – 3,0% inferior ao ano anterior e 17,1% superior ao último trimestre-, sendo R$ 719,5 milhões de aplicações e R$ 1,295 bilhões de endividamento bruto. Deve-se destacar a redução na relação entre a dívida líquida e o patrimônio líquido, que representava 107% em 2000, tendo caído para 86% em 2001. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2000 comparado com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 1999 Vendas Brutas Para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2000, as vendas brutas cresceram 14,7% para R$ 2,066 bilhões, contra R$ 1,801 bilhão no mesmo período de 1999, principalmente resultando de um incremento de 17,1% no volume de produtos de aves e suínos/bovinos vendidos, o que foi impactado pelos preços médios de carnes praticados no mercado, devido principalmente ao forte incremento nos volumes de exportação pelos diversos produtores brasileiros de carnes. O incremento no volume de vendas deveu-se a aquisição do Frigorífico Batávia S.A. e ao início do abate de aves e suínos e pela industrialização de suínos no complexo agroindustrial de Rio Verde-GO. Mercado Interno As vendas brutas para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2000 cresceram 21,0% para R$ 1,554 bilhão comparadas à 1999, refletindo principalmente o incremento de 19,0% no volume de carnes vendidas no mercado interno. O incremento no volume de vendas totais do mercado interno e a agregação de valor ao mix dos produtos contribuíram para o resultado obtido nas receitas. Os preços médios ficaram 6,9% superiores, incluindo a melhoria de mix. O volume de vendas do mercado doméstico de produtos de aves cresceu 35,2%, parte também por causa do planejado crescimento destes produtos no mercado externo ter sido direcionado para o mercado doméstico com os preços internacionais de produtos de aves muito baixos no primeiro semestre do ano. Além disso, a Companhia alcançou a liderança no market share , em volumes, de industrializados de carnes, em 2000, com 22,4%. Para congelados de carnes, o market share no mercado interno ficou em 31,2% contra 31,1% em 1999 porque a maior parte do crescimento deste segmento foi devido aos produtos processados de aves, e uma grande parte destes itens empanados foram vendidos na Europa para cadeias de supermercados. As receitas e volumes de vendas de soja tiveram um decréscimo de mais de 9% em 2000. Este decréscimo foi atribuído principalmente à queda os volumes de produtos derivados de soja, devido a não continuidade das operações em 2000, da planta adicional de esmagamento, que operava em 1999 através de parceria com uma empresa terceirizada. A administração espera que o market share da Companhia continue crescendo, especialmente para produtos de valor agregado, nos quais a Companhia tem concentrado seus esforços e novos lançamentos. Exportações As exportações brutas para 2000 declinaram 0,9% para R$ 512,4 milhões, refletindo principalmente um decréscimo de 13,0% nos preços médios de carnes, como conseqüência da desvalorização cambial em 1999 e o forte incremento nos volumes de exportação, pelos diversos produtores brasileiros de carnes desde aquele período. A redução nos preços médios de venda foi parcialmente compensada pelo incremento de 13,9% nos volumes de exportações de carne (12,1% para os produtos de aves e 39,6% para os produtos de suínos). Desde 1999, a Administração objetiva incrementar as exportações de produtos de valor agregado para Europa, bem como a negociação com novos clientes (cadeias de supermercados) no Reino Unido e outros Países Europeus. Lucro Bruto O lucro bruto foi R$ 427,7 milhões, ou 24,2% das vendas líquidas, para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2000 comparado com R$ 460,2 milhões, ou 29,3% das vendas líquidas, no mesmo período de 1999. A margem bruta da Companhia caiu no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2000, quando comparada com o mesmo período de 1999, refletindo um decréscimo nos preços de carnes e o incremento de custos das matériasprimas, principalmente milho e soja, cujo preço médio cresceu 17% em 2000, quando comparada ao ano anterior. Novamente a Empresa compensou parcialmente esta pressão nas margens através do incremento na escala de produção, da diversificação de produtos e de ganhos de produtividade. A empresa acredita que o custo dos grãos diminuirá gradualmente em comparação com aquele pago pela produção nas fábricas do sul do Brasil, uma vez que o Projeto Buriti começou a operar, e historicamente os preços dos grãos na região central do Brasil têm sido de 15% a 20% menores que os do sul do país. Despesas Operacionais Nas despesas operacionais foi obtido um ganho de 0,8% em relação à receita líquida, no ano, devido principalmente ao aumento de vendas e eficiência maior nas operações de logística e administrativas. As despesas operacionais passaram de R$ 299,3 milhões para R$ 320,1 milhões, 6,9% de crescimento. A administração acredita que a implementação da nova unidade produtiva em Goiás (Complexo Agroindustrial) pode reduzir as despesas operacionais economizando com logística para a entrega de produtos nas regiões norte e nordeste do Brasil, além de poder proporcionar uma maior produtividade. Despesas Financeiras Líquidas Em 2000, a empresa apresentou despesas financeiras líquidas de R$ 63,2 milhões, um incremento contra os R$ 98,3 milhões em 1999, de despesas financeiras líquidas. Em 2000, a despesa financeira foi 35,7% inferior a de 1999, quando a desvalorização do Real frente ao dólar resultou em perdas cambiais, uma vez que a empresa possuía mais empréstimos contraídos em dólares, que ativos monetários em dólares. O incremento na despesa financeira em 1999 que consistiu basicamente de despesas com juros e perda cambial, foi parcialmente compensado pelos ganhos monetários dos efeitos da elevada inflação (20% em 1999 contra 1,8% em 1998) e ganhos com swaps. Reconciliação com o US GAAP A empresa prepara suas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o Método da Legislação Societária Brasileira, que difere em aspectos significativos do US GAAP. As diferenças estão descritas na Nota 21 das demonstrações contábeis. As principais diferenças entre o Método da Legislação Societária Brasileira e o US GAAP e como elas afetam os resultados das operações e o patrimônio líquido durante os períodos mencionados são: • • • • A Legislação Societária brasileira permite avaliação escrita dos ativos fixos, que deve ser revertido de acordo com o US GAAP. A maioria dos custos pré-operacionais podem ser diferidos de acordo com a Legislação Societária brasileira, mas devem ser contabilizados como despesa segundo o US GAAP. De acordo com a Legislação Societária brasileira, os juros sobre a dívida especificamente relacionados a ativos em construção são capitalizados. O US GAAP requer que toda a dívida da empresa seja considerada no cálculo dos juros capitalizáveis. Segundo a Legislação Societária brasileira, os dividendos propostos são provisionados em antecipação à aprovação pelos acionistas. De acordo com o US GAAP, os dividendos não são provisionados até que sejam formalmente declarados. Os juros sobre o capital, que são essencialmente uma modalidade de dividendos com dedução de impostos, são provisionados tanto para o US GAAP quanto para a Legislação Societária brasileira ao serem legalmente declarados e deduzidos os impostos. Novos Procedimentos Contábeis Em junho de 2001, o FASB-Financial Accounting Standards Board (Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira) emitiu a SFAS No. 141, “Combinações de Empresas”, que aborda a contabilização e emissão de relatórios para combinações de Empresas, substituindo o Parecer No. 16 da APB (Parecer 16), “Combinações de Empresas” e a SFAS 38, Contabilização de Contingências Pre-existentes de Empresas Adquiridas (“Accounting for Preacquisition Contingencies of Purchased Enterprises”). Todas as combinações de Empresas incluídas no escopo da SFAS No. 141 deverão ser contabilizadas, utilizando o método de aquisição. Além disso, a SFAS exige que os ativos intangíveis sejam reconhecidos como ativos segregados do fundo de comércio (goodwill) caso correspondam a dois critérios, o critério jurídico-contratual ou o critério da separabilidade. Como subsídio para identificar ativos inatingíveis adquiridos, a SFAS No. 141 fornece também uma lista dos ativos inatingíveis que se enquadram em qualquer um dos dois critérios. Além das exigências de divulgação estipuladas no Parecer 16, a SFAS No. 141 exige a divulgação das principais razões para uma combinação de Empresas e a apropriação, nas principais rubricas do balanço, do preço de compra pago pelos ativos adquiridos e passivos assumidos. Esta Notificação requer também que, quando os valores de fundo de comércio e dos ativos intangíveis forem relevantes no que se refere ao preço pago, outras informações relativas aos ativos devem ser divulgadas, tais como o valor do fundo de comércio por segmento objeto de relatório e o valor do preço de venda atribuído a cada categoria principal de ativos intangíveis. As disposições da SFAS No. 141 se aplicam a todas as combinações de Empresas iniciadas após 30 de junho de 2001. Essa Notificação se aplica também a todas as combinações de Empresas contabilizadas usando o método de aquisição com data de aquisição a partir de 1º de julho de 2001. A aplicação da SFAS No. 141 não teve efeitos relevantes nos resultados operacionais ou na posição financeira da Empresa. Em junho de 2001 o FASB emitiu a SFAS No. 142, "Fundo de Comércio e outros Ativos Intangíveis" (“Goodwill and Other Intangible Assets”), que aborda a contabilização financeira e emissão de relatórios relativos a fundo de comércio e outros ativos intangíveis adquiridos e substitui o Parecer APB No. 17 (Opinion 17), “Ativos Intangíveis”. A SFAS No. 142 altera também a SFAS No. 121, "Contabilização de Prejuízo de Ativos de Longo Prazo e de Ativos de Longo Prazo a serem Eliminados" (“Accounting for the Impairment of Long-lived Assets and for Long-lived Assets to Be Disposed of”), excluindo de seu escopo o fundo de comércio e ativos intangíveis não amortizados. A SFAS No. 142 determina como os ativos intangíveis adquiridos individualmente ou agrupados (excluindo, porém, aqueles adquiridos em uma combinação de Empresas) devem ser contabilizados nas demonstrações financeiras na data de aquisição. Esta Notificação também determina como o fundo de comércio e outros ativos intangíveis devem ser contabilizados após seu reconhecimento inicial nas demonstrações financeiras. As disposições da SFAS No. 142 devem ser aplicadas para os exercícios fiscais cuja data de início seja posterior a 15 de dezembro de 2001. Sua aplicação antecipada é permitida para entidades cujos exercícios fiscais tenham início após 15 de março de 2001, desde que não tenham sido emitidos os primeiros balancetes financeiros. A exceção no que se refere à SFAS No. 142 é quanto à data de aplicação para o fundo de comércio e ativos intangíveis adquiridos após 30 de junho de 2001, que estarão imediatamente sujeitos às disposições de não-amortização e amortização desta Notificação. A Empresa ainda está avaliando o impacto das disposições da SFAS No. 142 em sua posição financeira consolidada e nos resultados operacionais. Em junho de 2001 o FASB emitiu a SFAS No. 143, Contabilização de Obrigações de Baixa de Ativos (“Accounting for Asset Retirement Obligations”). A exigência básica da SFAS No. 143 é que o valor justo do passivo referente a uma obrigação de baixa de ativos seja reconhecido dentro do período incorrido se uma estimativa razoável do valor justo puder ser feita. O custo associado de baixa do ativo é capitalizado como parte do valor contábil do ativo de longo prazo. Nos termos desta Notificação, o passivo referente a uma obrigação de baixa de ativos é descontado e o custo de valorização é reconhecido utilizando a taxa de juros ajustada, sem risco em vigor quando do reconhecimento inicial do passivo. Além disso, as exigências de divulgação contidas na SFAS No. 143 proporcionarão mais informações sobre obrigações de baixa de ativos. A SFAS No. 143 é aplicável às demonstrações financeiras emitidas para os exercícios fiscais iniciados após 15 de junho de 2002, sendo incentivada sua aplicação antecipada. A Empresa está iniciando a avaliação do impacto das disposições da SFAS No. 143 em suas demonstrações financeiras. A Administração ainda está avaliando se sua implementação terá impacto relevante em sua posição financeira e em seus resultados operacionais. Em agosto de 2001 o FASB emitiu a SFAS No. 144, "Contabilização de Prejuízo ou de Eliminação de Ativos de Longo Prazo" (“Accounting for the Impairment or Disposal of Long-lived Assets”), que substitui a SFAS No. 121, "Contabilização de Prejuízo de Ativos de Longo Prazo e de Ativos de Longo Prazo a serem Eliminados" ("Accounting for the Impairment of Long-lived Assets and for Long-lived Assets to Be Disposed of") permanecendo porém as disposições fundamentais da SFAS No. 121 para: (a) reconhecimento/mensuração do prejuízo de ativos de longo prazo a serem mantidos e usados, e (b) mensuração de ativos de longo prazo a serem vendidos. A SFAS No. 144 também substitui as disposições relativas à contabilização e emissão de relatórios do Parecer APB No. 30 (Opinion 30), “Relatórios dos Resultados Operacionais” para aqueles segmentos do negócio que será alienado, mantendo porém a exigência do Parecer No. 30 quanto à emissão de relatório separado para as operações desativadas e aquelas em atividade, estendendo a emissão de relatório também para elementos de uma entidade que tenha sido alienada ou que esteja classificada como estando à venda. A SFAS No. 144 é válida para os exercícios fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2001, e períodos intermediários durante tais exercícios, sendo incentivada sua aplicação antecipada. No momento a Empresa está avaliando o impacto da SFAS No. 144 em suas demonstrações financeiras. A Administração ainda está avaliando se sua implementação terá impacto relevante em sua posição financeira e em seus resultados operacionais. Em abril de 2002 o FASB emitiu a SFAS No. 145, Rescisão das Notificações FASB No. 4, 44, e 64, Alteração da Notificação FASB No. 13, e Correções Técnicas que atualizam, esclarecem e simplificam as notificações de contabilização existentes. Embora as correções técnicas das notificações existentes não sejam substanciais em conteúdo, em alguns casos podem alterar a contabilização aplicável às transações feitas após 15 de maio de 2002. Todas as outras disposições deste padrão deverão ser aplicáveis às demonstrações financeiras emitidas a partir de 15 de maio de 2002, sendo incentivada sua aplicação antecipada. A aplicação da SFAS No. 145 não teve efeitos relevantes nos resultados operacionais ou na posição financeira da Empresa. B.Liquidez e Fontes de Capital Liquidez As principais necessidades de caixa da empresa incluem: (i) os serviços da dívida da empresa, (ii) despesas de capital, incluindo os programas de expansão e (iii) pagamentos de dividendos (ou juros sobre o capital) sobre ações preferenciais e ações ordinárias. As fontes primárias de liquidez da empresa têm sido: (i) fluxos de caixa das atividades operacionais, (ii) empréstimos, especialmente aqueles relacionados às atividades de exportação, investimentos e compra de matériasprimas e (iii) aumento de capital. O lucro antes das despesas financeiras, totalizou R$ 359,0 milhões, R$ 107,5 milhões e R$ 160,9 milhões para os três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999. O EBITDA de R$ 421,3 milhões apresentado em 2001 foi de 162,9% superior, devido a boa performance apresentada no mercado externo e a agregação de valor aos produtos. O EBITDA de R$ 160,2 milhões apresentado em 2000 comparado ao ano anterior anterior foi inferior devido ao decréscimo de preços das exportações e o aumento dos custos dos grãos. As despesas financeiras líquidas, despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras, totalizaram R$ 117,7 milhões em 2001, (R$ 289,2 milhões de despesas financeiras líquidas) e (R$ 171,5 de receitas financeiras líquidas); R$ 63,2 milhões em 2000 (R$ 192,0 milhões de despesas financeiras e R$ 128,8 milhões de receitas financeiras); R$ 98,3 milhões em 1999 (R$ 287,2 milhões de despesas financeiras e R$ 188,9 milhões de receitas financeiras). As maiores despesas financeiras experimentadas em 2001 e 1999, quando comparadas aos anos anteriores, devem-se principalmente à desvalorização da moeda brasileira em relação ao câmbio, uma vez que a maioria dos empréstimos são em dólar (especialmente aqueles relacionados a atividades de exportação) e apenas para a parcela de longo prazo usa-se o hedge como instrumento financeiro, enquanto os swaps cobrem os empréstimos de curto prazo (ver o item 11 – Contratos de Hedge). Entretanto, em 2000, a moeda brasileira não desvalorizou tanto quanto em 1999, então as despesas financeiras ficaram menores quando comparadas ao ano anterior. Não houve aumento de capital nos três últimos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, primeiramente devido à geração de caixa da empresa e obtenção de crédito junto a instituições financeiras que têm sido suficientes para cobrir os gastos de capital. (Ver também o item 16 “a” das Notas das Demonstrações Contábeis Consolidadas: “Demonstrações do Fluxo de Caixa). O fluxo de caixa líquido fornecido por atividades operacionais totalizou R$ 218,7 milhões, R$ 12,1 milhões e R$66,1 milhões para os três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Em 2001 1 o incremento significativo no fluxo de caixa deve-se a maior geração de EBITDA e a redução dos investimentos realizados, em função da maturidade dos projetos. Em 2000 a Empresa experimentou uma redução no fluxo de caixa líquido das atividades operacionais por causa principalmente da redução do EBITDA e do incremento dos estoques. Desde 1999, a empresa tem aumentado seus estoques como conseqüência de (i) maiores volumes de vendas, (ii) preços mais elevados das matérias-primas (sobretudo milho e soja) e materiais secundários, (iii) aumento nos estoques de grãos, pois esperavam-se preços mais elevados e (iv) um aumento do estoque de animais em campo, para preparar o início das operações do Complexo Agroindustrial no 2º semestre de 2000. A administração acredita que o Plano de Expansão 2003, poderá incrementar volumes, ao menos, 10% ao ano, de 2001 a 2003 e gradativamente reduzir o custo dos grãos para estes novos volumes. O crescimento esperado para a capacidade produtiva é mostrado na tabela a seguir: CAPACIDADE PRODUTIVA Aves abatidas (mil cabeças/semana) Suínos abatidos (mil cabeças/semana) Aves (mil toneladas/ano) Suínos (mil toneladas/ano) Total das carnes (mil toneladas/ano) 2000 2001 6.540 44 409 306 715 2003 7.119 50 440 350 790 Variação 2000/2003 9.000 64 570 450 1.020 38% 45% 39% 47% 43% O fluxo de caixa líquido usado em investimentos totalizou R$160,5 milhões, R$236,2 milhões e R$333,9 milhões para os anos encerrados em 31 de dezembro de de 2001, 2000 e 1999 respectivamente. A Companhia tem realizado um elevado nível de investimentos em seu ativo imobilizado, desde 1998, devido aos investimentos no Complexo Agroindustrial. O decréscimo no fluxo de caixa líquido deve-se principalmente aos investimentos realizados em 2000, devido a redução nas aplicações financeiras. 1 EBITDA – Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. O fluxo de caixa líquido proveniente de atividades financeiras totalizou R$ 60,0 milhões negativos, e alcançou R$ 227,5 milhões e R$ 272,1 milhões nos períodos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Em 2000, parte dos empréstimos de longo prazo foram transferidos para o curto prazo e apenas parte foi renegociado por novos empréstimos de longo prazo. Investimentos Os dispêndios de capital (ativos permanentes) totalizaram R$ 131 milhões (R$ 162 milhões incluindo a capitalização de juros e o diferido), R$ 216 milhões (inclui R$ 19 milhões do capital de giro do Complexo Agroindustrial) e R$ 189 milhões nos três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Estes investimentos foram principalmente para o complexo agroindustrial em Rio Verde-GO, a fim de se aumentar a produtividade e a capacidade produtiva. Até 31 de dezembro de 2001 a empresa tinha gasto R$ 370 milhões dos R$ 410 milhões estimados para o Complexo Agroindustrial de Rio Verde, que é um investimento de longo prazo financiado pelos fundos do BNDES e por recursos próprios gerados pela empresa. O custo total do projeto a ser financiado pelo BNDES será de aproximadamente R$ 208 milhões, dos quais R$ 179,6 milhões foram desembolsados até 31 de dezembro de 2001. De acordo com o contrato de empréstimo assinado entre a empresa e o BNDES, os desembolsos do banco ocorrem em uma base trimestral, levando-se em consideração os valores já desembolsados pela empresa, conforme o andamento da construção. A administração acredita que o plano da construção é compatível com a geração de caixa da empresa. A empresa acredita que tem adequada liquidez para cumprir os compromissos com seus investimentos. Para 2002, a empresa prevê investimentos de R$ 160 milhões, que consistem de R$ 40 milhões para o Complexo Agroindustrial de Rio Verde-GO, R$ 120 milhões para novos projetos, envolvendo projetos de produtividade, novas linhas e produtos e projetos logísticos. Capital de Giro O capital de giro definido como ativo circulante menos o passivo circulante totalizou R$ 29,1 milhões, R$ 274,2 milhões e R$ 31,8 milhões para os três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. O capital de giro líquido, definido como o ativo circulante (líquido de investimentos de curto prazo) menos o passivo circulante (líquido de empréstimos bancários), totalizou R$334,5 milhões, R$ 325,5 milhões e R$ 225,5 milhões para os três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. O aumento do capital de giro líquido deveu-se ao aumento da produção e dos volumes de venda como conseqüência dos investimentos em expansão. Estes aumentos concentraram-se no ativo circulante principalmente por causa dos acréscimos na conta de recebíveis e nos estoques. Endividamento e Estratégia Financeira A empresa tem duas principais fontes diferentes de endividamento. A primeira fonte de linhas de crédito é aquela relacionada às suas exportações, com empréstimos de curto prazo, tais como pré-pagamentos de exportação e ACCs, e empréstimos de pré-pagamento de longo prazo de recebíveis de exportações futuras. Estes empréstimos são denominados em dólares e a taxa média de juros depende do mix e do prazo, mas tem estado próxima à variação da taxa de câmbio mais 4,6% ao ano. Para financiar estas obrigações com serviços da dívida a empresa pretende renová-los, uma vez que faz parte da sua estratégia manter os níveis de exportação a um mínimo de 25% das vendas brutas (Veja também “Estratégias de Negócios”). No anexo B são estabelecidas as principais linhas de crédito de moeda estrangeira, propósito, vencimento e custo. A segunda fonte de linhas de crédito são relacionadas a investimentos e capital de giro com empréstimos de curto prazo, tais como crédito rural (8,75% a.a), e empréstimos de longo prazo junto ao BNDES (POC/FINEM, FINAME e debêntures), empréstimos junto ao IFC e incentivos fiscais governamentais. Com exceção principalmente do IFC, estes empréstimos são contraídos em reais e a taxa de juros média depende do mix e do período, e têm estado na média da TJLP (taxa de juros de longo prazo do BNDES) mais de 3 a 4% ao ano. A TJLP média foi de 9,5%, 10,8%, 13,2% ao ano para os três exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente, e tem sido 9,75% ao ano em 2002. Para financiar obrigações com serviço da dívida, os empréstimos de curto prazo geralmente são renovados uma vez que eles se referem às operações da companhia, enquanto os empréstimos de longo prazo relacionam-se à expansão da empresa e serão pagos quando estes investimentos estiverem gerando caixa. O endividamento líquido, considerado como sendo o endividamento bruto menos as aplicações, totalizou R$ 575,9 milhões, R$ 593,6 milhões e R$ 405,4 milhões para os três exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Estes aumentos devem-se sobretudo ao forte nível de investimentos que foram parcialmente compensados pelo fluxo de caixa das atividades operacionais (sem os dividendos pagos e as despesas financeiras). A Companhia teve um incremento no seu endividamento líquido devido a desvalorização da moeda brasileira no primeiro trimestre de 1999. Os pagamentos de dividendos foram de R$ 50,5 milhões, R$ 14,1 milhões e R$ 13,1 milhões para os três anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Para o ano fiscal de 2002, a empresa ainda não decidiu o montante, se irá pagar além dos dividendos obrigatórios (veja também Dividendos Obrigatórios”). A empresa antecipa que o plano atual é de 30% do lucro líquido após a reserva legal para o ano 2002. Os dividendos efetivos a serem pagos em cada ano, entretanto, serão discutidos e propostos pelo Conselho de Administração e finalmente aprovados na Assembléia dos acionistas. Nenhuma certeza pode ser dada a respeito de qualquer aumento de dividendos ou sobre a declaração ou o montante de dividendos. A estratégia de financiamento da empresa tem sido conservadora até então mantendo suas operações ao nível de capitalização de aproximadamente 50% do patrimônio próprio sobre o capital total, calculado com base no passivo total líquido. O passivo total líquido é definido como o passivo total menos o montante em caixa. Baseandose no tamanho, na geração de caixa e na lucratividade da empresa, e também considerando-se o potencial de seus mercados, a companhia projeta um nível médio de gastos de capital de R$ 160 milhões por ano. Fontes de Endividamento A maior parte do endividamento da empresa está relacionada com (i) gastos de capital, (ii) exportações (iii) compras de matéria-prima. O endividamento relativo a gastos de capital geralmente é de longo prazo e está concentrado em duas principais instituições: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil (BNDES), incluindo FINAME, sua divisão especial para máquinas e equipamentos, e a “International Finance Corporation do Banco Mundial” (IFC). A empresa também contrai empréstimos de agências de crédito para exportação, como Eximbank e Hermes, que fornecem financiamento para importações, de bens de capital, incluindo máquinas e equipamentos para o Complexo Agroindustrial de Rio Verde-GO, e o Projeto de Expansão 2003, e de bancos estatais que oferecem incentivos fiscais. O endividamento relativo às exportações é fornecido por muitas instituições financeiras nacionais e internacionais que incluem, entre outros: (i) BNDES, que fornece empréstimos de longo prazo para incentivar as exportações, (ii) diversos bancos estrangeiros que gerenciam os pré-pagamentos de longo prazo de exportações futuras, e (iii) vários bancos comerciais locais, que operam financiamentos comerciais, oferecendo adiantamentos de curto prazo para exportações, conhecidas como ACC, ou adiantamentos de longo prazo sobre exportações conhecidas como pagamentos antecipados. Por fim, a empresa também utiliza os mesmos bancos comerciais locais que fornecem empréstimos baseados no crédito rural para financiamento de compra de matéria-prima. Cláusulas Financeiras dos empréstimos A Perdigão Agroindustrial S.A. tem um empréstimo junto ao “International Finance Corporation” – IFC, com data d vencimento para 15 de julho de 2005, no montante de R$ 51,5 milhões em 2001 (R$ 60,9 milhões em 2000 e R$ 78,3 milhõe em 1999). Para estes empréstimos, a Perdigão Agroindustrial S.A está sujeita a certas exigências feitas em seus contratos d financiamento junto ao IFC. Estas exigências incluem limitações na contração de novos endividamentos isentos de requisito obrigatórios: (a) as dívidas de longo prazo não devem exceder a proporção de 60:40 sobre o patrimônio e (b) índice de liquide corrente de, pelo menos, 1,2. Em 31 de dezembro de 2001 a empresa registrou uma proporção do endividamento sobre patrimônio de 58:42 e um índice liquidez corrente de 1,34. A empresa também tem certas restrições quanto à contratação de novas dívidas ou aquisição de outras operações. N opinião da administração da Empresa eles estão de acordo com as exigências dos empréstimos. Pré-pagamento A Perdigão Agroindustrial S.A e suas subsidiárias mantêm empréstimos garantidos por um grupo de bancos par exportações futuras. Os clientes estrangeiros enviam pagamentos através de faturas para os bancos. Estes contratos d empréstimos têm prazos de carência de 12 a 24 meses e datas de vencimento de agosto de 2002 a dezembro 2003. Em 31 de dezembro de 2001, o saldo destes empréstimos era composto como se segue: Curto-Prazo Longo-Prazo R$ milhões 110,5 156,6 267,1 Empréstimos com Caução e Hipotecas A Empresa concedeu R$ 819,7 milhões (R$ 880,3 milhões em 2000) de avais, R$ 626,5 milhões (R$ 605,4 milhões em 2000) de hipoteca de bens e avais, R$ 10,8 milhões (R$ 17,5 milhões em 2000) de alienação fiduciária para garantia d empréstimos e R$ 53,4 milhões (R$ 58,0 milhões em 2000) de hipoteca de bens para garantia de outras obrigações, toda relativas as operações normais. Risco da Taxa de Juros – Sensibilidade da Taxa de Juros Veja o Anexo B para uma maior abertura do endividamento e do montante em caixa, incluindo montantes desdobramentos de curto e longo prazos, datas de vencimento e taxas. C. Pesquisas e desenvolvimento, patentes e licenças, etc. A Perdigão tem um Centro de Tecnologia em Videira, SC, responsável por Pesquisa e Desenvolvimento , inclusive Capacidade de Inovação; Profissionais altamente qualificados para atender os mercados interno e externo, melhoria no processos focada na produtividade e na redução de custos; políticas para GMP, HACCP e rastreabilidade; Anális bromatologica e microbiológica que garante a qualidade do alimento, flexibilidade no desenvolvimento e lançamento de novo produtos nos mercados interno e externo. A Perdigão investe uma média anual de R$ 5 milhões em P&D. D. Informações Adicionais sobre tendências 2002 / 2001 - colheita do milho A última colheita de milho no Brasil, cuja safra ocorreu em março/abril de 2002, indicou que a produção brasileira d milho este ano (adicionando a expectativa da pequena colheita da safrinha em julho próximo) será 8,7% menor do que no an passado (o governo brasileiro anunciou uma expectativa da produção em torno de 38 milhões de toneladas de milho contra 4 milhões no último ano) Esta tendência, somado aos preços praticados para a exportação deste insumo, tem impactado nos preço médios do milho no Brasil, que tem subido mais de 40% quando comparados ao mesmo período de 2001. O aumento no preç dos insumos provoca uma pressão nas margens da Companhia. Políticas Contábeis Relevantes e Estimativas A Discussão da Administração, Análise das Condições Financeiras e Resultados das Operações versam sobre as demonstrações contábeis consolidadas da Perdigão, que foram elaboradas conforme a Legislação Societária brasileira e os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. A elaboração dessas demonstrações contábeis requereu que a administração fizesse estimativas e tirasse conclusões que influem nos montantes descritos de ativo e passivo e na transparência de ativo e passivo contingentes na data das demonstrações contábeis e nos montantes descritos de receita e despesa durante o período relatado. Numa base contínua, a administração avalia suas estimativas e julgamentos. A administração baseia suas estimativas e julgamentos em experiências passadas e em vários outros fatores que se acredita serem razoáveis sob certas condições, nos resultados que constituem a base para a elaboração do julgamento acerca dos valores contábeis de ativos e passivos que aparentemente não vem prontos de outras fontes. Os resultados atuais podem diferir dessas estimativas sob diferentes premissas ou condições. Segue a descrição das estimativas ou julgamentos importantes para a representação de nossa condição financeira. A Perdigão reconhece a receita de produtos vendidos quando entrega seus produtos no mercado interno e quando os embarca para o mercado externo, e quando os títulos de propriedade passam para os clientes. A Empresa concede a seus clientes o direito de devolução de produtos que não estejam dentro dos padrões de qualidade até um determinado período após a entrega. A Perdigão monitora constantemente e rastreia todos os seus produtos devolvidos e mantém uma provisão dos valores estimados dessas futuras devoluções com base na experiência anterior e em notificações recebidas de devoluções pendentes. Os julgamentos da administração e as estimativas devem ser elaboradas e utilizadas juntamente com as devoluções de vendas estabelecidas. Acreditamos que elaboramos estimativas confiáveis, porém certos fatores (ex. contaminação ou doença de produto) podem fazer com que nossas estimativas e valores atuais sejam diferentes, ocasionando o decréscimo de receitas futuras. Ainda caso os dados históricos utilizados pela Empresa não reflitam as devoluções futuras, as receitas podem estar superestimadas. A Perdigão mantém provisões para devedores duvidosos para as perdas estimadas resultantes da incapacidade de alguns de seus clientes de honrar compromissos. Tais provisões se baseiam na análise da Administração das contas a receber, dívidas historicamente incobráveis, capacidade financeira de seus clientes para obter crédito, condições econômicas atuais e alterações na forma de pagamento dos clientes. Caso a situação financeira dos clientes da Perdigão piore, como resultado da dificuldade deles em honrar compromissos, provisões adicionais podem ser feitas. Assim, diferenças significantes podem resultar do cronograma e dos montantes das despesas em qualquer período caso a administração faça julgamentos diferentes ou utilize diferentes estimativas. A Perdigão reduz o valor de seus estoques pela obsolescência estimada ou valor de mercado dos estoques baseada nas premissas de demanda futura e condições de mercado. Caso a demanda futura atual ou as condições de mercado sejam desfavoráveis face às projetadas pela administração reduções de valor adicionais dos estoques podem ser necessárias. O valor contábil dos ativos de impostos diferidos líquidos assume que a Empresa continuará gerando lucro tributável suficiente, com base nas estimativas e premissas. Assim, a Perdigão considerou lucro tributável futuro e viabilidade contínua nas estratégias de planejamento fiscal para acessar as necessidades de avaliação de provisão. Caso as estimativas e premissas descritas da Perdigão sejam alteradas no futuro, a Empresa pode ter que reconhecer avaliações de provisão sobre seus ativos de impostos diferidos, resultando numa despesa adicional no imposto de renda. A Empresa determina sua provisão contábil de perdas em contingências fiscais e legais baseada na análise dos processos pendentes e reconhecidos em valores considerados suficientes pela administração baseada na opinião de seus assessores legais externos e dos assessores internos para cobrir eventuais perdas. Caso informações adicionais venham a alterar a opinião dos assessores externos, a Empresa precisaria rever seu passivo potencial referente aos processos pendentes e rever as estimativas de acordo. Tal revisão interfere significativamente nos resultados das operações e na posição financeira. A Empresa revê o valor contábil de seus ativos fixos cada vez que eventos ou mudanças nas circunstâncias indiquem que o valor contábil não seja recuperável. Essa revisão se baseia nas projeções da administração do fluxo de caixa não descontado antecipado em nível de fábrica. Enquanto a Empresa acredita que as estimativas de fluxo de caixa futuro são razoáveis, diferentes premissas referentes a fluxo de caixa podem afetar materialmente nossas avaliações. ITEM 6. DIRETORES, EXECUTIVOS E EMPREGADOS A. Diretores e Executivos A administração da empresa é conduzida pelo Conselho de Administração e pelos Diretores Executivos. As diretrizes estratégicas são determinadas pelo Conselho de Administração, composto por sete membros que devem ser residentes no Brasil e acionistas da empresa. Os conselheiros são eleitos em Assembléias Gerais Ordinárias de Acionistas para mandatos de dois anos. A administração cotidiana é delegada aos diretores executivos da empresa, que não podem ser em número superior a oito. Os diretores executivos são indicados pelo Conselho de Administração para um período de dois anos. A tabela seguinte fornece informações a respeito do Conselho de Administração e dos Diretores da empresa: Conselho de Administração Nome Eggon João da Silva Eliane Aleixo Lustosa Thompson-Flôres Antonio Carlos Valente da Silva Sebastião José Martins Soares Pedro Augusto Nardelli Pinto Carlos Eduardo da Silva Bessa Cargo Presidente Vice-Presidente Membro do Conselho Membro do Conselho Membro do Conselho Membro do Conselho Ano da nomeação 1993 2002* 2002 1994 2001 1999 Biramar Nunes de Lima Membro do Conselho 1999 *Eleita pelo Conselho de Administração em 25 de junho de 2002, em substituição a Luiz Antonio Correa Nunes Viana de Oliveira Segue uma breve biografia de cada conselheiro e diretor da empresa. EGGON JOÃO DA SILVA – Presidente do Conselho de Administração das Empresas Perdigão. Fundador e Presidente do Conselho de Administração da Weg S.A. (fabricante de motores elétricos) , em Jaraguá do Sul-SC. Diretor Presidente das Empresas Perdigão de 10/93 to 01/95. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da Oxford (fabricante de cerâmica e porcelana), São Bento do Sul - SC, e Membro do Conselho de Administração da Tigre Participações S.A. e Tigre Tubos e Conexões S.A.(holding da Tigre Tubos), Joinville-SC, da Marisol S.A. Ind. Vestuário (indústria têxtil), Jaraguá do Sul-SC, e da Champion Papel e Celulose, de Mogi das Cruzes-SP (fabricante de papel e celulose). Data de Nascimento: 17/10/29. ELIANE ALEIXO LUSTOSA THOMPSON-FLÔRES – Economista – Vice-Presidente do Conselho de Administração das Empresas Perdigão, representando a Petros- Fundação Petrobrás de Seguridade Social. Atualmente ela é diretora responsável pelas Áreas de Investimentos, Financeira e de Governança Corporativa da Petros. Data de Nascimento: 05/02/63. ANTONIO CARLOS VALENTE DA SILVA - Engenheiro – Membro do Conselho de Administração das Empresas Perdigão, representando a Sistel – Fundação Telebrás de Seguridade Social. É membro do Conselho de Administração da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações. Data de Nascimento: 07/06/52. SEBASTIÃO JOSÉ MARTINS SOARES – Engenheiro – Membro do Conselho de Administração das Empresas Perdigão, representando a Fundação de Assistência Previdência Social do BNDES-FAPES. Foi superintendente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. É diretor da Desenvolvimento Consultoria e Planejamento Ltda. Data de Nascimento: 20/01/37. PEDRO AUGUSTO NARDELLI PINTO – Administrador de Empresas – Membro do Conselho de Administração das Empresas Perdigão representante da SISTEL – Fundação Sistel de Seguridade Social. É Diretor de Seguridade Social da Fundação Sistel de Seguridade Social. Data de Nascimento: 20/11/48. CARLOS EDUARDO DA SILVA BESSA – Engenheiro – Membro do Conselho de Administração das Empresas Perdigão, representando a Real Grandeza Fundação de Assistência Previdência Social. É superintendente da Real Grandeza Fundação de Assistência Previdência Social. Data de Nascimento: 22/05/43. BIRAMAR NUNES DE LIMA – Advogado – Membro do Conselho de Administração das Empresas Perdigão representante da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI. É funcionário do Banco do Brasil desde 1971, atuando atualmente como Superintendente Executivo da Unidade Estratégica de Negócios Rurais e Agroindustriais . Data de Nascimento: 04/02/51. Diretoria Nome Nildemar Secches Wang Wei Chang João Rozário da Silva Nelson Vas Hacklauer Idade 53 55 60 50 Paulo Ernani de Oliveira 53 Cargo Diretor Presidente Diretor Vice-Presidente Financeiro Diretor Comercial Diretor Vice-Presidente de Desenvolvimento de Novos Negócios Diretor de Suprimentos Cargo atual desde 95 95 93 95 93 Segue breve biografia de cada diretor da empresa. NILDEMAR SECCHES é Diretor Presidente das Empresas Perdigão desde 1995. De 1972 a 1990 , o Sr. Secches trabalhou no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, onde foi Diretor de 1987 a 1990. De 1990 a 1994 ele foi Diretor Geral Corporativo do Grupo Iochpe-Maxion (grupo manufatureiro). É engenheiro mecânico, pós-graduado em finanças e doutorado em economia. WANG WEI CHANG é Diretor Vice-Presidente de Finanças, Controle e Relações com Investidores da Empresas Perdigão desde 1995. Foi Diretor de Controladoria do Banco Chase Manhattan N.A., no Brasil, de 1992 a 1995, e Diretor Financeiro do Chase Manhattan S.A. Bank N.A., em Santiago, Chile, de 1990 a 1992. Trabalhou no Chase Manhattan de 1988 a 1995 e no Citibank de 1974 a 1986. É pós-graduado em engenharia industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. JOÃO ROZÁRIO DA SILVA é Diretor Vice-Presidente Comercial da empresa desde 1993.Trabalhou na CICA S.A. (empresa de alimentos) de 1971 a 1993, onde foi Diretor Comercial. De 1966 a 1971, trabalhou para Produtos Alimentícios Fleischmann & Royal Ltda (empresa de alimentos). É economista pela Universidade Mackenzie. NELSON VAS HACKLAUER é Diretor das Empresas Perdigão desde 1990 e foi indicado para o cargo de Diretor de Desenvolvimento de Negócios em 1995. Trabalha para as Empresas Perdigão desde 1983, foi Diretor de Finanças e Relações com o Mercado das Empresas Perdigão e Diretor Financeiro e Administrativo da Perdigão Alimentos S.A e da Perdigão da Amazônia S.A. Antes disso, trabalhou para a Sears e Multival Corretora de Mercadorias Prudential Bache Insurance. É graduado em administração de empresas pala Faculdade de Administração e Ciências Contábeis Campos Salles. PAULO ERNANI DE OLIVEIRA trabalha na Perdigão desde 1989. Desde 1992 é Diretor de Suprimentos das Empresas Perdigão S.A. De 1979 a 1989, foi Diretor de Suprimentos da Seara Industrial S. A. É engenheiro agrônomo pela Universidade de Passo Fundo. Não há nenhuma pendência legal que considere qualquer diretor ou membro do conselho, como parte adversa à companhia. A companhia não tem conhecimento de qualquer acordo ou entendimento entre executivos ou diretores da empresa e qualquer outra pessoa que tenha sido escolhida como diretor ou executivo. B. Remuneração Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001, o pagamento total feito pela empresa a todos os membros do Conselho de Administração e aos Diretores (18 pessoas) pelos serviços foi de aproximadamente R$ 5,3 milhões. Os Diretores recebem benefícios, geralmente também fornecidos pela empresa a todos os seus funcionários e familiares, como assistência médica, despesas com educação e plano de previdência privada. Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001, o montante pago em benefícios aos diretores totalizou R$ 1,4 milhão, incluídos nos montantes acima dos quais R$ 0,8 milhão de participação dos executivos nos resultados, R$ 0,55 milhão de previdência privada e R$ 0,08 milhão de assistência médica. A empresa inclui como compensação uma participação nos lucros ou um plano de participação nos lucros para os executivos que se baseia em indicadores de desempenho tais como lucro líquido e receita operacional e outros indicadores de desempenho relacionados a custos, produtividade e outros objetivos específicos. Os termos da participação são negociados individualmente por cada diretor com o Conselho de Administração, e o montante pago a cada beneficiário depende da extensão dos indicadores de desempenho que tenham sido atingidos. Em caso de término de mandato de diretor ou Executivo, eles são remunerados pelos benefícios aplicáveis pela legislação, sem qualquer adicional. C. Exercício da Função de Administrador Todos os Diretores Executivos da Empresa são eleitos em seus cargos pelo Conselho de Administração para um mandato de dois anos, que pode ser renovável. A Empresa tem um Conselho Fiscal que acompanha as Demonstrações Financeiras internas da Companhia, realiza reuniões com a Auditoria da Empresa a respeito das Informações Financeiras e recomenda a escolha dos Auditores Independentes. Os Membros do Conselho Fiscal são: Gerd Edgar Baumer (representante dos acionistas minoritários), Luciano Carvalho Ventura (representante dos acionistas preferencialistas), José Ignácio Ortuondo Garcia, Hilda Turnes Pinheiro e Luiz Carlos Junqueira Ferreira (representando os acionistas controladores). Os membros do Conselho Fiscal tem seu mandato até abril de 2003, quando deverá ocorrer a Assembléia Geral Ordinária da Empresa. D. Empregados Para os doze meses encerrados em 31 de dezembro de 2001, as Empresas Perdigão empregaram 22.377 pessoas, das quais 247 ocupavam funções administrativas, 19.648 encontravam-se na área de produção e 2.482 na área de vendas. Todos os funcionários das áreas operacionais e industriais da Perdigão são representados por sindicatos. A Empresa acredita que a relação com os empregados é satisfatória, e não tem registrado significantes disputas trabalhistas nos últimos sete anos. As negociações salariais são conduzidas anualmente entre os sindicatos dos trabalhadores e a Companhia. Os acordos coletivos para os empregados são negociados separadamente para cada categoria. O acordo celebrado entre o sindicato local ou regional , cuja negociação se aplica ao acordo coletivo para uma unidade industrial é repassado a todos os empregados das áreas operacionais e industriais, sendo ou não funcionários associados ao sindicato. O acordo coletivo da Companhia tem um termo de um ano, e a Empresa pretende negociar novo acordo quando do término do atual. A Empresa mantém um número de planos de benefício para seus funcionários, constituindo o Plano de Benefícios Perdigão. Os principais componentes deste plano incluem: Prohab – Programa de Construção de Moradias, que proporciona a construção e o financiamento de residências através de crédito independente para os funcionários da região de Videira, Herval D’Oeste e Marau: Perdigão Previdência Privada, cujo objetivo é proporcionar aposentaria complementar e suplementar, pelo plano de contribuição definida, com aproximadamente 92% de participação; e uma Cooperativa de Crédito. Durante 2001, mais de R$ 38 milhões foram investidos em programas de alimentação, saúde, transportes, moradias, educação, fundo de previdência privada, creches e benefícios para funcionários aposentados. Este número é 20% superior ao montante investido no ano anterior. O Conselho de Administração da Companhia tem autorizado o estabelecimento do Programa de Opção de Ações (Stock Option), que visa estimular o crescimento da Companhia e a retenção de executivos e certos empregados, para permitir que eles tenham participação no capital acionário da Companhia. Nenhum plano foi estabelecido ainda, entretanto, e não se pode assegurar em quanto tempo o plano poderá ser implementado ou qual será suas principais características. A tabela a seguir demonstra o número de funcionários no final de cada período de 1994 a 2001: 31 de dezembro Número de Funcionários 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 12.259 12.515 14.313 14.353 15.192 16.649 19.291 22.377 A tabela abaixo demonstra os funcionários por atividades nos últimos três exercícios sociais: 31.12.1999 31.12.2000 31.12.2001 261 306 247 COMERCIAL 2.061 2.326 2.482 PRODUÇÃO 14.327 16.659 19.648 TOTAL 16.649 19.291 22.377 ADMINISTRAÇÃO E. Ações Possuídas Em 31.05.2001 o Conselho de Administração e os Diretores individualmente e em conjunto possuíam menos que 1% de cada classe de ações. Item 7. Acionistas Majoritários e Transações com Partes Relacionadas A . Acionistas majoritários A tabela seguinte apresenta certas informações com data de 31/05/2002, com respeito a (i) qualquer pessoa conhecida pela Companhia que seja possuidor beneficiário de mais de 5% das ações ordinárias votantes emitidas, (ii) qualquer pessoa conhecida pela Companhia que seja possuidor beneficiário de mais de 5% das ações preferenciais emitidas e (iii) a quantia total das ações ordinárias e preferenciais possuídas pelos diretores executivos e conselheiros da Companhia como um grupo. Acionistas Controladores PREVI - Caixa Prev. Func. Bco. Brasil* Ações Ordinárias Quantidade % Ações Preferenciais Quantidade 2.865.319 3.972.428 18,52 % 13,61 Fund. Telebrás Seg. Social – SISTEL* PETROS – Fund. Petrobrás Seg. Soc.* FAPES (Fund. Assist. Prev. Social) -BNDES* Weg S.A.** VALIA – Fund. Vale do Rio Doce Bradesco Previdência e Seg. S.A. Genesis A Man Gen Eme Comm FD Real Grandeza Fundação de A P A S Eggon João da Silva Todos os diretores executivos e conselheiros como um grupo, incluindo o conselho de administração (13 pessoas) (incluindo as ações possuídas direta ou indiretamente por Eggon João da Silva) 2.766.917 17,88 144.889 0,50 2.255.562 14,58 1.905.261 6,53 1.882.722 12,17 2.298.961 7,88 1.566.862 303.609 1.156.411 0 1.579.469 1.563 1.568 10,13 1,96 7,47 0,00 10,21 0,01 0,01 1.768.172 1.544.786 367.020 1.705.040 0 91.408 91.410 6,06 5,29 1,26 5,84 0,00 0,31 0,31 Os Fundos de Pensão são partes de um Acordo de Acionistas, datado de 25/10/1994, que apresenta certos arranjos de cotação com respeito a aumentos de capital, mudanças de estatuto, eleição do Conselho de Administração, dividendos e outros assuntos. De acordo com os termos do Acordo, as partes resolverão assuntos de votação anteriormente às reuniões de acionistas. A intenção é que seja assegurada uniformidade de votação nas reuniões de acionistas. O Acordo contém limitações na disposição das ações pelos Fundos de Pensão, incluindo direitos de primeira recusa e o gravame de suas ações. Os direitos de primeira recusa requerem que os Fundos de Pensão que desejem vender suas ações primeiro as ofereçam aos outros Fundos de Pensão. O Acordo de Acionistas estabelece o mecanismo para cumpri-lo. Não houve mudanças significativas no percentual de ações possuídas por qualquer acionista majoritário durante os três anos passados. B. Transações com Partes Relacionadas Em 31 de Dezembro de 2001, a Companhia devia à Perdigão Agroindustrial S.A. R$5.311 (R$2.102 em 2000) relativos a empréstimos que são sujeitos a juros pelo custo de fundos médio das Empresas Perdigão. Operações entre as subsidiárias foram feitas em condições normais de mercado. Os juros destes empréstimos são cobrados com base no custo médio de captação das Empresas Perdigão. As operações entre as subsidiárias foram feitas em condições normais de Mercado, com referência a preço e prazos. C. Participações de especialistas e advogados. Não aplicável. Item 8. Informação financeira A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras Veja Anexos. O capital autorizado da Companhia é formado por Ações Ordinárias e Preferenciais. Em 31 de Dezembro de 2001, 29.180.427 Ações Preferenciais eram emitidas pela Companhia. Dividendos As seguintes tabelas apresentam os dividendos pagos aos portadores de Ações Ordinárias e Preferenciais desde 1995 em reais Brasileiros. Em dólares equivalentes Descrição Data do primeiro Em moeda brasileira nominal pela data do pagamento Período pagamento por mil ações por mil ações * Os fundos de pensão são controlados pelos funcionários participantes das respectivas empresas. ** Weg S.A. é uma empresa aberta cujo controle votante é vestido pela Weg Participações e Serviços S.A., uma corporação brasileira beneficialmente possuída por Eggon João da Silva. O Sr. Silva é presidente do Conselho de Administração da Companhia. 1995 1996 1º Sem. 1997 1997 1º Sem. 1998 1998 1º Sem. 1999 1999 2000 2000 2001 2001 2001 2001 2001 2002 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Dividendos Dividendos Dividendos Dividendos Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Juros de capital Dividendos Juros de capital Dividendo Ações Ordinárias R$milhões 3,1 1,5 4,0 5,5 4,5 4,9 17,5 1,9 Dividendo Ações Prefer. R$milhões 5,9 3,0 7,6 10,5 8,6 9,2 33,0 3,5 14 Mar, 1996 30 Abr, 1997 29 Ago, 1997 30 Mar, 1998 31 Ago, 1998 26 Fev, 1999 31 Ago, 1999 29 Fev, 2000 29 Fev, 2000 28 Ago, 2000 28 Fev, 2001 31 Ago, 2001 28 Fev, 2002 28 Fev, 2002 28 Fev, 2002 30 Ago, 2002 0,0428888 0,020296161 0,017917 0,0338899 0,03374 0,03811 0,03384 0,025062 0,002883 0,07527 0,22804 0,303310 0,296120 0,479005 0,055583 0,121320 0,043462505 0,019078868 0,016413521 0,029819534 0,028668536 0,018456993 0,017662717 0,014171332 0,001630195 0,0411829 0,223001 0,1188667 0,126105 0,203989 0,02367 Quantia total R$milhões 9,0 4,5 11,6 16,0 13,1 14,1 50,5 5,4 Cálculo do Valor Distribuível A Lei das SAs brasileiras (i) habilita aos acionistas possuidores de ações preferenciais de empresas que não prevêem pagamentos fixos ou dividendos a receber, dividendos que sejam, pelo menos 10% maiores que os dividendos de ações ordinárias; (ii) permite que o estatuto social da empresa estabeleça que o valor do desembolso a ser pago para os acionistas dissidentes possa ser menor que o patrimônio líquido, se tais desembolsos forem calculados com base no valor econômico da empresa; (iii) requer que os honorários dos administradores sejam definidos nas assembléias gerais dos acionistas; (iv) elimina, em caso do venda do controle de uma empresa, a exigência de se fazer uma oferta pública obrigatória para a aquisição das ações dos acionistas minoritários; e (v) limita os direitos de retirada nos casos de fusões, consolidações ou participação de uma empresa em grupos de empresas para os acionistas dissidentes (x) cujas ações não integram os índices gerais representativos do portifólio de ações aprovadas para a negociação de mercados futuros; e (y) de empresas abertas em que menos de 50% das ações (excluindo as ações dos acionistas controladores) estão em poder público. Também, se uma fusão, consolidação ou cisão envolver uma companhia aberta, as empresas sucessoras devem também ser companhias abertas, e a não obediência a tal norma habilitará os acionistas a se retirarem da empresa. Como um requisito geral, os acionistas não residentes no Brasil devem ter seus investimentos em empresas brasileiras registrados no Banco Central para receberem dividendos, receitas de vendas ou outros montantes relacionados às ações elegíveis a serem convertidas para moeda estrangeira para remessa para fora do Brasil. Ações preferenciais que baseiam os ADSs serão custodiadas no Brasil por um Custodiante como agente do Depositário. O portador de ações preferenciais será o proprietário registrado na listagem do Registro de Ações Preferenciais. Os pagamentos de dividendos em dinheiro e distribuições, caso haja, serão feitos em moeda brasileira ao Custodiante, em nome do Depositário, que, então, converterá tais valores em dólares e entregará tais dólares ao Depositário para distribuição aos portadores de ADRs. Se o custodiante não for capaz de converter imediatamente a moeda brasileira recebida em forma de dividendos em dólares, o montante de dólares a ser pago aos portadores de ADRs pode ser adversamente afetado por uma desvalorização ou depreciação da moeda brasileira em relação ao dólar que ocorra antes de tais dividendos serem convertidos e remetidos. Veja “Dividendos”. Juros de Capital A lei número 9.249 de dezembro de 1995 prevê que a empresa possa pagar juros de capital (patrimônio) aos acionistas como uma alternativa ao pagamento de dividendos. Veja “Política de Dividendos”. O pagamento de juros de capital é como o de dividendos, mas pode ser deduzido pela companhia. As empresas têm direito de compensar a distribuição obrigatória para cada ano fiscal de todas as distribuições feitas para seus acionistas como juros de capital até o limite da taxa de juros de referência conhecida como TJLP. O pagamento dos juros como descrito estaria sujeito a 15% de imposto retido na fonte. Veja “Tributação”. Política de Dividendos A empresa atualmente pretende pagar dividendos sobre as ações preferenciais emitidas no montante das distribuições necessárias para qualquer ano fiscal em particular, sujeito a qualquer determinação do Conselho de Administração de que tais distribuições seriam desaconselháveis em vista da situação financeira da empresa. Como política, embora não requerido por lei, a empresa paga dividendos duas vezes ao ano. B.Mudanças Significativas A Empresa desconhece quaisquer mudanças que aconteceram nas suas condições financeiras desde a data das demonstrações financeiras incluídas neste Relatório Anual. ITEM 9. A Oferta e Listagem. A. Detalhes da Oferta e Listagem O Histórico de preços da ação é aberto como segue: (a) Para os cinco anos mais recentes: os maiores e menores preços de mercado; Ação preferencial (em R$ por ação) Alta Baixa 1997 13,40 6,50 1998 9,60 5,00 1999 17,00 6,00 2000 16,50 8,75 2001 16,50 10,60 Ação Ordinária (em R$ por ação) Alta Baixa 1997 12,25 8,90 1998 9,45 4,50 1999 19,50 6,00 2000 16,50 12,00 2001 15,02 13,00 ADR (em US$) Alta 1997 11,87 1998 16,75 1999 13,50 2000 15,00 2001 16,50 Baixa 7,75 9,25 7,75 11,50 7,90 (b) (b) para os dois anos mais recentes e para qualquer período subseqüente: as maiores altas e baixas para cada trimestre financeiro; Ações Preferenciais Ações Ordinárias ADS R$ R$ US$ Alta Baixa Alta Baixa Alta Baixa 1trim00 16,5 11,40 16,50 13,75 14,00 14,00 2trim00 13,00 8,75 14,95 13,50 11,50 11,50 3trim00 14,99 11,52 14,00 12,00 11,50 11,50 4trim00 14,95 12,20 15,00 13,00 15,00 12,375 1trim01 16,50 14,15 15,02 15,00 16,50 13,50 2trim01 16,00 12,94 15,00 15,00 14,30 10,80 3trim01 14,00 10,60 13,00 13,00 11,30 7,90 4trim01 15,99 11,90 15,00 13,00 12,95 9,00 1trim02 16,80 15,00 15,00 15,00 14,30 12,50 2trim02 16,60 13,00 14,90 14,82 14,10 9,35 (c) para os seis meses mais recentes: as maiores altas e baixas dos preços de Mercado para cada mês; PRGA4 PRGA3 PDA Dez/01 Jan/02 Fev Mar Abr Mai Jun/02 R$ Alta 15,02 16,00 16,10 16,80 16,60 16,40 15,30 R$ Baixa 14,50 15,00 15,00 15,30 15,70 14,80 13,00 Alta 15,00 14,82 14,50 US$ Baixa Alta Baixa 12,95 12,10 13,35 12,65 15,00 13,60 12,50 14,30 13,00 14,82 14,10 13,60 13,60 11,85 14,90 12,10 9,35 B. Plano de distribuição Não aplicável. C. Mercados As ações da Companhia são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) sob o símbolo PRGA4, para as ações preferenciais, e PRGA3, para ações ordinárias. Os ADRs da Companhia são negociados nos EUA na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo PDA. Cada ADR corresponde a duas ações preferenciais no Mercado brasileiro. Negociação nas Bolsas Brasileiras Das bolsas do Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem sido a mais importante nos últimos anos. Em 2001, a Bovespa contabilizou praticamente todo o valor de negociado do Brasil. A Bovespa é uma entidade sem fins lucrativos que pertence às corretoras sócias. As negociações são restritas às corretoras sócias e a algumas empresas não associadas. Atualmente, a Bolsa de Valores de São Paulo tem duas sessões viva voz por dia útil, das 11:00 às 13:30 e das 14:30 às 17:45. As negociações também são conduzidas entre 11:00 e 18:00 no sistema mecanizado da Bovespa. Também existem as negociações no pós-fechamento, apenas através do sistema mecanizado da Bolsa de Valores de São Paulo, das 18:45 às 19:30. Apenas ações que foram negociadas durante o dia normal podem ser comercializadas no pós-fechamento daquele dia. Não existem especialistas ou corretores para as ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo. A Comissão de Valores Mobilários (CVM) e a Bolsa de Valores de São Paulo tem autoridade para suspender negociações de ações de uma determinada empresa sob certas circunstâncias. Negociações com títulos listados na Bovespa podem sentir os efeitos de fatores alheios à Bolsa sob certas circunstâncias, embora tais negociações sejam muito limitadas. Em dezembro de 2001, a capitalização de mercado agregado das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo foi de aproximadamente US$ 185,4 bilhões. Apesar de qualquer uma das ações restantes de uma empresa listada poder ser negociada na Bolsa, na maioria dos casos, apenas menos da metade das empresas listadas está disponível para negociações com o público, sendo as demais mantidas por pequenos grupos de agentes controladores que raramente comercializam suas ações. Por essa razão, dados mostrando a capitalização total da Bovespa tendem a exagerar sobre a liquidez do mercado de títulos de participação brasileiro. O mercado brasileiro é relativamente pequeno e tem pouca liquidez se comparado a grandes mercados mundiais. A liquidação das negociações é efetivada três dias úteis após a data da transação sem ajuste de preço de compra pela inflação. O pagamento das ações é feito através de uma câmara de compensação separada, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC, que mantém contas para corretores sócios. Pede-se ao vendedor que entregue as ações para a bolsa no segundo dia útil depois da data da negociação. A CBLC é controlada por agentes de compensação, como, por exemplo, corretores sócios e bancos, além da Bovespa. Negociações na Bovespa feitas por não-residentes no Brasil estão sujeitas a certas limitações de acordo com a legislação brasileira de investimento exterior. Regulamento do Mercado de Títulos Brasileiro Os mercados de títulos brasileiros são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tem autoridade sobre a bolsa de valores e os mercados de títulos em geral, e pelo Banco Central do Brasil (BC), que tem, entre outros, poder de autorização de licenciamento de corretoras, além de regular investimentos estrangeiros e transações estrangeiras de câmbio. O mercado de títulos brasileiro é governado pela lei nº 6.385 de 7 de dezembro de 1976, conforme emendado (Lei Brasileira de Títulos) e a Lei Societária Brasileira (Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, conforme emendado). Lei 10.303 de 31 de outubro de 2001 emendou a lei nº 6.385/76, bem como a lei nº 6.404/76. As mudanças mais importantes foram (i) a conversão da CVM em uma agência governamental autônoma ligada ao Ministério da Fazenda, com independência legal e ativos e passivos separados; (ii) a exigência de maior transparência pelas empresas listadas; (iii) o direito dos acionistas minoritários com ações ordinárias de agregar-se (tag along) ao preço da venda em caso de mudança de controle de uma empresa listada; (iv) o direito de acionistas preferencialistas sem direito a voto ou com direito a voto restrito representando pelo menos 10% do capital total empresa listada para eleger um membro da diretoria e seu substituto (até abril de 2005, o representante de tais acionistas deve ser escolhido de uma lista de três nomes preparada pelos acionistas controladores); (v) o direito dos acionistas minoritários com ações ordinárias de também eleger um membro da diretoria; e (vi) as ações preferenciais só serão negociadas na bolsa se tiverem pelo menos um dos direitos mencionados a seguir: (a) prioridade no recebimento de dividendos que correspondam a pelo menos 3% do patrimônio líquido das ações baseado no último balanço aprovado da companhia; (b) o direito de receber dividendos pelo menos 10% acima do dividendo destinado a cada ação ordinária; ou (c) o direito de tag along em caso de mudança no controle da empresa. São exigidas modificações do estatuto das empresas listadas para ajustar-se às novas disposições acima mencionadas até 1o de março de 2003. Sob a Legislação Societária Brasileira, ou uma empresa é listada, uma empresa aberta, como a Empresa, ou ela é privada, empresa fechada. Todas as empresas abertas são registradas com a CVM e estão sujeitas às exigências de transparência. Uma empresa registrada com a CVM pode negociar seus títulos tanto na Bovespa quanto no mercado de balcão brasileiro (Over The Counter brasileiro). As ações de uma empresa aberta, incluindo a Empresa, também podem ser negociadas em particular e estão sujeitas a certas limitações. Há certos casos em que a revelação de informações à CVM, à Bovespa ou até mesmo ao público é exigida. Estes casos incluem (i) a aquisição direta ou indireta por um investidor de pelo menos 5% (cinco por cento) de qualquer classe ou tipo de ação que represente o capital de uma empresa aberta, (ii) a venda de ações que representa uma transferência de controle de uma empresa aberta e (iii) a ocorrência de um evento concreto para a corporação. Recentemente, a CVM emitiu a instrução nº 361 de 5 de março de 2002 que regula as licitações oferecidas principalmente quando os eventos seguintes ocorrem: (i) saída de empresas abertas da bolsa; (ii) aumento nos juros do patrimônio pelo acionista controlador; e (iii) transferência de controle de uma empresa aberta. Para tornar-se aberta na Bovespa, uma empresa deve inscrever-se para o registro na CVM e na Bolsa de Valores de São Paulo. Uma vez admitida para a bolsa e aceita a inscrição pela CVM como uma empresa aberta, seus títulos podem ser negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, desde que a empresa obedeça aos requerimentos mínimos desta bolsa. A OTC brasileira consiste de negociações diretas entre indivíduos em que uma instituição financeira registrada na CVM serve de intermediária. Nenhuma inscrição especial, além da inscrição na CVM, é necessária para os títulos de uma empresa aberta serem negociados na OTC brasileira. A CVM exige que sejam feitas notificações de todas as negociações realizadas na OTC brasileira pelos respectivos intermediários. Negociações de títulos na Bolsa de Valores de São Paulo podem ser suspensas se solicitado por uma empresa em antecipação ao anúncio de um evento concreto. As negociações também podem ser suspensas por iniciativa da bolsa ou da CVM, entre outras razões, com base na crença de que a empresa tenha fornecido informações inadequadas com relação a esse evento concreto ou forneceu respostas inadequadas às indagações da CVM ou da bolsa. Os Mercados de Títulos Brasileiros são governados principalmente pela Lei de Títulos Brasileira, pela Legislação Societária Brasileira e pelos regulamentos emitidos pela CVM e pelo Conselho Monetário Nacional. Essas leis e regulamentos tratam, entre outros, de exigências de transparência, de restrições de comercialização interna (insider trading) e manipulação de preço, além da proteção dos acionistas minoritários. Embora muitas mudanças e melhorias tenham sido introduzidas, os mercados de títulos brasileiros não são regulados e supervisionados tanto quanto os mercados de títulos norte-americanos ou mercados de outras jurisdições. ITEM 10. Informação adicional A. Capital em ações Não aplicável. B. Memorandos e artigos de constituição. A informação requerida para este item foi incluída na Declaração de Registro (Anexo No. 2) do Form 20-F datado de 20 de Setembro de 2000 (Arquivo na Comissão sob o número 030912) e está incorporado por referência, com exceção da análise da “Reserva para Expansão” descrita na página 61 daquele documento, que agora deve-se ler como segue: “O estatuto social da companhia contém uma reserva contábil para expansão suficiente, inferior a 80% (oitenta por cento) do capital integralizado (visando minimizar a redução potencial do capital de giro da Empresa). A Empresa pode reter a reserva para expansão até que os acionistas votem a transferência total ou parcial da reserva para a conta de capital ou para a reserva de lucros acumulados.” Veja o Estatuto da Companhia arquivado como Anexo 1.01. C. Contratos materiais A Companhia tem contratos com aproximadamente 6.089 integrados de aves e suínos. Estes contratos, individualmente, não são materialmente relevantes devido à sua quantidade e quantia envolvidos. A Companhia tem um contrato de fornecimento de avós com a Agroceres S.A., a representante da British Pig Improvement Company (“PIC”), no Brasil. Para assegurar um fornecimento adequado de material genético, a Companhia tem um acordo de fornecimento com a Cobb Vantress, Inc., uma empresa especializada no negócio de desenvolvimento genético de produção animal para consumo humano, localizado em Arkansas, Estados Unidos. Os ovos para o estoque de avós são transferidos diretamente do Arkansas para o Brasil. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem financiado alguns dos projetos da Perdigão, tais como o de Otimização e o Buriti, e tem também uma linha de financiamento de exportações, conhecida como BNDES - EXIM. Os maiores montantes liberados pelo BNDES são relativos ao Complexo Agroindustrial. Em 31 de Dezembro de 2001, a Companhia tinha gastado R$ 370 milhões no Complexo Agroindustrial, que atualmente é financiado com fundos do BNDES e fundos gerados internamente pela Companhia. A quantia total do custo do projeto a ser financiada pelo BNDES será de aproximadamente R$ 208 milhões, dos quais R$ 179,6 milhões foram desembolsados até 31 de maio de 2002. Os empréstimos do BNDES são denominados em dólares e reais. Os empréstimos em reais rendem juros de TJLP mais 3,5% por ano e a taxa média de juros da porção em dólares é de 12,48% por ano. O Projeto de Otimização foi financiado, em parte, por dois empréstimos do International Finance Corporation (o “IFC”) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (“BNDES”). O empréstimo A do IFC , é um empréstimo de 10 anos, em uma quantia de US$35 milhões, e o Empréstimo B do IFC é um empréstimo de sete anos, em uma quantia de US$20 milhões. A taxa média de juros é 8,52% por ano. O empréstimo do BNDES é de oito anos, em uma quantia de R$109,6 milhões. A taxa de juros media é a taxa de juros de longo prazo do Brasil, conhecida como TJLP, mais 4,1% por ano. A TJLP é calculada levando-se em consideração a taxa media de retorno anual dos títulos de dívida pública externa e emissões de dívida federal. Esta taxa é publicada em uma base trimestral e é válida pelos três meses seguintes à sua publicação inicial. A TJLP foi atualizada pela última vez em 28 de Março de 2002 e a taxa anual era 10,00%. A Perdigão Agroindustrial S.A. tem um empréstimo com o International Finance Corporation - IFC, com prazo final em 15 de Agosto de 2005, na quantia de R$51,5 milhões (R$60,9 milhões em 2000 e R$78,3 milhões em 1999). Por causa deste empréstimo, a Perdigão Agroindustrial S.A. está sujeita a certos requisitos estabelecidos neste contrato de financiamento com o International Finance Corporation (“IFC”). Estes requisitos incluem limitações para incorrer em outros endividamentos que não cumpram os testes: (a) dívida de longo prazo em relação ao patrimônio não pode exceder 60:40 e (b) índice de liquidez de pelo menos 1,2. Em 31 de Dezembro de 2001 a Companhia reportou uma dívida de longo prazo em relação ao patrimônio de 58:42 e um índice de liquidez corrente de 1,34. A Companhia também tem certas restrições quanto a incorrer em novas dívidas ou adquirir outras operações. Na opinião da administração da Companhia, eles estão em acordo com as restrições do empréstimo. A Perdigão Agroindustrial S.A. e suas subsidiárias mantêm empréstimos fornecidos por um grupo de bancos para futuras exportações. Os clientes das exportações retornam os pagamentos das faturas diretamente aos bancos. Estes contratos de empréstimos têm períodos de carência de 12 a 24 meses e períodos de duração de Agosto de 2002 a Dezembro de 2003. D. Controles das Bolsas. Há dois mercados de câmbio no Brasil: o mercado de câmbio com taxa comercial (o "Mercado Comercial") e o mercado de câmbio turismo (o "Mercado Turismo"). A maioria das transações de câmbio financeiras e comerciais, inclusive transações relativas à compra ou venda de ações ou pagamento de dividendos referentes à ações, são realizadas no Mercado Comercial. Compras de moedas estrangeiras no Mercado Comercial somente podem ser realizadas através de uma instituição financeira no Brasil com autorização para negociar no câmbio. A taxa do Mercado Turismo é geralmente aplicada a transações em que taxa Comercial não se aplica, como viagens ao exterior. Desde a introdução do Real, as duas taxas não mostraram diferenças materiais, embora possa haver diferenças significativas entre as duas taxas no futuro. Em ambos os mercados, as taxas são negociadas livremente, mas podem ser fortemente influenciadas por intervenção do Banco Central. Contribuindo para manter as taxas dos dois mercados próximas, o Conselho Monetário Nacional emitiu a Resolução No. 2.588, de 25 de janeiro de 1999, que estabelece que as posições de câmbio das instituições financeiras em ambos os mercados não devem mais ser mantidas separadamente. Desde a sua introdução em julho de 1994 até março de 1995, o Real sofreu uma valorização em relação ao dólar americano. No dia 6 de março de 1995, para discutir as preocupações com a supervalorização do Real, o Banco Central introduziu novas políticas de câmbio que estabeleceram uma banda de negociação na qual o Real/dólar americano podem flutuar e também anunciou que interviria no mercado e compraria ou venderia dólares americanos sempre que taxas se aproximarem tanto do teto quanto do piso dessa banda. Inicialmente, o Banco Central estabeleceu a banda cambial com um piso de R$ 0,86 por US$ 1,00 e um teto de R$0.90 por US$ $1,00 e determinou que, depois de 10 de março de 1995, a banda estaria entre R$0,88 e R$0,93 por US$1,00. O Banco Central tem ajustado, periodicamente, a banda cambial para permitir uma desvalorização gradual do Real em relação ao dólar americano. No dia 13 de janeiro de 1999, devido ao aumento da pressão para desvalorizar o Real, o Banco Central permitiu uma desvalorização de 7,6% e estabeleceu uma nova banda cambial entre R$1,20 e R$1,32 por US$ $1,00. Apesar desta tentativa de implementar uma desvalorização limitada, mais pressões de desvalorização obrigaram o Banco Central, no dia 15 de janeiro de 1999, a anunciar que deixaria o Real ser negociado livremente no mercado de câmbio. Essa decisão foi confirmada no dia 18 de janeiro de 1999, quando o Banco Central anunciou oficialmente sua nova política que permite que o valor do Real seja determinado pelos mercados de câmbio e, somente interviria para limitar grandes variações no valor da moeda. No fechamento de negociações em 31 de dezembro de 1999, o Real foi negociado no valor de R$1,78 por US$ 1,00. Em 2000, não houve mudanças significativas na nova política do Banco Central e, no dia 31 de dezembro de 2000, a taxa de câmbio estava em R$1,96 por US$1,00. Ainda não é possível prever se o Banco Central vai continuar deixando o Real flutuar livremente ou se O Real vai permanecer no seu valor atual. Além disso, não há garantias de que, no futuro, o governo brasileiro não voltará a impor um sistema de bandas novamente. No dia 15 de maio de 2001, a taxa de câmbio era R$2,3384 por US$1,00. A lei brasileira estabelece que, sempre que houver um desequilíbrio considerável na balança de pagamento do Brasil ou razões para prever tal desequilíbrio, podem ser impostas restrições temporárias nas remessas de capital estrangeiro para o exterior. Durante aproximadamente seis meses entre o final de 1989 e o início de 1990, por exemplo, visando a preservar as reservas de moeda estrangeira no Brasil, o governo brasileiro congelou todas as repatriações de dividendos e capital a serem pagos aos investidores de patrimônio estrangeiro segurados pelo Banco Central. Estas quantias foram liberadas subseqüentemente de acordo com os regulamentos do governo brasileiro. Entretanto, não há garantias de que o governo brasileiro não vá tomar medidas semelhantes no futuro. Não há restrições para que indivíduos ou entidades legais domiciliadas fora do Brasil possuam ações do capital da Empresa. Contudo, o direito de converter pagamentos de dividendos e valores proveniente da venda de Ações Preferenciais em moeda estrangeira e a remessa desses montantes para fora do país está sujeita a restrições no controle da moeda e a legislação sobre o investimento estrangeiro que geralmente requer, entre outras coisas, a obtenção de um Certificado de Registro sob as regulamentações do Anexo IV. Sob o Anexo IV, investidores estrangeiros qualificados registrados junto a CVM e agindo através de contas de custódia autorizadas administradas por agentes locais podem comprar e vender ações em bolsas de valores brasileiras sem obter um Certificado de Registro separado para cada transação. Os investidores sob as regulamentações do Anexo IV também têm direito a tratamento fiscal favorável. Veja “Tributação – Considerações Fiscais Brasileiras.” Os Certificados de Registro foram emitidos em nome do Depositário com respeito aos ADSs preferenciais e são mantidos pelo Custodiante em favor do Depositário. De acordo com os certificados, o Custodiante e Depositário serão capazes de converter dividendos e outras distribuições referentes às Ações Preferenciais representadas pelos ADSs preferenciais em moeda estrangeira e remeter os valores para fora do Brasil. Quando um portador de ADRs Preferenciais troca seus ADRs preferenciais por Ações Preferenciais, o portador continua contando com o certificado de registro do Depositário por cinco dias úteis após a troca, após esse período o portador deve obter o seu próprio certificado de registro. Um portador pode não ser capaz de obter e remeter para o exterior os dólares ou outras moedas referentes a Ações Preferenciais aqui descritas, a menos que este portador se qualifique sob a regulamentação do Anexo IV ou obtenha seu próprio Certificado de Registro. E. Tributação O resumo abaixo contém uma descrição das principais incidências brasileiras e americanas do imposto de renda na compra, posse e venda de Ações e ADS Preferenciais, mas não tem o sentido de uma descrição completa de todas as considerações sobre impostos que podem ser relevantes na decisão de um indivíduo de adquirir quaisquer valores mobiliários. Especificamente, esse resumo trata apenas de acionistas que tenham Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais como “bens do imobilizado” no significado da Seção 1221 do Código de Receitas Internas de 1986 (o “Código”), e não endereça o tratamento de imposto a um acionista que pode estar sujeito a regras especiais de impostos, tais como bancos, empresas de seguros, operadores de bolsas, pessoas que venham a ter Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais em transações de hedging ou como posição num “straddle” ou “transações de conversão” com propósitos fiscais, pessoas que tenham outra “moeda funcional” além do dólar, pessoas sujeitas a impostos mínimos alternativos, pessoas que detenham ou sejam tratadas detentoras de mais de 10% das ações com direito a voto da empresa. Pessoas com perspectivas de compra de ações devem consultar seus próprios consultores fiscais para se informar sobre os efeitos tributários conseqüentes do investimento que podem variar para investidores em diferentes situações fiscais. Esse resumo se baseia nas legislações de impostos brasileira e norte-americana e nas regras a esse respeito que estão sujeitas a mudanças (possivelmente com efeito retroativo). Atualmente não há um trato entre Brasil e Estados Unidos quanto a imposto de renda. As autoridades fiscais dos dois países têm tido discussões que podem culminar em tal trato; nenhuma certeza pode ser dada, entretanto, se ou quando um trato será acordado ou como isso afetará os portadores americanos ou as Ações Preferenciais de ADSs Preferenciais. Esse sumário também se baseia nas representações do Depositário e na suposição de que haja obrigação no Acordo de Depósito relacionada aos ADSs Preferenciais e a documentos relacionados que serão feitos de acordo com esses termos. Considerações Sobre Impostos Brasileiros O debate abaixo resume as principais conseqüências de impostos brasileiros sobre a aquisição, propriedade e disposição das Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais por um portador não residente no Brasil para fins de taxação brasileira e, no caso de um portador de Ações Preferenciais que tenha registrado seus investimentos nesses ativos junto ao Banco Central como um investimento em dólar (nesse caso, um acionista não brasileiro). O debate abaixo não especifica detalhadamente a aplicação das considerações sobre impostos brasileiros a determinado acionista estrangeiro, e cada acionista estrangeiro deve se informar com seu próprio consultor tributário sobre os impostos brasileiros decorrentes de investimentos em valores mobiliários. Impostos sobre Dividendos Dividendos pagos relativos a ganhos auferidos a partir de 1o de janeiro de 1996, incluindo os pagos em espécie (i) ao Depositário sobre as Ações Preferenciais subjacentes a ADSs Preferenciais ou (ii) a um acionista estrangeiro com Ações Preferenciais, não sujeito a qualquer retenção de impostos no Brasil. A atual legislação de impostos elimina os 15% de retenção de impostos sobre dividendos pagos a empresas, pessoas físicas ou estrangeiros no Brasil até então. Assim, dividendos sobre lucros auferidos em 1o de janeiro de 1996 ou a partir dessa data não estão mais sujeitos à retenção de impostos no Brasil. Dividendos referentes a lucros antes de 31 de Dezembro de 1993 estarão sujeitos a imposto de renda retido na fonte de 25%. Os dividendos relativos a lucros gerados entre 1º de Janeiro de 1994 e 31 de Dezembro de 1995 estarão sujeitos a imposto de renda retido na fonte brasileiro de 15%. Impostos sobre Lucros Lucros realizados fora do Brasil por um estrangeiro portador de ADSs para outro acionista estrangeiro não são submetidos a impostos brasileiros. A retirada de Ações Preferenciais na troca por ADSs Preferenciais não está sujeita à tributação brasileira. O depósito de Ações Preferenciais na troca por ADSs Preferenciais não está sujeito à tributação brasileira desde que as Ações Preferenciais estejam registradas pelo investidor ou por seu corretor sob a Regulamentação 2.689. Se as Ações Preferenciais não estão registradas, o depósito das mesmas na troca por ADSs Preferenciais pode estar sujeito ao imposto brasileiro sobre ganhos de capital, cuja tarifa é 15%. No recebimento das Ações Preferenciais subjacentes, um acionista estrangeiro que se qualifica sob a Regulamentação 2.689 terá o direito de registrar o valor em dólar de suas ações junto ao Banco Central conforme descrito abaixo. Acionistas estrangeiros não estão sujeitos, no Brasil, a impostos sobre realização de lucros com a venda de Ações Preferenciais que ocorrem no exterior ou nos valores de um reembolso de, ou na liquidação da distribuição com respeito a, Ações Preferenciais. Quando as Ações Preferenciais são registradas sob a Regulação 2.689, o portador não-brasileiro não pode transferir ou mandá-las para o exterior. Como regra geral, acionistas estrangeiros estão sujeitos a retenção de impostos com alíquota de 15% sobre lucros realizados com a venda ou troca de Ações Preferenciais que ocorrem no Brasil para ou com residentes no Brasil, fora da Bolsa de Valores de São Paulo. Portadores não-brasileiros estão sujeitos a imposto de renda retido na fonte com a alíquota de 10% nos ganhos realizados com a venda ou troca no Brasil das Ações Preferenciais que ocorram na Bolsa de Valores de São Paulo a menos que tal venda seja feita sob a Regulamentação 2.689. Ganhos realizados devido a transações na Bolsa de Valores de São Paulo por um investidor sob a Regulamentação 2.689 não são sujeitos a imposto (exceto como descrito abaixo). O “lucro realizado” como resultado de uma transação na Bolsa de Valores de São Paulo é a diferença entre a quantia em moeda brasileira realizada na venda ou troca e o custo de aquisição medido em moeda brasileira, sem qualquer correção pela inflação, das ações vendidas. O “lucro realizado” como resultado de uma transação que ocorre fora da Bolsa de Valores de São Paulo será a diferença positiva entre a quantia realizada na venda ou troca e o custo de aquisição das Ações Preferenciais, ambos cujos valores são tomados em conta em reais. Há níveis, contudo, para descrever que o “lucro realizado” deve ser calculado com base na moeda estrangeira registrada junto ao Banco Central. Não há garantias que o tratamento preferencial atual para portadores de ADSs Preferenciais e estrangeiros portadores de Ações Preferenciais e para certos portadores não-brasileiros de Ações Preferenciais sob a Resolução No 2.689 continuará no futuro ou que tal tratamento não será alterado no futuro. A partir de 1 de Janeiro de 2000, o tratamento preferencial sob a Resolução 2.689 não é mais aplicável se o portador não-brasileiro dos ADSs Preferenciais ou ações preferenciais for residente em um paraíso fiscal – ou seja, países que não impõem imposto de renda ou onde tal imposto é imposto em uma taxa menor que 20% - de acordo com a lei nº 9.959, de 27 de Janeiro de 2000. Em outras palavras, os ganhos realizados por tal portador na venda ou troca no Brasil que ocorram no Mercado à vista negociados em uma bolsa de valores brasileira será taxado em 10% (a ser aumentado para 20% em 1 de Janeiro de 2002, de acordo com a mesma Lei). A Lei 9.959 também prevê que essa tal taxa de 10% em ganhos realizados na venda ou troca no Brasil de Ações Preferenciais, que ocorra na Bolsa de Valores de São Paulo, será aumentada para 20% para transações feitas em ou após 1 de Janeiro de 2002. Qualquer exercício de direito de preferência relacionado às Ações Preferenciais não estará sujeito a tributação brasileira. Qualquer ganho na venda ou cessão de direitos de preferência relativos às Ações Preferenciais pelo Depositário no lugar dos portadores de ADSs Preferenciais estará sujeito à taxação de imposto brasileira à taxa de 15%, a menos que tal venda ou cessão seja desempenhada dentro da Bolsa de Valores de São Paulo, onde os ganhos são isentos de imposto de renda retido na fonte. Qualquer ganho na venda ou cessão de direitos de preferência relativos às Ações Preferenciais, estará sujeito ao imposto de renda brasileiro na mesma taxa aplicável à venda ou cessão das Ações Preferenciais. A taxa máxima de tal imposto é atualmente 15%. Juros sobre o Patrimônio Líquido Distribuições de juros sobre o patrimônio relativos as Ações Preferenciais como uma forma alternativa de pagamento aos acionistas que ou são residentes no Brasil ou são não-residentes, incluindo portadores de ADSs, são sujeitos a imposto de renda retido na fonte à taxa de 15%. No caso de residentes não-brasileiros que são residentes em paraísos fiscais, a taxa de imposto de renda é 25%. Desde 1996, tais pagamentos têm sido dedutíveis pela Empresa. Desde 1997, os pagamentos têm sido dedutíveis determinando-se as contribuições sociais e imposto de renda pela Empresa bem como o pagamento de distribuição de juros aprovado na Assembléia Geral da Empresa. A distribuição de juros sobre o patrimônio líquido pode ser determinada pelo Conselho de Administração da Companhia somente. Não há garantia que o Conselho de Administração não determinará que futuras distribuições de lucros sejam feitas por meio de juros sobre o patrimônio líquido ao invés de dividendos. Outros Impostos Brasileiros Não há impostos de herança, presente ou sucessão brasileiras aplicáveis à propriedade, transferência ou cessão de Ações ou ADSs Preferenciais por um portador não-brasileiro exceto por imposto por doação e herança que são taxados por alguns estados do Brasil em doações feitas ou heranças apresentadas por indivíduos ou entidades não residentes ou domiciliadas no Brasil ou domiciliadas dentro do estado para indivíduos ou entidades residentes ou domiciliados dentro de tal estado no Brasil. Não há selo, emissão, registro ou impostos ou taxas similares a pagar aos portadores de Ações ou ADSs Preferenciais. De acordo com o Decreto 2.219 de 2 de Maio de 1997, e Ordem no. 5 de 21 de Janeiro de 1999, emitido pelo Ministro das Finanças, a quantia em reais resultante da conversão do montante recebido por uma entidade brasileira de um investimento estrangeiro no Mercado de títulos brasileiro (incluindo aqueles relacionados a investimentos em Ações ou ADSs Preferenciais e aqueles feitos sob a Resolução 2.689) está sujeita ao imposto sobre operações financeiras ("IOF"), embora a presente taxa deste imposto seja de 0%. O Ministro das Finanças tem o poder de estabelecer a taxa de imposto do IOF aplicável. Sob a Lei 8.894 de 21 de Junho de 1994, a alíquota do imposto de IOF pode ser aumentada a qualquer tempo para um máximo de 25%, mas qualquer aumento somente será aplicável para transações ocorridas após a efetivação de tal aumento. De acordo com a Lei 9.311 de 24 de Outubro de 1996, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (o "imposto CPMF") foi taxado a 0,2% em todas as transferências de fundos relacionadas a transações financeiras no Brasil. De acordo com a Lei 9.539, a CPMF é devida a partir de Fevereiro de 1999. De acordo com a Emenda Constitucional 21, de 18 de Março de 1999, a cobrança da CPMF foi estendida para um período adicional de 36 meses. Este pagamento da CPMF foi requerido em 17 de Junho de 1999. A alíquota da CPMF foi 0,38% durante os primeiros 12 meses, e seria 0,30% para o período remanescente. Mas em Dezembro de 2000, a Emenda Constitucional 31 aumentou a taxa para 0,38% em Março de 2001. Embora a taxa da CPMF esteja fixada para expirar em 16 de Junho de 2002, o Congresso brasileiro está discutindo a possibilidade de converter este imposto em uma taxa permanente. A responsabilidade pela cobrança da CPMF é da instituição financeira que carrega a transação financeira relevante. Adicionalmente, quando o portador não-brasileiro remete o valor da venda ou cessão das Ações Preferenciais por meio de transação cambial, a CPMF incidirá sobre o valor a ser remetido em Reais Brasileiros. Se for necessário desempenhar qualquer transação cambial em conexão com os ADSs ou Ações Preferenciais, ela irá ser taxada com a CPMF. Capital Registrado. O montante de um investimento em Ações Preferenciais possuído por um portador não-brasileiro registrado com a CVM sob a Resolução 2.689, ou em ADSs possuídos pelo Depositário representando tal portador, como o caso possa ser, é elegível para registro com o Banco Central; tal registro (a quantia assim registrada é referida como "Capital Registrado") permite a remessa para fora de moeda estrangeira, convertida pelo dólar comercial de mercado, adquirido com o montante das distribuições das, e quantias realizadas com respeito a cessão das, Ações Preferenciais. O Capital Registrado para as Ações Preferenciais compradas na forma de ADSs Preferenciais, ou compradas no Brasil e depositadas com o Depositário em troca de um ADS Preferencial, será igual à compra do preço de compra (em dólares) pagos pelo comprador. O Capital Registrado para Ações Preferenciais que são retirados após a entrega dos ADSs Preferenciais, será o equivalente em dólar do (i) preço médio das Ações Preferenciais na Bolsa de Valores de São Paulo no dia da retirada, ou (ii) se nenhuma Ação Preferencial for vendida neste dia, o preço médio das Ações Preferenciais que foram vendidas nas quinze sessões de negociação imediatamente anteriores de tal retirada. O valor em dólar das Ações Preferenciais é determinado com base na média das taxas comerciais cotadas pelo Banco Central naquela data (ou, se o preço médio das Ações Preferenciais é determinado sob a cláusula (ii) da sentença precedente, a média de tais taxas médias cotadas nos mesmos quinze dias usados para determinar o preço médio das Ações Preferenciais). Um portador não-brasileiro das Ações Preferenciais pode experimentar atrasos em efetuar o registro do Capital Registrado que pode atrasar as remessas para o exterior. Tal atraso pode adversamente afetar a quantia, em dólares, recebida pelo portador não-brasileiro. Considerações de Imposto de Renda nos EUA Como usado abaixo, um “portador americano” é o detentor beneficiário de uma Ação ou ADS Preferencial que é, para propósitos de imposto de renda federal americano, (i) um cidadão individual ou residente nos Estados Unidos, (ii) uma corporação (ou entidade tida como corporação) organizada sob as leis dos Estados Unidos, qualquer estado ou o Distrito de Columbia, ou (iii) qualquer outra pessoa ou entidade que é sujeito ao imposto de renda federal americano com base no lucro líquido com respeito às Ações ou ADSs Preferenciais (incluindo um indivíduo não-residente ou uma corporação estrangeira cuja renda com respeito às Ações ou ADSs Preferenciais que esteja efetivamente conectado com a condução do comércio ou negócio americano). A seguinte discussão assume que as Ações e ADSs Preferenciais sejam mantidas como ativos de capital. Em geral, para propósitos de imposto de renda federal nos EUA, um detentor beneficiário de Recibos de Depósito Americanos (“ADR”) que evidenciam um ADS será tratado como o possuidor beneficiário das Ações Preferenciais representadas pelos ADSs aplicáveis. Tributação de Dividendos Em geral, uma distribuição feita com respeito às Ações ou ADSs Preferenciais (que para este propósito incluirá distribuições de juros sobre o capital) irá, na extensão feita aos lucros acumulados ou atuais e ganhos da Companhia, como determinado pelos princípios de imposto de renda federais americanos, constituir um dividendo para propósitos de imposto de renda federais americanos. Se uma distribuição excede a quantia dos lucros e ganhos atuais e acumulados da Companhia, ela será tratada como um retorno de capital não-taxável na extensão da base fiscal do portador americano em Ação ou ADS Preferencial no qual é pago como ganho de capital. Como discutido abaixo, o termo “dividendo” significa uma distribuição que constitui um dividendo para propósitos de imposto de renda federal americano. O montante bruto de qualquer dividendo pago (que incluirá quaisquer quantias retidas na fonte com respeito à tributação brasileira) com respeito à Ação ou ADS Preferencial estará sujeito à tributação de renda americana como renda de dividendo de fonte estrangeira e não será elegível para dedução de dividendos recebidos que é geralmente permitida às corporações americanas. Um dividendo pago em moeda brasileira será incluído na renda de um portador americano em seu valor em dólares calculado pela referência à taxa de câmbio no Mercado a vista em efeito no dia que é recebido pelo portador americano ou, no caso de um dividendo recebido com respeito a ADSs Preferenciais, na data em que o dividendo é recebido pelo Depositário, sendo ou não o dividendo convertido em dólares. Qualquer ganho ou perda realizado na conversão subseqüente ou outra disposição da moeda brasileira será tratado como renda ou perda de fonte ordinária americana. No caso de um portador americano que não é uma pessoa Americana, no entanto, o ganho ou perda da moeda será uma fonte de renda Americana somente se a moeda for possuída por uma unidade de negócios qualificada do portador americano nos Estados Unidos. Sujeita às limitações geralmente aplicáveis sob a lei de imposto de renda Americana, o imposto de renda retido na fonte brasileiro será tratado como um imposto de renda estrangeiro elegível para crédito contra um portador americano com responsabilidade de imposto de renda, sujeito às limitações geralmente aplicáveis. Para propósitos de se computar a limitação fiscal estrangeira separadamente para categorias específicas de renda, quaisquer dividendos geralmente se constituirão como fonte estrangeira de “renda passiva” ou, no caso de certos portadores, “renda de serviços financeiros.” Alternativamente, um portador americano pode eleger não reclamar um crédito para quaisquer de seus impostos estrangeiros e deduzir todas as taxas em renda tributável. Tributação de Ganhos de Capital Um depósito ou uma retirada de Ações Preferenciais por um acionista na troca por ADSs Preferenciais não resulta na realização de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal norte-americano. Um portador norte-americano geralmente reconhecerá como ganho ou perda de capital com a venda ou outra forma de disposição de uma Ação Preferencial ou ADS Preferencial detido por um portador norte-americano ou pelo Depositário em um montante igual à diferença entre o ajuste de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais (determinado em dólares), de um portador norte-americano e o montante em dólares resultante de venda ou outra disposição. Se um imposto brasileiro é retido na venda de uma ação, o montante realizado pelo portador norteamericano incluirá o montante bruto do produto da venda ou disposição antes da dedução do imposto brasileiro. O ganho de capital reconhecido por certos acionistas norte-americanos não incorporados são tarifados com alíquota mínima de 20% em relação à propriedade por mais de um ano. O ganho ou perda de capital, se houver, realizado por um portador norte-americano com a venda de uma Ação Preferencial ou de um ADS Preferencial geralmente é tido como rendimento ou perda na fonte norte-americana para fins de crédito no imposto estrangeiro norte-americano. Conseqüentemente, no caso de disposição de uma Ação Preferencial ou ADR que esteja sujeita a imposto de renda brasileiro (ver “Considerações sobre Impostos Brasileiros – Imposto sobre Lucro”), o acionista talvez não possa utilizar o crédito sobre impostos estrangeiros sobre os impostos brasileiros, a menos que aplique o crédito sobre o imposto norte-americano pago sobre outro rendimento de fonte estrangeira na categoria correta de rendimento ou, como alternativa, pode deduzir dos impostos brasileiros se for elegível a dedução de todos os impostos de renda estrangeiros. Resultado semelhante pode ocorrer quando uma disposição está sujeita ao imposto de renda brasileiro mas não é uma operação tributável para fins de imposto de renda federal norte-americano (por exemplo, um depósito de Ação Preferencial em ADR que está sujeito a impostos no Brasil). Regras para Empresa com Investimento Estrangeiro Passivo Com base na natureza de sua receita projetada e corrente, ativos e atividades, a Empresa não espera que suas Ações Preferenciais e seus ADSs Preferenciais sejam considerados ações de empresa com investimento estrangeiro passivo (“PFIC”) para fins de imposto de renda federal norte-americano. De maneira geral, uma corporação estrangeira é uma PFIC se pelo menos 75% de sua receita bruta no ano fiscal (ou, geralmente, no ano fiscal anterior onde o contribuinte gerenciou ações na corporação) é lucro passivo ou se pelo menos 50% de seus ativos no ano corrente (ou, geralmente, no ano anterior em que o contribuinte possuiu ações na corporação) são receita passiva. Geralmente, lucro passivo para esse fim significa, com certas exceções, dividendos, juros, aluguéis, royalties, anuidades, ganhos líquidos das disposições de certos ativos, ganhos em moeda corrente estrangeiros líquidos, rendimentos equivalentes a juros, rendimentos dos contratos principais nacionais e pagamentos em vez de dividendos. A determinação de quando as Ações Preferenciais ou os ADSs Preferenciais constituem ações de uma PFIC é feita anualmente, e se a Empresa constitui uma PFIC, isso está sujeito a mudanças a qualquer tempo. Sujeito a certas exceções, uma vez que um portador norte-americano de Ações Preferenciais ou de ADSs Preferenciais é tido como acionista de uma PFIC, suas ações remanescentes também estão numa PFIC. Se a Empresa é tida como PFIC, contrariando a discussão em “Considerações sobre o Imposto de Renda Federal Norte-americano - Imposto sobre Ganhos de Capital”, um portador norte-americano está sujeito a regras especiais com respeito a (i) qualquer ganho realizado na venda ou outra disposição de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais e (ii) qualquer “distribuição em excesso” pela Empresa a um portador norte-americano (geralmente qualquer distribuição durante o ano fiscal onde distribuições ao portador norte-americano de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais exceder 125% da média dos impostos anuais distribuídos ao portador norte-americano de Ações Preferenciais ou de ADSs Preferenciais durante os três anos fiscais precedentes ou, se o período for mais curto, o período em que o portador norte-americano detiver Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais). Sob essas regras (i) o ganho ou distribuição em excesso será alocado proporcionalmente pelo período em que o portador norteamericano detiver Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais, (ii) o montante alocado no ano fiscal em que o ganho ou a distribuição excessiva for realizado será taxado como renda ordinária, e (iii) o montante alocado am cada ano anterior, com determinadas exceções, estão sujeitos a impostos com a alíquota mais alta em efeito durante esse ano e os juros cobrados geralmente aplicados a pagamentos a menor de impostos serão obrigatórios nos impostos atribuídos a cada ano referido. Um portador norte-americano que detenha Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais durante qualquer ano em que a Empresa seja PFIC deve registrar no Formulário 8621 de Serviços sobre Rendimentos Internos. As regras especiais de PFIC descritas abaixo não se aplicam a um portador norte-americano caso o mesmo eleja um tempo hábil para considerar a Empresa um “fundo elegível qualificado” no primeiro ano tributável em que o portador norte-americano detenha a Ação Preferencial ou ADR e caso a Empresa concorde com certos requerimentos de relatório. Em substituição, o acionista de um fundo elegível qualificado deve, para cada ano tributável, incluir na renda uma ação pro rata de ganho ordinário do fundo elegível qualificado enquanto rendimento ordinário e uma ação pro rata do ganho líquido de capital do fundo elegível qualificado enquanto ganho de capital de longo prazo, sujeito a eleição separada para o pagamento de impostos diferidos, cujo deferimento está sujeito a tributação da renda. A Empresa ainda não determinou se era PFIC, serão tomadas as providências necessárias para suprir os portadores norte-americanos com as informações necessárias para os relatórios de renda e ganhos referentes à eleição da QEF. Entretanto, é possível que portadores norte-americanos desejem não fazer a eleição caso a Empresa venha a ser PFIC. Assumindo que a eleição seja possível, a eleição de QEF é feita a uma base direta de acionistas e geralmente pode ser revogada apenas com a concordância do Departamento da Receita Federal, ou IRS. O acionista elege a QEF anexando o Formulário 8621 completo do Departamento da Receita Federal, incluindo as demonstrações de informações anuais da PFIC, para a restituição do imposto de renda arquivada dentro do cronograma e arquivando este formulário junto ao Centro de Serviços do Departamento da Receita Federal na Filadélfia, Pensilvânia. Mesmo se a eleição da QEF não foi feita, o acionista de uma PFIC norte-americana deve arquivar o Formulário 8621 completo do Departamento da Receita Federal todo ano. Embora a eleição da QEF geralmente não possa ser revogada, se um portador norte-americano elege a QEF em tempo hábil no primeiro ano tributável que possui uma Ação Preferencial ou ADR e a Empresa é uma PFIC, a eleição da QEF pode ser utilizada em qualquer ano tributável posterior em que a Empresa não obedeça aos critérios para ser PFIC. Se a eleição não é feita no primeiro ano tributável, uma eleição num ano posterior geralmente vai requerer o pagamento de imposto e juros, e em certos casos tal eleição pode estar disponível apenas em datas posteriores. Ao contrário da eleição da WEG, o portador norte-americano de ações de uma PFIC considerada negociável pode escolher assinalar o valor mobiliário anualmente, entendendo como renda ou perda ordinária anual, num montante equivalente à diferença de fechamento entre um ano tributável e o valor de mercado do detentor da PFIC representativa do capital e a base de ajuste do capital da PFIC. Perdas só podem ocorrer como extensão do ganho líquido de mercado incluso anteriormente na renda do portador norte-americano na eleição de anos tributáveis substanciais. Se a eleição de mercado foi feita as regras do segundo parágrafo precedente não se aplicarão em períodos abrangidos pela eleição. De maneira geral, nossa ação será transacionável enquanto as regras do Tesouro significarem que é transacionável, ou em quantidades mínimas em pelo menos 15 dias por trimestre. Relatório de Informação e Retenção de Crédito Subsidiário. Um portador norte-americano de Ações Preferenciais ou de ADSs Preferenciais geralmente está sujeito a relatórios de informação para o serviço de Receita Interno Norte-americano (“IRS”) e para a “retenção de crédito subsidiário” sobre os dividendos pagos ou sobre o produto de venda ou outra disposição de Ação Preferencial ou ADS Preferencial ou pago nos Estados Unidos, exceto se o acionista (i) é uma corporação ou pertence a determinadas outras categorias de isenção, e demonstra este fato quando solicitado, ou (ii) tem seu número de contribuinte corretamente identificado, certificando que ele não está sujeito a retenção de crédito subsidiário, e que está de acordo com a aplicação dos requerimentos das regras de retenção de crédito subsidiário. Qualquer montante retido sob essas regras será creditado de acordo com o passivo do imposto de renda federal norte-americano do acionista, e o acionista norte-americano poderá obter reembolso de qualquer montante retido em excesso registrando a reclamação apropriada de reembolso junto ao IRS. Enquanto acionistas que não são norte-americanos geralmente são isentos da retenção de crédito subsidiário e do relatório de informações sobre pagamentos feitos nos Estados Unidos, um portador que não seja norte-americano pode ser requerido a se enquadrar em procedimentos de certificação da aplicação para estabelecer que não é cidadão norte-americano, para evitar a aplicação dos requerimentos do relatório de informações norte-americano e da retenção de crédito subsidiário. . F. Dividendos e agentes pagantes. Não aplicável. G. Afirmações de experts. Não aplicável. H. Documentos à disposição Os arquivamentos da Companhia estão disponíveis para o público na internet pelo website da Perdigão no http://www.perdigao.com.br. Você pode requerer uma cópia deste arquivamento, e qualquer outro, tais como Relatórios Anuais e Relatórios Trimestrais, sem nenhum custo, escrevendo ou telefonando-nos para o seguinte endereço: Departamento de Relações com Investidores Perdigão S.A. Avenida Escola Politécnica, 760 05350-901 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: (5511) 3718-5306 Fax: (5511) 3718-5297 E-mail: [email protected] Informações de subsidiárias I. Veja “Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas” para uma descrição das subsidiárias da Companhia. ITEM 11. COMENTÁRIOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS SOBRE OS RISCOS DE MERCADO Derivativos Grãos O preço do milho no Brasil é geralmente independente e mais barato que os preços internacionais. O Brasil não é um exportador de milho e sua grande produção doméstica confere auto-suficiência ao país. O país importa milho em anos de safra ruim ou da Argentina quando o custo do transporte para a região nordeste do Brasil é mais barato que o do transporte por caminhão dos estados de Goiás ou Paraná. O preço do milho é determinado no mercado interno; o preço internacional do milho (acrescido do frete e outros custos de importação) é considerado um “teto” dos preços do mercado interno. O preço da soja no Brasil está, geralmente, ligado ao preço no mercado internacional, uma vez que o Brasil é o segundo maior exportador de soja do mundo depois dos Estados Unidos. Os preços no mercado interno são, em geral, mais baratos devido ao frete e outros custos de importação. A empresa supre a maioria de suas necessidades de grãos no mercado doméstico. No Brasil, os preços de milho e soja no mercado futuro não são líquidos, embora a empresa pudesse negociar um hedge de commodity fora do Brasil (por exemplo, em Chicago). O volume de grãos de soja comprados pela Perdigão é pequeno quando comparado aos grandes comerciantes deste grão. A empresa não faz hedge para os preços de milho e de soja, mas compra grãos baseando-se na sazonalidade dos preços futuros, que são resultantes de safras domésticas, clima, safras internacionais e estoques, silos, perdas de grãos e taxas de juros, entre outros. Exposição ao dólar A estratégia da empresa tem sido manter suas operações em um nível de capitalização de aproximadamente 50% do seu capital próprio em relação ao patrimônio total, calculado com base no passivo líquido total. O passivo líquido total é definido como o passivo total menos o montante em aplicações. Em contrapartida, a empresa tem operado com grandes valores em caixa, o que é adequado em termos das necessidades de capital de giro para a compra de grãos e planejamento de estoques dos produtos sazonais assim como em termos de fontes de capital para projetos de expansão e para outros planos de investimentos. Como conseqüência, a companhia apresenta um elevado endividamento total proveniente de empréstimos bancários com taxas de juros menores que as geradas em aplicações. Entretanto, a maioria dos empréstimos bancários é feita em dólares (por exemplo, ACCs, pré-pagamento de exportações, empréstimos do IFC, empréstimo do BNDES-Exim, resoluções do Banco Central, securitização de recebíveis de exportações, financiamento para importações, etc.) o que resulta em uma maior exposição do passivo da empresa aos riscos de desvalorizações do real em relação ao dólar. As receitas de exportação são denominadas em dólares, representando um hedge natural para os empréstimos relacionados às exportações (adiantamentos sobre exportações, exportações pagas antecipadamente e securitização de recebíveis de exportações). Os empréstimos denominados em dólares e não amarrados a atividades de exportação são aqueles em que os hedges da empresa estão em consonância com os riscos de mercado percebidos através de: (i) compra de títulos do governo denominados em dólares, (ii) e negociação de swaps em dólares. Ambos os instrumentos têm forte mercado interno que permitem a Perdigão cobrir a exposição ao risco do dólar por um determinado período de tempo. As seguintes tabelas mostram a exposição da empresa ao risco de moedas estrangeiras: Contratos de Hedge Banco ING Bank ING Bank Data do contrato 26 de dezembro de 2001 20 de dezembro de 2001 Vencimento 23 de dezembro de 2002 16 de dezembro de 2002 Valor de referência em Dólar 10.000.000 10.000.000 (a) PTAX 800 mais 4,20% p.a. (1) PTAX 800 mais 4,50% p.a. (1) (b) Variação do CDI (2) Variação do CDI (2) (1) Variação na taxa de câmbio de venda do Dólar conforme o Banco Central do Brasil. (2) Taxa de certificado de depósito interbancário. O valor de referência de cada contrato é multiplicado pelos índices abaixo de (a) e (b). Se o montante calculado utilizando (a) é maior que o montante calculado utilizando (b), os bancos devem pagar as diferenças para a Empresa. Se (b) for maior que (a), a Empresa deve pagar a diferença para os bancos. Ativos Monetários Líquidos & Passivos Denominados em Moeda Estrangeira Em 31 de dezembro de 2000 e 2001, a Empresa apresentava os seguintes ativos e passivos denominados em moeda estrangeira ou indexados: 31 de dezembro 2001 2000 Ativos monetários: Dólar norte-americano: Caixa e bancos, aplicações financeiras Contas a receber de exportações Outros Passivos monetários: Dólar norte-americano Marco alemão Franco suíço Outros 435.754 44.186 5.006 484.946 431.053 80.493 5.516 517.062 765.218 4.900 3.720 2.936 776.774 630.462 4.002 2.843 14.988 652.295 291.828 135.233 Posição do passivo monetário líquido em moeda estrangeira Principais Transações em Moeda Estrangeira As principais transações da Empresa em moedas estrangeiras, expressas em Reais, foram : Vendas Compras: Imobilizado Matérias-primas e outros Despesas com juros líquidos 31 de dezembro 2001 2000 1.034.845 512.384 28.740 76.112 104.852 14.989 76.944 91.933 7.085 (509) Taxas de Câmbio Em 31 de dezembro de 2000 e 2001, as taxas de câmbio em Reais em relação às moedas estrangeiras foram as seguintes: Dólar norte-americano Marco alemão Franco suíço 31 de dezembro 2001 2000 1,9554 2,3204 0,9417 1,0551 1,2109 1,3912 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE OUTROS TÍTULOS QUE NÃO SEJAM VALORES MOBILIÁRIOS Não aplicável. PARTE II ITEM 13. FALHAS, ATRASOS DE DIVIDENDOS E INADIMPLÊNCIAS Não aplicável. ITEM 14. MODIFICAÇÕES MATERIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DOS TÍTULOS E USO DA RECEITA DA OPERAÇÃO Não aplicável. ITEM 15. [RESERVADO] ITEM 16. [RESERVADO] PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A referência é feita no Item 19 para uma lista de todas as demonstrações financeiras arquivadas como parte deste Relatório Anual. ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Companhia respondeu ao Item 17 em lugar deste Item. ITEM 19. ANEXOS Demonstrações Financeiras. Parecer dos Auditores Independentes.........................................................................................................................F-2 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO—EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 e 2000.......................F-3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 e 2000............................................................................................................................F-5 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 e 2000......................................................................................................................F-6 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 e 2000…………………..........................................................................................F-9 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...........................................................................................................................................................................F-11 Anexos Anexo A – Mapa Logístico e das Unidades Industriais Anexo B – Composição do Endividamento Líquido Anexo A LOGÍSTICA CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIDORES TERCEIRIZADOS UNIDADES INDUSTRIAIS Anexo B COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (Consolidado) POR LINHA DE CRÉDITO MODALIDADE 1) ENDIVIDAMENTO EM MOEDA ESTRANGEIRA PRÉ-PAGAMENTO EXPORTAÇÃO GIRO IMPORT. FINANC. ( US$ ) GIRO IMPORT. FINANC. ( US$ ) INVESTIMENTO IMPORT. FINANC. ( EURO ) INVESTIMENTO IMPORT. FINANC. ( FRANCO ) INVESTIMENTO POC/FINEM ( U.M. BNDES ) INVESTIMENTO I.F.C. GIRO ACC GIRO HEDGE SEM CAIXA (*) RESULTADO DO HEDGE ACE ( Não contábil ) GIRO SUB TOTAL 2) ENDIVIDAMENTO EM MOEDA NACIONAL CUSTEIO GIRO E.G.F. GIRO F.C.O GIRO EXIM - BNDES ( TJLP ) GIRO FINAME INVESTIMENTO POC/FINEM ( BNDES ) INVESTIMENTO DEBÊNTURES (BNDES) INVESTIMENTO INCENTIVOS FISCAIS (Prodec) GIRO HEDGE SEM CAIXA (**) RESULTADO DO HEDGE NPR ( Não contábil ) GIRO SUB TOTAL ENDIVIDAMENTO BRUTO APLICACÕES EM FUNDOS (R$) Fundos Renda Fixa APLICAÇÕES EM CDI ( R$ ) CDB c/ Swap CDI APLICAÇÕES EM 100% CDI ( R$ ) CDB c/ Swap CDI APLICAÇÕES EM LTN's ( R$ ) L.T.N.'s APLICAÇÕES EM TJLP ( R$ ) CDB c/ Swap TJLP APLICACÕES EM NTN-D (US$) Títulos Públicos Federais APLICACÕES EM NBC-E (US$) Títulos Públicos Federais APLICAÇÕES NO EXTERIOR (US$ Títulos BR-04 APLICAÇÕES NO EXTERIOR (US$ Over Night TOTAL APLICAÇÕES ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO SALDO EM MUS$ CURTO 31/12/01 2,3204 LONGO PRAZO PRAZO POSIÇÃO 31/12/2001 EM MUS$. CRONOGRAMA DE VENCIMENTO DO LONGO PRAZO ( VALORES EM MUS$ CONVERTIDOS PELO PTAX DE 2,3204 ) 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 47.627 5.271 1.617 608 521 197 9.047 98.175 117 69.392 232.573 67.500 0 448 0 704 4.958 13.125 6.016 0 0 92.751 47.627 5.271 1.617 608 521 197 9.047 98.175 117 69.392 232.573 67.500 224 510 920 4.375 6.016 79.545 224 194 989 4.375 5.782 989 4.375 5.364 989 989 989 989 82 82 45.326 15.469 194 51.607 314 19.660 4.445 0 28 6.009 143.052 375.625 (56.485) (23.762) (4.631) (19.696) (9.860) (120) (26.625) (53) (27.367) (168.600) 0 0 8.984 37.210 459 74.271 31.848 12.524 0 0 165.295 258.046 0 0 0 0 (9.861) (11.944) (117.520) (2.138) 0 (141.462) 207.026 116.584 323.610 45.326 15.469 194 51.607 314 19.660 4.445 0 28 6.009 143.052 375.625 (56.485) (23.762) (4.631) (19.696) (9.860) (120) (26.625) (53) (27.367) (168.600) 207.026 698 37.210 296 20.425 5.029 63.658 143.203 (9.861) (6.126) (117.520) (133.507) 9.696 1.136 147 17.950 5.774 25.007 30.789 (5.818) (2.138) (7.956) 22.833 1.136 16 14.277 5.774 21.203 26.567 26.567 1.136 9.110 5.774 16.020 17.009 17.009 1.136 7.733 5.774 14.643 15.632 15.632 1.136 2.066 1.489 4.691 4.773 4.773 CP+LP MUS$= 2009 0 1.136 1.711 1.489 4.336 4.336 4.336 ( * ) - A empresa possui Hedge Cambial sem Caixa para proteção de seu passivo em Dólar no valor de MUS$ 20.000. Paga 100% do CDI e recebe variação cambial + 4,35% aa. ( ** ) - A empresa possui Hedge sem Caixa para proteção de seu passivo em TJLP no valor de MR$ 52.027. Paga 100% do CDI e recebe TJLP + 7,50% aa. 1.01 Estatuto Social da Companhia atualmente em vigor. I - DENOMINAÇÃO, SEDE, PRAZO E OBJETO SOCIAL ARTIGO 1º. - A PERDIGÃO S.A. é uma Companhia constituída por instrumento arquivado na JUCESP sob nr. 35300149947, em 14.05.97, a qual se rege por este Estatuto e disposições legais aplicáveis. ARTIGO 2º - A Companhia, cujo prazo de duração é indeterminado, tem sede e foro jurídico na Cidade e Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Escola Politécnica, nr. 760 - 2º andar, Bairro Jaguaré, podendo estabelecer filiais, agências, escritórios e outras dependências em qualquer ponto do território nacional ou do exterior. ARTIGO 3º. - Constituem o objeto social da Companhia: 1) A exploração de abatedouros frigoríficos; 2) A industrialização e comercialização de: a) produtos alimentares em geral, inclusive de seus insumos e subprodutos; b) rações e nutrimentos para animais; c) embalagens de qualquer natureza; d) sabões e detergentes; 3) A prestação de serviços de alimentação em geral; 4) A industrialização, refinação e comercialização de óleos vegetais; 5) A exploração, conservação, armazenamento, ensilagem e comercialização de grãos, seus derivados e subprodutos; 6) A extração, industrialização e comercialização de madeiras; 7) A agricultura, pecuária, suinocultura e avicultura, florestamento e reflorestamento, inclusive a industrialização e comercialização "in natura" sem transformação e industrialização dos produtos dessas atividades; 8) A promoção de atividades, programas, assistência técnica e fomento que objetivem o desenvolvimento da agropecuária nacional; 9) A comercialização no varejo e no atacado de bens de consumo e de produção; 10) O transporte rodoviário de cargas em geral; 11) Os serviços de reparação, manutenção e conservação de máquinas e veículos; 12) A exportação e a importação de bens de produção e de consumo; e 13) A participação em outras sociedades, objetivando a mais ampla consecução dos fins sociais; 14) A participação em projetos necessários a operação dos negócios da Companhia. II - CAPITAL SOCIAL ARTIGO 4º (caput) - O Capital Social é de R$ 490.000.000,00 (quatrocentos e noventa milhões de reais), dividido em 44.652.384 (quarenta e quatro milhões, seiscentos e cinqüenta e dois mil, trezentos e oitenta e quatro ações), sendo 15.471.957 (quinze milhões, quatrocentos e setenta e um mil e novecentos e cinqüenta e sete) ações ordinárias e 29.180.427 (vinte e nove milhões, cento e oitenta mil, quatrocentos e vinte e sete) ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. A Companhia está autorizada a aumentar, independentemente de reforma estatutária, o Capital Social, até o limite de 60.000.000 ações, sendo 20.040.000 ações ordinárias e 39.960.000 ações preferenciais. Salvo deliberações em contrário do Conselho de Administração, os acionistas não terão direito de preferência, em qualquer emissão de ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, cuja colocação seja feita mediante venda em bolsa de valores, subscrição pública ou permuta por ações em oferta pública de aquisição de controle, conforme disposto em Lei. Parágrafo 1º. - As ações são indivisíveis e cada ação ordinária dá direito a um voto nas deliberações das Assembléias Gerais. Parágrafo 2º. - Caberá ao Conselho de Administração autorizar a manutenção das ações ordinárias e/ou preferenciais em conta de depósito na Instituição Financeira que designar. Parágrafo 3º. - A Companhia poderá cobrar dos acionistas o custo dos serviços de transferência da propriedade das ações, desdobramentos e agrupamentos de ações e substituição de certificado. Parágrafo 4º. - Por proposta do Conselho de Administração, a Assembléia Geral pode autorizar a Companhia a emitir e oferecer à subscrição outras classes de ações, além das já existentes, ou o aumento de classes existentes sem guardar proporção com as demais, estabelecendo-se as condições para sua colocação e as vantagens que a elas forem atribuídas. Parágrafo 5º. - Por proposta do Conselho de Administração acompanhada do respectivo plano a Assembléia Geral poderá autorizar a Companhia, dentro do limite de capital autorizado, a outorgar a opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a pessoas naturais que prestem serviços à Companhia ou à Sociedade sob seu controle. Parágrafo 6º. - Não há qualquer restrição estatutária que possa dificultar ou impedir a livre negociação das ações da Companhia. ARTIGO 5º. - Às ações preferenciais são assegurados todos os direitos que a lei confere às ações ordinárias, exceto o direito a voto. Parágrafo 1º - As preferências consistem em: a) prioridade no recebimento de um dividendo fixo cumulativo equivalente a R$ 0,001 (hum milésimo de real) para cada lote de 1.000 (hum mil) ações, participando de lucros distribuídos em igualdade de condições com as ordinárias, depois de a estas assegurado dividendo igual ao mínimo; b) reembolso do capital no caso de liquidação da Companhia, de acordo com o que for deliberado pela Assembléia Geral. Parágrafo 2º - Às ações preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendo fixo cumulativo, na forma do disposto no parágrafo antecendente, é assegurado o direito de recebê-lo, no exercício em que o lucro for insuficiente, à conta das reservas de capital de que trata o § 1º do Art. 182, da Lei 6.404/76. Parágrafo 3º - A Companhia poderá por determinação da Assembléia Geral, em virtude de proposta do Conselho de Administração, emitir em qualquer época novas ações do tipo resgatáveis, observadas condições de mercado para fixação do valor de resgate e época de vencimento. Parágrafo 4º - A Companhia mediante a realização de uma Assembléia Geral. poderá aprovar a conversão parcial de ações preferenciais em ordinárias, à opção do acionista, respeitadas as condições estabelecidas na referida Assembléia. ARTIGO 6º - Por deliberação da Assembléia Geral, em virtude de proposta do Conselho de Administração, o capital social da Companhia pode ser aumentado mediante a capitalização de lucros ou reservas, sendo facultativa a emissão de novas ações correspondentes ao aumento, entre seus acionistas, na proporção do número de ações que possuam. Parágrafo 1º. - As ações preferenciais participarão em igualdade de condições com as ações ordinárias dos aumentos de capital referidos no "caput" deste artigo. Parágrafo 2º. - Pode a Companhia, da mesma forma, elevar o capital social mediante subscrição pública ou particular, sendo permitido que o aumento seja feito parcial ou totalmente, com ações preferenciais ou preferenciais resgatáveis, desde que não ultrapasse o limite máximo de dois terços (2/3) do capital social. Parágrafo 3º. - A mora do acionista na integralização de seu capital importará na cobrança de juros de 1% (um por cento) ao mês, multa de 10% (dez por cento) sobre o valor da prestação, sem prejuízo das demais sanções legais. III - ASSEMBLÉIA GERAL ARTIGO 7º. - A Assembléia Geral, convocada e instalada na forma da lei, e deste estatuto, reunir-se-á ordinariamente dentro dos quatro meses após o término do exercício social e, extraordinariamente, sempre que interesses e assuntos sociais exigirem deliberação dos acionistas. Parágrafo 1º. - Os trabalhos de Assembléia Geral serão dirigidos por mesa composta pelo Presidente do Conselho de Administração, ou seus substitutos e um ou mais secretários por ele designados. Parágrafo 2º. - As deliberações da Assembléia, salvo as exceções previstas em lei, serão tomadas por maioria absoluta de votos presentes, não se computando os votos em branco, mediante processo a ser adotado pelos componentes da mesa. Parágrafo 3º. - Nos últimos sete dias que antecederem cada Assembléia Geral, os serviços de transferência de ações, poderão ser suspensos. Parágrafo 4º. - A primeira convocação da Assembléia Geral deverá ser feita com 15 dias de antecedência, no mínimo; IV - ADMINISTRAÇÃO ARTIGO 8º. - A Administração da Companhia compete ao Conselho de Administração e à Diretoria Executiva, com as respectivas atribuições conferidas por lei e por este Estatuto. Parágrafo 1º. - Os administradores da Companhia são dispensados de prestar caução para garantia de suas gestões. Parágrafo 2º. - É expressamente vedado e será nulo de pleno direito o ato praticado por qualquer administrador, procurador ou funcionário da Companhia, que a envolva em obrigações relativas a negócios e operações estranhas ao objeto social, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, se for o caso, a que estará sujeito o infrator deste dispositivo. ARTIGO 9º. - A Assembléia Geral fixará anualmente o montante global da remuneração mensal dos administradores da Companhia, inclusive benefícios de qualquer natureza e verbas de representação, tendo em conta suas responsabilidades, o tempo dedicado as suas funções, sua competência e reputação profissional e o valor dos seus serviços no mercado, cabendo ao Conselho de Administração, em reunião de seus membros, estabelecer os critérios para o rateio da remuneração de cada Conselheiro e de cada Diretor. V - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ARTIGO 10 - O Conselho de Administração é composto por sete membros efetivos e igual número de suplentes, obrigatoriamente acionistas da Companhia, residentes no país, eleitos pela Assembléia Geral para um período de gestão de dois anos, sendo permitida a reeleição. Parágrafo 1º. - Quando de sua eleição, a Assembléia indicará dentre os membros do Conselho de Administração, um Presidente e um Vice-Presidente, devendo este substituir ao primeiro em suas ausências ou impedimentos, bem como no caso de vacância. Parágrafo 2º. - O Conselho de Administração reunir-se-á ordinariamente, e por convocação do seu Presidente, pelo menos uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário, lavrando-se atas dessas reuniões em livro próprio. Parágrafo 3º. - As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas ordinariamente por seu Presidente, apenas sendo instaladas com a presença de no mínimo 2/3 de seus membros. Parágrafo 4º. - Com exceção das matérias indicadas no artigo 12 deste Estatuto, as deliberações do Conselho de Administração serão tomadas por maioria de votos dos presentes, cabendo a seu Presidente o voto de qualidade nos casos de empate, sem prejuízo do voto singular. Parágrafo 5º. - Ocorrendo vacância no Conselho de Administração, dos cargos de efetivo e de seu suplente, os membros remanescentes indicarão um substituto que exercerá o cargo até a próxima Assembléia Geral, ocasião em que esta elegerá um novo Conselheiro para completar o mandato. No caso de vagas concomitantes superiores a um terço (1/3) de seus membros será convocada a Assembléia Geral, dentro de trinta dias desse evento, para a eleição e posse dos substitutos, cujo mandato coincidirá com o dos demais Conselheiros. ARTIGO 11 - Compete ao Conselho de Administração: 1) Fixar a orientação geral dos negócios da Companhia; 2) Eleger e destituir os diretores da Companhia e fixar-lhes as atribuições e remuneração, observado o disposto neste estatuto; 3) Fiscalizar a gestão dos diretores, examinar a qualquer tempo os livros e papéis da Companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração e quaisquer outros atos; 4) Convocar a Assembléia Geral quando julgar conveniente e nos casos previstos em lei; 5) Manifestar-se sobre o relatório da Administração e as contas da Diretoria Executiva; 6) Estabelecer critérios para o rateio da remuneração obedecendo o montante global fixado pela Assembléia Geral e da participação nos lucros.; 7) Autorizar a Diretoria Executiva a prestar fianças e avais a sociedades controladas e coligadas e eventualmente a terceiros, quando envolverem assuntos relativos às atividades operacionais da Companhia; 8) Autorizar a Diretoria Executiva a colocar produtos e bens móveis e imóveis da Companhia à disposição das empresas controladas e coligadas para que estas as ofereçam em garantia às Instituições Financeiras quando da contratação de financiamentos; 9) Manifestar-se sobre a instalação ou supressão de dependências da Companhia, em qualquer ponto do território nacional ou do exterior; 10) Escolher e destituir os Auditores Independentes; 11) Deliberar sobre a emissão de novas ações; 12) Deliberar sobre a aquisição de ações de emissão da Companhia para cancelamento ou manutenção em tesouraria e, neste último caso deliberar sobre a eventual alienação; 13) Deliberar sobre a emissão de notas promissórias (commercial paper) e outros títulos de crédito assemelhados; 14) Deliberar sobre a emissão de ações, dentro do limite do capital autorizado, fixando a quantidade, espécie e classe das ações, as condições de integralização e os respectivos preços de subscrição e ágio, bem como se será concedido o direito de preferência aos acionistas; 15) Deliberar sobre o levantamento de balanços semestrais ou intermediários, bem como declarar dividendos semestrais ou intermediários à conta de lucros apurados nesses balanços, ou à Conta de Lucros Acumulados ou de Reserva de Lucros existentes no último balanço anual ou semestral, na forma prevista em lei e/ou a distribuição de juros de capital, conforme Lei 9.249/95; 16) Aprovar e definir, previamente, os atos a serem praticados pela Diretoria Executiva da Companhia enquanto acionista e/ou sócia de outras sociedades, indicando, inclusive, o teor do voto a ser proferido pela Companhia, nas assembléias e/ou reuniões de sócios daquelas sociedades de que ela participe; 17) Apresentar proposta para aprovação em Assembléia de outorga de opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a pessoas naturais que prestem serviços à Companhia ou à Sociedade sob seu controle, dentro do limite do capital autorizado.; 18) Autorizar alterações na negociabilidade e emissão de American Depositary Receipts - ADRs. ARTIGO 12 - A aprovação das seguintes matérias dependerá do voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho de Administração: 1) propostas de alterações do estatuto social, que digam respeito à duração da sociedade, objeto social, aumentos ou reduções de capital, exceto quando decorrentes de capitalização de reserva de correção da expressão monetária do capital social, emissão de títulos mobiliários e/ou valores mobiliários, exclusão do direito de preferência na subscrição de ações e demais títulos e/ou valores mobiliários, dividendos, juros de capital, poderes e atribuições da Assembléia Geral, estrutura e atribuições do Conselho de Administração e da Diretoria, e respectivos quorum de deliberações; 2) proposta de cisão, fusão, incorporação, transformação, liquidação, dissolução, nomeação de liquidantes, acordo geral com credores, pedido de concordata, falência, paralisação ou encerramento dos negócios sociais; 3) propostas de criação, aquisição, cessão, transferência, alienação e/ou oneração, a qualquer título ou forma, de: a) participações acionárias e/ou quaisquer valores mobiliários em quaisquer sociedades; b) imóveis de qualquer valor; e c) bens do ativo permanente que representem, isolada ou conjuntamente, valor equivalente a 2,5% (dois e meio por cento) ou mais do patrimônio líquido da Companhia; 4) estabelecer limites por valor, prazo ou tipo de operação, para a contratação de empréstimos, financiamentos ou prestação de garantias, reais ou pessoais; 5) aprovação da realização de despesas e operações de financiamento relativas às atividades de soja, milho e demais insumos não expressamente previstas no orçamento geral, e de operações de "hedging" de qualquer natureza, que envolvam ou não mercados futuros e de opções; 6) concessão e/ou prestação de garantias, de empréstimos, de financiamentos a quaisquer controladas e/ou coligadas da companhia e/ou de seus funcionários; 7) realização de operações e negócios de qualquer natureza com acionistas, seus controladores, controladas e coligadas, os administradores, funcionários e parentes de quaisquer destes; 8) aprovação dos orçamentos anuais e plurianuais gerais integrados (orçamentos das operações, orçamentos de investimentos, e os orçamentos de fluxo de caixa) da sociedade e de suas controladas e coligadas, fixação da política de investimento e da estratégia empresarial. O orçamento anual geral integrado deverá sempre ser aprovado até o mês de Novembro anterior ao ano civil a que se refere, e deverá cobrir os doze meses do exercício seguinte. A qualquer momento durante o ano civil, orçamento da companhia deverá cobrir um período mínimo de 6 (seis) meses. A execução e realização do orçamento aprovado será revista mensalmente nas reuniões ordinárias do Conselho de Administração; 9) eleição da Diretoria Executiva, indicando o Diretor Presidente e seu eventual substituto, em caso de impedimento ou ausência; 10) emissão, recompra, amortização e/ou resgate de ações, debêntures, conversíveis ou não, partes beneficiárias, bônus de subscrição e quaisquer outros títulos e/ou valores mobiliários; 11) estabelecimento da política de pagamento de dividendos; 12) aprovação da cessão, transferência e/ou aquisição de quaisquer direitos referentes a marcas, patentes, processos de produção e de tecnologia. VI - DIRETORIA EXECUTIVA ARTIGO 13 - A Diretoria Executiva será composta por até 08 (oito) Diretores, eleitos por um período de 2 (dois) anos, permitida a recondução, sendo 1 (um) Diretor Presidente, e os demais Diretores com designação e funções a serem propostas ao Conselho de Administração pelo Diretor Presidente, nos termos do Artigo 14 abaixo, todos profissionais que atendam aos parâmetros relacionados no Artigo 16 abaixo. ARTIGO 14 - Individualmente compete aos Diretores: 1) Ao Diretor Presidente: a) convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva; b) representar a Diretoria Executiva nas reuniões do Conselho de Administração; c) submeter à deliberação do Conselho de Administração as propostas da Diretoria Executiva relativas ao plano de investimentos, estrutura orgânica, qualificação de cargos e funções, implantação e reformas do Regimento Interno, e demais regulamentos e normas gerais de operação da Companhia e de suas controladas e coligadas; d) supervisionar e orientar a condução dos negócios sociais e as atividades dos demais Diretores; e) apresentar ao Conselho de Administração, as demonstrações financeiras, os orçamentos de operações e de investimentos, o planejamento financeiro e o fluxo de caixa; f) propor ao Conselho de Administração cargos de Diretores, com ou sem designação especial, e os respectivos titulares para o desempenho de funções específicas que julgar necessárias. 2) Aos demais Diretores, cuja designação será dada pelo Conselho de Administração por sugestão do Diretor Presidente: a) orientar, coordenar e supervisionar as atividades específicas sob sua responsabilidade; b) executar encargos específicos que lhes forem atribuídos por deliberação do Diretor Presidente. ARTIGO 15 - Na definição de funções e atribuições de Diretores, o Diretor Presidente deverá ter em conta que a área financeira e de controle deve concentrar as seguintes atividades: a) elaborar, juntamente com os demais diretores e sob a coordenação do Diretor Presidente, os orçamentos a serem submetidos à aprovação do Conselho de Administração e responder pelo absoluto controle da execução desses orçamentos principalmente no que se refere ao controle do fluxo de caixa; b) orientar a execução da política econômico-financeira, supervisionando as atividades econômico-financeiras, segundo as determinações do Conselho de Administração; organizar e coordenar o sistema de informações necessário à sua atuação bem como supervisionar todas as atividades de controladoria; definir a política de relações com o mercado acionário. ARTIGO 16 - A nomeação da Diretoria Executiva será efetuada pelo Conselho de Administração dentre os candidatos pré-selecionados pelo Diretor Presidente. Para tanto, o Diretor Presidente enviará ao Conselho de Administração uma cópia do "curriculum vitae" do candidato indicado, juntamente com os termos de sua contratação e todas as demais informações necessárias à comprovação de qualificação estabelecida no Artigo 17 abaixo. ARTIGO 17 - A Diretoria Executiva será exclusivamente integrada por profissionais, que tenham comprovada formação teórica, adquirida em cursos ou no exercício de atividades compatíveis com as funções para as quais estejam sendo cogitados. ARTIGO 18 - A Diretoria Executiva, dentro dos limites fixados por Lei e por este estatuto, fica investida de poderes gerais de gestão, que possibilitem a prática de todos os atos necessários ao regular funcionamento da Companhia, com vistas à consecução de seus objetivos sociais. Parágrafo 1º. - A representação ativa e passiva da Companhia, em juízo ou fora dele, bem como, a prática de todos os atos jurídicos competirá a 2 (dois) membros da Diretoria Executiva, em conjunto, com exceção de atos de aquisição, cessão, transferência, alienação e/ou oneração, a qualquer título ou forma, de a) participações acionárias e/ou quaisquer valores mobiliários em quaisquer sociedades; b) imóveis de qualquer valor e bens do ativo permanente, quando então a competência será exclusivamente do Diretor-Presidente, ou do seu substituto em conjunto com outro membro da Diretoria. Parágrafo 2º. - Poderá a Diretoria Executiva, através de dois de seus membros e mediante instrumentos competentes, constituir mandatários com poderes específicos para agirem em nome da Companhia, com vigência até 31 de dezembro de cada ano, ressalvados os mandatos judiciais quanto ao prazo, respeitadas as limitações e restrições mencionadas no parágrafo 1º supra e as estabelecidas pelo Conselho de Administração. ARTIGO 19 - A Diretoria Executiva fará reuniões sempre que necessário, lavrando-se atas dessas reuniões em livro próprio. Parágrafo 1º. - As deliberações da Diretoria Executiva serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Diretor Presidente, ou ao seu substituto, o voto de qualidade, sem prejuízo de seu voto singular. Parágrafo 2º. - O "quorum" mínimo de presença para validade das deliberações da Diretoria Executiva é de 2/3 (dois terços) de seus membros, sempre com a presença do Diretor Presidente ou de seu substituto. Parágrafo 3º. Nas ausências ou impedimentos temporários, os Diretores substituir-se-ão entre si, por indicação do Diretor Presidente. Ocorrendo vacância, o Conselho de Administração designará dentro de 30 (trinta) dias, quem deva preencher a vaga, cujo mandato terá termo coincidente com o dos demais Diretores. VII - CONSELHO FISCAL ARTIGO 20 - A Companhia terá um Conselho Fiscal permanente, composto por no mínimo três e no máximo cinco membros e igual número de suplentes com as atribuições, competência e remuneração previstos em lei. VIII - EXERCÍCIO SOCIAL E RESULTADOS ARTIGO 21 - O exercício social coincide com o ano civil e a seu término a Companhia levantará um balanço geral de suas atividades para apurar o resultado do período, e elaborará as demonstrações financeiras correspondentes para fins de publicação e apreciação pela Assembléia Geral. ARTIGO 22 - Do resultado de cada exercício social será deduzido antes de qualquer participação, os eventuais prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto de Renda. Parágrafo Único - Após procedidas as deduções referidas neste artigo, a Assembléia Geral poderá atribuir aos administradores e funcionários uma participação de até 10% (dez por cento) sobre os lucros remanescentes, respeitadas as limitações legais. ARTIGO 23 - O lucro líquido do exercício terá sucessivamente a seguinte destinação: 1) 5% (cinco por cento) para constituição de Reserva Legal até que atinja a 20% (vinte por cento) do Capital Social; 2) 25% (vinte e cinco por cento) como dividendo mínimo obrigatório, ajustado de acordo com o Artigo 202 da Lei 6.404/76, a ser atribuído a todas as ações da companhia, de qualquer espécie ou classe e/ou o pagamento de juros de capital conforme previsto na Lei 9.249/95; 3) 20%(vinte por cento) para constituição de reservas para aumento de capital, até atingir o limite de 20% (vinte por cento) do Capital Social; 4) O saldo remanescente terá a seguinte destinação: a) Para constituição da reserva para expansão até que atinja a 80% (oitenta por cento) do capital social, objetivando minimizar a eventual redução do capital de giro próprio; ou b) A Assembléia Geral resolverá sobre o destino do saldo, o qual, por proposta legal da administração, poderá ser total ou parcialmente atribuído como: b.1) dividendo suplementar aos acionistas; b.2) saldo que se transfere para o exercício seguinte, como lucros acumulados, quando devidamente justificado pelos administradores para financiar plano de investimento previsto em orçamento de capital”. ARTIGO 24 - Salvo as deliberações em contrário da Assembléia Geral, o pagamento dos dividendos, e/ou juros de capital e a distribuição de ações provenientes de aumento de capital serão efetivadas no prazo de 60 (sessenta) dias da data da respectiva deliberação. Parágrafo único - Por deliberação do Conselho de Administração, nos termos do Artigo 12 acima, pode a Companhia levantar balanços semestrais e intermediários, bem como declarar dividendos à conta de lucros apurados nesses balanços ou de lucros acumulados na forma prevista em lei, e/ou juros de capital conforme a Lei 9.249/95. IX - DISPOSIÇÕES GERAIS ARTIGO 25 - Nos casos de dissidência serão observadas as normas dispostas em lei, e em Acordo de Acionistas arquivado na sede da Companhia, nos termos do artigo 118 da Lei nr. 6.404/76. ARTIGO 26 - A Companhia observará os acordos de acionistas arquivados na sede social, sendo expressamente vedado aos integrantes da mesa diretora dos trabalhos assembleares acatar declaração de voto de qualquer acionista, signatário de acordo de acionistas devidamente arquivado na sede social, que for proferida em desacordo com o que tiver sido ajustado no referido acordo, sendo também expressamente vedado à companhia aceitar e proceder à transferência de ações e/ou à oneração e/ou à cessão de direito de preferência à substituição de ações e/ou de outros valores mobiliários que não respeitar aquilo que estiver previsto e regulado em acordo de acionistas. ARTIGO 27 - Os processos de reembolso abrangerão a totalidade das ações dos acionistas dissidentes. ARTIGO 28 - Os casos omissos neste estatuto reger-se-ão nos termos da lei. São Paulo-SP, abril de 2002. Perdigão S.A. e Controladas Demonstrações contábeis acompanhadas do parecer dos auditores independentes 31 de dezembro de 2000 e 2001 Parecer dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e Acionistas da Perdigão S.A. São Paulo, Brasil Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da PERDIGÃO S.A. (uma empresa brasileira) e controladas (o “Grupo”) em 31 de dezembro de 2001 e 2000 e as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das variações na posição financeira correspondentes aos exercícios dos três anos dos períodos findos em 31 de dezembro de 2001, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas no Brasil e nos Estados Unidos da América. Esses padrões requereram o planejamento e condução dos exames para obtermos uma razoável segurança sobre as demonstrações contábeis. Tais procedimentos incluem a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores principais e as informações contábeis divulgados. Esses procedimentos incluem também a avaliação dos princípios contábeis e das estimativas representativas adotadas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Nós acreditamos que nossos exames constituam base segura para nossa opinião. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas acima representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Grupo em 31 de dezembro de 2000 e 2001, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as variações na posição financeira para cada um dos três anos que compõe o período findo em 31 de dezembro de 2001, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade da Legislação Societária brasileira. As práticas contábeis pela Legislação Societária brasileira diferem em certos aspectos significantes dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (“U.S.GAAP”). A aplicação desses últimos altera os resultados das operações do Grupo para cada um dos três anos que compõe o período findo em 31 de dezembro de 2001 e o patrimônio líquido do Grupo em 31 de dezembro de 2001 e 2000, conforme apresentados na Nota 21 das demonstrações contábeis. 27 de junho de 2002 PERDIGÃO S.A. E CONTROLADAS BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 2001 (Valores expressos em milhares de Reais) A T I V O 31 de dezembro 2000 2001 CIRCULANTE: Disponibilidades Aplicações financeiras Clientes Estoques Impostos a recuperar Impostos diferidos Outros direitos REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: Aplicações financeiras Impostos a recuperar Impostos diferidos Títulos a receber Depósitos judiciais Outros direitos PERMANENTE: Outros investimentos Imobilizado Diferido Total 13.647 642.536 212.243 262.035 36.813 10.417 17.598 11.757 391.219 256.308 318.675 45.301 1.029 18.766 1.195.289 1.043.055 68.866 244 32.512 15.576 5.309 7.934 328.249 4.755 35.314 18.012 7.993 9.268 130.441 403.591 488 854.931 52.863 483 903.640 73.325 908.282 977.448 2.234.012 2.424.094 As notas explicativas anexas são parte integrante deste balanço. PERDIGÃO S.A. E CONTROLADAS BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 E 2001 (Valores expressos em milhares de Reais) P A S S I V O 31 de dezembro 2000 2001 CIRCULANTE: Empréstimos, financiamentos e debêntures Fornecedores Salários e obrigações sociais Obrigações tributárias Dividendos e juros sobre capital próprio Participação dos administradores e empregados Outras obrigações EXIGÍVEL A LONGO PRAZO: Empréstimos, financiamentos e debêntures Obrigações sociais e tributárias Impostos diferidos Provisões para contingências PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Capital social Reservas de capital Reservas de lucros Total 693.919 127.281 39.837 33.101 9.683 696.639 151.292 48.756 34.840 35.177 850 16.455 13.648 33.661 921.126 1.014.013 611.053 24.964 8.535 98.606 598.771 20.721 8.210 109.571 743.158 737.273 14.797 - 415.433 39 139.459 415.433 142 257.233 554.931 672.808 2.234.012 2.424.094 As notas explicativas anexas são parte integrante deste balanço. PERDIGÃO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999,2000 e 2001 (Valores expressos em milhares de Reais) 1999 31 de dezembro 2000 2001 VENDAS: Mercado interno Mercado externo 1.283.904 517.152 1.554.022 512.384 1.754.564 1.034.845 VENDAS BRUTAS 1.801.056 2.066.406 2.789.409 (228.021) (302.753) (355.706) 1.573.035 1.763.653 2.433.703 (1.112.855) (1.336.000) (1.633.483) 460.180 427.653 800.220 (267.429) (27.721) (4.123) (98.295) 4.586 (392.982) (284.058) (31.363) (4.718) (63.219) 7.162 (376.196) (400.907) (35.108) (5.166) (117.678) 1.689 (557.170) 67.198 51.457 243.050 (6.574) 1.305 (3.987) 60.624 52.762 239.063 Imposto de renda e contribuição social Participação dos empregados no lucro Participação dos administradores (12.562) (900) (6.580) (850) (57.168) (10.838) (2.810) LUCRO ANTES DA PART. MINORITÁRIA Participação minoritária 47.162 - 45.332 57 168.247 - LUCRO LÍQUIDO 47.162 45.389 168.247 LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO EM CIRCULAÇÃO NO FINAL DO EXERCÍCIO - R$ 0,0002 1,0198 3,7801 Deduções de vendas RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA Custo das vendas LUCRO BRUTO RECEITAS (DESPESAS ) OPERACIONAIS: Vendas Gerais e administrativas Honorários dos administradores Financeiras líquidas Outros resultados operacionais LUCRO OPERACIONAL Resultado não operacional LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES As notas explicativas anexas são parte integrante desta demonstração. PERDIGÃO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999, 2000 e 2001 (Valores expressos em milhares de Reais) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1998 Impostos diferidos Aquisição de ações próprias (20.000.000 ações) Incentivos fiscais Lucro líquido Reserva legal Reserva para aumento de capital Reserva para expansão Juros sobre capital próprio - R$0,0001 por ação em circulação no final do exercício pagos em 23.06.99 e 22.12.99) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999 Capital social Reservas de capital 415.433 - - - - - 415.433 Capital social Reservas de lucros 66.765 Lucros acumulados - 18 - 482.198 7.419 (26) 2.358 9.433 29.682 18 108.212 Reservas de capital Reservas de lucros Total 47.162 (2.358) (9.433) (29.682) 7.419 (26) 18 47.162 - (13.108) (13.108) - Lucros acumulados 523.663 Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999 Incentivos fiscais Lucro líquido Reserva legal Reserva para aumento de capital Reserva para expansão Juros sobre capital próprio - R$0,3177 por ação em circulação em 31.12.2000 (pagos em 23.06.00, 05.07.00 e 06.12.00) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 Incentivos fiscais Lucro líquido Reserva legal Reserva para aumento de capital Reserva para expansão Dividendos e juros sobre capital próprio R$1,1340 por ação em circulação em 31.12.01 (pagos em 08.06.01, 03.09.01, 05.12.01 e 31.12.01) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 415.433 415.433 - 415.433 18 108.212 - 523.663 21 2.269 9.077 19.901 45.389 (2.269) (9.077) (19.901) 21 45.389 - 139.459 (14.142) - (14.142) 554.931 - 8.413 33.650 75.711 168.247 (8.413) (33.650) (75.711) 103 168.247 - 142 257.233 (50.473) - (50.473) 672.808 39 103 As notas explicativas anexas são parte integrante desta demonstração. PERDIGÃO S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999, 2000 e 2001 (Valores expressos em milhares de Reais) 1999 ORIGENS: Das operações (vide abaixo) De terceiros: Financiamentos a longo prazo Transferência do realizável a longo prazo para o circulante Alienações e transferência do permanente Tributos a longo prazo Outras APLICAÇÕES: Dividendos e juros sobre capital próprio Investimento Imobilizado Diferido Aquisição de ações próprias Transferências do exigível a longo prazo para o circulante Aplicações financeiras a longo prazo Outras VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: DEMONSTRAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE: No início do ano No fim do ano Variação RECURSOS DAS OPERAÇÕES: Lucro líquido Participação minoritária 31 de dezembro 2000 2001 109.175 100.850 278.377 316.286 396.506 298.647 28.510 1.295 8.189 4.111 342.388 14.870 17.932 14.794 22.177 9.858 4.295 467.566 887.340 613.354 13.108 176.423 12.170 26 14.142 20.954 156.357 20.217 - 50.473 28.285 118.578 15.453 - 175.090 138.269 3.804 348.954 66.026 18.332 340.644 295.326 9.716 518.890 644.982 858.475 (51.324) 242.358 (245.121) 83.129 31.805 31.805 274.163 274.163 29.042 (51.324) 242.358 (245.121) 47.162 - 45.389 (57) 168.247 - Depreciação, amortização e exaustão Impostos diferidos Provisões para contingências Encargos financeiros líquidos sobre o longo prazo Resultado na alienação, baixa e transferência do permanente Outros 45.544 (6.949) 12.233 10.866 52.706 (9.854) 11.673 12.712 62.241 (7.682) 361 55.842 4.290 (3.971) (4.594) (7.125) 3.547 (4.179) 109.175 100.850 278.377 As notas explicativas anexas são parte integrante desta demonstração. 2 PERDIGÃO S.A. E CONTROLADAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999, 2000 E 2001 (Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando indicado diferente) 1. CONTEXTO OPERACIONAL Perdigão S.A. (“a Empresa”) é uma “holding” que realiza as operações através de suas controladas (junto com a Empresa, as “Empresas Perdigão”, ou o “Grupo”) conforme descrito abaixo: (a) Perdigão Agroindustrial S.A. (Agroindustrial)—Subsidiária integral cujas principais atividades são a criação, o processamento e a venda de carnes de suínos e aves, o processamento e a venda de massas congeladas e de soja e derivados, e a venda de vegetais congelados. (b) Perdigão Overseas S.A. (Overseas)—Subsidiária integral cuja principal atividade é agir como exportadora. (c) Perdigão Export Ltd. (Export)—Subsidiária integral cuja principal atividade é agir como exportadora. Em 14 de abril de 2000, foi efetivada a associação de participação conjunta entre a controlada Perdigão Agroindustrial S.A. e Batávia S.A., controlada pela Parmalat Brasil S.A. Indústria de Alimentos, na nova sociedade Frigorífico Batávia S.A., constituída para deter e operar a divisão de produtos cárneos com a marca Batavo. Conforme acordado, a controlada Perdigão Agroindustrial S.A. assumiu a gestão operacional da nova sociedade e efetivou também o pagamento de R$20.954 pela aquisição de 51% do capital e em 16 de março de 2001, adquiriu os 49% restantes do capital do Frigorífico Batávia S.A., pelo valor de R$23.820. Em Assembléia Geral Extraordinária de 26 de março de 2001, a mesma controlada incorporou o patrimônio desta subsidiária, sem alteração no capital social e no número de ações. A BRF Trading S.A., sociedade formada com participações iguais pela Perdigão Agroindustrial S.A. e Sadia S.A., com a finalidade inicial de incrementar as exportações em mercados considerados não consolidados como a Rússia e Eurásia entre outros, iniciou suas operações em outubro de 2001, com capital social inicial de R$1.000 e em 31 de dezembro de 2001 o patrimônio líquido era de R$100. As transações no exercício foram pouco representativas. Em setembro de 2001 foi inaugurada filial da controlada Perdigão Agroindustrial S.A. na Itália, com sede em Bologna, sendo responsável pela comercialização e distribuição no mercado italiano e países vizinhos, estando em fase préoperacional. 3 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2.1. Apresentação das Demonstrações Contábeis e Requerimentos da Legislação Brasileira Até 31 de dezembro de 1995 as companhias abertas requeriam a apresentação de suas demonstrações contábeis de acordo com dois métodos: (i) o método da legislação societária, que ainda era válido para fins legais; e (ii) o método da moeda constante, com as demonstrações contábeis com ajuste pela variação de preços, de acordo com os padrões da CVM. Em 26 de dezembro de 1995 o Governo Brasileiro promulgou a Lei No. 9.249 que, entre outras mudanças nas legislações fiscal e societária, eliminou a contabilização dos efeitos da inflação em 1 de janeiro de 1996, para efeitos de relatórios financeiros e fiscais. Em 19 de março de 1996 a CVM baixou a Instrução No. 248 determinando que as demonstrações contábeis trimestrais e anuais sejam preparadas conforme o método da legislação societária (sem contabilizar os efeitos da inflação). Entretanto as empresas podem apresentar informações financeiras adicionais ajustadas pela variação de preços de acordo com os padrões adotados anteriormente. Se uma empresa decide apresentar informações financeiras adicionais ajustadas pela variação de preços no exterior, tais informações também devem ser divulgadas no Brasil. A partir de 1 de janeiro de 1998, de acordo com a SFAS 52 e também com os padrões contábeis internacionais, a economia brasileira deixou de ser considerada hiperinflacionária, que para fins de demonstração é uma economia que acumula inflação de aproximadamente 100% em menos de três anos. Baseada nisso, as demonstrações contábeis da Empresa não contém informações financeiras adicionais ajustadas pela variação de preços a partir dessa data, mas o balanço ajustado de 31 de dezembro de 1997 utiliza a nova base contábil de 1 de janeiro de 1998. Enquanto os padrões contábeis internacionais e norte-americanos admitem a descontinuidade das informações financeiras adicionais ajustadas pela variação de preços em 1 de janeiro de 1998, o GAAP brasileiro estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC continua a requere-las. Como resultado do exposto acima, as empresas brasileiras podem apresentar demonstrações contábeis suplementares com ajuste pela variação de preços. Para fins de relatórios oficiais brasileiros, até 31 de dezembro de 2000 a Empresa preparou suas demonstrações contábeis pelos métodos da Legislação Societária e da moeda constante, e nos anos anteriores as informações financeiras inclusas nas demonstrações contábeis anuais foram preparadas de acordo com o método da moeda constante, conforme discutido abaixo. Em 22 de março de 2001 o CFC baixou a Resolução No. 900/01 alterando o GAAP brasileiro para ajuste contábil pela variação de preços apenas se a taxa de inflação acumulada for igual ou maior que 100% nos três anos que antecedem a data do balanço. Baseada nisso e considerando que as empresas brasileiras tem permissão informal da SEC para apresentar suas demonstrações contábeis de acordo com a legislação societária brasileira, também de acordo com o GAAP brasileiro, a Empresa alterou a base da apresentação de suas demonstrações contábeis consolidadas do método da moeda constante, como nos anos anteriores, para os princípios contábeis estabelecidos pela legislação societária brasileira, conforme discutido abaixo. 4 Como resultado e visando uma apresentação consistente, toda a informação financeira para todos os anos apresentados nas demonstrações contábeis consolidadas anexas foi ajustada de acordo com a legislação societária brasileira. Além disso, conforme a discussão emitida pela Força-tarefa Internacional do Instituto Americano de Contadores Certificados (AICPA), a Empresa apresenta abaixo o resumo das demonstrações contábeis previamente apresentadas para os dois anos anteriores sob o método da moeda constante (valores expressos em milhares de reais constantes em 31 de dezembro de 2000): 31 de dezembro 1999 2000 Ativo: Ativo circulante Realizável a longo prazo Permanente Passivo: Passivo circulante Exigível a longo prazo Participação minoritária Patrimônio líquido Demonstração do resultado: Receita operacional líquida Lucro bruto Lucro antes dos impostos e participações Lucro líquido 835.178 393.148 1.084.347 2.312.673 1.205.469 130.441 1.216.614 2.552.524 790.089 783.065 739.519 2.312.673 921.126 850.845 16.544 764.009 2.552.524 1.873.574 508.824 96.858 82.054 1.831.091 391.909 58.689 50.387 A conciliação do lucro líquido e patrimônio líquido entre a legislação societária brasileira e o método da moeda de poder aquisitivo constante em 31 de dezembro de 1999 e 2000 era conforme descrito abaixo (valores expressos em milhares de reais pela correção monetária em 31 de dezembro de 2000): Patrimônio Líquido 31 de dezembro 1999 2000 Conforme demonstrações financeiras pela legislação societária Atualização monetária para 31 de dezembro de 2000 Pela legislação societária atualizada Imposto de renda diferido sobre efeito da correção monetária dos ativos não monetários Efeito da inflação nos estoques e outros ativos Resultado do método da correção monetária 5 523.663 52.138 575.801 569.728 569.728 (96.129) 10. 117 249.730 739.519 (107.687) 10.180 308.332 780.553 Lucro Líquido 31 de dezembro 1999 2000 Conforme demonstrações contábeis pela legislação societária Atualização monetária para 31 de dezembro de 2000 Pela legislação societária atualizada Atualização monetária de estoques e outras contas Resultado da correção monetária do balanço 47.162 4.696 51.858 7.606 22.590 82.054 45.389 45.389 63 4.935 50.387 As demonstrações contábeis anexas são traduzidas e adaptadas das originais emitidas no Brasil, sob o método da legislação societária. Algumas reclassificações e mudanças na terminologia foram feitas e essas notas foram expandidas, para se aproximarem das práticas que prevalecem nos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (“USGAAP”). a. O Método da Legislação Societária O método da legislação societária é considerado a base do GAAP brasileiro, exceto no que concerne a duas diferenças: (a) o reconhecimento dos efeitos da inflação e (b) o desconto a valor presente de ativos e passivos monetários a taxas fixas. Conforme mencionado acima, a Legislação Societária interrompe e proíbe a contabilização dos efeitos da inflação em 1 de janeiro de 1996 e não permite o desconto em tais ativos e passivos, enquanto que o GAAP brasileiro requer quando os mesmos são relevantes. As demonstrações contábeis pela legislação societária foram e continuam sendo a base de cálculo para o imposto de renda e os direitos dos acionistas, bem como a contabilização de dividendos em dinheiro e distribuições de dividendos. b. Método da Moeda Constante Pelo método da moeda constante todos os valores históricos em reais expressos nas demonstrações contábeis e notas estão em poder de compra constante da moeda na data do último balanço, de acordo com os padrões descritos pela CVM para companhias abertas. Esses padrões exigem que todas as transações e balanços arquivados na contabilidade estatutária da empresa sob o método da legislação societária seja corrigido monetariamente para refletir os efeitos da inflação (mensurado por um índice de inflação específico) na data em que ocorreram ou na que foram gerados para a data do último balanço. Ativos e passivos monetários significantes que incluem inflação antecipada e taxa pré-fixada são ajustados a valor presente na data do balanço com base na média das taxas de juros da Associação Nacional de Bancos de Investimento e Desenvolvimento (“ANBID”). Os ganhos e perdas nos ativos e passivos monetários atribuídos a variações no índice, calculados a uma base mensal, foram classificados nas receitas ou despesas correspondentes que compõe a demonstração do resultado. O US GAAP permite que empresas situadas em países com economias com inflação elevada preparem suas demonstrações contábeis ajustadas pela variação de preços de acordo com 6 padrões substancialmente equivalentes aos estabelecidos pela CVM, utilizando um índice apropriado. c. Índices de Variações de Preços A Unidade Fiscal de Referência – UFIR (a “UFIR”) foi o índice definido pelo governo para fins de ajuste de inflação nas demonstrações contábeis pelo método da legislação societária até 31 de dezembro de 1995, e foi também o índice definido pela CVM para as demonstrações contábeis em moeda constante. A UFIR refletiu em diferentes momentos a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI e IGP-M). A tabela abaixo compara a variação desses índices nos períodos indicados. Índices do Governo/Taxas: Unidade Fiscal de Referência – UFIR Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC Índices Inflacionários Independentes: Índice Geral de Preços de Mercado – IGP-M Índice Geral de Preços de Disponibilidade Interna – IGP-DI Desvalorização: Real versus Dólar Norte-americano Anos encerrados em 31 de dezembro de, 1999 2000 2001 (Variação Percentual) 5,1 8,9 8,4 5,3 9,4 20,1 20,0 9,9 9,8 10,4 10,4 48,0 9,3 18,7 3. RESUMO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis da Empresa estão em conformidade com os princípios fundamentais de contabilidade aceitos no Brasil, os quais diferem em certos aspectos do U.S. GAAP. Assim, informações adicionais foram incluídas nas demonstrações contábeis para estarem de acordo com as regulamentações da SEC (Comissão de Valores Mobiliários norte-americana) para registrantes estrangeiros. Ver Nota 21 para diferenças e conciliação de patrimônio líquido e lucro líquido sob ambos os princípios . 3.1. Demonstrações Contábeis Consolidadas Apresentadas As demonstrações contábeis consolidadas foram elaboradas com base nas demonstrações contábeis individuais da Perdigão S.A. e suas controladas indicadas na Nota 1; todas as transações e saldos entre as companhias foram eliminados. As demonstrações contábeis consolidadas são apresentadas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, de acordo com as regras complementares da CVM – Comissão de Valores Mobiliários do Brasil. 3.2. Práticas contábeis (a) Caixa e Bancos—Considerados os investimentos em caixa temporários de alta liquidez, registrados ao custo acrescido de juros auferidos até a data do balanço. (b) Aplicações Financeiras—Registradas ao custo acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, com datas de vencimento original de doze meses ou menos (Nota 4). 7 (c) Clientes—Apresentados líquidos da provisão para eventuais perdas, a qual foi constituída com base na análise dos créditos em aberto, levando-se em conta os riscos na realização dos mesmos, sendo considerada pelos administradores suficiente para cobrir eventuais perdas (Nota 6). (d) Contas a Receber e Passivos—Ativos e passivos em moeda estrangeira são convertidos para Reais com base na taxa de câmbio utilizada na data do balanço patrimonial. Ativos e passivos são apresentados em Reais e indexados com base nos respectivos índices contratuais. Variações monetárias são reconhecidas totalmente ao resultado. (e) Estoques—Avaliados ao custo médio de aquisição ou formação e inferiores aos custos de reposição ou de realização (Nota 7). (f) Imobilizado— Demonstrado pelo custo de aquisição, formação ou construção. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base nas taxas descritas na Nota 9 e as exaustões com base na utilização, sendo absorvidas no custeio da produção ou diretamente no resultado do exercício. Os juros incorridos em novas imobilizações, foram apropriados aos custos das obras em construção. (g) Diferido— Demonstrado pelo custo de aquisição, sendo absorvidos no custeio da produção ou diretamente no resultado do exercício e amortizados conforme descrito na Nota 10. (h) Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro— Esses impostos são determinados de acordo com a legislação atual e incluem receita diferida e contribuição social (Nota 12). (i) Provisões para Contingências— Constituídas com base na análise das contingências, levando-se em conta os riscos e estimativas, sendo consideradas adequadas pela administração para cobrir eventuais perdas (Nota 13). (j) Reservas de Reavaliações—A realização é computada com base na depreciação e baixa dos ativos relacionados. A amortização foi debitada a lucros acumulados. (k) Lucro por ação—Esses valores são calculados utilizando as ações em circulação na data do balanço patrimonial. As ações eram apresentadas em milhares pois eram negociadas em lotes de mil até 20 de junho de 2000. A partir desta data, a Assembléia Geral Extraordinária aprovou um grupamento das ações na proporção de 5.000 por 1, e passaram a ser negociadas individualmente, sem modificação do capital social. (l) Férias de Empregados e Outros Benefícios—Férias e outros benefícios trabalhistas são reconhecidos no resultado seguindo o regime de competência. (m) Participação dos Administradores—Os administradores têm direito a uma participação a cada ano nos lucros com base em determinadas metas alcançadas. O montante da participação é reconhecido no resultado do período em que o lucro é atingido. (n) Reconhecimento Contábil de Receita—A empresa reconhece contabilmente a receita quando entrega seus produtos no mercado local e quando embarca seus produtos para a exportação. (o) Uso de Estimativas—Na preparação das demonstrações contábeis de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade aceitos no Brasil (Legislação Societária), a Empresa 8 efetua certas estimativas em relação aos registros ativos, passivos e transações. Resultados reais no futuro podem diferir das estimativas, incluídas nessas demonstrações contábeis. 4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro 2000 2001 Moeda nacional: Fundos de Renda Fixa Certificado de Depósito Interbancário – CDI Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP + Juros Letras do Tesouro Nacional – LTN Outras Moeda estrangeira: Notas do Banco Central – NBC-E Notas do Tesouro Nacional – NTN-D Outras Curto prazo Longo prazo 236.122 39.527 275.649 131.068 65.884 45.761 45.702 288.415 187.477 230.245 18.031 435.753 711.402 334.474 27.992 68.587 431.053 719.468 642.536 68.866 391.219 328.249 Fundos de Renda Fixa: Investimentos com base em taxas de depósitos interbancários com liquidez diária, lastreados a taxas de certificados de depósitos interbancários (CDI), em Reais. Certificado de Depósito Interbancário – CDI: Investimentos que garantem rendimentos a base da variação diária do CDI . Taxa de Juros de Longo Prazo –TJLP + Juros: Investimentos que garantem rendimento a base da variação da TJLP, mais juros de 5,52% ao ano. Letras do Tesouro Nacional – LTN’s: Investimentos que garantem rendimentos de 16,11% ao ano. Notas do Banco Central – NBC’s: Investimentos com base na variação cambial entre Reais e Dólares mais taxa de juros de 7,50% a 13,21% ao ano. Notas do Tesouro Nacional – NTN’s: Investimentos com rendimentos baseados na taxa de câmbio entre Reais e Dólares mais taxa de juros de 9,49% a 10,10% ao ano. A Empresa possui aplicações em Dólar no montante de R$431.053 em 31 de dezembro de 2001, com o objetivo de reduzir o risco de desvalorização relacionado às dívidas em Dólar, que totalizavam R$593.865 em 31 de dezembro de 2001 (Ver também a Nota 5). As datas de vencimento desses investimentos variam de janeiro de 2002 a dezembro de 2004, embora tenham liquidez imediata. A Empresa pretende manter esses investimentos até seus vencimentos. 9 Para os investimentos de curto prazo, R$382.668 em 2000 e R$77.449 em 2001 vencem 90 dias após as datas dos balanços patrimoniais. 5. DERIVATIVOS E POSIÇÃO EM MOEDA ESTRANGEIRA Uma parcela do endividamento da Empresa é em Dólar ou outras moedas estrangeiras. Para reduzir o risco de que as disponibilidades de recursos da Empresa não serem suficientes para pagar o passivo em dólar no caso de desvalorização excessiva nos percentuais apurados nos últimos anos, a Empresa celebrou contratos de “swap” com diversos bancos. Os contratos em vigor em 31 de dezembro de 2001 são resumidos conforme segue: Valor de referência em Dólar Banco Data do contrato Vencimento ING Bank 26 de dezembro de 2001 23 de dezembro de 2002 10.000.000 PTAX 800 Variação mais 4,20% do CDI p.a. (1) (2) ING Bank 20 de dezembro de 2001 16 de dezembro de 2002 10.000.000 PTAX 800 mais 4,50% p.a. (1) (a) (b) Variação do CDI (2) (1) Variação na taxa de câmbio de venda do Dólar conforme o Banco Central do Brasil. (2) Taxa de certificado de depósito interbancário. O valor de referência de cada contrato é multiplicado pelos índices abaixo de (a) e (b). Se o montante calculado utilizando (a) é maior que o montante calculado utilizando (b), os bancos devem pagar as diferenças para a Empresa. Se (b) for maior que (a), a Empresa deve pagar a diferença para os bancos. A Empresa contabiliza ganhos e perdas não realizados na data de cada balanço patrimonial e ganhos ou perdas registrados no período aplicável. A Empresa registrou perdas nesses contratos de R$6.633 em 2000 e ganhos de R$70.164 em 1999 e R$ 18.335 em 2001. O passivo denominado em moeda estrangeira da Empresa foi superior ao ativo denominado em moeda estrangeira em R$135.233 em 31 de dezembro de 2001. Os financiamentos da Empresa em moeda estrangeira em 2002 e 2003 somam aproximadamente R$150.628. Os outros passivos de longo prazo estão sujeitos a riscos com as variações da taxa de câmbio, no entanto, a Empresa acredita que o valor das exportações, baseado em moedas estrangeiras estáveis, será suficiente para pagar esses passivos em seus vencimentos. Os valores de mercado dos ativos e passivos financeiros não divergem significativamente dos correspondentes valores contábeis, na extensão em que foram pactuados e registrados por taxas e condições praticadas no mercado para operações de natureza, risco e prazo similares. No caso dos contratos de “swap”, o valor de mercado foi apurado com base na projeção das taxas até o vencimento dos contratos e descontado à taxa do CDI, calculados na data do balanço para transações de prazos similares. 10 A política de atuação nas operações financeiras é definida pela Diretoria Executiva, a partir do estabelecimento de estratégias e limites de exposição, previamente submetidos ao Conselho de Administração. Em 31 de dezembro de 2000 e 2001, a Empresa apresentava os seguintes ativos e passivos denominados em moeda estrangeira ou indexados: 31 de dezembro 2000 2001 Ativos monetários: Dólar norte-americano: Aplicações financeiras Contas a receber de exportações Outros Passivos monetários: Dólar norte-americano Marco alemão Franco suíço Outros Posição do passivo monetário líquido em moeda estrangeira 435.754 431.053 44.186 5.006 484.946 80.493 5.516 517.062 765.218 4.900 3.720 2.936 776.774 630.462 4.002 2.843 14.988 652.295 291.828 135.233 As principais transações da Empresa em moedas estrangeiras, expressas em Reais, foram : 31 de dezembro 2000 2001 512.384 1.034.845 Vendas Compras: Imobilizado Matérias-primas e outros Despesas com juros líquidos 28.740 76.112 104.852 14.989 76.944 91.933 7.085 (509) Em 31 de dezembro de 2000 e 2001, as taxas de câmbio em Reais em relação às moedas estrangeiras foram as seguintes: 31 de dezembro 2000 2001 1,9554 2,3204 0,9417 1,0551 Dólar norte-americano Marco alemão 11 Franco suíço 1,2109 1,3912 6. CLIENTES 31 de dezembro 2000 2001 Curto prazo: Em reais Provisão para créditos duvidosos Em moeda estrangeira Longo prazo: Em reais Provisão para créditos duvidosos 168.934 (877) 44.186 212.243 179.962 (4.147) 80.493 256.308 9.524 (6.307) 3.217 10.387 (6.924) 3.463 A provisão para créditos duvidosos é determinada com base nas perdas históricas sobre os saldos de clientes dos últimos anos, conforme segue: 0,58% em 2000 e 1,04% em 2001. Esforços de cobrança sobre os vencidos são efetuados, incluindo contatos diretos com os clientes, e cobrança através de terceiros. Quando esses esforços não surtem efeito, processos legais são necessários ou os títulos são baixados ou reclassificados para o longo prazo. Para as contas a receber de longo prazo submetidas a processos legais, é efetuada uma provisão para perdas de 66,67%, com base na experiência em perdas. 7. ESTOQUES Produtos acabados Produtos em elaboração Matérias-primas Materiais secundários e embalagens Animais Adiantamentos a fornecedores e importações em andamento 31 de dezembro 2000 2001 56.600 74.986 11.820 14.083 39.863 18.691 44.674 53.359 102.421 139.879 6.657 262.035 17.677 318.675 8. IMPOSTOS A RECUPERAR 31 de dezembro 2000 2001 12.962 21.412 19.980 16.437 3.939 12.150 ICMS Imposto de renda IPI 12 Outros 176 37.057 57 50.056 Curto prazo Longo prazo 36.813 244 45.301 4.755 Referem-se a créditos a serem realizados pela Empresa e suas controladas, através de compensação com impostos e contribuições. 9. IMOBILIZADO Taxa anual de Deprec. (%) Edificações e benfeitorias Máquinas e equipamentos Instalações elétricas e hidráulicas Florestas e reflorestamento Outros 4 a 10 10 a 20 10 Várias 10 a 20 (-)Depreciações e exaustões acumuladas Terrenos Imobilizações em andamento - 31 de dezembro 2000 2001 385.483 335.576 25.759 12.523 15.042 774.383 (202.931) 571.452 84.637 198.842 854.931 463.944 469.060 33.511 13.539 17.537 997.591 (254.679) 742.912 86.953 73.775 903.640 Foram registrados no custo das obras em andamento da unidade de Rio Verde – GO, juros de R$15.312 em 2001 (R$20.753 em 2000). Os investimentos previstos no orçamento de capital para 2002, abaixo demonstrado, serão realizados com recursos de instituições financeiras e próprios: Investimentos: Unidade de Rio Verde - GO Novos projetos nas plantas industriais atuais e área comercial Projetos de automação, produtividade e melhorias nas plantas industriais, área comercial e administrativa 28.521 55.478 46.467 130.466 10. DIFERIDO Taxa anual de Amortiz. (%) Gastos pré-operacionais na unidade de Rio Verde - GO 2a5 13 31 de dezembro 2000 2001 32.503 49.329 Implantação de sistema de gestão integrada (R/3 da SAP) Ágio na aquisição de participação Outros 20 20 várias Amortização 20.224 4.945 7.098 64.770 (11.907) 52.863 20.519 18.888 1.183 89.919 (16.594) 73.325 Os gastos pré-operacionais com a unidade de Rio Verde – GO, estão sendo diferidos e amortizados proporcionalmente a utilização da capacidade de produção até meados de 2003, quando atinge a plena capacidade, e a partir daí, à razão de 10% ao ano. Conforme divulgado anteriormente, a Empresa assumiu a administração operacional e obteve o controle acionário do Frigorífico Batávia S.A. por meio de uma série de transações. Em 14 de abril de 2000, a Empresa adquiriu inicialmente 51% do capital total do Frigorífico Batávia por R$ 20.954. Então, em 16 de março de 2001, a Empresa adquiriu os 49% remanescentes por R$ 23.820. Subseqüentemente, o Frigorífico Batávia foi incorporado pela Empresa. A aquisição inicial de 51% do capital total do Frigorífico Batávia e a subsequente compra dos 49% restantes foram contabilizadas utilizando o método de compra descrito no Parecer No. 16 do Comitê de Princípios Contábeis (APB – USA) – “Combinações de Negócios” e os resultados operacionais do Frigorífico Batávia foram incluídos nos Balanços Consolidados da Companhia desde as datas de cada aquisição. Para fins de “US GAAP”, o preço de cada aquisição foi alocado baseado no valor real dos ativos adquiridos, inclusive intangíveis e obrigações assumidas. A aquisição inicial de 51% do capital acima descrito resultou em ágio de R$5.494, que está sendo amortizado em 5 anos pelo método linear. A aquisição subseqüente dos 49% restantes, a apropriação dos ativos em valor real e as obrigações resultaram em ágio de R$ 13.394, que está sendo amortizado em 5 anos pelo método linear. A apropriação do valor da segunda aquisição é baseada em dados preliminares e poderá sofrer alteração conforme forem obtidas informações finais de avaliação. Entretanto, devido a natureza dos ativos adquiridos e das obrigações assumidas, a apropriação final do valor de compra não deverá diferir do valor inicial. A tabela abaixo apresenta a contribuição do Frigorífico Batávia S.A. no resultado consolidado das Empresas, das operações no ano findo em 31 de dezembro de 2000: 31 de dezembro de 2000 125.638 (116) Vendas Lucro Liquido 11. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES 31 de dezembro 2000 2001 Vencimento Longo prazo: 2002 2003 2004 2005 2006 2007 a 2023 285.580 137.119 56.902 47.267 27.076 57.109 611.053 693.919 Curto prazo 14 332.287 71.446 61.647 39.468 93.923 598.771 696.639 1.304.972 1.295.410 31 de dezembro 2000 2001 577.121 701.545 593. 727.851 865 Moeda Nacional Estrangeira Os empréstimos, financiamentos e debêntures, por linha de captação e as respectivas taxas de juros, são como segue: Linha Curto prazo: Moeda nacional: Custeio Giro Imobilizado Debêntures Moeda estrangeira: Giro Pré-pagamentos de exportação Câmbio (ACC) Imobilizado Longo prazo: Moeda nacional: Giro Imobilizado Debêntures Moeda estrangeira: Giro Pré-pagamentos de exportação Câmbio (ACC) Imobilizado Taxa média ponderada anual 31 de dezembro 2000 2001 8,75% 1,40% + TJLP(*) 2,57% + TJLP(*) 6,00% + TJLP(*) 89.593 669 44.159 10.026 144.447 6,56% + v.c. 137.233 3,44% + v.c. 4,98% + v.c. 5,65% + v.c. 209.417 191.975 10.847 549.472 693.919 110.514 227.805 6.831 378.645 696.639 9,46% 2,54% + TJLP(*) 6,00% + TJLP(*) 186.623 175.832 70.219 432.674 136.248 173.404 73.899 383.551 6,66% + v.c. 42.041 30.445 4,34% + v.c. 3,75% + v.c. 10,68% + v.c. 130.034 6.304 156.627 13.960 14.178 178.379 215.220 611.053 141.068 120.264 46.347 10.315 317.994 33.495 598.771 (*) TJLP – Taxa de juros de longo prazo brasileira, cujas médias foram de 10,75% e 9,50% em 2000 e 2001 respectivamente. 15 A Perdigão Agroindustrial S.A. e suas controladas mantém financiamentos garantidos por um grupo de bancos para futuras exportações. Os clientes no exterior remetem os pagamentos das faturas diretamente a esses bancos. Esses contratos de financiamento tem carência de 12 a 18 meses e tem vencimentos de janeiro de 2002 a dezembro de 2003. O saldo desses financiamentos era composto conforme segue: Curto prazo Longo prazo 2000 209.417 130.034 339.451 2001 110.514 156.627 267.141 A controlada Perdigão Agroindustrial S.A. mantém contrato de financiamento junto a Internacional Finance Corporation – IFC, com vencimento final em 15 de julho de 2005, no montante atual de R$51.447 (R$60.883 em 2000). Com relação a esse financiamento, a Perdigão Agroindustrial S.A. deve manter certos índices financeiros, sendo os mais importantes : • Quociente de liquidez corrente deve ser no mínimo 1,2. • Financiamentos de longo prazo em relação ao capital próprio não pode exceder 60:40. • O índice de cobertura para o serviço da dívida não pode ser inferior a 1,25. A Empresa também tem certas restrições a fazer novos financiamentos ou adquirir outras operações. Na opinião dos administradores da Empresa, eles estão de acordo com os acordos do financiamento. Em Assembléia Geral Extraordinária da controlada Perdigão Agroindustrial S.A. de 30 de junho de 1998, foi aprovada a emissão privada, para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, de 58.595 debêntures simples, com valor nominal unitário de R$1 e prazo de resgate entre 15 de junho de 2001 a 15 de dezembro de 2007, tendo sido totalmente integralizadas de 26 de agosto de 1998 a 27 de março de 2000. Em 21 de novembro de 2000, foi aprovada a 2ª emissão privada de até 23.355 debêntures simples, também para o BNDES, com valor nominal unitário de R$1, e prazo de resgate entre 15 de dezembro de 2003 a 15 de junho de 2010, tendo sido totalmente integralizadas. As Empresas Perdigão concederam, com o fim de atender exclusivamente suas operações, R$819.673 em avais, R$626.514 em hipoteca de bens e avais, R$10.844 em alienação fiduciária para garantia de empréstimos, financiamentos e debêntures e R$53.430 em hipoteca de bens para garantia de outras obrigações. 12. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO Cálculo da provisão do Imposto O lucro tributável é determinado pelo ajuste do lucro antes dos impostos, pelas despesas não dedutíveis, pelas receitas não tributáveis (que consistem nos dividendos pagos à Empresa) e pelo efeito das diferenças temporárias. A provisão para imposto de renda é, então, determinada pela aplicação da alíquota de imposto de renda sobre o lucro tributável. Nos períodos em que o imposto de renda computado resulta em prejuízo fiscal e existe imposto de renda diferido compensável, a empresa efetua a compensação com tais prejuízos fiscais. Incentivos Fiscais 16 Relacionam-se a uma parcela do imposto de renda a ser pago e são representados por um investimento em fundos de desenvolvimento aprovados pelo Governo Federal. Após o pagamento do imposto de renda, a Empresa recebe o investimento feito em um determinado projeto; o investimento pode, ainda, ser mantido ou vendido. O efeito desses incentivos é registrado como um crédito no patrimônio líquido da controlada. Conciliação do Imposto de Renda O imposto de renda a taxas legais é conciliado ao valor discriminado como despesas com imposto de renda nessas demonstrações contábeis, como seguem: 1999 Alíquota de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro Impostos Diferenças permanentes: Juros sobre capital próprio Incentivos fiscais Outras adições/exclusões permanentes Despesa de imposto efetivo 31 de dezembro 2000 2001 37,00% 34,00% 34,00% (22.258) (17.938) (77.597) 4.849 1.331 3.516 (12.562) 4.808 2.299 4.251 (6.580) 16.320 1.425 2.684 (57.168) Os créditos sobre o imposto de renda estão sujeitos à revisão pelas autoridades fiscais por um período de cinco anos da data da declaração. A empresa pode estar sujeita à cobrança adicional de tributos, multas e juros como resultado dessas revisões. Os efeitos tributários das diferenças temporárias que geram impostos diferidos são como seguem: 31 de dezembro 2000 2001 Ativo: Provisões para contingências Prejuízos fiscais Base cálculo negativa da CSSL Curto prazo Longo prazo Passivo exigível a longo prazo: Reserva de reavaliação a realizar Depreciação acelerada incentivada 17 26.516 11.216 5.197 42.929 10.417 32.512 32.897 1.778 1.668 36.343 1.029 35.314 5.234 3.301 8.535 5.140 3.070 8.210 34.394 28.133 Os prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro referem-se a créditos reativados em decorrência da adesão ao REFIS (Nota 18). 13. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS A Empresa e suas controladas estão envolvidas em certos assuntos legais que se originam do curso normal do negócio, que incluem processos cíveis, administrativos, tributários, de seguridade social e trabalhistas. A Empresa classifica o risco de perda nos processos legais como “remotos”, “possíveis” ou “prováveis”. As provisões tomadas pela Empresa em suas demonstrações contábeis em relação a tais processos refletem razoavelmente as perdas estimadas/prováveis como determinadas pela Administração da Empresa com base em seus representantes legais. Na opinião da Administração, exceto nos casos citados abaixo, não há nenhum processo no qual a Empresa ou uma de suas controladas sejam parte, ou alguma de suas propriedades esteja sujeita, que não esteja provisionada, ou que individualmente ou em conjunto, possa haver efeitos materiais adversos nos resultados operacionais ou na posição financeira da Empresa. As reservas apresentavam os seguintes valores: 31 de dezembro 2000 2001 Tributárias: ICMS (a) Imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSSL) (b) FUNRURAL (c) Outros (d) Trabalhistas (e) Cíveis, comerciais e outras: Ações indenizatórias - doenças e acidentes (f) Outros (g) 29.150 11.871 17.964 2.188 24.131 73.433 24.453 2.440 46.521 85.285 14.586 10.309 4.266 6.321 10.587 5.818 8.159 13.977 98.606 109.571 (a) Algumas unidades da empresa vêm discutindo, administrativa e judicialmente, determinadas normas estaduais relativas ao ICMS, assuntos relacionados com a correção monetária de créditos de imposto, isenções de alguns ítens, certos incentivos fiscais e redução da base de cálculo, entre outros. O montante potencial da reclamação totaliza R$11.871, que foi totalmente provisionado baseada em parecer de seus assessores legais de que a perda é provável. (b) Baseado em um mandado de segurança, a Empresa reconheceu a correção monetária especial em julho e agosto de 1994 (42,76%), quando a moeda brasileira mudou de “cruzeiro 18 (c) (d) (e) (f) (g) real” para “real”. A Empresa considerou esta correção monetária como um item dedutível, para fins de determinação de imposto de renda e contribuição social, o qual foi basicamente uma recuperação do período de perda inflacionária. Contudo, a legislação brasileira de imposto de renda não reconheceu esta perda inflacionária. De acordo com os assessores legais da Empresa, este assunto não foi revisto pelo Supremo Tribunal Federal, mas baseada na opinião dos assessores legais, a Empresa registrou o total montante da contingência. As autoridades de seguridade social emitiram um auto de infração, baseada na Lei Complementar Nº 11/71, para cobrança do FUNRURAL, totalizando R$2.440, de setembro de 1989 a outubro de 1991, devido à parcela dos pagamentos aos integrados relacionados a animais, ração, medicamentos e outros, com base nas regras do acordo de parceria. De acordo com o entendimento da Empresa, a Lei Nº 7.787, de 30 de setembro de 1989, extinguiu o FUNRURAL nestas transações a partir de setembro de 1989. Contudo, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o débito do FUNRURAL durante este período é devido. Desta forma, a Empresa provisionou R$2.440 como passivo. O FUNRURAL neste tipo de transação foi extinto a partir de novembro de 1999. Outros impostos de seguridade social, totalizando R$14.173 estão em discussão, no entanto, de acordo com a opinião dos assessores legais, não é provável que a Empresa perca estes processos. O litígio listado neste item refere-se aos seguintes impostos: ICMS e IPI (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços e imposto sobre os produtos industrializados), respectivamente, IRPJ e CSSL (imposto de renda e contribuição social), PIS e FINSOCIAL (programa de integração social e contribuição para o financiamento da seguridade social), ISS (imposto sobre serviço municipal), e INSS e FUNRURAL (sobre seguridade social e outros impostos sobre salário) entre outros. Há 245 processos para um total de R$367.105 com quantias individuais variando de R$0.008 a R$66.184 para o qual a reserva para eventuais foi baseada na opinião dos assessores jurídicos externos e da empresa. A Empresa e suas controladas têm 672 reclamações trabalhistas individuais totalizando R$145.206 em 31 de dezembro de 2001, principalmente relacionados a horas extras e ajustes inflacionários dos salários requeridos anteriormente à introdução do Real. Baseado no histórico passado de pagamentos e na opinião de seus assessores legais e sua administração, a reserva de R$10.309 é suficiente para cobrir eventuais perdas. Processos cíveis incluem principalmente casos onde os empregados processaram a Empresa, argumentando doenças ou acidentes como resultado do trabalho nas fábricas da Empresa. Os funcionários estão requisitando indenização por perdas (cuidados médicos, etc.) e prejuízo psicológico (remuneração mensal). A Empresa argumenta que existe internamente um programa específico para evitar qualquer doença relacionada ao trabalho. Os tribunais têm decidido em situações similares que os pedidos dos empregados, em alguns casos, não são válidos. Em outras situações, os pedidos dos funcionários são parcialmente atendidos. De acordo com os assessores legais, as reclamações originais dos empregados serão reduzidas a cerca de 70% a 80%, em algumas circunstâncias. Do total de reclamações de R$31.174, a quantia provisionada era de R$5.818. O litígio listado neste item refere-se aos seguintes assuntos: contas protestadas, acidentes de tráfego, prejuízo à propriedade, acidentes físicos e outros. Há 450 processos totalizando R$44.150 com quantias individuais de até R$16.177 para as quais a reserva para perdas estava baseada nos pareceres dos assessores jurídicos da Empresa. Para os processos atualmente em disputa, a Empresa e suas subsidiárias possuem depósitos judiciais no montante de R$7.993 (R$5.309 em 2000). 14. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 19 Em 31 de dezembro de 2001 o capital era composto por 44.652.384 ações, sendo 15.471.957 ordinárias e 29.180.427 preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. Investidores estrangeiros detêm 44 ações ordinárias e 6.810.937 preferenciais, sendo que 494.650 ações preferenciais são representadas por 247.325 ADR’s. A Empresa possui 143.495 ações de sua própria emissão em tesouraria, adquiridas em exercícios anteriores com recursos oriundos das reservas de lucros, ao custo médio de R$5,68 por ação, para futura alienação ou cancelamento. A Empresa está autorizada a aumentar o capital social, independentemente de reforma estatutária, até o limite de 60.000.000 de ações, sendo 20.040.000 ordinárias e 39.960.000 preferenciais. De acordo com aprovação na Assembléia Geral Extraordinária de 20 de junho de 2000, as ações foram agrupadas na proporção de 5.000 ações por 1 ação da mesma espécie, sem modificação do capital social. As ações preferenciais não votantes têm preferência em qualquer caso de restituição de capital, em caso de liquidação da Empresa. Ações preferenciais também têm o direito a um dividendo mínimo cumulativo de R$0,001 por mil ações. Todas as ações têm direitos iguais a um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido, ajustado de acordo com a legislação. No acordo entre os acionistas que possuem 79,76% das ações ordinárias e 51,54% do total das ações em circulação da companhia predecessora, em 25 de outubro de 1994, estes acionistas concordam em se consultarem previamente a respeito do exercício de seus direitos de voto. Segundo o Estatuto Social da Empresa e a Lei das Sociedades por Ações, a proposta da administração para a distribuição do lucro líquido do ano, sujeito à ratificação na reunião anual dos acionistas, é o seguinte: a. Reserva legal: destinação de 5% do lucro líquido do exercício, limitado a 20% do capital. b. Juros sobre o capital: artigo 9 da Lei Nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, permitiu a dedutibilidade no imposto de renda para propósito de juros sobre o capital pagos aos acionistas ou capitalizados, prevendo que tais juros sejam calculados com base na taxa da TJLP, vigente no ano em que os juros sobre o capital são computados. A Empresa decidiu pagar juros sobre o capital em 2000 e 1999 ao invés de dividendos, conforme permitido pela CVM. Em 2001 a Empresa pagou juros sobre o capital próprio e dividendos. c. Reserva para aumento de capital: destinação de 20% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital. d. Reserva para expansão: destinação do lucro remanescente, até o limite de 80% do capital. 31 de dezembro 1999 2000 2001 13.108 14.142 50.473 Juros sobre capital próprio Reservas de capital: Reserva legal Reserva para aumento de capital Reserva para expansão 2.358 9.433 29.682 20 2.269 9.077 19.901 8.413 33.650 75.711 54.581 45.389 168.247 Dividendos e juros sobre capital próprio em 31 de dezembro de 2001, nos seguintes valores: 1999 Líquido de IRRF Juros sobre capital próprio Dividendos Juros sobre capital próprio pagos antecipadamente em 31.08.2001 Dividendos e juros sobre capital próprio de períodos anteriores Valor provisionado para pagamento 2000 Líquido de IRRF 2001 Líquido de IRRF Bruto 13.108 13.108 12.375 12.375 Bruto 14.142 14.142 13.420 13.420 Bruto 48.000 2.473 50.473 45.436 2.473 47.909 (7.531) (7.102) (3.992) (3.784) (13.500) (12.807) 330 5.907 330 5.603 47 10.197 47 9.683 75 37.048 75 35.177 As reservas de lucros no final do exercício compõem-se como segue: Limite Estatutário sobre Capital % 20 Reserva legal 20 Reserva para aumento de capital 80 Reserva de expansão Aquisição de ações próprias 31 de dezembro 1999 2000 7.115 73.451 28.461 (815) 108.212 9.384 39.929 90.961 (815) 139.459 2001 17.797 73.579 166.672 (815) 257.233 A posição acionária dos acionistas controladores que fazem parte do acordo de acionistas e/ou detentores de mais de 5% do capital votante em 31 de dezembro de 2001, é como segue: PREVI - Caixa Prev. Func. Bco Brasil (*) Fund. Telebrás Seg. Social – SISTEL (*) PETROS – Fund. Petrobrás Seg. Soc. (*) FAPES (Fund. Assit. Prev. Soc.)-BNDES (*) Weg S.A. REAL GRANDEZA Fundação de A.P.A.S.(*) Bradesco Previdência e Seguros S.A. VALIA – Fund. Vale do Rio Doce (*) Telos – Fund. Embratel de Seg. Social (*) Previ – Banerj (*) Outros Ações Ordinárias % Ações Preferenciais % 2.865.317 2.772.296 2.255.562 1.882.722 1.566.862 1.579.469 1.156.411 303.609 165.537 514.805 15.062.590 409.367 18,52 17,92 14,58 12,17 10,13 10,21 7,47 1,96 1,07 3,33 97,36 2,64 3.972.428 144.889 1.905.261 2.445.061 1.768.172 743.027 1.544.786 510.120 151.060 13.184.804 15.995.623 13,61 0,50 6,53 8,38 6,06 2,55 5,29 1,75 0,52 45,19 54,81 15.471.957 21 100,00 29.180.427 100,00 (*) Acionistas controladores que fazem parte do acordo de acionistas. 15. RESULTADO FINANCEIRO O resultado financeiro era como segue: 1999 Despesas financeiras: Juros Variações monetárias passivas CPMF Outras 31 de dezembro 2000 2001 (33.405) (241.973) (6.334) (5.482) (287.194) (95.058) (78.644) (9.289) (9.003) (191.994) (126.049) (146.137) (15.754) (1.245) (289.185) 173.366 15.342 71.039 61.478 78.491 97.428 Receitas financeiras: Juros Variações monetárias ativas PIS/COFINS sobre outras receitas financeiras Outras (1.835) 2.026 188.899 Resultado líquido (98.295) (5.066) 1.324 128.775 (63.219) (6.377) 1.965 171.507 (117.678) 16. FLUXO DE CAIXA A demonstração consolidada do fluxo de caixa foi preparada de acordo com as Normas de Contabilidade (FASB) No. 95 “Demonstração de Fluxo de Caixa”. 1999 Recursos das operações: Lucro líquido do exercício Depreciação, amortização e exaustão Amortização de ágio Resultado na alienação e transferência do permanente Outros recebíveis e pagáveis Mudanças nas contas de giro circulante: Clientes Estoques Fornecedores 22 31 de dezembro 2000 47.162 45.544 - 45.389 52.706 549 4.290 (4.769) 8.262 105.258 14.827 108.702 (19.113) (78.862) 54.054 (73.308) (43.720) 15.723 2001 168.247 62.241 2.725 3.529 (7.267) 229.475 (44.065) (56.640) 24.011 Impostos a recuperar, salários, encargos e outros Caixa gerado em atividades operacionais Fluxo dos investimentos: Aplicações financeiras Aplicações Resgates Juros Variações monetárias Aplicações no permanente Investimentos Imobilizado Diferido Alienações e transferência do permanente Caixa utilizado em investimentos Fluxo dos financiamentos: Empréstimos, financiamentos e debêntures – Curto Prazo Contratações Pagamentos Juros Variação monetária Empréstimos, financiamentos e debêntures – Longo Prazo Contratações Pagamentos Variação monetária Dividendos e juros sobre o capital Caixa Proveniente de (Usado em) Financiamentos Aumento (redução) líquido Disponibilidades: No início do ano No fim do ano Variação Divulgações de fluxo de caixa complementares: Juros pagos Imposto de renda e contribuição social pagos Transações sem desembolso de Caixa: 23 4.713 (39.208) 66.050 4.725 (96.580) 12.122 65.888 (10.806) 218.669 (146.553) (53.520) (8.066) (845.183) 863.418 (541) (164.247) (549.260) 617.694 (1.207) (120.747) (1.333.334) 1.483.917 (6.177) (152.472) (188.593) (197.528) (162.316) (176.423) (12.170) 1.295 (333.851) (20.954) (156.357) (20.217) 14.870 (236.178) (28.285) (118.578) (15.453) 9.858 (160.524) 60.459 166.815 2.720 576.982 (753.507) 27.664 209.320 504.066 (477.420) 19.756 120.413 825.141 (1.005.242) (2.230) 185.051 211.687 60.683 (62.755) 316.286 (175.091) 83.600 (13.108) 272.146 4.345 398.664 (348.955) 25.116 (14.142) 227.498 3.442 298.647 (340.644) 29.715 (50.473) (60.035) (1.890) 5.860 10.205 4.345 10.205 13.647 3.442 13.647 11.757 (1.890) 97.264 12.196 85.341 2.576 79.734 24.786 - Impostos transferidos para o passivo circulante - 5.626 17. COBERTURA DE SEGUROS As principais coberturas vigentes em 31 de dezembro de 2001, consideradas suficientes para eventuais sinistros, são: a) Riscos nomeados abrangendo incêndios, vendavais, raios, lucros cessantes entre outros riscos, sobre os imobilizados e estoques, envolvendo R$1.022.910; b) Transportes nacionais e internacionais, cujos valores são calculados com base nas averbações de cargas; c) Outras coberturas, como valores, responsabilidade civil, veículos e “containers”. 18. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL - REFIS Em 28 de dezembro de 2000, a controlada Perdigão Agroindustrial S.A. aderiu ao REFIS, desistindo de determinadas ações, sendo o saldo em 31 de dezembro de 2001 demonstrado abaixo: Natureza Principal Multa Juros Créditos recebidos de terceiros CPMF 3.940 345 - IRPJ/CSSL 13.037 1.141 - INSS 699 105 747 (790) TOTAL 17.676 105 2.233 (790) 4.285 14.178 761 19.224 O valor líquido a pagar é de R$ 19.224 representado por 41 parcelas de R$469, com encargos financeiros da TJLP e está registrado em obrigações tributárias no circulante, o montante de R$5.626 e R$13.598 em obrigações sociais e tributárias no longo prazo. Para garantia da dívida foram arrolados bens imóveis no valor de R$20.195. 19. PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS Em 2001, a controlada Perdigão Agroindustrial S.A. firmou com os sindicatos das categorias preponderantes, Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados para todos os empregados, de até 6% sobre o lucro líquido antes das participações, respeitados indicadores de desempenho e resultados previamente negociados. 20. PLANO SUPLEMENTAR DE APOSENTADORIA A Perdigão - Sociedade de Previdência Privada, constituída em abril de 1997 e patrocinada pela Perdigão Agroindustrial S.A., tem como finalidade principal a suplementação de aposentadoria para os funcionários das Empresas Perdigão. O plano é do tipo contribuição definida, portanto o regime atuarial utilizado na determinação do nível de benefício é o da capitalização das contribuições. Em 31 de dezembro de 2001 o plano possuia 17.877 (15.271 em 31 de dezembro de 2000) participantes e patrimônio líquido de R$24.168 (R$17.048 em 31 de dezembro de 2000). A patrocinadora contribuiu no exercício com R$2.821 (R$2.428 em 31 de dezembro de 2000), sendo de contribuição básica R$2.391 (R$2.016 em 31 de dezembro de 2000) e serviços passados R$430 (R$412 em 31 de dezembro de 2000). O saldo atual do compromisso assumido no início do plano, decorrente de serviços 24 passados em favor dos beneficiários, é de R$6.743, atualizado pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI. Os ativos do plano consistiam de Notas do Tesouro Nacional e fundos de investimentos, totalizando R$24.433 em 31 de dezembro de 2001 (R$17.734 em 31 de dezembro de 2000). As contribuições são efetuadas, em média, na base de 2/3 pela patrocinadora e 1/3 pelos beneficiários, e os cálculos atuariais são prestados por atuários independentes, de acordo com normas em vigor, sendo o último apurado em 06 de fevereiro de 2002. 21. SUMÁRIO DAS DIFERENÇAS ENTRE OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE ACEITOS NO BRASIL E O U.S. GAAP APLICÁVEIS À EMPRESA 21.1. Descrição das Diferenças entre os Princípios Contábeis As práticas contábeis estão em conformidade e suas demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade aceitos no Brasil. A Nota 3 das demonstrações contábeis sumariza as práticas contábeis adotadas pela Empresa. As diferenças de práticas contábeis que diferem significativamente do U.S. GAAP, estão resumidas abaixo: a. Reformulação Monetária de 1996 e 1997 A amortização da correção monetária do ativo, originária da contabilização da inflação em 1996 e 1997, quando a economia brasileira ainda era tida como de inflação elevada para fins de US GAAP, era reconhecida a reconciliação com o US GAAP, líquida de imposto diferido. A perda relativa para a correção monetária na disposição de tais ativos é classificada para fins de US GAAP como componente de outras receitas não operacionais líquidas. b. Reversão da Reavaliação do Imobilizado, Reavaliação dos Respectivos Impostos Diferidos Passivos Os princípios fundamentais de contabilidade brasileiros permitem reavaliação desde que se cumpram certas formalidades. O incremento da reavaliação, líquido do efeito do imposto de renda diferido para reavaliação após 1991, é creditado numa conta de reserva do Patrimônio Líquido. A depreciação dos incrementos de reavaliação do ativo é debitada no resultado e uma porcentagem compensada é revertida da reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido e transferida para os lucros acumulados quando os ativos relacionados são depreciados ou alienados. Para propósitos de conciliação do U.S. GAAP, a reavaliação dos ativos fixos e os efeitos dos impostos diferidos relacionados foram eliminados para apresentar os ativos fixos a um custo histórico, menos a depreciação acumulada. Com isso, a depreciação de tal reavaliação contra a receita também foi eliminada para fins de conciliação do U.S. GAAP. c. Despesas Diferidas Os princípios fundamentais de contabilidade permitem que sejam diferidas as despesas préoperacionais para o pólo industrial de Rio Verde – GO em construção e a instalação do novo 25 sistema R/3 da Systeme, Anwendungen, Produkte in Der Datenverarbeitung - SAP, registrados ao custo, amortizado por um período de cinco anos. Para propósitos de reconciliação do U.S. GAAP, parte de tais montantes não se adequa às condições estabelecidas para que sejam diferidos e, por isso, têm sido registradas no resultado. Os montantes capitalizáveis dos relacionados à compra e instalação do sistema SAP serão amortizados linearmente no U.S. GAAP pelo período de cinco anos. d. Capitalização dos Custos Financeiros relacionados a Construções em Andamento Em vigência desde 1996, a CVM permite a capitalização dos custos financeiros, líquido de ganhos monetários, incorridos como parte dos custos de construção ou aquisição de imobilizado. Ganhos ou perdas cambiais podem ser capitalizados apenas se excederem a correção monetária. A Empresa, no entanto, capitaliza os juros desde 1999. Segundo o U.S. GAAP, os juros incorridos durante o período em que os ativos estão em construção devem ser incluídos no custo destes ativos, embora a base de cálculo seja diferente. Perdas com variações cambiais não estão sujeitas à capitalização, entretanto, ganhos monetários relacionados às dívidas contraídas em moeda local são capitalizados. Juros capitalizados devem ser amortizados ao longo da vida das instalações ou incluídos no custo de venda quando o ativo for vendido. e. Dados do Segmento De acordo com os princípios fundamentais de contabilidade brasileiros, não há necessidade de relatórios financeiros por segmentos. Segundo o U.S. GAAP, FAS No 131, “Divulgações sobre os Segmentos da Empresa e Informações relacionadas”, estabelecem os padrões de apresentação da receita, lucro ou prejuízo operacional e ativos identificáveis, como definido, para segmentos de indústria e operações nos mercados interno e externo que se adequam a específicos critérios de relevância. Exportações por área geográfica e vendas aos clientes mais relevantes, incluindo o governo, devem ser também abertas. São focadas as informações financeiras que os administradores da empresa usam para tomar decisões sobre assuntos operacionais. Como a companhia está usando o item 17 das regras do Form 20F, a abertura por segmentos não foi mencionado nestas demonstrações contábeis. f. Instrumentos Financeiros e Risco de Concentração de Crédito De acordo com os princípios fundamentais de contabilidade brasileira, os instrumentos financeiros e derivativos podem ser contabilizados pelo valor de custo, valor de contrato ou de mercado com divulgação em nota do tipo e montantes dos instrumentos financeiros e derivativos. De acordo com o US GAAP, a SFAS No. 133 - “Contabilização de Instrumentos Derivativos e Atividades de “Hedging”, retificada pelas normas SFAS No. 137 e SFAS No. 138. A norma SFAS No. 133 aplica-se a todos os instrumentos derivativos e a alguns instrumentos derivativos embutidos em instrumentos híbridos e recomenda que esses instrumentos sejam registrados no Balanço Patrimonial tanto como ativo quanto como passivo, mensurados pelo seu valor real através de receitas, permitindo uma contabilidade diferenciada em alguns casos de operações de “hedge”. 26 Caso o derivativo seja considerado “hedge”, dependendo da natureza do “hedge”, as alterações consideradas efetivas no valor real dos derivativos poderão compensar uma alteração no valor real dos ativos, passivos ou compromissos com “hedge” através dos resultados ou serão lançadas em outras receitas totais até que o item com “hedge” seja lançado nos resultados. Qualquer parcela de alteração no valor real de um derivativo considerada não efetiva, deverá ser imediatamente lançada nos resultados. O efeito da adoção da norma SFAS No. 133 para a data de 1o de janeiro de 2001 representou um ganho de US$ 6 (livre de imposto de renda), e foi apresentado como “Efeito cumulativo de modificação no princípio contábil” nas demonstrações operacionais do semestre findo em 30 de março de 2001. Conforme requerimento da FAS No 133 os instrumentos financeiros de derivativos são registrados com base em seus valores reais de ativos ou passivos no balanço consolidado anexo, e as variações correspondentes aos valores reais aparecem nos lucros. A contabilização do Hedge não se aplica aos instrumentos financeiros derivativos da Empresa. g. Lucro por Ação De acordo com os princípios fundamentais de contabilidade brasileiros, a divulgação do lucro por ação é calculado com base no número de ações em circulação ao final do período, sem diferenças entre ordinárias e preferenciais. Segundo o U.S. GAAP, de acordo com o FAS No 128, “Lucro por Ação”, as companhias abertas devem apresentar os lucros por ação na demonstração de resultados, incluindo os lucros por ação antes dos itens extraordinários, lucro líquido por ação, e o efeito por ação das mudanças nos princípios contábeis. Exige-se uma dupla apresentação: lucro por ação básico e diluído por ação. A companhia não tinha nenhuma potencial ação ordinária em circulação para os períodos apresentados. O cálculo do lucro por ação poderia basear-se no número médio das ações em circulação durante cada período apresentado.Os efeitos de certas transações, tais como desdobramento de ações e dividendos de ações, são refletidos retroativamente.Também, as ações preferenciais estão inclusas com as ações ordinárias no denominador do lucro por ação, se elas tiverem os mesmos direitos que as ações ordinárias em relação aos dividendos com base no lucro líquido. Em 20 de junho de 2000 os acionistas da Empresa aprovaram um grupamento de 5.000 ações para uma ação. Esse grupamento foi refletido retroativamente em todos os períodos apresentados para fins de US GAAP. h. Imposto de Renda Segundo o U.S. GAAP, todo o imposto diferido ativo deve ser reconhecido com uma provisão para realização caso seja mais provável a não realização destes ativos. De acordo com os princípios fundamentais de contabilidade no Brasil, até 1999, o imposto diferido ativo geralmente não era registrado até que sua realização fosse assegurada. A Empresa gerou prejuízos fiscais antes de 1995 que foram reconhecidos de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade quando eles se realizaram. Segundo o U.S. GAAP, com 27 base nas projeções para imposto de renda da Empresa, era mais provável que estes ativos tributários diferidos se realizassem no início de 1996. i. Incentivos Fiscais Os princípios fundamentais de contabilidade brasileiros requerem que o efeito dos incentivos fiscais seja creditado diretamente no patrimônio líquido. Pelo U.S. GAAP, a redução dos impostos é registrada como um crédito à despesa de imposto aplicável. j. Reversão dos Dividendos Propostos Segundo os princípios fundamentais de contabilidade no Brasil, os dividendos propostos são provisionados nas demonstrações contábeis antecipadamente à aprovação na reunião dos acionistas. De acordo com o U.S. GAAP, os dividendos não são provisionados até que eles sejam formalmente declarados. Os juros de capital, que são essencialmente dividendos dedutíveis, são uma provisão dedutível no momento em que são propostos e, portanto, nenhuma reversão foi requerida para os juros de capital pagos relacionados aos lucros líquidos de 1999, 2000 e 2001. 21.2. Pronunciamentos contábeis recentemente divulgados Em junho de 2001, o FASB-Financial Accounting Standards Board (Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira) emitiu a SFAS No. 141, “Combinações de Empresas”, que aborda a contabilização e emissão de relatórios para combinações de Empresas, substituindo o Parecer No. 16 da APB (Parecer 16), “Combinações de Empresas” e a SFAS 38, Contabilização de Contingências Pre-existentes de Empresas Adquiridas (“Accounting for Preacquisition Contingencies of Purchased Enterprises”). Todas as combinações de Empresas incluídas no escopo da SFAS No. 141 deverão ser contabilizadas, utilizando o método de aquisição. Além disso, a SFAS exige que os ativos intangíveis sejam reconhecidos como ativos separados do fundo de comércio (goodwill) caso correspondam a dois critérios, o critério jurídico-contratual ou o critério da separabilidade. Como subsídio para identificar ativos inatingíveis adquiridos, a SFAS No. 141 fornece também uma lista dos ativos inatingíveis que se enquadram em qualquer um dos dois critérios. Além das exigências de divulgação estipuladas no Parecer 16, a SFAS No. 141 exige a divulgação das principais razões para uma combinação de Empresas e a apropriação, nas principais rubricas do balanço, do preço de compra pago pelos ativos adquiridos e passivos assumidos. Esta Notificação requer também que, quando os valores de fundo de comércio e dos ativos intangíveis forem relevantes no que se refere ao preço pago, outras informações relativas aos ativos devem ser divulgadas, tais como o valor do fundo de comércio por segmento objeto de relatório e o valor do preço de venda atribuído a cada categoria principal de ativos intangíveis. As disposições da SFAS No. 141 se aplicam a todas as combinações de Empresas iniciadas após 30 de junho de 2001. Essa Notificação se aplica também a todas as combinações de Empresas contabilizadas usando o método de aquisição com data de aquisição a partir de 1º de julho de 2001. A aplicação da SFAS No. 141 não teve efeitos relevantes nos resultados operacionais ou na posição financeira da Empresa. Em junho de 2001 o FASB emitiu a SFAS No. 142, "Fundo de Comércio e outros Ativos Intangíveis" (“Goodwill and Other Intangible Assets”), que aborda a contabilização financeira e emissão de relatórios relativos a fundo de comércio e outros ativos intangíveis adquiridos e substitui o Parecer APB No. 17 (Opinion 17), “Ativos Intangíveis”. A SFAS No. 142 altera também a SFAS No. 121, "Contabilização de Prejuízo de Ativos de Longo Prazo e de Ativos de Longo 28 Prazo a serem Eliminados" (“Accounting for the Impairment of Long-lived Assets and for Longlived Assets to Be Disposed of”), excluindo de seu escopo o fundo de comércio e ativos intangíveis não amortizados. A SFAS No. 142 determina como os ativos intangíveis adquiridos individualmente ou agrupados (excluindo, porém, aqueles adquiridos em uma combinação de Empresas) devem ser contabilizados nas demonstrações financeiras na data de aquisição. Esta Notificação também determina como o fundo de comércio e outros ativos intangíveis devem ser contabilizados após seu reconhecimento inicial nas demonstrações financeiras. As disposições da SFAS No. 142 devem ser aplicadas para os exercícios fiscais cuja data de início seja posterior a 15 de dezembro de 2001. Sua aplicação antecipada é permitida para entidades cujos exercícios fiscais tenham início após 15 de março de 2001, desde que não tenham sido emitidos os primeiros balancetes financeiros. A exceção no que se refere à SFAS No. 142 é quanto à data de aplicação para o fundo de comércio e ativos intangíveis adquiridos após 30 de junho de 2001, que estarão imediatamente sujeitos às disposições de não-amortização e amortização desta Notificação. A Empresa ainda está avaliando o impacto das disposições da SFAS No. 142 em sua posição financeira consolidada e nos resultados operacionais. Em junho de 2001 o FASB emitiu a SFAS No. 143, Contabilização de Obrigações de Baixa de Ativos (“Accounting for Asset Retirement Obligations”). A exigência básica da SFAS No. 143 é que o valor justo do passivo referente a uma obrigação de baixa de ativos seja reconhecido dentro do período incorrido se uma estimativa razoável do valor justo puder ser feita. O custo associado de baixa do ativo é capitalizado como parte do valor contábil do ativo de longo prazo. Nos termos desta Notificação, o passivo referente a uma obrigação de baixa de ativos é descontado e o custo de valorização é reconhecido utilizando a taxa de juros ajustada, sem risco em vigor quando do reconhecimento inicial do passivo. Além disso, as exigências de divulgação contidas na SFAS No. 143 proporcionarão mais informações sobre obrigações de baixa de ativos. A SFAS No. 143 é aplicável às demonstrações financeiras emitidas para os exercícios fiscais iniciados após 15 de junho de 2002, sendo incentivada sua aplicação antecipada. A Empresa está iniciando a avaliação do impacto das disposições da SFAS No. 143 em suas demonstrações financeiras. A Administração ainda está avaliando se sua implementação terá impacto relevante em sua posição financeira e em seus resultados operacionais. Em agosto de 2001 o FASB emitiu a SFAS No. 144, "Contabilização de Prejuízo ou de Eliminação de Ativos de Longo Prazo" (“Accounting for the Impairment or Disposal of Long-lived Assets”), que substitui a SFAS No. 121, "Contabilização de Prejuízo de Ativos de Longo Prazo e de Ativos de Longo Prazo a serem Eliminados" ("Accounting for the Impairment of Long-lived Assets and for Long-lived Assets to Be Disposed of") permanecendo porém as disposições fundamentais da SFAS No. 121 para: (a) reconhecimento/mensuração do prejuízo de ativos de longo prazo a serem mantidos e usados, e (b) mensuração de ativos de longo prazo a serem vendidos. A SFAS No. 144 também substitui as disposições relativas à contabilização e emissão de relatórios do Parecer APB No. 30 (Opinion 30), “Relatórios dos Resultados Operacionais” para aqueles segmentos do negócio que será alienado, mantendo porém a exigência do Parecer No. 30 quanto à emissão de relatório separado para as operações desativadas e aquelas em atividade, estendendo a emissão de relatório também para elementos de uma entidade que tenha sido alienada ou que esteja classificada como estando à venda. A SFAS No. 144 é válida para os exercícios fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2001, e períodos intermediários durante tais exercícios, sendo incentivada sua aplicação antecipada. No momento a Empresa está avaliando o impacto da SFAS No. 144 em suas demonstrações financeiras. A Administração ainda está avaliando se sua implementação terá impacto relevante em sua posição financeira e em seus resultados operacionais. 29 Em abril de 2002 o FASB emitiu a SFAS No. 145, Rescisão das Notificações FASB No. 4, 44, e 64, Alteração da Notificação FASB No. 13, e Correções Técnicas que atualizam, esclarecem e simplificam as notificações de contabilização existentes. Embora as correções técnicas das notificações existentes não sejam substanciais em conteúdo, em alguns casos podem alterar a contabilização aplicável às transações feitas após 15 de maio de 2002. Todas as outras disposições deste padrão deverão ser aplicáveis às demonstrações financeiras emitidas a partir de 15 de maio de 2002, sendo incentivada sua aplicação antecipada. A aplicação da SFAS No. 145 não teve efeitos relevantes nos resultados operacionais ou na posição financeira da Empresa. 21.3. Reconciliação das Diferenças entre os Princípios Fundamentais de Contabilidade no Brasil e os U.S. GAAP O lucro líquido e o patrimônio líquido ajustados para a contabilização das diferenças entre os princípios fundamentais de contabilidade no Brasil e os U.S. GAAP, são como se seguem: a. Lucro Líquido 1999 Como nas demonstrações financeiras pela legislação societária Critérios diferentes para: Correção monetária em 1996 e 1997 Imposto de renda Depreciação da reavaliação dos ativos fixos Incentivos fiscais Capitalização dos juros durante construções: Capitalização dos juros Depreciação dos juros Reversão líquida dos ativos diferidos Ganho com liquidação futura de “hedge” Impostos diferidos s/ diferenças de critérios do U.S.GAAP Reversão dos impostos sobre a reserva de reavaliação Lucro líquido aproximado em U.S. GAAP Lucro por ação aproximado pelo U.S. GAAP Lucro aproximado por ADS (*) pelo U.S. GAAP Média das ações em circulação pelo U.S. GAAP (em milhares) Média das ADSs (*) em circulação pelo U.S. GAAP (em milhares) 31 de dezembro 2000 2001 47.162 45.389 168.247 (5.582) (7.436) 285 18 (5.582) 285 21 (5.320) 285 103 898 (659) 73 1.950 1.448 38.157 0,86 1,72 (1.884) (760) (2.289) 5.946 69 41.195 0,93 1,86 (4.352) 292 (1.122) 3.414 2.410 25 163.982 3,68 7,36 44.508 44.508 44.508 22.254 22.254 22.254 (*) Em 20 de junho de 2000, os acionistas da Perdigão S.A. aprovaram um grupamento de ações no mercado nacional onde 5.000 ações preferenciais antigas agora representam 1 nova ação preferencial. Com o grupamento, a Perdigão S.A. mudou o índice do ADR, de 1 ADR representando 5.000 ações preferenciais para 1 ADR representando 2 ações preferenciais. b. Patrimônio Líquido 30 1999 Como nas demonstrações financeiras pela legislação societária Critérios diferentes para: Correção monetária em 1996 e 1997 Reversão da reserva de reavaliação Reversão da depreciação acumulada Capitalização dos juros durante construções: Capitalização dos juros Depreciação dos juros capitalizados Despesas pré-operacionais diferidas não Amortizadas Ganho com liquidação futura de “hedge” Reversão dos impostos sobre a reserva de reavaliação Reversão de dividendos declarados Efeito tributário dos ajustes do U.S. GAAP Patrimônio líquido aproximado em U.S. GAAP Patrimônio líquido pelo U.S. GAAP no início do ano Lucro líquido segundo o U.S. GAAP Juros sobre o capital próprio Ações em tesouraria Patrimônio líquido pelo U.S. GAAP ao final do ano 31 de dezembro 2000 2001 523.663 554.931 672.808 71.269 (11.265) 2.130 65.687 (11.265) 2.415 60.367 (11.265) 2.700 11.932 (2.187) (1.984) 1.448 (29.241) 565.765 10.047 (2.946) (4.273) 1.517 (23.295) 592.818 5.695 (2.654) (5.395) 3.414 1.542 2.473 (20.885) 708.800 540.742 38.157 (13.108) (26) 565.765 565.765 41.195 (14.142) 592.818 592.818 163.982 (48.000) 708.800 21.4. Divulgações Adicionais Exigidas pelo U.S. GAAP Despesas Não-Operacionais: 31 de dezembro 1999 2000 2001 Alienação de ativos permanentes: Vendas e transferências Custos Ganhos/perdas de capital Baixas por obsoletismo Despesas com ociosidades Provisão para perdas com alienação do Permanente Amortização de ágio Outros 31 1. 295 (4.453) (1.132) (4.290) 14.870 9.858 (15.553) 6.294 (1.017) 4.594 (11.202) (45) (2.158) (3.547) (725) (743) (192) (418) (1.141) (6.574) (103) (549) (1.894) 1.305 (248) (3.987) * * * * * * * * * * * * 32