Antibióticos

Propaganda
UNIVERSIDADE DE ITAUNA
Trabalho
de
Microbiologia
Antibióticos
Conceito: Segundo WAKSMAN (1942), os antibióticos podem ser classificados como substâncias
muito dessemelhantes entre si quimicamente, produzidos originalmente pelo metabolismo de certas
espécies de fungos (griseofulvina, penicilina), bactérias (polimixina B, bacitracina), microspora
(gentamicina) e streptomices (estreptomicina) , tendo como propriedade comum a atividade
bactericida (inativação de todos microorganismos) ou bacteriostática (controle do crescimento
bacteriano) em condições propícias, em germes sensíveis. São drogas utilizadas no tratamento de
doenças infecciosas, assim como os quimioterápicos que, de acordo com EHRLICH (1913), são
drogas que apresentam toxidade apenas para o microorganismo invasor, resguardando a integridade
do paciente.
1) AGENTES ANTIMICROBIANOS são substâncias que inibem o crescimento de microorganismos
ou os destroem. Quando estes agentes são originalmente produzidos por espécies de
microorganismos, portanto de origem natural, são denominados antibióticos. Quando são produzidos
de forma sintética, denominam-se quimioterápicos.
2) BACTERIOSTÁTICOS são agentes que inibem o crescimento bacteriano.
3) BACTERICIDAS são agentes que destroem as bactérias.
HISTÓRICO
Histórico: Os primeiros conhecimentos acerca destes produtos devem-se a Pasteur e Jouber, em 1877.
FLEMING (1928) contribuiu valorosamente com o primeiro componente através da contaminação
acidental de uma colônia de estafilococos que foi lisada pelo Penicilium notatum. A era moderna da
quimioterapia antimicrobiana inicia-se em 1936 com a introdução, na clínica, das sulfonamidas. Em
1941, a introdução da PENICILINA tornou-se um marco histórico na Medicina por revolucionar os
princípios terapêuticos até então usados nas doenças infecciosas. Em 1941 FLOREY, CHAIM et cols.
iniciaram a utilização experimental desta substância no tratamento de processos infecciosos em seres
humanos. Atualmente a maioria dos antibióticos são produzidos sinteticamente , alguns podem ser
totalmente sintéticos (cloranfenicol) enquanto outros, parcialmente sintéticos (penicilinas semi
sintéticas). PASTEUR (1877) observou que algumas colônias eram capazes de produzir substâncias
antagônicas a outros microorganismos. Dentre os agentes antimicrobianos (desinfetantes, compostos
fenílicos, iodados e outros) utilizados nos primórdios da humanidade, muitos apresentavam elevada
toxidade relativa ao paciente, isto foi o que motivou os pesquisadores a desenvolverem drogas com
propriedades mais seletivas e de menor toxidade ao paciente.
RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS
O microorganismo pode se tornar insensível à droga(s) por diversas razões. Este
problema tem se tornado mais evidente com o passar dos anos, devido ao uso das drogas ditas
de "largo" espectro em detrimento à prática do antibiograma. Cada situação é distinta, assim
como sua conduta.
Existem "abusos" na antibioticoterapia. Observe que a antibioticoterapia "profilática" existe
somente quando se almeja combater 1 germe específico empregando-se um antimicrobiano
determinado ativo contra este germe em questão.
Exemplo: Profilaxia antibiótica na prevenção de infecções estreptocócicas: prevenir a
febre reumática e de endocardite bacteriana com penicilina G.
Se o que se pretende é combater qualquer germe que possa infectar um paciente, a tarefa tornase mais complexa pois por mais amplo que seja o espectro, ou grupos diversos de antibióticos
que sejam eleitos, isto não nos garante que todas as espécies serão inativadas.
-Uma bactéria (sp) pode se tornar resistente em duas etapas:
1. Quando em sua "prole" desenvolve alguma alteração gênica (mutações).
2. Quando ocorrem alterações bioquímicas, tais como:
2.1. Transformação da substância ativa em "inativa". Isto cocorre por ação de enzimas
(beta-lactanase: penicilinase e cefalosporinase - destroem o anel beta-lactânico presentes nas
penicilinas e cefalosporinas) produzidas por formas resistentes do microorganismo.
2.2. Alteração do sítio-alvo da droga no agente bacteriano. A perda dos ribossomos
sensíveis à estreptomicina em formas mais resistentes do Bacilo de Koch.
2.3. Perda da pereabilidade celular à droga.
2.4. Elevação das concentrações de algum metabólito que antagonize nossa droga
inibidora.
2.5. Elevação da concentração da enzima inibida pela droga
2.6. Desenvolvimento de uma via metabólica alternativa, que contorne a fase inibida.
Imagine por exemplo as vias metabólicas dos nucleotídeos purínicos e pirimidínicos em células
neoplásicas resistentes.
CARACTERÍSTICAS DO ANTIBIÓTICO IDEAL
1. Possuir ação antibacteriana seletiva e potente sobre extensa gama de microorganismos.
2. Ser bactericida
3. Exercer sua atividade antibacteriana na presença de líquidos ou exudatos corporais, não
sendo degradado por enzimas teciduais até então.
4. Não prejudicar as defesas do organismo (não lesar leucócitos nem tecidos hospedeiros).
5. Índice de segurança satisfatório e, mesmo em grandes doses, por longos períodos, não
produzir graves efeitos adversos.
6. Não desencadear fenômenos de sensibilização alérgica.
7. Não induzir o aparecimento de germes resistentes.
8. Possuir características de absorção, distribuição e excreção que possibilite facilmente obter
rapidamente níveis plasmáticos bactericidas no sangue e tecidos e que estes possam ser
mantidos por um tempo necessário.
9. Ser eficaz por via oral e para enteral.
10. Ser produzido com custo razoável e em grande quantidade.
MECANISMO DE AÇÃO:
Antibióticos inibidores da Síntese da Parede Celular
A parede celular é um envoltório de proteção que reveste a membrana celular
bacteriana. Os antibióticos que agem sobre sobre a síntese da parede celular atuam
produzindo uma parede com defeitos estruturais atuando sobre o processo de replicação
celular, e mostram-se seletivos, isto é, atuam apenas sobre a bactéria e não sobre o
hospedeiro pois as células dos mamíferos não possuem parede celular.
Neste grupo incluem-se as penicilinas e todos os membros do grupo que possuam
anel penicilâmico ou núcleos semelhante as este, como o cefalosporínico (cefalosporinas,
vancomicinas, ciclosserinas, bacitracinas e ristocitina). As penicilinas e cefalosporinas, em
sua maioria, são mais ativas sobre Gram negativos que em Gram positivos, pois existem
diferenças químicas significativas na composição química da parede celular destes germes,
contudo existem exceções. Inclui também a vancomicina.
Antibióticos que atuam sobre a membrana celular bacteriana
A membrana possui a função de formar a parede celular, obstáculo à entrada d'água, contém
lipídios e proteínas carreadores de substâncias necessárias à célula, além de possuir enzimas
importantes ao metabolismo celular. Qualquer interrupção destas funções da membrana causará danos
à célula.
Estes antibióticos intervém no processo de respiração celular, inibindo a fosforilação oxidativa e
causam desorganização da membrana celular.
Antibióticos que Atuam na Síntese Protéica (translação)
Para que haja reprodução bacteriana é indispensável que ocorra, de modo repetitivo, a
união de aminoácidos que constituirão as inúmeras moléculas de proteínas microbianas.
Estas proteínas microbianas têm função estrutural e enzimática.
A bactéria contém, no seu cromossomo, toda a informação genética necessária à
produção de enzimas que atuam na síntese de RNA (síntese protéica). A interrupção, em
qualquer ponto desta cadeia por bloqueio de alguma função, susta o crescimento. Haverá,
portanto, detenção do crescimento e eliminação da célula bacteriana.
Incluem: cloranfenicol, tetraciclinas, macrolídeos (eritromicina, claritromicina e
azitromicina) e clindamicina.
Antibióticos inibidores da replicação cromossômica
Algumas drogas atuam inibindo a síntese (metabolismo) dos ácidos nucléicos.
Podem atuar no DNA parasitário, inibir a síntese do RNA, inibir o ácido tetrahidrofólico, alterar
a estrutura do ácidos nucléicos parasitários, ou reduzir a formação de nucleotídeos.
Neste grupo incluem-se as quinolonas.
CLASSES DE ANTIBIOTICOS:
1) BETA-LACTÂMICOS:
1.1) PENICILINAS
INTRODUÇÃO
As penicilinas constituem uma das mais importantes classes de antibióticos e são amplamente
utilizadas no tratamento clínico de infecções causadas por diversas bactérias. A descoberta da
penicilina é creditada ao Dr. Alexander Fleming que, em 1928, observou, ao estudar em laboratório
variantes de estafilococos, que a cultura de um tipo de fungo, Penicillium notatum, produzia uma
substância que inibia o crescimento bacteriano. Esta substância recebeu, em função do
microorganismo que lhe deu origem, o nome de penicilina.
Em virtude de dificuldades na sua produção e purificação, a penicilina só foi usada no
tratamento de infecções a partir de 1941, quando o Dr. Howard W. Florey e colaboradores a
produziram em quantidades suficientes para uso clínico. Os primeiros ensaios clínico-terapêuticos
com o uso desta classe de antibióticos em humanos foram conduzidos com sucesso nos EUA na
década de 40, objetivando o tratamento de infecções estreptocócicas e gonocócicas. Desde então, a
penicilina passou a ser utilizada no tratamento de diversas infecções. Com o decorrer do tempo, foram
necessárias alterações na sua estrutura química inicial diante da emergência de bactérias resistentes e
da necessidade de ampliação do seu espectro de ação antibacteriano.
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Penicilina G (cristalina, procaína e benzatina): EV, IM e IM, respectivamente.
2. Penicilina V: VO
3. Ampicilina: EV, IM ou VO.
4. Amoxacilina: VO
5. Oxacilina: EV, IM ou VO.
6. Carboxipenicilina: EV ou IM.
7. Ureidopenicilina: EV ou IM.
NOMES COMERCIAIS
Penicilina G cristalina(aquosa): Benzilpenicilina, Cristalpen, Megapen, Penicilina G Potássica
Penicilina G procaína: Despacilina, Benapen, Odontovac, Wycillin
Penicilina G benzatina: Benzetacil, Longacilin, Penretard, Penicilina G benzatina
Penicilina V: Meracilina, Oracilin, Pen-Ve-Oral, Penicilina V
Ampicilina: Ampicil, Binotal, Amplacilina, Ampicilina
Amoxacilina: Amoxil, Penicilin, Hiconcil, Novocilin, Polimicil, Amoxacilina
Oxacilina: Staficilin-N, Oxacilina
Carboxipenicilina: Timetin
Ureidopenicilina: Tazocin
MECANISMO DE AÇÃO:
Embora o mecanismo de ação da penicilina ainda não tenha sido completamente determinado, a
sua atividade bactericida inclui a inibição da síntese da parede celular e a ativação do sistema
autolítico endógeno da bactéria. A ação da penicilina depende da parede celular que contém na sua
composição peptidoglicano. Durante o processo de replicação bacteriana, a penicilina inibe as
enzimas que fazem a ligação entre as cadeias peptídicas, impedindo, portanto, o desenvolvimento da
estrutura normal do peptidoglicano. Estas enzimas (transpeptidase, carboxipeptidase e endopeptidase)
localizam-se logo abaixo da parede celular e são denominadas de " proteínas ligadoras de penicilina"
(penicillin-binding proteins – PBPs). A habilidade de penetrar na parede celular e o grau de
afinidade destas proteínas com a penicilina determinam a sua atividade antibacteriana. As
bactérias, por sua vez, diferem na sua composição quanto ao tipo e à concentração de proteínas
ligadoras de penicilina e, conseqüentemente, quanto à permeabilidade de suas paredes celulares ao
antibiótico. Assim, temos diferentes suscetibilidades bacterianas à penicilina. Além da ação sobre a
parede celular, tem se considerado a ação da penicilina na ativação do sistema autolítico endógeno da
bactéria, determinando a sua lise e conseqüente morte.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
Penicilina G cristalina
Meningites bacterianas não adquiridas em ambiente hospitalar
Endocardites (associar Aminoglicosídeos)
Abcessos pulmonares
Leptospirose
Penicilina G procaína
PAC (pneumonias adquiridas na comunidade)
Infecções de pele (impetigo, erisipela, celulite)
Gonorréia (primeira escolha)
Profilaxia de endocardite infecciosa
Penicilina G benzatina
Sífilis
Profilaxia de febre reumática
Penicilina V
Infecções leves de boca e pele
Ampicilina
Meningites bacterianas não adquiridas em ambiente hospitalar
Shigueloses
PAC
Amoxacilina
Sinusite bacteriana
Otite Média Aguda
PAC
Salmonelose
Oxacilina
Endocardites (associar Aminoglicosídeos)
Abcessos de pele e pulmonar
Pneumonia estafilocóccica
Carboxipenicilina e Ureidopenicilina
Abcessos abdominais (associar Ácido Clavulânico)
ESPECTRO DE AÇÃO
Penicilinas G
São consideradas as melhores drogas contra Streptococcus, Neisseria, Treponema e Leptospira
. Cobrem os anaeróbios da orofaringe e Staphilococcus sp.
Penicilina V
A maior segurança é contra infecções estreptocóccicas não hospitalares.
Ampicilina e Amoxacilina
Em relação às penicilinas G, são inferiores quanto aos gram positivos e superiores contra gram
negativos (Shiguela, Salmonella e Haemophilus principalmente).
Oxacilina
É ótima droga contra, principalmente, Staphilococcus aureus.
Carboxipenicilina e Ureidopenicilina
Mais usada contra Gram-negativos (cobre, inclusive, Pseudomonas) e anaeróbios.
EFEITOS COLATERAIS
1.
Hipersensibilidade: desde exantemas (ampicilina) até choque anafilático(penicilina G cristalina).
2.
Trato gastro-intestinal: náuseas e vômitos (ampicilina).
3.
Hematológico: pancitopenia,
alteração na agregação plaquetária levando a
hemorragias(carboxipenicilina).
4.
Sistema Nervoso Central: efeitos colaterais dose-dependentes (penicilinas G e carboxipenicilina)
5.
Rim: nefrite intersticial dose-dependente ( penicilinas G, ampicilina e amoxacilina)
1.2) CEFALOSPORINAS
a) CEFALOSPORINAS DE 1a GERAÇÃO
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. CEFALEXINA: VO
2. CEFADROXILA: VO
3. CEFALOTINA: EV
4. CEFAZOLINA: EV/ IM
NOMES COMERCIAIS
1. CEFALEXINA: Keflex, Cefaporex
2. CEFADROXILA: Cefamox
3. CEFALOTINA: Keflin, Cefalotina
4. CEFAZOLINA: Kefazol, Cefamezin
MECANISMO DE AÇÃO
Desenvolve sua ação preferencialmente sobre germes Gram-positivos e, com muito
menos freqüência, sobre Gram-negativos. É um antibiótico betalactâmico, cujo mecanismo de
ação é a lise da parede bacteriana.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
1. CEFALEXINA
Infecções do trato respiratório, pele, osso e geniturinário por germes suscetíveis.
2. CEFADROXILA
Infecção do trato respiratório e geniturinário. Infecção da pele e de tecidos moles.
3. CEFALOTINA
Profilaxia de infecções perioperatorais, infecções do trato geniturinário, pneumonia,
septicemia bacteriana, infecções da pele e tecidos moles, infecções do trato urinário, erisipela.
4. CEFAZOLINA
Infecções dos tratos respiratório e geniturinário; otorrinolaringológicas, de pele e tecidos moles,
e osteoarticulares.
ESPECTRO DE AÇÃO
1. CEFALEXINA : No espectro útil, são considerados: Streptococcus b-hemolítico,
Staphylococcus aureus, incluindo cepas produtoras de penicilinase, Escherichia coli, Proteus
mirabilis, Klebsiella sp., Haemophilus influenzae e Moraxella (Branhamella) catarrhalis.
2. CEFADROXILA: A Neisseria gonorrhoeae é especialmente sensível a esta cefalosporina.
3. CEFALOTINA: Profilaxia de infecções perioperatorais. Infecções do trato geniturinário
produzidas por Escherichia coli, Klebsiella, Proteus mirabilis. Pneumonia produzida por S.
aureus, Streptococcus beta-hemolíticos, Streptococcus pneumoniae; septicemia bacteriana por
Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, S. beta-hemolíticos, Staphylococcus aureus.
Infecções da pele e tecidos moles produzidas por Escherichia coli, Klebsiella, Proteus
mirabilis, Staphylococcus (produtores e não produtores de penicilinase), Streptococcus betahemolíticos. Infecções do trato urinário produzidas por Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae
e Proteus mirabilis. Erisipela.
4. CEFAZOLINA: Infecções dos tratos respiratório e geniturinário; otorrinolaringológicas, de
pele e tecidos moles, e osteoarticulares.
EFEITOS COLATERAIS
1. CEFALEXINA : Distúrbios gastrintestinais, raramente náuseas, vômitos e colite
pseudomembranosa; mais freqüentemente, diarréia, dor abdominal, dispepsia, gastrite e
icterícia. Hipersensibilidade: exantema, urticária, angioedema e raramente eritema multiforme,
Síndrome de Stevens-Johnson, epidermólise tóxica e anafilaxia. Outras reações colaterais
informadas são prurido anal e genital, enjôos, cefaléia e alucinações; artralgias, nefrite
intersticial, eosinofilia, neutropenia, trombocitopenia e elevação transitória de transaminases.
2. CEFADROXILA: Distúrbios gastrintestinais, náuseas, vômitos e diarréia. Reações
dermatológicas por hipersensibilidade. Infecções oportunistas por microrganismos não
suscetíveis (cândida, pseudomonas). Ocasionalmente: nefrotoxicidade (cilindrúria, proteinúria e
hematúria).
3. CEFALOTINA: Cãibras, dor e distensão abdominal, diarréia grave, febre, polidipsia,
náuseas ou vômitos, cansaço não habitual. Reações de hipersensibilidade: erupção cutânea,
prurido, edema, vermelhidão.
4. CEFAZOLINA: Distúrbios gastrintestinais, náuseas, vômitos e diarréia. Reações
dermatológicas por hipersensibilidade. Infecções oportunistas por microrganismos não
suscetíveis (cândida, pseudomonas).
b) CEFALOSPORINAS DE 2a GERAÇÃO
NOMES FARMACOLÓGICOS E DE VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1.
2.
3.
4.
CEFACLOR: VO
CEFUROXIMA: IM/ VO/ EV
CEFPROZIL: VO
CEFOXITINA: EV
NOMES COMERCIAIS
1.
2.
3.
4.
CEFACLOR: Ceclor
CEFUROXIMA: Zinat, Zinacef
CEFPROZIL: Cefzil
CEFOXITINA: Mexofin
MECANISMO DE AÇÃO
Desenvolve sua ação preferencialmente sobre germes Gram-positivos e, com muito menos
freqüência, sobre Gram-negativos
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
1. CEFACLOR : Infecções no trato respiratório e geniturinário. Infecção da pele e tecidos moles.
2. CEFUROXIMA: Infecções das vias respiratórias: bronquites agudas e crônicas, bronquiectasia
infectada, neumonia bacteriana, abcessos pulmonares. Infecções de ouvido, nariz e garganta.
Infecções de tecido mole: erisipela e infecções de feridas. Infecções de ossos e articulações:
osteomielite e artrite séptica. Infecções ginecológicas e obstétricas. Septicemia, meningite,
peritonite. Pode ser associado a antibióticos aminoglicosídeos.
3. CEFPROZIL: Infecções respiratórias altas e baixas (amigdalite, otite, sinusite, bronquite),
infecções pediátricas, infecções de pele e tecidos moles, infecções não complicadas do trato
urinário.
4. CEFOXITINA: Infecções por cepas susceptíveis, demonstradas por antibiograma. Trato
respiratório inferior: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, E. coli, Klebsiella sp.,
Haemophilus influenzae, Bacteroides sp. Geniturinárias: E. coli, Klebsiella sp., Proteus mirabilis,
Morganella, Proteus vulgaris, Providencia sp., Neisseria gonorrhoeae (não complicada). Intraabdominais: E. coli, Klebsiella sp., Bacteroides sp., Clostridium sp. Ginecológicas: E. coli,
Neisseria gonorrhoeae, Bacteroides sp., Clostridium sp., Peptococcus sp., Peptostreptococcus sp.,
e estreptococos do grupo B. Septicemia: S. pneumoniae, S. aureus, E. coli, Klebsiella sp.,
Bacteroides sp.Osso e articulações: S. aureus. Pele: S. aureus, S. epidermidis, E. coli, Proteus,
Klebsiella sp., Bacteroides sp. Peritonite, apendicite, endometrite, doença inflamatória pélvica,
cole-cistite.
ESPECTRO DE AÇÃO
1. CEFACLOR: A Neisseria gonorrhoeae é especialmente sensível à esta cefalosporina.
2. CEFUROXIMA: É ativo contra cepas resistentes à ampicilina e à amoxicilina, em geral contra
Escherichia coli, Klebsiella, Proteus mirabilis, Haemophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae,
Salmonella spp., Staphylococcus aureus e epidermidis, Streptococcus pyogenes e pneumoniae,
Bordetella pertussis, cocos Gram-positivos e Gram-negativos, bacilos Gram-positivos (inclui a
maioria dos Clostridium), bacilos Gram-negativos.Não são susceptíveis Pseudomonas,
Helicobacter (Campylobacter), cepas de Staphylococcus aureus e epidermidis resistentes à
meticilina, nem enterococos.
3. CEFPROZIL: É uma nova cefalosporina ativa por via oral, que desenvolve um efeito bactericida
de amplo espectro sobre a maioria dos microorganismos aeróbios Gram-positivos, Gram-negativos
e alguns anaeróbios (Bacteroides melaninogenicus, Clostridium perfringens, Clostridium difficile e
Peptostreptococcus). Seu amplo espectro antibacteriano inclui: Streptococcus pyogenes,
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, produtores ou não de betalactamases,
Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus (incluídas cepas produtoras de betalactamases), E.
coli, Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, Neisseria gonorrhoeae.
4. CEFOXITINA: É uma cefalosporina injetável de segunda geração com atividade bactericida
sobre numerosos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, especialmente bactérias
anaeróbias Bacteroides. Sua ação antibacteriana é devida à inibição da síntese da parede celular, é
resistente a uma grande variedade de beta-lactamases e cefalosporinas
EFEITOS COLATERAIS
1. CEFACLOR: Distúrbios gastrintestinais, náuseas, vômitos e diarréia. Reações dermatológicas
por hipersensibilidade. Infecções oportunistas por microrganismos não suscetíveis (cândida,
pseudomonas).
2. CEFUROXIMA: Reações por hipersensibilidade, inclusive exantema cutâneo, urticária, prurido,
febre, doença do soro e anafilaxia. Eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrose
epidérmica tóxica (necrose exantemática). Diarréias, náuseas e vômitos. Colite pseudomembranosa,
cefaléia, eosinofilia, incremento transitório dos níveis das enzimas hepáticas ALT (SGPT), AST
(SGOT) e LDH. Raramente foi informada icterícia. Prova de Coombs positiva. Em algumas
ocasiões, observa-se tromboflebite após a injeção intravenosa de cefuroxima sódica.
3. CEFPROZIL: Em alguns pacientes podem surgir, ocasionalmente, distúrbios gastrintestinais
(náuseas, diarréia) e exantema cutâneo. Em menos de 2% dos pacientes foram relatadas alterações
reversíveis dos valores de transaminases fosfatase alcalina e tempo de protrombina.
4. CEFOXITINA: Em geral é bem tolerada. Os efeitos adversos mais comuns têm sido reações
locais na região da injeção IV ou IM. Foram observados erupção cutânea, prurido, febre e outras
reações alérgicas, inclusive anafilaxia, nefrite intersticial e edema angioneurótico. Hipotensão
arterial; náuseas e vômitos, eosinofilia, leucopenia, granulocitopenia, neutropenia, anemia
(inclusive anemia hemolítica), trombocitopenia e depressão da medula óssea. Em alguns pacientes,
em particular nos que têm hiperazoemia, a prova de Coombs direta pode tornar-se positiva durante
o tratamento com cefoxitina. Foram observados aumentos passageiros das transaminases
glutâmico-oxalacético e pirúvica, da desidrogenase láctica e da fosfatase alcalina no soro; icterícia,
como também aumentos da creatinina sérica e do nitrogênio uréico sangüíneo.
c) CEFALOSPORINAS DE 3a GERAÇÃO
NOMES FARMACOLÓGICOS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
CEFTRIAXONA: IM/ EV
CEFOTAXIMA: EV
CEFODIZIMA: IM/ EV
CEFETAMET: VO
CEFIXIMA: VO
CEFPODOXIMA: VO
CEFOPERAZONA: EV
CEFTAZIDIMA: EV
NOMES COMERCIAIS
CEFTRIAXONA: Rocefin
CEFOTAXIMA: Claforan
CEFODIZIMA: Timecef
CEFETAMET: Globocef
CEFIXIMA: Plenax
CEFPODOXIMA: Orelox
CEFOPERAZONA: Cefobid
CEFTAZIDIMA: Fortaz, Kefadim
MECANISMO DE AÇÃO
Sua ação bactericida depende de sua capacidade em alcançar e unir-se às proteínas que ligam
penicilina, localizadas nas membranas citoplasmáticas bacterianas. As cefalosporinas inibem a síntese
da parede celular e do septo bacteriano, por acilação das transpeptidases unidas à membrana. Inibem
também a divisão e o crescimento celular; com freqüência ocorre a lise e a elongação das bactérias
sensíveis. As bactérias que se dividem de forma rápida são as mais sensíveis à ação das cefalosporinas
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
CEFTRIAXONA: Infecções do trato biliar, infecções ósseas, infecções do SNC, infecções do trato
geniturinário, gonorréia, pneumonia, septicemia bacteriana, infecções de pele e tecidos moles.
CEFOTAXIMA: Infecções graves produzidas por germes patogênicos sensíveis à cefotaxima.
Infecções das vias respiratórias incluindo garganta e nariz; dos rins e vias urinárias; da pele e tecidos
de partes moles, ossos e articulações; de órgãos genitais, incluindo a gonorréia; sepse, endocardite,
meningite.
CEFODIZIMA: Infecções urinárias altas e baixas. Gonococia. Infecções respiratórias baixas.
Infecções sistêmicas em pacientes imunocomprometidos. Infecções hospitalares, pneumonias
hospitalares, bacteremias.
CEFETAMET: Infecções produzidas por estreptococos beta-hemolíticos e as infecções complicadas
do trato urinário ou infecções mais severas, na uretite gonocóccica no homem e na cistite não
complicada da mulher.
CEFIXIMA: Processos infecciosos por germes sensíveis às cefalosporinas. Infecções do trato urinário
não complicadas causadas por Escherichia coli e Proteus mirabilis. Otite média causada por
Haemophilus influenzae (cadeias betalactamase positivas e negativas), Moraxella (Branhamella)
catarrhalis e Streptococcus pyogenes. Faringite e tonsilite causadas por Streptococcus pyogenes.
Bronquite aguda e exacerbações agudas das bronquites crônicas causadas por Streptococcus
pneumoniae e Haemophilus influenzae (cadeias betalactamase positivas e negativas).
CEFPODOXIMA: Infecções bacterianas sistêmicas provocadas por germes sensíveis. Infecções
respiratórias altas (amigdalite, sinusite) e baixas (bronquite, pneumopatias, broncopneumopatias).
CEFOPERAZONA: Infecções dos tratos respiratório e geniturinário; otorrinolaringológicas; de pele e
tecidos moles, osteoarticulares, peritonite e outras infecções intra-abdominais; septicemias, infecções
bacterianas, doenças inflamatórias pélvica, endometrite e outras infecções do aparelho genital
feminino e infecções enterocócicas.
CEFTAZIDIMA: Infecções dos tratos respiratório e geniturinário. Infecções otorrinolaringológicas,
de pele e de tecidos moles. Infecções osteoarticulares. Peritonite e outras infecções intra-abdominais.
Septicemias bacterianas. Doença inflamatória pélvica, endometrite e outras infecções do aparelho
genital feminino. Infecções enterocócicas. Infecções do sistema nervoso central.
ESPECTRO DE AÇÃO
CEFTRIAXONA: Infecções do trato biliar produzidas por Escherichia coli, espécies de Klebsiella,
Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, Streptococcus. Infecções ósseas produzidas por espécies de
Enterobacter, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus ou Staphylococcus. Infecções do
SNC por Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Klebsiella pneumoniae, Neisseria meningitidis.
Infecções do trato geniturinário produzidas por espécies de Clostridium, Escherichia coli,
Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Proteus mirabilis, gonorréia, pneumonia, septicemia
bacteriana, infecções de pele e tecidos moles.
CEFOTAXIMA: Em geral, é eficaz contra Staphylococcus, Streptococcus, Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenzae, E. coli, Salmonellas, Clostridium. Atualmente é variável a
sensibilidade para os seguintes agentes patogênicos: Streptococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa
e Bacteroides fragilis.
CEFODIZIMA: Entre o grupo sensível figuram estafilococos, pneumococos, gonococos,
meningococos, Moraxella, E. coli, Shigella, Klebsiella, Proteus, Haemophilus, Corynebacterium
CEFETAMET: Possui um amplo espectro bacteriano sobre a biota aeróbia Gram-positiva e Gramnegativa,e pelas suas concentrações séricas e tissulares atinge níveis superiores à CIM 90 (<2mg/ml)
da maioria das enterobactérias, Haemophilus influenzae, Neisseria spp., Proteus spp., Branhanela
catarrhalis; espécies de Streptococcus e não estreptococos inclusive S. pneumoniae resistente à
penicilina e Neisseria gonorrhoeae.
CEFIXIMA: Processos infecciosos por germes sensíveis às cefalosporinas: Escherichia coli e Proteus
mirabilis, Haemophilus influenzae (cadeias betalactamase positivas e negativas), Moraxella
(Branhamella) catarrhalis e Streptococcus pyogenes, Streptococcus pyogenes, Streptococcus
pneumoniae e Haemophilus influenzae (cadeias betalactamase positivas e negativas).
CEFPODOXIMA: É uma cefalosporina oral, moderna, de terceira geração, ativa por via oral, que
desenvolve um efeito bactericida potente sobre a maioria dos microrganismos aeróbios Grampositivos e Gram-negativos, especialmente nos responsáveis pelas infecções do trato respiratório,
como Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Corynebacterium e Streptococcus
pyogenes.
CEFOPERAZONA: Desenvolve sua ação preferencialmente sobre germes Gram-positivos, Gramnegativos e pseudomonas
CEFTAZIDIMA: Desenvolve sua ação em especial sobre germes Gram-positivos, Gram-negativos e
pseudomonas.
EFEITOS COLATERAIS
CEFTRIAXONA: São de rara incidência cãibras, dor e distensão abdominal, diarréia aquosa e grave,
febre, aumento da sede, náuseas, vômitos, perda de peso não habitual, erupção cutânea, prurido,
edema (por hipersensibilidade).
CEFOTAXIMA: Alteração dos componentes sangüíneos: trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia.
Tal qual outros antibióticos betalactâmicos, pode aparecer granulocitopenia e mais raramente
agranulocitose, principalmente se administrado por período prolongado. Podem surgir reações de
hipersensibilidade: urticária, febre medicamentosa; alterações da função hepática: aumento das
enzimas hepáticas do soro (TGO/AST, TGP/ALT, fosfatase alcalina); distúrbios gastrintestinais:
náuseas, vômitos, diarréia, colite pseudomembranosa.
CEFODIZIMA: Foram reportados distúrbios gastrintestinais como diarréia, náuseas e vômitos; além
disso, reações alérgicas, erupções cutâneas, prurido, urticária, febre, aumento da creatinina e uréia
plasmáticas. Reações locais: irritação inflamatória e dor no local da injeção.
CEFETAMET: Os efeitos indesejáveis observados foram de severidade média a moderada e de curta
duração. No trato gastrintestinal, foram reportadas diarréias, náuseas ou vômitos. Como com outros
antibióticos da mesma classe, o tratamento pode induzir a um maior crescimento de Clostridium
difficile. Foi reportada colite pseudomembranosa em menos de 1.000 pacientes (1.000mg 2 vezes por
dia). Outros distúrbios gastrintestinais relatados foram dor abdominal, mal-estar abdominial,
gastralgia, flatulência, acidez gástrica. Observaram-se os seguintes efeitos colaterais com uma
incidência menor que 1%. Reações hepáticas: aumento da bilirrubina, aumento transitório de
transaminases. Reações cutâneas: prurido, urticária, edema localizado, exantema, púrpura. Reações do
sistema nervoso central: debilidade, fadiga, cefaléia, tonturas. Reações hemáticas: leucopenia ou
eosinofilia transitória, aumento transitório de plaquetas.Outras reações observadas em menos de 1
caso em 1.000: gengivite, proctite, vaginite, conjuntivite, tendinose, febre.
CEFIXIMA: Em geral, são leves e transitórias. Em adultos (por ordem de freqüência): diarréias,
distúrbios de evacuação, cefaléia, náuseas, dor abdominal, dispepsia, flatulência, vômitos, erupção
cutânea. Em crianças (por ordem de freqüência): diarréias, distúrbios de evacuação, erupção cutânea,
vômitos, dor abdominal.
CEFPODOXIMA: Ocasionalmente e, foram observados distúrbios diversos, como diarréia, náuseas,
vômitos, epigastralgia. Além disso, em alguns casos, cefaléia, erupção cutânea, prurido e aumento
transitório das enzimas hepáticas (TGO, TGP) e fosfatase alcalina.
CEFOPERAZONA: Distúrbios gastrintestinais, náuseas, vômitos e diarréia. Reações dermatológicas
por hipersensibilidade. Infecções oportunistas por microrganismos não suscetíveis (candida,
pseudomonas). A exemplo de outros betalactâmicos, com o uso prolongado pode aparecer neutropenia
reversível.
CEFTAZIDIMA: Distúrbios gastrintestinais, náuseas, vômitos e diarréia. Reações dermatológicas por
hipersensibilidade. Tal como outros betalactâmicos, com o uso prolongado podem surgir neutropenia
reversível. Sintomas derivados do SNC: cefaléias, vertigem e parestesias.
d) CEFALOSPORINAS DE 4a GERAÇÃO
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
CEFEPIMA: IM/ EV
CEFPIROMA: IM/ EV
NOMES COMERCIAIS
CEFEPIMA : Cefepime, Maxecef
CEFPIROMA: Cefrom
MECANISMO DE AÇÃO
O mecanismo de ação é similar ao das outras cefalosporinas, ou seja, inibe a síntese da parede
bacteriana celular à qual se liga pela sua grande afinidade com as PBP 3 (proteínas ligadoras de
penicilina). Não obstante, uma diferença com outras cefalosporinas é sua maior afinidade pelos PBP 2
da parede dos Gram-negativos; além disso, sua atividade antibacteriana pode ser maior porque o sítio
de ligação pode ser saturado com menos moléculas.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
CEFEPIMA: Infecções graves por microrganismos sensíveis. Infecções abdominais, ginecológicas,
obstétricas, das vias urinárias, respiratórias, pele e tecidos moles. Doença inflamatória pélvica,
endometrite, abcessos, septicemias, neumonia hospitalar, osteomielite. Tratamento empírico em
pacientes neutropênicos febris.
CEFPIROMA: É uma nova cefalosporina injetável sintética de quarta geração, com uma notável
atividade bactericida sobre numerosos microrganismos Gram-negativos, em especial cepas produtoras
de beta-lactamases.
ESPECTRO DE AÇÃO
CEFPIROMA: Gram-positivos, Gram-negativos e enterobacteriáceas, como Enterobacter cloacae,
Enterobacter aerogenes, Citrobacter freundii, Providencia, Pseudomonas aeruginosa, Serratia,
Morganella etc., inclusive cepas produtoras de beta-lactamases, responsáveis de sepsias graves ou
infecções nosocomiais, resistentes aos antibióticos tradicionais
CEFPIROMA: O espectro in vitro é amplo e bem equilibrado, com ação sobre enterobacteriáceas, E.
coli, Proteus spp., Klebsiella spp, Citrobacter spp., Serratia spp., Enterobacter spp., bactérias não
fermentadoras, Acinetobacter, P. aeruginosa; anaeróbios Gram-positivos como Peptococcus spp.,
Clostridium spp., e Gram-negativos de Fusobacterium.É menos ativa contra B. fragilis e Bacteroides
spp.
EFEITOS COLATERAIS
CEFEPIMA: A tolerância clínica é boa, embora foram informados alguns casos (1% a 3%) de
diarréia, cefaléia, erupção cutânea, náuseas, vômitos e urticária. A nível humoral observam-se
anormalidades transitórias e ocasionais, como aumento da uréia ou da creatinina, da fosfatase alcalina,
da bilirrubina total e eosinofilia.
CEFPIROMA: A cefpiroma é bem tolerada clinicamente. Em certas ocasiões, podem aparecer
náuseas, vômitos, diarréia, exantema cutâneo, eosinofilia, dor e inflamação no local onde foi feita a
aplicação. Prova de Coombs e glicosúria com resultados falso-positivos.
1.3) CARBAPENENS
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
IMIPENEM: EV
MEROPENEM: EV
NOMES COMERCIAIS
IMIPENEM: Imipenem
MECANISMO DE AÇÃO
O imipenem pertence aos carbapenêmicos (subclasse dos betalactâmicos); sua ação
bactericida é produzida por sua união às proteínas que ligam penicilina 1A, 1B, 2, 4, 5 e 6 nas
membranas citoplasmáticas de Escherichia coli e a PBP 1A, 1B, 2, 4 e 5
MEROPENEM: Meropenem de Pseudomonas aeruginosa, o que origina a inibição da síntese
da parede da célula bacteriana.
O meropenem inibe a síntese da parede celular, requer que os microrganismos se
encontrem na etapa de crescimento para poder agir.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
IMIPENEM: Infecções ósseas provocadas por Staphylococcos aureus, estreptococos do grupo
D e Pseudomonas aeruginosa. Endocardite bacteriana por Staphylococcus aureus. Infecções do
trato geniturinário por S. aureus, Escherichia coli, Klebsiellas, Proteus, Haemophilus vaginalis.
Infecções intra-abdominais provocadas por S. aureus, Escherichia coli, Klebsiellas,
Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter, Streptococcus pneumoniae. Infecções cutâneas e de
tecidos moles provocadas por S. aureus, E. coli, Klebsiellas, espécies de Enterobacter.
MEROPENEM: Infecções causadas por microrganismos susceptíveis ao fármaco nas seguintes
localizações: infecções do trato respiratório inferior, infecções do trato urinário, infecções intraabdominais, infecções ginecológicas, infecções da pele e órgãos anexos. Meningite.Septicemia.
ESPECTRO DE AÇÃO
IMIPENEM: Staphylococcos aureus, estreptococos do grupo D, Pseudomonas aeruginosa,
Escherichia coli, Klebsiellas, Proteus, Haemophilus vaginalis, Enterobacter, Streptococcus
pneumoniae.
MEROPENEM: O espectro de ação é similar ao do imipenem, com as seguintes
particularidades: 1) é mais ativo sobre as enterobactérias (2 a 32 vezes), sobre o Haemophilus
influenzae (4 a 8 vezes), sobre Pseudomonas aeruginosa (2 a 4 vezes) e sobre outras
Pseudomonas (2 a 4 vezes) ; 2) é menos ativo sobre os estafilococos e sobre os enterococos (2 a
4 vezes); 3) a atividade sobre os anaeróbios é similar em ambos os fármacos.Os estafilococos
meticilino-resistentes não são afetados pelo meropenem
EFEITOS COLATERAIS
IMIPENEM: São de incidência mais freqüente: erupção cutânea, urticária, prurido, sibilâncias,
confusão. Raramente apresentam-se: tonturas, náuseas, vômitos, cãibras, diarréias e cansaço ou
debilidade não habituais.
MEROPENEM: Diarréia, erupção cutânea, náuseas, vômitos, flebite, prurido, reações no local
de aplicação da injeção, parestesia e cefaléia. Em raras ocasiões trombocitopenia, eosinofilia,
alterações das enzimas hepáticas. A administração de meropenem pode favorecer a candidíase
oral e vaginal. A colite pseudomembranosa é um risco a ser considerado na administração
prolongada de meropenem.
1.4) MONOBACTANS
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
AZTREONAM: EV/ IM
NOMES COMERCIAIS
AZTREONAM
MECANISMO DE AÇÃO
O aztreonam é o primeiro membro de uma classe de antibióticos classificados como
monobactâmicos. Os monobactâmicos têm um núcleo único monocíclico betalactâmico, que os
faz diferentes estruturalmente de outros antibióticos betalactâmicos. Estes agentes foram
originalmente isolados da Chromobacterium violaceum. O aztreonam é um antibiótico
bactericida totalmente sintético, com atividade contra um amplo espectro de germes patógenos
aeróbios Gram-negativos
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
Infecções complicadas e não complicadas do trato urinário, inclusive pielonefrite e
cistite. Infecções das vias respiratórias baixas. Septicemias. Infecções de pele e fâneros, intraabdominais e ginecológicas.
ESPECTRO DE AÇÃO
AZTREONAM: O aztreonam é um antibiótico bactericida totalmente sintético, com atividade
contra um amplo espectro de germes patógenos aeróbios Gram-negativos.
EFEITOS COLATERAIS
As reações locais como a flebite e a tromboflebite após a administração IV e o
desconforto e inflamação no local da injeção após a administração IM ocorrem em 1,9 a 2,4%
dos casos, respectivamente. As reações sistêmicas (consideradas em relação à administração de
aztreonam ou de etiologia incerta) ocorrem como acidente em 1 a 1,3% dos casos e incluem
diarréia, náuseas, vômitos e exantema.
1.5) CARBACEFENS
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
LORACARBEF: VO
MECANISMO DE AÇÃO
Nova classe de antibióticos sintéticos, tem sua origem na alteração da forma estrutural do
cefaclor, conferindo-lhe maior estabilidade antibiótica.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
Boa alternativa para o tratamento de infecções respiratórias altas e baixas, sinusites,
infecções de pele e anexos não complicadas, e infecções não complicadas do trato urinário.
ESPECTRO DE AÇÃO
LARACARBEF: ativo contra grande variedade de bactérias Gram-positivas e Gramnegativas.
EFEITOS COLATERAIS
Pode causar efeitos colaterais leves e deve ser evitado em paciente com história de fenômenos
alérgicos a outros beta-lactâmicos.
1.6) INIBIDORES DE BETA-LACTAMASES
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
AMOXICILINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: VO
AMPICILINA/ SULBACTAN: EV
TICARCICLINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: EV
PIPERACILINA/ TAZOBACTAN: EV
NOMES COMERCIAIS
AMOXICILINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: Clavulin
AMPICILINA/ SULBACTAN: Unasyn
TICARCICLINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: Timetim
PIPERACILINA/ TAZOBACTAN: Tazocin
INDICAÇÃO DE DOENÇAS
AMOXICILINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: É empregado em otite média aguda em crianças,
sinusite, faringite com amigdalite ( bacterióides), exacerbação aguda da bronquite crônica,
mordedura de animais com infecção secundária, infecções de partes moles com tecido
necrótico, estafilococcia, infecções ginecológicas e infecções intra- abdominais.
AMPICILINA/ SULBACTAN: ação contra Acinetocabter baumannii.
TICARCICLINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: Infecções abdominais e Pneumonia adquirida em
hopitais.
PIPERACILINA/ TAZOBACTAN: Infecções abdominais e Pneumonia adquirida em hopitais.
ESPECTRO DE AÇÃO
AMOXICILINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: O Clavulin consiste em uma associação com
amoxicilina, ampliando o seu espectro para H. influenzae resistentes, S. aureus, Neisseria sp e
anaeróbios. São menos efetivas como inibidores de enzimas tipo cefalosporinases.
AMPICILINA/ SULBACTAN: Este composto apresenta atividade antimicrobiana muito
semelhante àquela apresentada pela associação amoxicilina/ ácido clavulânico. Porém,
ampicilina/ sulbactam apresenta excelente atividade in vitro contra Acinetobacter baumannii.
Excepcionalmente nessa circunstância, a atividade antimicrobiana do composto se deve ao
sulbactam. O sulbactam não apresenta atividade antimicrobiana importante contra outras
espécies bacterianas.Da mesma forma, outros inibidores de beta- lactmase ( ácido clavulânico e
tazobactan) não apresentam atividade antimicrobiana contra Acinetobacter baumannii. Mesmo
amostras resistentes a carbapens, quinolonas e aminoglicosídeos podem ser sensíveis in vitro à
ampicilina/ sulbactan. Porém, estudos clínicos são necessários para estabelecer o papel desse
composto ao tratamento de infecções por Acinetobacter baumannii.
TICARCICLINA/ ÁCIDO CLAVULÂNICO: Pseudomonas, Anaeróbios, Enterococos
PIPERACILINA/ TAZOBACTAN: Pseudomonas, Anaeróbios, Enterococos
2) QUINOLONAS
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Norfloxacina: VO
2. Ciprofloxacina: VO
3. Pefloxacina: EV ou VO
4. Ofloxacina: VO
5. Lomefloxacina: VO
6. Levofloxacina: VO ou EV
7. Trovafloxacina: VO ou EV
NOMES COMERCIAIS
Norfloxacina: Floxacin
Ciprofloxacina: Cipro, Procin
Pefloxacina: Peflacin
Ofloxacina: Floxtat; Floxan
Lomefloxacina: Maxaquin
Levofloxacina: Tavanic
Trovafloxacina: Trovan
MECANISMO DE AÇÃO
São bactericidas, interferindo na síntese de DNA bacteriano, inibindo a DNA-girase,
enxima bacteriana essencial à sua replicação.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS E ESPECTRO DE AÇÃO
Norfloxacina
Infecções do trato urinário baixo
Gonorréia não-complicada
Prostatite bacteriana
Descontaminação seletiva do trato gastrintestinal (profilaxia de infecções por Gramnegativos em pacientes ganulocitopênicos e profilaxia de peritonite espontânea em hepatopatas
crônicos)
Ciprofloxacina, pefloxacina e Ofloxacina
Infecções urinárias altas
Gonorréia
Pneumonias por Gram-negativos
Associado a aminoglicosídeos na fibrose cística
Diarréia do viajante
Infecções de pele, tecidos moles e osteomielites
Levofloxacina e trovafloxacina (apresentam meia-vida longa e outras características
farmacocinéticas que permitem a administração a cada 24 horas)
Cocos Gram-positivos (Streptococcus pneumoniae)
Enterobactérias
Bacilos Gram-negativos não-fermentadores
EFEITOS COLATERAIS E CONTRA-INDICAÇÕES
1. Sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarréia e anorexia)
2. Cefaléia, tonturas e anormalidades laboratoriais (leucopenia e alteração de transaminase)
3. Contra-indicados em crianças em crescimento e durante a gravidez.
3) AMINOGLICOSÍDEOS
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Neomicina: VO
2. Gentamicina: IM, EV
3. Tobramicina: IM, EV
4. Amicacina: IM, EV
5. Sisomicina: IM, EV
6. Netilmicina: IM, EV
7. Espectinomicina: IM
NOMES COMERCIAIS
Neomicina: Neomicina
Gentamicina: Garamicina, Gentacil, Gentamicina, Amplocilina
Tobramicina: Tobramicina
Amicacina: Amicacina, Briclin, Novamin
Sisomicina: Baymicina, Sisomicina
Netilmicina: Netromicina
Espectinomicina: Tobricin
MECANISMO DE AÇÃO
Penetram a parede celular e a membrana, ligando-se aos ribossomas 30S, levando ao erro
na leitura de RNA mensageiro provocando a morte de bactérias. (Atualmente, há uma
resistência a esses antibióticos devido ao uso indiscriminado destes medicamentos)
INDICAÇÃO DE DOENÇAS E ESPECTRO DE AÇÃO
Estreptomicina
Infecções micobacterianas
Infecções incomuns (peste e tularemia)
Brucelose (associada com a tetraciclina)
Gentamicina
Enterobactérias (Pseudomonas aeruginosa)
Associado com beta-lactâmicos ou glicopeptídeos (infecções enterocócicas graves)
Tobramicina
Similar à gentamicina (maior atividade contra a P. aeruginosa)
Amicacina
Eficaz contra várias enterobactérias resistentes à gentamicina e tobramicina
Neomicina
Restrito a infecções superficiais de pele
Conjuntivite bacteriana
Supressão da flora intestinal em pré-operatório de cirurgias abdominais
Insuficiência hepática
Espectinomicina
Infecções por gonococos produtores de beta-lactamase na falha terapêutica da gonorréia
quando utilizada a penicilina
EFEITOS COLATERAIS E CONTRA-INDICAÇÕES
Nefrotoxicidade (reversível)
Ototoxicidade auditiva e vestibular (irreversível)
Paralisia muscular
4) SULFONAMIDAS
NOME FARMACOLÓGICO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Co-trimoxazol (Sulfametoxazol + Trimetropin): EV, IM ou VO.
2. Sulfadozina: VO.
3. Sulfadiazina: VO.
4. Sulfassalazina: VO.
NOMES COMERCIAIS
Co-trimoxazol (Sulfametoxazol + Trimetropin): Bactrin, Espectrin, Infectrin, Septra
Sulfadozina: Fanasulf
Sulfadiazina: idem
Sulfassalazina: Azulfin, Salazoprin
MECANISMO DE AÇÃO
O mecanismo de ação das sulfonamidas se faz pelo antagonismo competitivo do ácido
para-amonibenzóico (PABA), que é um componente essencial da síntese do ácido fólico.
INDICAÇÃO DE DOENÇAS E ESPECTRO DE AÇÃO
Co-trimoxazol (Sulfametoxazol + Trimetropin:
Pneumocistose ( primeira escolha)
Otite Média Crônica
PAC
Paracoccidiodomicose
ITU
Febre Tifóide
Shiguelose
Sulfadoxina
Paracoccidiodomicose
Malária (profilaxia)
Pneumocistose(profilaxia)
Sulfadiazina
Toxoplasmose
Nocardiose
Sulfassalazina
Pertence à classe farmacológica das sulfonamidas, pórem não tem uso como antibiótico.
É usada na terapia da doença de Crohn, na retocolite ulcerativa, na artrite reumatóide e
espondilite anquilosante.
EFEITOS COLATERAIS E CONTRA-INDICAÇÕES
Insuficiência renal
5) CLORANFENICOL
PROPRIEDADES.
É um antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Também pode ser bactericida em
concentrações elevadas ou quando usado contra microrganismos altamente sensíveis. É
lipossolúvel; difunde-se através da membrana celular bacteriana e se une de forma reversível à
subunidade 50 S dos ribossomos bacterianos, onde evita a transferência de aminoácidos às
cadeias peptídicas em formação. Não foi estabelecido o mecanismo pelo qual se produz anemia
aplástica irreversível. Calcula-se que o mecanismo responsável da mielodepressão reversível
(dependente da dose), durante sua administração e após esta, se relaciona com a inibição da
síntese protéica mitocondrial nas células da medula óssea. É absorvido com facilidade e por
completo no trato gastrintestinal. Distribui-se por todo o organismo de forma ampla, porém não
uniforme. Atinge as concentrações mais altas no fígado e no rim. Atravessa a placenta e as
concentrações séricas fetais podem ser de 30 a 80% dos níveis séricos maternos. Alcança
concentrações terapêuticas nos humores aquoso e vítreo do olho. No líquido cefalorraquidiano,
as concentrações podem ser de 21 a 50% das séricas, através de meninges não inflamadas, e de
45 a 89% através de meninges inflamadas. Sua união às proteínas é de baixa a moderada. O
metabolismo é hepático, 90% conjugados a glicurônido inativo.
INDICAÇÕES.
Tratamento de meningite por Haemophilus influenzae, infecções por Rickettsia,
septicemias bacterianas, febre tifóidea produzida pela Salmonella typhi. Em geral deve ser
reservado para infecções graves nas quais outros antibióticos menos tóxicos sejam ineficazes ou
contra-indicados.
DOSE.
A dose usual para adultos, por via oral, é de 12,5mg a cada seis horas, até um máximo de
4 gramas por dia. A dose pediátrica usual, em lactentes prematuros e recém-nascido a termo de
até 2 semanas, é de 6,25mg por kg a cada 6 horas, por via oral ou intravenosa; em lactentes de 2
semanas ou mais, 12,5mg/kg a cada 6 horas, via oral ou intravenosa.
REAÇÕES ADVERSAS.
Intolerância digestiva, hipersensibilidade, discrasias sangüíneas (pele pálida, dor de
garganta, febre, hemorragias ou hematomas não habituais, cansaço, debilidade), síndrome cinza
do recém-nascido, neurite óptica (dor ocular, visão turva, perda de visão), neurite periférica
(intumescimento, formigamento, dor intensa e debilidade de mãos e pés), anemia aplástica
(com dependência da dose), anemia aplástica medular idiossincrática.
PRECAUÇÕES.
Durante o tratamento devem-se realizar periodicamente contagens sangüíneas completas,
para detectar depressão da medula óssea reversível relacionada com a dose; tais contagens,
porém, não são úteis para prevenir a anemia aplástica idiossincrática, que aparece normalmente
após o término do tratamento. Em pacientes com insuficiência hepática devem-se monitorar os
níveis plasmáticos.
INTERAÇÕES.
O uso simultâneo com mielodepressores e radioterapia pode aumentar os efeitos
depressores sobre a medula óssea. O uso conjunto com anticonvulsivos do grupo das
hidantoínas pode aumentar os efeitos tóxicos destes por inibição da atividade enzimática
microssômica. Não se recomenda a associação com eritromicina ou lincomicinas, porque o
cloranfenicol pode deslocar ou evitar sua união às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos
e antagonizar deste modo os efeitos destes antibióticos. A administração com hipoglicemiantes
orais pode potencializar o efeito destes, devido a um deslocamento das proteínas séricas. O
cloranfenicol pode aumentar a meia-vida do dicumarol e da fenitoína por inibir as enzimas que
degradam estes fármacos.
CONTRA-INDICAÇÕES.
Gravidez. Lactentes. Neonatos.
6) TETRACICLINAS
6.1) TETRACICLINA
PROPRIEDADES
As tetraciclinas são bacteriostáticos de amplo espectro que atuam por inibição da síntese de
proteínas, bloqueando a união de tRNA (RNA de transferência) ao complexo ribossômico de
mRNA (RNA mensageiro). A união reversível se produz na subunidade ribossômica 30S dos
microrganismos sensíveis. Não inibem a síntese da parede celular bacteriana. Absorvem-se por
via oral entre 75% e 77% da dose. Distribuem-se com facilidade pela maioria dos líquidos do
organismo, inclusive bile e líquidos sinovial, ascítico e pleural. Tendem a localizar-se nos
ossos, fígado, baço, tumores e dentes. Também atravessam a placenta. A meia-vida normal é de
6 a 11 horas e podem levar 2 a 3 dias para alcançar concentrações terapêuticas de tetraciclinas.
Eliminam-se de forma inalterada por via renal, fecal e também se excretam no leite materno.
Sua união às proteínas é baixa e moderada.
NOMES COMERCIAIS
Tetraciclina; Tetrex
INDICAÇÕES
Actinomicose, infecções do trato geniturinário causadas por N. gonorrhoeae, faringite,
pneumonia, otite média aguda e sinusite causada por H. influenzae; infecções da pele e tecidos
moles causadas por S. aureus, sífilis, uretrite não gonocócica, infecções do trato urinário
causadas por Klebsiella e Escherichia coli.
DOSE
Suspensão oral para adultos: 250 a 500mg a cada 6 horas ou 500mg a 1g a cada 12 horas;
gonorréia: 500mg a cada 6 horas durante 5 dias; dose máxima: até 4g/dia. Ampolas: IM, 100mg
a cada 8 horas, 150mg cada 12 horas ou 250mg uma vez ao dia. Dose máxima até 1g/dia.
Crianças menores de 8 anos: 5 a 8,3mg/kg a cada 8 horas ou 7,5 a 12,5mg/kg a cada 12 horas.
Dose máxima, até 250mg IV: 250 a 500mg a cada 12 horas; dose máxima: até 2g/dia, crianças
maiores de 8 anos: 5 a 10mg/kg a cada 12 horas.
REAÇÕES ADVERSAS
Descoloração permanente dos dentes em lactantes ou crianças, cãibras com gastrite,
descoloração ou escurecimento da língua, diarréia, aumento da fotossensibilidade cutânea,
inflamação da boca ou língua, náuseas ou vômitos.
PRECAUÇÕES
As tetraciclinas atravessam a placenta, e não se recomenda seu uso durante a segunda
metade da gravidez, pois causam descoloração permanente dos dentes, hipoplasia do esmalte e
inibição do crescimento ósseo do feto. Não se recomenda seu uso durante o período de lactação
devido às reações adversas que poderão produzir no lactante por se excretarem no leite
materno. As tetraciclinas sistêmicas também podem contribuir para o desenvolvimento de
candidíases orais.
INTERAÇÕES
O uso simultâneo com antiácidos pode resultar em uma redução da absorção das
tetraciclinas orais. A associação com metoxiflurano pode aumentar o potencial de
nefrotoxicidade. Não se recomenda o uso combinado com penicilina, pois os agentes
bacteriostáticos podem interferir no efeito bactericida das penicilinas. O uso simultâneo com
bicarbonato de sódio pode produzir redução da absorção das tetraciclinas orais.
CONTRA-INDICAÇÕES
Gravidez, lactação, crianças menores de 11 anos. A relação risco-benefício deve ser
avaliada na presença de diabete insípida, disfunção hepática e disfunção renal.
6.2) OXITETRACICLINA
PROPRIEDADES
Extraído do Streptomyces rimosus, com ações bacteriostáticas-bactericidas sobre
numerosos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, Chlamydias, Mycoplasma,
Rickettsia etc., responsáveis pelas infecções respiratórias, geniturinárias e cutâneo-mucosas.
Seu mecanismo de ação desenvolve-se sobre os ribossomas microbianos onde altera a síntese
de proteínas e inibe o desenvolvimento e crescimento (efeito bacteriostático) do microrganismo,
embora possam atuar com bactericidas ao alcançar elevadas concentrações em certos
tecidos.Sua absorção digestiva, como os outros derivados, é ampla, difunde-se pelo sangue e
liga-se às proteínas plasmáticas em 10%-40%. Entre 40% e 70% são eliminados pela urina sem
modificações metabólicas através de filtração glomerular. Em certas ocasiões atinge a
circulação fetal através da placenta e o líquido pleural e cefalorraquidiano. Sua meia-vida é
prolongada (6-10 horas), concentra-se em nível hepático e também é excretada pela bile,
detectando-se nas fezes.
NOMES COMERCIAIS
Oxitetraciclina; Terramicina
INDICAÇÕES
Infecções de diferentes localizações (brônquica, uretral, urinária) provocadas por germes
sensíveis às tetraciclinas.
DOSE
A dose média por via oral é de 1 a 2 gramas por dia, habitualmente 500mg cada 6 horas.
Em crianças maiores de 8 anos podem ser administradas doses de 25mg a 50mg/kg/dia. É
aconselhável administrar a dose 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições. Em pacientes com
insuficiência renal, a dose é reduzida ou os intervalos entre as tomadas são incrementados. Os
alimentos, especialmente os laticínios, interferem na sua absorção digestiva.
REAÇÕES ADVERSAS
Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, glossite, disfagia, enterocolite e
lesões inflamatórias (com supercrescimento de monílias) na região anogenital. Essas reações
têm sido causadas tanto pela administração oral quanto parenteral das tetraciclinas. Raramente
foram mencionadas esofagite e ulceração esofágica em pacientes que receberam cápsulas ou
comprimidos da classe das tetraciclinas. A maioria desses pacientes tomou sua medicação
imediatamente antes de deitar-se. Cutâneas: exantemas maculopapulares e eritematosos. Foi
relatada dermatite esfoalitiva, porém não é freqüente.Fotossensibilidade. Toxicidade renal: foi
relatado um aumento do nitrogênio uréico sangüíneo aparentemente relacionado com a dose.
Reações de hipersensibilidade: urticária, edema angioneurótico, anafilaxia, púrpura
anafilactóide, pericardite e exacerbação de lúpus eritematoso sistêmico. Fontanelas salientes em
lactentes e hipertensão intracraniana benigna em adultos foram relatadas após uma dose
terapêutica completa. Esses sinais desapareceram com a descontinuação do fármaco.
Hemáticas: foram relatadas anemia hemolítica, trombocitopenia, neutropenia e eosinofilia.
PRECAUÇÕES
Como outros antibióticos, pode promover o desenvolvimento de microrganismos
resistentes, incluindo fungos. Caso ocorra uma superinfecção deve-se interromper o antibiótico
e administrar um tratamento apropriado. Em caso de doenças venéreas, quando há suspeita de
sífilis coexistente, aconselha-se realizar um exame de campo escuro antes de começar o
tratamento e a sorologia deve ser repetida mensalmente pelo menos durante quatro meses. Em
tratamentos prolongados devem ser realizadas avaliações laboratoriais periódicas, incluindo
estudos hematopoiéticos, renais e hepáticos. Todas as infecções causadas pelo estreptococo
beta-hemolítico do grupo A devem ser tratadas pelo menos durante 10 dias. Uso em lactantes:
as tetraciclinas são excretadas no leite materno.Devido às sérias reações adversas potenciais em
crianças durante a lactação, as tetraciclinas somente devem ser utilizadas quando, na opinião do
médico, os benefícios potenciais superam os riscos. Interação com o fármaco: como as
tetraciclinas têm demonstrado diminuir a atividade da protrombina plasmática, os pacientes em
tratamento com anticoagulantes podem necessitar de uma redução na dose dos mesmos. Uma
vez que os fármacos bacteriostáticos podem interferir com ação bactericida da penicilina,
aconselha-se evitar a administração concomitante de tetraciclinas e penicilinas. A absorção de
tetraciclina é diminuída por antiácidos contendo alumínio, cálcio ou magnésio e preparações
contendo ferro. Foi relatada toxicidade renal aguda com o uso concomitante de tetraciclinas e
metosifluorano.Caso haja comprometimento renal, mesmo as doses orais ou parenterais
habituais podem conduzir ao acúmulo sistêmico excessivo do fármaco e a uma possível
toxicidade hepática. Em tais circunstâncias são indicadas doses menores que as habituais e,
caso o tratamento seja prolongado, pode ser aconselhável a determinação dos níveis séricos do
fármaco. Em alguns indivíduos que tomam tetraciclina foi observado fotossensibilidade,
manifestada por uma reação exagerada à exposição solar. Pessoas que comumente se expõem à
luz solar direta ou à luz ultravioleta devem ser prevenidas quanto a essas reações que podem
ocorrer com as tetraciclinas. A ação antianabólica das tetraciclinas pode causar aumento do
nitrogênio uréico sangüíneo.Embora isso não represente um problema para aqueles com função
renal normal, nos pacientes com função renal significativamente deteriorada, níveis elevados de
tetraciclina podem levar à axotemia, hiperfosfatemia e acidose. Uso em recém-nascidos,
primeira infância e crianças: o uso de fármacos do grupo das tetraciclinas durante o
desenvolvimento dos dentes (metade final da gravidez, primeira infância e até os 8 anos) pode
provocar uma descoloração permanente dos dentes (amarelo, cinza-castanho). Essa reação
adversa é mais comum com o uso dos fármacos a longo prazo, mas também tem sido observada
após repetidos tratamentos de curta duração. Também foi descrita hipoplasia do esmalte dos
dentes. Portanto, as tetraciclinas não devem ser utilizadas em pacientes desse grupo etário a
menos que outros fármacos não se mostrem eficazes ou sejam contra-indicados.Todas as
tetraciclinas formam um complexo estável com cálcio em qualquer tecido ósseo em formação.
Em prematuros que receberam tetraciclina oral em doses de 25mg/kg a cada 6 horas foi
observada uma diminuição do crescimento da fíbula. Essa reação se mostrou reversível ao
suspender o fármaco.
INTERAÇÕES
Em virtude das tetraciclinas demonstrarem diminuir a atividade da protrombina
plasmática, os pacientes em tratamento anticoagulante podem requerer diminuição da dose do
mesmo. Uma vez que os fármacos bacteriostáticos podem interferir com a ação bactericida da
penicilina, aconselha-se evitar a administração concomitante de tetraciclinas e penicilinas. A
absorção de tetraciclina é diminuída por antiácidos contendo alumínio, cálcio ou magnésio e
preparações contendo ferro. O uso concomitante de tetraciclinas e metosifluorano provoca
toxicidade renal aguda.
CONTRA-INDICAÇÕES
Pessoas com hipersensibilidade às tetraciclinas. Os resultados de estudos em animais com
antimicrobianos da família das tetraciclinas indicam que as tetraciclinas atravessam a placenta,
apresentam-se nos tecidos fetais e podem ter efeitos tóxicos no desenvolvimento do feto
(freqüentemente relacionados com retardo do desenvolvimento do esqueleto). Detectou-se
evidência de embriotoxicidade em animais tratados no início da gravidez. A oxitetraciclina é
contra-indicada na gravidez, mas se for utilizada, a paciente deverá ser alertada quanto ao risco
potencial para o feto.
6.3) DOXICICLINA
PROPRIEDADES
Usada como cloridrato, a doxiciclina é uma tetraciclina bacteriostática de amplo espectro,
que atua por inibição da síntese de proteínas e bloqueia a união do RNA de transferência ao
complexo ribossômico do RNA mensageiro. A união reversível é produzida na subunidade
ribossômica 30 S dos organismos sensíveis. Não inibe a síntese da parede celular bacteriana. É
absorvida por via oral, de 90% a 100%. É parcialmente inativada pelo metabolismo hepático.
Sua meia-vida normal é de 12 a 22 horas e é eliminada por via renal por filtração glomerular e
por via fecal; também se excreta no leite materno.
NOME COMERCIAL
Vibramicina
INDICAÇÕES
Infecções do trato geniturinário causadas por Chlamydia trachomatis, uretrite causada
por C. trachomatis e Ureaplasma urealyticum, infecções retais não complicadas causadas por
Chlamydia trachomatis, otite média e faringite bacteriana produzida por Staphylococcus
aureus.
DOSE
ao dia ou de 50 a 100mg a cada 12 horas; dose máxima: até 300mg/dia ou até 600mg/dia
menos: 2,2mg/kg a cada 12 horas no primeiro dia, em seguida de 2,2 a 4,4mg/kg uma vez ao
dia; crianças com mais de 45kg: a mesma dosagem que para adultos.
REAÇÕES ADVERSAS
Descoloração permanente dos dentes em lactentes e crianças, cãibras com gastrite,
coloração ou escurecimento da língua, diarréia, aumento da fotossensibilidade cutânea, náuseas
ou vômitos, inflamação da boca e glossite.
PRECAUÇÕES
As tetraciclinas podem produzir coloração permanente (amarelo, cinza ou marrom) dos
dentes e hipoplasia do esmalte e diminuição do índice de crescimento lineal ósseo em lactentes
prematuros, não sendo recomendado, portanto, seu uso em lactentes e crianças menores de 8
anos; também não se recomenda seu uso durante a segunda metade da gravidez e no período de
lactação. Pode contribuir para o desenvolvimento de candidíase oral.
INTERAÇÕES
O uso simultâneo com laxantes ou antiácidos que contenham magnésio pode originar uma
diminuição da absorção devida ao aumento do pH intragástrico. Os barbitúricos, fenitoína e
carbamazepina podem originar a diminuição das concentrações séricas de doxiciclina. Posto
que as penicilinas podem interferir com o efeito bacteriostático da doxiciclina, é melhor evitar o
tratamento combinado. O bicarbonato de sódio também pode diminuir a absorção das
tetraciclinas.
CONTRA-INDICAÇÕES
A relação risco-benefício deverá ser avaliada em pacientes com disfunção hepática e
disfunção renal, em menores de 8 anos e nos casos de gravidez e lactação.
6.4) MINOCICLINA
PROPRIEDADES
Usada como cloridrato, a minociclina é uma tetraciclina semi-sintética, com uma
estrutura química de quatro anéis e um grupo dietilamino. Possui um amplo aspectro
antibacteriano que inclui a maioria dos germes Gram-positivos e Gram-negativos, micoplasma,
clamídias, rickettsias e protozoários. Seu mecanismo de ação bacteriostática tem como alvo os
ribossomos bacterianos (subunidade 30S), com inibição da síntese protéica no processo de
translocação. A minociclina atravessa a membrana celular bacteriana, que é justamente a
estrutura que, ao diminuir sua permeabilidade, gera a resistência às tetraciclinas. Devido a sua
lipossolubilidade, após sua administração oral a minociclina absorve-se de forma quase
completa (de 80% a 90%), ao contrário das tetraciclinas antigas (clortetraciclina, oxitetraciclina,
desmetilclortetraciclina), que têm uma biodisponibilidade apenas discreta e limitada. É por isso
-
origina rápidos e elevados níveis séricos, que são mantidos por um tempo prolongado devido a
sua eliminação renal lenta.A minociclina, no plasma, une-se de forma significativa às
albuminas (80%) e distribuilíquidos corporais (urina). Atravessa a barreira placentária e alcança a circulação fetal. Possui
uma longa meia-vida (16 horas) e é eliminada de forma lenta na urina, por filtração glomerular,
e por via fecal.
NOME COMERCIAL
Minomax
INDICAÇÕES
Infecções geniturinárias (uretrite, cistite, vaginite). Uretrite não gonocócica. Psitacose,
ornitose, pneumonia atípica, brucelose, espiroquetose, actinomicose. Infecções da pele e dos
tecidos moles, acne, furunculose, carbúnculo, piodermite, impetigo, erisipela.
DOSE
100mg a cada 12 horas (200mg/dia).
REAÇÕES ADVERSAS
Foram descritos fenômenos gastrintestinais: epigastralgia, diarréia, gastrite, náuseas,
anorexia, vômitos, glossite, inflamação da boca, escurecimento e coloração da língua. Em
lactentes ou crianças, coloração dentária. Erupção cutânea, com aumento de fotossensibilidade.
PRECAUÇÕES
As tetraciclinas podem produzir coloração permanente (amarelo, cinza, marrom) dos
dentes e hipoplasia do esmalte e diminuição do índice de crescimento linear ósseo em lactentes
prematuros, razão pela qual não é recomendável o uso em lactentes e crianças menores de 8
anos; também não é aconselhável durante a segunda metade da gravidez e no período de
lactação. Pode contribuir para desenvolvimento de candidíase oral.
INTERAÇÕES
Não foram informadas interações das tetraciclinas com numerosos fármacos como ferro,
antiácidos gástricos, hipnóticos e laxantes. Os fármacos que aumentam o pH intragástrico
podem diminuir a absorção desta tetraciclina. Não associar com antibióticos beta-lactâmicos
CONTRA-INDICAÇÕES
Insuficiência renal ou hepática. Gravidez e lactação. Crianças menores de 12 anos.
7) GLICOPEPTÍDEOS
7.1) VANCOMICINA
PROPRIEDADES
É um glicopeptídeo tricíclico derivado de Streptomyces orientalis. Em pacientes com
função renal normal, a infusão por venóclise de dose múltipla de 1g (15mg/kg) durante 60
minutos produz concentrações plasmáticas médias de respectivamente 63, 23 e 8mg/l logo após
completar 2 horas e 11 horas após a infusão. A venóclise de dose múltipla de 500mg durante 30
minutos produz concentrações plasmáticas médias de respectivamente 49mg, 19mg e 10mg/l
logo após 2 horas e 6 horas após a infusão. A meia-vida da vancomicina é de 4 a 6 horas. Nas
primeiras 24 horas, 75% de uma dose excretam-se por filtração glomerular. Em pacientes
anéfricos a meia-vida é de 7½ dias. A depuração renal e sistêmica total da vancomicina pode
estar reduzida em pessoas de idade avançada. Sua união às proteínas plasmáticas é de 55%.
Não penetra facilmente o LCR através das meninges normais, porém penetra quando existe
inflamação meníngea. Atua fundamentalmente por inibição da biossíntese da parede celular,
afeta a permeabilidade da membrana celular bacteriana e inibe a síntese de RNA. Não há
resistência cruzada com outros antibióticos.
INDICAÇÕES
Infecções graves causadas por cepas sensíveis de estafilococos resistentes à meticilina em
pacientes alérgicos à penicilina. É a indicação quando há suspeita de que a infecção é causada
por estafilococos resistentes à meticilina, até que se disponha dos resultados dos exames de
sensibilidade. Na endocardite estafilocócica, sua eficácia foi documentada em outras infecções
por estafilococos, como septicemia, infecções ósseas, das vias respiratórias inferiores e
infecções da pele e partes moles. Pode ser indicada sozinha ou em combinação com um
aminoglicosídeo (endocardite por enterococos). Foi usada satisfatoriamente junto com
rifampicina e com um aminoglicosídeo na endocardite precoce da válvula protésica. Deverão
ser obtidas amostras para cultura bacteriológica a fim de auxiliar, identificar e determinar a
sensibilidade dos microrganismos causadores. A forma parenteral pode ser administrada por via
oral no tratamento da colite pseudomembranosa.
DOSE
Recomenda-se concentrações não superiores a 5mg/ml e não exceder 10mg/minuto em
adultos. Pacientes com função renal normal – dose usual para adultos: IV, 2g/dia, divididos em
500mg a cada 6 horas ou 1g a cada 12 horas; dose usual para crianças: IV, 10mg/kg a cada 6
horas; cada dose deve ser administrada no transcurso de, pelo menos, 60 minutos; lactentes e
neonatos: sugere-se como dose inicial 15mg/kg, seguida por 10mg/kg a cada 12 horas na 1¦
semana de vida e depois a cada 8 horas até completar o 1§ mês de idade; cada dose deve ser
administrada durante 60 minutos. Nestes pacientes aconselha-se determinar com freqüência as
concentrações séricas da vancomicina. Pacientes com insuficiência renal e pacientes de idade
avançada: a dose inicial não deve ser menor que 15mg/kg. A dose requerida para manter
concentrações estáveis é de 1,9mg/kg/dia; pode ser administrada uma dose de 250mg a
1.000mg a cada vários dias em vez de diariamente. Em casos de anúria recomenda-se
administrar 1.000mg a cada 7 a 10 dias.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações anafiláticas, inclusive hipotensão, sibilância, dispnéias, urticária e prurido. A
venóclise rápida pode causar rubor na parte superior do corpo. Em raras ocasiões produz
nefrotoxicidade devido ao aumento da creatinina sérica. Foram informados casos raros de
nefrite intersticial em pacientes com disfunção renal ou que recebiam aminoglicosídeos
simultaneamente. Hipoacusia em pacientes com tratamento concomitante de outro
medicamento ototóxico. Muito raramente vertigem enjôos e acúfenos. Pode aparecer
neutropenia reversível, logo após uma ou mais semanas de tratamento com vancomicina. Em
casos raros: náuseas, calafrios, exantemas e dermatite exfoliativa.
PRECAUÇÕES
O uso prolongado da vancomicina pode produzir o crescimento excessivo de
microrganismos não sensíveis. Em pacientes com disfunção renal subjacente ou que recebem
tratamento associado com um mesmo glicosídeo, devem ser realizadas determinações seriadas
da função renal e ser seguida de perto a posologia, para reduzir o risco de nefrotoxicidade. Ao
ser irritante para os tecidos, deve ser administrado por venóclise firme. Pode causar
tromboflebite, o que se evita com o fármaco diluído e administrado lentamente. A posologia
deve ser ajustada em pacientes de idade nos quais a diminuição natural da filtração glomerular
pode produzir concentrações séricas elevadas do antibiótico. Deve ser administrado em solução
diluída. A ototoxicidade se apresenta em pacientes que receberam doses excessivas.
INTERAÇÕES
A associação da vancomicina com agentes anestésicos tem produzido eritemas e reações
histaminóides e anafilactóides. O uso concomitante com outros medicamentos que possam
produzir efeitos neurotóxicos ou nefrotóxicos (anfotericina-B, aminoglicosídeos, bacitracina,
polimixina-B, colistina e cisplatina) requer acompanhamento cuidadoso do paciente.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade à droga. Gravidez e lactação.
7.2) TEICOPLANINA
PROPRIEDADES
É um antibiótico bactericida do grupo da vancomicina, cujo espectro útil é o
Staphylococcus aureus meticilino-resistente e o Streptococcus faecalis. Depois da injeção IM,
penetra rapidamente nos tecidos, inclusive pele, gordura e osso, alcançando também altas
concentrações no rim, traquéia, pulmão e supra-renais. Não penetra no LCR. Após a
administração intravenosa, segue um perfil plasmático bifásico, com uma meia-vida plasmática
de eliminação de 70 a 100 horas. A união às proteínas plasmáticas é de 90 a 95%; mais de 97%
da droga são eliminados por via renal sem modificações. A teicoplanina não é removida por
hemodiálise.
INDICAÇÕES
Infecções por germes Gram-positivos resistentes ao tratamento com penicilinas ou
cefalosporinas. Útil especialmente em infecções graves por Staphylococcus aureus resistentes a
outros antibióticos. Infecções na pele e tecidos moles, no trato urinário, respiratórias, ósseas,
septicemia e endocardite, e peritonite associada a hemodiálise.
DOSE
A dose deve ser individualizada conforme a gravidade da infecção. Dose inicial de 400 a
800mg/dia. Dose de manutenção: 200 a 400mg/dia (6mg/kg) divididos em 2 administrações ao
dia. Crianças: 10mg/kg/dia.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações locais: eritema, dor local, tromboflebite. Alergia: erupção cutânea, febre
broncoespasmo, reações de anafilaxia. Gastrintestinal: náusea, vômitos, diarréia. Sangue:
eosinofilia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, trombocitose. Função hepática: aumento
transitório de transaminases ou fosfatase alcalina. Função renal: aumento transitório da
creatinina sérica. SNC: tonturas e cefaléias. Outros: perda transitória da audição, tinnitus e
distúrbios vestibulares.
PRECAUÇÕES
Hipersensibilidade cruzada com a vancomicina, pacientes com insuficiência renal e
aqueles em que for requerido o uso concomitante de outros antibióticos neurotóxicos ou
nefrotóxicos.
INTERAÇÕES
Pode agravar a toxicidade e nefrotoxicidade quando administrado com aminoglicosídeos,
anfotericina-B, colistina, ciclosporina, cisplatina, furosemida, ácido etacrínico. Em estudos em
animais foi observada uma leve interação com diazepam, tiopental, morfina, halotano e
bloqueadores neuromusculares.
CONTRA-INDICAÇÕES
Gravidez. Lactação. Hipersensibilidade à teicoplanina.
7.3) LINCOMICINA
PROPRIEDADES
A lincomicina é um antibiótico lincosânido obtido do Streptomices lincolnensis, que
desenvolve atividade bacteriostática por bloqueio da síntese protéica bacteriana ao interferir na
transpeptidação ao nível da subunidade ribossômica 50S. Possui um efeito antimicrobiano
similar ao da eritromicina sobre os microorganismos Gram-positivos como estreptococo,
pneumococo, estafilococo. Os bacilos Gram-negativos e enterococos não são afetados pela
lincomicina; nas alterações dos germes anaeróbios Gram-positivos e no Bacteroides fragilis são
lisados com facilidade. É administrada por via oral ou parenteral; alcança uma boa
biodisponibilidade no sangue, tecidos (ossos) e líquídos biológicos. Sua meia-vida é prolongada
(5 horas) e sua eliminação realiza-se fundamentalmente pela urina e bile. Não atravessa a
barreira meníngea em proporção significativa.
INDICAÇÕES
Infecções por germes Gram-positivos. Pneumopatias. Infecções estafilocócicas,
osteomielite, sepse por microrganismos anaeróbios, peritonite, infecções pélvicas, obstétricas e
ginecológicas.
DOSE
Por via oral: 500mg a cada 8 horas (1.500mg ao dia). Por via parenteral: 1.200-1.800mg
ao dia. Dose ponderal: 30-50mg/kg/dia oral, 10-20mg/kg/dia (parenteral).
REAÇÕES ADVERSAS
Ocasionalmente, diarréia, náuseas, vômitos, colite pseudomembranosa por Clostridium difficile.
PRECAUÇÕES
A dose deve ser adequada cuidadosamente a cada paciente, a critério médico.
CONTRA-INDICAÇÕES.
Gravidez e lactação. Lactentes.
7.4) CLINDAMICINA
PROPRIEDADES
Antibiótico sistêmico. Seu mecanismo de ação é exercido mediante a inibição da síntese
protéica em bactérias sensíveis; une-se às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos e evita
a formação das uniões peptídicas. Geralmente considerada bacteriostática, podendo, porém, ser
bactericida quando usada em concentrações elevadas ou frente a microrganismos altamente
sensíveis. É absorvida com rapidez no trato gastrintestinal e não é inativada no suco gástrico.
Os alimentos não afetam sua absorção. Distribui-se amplamente e com rapidez na maioria dos
líquidos e tecidos, exceto no líquido cefalorraquidiano; alcança concentrações elevadas no osso,
bile e urina. Atravessa com facilidade a placenta. Sua união às proteínas é muito elevada.
Metaboliza-se no fígado e alguns metabólitos podem ter atividade antibacteriana. Em crianças,
aumenta a velocidade do metabolismo. É eliminada por via renal, biliar e intestinal. Excreta-se
no leite materno.
INDICAÇÕES
Tratamento de infecções ósseas por estafilococos; infecções geniturinárias,
gastrintestinais e pneumonias por anaeróbios; septicemias por anaeróbios, estafilococos e
estreptococos; infecções da pele e tecidos moles por germens suscetíveis.
DOSE
Administração de 600 a 900mg a cada 6 a 8 horas.
REAÇÕES ADVERSAS
Náuseas,
vômitos,
colite pseudomembranosa,
neuromuscular, aumento reversível das transaminases
granulocitopenia.
hipersensibilidade, bloqueio
hepáticas, trombocitopenia e
PRECAUÇÕES
Deve ser administrada com cuidado em pacientes com doença gastrintestinal,
especialmente colite ulcerosa, enterite regional ou colite associada com antibióticos (pode
produzir colite pseudomembranosa), e na presença de disfunção hepática e disfunção renal
grave. Deve ser utilizada com cautela em lactentes menores de um mês e em pacientes atópicos
com asma e alergia. Pode exister sensibilidade associada com outras lincomicinas.
INTERAÇÕES
Deve-se controlar cuidadosamente o paciente quando se usa simultaneamente
clindamicina com anestésicos hidrocarbonados por inalação ou bloqueadores neuromusculares,
dado que se pode potencializar o bloqueio neuromuscular, ocasionar debilidade do músculo
esquelético e depressão ou paralisia respiratória. A administração junto com antidiarréicos
absorventes pode diminuir significativamente a absorção de clindamicina por via oral. O
cloranfenicol e a eritromicina podem desassociar a clindamicina de sua união às subunidades 50
S dos ribossomos bacterianos ou impedir essa união e antagonizar desta forma seus efeitos. In
vitro é fisicamente incompatível com a ampicilina, a fenitoína, os barbitúricos, a aminofilina e o
gliconato de cálcio e magnésio.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade às lincosaminas.
8) MACROLÍDEOS E NOVOS MACROLÍDEOS
8.1) MACROLÍDEOS
NOMES E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Estearato de eritromicina: VO, EV
2. Etilsuccinato de eritromicina: VO, EV
3. Estolato de eritromicina: VO, EV
NOMES COMERCIAIS
Estearato de eritromicina: Eritromicina, Pantomicina
Etilsuccinato de eritromicina: Pantomicina gotas
Estolato de eritromicina: Eritrex, Ilosone, Eritofar
MECANISMO DE AÇÃO
É um bacteriostático, ligando-se à subunidade 50S dos ribossomos bacterianos,
suprimindo sua síntese proteica.
DOENÇAS E ESPECTRO DE AÇÃO
Eritromicina
Bactérias Gram-positivas (pneumococos, estreptococos do grupo A, Corynebacterium
diphtheriae, S. aureus e difteróides)
Pneumonia por Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis
Infecções por Bordetella pertussis, Campylobacter, C. diphteriae, C. Haemolyticum,
Legionella sp
EFEITOS COLATERAIS
Eritromicina
É um dos antibióticos mais isentos de efeitos colaterais. Cerca de 93% dos indivíduos
que apresentaram colestase como manifestação tóxica da eritromicina haviam tomado a forma de
estolato, devendo ser portanto evitada.
8.2) NOVOS MACROLÍDEOS
NOMES E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Roxitromicina: VO
2. Miocamicina: VO
3. Azitromicina: VO
4. Claritromicina: VO
NOMES COMERCIAIS
Roxitromicina: Rulid
Miocamicina: Midecamin
Azitromicina: Zitromax
Claritromicina: Klaricid
MECANISMO DE AÇÃO
Atividade semelhante ao dos macrolídeos, mas que inovam na possibilidade de
administração única ao dia, resistência à degradação ácida do estômago, redução dos efeitos
colaterais gástricos e na ampliação das propriedades terapêuticas.
DOENÇAS E ESPECTRO DE AÇÃO
Roxitromicina
Infecções do trato respiratório inferior
Pneumococos e estafilococos
Pneumonias atípicas
Azitromicina
H. influenzae
H. parinfluenzae
Moraxella catarrhalis
Legionella pneumophila
C. trachomatis
N. gonorrhoeae
U. urealyticum
Claritromicina
S. pneumoniae
C. pneumoniae
Legionella pneumophila
C. trachomatis
Infecções do trato respiratório
Infecções por Mycobacterium avium em pacientes com a síndrome da imunodeficiência
adquirida
Miocamicina
Legionella sp
Várias bactérias anaeróbias
Mycoplasma
EFEITOS COLATERAIS
Reduzido efeitos colaterais gástricos.
9) NITROIMIDAZÓLICOS
NOMES E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1.
Metronidazol: VO, EV
2.
Tinidazol: VO, EV
3.
Ornidazol: VO, EV
MECANISMO DE AÇÃO
Drogas de baixo peso molecular com distribuição em quase todos os tecidos e fluidos do
organismo, tendo poder bactericida.
DOENÇAS e ESPECTRO DE AÇÃO
Contra protozoários e bactérias anaeróbias como o b. fragilis, Fusobacterium sp,
clostrídios, peptococos, peptoestreptococos e outros bacilos Gram-positivos.
EFEITOS COLATERAIS
Náuseas, dores abdominais, gosto metálico, neutropenia reversível
Raramente, neuropatia periférica, convulsões, disfunções cerebrais e reação ao álcool
(tipo dissulfiram)
O que é um antibiótico?
Quando é apropriado tomar um antibiótico?
Por que alguns antibióticos são prescritos diferentemente de outros?
Por que devo continuar a tomar antibióticos depois que eu começo a me sentir melhor?
Agumas sugestões
Você alguma vez pediu a seu médico antibióticos para tratar um resfriado ou uma gripe? Você às vezes pára
de tomar sua prescrição de antibiótico, quando você começa a se sentir melhor? Ou alguma vez você guardou
"sobras" para a próxima vez? Nesse caso, continue lendo.
Desde a sua descoberta, há mais de 50 anos, os antibióticos têm sido um fator chave na luta contra infecções
bacterianas e em manter-nos saudáveis. Se você alguma vez já foi diagnosticado com condições comuns tais
como faringite, bronquite crônica, ou uma infecção no ouvido médio, há chances de que você as tenha tido.
Contudo, os antibióticos permanecem uma das medicações mais mal interpretadas e mal empregadas.
A verdade é que os antibióticos deveriam ser tomados somente quando necessário e são eficazes somente
quando usados adequadamente. Embora somente o seu médico possa determinar quando você precisa deles, há
muita coisa que você pode fazer para ajudar. Comece lendo esses fatos e sugestões sobre o uso adequado.
O que é um antibiótico?
Antibióticos são medicações que tanto matam bactérias como impedem que elas cresçam. Eles são mais
comumente prescritos para infecções bacterianas, envolvendo freqüentemente os pulmões, a garganta ou o
ouvido médio. Diferentes antibióticos podem ser usados para diferentes tipos de infecção. Somente o seu
médico pode determinar qual infecção você tem e qual antibiótico é apropriado para tratá-la.
Quando é apropriado tomar um antibiótico?
Os antibióticos agem somente contra infecções bacterianas. Assim, se você tem uma infecção viral,
como o resfriado comum ou a gripe, não espere ou insista para que seu médico prescreva um antibiótico para
você. Somente o seu médico pode determinar o tipo de infecção que você tem e se um antibiótico é necessário.
Por que alguns antibióticos são prescritos diferentemente de outros?
Cada antibiótico tem uma estrutura química diferente e isto afeta a maneira como ele age no corpo. O
antibiótico específico e o tipo de infecção para a qual ele está sendo utilizado para tratar, determina o número
de dias e o número de doses por dia em que o antibiótico precisa ser tomado. Alguns antibióticos podem ser
tomados durante 5 dias, enquanto outros são tomados por 10 a 14 dias. É importante tomar o número de doses
especificadas cada dia, durante o número de dias prescritos pelo seu médico. Deixe seu médico saber se você
está tomando outras medicações, as quais poderiam interferir sobre a forma como seu antibiótico age.
Por que devo continuar a tomar antibióticos depois que eu começo a me sentir melhor?
É natural começar a se sentir melhor quando você começa a sua prescrição pela primeira vez. Mas só
porque os seus sintomas passaram, não significa que os seus antibióticos terminaram o seu trabalho. Se você
para os antibióticos antes de o curso completo ter terminado, a infecção pode não estar completamente tratada.
Certifique-se de tomar a quantidade recomendada de medicação e seguir as instruções do seu médico
cuidadosamente.
Lembre-se destas sugestões:
* Cabe ao seu médico decidir se você precisa de um antibiótico, e nesse caso, qual deles.
* Não insista sobre a prescrição de um antibiótico se você tem uma infecção viral, como um resfriado
ou uma gripe.
* Não pare de tomar antibióticos antes de completar sua prescrição, mesmo se os sintomas passaram.
* Siga as instruções do seu médico cuidadosamente. Tome as doses programadas pelo número de dias
indicado.
* Deixe seu médico saber se você está tomando outras medicações.
* Nunca compartilhe sua medicação com alguém. Se você tiver qualquer sobra, jogue-a fora.
* Assim como com todas as medicações, mantenha seus antibióticos fora do alcance de crianças
Download