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Casamento
A palavra casamento deriva de casar, verbo que vem de casa. No
antigo sistema patriarcal, "os pais casavam os filhos", uma vez que
os pais tinham que ceder uma parte da sua propriedade (casa e
terras) para o sustento e a moradia da nova família.
A cerimónia de casamento nasceu na Roma antiga, incluindo o
ritual da noiva se vestir especialmente para a cerimónia, o que se
tornaria uma tradição. Foi igualmente em Roma que aconteceram
as primeiras uniões de direito e a liberdade da mulher casar por sua
livre vontade.
Vestido
O primeiro vestido branco foi adoptado em Inglaterra pela Rainha
Vitória quando se casou com o seu primo, o príncipe Albert.
Antes disso, especialmente na Idade Média, não havia cor
específica para a cerimónia; a cor mais usada era o vermelho. O
branco acabou por ser o preferido, por simbolizar a castidade e a
pureza.
Na Grécia e em Roma, existem relatos de que as pessoas usavam
roupas brancas em celebrações importantes, como o nascimento e
o casamento.
Véu
A origem do véu no vestido é incerta, mas sabe-se que é mais velho
do que o próprio vestido de noiva.
Uma das explicações é do tempo em que o noivo atirava um lençol
para cima da mulher que escolhia para noiva para assim a raptar.
Outra explicação é a de que durante os tempos em que os
casamentos eram “arranjados”, a face da noiva era coberta até o
noivo estar comprometido com ela na cerimónia – para que fosse
tarde demais para ele se recusar a casar se não gostasse do seu
aspecto físico.
Os romanos, por sua vez, acreditavam que alguns espíritos
demoníacos e invejosos tentariam lançar-lhes feitiços durante o dia
do casamento. As faces das noivas eram então cobertas com véus
para as guardar contra os demónios e outros espíritos malignos.
Ramo
Os primeiros ramos de noiva terão surgido na Grécia e incluíam
não apenas flores, mas também ervas e temperos. Os mais
populares, geralmente com cheiro mais forte, como os alhos, eram
usados para espantar os maus espíritos.
Cada flor tinha o seu significado: a hera representava fidelidade; o
lírio a pureza; as rosas vermelhas o amor; as violetas a modéstia; as
flores de laranjeira concediam fertilidade e alegria ao casal.
Noivo não pode ver a noiva
É uma tradição milenar praticada por quase todos os povos.
A cerimónia do casamento foi considerada uma linha definitiva
entre o antes e o depois; por isso, a noiva não seria considerada
pura e nova se o seu noivo a visse antes do tempo.
Pétalas de Rosa
De acordo com a tradição, pétalas de rosas amarelas são atiradas
enquanto a noiva e noivo caminham em direcção à saída da igreja.
Desta forma, acredita-se que se está a assegurar a lealdade neste
casamento.
Quando se atiram pés de rosa antes de a noiva chegar é para
afastar espíritos malignos que estejam no subsolo, e assim se
garanta a fertilidade da futura esposa.
Damas de Honor
Os romanos acreditavam que espíritos maus tentariam influenciar a
noiva. As testemunhas, ou damas de honor, protegiam a noiva e
enganavam os espíritos por estarem todas vestidas de igual
Entrega da Filha
A tradição de o pai levar a filha ao altar reflecte a velha crença de
que ela era sua pertença, e só ele a poderia entregar a um noivo.
Em tempos remotos, o pai da noiva dava ao noivo um dos seus
chinelos. O noivo usava-o para dar uma chinelada simbólica na
cabeça da sua noiva.
Aliança
O termo aliança, vem do hebraico e significa compromisso,
representa fidelidade e a unidade perfeita, sem começo e sem fim.
Uma vez que não possui início nem fim, a aliança representa um elo,
uma ligação perfeita entre o casal. O círculo representava para os
Egípcios a eternidade, e assim também o amor deveria durar para
sempre.
Ao longo dos séculos, as alianças foram-se adaptando às
diferentes actualidades desde erva, pele, pedra, ferro e finalmente
prata e ouro.
Mão Esquerda
O anel de noivado e a aliança são tradicionalmente usados no
quarto dedo da mão esquerda. Não existe uma prova precisa que
explique a origem desta tradição, mas existem duas convicções
muito fortes.
A primeira, que remonta ao século XVII, é a de que num
casamento Cristão o Padre enquanto benze a mão esquerda dos
noivos, chega ao quarto dedo (contando do polegar) depois de ter
tocado nos outros três dedos “… em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo”.
A segunda faz referência a uma crença egípcia em que o dedo do
anel tem a “venaamoris”., a chamada “veia do amor” que está ligada
directamente ao coração.
Posição dos Noivos
A razão da noiva ficar sempre do lado esquerdo do seu noivo tem
a sua origem entre os anglo-saxões. O noivo, temendo um ataque
dos dragões e outras ameaças, como a tentativa de rapto da noiva,
deixava sempre o braço direito livre para sacar a sua espada.
Outros dizem que, quando a noiva fica no lado esquerdo, afasta o
risco de infidelidade.
Padrinho
A tradição da escolha de um padrinho é, na realidade, um costume
que remonta à Antiguidade, quando se escolhia um bom amigo, na
maioria das vezes um guerreiro tribal, para ajudar a proteger a
noiva de possíveis raptores, os quais muitas vezes rondavam o local
da cerimónia.
Arroz
A tradição de atirar grãos de arroz sobre os noivos, após a
cerimónia nupcial, teve origem na China, onde um Mandarim quis
mostrar a sua riqueza, fazendo com que o casamento da sua filha se
realizasse sob uma "chuva" de arroz. Significa fertilidade e riqueza.
Ramo e Liga
Na França do século de XIV acreditava-se que a liga da noiva
trazia sorte. No entanto, nem sempre os convidados agiam de
forma adequada para conseguir o desejado talismã. As noivas
passaram então a retirar e lançar voluntariamente a liga. Ao longo
do tempo o bouquet de flores substituiu a liga.
Actualmente, é costume a noiva atirar o ramo em direcção às
mulheres solteiras, acreditando-se que aquela que o conseguir
apanhar será a próxima a casar.
Bolo
O bolo de casamento era na sua origem uma grande porção de
pequenos bolos de trigo que foram previamente quebrados na
cabeça da noiva para lhe trazer boa sorte e fertilidade. No fim
todos os convidados comiam uma migalha para garantir um futuro
risonho.
Diz-se que as jovens solteiras que dormirem com uma destas
migalhas debaixo das suas almofadas, sonharão com o futuro
marido.
Nos tempos medievais eram os convidados quem traziam pequenos
bolos e empilhavam-nos no centro de uma mesa. A noiva e noivo,
um de cada lado da mesa, tentavam-se beijar sobrepondo-se a
todos os bolos.
Um pasteleiro francês foi quem teve a ideia de juntar todos os
pequenos bolos num único grande bolo. Tradicionalmente, os
jovens noivos fazem o primeiro corte no bolo em conjunto para
simbolizar o início de uma vida conjunta.
Núpcias
É uma daquelas palavras que só se empregam no plural. Vem do
latim nubere, "casar", de onde derivou nuptiae, "bodas". Refere-se,
por isso, ao momento em que o casamento é contraído, o que
permite usar as expressões “marcha nupcial”, “noite de núpcias” ou
“leito nupcial”.
Lua-de-Mel
A Lua-de-Mel é um momento inesquecível na vida de qualquer
casal, tanto é assim que sua origem pode ser encontrada em
diversos povos e culturas diferentes.
Os germânicos tinham por costume, casar-se na lua nova. Durante
a cerimónia de casamento, os noivos bebiam o Hidromel (mistura
de água com mel) à luz do luar para propiciar boa sorte.
Já em Roma, os convidados do casamento, pingavam gotas de mel
na porta de entrada da casa dos noivos, para que eles
desfrutassem de uma vida mais doce.
Os judeus preferem casar na lua crescente, pois assim acreditam
ter felicidade na vida conjugal.
E existe ainda uma versão mais antiga, que remonta aos tempos
onde o noivo sequestrava a mulher amada, às vezes contra a sua
vontade e a escondia por cerca de um mês, exactamente o período
entre uma lua cheia e outra. Durante esse período, o homem
oferecia à futura esposa uma bebida afrodisíaca, adoçada com mel,
até que a noiva se entregasse ao noivo.
Noiva ao colo
Existem duas explicações para esta tradição, em que o noivo
carrega a noiva ao colo, na primeira vez que entram em casa depois
de casados.
A primeira é para proteger a noiva contra os espíritos malignos
que possam estar debaixo do chão da entrada.
A segunda explicação aponta para os tempos romanos quando se
acreditava que se a noiva tropeçasse quando entrasse pela
primeira vez em casa, causaria azar e infelicidade no futuro do seu
casamento.
Beijo
Não há cerimónia terminada sem o beijo. De facto, houve tempos
em que o noivado não seria considerado válido se não houvesse um
beijo.
Para os romanos, o primeiro beijo trocado pelos noivos no
encerramento da cerimónia teve diversos significados ao longo dos
tempos.
Outras culturas acreditavam que o casal trocava espíritos na
respiração
e
que
parte
das
suas
almas
também
eram
compartilhadas.
O Anel de Noivado
O anel de noivado é a promessa de casamento. Durante a era
Romana, o homem tinha que permutar a sua noiva. O anel de
noivado era uma segurança para o noivo. Com o passar dos anos,
os homens passaram a oferecer anéis de diamante às suas futuras
noivas, porque um anel contendo um diamante era considerado
mais valioso que uma pura barra de ouro, tornando-se assim numa
promessa forte e com mais segurança.
“Dar o Nó”
A expressão “dar o nó” vem de antigas tradições relativas aos
casamentos Egípcios e Hindus, onde as mãos da noiva e do noivo
são literalmente atadas, demonstrando o seu laço de união.
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