1 Fisioterapia Respiratória em UTI adulto: Efetividade e Habilitação profissional Monika Elena Catingueira Barbosa1 [email protected] Dayana Priscila Mejia de Sousa2 Pós-graduação em Fisioterapia e Terapia Intensiva – Faculdade Ávila Resumo Objetivo: Descrever o perfil dos fisioterapeutas que atuam nas unidades de terapia intensiva (UTIs) focalizando a direção do serviço, as técnicas fisioterapêuticas empregadas e nível de autonomia em relação à fisioterapia respiratória em UTI adulto. Método: Realizou-se um estudo com revisão bibliográfica e abordagem qualitativa, com o objetivo de demonstrar a atuação da fisioterapia em UTI adulto. Resultados: Comprovou-se que à diminuição do tempo de permanência do paciente crítico na UTI, tanto quanto o tempo de ocupação do leito se faz reduzido. Devido aos comprometimentos motores e sensitivos presentes nas patologias, a intervenção fisioterapêutica através da fisioterapia (respiratória, cardíaca, motora), cinesioterapia, buscam manter, corrigir ou recuperar uma determinada função, e baseia-se no desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção da força, resistência à fadiga, mobilidade, flexibilidade, relaxamento e coordenação motora. Conclusão: Este artigo visa esclarecer quais são as atribuições e atitudes que um fisioterapeuta deve ter para com seus colegas de profissão e pacientes. Sem julgar que uma especialização é mais importante que a outra e sim em oferecer um atendimento completo com a utilização de métodos e técnicas pertinentes ao fisioterapeuta mesmo que especialista. Palavras-chave: Fisioterapia, Interdisciplinaridade, Terapia Intensiva, Percepção e UTI. 1. Introdução É de extrema importância que a formação do fisioterapeuta seja complementada com especializações voltadas para a área do intensivismo. E se faz necessário saber quais são as atribuições e responsabilidades que um fisioterapeuta precisa ter para trabalhar em uma UTI com autonomia. Já que pela portaria do Ministério da Saúde nº 1.071, de 04 de julho de 2005 sobre a Política Nacional de atendimento ao paciente crítico, o fisioterapeuta se faz necessário na equipe de multiprofissionais. Esse esclarecimento se faz necessário pelo fato de existirem poucos artigos que retratem as contribuições do fisioterapeuta para com a equipe na UTI adulto. E quais são as técnicas utilizadas para reduzir o tempo de permanência do paciente no Hospital. Assunto esse de interesse de todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente com pacientes hospitalizados em estado crítico. Além de promover um maior esclarecimento para os acadêmicos, e profissionais da saúde que se interessam por essa área. (ANVISA, 2006). Para reduzir o tempo de permanência do paciente na UTI adulto, todas as técnicas e procedimentos fisioterápicos são importantes para a alta do paciente crítico e não só ao manuseio da assistência na ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Para evitar escaras de decúbito, atrofia muscular, síndrome do imobilismo, o contato prolongado com bactérias resistentes e a mais relevante sendo o aumento do tempo de internação do paciente crítico na UTI adulto. É necessário que seja esclarecido qual é o verdadeiro papel do fisioterapeuta na UTI adulto. Este artigo ainda tem como finalidade demonstrar o papel da fisioterapia na UTI adulto, de demonstrar a atuação do fisioterapeuta em - relação ao tempo de permanência do paciente na UTI em (%), melhorar as condições pulmonares do paciente, prevenir complica______________________ 1 2 Pós-graduanda e Fisioterapia e Terapia Intensiva. Fisioterapeuta; Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Mestranda em Bioética e Direito em Saúde. 2 ções ventilatórias, manter a amplitude de movimento, evitar complicações músculo esqueléticas e estimular a mudança de decúbito e o ortostatismo. (ANVISA, 2006). 2. Fundamentação Teórica 2.1. Histórico da Profissão e Contextualização Desde 1980, esse profissional atuante na área de terapia intensiva tem se tornado um especialista no cuidado do paciente crítico. Devido a isso, houveram grandes evoluções, e a atuação do fisioterapeuta que se estendia a aplicação de técnicas fisioterápicas, incorporou a reabilitação de cuidados com a via aérea artificial e, mais recentemente ao manuseio da assistência ventilatória mecânica invasiva e não invasiva (SOBRAFIR, 2013). Em 2001, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconhece os primeiros cursos de Fisioterapia Intensiva no Brasil, dando início à conceituação moderna da atuação do fisioterapeuta intensivista, este com atuação exclusiva nas unidades de Terapia Intensiva e Semi-Intensiva (BISPO, 2009). Segundo a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a RESOLUÇÃO-RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010, determina que as unidades de terapia intensiva de hospitais devem contar com assistência fisioterapêutica em período integral, por diminuírem as complicações e o período de hospitalização, reduzindo, consequentemente, os custos hospitalares. A discussão do perfil do fisioterapeuta dentro da U.T.I está sendo constantemente discutida por órgãos de classe, cabendo a SOBRAFIR Sociedade Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, diferenciar três modos de atuação dentro da realidade brasileira (SOBRAFIR, 2013). No momento que o paciente é admitido na U.T.I, ele é recebido pela equipe multidisciplinar, que incluem o médico, a enfermeira e o fisioterapeuta. A fisioterapia respiratória está indicada para pacientes da U.T.I preconizando minimizar a retenção de secreção pulmonar, melhorar a oxigenação e reexpandir áreas pulmonares com atelectasia, além de “evitar os efeitos deletérios da hipo ou inatividade do paciente acamado”(BISPO, 2009). Os recursos utilizados pela fisioterapia contribuem para redução da taxa de mortalidade, taxa de infecção, tempo de permanência na U.T.I e no hospital e índice de complicações. A fisioterapia surgiu no país a partir de 1929, com a criação do primeiro curso técnico na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (Pereira, Almeida, 2006). Em 1950, no Brasil, houve uma grande incidência de poliomielite e como consequência, havia uma grande quantidade de indivíduos portadores de sequelas motoras que necessitavam de reabilitação para voltar a sociedade. Também, a quantidade de pessoas atingidas pelo de trabalho era uma das maiores da América do Sul, o que permitia a inferência de que uma expressiva faixa populacional precisava ser reabilitada para integrar-se ao sistema produtivo (SOBRAFIR, 2013). 2.2. Fisioterapia como ciência da saúde É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais (SERRANO, 2013). A fisioterapia no paciente crítico é fundamental para manutenção e prevenção de vários aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial dos pacientes que podem culminar na chamada Síndrome do Imobilismo. Na Síndrome há diminuição do trofismo muscular, emagrecimento, retração de tendões e vícios posturais que podem provocar contrações permanentes e no dorso (nas costas) as chamadas escaras. A assistência 3 ventilatória é outra necessidade fundamental realizada através do fisioterapeuta, que efetua higienização brônquica diária através de técnicas específicas e controle do ventilador mecânico juntamente com o médico (SERRANO, 2013). 2.2.1. A equipe de uma UTI Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. Nos anos 80, em decorrência de seu crescimento técnico científico, houve um maior reconhecimento e valorização da Fisioterapia Respiratória. Esse campo de atuação profissional diferenciava cada vez mais dos atendimentos ambulatoriais realizados em clínicas e centros de reabilitação, tornando-se imprescindível no meio hospitalar, onde progressivamente foi implementada em enfermarias e UTIs (ASSOBRAFIR, 2009). Hoje, a equipe da Unidade de terapia intensiva (UTI) é formada normalmente pelos seguintes profissionais: fisioterapeuta, médico, enfermeiro, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social (ROGÉRIO ULTRA, 2008). A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um serviço de internação para pacientes críticos que requerem atenção médica e de enfermagem permanente, com dotação própria de pessoal técnico e profissional especializado, com equipamentos específicos próprios e outras tecnologias destinadas ao diagnóstico e ao tratamento. São considerados pacientes críticos aqueles com desequilíbrio de um ou mais dos principais sistemas fisiológicos, com perda de sua auto regulação, mas potencialmente reversíveis (PORTARIA N.551-2005). Várias manobras podem ser usadas pelo fisioterapeuta na UTI. Atualmente existe uma grande controvérsia a respeito da comprovação dessas técnicas, mas a evidência clínica parece ainda ser de grande valor para a maioria dos profissionais, principalmente aqueles com grande tempo de experiência a que elevaram o nome da fisioterapia dentro da terapia intensiva (ROGERIO ULTRA, 2008). A sobrevida dos pacientes criticamente enfermos tem aumentado em consequência da evolução tecnológica, científica e da interação multidisciplinar. Contudo, a incidência de complicações decorrentes dos efeitos deletérios da Imobilidade na unidade de terapia intensiva(UTI), contribui para declínio funcional, aumento dos custos assistenciais, redução da qualidade de vida e sobrevida pós-alta. Objetivando atender a esta nova demanda inserida em sua responsabilidade social, as UTIs do Brasil e do mundo, buscam novas alternativas na resolução desses desafios (FRANÇA, 2012). Em países como o Brasil, onde há escassez de recursos destinados à saúde, o controle da infecção hospitalar, além de atender às exigências legais e éticas, é também um problema socioeconômico, pois se tem investido em tecnologia cara, tanto na pesquisa (equipamentos, microbiologia, etc.) como na produção de novas drogas antimicrobianas. A infecção hospitalar aumenta o tempo de internação do paciente, encarecendo assim o custo da hospitalização pelo uso dos recursos hospitalares e de antimicrobianos, além do risco imposto ao paciente (YAMAGUTI, 2005). 2.3. Critérios e normas impostos para uma UTI O objeto de trabalho e a formação em fisioterapia no Brasil destaca a limitação da prática fisioterapêutica direcionada para o indivíduo doente. A inadequação da formação em fisioterapia e sua descontextualização dos princípios do SUS e dos novos modelos de atenção. Na maior parte das instituições ainda predomina o modelo tecnicista, voltado para a cura de doenças e reabilitação de sequelas (BOTOMÉ & REBELATTO, 1999). Sendo assim, o cuidado intensivo dispensado a esses pacientes críticos, geralmente torna-se mais eficaz quando desenvolvidos em setores específicos, que propiciam recursos finalidades 4 para sua progressão e recuperação. Essas Unidades específicas denominadas de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).constituem um conjunto de elementos funcionais agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptos, além de equipamentos e recursos humanos especializados (Ministério da Saúde 1998). No caso da UTI adulto um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no turno da manhã e da tarde (BOTOMÉ & REBELATTO, 1999). 2.3.1. Regulamento técnico para o funcionamento dos serviços de tratamento intensivo Respaldado pela Portaria-466 de quatro de junho de 1998 do Ministério de Saúde pela ANVISA que estabelece o regulamento técnico para o funcionamento dos serviços de tratamento intensivo e seus respectivos anexos e pela portaria n.3.432, de 12 de agosto de 1998. Assinada pelo Ministro de Estado da Saúde (José Serra). (ANVISA, 2006). Citado pela Portaria n.432, de 12 de agosto de 1988, O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais, considerando: a importância na assistência das unidades que realizam tratamento intensivo nos hospitais do pais, e a necessidade de estabelecer critérios de classificação entre as Unidades de Tratamento Intensivo, de acordo com a incorporação de tecnologia, a especialização dos recursos humanos e a área física disponível, resolve: Artº. 1º Estabelecer critérios de classificação entre as diferentes Unidades de Tratamento Intensivo – UTI. Art. 2º - Para as finalidades desta Portaria, as Unidades de Tratamento Intensivo serão classificadas em tipo I, II e III. § 1º - As unidades atualmente cadastradas pelo SUS, a partir da vigência desta Portaria, serão classificadas como tipo I.§ 2º - As unidades que comprovarem o cumprimento das especificações do anexo desta Portaria, poderão ser credenciadas pelo gestor nos tipos II ou III, de acordo com a necessidade de assistência da localidade onde estão inseridas Art. 3º - A partir da data de publicação desta portaria, serão cadastradas somente unidades do tipo II ou III. Art. 4º - Fica revogada a Portaria GM/MS/Nº 2918, de 9 de junho de 1998, publicada n o DOU nº111, de 15 de junho de 1998, e as demais disposição em contrário. Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. (ANVISA, 2006). 2.3.2. Áreas de atuação da fisioterapia em UTI adulto A atuação dirigida apenas para a reabilitação impõe restrições à prática do fisioterapeuta, que se limita a intervir quando a doença já está instalada e na maioria dos casos, de forma avançada. Essa situação “inércia profissional”, caracterizada pela passividade dos profissionais, que só atuam em face de problemas de saúde já instalados (YAMAGUTI, 2005). O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a reação de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão (ASSOBRAFIR-2008). 2.4. Exercício terapêutico O exercício terapêutico pode variar desde atividades altamente selecionadas, restritas a músculos ou partes específicas do corpo, a atividades vigorosas empregadas para restaurar o paciente convalescente ao máximo da condição física (KENDALL, 1995). O exercício terapêutico é considerado um elemento central na maioria dos planos de assistência da fisioterapia, com a finalidade de aprimorar a funcionalidade física e reduzir incapacidades. Inclui uma ampla gama de atividades que previnem complicações como encurtamentos, fraquezas musculares e deformidades osteoarticulares e reduzem a utilização dos recursos da assistência de saúde durante a hospitalização ou após uma cirurgia. Estes 5 exercícios aprimoram ou preservam a função física ou o estado de saúde dos indivíduos sadios e previnem ou minimizam as suas futuras deficiências, a perda funcional ou a incapacidade (KENDALL, 1995). 2.4.1. Osteocinemática Movimento osteocinemático é quando um fisioterapeuta ou um auxiliar move uma articulação através da amplitude de movimento, isto normalmente é feito para auxiliar na manutenção do movimento completo ou para determinar a natureza da resistência no final da amplitude (LIPPERT, 2000). 2.4.2 Manobras motoras Cita a utilização de manobras motoras intensivas: reabilitação da musculatura em pacientes inconscientes e conscientes sem estímulos voluntários através de eletroestimulação (FES), cinesioterapia. Atuação em escaras de decúbito através do posicionamento do leito, uso de laser terapêutico e manipulação miofascial (quando instalada a lesão). Indicações de orteses para minimização de distúrbios osteo-articulares (KNOBEL, 2002). 2.4.3. Escaras e o imobilismo e suas complicações O paciente em estado crítico está sujeito às escaras; é mais suscetível que a maioria dos outros pacientes. As escaras surgem quando a pele e as estruturas subjacentes são comprometidas, fazendo com que o sangue seja desviado e os vasos sanguíneos sejam forçosamente constritos , causa de isquemia e anoxia tecidual (KNOBEL, 2002). Manter as vias aéreas permeáveis e a ventilação pulmonar- A terapia de higiene brônquica envolve vários procedimentos que podem ser utilizados de forma isolada ou em conjunto. Os procedimentos incluem a tosse e as técnicas relacionadas para a eliminação das secreções, tais como: Aspiração, drenagem postural, manobrras fisioterápicas, acessórios da pressão positiva, mobilização e exercícios respiratórios (ROGÉRIO, 2008) Efeitos da imobilidade- A imobilidade prolongada afeta os sistemas musculoesquelético, cardiovascular, respiratório, metabólico e nervoso central. O efeito da imobilidade prolongada em pacientes em estado crítico poderá ser devastador. A inatividade poderá diminuir a força muscular em até 20% semanalmente (KISNER, 2005). 2.5. Programa de Tratamento Fisioterapêutico A fisioterapia respiratória é um procedimento de grande importância para o preparo dos pacientes para a cirurgia cardíaca (ROGÉRIO, 2008). O processo de desmame da ventilação mecânica e a restauração da funcionalidade máxima de atividade são objetivos gerais do programa fisioterapêutico para o paciente dependente de ventilador. Os objetivos específicos do programa incluem manutenção ou aumento da força e endurance muscular, amplitude articular, complacência da parede torácica, resistência cardiovascular e eliminação de secreções. Outras metas são: prevenção e tratamento da atelectasia e ruptura da pele e manutenção da homeostase (PRESTO, 1998). O fisioterapeuta deve monitorar cuidadosamente cada resposta do paciente de UTI a todas as formas de fisioterapia. A maioria dos pacientes não manifesta efeitos negativos em tal intervenção, entretanto o fisioterapeuta deve conhecer aos possíveis efeitos adversos de cada técnica de Tratamento e reconhecê-lo caso ocorram. Especialmente quando os pacientes necessitam um tratamento fisioterápico que inclui drenagem postural, percussão e vibração (SCALAN, 2000). A abordagem fisioterapêutica na Unidade coronariana tem um foco preventivo para as complicações respiratórias e musculoesqueléticas, devido ao descondicionamento físico no leito e à diminuição do limiar anaeróbio (PRESTO, 1998.). 6 2.6. Interdisciplinaridade O valor da equipe multiprofissional não deve ser subestimado. O conhecimento, a habilidade e a experiência clinica da equipe profissional é essencial para alcançar os objetivos gerais desejados pelo programa e pelo paciente (MACKENZIE, 1988). A interdisciplinaridade surgiu nos anos 70 como resposta às necessidades de uma abordagem mais integradora da realidade (LOPES, 2009). Ela só ocorre quando cada um dos envolvidos consegue ser autônomo o suficiente para confiar em si mesmo, para reconhecer os erros e ao mesmo tempo, apontar soluções criativas (FAZENDA, 1994). A interdisciplinaridade uma relação de reciprocidade, mutualidade, interação que irá possibilitar o diálogo entre os interessados. Não há uma fragmentação, mas sim uma concepção unitária do agir (FAZENDA, 1994). Na UTI, a comunicação é um processo que envolve a percepção do ambiente e do clima de trabalho, incluindo a comunicação não verbal da equipe multiprofissional, até a interação médico/paciente e família. Estão envolvidos no processo da comunicação na UTI os pacientes, seus familiares ou qualquer pessoa com proximidade afetiva, os médicos, enfermeiros, psicólogos, religiosos e os demais membros da equipe multiprofissional (MORITZ, 2008). 2.7. O papel do Fisioterapeuta na U.T.I. O fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação (JERRE et al.,2007). A fisioterapia respiratória envolve um grande número de técnicas que podem ser associadas às modalidades de ventilação mecânica. Dentre as principais estão: manobras de higiene brônquica e reexpansão pulmonar, que em conjunto com o posicionamento adequado no leito dos pacientes na U.T.I, otimiza o transporte de oxigênio através do aumento da relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares, redução do trabalho respiratório, minimização do trabalho cardíaco e aumento do clearance mucociliar (CARVALHO, 2001). Imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza são problemas comuns em pacientes com insuficiência respiratória ventilados mecanicamente e podem contribuir para o prolongamento da hospitalização (DENKER, 2002). 2.7.1. Indicações da fisioterapia respiratória Com relação às indicações da fisioterapia respiratória, o tratamento fisioterapêutico em enfermos tem indicação sob certas condições clínicas, como as síndromes aspirativas, a síndrome do desconforto respiratório, pneumonias, atelectasias, e na prevenção de complicações da ventilação mecânica. Quatro outros estudos concluíram que a intervenção fisioterapêutica está indicada na presença de secreção na via aérea, e nos casos com evoluções desfavoráveis à gasometria e/ou ao exame radiológico, sinais indicativos de possíveis problemas com a depuração ciliar, com a ventilação ou outra alteração da mecânica respiratória, e na maioria das vezes com as três condições. Em algumas situações a fisioterapia respiratória tem mostrado grande impacto e pode alterar o prognóstico do paciente. Isto foi observado na síndrome do desconforto respiratório, na síndrome de aspiração meconial, na displasia broncopulmonar, nas pneumonias neonatais e nos pós-operatórios de cirurgias de grande porte. A fisioterapia pré e pós-extubação também mostrou valor na redução da incidência de complicações, como as atelectasias pós-extubação. Os pacientes pediátricos internados em terapia intensiva têm indicação de fisioterapia respiratória em casos de 7 hipersecreção brônquica, submetidos ou não à ventilação mecânica, pois há otimização da função cardiopulmonar e redução do agravo respiratório (COSTA, 1999). 2.7.2. Objetivos da fisioterapia respiratória Os objetivos da assistência fisioterapêutica: otimizar a função respiratória de modo a facilitar as trocas gasosas e adequar a relação ventilação-perfusão; adequar o suporte respiratório; prevenir e tratar as complicações pulmonares; manter a permeabilidade das vias aéreas; favorecer o desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia. Embora os objetivos da fisioterapia sejam semelhantes àqueles traçados para os adultos, a assistência fisioterapêutica em Pediatria / Neonatologia apresenta particularidades relacionadas às diferenças anatômicas e fisiológicas existentes nestes pacientes, em relação às demais faixas etárias (DENKER, 2002). 2.7.3. Técnicas fisioterapêuticas utilizadas – efeitos benéficos versus efeitos adversos Os artigos selecionados apresentaram grande variabilidade em relação às técnicas fisioterapêuticas. As mais utilizadas e avaliadas são as denominadas manobras de higiene brônquica: tapotagem (ou percussão), vibração/vibrocompressão, manobras com ambú (bagsqueezing), aspiração de vias aéreas e endotraqueal, estímulo de tosse e o posicionamento em posturas de drenagem. As manobras de higiene brônquica são utilizadas para mobilizar e remover as secreções nas vias aéreas, no sentido de melhorar a função pulmonar. Entretanto, em algumas situações, a fisioterapia respiratória pode ser lesiva ao paciente. (MACKENZIE, 1988). Uma possível indicação de tapotagem seriam os quadros de broncoespasmo, mas na literatura não há estudos suficientes para esta avaliação, que deveria ser mais estudada. Um estudo observou que frente à ausculta pulmonar de sibilos isolados a tapotagem deve ser evitada, até o momento em que o paciente apresentar outros ruídos adventícios. A reexpansão de áreas atelectásicas com o uso da tapotagem, porém houve um caso de atelectasia secundária ao procedimento, com arritmia cardíaca importante. O posicionamento na postura de Trendelemburg para drenagem de secreções respiratórias é contra-indicada em recémnascidos, crianças com instabilidade hemodinâmica, e/ou com aumento da pressão intracraniana. A postura favorece o aumento da pressão intracraniana, e o refluxo gastroesofágico eleva o risco de broncoaspiração e pneumonia aspirativa (LOPES, 2009). A aspiração das vias aéreas é um procedimento muitas vezes realizado nas UTI para manter a permeabilidade das mesmas, em especial nos pacientes com pouca tosse. Embora o procedimento seja relativamente simples, exige cuidado rigoroso na sua execução devido aos efeitos indesejáveis que pode determinar. As alterações fisiológicas induzidas pela aspiração ainda são pouco conhecidas. Podem ocorrer efeitos cardiovasculares adversos, determinados pela hipoxemia, e por alterações do sistema nervoso autônomo. Por meio da estimulação dos receptores simpáticos pode resultar secundariamente vasoconstrição periférica e aumento da pressão arterial, e em decorrência da estimulação dos receptores parassimpáticos a bradiarritmia. Os efeitos adversos (aumento do fluxo sanguíneo cerebral e da pressão intracraniana durante a aspiração traqueal), podem suplantar os efeitos benéficos (JERRE, 2013). Outras complicações associadas à aspiração de vias aéreas e endotraqueais, que, geralmente, resultam de técnica de aspiração inadequada. Podem ocorrer lesões da mucosa traqueobrônquica, perfuração brônquica pela sonda de aspiração (com pneumotórax secundário), atelectasia (devido ao uso de pressão negativa excessiva), além de bacteremia e Infecções respiratórias. Não recomendam a realização da aspiração em horários préestabelecidos, sugerindo que a necessidade da remoção do excesso de secreções das vias aéreas deva ser individualizada (HAEBISCH, 1980). 8 2.7.4. Papel da fisioterapia na extubação/reintubação O papel da fisioterapia respiratória no período de periextubação para reduzir a frequência de atelectasia e a necessidade de reintubação foi avaliado por meio de metanálise. Somente 3 estudos alcançaram os critérios para inclusão nesta análise: ensaio clínico prospectivo e randomizado ou quase-randomizado em recém-nascidos sob ventilação mecânica em fase de extubação traqueal. Foram avaliadas as manobras fisioterapêuticas: vibração ou tapotagem seguida de aspiração; drenagem postural seguida de aspiração; ausência de intervenção. Esses estudos mostraram grande variabilidade tanto nas características dos pacientes pesquisados quanto nas técnicas e nas estratégias de fisioterapia utilizadas. Entretanto, a análise conjunta demonstrou que as manobras de higiene brônquica diminuíram a necessidade de reintubação. Além disso, observou-se uma tendência a menor índice de atelectasia pós-extubação. Portanto, as manobras avaliadas parecem ser benéficas no período de periextubação. Outro estudo recente, avaliou retrospectivamente os episódios de atelectasia pós-extubação, com controle histórico e não mostrou efeito benéfico das manobras de higiene brônquica (GUEUDEVILLE, 2007). 3. Metodologia Este artigo é uma coleta de dados através de pesquisa bibliográfica sobre a Fisioterapia Respiratória em UTI adulto: Efetividade e Habilitação profissional. Para se alcançar os objetivos propostos por esta pesquisa, realizou-se uma revisão bibliográfica, buscando-se informações em artigos científicos de revistas disponíveis e via internet. A leitura realizada foi do tipo analítica, que conforme os princípios de Severino (2000) favorece a compreensão global do significado do texto, quando é feita por etapas, ou seja, apenas quando terminada a análise de um unidade é que se passará a seguinte. (SEVERINO, 2000). O material para a realização da pesquisa foi obtido através da consulta em revistas científicas, e principalmente, na fonte de informação LILACS e ScIELO, disponível para acesso via internet. Para a busca dos artigos utilizou-se o descritor de assunto com as palavras: asma brônquica, fisioterapia respiratória, e manobras desobstrutivas. Como idioma aplicou-se a expressão português, para delimitação da pesquisa de periódicos nacionais. Foram encontrados 128 artigos no período de setembro de 2010 a abril de 2013. 4. Resultados e Discussão Em 2001, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconheceu os primeiros cursos de Fisioterapia Intensiva no Brasil, dando início à conceituação moderna da atuação do fisioterapeuta intensivista, este com atuação exclusiva nas unidades de Terapia Intensiva e Semi-Intensiva (COFFITO, 2013). A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas que complementam os cuidados a pacientes graves. Entre as principais indicações estão: a melhora da função pulmonar, terapia para alívio da dor e dos sintomas psicofísicos e atuação na prevenção e reabilitação de complicações osteomioarticulares, cardiovasculares e neurológicas. O benefício a ser buscado pelo fisioterapeuta na UTI é preservar a vida, melhorando sua qualidade e aliviando os sintomas físicos, dando oportunidade, sempre que possível, para a independência funcional do paciente (CARVALHO, 2001). Nas últimas décadas a UTI tem se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. O profissional fisioterapeuta, como integrante desta equipe, necessita cada vez mais de aprimoramento e educação especializada para fazer frente ao avanço dos cuidados intensivos (COFFITO, 2013). No intensivismo, a comunicação intra-equipe faz-se no decorrer do plantão, pois informações 9 de uma especialidade são importantes para outras especialidades, por complementar o conhecimento sobre o paciente. Assim, informações médicas são importantes para os enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos e vice-versa; e cada profissional encaminha a gestão da informação de acordo com sua função (GUEUDEVILLE, 2007). A comunicação depende da percepção das pessoas envolvidas, de maneira a ocorrer de forma eficaz. O uso da percepção pelos indivíduos é essencial para se reconhecer as pessoas, os objetos, entender informações, interpretar símbolos relacionados a situações, experiências e conhecimentos correspondentes. Por isto, a percepção está intimamente ligada à comunicação, sendo o primeiro passo para que a comunicação aconteça. A percepção atua na comunicação, no reconhecimento e na resolução de problemas, no processo decisório, itens significativos para a realização do trabalho em equipe. Além destes itens, a percepção deve estar presente durante o processo de cuidar, percebendo o outro pelos gestos, falas, conceitos e limitações (ELLIS, 1997). Para Ferrari (2007), o fisioterapeuta desempenha um papel chave na reabilitação do paciente, pois é ele quem está apto para orientar e supervisionar os exercícios de treino de força muscular respiratório aplica as técnicas de respiração, realiza manobras de higiene brônquica antes da aspiração, manobras motoras intensivas com cinesioterapia global, avaliando a força e a condição muscular global, analisa e interpreta exames complementares de rotina da UTI A Fisioterapia faz parte do atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes em UTI Sua atuação é extensa e se faz presente em vários segmentos do tratamento intensivo, tais como o atendimento a pacientes críticos que não necessitam de suporte ventilatório e assistência a pacientes graves que necessitam deste suporte. Nesta fase, o fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação (NORREMBERG, 2000). Os pacientes com restrição ao leito na UTI podem apresentar complicações motoras, respiratórias, hemodinâmicas, cardíacas, neurológicas, além de condições pós-traumáticas, condições pré-operatórias e pós-operatórias. A atuação da Fisioterapia tem por objetivo minimizar os efeitos da imobilidade no leito e tratar ou prevenir complicações respiratórias (YAMAGUTI et al., 2005). Imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza são problemas comuns em pacientes com insuficiência respiratória ventilados mecanicamente e podem contribuir para o prolongamento da hospitalização. Pacientes em V.M prolongada frequentemente apresentam fraqueza da musculatura periférica e respiratória que prejudicam seu estado funcional e sua qualidade de vida. O objetivo da fisioterapia nesses pacientes é minimizar a perda de mobilidade, melhorar a independência funcional e facilitar o desmame (BORGES et al. , 2009). Vale destacar que o processo de desmame do suporte ventilatório é passível de complicações, que vão desde o adiamento desnecessário da extubação traqueal até a ocorrência do risco de complicação secundária pela extubação precoce e a necessidade de re-intubação. Além disso, os pacientes que necessitam de re-intubação apresentam maiores riscos de morbimortalidade do que aqueles que são extubados com sucesso. Desta forma, é de extrema importância a determinação do modo ideal para a evolução do desmame da ventilação mecânica (NORREMBERG, 2000). O fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação (NORREMBERG, 2000). 10 5. Conclusão A alta incidência de pacientes em estado crítico faz com que os hospitais do Brasil e do mundo tenham que se atualizar para serem inseridos nos padrões exigidos. Para isso os hospitais se viram diante da necessidade e um dilema de ter profissionais mais qualificados e capacitados para formarem uma equipe de multiprofissionais. Realizou-se uma revisão da literatura sobre quais são as competências, as atribuições e responsabilidades necessárias para que um fisioterapeuta faça parte de uma equipe de multiprofissionais em uma UTI adultos, colaborando para a redução das complicações como: escaras de decúbito e o imobilismo do paciente no leito de uma UTI adulto através do uso de técnicas específicas (NOZAWA, 2013). O especialista em fisioterapia respiratória tem sido cada vez mais solicitado e sua presença nas Unidades de Terapia Intensiva cada vez mais frequente, porém sua formação e qualificação nem sempre são suficientes para a plena atuação nesse ambiente tão exigente quanto a competência da equipe multiprofissional. Faz-se necessário que o fisioterapeuta seja habilitado por uma sólida formação e bagagem prática para indicar, escolher e aplicar condutas específicas da fisioterapia respiratória na resolução de casos complexos, caso contrário, tanto a efetividade do trabalho pode ficar comprometida quanto os riscos ao paciente podem aumentar de forma proibitiva. Como exemplo de uma atuação bem sucedida, citamos um caso de atelectasia lobar aguda por acúmulo de secreção brônquica. A fisioterapia respiratória é a principal indicação nestes casos, visto que envolve condutas não invasivas e de comprovada eficiência. O fato é que o Fisioterapeuta é um profissional qualificado, que está conquistando cada vez mais seu espaço, demonstrando ter capacidade para desempenhar um papel importante na recuperação do paciente crítico (HAEBISCH, 1980). Referências ASSOBRAFIR e o Desenvolvimento Cientifico da Especialidade. REV.BRAS.FISIOTER, SÃO CARLOS, V.13, N.1, P.V-VI, JAN/FEV 2009. 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