Recomendações PaNCE HEMORRAGIA INTRACRANIANA ESPONTÃNEA Tomografia Computadorizada de Crânio (TCC) ou Ressonância Magnética de Crânio (RMC) Informações Importantes! Hora do início dos sintomas é crucial! Trauma? HAS AVE prévio (isquêmico ou hemorrágico) DM Tabagismo Alcoolismo Uso de drogas (cocaína) Uso de antiagregante ou cumarínico Dças associadas à discrasia sanguínea (p.ex. dças hematológicas, cirrose, etc.) Rever sobre volume do hematoma e localização Arteriografia cerebral quando? Calcificações anormais; malformação vascular óbvia; sangramento em topografia incomum (p.ex. fissura silviana); pacientes sem causa óbvia de sangramento (p.ex. hemoventrículo isolado) Hemorragia lobar Hemoventrículo isolado HSA associada Sangramentos recorrentes Pacientes sem histórico de HAS Pacientes com 45 ou menos anos Causa primária desconhecida e que serão submetidos à cirurgia E se ainda assim após arteriografia normal houver a suspeita de hemorragia secundária? Repetir arteriografia com 2-4 semanas após resolução do hematoma Admissão em Unidade de Cuidados Intensivos Conduta Específica Conduta Geral Avaliação dos Exames Hemograma completo Uréia Creatinina Sódio Potássio Magnésio PCRt TAP e PTT Gasometria arterial Eletrocardiograma Fibrinogênio Análise Laboratorial Evolutiva Glicemia capilar intermitente (segundo protocolo vigente) Sódio alvo = 135 a 145 Magnésio alvo normomagnesemia pO2 alvo = suficiente para Sat > 90% pCO2 alvo = 35 a 45 TCC sempre que piora clinica Vide conduta particular em cada grupo Tratamento Nutrição precoce e segura (se necessário enteral por CNE) Profilaxia para TVP* (vide quadro no final) Preferência aos fluidos isotônicos para hidratação Avaliação Evolutiva o Cabeceira elevada > 30 e centrada Exame clínico neurológico seriado (avaliação descritiva) Quando sedação contínua – suspensão intermitente Balanço hídrico (BH) de 4/4 horas e diurese horária BH alvo = neutro Curva térmica Avaliar necessidade de antitérmico regular (hemoventrículo maior risco de hipertermia) Monitorização cardíaca contínua Oximetria de pulso Monitorização contínua da PA Quando em uso de vasodilatador, aminas, com glicemia horária ou monitorização da PIC PAM invasiva Quando houver acesso venoso profundo PVC on line Quando em ventilação mecânica capnometria Tratamento Clínico Uso de agentes hiperosmolares não deve ser utilizado de rotina Acompanhar aparecimento de: expansão do hematoma, edema perilesional, isquemia, hidrocefalia e aparecimento de hemoventrículo Anticonvulsivante profilático (maior risco de epilepsia sem crise clínica - estado de mal não convulsivo, em especial pacientes com NIHSS elevado, hemorragias lobares e desvio da linha média Controle da PA** Se PAS > 200 mm Hg ou PAM >150 mm Hg considerar redução agressiva da PA com vasodilatador venoso em infusão contínua (pelo menos PAs < 180 ou PAM < 130) Se PAS >180 mm Hg ou PAM >130 mm Hg e há suspeita de hipertensão intracraniana considerar monitorização da PIC e reduzir PA objetivando PPC entre 60-80 mmHg Se PAS >180 mm Hg ou PAM > 130 mm Hg e não há evidência ou suspeita de HIC considerar redução mais modesta da PA (PAM até 110 mmHg ou PA 160x90 mmHg) Tratamento Clínico Sangramento relacionado à heparina Protamina 1mg para cada 100 UI de heparina (dose máxima não deve exceder 50mg (em infusão < 5 mg/min) cuidado com hipotensão! Se heparina suspensa há 3060 min: 0,5-0,75 mg protamina / 100UI heparina Se suspensa há 60-120 min: 0,375-0,5 mg protamina / 100UI heparina Se suspensa há mais de 120 min: 0,25-0,375 mg protamina / 100UI heparina Sangramento relacionado à cumarínico Vitamina K + plasma fresco (15-20 ml/Kg) Caso risco de sobrecarga de volume utilizar Complexo Protrombínico Fator VII recombinante ativado? Sangramento após trombólise Plaquetas e crioprecipitados Buscar fonte do fator VII recombinante ativado Até o consenso de 2007 não estava bem estabelecido Conduta Cirúrgica Específica O mais precoce possível Algoritmo para definição do tratamento cirúrgico da HIC espontânea – 1º. Supratentorial? – 2º. Caso supra – superficial (<1cm do córtex) ou profundo (mais próximo da cápsula interna)? Qual nível de consciência? Há hemoventrículo? Há tendência a cirurgia minimamente invasiva nas drenagens profundas. DVE caso hemoventrículo PIC e PAM e ECG deteriorou – cirurgia? – 3º. Caso infratentorial - Hemorragias cerebelares Indicada cirurgia nas hemorragias > 3cm diâmetro; Compressão tronco cerebral; Hidrocefalia aguda. Observações: - Nas hemorragias lobares até 1 cm de profundidade do coágulo: melhor resultado em pacientes com ECG ≥ 9 - Cirurgias minimamente invasivas melhor? STICH não responde! *Profilaxia da Trombose Venosa Profunda Inicialmente Compressor Pneumático Intermitente dos Membros Inferiores (Grau 1B). Considerar HBPM 3-4 dias após evento (após documentação da interrupção do sangramento) (Grau 2C). ** Controle da PA O Guideline da “Stroke” não deixa claro o que seria redução agressiva da PA caso PA sist >200mmHg ou PAM > 150 mmHg. Há de se considerar portanto uma redução inicial para níveis de PAsist < 180 e PAM < 130 e avaliar se hipertensão intracraniana ou não (avaliação da perfusão cerebral direta – PPC - ou clínica seriada) Interact: avalia redução para valores de PAsist < 180 vs. <140mmHg (sendo está segura e bem tolerada)