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1
P14
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M
6
A
16/04/2009
questões.
INSTRUÇÕES:
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Verifique se sua prova está completa.
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Preencha corretamente todos os dados solicitados no cabeçalho.
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Resoluções e respostas somente a tinta, azul ou preta.
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Utilize os espaços determinados para respostas, não ultrapassando seus limites.

Evite rasuras e o uso de corretivos.
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Resoluções com rasuras ou corretivo não serão revisadas.

Resoluções e respostas que estiverem a lápis não serão corrigidas.

Sapere Aude!
As questões 1 a 4 devem ser respondidas tendo por base o
texto de Bertrand Russell
1-)Procure o significado dos termos filosóficos usados pelo autor no texto em um dicionário:
(1,0)
a- Dogma
b- estóico
c- ariano
d- teologia
e- anabatistas
f- herético
g- quakerismo
h- byroniano
i- utilitaristas
j- empiricamente
2-) Explique o trecho abaixo de acordo com o texto e com as aulas:(2,0)
“Para compreender uma época ou uma nação, devemos compreender sua filosofia e,
para que compreendamos sua filosofia, temos de ser, até certo ponto, filósofos. Há
uma relação causal recíproca. As circunstâncias das vidas humanas contribuem
muito para determinar a sua filosofia, mas, inversamente, sua filosofia muito contribui
para determinar tais circunstâncias. “( B Russell)
3-) Como Russell justifica o nascimento da filosofia na Grécia Antiga?(2,0)
4-) Quais são os três tipos de conhecimento citados por Russell? (2,0)
5-) Leia o texto abaixo e responda o que é pedido comparando-o com o texto de
Bertrand Russell analisado em aula: (3,0)
A vida e a morte de Sócrates são a história das difíceis relações que o
filósofo — quando não está protegido por imunidades literárias — mantém com os
deuses da Cidade, isto é, com os outros homens e com o absoluto cristalizado, cuja
imagem eles lhe estendem. Se o filósofo fosse um revoltado, chocaria menos. Pois,
afinal, todos sabem que o mundo vai mesmo muito mal; gosta-se de ver isso escrito,
em honra da humanidade, para logo disso se esquecer quando se retorna aos
afazeres. A revolta, portanto, não desagrada. Com Sócrates, porém, trata-se de outra
coisa. Ensina que a religião é verdadeira e foi visto oferecendo sacrifícios aos
deuses. Ensina que é preciso obedecer à Cidade e é o primeiro a obedecer-lhe até o
fim. O que se censura nele não é tanto o que ele faz, mas a maneira, o motivo.
Há, na Apologia, uma palavra que explica tudo, quando Sócrates diz aos
juízes: "Creio, atenienses, mais do que crê qualquer dos meus acusadores". Palavra
de oráculo: crê mais do que eles, mas também crê diferentemente deles e noutro
sentido. A religião que ele diz verdadeira é aquela em que os deuses não estão em
luta, em que os presságios permanecem ambíguos, em que o divino se revela (como
o seu daimon) por um aviso silencioso, lembrando aos homens sua ignorância. A
religião, portanto, é verdadeira, mas de uma verdade que ela própria não sabe,
verdadeira como Sócrates a pensa e não como ela se pensa.
Do mesmo modo, quando ele justifica a Cidade, o faz por razões que são
suas e não por razões de Estado. Não foge. Comparece diante do tribunal. Mas há
pouco respeito nas explicações que oferece para isso: em sua idade, o furor de viver
não é decente; além disso, "não me suportariam melhor noutro lugar"; enfim, "sempre
vivi aqui" [...]. Ao comparecer diante do tribunal, não o faz por respeito, mas para
melhor recusá-lo. Se fugisse, seria um inimigo de Atenas e tornaria a sentença
verdadeira. Ficando, é ele quem ganha, quer o inocentem quer o condenem, pois,
num caso, terá feito os juízes aceitarem sua filosofia e, no outro, a terá provado
aceitando a sentença [...]. A filosofia está em sua relação viva com Atenas, em sua
presença ausente, em sua obediência sem respeito.
Sócrates tem um jeito de obedecer que é um jeito de resistir [...]. Tudo
quanto ele faz se organiza em torno desse princípio secreto que irrita os que não
conseguem apreendê-lo. Sempre culpado por excesso ou por falta, sempre mais
simples e mais breve do que os outros, sempre mais dócil e menos acomodante,
causa-lhes mal-estar. Ele lhes inflinge a ofensa imperdoável de fazê-los duvidar de si
mesmos [...]. O que esperam dele é justamente o que não lhes pode dar: o
assentimento às coisas, sem considerandos. Comparece ao tribunal para explicar
aos juízes e à Assembléia o que é a Cidade [...]. Inverte os papéis e lhes diz: não
estou me defendendo, é a vós que estou defendendo (Merleau-Ponty, 1960, pp. 445).
Este texto esta de acordo com o texto de Bertrand Russell? Como foi
possível que a filosofia nascesse em Atenas e de que maneira Sócrates é um
emblema dessa filosofia que Russell comenta?
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