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Políticas Públicas, Manejo e Qualidade da Água em Cisternas do P1MC, Sertão Paraibano
CAPÍTULO x
PLANTAS MEDICINAIS USADAS PELOS ÍNDIOS
KAMBIWÁ IBIMIRIM - PE
Maria de Lourdes dos SANTOS1
Espedito Menezes de ARAÚJO1
Abraão ROMÃO1
1Aluno...UEPB; 2 Professor...UFCG; 3Professor ...FCM
RESUMO: O uso de plantas medicinais consiste em um
resgate histórico cultural dos índios da etnia Kambiwá, das
aldeias Nazário e Pereiros, relatando o uso da terapia
alternativa que faz parte do arsenal terapêutico conhecido por
meio dos medicamentos utilizados, são chamados de
fitoterápicos ou drogas vegetais e esses são feitos de partes
de plantas cujos princípios ativos não foram purificados.
Muitos das plantas medicinais são venenosas ou levemente
tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para
terem o efeito desejado. Nesse contexto, o desenvolvimento
de estudos tendo como reconhecer o uso e a importância das
ervas medicinais na etnia Kambiwá, bem como seus
costumes, crenças e tradições, além da preservação e o
cultivo das mesmas, onde pode vir a ser um ensaio importante
na busca de encontrar um eixo norteador de pesquisas
interdisciplinares. Em se tratando da etnia Kambiwá, o uso das
plantas medicinais trás benefícios à comunidade indígena,
explicitando características importantes sobre a utilização
adequada dessas plantas. As ervas mais utilizadas pelos
índios das aldeias Nazário e Pereiros são: arruda, mastruz,
alecrim, angico, quixabeira, umburana e babosa. As mesmas
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são utilizadas para profilaxia e cura de doenças, também na
prática dos rituais e das crenças populares da Kambiwá.
Palavras-chave: Plantas medicinais. Fitoterápicos. Etnia
Kambiwá.
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INTRODUÇÃO
O uso de fitoterápicos pelo homem está associado a
sua evolução antropológica, da época em que era simples
nômade até tornar-se um espécime sedentário. Com a fixação
de moradia, surgiram as mais variadas necessidades que
foram sendo aperfeiçoadas pela lógica da experimentação e
observação de necessidade, por erros e acertos (VIEIRA,
1992).
.......continua
Este trabalho tem como finalidade a pretensão de
retomar o cultivo e uso das plantas medicinais em que resgata
o conhecimento tradicional da etnia Kambiwá, valorizando sua
cultura, além de fazer com que as crianças e adolescentes
voltem a valorizar os ensinamentos e conhecimentos dos
curandeiros e rezadores da comunidade, valorizando assim
uma antiga tradição característica do povo Kambiwá.
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MATERIAIS E MÉTODO
Foi realizada uma pesquisa de campo nas aldeias
Nazário e Pereiros da Etnia Kambiwá.
.......continua
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A comunidade Kambiwá tem na agricultura o seu
principal meio de subsistência, apesar da má qualidade do
solo, da carência de água e das condições climáticas, pois a
região apresenta clima seco e as chuvas irregulares provocam
constantes períodos de estiagem, o que dificulta a atividade
agrícola. A produção é pequena, a maior parte é destinada ao
consumo. O pouco que sobra é comercializado na feira livre
de Ibimirim (Figura 1). Praticam também a caça como
atividade complementar de subsistência e se dedicam à
extração do mel de abelhas.
........continua
Quando perguntados sobre a importância da utilização
de plantas medicinais para o tratamento de doenças (Figura
1), onde 87% dos entrevistados responderam positivamente.
Figura 1. Importância das plantas medicinais para tratamento
de doenças.
Quando indagados a respeito da crença na cura de
doenças à partir dos fitoterápicos (Figura 2) a maior parte dos
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entrevistados acredita que pode haver cura sim com sua
utilização.
..... continua
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CONCLUSÕES
Diante dos resultados obtidos, pode-se verificar que o
uso de plantas medicinais tem contribuído para a subsistência
dos povos indígenas das aldeias Pereiros e Nazário da etnia
Kambiwá.
......continua
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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populares e científicos. São Paulo: Hemus, 1993.
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São Paulo, SP: Robe, 1996. 71p.
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LORENZI, H. A arte de curar versus a ciência das doenças: história
social da homeopatia no Brasil. São Paulo: Dynamis Editorial, 1996.
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Hemus. 1994.
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RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos Indígenas no Brasil. São Paulo:
Instituto Socioambiental, 2006.
VIEIRA, L. S. Fitoterapia da Amazônia. Ed. Ceres. São Paulo: 1992.
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