ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

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12/03/2013
17:24:51
Fisioterapia
Pós-Graduação Lato Sensu
Recife e
João Pessoa
1º SEMESTRE
2013
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Cursos Presenciais
Fisioterapia Dermatofuncional
Fisioterapia Traumato - Ortopédica
Cursos a Distância
Aprendizagem, Desenvolvimento e Controle Motor
Docência e Gestão na Educação a Distância
Exercício Físico Como Terapia Para Demências e Doenças Psiquiatricas
ESCOLHA COM CERTEZA
Fisioterapia em Gerontologia
Fisioterapia Integrada à Saúde da Mulher
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EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
Í NDIC E
Editorial
04
Agenda
04
Entretrenimento
05
Técnica
06
Homenagem
07
Artigos
08
Capa
10
Entrevistas
12
Notas
15
Assobrafir
16
Comissão
16
Delegacia
17
Palavra do Presidente
18
03
Finalmente, categorias na TUSS
Página 10
Nova delegacia em Caruaru
Página 17
A Revista CREFITO-1 é uma publicação trimestral do Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região, na circunscrição dos Estados de
Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte | Sede: Rua Henrique Dias,
303, Boa Vista, Recife - PE - CEP 50 070 140 | Contato: (81) 3081.5000 | Fax: (81)
3081.5030 | e-mail: [email protected] .
Diretoria: Presidente: Dr. Silano Barros; Vice-presidente: Dra. Leiliane Helena Gomes; Diretora Tesoureira: Dra.Teresa Pedroza; Diretora
Secretária: Dra. Catarina Soares. Conselheiros efetivos: Dra. Eliete Colaço, Dr. Francimar Ferrari, Dra. Francisca Rego, Dra. Rosilda Argolo, Dra.
Talita Camelo. Conselheiros Suplentes: Dra. Bernadete Pitta, Dra. Cínthia Vasconcelos, Dr. Dimitri Taurino, Dr. Geraldo Magela, Dra. Iara Lucena,
Dra. Kátia Silva, Dra. Maria José Ribeiro Tavares, Dra. Valderlene Santos. DEFIS: Dra. Francisca Rego, Dra. Kátia Leandra, Dra. Maria José Ribeiro
Tavares. Assessoria Jurídica: Dr. Carlos Alberto dos Santos e Dra. Nadja Pimentel. Assessoria Contábil: Aderson Teixeira de Carvalho. Conselho
Editorial: Alysson Braga, Dr. Silano Barros. Revisor: Dr. Flávio Maciel. Produção Editorial: MID COMUNICAÇÃO - www.midcomunicacao.com.br (81) 3423.0575. Tiragem: 12 mil exemplares. Impressão: Gráfica Centauro. Jornalista responsável: Isabel Ribeiro (DRT-PE 3046). Edição: Hálamo
Cavalcante (DRT-PE 3196). Textos: Mirella Izídio. Projeto gráfico e diagramação: Cláudia Bôaviagem. Para anunciar, ligue: (81) 3423.0575
04
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
E D I TOR I AL
Uma edição para ler e guardar com
bastante carinho
Quem tem mais tempo de “estrada” na Fisioterapia e na Terapia
Ocupacional sabe o quanto a notícia que estampa esta edição da Revista do CREFITO-1 era aguardada.
A conquista de valores próprios
na Terminologia Unificada da Saúde
Suplementar (TUSS) era uma luta
antiga, de idas e vindas pelos corredores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de reuniões
constantes com outros Conselhos
profissionais da área da saúde sobre como poderíamos, juntos, tirar
as reivindicações do papel e torná-las reais para milhões de cidadãos
que têm a Fisioterapia e a Terapia
Ocupacional como profissiões e que
não estavam sendo contemplados
de forma justa nem pelos órgãos
fiscalizadores e muito menos pelas
operadoras de planos de saúde.
Mas a conquista veio, e agora ela é reportagem de capa desta edição da nossa revista. Vamos
comemorar, assim como foram
comemorados os 50 anos de criação dos cursos de Fisioterapia e de
Terapia Ocupacional da UFPE. Não
poderíamos deixar de homenagear
todos que fizeram destes os primeiros cursos do Norte/Nordeste em
uma instituição pública de ensino
superior.
Também trazemos curiosidades,
como uma técnica pouco conhecida - a Fisioterapia Transcraniana
- e o uso da acupuntura no tratamento da doença de Parkinson,
tratamento que vem conseguindo
bons resultados. Quer uma dica de
livro? Nós apresentamos uma bem
interessante. Seu negócio é viajar?
Pois Bonito está logo aqui do lado.
Conheça mais um pouco das suas
belezas.
Boa leitura.
CREFITO-1
AGENDA DE EVENTOS
II Congresso de fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva do Vale do São Francisco (cofirvale) e I Congresso do Sertão de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia
Intensiva (COSEFIR)
Local: Petrolina - Pernambuco | Informações: www.facebook.com/assobrafir.
| 31 de maio e 1º de junho de 2013
XVI CONGRESSO INTERNACIONAL DA FEDERAÇÃO MUNDIAL DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS
Tema: Tradições partilhadas, criação de futuros. Local: Yokohama - Japão
Informações: www.wfot.org/wfot2014.
| 18 a 21 de junho de 2014
XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE TERAPIA OCUPACIONAL
Tema: Terapia Ocupacional e políticas públicas: diretrizes, compromissos e ações.
Local: Florianópolis - Santa Catarina | Informações: http://cbto2013.com.br.
| 13 a 16 de outubro de 2013
XX CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA
Tema: Da Ciência da Funcionalidade aos Novos Desafios Profissionais.
Local: Fortaleza - Ceará | Informações: www.afb.org.br.
| 16 a 18 de outubro de 2013
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
ENTRETE NI M E NTO
05
Dica de livro: Empreendedores Esquecidos
processos organizacionais como
contas a receber, contas a pagar, prospecção de clientes e
outras atividades ligadas à gestão de um negócio.
Temas como administração
do tempo, realização de mudanças, a busca por valor e até
a dúvida sobre a vocação ou
negócio são abordados no livro.
Escrito de forma simples e
clara, o livro é ilustrado com
exemplos e com explicações
etapa por etapa. A obra é
recomendada tanto para
profissionais que estão empreendendo e mesmo para
aqueles que não são empreendedores.
Reprodução
E
mpreendedores Esquecidos é
um livro para profissionais prestadores de serviços como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
advogados, arquitetos e outros
profissionais que passaram anos se
aprimorando tecnicamente, mas
que não se prepararam para o dia
a dia de um negócio.
Muitas das publicações existentes no mercado contemplam
segmentos ou áreas estruturadas,
como organizações com processos
definidos e com departamentalização, mas Empreendedores Esquecidos traz uma abordagem para o
profissional que está na linha de
frente, excuta o serviço principal e
ainda realiza todas as etapas dos
Dica de viagem: Bonito (PE)
Para aqueles que gostam de relaxar, apreciar a natureza e paisagem, o Mirante da Serra do Araticum e a Reserva Ecológica Mata
do Mucuri são algumas opções
obrigatórias no roteiro.
Bonito possui opções variadas
de hospedagens como pousadas,
hotéis-fazenda e áreas de camping.
Pedra do Rodeador
Fotos: Divulgação
D
istante cerca de 100 quilômetros do Recife, Agreste
adentro, encontra-se uma das
Sete Maravilhas de Pernambuco:
as cachoeiras de Bonito. Não é à
toa que o lugar tem esse nome.
A beleza natural de suas quedas
d’água e riachos faz jus ao batismo e já tornou o local nacionalmente famoso.
Dentre os pontos mais lembrados por turistas que procuram a
região estão as cachoeiras do Mágico, Barra Azul, Pedra Redonda,
Poço Dantas e, uma das mais famosas, a Véu de Noiva. O visitante ainda é convidado a entrar na
mata por trilhas, mergulhar em lagos, piscinas naturais e até descer
corredeiras e praticar rapel.
Bonito reserva belas paisagens
06
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
T É C N I CA
Estimulação transcraniana: uma nova ferramenta para a Fisioterapia
E
nadora do LANA, professora Kátia
do Monte Silva, o método vem
ganhando destaque nas últimas
décadas por sua potencial capacidade em aumentar os efeitos das
terapias tradicionais. “Aumentar
ou diminuir a atividade cortical
antes da aplicação das técnicas da
Fisioterapia ou da Terapia Ocupacional pode resultar em melhoras
no quadro clínico em diversas patologias neurológicas ou músculo
m setembro de 2009, um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Apenas quatro meses depois, um
segundo AVC. Até pouco tempo
atrás era comum sentir queimores
fortes no lado afetado do corpo,
tão fortes que chegavam a doer
e impossibilitavam o movimento. Hoje, aos 50 anos, o sargento
do Corpo de Bombeiros Ricardo
José Gomes da Silva garante estar
bem melhor: as dores não existem
mais, os queimores estão mais
brandos e sua sensibilidade e movimentação evoluíram. “Agora estou conseguindo até usar sandália
de dedo. Antes ela caía do meu
pé”, afirma. O quadro do militar
começou a mudar depois que ele
se submeteu a sessões de estimulação transcraniana.
O tratamento, realizado no Laboratório de Neurociência Aplicada (LANA) do Departamento de
Fisioterapia da UFPE, consiste em
técnicas de neuromodulação com
capacidade de modificar a atividade cerebral de modo indolor, local
e não invasivo. Segundo a coorde-
“Agora estou
conseguindo até usar
sandália de dedo. Antes
ela caía do meu pé”
Foto: Divulgação
A Estimulação Transcraniana
esqueléticas em vários níveis de
complexidade”, comenta.
Isso explica cientificamente o
alívio sentido pelo sargento Ricardo: no 14º atendimento a dor sanou, o queimor diminuiu significativamente, a dosagem do remédio
para dor foi reduzida e foi retirada
a medicação ansiolítica.
Apesar de vislumbrar que a
tendência seja cada vez mais a
utilização do método, Dra. Kátia do Monte avalia que a difusão ainda acontece num ritmo
lento. “Infelizmente, no Brasil,
ainda são poucos os grupos que
conhecem as estimulações transcranianas e mais escassos são os
que as utilizam no contexto da
reabilitação motora. Temos conhecimentos de grupos em São
Paulo, Paraíba e Bahia”.
No LANA utilizam-se as técnicas da neuromodulação em associação a técnicas tradicionais
da Fisioterapia no tratamento de
disfunções motoras de pacientes
com Parkinson e com sequelas
motoras resultantes de acidentes
vasculares.
Dra. Kátia do Monte esclarece
que as técnicas de neuromodulação (aestimulação magnética
transcraniana - TMS - e a estimulação transcraniana por corrente contínua - TDCS) podem
ser usadas no tratamento de patologias cerebrais causadoras de
alterações de atividade cortical,
como epilepsia, acidente vascular
cerebral, distonia, doença de Parkison, transtornos neuropsiquiátricos e síndromes dolorosas, tipo
fibromialgia e cefaleia. O uso das
estimulações cerebrais é contraindicado para gestantes, portadores
de implantes metálicos no crânio
e pacientes com lesão dermatológica no escalpo.
LUTA - Apesar das promissoras
possibilidades demonstradas em
várias pesquisas, o uso clínico das
técnicas de neuromodulação ainda é limitado devido à falta de definição de protocolos.
Há cerca de um ano e meio, a
professora Kátia do Monte, juntamente com outros fisioterapeutas e agora com apoio da Associação Brasileira de Fisioterapia
Neurofuncional (ABRAFIN), vem
combatendo as investidas dos
profissionais médicos que tentam
convencer a população de que a
técnica é privativa dos médicos.
“Por isso é importante ganharmos
força junto à nossa classe e divulgar nossa luta”, defende.
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
HOMEN AG E M
07
UFPE comemora 50 anos do curso de Terapia Ocupacional com
homenagem em grande estilo aos seus pioneiros
egistros revelam que práticas hoje relacionadas à Terapia Ocupacional são realizadas há
muito tempo: desde a Antiguidade
com egípcios, gregos e romanos.
No entanto, a profissão teria que
percorrer um longo caminho até
ser reconhecida como tal. No Brasil,
isso só viria a acontecer no dia 13
de outubro de 1969 pelo Decreto-lei nº 938, publicado no Diario Oficial de número 197.
Antes mesmo desse acontecimento, Pernambuco já oferecia
aulas aos interessados na formação
R
como terapeuta ocupacional. Em
1962 foi criado o Curso Técnico
de Terapia Ocupacional no Instituto Universitário de Reabilitação
(IUR), como extensão da cátedra
de Clínica Cirúrgica e Ortopédica
da Faculdade de Medicina da Universidade do Recife. Neste mesmo
ano foi inaugurado o Centro de
Reabilitação do Recife, e em 1964
já contavam-se com profissionais
formados em Pernambuco. Cinco
anos depois, a formação superior
em Terapia Ocupacional foi reconhecida e oferecida na composição
do Curso de Reabilitação. A UFPE
foi a primeira Instituição Federal
de Ensino Superior a oferecer os
cursos nas regiões Norte e Nordeste. Em 1981, a instituição abriu,
de forma inédita, as inscrições do
vestibular para o curso de Terapia
Ocupacional em nível superior em
Pernambuco.
No dia 11 de dezembro, uma
solenidade marcou os 50 anos do
curso de Terapia Ocupacional da
Universidade Federal de Pernambuco. Confira depoimentos de pessoas que fazem parte dessa história:
Comemorar este tempo de criação é
motivo de satisfação e de gratidão por
todas as conquistas na trajetória do
Curso, da profissão e dos terapeutas
ocupacionais de Pernambuco. O fruto
do trabalho empreendido no Curso
é significativo para todas as pessoas
formadas nessa instituição e para quem
compõe hoje os seus quadros como
professor, estudante e funcionário.
Reconhecemos, ao longo desses anos, o
crescimento do Curso e áreas de atuação
e a qualidade na formação técnica,
ética, política e humana de terapeutas
ocupacionais e cidadãos, comprometidos
com a promoção e prevenção em saúde
e com a reabilitação e inserção social das
pessoas que cuidamos.
Há 50 anos éramos poucos, estávamos
engatinhando na formulação da
encantada Terapia Ocupacional em
um curso só nosso, curso esse que
para segui-lo era preciso um pouco
de ousadia e um quê de atrevimento.
Cinquenta anos é muito pouco, mas
não fossem os raros atrevidos, hoje não
vislumbraríamos a comemoração das
nossas bodas de ouro. Para mim, fazer
parte dessa história é um privilégio. Não
há como não se orgulhar do passado
de tantas lutas e não sonhar com dias
ainda melhores para nossa profissão.
Nesta data tão importante, como não se
alegrar em ver que muita gente já sabe
que Terapia Ocupacional não é ocupar
o tempo livre de alguém? Cinquenta
anos são só 50 anos, durante os quais
nem imaginávamos que chegaríamos,
e chegamos. Como é bom saber que
ainda tem muito a ser conquistado e que,
se assim Deus permitir, farei parte dos
próximos 50; como é bom saber que um
dia poderei ser, quem sabe, motivação
para muitos continuarem a expandir essa
linda profissão.
Fiquei muito contente em representar
o CREFITO-1 na comemoração dos 50
anos do curso na UFPE. O auditório
estava repleto de estudantes de Terapia
Ocupacional, a programação das
palestras que seriam apresentadas à
tarde estava com temas maravilhosos,
e a maioria de experiência dos(as)
acadêmicos e apresentados por
eles(as). Estavam presentes pessoas
importantes na existência do Curso
de Terapia Ocupacional da UFPE, tais
como a prof. Amélia Pessoa (que foi a
homenageada), o reitor, professores
e professoras que já passaram pelo
Departamento de Terapia Ocupacional,
bem como funcionários antigos.
O discurso da Dra. Ilka deixou todos
os presentes emocionados. Depois,
fomos recepcionados com direito a um
bolo lindamente decorado e delicioso.
Fiquei zzmuito feliz com aquele dia, me
fez relembrar os tempos de faculdade,
encontrar alguns professores e
funcionários do meu tempo de
acadêmica, e ver o crescimento do
Curso e sua valorização no mercado de
trabalho.
Foto: Divulgação
Profª Ilka Veras Falcão (Profª Adjunta do
Curso de Terapia Ocupacional)
Profª. Ilka Veras
Mirella Barata
(Acadêmica do 5º período de Terapia
Ocupacional- UFPE)
Drª. Teresa Pedrosa
(Diretora Tesoureira do CREFITO-1)
08
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
AR T I GO
Fisioterapia e Acupuntura como aliadas no tratamento da
doença de Parkinson
A
siva, dieta desequilibrada e tensão emocional. A enfermidade
aparece com sintoma de tremores, sendo sempre relacionada
ao Vento do Fígado, que é uma
manifestação patogênica externa, causando desequilíbrio no
organismo.
Para que a Acupuntura seja
feita, devem ser analisados os
sistemas do organismo, a língua
e o pulso que são determinantes no tratamento. Podem ser
utilizados como metodologia
terapêutica a Craniopuntura do
Yamamoto, com pontos cerebrais (cérebro, cerebelo e gânglios basais); Acupuntura Escalpeana, com pontos que tratam
tremores (área motora, área da
coreia/tremor, área sensitiva);
Acupuntura Sistêmica, que objetiva equilibrar a constituição do
indivíduo; e Auriculoacupuntura, com pontos cujos objetivos
devem ser diminuir os efeitos da
depressão (Shen Men), da ansiedade (Ponto da Ansiedade),
expulsar Vento (Ponto Fígado),
restaurar essência (Ponto Rim).
Como o tratamento fisioterapêutico tem como princípio restaurar as funções e a Acupuntura
visa reequilibrar a constituição
fisiológica do indivíduo, entende-se que os dois tratamentos
combinados promovem fortalecimento das funções motoras e
melhora na qualidade de vida dos
pacientes.
Por: Amanda Damasceno Soares
Fisioterapeuta graduada pela Universidade Estácio de Sá, RJ, em 2007.
Especialista em Acupuntura pelas Faculdades Pestalozzi de Niterói, em
2010. Email: [email protected]
Foto: Divulgação
doença de Parkinson é uma
condição patológica progressiva crônica do Sistema Nervoso Central que surge a partir
do momento em que os neurônios da substância negra, responsáveis pela produção de dopamina, perdem suas funções,
promovendo o aparecimento do
tremor em repouso, rigidez e bradicinesia, além de manifestações
secundárias como incoordenação
motora, micrografia, deformidades da mão e pé, distonia, hipercifose torácica, entre outros.
O tratamento fisioterapêutico
consiste na avaliação cinético-funcional, visando fortalecimento muscular através de alongamentos passivos e prolongados,
mobilizações articulares, exercícios respiratórios, treinamento de marcha e, se for possível,
hidrocinesioterapia, objetivando
o adiamento de complicações e
deformidades secundárias, bem
como a manutenção das capacidades funcionais.
Na Medicina Tradicional Chinesa, dentre as causas que podem desencadear a doença de
Parkinson, estão a sobrecarga de
trabalho, atividade sexual exces-
Dr. Amanda Damasceno Soares
Referências:
BARBOSA, Egberto Reis; SALLEM, Flávio Augusto Sekeff. Doença de Parkinson – Diagnóstico. Revista de Neurociências v.13 n. 3 Jul/
Set, 2005.
O’ SULLIVAN S.B. Doença de Parkinson. In: O’ SULLIVAN S.B.; SCHMITZ T.J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4 ed. São Paulo:
Manole, 2004.
MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um Texto Abrangente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. 2 ed. São
Paulo: Roca, 2007.
MACIOCIA, Giovanni. A Prática da Medicina Chinesa: Tratamento de Doenças com Acupuntura e Ervas Chinesas. 2 ed. São Paulo:
Roca, 2009
ROSS, Jeremy. Combinação de Pontos de Acupuntura: a chave para o êxito clínico. São Paulo: Roca, 2003.
YAMAMOTO, Toshikatsu; YAMAMOTO, Helen; YAMAMOTO, Michiko Margaret. Tradução: Ronaldo Koester Santori; revisão científica
Jorge Cavalcanti Boucinhas – São Paulo: Roca, 2007.
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JAN/FEV/MAR - 2013
AR TIGO
09
A evolução do SETODOM - Serviço de Terapia Ocupacional
Domiciliar - na cidade de Maceió (AL)
O
crescimento significativo dessa modalidade de atendimento vem se destacando na cidade de
Maceió e em demais regiões brasileiras pelo avanço das técnicas da
área da Saúde, que vem proporcionando um aumento na expectativa
de vida da população. As medicações modernas e novos meios de
exames permitem o diagnóstico
precoce de patologias infecciosas
que levavam a óbito grande parte
da população idosa.
Em consequência dessa longevidade, surgiram as doenças
crônicas degenerativas, que levam a uma perda relevante da
funcionalidade e independência
desse mesmo idoso. O ambiente
familiar traz uma melhor adequação e segurança, além de redução com gastos nas internações.
Esse setting sugerido proporciona
um suporte para uma melhor interação família e paciente, pois,
como já foi comprovado em diversos estudos, o apoio familiar é
imprescindível para uma melhora
no quadro de patologia em que
se encontra o cliente.
O Serviço de Terapia Ocupacional Domicliar - SETODOM - vem
como suporte específico para o
tratamento dessa demanda. A
clientela atendida no serviço na
maior parte dos casos passou por
algum tipo de internação e, por
consequência das patologias, possuem algumas perdas funcionais,
tanto nos aspectos cognitivos
quanto no que diz respeito aos
motores. Portanto, o serviço oferece avaliações específicas para
cada quadro sugerido ( Índice de
Katz, Escala de Bartel, Avaliações
direcionadas às AIVDs, Avaliações cognitivas: Meem, Fluência
verbal, Teste do relógio, Códigos
etc), tendo com isso um suporte
para triagem, direcionamento dos
objetivos, metas a longo e curto
prazo e uma melhor comunicação
com a equipe interdisciplinar, que
tem nesse paciente o centro de
todas as abordagens.
O objetivo central desses atendimentos é oferecer ao cliente
uma melhor funcionalidade, visando sempre sua independência
e autonomia. Sabemos que as limitações existem, mas o trabalho
é feito nas potencialidades desse
paciente, melhorando as capacidades funcionais nas atividades
diárias; treino e uso de adaptações pessoais e órteses (aparelhos confeccionados sob medida
para o posicionamento correto do
membro), ajudando a preservar
as funções e movimentos; e estimular as funções cognitivas como
memória, atenção, linguagem,
raciocínio, orientação no tempo
e no espaço e outras. Buscamos
também promover o resgate e
valorização das reminiscências e
identidade pessoal, como naturalidade, profissão, rede de cuidados, tipo de moradia, constituição familiar, preferências, gostos,
aversões e outros, facilitando a expressão e elaboração de conteúdos que emergem, dando destino
às angustias, provenientes ou não
da doença (conversa, expressão,
fotos, notícias, músicas), orientar
sobre as interferências arquitetônicas: iluminação/ portas/ janelas/
instalações/mobiliárias/degraus-rampas/ banheiro.
Esse artigo foi apresentado no Congresso Interdisciplinar de Assistência
Domiciliar – CIAD – 2009.
Autores:
Dr. Clóvis Eduardo Silva Falcão de Almeida
- Terapeuta ocupacional, gerontólogo com
experiência na área de Terapia Ocupacional Domiciliar, com ênfase em Terapia
Ocupacional Social, Terapia Ocupacional
Neurológica e Acompanhamento Terapêutico em Saúde Mental.
Dr. Kelfson Reginaldo Lins Souto Atualmente é Terapeuta Ocupacional
da Fundação Terra-Mens Sana. Tem experiência na área de Terapia Ocupacional,
com ênfase em Reabilitação Cognitiva
com direcionamento ao adulto e idoso.
Fotos: Divulgação
10
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
C APA
Categorias em festa: Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais
conquistam valores próprios na TUSS
N
o mês em que se comemorou o Dia do Fisioterapeuta e
do Terapeuta Ocupacional (outubro de 2012) as duas classes profissionais ganharam de presente
uma notícia esperada há 20 anos:
o Referencial de Honorários Fisioterapêuticos e o Referencial de
Honorários Terapêuticos Ocupacionais, que utilizam a terminologia baseada na Classificação
Internacional de Funcionalidade, foram parcialmente publicados na Terminologia Unificada
de Saúde Suplementar versão 3
(TUSS). A ação traz uma mudança
fundamental para os envolvidos.
Significa que, a partir de agora, essas duas classes deixam de
ter suas remunerações baseadas
por tabelas médicas e a Agência
Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) passa a reconhecer, classificar, codificar e regulamentar
o trabalho de fisioterapeutas e
de terapeutas ocupacionais com
base em um referencial desenvolvido para atender às necessidades desses profissionais.
O fato de a Fisioterapia e a
Terapia Ocupacional não terem
seus diversos procedimentos contemplados na TUSS possibilitava
uma relação unilateral com as
Operadoras de Saúde (OPS), com
imposição de codificações inadequadas da especialidade médica
ou até mesmo codificações específicas criadas para atender os interesses econômicos das OPS em
A constatação de que
as profissões não estavam
contempladas na TUSS
justificava a prática
utilizada pelas Operadoras
de Saúde remunerarem
estes profissionais
detrimento do adequado exercício das profissões. Com a publicação do referencial da TUSS,
essa prática passará a ser ilegal e
deve ser denunciada à ANS, sob
pena de pesadas multas.
Segundo a presidenta da Comissão de Honorários do Conselho Regional de Fisioterapia e de
Terapia Ocupacional da 1ª Região
(CREFITO-1), Dra. Iaponira Pimentel, a inclusão da reabilitação
na TUSS já havia sido feita, no
entanto a nomenclatura utilizada
era atribuída a outros profissionais. “Isso dava liberdade às Operadoras de Saúde para utilizarem
a nomenclatura que quisessem
e não remunerassem consultas,
por exemplo, e ainda cometessem outros equívocos”, declara
Dra. Iaponira. Para a presidenta,
a situação desencadeava uma sucessão de ações que contribuíam
para profissionais insatisfeitos,
mal remunerados, clínicas sucateadas e ainda o comprometimento da própria imagem das
profissões.
“Diante deste cenário, a Comissão de Honorários do CREFITO-1 se reuniu com representantes da Comissão Nacional de
Honorários do COFFITO e da Federação Nacional das Empresas
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FENAFISIO) para elaborar
estratégias para reverter o quadro”, explica Dra. Iaponira. Ela
ainda esclarece que a constatação
de que as profissões não estavam
contempladas na TUSS justificava
a prática utilizada pelas Operadoras de Saúde remunerarem estes
profissionais com os códigos de
procedimentos médicos, como,
por exemplo, “Assistência Fisiátrica Respiratória”. Ao agir assim,
as Operadoras de Saúde descaracterizavam a identidade da profissão, não remuneravam avaliações e outros procedimentos.
Fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais passam a contar
com mais agilidade nas negociações dos honorários com as
operadoras de saúde, além da
padronização da nomenclatura
dos atendimentos, agora alinhados à terminologia e, sobretudo,
a inclusão de diversos procedimentos executados, antes não-remunerados, como consultas e
atendimento domiciliar.
Os profissionais das duas categorias não receberão mais como
EDIÇÃO 21 - Ano 10
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CAPA
11
Foto: Divulgação
Na foto, da esquerda para a direita: Dra. Marlene Vieira (Presidente da FENAFISIO, Membro da Comissão de Honorários do COFFITO
e Conselheira do CREFITO-8); Dra. Iaponira Pimentel (Vice-presidente da FENAFISIO, Presidente da APPESFITO e Coordenadora da
Comissão de Honorários do CREFITO-1); Dr. Francimar Ferrari (Coordenador da Comissão de Honorários do COFFITO, Membro da
Comissão de Negociação da FENAFISIO e Conselheiro do CREFITO-1); e Dra. Paula Cardoso (Membro da Comissão de Negociação da
FENAFISIO e Membro da Comissão de Honorários do CREFITO 1).
médicos, e não só receberão por
atendimentos, mas também por
procedimentos. O debate acontece desde 1992 e a causa é pleiteada pela Comissão de Honorários do CREFITO-1 em parceria
com a Associação Pernambucana
de Empresas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (APPESFITO) e
com a Federação Nacional de Associações Prestadoras de Serviços
de Fisioterapia (FENAFISIO).
“É importante esclarecer que
o projeto propõe a inclusão de
100% dos procedimentos executados pela Fisioterapia e pela Terapia Ocupacional em ambulatórios,
hospitais e home care. Na primeira
fase foram inclusos os atendimentos e avaliações nestas esferas”,
detalha a presidente da Comissão
de Honorários do CREFITO-1.
É muito importante, portanto, que todos os profissionais da
Fisioterapia e da Terapia Ocupacional saibam que, após essas
movimentações, os seus procedimentos terão uma codificação
própria.
TUSS – A Terminologia foi instituída por meio de uma Instrução
Normativa da ANS em 2009 com
objetivo de padronizar uma terminologia clínica única que viabilizasse a operacionalização do
O reconhecimento de
um Referencial próprio
para Fisioterapia e para a
Terapia Ocupacional vem
equilibrar o sistema e
proteger as classes contra
possíveis desvantagens
profissionais
sistema de Troca de Informação
na Saúde Suplementar (TISS),
estabelecendo, dessa forma, um
padrão nacional de comunicação
entre os prestadores de serviço
na saúde suplementar, entre as
operadoras de saúde e os seus
beneficiários.
Portanto, a TUSS surgiu para
corrigir a existência de múltiplas
tabelas de codificação e descrição
dos diversos procedimentos no
mercado de saúde suplementar
e que inviabilizavam a implementação de um eficiente sistema de
trocas de informações entre as
partes envolvidas neste mercado,
assim como o papel regulatório e
fiscalizatório da ANS.
Entretanto, a TUSS, elaborada pelo Comitê de Padronização
das Informações de Saúde Suplementar (COPISS) da ANS, foi
constituída com base em uma
nomenclatura de procedimentos
médicos no padrão da Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM)
da Associação Médica Brasileira.
O reconhecimento de um Referencial próprio para Fisioterapia
e para a Terapia Ocupacional vem
equilibrar o sistema e proteger as
duas classes contra possíveis desvantagens. Cabe agora aos Conselhos continuar fiscalizando os
órgãos para que esse direito seja
plenamento exercido e estendido
a todos os profissionais.
12
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
E N T R E V I S TA
Fisioterapeuta pernambucana prova, na Justiça, que exames de
espirometria também são da competência da Fisioterapia
A Dra. Aline Suane foi acusada
de praticar ilegalmente a Medicina por fazer exames de espirometria. Foi à Justiça e provou que
essa também é uma atividade da
Fisioterapia.
Foto: MID Comunicação
Por favor, faça uma breve
apresentação de sua carreira
(formação, instituições, especialidades, atividade)
Conclui o curso de graduação
em 2009.2 na ASCES (Associação
Caruaruense de Ensino Superior).
Em 2010 iniciei a especialização
em Fisioterapia Manipulativa pelo
IDE Cursos/Faculdade Redentor
no Recife. Além de fazer os cursos
de formação em Pilates pela METACORPUS, o de Prova de Função
Pulmonar – Espirometria pela INSPIRAR em Florianópolis, e o curso
de formação em Ergonomia pela
IBRAFIT, em São Paulo.
Em 2011, fiz o curso de formação em Perícia Judicial para Fisioterapeutas pela Qualifica Treinamentos. No ano de 2012 ingressei
no quadro de Peritos da Justiça do
Trabalho de Caruaru.
Atualmente, minhas atividades
profissionais estão voltadas para
a Saúde do Trabalhador, com a
realização de exames de Espirometria Ocupacional, Análise Ergonômica do Trabalho e Perícia
Judicial Trabalhista.
Explique a questão que aconteceu envolvendo a Justiça em
sua atividade no exame de Espirometria.
Em maio de 2012 recebi em
meu consultório uma intimação
judicial para comparecer a uma
audiência que ocorreria em setembro do mesmo ano. Fui orientada pelo meu advogado, o Dr.
Thiago de Lima e França, a me dirigir até o Juizado Especial Criminal de Caruaru para ver o Processo e tomar conhecimento do que
se tratava tal intimação. Quando
cheguei ao juizado, fiquei muito
surpresa e até chocada em saber que a denúncia me acusava
de estar exercendo ilegalmente a
profissão de médico.
O processo havia sido gerado a
partir de uma denúncia feita por
uma médica pneumologista de
Caruaru ao CREMEPE (Conselho
Regional de Medicina de Pernambuco). Tal médica informou em
sua denúncia que havia recebido
em seu consultório uma paciente
que lhe entregou um exame de
Espirometria feito por mim, e argumentou que tal exame só poderia ser feito por médicos.
Entrei em contato com o CREFITO-1, e o advogado de nosso Conselho, Dr. Carlos Alberto Lopes, e
o presidente, o Dr. Silano Barros,
Dra. Aline Suane
prontificaram-se de imediato em
nos ajudar a colher dados para o
embasamento legal da defesa.
Meu advogado antecipou-se e
prontamente confeccionou a defesa, indo de imediato falar com a
promotora. O resultado foi um parecer inicial favorável a mim.
Em seu parecer, a promotora
informou que toda a celeuma se
deu porque o Conselho de Medicina não quis interpretar a Resolução COFFITO nº 80/87, sugerindo
que os profissionais médicos se
atualizassem em relação à competência dos fisioterapeutas, pois a
Fisioterapia é uma área que tem
evoluído cada vez mais. Afirmou
ainda que o exame de Espirometria não é ato provativo de médico
e que isto está bem claro na Resolução COFFITO nº 400/2011, que
autoriza os fisioterapeutas a realizar tal exame.
O Juiz, ao ver a defesa feita
pelo meu advogado e o teor do
parecer da promotora, inocentou-me antecipadamente e arquivou o processo antes mesmo de
ocorrer a audiência.
A experiência de responder um
processo criminal não é fácil, fiquei
emocionalmente abalada. Aproveito esta oportunidade para deixar meu agradecimento ao meu
advogado, Dr. Thiago de Lima e
França, por toda força e orientação dada, mantendo-me sempre
calma e confiante de minha vitória a todo tempo. Também quero
agradecer ao advogado do CREFITO-1, Dr. Carlos Alberto Lopes,
e ao presidente, Dr. Silano Barros,
por todo apoio e ajuda.
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
ENTREV I STA
Diante desses acontecimentos, qual a sua percepção dos
fatos e como interpretar a influência deste caso para todos
os outros profissionais da área?
Diante destes fatos percebi
que, infelizmente, alguns profissionais da classe médica não
aceitam as inúmeras atualizações
que acontecem não só na nossa
profissão, mas também nas demais profissões da área da Saúde,
o que demonstra ser uma afronta
ou até mesmo desrespeito à classe dos profissionais desta área, e
que são tão competentes quanto
os médicos.
Não merecemos nenhum tipo
de discriminação ou limitação
quanto às nossas atividades, quando estas estão previstas pelo nosso
órgão de classe. Principalmente
porque o exame de Espirometria
está dentro dos limites e poderes
dados pelo nosso Conselho, conforme a Resolução do Conselho
Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional (COFFITO), Resolução
nº 400, de 03 de Agosto de 2011,
previsto no seu art 3º.
Espero que este caso tenha uma
grande repercussão na nossa profissão. Inúmeros colegas talvez
nem saibam que o fisioterapeuta é
apto para realizar este exame denominado espirometria ou acham
que necessitam da supervisão e
assinatura de médicos, quando
somos totalmente autônomos.
“Infelizmente, alguns
profissionais da classe
médica não aceitam as
inúmeras atualizações que
acontecem não só na nossa
profissão, mas também nas
demais profissões da
área da saúde”
Acredito que essa decisão da
Justiça servirá para um posicionamento mais forte de respeito e
abrirá inúmeras portas para que
outros profissionais ingressem
também nesta área tão pouco
abrangida.
Na sua opinião, quais são as
principais dificuldades que os
fisioterapeutas enfrentam em
relação a outros profissionais
de saúde - sobretudo os da classe médica?
Até responder a esta ação criminal, não via dificuldade em relação
aos outros profissionais de Saúde.
Acho que existe campo para todos, mas não posso mais pensar
que não existe dificuldade. Percebi
que alguns médicos não aceitam
as nossas evoluções, ou tentam
não entender nossas Resoluções.
A principal dificuldade é a falta de atualização de alguns médicos quanto as atividades que
outras profissões podem realizar
também, não sendo atividade
exclusiva deles. Eles até mesmo
podem ser conhecedores da autonomia dos demais profissionais
em algumas atividades, mas não
acreditam na competência dos
mesmos, ocorrendo, assim, a discriminação de alguns dos médicos em relação às demais profissões da área da Saúde.
JURÍDIC O
Relação de Processos Éticos julgados em 2012
A
o longo de 2012, as Comissões de Ética do CREFITO-1
julgaram vários processos envolvendo a conduta de profissionais
de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional nos quatro estados da circunscrição (Pernambuco, Paraíba,
Alagoas e Rio Grande do Norte).
Confira, ao lado, a relação
dos processos éticos julgados em
2012.
CEDF 001/ 2011 - PE
CEDF 002/ 2011 - PE
CEDF 0013/ 2011 - PE
CEDF 013/ 2011 – PB
CEDF 004/ 2011 - PE
CEDF 012/ 2011 – PB
CEDF 005/ 2011 – RN
CEDF 007/ 2011 – RN
CEDF 008/ 2011 – RN
13
CEDF 011/ 2011 – AL
CEDF 002/ 2012 – RN
CEDF 004/ 2012 - RN
CEDF 007/ 2011 – RN
CEDF 010/ 2011 – RN
CEDF 015/ 2011– AL
CEDF 017/ 2011 – AL
CEDF 011/ 2011 – AL
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E N T R E V I S TA
Foto: MID Comunicação
O uso de jogos na Terapia Ocupacional
Dra. Alaine Benetti
A professora e terapeuta ocupacional Alaine Benetti, uma das
pioneiras no uso de videogame
como ferramenta terapêutica nas
áreas físicas e neurológicas.
Por favor, faça uma breve
apresentação de sua carreira
(formação, instituições, especialidades, atividades).
Sou Alaine Aparecida Benetti
De Grande, formada em 1984
na Faculdade Salesianos, de Lins,
São Paulo. Atuo como terapeuta
ocupacional sempre na área física
(neurologia e ortopedia, oncologia e saúde do trabalhador).
Sou especialista em Terapia da
Mão pela USP/SP em 1996; Mestre em Reabilitação Física pela
UNIFESP/SP (2002); e consultora
em Ergonomia desde 2000.
Na docência, comecei como
professora em Lins, em 1999, e
em 2003 iniciei como professora,
supervisora de estágios, pesquisadora e coordenadora de projetos de extensão na Universidade
Potiguar (UnP). Em 2010, assumi
a coordenação do curso de Terapia Ocupacional, além de coordenar dois cursos de pós graduação
Lato Sensu na mesma Universidade (Reabilitação nas disfunções
físicas e Gerontologia).
Atendo em clínicas de reabilitação particulares desde 1984.
Como surgiu seu interesse
em estudar as aplicações do
Videogame Nintendo WII em
tratamentos terapêuticos?
Na verdade, o uso do videogame foi proposto por dois alunos
do curso de Terapia Ocupacional
aqui da Universidade Potiguar,
Luis Carlos Gondim e Fabio Ricardo Galvão, que me propuseram estudar o uso do videogame
“WII” como trabalho de conclusão de curso deles.
Começaram os estudos referenciados e as práticas simuladas
entre os alunos no Estágio Supervisionado na Clínica Escola, na
área de ortopedia, traumatologia, reumatologia e saúde do trabalhador (reabilitação/acidentes
de trabalho).
A partir dessas vivências começamos a escolher os melhores
jogos, os melhores dispositivos e
escolher os pacientes para a utilização deste tipo de recurso.
Hoje, utilizamos o videogame,
ou a reabilitação virtual, como
também é chamada, nas áreas
fisica e neurológica. Temos uma
professora que utiliza princípios
da Integração Sensorial e o videogame (WII e Kinect) ao mesmo
tempo e também está obtendo
ótimos resultados nessa área.
Outro trabalho de conclusão
de curso aqui da Universidade Potiguar visou o ganho de atenção
e concentração em um paciente
paralímpico do atletismo. Os resultados foram sensacionais.
Como é o tratamento?
Na verdade, a escolha dos jogos, do videogame e dos dispositivos a serem utilizados dependerá da avaliação criteriosa feita
pelo terapeuta ocupacional. Somente depois, com os objetivos
de intervenção traçados, é que se
escolhe os recursos terapêuticos
ocupacionais. E entre eles poderá
estar o videogame ou não.
Caso o paciente aceite este
recurso, os dispositivos, os objetivos traçados do tratamento, o
número previsto de atendimentos e o tempo de duração de
cada um deverão ser explicados
ao paciente para que ele tenha
total adesão ao tratamento e valorize esses encontros. É preciso
que fique bem claro que, apesar
do viodeogamente, aquilo não se
trata de uma brincadeira.
Só acredito em tratamento
com a parceria e confiança total
do nosso paciente. Se ele não
estiver informado de cada passo a ser tomado, da escolha dos
jogos, dos dispositivos utilizados
em cada jogo (se for o caso), ele
não valorizará o trabalho do terapeuta ocupacional.
Acredito também na prática
baseada em evidencias, ou seja,
mostrar ao paciente cada ganho
de amplitude, cada resposta positiva às atividades de vida diária.
Os ganhos funcionais ou cognitivos devem ser anotados e com-
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
ENTRE VI STA
parados a cada nova avaliação e
o paciente se torna parte integral,
atuante desse processo.
Profissionais e pacientes
brasileiros estão tendo uma
boa aceitação do tratamento
feito com videogame? Ainda
existe resistência?
Infelizmente sim, inclusive por
colegas que ainda não tiveram
oportunidades de estudar ou vivenciar os benefícios desse recurso. Os estudos têm aumentado,
a oferta de cursos também. Eu
recebo, inclusive, indicações de
neurologistas e oncologistas para
o uso do videogame.
Gostaria de abrir um parenteses aqui: o uso de tablets e telefones celulares também está
neste contexto, principalmente
para os pacientes da Neurologia,
pacientes cadeirantes e em leitos
hospitalares e domiciliares, pois
seu uso, visando a estimulação
cognitiva e cuidados paliativos,
também está sendo estudado e
as primeiras evidências demonstram excelentes resultados.
Quem pode se submeter a
esse tipo de tratamento?
Pacientes de todas as idades,
com as afecções mais diversas.
Tudo dependerá da avaliação terapêutica, análise e objetivos do
tratamento.
Esse recurso é proposto ao paciente, que normalmente o aceita
15
sem resistência.
Eu tenho experiencia na área
de estimulação cognitiva, cuidados paliativos (oncologia) e reabilitação física que engloba neurologia e ortopedia. Mas temos
profissionais atuando nas mais
diversas áreas e com clientelas diferentes a cada dia. Infelizmente,
a publicação por terapeutas ocupacionais ainda é pouca.
Já é possível avaliar os resultados? Se sim, quais os principais diferenciais que esta ferramenta pode trazer para a
terapia tradicional?
Por exemplo: jogos de estimulação cognitiva, como memória,
atenção, concentração, podem
ser facilmente encontrados em
qualquer computador, nos celulares e em tablets. Não precisa ter
todo o aparato dos videogames
de última geração. Ao mesmo
tempo que estes recursos de estimulação cognitiva auxiliam e
promovem mais um recurso para
o terapeuta ocupacional. Infelizmente, temos profissionais não
habilitados utilizando essas ferramentas sem o estudo necessário.
O terapeuta ocupacional precisa urgentemente aprender a
trabalhar com bases científicas.
A grande maioria faz excelentes trabalhos em seus consultórios, clínicas e atendimentos
domiciliares. Possuem verdadeiros tesouros em seus arquivos e
prontuários, mas não publicam.
Só publicando nossos resultados
teremos a valorização profissional
que tanto merecemos.
Atuamos nas áreas do fazer
humano. Existe algo mais importante? Já que promovemos o “fazer”, o “estar” e o “ser”? Penso
que não.
O CREFITO-1 realiza, no dia 06
de abril, no Centro de Convenções
de Pernambuco, o Encontro
de Terapeutas Ocupacionais do
Sistema Único de Assistência
Social (SUAS). O evento terá mesas
redondas e formação de grupos
de trabalho. Os interessados
podem fazer suas inscrições no
site do Conselho.
O
CREFITO-1
iniciou
o
ano de 2013 com um novo
site. Desenvolvido pela MID
Comunicação, a página possui
muito
mais
interatividade,
prestação
de
serviços
e
informações de interesse dos
profissionais ligados ao Conselho.
O endereço é o mesmo: www.
crefito1.org.br.
Só acredito em tratamento
com a parceria e confiança
total do nosso paciente. Se
ele não estiver informado de
cada passo a ser tomado, ele
não valorizará o trabalho do
terapeuta
NOTAS
Nos dias 19 e 20 de abril, o
CREFITO-1 vai promover o IV
Encontro de Interiorização em
Pombal, na Paraíba. A grade
de programação, as atividades
e o período de inscrições serão
divulgados em breve, nas redes
sociais (Facebook e Twitter) e no
site do CREFITO-1 (www.crefito1.
org.br).
16
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
AS S OB R AF I R
Pernambuco assume postos na diretoria da Associação Brasileira de
Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva
Foto: Divulgação/Assobrafir
N
o dia 15 de dezembro do ano
passado aconteceu a posse
da nova diretoria da Assobrafir –
Associação Brasileira de Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em
Terapia Intensiva. A cerimônia foi
realizada no Hotel Tryp Iguatemi, em
São Paulo, cidade sede da entidade.
A chapa “Evolução” foi eleita para
o triênio 2013-2016. A presidência
agora está com a fisioterapeuta
mineira Dra. Jocimar Martins, mas
Pernambuco tem dois importantes
representantes na Associação.
O Dr. Francimar Ferrari, conselheiro
efetivo do CREFITO-1, tomou posse
como conselheiro suplente. Já o Dr.
Flávio Maciel é membro da Comissão
de Ética e Deontologia do CREFITO-1
e assumiu a diretoria científica da
entidade. Ele é o primeiro nordestino
à frente do posto.
Os pernambucanos Francimar Ferrari (à esquerda) e Flávio Maciel com a
nova presidente da Assobrafir, Jocimar Martins
COMISSÃO DE H O NO RÁR I OS
S
eja qual for a ocupação ou
segmento, o profissional deseja ser bem remunerado pelo serviço prestado. No CREFITO-1, a missão de negociar os valores a serem
recebidos pelos fisioterapeutas e
pelos terapeutas ocupacionais é
da Comissão de Honorários. Coordenado pela Dra. Iaponira Pimentel, esse grupo ainda tem por
finalidade realizar reuniões de negociações financeiras com as operadoras de saúde, encontros com
a Defensoria Pública Estadual a
fim de garantir a prestação de um
serviço de Fisioterapia e de Terapia
Ocupacional de qualidade para a
população, entre outros.
“Essa valorização financeira faz
parte de uma estratégia para restaurar a dignidade profissional no
que diz respeito aos honorários
das duas categorias, que há muito
tempo encontram-se defasados,
comprometendo não só a imagem
como também o potencial de crescimento das profissões”, explica a
coordenadora da Comissão.
Segundo a Dra. Iaponira, uma
das grandes vitórias da Comissão de Honorários foi a inclusão
da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional com uma nomenclatura
própria na Agência Nacional de
Saúde – ANS – integrando, assim,
a Terminologia Única da Saúde
Suplementar (TUSS).
“Nossa Comissão de Honorá-
rios foi à central da ANS no Rio de
Janeiro de posse de várias denúncias de descumprimento de regras
impostas pela própria Agência por
parte das Operadoras de Saúde.
Nosso objetivo era reivindicar a
inclusão das duas profissões com
uma nomenclatura própria dentro
da ANS, pois, sem nossa própria
codificação, estaríamos sem identidade na TUSS”.
O resultado dessa batalha? “Tivemos nossos pleitos atendidos
pela diretoria da Agência Nacional
de Saúde, que passou a nos reconhecer como Fisioterapeutas e
como Terapeutas Ocupacionais”,
comemora a coordenadora da
Comissão de Honorários.
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
DE LEGACIA
17
CREFITO-1 faz história e inaugura nova Delegacia em Caruaru (PE)
U
ma noite histórica, não só para
a Fisioterapia e para a Terapia
Ocupacional de Pernambuco, mas
do Brasil. Em todos os discursos
que marcaram a inauguração da
nova Delegacia do CREFITO-1 em
Caruaru, esse foi um ponto recorrente, mas necessário para se mostrar o pioneirismo e a inovação da
iniciativa do Conselho.
Em seu discurso, o presidente
do CREFITO-1, Dr. Silano Barros,
explicou que a escolha da Capital
do Agreste foi natural, pois Caruaru possui infraestrutura adequada
para as futuras demandas da nova
delegacia, além de estar em uma
posição geográfica privilegiada.
Serão beneficados profissionais
de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional de municípios como Garanhuns, Bezerros, Passira, Santa
Cruz do Capibaribe, Toritama, en-
tre outras cidades localizadas nos
arredores.
“Cerca de 500 profissionais de
Fisioterapia e de Terapia Ocupacional que atuam em Caruaru e em
cidades próximas poderão contar
com os serviços da nova delegacia.
E a população beneficiada chega a
um milhão de pessoas”, declarou o
presidente do CREFITO-1.
À festa de inauguração participaram Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de Caruaru
e cidades cincunvizinhas, além de
autoridades, educadores e pessoas ligadas às duas categorias profissionais.
A nova delegacia está localizada na Avenida Agamenon Magalhães, 1143, sala 301, Maurício de
Nassau. Os contato são 3045.3631
e 9183.3470. O e-mail é [email protected].
SERVIÇOS OFERECIDOS
PELA NOVA DELEGACIA
• Registro de empresas e
consultórios;
• Entrega de documentos
como diplomas, requerimentos e certificados;
• Impressão de boletos para
pagamentos;
• Inscrição provisória e definitiva dos profissionais no
Conselho.
Antes da delegacia de
Caruaru, esses serviços só
eram oferecidos na sede do
CREFITO-1, no Recife.
Fotos: MID Comunicação
Foto: MID Comunicação
18
EDIÇÃO 21 - Ano 10
JAN/FEV/MAR - 2013
A
migos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, olá.
No dia 24 de fevereiro de 2010,
foi publicado no Diário Oficial da
União a Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) da ANVISA n° 7
(RDC-7), a qual estabelece os requisitos mínimos para funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) no Brasil.
Essa resolução aplica-se a todas
as UTIs do país e envolve aspectos
relacionados à infraestrutura e aos
recursos humanos. Estão incluídos
nesse escopo diversas profissões
da área de Saúde, estabelecendo
exigências pertinentes ao número
de profissionais, carga horária diária e qualificação profissional.
As exigências foram pleiteadas
pelos órgãos de classe e pelas entidades associativas, que se tratando da Fisioterapia e da Terapia
Ocupacional, são o COFFITO e a
ASSOBRAFIR. A ANVISA concedeu
o prazo de três anos, a contar da
data de publicação, para a adequação das UTIs existentes antes dessa
publicação. No caso das Unidades
inauguradas após a referida data,
essas tinham a obrigatoriedade de
iniciar seu funcionamento cumprindo, na íntegra, a Resolução.
E o que determina a RDC-7
para a Fisioterapia e para a Terapia
Ocupacional?
PAL AV R A D O P R E S I D E N T E
Para a Fisioterapia:
• No mínimo 01 (um) para cada
10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação;
• Deve ser formalmente designado um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim
como seu respectivo substituto;
• Os coordenadores de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência
ao paciente grave, específica para
a modalidade de atuação (adulto,
pediátrica ou neonatal);
• É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação
em, no máximo, 02 (duas) UTIs.
Para a Terapia Ocupacional:
• Devem ser garantidos, por
meios próprios ou terceirizados, a
assistência deTerapia Ocupacional
à beira do leito para UTI Adulto e
Pediátrica.
No dia 24 de fevereiro de 2013,
encerrou-se o prazo concedido
pela ANVISA para a adequação, e
o resultado não é muito diferente
do que se poderia esperar a julgar
pelo histórico recente: um percentual muito pequeno das UTIs brasileiras atende às exigências estabelecidas pela RDC-7.
Nos hospitais públicos, a irresponsabilidade dos gestores, assim
como a falta de compromisso com
o cumprimento da legislação brasileira, é o motivo da não adequação
à RDC-7, enquanto que, nas instituições privadas, além dos motivos
acima descritos, acrescenta-se ainda a visão mercantilista dos empresários. Em ambos os casos, a saúde
da população brasileira é colocada
em níveis inaceitáveis de risco.
Recentemente, em uma UTI do
Paraná, alguns gestores foram indiciados acusados de acelerar o
processo de morte de pacientes.
Pergunto: quantos gestores no
Brasil deveriam ser indiciados pelo
mesmo crime, uma vez que o entendimento legal é de que a RDC-7
visa garantir assistência de qualidade aos pacientes críticos ou potencialmente críticos? Seu descumprimento associado ao aumento
iminente do risco clínico contribui
para o aumento da morbimortalidade motivado por omissão e irresponsabilidade daqueles que deveriam priorizar a vida e a saúde.
Os nossos profissionais perguntam: “A quem cabe a responsabilidade de fiscalização, quanto
ao cumprimento dessa resolução
da ANVISA?” Infelizmente, meus
amigos, não cabe legalmente aos
conselhos profissionais e entidades associativas, mas sim à própria
ANVISA, que não possui fiscais suficientes para atender à demanda.
E o que faremos?
Durante as fiscalizações não poderemos lavrar o auto de infração,
pois por se tratar de uma atribuição
da ANVISA, já houve decisão judicial desfavorável a um Conselho
Profissional no Norte do país que
autuou a unidade hospitalar. No
entanto, durante as fiscalizações,
registraremos no Termo de Visita o
descumprimento da RDC-7 e notificaremos o Ministério Público, esperando que o mesmo possa agir
em defesa da nossa sociedade.
É importante ressaltar que todo
cidadão pode agir como fiscal da
lei. Exerçam sua cidadania. Denunciem!
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Curso é organizado nos termos da Resolução
N º 1, de 08 de junho de 2007, do CES / CNE / MEC
Coordenação:
CORPO DOCENTE
Dra.Julianny Vieira, PE
Dra. Patrícia Froes, RN
Msc. Claudia Carpes, RS
Dra. Anke Bergman, RJ
Msc. Andrezza Lemos, PE
Esp.Tanise Kreibech, RS
Esp. Tamyris Farias, PE
Esp. Sandra Fluhr, PE
Msc. Claudia Fonseca, PE
Esp. Clarissa Leal, PE
Dra. Patrícia Lordelo, BA
Esp. Albert Silva, PE
COORDENAÇÃO ACADÊMICA:
Esp. Clarissa Leal, FISIOTERAPEUTA
é Pós-Graduada em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia. Especialista pela
ABRAFIDEF Atualmente é Fisioterapeuta do ambulatório de Fisioterapia Dermato
Funcionaldo IMIP, coordenadora de tutores do Curso de Graduação em Fisioterapia da
Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). É sócia fundadora da Santevie - Centro de saúde
e Bem-Estar.
Esp. Sandra Fluhr, FISIOTERAPEUTA
é Pós-Graduada em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia. Especialista pela
ABRAFIDEF. É sócia fundadora do Espaço Sandra Fluhr.
INFORMAÇÕES:
INÍCIO: Abril de 2013 | TURMA: Recife
INVESTIMENTO: Matrícula - R$ 150,00 + 17 x de R$ 400,00
MAIORES INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: [email protected]
Rua Senador José Henrique, n. 224, salas 1501/1503, Ilha do Leite, Recife, PE.
CEP: 50070-460. Empresarial Alfred Nobel - Espaço Sandra Fluhr.
Tel: 81-30493634 / 9683-8384
@exitus01
Apoio:
E
S
P
A
Ç
O
SANDRA FLUHR
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