1 12/03/2013 17:24:51 Fisioterapia Pós-Graduação Lato Sensu Recife e João Pessoa 1º SEMESTRE 2013 Anuncio_Revista_Recife_João_Pessoal_Fisioterapia_1Sem2013_205x275_p01.pdf Cursos Presenciais Fisioterapia Dermatofuncional Fisioterapia Traumato - Ortopédica Cursos a Distância Aprendizagem, Desenvolvimento e Controle Motor Docência e Gestão na Educação a Distância Exercício Físico Como Terapia Para Demências e Doenças Psiquiatricas ESCOLHA COM CERTEZA Fisioterapia em Gerontologia Fisioterapia Integrada à Saúde da Mulher Consulte em nosso site cursos, datas e modalidades disponíveis em sua cidade [email protected] 4062-0642 (ligação local) . Todos os estados 0300 10 10 10 1 . Outros Estados 0800 772 0149 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 Í NDIC E Editorial 04 Agenda 04 Entretrenimento 05 Técnica 06 Homenagem 07 Artigos 08 Capa 10 Entrevistas 12 Notas 15 Assobrafir 16 Comissão 16 Delegacia 17 Palavra do Presidente 18 03 Finalmente, categorias na TUSS Página 10 Nova delegacia em Caruaru Página 17 A Revista CREFITO-1 é uma publicação trimestral do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região, na circunscrição dos Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte | Sede: Rua Henrique Dias, 303, Boa Vista, Recife - PE - CEP 50 070 140 | Contato: (81) 3081.5000 | Fax: (81) 3081.5030 | e-mail: [email protected] . Diretoria: Presidente: Dr. Silano Barros; Vice-presidente: Dra. Leiliane Helena Gomes; Diretora Tesoureira: Dra.Teresa Pedroza; Diretora Secretária: Dra. Catarina Soares. Conselheiros efetivos: Dra. Eliete Colaço, Dr. Francimar Ferrari, Dra. Francisca Rego, Dra. Rosilda Argolo, Dra. Talita Camelo. Conselheiros Suplentes: Dra. Bernadete Pitta, Dra. Cínthia Vasconcelos, Dr. Dimitri Taurino, Dr. Geraldo Magela, Dra. Iara Lucena, Dra. Kátia Silva, Dra. Maria José Ribeiro Tavares, Dra. Valderlene Santos. DEFIS: Dra. Francisca Rego, Dra. Kátia Leandra, Dra. Maria José Ribeiro Tavares. Assessoria Jurídica: Dr. Carlos Alberto dos Santos e Dra. Nadja Pimentel. Assessoria Contábil: Aderson Teixeira de Carvalho. Conselho Editorial: Alysson Braga, Dr. Silano Barros. Revisor: Dr. Flávio Maciel. Produção Editorial: MID COMUNICAÇÃO - www.midcomunicacao.com.br (81) 3423.0575. Tiragem: 12 mil exemplares. Impressão: Gráfica Centauro. Jornalista responsável: Isabel Ribeiro (DRT-PE 3046). Edição: Hálamo Cavalcante (DRT-PE 3196). Textos: Mirella Izídio. Projeto gráfico e diagramação: Cláudia Bôaviagem. Para anunciar, ligue: (81) 3423.0575 04 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 E D I TOR I AL Uma edição para ler e guardar com bastante carinho Quem tem mais tempo de “estrada” na Fisioterapia e na Terapia Ocupacional sabe o quanto a notícia que estampa esta edição da Revista do CREFITO-1 era aguardada. A conquista de valores próprios na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS) era uma luta antiga, de idas e vindas pelos corredores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de reuniões constantes com outros Conselhos profissionais da área da saúde sobre como poderíamos, juntos, tirar as reivindicações do papel e torná-las reais para milhões de cidadãos que têm a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional como profissiões e que não estavam sendo contemplados de forma justa nem pelos órgãos fiscalizadores e muito menos pelas operadoras de planos de saúde. Mas a conquista veio, e agora ela é reportagem de capa desta edição da nossa revista. Vamos comemorar, assim como foram comemorados os 50 anos de criação dos cursos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da UFPE. Não poderíamos deixar de homenagear todos que fizeram destes os primeiros cursos do Norte/Nordeste em uma instituição pública de ensino superior. Também trazemos curiosidades, como uma técnica pouco conhecida - a Fisioterapia Transcraniana - e o uso da acupuntura no tratamento da doença de Parkinson, tratamento que vem conseguindo bons resultados. Quer uma dica de livro? Nós apresentamos uma bem interessante. Seu negócio é viajar? Pois Bonito está logo aqui do lado. Conheça mais um pouco das suas belezas. Boa leitura. CREFITO-1 AGENDA DE EVENTOS II Congresso de fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva do Vale do São Francisco (cofirvale) e I Congresso do Sertão de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva (COSEFIR) Local: Petrolina - Pernambuco | Informações: www.facebook.com/assobrafir. | 31 de maio e 1º de junho de 2013 XVI CONGRESSO INTERNACIONAL DA FEDERAÇÃO MUNDIAL DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS Tema: Tradições partilhadas, criação de futuros. Local: Yokohama - Japão Informações: www.wfot.org/wfot2014. | 18 a 21 de junho de 2014 XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE TERAPIA OCUPACIONAL Tema: Terapia Ocupacional e políticas públicas: diretrizes, compromissos e ações. Local: Florianópolis - Santa Catarina | Informações: http://cbto2013.com.br. | 13 a 16 de outubro de 2013 XX CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA Tema: Da Ciência da Funcionalidade aos Novos Desafios Profissionais. Local: Fortaleza - Ceará | Informações: www.afb.org.br. | 16 a 18 de outubro de 2013 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 ENTRETE NI M E NTO 05 Dica de livro: Empreendedores Esquecidos processos organizacionais como contas a receber, contas a pagar, prospecção de clientes e outras atividades ligadas à gestão de um negócio. Temas como administração do tempo, realização de mudanças, a busca por valor e até a dúvida sobre a vocação ou negócio são abordados no livro. Escrito de forma simples e clara, o livro é ilustrado com exemplos e com explicações etapa por etapa. A obra é recomendada tanto para profissionais que estão empreendendo e mesmo para aqueles que não são empreendedores. Reprodução E mpreendedores Esquecidos é um livro para profissionais prestadores de serviços como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados, arquitetos e outros profissionais que passaram anos se aprimorando tecnicamente, mas que não se prepararam para o dia a dia de um negócio. Muitas das publicações existentes no mercado contemplam segmentos ou áreas estruturadas, como organizações com processos definidos e com departamentalização, mas Empreendedores Esquecidos traz uma abordagem para o profissional que está na linha de frente, excuta o serviço principal e ainda realiza todas as etapas dos Dica de viagem: Bonito (PE) Para aqueles que gostam de relaxar, apreciar a natureza e paisagem, o Mirante da Serra do Araticum e a Reserva Ecológica Mata do Mucuri são algumas opções obrigatórias no roteiro. Bonito possui opções variadas de hospedagens como pousadas, hotéis-fazenda e áreas de camping. Pedra do Rodeador Fotos: Divulgação D istante cerca de 100 quilômetros do Recife, Agreste adentro, encontra-se uma das Sete Maravilhas de Pernambuco: as cachoeiras de Bonito. Não é à toa que o lugar tem esse nome. A beleza natural de suas quedas d’água e riachos faz jus ao batismo e já tornou o local nacionalmente famoso. Dentre os pontos mais lembrados por turistas que procuram a região estão as cachoeiras do Mágico, Barra Azul, Pedra Redonda, Poço Dantas e, uma das mais famosas, a Véu de Noiva. O visitante ainda é convidado a entrar na mata por trilhas, mergulhar em lagos, piscinas naturais e até descer corredeiras e praticar rapel. Bonito reserva belas paisagens 06 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 T É C N I CA Estimulação transcraniana: uma nova ferramenta para a Fisioterapia E nadora do LANA, professora Kátia do Monte Silva, o método vem ganhando destaque nas últimas décadas por sua potencial capacidade em aumentar os efeitos das terapias tradicionais. “Aumentar ou diminuir a atividade cortical antes da aplicação das técnicas da Fisioterapia ou da Terapia Ocupacional pode resultar em melhoras no quadro clínico em diversas patologias neurológicas ou músculo m setembro de 2009, um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Apenas quatro meses depois, um segundo AVC. Até pouco tempo atrás era comum sentir queimores fortes no lado afetado do corpo, tão fortes que chegavam a doer e impossibilitavam o movimento. Hoje, aos 50 anos, o sargento do Corpo de Bombeiros Ricardo José Gomes da Silva garante estar bem melhor: as dores não existem mais, os queimores estão mais brandos e sua sensibilidade e movimentação evoluíram. “Agora estou conseguindo até usar sandália de dedo. Antes ela caía do meu pé”, afirma. O quadro do militar começou a mudar depois que ele se submeteu a sessões de estimulação transcraniana. O tratamento, realizado no Laboratório de Neurociência Aplicada (LANA) do Departamento de Fisioterapia da UFPE, consiste em técnicas de neuromodulação com capacidade de modificar a atividade cerebral de modo indolor, local e não invasivo. Segundo a coorde- “Agora estou conseguindo até usar sandália de dedo. Antes ela caía do meu pé” Foto: Divulgação A Estimulação Transcraniana esqueléticas em vários níveis de complexidade”, comenta. Isso explica cientificamente o alívio sentido pelo sargento Ricardo: no 14º atendimento a dor sanou, o queimor diminuiu significativamente, a dosagem do remédio para dor foi reduzida e foi retirada a medicação ansiolítica. Apesar de vislumbrar que a tendência seja cada vez mais a utilização do método, Dra. Kátia do Monte avalia que a difusão ainda acontece num ritmo lento. “Infelizmente, no Brasil, ainda são poucos os grupos que conhecem as estimulações transcranianas e mais escassos são os que as utilizam no contexto da reabilitação motora. Temos conhecimentos de grupos em São Paulo, Paraíba e Bahia”. No LANA utilizam-se as técnicas da neuromodulação em associação a técnicas tradicionais da Fisioterapia no tratamento de disfunções motoras de pacientes com Parkinson e com sequelas motoras resultantes de acidentes vasculares. Dra. Kátia do Monte esclarece que as técnicas de neuromodulação (aestimulação magnética transcraniana - TMS - e a estimulação transcraniana por corrente contínua - TDCS) podem ser usadas no tratamento de patologias cerebrais causadoras de alterações de atividade cortical, como epilepsia, acidente vascular cerebral, distonia, doença de Parkison, transtornos neuropsiquiátricos e síndromes dolorosas, tipo fibromialgia e cefaleia. O uso das estimulações cerebrais é contraindicado para gestantes, portadores de implantes metálicos no crânio e pacientes com lesão dermatológica no escalpo. LUTA - Apesar das promissoras possibilidades demonstradas em várias pesquisas, o uso clínico das técnicas de neuromodulação ainda é limitado devido à falta de definição de protocolos. Há cerca de um ano e meio, a professora Kátia do Monte, juntamente com outros fisioterapeutas e agora com apoio da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (ABRAFIN), vem combatendo as investidas dos profissionais médicos que tentam convencer a população de que a técnica é privativa dos médicos. “Por isso é importante ganharmos força junto à nossa classe e divulgar nossa luta”, defende. EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 HOMEN AG E M 07 UFPE comemora 50 anos do curso de Terapia Ocupacional com homenagem em grande estilo aos seus pioneiros egistros revelam que práticas hoje relacionadas à Terapia Ocupacional são realizadas há muito tempo: desde a Antiguidade com egípcios, gregos e romanos. No entanto, a profissão teria que percorrer um longo caminho até ser reconhecida como tal. No Brasil, isso só viria a acontecer no dia 13 de outubro de 1969 pelo Decreto-lei nº 938, publicado no Diario Oficial de número 197. Antes mesmo desse acontecimento, Pernambuco já oferecia aulas aos interessados na formação R como terapeuta ocupacional. Em 1962 foi criado o Curso Técnico de Terapia Ocupacional no Instituto Universitário de Reabilitação (IUR), como extensão da cátedra de Clínica Cirúrgica e Ortopédica da Faculdade de Medicina da Universidade do Recife. Neste mesmo ano foi inaugurado o Centro de Reabilitação do Recife, e em 1964 já contavam-se com profissionais formados em Pernambuco. Cinco anos depois, a formação superior em Terapia Ocupacional foi reconhecida e oferecida na composição do Curso de Reabilitação. A UFPE foi a primeira Instituição Federal de Ensino Superior a oferecer os cursos nas regiões Norte e Nordeste. Em 1981, a instituição abriu, de forma inédita, as inscrições do vestibular para o curso de Terapia Ocupacional em nível superior em Pernambuco. No dia 11 de dezembro, uma solenidade marcou os 50 anos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco. Confira depoimentos de pessoas que fazem parte dessa história: Comemorar este tempo de criação é motivo de satisfação e de gratidão por todas as conquistas na trajetória do Curso, da profissão e dos terapeutas ocupacionais de Pernambuco. O fruto do trabalho empreendido no Curso é significativo para todas as pessoas formadas nessa instituição e para quem compõe hoje os seus quadros como professor, estudante e funcionário. Reconhecemos, ao longo desses anos, o crescimento do Curso e áreas de atuação e a qualidade na formação técnica, ética, política e humana de terapeutas ocupacionais e cidadãos, comprometidos com a promoção e prevenção em saúde e com a reabilitação e inserção social das pessoas que cuidamos. Há 50 anos éramos poucos, estávamos engatinhando na formulação da encantada Terapia Ocupacional em um curso só nosso, curso esse que para segui-lo era preciso um pouco de ousadia e um quê de atrevimento. Cinquenta anos é muito pouco, mas não fossem os raros atrevidos, hoje não vislumbraríamos a comemoração das nossas bodas de ouro. Para mim, fazer parte dessa história é um privilégio. Não há como não se orgulhar do passado de tantas lutas e não sonhar com dias ainda melhores para nossa profissão. Nesta data tão importante, como não se alegrar em ver que muita gente já sabe que Terapia Ocupacional não é ocupar o tempo livre de alguém? Cinquenta anos são só 50 anos, durante os quais nem imaginávamos que chegaríamos, e chegamos. Como é bom saber que ainda tem muito a ser conquistado e que, se assim Deus permitir, farei parte dos próximos 50; como é bom saber que um dia poderei ser, quem sabe, motivação para muitos continuarem a expandir essa linda profissão. Fiquei muito contente em representar o CREFITO-1 na comemoração dos 50 anos do curso na UFPE. O auditório estava repleto de estudantes de Terapia Ocupacional, a programação das palestras que seriam apresentadas à tarde estava com temas maravilhosos, e a maioria de experiência dos(as) acadêmicos e apresentados por eles(as). Estavam presentes pessoas importantes na existência do Curso de Terapia Ocupacional da UFPE, tais como a prof. Amélia Pessoa (que foi a homenageada), o reitor, professores e professoras que já passaram pelo Departamento de Terapia Ocupacional, bem como funcionários antigos. O discurso da Dra. Ilka deixou todos os presentes emocionados. Depois, fomos recepcionados com direito a um bolo lindamente decorado e delicioso. Fiquei zzmuito feliz com aquele dia, me fez relembrar os tempos de faculdade, encontrar alguns professores e funcionários do meu tempo de acadêmica, e ver o crescimento do Curso e sua valorização no mercado de trabalho. Foto: Divulgação Profª Ilka Veras Falcão (Profª Adjunta do Curso de Terapia Ocupacional) Profª. Ilka Veras Mirella Barata (Acadêmica do 5º período de Terapia Ocupacional- UFPE) Drª. Teresa Pedrosa (Diretora Tesoureira do CREFITO-1) 08 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 AR T I GO Fisioterapia e Acupuntura como aliadas no tratamento da doença de Parkinson A siva, dieta desequilibrada e tensão emocional. A enfermidade aparece com sintoma de tremores, sendo sempre relacionada ao Vento do Fígado, que é uma manifestação patogênica externa, causando desequilíbrio no organismo. Para que a Acupuntura seja feita, devem ser analisados os sistemas do organismo, a língua e o pulso que são determinantes no tratamento. Podem ser utilizados como metodologia terapêutica a Craniopuntura do Yamamoto, com pontos cerebrais (cérebro, cerebelo e gânglios basais); Acupuntura Escalpeana, com pontos que tratam tremores (área motora, área da coreia/tremor, área sensitiva); Acupuntura Sistêmica, que objetiva equilibrar a constituição do indivíduo; e Auriculoacupuntura, com pontos cujos objetivos devem ser diminuir os efeitos da depressão (Shen Men), da ansiedade (Ponto da Ansiedade), expulsar Vento (Ponto Fígado), restaurar essência (Ponto Rim). Como o tratamento fisioterapêutico tem como princípio restaurar as funções e a Acupuntura visa reequilibrar a constituição fisiológica do indivíduo, entende-se que os dois tratamentos combinados promovem fortalecimento das funções motoras e melhora na qualidade de vida dos pacientes. Por: Amanda Damasceno Soares Fisioterapeuta graduada pela Universidade Estácio de Sá, RJ, em 2007. Especialista em Acupuntura pelas Faculdades Pestalozzi de Niterói, em 2010. Email: [email protected] Foto: Divulgação doença de Parkinson é uma condição patológica progressiva crônica do Sistema Nervoso Central que surge a partir do momento em que os neurônios da substância negra, responsáveis pela produção de dopamina, perdem suas funções, promovendo o aparecimento do tremor em repouso, rigidez e bradicinesia, além de manifestações secundárias como incoordenação motora, micrografia, deformidades da mão e pé, distonia, hipercifose torácica, entre outros. O tratamento fisioterapêutico consiste na avaliação cinético-funcional, visando fortalecimento muscular através de alongamentos passivos e prolongados, mobilizações articulares, exercícios respiratórios, treinamento de marcha e, se for possível, hidrocinesioterapia, objetivando o adiamento de complicações e deformidades secundárias, bem como a manutenção das capacidades funcionais. Na Medicina Tradicional Chinesa, dentre as causas que podem desencadear a doença de Parkinson, estão a sobrecarga de trabalho, atividade sexual exces- Dr. Amanda Damasceno Soares Referências: BARBOSA, Egberto Reis; SALLEM, Flávio Augusto Sekeff. Doença de Parkinson – Diagnóstico. Revista de Neurociências v.13 n. 3 Jul/ Set, 2005. O’ SULLIVAN S.B. Doença de Parkinson. In: O’ SULLIVAN S.B.; SCHMITZ T.J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4 ed. São Paulo: Manole, 2004. MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um Texto Abrangente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. 2 ed. São Paulo: Roca, 2007. MACIOCIA, Giovanni. A Prática da Medicina Chinesa: Tratamento de Doenças com Acupuntura e Ervas Chinesas. 2 ed. São Paulo: Roca, 2009 ROSS, Jeremy. Combinação de Pontos de Acupuntura: a chave para o êxito clínico. São Paulo: Roca, 2003. YAMAMOTO, Toshikatsu; YAMAMOTO, Helen; YAMAMOTO, Michiko Margaret. Tradução: Ronaldo Koester Santori; revisão científica Jorge Cavalcanti Boucinhas – São Paulo: Roca, 2007. EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 AR TIGO 09 A evolução do SETODOM - Serviço de Terapia Ocupacional Domiciliar - na cidade de Maceió (AL) O crescimento significativo dessa modalidade de atendimento vem se destacando na cidade de Maceió e em demais regiões brasileiras pelo avanço das técnicas da área da Saúde, que vem proporcionando um aumento na expectativa de vida da população. As medicações modernas e novos meios de exames permitem o diagnóstico precoce de patologias infecciosas que levavam a óbito grande parte da população idosa. Em consequência dessa longevidade, surgiram as doenças crônicas degenerativas, que levam a uma perda relevante da funcionalidade e independência desse mesmo idoso. O ambiente familiar traz uma melhor adequação e segurança, além de redução com gastos nas internações. Esse setting sugerido proporciona um suporte para uma melhor interação família e paciente, pois, como já foi comprovado em diversos estudos, o apoio familiar é imprescindível para uma melhora no quadro de patologia em que se encontra o cliente. O Serviço de Terapia Ocupacional Domicliar - SETODOM - vem como suporte específico para o tratamento dessa demanda. A clientela atendida no serviço na maior parte dos casos passou por algum tipo de internação e, por consequência das patologias, possuem algumas perdas funcionais, tanto nos aspectos cognitivos quanto no que diz respeito aos motores. Portanto, o serviço oferece avaliações específicas para cada quadro sugerido ( Índice de Katz, Escala de Bartel, Avaliações direcionadas às AIVDs, Avaliações cognitivas: Meem, Fluência verbal, Teste do relógio, Códigos etc), tendo com isso um suporte para triagem, direcionamento dos objetivos, metas a longo e curto prazo e uma melhor comunicação com a equipe interdisciplinar, que tem nesse paciente o centro de todas as abordagens. O objetivo central desses atendimentos é oferecer ao cliente uma melhor funcionalidade, visando sempre sua independência e autonomia. Sabemos que as limitações existem, mas o trabalho é feito nas potencialidades desse paciente, melhorando as capacidades funcionais nas atividades diárias; treino e uso de adaptações pessoais e órteses (aparelhos confeccionados sob medida para o posicionamento correto do membro), ajudando a preservar as funções e movimentos; e estimular as funções cognitivas como memória, atenção, linguagem, raciocínio, orientação no tempo e no espaço e outras. Buscamos também promover o resgate e valorização das reminiscências e identidade pessoal, como naturalidade, profissão, rede de cuidados, tipo de moradia, constituição familiar, preferências, gostos, aversões e outros, facilitando a expressão e elaboração de conteúdos que emergem, dando destino às angustias, provenientes ou não da doença (conversa, expressão, fotos, notícias, músicas), orientar sobre as interferências arquitetônicas: iluminação/ portas/ janelas/ instalações/mobiliárias/degraus-rampas/ banheiro. Esse artigo foi apresentado no Congresso Interdisciplinar de Assistência Domiciliar – CIAD – 2009. Autores: Dr. Clóvis Eduardo Silva Falcão de Almeida - Terapeuta ocupacional, gerontólogo com experiência na área de Terapia Ocupacional Domiciliar, com ênfase em Terapia Ocupacional Social, Terapia Ocupacional Neurológica e Acompanhamento Terapêutico em Saúde Mental. Dr. Kelfson Reginaldo Lins Souto Atualmente é Terapeuta Ocupacional da Fundação Terra-Mens Sana. Tem experiência na área de Terapia Ocupacional, com ênfase em Reabilitação Cognitiva com direcionamento ao adulto e idoso. Fotos: Divulgação 10 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 C APA Categorias em festa: Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais conquistam valores próprios na TUSS N o mês em que se comemorou o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional (outubro de 2012) as duas classes profissionais ganharam de presente uma notícia esperada há 20 anos: o Referencial de Honorários Fisioterapêuticos e o Referencial de Honorários Terapêuticos Ocupacionais, que utilizam a terminologia baseada na Classificação Internacional de Funcionalidade, foram parcialmente publicados na Terminologia Unificada de Saúde Suplementar versão 3 (TUSS). A ação traz uma mudança fundamental para os envolvidos. Significa que, a partir de agora, essas duas classes deixam de ter suas remunerações baseadas por tabelas médicas e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passa a reconhecer, classificar, codificar e regulamentar o trabalho de fisioterapeutas e de terapeutas ocupacionais com base em um referencial desenvolvido para atender às necessidades desses profissionais. O fato de a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional não terem seus diversos procedimentos contemplados na TUSS possibilitava uma relação unilateral com as Operadoras de Saúde (OPS), com imposição de codificações inadequadas da especialidade médica ou até mesmo codificações específicas criadas para atender os interesses econômicos das OPS em A constatação de que as profissões não estavam contempladas na TUSS justificava a prática utilizada pelas Operadoras de Saúde remunerarem estes profissionais detrimento do adequado exercício das profissões. Com a publicação do referencial da TUSS, essa prática passará a ser ilegal e deve ser denunciada à ANS, sob pena de pesadas multas. Segundo a presidenta da Comissão de Honorários do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 1ª Região (CREFITO-1), Dra. Iaponira Pimentel, a inclusão da reabilitação na TUSS já havia sido feita, no entanto a nomenclatura utilizada era atribuída a outros profissionais. “Isso dava liberdade às Operadoras de Saúde para utilizarem a nomenclatura que quisessem e não remunerassem consultas, por exemplo, e ainda cometessem outros equívocos”, declara Dra. Iaponira. Para a presidenta, a situação desencadeava uma sucessão de ações que contribuíam para profissionais insatisfeitos, mal remunerados, clínicas sucateadas e ainda o comprometimento da própria imagem das profissões. “Diante deste cenário, a Comissão de Honorários do CREFITO-1 se reuniu com representantes da Comissão Nacional de Honorários do COFFITO e da Federação Nacional das Empresas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FENAFISIO) para elaborar estratégias para reverter o quadro”, explica Dra. Iaponira. Ela ainda esclarece que a constatação de que as profissões não estavam contempladas na TUSS justificava a prática utilizada pelas Operadoras de Saúde remunerarem estes profissionais com os códigos de procedimentos médicos, como, por exemplo, “Assistência Fisiátrica Respiratória”. Ao agir assim, as Operadoras de Saúde descaracterizavam a identidade da profissão, não remuneravam avaliações e outros procedimentos. Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais passam a contar com mais agilidade nas negociações dos honorários com as operadoras de saúde, além da padronização da nomenclatura dos atendimentos, agora alinhados à terminologia e, sobretudo, a inclusão de diversos procedimentos executados, antes não-remunerados, como consultas e atendimento domiciliar. Os profissionais das duas categorias não receberão mais como EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 CAPA 11 Foto: Divulgação Na foto, da esquerda para a direita: Dra. Marlene Vieira (Presidente da FENAFISIO, Membro da Comissão de Honorários do COFFITO e Conselheira do CREFITO-8); Dra. Iaponira Pimentel (Vice-presidente da FENAFISIO, Presidente da APPESFITO e Coordenadora da Comissão de Honorários do CREFITO-1); Dr. Francimar Ferrari (Coordenador da Comissão de Honorários do COFFITO, Membro da Comissão de Negociação da FENAFISIO e Conselheiro do CREFITO-1); e Dra. Paula Cardoso (Membro da Comissão de Negociação da FENAFISIO e Membro da Comissão de Honorários do CREFITO 1). médicos, e não só receberão por atendimentos, mas também por procedimentos. O debate acontece desde 1992 e a causa é pleiteada pela Comissão de Honorários do CREFITO-1 em parceria com a Associação Pernambucana de Empresas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (APPESFITO) e com a Federação Nacional de Associações Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (FENAFISIO). “É importante esclarecer que o projeto propõe a inclusão de 100% dos procedimentos executados pela Fisioterapia e pela Terapia Ocupacional em ambulatórios, hospitais e home care. Na primeira fase foram inclusos os atendimentos e avaliações nestas esferas”, detalha a presidente da Comissão de Honorários do CREFITO-1. É muito importante, portanto, que todos os profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional saibam que, após essas movimentações, os seus procedimentos terão uma codificação própria. TUSS – A Terminologia foi instituída por meio de uma Instrução Normativa da ANS em 2009 com objetivo de padronizar uma terminologia clínica única que viabilizasse a operacionalização do O reconhecimento de um Referencial próprio para Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional vem equilibrar o sistema e proteger as classes contra possíveis desvantagens profissionais sistema de Troca de Informação na Saúde Suplementar (TISS), estabelecendo, dessa forma, um padrão nacional de comunicação entre os prestadores de serviço na saúde suplementar, entre as operadoras de saúde e os seus beneficiários. Portanto, a TUSS surgiu para corrigir a existência de múltiplas tabelas de codificação e descrição dos diversos procedimentos no mercado de saúde suplementar e que inviabilizavam a implementação de um eficiente sistema de trocas de informações entre as partes envolvidas neste mercado, assim como o papel regulatório e fiscalizatório da ANS. Entretanto, a TUSS, elaborada pelo Comitê de Padronização das Informações de Saúde Suplementar (COPISS) da ANS, foi constituída com base em uma nomenclatura de procedimentos médicos no padrão da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) da Associação Médica Brasileira. O reconhecimento de um Referencial próprio para Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional vem equilibrar o sistema e proteger as duas classes contra possíveis desvantagens. Cabe agora aos Conselhos continuar fiscalizando os órgãos para que esse direito seja plenamento exercido e estendido a todos os profissionais. 12 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 E N T R E V I S TA Fisioterapeuta pernambucana prova, na Justiça, que exames de espirometria também são da competência da Fisioterapia A Dra. Aline Suane foi acusada de praticar ilegalmente a Medicina por fazer exames de espirometria. Foi à Justiça e provou que essa também é uma atividade da Fisioterapia. Foto: MID Comunicação Por favor, faça uma breve apresentação de sua carreira (formação, instituições, especialidades, atividade) Conclui o curso de graduação em 2009.2 na ASCES (Associação Caruaruense de Ensino Superior). Em 2010 iniciei a especialização em Fisioterapia Manipulativa pelo IDE Cursos/Faculdade Redentor no Recife. Além de fazer os cursos de formação em Pilates pela METACORPUS, o de Prova de Função Pulmonar – Espirometria pela INSPIRAR em Florianópolis, e o curso de formação em Ergonomia pela IBRAFIT, em São Paulo. Em 2011, fiz o curso de formação em Perícia Judicial para Fisioterapeutas pela Qualifica Treinamentos. No ano de 2012 ingressei no quadro de Peritos da Justiça do Trabalho de Caruaru. Atualmente, minhas atividades profissionais estão voltadas para a Saúde do Trabalhador, com a realização de exames de Espirometria Ocupacional, Análise Ergonômica do Trabalho e Perícia Judicial Trabalhista. Explique a questão que aconteceu envolvendo a Justiça em sua atividade no exame de Espirometria. Em maio de 2012 recebi em meu consultório uma intimação judicial para comparecer a uma audiência que ocorreria em setembro do mesmo ano. Fui orientada pelo meu advogado, o Dr. Thiago de Lima e França, a me dirigir até o Juizado Especial Criminal de Caruaru para ver o Processo e tomar conhecimento do que se tratava tal intimação. Quando cheguei ao juizado, fiquei muito surpresa e até chocada em saber que a denúncia me acusava de estar exercendo ilegalmente a profissão de médico. O processo havia sido gerado a partir de uma denúncia feita por uma médica pneumologista de Caruaru ao CREMEPE (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco). Tal médica informou em sua denúncia que havia recebido em seu consultório uma paciente que lhe entregou um exame de Espirometria feito por mim, e argumentou que tal exame só poderia ser feito por médicos. Entrei em contato com o CREFITO-1, e o advogado de nosso Conselho, Dr. Carlos Alberto Lopes, e o presidente, o Dr. Silano Barros, Dra. Aline Suane prontificaram-se de imediato em nos ajudar a colher dados para o embasamento legal da defesa. Meu advogado antecipou-se e prontamente confeccionou a defesa, indo de imediato falar com a promotora. O resultado foi um parecer inicial favorável a mim. Em seu parecer, a promotora informou que toda a celeuma se deu porque o Conselho de Medicina não quis interpretar a Resolução COFFITO nº 80/87, sugerindo que os profissionais médicos se atualizassem em relação à competência dos fisioterapeutas, pois a Fisioterapia é uma área que tem evoluído cada vez mais. Afirmou ainda que o exame de Espirometria não é ato provativo de médico e que isto está bem claro na Resolução COFFITO nº 400/2011, que autoriza os fisioterapeutas a realizar tal exame. O Juiz, ao ver a defesa feita pelo meu advogado e o teor do parecer da promotora, inocentou-me antecipadamente e arquivou o processo antes mesmo de ocorrer a audiência. A experiência de responder um processo criminal não é fácil, fiquei emocionalmente abalada. Aproveito esta oportunidade para deixar meu agradecimento ao meu advogado, Dr. Thiago de Lima e França, por toda força e orientação dada, mantendo-me sempre calma e confiante de minha vitória a todo tempo. Também quero agradecer ao advogado do CREFITO-1, Dr. Carlos Alberto Lopes, e ao presidente, Dr. Silano Barros, por todo apoio e ajuda. EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 ENTREV I STA Diante desses acontecimentos, qual a sua percepção dos fatos e como interpretar a influência deste caso para todos os outros profissionais da área? Diante destes fatos percebi que, infelizmente, alguns profissionais da classe médica não aceitam as inúmeras atualizações que acontecem não só na nossa profissão, mas também nas demais profissões da área da Saúde, o que demonstra ser uma afronta ou até mesmo desrespeito à classe dos profissionais desta área, e que são tão competentes quanto os médicos. Não merecemos nenhum tipo de discriminação ou limitação quanto às nossas atividades, quando estas estão previstas pelo nosso órgão de classe. Principalmente porque o exame de Espirometria está dentro dos limites e poderes dados pelo nosso Conselho, conforme a Resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), Resolução nº 400, de 03 de Agosto de 2011, previsto no seu art 3º. Espero que este caso tenha uma grande repercussão na nossa profissão. Inúmeros colegas talvez nem saibam que o fisioterapeuta é apto para realizar este exame denominado espirometria ou acham que necessitam da supervisão e assinatura de médicos, quando somos totalmente autônomos. “Infelizmente, alguns profissionais da classe médica não aceitam as inúmeras atualizações que acontecem não só na nossa profissão, mas também nas demais profissões da área da saúde” Acredito que essa decisão da Justiça servirá para um posicionamento mais forte de respeito e abrirá inúmeras portas para que outros profissionais ingressem também nesta área tão pouco abrangida. Na sua opinião, quais são as principais dificuldades que os fisioterapeutas enfrentam em relação a outros profissionais de saúde - sobretudo os da classe médica? Até responder a esta ação criminal, não via dificuldade em relação aos outros profissionais de Saúde. Acho que existe campo para todos, mas não posso mais pensar que não existe dificuldade. Percebi que alguns médicos não aceitam as nossas evoluções, ou tentam não entender nossas Resoluções. A principal dificuldade é a falta de atualização de alguns médicos quanto as atividades que outras profissões podem realizar também, não sendo atividade exclusiva deles. Eles até mesmo podem ser conhecedores da autonomia dos demais profissionais em algumas atividades, mas não acreditam na competência dos mesmos, ocorrendo, assim, a discriminação de alguns dos médicos em relação às demais profissões da área da Saúde. JURÍDIC O Relação de Processos Éticos julgados em 2012 A o longo de 2012, as Comissões de Ética do CREFITO-1 julgaram vários processos envolvendo a conduta de profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional nos quatro estados da circunscrição (Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte). Confira, ao lado, a relação dos processos éticos julgados em 2012. CEDF 001/ 2011 - PE CEDF 002/ 2011 - PE CEDF 0013/ 2011 - PE CEDF 013/ 2011 – PB CEDF 004/ 2011 - PE CEDF 012/ 2011 – PB CEDF 005/ 2011 – RN CEDF 007/ 2011 – RN CEDF 008/ 2011 – RN 13 CEDF 011/ 2011 – AL CEDF 002/ 2012 – RN CEDF 004/ 2012 - RN CEDF 007/ 2011 – RN CEDF 010/ 2011 – RN CEDF 015/ 2011– AL CEDF 017/ 2011 – AL CEDF 011/ 2011 – AL 14 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 E N T R E V I S TA Foto: MID Comunicação O uso de jogos na Terapia Ocupacional Dra. Alaine Benetti A professora e terapeuta ocupacional Alaine Benetti, uma das pioneiras no uso de videogame como ferramenta terapêutica nas áreas físicas e neurológicas. Por favor, faça uma breve apresentação de sua carreira (formação, instituições, especialidades, atividades). Sou Alaine Aparecida Benetti De Grande, formada em 1984 na Faculdade Salesianos, de Lins, São Paulo. Atuo como terapeuta ocupacional sempre na área física (neurologia e ortopedia, oncologia e saúde do trabalhador). Sou especialista em Terapia da Mão pela USP/SP em 1996; Mestre em Reabilitação Física pela UNIFESP/SP (2002); e consultora em Ergonomia desde 2000. Na docência, comecei como professora em Lins, em 1999, e em 2003 iniciei como professora, supervisora de estágios, pesquisadora e coordenadora de projetos de extensão na Universidade Potiguar (UnP). Em 2010, assumi a coordenação do curso de Terapia Ocupacional, além de coordenar dois cursos de pós graduação Lato Sensu na mesma Universidade (Reabilitação nas disfunções físicas e Gerontologia). Atendo em clínicas de reabilitação particulares desde 1984. Como surgiu seu interesse em estudar as aplicações do Videogame Nintendo WII em tratamentos terapêuticos? Na verdade, o uso do videogame foi proposto por dois alunos do curso de Terapia Ocupacional aqui da Universidade Potiguar, Luis Carlos Gondim e Fabio Ricardo Galvão, que me propuseram estudar o uso do videogame “WII” como trabalho de conclusão de curso deles. Começaram os estudos referenciados e as práticas simuladas entre os alunos no Estágio Supervisionado na Clínica Escola, na área de ortopedia, traumatologia, reumatologia e saúde do trabalhador (reabilitação/acidentes de trabalho). A partir dessas vivências começamos a escolher os melhores jogos, os melhores dispositivos e escolher os pacientes para a utilização deste tipo de recurso. Hoje, utilizamos o videogame, ou a reabilitação virtual, como também é chamada, nas áreas fisica e neurológica. Temos uma professora que utiliza princípios da Integração Sensorial e o videogame (WII e Kinect) ao mesmo tempo e também está obtendo ótimos resultados nessa área. Outro trabalho de conclusão de curso aqui da Universidade Potiguar visou o ganho de atenção e concentração em um paciente paralímpico do atletismo. Os resultados foram sensacionais. Como é o tratamento? Na verdade, a escolha dos jogos, do videogame e dos dispositivos a serem utilizados dependerá da avaliação criteriosa feita pelo terapeuta ocupacional. Somente depois, com os objetivos de intervenção traçados, é que se escolhe os recursos terapêuticos ocupacionais. E entre eles poderá estar o videogame ou não. Caso o paciente aceite este recurso, os dispositivos, os objetivos traçados do tratamento, o número previsto de atendimentos e o tempo de duração de cada um deverão ser explicados ao paciente para que ele tenha total adesão ao tratamento e valorize esses encontros. É preciso que fique bem claro que, apesar do viodeogamente, aquilo não se trata de uma brincadeira. Só acredito em tratamento com a parceria e confiança total do nosso paciente. Se ele não estiver informado de cada passo a ser tomado, da escolha dos jogos, dos dispositivos utilizados em cada jogo (se for o caso), ele não valorizará o trabalho do terapeuta ocupacional. Acredito também na prática baseada em evidencias, ou seja, mostrar ao paciente cada ganho de amplitude, cada resposta positiva às atividades de vida diária. Os ganhos funcionais ou cognitivos devem ser anotados e com- EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 ENTRE VI STA parados a cada nova avaliação e o paciente se torna parte integral, atuante desse processo. Profissionais e pacientes brasileiros estão tendo uma boa aceitação do tratamento feito com videogame? Ainda existe resistência? Infelizmente sim, inclusive por colegas que ainda não tiveram oportunidades de estudar ou vivenciar os benefícios desse recurso. Os estudos têm aumentado, a oferta de cursos também. Eu recebo, inclusive, indicações de neurologistas e oncologistas para o uso do videogame. Gostaria de abrir um parenteses aqui: o uso de tablets e telefones celulares também está neste contexto, principalmente para os pacientes da Neurologia, pacientes cadeirantes e em leitos hospitalares e domiciliares, pois seu uso, visando a estimulação cognitiva e cuidados paliativos, também está sendo estudado e as primeiras evidências demonstram excelentes resultados. Quem pode se submeter a esse tipo de tratamento? Pacientes de todas as idades, com as afecções mais diversas. Tudo dependerá da avaliação terapêutica, análise e objetivos do tratamento. Esse recurso é proposto ao paciente, que normalmente o aceita 15 sem resistência. Eu tenho experiencia na área de estimulação cognitiva, cuidados paliativos (oncologia) e reabilitação física que engloba neurologia e ortopedia. Mas temos profissionais atuando nas mais diversas áreas e com clientelas diferentes a cada dia. Infelizmente, a publicação por terapeutas ocupacionais ainda é pouca. Já é possível avaliar os resultados? Se sim, quais os principais diferenciais que esta ferramenta pode trazer para a terapia tradicional? Por exemplo: jogos de estimulação cognitiva, como memória, atenção, concentração, podem ser facilmente encontrados em qualquer computador, nos celulares e em tablets. Não precisa ter todo o aparato dos videogames de última geração. Ao mesmo tempo que estes recursos de estimulação cognitiva auxiliam e promovem mais um recurso para o terapeuta ocupacional. Infelizmente, temos profissionais não habilitados utilizando essas ferramentas sem o estudo necessário. O terapeuta ocupacional precisa urgentemente aprender a trabalhar com bases científicas. A grande maioria faz excelentes trabalhos em seus consultórios, clínicas e atendimentos domiciliares. Possuem verdadeiros tesouros em seus arquivos e prontuários, mas não publicam. Só publicando nossos resultados teremos a valorização profissional que tanto merecemos. Atuamos nas áreas do fazer humano. Existe algo mais importante? Já que promovemos o “fazer”, o “estar” e o “ser”? Penso que não. O CREFITO-1 realiza, no dia 06 de abril, no Centro de Convenções de Pernambuco, o Encontro de Terapeutas Ocupacionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O evento terá mesas redondas e formação de grupos de trabalho. Os interessados podem fazer suas inscrições no site do Conselho. O CREFITO-1 iniciou o ano de 2013 com um novo site. Desenvolvido pela MID Comunicação, a página possui muito mais interatividade, prestação de serviços e informações de interesse dos profissionais ligados ao Conselho. O endereço é o mesmo: www. crefito1.org.br. Só acredito em tratamento com a parceria e confiança total do nosso paciente. Se ele não estiver informado de cada passo a ser tomado, ele não valorizará o trabalho do terapeuta NOTAS Nos dias 19 e 20 de abril, o CREFITO-1 vai promover o IV Encontro de Interiorização em Pombal, na Paraíba. A grade de programação, as atividades e o período de inscrições serão divulgados em breve, nas redes sociais (Facebook e Twitter) e no site do CREFITO-1 (www.crefito1. org.br). 16 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 AS S OB R AF I R Pernambuco assume postos na diretoria da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva Foto: Divulgação/Assobrafir N o dia 15 de dezembro do ano passado aconteceu a posse da nova diretoria da Assobrafir – Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva. A cerimônia foi realizada no Hotel Tryp Iguatemi, em São Paulo, cidade sede da entidade. A chapa “Evolução” foi eleita para o triênio 2013-2016. A presidência agora está com a fisioterapeuta mineira Dra. Jocimar Martins, mas Pernambuco tem dois importantes representantes na Associação. O Dr. Francimar Ferrari, conselheiro efetivo do CREFITO-1, tomou posse como conselheiro suplente. Já o Dr. Flávio Maciel é membro da Comissão de Ética e Deontologia do CREFITO-1 e assumiu a diretoria científica da entidade. Ele é o primeiro nordestino à frente do posto. Os pernambucanos Francimar Ferrari (à esquerda) e Flávio Maciel com a nova presidente da Assobrafir, Jocimar Martins COMISSÃO DE H O NO RÁR I OS S eja qual for a ocupação ou segmento, o profissional deseja ser bem remunerado pelo serviço prestado. No CREFITO-1, a missão de negociar os valores a serem recebidos pelos fisioterapeutas e pelos terapeutas ocupacionais é da Comissão de Honorários. Coordenado pela Dra. Iaponira Pimentel, esse grupo ainda tem por finalidade realizar reuniões de negociações financeiras com as operadoras de saúde, encontros com a Defensoria Pública Estadual a fim de garantir a prestação de um serviço de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional de qualidade para a população, entre outros. “Essa valorização financeira faz parte de uma estratégia para restaurar a dignidade profissional no que diz respeito aos honorários das duas categorias, que há muito tempo encontram-se defasados, comprometendo não só a imagem como também o potencial de crescimento das profissões”, explica a coordenadora da Comissão. Segundo a Dra. Iaponira, uma das grandes vitórias da Comissão de Honorários foi a inclusão da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional com uma nomenclatura própria na Agência Nacional de Saúde – ANS – integrando, assim, a Terminologia Única da Saúde Suplementar (TUSS). “Nossa Comissão de Honorá- rios foi à central da ANS no Rio de Janeiro de posse de várias denúncias de descumprimento de regras impostas pela própria Agência por parte das Operadoras de Saúde. Nosso objetivo era reivindicar a inclusão das duas profissões com uma nomenclatura própria dentro da ANS, pois, sem nossa própria codificação, estaríamos sem identidade na TUSS”. O resultado dessa batalha? “Tivemos nossos pleitos atendidos pela diretoria da Agência Nacional de Saúde, que passou a nos reconhecer como Fisioterapeutas e como Terapeutas Ocupacionais”, comemora a coordenadora da Comissão de Honorários. EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 DE LEGACIA 17 CREFITO-1 faz história e inaugura nova Delegacia em Caruaru (PE) U ma noite histórica, não só para a Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional de Pernambuco, mas do Brasil. Em todos os discursos que marcaram a inauguração da nova Delegacia do CREFITO-1 em Caruaru, esse foi um ponto recorrente, mas necessário para se mostrar o pioneirismo e a inovação da iniciativa do Conselho. Em seu discurso, o presidente do CREFITO-1, Dr. Silano Barros, explicou que a escolha da Capital do Agreste foi natural, pois Caruaru possui infraestrutura adequada para as futuras demandas da nova delegacia, além de estar em uma posição geográfica privilegiada. Serão beneficados profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional de municípios como Garanhuns, Bezerros, Passira, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, en- tre outras cidades localizadas nos arredores. “Cerca de 500 profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional que atuam em Caruaru e em cidades próximas poderão contar com os serviços da nova delegacia. E a população beneficiada chega a um milhão de pessoas”, declarou o presidente do CREFITO-1. À festa de inauguração participaram Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de Caruaru e cidades cincunvizinhas, além de autoridades, educadores e pessoas ligadas às duas categorias profissionais. A nova delegacia está localizada na Avenida Agamenon Magalhães, 1143, sala 301, Maurício de Nassau. Os contato são 3045.3631 e 9183.3470. O e-mail é [email protected]. SERVIÇOS OFERECIDOS PELA NOVA DELEGACIA • Registro de empresas e consultórios; • Entrega de documentos como diplomas, requerimentos e certificados; • Impressão de boletos para pagamentos; • Inscrição provisória e definitiva dos profissionais no Conselho. Antes da delegacia de Caruaru, esses serviços só eram oferecidos na sede do CREFITO-1, no Recife. Fotos: MID Comunicação Foto: MID Comunicação 18 EDIÇÃO 21 - Ano 10 JAN/FEV/MAR - 2013 A migos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, olá. No dia 24 de fevereiro de 2010, foi publicado no Diário Oficial da União a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA n° 7 (RDC-7), a qual estabelece os requisitos mínimos para funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil. Essa resolução aplica-se a todas as UTIs do país e envolve aspectos relacionados à infraestrutura e aos recursos humanos. Estão incluídos nesse escopo diversas profissões da área de Saúde, estabelecendo exigências pertinentes ao número de profissionais, carga horária diária e qualificação profissional. As exigências foram pleiteadas pelos órgãos de classe e pelas entidades associativas, que se tratando da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, são o COFFITO e a ASSOBRAFIR. A ANVISA concedeu o prazo de três anos, a contar da data de publicação, para a adequação das UTIs existentes antes dessa publicação. No caso das Unidades inauguradas após a referida data, essas tinham a obrigatoriedade de iniciar seu funcionamento cumprindo, na íntegra, a Resolução. E o que determina a RDC-7 para a Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional? PAL AV R A D O P R E S I D E N T E Para a Fisioterapia: • No mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; • Deve ser formalmente designado um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim como seu respectivo substituto; • Os coordenadores de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal); • É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação em, no máximo, 02 (duas) UTIs. Para a Terapia Ocupacional: • Devem ser garantidos, por meios próprios ou terceirizados, a assistência deTerapia Ocupacional à beira do leito para UTI Adulto e Pediátrica. No dia 24 de fevereiro de 2013, encerrou-se o prazo concedido pela ANVISA para a adequação, e o resultado não é muito diferente do que se poderia esperar a julgar pelo histórico recente: um percentual muito pequeno das UTIs brasileiras atende às exigências estabelecidas pela RDC-7. Nos hospitais públicos, a irresponsabilidade dos gestores, assim como a falta de compromisso com o cumprimento da legislação brasileira, é o motivo da não adequação à RDC-7, enquanto que, nas instituições privadas, além dos motivos acima descritos, acrescenta-se ainda a visão mercantilista dos empresários. Em ambos os casos, a saúde da população brasileira é colocada em níveis inaceitáveis de risco. Recentemente, em uma UTI do Paraná, alguns gestores foram indiciados acusados de acelerar o processo de morte de pacientes. Pergunto: quantos gestores no Brasil deveriam ser indiciados pelo mesmo crime, uma vez que o entendimento legal é de que a RDC-7 visa garantir assistência de qualidade aos pacientes críticos ou potencialmente críticos? Seu descumprimento associado ao aumento iminente do risco clínico contribui para o aumento da morbimortalidade motivado por omissão e irresponsabilidade daqueles que deveriam priorizar a vida e a saúde. Os nossos profissionais perguntam: “A quem cabe a responsabilidade de fiscalização, quanto ao cumprimento dessa resolução da ANVISA?” Infelizmente, meus amigos, não cabe legalmente aos conselhos profissionais e entidades associativas, mas sim à própria ANVISA, que não possui fiscais suficientes para atender à demanda. E o que faremos? Durante as fiscalizações não poderemos lavrar o auto de infração, pois por se tratar de uma atribuição da ANVISA, já houve decisão judicial desfavorável a um Conselho Profissional no Norte do país que autuou a unidade hospitalar. No entanto, durante as fiscalizações, registraremos no Termo de Visita o descumprimento da RDC-7 e notificaremos o Ministério Público, esperando que o mesmo possa agir em defesa da nossa sociedade. É importante ressaltar que todo cidadão pode agir como fiscal da lei. Exerçam sua cidadania. Denunciem! Vamos ao trabalho por dignidade na Saúde!!! Dr. Silano Barros • A Reeducação Postural Global Original, mais conhecida pela marca internacional RPG, é uma formação para fisioterapeutas baseada em princípios originais, com propostas que revolucionaram e fortaleceram a fisioterapia. • Ensinada pelo autor do método - Philippe E. 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Albert Silva, PE COORDENAÇÃO ACADÊMICA: Esp. Clarissa Leal, FISIOTERAPEUTA é Pós-Graduada em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia. Especialista pela ABRAFIDEF Atualmente é Fisioterapeuta do ambulatório de Fisioterapia Dermato Funcionaldo IMIP, coordenadora de tutores do Curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). É sócia fundadora da Santevie - Centro de saúde e Bem-Estar. Esp. Sandra Fluhr, FISIOTERAPEUTA é Pós-Graduada em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia. Especialista pela ABRAFIDEF. É sócia fundadora do Espaço Sandra Fluhr. INFORMAÇÕES: INÍCIO: Abril de 2013 | TURMA: Recife INVESTIMENTO: Matrícula - R$ 150,00 + 17 x de R$ 400,00 MAIORES INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: [email protected] Rua Senador José Henrique, n. 224, salas 1501/1503, Ilha do Leite, Recife, PE. CEP: 50070-460. Empresarial Alfred Nobel - Espaço Sandra Fluhr. Tel: 81-30493634 / 9683-8384 @exitus01 Apoio: E S P A Ç O SANDRA FLUHR Exitus soluções