MÉTODOS DIALÍTICOS EM PEDIATRIA O Rim Funções dos Rins

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31/8/2010
MÉTODOS DIALÍTICOS EM
PEDIATRIA
O Rim
Função de regulação do
volume e composição do fluido
extracelular;
Excreção de produtos
nitrogenados.
Funções dos Rins
Filtrar do plasma sanguíneo os produtos
finais do metabolismo como a ureia,
creatinina, ácido úrico;
Eliminar os produtos tóxicos do
organismo, como por exemplo
medicamentos;
Regular o equilíbrio hidroeletrolítico;
Produzir os hormonios eritropoietina e
renina;
Insuficiência Renal Aguda
Redução abrupta e grave na taxa de filtração
glomerular, levando à deterioração na
capacidade renal de manter a homeostase.
Situação clínica de alta gravidade;
90% dos casos de IRA na infância são
secundários a causas potencialmente
reversíveis
Insuficiência Renal Aguda
A insuficiência renal aguda (IRA) é uma síndrome
clínica em que o organismo perde sua capacidade
de excreção metabólica através da urina devido a
uma rápida e acentuada deterioração da função
renal (LUNA, 2006)
A insuficiência renal aguda (IRA) é caracterizada
pela redução abrupta da taxa de filtração
glomerular que se mantém por períodos variáveis
de tempo, resultando na inabilidade dos rins para
exercer as funções de excreção, manter o
equilíbrio ácidoácido-básico e homeostase
hidroeletrolítica do organismo. (BERNARDINA,
2008)
Classificação da Insuficiência Renal
Aguda
Pré- Renal
• Depleção do volume intravascular
• Diminuição efetiva do volume sanguíneo
• Alteração da hemodinâmica intra-renal
• Vasoconstrição pré-glomerular
• Vasoconstrição pós glomerular
Renal
•Necrose tubular aguda (isquêmica ou tóxica)
•Nefrite intersticial aguda
•Glomerulopatias agudas
•Síndromes vasculares agudas
Pós Renal
•Causas obstrutivas
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Etiologia IRA Renal
IRA PréPré-Renal
Depleção intravascular
Perdas de líquidos vias gastrointestinal
–Perdas de líquidos via renal
Diuréticos, diurese osmótica, perda renal de
sal
–Perdas cutâneas
–Hemorragia
–Diminuição do volume vascular efetivo
ICC, cirrose, síndrome nefrótica, sepse
–
Necrose tubular Aguda
Isquêmica
• Sepse
• Hipoperfusão prolongada
Tóxica
• Metais pesados
• Antibióticos,contrastes
radiológicos
Abordagem Terapêutica
IRA pós renal
Obstrução na via urinária:
Malformações urinárias
Tumores adjacentesadjacentes- compressão extrínseca
Objetivos da Terapia de
Substituição Renal
Manter
balanço hídrico, eletrolítico e
ácido/básico.
Prevenir a progressão do dano renal.
Promover a cicatrização e recuperação da
função renal
Otimizar outras medidas de suporte:
nutricional, ventilatório, hemodinâmico
Terapia de substituição Renal
Indicações
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Hiperpotassemia >6,5 mEq/dL, após medidas terapêuticas
Acidose metabólica Ph <7,2 e/ou Bic <10mEq/Dl
Sint. Neurológicos
Hipocalcemia com tetania
Hiperfosfatemia
Sobrecarga hídrica e necessidade de suporte nutricional,
ICC e edema pulmonar
7) Encefalopatia, pericardite lise tumoral. Hiperuricemia,
acidemia orgânica e elevação da amônia;
8) Intoxicação por lactato, amônia, barbitúricos, salicilatos e
teofilina
Métodos Dialíticos
Os métodos dialíticos são empregados nos
pacientes com IRA com o objetivo de
depurar as diferentes substâncias que são
acumuladas no organismo em
decorrência, ou mesmo causa, da falência
da função renal.
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Técnicas de Substituição Renal
Intracorpórea:
(utiliza o peritônio como
membrana de trocas);
Extracorpórea: (implantação de acessos).
CICLOS EM DIÁLISE
PERITONEAL
INFUSÃO
OSMOSE
DPI
(diálise peritoneal intermitente):
usada em casos agudos. A infusão deve
ser por 10’, retenção de 30’ e drenagem
em 20’. O mecanismo é de difusão e
osmose.
CAPD (diálise peritoneal ambulatorial
contínua): feita em casa pelo próprio
paciente ou cuidador treinado. Trocas
devem ser feitas de 4 a 5 vezes/dia, 7 dias
na semana.
Hemodiafiltração
veno-venosa contínua:
venoidem à artart-venosa, com exceção da via de
acesso (sem artéria) e da necessidade de
bomba--rolete.
bomba
Hemolenta: muito utilizada devido a
simplicidade dos equipamentos, podendo
ser realizada apenas com uma bombabombarolete e filtro de baixa permeabilidade,
utilizando--se dialisato.
utilizando
DRENAGEM
Hemofiltração arteriovenosa
contínua:
com um filtro pequeno, usando a pressão
arterial do paciente em lugar de uma
bomba sanguínea. O sangue flui através
de artéria (geralmente femural), até o
hemofiltro, e retorna por um cateter
venoso. O mecanismo é de filtragem do
sangue, sem gradiente de concentração.
Hemodiafiltração arteriovenosa contínua:
com dialisato em contracorrente ao fluxo
de sangue, com remoção de solutos por
convecção e difusão.
Hemofiltração
veno-venosa: através de
venocateter, muito utilizada no tratamento da
IRA. Essa modalidade fornece remoção
de líquidos lenta e contínua, com pouca
repercussão hemodinâmica, sendo bem
tolerado por pacientes instáveis.
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Complicações da Diálise
Peritoneal
Sistema Prisma Gambro
Ultrafiltração Contínua Lenta (SCUF)
(SCUF)..
Hemofiltração VenoVeno-Venosa Contínua (CVVH)
Hemodiálise VenoVeno-Venosa Contínua (CVVHD)
HemodiafiltraçãoVeno--VenosaContínua
HemodiafiltraçãoVeno
(CVVHDF)
Tratamento individualizado
Amplo ajuste da taxa de fluxo de fluido
Anticoagulação contínua ou em bolus
Mecânicas:
Dor;
Sangramentos;
Perfuração das vísceras;
Extravasamentos;
Distensão abdominal.
Infecciosas:
Peritonites;
Infecção cateter.
Complicações Hemofiltração
Perda de sangue (pelo sistema ou por
sangramento)
Hipovolemia, hipervolemia
Distúrbios eletrolíticos ou acidoacido-básico
Problemas de acesso vascular
Hiperglicemia
Hipotermia
Embolia gasosa
Trombocitopenia
Outros (hemólise, contaminação, desequilíbrio)
Localização Cateteres
LOCAL
VANTAGENS
VEIA FEMORAL
Inserção fácil;
fácil; baixo risco Imobilidade do paciente;
paciente;
na inserção.
inserção.
alto risco de infecção;
infecção; alta
recirculação..
recirculação
VEIA SUBCLÁVIA
Conforto para o paciente.
paciente. Mais alto índice de
Uso prolongado.
prolongado.
estenose da veia e de
complicações de inserção
VEIA JUGULAR
INTERNA
Uso prolongado
prolongado;; baixo Mais
dificuldade
risco..
risco
inserção
Explicar o procedimento;
procedimento;
Sinais vitais;
vitais;
Peso;;
Peso
Eletrólitos;;
Eletrólitos
Preparar a unidade e o material (banho:
(banho:
tipo de solução, medicamentos, etc)
DESVANTAGENS
na
Assistência de Enfermagem
Assistência de Enfermagem
Cuidados antes da diálise:
diálise:
Metabólicas:
Hiper/hipoglicemias;
Hipocalemia;
Hipernatremia;
Hipo/hipervolemia.
Cuidados durante a diálise
diálise::
Início, duração e término de cada banho
banho;;
Aspecto do líquido drenado
drenado;;
Balanço hídrico rigoroso
rigoroso;;
Sinais vitais em especial Tax e PAM
PAM;;
Cuidados Cateres
Cateres;;
Medidas de conforto
conforto;;
Usar técnica asséptica rigorosa
rigorosa..
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Acesso Peritoneal
Acesso Vascular
Cateteres de longa
permanência
Técnica de Implante
Cateter
Cateteres
temporários
Acesso Vascular
Agulha de punção de
FAV
CETOACIDOSE
DIABÉTICA EM
PEDIATRIA
Fístula Arteriovenosa
DEFINIÇÃO
Estado de diabetes severo e não controlado
devido a deficiência de insulina.
Caracterizada por altas concentrações de glicose
sanguínea e cetona corpórea e acidose.
Urgência endocrinometabólica mais comum na
infância.
Primeira manifestação do DM1 em 3030-40% das
crianças e adolescentes.
Principal causa de morte em diabéticos <20 anos
Se tratada adequadamente, mortalidade <5%.
CAUSAS
Sem
diagnóstico estabelecido – 43%
Infecções – 28%
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Deficiência insulínica
Gliconeogênese
Glicogenólise
Lipólise
Hiperglicemia
Diurese osmótica
Contração da volemia
Desidratação
FISIOPATOLOGIA
Resistência insulínica
Captação periférica
de glicose
Oxidação de ácidos
Perda de eletrólitos
graxos livres
Cetonemia
Acidose metabólica
Perda de potássio
Perda de fosfato
Hiperglicemia
(>180mg/dl) excede
capacidade de
reabsorção tubular renal
e hipercetonemia
causam diurese
osmótica;
Vômitos associados
Poliúria (aumento da quantidade de urina nas
24H)
Polidipsia (sede excessiva)
Dor Abdominal
Desidratação
Hiperglicemia
Astenia (fraqueza)
Respiração Kussmaul (fome de respirar)
Alterações no nível de consciência (sonolência)
Taquicardia
Náuseas/ Vômitos
Liberação de
catecolaminas
Resistência a
insulina
Piora da hiperglicemia e da
hipercetonemia
SINAIS E SINTOMAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Desidratação e
perda de
eletrólitos
HIPERGLICEMIA
Poliúria/desidratação
HIPOGLICEMIA
Suor/tremor/taquicardia
Anorexia/náuseas/vômitos Fome/nervosismo
Polidipsia/hálito cetônico
Visão
turva/cefaléia/fraqueza
Torpor/letargia e coma
COMPLICAÇÕES
Confusão/ lapsos de
memória
Cefaléia
Convulsões/ coma
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Observar nível de consciência
e padrão respiratório;
Verificar sinais vitais (PA / FC);
Monitorizar ritmos cardíacos;
Puncionar acesso venoso;
Instalar Oxigenioterapia;
Realizar controle de glicemia
capilar de 1/1h e glicose de
2/2h (cada micção espontânea);
Realizar sondagem vesical;
Cuidados na administração da
insulina;
Orientar o autocuidado.
Edema
Cerebral:Ocorre geralmente de 2 a
14 horas após início tratamento.
Hipotassemia:Há uma perda absoluta na
cetoacidose.
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INSULINA
Essencial
para restaurar glicemia,
suprimir lipólise e cetogênese;
Glicemia volta a níveis normais antes
da resolução da acidose;
NÃO DESCONTINUAR INSULINA
O termo palliare tem origem no latim,
significa:
Proteger/amparar/cobrir/abrigar com
o objetivo não somente de curar,mas
o de cuidar como foco principal.
CUIDADOS PALIATIVOS
EM PEDIATRIA
DEFINIÇÃO
Cuidados paliativos é uma abordagem
que aprimora a qualidade de vida, de
pacientes e famílias que enfrentam
problemas com doenças ameaçadoras da
vida, através da prevenção e alívio do
sofrimento, por meios de identificação
precoce,avaliação correta e tratamento da
dor e outros problemas de ordem
física,psicossocial e espiritual. OMS
DEFINIÇÃO
Afirmam a vida e aceitam a morte como um
processo natural;
O objetivo central é o bem estar do doente;
Promovem uma abordagem global e holística do
sofrimento;
São oferecidos em função das necessidades e não
do diagnóstico;
A unidade receptora de cuidados é sempre o
doente e a família;
Utilizam ferramentas científicas e devem estar
integrados no sistema nacional de saúde.
(OMS e PNCP)
Aprender a lidar com as perdas em um
ambiente onde a cura e a prevenção
da doença predominam é um desafio
que poucos se propõem a discutir
muito menos entender.
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Os enfermeiros que trabalham em Pediatria
têm dificuldades em lidar com a morte da
criança ou jovem assim como em prestar
apoio à família em sofrimento. À semelhança
do que sucede com a sociedade em geral, os
enfermeiros pediátricos consideram «normal»
um idoso morrer, mas éé-lhes muito difícil ver
uma criança a sofrer, sobretudo quando se
trata de bebês.
O que são cuidados paliativos?
O
objetivo central é prevenir e aliviar o
sofrimento e proporcionar a máxima
qualidade de vida possível,integrando o
controle de sintomas,a comunicação
adequada,o apoio à família.
Apoiando-se num trabalho de equipe
interdisciplinar.
Necessidades do Doente
Terminal
Objetivos
MAXIMIZAR
O CONFORTO
Atenção integral
Doente e família como unidade a tratar
Promoção de autonomia e dignidade
Concepção terapêutica ativa
Importância do ambiente
Critérios para Cuidados Paliativos
Presença
de uma doença crônica,
avançada e incurável;
Não responde ao tratamento curativo;
Presença de numerosos problemas ou
sintomas, múltiplas, multifatoriais e em
mudança;
Simplificar e adequar terapêutica e a via
de administração.
Necessidades
biológicas
Necessidades psicológicas
Necessidades espirituais
Necessidades sociais
Necessidades da família
Qualidade dos Cuidados
Controle
adequado da dor /outros
sintomas;
Evitar prolongamento inadequado da
agonia;
Manter o controle da situação;
Fortalecer as relações com os familiares
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A morte digna para uma criança em cuidado
paliativo dentro da UTIP pode ser alcançada,
se algumas medidas são observadas,tais
como: oportunizar à família participação em
todo o processo decisório num ambiente de
abertura e honestidade, oferecer
privacidade,controlar a dor
É dever de todos velar pela dignidade da
criança e do adolescente, pondo-os a salvo
de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”
“
Art. 18 – Estatuto da Criança e do Adolescente
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