Apresentação da Disciplina

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CURSO: LITERATURA INFANTIL
DISCIPLINA: FORMAÇÃO DE LEITORES
Apresentação da Disciplina
Nesta disciplina
A leitura pode ser iniciada mesmo que o ouvinte seja um bebê.
O incentivo à leitura acontece mesmo que o ouvinte seja um bebê,
nunca é cedo demais para incentivar. O importante é ser a leitura prazerosa e
ao mesmo tempo despretenciosa.
I
Uma das perguntas mais frequentes que os adultos fazem , quando o
assunto é incentivo à leitura com bebês, é: “Qual tipo de livro eu posso ler para
ele?”. Querem saber se valem histórias compridas, se os contos de fadas já
são adequados... Afinal, ele vai entender ou não o que estamos contando?
Para responder, há uma frase que soa quase como um tabu. Para um bebê até
por volta de 1 ano, não importa o conteúdo da história. Ele pode até não
compreender o dilema da princesa, quantos animais estão na fazenda ou
dimensionar o tamanho da floresta: mas já sente o prazer em escutar.
A partir daí, há uma troca importante: a interação ente adulto e bebê. É
por meio da modulação de seu tom de voz, da interpretação que você está
dando à história que seu bebê vai conhecer o mundo. Assim também nasce a
aquisição da linguagem e a construção do pensamento. A experiência, então,
fica na memória.
“O bebê reúne a maneira de falar da mãe e essa informação sensorial
vai criando o que chamamos de „marcas‟ no cérebro dele”, diz a fonoaudióloga
Erika Parlato-Oliveira, professora-adjunta da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretora científica do Instituto
Langage, ONG sediada em São Paulo que trabalha questões relacionadas à
linguagem.
Atenção
Aprender ler as ilustrações é fundamental nesse incentivo.
Além dos livros-brinquedos (que têm mesmo mais a função de brincar
com a criança), é preciso sensibilizar a criança a essa arte. Chamam mais
atenção às ilustrações grandes, muito coloridas ou edições com formatos
diferentes. O importante é oferecer livros com ilustrações bem trabalhadas,
também na leitura das imagens não devemos menosprezar a capacidade da
criança.
Importante
O QUE LER, COMO LER?
Poesias, histórias de repetição, tudo que envolva mais musicalidade
torna-se necessário “As diferentes formas de leitura, as pausas, o virar das
páginas, a mudança de um parágrafo, ensinam o bebê a lidar com os
momentos de silêncio mas que são em sua maioria cheios de sentidos. Bebês
adoram brincar de esconder, é um meio de elaborar as ausências. Quando
adquirem a destreza motora, adoram virar as páginas e descobrir o que virá e o
que se foi”, diz Karina Bonalume, psicóloga com especialização em clínica
interdisciplinar com bebês, pela PUC-SP. Portanto, não espere nem mais um
minuto e divirta-se!
Era uma vez
Assim vai começar
A linda história
Que agora vou contar.
Batam palmas minha gente!!!
Batam palmas outra vez
Batam palmas bem contentes
Que vou contar…
Era uma vez….
Saiba mais
NA PRÁTICA...
* Na hora de apresentar um livro, escolha histórias curtas, mas que tenham um
enredo que você também goste.
* Prepare o ambiente, coloque o bebê no colo e conte a história sem pressa.
* Bebês adoram histórias com repetição, grandes ilustrações, poemas e
brincadeiras com palavras.
* Embora conheçam tudo com as mãos e a boca, não quer dizer que só precise
ser de plástico para não estragar. Vá, aos poucos, ensinando que livro não se
põe na boca, não se rabisca, nem se rasga.
Ao contar histórias, você apresenta novas palavras para ele e o ensina a
se expressar, estimulando a fala, auxiliando na alfabetização, pois as crianças
percebem que as palavras representam coisas.
O fato de escutar a voz materna traz segurança e estreita o vínculo
afetivo. Aos poucos, a experiência de ver a mãe ler a história em sequência
ensina também que as coisas têm sequência como começo, meio e fim.
Se o hábito de ler para o bebê já traz tantos benefícios, imagine inserir
para esses momentos as técnicas usadas pelos contadores de histórias.
Da preparação do ambiente à sonoplastia, o desafio é despertar a
imaginação da criança levando-o a mergulhar na fantasia. É importante lembrar
que a criança tem o tempo dela e muitas vezes pode acontecer de se desligar
da história e focar em outra brincadeira antes que você passe do meio do livro.
“Não precisa forçar”, diz Alessandra Roscoe, escritora e contadora de histórias.
Atenção
Prepare o ambiente
Escolha sempre o mesmo cantinho e estabeleça o território com um
tapete ou algumas almofadas. Caso a criança já engatinha ou anda,
dificilmente vai parar quieto, mas entenderá pela ambientação que é hora da
história.
Iluminação de acordo com a ocasião
Diminuir a luminosidade é uma pedida se a história anteceder o soninho.
Ao ler durante este período ajuda a fazer uma transição suave entre o
ninar nos braços da mãe e o aprendizado para dormir sozinho, especialmente
com bebês acima de 1 ano.
Para o período do dia, a iluminação pode ser natural. Alterações podem
ocorrer quando história pede um clima o ambiente pode ser escurecido, por
exemplo: a aventura de João e Maria floresta adentro, rumo à casa da bruxa
malvada.
Grave ou agudo
Criar vozes diferentes, com timbre grave ou agudo, para cada
personagem valoriza a história. Mas não é obrigatório se for muito trabalhoso
ou se você se perder no meio do caminho. Ser espontâneo é uma boa
indicação.
Falar pausadamente e com boa dicção são outras indicações
necessárias.
Dim Dom, posso entrar?
A sonoplastia faz toda a diferença. Use desse recurso para criar os
sons da narrativa. Assopre apitos, bata na porta ou no móvel para imitar
alguém chegando ou bata os pés para fazer o som de alguém correndo. Não
demora muito e o bebê vai imitar o contador e repetir a brincadeira.
Tempo para apreciar
Considera-se importante memorizar a história e deixar as ilustrações
voltadas para a criança. Assim, ela terá tempo para apreciá-las.
Apontar o desenho e nomear os objetos serão ações comuns aos ouvintes.
Música para encantar
Uma canção no meio da história é um mecanismo de escape. A música
permite elaborar o conteúdo mais facilmente. Invente uma melodia para as
palavras, principalmente nos contos de repetição (quando um bordão se
repete) e nas histórias cumulativas.
Por exemplo: Quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau (cante
alternando a voz dos porquinhos e modificando o ritmo).
Crie sua versão
Mamãe conta a história de uma maneira e o papai de outra maneira e o
que dizer das professoras na escola... mas, isso não tem problema. Segundo
Ana Luísa “Cada um vai imprimir sua memória afetiva ao conto e trazer à tona
diferentes emoções e experiências. Isso só enriquece o repertório da criança”.
Outra vez
Conte a mesma história por alguns dias. Aos poucos, o bebê será
capaz de antecipar alguns trechos e sentirá satisfação ao saber o que vai
acontecer.
O controle sobre o enredo gera segurança em relação ao que era
desconhecido
Recursos tecnológicos
É preciso selecionar bem o conteúdo que será repassado para a
criança e quais recursos, existem muitos aplicativos direcionados a bebês. O
desafio é usar essa ferramenta da maneira correta.
A tecnologia facilita o
trabalho, porque tem narração, animação, música, mas não dispensa sua
interação com o bebê. Significa que é preciso ver junto e despertar a atenção
da criança para as imagens e as canções.
Considerações complementares para a Formação do Leitor – Bebê /
Criança
Atenção
O contato da criança com a literatura é considerado essencial para a sua
formação como futuro leitor.
O bebê e a criança devem crescer e conviver em um ambiente que lhe
proporcionem o exercício da leitura, para perceber o mundo por meio da leitura
de imagens, como também, a capacidade de escuta, aspectos estes,
considerados relevantes no sentido de contribuir para o desenvolvimento da
sua concentração.
As chances das crianças gostarem da leitura são maiores quanto mais
cedo às histórias orais e escritas forem inseridas no cotidiano infantil.
Inicialmente, o bebê e a criança escuta a história lida pelo adulto, depois
conhecem o livro como um objeto que pode ser manipulado.
Eles tentam
compreender tudo o que aparece no mesmo, figuras e letras (toda estrutura
externa e interna).
A Literatura Infantil tem seu inicio através de Charles Perrault, clássico
dos contos de fadas, no século XVII. Naturalmente, o consagrado escritor
francês não poderia prever, em sua época que tais histórias, por sua natureza
e estrutura, viessem constituir um novo estilo dentro da Literatura, e elegê-lo o
criador da Literatura da Criança. (CARVALHO, 1982, p. 77).
Segundo a autora, Perrault retratava a sociedade da sua época em suas
histórias, animado pela influência do folclore, considerado o fundamento
principal da Literatura Infantil daquele tempo. Foi também, o responsável em
estabelecer embasamento para um novo modelo literário, o conto de fadas,
além de ter sido o primeiro a dar aperfeiçoamento a esse tipo de Literatura.
Aprende-se ler, lendo, sendo assim é necessário que pais, professores
tornem-se leitores para poderem incentivar a leitura através do exemplo e
consigam despertar esse interesse no contexto da infância.
Referências
http://blogosapoeaprincesa.blogspot.com.br/2013/04/saiba-como-contarhistorias-para-seu.html Acesso em março de 2014.
http://revistacrescer.globo.com/Livros-pra-uma-Cuca-Bacana/Para-amarler/noticia/2013/04/ler-para-o-bebe-sim.html
Acesso em março de 2014.
http://pt.slideshare.net/MarciaGomes4/a-formao-de-leitores-na-educao-infantil
Acesso em abril de 2014.
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