FUVEST E UNICAMP – ABSOLUTISMO

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Prof. Rodolfo
1. (Unicamp 94) A respeito do Estado Moderno, o
pensador político inglês John Locke (1632-1704)
escreveu:
"Considero poder político o direito de fazer leis para
regular e preservar a propriedade".
(Citado por Kazumi Munakata, A LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA NO BRASIL, 1984)
a) Explique a função do estado segundo essa tese de
Locke.
b) Como a partir dessa tese se explica a relação do
Estado Moderno com a acumulação de capital?
2. (Fuvest 95) "Após ter conseguido retirar da nobreza
o poder político que ela detinha enquanto ordem, os
soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram
funções políticas e diplomáticas".
Esta frase, extraída da obra de Max Weber, "POLÍTICA
COMO VOCAÇÃO", refere-se ao processo que, no
Ocidente:
a) destruiu a dominação social da nobreza, na
passagem da Idade Moderna para a Contemporânea.
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na
passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na
passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade
Média.
d) conservou o privilégios políticos da nobreza, na
passagem do Antigo Regime para a Restauração.
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a
nobreza, na passagem da Idade Média para a
Moderna.
3. (Fuvest 91) O Absolutismo na Inglaterra definiu-se
nos governos de Henrique VIII e Elizabeth I, monarcas
da dinastia Tudor. Estabeleça a correlação entre
Absolutismo, Reforma Anglicana e Mercantilismo na
época Tudor.
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4. (Fuvest 88) O Estado Moderno Absolutista atingiu
seu maior poder de atuação no século XVII. Na arte e
na economia suas expressões foram respectivamente:
a) rococó e liberalismo.
b) renascentismo e capitalismo.
c) barroco e mercantilismo.
d) maneirismo e colonialismo.
e) classicismo e economicismo.
5. (Fuvest 82) No processo de formação dos Estados
Nacionais da França e da Inglaterra podem ser
identificados os seguintes aspectos:
a) fortalecimento do poder da nobreza e
retardamento da formação do Estado Moderno
b) ampliação da dependência do rei em relação aos
senhores feudais e à Igreja
c) desagregação do feudalismo e centralização política
d) diminuição do poder real e crise do capitalismo
comercial
e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o
Estado e a Igreja
6. (Fuvest 89) A política econômica do Estado
Moderno Absolutista, conhecida por Mercantilismo,
atingiu seu pleno apogeu no século XVII. Aponte e
explique duas de suas características.
7. (Fuvest 85) Em alguns países da Europa, na segunda
metade do século XVIII, surgiram monarcas que
emprestaram feição nova ao velho Absolutismo.
a) Como são chamados esses monarcas ?
b) Que novo estilo de governo propuseram ?
c) Cite o nome de dois deles, indicando os respectivos
reinos.
8. (Fuvest 98) A partir da época moderna observa-se,
em países da Europa ocidental, um progressivo
fortalecimento das monarquias nacionais. Descreva as
principais características políticas e econômicas desse
processo entre os séculos XVI e XVII.
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9. (Unicamp 98) Leia os comentários a seguir sobre o
poder dos reis em dois períodos históricos distintos:
"Durante os séculos XI e XII acreditava-se que os reis
de França e da Inglaterra fossem capazes de fazer
milagres e curar doenças. A conquista deste poder
milagroso contribuiu para a afirmação do poder
monárquico, ameaçado pelos grandes senhores
feudais".
(Adaptado de J. LE GOFF, PREFÁCIO A M.
BLOCH, OS REIS TAUMATURGOS, São Paulo, Cia. das
Letras, p.21)
"Entre o fim da década de 1870 e o ano de 1914,
ocorreu uma mudança fundamental na imagem
pública da monarquia britânica, na medida em que
seu ritual, até então inadequado, particular e pouco
atraente, tornou-se suntuoso, público e popular. Até
certo ponto isto foi facilitado pelo fato de que os
monarcas estavam pouco a pouco se afastando da
atividade política".
(Eric Hobsbawm e Terence Ranger, A
INVENÇÃO DAS TRADIÇÕES, Paz e Terra, pp. 130-131)
A partir desses dois comentários, responda:
a) Que poderes se contrapunham à autoridade dos
reis em cada um desses períodos históricos?
b) Que artifícios os reis utilizaram para afirmar a sua
autoridade em cada um desses períodos?
10. (Unicamp 98) Sobre o governo dos príncipes,
Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século
XVI, afirmou:
"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano,
íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais
qualidades. (...) Um príncipe não pode observar todas
as coisas a que são obrigados os homens considerados
bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o
governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade,
a religião (...). O príncipe não deve se desviar do bem,
se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se
necessário".
(Adaptado de Nicolau Maquiavel, O PRÍNCIPE,
em OS PENSADORES, São Paulo, Nova Cultural, 1996,
pp. 102-103)
A partir do texto, responda:
a) Qual o maior dever do príncipe?
b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?
c) De que maneira as idéias de Maquiavel se opunham
à moral cristã, medieval?
11. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar
todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e
ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos
magistrados."
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em
1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as
monarquias européias recorrerem ao recrutamento
de mercenários estrangeiros, em grande escala, deviase à necessidade de:
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia,
a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados
profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as
demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores
urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes
entre esta e a nobreza.
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12. (Fuvest 2002) Segundo Marx e Engels, há períodos
históricos em que as classes sociais em luta se
encontram em tal equilíbrio de força que o poder
político adquire um acentuado grau de independência
em relação a elas. Foi o que aconteceu com
a) a Monarquia absolutista, em equilíbrio entre
nobreza e burguesia.
b) a Monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros
e camponeses.
c) o Império romano, em equilíbrio entre patrícios e
plebeus.
d) o Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e
proletários.
e) o Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes
e pastores.
13. (Unicamp 2003) O grande teórico do absolutismo
monárquico, o bispo Jacques Bossuet, afirmou: "Todo
poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como
ministros de Deus e seus representantes na terra.
Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e
que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O
príncipe não precisa dar contas de seus atos a
ninguém."
(Citado em "Coletânea de Documentos Históricos para
o 1° grau." São Paulo, SE/CENP, 1978, p. 79.).
a) Aponte duas características do absolutismo
monárquico.
b) Em que período o regime político descrito no texto
esteve em vigor?
c) Cite duas características dos governos democráticos
atuais que sejam diferentes das mencionadas no
texto.
14. (Fuvest 2006) Felipe II, rei da Espanha, entre 1556
e 1598, não conseguiu impedir a revolta dos
holandeses (Países Baixos setentrionais). Luís XIV, rei
de França, entre 1643 e 1715, não conseguiu
conquistar a Holanda. Nos dois enfrentamentos,
estiveram em jogo concepções político-religiosas
opostas e estruturas socioeconômicas distintas.
Explique
a) essas concepções político-religiosas opostas.
b) essas estruturas socioeconômicas distintas.
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15. (Unicamp 2007) Da Idade Média aos tempos
modernos, os reis eram considerados personagens
sagrados. Os reis da França e da Inglaterra "tocavam
as escrófulas", significando que eles pretendiam,
somente com o contato de suas mãos, curar os
doentes afetados por essa moléstia. Ora, para
compreender o que foram as monarquias de outrora,
não basta analisar a organização administrativa,
judiciária e financeira que essas monarquias
impuseram a seus súditos, nem extrair dos grandes
teóricos os conceitos de absolutismo ou direito divino.
É necessário penetrar as crenças que floresceram em
torno das casas principescas.
(Adaptado de Marc Bloch. "Os reis
taumaturgos". São Paulo: Companhia das Letras.
1993, p. 43-44.)
a) De acordo com o texto, como se pode compreender
melhor as monarquias da Idade Média e da Idade
Moderna?
b) O que significa "direito divino dos reis"?
c) Caracterize a política econômica das monarquias
européias entre os séculos XVI e XVIII.
16. (Unicamp 96) "Todo o poder vem de Deus. Os
governantes, pois, agem como ministros de Deus e
seus representantes na terra. Conseqüentemente, o
trono real não é o trono de um homem, mas o trono
do próprio Deus".
(Jacques Bossuet, POLÍTICA TIRADA DAS
PALAVRAS DA SAGRADA ESCRITURA, 1709)
"(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração
de que todo o poder é originalmente concedido ao
povo e, conseqüentemente, emanou do povo".
(Emenda Constitucional proposta por Madison
em 8 de junho de 1789)
a) Explique a concepção de Estado em cada um dos
textos.
b) Qual a relação entre indivíduo e Estado em cada
um dos textos?
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17. (Fuvest 99) Em 1651, por ocasião de uma visita da
frota inglesa ao porto de Cadiz, Espanha, o almirante
Blake provocou a irritação de Felipe IV, quando este
último soube que aquele declarara, em praça pública,
que "graças ao exemplo dado por Londres, todos os
reinos iriam aniquilar a tirania e tornar-se repúblicas.
A Inglaterra já o tinha feito; a França seguia o mesmo
caminho; e considerando-se que a natural indolência
dos espanhóis tornava mais lento o seu movimento,
dava a eles dez anos, antes a que no país explodisse a
revolução".
a) A que acontecimentos históricos o almirante Blake
se referia ao mencionar os exemplos da Inglaterra e
da França?
b) A previsão de Blake com relação à Espanha veio a
realizar-se?
18. (Fuvest 88) Na Europa do século XVI a religião foi
usada como instrumento de fortalecimento do poder
político, tanto nos Estados católicos quanto nos
protestantes. Explique esse processo nos casos da
Espanha e da Inglaterra.
19. (Fuvest 93) Na Europa Ocidental dos nossos dias,
em conseqüência do processo de integração, verificase um problema parecido com o que existiu durante a
Baixa Idade Média. Trata-se do problema de
articulação das três esferas do poder político: o poder
local, o poder do Estado-Nação e o poder
supranacional. Hoje, se a integração se concretizar,
ela será feita, ao contrário do que ocorreu no fim da
Idade Média, em prejuízo do poder do Estado-Nação.
Indique:
a) quem exercia cada uma das três esferas do poder
durante a Baixa Idade Média?
b) qual delas, no fim deste período histórico, se
sobrepôs às demais; por quê?
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GABARITO
1. a) O Estado era o regulador da sociedade
determinando sua organização.
b) O Estado moderno de origem burguesa determinou
uma igualdade jurídica, mas não democrática.
2. [E]
3. O Absolutismo atingiu seu apogeu com estes
governantes através da submissão da Igreja aos
interesses do Estado, como a da concessão de
monopólios aos burgueses e da política de
colonização da América.
9. a) Dos séculos XI e XII o poder feudal se opunha ao
poder real; entre 1870 e 1914, os operários eram
contrários à monarquia.
b) Nos séculos XI e XII, os reis assumiam poderes
miraculosos; entre 1870 e 1914 se colocavam como
defensores das tradições e símbolos da nação.
10. a) Manter o controle sobre o Estado, o que se
justifica pela tese "os fins justificam os meios".
b) Sem piedade.
c) A defesa do individualismo e do pragmatismo
contrariavam os princípios de humildade, justiça e
lealdade contidos na moral cristã medieval.
11. [D]
4. [C]
12. [A]
5. [C]
6. Intervencionismo do estado, planejando a
economia.
Balança comercial favorável visando a acumulação
primitiva do capital.
7. a) Déspotas esclarecidos.
b) Reformas de cunho burguesas.
c) José II - Áustria e Catarina, a Grande - Rússia.
8. Política: O absolutismo monárquico caracterizou-se
como um modelo de Estado de conciliação dos
interesses da burguesia, da nobreza feudal e da Igreja,
onde o rei concentrava os poderes da administração,
da justiça e do exército, além de estimular a
economia.
Economia: Os Estados Nacionais estimulavam o
comércio através das práticas mercantilistas como
forma de superar as demais nações na concorrência
internacional. Tais práticas constituíam-se
basicamente no metalismo (acumulação de metais
preciosos para a cunhagem de moedas), nas leis
protecionistas e os monopólios, no intervencionismo
estatal na economia, na balança comercial favorável e
no sistema colonial.
13. a) Concentração de todos os poderes nas mãos do
rei; equilíbrio do rei entre nobreza e burguesia,
concedendo à primeira privilégios sociais e à segunda,
vantagens econômicas; prática da política econômica
mercantilista; justificativa do absolutismo pela Teoria
do Direito Divino.
b) Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVIII.
c) O poder emana do povo, e não de qualquer
entidade divina; os governantes são representantes
dos cidadãos e agem em nome destes, os governantes
são responsáveis por seus atos, deve haver divisão de
poderes, o governante deve prestar contas de seus
atos.
14. a) Enquanto a Espanha e a França representavam
o absolutismo monárquico e o catolicismo, a Holanda
representava o ideal republicano burguês e o
calvinismo.
b) Espanha e França estruturavam-se como
sociedades aristocráticas e estratificadas, em
decorrência dos remanescentes feudais, enquanto a
Holanda já se constituia como uma sociedade de
classes, predominantemente burguesa e ligada às
atividades mercantís e financeiras.
15. a) Nas idades Média e Moderna, a intensa
religiosidade dos europeus permitia aos reis se
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apresentarem como possuidores de dons divinos, o
que reforçava sua autoridade junto aos súditos.
b) A teoria do "Direito Divino" dos reis foi elaborada
por Jacques Bossuet em seu livro "A Política Segundo
as Sagradas Escrituras", estabelecendo que o rei deve
ter poderes absolutos porque é escolhido por Deus,
representante Dele entre os homens e, portanto,
somente a Ele deve prestar contas dos seu atos.
c) Trata-se do mercantilismo, política econômica das
Monarquias Nacionais, visando o enriquecimento do
Estado através das atividades comerciais, e por
conseguinte, o fortalecimento do poder real.
Caracterizava-se pelo metalismo (acumulação de
metais preciosos), pelo estímulo à balança comercial
favorável, pelo protecionismo alfandegário, pelo
intervencionismo e pela exploração de colônias.
16. a) O primeiro: absolutismo e o segundo:
democracia liberal.
b) Submissão do indivíduo ao Estado e igualdade civiljurídica.
17. a) Em relação à Inglaterra o almirante Blake se
refere à Revolução Puritana (1649) que instalou a
República liderada por Oliver Cromwell. Em relação à
França refere-se às Frondas, associações de burgueses
e nobres, contrárias à política fiscal do Cardeal
Mazarino.
b) Não, pois a monarquia absoluta espanhola
manteve-se até o século XIX, abalada com a presença
de Napoleão Bonaparte no trono espanhol e as
revoluções liberais que liquidaram o absolutismo
monárquico.
18. Foi na Espanha e nas suas colônias que a
inquisição encontrou maior projeção, sendo
largamente utilizada.
Na Inglaterra, Henrique VIII era chefe de estado e da
igreja anglicana.
19. a) O poder local era exercido pela nobreza e
cidades autônomas; o poder Estado-Nação pelo rei, e
o poder supranacional pelo papa.
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b) O Estado-Nação com o apoio da burguesia, o
enfraquecimento da nobreza, as guerras e a nova
realidade econômica.
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