UNIARARAS Centro Universitário Hermínio Ometto FISIOLOGIA CONCEITOS • Grego FISIOLOGIA physis = natureza logos = estudo ou tratado Ramos : celular , viral, microbiana, vegetal , animal, humana e comparada Objetivos • estudar o funcionamento normal dos órgãos e sistemas; * compreender os mecanismos de controle que permitem as todas partes do processo vital funcionar em perfeito equilíbrio. FISIOLOGIA associada a funcionamento, normalidade, equilíbrio e saúde PROCESSOS HOMEOSTÁTICOS • CLAUDE BERNARD [ + 100 ANOS ], observou que o meio interno do organismo se mantinha constante apesar das alterações do meio externo. • A manutenção de um meio interno constante em condições estressantes, como exercício, calor frio, jejum, é resultado de muitos complexos sistemas de controle. • WALTER CANNON [ 1932 ], estabeleceu o termo: HOMEOSTASIA“ constância do meio interno”. • ESTADO ESTÁVEL é um termo utilizado pelos fisiologistas do exercício para indicar um ambiente fisiológico constante. • Ex: To.de atleta em exercício é alterada, mas depois de um tempo atinge um platô constante [+ elevada que normal ] MEIO INTERNO • O alvo da regulação homeostática MEIO INTERNO = LÍQUIDO INTERSTICIAL , o líquido que banha as células [ extracelular ] • Conhecer o meio interno,levou a necessidade de dividir os compartimentos do organismo. • COMPARTIMENTOS ORGÂNICOS • Membrana celular lipoprotéica . Proteínas transportadoras, receptoras e formadoras de canais iônicos • Camada bilipídica polar [ hidrófila ] apolar [ hidrófoba ] • Limite de difusão 100 daltons IONS Partículas eletricamente carregadas Necessitam de um corredor aquoso para atravessarem a membrana. CANAIS IÔNICOS - molécula protéica integral - poro aquoso Formas de Transporte de íons 1) Transporte passivo (difusão simples) a favor do gradiente de concentração (e do gradiente elétrico). 2) Transporte ativo contra o gradiente de concentração e (gradiente elétrico elétrico). a) Primário b) Secundário CANAIS IÔNICOS • proteínas integrais da membrana – camada lipídica • permitem a passagem de íons seletivamente em resposta a S químicos, elétricos ou mecânicos. CANAIS ABERTOS : deixam passar estímulos continuamente. CANAIS CONTROLADOS POR COMPORTAS : S ESPECÍFICOS - DEPENDENTES DE VOLTAGEM - DEPENDENTES DE LIGANTES • todos o canais são glicoproteínas formadas por subunidades • ALOSTERIA – modificações na disposição espacial permitindo ou não o fluxo iônico Canais iônicos com comporta: abrem-se de duas maneiras 1) DIRETAMENTE 2) INDIRETAMENTE CONDUÇÂO DO POTENCIAL DE AÇÂO POTENCIAL DE AÇAO NAS FIBRAS MIELINIZADAS Nas fibras mielinizadas o PA só se desenvolve nos nodos de Ranvier. Sob a bainha não há canais iônicos. Propriedade: aumento na velocidade de condução do impulso nervoso Algumas doenças podem causar a perda de mielina afetando a velocidade de condução do impulso nervoso. O TERMINAL AXONAL E AS SINAPSES • Os axônios têm muitas ramificações em suas regiões terminais e cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares arborização terminal. Citoplasma difere do restante do axônio: Microtúbulos não se estendem ao terminal sináptico. A superfície interna da membrana da sinapse apresenta um revestimento denso de proteínas. Apresenta numerosas mitocôndrias alta demanda de energia no local. A SINAPSE • É um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular. • Apresenta dois lados: lado pré-sináptico: consiste de um terminal axonal. lado pós-sináptico: pode ser dendrito ou soma de outro neurônio ou ainda outra célula inervada pelo neurônio. • Transmissão sináptica: transferência de informação através de uma sinapse. • Podem ser elétricas ou químicas (maioria). TRANSMISSÃO SINÁPTICA ELÉTRICA – JUNÇÕES ABERTAS/ GAP JUNCTIONS Membranas excitáveis entre células musculares QUÍMICA - SNC – NEUROTRANSMISSORES EXCITATÓRIAS – mediante despolarização da membrana INIBITÓRIAS – mediante hiperpolarização da membrana influxo seletivo de Cl - / saída de K+ [ > negatividade ] AS SINAPSES ELÉTRICAS • Permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. • Ocorrem em sítios especializados denominados junções gap ou junções comunicantes membranas pré-sinápticas e póssinápticas (3nm) atravessadas por proteínas especiais denominadas conexinas formam um canal denominado conexon permite que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o de outra. • Maioria permite que a corrente iônica passe adequadamente em ambos os sentidos bidirecionais. Ao longo do axônio há canais iônicos de Na e K com comporta sensíveis a mudança de voltagem. REPOUSO: fechados, mas a alteração de voltagem na membrana causa a sua abertura temporária (abre-fecha) A abertura causa fluxo resultante passivo de determinados íons e, como conseqüência, mudanças no potencial elétrico. Tipos de canais Canais de Na voltagem dependente - Rápidos (abrem-se primeiro) Canais de K voltagem dependentes - Lentos (abrem-se depois) AS SINAPSES QUÍMICAS . • As membranas pré e póssinápticas são separadas por uma fenda com largura de 20 a 50 nm - fenda sináptica. • A passagem do impulso nervoso é feita por substâncias químicas: os mediadores químicos ou neurotransmissores, liberados na fenda sináptica. • O terminal axonal típico contém dúzias de pequenas vesículas membranosas esféricas que armazenam neurotransmissores - as vesículas sinápticas. SINAPSE NERVOSA Qual é a vantagem da comunicação por meio de 2º Mensageiro? - Amplificação do sinal inicial - Modulação da excitabilidade neuronal - regulação da atividade intracelular Onde as drogas podem agir? Acetil CoA Colina ACh Transportador de ACh Etapas da biossíntese e degradação enzimática do NT Transportador de colina Liberação do NT Sítios receptores pré e pós-sinápticos Colina + Acetato AChE Receptor pós-sinaptico Neurotransmissor Serotonina Receptores 5 HT1A, 5 HT1B , 5 HT1C , 5 HT1D, 5HT2, 5HT3 e 5HT4 A 5-HT participa na regulação da temperatura, percepção sensorial, indução do sono e na regulação dos níveis de humor Drogas como o Prozac são utilizados como anti-depressivos. Agem inibindo a recaptaçâo do NT, prolongando os efeitos do 5HT NEUROTRANSMISSORES NEUROMODULADORES Aminoácidos -Acido-gama-amino-butirico (GABA) -Glutamato (Glu) -Glicina (Gly) -Aspartato (Asp) Peptideos a) gastrinas: gastrina colecistocinina b) Hormônios da neurohipofise: vasopressina ocitocina c) Opioides d) Secretinas e) Somatostatinas f) Taquicininas g) Insulinas Aminas - Acetilcolina (Ach) - Adrenalina - Noradrenalina - Dopamina (DA) - Serotonina (5-HT) - Histamina Purinas - Adenosina - Trifosfato de adenosina (ATP) Gases NO CO GABA • GABA (ácido gama-aminobutírico): principal neurotransmissor inibitório do SNC. • Está presente em quase todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie conforme a região. Envolvido com os processos de ansiedade. A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de seus neurotransmissores no SNC, resultam em estimulação intensa, manifestada através de convulsões generalizadas. • 2- De acordo com as conexões ou funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser classificados em: Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central. Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas ao estímulo). Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os neurônios motores. FUSO MUSCULAR • Receptores de distensão que enviam informações ao SNC sobre o grau de estiramento do músculo. • Várias fibras musculares modificadas contidas em uma cápsula, com um nervo sensorial espiralado ao redor de seu centro. • Essas células musculares fibras intrafusais # das fibras extrafusais ou regulares. A porção central do fuso não é capaz de contrair-se, porém as duas extremidades contém fibras contráteis. Os finos nervos motores que inervam as extremidades são do tipo GAMA e são denominados NERVOS MOTORES GAMA ou FUSIMOTORES. quando são S, as extremidades do fuso se contraem e distendem a região central. Os nervos de > calibre das fibras regulares NERVOS MOTORES ALFA FUSO MUSCULAR • O Estiramento S o nervo sensorial aí conectado [ anuloespiralado ] que S o SNC neurônios motores alfa que S as fibras regulares e o músculo contrai. • Com o encurtamento do músculo [ isotônica ], o fuso contrai cessa o S e o músculo relaxa. • O fuso é sensível tanto à velocidade na mudança do comprimento quanto ao comprimento final alcançado pelas fibras musculares. • EX. cotovelo flexionado contra uma carga [ segurar um livro] estiramento tônico e está relacionado com o comprimento final das fibras musculares SISTEMA GAMA • AS EXTREMIDADES DAS FIBRAS FUSELARES SÃO INERVADAS POR NEURÔNIOS MOTORES GAMA. Estes podem ser S diretamente pelos centros motores do córtex cerebral através de suas conexões nervosas com o feixe piramidal para a medula espinhal. • Quando assim S as extremidades do fuso se contraem, distendendo a porção central e S o nervo sensorial, isto é o fuso muscular pode ser ativado exclusivamente sem participação do restante do músculo.esse arranjo especial • SISTEMA GAMA OU ALÇA GAMA- bastante sensível para execução de movimentos voluntários, o acionamento gama [ nas fibras intrafusais ] ocorre antes da ativação alfa –regulando seu comprimento e sua sensibilidade ,independentemente do comprimento global do próprio músculo ORGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI • ESTÃO NOS TENDÕES e atuam com “dispositivos de segurança „que ajudam a impedir a força excessiva durante a contração muscular • Quando S ativam a medula espinhal que S neurônios inibitórios • Esse processo permite modulação perfeita da atividade muscular • Provavelmente os O T. Golgi possuem um papel importante em atividades de força.a quantidade de força produzida por um grupo muscular pode ser dependente da capacidade que o Indivíduo tem de se opor voluntariamente á inibição do O. T Golgi • Essa atividade inibitória pode ser reduzida com o treinamento de força. A perda da competição de ”queda de braço”, ocorre quando a ação inibitória desses receptores supera o esforço voluntário de se manter a contração. Também é o limite para “o ponto de ruptura‟, em testes de força m GNOSIA: capacidade de percepção e identificação das informações que chegam as áreas sensoriais associativas Agnosias visual, auditiva, etc PRAXIA: capacidade de executar os movimentos planejados voluntários. Apraxias Afasia m SARA Cerebelo Impulsos visuais FORMAÇÃO Tronco RETICULAR Encefálico Impulsos auditivos Medula Vias ascendentes Vias descendentes Sistema motor • Centros corticais / regiões subcorticais • Comandam as ações contráteis das unidades motoras através de vias descendentes que formam 2 sistemas • Medial : vias que controlam equilíbrio e postura • [ musculatura do eixo central do corpo ] • Lateral : vias de comando dos movimentps voluntários • [ braços – mãos – pés ] SISTEMA EXTRA PIRAMIDAL • A velha classificação é hoje substituída pela classificação morfofuncional de Kuypers que separa o sistema lateral encarregado dos movimentos finos das extremidades – do sistema medial responsável pelos movimentos de ajuste medial do corpo. • A classificação se tornou obsoleta • O feixe piramidal [ córtico espinhal ] não contém apenas fibras motoras, mas também fibras do cortex somestésico que se dirigem ao tronco encefálico sistema modulador do influxo sensorial Controle motor • • • • • TRACTO PIRAMIDAL – VIA CORTICOESPINHAL Via descendente de destaque . Decussação nas piramides bulbares cortico espino laterais Alguns axônios transmitem 70m/seg. Axônios fazem sinapses com interneurônios medulares neurônios motores músculos • Atua programaçào de movimentos – tonus muscular – postura – movimentos dos dedos pés/màos. LESÕES ” Síndrome piramidal deficitária” :- perda dos movimentos voluntários ,hemiplegias ,tetraplegias e monoplegias [AVCH ] “SINDROME PIRAMIDAL DE LIBERTAÇÃO” :- HIPERATIVIDADE DOS SISTEMAS “EXTRAPIRAMIDAL”E MOTOR PERIFÉRICO = HIPERREFLEXIA, ESPASMOS, ESPASTICIDADE NÚCLEOS DA BASE entre córtex / tálamo. • Atuam em atividades motoras • Programaçào de movimentos • S formação reticular • Controle do tonus muscular • Modulam o córtex motor [ geram condições ideais para S ]. Neurônios GABAérgicos inibitórios, mesmo em repouso atuam como freio nos movimentos. Via nigro estriada. Subst. Nigra caudado e putâmen neuro transmissor dopamina. Parkinson ocorre degeneraçào nas células dopaminérgicas da subst. Nigra. Tremor em repouso, rigidez ,acinesia, bradicinesia. Lesões:- coréias,atetoses, hemibalismo,distonias de torção.... CEREBELO • Via vestibulocerebelar S do labirinto vestibular posição da cabeça • Espinocerebelares S relacionados com a “situação muscular dos membros e do tronco. • Via corticopontocerebelar S córtex motor relacionadas com “mensagens de programação motora “. • Compara S sensitivos/motores – corrige – ajusta a resposta • Estação de retransmissão • Calcula a distância dos objetos • Importante no aprendizado de habilidades motoras • Equilíbrio associado ao sistema vestibular • Tonus muscular • LESÕES CEREBELARES • • • • • • • • • ATAXIA DISMETRIA DISARTRIA DESEQUILÍBRIO - distasia [ marcha ebriosa ] RECHAÇO OU REBOTE TREMOR TERMINAL NISTAGMO HIPOTONIA – HEREDODEGENERAÇOES ESPINOCEREBELARES – [ hereditárias ] SISTEMA VESTIBULAR • ÉQUILÍBRIO ESTÁTICO equilíbrio e postura do corpo quando este não está em movimento [ principalmente cabeça ]. As máculas são os receptores do equilíbrio estático. Apresentam terminaçòes nervosas que são despolarizadas pelo movimento dos otólitos S nervo vestibular VIII [ do vestíbulococlear ]. * EQUILÍBRIO DINÂMICO os 3 ductos semicirculares mantêm o equilíbrio dinâmico. Na ampola temos a crista ampilar com terminações nervosas. Quando a cabeça se move, a endolinfa dos ductos move as terminaçòes nervosas que S o nervo vestibular . • DISTÚRBIOS • NISTAGMO VESTIBULAR em afecções periféricas do s. vestibular • VERTIGEM Sensaçào de giro • LABIRINTITES Tóxicas , vasculares. • VESTIBULOPATIA RECORRENTE doença vestibular Méniere = acúmulo de endolinfa [ tb perda auditiva, pressào orelha..] • NEURONITE VESTIBULAR etiologia viral ? A vertigem de origem central pode estar associada com sinais de patologias dobtronco cerebral e cerebelo A vertigem de origem periférica com perda auditiva... FALA / LINGUAGEM • 3 ÁREAS CORTICAIS ENVOLVIDAS • ÁREA DE BROCA -> hemisfério esquerdo . Responsável pela expressão oral da linguagem Quando lesada compreensão da linguagem permanece intacta , mas com dificuldade de expressão -> AFASIA MOTORA • REGIÃO TEMPORAL DE WERNICKE Hemisfério esquerdo Lesões: Alterações na compreensão da linguagem – AFASIA SENSORIAL REGIÃO CORTICAL TERCIÁRIA LOBO FRONTAL papel similar às outras estruturas, mas particularmente a fenômenos sequenciais ler – escrever – sequenciação de palavras PAUL BROCA (1891): médico e anatomista francês, foi o primeiro a descrever uma correlação positiva entre sintomas e lesão cerebral. Mostrou que a afasia motora está associada à lesão do terço posterior do giro frontal esquerdo inferior e sugeriu que essa área é o “centro para as imagens motoras das palavras” e que a sua lesão causa, invariavelmente, esse tipo de afasia. KARL WERNICKE (1873): psiquiatra alemão, mostrou que a lesão no terço posterior do giro temporal superior esquerdo causava um tipo de afasia porem do tipo sensorial. O paciente não compreendia as palavras faladas. KLEINST (1934): descriçao de uma serie de sintomas causados por ferimentos a bala em diferentes regioes cerebrais. Áreas de Wernicke e de Broca Área de Wernicke Área de Broca Área associativa auditiva. Compreensão da linguagem falada. Intima associação com a área de Wernicke Interpretação da linguagem falada, escrita e tateada Função interpretativa Geral Giro angular: transforma as palavras ouvidas, lidas e tateadas em um único código de linguagem. A área de Broca situa-se anteriormente a área motora primária que controla a face, lábios e a língua. É responsável pela EXPRESSÃO da linguagem falada. Aqui as palavras a serem pronunciadas serão formadas