O MARKETING VERDE COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE PARA AS EMPRESAS RESUMO: O Marketing verde ou Eco Marketing é considerado uma área muito importante para as empresas. É utilizada como uma ferramenta de apoio e monitoramento, desde o processo de desenvolvimento, produção, entrega, até o descarte do produto, buscando atender as necessidades e desejos dos consumidores e apresentando aos seus vários públicos a busca pelo lucro com responsabilidade social. As empresas aproveitando-se dessa oportunidade estão investindo cada vez mais em seus produtos procurando atrair mais clientes e satisfazê-los. Este trabalho, portanto, tem como objetivo principal apresentar o conceito de marketing verde e como as empresas estão trabalhando nessa área. Com a diversidade de produtos e serviços oferecidos no mercado, as empresas estão sempre à procura de meios que possam torná-las mais competitivas, e o marketing verde proporciona essa diferenciação, considerando-se como um importante fator de decisão na escolha do produto. PALAVRAS-CHAVE: marketing verde, competitividade, responsabilidade sócioambiental ABSTRACT: Marketing green or Eco Marketing is considered a very important area for businesses. It is used as a tool for supporting and monitoring, since the process of development, production, delivery to disposal of the product, to meet the needs and desires of consumers and presenting to various audiences to their pursuit of profit with social responsibility. Companies taking advantage of this opportunity are increasingly investing in their products for attracting more customers and satisfy them. This study therefore aims to present the main concept of green marketing and presenting how companies are working in this area. With the diversity of products and services offered on the market, companies are always seeking ways to make them more competitive, and green marketing provides this differentiation, considering as an important factor in the decision of choosing the product. KEY-WORDS: responsibility green marketing, competitiveness, social and environmental 1 INTRODUÇÃO A modernização e a competitividade trouxeram às empresas uma importante ferramenta, a Gestão Ambiental, a qual foi vista num primeiro momento como inimiga do progresso. Mas com o passar do tempo as empresas começaram a se preocupar com o Meio Ambiente, mesmo que por força de uma regulamentação ou Lei, que as obrigavam a um controle de degradação, poluição ou por qualquer outro motivo que cause impacto negativo no Meio Ambiente. Aproveitando-se disso, as empresas perceberam uma oportunidade: os consumidores tendem a demonstrar maior interesse por produtos ecologicamente corretos ou que apresentam o selo verde em seus produtos. O termo Marketing Verde surgiu nos anos setenta, quando a AMA (American Marketing Association) realizou um workshop com a intenção de discutir o impacto do marketing sobre o meio ambiente, no Brasil esse conceito começou a ser discutido na década de 90. O Marketing Verde segundo Polonski (1994, apud Gonzaga, 2005, pg.356) consiste no conjunto das atividades concebidas para produzir e facilitar a comercialização de qualquer produto ou serviço com a intenção de satisfazer necessidades e desejos humanos, porém causando impacto mínimo ao meio ambiente. Envolve desde a fabricação de produtos e embalagens, bem como mudanças em processos de produção e publicidade. A importância de todo esse processo se deve ao fato das pessoas utilizarem recursos limitados para satisfazerem desejos ilimitados. Sabe-se que a utilização do Marketing Verde em qualquer etapa de fabricação do produto faz com que aumente a competitividade das empresas, que segundo ALMEIDA (2007), “competitividade é a característica ou capacidade de qualquer organização em lograr e cumprir a sua missão, com mais êxito que as empresas competidoras”. 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica, utilizando-se de dados secundários de diversas fontes. Para esclarecer melhor os assuntos relacionados aos conceitos de Marketing Verde e Competitividade, utilizou-se a metodologia especifica das Ciências Sociais, que, segundo LAKATOS classificou como método Comparativo. O Método Comparativo ocupa-se da explicação dos fenômenos e permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os elementos constantes abstratos e gerais, ou seja, chega-se a uma conclusão na comparação dos elementos estudados, onde características expressas são vistas de forma idêntica onde as divergências apresentadas são a real resposta deste método tão usado. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO As empresas possuem a constante necessidade de vantagem competitiva perante seus concorrentes, adotando assim o enfoque sócio ambiental, o qual no início de seu desenvolvimento não houve aceitação, sendo visto como fator passageiro, mas que vem se desenvolvendo no Brasil desde a década de 90. Portanto a partir desta época, as empresas passaram a adotar métodos sustentáveis para manter e ganhar novos consumidores, afirmando através de Paiva (2003, p. 48): “Quando a empresa passa a valorizar sua relação com o meio ambiente e a tomar medidas preventivas, sua imagem perante a opinião pública tende a apresentar conotação diferenciada. Valorizar sua preocupação com o meio ambiente tem um forte papel, entre outros, na manutenção dos clientes atuais e atração de novos consumidores”. O benefício pode ser considerado mútuo para ambas as partes, pois os vendedores agregam valor aos seus produtos, já os consumidores passam a identificar as características e benefícios ambientais em cada produto. O tema competitividade torna-se a cada dia mais importante, sendo muito impulsionado pela aprovação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) em 1994 e da WTO (World Trade Organization) Estes tratados abriram caminho para a formação de blocos regionais e acordos comerciais multilaterais como Mercosul, Nafta e Alça, permitindo às empresas atuarem globalmente e maior capacidade para competirem com outras corporações do mundo pela conquista de consumidores em áreas geográficas especificas. Este processo denominado globalização, permitiu um crescente aumento do relacionamento entre empresas e clientes, rompendo as barreiras entre os países. Os consumidores ficam cada vez mais expostos ao assédio de produtos de empresas localizadas em diversas partes do planeta, fazendo com que haja cada vez mais concorrentes disputando um mesmo cliente. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A competitividade é essencial para as empresas, e uma das formas utilizadas atualmente é o Marketing Verde, a qual visa atingir um nicho de mercado que cresce consideravelmente, assim abrangendo uma maior área de atuação buscando consumidores aparentemente inativos. Este é um dos pontos que estão mais evidentes em pauta dentro de uma organização. A procura constante de elementos chaves que criem fatores altamente competitivos e faz com que segmento de atuação consiga se destacar diante de seu mercado, concorrentes e consumidores. Este trabalho apresentou o fator de competitividade das empresas perante seus concorrentes: o Marketing verde, tendo como grande fator impulsionador os próprios clientes que passaram a discutir a questão socioambiental na visão das empresas, em contrapartidas estas necessitam da adequação para manter a fidelização e conquistar novos nichos de mercado. Ao adotar o marketing verde, as empresas devem informar seus consumidores sobre as vantagens de adquirir produtos e serviços ecologicamente corretos e despertar ou estimular o desejo do mercado por esta categoria de produtos. Pode-se afirmar o pensamento através da citação de STECKERT e BRIDI (2005): O marketing verde está sendo usado como uma ferramenta estratégica para as empresas, permitindo a associação de sua imagem ao empenho pela preservação ambiental, buscando alcançar uma maior fatia de mercado. É importante salientar que o marketing ambiental não se resume somente em demonstrar a preocupação com o meio ambiente, o mesmo pode ser utilizado para melhorar a competitividade da organização, reagindo assim, às atuais exigências do mercado com relação à preservação ambiental. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Álvaro. Economia Aplicada para Gestores, Cadernos IESF. Espaço Atlântico, 2007. FERNANDES, Bruno Henrique Rocha; BERTON, Luiz Hamilton. Administração Estratégica: da competência empreendedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva 2005. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1985. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1983. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2006 12ª edição. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI. 12 ed. São Paulo, Futura, 2002. ROSSI, Josieli G.; PADION, Vanessa; SARTORI, Amanda; MAFFINI, Clarissa A.; GREFF, Graziele F. Marketing verde: O diferencial Competitivo Adotado Pelas Organizações. Disponível em: <http://www.revista.inf.br/contabeis02/pages/artigos/cc-edic02-anoi-art04.pdf>. STECKERT, Camila; BRIDI Eduardo. Marketing verde: a adoção de uma postura ambiental. Santa Catarina, 2005. Disponível em: <http://www.agathos.assevim.edu.br/1edicao/Bridi.pdf>. Acesso em: 25 de março de 2010.