SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO EXAME CLÍNICO X EXAMES COMPLEMENTARES. Otino, Robson Hideki1; Pinho, Ibsen Arsioli2; Tibiriçá, Rafael3 Silva, Amauri Pinto da4 1,2,3 Acadêmicos do Curso de Pós Graduação de Perícia Médica do Centro Universitário de LinsUnilins, Três Lagoas-MS. 4 Docente do Curso de Pós Graduação de Perícia Médica do Centro Universitário de Lins-Unilins, Lins-SP. Resumo Síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia compressiva mais comum do ser humano; o nervo mediano sofre efeitos pressóricos no túnel do carpo, 3-4 cm distal à prega do pulso, com desmielinização nodal ou segmentar nas fases iniciais. O complexo sintomátíco inclui dor, dormência e fomigamento noturno/postural nas mãos, freqüentemente bilateral e mais comum em mulheres entre 40 e 60 anos. O diagnóstico da STC é clínico, podendo ser necessários exames complementares, como eletroneuromiografia (ENMG), ultrassonografia (USG) e ressonância magnética (RM). O diagnóstico clínico é baseado em anamnese bem detalhada e exame físico com testes especiais, como o de Phalen, Tinel e torniquete. Tinel, Phalen e torniquete apresentam sensibilidade de 70%, 80% e 90%, respectivamente. Radiografia e Tomografia Computadorizada (TC) apresentam valor diagnóstico limitado, exceto pela avaliação de alterações ósseas. As principais vantagens da USG são rapidez, dinamicidade, baixo custo e ser bem tolerada pelos pacientes. Estudos recentes defendem a utilização do exame como método diagnóstico, comparando sua exatidão com a ENMG. RM têm sido considerada o método de imagem mais sensível para o diagnóstico da STC, porém com indicação limitada. ENMG é indicada para confirmar o diagnóstico quando a suspeita e os testes clínicos não confirmam, para identificar STC na presença de neuropatia periférica e descartar outras neuropatias. Apresenta sensibilidade entre 49 e 84% e especificidade de 95%. A importância da ENMG como método diagnóstico é confirmada em todos os estudos, destacando-se a elevada especificidade e novas técnicas de realização do exame. A descompressão cirúrgica representa a melhor alternativa terapêutica com benefícios indiscutíveis, apesar de controvérsias com relação à seleção dos pacientes; tratamento conservador por meio de talas, retirada de fatores desencadeantes e uso de medicações sintomáticas podem ser utilizados nas fases iniciais com achados eletrofisiológicos leves. Palavras chaves: Síndrome do túnel do Carpo, Phalen, Tinel, Eletroneuromiografia. 1. Introdução A síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia compressiva mais comum, melhor definida e mais estudada do ser humano. O nervo mediano pode ser comprimido na região do túnel do carpo por proliferação tenossinovial, anormalidade da articulação do pulso, tumor ou anomalia muscular. O túnel do carpo é delimitado dorsal e lateralmente pelos ossos do carpo e ventralmente (volar) pelo espesso ligamento transverso do carpo. Pelo seu interior passam, além do nervo mediano, mais nove tendões flexores (Flexor Digitorum Superficialis I-IV, Flexor Digitorum Profundus I-IV e Flexor Pollicis Longus), deixando o espaço muito vulnerável a anormalidades inflamatórias desses últimos, ocasionando edema e aumento pressórico no túnel. Após passar pelo túnel, o nervo mediano se divide em quatro ramos digitais sensitivos palmares para I, II, III e parte lateral do IV dedo; o ramo recorrente motor para musculatura da região tenar mediano-dependente usualmente também deixa o tronco principal do nervo mediano após a saída do canal carpal, porém pode haver variações anatômicas de grande importância cirúrgica. As artérias radial e ulnar, assim como os nervos ulnar e radial superficial e ramo cutâneo palmar do mediano não passam pelo túnel carpal [1]. A incidência da STC na população geral foi inicialmente descrita em Rochester, Minnesota (1961-1980), variando de 149:100.000 para mulheres e 52:100.000 para homens[2]; posteriormente, em 1998, incidência 3,5 vezes maior foi descrita na área de Marshfield, Wincounsin[3] e, mais recentemente, em Siena, Itália (1991-1998), 506:100.000 para mulheres e 139:100.000 para homens[4]. A prevalência da STC diagnosticada, ajustado para a idade, é igualmente elevada sendo descrita como 3,4% para mulheres e 0,6% para homens em Maastricht, Holanda[5], porém outros 5,8% da população feminina adulta tinham STC não detectável, totalizando quase 10%. A STC ocorre mais freqüentemente no sexo feminino entre 40 e 60 anos. A compressão do nervo mediano no túnel do carpo decorre na maioria dos casos de tenossinovite crônica flexora não específica, podendo ocorrer também em muitas outras entidades nosológicas ou lesões que ocupem espaço no túnel. O diagnóstico clínico e eletrofisiológico preciso com tratamento precoce conduz à cura completa na maioria dos casos [6-11]. Apesar da grande incidência de casos, são poucos os achados bibliográficos principalmente se tratando da etiologia, consensos diagnósticos, comparação entre exames complementares e terapêuticas conservadoras. 1.1 Manifestações Clínicas O quadro clínico mais típico se caracteriza por dor noturna em queimação, acompanhada de parestesia nos dedos de inervação sensitiva do mediano (primeiro, segundo e terceiro e metade lateral do quarto), sendo que a dor pode aliviar com o transcorrer do dia, como conseqüência da atividade da mão. Muito precocemente, há formigamento na polpa do dedo médio que, posteriormente, atinge o indicador e o polegar [12]. Caracteristicamente, os pacientes são despertados durante a noite, com parestesia nas mãos afetadas, necessitando sacudi-las e aquecê-las na tentativa de aliviar seus sintomas [13]. Os casos com acometimento bilateral geralmente são assimétricos predominantemente à direita. Pode haver a sensação irreal de inchaço da mão. Também é comum a sensação de frio e sudorese das extremidades devido ao componente simpático contido no nervo mediano. 1.1.1 Anamnese O médico deve solicitar ao paciente que descreva como surgiram os sintomas (início, tempo de duração, quantificação da dor, fatores desencadeantes, fatores de alívio, fatores associados, tempo para recidiva), cite os medicamentos administrados, especifique se foram realizados exames, elucide qual a sua atividade laboral, questionando se há esforços repetitivos, desencadeamento de crises álgicas durante a execução do ofício. A freqüente flexão, extensão e sustentação vigorosa do punho aumentam o risco de desenvolvimento de STC. A história de sintomas noturnos tem sensibilidade de 51 a 77% e especificidade de 27 a 68% [14]. 1.1.2 Exame Físico Inspeção Observar se o punho ou a mão estão edemaciados, se há alguma deformidade óssea,, as superfícies e as áreas de atrofia muscular que podem ser secundárias a lesões do nervo periférico. Os músculos tenares inervados pelo nervo mediano também são afetados, com a instalação de fraqueza muscular e incapacidade de oposição do polegar. Com a perda progressiva de controle motor fino e sensação, observa-se observa atitude desajeitada da mão e tendência para deixar objetos cair. Testes especiais Pacientes com desconforto de mão e punho devem ser avaliados com uma história detalhada dos sintomas e exame físico que inclui manobras provocativas. Teste de Phalen: pede-se se ao paciente que flexione ambos os punhos, um contra o outro. O resultado do teste é positivo se ele notar parestesia ou formigamentos no primeiro, segundo ou terceiro dedos após manter esta posição por um minuto minu [15]. Figura 2 – Teste de Phalen Invertido Teste de Tinel:: Realizado através de leves toques na superfície volar do punho, interrogando se surge parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano. A sensibilidade do teste de Tinel varia entre 25 a 60%, sendo sua especificidade maior, de 65 a 87% [14]. Figura 3 – Teste de Tinel Figura 1 – Teste de Phalen Teste de Phalen invertido: invertido pede-se ao paciente que hiperextenda ambos os punhos, um contra o outro. Assim como o teste anterior, o resultado do teste é positivo se ele notar parestesia ou formigamentos no primeiro, segundo ou terceiro dedos após manter esta posição por um minuto [15]. Teste do Torniquete: Torniquete um manguito de pressão arterial é inflado proximalmente ao cotovelo, na região onde se verifica a pressão sistólica. O resultado do teste é positivo se o paciente observar insensibilidade ou choque na distribuição do nervo mediano dentro de até 60 segundos [15]. Teste com monofilamentos de SemmesSemmes Weinstein: visa pesquisar a hipoestesia com o auxílio de monofilamentos que detectam alterações sensoriais precocemente e tem sido utilizado para controle de tratamento [16]. Os testes Tinel e Phalen têm-se mostrado positivos em 60 a 70% e em 80% dos casos clássicos. Já o teste do torniquete recria os sintomas em cerca de 90% dos pacientes com STC clássica. Segundo Fisher, o teste de Phalen é o exame mais confiável quando usado isoladamente, mas a combinação de diferentes testes é mais adequada [17]. 1.2 Exames Complementares A investigação básica para a STC deve incluir alguns exames, principalmente a título de diagnóstico diferencial, assim como na busca pela etiologia. O diagnóstico por imagem é importante nos casos duvidosos e especialmente, nos sintomas recorrentes ou aliviados após a liberação cirúrgica do túnel do carpo. 1.2.1 Radiografia e Computadorizada Tomografia A radiografia e a tomografia computadorizada representam valor diagnóstico limitado, exceto pela avaliação da estenose óssea do carpo e as calcificações de partes moles [18]. 1.2.2 Ultra-Sonografia As grandes vantagens da USG na STC são a de permitir a realização de um exame rápido, dinâmico, em tempo real, visualização direta da compressão do nervo mediano e outras estruturas de partes moles do túnel, e a de representar baixo custo. Comparada com outras técnicas (ENMG, TC e RM) é mais tolerada pelos pacientes, especialmente quando for necessário repetir o exame [19]. Em relação à Ressonância Magnética, têm a vantagem de ser dinâmica, permitindo o estudo do nervo mediano em diferentes posições. Possui algumas limitações como a avaliação das estruturas ósseas. As principais alterações encontradas na ultra-sonografia são edema do nervo mediano ao nível proximal do túnel, achatamento do nervo no nível do túnel e abaulamento do retináculo flexor. Embora ultrasonografia não seja um método ideal para o diagnóstico da síndrome do túnel carpal, pode ser útil para estimar a gravidade dos sintomas e o déficit de condução do nervo mediano [20]. 1.2.3 Ressonância magnética Apesar do custo alto, a RM pode fornecer maiores informações diagnósticas e anatômicas sobre a importância das estruturas de partes moles do túnel do carpo. A primeira vantagem da RM é a capacidade de distinguir os tipos de tecidos, baseado no conteúdo de água e de gordura. Tem sido considerado como o método de imagem mais sensível para o diagnóstico [21]. Os principais achados da STC na RM são: o aumento do nervo mediano na entrada do túnel do carpo, melhor avaliado na altura do pisiforme; o achatamento do nervo mediano na região do osso hamato, o aumento da intensidade de sinal do nervo mediano na seqüência ponderada em T2, e o abaulamento do retináculo dos flexores [18]. 1.2.4 Eletroneuromiografia O estudo da condução nervosa é definido como padrão ouro para diagnóstico de STC. A eletroneuromiografia positiva confirma a suspeita clínica de STC, mas, se negativa, não a afasta. A sensibilidade para o teste eletrodiagnóstico do nervo mediano varia entre 49% e 84%, enquanto especificidades de 95% ou mais têm sido registradas [18]. A eletroneuromiografia é indicada para confirmar o diagnóstico quando a suspeita e os testes clínicos não confirmam; identificar a STC, na presença de neuropatia periférica; descartar outras neuropatias, compressivas ou não [22]. 1.3 Diagnóstico O diagnóstico é clínico e determinado pela história e exame físico [23]. A eletroneuromiografia, apesar de ser considerado o exame mais sensível para demonstrar déficit do nervo mediano, não pode ser usado isoladamente para o diagnóstico, devendo ser associado aos achados clínicos [23]. Sintomas de dor, dormência e formigamento nas mãos são comuns na população em geral. Os pacientes com STC podem ser divididos em três grandes grupos ou categorias: sintomatologia leve e intermitente, persistente e grave: Sintomatologia leve intermitente Dor, dormência e formigamento na área de representação do nervo mediano, predominantemente noturno, acordando o (a) paciente várias vezes; sintomas diurnos posicionais como dirigir autos, segurar objetos na mesma posição ou fazer trabalhos manuais; o retorno à normalidade é alcançado rapidamente por mudança de postura ou movimentação das mãos; o exame neurológico está normal e os testes de Tinel e Phalen podem estar positivos. O exame de condução nervosa pode estar normal (anormalidade isquêmica rapidamente reversível) ou revelar lentificação incipiente da condução do nervo mediano no carpo. Sintomatologia persistente Déficit sensitivo e perda da habilidade manual (déficit para pinçamento); dor tipo queimação, dormência mais acentuada, sensação de edema e congestão na mão; melhora muito mais lenta mesmo com mudança de postura ou movimentação das mãos; o exame neurológico revela déficit sensitivo e motor, Tinel e Phalen positivos e eventualmente atrofia tenar; os achados clínicos não dependem do tempo de compressão e sim do grau de lesão ao nervo mediano. O exame de condução nervosa revela lentificação evidente do nervo mediano no carpo. STC grave Acentuada perda sensitiva, inclusive discriminação de dois pontos, com déficit funcional grave e acentuada atrofia tenar e de pele; prognóstico mais reservado mesmo após descompressão. 2. Discussão e Conclusões Síndrome do Túnel do Carpo torna-se cada vez mais freqüente com o passar dos anos e a mudança no estilo de vida das pessoas, sendo relacionada, por muitos autores, com atividades do trabalho. A relação de causalidade entre a doença e o trabalho tem sido motivo de controvérsia entre os pesquisadores, não se chegando a uma conclusão sobre o assunto. A importância da ENMG como método diagnóstico é confirmada em todos os estudos, destacandose a elevada especificidade e novas técnicas de realização do exame. Recentemente têm-se destacado, na literatura, estudos mostrando a utilização de exames de imagem para o diagnóstico de STC, enfatizando-se a eficácia diagnóstica, relação custo-benefício, dinamismo e tolerabilidade da USG e maior sensibilidade da RM. Apesar dos avanços tecnológicos com a utilização de exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, e aprimoramento das técnicas e da interpretação dos resultados dos estudos de condução nervosa, o diagnóstico ainda é primordialmente clínico, enfatizando-se o conhecimento das manifestações clínicas, anamnese elaborada e exame físico detalhado, com ênfase nos testes diagnósticos, a exemplo do teste de Phalen, Tinel e torniquete. 3. Bibliografia 1. Hennessey WJ, Kuhlman KA. The anatomy, symptoms, and signs of carpal tunnel syndrome. In: Johnson EW, editor. Physical Medicine and Rehabilitation - Clinic of North America. Philadelphia: W. B. Saunders Company; 1997. p. 439457. 2. Stevens JC, Sun S, Beard CM, O'Fallon WM, Kurland LT. Carpal tunnel syndrome in Rochester, Minnesota, 1961 to 1980. Neurology 1988; 38:134-138. 3. Nordstrom DL, DeStefano F, Vierkant RA, Layde PM. Incidence of diagnosed carpal tunnel syndrome in a general population. Epidemiology 1998; 9:342-345. 4. Mondelli M, Giannini F, Giacchi M. Carpal tunnel syndrome incidence in a general population. Neurology 2002; 58:289-294. 5. De Krom MC, Knipschild PG, Kester AD, Thijs CT, Boekkoi PF, Spaans F. Carpaltunnel syndrome: prevalence in the general populations. J Clin Epidemiol 1992;45:373-376. 6. Dawson DM, Hallett M, Millender LH. Entrapment Neuropathies, 2nd Ed., 1990, Little, Brown and Company, Boston/Toronto. 7. American Academy of Neurology (AAN). Practice parameter for carpal tunnel syndrome (summary statement). Report of the quality standards subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology 1993; 43:2406-2409. 8. 9. American Academy of Neurology (AAN), American Association of Electrodiagnostic Medicine (AAEM), American Academy of Physical Medicine and Rehabilitation (AAPMR). Practice parameter for electrodiagnostic studies in carpal tunnel syndrome (summary statement). Neurology 1993; 43:2404-2405. Jablecki CK, Andary MT, So YT, Wilkins DE, Willians FH. Literature review of the usefulness of nerve conduction studies and electromyography for the evaluation of patients with carpal tunnel syndrome. Muscle Nerve 1993; 16:1392-1414. 10. Ross MA, Kimura J. AAEM Case report #2: the carpal tunnel syndrome. Muscle Nerve 1995; 18:567-573. 11. Stevens JC. AAEM minimonograph #26: the electrodiagnosis of carpal tunnel syndrome. American Association of Electrodiagnostic Medicine. Muscle Nerve 1997; 20:1477-1486. 12. 12. Seda H, Chiconelli JR: Síndrome do túnel Do carpo. In: Síndromes dolorosas, editor Renaud Alves Menezes, Revinter, Rio de Janeiro, 1999, pp 132-136. 13. Júnior MH. Síndrome do Túnel do Carpo.Sinopse de Reumatologia Set 99 n. 2.Disponível no site www.cibersaude.com.br 14. D’arcy CA, McGee S. Does This PatientHave Carpal Tunnel Syndrome? JAMA, Jun2000; 283: 3110 - 3117. 15. Gross J, Fetto J, Rosen E. Exame Musculoesquelético. Porto Alegre: Artmed, 2000. p.216- 217. 16. Carvalho MA, Moreira C. Reumatologia:Diagnóstico e tratamento. 2.ed. Rio de janeiro: Medsi. 2001. p.185-193. 17. Fisher B, Gorsche R, Leake P. Diagnosis, Causation and Treatment of Carpal Tunnel Syndrome: An Evidence-Based Assessment. A Background Paperprepared for Medical Services Workers' Compensation Board – Alberta.May 2004. 18. Turrini E, Rosenfeld A, Juliano Y,Fernandes ARC, Natour J. Diagnóstico por Imagem na síndrome do túnel do carpo.Rev. Bras. Reumatol. São Paulo, v. 45, n. 2, mar-abr/2005. 19. Çolak A, Kutlay M, Pekkafali Z, Saraçoglu M, Demircan N, Simsek H, Akin ON, KibiciK. Use of Sonography in Carpal TunnelSyndrome SurgeryA prospective Study.Neurol Med Chir (Tokyo) 47, 109-115,2007. 20. Lee CH, Kim TK, Yoon ES, Dhong ES.Correlation of High-Resolution Ultrasonographic Findings With the Clinical Symptoms and Electrodiagnostic Data in Carpal Tunnel Syndrome. Annals of Plastic Surgery. 54(1):20-23, January 2005. 21. Kubota ES, Turrini E, Fernandes ARC,Natour J. Diagnóstico por Imagem nasíndrome do Túnel do Carpo. Rev BrasReumatol – Vol. 37 – Nº 5 – Set/Out, 1997. Disponível no site www.reumatologia.com.br. 22. Kouyoumdjian JA. Síndrome do túnel do carpo: Aspectos atuais. Arq. Neuro-Psiquiatr. São Paulo, v. 57, n. 2B, 1999. 23. Balci K; Utku U. Carpal tunnel syndromeand metabolic syndrome. Acta NeurolScand. 116(2):113-7, 2007 Aug.