Título do Projeto: Organização da Assistência nos Serviços de Atenção às Urgências: Uma proposta de Educação Permanente. Coordenação do Projeto: Pólo de Educação Permanente - Metropolitana II, Baixada Litorânea e Parati Instituição Executora: Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa EEAAC/UFF Instituição de Apoio à Execução Orçamentária: Universidade Federal Fluminense Diretora Profª Sidênia Alves Sidrião de Alencar Mendes Vice Diretora Profª Vera Maria Sabóia Data: setembro de 2004 Grupo de Trabalho Profª Ana Lúcia Abrahão da Silva Profª Andréia Pereira Escudeiro Profª Sidênia Alves Sidrião Mendes Colaboração Prof Manoel Martins Profª Simone Cruz Machado 1 Identificação e caracterização do problema Os grandes centros urbanos têm apresentado significativa proporção de óbitos por causas externas. Estas podem ser traduzidas pela violência gerada pelos baixos índices de empregabilidade, má distribuição de renda, entre inúmeros outros fatores que direta ou indiretamente contribuem para o crescimento dessas taxas, além de ser a primeira causa de anos potenciais de vida perdidos. Segundo o Ministério da Saúde, no município do Rio de Janeiro, no ano de 2000 cerca de 84,9% das pessoas que morreram na faixa etária de 15-19 anos foram vítimas de causas externas. Do mesmo modo, da totalidade das mortes ocorridas nas idades entre 10-14 anos, 65,2 % correspondem a causas externas e nas idades entre 20-49 anos, o percentual é de 39,1% desta estatística. Esta informação é alarmante, uma vez que se concentra na faixa etária de adultos jovens, ou seja, pessoas que perdem a vida antes mesmo de tê-la iniciado. Dentre as causas externas, o acidente de trânsito é responsável por grande parte destes óbitos. É possível enumerar diferentes modos de combater a violência no trânsito, que vão desde ações educativas até as punitivas, como as multas. Contudo, é fato que em paralelo as medidas de cunho preventivo e ações de intervenção direta a vítima precisam ser organizadas para reduzir o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro. Portanto, a questão da violência torna-se um grave problema a ser enfrentado e combatido por todos os setores da sociedade, em particular pelo setor saúde, pois saúde, não é apenas ausência de doenças, mas a resultante de inúmeros fatores, dentre os quais destaca-se o bem estar social. Nesta perspectiva, estas informações demonstram que o Brasil em termos epidemiológicos passa por uma transição no seu perfil que se caracteriza por um crescente de mortes causadas por doenças crônicodegenerativas e causas externas. Entretanto, ainda é significativo o número de mortes causadas por doenças infecciosas e parasitárias. Este aspecto parece fundamental para destacar que somente situando em conjunturas específicas é que se pode conseguir responder mais satisfatoriamente às exigências das complexas dimensões deste processo. Enfrentar o problema do atendimento de urgências nos centros urbanos requer ações imediatas em curto prazo e outras de médio e longo prazo, que significam na sua totalidade uma resposta que promova o suporte de vida para os cidadãos, aqui entendida na dimensão da prevenção e da promoção da saúde. Neste sentido, o Ministério da Saúde instituiu pela portaria n° 737 de maio de 2001 uma política com o objetivo de reduzir a morbimortalidade dos acidentes. Assim, surge a proposta de reestruturação dos serviços deurgência como uma resposta aos altos índices de morte por acidentes. Esta proposta enfatiza que: A organização de uma rede de atenção integral para atendimento às urgências, organizando o fluxo dos pacientes da atenção básica até a alta complexidade, é uma das prioridades do Ministério da Saúde. (www. Saúde.gov.br, em 01/09/04) 2 Entretanto, se faz presente a adoção de estratégias de formação para todos os profissionais que atuam nos serviços de saúde entendendo a importância da complexidade da questão relacionada às urgências e emergências, bem como articulação intersetorial, conforme apontam as seguintes portarias: Portaria n.º 737/GM de 16 de maio de 2001 e a Portaria nº 1863/GM de 29 de setembro de 2003. Nesse contexto, o Pólo de Educação Permanente do Estado do Rio de Janeiro – Metropolitana II - trabalhando na lógica da mudança e da transformação do processo de trabalho em saúde, especificamente na linha da atenção da urgência e emergência, apoiado na portaria n.º 737/01 do Ministério da Saúde, propõe para o conjunto dos municípios da Metropolitana II e Baixa Litorânea (Silva Jardim, Rio Bonito, Itaboraí, Tanguá, São Gonçalo, Niterói, Maricá, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Cabo Frio, Armação de Búzios, Araruama, Saquarema, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Arraial do Cabo), a constituição de ações cooperativas que possam contribuir na educação permanente dos profissionais que atuam direta e indiretamente na atenção a urgência e emergência. Estabelecer a pactuação e a negociação permanente entre os atores das ações e serviços do SUS, docentes e estudantes da área da saúde é uma das ações esperada pelo Pólo de Educação Permanente. Art. 7º - Os projetos apresentados pelos Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS serão acreditados pelo Ministério da Saúde, de acordo com as “Orientações e Diretrizes para a Operacionalização da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores para o setor” (Portaria No 198/GM/MS) Nessa articulação, proporcionada pelo Pólo, pode-se incluir a busca e a mobilização de compromissos mútuos que resultem em medidas concretas na organização dos serviços de saúde municipais na atenção qualificada as questões relativas à urgência e emergência dos Municípios, com vistas a ações preventivas que oportunizem a melhoria da qualidade de vida da população e resuza as taxas de morbimortalidade por meio da garantia de Educação Permanente para os profissionais de saúde. 3 1. Diagnóstico inicial dos municípios O diagnóstico inicial dos municípios deverá ser feito em conjunto com a Secretária Estadual de Saúde (SES) tendo como base a proporcionalidade entre população e Profissionais das Unidades Não-Hospitalares e Hospitalares de atendimento às urgências em acordo com a portaria MS2048 de 05 de novembro de 2002. PSF Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem Médicos (atenção básica) Este primeiro diagnóstico aponta para um quantitativo expressivo de profissionais que operam os serviços de urgência e emergência nestes municípios e que se incorporam na determinação de organização da assistência nos serviços de atenção às urgências publicada na portaria MS2048. 4 2. Justificativa Seguramente, saúde, hoje, possui um caráter pluridimensional, dado a sua definição na VIII Conferência Nacional de Saúde. Do ponto de vista teórico, operar neste campo é um desafio constante, já que os objetos da saúde são trabalhados em diferentes campos conceituais. Empiricamente, a intenção é apreendê-lo. Nesse movimento, as disciplinas que conjugam a base científica deste empreendimento possuem, cada uma delas, limites epistemológicos importantes. (Nunes, 1995.) Por outro lado, a compreensão do modo como os determinantes sociais do processo saúde/doença, do modo de trabalho em saúde e da ideologia dos profissionais que atuam nesta área, oferecem situações distintas para a solução dos problemas em saúde, nestes incluídos a violência. Esta situação lembra Mario Testa, (1992) são dimensões que não devem ser pensadas como algo descolado das questões de poder e História. Espaços de autonomia dos profissionais de saúde, em que poucos elementos de intervenção tecnológica (equipamentos) estão presentes. Espaços que podem e devem ser pensados permanentemente, como transformação das práticas. Uma reflexão crítica em ação nas redes de serviços. Educação Permanente, que segundo Roschke é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e ensinar se incorporam ao quotidiano das organizações e ao trabalho. Assim, a resolução dos problemas decorrentes da precária assistência as urgências e emergências requer a conjugação de diferentes interesses e a atualização técnico-científica, como focos de transformação das práticas. Neste processo de discussão os caminhos e arranjos destinados a um conjunto de profissionais que trabalham em instituições detentoras de certo grau de autoridade e reconhecimento da população, podem resultar em um modo de trabalho em saúde dependente de uma série de saberes que se pode de maneira geral, denominar de tecnologias. Segundo Emerson Merhy (1997), as tecnologias são classificadas em leve; leve-dura e dura. “... tecnologia não é confundida aqui exclusivamente com instrumento (equipamento) tecnológico, e nem é valorizada como algo necessariamente positivo, pois damos a este termo uma imagem dos saberes que permitem, em um processo de trabalho específico, operar sobre recursos na realização de finalidades perseguidas e postas para este processo produtivo”1. Nessa perspectiva o Ministério da Saúde com a portaria 2048/GM de 5 de novembro de 2002, Capítulo VII, aponta para uma prática onde, “as urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem e nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente. No que diz respeito à capacitação, habilitação e educação continuada dos trabalhadores do setor, observa-se ainda a fragmentação e o baixo aproveitamento do processo 1 MERHY, Emerson Elias. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In Agir em Saúde: Um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997, p.127. 5 educativo tradicional e a insuficiência dos conteúdos curriculares dos aparelhos formadores na qualificação de profissionais para as urgências, principalmente, em seu componente pré-hospitalar móvel. Também se constata a grande proliferação de cursos de iniciativa privada de capacitação de recursos humanos para a área, com grande diversidade de programas e conteúdos e cargas horárias, sem a adequada integração à realidade e às diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS”. Logo, o modo de trabalho em saúde depende centralmente do modelo de atenção eleito. Porém, a origem do modelo assistencial foi construída sobre alicerces biológicos, fragmentados e mecanicistas. No entanto, os problemas de saúde são apresentados sob ângulos diferentes, com múltiplos enfoques; na sua grande maioria, semi-estruturados (violência urbana), abalando o modo de intervenção vigente, ou pelo menos levantando questionamentos. A interação entre diferentes áreas de conhecimento, oferece um leque amplo de soluções para problemas semi-estruturados, ao mesmo tempo em que cria espaço interdisciplinar, possibilitando a formação de profissionais comprometidos e integrados a uma prática solidária, eficaz e coletiva. 6 3. Objetivos e Metas Objetivos Geral: A partir das discussões sobre a formação do profissional de saúde e a necessidade de construção de uma proposta de transformação do modo como vem sendo realizada a atenção à urgência e emergência, construir uma proposta de educação permanente para trabalhadores da saúde capaz de enfrentar o desafio que é a reorganização dos serviços a partir da lógica da integralidade. Específico: A partir do contexto sócio-epidemiologico que caracteriza o cenário das urgências e emergências no espaço de vida da população desenvolver competências e habilidades profissionais, a partir dos princípios que norteiam a Educação Permanente, ou seja, centrado nos cenários de prática dos serviços de toda a rede de saúde garantindo assim maior qualidade no atendimento a urgência e emergência. Desenvolver práticas técnicas e críticas, éticas e humanísticas como elemento norteador no desenvolvimento e da formação de recursos humanos. Contribuir para a reorganização dos serviços de saúde, através da reflexão crítica sobre o processo de trabalho em saúde, a importância do acolhimento e da dimensão tecnológica nos serviços e sua resolutividade. Se a formação é entendida como meio de mudança, ela ao mesmo tempo, é condicionante do modo como as instituições formadoras operam o processo ensino-aprendizagem –– em sua grande maioria com enfoque centrado no biológico. Meta Introduzir a lógica de educação permanente nas equipes de saúde, que atendam urgência e emergência na região de abrangência do Pólo de Educação Permanente da Metropolitana II, Baixada Litorânea 7 4. Proposta de Educação Permanente Apresentação A formação aqui proposta pressupõe qualificar a assistência e promover a capacitação continuada das equipes de saúde do Sistema Único de Saúde na Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização coadunada a uma prática pedagógica que conjugue as questões próprias da técnica e da ciência a uma formação humanística crítica e rigorosa. Este último componente é imprescindível para formação de sujeitos numa perspectiva de romper com padrões mecanicistas, possibilitando uma melhor compreensão da sociedade e de suas diversidades, contribuindo para mudança nas atitudes e na sua inserção no processo de trabalho em saúde. Segundo a Portaria nº 1863/GM em 29 de setembro de 2003, a “capacitação e educação continuada das equipes de saúde de todos os âmbitos da atenção, a partir de um enfoque estratégico promocional, abarcando toda a gestão e atenção pré-hospitalar fixa e móvel, hospitalar e pós-hospitalar, envolvendo os profissionais de nível superior e os de nível técnico, em acordo com as diretrizes do SUS e alicerçada nos pólos de educação permanente em saúde”. Vale ressaltar que o setor saúde é formado por uma extensa rede de serviços primários, secundários e terciários, caracterizando a complexidade do cuidado em saúde. Nesta perspectiva, propõe-se uma reordenação de conhecimentos que estruturem a formação de profissionais de saúde que direta ou indiretamente contribuam com a organização do sistema de urgência e emergência, integrando remoções e atendimentos hospitalares. Outro aspecto desse novo olhar refere-se à necessidade de instrumentalizar o profissional em conceitos relativos ao processo de trabalho em saúde. Busca-se detalhar as várias facetas deste processo de trabalho: a integração/interação dos profissionais de saúde e as atividades especificas de cada um; o cuidado e a atenção prestada; a relação do usuário com a instituição e com os profissionais; o percurso e os entraves encontrados pelos usuários no interior das organizações de saúde. Público – Alvo/Carga Horária Profissionais que trabalhem na área pré hospitalar: Unidades de Atenção Primária, Unidades Básicas, Unidades do Programa de Saúde da Família, Médico de Família, etc.. quais sejam: Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem - CH 60 horas Médicos - 60 horas Unidades não hospitalares (SPAs) e Hospitalares de Urgências Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem - CH 108 horas Médicos Clínicos Gerais - CH 170 horas Médicos Pediatras - CH 132 horas. 8 Objetivos Explorar a capacidade crítica e o diálogo, preparando o aluno/profissional para o trabalho interdisciplinar; Conduzir o aprendizado no sentido da reflexão e da criação de sujeitos coletivos, atores coresponsáveis pelas ações envolvidas no interior das unidades de saúde; Detalhar as várias faces do processo de trabalho em saúde, interagindo com o usuário dos serviços; Constituir os meios materiais (área física e equipamentos) e organizar corpo qualificado de instrutores e multiplicadores; Capacitar os profissionais oriundos ou não da área de saúde que atuam nas urgências de forma a contribuir para a redução da mortalidade por complicações e / ou evitar as complicações e iatrogenias pós trauma; Proporcionar através do processo ensino–aprendizagem a reprodução de novos agentes multiplicadores, objetivando uma assistência adequada e qualificada aos profissionais oriundos ou não da área de saúde que atuam nas urgências contribuindo para a diminuição dos índices de morbi-mortalidade da população alvo. Metodologia Considerando que o Pólo de Educação Permanente Metropolitana II Baixada Litorânea/Parati abrange dois agrupamentos de municípios que apresentam situações diferenciadas em relação à construção e articulação da proposta Ministerial, tornou-se necessária a descrição das etapas do projeto de educação permanente com uma abordagem que compreenda os momentos diferentes das realidades regionais e suas especificidades. Dessa forma, os municípios da baixada litorânea e metropolitana II: Módulo de sensibilização para a proposta do Ministerial, com a discussão: das portarias que apóiam e estruturam a política de urgência e emergência; elaboração de diagnóstico da região; mapeamento dos principais acidentes locais; mapaeamento da morbimortalidade por acidentes locais; identificação da rede de serviços de apoio as ações de urgência e emergência. Para os todos os municípios, após ser ultrapassada a fase de diagnóstico inicial, a proposta estruturase na lógica da educação permanente, com a discussão dos problemas enfrentados durante o processo de trabalho em urgência e emergência. 9 Estratégia pedagógica Adeptos da pedagogia da problematização, a proposta visa construir a partir de dados reais, originados da prática e do processo de trabalho dos profissionais e de informações, como por exemplo, indicadores e perfil da condição do atendimento ao usuário, respostas aos problemas evidenciados e estimular a discussão. Esta parte da metodologia corresponde a 70% das atividades programadas. Assim, optou-se por organizar grupos de cerca de 10 profissionais, com um monitor/apoiador para cada grupo. A idéia é que o monitor/apoiador faça ofertas de problemas que emergem da prática dos serviços e que ao mesmo tempo estimule a reflexão/ação/reflexão e a construção coletiva de soluções aos entraves vividos no cotidiano da atenção a urgência e emergência. Além da dinâmica participativa, cerca de 30% da carga horária será destinada a exposição dialogadas, pois reconhecemos que parte do conteúdo a ser discutido durante a proposta concentra-se em uma área técnica assistencial. Avaliação A avaliação será planejada considerando-se 3 (três) de suas dimensões fundamentais que articulam o processo como um todo incluindo a proposta de educação permanente, a saber: a) Diagnóstica inicial: permitirá detectar os atributos que os alunos já possuem, contribuindo para a estruturação do processo de ensino-aprendizagem a partir do conhecimento de base dos mesmos. A avaliação diagnóstica inicial deve tentará recolher evidências sobre as formas de aprender dos alunos, seus conhecimentos e experiências prévios, seus erros e preconcepções. Dessa forma permite o ajuste da proposta. b) Formativa: permitirá identificar o nível de evolução dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. A análise dos trabalhos será feita no sentido de discutir o processo de apreensão dos conhecimentos, desenvolvimento e aprimoramento de destrezas, construção de valores e qualidades pessoais. c) Recapitulativa: apresentar-se-á como um processo de síntese da aprendizagem, sendo o momento que se permitirá reconhecer se houve o alcance dos resultados esperados em função das situações de ensino e aprendizagem planejadas. Este tipo de avaliação será proposta mediante estratégias/instrumentos das dimensões anteriores, porém, aproximando-se mais diretamente das situações de trabalho. Perfil de conclusão Ao final o aluno/profissional será capaz de integrar e interagir, como sujeito operante no espaço dos serviços de saúde, potencializando as mudanças que seguem com a descentralização e as inovações das ações de coordenação no sistema de saúde. 10 Pela compreensão crítica dos objetivos e pelo entendimento sobre o modo de trabalho, o profissional opera neste território sem perder o princípio maior que rege suas ações - os usuários e o principio de Universalização do sistema. Organização Curricular Com a proposta de Educação Permanente, em que muitos alunos já estão inseridos na prática dos serviços de saúde, optou-se por uma organização modular, capaz de oferecer conteúdos teóricos e o exercício da prática. Dessa forma esses módulos permitem de certo modo flexibilizar a discussão de acordo com o diagnóstico da região/município, como exemplo temos por um lado a região de praias, que abrange os municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, cuja a freqüência de casos de afogamento é muito maior do que nos município de Silva Jardim que demandam com maior freqüência outro tipos de acidentes, como é o caso de Parati com a proximidade da usina nuclear. A flexibilidade empregada possibilita itinerários distintos com ênfase diferenciada de acordo com o diagnóstico e perfil dos municípios. Entretanto, o módulo Organização e Política de Saúde no Brasil apresenta conteúdos fundamentais para tratar as demais questões presentes nos demais módulos, como a construção do diagnóstico local. Outra vantagem da estrutura modular e possibilitar a inserção de profissionais de distintos níveis de escolaridade e formação. Características Gerais do Currículo Conteúdo Política de Saúde no Brasil. Concepções sobre Saúde e Doença Descrição Abrange as dimensões que estruturam o sistema de saúde brasileiro, ultrapassando a ênfase da ausência de doença como requisito para obter saúde Abrange as dimensões que estruturam o processo saúde-doença, ultrapassando a ênfase da ausência de doença como requisito para obter saúde. Competências Organizar o trabalho de acordo com a estrutura hierárquica da organização do sistema de saúde vigente. Interpretar e aplicar a legislação referente ao sistema de saúde e seus princípios que orientam a sua organização Organizar o trabalho de acordo com a estrutura hierárquica da organização do sistema de saúde vigente. Identificar os princípios que orientam o sistema de saúde vigente. Identificar funções de responsabilidade no interior da equipe de trabalho. 11 Produção e disseminação de informação em saúde Construção do Diagnóstico da urgência e emergência no município e na localidade Correlacionar formas de participação do cidadão no interior das organizações de saúde Interpretar os códigos da comunicação, utilizando-os no processo de gestão. Compreende as possibilidades pelas vias da comunicação, de trabalhar a informação dentro do contexto da saúde. Empregar vocabulário técnico específico na comunicação com os diferentes profissionais da área e com os usuários Compreende o mapeamento dos riscos Interpretar códigos e funções de acidentes da população. dos serviços. Características específicas do currículo: Nesta sessão será apresentada a proposta de acordo com a categoria profissional. Profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar Fixo: A - Atenção Primária à Saúde, aqui consideradas as Unidades Básicas de Saúde e o Programa de Saúde da Família: A-1- Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem: MÓDULOS CONTEÚDO COMPETÊNCIAS Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. Serviço de atendimento préhospitalar (APH) Conhecer o funcionamento do serviço de APH de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH l Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação. Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. 12 Acolhimento e triagem de risco Urgências clínicas mais freqüentes no paciente adulto: Sofrimento agudo dos sistemas cardio-respiratório, neurológico, metabólico e por intoxicações exógenas. Estar sensibilizado e habilitado para acolher os pacientes com quadros agudos que se apresentem à unidade sem consulta previamente agendada, avaliar preliminarmente o risco mediante protocolos previamente estabelecidos, e comunicar o médico assistente ou priorizar o atendimento, conforme pacto assistencial de cada unidade. Reconhecer sinais de disfunção cardio-respiratória nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DPOC, infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, crise hipertensiva, infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, quadros isquêmicos. Reconhecer sinais das patologias neurológicas mais prevalentes: síndromes convulsivas, acidentes vasculares cerebrais, quadros infecciosos. Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabetes descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar. Reconhecer sinais de intoxicação exógena. Descrever estes sinais ao médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente. Relatar os casos agudos com sinais de gravidade ao médico assistente, para que os atendimentos possam ser priorizados. Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função. Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos. Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função, de acordo com a orientação do médico regulador ou prescrição do médico da unidade. 13 Urgências clínicas na criança Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face Queimaduras Quase afogamento Trauma na gestante Lesões por eletricidade Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Urgências psiquiátricas Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Reconhecer sinais de disfunção respiratória de maior ou menor gravidade, de causa infecciosa ou não, nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites, broncopneumonia. Adotar medidas para controle desta disfunção, de acordo com as orientações do médico da unidade ou do médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória. Descrever ao médico da unidade ou ao médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente, os sinais observados nos pacientes traumatizados. Ser capaz de prestar o atendimento inicial, nas medidas de suporte básico à vida, adotar medidas no manejo do paciente vítima de trauma de qualquer natureza. Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento, quando o médico da unidade não estiver presente. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe (pacientes agressivos em situações de risco para si e para os outros). Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e as complicações obstétricas. Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes em atendimento, quando o médico da unidade não estiver presente. Estar habilitado para auxiliar no 14 atendimento à gestante em trabalho de parto normal. Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Materiais e equipamentos do atendimento às urgências. Controle e conservação de materiais, equipamentos e medicamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte. Manejar os equipamentos básicos necessários para suporte ventilatório ao RN. Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos. Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos, bem como a validade dos medicamentos. Aplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais. 15 A- 2 – Médicos: MÓDULOS Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência CONTEÚDO Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Perfil profissional Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada Serviço de atendimento préhospitalar (APH). Conhecer o funcionamento do serviço de sua cidade. Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Urgências clínicas no paciente adulto Dominar os conceitos da Portaria e as competências do médico da central de regulação de urgência. Conhecer os protocolos de regulação de urgência e exercer as técnicas de regulação médica Sofrimento respiratório agudo. Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para controle da disfunção respiratória grave. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico Doenças circulatórias Acolher, reconhecer e diagnosticar as patologias mais prevalentes: Infarto Agudo do Miocárdio, Angina Instável, arritmias cardíacas, AVC e Edema Agudo de Pulmão; Adotar medidas terapêuticas para controle e tratamento inicial destes agravos. Ter noções de eletrocardiografia Realizar manobras de reanimação cardiorespiratória avançada Doenças metabólicas Acolher, reconhecer e diagnosticar quadros agudos das doenças metabólicas mais prevalentes: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outras. Adotar medidas para controle e tratamento inicial destes agravos. Intoxicações exógenas Urgências clínicas na criança COMPETÊNCIAS Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções Reconhecer sinais de intoxicações exógenas e adotar medidas para controle e tratamento iniciais destes quadros: manejo respiratório, uso de antídotos e medicamentos disponíveis, esvaziamento gástrico. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de disfunção respiratória nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo 16 respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Urgências cirúrgicas traumáticas e não traumáticas no paciente adulto e na criança. Atendimento a pacientes vítimas de pequenos ferimentos/abscessos. estranho, faringites, epiglotites e outros; Acolher, reconhecer e diagnosticar os sinais de distúrbio hidreletrolítico e metabólico. Acolher, reconhecer e diagnosticar os sinais de toxemia e buscar identificar a causa. Decidir pela melhor terapêutica e adotar medidas para controle das disfunções apontadas. Acolher, reconhecer e diagnosticar a maior ou menor gravidade das lesões. Realizar suturas simples e drenagem de pequenos abscessos. Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma na gestante Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face. Queimaduras Quase afogamento Choque elétrico Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos. Choque hipovolêmico e/ou tóxico. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória. Ser capaz de prestar o atendimento inicial ao paciente traumatizado grave. Urgências psiquiátricas e neurológicas Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Convulsões Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pós-mortem Acolher e reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe. Adotar medidas terapêuticas iniciais no manejo dos pacientes convulsivos, agressivos, psicóticos e suicidas. Acolher, reconhecer e diagnosticar trabalho de parto normal, parto distócico e as principais complicações obstétricas, como DHEG e hemorragias. Estar habilitado para prestar o atendimento inicial à gestante em trabalho de parto normal e parto com distócia e outras complicações obstétricas e prevenir complicações. Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Acidentes com múltiplas vítimas, Acidentes com produtos perigosos. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. 17 6 Resultados e impactos esperados Acreditamos que o projeto para além da Educação Permanente terá um grande impacto nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. O foco na promoção a saúde, articulado a discussão da atenção a vítima de violência urbana coloca a interdisciplinaridade, como ponto central das ações a serem desenvolvidas, com resultados positivos na formação e capacitação de sujeitos comprometidos com uma sociedade mais digna. 18 Cronograma das Atividades Atenção Primária à Saúde, aqui consideradas as Unidades Básicas de Saúde e o Programa Saúde da Família Enfermeiros, Técnicos e Auxilares de Enfermagem Módulos 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia 6º dia T 1 - Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência 2 - Urgências clínicas mais frequentes no paciente adulto 3 - Urgências clínicas na criança T P P P P/A 4 4 10 2 4 4 - Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança 5 - Urgências psiquiátricas 4 10 2 4 6 - Urgências obstétricas 2 2 2 7 - Materiais e equipamentos do atendimento às urgências 8 - Avaliação técnico-prática Médicos 4 6 TOTAL (HORAS) 10 Módulos 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia 6º dia T T P P P P/A 1 - Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência 2 - Urgências clínicas mais frequentes no paciente adulto 3 - Urgências clínicas na criança 8 10 10 10 12 4 4 10 2 6 4 - Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança 5 - Urgências psiquiátricas 4 6 - Urgências obstétricas 2 4 2 6 4 4 7 - Avaliação técnico-prática TOTAL (HORAS) 6 10 8 10 10 10 10 19 7 Equipe Profª. Andréia Pereira Escudeiro, M.Sc. Coordenador Geral · · Professores Alfredo Jorge Vasconcelos Duarte – Esp. – UFF Ana Lucia Abrahão, D.Sc André Luis de Oliveira Nunes – Médico – ortopedista Andréia Pereira Escudeiro, M.Sc. – Médica Clinica Médica e Cirurgia Geral – UFF Carla Brito – Enfermeira – Hospital Municipal Mario Monteiro Carla Pereira da Silva Campos – Técnico administrativo Carlos Eduardo Camargo Cunho – Esp. - UFF César Roberto Macedo – Médico Sanitarista Claudia Mara de Melo Tavares, D. Sc Claudenir Quirino de Jesus – Especialista em resgate Cristina Lavoyer Escudeiro, D. Sc Debora Mazioli Machado – Especialista Diogo Mendonça – Enfermeiro – Especialista em emergência Diva Teresa Pilotto – Esp – UFF Enéas Rangel Teixeira, D. Sc Fátima Helena do Espírito Santo, D. Sc Flávio de Souza – Médico – Cirurgião Geral – Hospital Municipal Mario Monteiro Flavio Günter – Médico – Cirurgião Geral – Hospital Naval Marcilio Dias Gisela Motta de Miranda – Médica – Pediátra Ian Will Varjão – Especialista em resgate de difícil acesso Herval José da Silveira – M. SC Hortência Bittencourt Miranda – Médica Pediátra Isabel Cristina Fonseca Cruz, D.Sc Julio Araujo da Silva Junior – Médico – Especialista em anestesiologia Lais Fonseca – Técnico administrativo Luis Carlos Artus – Médico – Cirurgião Geral Luis dos Santos – M.Sc Marilda Andrade, D.Sc Nisval de Magalhães Junior – Major Bombeiro Médico - UFF 20 Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc. Perola Damiana D´Angeles – Enfermeira – Especialista em urgências Renato Lavoyer Escudeiro – Major PM Médico - UFF Rinaldo Fábio Souza Tavares –Esp - UFF Roberty Ribeiro Ramos – Enfermeiro – Escpecialista em cardiologia Robson Damião de Souza – M.Sc Rodrigo Rego – Médico otorrinolaringologista Simone Cruz Machado, D. Sc. Simone Salgado – Enfermeira – SAMU – Hospital Estadual Azevedo Lima Verônica Alconforado – Médica – Programa de Saúde da Família Viviane de Souza Moura – Médica Pediátra Wilber Moreira Fonseca – Esp – Hospital Copa D’Or Instrutores/apoiadores Profissionais graduados em medicina ou enfermagem. Monitores: Todos os nossos monitores são acadêmicos de medicina ou enfermagem com vivencia teórico prática em emergência. 21 9. Bibliografia (referenciada e consultada) BODSTEIN, Regina. "Assistência Médica na Agenda Pública", in Serviços Locais de Saúde: Construção de Atores e Políticas. Rio de Janeiro, Relume-Dumaré, 1993. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Reforma da Reforma: Repensando a Saúde São Paulo: Hucitec, 1992, 220 p. _________________. Subjetividade e administração de pessoal: considerações sobre modos de gerenciar o trabalho em equipes de saúde. In Agir em Saúde um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. ______________.O Anti-Taylor: sobre a invenção de um método para co-governar instituições de saúde produzindo liberdade e compromisso. In: Cadernos de Saúde Pública, 14:4, 1998, p863-870. DUNCAN, Schimidt e Guigliiiani. Medicina Ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária, Porto Alegre, Artes Médicas, 1990. FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder, Rio de Janeiro, 10ª ed., Grall LTDA,1992. GIANINI, Reinaldo J., LITVOC, Julio e ELUF NETO, José. Agressão física e classe social. Rev. Saúde Pública, abr. 1999, vol.33, no.2, p.180-186. ISSN 0034-8910. JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e Patologia do Saber. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976. JUDGE, Richard D.M.D. et alli. Clinical Diagnosis, EUA, Little, 5ª ed., 1989. MENDES, Eugênio Villaça. Uma Agenda para a Saúde, São Paulo, Hucitec, 1996. MERHY, Emerson Elias. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In Agir em Saúde: Um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. _______________. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In Agir em Saúde: Um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. NUNES, Everardo Duarte. A questão da interdisciplinaridadeno estudo da saúde coletiva in: CANESQUI, Ana Maria (org) Dilemas e Desafios das Ciência Sociais na Saúde Coletiva. Rio de Janeiro/ São Paulo: ABRASCO – HUCITEC, 1995 pág 95 – 113. MINAYO, Mª Cecília de Souza (org.).A Saúde em Estado de Choque, Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 3ª ed., 1992. NETO, Otávio Cruz. "Poder local participação e agir comunicativo" in Educação Razão e Paixão, Joaquim Alberto Cardoso (org.), Rio de Janeiro, Panorama ENSP, 1993. OMS, La crisis de la salud publica: reflexiones para el debate. Publicación Científica No 540, 1992. POSSAS, Cristina. Epidemiologia e Sociedade Heterogeneidade Estrutural e Saúde no Brasil, São Paulo, Hucitec, 1989. TESTA, Mario, Pensar em Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992 22