Empirismo Principais ideias e autores EMPIRISMO • Empeiria (grego): forma de saber derivado da experiência sensível e de dados acumulados com base nessa experiência. • “Nada esta no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos” . • Rejeitam as ideias inatas. • Assim como o racionalismo, constitui um dos pensamentos fundadores da filosofia moderna. CONTEXTO Revolução Gloriosa (1688); Burguesia; Experiência concreta; Realidade prática; Menos metafísica; Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge (1660); Influencia: POSITIVISMO (XIX) Francis Bacon (1561-1626) - Lorde chanceler (Jaime I); - Inspirador da Royal Society; Obras: - “O progresso do saber” (1605); - “Novum organum” (1620); - “Nova Atlântida” (1627); Contribuições - Pensamento crítico - Método indutivo Pensamento crítico: Teoria dos Ídolos Tarefa da Filosofia: liberação do homem de preconceitos, ilusões ou superstições que “bloqueiam a mente”. • Ídolos da tribo: da própria espécie humana; • Ídolos da caverna: características individuais; • Ídolos do foro (ou mercado): comunicação e do discurso; • Ídolos do teatro: antigas doutrinas filosóficas e científicas. “Saber é poder” • Conhecer as leis que explicam o funcionamento da natureza; • Obedecer a natureza é comandá-la. • Método indutivo: (do particular ao geral) observação e experiências = generalizações, leis. John Locke (1632-1704) - Medicina, biologia e filosofia; - Representante do empirismo, do contratualismo e do liberalismo. Ensaio sobre o entendimento humano (1690) • “Meu trabalho é como o de um ajudante de jardinagem, preparando o terreno e removendo o entulho que atrapalha o caminho do conhecimento”. • A mente é como uma folha em branco (“tábula rasa”). ▫ “Você molda a mente do cara!” (aluno do tio Romero) • A reflexão processa os dados da sensibilidade. • Conhecimento não é inato. • O poder também não. Essa teoria da natureza humana - ou seja, a de que ela praticamente inexiste é o tema deste livro. Assim como a religião contém uma teoria da natureza humana, também as teorias da natureza humana assumem algumas das funções da religião, e a tábula rasa tornou-se a religião secular da vida intelectual moderna. O ceticismo de David Hume (1711-1776) - Endimburgo, Escócia; - Filosofia, Direito, Comércio; - Diplomacia inglêsa; - Contatos com Adam Smith e Rousseau; - Principal obra: “Investigação acerca do entendimento humano” (1748). “O costume é, pois, o grande guia da vida humana. É o único princípio que torna útil nossa experiência e nos faz esperar, no futuro, uma série de eventos semelhantes àqueles que apareceram no passado”. • Tudo que percebemos: ▫ Impressões ▫ Ideias • Ceticismo teórico: ▫ Jamais teremos um conhecimento certo e seguro; ▫ Crítica ao método indutivo: experiência limitada – conclusão geral. Ex.: Eleições ▫ Crítica às proposições racionalistas Solipsismo Deus como ideia clara, distinta e perfeita? “Jamais posso apreender a mim mesmo sem algum tipo de percepção” Ideias sobre o real: • Força do hábito, regularidade; • Do costume; • Da memória; • Probabilidade; • É possível descrever. • Além.... “A Eficácia simbólica” – “Antropologia Estrutural” (1958). LEVI-STRAUSS, Claude (1908-2009). Enem 2012 TEXTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979. TEXTO II Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). • Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. (Ufsj 2012) Os termos “impressões” e “ideias”, para David Hume, são, respectivamente, por ele definidos como a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”. b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”. c) “o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de criar a partir do dado sensorial”. d) “vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza no âmbito da razão”.