Esclarecimento do GAVE sobre o Exame Nacional de Filosofia: 1. Relativamente ao item 2.3. grupo II, de escolha múltipla, esclarece-se que não se pretende apresentar, na opção correta (C, na Versão 1, e A, na Versão 2), as condições necessárias e suficientes que caracterizam uma falácia formal. No entanto, esta opção refere um dos aspetos inequivocamente associados a este tipo de argumentos, a saber, a sua aparência de validade (dedutiva). Não sendo suficiente por si para tipificar um argumento dedutivamente falacioso, nada há de incorreto em afirmá-lo, pelo que a opção está bem estabelecida como chave de resposta àquele item, no contexto das opções apresentadas. Esta é, aliás, uma opção técnica legítima e reconhecida na construção desta tipologia de itens. 2. Relativamente ao item 1.2. do grupo IV, de resposta restrita, considera-se que a análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento – o racionalismo de Descartes e o empirismo de Hume – radica na origem das ideias. Neste particular, é pertinente a referência ao autor na Secção II – «Da Origem das Ideias», in Tratados Filosóficos I, Lisboa, ImprensaNacional,2002. pp. 33 -38. O Texto E do Grupo IV, pertencente à Secção acima referida, não só facilita a compreensão do problema da origem das ideias como indica uma das críticas centrais de David Hume a Descartes, como se assinala no cenário de resposta que consta da Página C/9 dos Critérios Específicos de Classificação. Assim, considera-se sem fundamento a alegação de que “a origem da ideia de Deus não é um elemento central da sua [de Hume] teoria do conhecimento”. Complementarmente, esclarece-se que a definição dos conteúdos e das abordagens apresentados na prova, e particularmente nos itens em análise, decorre dos documentos que constituem referencial para a conceção de instrumentos de avaliação externa nesta disciplina, a saber: – o Programa em vigor (homologado em 2001); – as Orientações para efeitos de avaliação sumativa externa na disciplina de Filosofia – 10.º e 11.º, publicadas em outubro de 2011 pela DGIDC, da autoria de Alexandre Sá, Manuela Bastos, Maria do Carmo Themudo, Pedro Alves e Ricardo Santos.