Impacto da suplementação de progesterona de longa ação durante

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Guilherme Pugliesi é Médico veterinário formado pela
Universidade Federal de Minas Gerais, com mestrado e
doutorado em Zootecnica pela Universidade Federal de
Viçosa e estágio em doutoramento na University of
Wisconsin-Madison. Desde 2012 é Pós-doutorando do
Departamento de Reprodução Animal da Universidade
de São Paulo, campus de Pirassununga e atualmente é
Professor Auxiliar no curso de Medicina Veterinária da
Unicastelo, campus Descalvado. Atua principalmente na
área de fisiologia e biotécnicas reprodutivas associadas
aos processos de receptividade uterina e sinalização do
concepto em fêmeas bovinas.
Impacto da suplementação de progesterona de longa ação durante o
diestro inicial em vacas Nelore submetidas a IATF
Guilherme Pugliesi1; Felipe Barbosa Santos1; Everton Lopes1; Ed Hoffmann
Madureira1; Ériklis Nogueira2; José Ricardo G. Maio3; Luciano A. Silva4; Mario
Binelli1
1
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Pirassununga, SP;
Embrapa Pantanal, Corumbá, MS;
3
Ouro Fino Saúde Animal, Cravinhos, SP;
4
Laboratório de Teriogenologia “OJ Ginther”, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos,
Universidade de São Paulo.
2
Autor para correspondência: Guilherme Pugliesi
Telefone: (19) 3565-4220. Endereço: Av. Duque de Caxias Norte 225, Pirassununga,
SP, Brasil.
e-mail: [email protected]
1. Introdução
A secreção de progesterona (P4) pelo corpo lúteo (CL) durante o início da gestação
pode ser influenciada pelo tamanho do folículo ovulatório e possui um significante
efeito na sobrevivência do embrião/concepto em bovinos (Garret et al., 1988; Mann et
al., 2003; Carter et al., 2008). Neste contexto, CLs maiores secretam mais P4 e isto tem
sido associado, em alguns estudos (Vasconcelos et a., 2001; Inskeep, 2004; Baruselli
et al., 2010), mas não todos (Spell et al., 2001), com aumento na taxa de gestação.
Baixas concentrações circulantes de P4 nos primeiros dias após a concepção (Dia 3 a
8; Dia 0 = ovulação) são associadas com embriões menores no Dia 16, e
consequentemente, podem resultar em menor produção de interferon-tau para suprimir
a secreção endometrial de prostaglandina F2α, a qual induz a luteólise e impede a
manutenção da gestação (Mann & Lamming, 2001). Similarmente, um atraso no
aumento da P4 após a ovulação tem sido associado com uma redução na taxa de
gestação em novilhas (Diskin et al., 2006) e vacas (Starbuck et al., 1999; Stronge et al.,
2005).
Apesar dos indicativos do efeito benéfico do aumento das concentrações de P4 no
desenvolvimento embrionário em bovinos, os resultados de fertilidade em estudos
objetivando elevar-se a P4 são comumente conflitantes e inconclusivos, e podem
refletir o momento do tratamento, onde apenas os animais com baixa P4 podem ser
beneficiados pelo tratamento (Lonergan, 2011). Mann e Lamming (1999) realizaram
uma meta-análise dos estudos nos quais se aumentou a P4 circulante durante o período
inicial da gestação e examinaram o efeito do dia de início da suplementação sobre a
taxa de gestação. Estes autores concluíram que a suplementação com P4 logo no início
do diestro resulta em média 5% de aumento na taxa de gestação, porém, a
suplementação após o Dia 6 (Dia 0 = ovulação) não possui efeito benéfico.
Contrariamente, o aumento de P4 antes do Dia 2 pode comprometer o desenvolvimento
do CL e reduzir a fertilidade (Cleeff et al., 1996). O consenso entre a maioria dos
estudos é que o período crítico para a P4 promover um aumento na taxa de
desenvolvimento embrionário é do Dia 3 ao 7. Neste contexto, a elevação da
concentração de P4 nestes dias aumenta significativamente o tamanho do concepto nos
dias 13 e 16 de gestação (Carter et al., 2008).
As concentrações de P4 durante o diestro podem ser elevadas pela indução da
ovulação de um folículo dominante da primeira onda folicular pós-ovulação, usando
GnRH ou hCG, para formar um CL acessório, ou pela suplementação exógena de P4
(revisado em Binelli et al., 2008). A indução de CLs acessórios só é capaz de aumentar
a secreção de P4 após o 6-8º dia pós-ovulação, e assim, este aumento pode ser muito
tardio para favorecer a sobrevivência embrionária (Howard et al., 2006). Entretanto, a
suplementação de P4 exógena, através da injeção de P4 ou a inserção de um dispositivo
intravaginal de liberação de P4, resulta em imediato aumento da concentração
circulante de P4. Alternativamente, tal aumento pode ser obtido pela suplementação
com P4 com formulação de longa-ação (Pugliesi et al., 2014). Assim, ao invés do uso
de implantes intravaginais ou do uso repetido de P4 injetável como reportado em
estudos anteriores (Garrett et al., 1988; Carter et al., 2008), uma alternativa é utilizar
P4 injetável de longa ação em uma única administração. Desta maneira, objetivou-se
com este estudo avaliar o efeito da administração de uma formulação de P4 injetável
de longa-ação após a IATF sobre a fertilidade de vacas de corte.
2. Material e Métodos
Experimento 1
O experimento foi realizado em uma fazenda comercial na região de Puerto Suarez,
Bolívia durante os meses de Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014.
Para sincronização da ovulação, vacas Nelore (n=783) entre 30 e 50 dias pós-parto
e escore de condição corporal médio 3,7 (em escala de 1 a 5) receberam um dispositivo
intravaginal de P4 (Sincrogest; Ouro Fino, Cravinhos, SP, Brasil) e uma injeção
intramuscular de benzoato de estradiol (2 mg; Sincrodiol, Ouro Fino) no Dia −10 (Dia
0 = dia da IATF). No Dia −2, os dispositivos foram retirados e foram injetados por via
intramuscular cipionato de estradiol (1 mg; ECP; Zoetis, São Paulo, SP), eCG (300 UI;
Novormon; Zoetis) e cloprostenol sódico (0,530 mg; Sicrocio; Ouro Fino). No Dia 0 as
vacas foram inseminadas em tempo fixo (IATF) e o diâmetro do folículo pré-ovulatório
foi mensurado por ultrassonografia transretal.
No Dia 4 pós-IATF a ocorrência de ovulações foi confirmada e a área do CL foi
mensurada por ultrassonografia, e os animais foram divididos para receberem por via
intramuscular 1 mL de solução placebo (Grupo Controle; n= 393) ou 150 mg (1mL) de
P4 injetável de longa ação (Sincrogest injetável; Ouro Fino; Grupo P4-tratado; n=390).
A dose e momento de aplicação foram baseados em estudo prévio (Pugliesi et al.,
2014), no qual foi observado aumento nas concentrações plasmáticas de P4 por >72
horas sem comprometimento no desenvolvimento do CL após administrar 150 ou 300
mg da mesma formulação de P4 de longa ação no terceiro dia após a ovulação.
Experimento 2
O experimento foi realizado em uma fazenda comercial no município de Rochedo,
MS, Brasil, durante os meses de Dezembro de 2013 a Maio de 2014.
Para sincronização da ovulação, vacas Nelore (n=605) com 35 a 65 dias pós-parto
e escore de condição corporal médio de 3,3 (em escala de 1 a 5) foram submetidas a
duas avaliações ovarianas por ultrassonografia transretal em um intervalo de 10 dias.
Apenas as vacas com ausência de CL nas duas avaliações (consideradas em anestro)
foram utilizadas, sincronizadas e divididas nos grupos Controle (n=189) e P4-tratado
(n= 187) conforme descrito no Experimento 1.
Diagnóstico de gestação e análises estatísticas
Em ambos experimentos o diagnóstico gestacional foi realizado entre os dias 35 e
60 pós-IATF através de ultrassonografia transretal. Utilizou-se um equipamento de
ultrassom “Duplex” composto com modo-B e modo-Doppler, e com um transdutor
linear multifrequencial (MyLab30, Esaote, São Paulo, SP, Brasil). A taxa de gestação
foi avaliada por regressão logística utilizando-se o PROC Glimmix do software SAS.
No modelo estatístico, foram considerados os efeitos de condição corporal, peso, lote,
touro, tamanho do folículo na IATF, tamanho do CL no D4, tratamento (Controle ou
P4-tratado), e suas interações. As variáveis segundo o critério de Wald com P>0,20
foram eliminadas do modelo, permanecendo apenas a variáveis de tamanho de folículo
e tratamento no modelo final.
3. Resultados
Experimento 1
No Experimento 1, a taxa de gestação não diferiu (P>0.1) entre os Grupos Controle
e P4-tratado, considerando-se todas as vacas ou apenas as vacas ovuladas (Fig. 1). O
tamanho médio do folículo pré-ovulatório foi 12,6 ± 2,2 mm no D0 e a área do CL no
D4 nas vacas ovuladas foi de 1,42 ± 0,46 cm2. Quando avaliado a taxa de gestação de
acordo com a categoria de tamanho de folículo no D0 e tamanho de CL no D4 (Tabela
1), foi detectado menor (P<0,05) taxa de gestação nas vacas com folículos <11 mm e
com CLs <0.9 cm2 em relação as demais categorias. A taxa de gestação também não
diferiu (P>0,1) entre os grupos Controle e P4-tratado para nenhuma das categorias de
tamanho de folículo, mas foi maior (P<0,05) nas vacas com CL pequeno (<0.9 cm2)
que foram tratadas com P4 do que nas vacas do grupo Controle.
Experimento 1
65,6%
62,6% (219/334)
(209/334)
70
60
53,2%
(209/393)
56,2%
(219/390)
50
40
Grupo Controle
30
Grupo P4
20
10
P>0,1
0
Todas
Ovuladas
Fig. 1. Taxa de gestação (%) em vacas Nelore tratadas com 150 mg de progesterona de longa ação
(grupo P4-tratado) ou placebo (grupo Controle) no Dia 4 após a IATF. Experimento 1.
Tabela 1. Taxa de gestação em vacas Nelore em amamentação tratadas com 150 mg de
progesterona de longa ação (grupo P4-tratado) ou placebo (grupo Controle) no Dia 4
após a IATF. Experimento 1 (Agropecuária JPS, Puerto Suarez/Bolívia) 1
Grupo
Variável
Controle
P4-tratado
Pequeno (<11mm)
41,9% (13/31)B
42,3% (11/26)B
Médio (11 a 14mm)
63,9% (85/133)A
73,7% (98/133)A
72% (49/68)A
69,6% (48/69)AB
40,4% (21/52)Bb
57,9% (22/38)a
67,1% (100/149)A
68,8% (108/157)
Diâmetro do folículo
Grande (>14mm)
Área do CL
Pequeno (<0,9cm2)
Médio (0,9 a 1,8 cm2)
2
Grande (>1,8 cm )
66,1% (82/124)
A
64% (87/136)
1
O diagnóstico de gestação foi realizado entre os Dias 35 e 65 pós-IATF.
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05) entre os grupos pelo teste de
regressão logística.
AB
Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença estatística (P<0,05) dentro do mesmo grupo
pelo teste de regressão logística.
ab
Experimento 2
No Experimento 2, a taxa de gestação foi maior nas vacas do grupo P4-tratado em
comparação ao grupo Controle, considerando-se todas as vacas (P=0,05) ou apenas as
vacas ovuladas (P=0,08). O tamanho médio do folículo ovulatório foi 12,8 ± 2,3 mm
no D0 e a área do CL no D4 foi de 1,77 ± 0,55 cm2.
Experimento 2
70
P=0,08
P=0,05
50
59%
(105/178)
55,6%
(105/189)
60
46%
(86/187)
49,7%
(86/173)
40
Grupo Controle
30
Grupo P4
20
10
0
Todas
Ovuladas
Fig. 2. Taxa de gestação (%) em vacas Nelore em anestro tratadas com 150 mg de progesterona de
longa ação (grupo P4-tratado) ou placebo (grupo Controle) no Dia 4 após a IATF. Experimento 2.
4. Discussão
A busca por alternativas que resultem em melhor fertilidade de fêmeas bovinas de
corte submetidas a protocolos de IATF é uma constante para se otimizar e maximizar
o uso dessa biotecnologia em programas reprodutivos na pecuária de corte. Neste
contexto, a modulação do ambiente endócrino no início do diestro pode ser uma
alternativa para se obter incrementos nas taxas de gestação após a IATF em vacas de
corte em condições fisiológicas/endócrinas específicas. No presente estudo, a
modificação das concentrações circulantes de P4 pela suplementação de P4 de longa
ação no início do diestro se constituiu uma alternativa promissora pois aumentou a taxa
de concepção em 20% nas vacas em anestro pós-parto.
Apesar desse efeito positivo, a suplementação com 150 mg de P4 de longa ação não
alterou a fertilidade no Experimento 1, aonde o status reprodutivo não foi considerado
no início do protocolo de IATF. Entretanto, quando avaliado de acordo com a categoria
de tamanho do folículo ovulatório e CL independentemente do tratamento com P4, as
vacas com folículo e CL maiores apresentaram um incremento em torno de 60% na
taxa de gestação em comparação com vacas com folículo pequeno (<11mm) e CL
pequeno (<0,9cm2). Adicionalmente, as vacas que apresentaram um CL pequeno foram
beneficiadas pela suplementação com P4, resultando em maior taxa de gestação. Tal
resultado indica um efeito positivo da P4 apenas naquelas fêmeas com menor
funcionalidade do CL (secreção de P4). Neste contexto, o uso de implantes
intravaginais de P4 entre os Dias 2 e 7 pós-estro aumentam em 10–15% a sobrevivência
embrionária (Mann & Lamming, 1999; Stronge et al., 2005). Tal aumento foi atribuído
aos efeitos embriotróficos da P4, especialmente em vacas com baixas concentrações de
P4 no momento da suplementação. Assim, supõe-se que ao menos parte dos efeitos
positivos da P4 decorra da estimulação do endométrio levando a um padrão específico
de expressão gênica endometrial, e à secreção de proteínas necessárias à formação do
fluido luminal uterino (histotrofo). Neste sentido, estudos anteriores (Forde et al., 2009;
Mesquita et al., 2014; Forde et al., 2014) reportam diferenças no padrão de expressão
gênica e composição do fluído uterino em vacas com diferentes perfis progesterônicos
na fase inicial do diestro, que poderiam estimular o desenvolvimento embrionário.
A diferença de resposta ao tratamento com P4 de longa ação entre os experimentos
pode ser em decorrência de diferenças observadas em relação ao status reprodutivo
(proporção de vacas anestro), condição corporal, tamanho do folículo pré-ovulatório e
tamanho do CL. Neste sentido, estudos anteriores (Beal et al., 1984; Sá Filho et al.,
2009; Whittier et al., 2013) têm reportado menor fertilidade em vacas de corte em
anestro e com menor condição corporal. Assim, modificações e alternativas que
otimizem o ambiente endócrino, principalmente aquele relacionado aos níveis de P4 no
início do diestro podem melhorar a receptividade materna ao embrião em vacas com
baixa funcionalidade do CL ou em anestro. Neste sentido, a administração de P4 de
longa ação no quarto dia após a IATF pode ser uma alternativa mais viável para se
aumentar as concentrações circulantes de P4 em relação ao uso de implantes intravaginais ou auriculares, pois reduz o número de manipulação dos animais após a
inseminação para apenas uma vez, e pode assim, se constituir numa medida mais
aplicável a campo.
Em conclusão, a administração de P4 de longa ação no quarto dia após a IATF
aumenta a fertilidade em vacas de corte em anestro. Tal incremento pode resultar de
uma melhoria no ambiente uterino menos favorável a sobrevivência embrionária em
animais não-cíclicos após o parto. Assim, a suplementação com P4 no início do
diestro pode atenuar a baixa fertilidade de vacas com CL pequeno e/ou em anestro.
Agradecimentos: CNPq (481199/2012-8); FAPESP (2011/03226-4; 2012/04004-8);
Ouro Fino Agronegócio; Geneplan Reprodução Bovina; Innovare; e Panorama S.A
(Marcos, Grazieli e Sr. Valdo).
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