Introdução à Economia Seja em nosso cotidiano, seja através dos

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Introdução à Economia
Seja em nosso cotidiano, seja através dos jornais, rádio e televisão, deparamo-nos
com inúmeras questões econômicas:
 Aumento de preços
 períodos de crise econômica ou de crescimento
 desemprego
 setores que crescem mais que os outros
 diferenças salariais, dissídios coletivos
 crise no balanço dos pagamentos
 valorização ou desvalorização da taxa de câmbio
 ociosidade em alguns setores de atividade
 diferenças de renda entre várias regiões do país
 taxa de juros
 déficit governamental
 elevação de impostos e tarifas públicas
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas
econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa
qualidade de vida.
Conceito de economia
A palavra economia deriva do grego oikosnomos (de oikos, casa, e nomos, lei),
que significa a administração de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim
definida:
Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
(escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e
serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a
fim de satisfazer as necessidades humanas.
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do
estudo da Ciência Econômica: escolha, escassez, necessidades, recursos,
produção, distribuição
Uma das preocupações da economia é estudar a maneira como se administram os
recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para
seu consumo entre outros membros da sociedade. Portanto é preciso
compreender como os indivíduos devem empregar sua renda para ter o maior
aproveitamento possível e como a sociedade deve alcançar o maior nível de bemestar material a partir dos recursos disponíveis.
Sistemas econômicos
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e
econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de
organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que
as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar.
Elementos básicos de um sistema econômico são:
 Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui incluem-se
os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a
terra, as reservas naturais e a tecnologia.
 Complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas.
 Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são
à base da organização da sociedade.
Os sistemas econômicos podem ser classificados em:
 Sistema capitalista é aquele regido pelas forças de mercado,
predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de
produção.
 Sistema socialista preconiza a incorporação dos meios de produção à
coletividade e a criação de uma sociedade sem classes. Ex: China, Coréia
do Norte, Cuba, Líbia...
O Capitalismo é o melhor sistema econômico para a produção, mas o
Socialismo é o melhor na distribuição.
Alguns economistas gostam, de maneira humorística, de comparar sistemas
econômicos e regimes políticos assim:
Socialismo
Comunismo
Fascismo
Nazismo
Capitalismo
Você tem duas vacas.
Você tem duas vacas.
Você tem duas vacas.
Você tem duas vacas.
Você tem duas vacas.
O Estado toma uma e a dá a alguém.
O Estado toma as duas e lhe dá o leite.
O Estado toma as duas e lhe vende o leite.
O Estado toma as duas e mata você.
Você vende uma e compra um touro.



O que e quanto produzir?
Como produzir?
Para quem produzir?
Em economias de mercado esses problemas são resolvidos predominantemente
pelo mecanismo de preços atuando por meio da oferta e demanda.
Fluxo Real da Economia
Os problemas econômicos fundamentais
Em nosso dia a dia nos deparamos, a todo momento, com diversos entraves
econômicos com os quais temos de lidar, seja por intermédio de jornais, rádio,
televisão, seja até mesmo nas questões mais rotineiras de nosso cotidiano, como
por exemplo:
 Por que o nordestino possui uma renda inferior à do paulista?
 Até que ponto os juros altos reduzem o consumo e estimulam os preços?
 Por que está tão difícil conseguir um emprego nos dias atuais?
 Por que o aumento do salário mínimo provoca uma deteriorização nas
contas do governo?
 Como são definidos os preços dos produtos?
Todas essas questões trazem implícitos diversos conceitos importantes para a
Ciência Econômica:
 Escassez, limitação de recursos de qualquer sociedade para fazer frente às
necessidades e desejos dos indivíduos de tal modo que devemos sacrificar
uma coisa por outra;

Recursos ou fatores produtivos: elementos necessários à produção de
todos os bens e serviços existentes. Estes recursos são mais conhecidos
como fatores produtivos (recursos naturais, trabalho ou mão-de-obra,
capital - todos os equipamentos e instalações produzidos pelo homem
para a produção de outros bens e serviços).
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades
ilimitadas do homem, originam-se os chamados problemas econômicos
fundamentais:
Como pode ser observado, famílias e empresas exercem um duplo papel. No
mercado de bens e serviços, enquanto as empresas oferecem; no mercado de
fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção,
enquanto as empresas os demandam.
Fluxo Monetário da Economia
No entanto o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da
moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o
pagamento dos bens e serviços.
Características dos fluxos reais e monetárias entre famílias e empresas nos
mercados de produtos e de fatores:
ATIVIDADE
FLUXO REAL
FLUXO
MONETÁRIO
OFERTA
DEMANDA OU
PROCURA
INTERAÇÃO
MERCADO DE BENS E SERVIÇOS
Produtos das empresas para
satisfazer às necessidades dos
consumidores, divididas em:
 Básicas: alimentação,
habitação, vestuário e saúde.
 Secundárias: educação,
transporte, comunicação,
cultura, segurança social,
esporte, previdência social,
lazer.
As famílias transferem parte de
suas rendas às empresas, ao
adquirirem seus produtos.
MERCADO DE RECURSOS
Os
principais
fatores
de
produção são:
 Recursos naturais,
 Recursos humanos,
 Capital,
 Capacidade empresarial,
 Capacidade tecnológica.
Exercida pelas empresas.
Exercida pelas famílias.
As empresas remuneram as
famílias pelo uso dos recursos,
por meio de:
 Salários,
 Juros,
 Aluguéis,
 Lucros,
 Dividendos.
Exercida pelas famílias.
Exercida pelas empresas.
Por meio dos preços dos
produtos.
Por meio dos preços dos
recursos.
Suponhamos uma economia que só produza máquinas (bens de capital) e
alimentos(bens de consumo) e que as alternativas de produção de ambos sejam as
seguintes:
Alternativas de produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas)
A
25
0
B
20
30
C
15
45
D
10
60
E
0
70
Na primeira alternativa (A) todos os fatores de produção seriam alocados para
produção de máquinas; na última (E) seriam alocados somente para produção de
alimentos; e nas alternativas intermediárias (B, C e D) os fatores de produção
seriam distribuídos na produção de um e de outro bem.
Alimentos
É necessário observar que para a teoria econômica, tanto os consumidores, na
figura das famílias, como os produtores, representados acima pelas empresas,
são racionais nas suas decisões, isto é, como indivíduos, enquanto
consumidores, buscam obter o máximo de produtos gastando o mínimo possível.
Já as empresas, ou os produtores, buscam obter o maior lucro, e para isso
querem diminuir os custos e vender seus produtos o mais caro possível.
Curva de possibilidades de produção
Devido à escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite
máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os
recursos disponíveis estão empregados.
Máquinas
A curva ABCDE indica todas as possibilidades de produção de máquinas e de
alimentos nessa economia hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a
economia estará operando no pleno emprego, ou seja, a plena capacidade,
utilizando todos os fatores de produção disponíveis.
No ponto Y (ou em qualquer outro ponto interno à curva), quando a economia
está produzindo somente 10 mil máquinas e 30 mil toneladas de alimentos,
dizemos que se está operando com capacidade ociosa ou com desemprego. Ou
seja, os fatores de produção estão sendo subutilizados.
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção (25 mil máquinas e
50 toneladas de alimentos), uma vez que os fatores de produção e a tecnologia de
que a economia dispõe seriam insuficientes para se obter essas quantidades
desses bens. Esse ponto ultrapassa a capacidade de produção potencial ou de
pleno emprego dessa economia.
O princípio do Custo de Oportunidade mostra que, num ambiente de escassez de
recursos, para uma empresa ou país produzir mais de um produto ou serviço,
existe a necessidade de sacrificar a produção de outro bem ou serviço. Em outras
palavras, a expansão de um ocorre em as expensas do outro. Daí a necessidade a
necessidade de escolha entre um e outro, ou seja, é preciso avaliar os benefícios
e os custos.
A produção pode ser definida como o processo pelo qual um conjunto de fatores
pode ser transformado em produto.
A tecnologia é definida como um conjunto de condições que capacitam as
empresas gerarem maior produção com a mesma quantidade anterior de insumos
e/ou obterem o mesmo nível de produção anterior com uma quantidade menor
de insumos.
Divisão do estudo econômico:


Bens e Serviços
Por bens, entendemos os produtos tangíveis provenientes das atividades
agropecuárias, da indústria de transformação e da construção civil.
Por serviços, compreendemos os produtos intangíveis, resultantes de atividades
terciárias de produção.

As atividades econômicas de produção podem ser classificadas em:



Primárias: agricultura, pecuária e extração vegetal;
Secundárias: indústria extrativa mineral, de transformação e de
construção;
Terciárias: comércio (atacadista e varejista), transportes, comunicações,
intermediação financeira, imobiliárias, hospedagem, alimentação,
reparação e manutenção, serviços pessoais (cabeleireiros, manicures...),
outros serviços (saúde, educação, cultura, lazer...) e governo (federal,
estadual, municipal).
Microeconomia: estuda a formação de preços em mercados específicos,
ou seja, como consumidores e empresas se relacionam no mercado, por
meio da ação conjunta de oferta e demanda, e definem os preços, para
que as necessidades tanto dos consumidores quanto dos produtores
sejam satisfeitas ao mesmo tempo. Logo a microeconomia ocupa-se da
análise do comportamento das unidades econômicas, como as famílias, os
consumidores ou as empresas.
Macroeconomia: estuda o funcionamento da economia em seu conjunto,
ocupando-se da determinação e do comportamento doas grandes
agregados nacionais, como o produto interno bruto(PIB), que mede o total
do que é produzido no país, o investimento agregado, a poupança
agregada, o nível geral de preços, os juros da economia e os índices
econômicos. A análise macroeconômica trabalha com o equilíbrio estável
entre a renda e a despesa nacional, e com as políticas econômicas de
intervenção que procuram estabelecer o equilíbrio, além de preocupar-se
com o estudo da Economia Internacional.
Desenvolvimento Econômico: se concentram no entendimento dos
processos econômicos e buscam melhorar as condições de vida da
sociedade, ao longo do tempo, pela acumulação de recursos escassos e a
geração de tecnologia capazes de aumentar a produção de bens e serviços
dessa sociedade. Para isso, o desenvolvimento econômico discute
medidas que devem ser adotadas pelos países a longo prazo, para que a
sociedade obtenha um crescimento econômico equilibrado, auto
sustentado e com uma distribuição de renda mais equitativa.
ASPECTOS MICROECONÔMICOS
Demanda
A Microeconomia, também chamada de Teoria dos Preços, procura estudar os
seguintes temas:
 O comportamento do consumidor: a procura pela máxima satisfação de
suas necessidades, dentro do limite da sua renda.
 O comportamento do empresário: a procura pelo máximo de lucros, de
acordo com sua estrutura de custos e o tipo de mercado onde atua.
 O funcionamento dos mercados: as características de cada um, as
estruturas de oferta e demanda.
A demanda é a quantidade de uma mercadoria ou serviço que os consumidores
desejam adquirir em um determinado período de tempo. Isso vai depender
significativamente do preço dessa mercadoria ou desse serviço.
Conceito de Mercado: é o encontro entre vendedores e compradores. Não precisa
ser necessariamente um lugar físico. (Ex.: telefone, classificados de jornal,...)
Quanto menor o preço de um bem, maior será a quantidade demandada; quanto
maior o preço, menor a quantidade que cada um estará disposto a comprar.
Além do preço, existem para cada indivíduo, diversas variáveis que condicionam
suas escolhas enquanto consumidor, como: sua renda, o preço dos outros bens
relacionados, seus gostos e preferências.
Fatores que afetam a demanda:
Fundamentos da Teoria do Consumidor:
 Excetuando-se a poupança, os consumidores gastam tudo que recebem
em bens e serviços.
 Os consumidores não gastam toda a sua renda em apenas um bem.
 Os consumidores (quase) nunca adquirem o suficiente da maioria dos
produtos ( os desejos humanos são insaciáveis).
A utilidade marginal decrescente
A teoria da utilidade se baseia na constatação de que o consumidor obtém
utilidade pelo consumo de bens e serviços. Pelo termo utilidade, entende-se o
benefício ou a satisfação (psicológica) que uma pessoa consegue ter, resultante do
consumo de uma ou mais unidades de um produto ou serviço.
Uma característica importante do comportamento do consumidor é que sua renda
não é gasta em apenas um produto, mas em uma variedade de produtos e
serviços. E razão para este comportamento está contida na chamada lei da
utilidade marginal decrescente.
Essa lei significa que, quando o indivíduo consome unidades adicionais de um
produto, mantido constante o consumo de outros produtos e serviços, a
quantidade de satisfação obtida de cada unidade adicional daquele produto
decresce (lembremo-nos de que, em economia, o termo marginal significa
adicional).
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A demografia, ou seja, o número de consumidores;
O nível e a distribuição de renda;
Os preços dos produtos substitutos e auxiliares;
Oe processos de urbanização;
As mudanças nos gostos e preferências dos consumidores;
O marketing;
A expectativa de variação de preços do produto no futuro;
O nível de educação e a idade dos consumidores;
A disponibilidade de mercadorias;
A moda;
A geografia e o clima;
O sexo;
A ocupação;
As estações do ano;
A religião;
A origem étnica...
O quadro a seguir representa a relação existente entre os preços de venda de
bananas e a quantidade em quilos demandada pelos consumidores por semana.
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