A HORA E A VEZ DAS CARNES DE MARCA Por: Beth Mélo Projetos especiais, desenvolvidos no Brasil, têm como foco o nicho formado por consumidores mais conscientes e mais exigentes 6_Animal Business-Brasil Rubens Ferreira / Divulgação Carlos Viacava, criador de Nelore Mocho, dono da Marca CV Animal Business-Brasil_7 O mercado de carnes especiais vem ampliando os quesitos agregados à marca. Antigamente, as carnes continham diferenciais, principalmente por serem exóticas, por apresentarem praticidade de consumo e por terem qualidade sensorial diferenciada no sabor, maciez, entre outras. Hoje, o conceito também incorporou tipos de cortes e embalagens que as tradicionais, mas que contenham em seus processos produtivos e industriais os conceitos de qualidade, sustentabilidade, redução de produtos químicos, apelo orgânico e de bem-estar animal. Nelore natural A marca carne Nelore Natural foi idealizada do criador Carlos Viacava, quando estava à frente da presidência da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil). De acordo com o criador de Nelore Mocho, dono da Marca CV, até então, só se falava de raças e de cruzamento entre raças. “Na época, não se falava de carne, então, ocorreu-me que o Nelore é uma raça de corte, ou seja, produtora de carne e que, portanto, para promovê-lo, deveríamos falar de carne com os atributos do Nelore, do boi de capim, adaptado ao clima tropical e subtropical que caracteriza a maioria do território brasileiro”, relembra. Essas ideias foram o ponto de partida de um trabalho preparatório, que levou mais de dois anos, com a colaboração do professor Pedro Eduardo de Felício, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, e Eduardo Pedroso, recém-contratado como gerente da ACNB. Após inúmeras visitas a frigoríficos e supermercados, foram preparados os manuais para a orientação da produção e, em setembro de 2001, com a presença do então ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, foi realizado o lançamento da Carne Nelore Natural. Atualmente, o Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN), da ACNB, conta com mais de 400 propriedades participantes, e abate, em média, 25.000 animais ao mês. Em 2013, foram comercializadas cerca de mil toneladas de carne Marfrig Nelore Natural, segundo a associação. Viacava considera os requisitos para produzir a carne Nelore Natural o “feijão com arroz” das exigências. “Basta ser um animal Nelore ou anelorado, com 17 a 19 arrobas, idade até 36 meses, criado a pasto, podendo ser terminado em 90 dias de confinamento e com um bom aca8_Animal Business-Brasil “ O conceito moderno incorporou tipos de cortes e embalagens com exigências de qualidade, sustentabilidade, redução de produtos químicos, apelo orgânico e bem-estar animal bamento de carcaça”, define. Existem algumas exigências, como a de não ser alimentado com produtos proibidos (cama de frango, por exemplo) e de ser proveniente de propriedades que estejam em conformidade com a legislação trabalhista e ambiental. “O manual explica em detalhes, mas tudo é bastante simples”, avalia. Angus De acordo com o criador, a marca Nelore Natural abriu espaço para criação de várias marcas de carne no País. “Quem seguiu atrás e hoje nos supera em muito foi a raça Angus, cujo trabalho no Brasil espelhou-se no nosso, com uma defasagem de dois anos, mas nunca abriram mão do Nelore, pois o sucesso da carne Angus no País é de ser proveniente do cruzamento com matrizes Nelore”, pondera. “E por que nos superam?”, questiona, e responde: “Porque exige um esforço permanente de divulgação e também porque o Angus possui 2.000 anos de seleção para corte, produzindo um gado precoce, com carne macia e de bom marmoreio, fruto da valorização desse produto pela instituição, da classificação de `carcaça’, que orienta a comercialização da carne nos Estados Unidos.” Em sua opinião, ainda falta muito para o país tornar-se referência na produção de carne com qualidade. “Temos todos os tipos de carne no Brasil, ótima, boa, média e péssima”, justifica. Segundo Viacava, há muito a evoluir no setor para que aumente a produção de carne com qualidade. “Temos uma enorme concentração de frigoríficos, três deles praticamente dominam as exportações e o mercado interno, além disso, falta visão de longo prazo e um direcionamento para que se incentive, com preço, carne Nelore de boa qualidade”, argumenta. “Por que Nelore?”, pergunta e arremata: “Porque é a raça mais adequada para se produzir carne no Brasil”, diz. E prossegue: “Hoje, frigoríficos premiam a carne meio sangue Angus, sem levar em conta que, com isso, estão deteriorando o progresso genético do Nelore”, garante Viacava. midores, em sua grande maioria, não conseguem distinguir um filé mignon de qualidade”, pontua. Expansão Na avaliação de Galindo, o sucesso de uma marca de carne envolve uma combinação de fatores. “Uma marca não se sustenta por si só, ela precisa atender às expectativas que quer entregar, por isso, o difícil é estabelecer o padrão, e o que você coloca dentro da embalagem”, salienta. André Renato Galindo, gerente de Linhas Especiais do Grupo Marfrig, afirma que o mercado consumidor de carne de qualidade está em franca expansão. “O grande nicho é formado por churrascarias que são abastecidas por produtos importados da Argentina e do Uruguai”, afirma e acrescenta: “Agora, as carnes especiais estão chegando ao consumidor, através de programas com todo ciclo produtivo controlado.” Galindo diz que o mercado de carne bovina está passando por muita transformação. “Mas ainda temos um pouco de produto de origem clandestina, o que dificulta a concepção de marca e qualidade do produto. Além disso, os consu- O Marfrig possui três linhas com posicionamentos diferenciados, como carnes especiais: A Linha Prática (marca Marfrig Nelore Natural), para o dia a dia, com o maior mix de cortes bovinos e em volume. A Premium (marca Montana), comercializada em redes e supermercados de porte maior, que tem como apelo o churrasco. Já a Superpremium (grife Bassi) , também para churrasco, possui conceito de gourmet, de boutiques de carnes. Tem como atrativo cortes em pequenas porções e atender a uma camada de famílias menores e mais exigente. “Também temos a carne relacionada com a raça, Marfrig Angus, com o mesmo nível da Bassi”, compara. Divulgação Bifes suculentos e macios, de cortes especiais, só podem ser produzidos com boa tecnologia de dentro e de fora da porteira da fazenda Animal Business-Brasil_9 Divulgação/Marfrig Gado Angus O executivo afirma que os requisitos em sanidade, qualidade e segurança alimentar são iguais para todas as marcas, mas os posicionamentos (maciez e suculência) são diferentes. “De cada 100 animais abatidos (novilho precoce, bem jovem, de cruzamento industrial), obtenho 10 com o posicionamento Bassi, por isso, não há grandes volumes”, exemplifica e anuncia uma novidade: a ampliação do mix de produtos dessa linha em cerca de 90 dias e entrada em outros Estados, além de São Paulo. Consolidação Com 11 de existência, o Programa Carne Angus Certificada se consolidou como referência no País em certificação de carcaças. Conta com nove parceiros (JBS, Marfrig, VPJ, Frigol, Frigorífico Silva, CooperAliança, Cotripal, Frigorífico da Gruta e Verdi) que abatem animais da raça em 20 plantas industriais distribuídas em sete Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso). No ano passado foram abatidas mais de 250 mil cabeças, crescimento de 20% em relação a 2012. Mais que fomentar o uso da genética Angus em todo o País o grande feito do Programa Angus foi estabelecer um padrão de remuneração ao cria10_Animal Business-Brasil dor baseado na qualidade do produto entregue no frigorífico, de acordo com o que afirma Fábio Schuller Medeiros, gerente nacional do programa. “Entre as parcerias mais recentes, merece destaque a firmada com o frigorífico Verdi, que marcou a entrada no restrito mercado de Santa Catarina”, informa. “Para este ano, nosso compromisso é chegar a novos mercados, como o de Minas Gerais”, antecipa. Ele informa que o programa também tem trabalhado com os canais de distribuição da carne produzida pelos frigoríficos parceiros. “Contamos com butiques que trabalham 100% com carne Angus e estamos investindo no credenciamento de restaurantes, tendência nos EUA e na Europa. Já contamos com o Fazenda Barba Negra, em Porto Alegre (RS), e com o Lugano, em Pouso Alegre (MG)”, conta. Na visão de Medeiros, os benefícios de produzir uma carne de marca, além da valorização, é a fidelização do consumidor, que deve estar disposto a consumir produtos premium. “Porém, essa fidelização exige qualidade diferenciada, uniformidade, constância no fornecimento e garantia de origem, características que asseguramos por meio do selo de certificação da Associação Brasileira de Angus”, ilustra. Mercado “O mercado está muito aquecido e a demanda supera em muito a quantidade de carne premium ofertada”, diz e cita que pesquisas recentes têm demonstrado a forte disposição dos consumidores das classes A e B (mais de 20 milhões de pessoas) em consumir produtos premium. “Além disso, nos últimos anos, com a estabilização econômica e a melhora da renda, os demais consumidores passaram a demandar esses produtos em ocasiões especiais”, diz. Padrão e regularidade Na visão de Roberto Barcellos, diretor da Beef & Veal, para produzir e consolidar uma marca de carne é preciso, primeiro, definir qualidade e foco. Por exemplo, tomando como referência os programas para atender churrascos de fim de semana que existem no mercado, ele afirma que o foco é a produção de animal jovem, bem-acabado com padrão racial preestabelecido. “O desafio é transformar essas características em padrão e em regularidade, até porque não tem como pensar em marca se você não conseguir entregar ao cliente uma padronização com regularidade”, analisa. Barcellos afirma que o mercado tem demanda crescente, o que pode ser medido pelo surgimento de boutiques de carne e pelo interesse dos grandes varejistas em produtos diferenciados, com apelo maior para o consumidor. “Hoje, se abate menos de 2% em programas de carne de qualidade”, mostra o potencial. Para o sucesso da marca, Barcellos afirma que é preciso apresentar um produto bom, oriundo de um animal bem terminado, resultado de cruzamento industrial. Ele considera como marca top do mercado o Bonsmara Beef, coordenada por 10 produtores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. “Os produtores inseminam a genética Bonsmara nas matrizes e tem um controle na padronização a partir do sêmen, da sanidade e da nutrição. Isso permite padronização na idade do abate, acabamento e marmoreio, garantindo um produto bem homogêneo, que é o que falta nesse mercado”, comenta. Outras carnes Em sua opinião, outras carnes (aves e suínos) estão em um patamar acima dos projetos de bovinos, até porque precisam desse trabalho diferenciado, com produtos industrializados e temperados, pois não possuem a característica da carne bovina: “Ninguém consegue comer carne de frango e suínos todos os dias, por isso, é preciso lançar novos produtos com valor agregado para atrair o consumidor”, justifica. Grife Barcellos tem 15 anos de experiência em carnes de marca e, atualmente, trabalha com Divulgacão/Marfrig Um bom churrasco - além de um churrasqueiro competente - depende muito da qualidade da carne Animal Business-Brasil_11 grupos de produtores que querem desenvolver sua “grife”, frigoríficos que querem lançar produtos de marcas, grupos de varejistas que pretendem ter um produto diferenciado. “Trabalho em todos os pontos da cadeia produtiva, ligando quem produz e quem consome”, diz ele que presta consultoria para empresas que produzem marcas de carne como Marfrig, Bonsmara Beef, Guapiara (Guapiara Farm Beef), Jaguaretê (RS), além de 10 lojas do interior de SP, que leva a sua marca, a Beef & Veal. que deveríamos respeitar os comportamentos e hábitos naturais dos animais no que tange à alimentação e à vida em grupo. Com isto, também nos tornamos a primeira empresa a ser certificada em bem-estar animal no Brasil”, comenta. A produção de frango orgânico segue os mesmos princípios e vem tornando-se referência em produtos seguros e confiáveis em qualidade diferenciada e em garantia por seguir protocolos produtivos que consideram o bem-estar dos animais. Carne do Pantanal Frango sem antibiótico A Korin, seguidora da filosofia de Mokiti Okada, desde 1994, trouxe para o mercado o conceito de uma carne especial de frango sem uso de antibióticos, quimioterápicos, anticoccidianos, melhoradores de desempenho de base antibiótica e também isenta dos subprodutos das próprias aves (farinhas de carne, vísceras, sangue e ossos). A produção busca sempre seguir os princípios da natureza. “Sabíamos, desde o início, Morikawa anuncia, para breve, o lançamento de um projeto que está desenvolvimento há três anos em parceria com a ABPO (ABPO Pantanal Orgânico): a Carne Bovina Sustentável do Pantanal. A linha será composta por cortes livres de antibióticos, ureia e o uso de vermífugos que será feito somente de forma terapêutica. “Pensando no pecuarista pantaneiro, optamos por produzir apenas novilhas precoces, pois os Marceno Braga As poedeiras vermelhas botam ovos de casca colorida que valem mais no mercado 12_Animal Business-Brasil Marketing e Copa Para melhorar o marketing da carne no Brasil, o Marfrig está patrocinando a Copa do Mundo e realizando uma campanha junto ao consumidor que concorre ao ingresso da copa, quem compra carnes dessa marca. “Como não tem volume carne de marca sobrando, estamos investindo muito em mídia focada (promotoras abordando o cliente, o ponto de venda, explicando a marca).” “ O mercado está muito aquecido e a demanda supera em muito a quantidade de carne premium ofertada Fernanda Silvestre animais machos têm comércio garantido, mas 50% dos nascimentos são de fêmeas que não conseguem agregar o mesmo valor comercial. Dessa forma, estaremos garantindo a eles uma melhoria da renda com a mesma quantidade de animais sendo criados”, justifica. “Como será um animal jovem e saudável, vamos oferecer ao mercado uma carne muito macia, saborosa e sustentável, uma vez que está sendo produzida na região do pantanal mato-grossense.” “Nosso objetivo junto com a ABPO é mostrar à sociedade brasileira e ao mundo a qualidade da carne verde e sustentável produzida no Pantanal que, em função de sua alimentação ser à base de espécies de vegetais, é mais magra, nutritiva e saborosa”, argumenta e acrescenta que, apesar da enorme área de pastagem que as novilhas têm, a carne é macia e a vida do animal, livre e solta. Na opinião de Morikawa, o sucesso de uma marca de carne pode estar relacionado à região de origem. “Nossa aves são produzidas em Ipeúna, SP, que tem uma tradição de longa data na avicultura. Assim todos os funcionários da empresa, de alguma forma, têm em sua história afinidades, conferindo esmero na realização de suas atividades. O mesmo acontece com o Pantanal na produção das novilhas Korin”, exemplifica. Conforme explica Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin Agropecuária, muito mais que praticidade – graças ao avanço dos processos de comunicação e da melhoria de seu acesso promovido pela internet, QR code, TV a cabo e a própria mídia em geral, que hoje é disponível na palma da mão, em qualquer lugar que estiver –, o consumidor está mais atento aos acontecimentos com as empresas, seus produtos, seu engajamento dentro dos conceitos de sustentabilidade, além das ocorrências que envolvem os alimentos provocando a fragilidade da saúde. A carne de frango pode ser produzida de maneira ecológica A visão de Carlos Viacava é outra: “Perdemos, aqui, uma ótima oportunidade para divulgar a carne brasileira, o boi de capim, o Nelore Natural, quem sabe possamos acordar antes das Olimpíadas”, observa. Viacava considera que o sucesso de marca de carne depende de uniformidade, qualidade e marketing. “Temos Nelore uniforme, de qualidade, mas falta marketing”, avalia e acrescenta que os desafios para a consolidação de uma marca de carne passam por persistência e trabalho, além de marketing. Para melhorar o marketing, de Roberto Barcellos, diretor da Beef & Veal, diz que é preciso fazer a informações de como a carne foi produzida chegar ao consumidor. “Como o mundo conhece o Brasil como produtor de commodity, a Copa do Mundo é uma ótima oportunidade para mostrar que o País possui e produz carne de alta qualidade, no mesmo nível ou até superior às mais famosas do mundo: Argentina, Uruguai, EUA e Austrália”, ensina. Na avaliação do executivo da Korin, a divulgação da carne brasileira na Copa do Mundo já ocorreu com êxito. “Este evento mundial abriu portas para empresas de alimentos diferenciados, que conseguiu ampliar muito seu leque de fornecimento, principalmente em restaurantes Animal Business-Brasil_13 que incluíram os produtos em seu cardápio”, afirma. “Com certeza a preocupação das delegações e visitantes internacionais com a qualidade dos alimentos é muito grande, por isso as solicitações não param de chegar.” De acordo Morikawa, dados da OMS revelam que os países desenvolvidos, inclusive o Brasil, já consomem mais proteínas animais do que é recomendado, por isso, ele considera que não há necessidade de aumentar as ações publicitárias sobre as carnes no Brasil. “Devemos direcionar nossas estratégias de marketing-mix principalmente no item “P” de Produto, promovendo a melhoria de sua qualidade no que tange a utilização de substâncias químicas, além de implantar de processos cada vez mais sustentáveis e com bem-estar animal”, enfatiza. Divulgação/Marfrig Porcionado Divulgação/Marfrig “ Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que os países desenvolvidos já consomem mais proteínas animais do que é recomendado Carne desossada “Seriedade, obsessão pela qualidade, e foco no consumidor, entender as características realmente valorizadas pelo consumidor e buscá-las incessantemente, eis a chave de sucesso nesse segmento”, salienta Fábio Schuller Medeiros, do Programa de Carne Angus. Em sua opinião, as demais proteínas não afetam o mercado de produtos premium. “No Brasil, a preferência definida e absoluta é pela carne bovina, o que independe da classe social.” Educar e fidelizar o consumidor têm sido um processo natural na cadeia da carne e de alimentos como um todo. “A própria diferenciação de produtos por características como procedência, segurança, qualidade tem atraído a atenção dos consumidores que muitas vezes buscam mais que alimentos commodity”, comenta Medeiros. Nesse processo, ele vê a certificação como fundamental, pois que garante a credibilidade dessas características anunciadas pela marca. “Não menos importante são o marketing e a propaganda para informar aos consumidores sobre os diferenciais de cada produto.” Exemplo do Uruguai Medeiros acrescenta que exemplos como o do Uruguai são importantes quando se busca a promoção de um produto com a marca. “Precisamos mostrar aos consumidores a qualidade do produto nacional e o respeito que o processo de produção tem com o meio ambiente, e com a preservação da cultura das diferentes regiões. Esses são os atributos que devem sustentar o marketing da carne no País”, ensina. Ele acrescenta que a Abiec, por meio do Programa Brazillian Beef, tem feito muito sucesso em termos de marketing para promover a qualidade da carne brasileira. “Essa será a bola da vez na promoção da nossa carne para o mercado externo e para os estrangeiros que virão para a Copa e as Olimpíadas.” 14_Animal Business-Brasil