Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e Terapia ABA Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Transtorno Invasivo do Desenvolvimento • O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento quatro vezes mais comum em homens. • Estima-se que haja um autista a cada 300 pessoas. – O governo americano fala de 1 para 150. • TID é diagnosticado por meio de critérios de observação descritos no DSM-IV e CID-10. • É considerando um transtorno que ocorre em diferentes graus de comprometimento (espectro autista). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Transtorno Invasivo do Desenvolvimento • O indivíduo com TID (mais particularmente o autista) possui: – Contato social pobre ou inexistente; – Defasagem na linguagem; • Linguagem repetitiva ou inadequada. – Comportamentos repetitivos; – Interesse restrito; – Inabilidade em utilizar a imaginação; • Pensamento concreto. – Sensibilidade alterada. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 1 TID – Causas e Características • Não há consenso quanto às causas do TID. • Os indivíduos diferem muito entre si, o que sugere múltiplas causas, cada uma relacionada a uma característica apresentada. • Metais pesados podem ser uma causa. • Problemas no tubo digestivo (eliminação) e alergias. • Os cérebros são maiores. O sistema límbico possui muitas, mas pequenas células. • Possíveis causas genéticas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia TID – 7 Perguntas comuns 1. Pacientes com TID vivem em um mundo próprio? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia TID – 7 Perguntas comuns 2. Todos eles resistem a contato físico? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 2 TID – 7 Perguntas comuns 3. Todos têm capacidade intelectual superior em alguma área? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia TID – 7 Perguntas comuns 4. Eles são muito semelhantes entre si? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia TID – 7 Perguntas comuns 5. É possível que eles vivam uma vida normal? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 3 TID – 7 Perguntas comuns 6. Eles possuem aparência física particular? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia TID – 7 Perguntas comuns 7. O autismo é causado por “mães geladeiras”? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapias para o TID • Protocolo DAN – Limpar o organismo. Envolve dieta especial, principalmente sem glúten e sem caseína. • Ecoterapia – Contato social com animais. Facilita concentração. • Son-Rise – Realizada pelos pais. Consiste em “ir ao mundo” da pessoa com TID. • TEACCH – Método estruturado de aprendizado. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 4 Terapias para o TID • Terapias Motores-Sensoriais (por exemplo, Doman, Padovan) – Reestruturação por meio de atividades motoras. • Fonoaudiologia – Desenvolvimento da fala funcional e complementação de outras terapias. • Atividades Esportivas – Principalmente natação. • Terapia ABA – Terapia baseada em princípios da análise do comportamento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Introdução à Terapia ABA Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Eu tenho um filho autista. E agora? • Expectativas frustradas. – Luto. • Ansiedade intensa. SUPERPROTEÇÃO • Preocupação excessiva. • Medo. • Angústia. Birras, Dependência e Estagnação www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 5 Eu tenho um filho autista. E agora? • Dupla Mãe. Duplo Pai. – Ter um filho com autismo é ser mãe ou pai duplamente, com todos os sofrimentos e prazeres multiplicados. – O filho necessitará dos cuidados comuns a todas as crianças e de cuidados especiais para desenvolver suas potencialidades. – O objetivo é o mesmo, o cuidado é maior. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Agora, você precisa... • Agora, você precisa saber que: – Seu filho não é o diagnóstico. Ele é o seu filho. – Seu filho vai te amar. – Seu filho vai aprender. – Seu filho vai te surpreender. • Para que essas coisas aconteçam você só precisa de três coisas... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Agora, você precisa... 1. NÃO PROTEGER DEMAIS 2. PERSISTÊNCIA 3. PACIÊNCIA www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 6 Pais e Tratamentos Pessimismo de quem assiste vs Otimismo de quem participa www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais como Terapeutas • Para serem bons terapeutas, os pais precisam ter duas coisas em mente: – Proteção demasiada não ajuda seu filho a se desenvolver. – Todos os momentos de interação podem ser usados para ensinar (exemplo: guardar brinquedos, ligar a televisão, puxar a descarga, montar blocos, etc). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais como Terapeutas • O que é necessário para o ensino: – Persistir no ensino, repetindo-o pacientemente tantas vezes quanto for preciso; – Compreender o ritmo de cada criança; – Não comparar seu filho ao de outros pais; – Reconhecer e vibrar com cada conquista. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 7 Pais como Terapeutas • Algumas dicas para você ensinar o seu filho: 1. Tenha um objetivo. a. Divida o objetivo em etapas. 2. Mostre como desempenhar em cada etapa. a. Gradualmente, vá retirando as dicas. b. Prefira usar imagens a dicas verbais. 3. Deixe claro que a criança acertou e não reprove o erro. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais como Terapeutas • Continuando com as dicas: 4. Não tente ensinar tudo de uma vez. Concentre-se no que pode ser feito com tempo apropriado e paciência. 5. Inicialmente, é válido concentrar o ensino em atividades do cotidiano: almoçar, ir ao banheiro, guardar brinquedos, vestir a roupa, abrir a porta, apagar a luz, etc. 6. Desde sempre, comece a exigir que a criança peça pelo que deseja vocalmente ou com gestos. 7. Aprenda com os profissionais que atendem seus filhos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais como Terapeutas • Pais terapeutas: – Reduzem os custos da família; – Aumentam o tempo de interação com os filhos; – Sentem-se bem por participarem da evolução dos filhos; – Facilitam a continuidade do tratamento; – São naturalmente especialistas em generalização. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 8 Pais Coordenando Tratamentos • É recomendável que os pais coordenem o tratamento. • O primeiro passo é escolher bons terapeutas: • Devem conhecer sobre TID. Ou estarem disponíveis para aprender. • Devem ser transparentes, deixando claros seus objetivos, limitações e procedimentos. • Devem ser flexíveis, adaptando seu trabalho às necessidades das crianças e dos pais (que precisam intervir, deixando claras suas dificuldades e expectativas). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais Coordenando Tratamentos • É comum que as crianças realizem diversos tipos de terapia: Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Padovan, Terapia ABA, etc. • Os pais não têm ferramentas para avaliar o que está sendo eficaz e o que não está. • As muitas terapias geram ansiedade e expectativas inadequadas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais Coordenando Tratamentos • É válido que os pais exijam dos terapeutas: • Metas que têm com as crianças; • Demonstração o mais objetiva possível dos ganhos e problemas que estão ocorrendo no tratamento; • Discussão mensal sobre o andamento da terapia; • Reuniões entre os diferentes terapeutas; • Estudo bibliográfico sobre TID e o tratamento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 9 ABA – Análise do Comportamento Aplicada • O objetivo principal da Terapia ABA para as crianças diagnosticadas com autismo é aumentar a percepção que elas têm do mundo ao redor, suas interações sociais e sua comunicação. Para isso, as tarefas de aprendizagem propostas pelos terapeutas ABA são formuladas de modo a auxiliar as crianças a atentarem adequadamente para os contextos e pessoas com quem convive. Os programas ABA constroem prérequisitos de atenção e habilidades básicas de aprendizagem para que as crianças sejam capazes de aprenderem sem ajuda e estarem preparadas para desenvolver conhecimentos complexos. Faz isso direcionando as potencialidades de aprendizagem já presentes nas crianças, permitindo que elas sejam efetivadas de maneira apropriada. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia ABA – Análise do Comportamento Aplicada • Ciência e tecnologia para lidar com o comportamento em todas as situações e contextos em que ele ocorre. – Ciência = pesquisas e evidências empíricas. – Tecnologia = aplicação sistemática das descobertas científicas. • O nome Terapia ABA ficou mais conhecido por sua aplicação no tratamento de pessoas diagnosticadas com autismo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia ABA – Análise do Comportamento Aplicada • Desenvolvimento dos conceitos no início do século XX. • Consolidação dos conceitos em 1938, com o livro “O Comportamento dos Organismos”, de Skinner. – Ainda apenas uma ciência experimental. • Fase 1 de aplicação (dos anos1950 ao 1970): modificação do comportamento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 10 ABA – Análise do Comportamento Aplicada • Fase 2: Conceitos mais refinados. Perspectiva mais humana e reforçadora. – Desenvolvimento e Populatização da Terapia ABA. – Lovaas, 1987 e Deixe-me ouvir a sua voz (Catherine Maurice). • Fase 3: Mais foco em ambiente natural, reforçadores naturais e prazer do estudante. – Terapia ABA como ela é hoje. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 1. Aplicada • Seu objeto de interesse devem ser comportamentos socialmente relevantes. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 2. Comportamental • O foco da intervenção deve ser no que o indivíduo é capaz de FAZER. • Deve-se levar em conta o comportamento de quem realiza a intervenção. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 11 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 3. Analítica • Deve-se ter certeza de que as mudanças no comportamento do cliente são resultado da intervenção. – Para isso, avalia-se constantemente o comportamento do cliente e dos passos do tratamento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 4. Tecnológica • A intervenção deve ser detalhadamente descrita, de modo que qualquer outra pessoa seja capaz de executá-la. • Linguagem clara. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 5. Conceitual • A linguagem utilizada deve ser correta do ponto de vista conceitual, evitando ambiguidades. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 12 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 6. Eficaz • Para ser ABA, a intervenção deve ser eficaz: produzir os resultados desejados. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 7 Dimensões da Análise do Comportamento Aplicada 7. Produzir Generalização • A intervenção deve: A. Ser durável (resistir ao tempo); B. Estender-se para outros ambientes; C. Estender-se para outros comportamentos; D. Estender-se para outras pessoas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Uma Oitava Dimensão... 8. Humana • A intervenção só deve ocorrer com o pleno consentimento e participação das pessoas envolvidas. – Respeito; – Motivação; – Participação. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 13 Terapia ABA • Baseada nas descobertas de Skinner. – Foco no comportamento: o comportamento pode ser modificado se sua relação com o ambiente for mudada. • Popularizada por Lovaas, que mostrou que 50% das crianças tratadas com ABA saem do espectro autista. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA • Práticas e técnicas aperfeiçoadas e em aperfeiçoamento, objetivando serem as mais efetivas possíveis. • Tecnologia efetiva com centenas de crianças. • Filosofia Behaviorismo Radical (de raiz). – Pensamentos e sentimentos são comportamento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA • Foco no ensino de: – Linguagem; – Habilidades Sociais; – Habilidades Acadêmicas; – Habilidades de Brincar; – Habilidades de Auto-cuidado. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 14 Terapia ABA • Cria ambientes especiais para a aprendizagem em casa, na clínica, na escola, etc. – Ambiente reforçador. – Recruta pais, professores e cuidadores das crianças. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA • Objetivos discutidos e apresentados para os pais (acompanham a evolução da criança por meio de registros). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA • É uma terapia intensiva (ideal 40 hs por semana), diretiva e relacional. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 15 Terapia ABA • Idealmente, mais de um terapeuta (revezamento). • O contato e atenção social são constantes durante a terapia. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA • Péssimos nomes para conceitos... – Reforçamento; – Controle de Estímulos; – Extinção; – Fading in; – Etc... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Três razões por que realizar a Terapia ABA 1. A Terapia ABA Funciona A Terapia ABA é a forma de tratamento que possui mais investigações científicas e relatos de sucesso dentre as terapias que lidam com indivíduos diagnosticados com autismo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 16 Três razões por que realizar a Terapia ABA 2. A Terapia ABA não acredita em falha do aprendiz A. O terapeuta ABA não acredita que uma pessoa é incapaz de aprender. Ao invés disso, ele se pergunta “como eu posso ensinar essa pessoa?” www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Três razões por que realizar a Terapia ABA 2. A Terapia ABA não acredita em falha do aprendiz B. Portanto, quando um aluno não aprende, o terapeuta ABA pergunta “o que EU fiz de errado?”. Isso leva a uma prática cada vez melhor. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Três razões por que realizar a Terapia ABA 3. A Terapia ABA respeita o direito de aprender A. Sabendo que somente o aprendizado pode conduzir a uma vida plena, os terapeutas ABA se esforçam para tornar o aprendizado relevante e empolgante. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 17 Três razões por que realizar a Terapia ABA 3. A Terapia ABA respeita o direito de aprender B. O aprendizado ocorre no ritmo do estudante, sempre respeitando seus limites. O terapeuta procura realizar um ensino sem erros. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais e Terapia ABA • Existe a crença falsa de que os pais não devem aplicar Terapia ABA porque ela é muito estruturada e mecânica, e os pais podem não se adaptar a ela. – Qual é a origem dessa crença? • É comum, então, que os pais contratem aplicadores da terapia e acompanhem o tratamento “a uma distância segura”. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Pais são bons aplicadores de Terapia ABA • Pesquisas mostram, no entanto, que os pais: – São competentes na aplicação da Terapia ABA; – São capazes de ensinar a outras pessoas; – São eficientes em reduzir comportamentosproblema. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 18 Envolvendo os pais na Terapia ABA • O que os pais podem fazer: – Tentativa Discreta (não gostam); – Paradigma da Linguagem Natural; – Ensino em Ambiente Natural; – Atividades de Vida Diária; – Quadros de Rotina; – PECS. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos utilizados na Terapia ABA Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... • Por que nos comportamos? • Por que vemos todos os dias o mesmo programa de televisão? • Por que não gritamos em sala de aula? • Por que nos abrimos com nossos amigos? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 19 Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 20 Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 21 Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 22 Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 23 Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 24 Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentem responder... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 25 Conceitos Básicos: Princípios do Comportamento 1. Nós nos comportamos porque queremos ou precisamos de alguma coisa, ou por que queremos escapar de uma situação desagradável. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Princípios do Comportamento 2. Comportamento modifica e é modificado pelo ambiente. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Princípios do Comportamento 3. Comportamentos que produzem o que queremos ou precisamos são fortalecidos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 26 Conceitos Básicos: Princípios do Comportamento 4. O contexto comportamentos em foram que os bem sucedidos passam a influenciá-los. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Comportamento • Comportamento é tudo o que o organismo faz. – É a relação entre os eventos do meio (públicos e privados) e a resposta do organismo (públicas e privadas). ESTÍMULOS PÚBLICOS RESPOSTAS PÚBLICAS Sinal de trânsito; Amigo se aproximando; Amigo falando; Braço se levantando; Letras em um livro; etc. Dirigir um carro; Caminhar; Comer; Proferir um discurso; etc. ESTÍMULOS PRIVADOS RESPOSTAS PRIVADAS Pensamentos; Emoções; Sentido da posição do corpo; Dor; Sede; etc. Pensar; Imaginar; Raciocinar; Sentir amor; Sentir raiva; Sentir dor, etc. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Análise Funcional OM (motivação) SD R (contexto) (resposta) SC (consequência) www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 27 Conceitos Básicos: Análise Funcional modifica o valor de OM (motivação) modifica a probabilidade de induz SD é ocasião para (contexto) produz R (resposta) SC (consequência) estabelece o controle do comportamento pelo estímulo torna-se um estímulo condicionado www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Funções dos Estímulos • Operações Motivadoras (o que nos faz querer algo). – Queremos beber porque ficamos muito tempo sem água. – Desabamos com nossos amigos porque tensos (terminamos estamos o namoro, por exemplo). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Funções dos Estímulos • Estímulos Consequentes (podem ser reforçadores ou punitivos). – Deixamos de sentir frio ao vestir uma blusa. – Ganhamos parabéns por termos acertado algo. – Tomamos uma bronca por bagunçar em aula. – Somos colocados de castigo após fazer algo errado. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 28 Conceitos Básicos: Funções dos Estímulos • Estímulos Discriminativos – Controle de Estímulos (contexto do comportamento). – Amigos influenciam o tipo de conversa. – Dizer “bola” diante da palavra BOLA é considerado correto. – Responder “3” diante da pergunta “quanto é 1+2?” é considerado correto. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Análise Funcional OM (motivação) Estar só Estar triste SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) Pessoa 1 Conversar Agradável Pessoa 2 Conversar Desagradável Pessoa 3 Conversar Neutro www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Análise Funcional OM (motivação) Algum tempo sem brinquedo SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) Uma bola “BOLA” Brinquedo Uma bola “BALA” Nada Uma bola “CARRO” Nada www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 29 Conceitos Básicos: Reforçamento SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) AUMENTA a probabilidade de Brinquedo no chão Recebe o brinquedo Chorar ocorre mais vezes • Reforçador aumenta a probabilidade de uma resposta. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Punição SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) DIMINUI a probabilidade de Brinquedo no chão Recebe bronca Chorar ocorre menos vezes • Punição diminui a probabilidade de uma resposta. Mas tem efeitos indesejáveis: raiva e/ou medo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Extinção SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) Diminui a probabilidade de Brinquedo no chão Chorar Nada acontece vai deixando de ocorrer... • Extinção faz a resposta ir desaparecendo. Antes de desaparecer: aumenta de intensidade e provoca sofrimento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 30 Conceitos Básicos: Reforçamento Intermitente • Reforçamento contínuo: uma resposta – um reforço. • Reforçamento intermitente. – Por tempo: A primeira resposta a cada 30s ganha reforçador. – Por razão: A cada 5 respostas, um reforçador. – Efeitos: • Comportamento mais “forte”. • Maior resistência à extinção. – Ex: Jogos de azar (máquina caça-níquel). • Reforçamento esporádico. – “ Vício” causado facilmente. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Mais sobre Consequências • Quanto mais imediato o reforçador, mais efetivo ele é. • Um reforçador não reforça para sempre (operações motivadoras). • Não foram os analistas do comportamento que inventaram o reforçador. – Eles apenas o descreveram. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Forma vs Função • Os Terapeutas ABA diferenciam entre a função de um comportamento e sua forma (aparência – topografia). – A função é definida pela relação da resposta com o ambiente. • Dois comportamentos podem ter a mesma forma e funções diferentes. • Dois comportamentos podem ter a mesma função e formas diferentes. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 31 Conceitos Básicos: Forma vs Função • Formas diferentes, mesma função: despedir-se educadamente. Indo embora “Tchau” Reforçador Social Indo embora Acenar tchau Reforçador Social www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Forma vs Função • Mesma forma, diferentes funções. Prova em breve Estudar Tirar boas notas Prova em breve Estudar Não levar bronca www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Modelagem • Ensino gradual. • Consiste em reforçar formas (topografias) de respostas cada vez mais próximas da topografia final desejada (aproximações sucessivas) e não reforçar outras topografias. • Ao fim do procedimento, as respostas-alvo tornam-se mais freqüentes e todas as outras diminuem sua taxa de ocorrência. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 32 Conceitos Básicos: Modelagem Exemplo: dizer “Quero TV” “qqq” – reforço “quê” – reforço “qqq” – não reforço “qué” – reforço “quer” – reforço “der” – não reforço O procedimento é utilizado para produzir topografias complexas de respostas: Ensinar comportamentos complexos “quero” – reforço “quero T” – reforço “quero” – não reforço “quero TV” – reforço Dinâmica www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Fading de Estímulos • Procedimento utilizado para mudar o controle de estímulos. – Consiste em alterar gradualmente valores do estímulo. 6 9 www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Esposa Sorridente Esposa com cara fechada Convidar para jantar Convidar para jantar Jantar romântico Sem jantar www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 33 Sogra longe Sogra em casa Esposa sorridente Convida para jantar Jantar Esposa com cara fechada Convida para jantar Sem jantar Esposa sorridente Convida para jantar Jantar Esposa com cara fechada Convida para jantar Jantar www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Conceitos Básicos: Atenção • Atenção é uma relação de controle de estímulos. – Atenta-se para o que está relacionado a eventos reforçadores. • Atenção = interesse – Olha-se menos para o que está relacionado à ausência de reforçadores. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal • Comportamento Verbal é um – Comportamento reforçado pela mediação de um ouvinte treinado especialmente para fazê-lo por uma comunidade verbal. • Exemplo: “pegue um copo de água para mim”. – A emissão deste comportamento verbal só pode ser reforçada caso um ouvinte treinado pegar a água para o falante. • Não importa se a resposta é por meio de palavras, gestos ou troca de figuras. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 34 Comportamento Verbal • A proposta de CV de Skinner critica a idéia da linguagem como um instrumento: – É comum o pensamento de que a pessoa capaz de pedir por água, é também capaz de dizer “água” quando a vê. – Na verdade, há vários tipos de comportamentos verbais. Eles variam no tipo de relação que estabelecem com o ambiente. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal: Operantes sob Controle Formal • Ecóico (vocal – vocal). SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) “Bola” “Bola” SOCIAL e/ou natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal: Operantes sob Controle Formal • Cópia (escrito - escrito). SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) Bola Bola SOCIAL e/ou natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 35 Comportamento Verbal: Operantes sob Controle Formal • Ditado (vocal – escrito). SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) “Bola” Bola SOCIAL e/ou natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal: Operantes sob Controle Formal • Textual (escrito – vocal). – Leitura: envolve compreensão. SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) Bola “Bola” SOCIAL e/ou natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal – Mando • Controlado por operações motivadoras. – Incluindo situações aversivas. • O reforçador, para este operante, é específico. • Usualmente, a forma da resposta (topografia) anuncia o reforçador. – Quero biscoito (controlado pela fome). – Feche a janela, por favor (controlado pelo frio). – Correr e gritar (controlado pelo desejo de fugir de uma tarefa). – Bater nos outros ou em si mesmo (controlado pela necessidade de atenção). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 36 Comportamento Verbal – Mando OM (motivação) Algum tempo sem brincar com a bola Reforçador específico Resposta geralmente “Bola” especifica o reforçador R SC (resposta) (consequência) www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal – Tato • O tato é um operante verbal sob controle de um estímulo não-verbal: um objeto ou evento ou a propriedade de um objeto ou evento do meio. – Dizer carro diante de um carro, – Dizer estou com frio diante de sensações corporais específicas. – Dizer azul diante de um trem de brinquedo azul. • Para o tato, o reforçador é generalizado. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal: Tato • Tato é dar nome às coisas ou às suas propriedades. SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) “Bola” SOCIAL e/ou natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 37 Comportamento Verbal: Intraverbal • Comportamento verbal controlado por outro comportamento verbal. • Relacionado à conversação, socialização e habilidades acadêmicas. • Exemplos de intraverbal: – Quem descobriu o Brasil? “Pedro Álvares Cabral”. – Qual seu nome e idade? “Sou Pedro e tenho 7 anos”. – A, E, I, O? “U”. – Conversação de todos os tipos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal: Intraverbal • Intraverbal é o mais difícil dos comportamentos verbais. Não há regras claras em uma conversa. SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) Qual seu jogo favorito? Futebol SOCIAL continuação e aprofundamento da conversa www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Comportamento Verbal: Linguagem Receptiva • Ser capaz de se comportar adequadamente diante do comportamento verbal de outra pessoa. • Relacionado à compreensão e entendimento da linguagem. • O estímulo é verbal. A resposta dada é não-verbal. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 38 Comportamento Verbal: Linguagem Receptiva • Tato é dar nome às coisas ou às suas propriedades. SD R SC (contexto) (resposta) (consequência) “Pegue a bola para mim” Pegar a bola SOCIAL e/ou natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Avaliação do Comportamento e Comportamentos-Problema Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Não-rotulação • As mesmas “leis” comportamentais (e do pensamento e do sentimento) controlam o que é chamado de doença e o que é chamado de normal. • A questão é: “Quais são as dificuldades desta pessoa única e como lidar com elas?” – E não “Que doença esta pessoa tem?” www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 39 Terapia ABA: Não-rotulação • Foco nas relações do indivíduo e não na doença. • Diagnosticar não é o passo mais importante. – O melhor é uma análise das necessidades do indivíduo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Não-rotulação • A ABA compreende características do TID como uma continuação das características consideradas típicas. • TID, portanto, não é considerada uma doença ou transtorno, e sim um conjunto de características particulares. – Os indivíduos que a possuem precisam APRENDER a viver no mundo como ele é hoje. Mais baixo Mais alto Menos contato social Mais contato social www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Não-rotulação • Se o diagnóstico é comportamental... • O desaparecimento dos comportamentos significa... • Desaparecimento do nome “autismo”. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 40 Terapia ABA: Avaliação • Testes de inteligência valem a pena? www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Avaliação • Existem alguns testes que avaliam o grau de ocorrência e severidade de comportamentos autísticos. Exemplos: – CARS (Childhood Autism Rating Scale) – ATEC (Autism Treatment Evaluation Checklist) • São úteis para questões comparativas e de pesquisa. • Pensando em avaliação para planejamento de terapia, é mais útil analisar funcionalmente. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Avaliação • Análise funcional: – Identificar o que está controlando o comportamento para além de sua aparência. – Procura-se identificar (1) o contexto em o comportamento está ocorrendo, (2) qual é o comportamento e (3) quais são as consequências do comportamento. – Fornece a base para programas de tratamento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 41 Análise Funcional modifica o valor de OM (motivação) modifica a probabilidade de induz é ocasião para SD (contexto) R produz SC (resposta) (consequência) estabelece o controle do comportamento pelo estímulo torna-se um estímulo condicionado www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Avaliação • Testes Funcionais: • ABLLS (Assessment of Basic Language and Learning Skills) – Avaliação de repertório e guia curricular. • ABLA (Assessment of Basic Learning Abilities) – Simplista. • ABLLS reduzido – Simples, mas avalia as habilidades mais importantes. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com Comportamentos-Problema • Comportamentos-problema realização de são comportamentos aqueles que adequados, impedem a retardando a aprendizagem e, consequentemente, a evolução da criança. Podem ser: 1. Estereotipias. 2. Rituais. 3. Interesse restrito. 4. Disruptivos e birras. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 42 Estereotipias • As estereotipias são movimentos repetitivos mantidos por autoestimulação. Costumam ocorrer em três situações: quando a criança está ansiosa, quando está muito excitada ou quando não tem atividades produtivas a fazer. mantém 2 Estereotipias 1 Auto-estimulação produzem www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Estereotipias • Os movimentos podem ocorrer com objetos (como bater na mesa repetidamente) ou com o próprio corpo da criança (agitar os braços, morder-se, correr pela casa, etc). Além disso, a ecolalia e o balbuciar ininterrupto são formas de estereotipia. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Estereotipias • Os comportamentos auto-estimulatórios tendem a diminuir quando o indivíduo está engajado em atividades produtivas. Por isso, a regra de ouro para evitar as estereotipias é manter a pessoa com o problema sempre ativa. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 43 Estereotipias • Há teóricos, como Lovaas, que supõem que as auto-estimulações têm a função de evitar deterioração do sistema nervoso. O autor defende que, apesar disso, o mais adequado é substituir a auto-estimulação inadequada por ações O comportamento inadequado de enfileirar pode ser substituído por jogar dominó, por exemplo. apropriadas e produtivas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com as Estereotipias: Técnica do Redirecionamento • A melhor forma de lidar com a estereotipia é manter a criança em atividades adequadas durante todo o tempo. Infelizmente, isso não é possível. Uma alternativa é seguir esses passos: www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com as Estereotipias: Técnica do Redirecionamento • 1. Faça uma lista de todas Exemplo de lista as estereotipias da criança Dia Hora e em que situações elas 20/05 08:20 ocorrem (anote a hora da Bater palmas sem parar Sozinho na sala, vendo Ben 10 20/05 12:30 Correr pela casa movendo os braços Eu e meu marido dissemos que íamos levá-lo a uma rede de fastfood 20/05 18:15 Bater dois blocos de plástico coloridos um no outro Deixamos ele sozinho com o brinquedo de montar estereotipia e o que estava Estereotipia acontecendo no ambiente da criança); Situação A lista permite identificar quais são os movimentos mais frequentes e estabelecer o padrão de sua ocorrência www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 44 Lidando com as Estereotipias: Técnica do Redirecionamento • 2. Com base no levantamento feito, fique atento às situações em que os movimentos costumam acontecer. • 3. Nas situações em que os movimentos ocorrem, seja mais rápido do que a criança e direcione o comportamento dela para uma atividade adequada ANTES de a estereotipia ocorrer. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com as Estereotipias: Técnica do Redirecionamento • 4. Repita os passos acima insistentemente por alguns dias, ou até semanas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Rituais • Rituais têm semelhanças com as estereotipias. Também comportamentos são repetitivos, mas que ocorrem de forma mais localizada. Por exemplo, a criança insiste em passear sempre pelo mesmo caminho. Outro exemplo: a criança reclama bastante sempre que muda de ambiente. O maior problema causado pelos rituais é que eles impedem a criança de experimentar alternativas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 45 Rituais • Há teóricos que dizem que os rituais têm o objetivo de “proteger” os indivíduos autistas de estimulação nova, pois ela sobrecarrega seus sentidos sensíveis. O maior problema causado pelos rituais é que eles impedem a criança de experimentar alternativas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com os Rituais: Técnica do Quadro de Rotinas • Faça uma lista de mapeamento dos rituais (semelhante à feita para as estereotipias). Depois, modifique gradualmente as situações nas quais o ritual ocorre e o comportamento tipicamente apresentado. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com os Rituais: Técnica do Quadro de Rotinas • Por exemplo, se a criança insistir em sentar sempre na mesma cadeira, deslize-a em torno da mesa, mudando sua posição. No dia seguinte, mova a cadeira ainda mais, e assim sucessivamente. Termine Caso a criança se irrite muito com as mudanças, associe-as com os objetos e as atividades preferidas por ela. Por exemplo, ajude-a a se sentar em uma cadeira ajudando a criança a se sentar diferente e imediatamente em uma cadeira diferente todos dê a ela seu brinquedo mais os dias. querido. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 46 Lidando com os Rituais: Técnica do Quadro de Rotinas • É muito útil, para lidar com mudanças de ambiente, criar um quadro de rotinas para a criança, que apresenta (com fotos) todas as atividades que ela realizará durante o dia. O quadro, para ser melhor aproveitado, deve Exemplos de quadros de rotina ser utilizado de manhã e novamente a cada nova atividade. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com os Rituais: Técnica do Quadro de Rotinas • Ajude a criança a olhar todas as fotos e o nome dos itens constantes no quadro. É ainda mais interessante que o quadro e seus itens sejam de velcro, permitindo à criança montar o próprio dia. Ajude-a nos primeiros dias ou semanas e gradualmente permita que ela faça tudo sozinha. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Interesse Restrito • Trata-se do apego demasiado a um determinado objeto ou atividade e a não aceitação do engajamento em outras tarefas ou brincadeiras. restrito limita possibilidades aprendizagem O o de interesse campo de interação e da criança diagnosticada com autismo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 47 Interesse Restrito • Sua ocorrência provavelmente está ligada à mesma necessidade de proteção de estímulos novos presente nos rituais. Infelizmente, isto ainda é uma hipótese que necessita de confirmação empírica. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com o Interesse Restrito: Princípio de Premack • 1. Direcione a criança para outra atividade. Ajude-a nesta nova tarefa ou com o novo objeto, fazendo muita festa. • 2. Nas primeiras vezes, não exija muito tempo de engajamento. Aumente o tempo gradualmente. Princípio de Premack Os passos descritos ao lado resumem o Princípio de Premack: use as atividades mais interessantes para o indivíduo para fortalecer o engajamento em atividades menos interessantes. Em outras palavras, reforce uma atividade menos “bacana” com uma mais “bacana” www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com o Interesse Restrito: Princípio de Premack • 3. Após segundos, ou minutos, na nova tarefa, dê a ela o objeto ou deixe-a realizar a atividade que mais gosta. • 4. Repita esses passos com novas tarefas. Quando possível, torne uma tarefa a sequência natural da outra. Por exemplo: se um garoto gosta de um avião de brinquedo, ajude-o a empurrar um carrinho que vai chegar até o avião, e então decole... www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 48 Birras e Comportamentos Disruptivos • São comportamentos agressivos, de oposição e enfrentamento, em que as crianças ficam muito agitadas, chorosas e não demonstram consideração por objetos e pessoas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Birras e Comportamentos Disruptivos • Birras e disruptivos análise, comportamentos são, uma em última forma de comunicação. Geralmente, dizem uma de duas coisas: “eu não quero esta situação” ou “eu quero este objeto ou atividade”. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Birras e Comportamentos Disruptivos • A ocorrência desses comportamentos inadequados em crianças diagnosticadas Para o autista: com autismo provavelmente está ligada à dificuldade que elas têm em Comunicação adequada Objetivo difícil utilizar a comunicação convencional para manifestar seus desejos e inquietudes. Por conta disso, o autista utiliza da forma de comunicação que lhe é acessível (e que é extremamente Objetivo Birra funciona funcional): a birra e os disruptivos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 49 Birras e Comportamentos Disruptivos • O problema se agrava quando os pais realizam todos os desejos das crianças, o que é infelizmente muito comum. Para o autista: Comunicação adequada Objetivo difícil Objetivo Birra funciona www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Birras e Comportamentos Disruptivos • O problema se agrava quando os pais realizam todos os desejos das crianças, o que é infelizmente muito comum. A solução: Comunicação adequada Objetivo funciona substituir Objetivo Birra não funciona www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • Como mostrado na animação anterior, a solução para diminuir a frequência de birras e comportamentos disruptivos é ensinar formas de comunicação adequadas, que permitam à criança manifestar suas necessidades. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 50 Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • A técnica mais funcional para isso é a extinção somada A extinção consiste em suspender o reforço da birra ou do comportamento disruptivo. Ou seja, em não permitir que ele funcione. ao reforçamento de comportamentos alternativos ou incompatíveis com as birras. Apesar de ser funcional, o problema de utilizar apenas a extinção é que ela provoca resultados indesejáveis, como raiva e aumento inicial do comportamento inadequado antes de ele desaparecer. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • Para realizar adequadamente o reforçamento de comportamentos adequados que substituem os inadequados, o primeiro passo é fazer uma lista mapeando a ocorrência das birras e disruptivos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • Deve ser uma lista mais completa do que a anteriormente mostrada. Ela deve conter não apenas a situação em que o Dia e hora Situação Comportamento Consequência (o que a criança obteve) 14/04 12:00 Na hora do almoço, quando ofereci alface Gritar e sair correndo da mesa Desisti de dar o alface e ele parou de chorar 16/04 14:00 Pedi a ele para fazer o desenho que a professora passou de tarefa Derrubou tudo que estava na mesa. Quando coloquei tudo no lugar, derrubou de novo Não fez o desenho. Foi ver TV. 16/04 18:35 Depois de andar um pouco pela casa Começou a chorar e gritar e me puxar pela mão Parou de chorar quando lhe entreguei o carrinho que ele gosta. comportamento ocorreu, mas também o que a criança obteve com ele. Veja ao lado um exemplo. Esta listagem é fundamental para o procedimento de ensinar comportamentos alternativos www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 51 Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • Agora que você fez o levantamento, é válido seguir esses passos: • 1. Crie um sistema de comunicação alternativa e o tenha sempre em mãos. O PECS é a melhor solução (fotos dos diferentes objetos e atividades PECS (Sistema de comunicação por troca de figuras). Particularmente, prefiro fotos a desenhos. da criança). Não esqueça de ter uma foto de tudo que apareceu como consequência na lista do seu filho. É válido também ter um cartão escrito “Não” para que a criança o utilize. O ideal é que ao invés do PECS, a criança seja ensinada a pedir verbalmente. Utilize as fotos apenas se a criança não usar as palavras. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • 2. Nas situações em que as birras costumam ocorrer, fique a postos para ajudar a criança a lhe entregar a imagem correspondente ao que ela deseja. • 3. Imediatamente após a criança lhe entregar a foto, ou pedir verbalmente, permita que ela acesse o que ela deseja. No caso do “Não”, suspenda o pedido por alguns minutos. Após isso, peça novamente, oferecendo algo desejável após ela cumprir sua solicitação. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Lidando com Birras e Comportamentos Disruptivos: Técnica do Reforçamento a Respostas Incompatíveis ou Alternativas • 4. Ainda que a criança esteja se comportamento inadequadamente (o que é comum no começo desse procedimento), aceite a figura e lhe dê o que ela quer. Gradualmente, vá exigindo que ela faça cada vez menos birra, até que somente o comportamento adequado prevaleça. O procedimento descrito nestes passos chama-se “Reforçamento diferencial de comportamento alternativo”. Ele funciona porque permite à criança acessar o que deseja de forma mais simples (é mais fácil entregar uma figura ou fazer um pedido verbal do que gritar, berrar, correr, etc). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 52 Comportamentos-Problema: Um Guia Geral Faça uma análise funcional detalhada do comportamentoproblema: • Em que situações ele ocorre? • Em que ambientes ele ocorre? • Quais as consequências que ele recebe? • Com que frequência ele ocorre? • Ocorre mais com uma pessoa do que com outra? Geralmente, os comportamentos-problema têm alguma(s) dessas funções: • Receber atenção social; • Pedir por algo; • Fugir de uma situação desagradável; • Auto-Estimulação. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Se a função for... Receber atenção social • Pare de prestar atenção, ou ficar bravo, ou ficar chocado com o comportamento-problema (procedimento de extinção). • É válido pedir por respostas adequadas alternativas. • Comece a dar atenção e elogios quando a criança estiver se comportando de maneira apropriada. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Se a função for... Pedir por Algo ou Fugir de uma Situação Desagradável • Ensine formas de comunicação alternativas ao comportamento-problema: pedir verbalmente, ou por troca de figuras, ou por gestos (reforçamento de respostas alternativas). • Concomitantemente, não mais permita que o comportamento-problema seja bem sucedido (extinção). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 53 Se a função for... Auto-Estimulação • Redirecione imediatamente a resposta para algo adequado. • Quanto mais tempo de atividade apropriada, menos tempo de auto-estimulação. • Procure respeitar a necessidade de auto-estimulação e propor atividades que forneçam estimulação semelhante. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Princípios de Ensino e Programas de Aprendizagem Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. – Definir objetivos; www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 54 Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. – Definir objetivos; www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ambiente e material • Para realizar a Terapia ABA, são necessárias as seguintes condições: – Ambiente tranquilo, sem muitas distrações. – Mesa apropriada ao tamanho da criança; – Estímulos diversos: cores, letras, números, formas, figuras de animais, de pessoas, de emoções, fotos dos familiares, dos objetos da criança, etc. • Imagens todas do mesmo tamanho (sugiro no formato paisagem 5 X 7,5cm). – Brinquedos diversos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. – Definir objetivos; www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 55 ABA Princípios de Ensino • Avaliação constante. • Ensino personalizado: ritmo individual. • Ensino do simples para o complexo. • Exigência de domínio para avançar. • Repetição de testes. • Relação social durante o ensino. • Aprendizagem sem erro. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Técnicas de Ensino • Motivação; • Hierarquia de Dicas; • Modelagem; • Apresentação dos Estímulos; • Generalização. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Técnicas de Ensino: Motivação • Na Terapia ABA, tudo é realizado de modo a não permitir que a criança erre e esteja sempre motivada a aprender: – Utilização constante de interesses da criança para ajudar na realização de tarefas. – Teste de reforçadores: verificar quais são os interesses das crianças o tempo todo. – Repetir constantemente o teste. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 56 Técnicas de Ensino: Motivação • Utilizar motivadores (reforçadores) poderosos é central na Terapia ABA. • Há vários tipos de reforçadores: – Arbitrários. Não relacionados à tarefa. Um brinquedo por acertar uma tentativa discreta que pede imitação. – Sociais. Festa, cócegas, etc: algo que vem do outro. – Generalizados. Que jamais perdem seu poder reforçador. Dinheiro, por exemplo. Economia de fichas. – Naturais. São os melhores reforçadores, que decorrem da própria tarefa. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Técnicas de Ensino: Hierarquia de Dicas • A hierarquia de dicas é um tipo de fading out. – Consiste em retirar gradualmente as dicas dada às crianças para a realização de atividades. • O objetivo é impedir que a criança erre e se mantenha motivada. • Em alguns casos, a ajuda é apenas verbal. • A hierarquia: – Ajuda Física; – Ajuda Leve; – Ajuda Gestual; – Sem ajuda. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Técnicas de Ensino: Modelagem • A modelagem permite ensinar comportamentos complexos de forma gradual e afim com a evolução da criança. • Trata-se, junto com a hierarquia de dicas, de um procedimento planejado para evitar o erro e manter a criança interessada. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 57 Técnicas de Ensino: Modelagem “qqq” – reforço “quê” – reforço “qqq” – não reforço “qué” – reforço “quer” – reforço “der” – não reforço “quero” – reforço “quero T” – reforço “quero” – não reforço “quero TV” – reforço www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Técnicas de Ensino: Apresentação dos Estímulos • Para facilitar o aprendizado e para evitar controle de estímulos inapropriados, a apresentação de novas tarefas e estímulos deve ser feita de forma planejada: – Iniciar com um estímulo real e um em branco (quando possível). – Adicionar um segundo estímulo, o mais diferente do primeiro possível. – Adicionar um terceiro estímulo. – Caso a criança seja habilidosa, acrescentar mais estímulos gradualmente. – Apresentá-los sempre em ordem aleatória. – Modificar estímulos conforme eles forem dominados. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Técnicas de Ensino: Generalização • Consiste em programar o ensino de forma que o conteúdo aprendido se estenda para além da sala de tarefas e ocorra no ambiente natural da criança. • Algumas maneiras de criar generalização: – Variar o ambiente da tarefa; – Variar a pessoa que requisita a tarefa; – Pedir a tarefa na situação natural em que o aprendizado costumar ser utilizado. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 58 Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. – Definir objetivos; www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tipos de Ensino • Ensino em Ambiente Natural; • Tentativa Discreta; • Ensino Incidental; • Encadeamento de Trás para Frente. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Tipos de ensino – Ensino em Ambiente Natural • O ensino em ambiente natural consiste em analisar as possibilidades de aprendizado do indivíduo em suas situações cotidianas e programar ensino de comportamentos adequados a esses ambientes. – Ensinar a dizer “bom dia” e “tchau”. – Abrir a porta do carro. – Ir ao banheiro da escola. – Vestir-se. – Pedir o que quer na lanchonete. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 59 Terapia ABA: Tipos de ensino – Ensino em Ambiente Natural • O Ensino em Ambiente Natural pode ocorrer de forma planejada. – É válido aproveitar o cotidiano da criança para ver o que pode ser ensinado. • Lembrar sempre de: – Dividir a tarefa em passos (quando possível); – Reforçar o comportamento correto; – Utilizar hierarquia de dicas; – Utilizar modelagem. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Tipos de ensino – Tentativa Discreta • Ensino estruturado, que vai ao encontro das necessidades iniciais da criança diagnosticada com TID. • Consiste em três passos: (1) fazer um pedido para a criança, (2) resposta dela e (3) reforçar a resposta correta. • Utilizada para programas acadêmicos (ler, escrever, contar, etc), imitações iniciais, seguir instruções, identificações, emparelhamentos. • O objetivo é criar controle de estímulo adequado. • É o tipo de ensino mais realizado pelos terapeutas ABA. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Tentativa Discreta X Ensino em Ambiente Natural Tentativa Discreta • Maior controle do aprendizado • Mais fácil corrigir erros • Menos possibilidade de generalização • Pouca fluidez Ensino em Ambiente Natural • Maior possibilidade de generalização • Ensino mais adequado ao cotidiano • Menos controle de erros e eventos inesperados www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 60 Terapia ABA: Tipos de ensino – Encadeamento de trás para frente • Consiste em quebrar comportamentos complexos em pequenos passos e ensiná-los de trás para frente, de modo que os passos inicias sejam dicas para o último. • Utilizado nas atividades diárias: – Tomar banho; – Escovar os dentes; – Trocar de roupa, etc. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Encadeamento de Trás para Frente Refeição terminada Escovar os dentes Dentes limpos e sadios Boca com sabão Gargarejar Guardar tudo Dentes limpos e sadios Escova com pasta Mover a escova sobre os dentes Boca com sabão Pasta e escova Passar pasta na escova Escova com pasta Armário do banheiro Abrir armário Pasta e escova Refeição terminada Ir ao banheiro Armário do banheiro www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA: Tipos de ensino – Ensino Incidental • Não-estruturado e não planejado. • Aproveitar o ambiente da criança e suas preferências para ensinar. • Deste modo, aproveita-se ao máximo o potencial de ensino e a criança permanece motivada. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 61 Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. – Definir objetivos; www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Sociais Complexo • Imitação de sequências em grupo • Conversação • Interação prolongada • Imitação em grupo • Convidar para brincadeiras • Imitação de sequências • Brincadeira imaginativa • Imitação motora fina • Brincadeira com regras • Imitação motora grossa • Brincadeira com turno • Imitação com objetos • Reforçamento social • Atenção social • Contato visual Simples www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas de Linguagem Complexo • Conversação • Intraverbal avançado • • Fazer comentários • Fazer perguntas Tato avançado • Pedir com frases • Mando avançado • Pedir com palavras • Intraverbal simples • Pedir com sons • Tato simples • Pedir apontando • Mando • Pedir guiando • Ecóico / Mando Simples www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 62 Linguagem Receptiva Complexo • Seguir instruções compostas • Identificação por FCC • Seguir instruções duplas • Identificar objetos com base em 2 propriedades • Seguir instruções simples • Identificar objetos Simples www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Cognitivos Complexo • • Pareamento arbitrário Pareamento por FCC (Função, Classe ou Característica) • Pareamento por categoria • Pareamento por semelhança • Pareamento de • Matemática • Leitura e escrita • Somar e subtrair • Ler pequenas frases • Ordenar números • Ler palavras • Ler sílabas • Identificar letras e números identidade Simples www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Motores Complexo • Jogar tênis • Jogar basquete • Andar de bicicleta • Jogar futebol • Pular • Andar para trás • Andar em linhas • Escrever palavras • Escrever letras • Seguir pontilhados • Recortar • Pintar • Rabiscar • Segurar o lápis • Movimento de pinça Simples www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 63 Programas de Vida Diária Complexo • Tomar banho sem ajuda • Servir-se de comida • Comer com talheres • Ir ao banheiro sem ajuda • Pedir para ir ao banheiro • Aceitar ajuda Simples www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Evolução ABA Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico Simples Mecânico www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Evolução ABA Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural Mais complexo Mais natural www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 64 Evolução ABA Complexo Integrativo Complexo Integrativo www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Evolução ABA Mais complexo Abrangente Novidades aprendidas facilmente www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Evolução ABA Espontâneo Curioso Criativo www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 65 Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; – Definir objetivos; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Analisar Funcionalmente • Identificar, dentro dos programas ABA, quais são as necessidades da criança. – Ela imita, pareia, segue instruções, lê, etc? – Em que grau ela imita, pareia, segue instruções, lê, etc? • Identificar comportamentos indesejados que necessitam ser considerados e trabalhados. • Este também é o momento em que os objetivos são definidos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Definir Objetivos • Os objetivos devem ser: – Claros e facilmente verificáveis; – Compartilhados por todos que convivem com a criança; – Alterados a partir do desempenho da criança; – Especificados para curto prazo, médio prazo e de longo prazo; – Respeitados. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 66 Objetivos de Curto Prazo • Os Objetivos de Curto Prazo (OCPs) indicam geralmente duas características dos programas: – O nível de ajuda; – A quantidade de estímulos (ou de tempo) no ensino. • Geralmente, um OCP é considerado cumprido quando a criança desempenha de acordo em duas sessões seguidas com mais de 90% de acertos em cada sessão. – OCPs cumpridos permitem o avanço a OCPs mais complexos. – OCPs podem retornar a níveis anteriores (mais simples), caso a criança desempenhe com quedas em duas sessões consecutivas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; – Definir objetivos; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Aplicar os Princípios de Ensino • Apesar de alguns programas serem básicos e indicados para todas as crianças, no momento de decidir o que ensinar, lembre-se: – Cada criança é única. Se possível, faça um programa específico para ela. – A forma de aplicação também pode variar, dependendo da criança. – Atente sempre ao desempenho da criança e mude os procedimentos quando necessário. – Quando a criança não tiver desempenho elaborado, crie programas simples e siga passos os mais fixos possíveis. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 67 Aplicar os Princípios de Ensino • A maioria dos programas ocorre em tentativa discreta. – Geralmente um programa é realizado em sessões com 12 ou 20 tentativas. • Isso é importante para questões de registro e avaliação do cumprimento das OCPs. • Lembre-se de variar e utilizar os tipos e técnicas de ensino descritas anteriormente. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; – Definir objetivos; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. • Remodelar a Terapia. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Registro de Desempenho Imitação Motora Grupo 1 Imitação Motora Grupo 2 100 80 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 68 Registro de Desempenho • Registrar permite: – Avaliar constantemente; – Organizar o ensino; – Mudar ensino problemático (lembre-se que a criança tem sempre razão); – Aperfeiçoar o processo de ensino; – Ter certeza de que o tratamento está funcionando; – Acompanhar passo a passo a evolução da criança; – Modificar OCPs: estímulos, tempo, ajuda, etc.. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Registro de Desempenho www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programando a Terapia • Preparar ambiente especial para o ensino; • Conhecer os princípios de ensino da Terapia ABA; • Conhecer os tipos de ensino da Terapia ABA; • Conhecer alguns programas de ensino da Terapia ABA; • Analisar funcionalmente; • Aplicar os princípios e tipos de ensino; • Avaliar o andamento do processo terapêutico. – Definir objetivos; • Remodelar a Terapia. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 69 Remodelar a Terapia • A Terapia deve mudar sempre. • Novos programas devem ser adicionados. • Programas antigos devem ser retirados. • Estímulos devem ser modificados. • Objetivos precisam ser reformulados. • Lembrando mais uma vez: a criança tem sempre razão. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Contato Visual • O objetivo do programa é aumentar o tempo de contato visual da criança com seus interlocutores e objetos. • Procedimento: 1. Sente-se de frente para a criança e faça um teste de reforçadores; 2. Chame o nome da criança; 3. Ajude utilizando a dica necessária (hierarquia de dicas); 4. Reforce muito o olhar da criança; 1. Reforçamento social. 5. Repita o processo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Contato Visual • Variações: – Olhar para objetos; – Procura de objetos (visual tracking): copos e reforçadores. • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – olhar com Ajuda Leve – OCP 2 – olhar sem ajuda – OCP 3 – olhar por 1s – OCP 4 – olhar por 3s – OCP 5 – olhar por 5s – OCP 6 – olhar por 10s www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 70 Programas Básicos Comuns: Colaboração • O objetivo deste programa é ensinar a criança repertórios básicos de colaboração que servirão para aumentar sua atenção à terapia. • Variadas instruções podem ser ensinadas (sente-se quietinho, • Procedimento: venha até aqui, espere um pouco, etc). 1. Sente-se com a criança e faça um teste de reforçadores; 2. Peça a ela “fique quietinha” ou “venha até aqui” (dependendo do objetivo imediato e/ou da tentativa; 3. Ajude, utilizando a dica apropriada (de acordo com OCP); 4. Reforce a resposta correta; 5. Repita o processo mais 11 vezes, variando a instrução. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Colaboração • Variações: • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – Novas instruções que ajudem na terapia. – OCP 1 – colaborar com ajuda física – OCP 2 – colaborar com ajuda leve – OCP 3 – colaborar com ajuda gestual – OCP 4 – colaborar sem ajuda www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Imitação Motora • Os programas de imitação são fundamentais porque ensinam a criança a prestar atenção no que os outros fazem. Imitar é uma relação social poderosa e permite à criança aprender novos comportamentos sem ser diretamente ensinada. • Procedimento: 1. Sente-se com a criança e faça um teste de reforçadores; 2. Diga a ela “faça isto” enquanto realiza um movimento motor amplo (varie o movimento. Inicie com três movimentos diferentes; 3. Ajude, utilizando a dica apropriada (de acordo com OCP); 4. Reforce a resposta correta; 5. Repita o processo mais 11 vezes, variando o movimento. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 71 Programas Básicos Comuns: Imitação Motora • Variações: – Imitações com objetos, motora fina, de montagem de blocos, de sequências, em grupo, etc. • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – colaborar com ajuda física – OCP 2 – colaborar com ajuda leve – OCP 3 – colaborar com ajuda gestual – OCP 4 – colaborar sem ajuda www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Pareamento (visual-visual) • Os programas de pareamento são a base do repertório cognitivo. Eles ensinam as relações entre objetos e ajudam a criança a prestar atenção ao mundo diferencialmente. • Material: figuras e objetos idênticos e/ou relacionados. • Procedimento: 1. Sente-se com a criança e faça um teste de reforçadores; 2. Disponha estímulos sobre a mesa (inicie com um estímulo e um em branco. Depois com dois, depois com três estímulos. Se possível, use mais); 3. Instrua “Relacione”. 4. Ajude, utilizando a dica apropriada (de acordo com OCP); 5. Reforce a resposta correta; 6. Repita o processo mais 11 vezes, variando a posição dos estímulos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Pareamento (visual-visual) • Variações: – Pareamento de identidade, pareamento 2D-3D, pareamento por semelhança, por categoria, arbitrário. • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – parear com ajuda física – OCP 2 – parear com ajuda leve – OCP 3 – parear com ajuda gestual – OCP 4 – parear sem ajuda – OCP 5 – parear estímulos 4 a 4 – OCP 6 – parear estímulos 5 a 5 www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 72 Programas Básicos Comuns: Identificação (auditivo-visual) • Os programas de identificação ensinam a criança a responder à linguagem, o que as auxilia a compreender sobre os objetos do seu cotidiano. Em • Material: figuras e objetos. • Procedimento: outras palavras, ensina o nome e as características dos objetos. 1. Sente-se com a criança e faça um teste de reforçadores; 2. Disponha estímulos sobre a mesa (inicie com um estímulo e um em branco. Depois com dois, depois com três estímulos. Se possível, use mais); 3. Instrua “aponte (nome do estímulo)” ou “me dê (nome do estímulo)”. 4. Ajude, utilizando a dica apropriada (de acordo com OCP); 5. Reforce a resposta correta; 6. Repita o processo mais 11 vezes, variando a posição dos estímulos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Identificação (auditivo-visual) • Variações: – Identificação de objetos, com dois elementos, por FCC (função, classe ou característica). • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – identificar com ajuda física – OCP 2 – identificar com ajuda leve – OCP 3 – identificar com ajuda gestual – OCP 4 – identificar sem ajuda – OCP 5 – identificar estímulos 4 a 4 – OCP 6 – identificar estímulos 5 a 5 www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Seguir Instruções • O objetivo do programa de seguir instruções é ensinar a criança a responder a solicitações, além de fornecer a base de compreensão • Procedimento: da linguagem necessária para conversação. 1. Sente-se com a criança e faça um teste de reforçadores; 2. Instrua-a a realizar uma série de ações (as que forem mais relevante para a família, ou a tocar objetos ou partes do corpo); 3. Ajude, utilizando a dica apropriada (de acordo com OCP); 4. Reforce a resposta correta; 5. Repita o processo mais 11 vezes, variando a instrução. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 73 Programas Básicos Comuns: Seguir Instruções • Variações: • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – Instruções simples, instruções duplas, instruções em grupo. – OCP 1 – seguir instruções com ajuda física – OCP 2 – seguir instruções com ajuda leve – OCP 3 – seguir instruções com ajuda gestual – OCP 4 – seguir instruções sem ajuda www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Ecóico / Mando • Este programa tem o objetivo de aumentar as vocalizações da criança, repetindo o que outra pessoa diz. Para contribuir, faz-se isso pedindo que ela repita o nome de itens desejados. • Procedimento: 1. Sente-se de frente para a criança e faça um teste de reforçadores 2. Coloque um dos objetos preferidos da criança próximo à sua boca e diga seu nome. 3. Peça para a criança repetir, dando a dica apropriada à OCP atual. 4. Para dar dicas adicionais para crianças que não têm fala espontânea, ponha a mão da criança em sua garganta, para que ela sinta vibrar as cordas vocais. 5. Para crianças que não têm fala espontânea, reforce qualquer som. Para crianças que falam, reforce vocalizações idênticas ou as mais parecidas possíveis com o som desejado. 6. Caso a criança não diga som algum, peça duas respostas alternativas fáceis e as reforce. 7. Se a criança tiver interesses diversos, varie os estímulos apresentados.. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Ecóico / Mando • Variações: – Ecóico puro (apenas repetir sons), mando puro (o objetivo não seria criar sons, mas ensinar a usá-los). • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – ajudar dizendo o som da palavra toda – OCP 2 – ajudar dizendo o som da primeira sílaba – OCP 3 – ajudar esperando 2” antes de dizer qualquer som – OCP 4 – ajudar esperando 4” antes de dizer qualquer som – OCP 5 – não ajudar www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 74 Programas Básicos Comuns: Tato • Este programa objetiva ensinar à criança a nomear os objetos ao seu redor e suas características. • Material: diferentes figuras e objetos. É fundamental que a criança emita sons. • Procedimento: 1. Sente-se de frente para a criança e faça um teste de reforçadores 2. Apresente à criança diferentes objetos (comece com 3 ou 4 e amplie posteriormente). 3. Pergunte à criança “o que é isso?”, dando a dica apropriada à OCP atual. 4. Reforce a emissão de som da criança. 5. Caso a criança não diga som algum, peça duas respostas alternativas fáceis e as reforce. 6. Repita o procedimento, variando os estímulos apresentados. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Tato • Variações: – Tato simples, tato com duas palavras, tato de dois elementos, descrição, tato com FCC (função, classe ou característica). • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – ajudar dizendo o som da palavra toda – OCP 2 – ajudar dizendo o som da primeira sílaba – OCP 3 – ajudar esperando 2” antes de dizer qualquer som – OCP 4 – ajudar esperando 4” antes de dizer qualquer som – OCP 5 – não ajudar www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Programas Básicos Comuns: Intraverbal • O programa de intraverbal ensina uma das mais difíceis habilidades para crianças com TID: conversação. É um programa fundamental, que muitas vezes avança vagarosamente. • Material: diferentes figuras e objetos. É fundamental que a criança emita sons. • Procedimento: 1. Sente-se de frente para a criança e faça um teste de reforçadores 2. Faça diferentes perguntas simples para a criança (Qual é o seu nome? Quantos anos você tem?, etc.). 3. Ajude-a a responder, dando a dica apropriada à OCP atual. 4. Reforce a emissão de som da criança. 5. Caso a criança não diga som algum, peça duas respostas alternativas fáceis e as reforce. 6. Repita o procedimento, variando os estímulos apresentados. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 75 Programas Básicos Comuns: Intraverbal • Variações: – Completar letras de músicas, respostas a perguntas variadas, respostas a perguntas sobre o passado, resposta a perguntas elaboradas, fazer perguntas, fazer perguntas complexas, conversar. • Exemplos de OCPs (Objetivos de Curto Prazo): – OCP 1 – ajudar dizendo o som da palavra toda – OCP 2 – ajudar dizendo o som da primeira sílaba – OCP 3 – ajudar esperando 2” antes de dizer qualquer som – OCP 4 – ajudar esperando 4” antes de dizer qualquer som – OCP 5 – não ajudar www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Outras questões • ABA e Protocolo Dan • ABA e TEACCH • ABA e Fonoaudiologia • ABA e Terapias Motoras • ABA e Integração Sensorial • ABA e Son-Rise www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Estimulação da Linguagem Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 76 Linguagem • A linguagem é uma das habilidades mais difíceis de ensinar às crianças com TID. • É um processo longo, com muitos percalços, mas que pode ser altamente recompensador. • Infelizmente, é impossível que o profissional preveja até onde a criança poderá ir na linguagem vocal. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia O Grande Fato Sobre a Linguagem A LINGUAGEM É SOCIAL Então... SEJA SOCIAL www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Outros Fatos Sobre a Linguagem • A linguagem ocorre em ambiente social para obter contato social ou para obter vantagens via contato social. • A linguagem é altamente abstrata e ocorre geralmente na ausência dos objetos discutidos. • A linguagem é o caminho mais fácil e mais rápido entre dois pontos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 77 Outros Fatos Sobre a Linguagem UTILIZE IMAGENS www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Exigindo Linguagem Uma bola Choro e birra “Não entendo” Uma bola Apontar Bola Devagar Uma bola “BOLA” Bola www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Uma boa modelagem... 1. Aceite qualquer som. 2. Aceite um som que existe na palavra. 3. Aceite dois sons que existem na palavra. 4. Aceite sons mais claros que existem na palavra. 5. Aceite a palavra clara. 6. Aceite a frase clara. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 78 Ensinando Linguagem – Um bom fading... 1. Dica: palavra inteira. 2. Dica: até a última sílaba. 3. Dica: primeira sílaba 4. Dica: atraso de 2s. 5. Dica: atraso de 5s. 6. Dica: atraso de 7s. 7. Dica: atraso de10s. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Ecóico (tudo começa na imitação) • Inicialmente, todo e qualquer ensino de linguagem ocorrerá por meio da imitação do que você diz a seu filho. Tome esses cuidados: – Ensine imitações motoras e orais para o seu filho (não é condição obrigatória, mas ajuda no processo, tornando tudo mais fácil). – Ensine pareamento de identidade e linguagem receptiva para seus filho (identificação de figuras e seguimento de instruções). Novamente, não é obrigatório, mas ajuda. – Comece com fonemas simples. Pergunte ao/à fono. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Exigindo Linguagem LEMBREM-SE DA MODELAGEM LEMBREM-SE DO FADING www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 79 Ensinando Linguagem – Mandos (criando vontades) • A forma mais efetiva de ensinar linguagem é criando situações nas quais as crianças necessitam dizer alguma coisa para obter o que desejam. • É um trabalho de criar vontades nas crianças. • Em outras palavras: SEJA CHATO. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Mandos (criando vontades) • Criando vontades: – Dizer ´’água” para beber água. – Dizer “comida” para acessar uma guloseima. – Dizer “bola” para ganhar bola. – Dizer “pula” para ser carregado no colo. • Procure... – Pedir durante as brincadeiras, quando a criança estiver RELAXADA. – Pedir quando ela precisar de sua ajuda. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Tatos (nomeando o mundo) • Mando nível 1: palavra (substantivo): Carro. • Mando nível 2: quero + substantivo (quero carro). • Mando nível 3: nome + quero + substantivo + fulano (mamãe, quero carro) • Mando nível 4: nome + quero + substantivo + modificador (mamãe, quero carro, por favor). • Mando nível 5: nome + quero + substantivo + adjetivo + modificador (mamãe, quero o carro grande, por favor). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 80 Exigindo Linguagem LEMBREM-SE DA MODELAGEM LEMBREM-SE DO FADING www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Tatos (nomeando o mundo) • O ideal é só ensinar o nome dos objetos quando a criança tiver repertório de imitação (ecóico). • No entanto, é válido que desde sempre a criança se acostume a ouvir linguagem e compreender que tudo tem nome. • Por isso, quando tiver tempo e uma criança atenta, explore o nome de tantos objetos quanto possível. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Tatos (nomeando o mundo) • Quando a criança possuir repertório ecóico... – Tire alguns momentos do dia para ensinar o nome dos objetos e peça para ela repetir. – A cada nome dito mostre intensa felicidade e aprovação. – Pergunte o nome dos objetos como se não soubesse e vibre como se tivesse descoberto algo incrivelmente novo e interessante quando a criança lhe disser o nome correto. – Posteriormente, avance para o tato de ações. – Depois, de características dos objetos. – Enfim, descrições mais elaboradas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 81 Ensinando Linguagem – Tatos (nomeando o mundo) • Tato nível 1: palavra isolada (substantivo): bola. • Tato nível 2: artigo + substantivo (uma bola). • Tato nível 3: artigo + substantivo + adjetivo (uma bola azul). • Tato nível 4: artigo + substantivo 1 + verbo + conjunção + artigo + substantivo 2 (o menino brincando com a bola). • Tato nível 5: artigo + substantivo 1 + verbo + conjunção + artigo + substantivo 2 + adjetivo (o menino brincando com a bola azul). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Exigindo Linguagem LEMBREM-SE DA MODELAGEM LEMBREM-SE DO FADING www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Intraverbal (Conversação) • Conversação é uma habilidade complexa. • Inicie com as seguintes habilidades: – Completar letras de músicas; – Sons dos animais; – Responder a questões simples sobre si mesmo:Qual é o seu nome? Quantos anos você tem? Qual é o nome da sua mãe?, etc. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 82 Ensinando Linguagem – Intraverbal (Conversação) • Habilidades mais complexas, como falar sobre o passado e responder a perguntas diversas, exigem que seu filho: – Possua um bom repertório de tatos e mandos. – Tenha um mínimo de linguagem espontânea. – Faça perguntas (não obrigatório, mas ajuda). • Quando ele possuir esse repertório, inicie conversações simples, como perguntar o nome de algo, depois a cor. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Intraverbal (Conversação) • Por exemplo: – A: O que é isso? – C: Um cachorro. – A: Como ele faz? – C: Au-au. – A: É isso mesmo. Muito legal. Qual desses mia? – C: O gato. – A: Você sabe tudo! www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Intraverbal + Espontâneo + Tatos + Mandos • Ensinando a perguntar (curiosidade). Pré-requisito: ecóico bem instalado. – Coloque algo muito divertido dentro de um recipiente fechado. – Peça para a criança perguntas “o que tem aí dentro?”. – Diga e dê a ela, fazendo a maior festa. – Peça para alguém de quem ela gosta bater na porta. – Ajude-a a perguntar “quem é?”. – Entre fazendo a maior festa. – Mostre uma porção de coisas das quais a criança gosta muito e peça para ela dizer o nome de cada uma delas www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 83 Ensinando Linguagem – Intraverbal + Espontâneo + Tatos + Mandos • Mostre uma porção de coisas das quais a criança gosta muito e peça para ela dizer o nome de cada uma delas. • No meio das coisas que ela gosta, ponha algo que ela não conheça. • Peça para ela perguntar “o que é isso?” • Responda com muita festa e brinque com o novo objeto. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Exigindo Linguagem LEMBREM-SE DA MODELAGEM LEMBREM-SE DO FADING www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Ensinando Linguagem – Paradigma da Linguagem Natural • O PLN é uma maneira de ensinar linguagem que utiliza estratégias lúdicas e aproveita o interesse da criança e suas brincadeiras favoritas como incentivo à comunicação. • A ideia é que a criança aprenda a falar e aprenda sobre os objetos se divertindo. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 84 Paradigma da Linguagem Natural Tentativa Discreta Paradigma da Linguagem Natural Estímulos 1. Escolhidos pelo terapeuta 2. Repetido até que o critério seja atingido 3. Fonologicamente fácil, seja ou não funcional 1. Escolhidos pela criança 2. Variam depois de algumas tentativas Interação 1. Terapeuta segura o item reforçador (não necessariamente relacionado ao som que se requisita) 1. Terapeuta e criança brincam com o estímulo (isto é, o estímulo é funcional) Resposta 1. Respostas corretas, ou aproximações sucessivas, são reforçadas 1. Modelagem mais “solta”: tentativas de verbalizar são reforçadas Consequência 1. Reforçadores tangíveis mais sociais 1. Reforçador natural (o próprio item) mais social www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Paradigma da Linguagem Natural 1. Fique atento às brincadeiras da criança e ao que ela deseja. 2. Quando ela começar a brincar com alguma coisa ou se engajar em alguma atividade, entre na brincadeira. 3. Assim que possível, reveze turnos, pegando o objeto com o qual ela está brincando. 4. Brinque com o objeto, dizendo o que está fazendo (“andando com o carro”, por exemplo). 5. Peça para ela repetir a frase apresentada. No exemplo: “andando com o carro”. 6. Inicialmente, aceite qualquer resposta verbal como correta, ainda que não relacionada ao que você disse. 7. Caso ela diga qualquer coisa, dê o objeto para ela, fazendo muita festa e continuando a brincadeira. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Paradigma da Linguagem Natural 8. Caso ela nada diga, continue brincando e mostrando a ela como se fala, ao mesmo tempo em que faz carinhos, dá risada com ela. 9. Peça pela vocalização mais três vezes. Se em nenhuma delas a criança nada disser, ajude-a apontar o objeto e diga “você apontou, você quer, vamos brincar” e continue a brincadeira. 10. Se for notado que ela está ficando impaciente, rapidamente a ajude a apontar e iniciem a brincadeira. 11. Durante os pedidos por resposta é válido revezar turnos, deixando a criança brincar um pouco e depois você. 12. É recomendado ficar com os olhos na altura dos olhos da criança. 13. Vá mudando o objeto e o foco da brincadeira de acordo com o interesse da criança. 14. Elogie quando ela olhar para você e para o objeto. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 85 PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • O PECS (Picture Exchange Communication System) consiste em uma alternativa de • É uma pasta com fotos e/ou figuras do cotidiano do cliente (comidas e brinquedos comunicação favoritos, pessoas com as quais convive, atividades que gosta de fazer, etc). • O cliente é ensinado a pegar a figura do que lhe interessa e entregar aos pais, professores e terapeutas. Em troca, recebe o que pediu. • Idealmente, comece com apenas três fotos. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • O PECS tem as funções de ajudar as crianças sem linguagem a se comunicar adequadamente, a desenvolver a compreensão da comunicação, a desenvolver os prérequisitos e perceber a importância da fala vocal, reduzir a frustração e comportamentos inapropriados, desenvolver o conhecimento da estrutura da linguagem, permitir que a criança escolha e seja compreendida. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • FASE 1 – Troca Física Simples: Nesta fase, a criança simplesmente aponta ou pega a figura do objeto desejado na presença de um adulto. Procedimento: 1. Tire fotos de cerca de três a cinco itens que a criança gosta muito (ponha o nome dos objetos em todas as fotos, abaixo da imagem). 2. Sente-se de frente para a criança. 3. Deixe os itens ao alcance da visão da criança, bem como as fotos dos itens em uma faixa de velcro. 4. Pergunte à criança “o que você quer?” www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 86 PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) 5. Ajude-a (hierarquia de dicas) a pegar a foto de um dos itens e lhe entregar. 6. Diga “eu quero (nome do item)!” e peça para ela repetir. 7. Permita que ela acesse o item. 8. Repita o procedimento acima várias vezes. 9. Aumente o número de itens após domínio das primeiras fotos sem ajuda. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • FASE 2 – Desenvolvendo a espontaneidade: Semelhante à fase anterior, mas desta vez tanto o PECS como os objetos reforçadores não estarão ao alcance imediato da criança Procedimento: 1. Pergunte à criança “o que você quer?” 2. Ajude-a a caminhar até o PECS. 3. Ajude-a a tirar uma figura e lhe entregar. 4. Diga “eu quero (nome do item)!” e peça para ela repetir. 5. Permita que ela acesse o item. 6. Repita o procedimento acima várias vezes. 7. Aumente o número de itens ainda mais. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • FASE 3 – Discriminação de Figuras: Agora, a criança precisa identificar entre os objetos desejados e objetos não desejados. Procedimento: 1. Acrescente ao PECS um desenho representativo do “NÂO”. 2. Tire fotos de itens do cotidiano da criança pelos quais ela não sente atração particular. 3. Repita o procedimento da FASE 2: itens 1 a 7. 4. Caso a criança peça um item não desejado, entregue-o a ela. 5. Se ela recusar o item, ensine-a a pegar o desenho, ou figura, do “NÃO”. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 87 PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • FASE 4 – Compondo frases: Nesta fase, a criança aprende a compor frases simples por meio do PECS. Procedimento: 1. Acrescente ao PECS as palavras “Eu”, “quero”. 2. Pergunte à criança “o que você quer?” 3. Ajude-a a montar, na capa do PECS, a frase “Eu quero + (foto do item)”. 4. Ajude-a a repetir a frase vocalmente. 5. Permita que ela acesse o item. 6. Repita o procedimento várias vezes. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia PECS (Sistema de Comunicação por troca de Figuras) • FASE 5 – “O que você quer?”: Esta fase consiste em tornar a criança independente após a pergunta “o que você quer?”. Reduza gradativamente a ajuda à criança até ela se torna inteiramente independente no uso do PECS. • FASE 6 – Respostas e Comentários Espontâneos: Agora, a criança deve ser capaz de responder a outras perguntas além de “o que você quer?”. Ela deve responder “o que você está vendo?”, “O que está ouvindo?”, “O que é isto?” e assim por diante. É uma fase muito difícil; requer paciência, persistência e muita dedicação em ajudar a criança. Para realizar esta fase, acrescente novas frases ao PECS, varie as perguntas e ajude a criança a montar as sentenças corretamente. Sempre elogie muito os acertos, sejam eles com ajuda ou independentes. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Leitura • Procure não ensinar leitura com letras e sílabas isoladas apenas (está tudo bem fazer isso, desde que não seja apenas isso). – Uma das dificuldades da criança com autismo é abstrair... E letras e sílabas isoladas são sem sentido. – Comece dando preferência pelo ensino de palavras inteiras relacionadas a objetos e montagem dessas palavras com suas sílabas constituintes. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 88 Leitura LOBO BOLO BO LA BALA BA LO www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA e Escola Psic. Me. Robson Brino Faggiani Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Escola • A Escola é fundamental. Nela, a criança pode aprender as regras de conduta e é o local onde o relacionamento social pode ser ensinado da forma mais natural e divertida possível: com crianças da mesma idade da criança especial. • O objetivo principal na Escola deveria ser promover a socialização. – • Um dia sem interação social é um dia perdido. Um segundo objetivo é contribuir para o avanço acadêmico do estudante. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 89 O que a Escola deve Oferecer • A Lei torna obrigatória a inclusão adequada. Por isso, verifique se a escola dispõe de, ou exija: – Especialista em inclusão. – Produção de material adaptado (semelhante ao dos colegas, mas adaptado ao nível da criança). – Avaliação adequada e descrição dos objetivos pedagógicos e sociais que a escola planejou para a criança. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia O que a Escola deve Oferecer • Encontrar uma escola que atenda as necessidades dos filhos é um desafio imenso para os pais. • Geralmente, as escolas aceitam as crianças, colocam-nas dentro da sala de aula e chamam isso de fazer inclusão. – Isso é abandono. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia O que a Escola deve Oferecer • Continuando a lista do que a escola deve dispor: – Professoras participativas, que envolvam a criança nas atividades dos colegas, incentivando a aprendizagem e a interação social. – Apoio visual para as crianças compreenderem o que devem fazer. – Estipular as mesmas regras para todos os alunos. – Enviar adiantado material de ensino adaptado para que os pais possam realizá-lo em casa com o filho antes de o material ser repetido na escola. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 90 Terapia ABA na Escola: Acompanhante Terapêutico • Em geral, o terapeuta ABA propõe que o acompanhante terapêutico realize as seguintes ações na escola: – Seja uma “sombra” da criança, intervindo apenas quando necessário; • As intervenções devem ser no sentido de auxiliarem a criança a realizar as atividades de forma semelhante aos colegas; • Caso seja necessário, material especial deve ser criado (preferencialmente, com o uso de imagens); – Lembrar ao professor que ele deve atentar para a criança especial tanto quanto dá atenção aos outros alunos. – (continua...) www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Acompanhante Terapêutico – O acompanhante deve favorecer a socialização da criança com seus pares... • “recrutando” colegas para ajudar, • criando brincadeiras que exijam interação, • – sendo um animador nos momentos de interação. No caso de a criança especial ainda possuir dificuldades mesmo com material adaptado, cabe ao acompanhante realizar alguns programas de ensino ABA enquanto os colegas realizam suas atividades; www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Acompanhante Terapêutico – Manter a criança ativa e adequada na sala de aula, utilizando os procedimentos de resolução de problemas propostos pela Terapia ABA. – Também é função do acompanhante terapêutico exigir que a criança especial seja tratada com o mesmo carinho, respeito e atenção com que as outras crianças são tratadas. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 91 Terapia ABA na Escola: Quadro de Rotina • Pessoas diagnosticadas com autismo geralmente não compreendem e não lidam bem com mudanças de atividades. • Quadros de rotina que mostrem todas as atividades que a criança realizará no dia a ajudam a compreender o que irá fazer e a lidar melhor com as mudanças de atividades. • Idealmente, deve haver dois quadros: o PROGRAMADO e o IMEDIATO. – Todas as atividades do dia são exibidas no PROGRAMADO. – Quando uma nova atividade for realizada, deve passar do PROGRAMADO para o IMEDIATO (a criança deve participar disso). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Rotina Móvel • Semelhante ao quadro de rotinas fixos, mas é leve e móvel. – Composto por diversas fotos de todas as atividades que a criança realizará. – Antes de iniciar uma nova atividade, o terapeuta mostra a foto correspondente e pede para a criança nomeá-la. • Ideal para atividades complexas, com vários passos. Cada passo pode ser uma foto. • • Pode-se fazer uma sequência visual de músicas, histórias, etc. Baseado no fato de que crianças autistas têm bom processamento visual. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Caminho Divertido • Para que a criança aceite ir a locais importantes, podese criar caminhos divertidos. • São placas coloridas e com desenhos colocadas no chão (de E.V.A.), formando um caminho por onde a criança deve seguir. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 92 Terapia ABA na Escola: Recrutar os Colegas • É comum que, em escolas regulares, algumas crianças mostrem interesse especial em brincar com as crianças com autismo. • Recrute-as, e a outras crianças, para brincarem com, chamarem por, pegarem na mão de, sentarem ao lado da criança que necessita de ajuda. • Isso é divertido para os ajudantes e muito funcional para a criança especial. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Brincadeiras Sociais • Qualquer brincadeira pode ser transformada em brincadeira social: – Montar quebra-cabeça: uma vez de cada, passando a peça um para o outro. – Piscina de bolinha: procurar pelo colega, passar bolinhas. – Pintar: escolher uma cor para o amigo, ajudar em um pedaço do desenho. • O limite é a criatividade. • O importante é envolver a criança no máximo de socialização possível. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Torne a Criança o Centro da Aula • Se possível, peça para os pais da criança especial trazerem lanches para todos (uma vez por mês, que seja). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 93 Terapia ABA na Escola: Torne a Criança o Centro da Aula • Peça para a TURMA TODA fazer uma atividade que a criança especial faz muito bem e ajude-se a demonstrar como deve ser feito. www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia Terapia ABA na Escola: Torne a Criança o Centro da Aula • Peça para a criança especial (ajude-a, se preciso) a escolher a próxima atividade (desenho, um livro de história, etc). www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia MUITO OBRIGADO ROBSON BRINO FAGGIANI [email protected] Tel: (11) 6783.2345 www.psicologiaeciencia.com.br/terapia-aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia--aba www.psicologiaeciencia.com.br/terapia 94