estrutura / organização dos programas por disciplina e por

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PROGRAMA
ECONOMIA E
MÉTODOS
QUANTITATIVOS
10.º, 11.º e 12.º ANOS DE ESCOLARIDADE
República Democrática de Timor-Leste
Ministério da Educação
[1]
PROGRAMA
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS
10.º 11.º e 12.º ano de escolaridade
Título:
Economia e Métodos Quantitativos
Ano de Escolaridade:
10.º, 11.º e 12.º Anos
Autores:
Carlos Pinho
Mara Madaleno
Pedro Almeida
Clara Bola
Coordenadores de disciplina:
Carlos Pinho
Teresa Neto
Consultores científicos:
Joaquim da Costa Leite
João Pedro da Ponte
Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplina:
Este Programa foi elaborado com a colaboração de Equipas Técnicas Timorenses
da Disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste
Design e Paginação:
Esfera Crítica Unipessoal, Lda.
Conceção e elaboração:
Universidade de Aveiro
Coordenação geral do Projeto:
Isabel P. Martins
Ângelo Ferreira
Projeto - Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste
Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de
Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro
Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa
[2]
ÍNDICE
PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS
1. VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA O CICLO DE
ESTUDOS ................................................................................................................................................. 4
2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS ................................................................................... 6
2.1 COMPETÊNCIAS GERAIS TRANSVERSAIS ......................................................................................... 6
2.2 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS .......................................................................................................... 7
3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE ESTUDOS ........................................... 9
4. PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS – 10.º ANO DE ESCOLARIDADE .................. 12
4.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 12
4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .......................................................... 13
UNIDADE TEMÁTICA 1: A ECONOMIA E O PROBLEMA ECONÓMICO............................................................. 13
UNIDADE TEMÁTICA 2: ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS (PARTE I)................................................ 14
UNIDADE TEMÁTICA 3: ASPETOS FUNDAMENTAIS DA ATIVIDADE ECONÓMICA .............................................. 15
5. PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS – 11.º ANO DE ESCOLARIDADE .................. 19
5.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 19
5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .......................................................... 20
UNIDADE TEMÁTICA 4: GRANDEZAS NACIONAIS E INDICADORES ECONÓMICOS ............................................. 20
UNIDADE TEMÁTICA 5: ASPETOS MONETÁRIOS E FINANCEIROS DA ECONOMIA ............................................. 26
UNIDADE TEMÁTICA 6: ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS (PARTE II)............................................... 28
6. PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS – 12.º ANO DE ESCOLARIDADE .................. 30
6.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 30
6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .......................................................... 31
UNIDADE TEMÁTICA 7: MODELAÇÃO MATEMÁTICA ................................................................................ 31
UNIDADE TEMÁTICA 8: CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E FLUTUAÇÕES DA ATIVIDADE ECONÓMICA ............ 33
UNIDADE TEMÁTICA 9: O CONTEXTO INTERNACIONAL DA ECONOMIA ......................................................... 36
7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................................................................... 38
8. RECURSOS DIDÁTICOS ............................................................................................................................ 38
9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS ......................................................................................................... 38
10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA ............................................................................................................. 39
[3]
PROGRAMA DA DISCIPLINA
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS
1. VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE ECONOMIA
QUANTITATIVOS PARA O CICLO DE ESTUDOS
E
MÉTODOS
O estudo da Economia e de Métodos Quantitativos é hoje uma parte fundamental da
formação geral e científica dos cidadãos. Permite o entendimento da dimensão económica da
realidade social, bem como a compreensão e sistematização da terminologia económica.
A decisão desta disciplina na área de “Ciências Sociais e Humanidades” do Plano Curricular do
Ensino Secundário Geral teve por base as seguintes premissas:
(i) A compreensão da realidade económica e social é uma componente fulcral no
entendimento das alterações processadas nas economias modernas;
(ii) Muita da informação da área das Ciências Sociais e Humanidades é dada de forma
numérica sendo, portanto, necessário conhecimento sobre Métodos Quantitativos;
(iii) A elevada exigência no atual mercado de trabalho de indivíduos com competências
também na área de métodos quantitativos é um dado aceite em sociedade.
Esta disciplina tem uma duração trienal (10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade), organizada em
4 tempos letivos semanais para cada um destes anos.
O objetivo central da disciplina de Economia e Métodos Quantitativos é promover nos
indíviduos um pensamento organizado e lógico que permita construir interpretações
adequadas, em particular no domínio económico, com vista à sua intervenção num quadro
social onde parte das decisões e implicações são de natureza económica.
Tendo por base o desenvolvimento de um pensamento crítico perante a realidade,
fomentando uma consciência responsável de relações que um indivíduo estabelece na
sociedade em que se insere, esta disciplina é fundamental no currículo da área de Ciências
Sociais e Humanidades.
A disciplina de Economia e Métodos Quantitativos centra-se no desenvolvimento de
competências em torno dos processos e mecanismos fundamentais da atividade económica,
da análise dos instrumentos de política económica e do estudo da economia timorense e do
seu contexto internacional. O desenvolvimento dos conteúdos enunciados será acompanhado
da análise de um conjunto de conceitos fundamentais para a sua compreensão no domínio do
cálculo, da modelação matemática e da organização e tratamento de dados.
[4]
O esquema da figura 1 resume a conceptualização global do programa de Economia e Métodos
Quantitativos.
Unidade Temática 2
Temática Unidade 1
A Economia e o
Problema Económico
Qual é o objeto de
estudo da economia?
Organização e
tratamento de dados
(Parte I)
Como organizar e tratar
dados em contexto
económico?
Unidade Temática 3
Aspetos Fundamentais
da Atividade Económica
Cálculo numérico e
algébrico
Quais são os mecanismos
fundamentais da
economia?
Unidade Temática 4
Grandezas Nacionais e
Indicadores Económicos
Como interpretar os grandes
agregados económicos?
Qual o papel do Estado na
economia?
Unidade Temática 5
Aspetos Monetários e
Financeiros na
Economia
Qual o papel da moeda
na economia?
Unidade Temática 6
Organização e
tratamento de dados
(Parte II)
Como recolher,
organizar e analisar
dados, de forma a tomar
decisões fundamentadas
em situações do dia a
dia?
Unidade Temática 7
Modelação
Matemática
Como se estabelecem
relações quantitativas,
recorrendo a modelos
matemáticos?
Unidade Temática 8
Crescimento, Desenvolvimento e
Flutuações da Atividade
Económica
Como se obtém crescimento e
desenvolvimento económico
sustentável?
Unidade Temática 9
O Contexto
Internacional da
Economia
Qual o contributo das
relações internacionais
no fomento do
crescimento?
Figura 1 – Esquema conceptual e questões orientadoras do programa de Economia e Métodos
Quantitativos.
[5]
Em seguida apresentam-se algumas finalidades da disciplina para os três anos:

Perspetivar e compreender a Economia no conjunto das Ciências Sociais;

Desenvolver conceitos básicos da Ciência Económica e de Métodos Quantitativos;

Utilizar a Economia e Métodos Quantitativos como instrumento de interpretação e
intervenção em situações reais;

Desenvolver a capacidade de formular, modelar e resolver problemas no âmbito da
Economia, possibilitando a compreensão de factos de natureza económica,
integrando-os num contexto social mais amplo;

Aprofundar capacidades de intervenção social baseadas na compreensão de sistemas,
métodos e processos de decisão, com especial ênfase na Economia;

Promover o rigor científico e o desenvolvimento do raciocínio, do espírito crítico e da
capacidade de intervenção, especialmente na resolução de problemas;

Contribuir para a formação do indivíduo, educando para a cidadania, para a mudança
e para o desenvolvimento.
2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS
A disciplina de Economia e Métodos Quantitativos é uma disciplina estruturante do Curso de
Ciências Sociais e Humanidades e nela pretende-se que os alunos desenvolvam competências
gerais transversais que os ajudem a ser cidadãos ativos na sociedade timorense e lhes
proporcionem as bases necessárias para a continuação de estudos no ensino superior.
Considerando que muita da informação da área das Ciências Sociais e Humanidades é dada de
forma numérica, torna-se necessário também o conhecimento sobre Métodos Quantitativos,
um domínio disciplinar que lida com objetos mensuráveis, em combinação com Economia.
2.1 Competências gerais transversais
A disciplina de Economia e Métodos Quantitativos deve contribuir para que os alunos
desenvolvam as seguintes competências gerais transversais:
Ao nível das atitudes e valores
Autoconfiança

Exprimir e fundamentar as suas opiniões;

Revelar espírito crítico e de rigor;

Abordar as novas situações com iniciativa e criatividade;

Saber procurar a informação que necessita;

Contactar a um nível apropriado, com as ideias, e os métodos fundamentais da
disciplina e apreciar o seu valor e natureza.
[6]
Hábitos de trabalho

Elaborar e apresentar os seus trabalhos de forma cuidada e organizada;

Manifestar persistência na procura de soluções para novas situações;

Manifestar gosto e confiança pessoal em realizar atividades intelectuais que
envolvam raciocínio, resolução de problemas, comunicação e argumentação.
Interesses culturais

Manifestar vontade de aprender e gosto pela pesquisa;

Compreender que a educação matemática e económica reveste-se de natureza
cultural, associada a uma significativa herança cultural da humanidade e a um
modo de pensar e de aceder ao conhecimento.
Ao nível das capacidades e aptidões, importa:

Analisar situações da vida real, identificando modelos económicos que facilitem e
promovam a interpretação e resolução dessas situações;

Relacionar fatores de natureza económica, integrando-os na sua realidade social;

Articular conhecimentos sobre a realidade social;

Integrar os factos económicos no contexto social mais amplo em que têm origem;

Adquirir conceitos científicos e utiliza-los na análise da realidade social;

Compreender a importância da dimensão económica na realidade social;

Avaliar o papel dos agentes económicos e da importância das políticas
económicas e sociais para a consecução dos objetivos macro e micro económicos;

Desenvolver a capacidade de intervenção construtiva num mundo cada vez mais
global, mas onde as decisões a tomar são nacionais e de natureza ou com
implicações económicas;

Analisar situações da vida real, identificando modelos matemáticos que permitam
a sua interpretação e resolução.
2.2 Competências específicas
A concretização do programa da disciplina de Economia e Métodos Quantitativos, através da
abordagem dos conteúdos definidos, visa permitir que, nas situações de aprendizagem que
vão ser promovidas, os alunos desenvolvam um conjunto diversificado de competências
específicas que contemplem, de forma integrada, os domínios conceptual, procedimental e
atitudinal.
As competências específicas de natureza conceptual visam o conhecimento de factos, de
hipóteses, de princípios e de teorias, bem como a terminologia e as convenções científicas.
Visam, também, a compreensão de conceitos que permitem interpretar e explicar a
informação em formatos diversos. Assim, constituem-se como competências específicas de
natureza conceptual as que a seguir se indicam:

Domínio dos conhecimentos analisados, nomeadamente no domínio dos termos e
significados;

Utilização dos conceitos económicos;

Desenvolvimento da capacidade crítica fundamentada dos fenómenos económicos;

Compreensão e relacionamento de conteúdos de áreas diferentes.
[7]
As competências específicas de natureza procedimental relacionam-se com a natureza do
trabalho científico. Apresentam-se como exemplos: a observação e descrição de fenómenos; a
recolha e interpretação de dados; o conhecimento de técnicas de trabalho; e a manipulação de
dispositivos. As competências de natureza procedimental relacionam-se, também, com a
planificação, a execução e a avaliação de percursos investigativos simples. Constituem-se
como competências específicas de natureza procedimental as que a seguir se indicam:

Aplicação de técnicas de organização, tratamento de dados, inferência estatística e de
modelação matemática no domínio da economia;

Recolha de dados (informação) a fim de os organizar, apresentar, interpretar e inferir a
partir deles;

Utilização de técnicas de representação da realidade como esquemas síntese, quadros
de dados e gráficos;

Organização, sistematização e apresentação da informação de forma coerente.
As competências específicas de natureza atitudinal visam o desenvolvimento de atitudes face
aos conhecimentos e às implicações que daí decorrem para a forma como cada aluno
perspetiva a sua própria vida e a dos outros. Constituem-se, entre outras, como competências
específicas de natureza atitudinal as que a seguir se indicam:

Revela iniciativa na tomada de decisões;

Demonstra sentido de responsabilidade e sentido crítico em trabalhos de grupo e em
discussões;

Problematiza conceitos económicos diversos;

Demonstra empenho e perseverança na concretização das tarefas.
[8]
3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE
ESTUDOS
Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos estão definidos de acordo
com as suas finalidades e objetivos, tendo em atenção os contextos sócio-culturais de TimorLeste e as características dos alunos a que se destina.
O programa relativo aos três anos desenvolve-se em nove unidades temáticas, apresentadas
no esquema seguinte, a serem trabalhadas de forma sequencial de acordo com uma
planificação adequada das atividades educativas que não prejudique a abordagem de cada um
dos subtemas.
10.º ano
Unidade Temática 1
Unidade Temática 2
Unidade Temática 3
A Economia e o
Problema Económico
Organização e tratamento
de Dados (Parte I)
Aspetos Fundamentais da Atividade
Económica
 O objeto de estudo
da economia
 Cálculo numérico e
algébrico
 Noções básicas de
estatística
 Organização e
representação de dados
 Estudo de funções na análise
económica
 Consumo e Satisfação das
Necessidades
 Produção de Bens e Serviços e
Fatores de Produção
 Oferta e Procura - Mercados
11.º ano
Unidade Temática 4
Unidade Temática 5
Unidade Temática 6
Grandezas Nacionais e
Indicadores económicos
Aspetos Monetários e
financeiros da Economia
Organização e Tratamento de
Dados (Parte II)
 Repartição dos Rendimentos
 Poupança e Investimento
 Os agentes económicos e os
circuitos económicos
 Contabilização do
Rendimento Nacional
 A intervenção do Estado na
economia
 Comércio, Moeda e
Inflação
 Mercados Financeiros
 Organização, representação
e análise de dados: medidas
de dispersão; dados
bidimensionais
 Probabilidades
12.º ano
Unidade Temática 7
Unidade Temática 8
Unidade Temática 9
Modelação Matemática
Crescimento, Desenvolvimento e
Flutuações da Atividade Económica
O Contexto Internacional
da Economia
 Função exponencial e
função logarítmica
 Cálculo diferencial
 Politicas Económicas e Sociais
 Crescimento e desenvolvimento
 Modelos de crescimento
 Globalização e
Regionalização
Económica
Figura 2 – Esquema conceptual do programa de Economia e Métodos Quantitativos.
[9]
De seguida é apresentada uma breve descrição de cada uma das Unidades Temáticas, por ano
de escolaridade.
No primeiro ano do programa curricular (10.º ano) pretende-se:
Unidade Temática 1 - A Economia e o Problema Económico
Compreender o objeto de estudo da Ciência Económica e o papel desempenhado pelos
agentes económicos, bem como a dimensão económica dos fenómenos sociais.
Unidade Temática 2 – Organização e Tratamento de Dados (Parte I)
Desenvolver alguns tópicos de cálculo numérico e algébrico, nomeadamente operações com
frações, resolução de equações do 1.º grau e de sistemas de equações do 1.º grau com duas
incógnitas. A resolução de problemas de proporcionalidade, em contexto económico, terá uma
atenção especial.
Familiarizar os alunos com a leitura e interpretação da informação transmitida através de
tabelas e gráficos; fornecer aos alunos instrumentos adequados para selecionar, tratar e
interpretar a informação de uma distribuição de dados para que, desta forma, possam tomar
decisões adequadas baseadas numa análise crítica e consciente do processo de matematização
das situações.
Unidade Temática 3 – Aspetos Fundamentais da Atividade Económica
Incidir sobre aspetos essenciais para a compreensão da atividade económica das sociedades,
fornecendo um conjunto de instrumentos de análise económica fundamental para entender a
realidade económica. Pretende-se que os alunos compreendam a necessidade de produção de
bens e de serviços, sem esquecer que o ato de compra exige o estabelecimento de preços que
dependem, em parte, do funcionamento dos mercados.
Na apresentação de exemplos de aplicação pretende-se que os alunos se familiarizem, com
resoluções em termos de planeamento, relacionadas com a minimização de custos, a
racionalização de consumos, ou a maximização de lucros.
Analisar funções de uma variável, investigando o comportamento local e geral.
Comparar as propriedades de classes de funções, como as polinomiais, exponenciais e
racionais.
No segundo ano do programa curricular (11.º ano) pretende-se:
Unidade Temática 4 - Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos
Estudar o funcionamento da atividade económica através das relações que se estabelecem
entre os agentes económicos, tendo em vista a sua quantificação. Analisar a importância do
Estado nas sociedades atuais, que para além de garantir a ordem, a justiça e a defesa dos
cidadãos, desempenha outros papéis a nível económico e social, nomeadamente na produção
de bens e serviços, na distribuição dos rendimentos e na regulação dos mercados.
Unidade Temática 5 - Aspetos Monetários e Financeiros da Economia
Estudar o papel que a moeda e o sistema financeiro têm vindo a desempenhar ao longo do
tempo.
[10]
Explorar as funções da moeda e a sua evolução, refletindo a evolução tecnológica dos meios
de pagamento e aumentando a sua desmaterialização.
Analisar as componentes dos preços dos bens, bem como o fenómeno da inflação, estudando
a sua evolução através do cálculo dos índices de preços no consumidor e da taxa de inflação.
Unidade Temática 6 - Organização e Tratamento de Dados (Parte II)
Formular questões, preferencialmente no contexto de Economia, que possam ser abordadas
através da recolha, organização e análise de dados relevantes que permitam responder a essas
questões.
Selecionar e usar métodos estatísticos adequados à análise de dados.
Compreender e aplicar conceitos básicos de probabilidades, fornecendo conceitos e métodos
para estudar casos de incerteza e para interpretar previsões baseadas na incerteza. Este
estudo, que pode ser em grande parte experimental, fornece uma base concetual que capacita
o aluno para interpretar, de forma crítica, toda a comunicação que utiliza a linguagem das
probabilidades, bem como a linguagem estatística. Os contextos implicados devem ser
diversificados e significativos para os alunos.
No terceiro ano do programa curricular (12.º ano) pretende-se:
Unidade Temática 7 – Modelação Matemática
Usar modelos matemáticos para representar e compreender relações quantitativas na análise
de situações económicas e resolver problemas de otimização, como por exemplo de controlo
populacional ou do comportamento financeiro de uma conta bancária. Efetuar o estudo das
propriedades gráficas e analíticas de funções reais de variável real, designadamente, das
funções exponenciais e logarítmicas.
Desenvolver o conceito de derivada de uma função. As derivadas desempenham um papel
central em análise matemática ao serem usadas na otimização de soluções através da pesquisa
de máximos e mínimos de uma função de variável real, com inúmeras aplicações nos mais
diversos domínios. Saber utilizar corretamente as regras da derivação e por meio delas
aprofundar o estudo das funções reais de variável real.
Unidade Temática 8 - Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica
Exploração das políticas económicas e sociais do Estado e estudar o crescimento económico,
que constitui um meio importante para o desenvolvimento. Será analisada a problemática das
flutuações económicas e serão explicitados modelos de crescimento e desenvolvimento.
Unidade Temática 9 - O Contexto Internacional da Economia
Analisar as dinâmicas de integração das economias em diversos espaços, num contexto geral
de globalização.
Problematizar a atual situação do sistema mundo, nomeadamente no que se refere às
consequências e aos desafios que a mundialização e a globalização colocam aos Estados
nacionais, aos países desenvolvidos e em desenvolvimento, às organizações internacionais
mundiais e regionais e às próprias empresas. Reconhecer a importância da difusão tecnológica
neste processo de globalização, bem como identificar os novos desafios que se colocam, no
futuro, nos domínios económicos e sociais.
[11]
PROGRAMA DA DISCIPLINA
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS
10.º ANO
4.1 APRESENTAÇÃO
Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos propostos para o 10.º ano
de escolaridade estão organizados em três unidades temáticas que devem ser lecionadas de
forma sequencial, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas
anteriores, sempre que se considerar necessário. O programa do 10.º ano procura iniciar os
alunos no estudo da Economia e promover o desenvolvimento de competências quantitativas.
Para o 10.º Ano são propostas as seguintes unidades temáticas.
Unidade Temática 1
A Economia e o Problema Económico

Objeto da economia
Unidade Temática 2
Organização e tratamento de dados


Cálculo numérico e algébrico
Análise de dados
Unidade Temática 3
Aspetos Fundamentais da Atividade Económica




Estudo de funções na análise económica
Consumo e Satisfação das Necessidades
Produção de Bens e Serviços e Fatores de Produção
Oferta e Procura – Mercados
[12]
4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS
As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada.
Unidade Temática 1: A Economia e o Problema Económico
Com a abordagem da Unidade Temática 1 – A Economia e o Problema Económico – pretende-se que os alunos situem a Ciência Económica no domínio dos
fenómenos sociais, delimitando o seu objeto de estudo – a adequação de recursos escassos a necessidades ilimitadas.
Questão orientadora: Qual o objeto de estudo da economia?
Objetivos:

Compreender o objeto da Ciência Económica;

Conhecer o papel dos agentes económicos na atividade económica.
Subtema 1 – Objeto de estudo da Economia
Conteúdos











Realidade Social
Ciências Sociais
Fenómenos Sociais
Fenómenos Económicos
Ciência Económica
Objeto da Economia
Problema Económico
Escolha
Custo de Oportunidade
Agentes Económicos
Atividade Económica
Metas de aprendizagem






O aluno:
Identifica os fenómenos sociais como o objeto das Ciências Sociais.
Reconhece a Economia como Ciência Social.
Estabelece a relação entre as diferentes dimensões da realidade social e as
diferentes Ciências Sociais.
Define o objeto da economia.
Explica em que consiste o problema económico.
Explica as funções económicas desempenhadas pelos diferentes agentes
económicos.
[13]
Atividades práticas
 Analisar e interpretar notícias veiculadas
pelos meios de comunicação social que
permitam reconhecer os fenómenos sociais e,
a partir daí, distinguir os diferentes ângulos
de visão da realidade social, em especial o da
Economia.
 Identificar o problema económico a partir de
exemplos concretos de recursos escassos.
 Identificar os principais agentes económicos
recorrendo ao conhecimento do meio onde
se inserem.
Unidade Temática 2: Organização e Tratamento de Dados (Parte I)
A unidade temática 2 – Organização e Tratamento de Dados (Parte I) – pretende familiarizar os alunos com a leitura e interpretação da informação transmitida
através de tabelas e gráficos, fornecer instrumentos adequados para selecionar, tratar e interpretar a informação de uma distribuição de dados para que, desta
forma, possam tomar decisões adequadas baseadas numa análise crítica e consciente do processo de matematização das situações. Inicialmente desenvolvem-se
alguns tópicos do cálculo algébrico e numérico e considera-se o raciocínio proporcional como um aspeto fundamental desta unidade.
Subtema 1 – Cálculo numérico e algébrico
Conteúdos





Operações com frações
Equações do 1.º grau e 2.º grau
Proporcionalidade e função linear
A regra de três simples
Resolução de problemas envolvendo
percentagens
 Sistemas de duas equações
Metas de aprendizagem







O aluno:
Realiza operações com frações.
Resolve equações do 1.º grau e do 1.º grau.
Identifica situações de proporcionalidade.
Calcula e usa a regra de três simples e percentagens.
Utiliza o raciocínio proporcional na resolução de problemas.
Resolve sistemas de duas equações do 1.º grau a duas incógnitas.
Resolve problemas que surgem em contexto económico.
Atividades práticas
 Analisar e resolver situações, em contexto
económico que envolvam, percentagens e
que necessitem do raciocínio proporcional
para a sua resolução.
 Propor a resolução de problemas que
envolvam sistemas de duas equações.
 Resolver exercícios.
Subtema 2 – Análise de Dados
Conteúdos
 Dados quantitativos e qualitativos
 Dados univariados e bivariados
 Frequência absoluta e frequência
relativa, simples e acumuladas
 Correspondência entre conjuntos de
dados e suas representações gráficas
(histogramas, diagramas de caule-efolhas, diagramas de extremos e
quartis)
 Medidas de localização
Metas de aprendizagem
O aluno:
 Identifica dados quantitativos e qualitativos.
 Apresenta a distribuição de dados quantitativos univariados, descrevendo a sua
forma, selecionando e calculando medidas que os definem.
 Seleciona, cria e usa as representações mais adequadas.
 Identifica, usa e interpreta medidas de localização.
 Analisa a correspondência entre conjuntos de dados e suas representações
gráficas.
[14]
Atividades práticas
 Analisar informação baseada na organização
da mesma em gráficos e tabelas.
 Formular questões que possam ser abordadas
por meio de recolha e organização de dados
relevantes.
 Interpretar dados organizados em tabelas e
gráficos.
Unidade Temática 3: Aspetos Fundamentais da Atividade Económica
A abordagem da unidade temática 3 – Aspetos Fundamentais da Atividade Económica – tem como propósito a análise do fenómeno do consumo e da sua
importância na atividade económica. Esta temática suscita diversas reflexões: O que é o consumo? Que fatores determinam o consumo? Como evolui o consumo?
O que é uma sociedade de consumo?
Deste modo, o fenómeno do consumo deve ser analisado nas suas dimensões sociais e económicas, não se podendo compreender sem o articular com a análise do
comportamento dos consumidores. Com efeito, as escolhas dos consumidores podem ter consequências a diversos níveis, nomeadamente a nível económico e
ambiental.
Promovendo o desenvolvimento da capacidade de abstração e de representação de fenómenos reais, e dada a sua importância na análise económica, faz-se o
estudo de funções (polinomiais, exponenciais e racionais).
Subtema 1 – Estudo de funções na Análise Económica
Conteúdos
Metas de aprendizagem
 Leitura e interpretação de gráficos
em contexto económico
 Conceito de função
 Forma de representar uma função
(tabelas numéricas, gráficos e
expressões algébricas)
 Generalidades sobre funções (zeros,
sentido de variação e monotonia de
uma função, sinal de uma função)
 Função polinomial
 Função exponencial
 Função racional
O aluno:
 Interpreta um gráfico que traduz uma situação real.
 Utiliza várias formas para representar uma função.
 Analisa gráficos de funções reais, reconhecendo e atribuindo significado a:
domínio, contradomínio, estudo da variação de sinal, intervalos de monotonia,
continuidade, simetrias, paridade e pontos notáveis: zero(s), interseção com o
eixo dos YY, extremos (relativos e absolutos).
 Identifica situações modeladas por diferentes funções (polinomial, exponencial e
racional).
 Determina analiticamente o ponto de equilíbrio a partir da interseção de duas
retas.
 Usa modelos matemáticos para representar e compreender relações
quantitativas.
[15]
Atividades práticas
 Resolver problemas de modelação
matemática.
 Analisar dados da economia nacional e
conseguir retirar ilações a partir de gráficos
ou de tabelas estatísticas.
 Resolver problemas de aplicação.
 Resolver exercícios.
Subtema 2 – Consumo e Satisfação das Necessidades
Conteúdos
 Necessidade
 Necessidades individuais e coletivas
 Necessidades primárias, secundárias
e terciárias
 Consumo: Final e Intermédio; Público
e Privado; Individual e Coletivo
 Estrutura do Consumo
 Lei de Engel
Metas de aprendizagem
O aluno:
Explicita o conceito de necessidade.
Caracteriza as necessidades.
Classifica as necessidades.
Distingue os diversos tipos de consumo.
Explica o papel do consumidor na dinamização da atividade económica
Identifica os fatores económicos de que depende o consumo – rendimento,
preços e inovação tecnológica.
 Explicita a noção de estrutura do consumo.
 Enuncia a lei de Engel.






[16]
Atividades práticas
 Analisar a partir de uma lista de necessidades
sentidas pelos alunos o conceito de
necessidade, as suas características e a sua
classificação.
 Elaborar um dossier, por turma, de recortes
de artigos de imprensa relacionados com o
tema.
 Analisar dados estatísticos, tendo em vista
verificar:
• a estrutura do consumo das famílias;
• o peso de cada classe de despesas no
consumo total;
• os diferentes pesos de cada classe
consoante os níveis de rendimento – lei de
Engel.
Subtema 3 – Produção de Bens e Serviços e Fatores de Produção
Conteúdos
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Bens livres e bens económicos
Produção
Processo produtivo
Setores de atividade económica
Fatores de produção
População Ativa e Desemprego
Desenvolvimento tecnológico
Riqueza e Capital
Capital humano
Substituibilidade dos fatores de
produção
Produtividade total, média e
marginal
Produtividade marginal do trabalho
e do capital
Lei dos rendimentos decrescentes
Custos de produção:
- Economias de escala
- Deseconomias de escala
Metas de aprendizagem
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O aluno:
Distingue bens livres de bens económicos.
Caracteriza os diferentes tipos de bens económicos.
Define produção e caracteriza o processo produtivo.
Caracteriza os setores de atividade económica.
Define fator de produção.
Classifica os factoes produtivos e os recursos naturais.
Descreve a composição da população ativa.
Calcula as taxas de atividade e de desemprego.
Interpreta valores das taxas de atividade e de desemprego.
Identifica custos e benefícios do desenvolvimento tecnológico.
Refere as causas do desemprego e identifica os tipos de desemprego.
Relaciona o desenvolvimento tecnológico com a terciarização da economia.
Distingue a combinação dos fatores produtivos a curto prazo da de longo prazo.
Calcula as produtividades médias dos fatores de produção e a produtividade
total.
Define produtividade marginal e calcula.
Calcula os valores relativos à evolução da produção total e da produtividade
marginal, em função das variações do fator trabalho.
Enuncia a lei dos rendimentos decrescentes.
Define os diferentes custos de produção e economias de escala.
Indica os fatores que permitem as economias de escala.
Indica os fatores que contribuem para as deseconomias de escala.
[17]
Atividades práticas
 Classificar os bens, a partir de uma lista
elaborada pelos alunos.
 Analisar o processo produtivo de uma
empresa, instalada no meio local,
identificando: matérias-primas necessárias e
sua proveniência; equipamento utilizado;
número de postos de trabalho; clientes e
fornecedores.
 Analisar possíveis causas do desemprego e
identificar meios de combater o mesmo, quer
a nível local quer a nível nacional.
 Elaborar hipóteses de alteração de
dimensão/capacidade produtiva, tendo em
vista a análise da evolução dos custos médios
e marginais e a identificação de economias e
deseconomias de escala.
Subtema 4 – Oferta e Procura – Mercados
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Conteúdos
Metas de aprendizagem
Atividades práticas
Mercado
Procura individual
Procura agregada
Lei da procura
Oferta individual
Oferta agregada
Lei da oferta
Mercado de concorrência perfeita
Preço de equilíbrio
Quantidade de equilíbrio
Mercados de concorrência
imperfeita:
- Monopólio
- Oligopólio
- Concorrência monopolística
O aluno:
 Define o conceito económico de mercado.
 Diferencia procura individual de procura agregada.
 Relaciona procura e preço – lei da procura e representa graficamente a curva da
procura.
 Indica as determinantes da procura.
 Relaciona as deslocações da curva da procura com as alterações nos seus
determinantes.
 Diferencia oferta individual de oferta agregada.
 Relaciona oferta e preço – lei da oferta e representa graficamente a curva da
oferta.
 Indica as determinantes da oferta.
 Relaciona as deslocações da curva da oferta com as alterações nos seus
determinantes.
 Indica os pressupostos teóricos do modelo de concorrência perfeita.
 Interpreta o significado do ponto de equilíbrio.
 Identifica situações de excesso de procura e de excesso de oferta.
 Caracteriza os diferentes tipos de mercado.
 Representar graficamente curvas da procura e
da oferta bem como as suas deslocações.
 Determinação do ponto de equilíbrio.
 Resolução de problemas.
[18]
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS | 10.º ANO
PROGRAMA DA DISCIPLINA
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS
11.º ANO
5.1 APRESENTAÇÃO
Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos propostos para o 11.º ano
de escolaridade estão organizados em três unidades temáticas que devem ser lecionadas de
forma sequencial, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas
anteriores sempre que se considerar necessário. O programa do 11.º ano está estruturado
visando a compreensão dos principais indicadores económicos nacionais e dos mecanismos de
intervenção dos Estados nas economias. Procura-se ainda promover o desenvolvimento de
competências quantitativas.
Para o 11.º Ano são propostas as seguintes unidades temáticas.
Unidade Temática 4
Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos
 Rendimentos e Repartição de Rendimentos.
 Poupança e Investimento.
 Os Agentes Económicos e o Circuito Económico.
 Contabilização do Rendimento Nacional.
 Relações Económicas com o Resto do Mundo.
 A Intervenção do Estado na Economia.
Unidade Temática 5
Aspetos Monetários e Financeiros da Economia
 Moeda, Inflação e Mercados Financeiros.
Unidade Temática 6
Organização e Tratamento de Dados (parte II)
 Organização, representação e análise de dados: Medidas de
dispersão; Dados bidimensionais.
 Probabilidades.
[19]
5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS
As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma
mais detalhada.
Unidade Temática 4: Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos
Com a abordagem da Unidade Temática 4 – Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos –
pretende-se que os alunos analisem os mecanismos de formação e de repartição dos
rendimentos, os objetivos e os meios de redistribuição desses rendimentos, assim como as
causas da persistência de desigualdades na sua repartição. Os alunos devem compreender a
forma como os agentes económicos distribuem esses mesmos rendimentos que recebem
entre consumo e poupança.
Será necessário que os alunos compreendam o funcionamento da atividade económica através
das relações que se estabelecem entre os agentes económicos e que sejam capazes de
construir um circuito económico. Assim, devem compreender que as unidades institucionais,
residentes ou não residentes num país, estabelecem sistematicamente relações reais e
monetárias entre elas. Conhecer esta teia de relações e quantificá-las é o objetivo da
Contabilidade Nacional.
Dada a crescente globalização, pretende-se que os alunos compreendam que, no mundo atual,
as relações económicas que se estabelecem entre países são intensas e diversificadas dado
que, cada vez mais, circulam bens, serviços, pessoas, capitais, informação, tecnologia, entre
outros.
Reconhecendo a existência de políticas monetárias, políticas comerciais e de políticas
orçamentais, no final desta unidade temática pretende-se que os alunos compreendam a
importância do Estado nas sociedades atuais e os efeitos da sua intervenção na economia.
Questão orientadora: Como interpretar os grandes agregados económicos? Qual o papel do
Estado na economia?
Objetivos:

Conhecer o processo de formação, repartição, redistribuição dos rendimentos;

Analisar as desigualdades na repartição dos rendimentos;

Compreender a importância da formação de capital na economia e as formas de
financiamento da atividade económica;

Conhecer os diferentes fluxos que se estabelecem entre os agentes económicos;

Compreender a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos numa economia;

Conhecer as diferentes perspetivas de cálculo do valor da produção;

Analisar as limitações e insuficiências da Contabilidade Nacional;

Compreender a importância das relações económicas internacionais;

Compreender a forma de contabilização das relações económicas de um país com o
Resto do Mundo;

Reconhecer o papel do Estado na Economia.
[20]
Subtema 1 – Rendimentos e Repartição do Rendimento
Conteúdos
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Formação dos rendimentos
Repartição dos rendimentos
Repartição funcional de
rendimentos
Rendimentos primários (salário,
renda, juro e lucro)
Repartição pessoal dos
rendimentos
Salário nominal e real
Leque salarial
Curva de Lorenz
Rendimento per capita
Redistribuição dos rendimentos
Transferências sociais
Quotizações sociais
Impostos diretos
Transferências externas
Rendimento pessoal disponível
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Metas de aprendizagem
Atividades práticas
O aluno:
Relaciona a atividade produtiva com a formação dos rendimentos.
Explica o fenómeno da repartição dos rendimentos.
Descreve o processo de repartição funcional dos rendimentos.
Define salário.
Caracteriza as formas de remuneração do capital.
Distingue repartição pessoal de repartição funcional dos rendimentos.
Verifica as desigualdades da repartição pessoal dos rendimentos.
Justifica as desigualdades de salários.
Distingue salário nominal de salário real.
Explica o significado do leque salarial, como indicador da desigualdade de
salários.
Interpreta as curvas de Lorenz.
Refere as limitações das curvas de Lorenz.
Explica as limitações do rendimento per capita como indicador da repartição
pessoal dos rendimentos.
Explica em que consiste a redistribuição dos rendimentos.
Dá exemplos de impostos diretos.
Explica o papel do Estado na redistribuição dos rendimentos.
Refere as componentes do rendimento pessoal disponível.
 Sugerir a revisão do tópico da produção
lecionado no 10.º ano para que o aluno
perceba que a produção gera rendimentos
que são distribuídos pelos agentes
económicos que contribuíram para a sua
obtenção. Perceber que a repartição
funcional dos rendimentos está relacionada
com os fatores intervenientes na produção
(trabalho e capital).
 Em grupo ou individualmente, os alunos
devem recolher dados sobre a proveniência e
os tipos de rendimento, com a ajuda do
professor, para compreender a diferença
entre repartição e redistribuição dos
rendimentos, constatando as desigualdades
salariais em função do sexo.
 Com base nesses mesmos dados poderão
calcular o leque salarial e podem identificar o
nível de concentração dos rendimentos.
 Ilustrando com exemplos fornecidos pelo
professor, os alunos poderão identificar as
componentes do rendimento pessoal
disponível.
 Aconselha-se a consulta de artigos de
imprensa ou dados estatísticos disponíveis na
internet sobre a repartição dos rendimentos
referentes à realidade de Timor e do Resto do
Mundo.
[21]
Subtema 2 – Poupança e Investimento
Conteúdos
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Poupança
Entesouramento
Depósitos
Investimento
Formação de capital
Formação bruta de capital fixo
(FBCF)
Variação de existências
Tipos de investimento (material,
imaterial e financeiro)
Inovação tecnológica
Investigação e desenvolvimento
(I&D)
Capacidade de financiamento
Necessidade de financiamento
Financiamento interno
Financiamento externo
Crédito
Taxa de juro
Operações ativas e passivas
Mercado de títulos
Metas de aprendizagem
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O aluno:
Refere a utilização dos rendimentos (o consumo e a poupança).
Define poupança.
Integra a variável tempo nas decisões sobre a utilização dos rendimentos.
Identifica os destinos da poupança (entesouramento, depósitos e investimento).
Define investimento.
Distingue formação bruta de capital fixo de variação das existências.
Explica a necessidade da formação de capital numa economia.
Distingue os diversos tipos de investimento.
Explica as funções do investimento na atividade económica.
Justifica a importância do investimento em inovação tecnológica.
Justifica a importância da I&D na atividade económica.
Distingue financiamento interno de financiamento externo.
Identifica as diferentes formas de financiamento externo (direto e indireto).
Reconhece o crédito bancário como uma forma de financiamento externo
indireto.
Define crédito.
Define taxa de juro.
Indica as principais funções desempenhadas pelos bancos.
Identifica as diferentes formas de crédito.
Indica as funções do crédito.
Relaciona o crédito com a criação de moeda.
Relaciona as funções do crédito com o crescimento da economia.
Define instituição financeira.
Dá exemplos de outras instituições financeiras que concedem crédito.
Reconhece o mercado de títulos como fonte de financiamento externo direto.
[22]
Atividades práticas
 Os alunos podem identificar as formas de
utilização dos rendimentos no seu dia a dia,
tomando consciência da importância da
variável tempo nas suas decisões pois poupar
é decidir não consumir neste período,
deixando para o futuro.
 Procurando informação junto das empresas
locais, os alunos podem, individualmente ou
em grupo, fazer um levantamento dos
diferentes tipos de investimento efetuado
pelas mesmas (de substituição, expansão,
inovação e aumento da capacidade
produtiva), bem como da interligação destas
funções. Sendo possível, seria ainda
interessante tentarem perceber o que levou
as empresas a investir dessa forma.
 Seria interessante relacionar a evolução do
investimento das empresas com a inovação
tecnológica verificada nas mesmas.
 Através de informações recolhidas em meios
de comunicação social, poderão identificar
diferentes tipos de instituições financeiras, tal
como distinguir o financiamento interno do
externo, e as diferentes formas deste último
caso existam.
 Através de exemplos concretos, o professor
deverá apresentar aos alunos os diferentes
títulos financeiros que podem ser
comercializados no mercado de títulos.
Subtema 3 – Os Agentes Económicos e o Circuito Económico
Conteúdos
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Agentes económicos
Fluxos reais
Fluxos monetários
Circuito Económico
Recursos
Empregos
Metas de aprendizagem
O aluno:
 Relaciona os agentes económicos Famílias, Empresas não Financeiras, Estado,
Instituições Financeiras e Resto do Mundo com as funções por eles
desempenhadas.
 Relaciona as diferentes atividades económicas com as funções exercidas pelos
agentes económicos.
 Distingue fluxo real de fluxo monetário.
 Elabora um circuito económico.
 Define Recursos.
 Define Empregos.
 Justifica, a partir do circuito económico, a necessidade de equilíbrio entre
Recursos e Empregos numa Economia.
[23]
Atividades práticas
 Recorrendo às suas experiências do
quotidiano, os alunos poderão reconhecer as
várias funções desempenhadas pelos agentes
económicos, conseguindo identificar e
relacionar as principais atividades
económicas.
 Podem verificar que as relações estabelecidas
entre os agentes são reais e monetárias,
podendo ser representadas num circuito
económico, o qual será pedido aos alunos
individualmente, para que eles tornem
evidente a interdependência entre agentes.
 Os alunos poderão ser separados em grupos
para que cada grupo represente uma função
económica, para que estabeleçam as relações
entre os recursos disponíveis e os empregos e
para quantificarem essas mesmas relações.
 Os alunos serão levados a concluir sobre a
necessidade de equilíbrio entre recursos e
empregos e o professor poderá evidenciar a
necessidade de existência da Contabilidade
Nacional, para o registo dos fluxos, fazendo a
ligação com a unidade seguinte.
Subtema 4 – Contabilização do Rendimento Nacional
Conteúdos
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Contabilidade Nacional
Setores institucionais
Território Económico
Unidade residente e não residente
Ramo de atividade
Ótica de cálculo do produto, da
Despesa e do Rendimento
Métodos de cálculo do valor do
produto
Valor Acrescentado Bruto (VAB)
Amortização/Consumo de capital
fixo
Produto líquido e bruto
Saldo dos rendimentos do trabalho,
da propriedade e da empresa com
o resto do Mundo
Produto interno e nacional
Impostos indiretos
Subsídios à produção
Produto a preços correntes e
constantes
Transferências internas e externas
Rendimento disponível dos
particulares
Consumo privado e público
Investimento bruto/Formação
bruta de capital fixo (FBCF)
Variação das existências
Exportações e Importações
Despesa interna e nacional
Procura interna e global
Setor informal: autoconsumo
Economia subterrânea
Externalidades
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Metas de aprendizagem
Atividades práticas
O aluno:
Compreende a noção de Contabilidade Nacional.
Explicita os objetivos da Contabilidade Nacional.
Define setor institucional e caracteriza os setores institucionais.
Explica o conceito de território económico.
Distingue unidade residente de unidade não residente.
Identifica os ramos de atividade.
Justifica as diferentes perspetivas de cálculo do valor da produção.
Explica o problema da múltipla contagem no cálculo do produto.
Distingue valor da produção de valor do produto.
Distingue os dois métodos de cálculo do valor do produto.
Explica o conceito de VAB.
Deduz o valor do produto a partir do VAB.
Explica o conceito de amortização.
Diferencia produto líquido de produto bruto.
Distingue produto interno de produto nacional.
Explica o conceito de produto a preços de mercado.
Calcula o valor dos diversos tipos de produto.
Distingue produto a preços correntes de produto a preços constantes.
Justifica a vantagem do cálculo do produto a preços constantes.
Distingue as várias componentes do rendimento.
Calcula o valor do rendimento.
Identifica as componentes que permitem calcular o rendimento disponível dos
particulares.
Distingue as várias componentes da despesa.
Calcula o valor da despesa interna.
Distingue despesa interna de despesa nacional.
Calcula o valor da despesa nacional.
Calcula a procura interna.
Calcula a procura global.
Explica as limitações da Contabilidade nacional.
Compreende a dificuldade de quantificar algumas atividades económicas e a
indiferença perante a utilização dos recursos e o tipo de produção obtido.
 Realização de um trabalho de grupo em que
cada grupo representaria um país, tentando
perceber as atividades económicas que neles
se registam, de forma a perceber como se dá
a ligação entre as economias desses países. À
medida que os alunos forem processando a
aprendizagem dos conteúdos, será possível
aplicar esses conhecimentos com base no
registo e na quantificação das atividades
económicas de cada país.
 A partir da consulta de documentos diversos,
os alunos deverão ser capazes de distinguir os
vários tipos de produto e as respetivas
componentes, tentando deduzir desses dados
as várias fórmulas de cálculo.
 Os alunos, orientados pelo professor e
recorrendo a valores da economia timorense,
poderão analisar a articulação entre os
conceitos referentes ao cálculo do valor da
produção na ótica do produto.
 Organizados em grupos, os alunos devem
recorrer a dados estatísticos para tentar
perceber o peso do consumo e da poupança
no rendimento disponível dos particulares e
analisando as suas repercussões na atividade
económica.
 Procurar nos meios de comunicação social,
exemplos que permitam concluir sobre as
falhas e as limitações da Contabilidade
Nacional.
 A partir de dados estatísticos disponíveis, os
alunos poderão ver a evolução dos vários
agregados estudados, nos últimos anos, ao
longo do tempo.
[24]
Subtema 5 – Relações Económicas com o Resto do Mundo
Conteúdos
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Comércio interno e externo
Divisão Internacional do Trabalho
Vantagens comparativas
Migrações
Balança de Pagamentos
Balança Corrente
Importação e exportação
Divisas
Operações de câmbio
Taxa de câmbio
Desvalorização da moeda
Balança de Mercadorias
Taxa de cobertura
Balança de Serviços
Balança de Rendimentos
Balança de Transferências
Correntes
Balança de Capital
Balança Financeira
Investimento Direto Estrangeiro
(IDE)
Protecionismo
Barreiras alfandegárias
Dumping
Livre cambismo / Comércio livre
Metas de aprendizagem
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O aluno:
Identifica os diversos tipos de relações internacionais.
Justifica a importância e necessidade das relações internacionais.
Identifica as componentes da Balança de Pagamentos.
Identifica as componentes da Balança Corrente.
Distingue importações de exportações.
Justifica a necessidade de realizar operações de câmbio.
Define taxa de câmbio.
Relaciona o valor da moeda com a evolução da taxa de câmbio.
Calcula o saldo relativo ao comércio internacional de mercadorias.
Interpreta o saldo da Balança de Mercadorias.
Explica as consequências das alterações do valor da moeda na Balança de
Mercadorias.
Refere indicadores do comércio externo de mercadorias como a estrutura das
importações e das exportações e a taxa de cobertura.
Calcula a taxa de cobertura.
Interpreta o significado dos indicadores do comércio externo.
Identifica as componentes da Balança de Serviços.
Identifica as componentes da Balança de Rendimentos.
Identifica as componentes das transferências unilaterais correntes tais como as
remessas de emigrantes.
Calcula e interpreta o saldo da Balança Corrente.
Identifica as componentes da Balança de Capital.
Identifica as componentes da Balança Financeira, como o IDE.
Caracteriza o protecionismo.
Reconhece alguns instrumentos utilizados para impedir o comércio livre:
barreiras alfandegárias, contingentação, subsídios à exportação e dumping.
Caracteriza o livre cambismo.
Enquadra a OMC no projeto de liberalização do comércio Mundial.
Indica os principais objetivos da OMC.
[25]
Atividades práticas
 Através de exemplos do quotidiano dos
alunos ou de elementos recolhidos dos meios
de comunicação social sobre migrações,
compra e venda de bens ao exterior,
deslocalização de empresas, empréstimos
externos, etc., os alunos poderão
compreender a diversidade e a necessidade
de relações económicas internacionais e
identificar essas mesmas relações.
 Sugere-se que na introdução do conceito de
taxa de câmbio se recorra a informações
veiculadas nos meios de comunicação social e
que se chame a atenção para a fixação da
mesma e as consequências dessa
manipulação.
 Sugere-se o recurso a informações sobre a
realidade económica Timorense para
conhecer as diferentes balanças, as suas
componentes e os respetivos saldos.
 A partir desses mesmos dados os alunos
poderão avaliar a situação económica
Timorense, utilizando os indicadores
estudados, como a taxa de cobertura,
estrutura de importações e de exportações e
da Balança de Pagamentos.
 A partir de informação recolhida no site da
OMC os alunos poderão constatar as
tendências do comércio Mundial e o papel
das organizações internacionais neste campo,
e que no fim debatam as conclusões e
desenvolvam competências de
argumentação.
Subtema 6 – A intervenção do Estado na Economia
Conteúdos
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Funções do Estado (legislativa,
executiva e judicial)
Órgãos de Soberania
Setor Público Administrativo
Setor Empresarial do Estado
Eficiência
Falhas de mercado (concorrência
imperfeita e externalidades)
Bem público
Equidade
Estabilidade
Instrumentos de intervenção
económica e social do Estado
Orçamento de Estado
Despesas públicas
Receitas públicas
Impostos diretos e indiretos
Saldo Orçamental
Déficit
Supéravit
Dívida pública
Afetação de recursos
Regulação da atividade económica
Redistribuição dos rendimentos
Metas de aprendizagem
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O aluno:
Caracteriza as funções do Estado.
Identifica as esferas de intervenção do Estado – política, económica e social.
Caracteriza a estrutura do setor público.
Explica as funções económicas e sociais do Estado – garantir a eficiência, a
equidade e a estabilidade.
Refere os instrumentos de intervenção do Estado na esfera económica e social.
Distingue planeamento imperativo de planeamento indicativo.
Distingue despesas públicas de receitas públicas.
Classifica as diferentes fontes de receitas do Estado.
Exemplifica as receitas do Estado.
Distingue impostos diretos de impostos indiretos.
Dá exemplos de impostos diretos e indiretos.
Exemplifica as despesas do Estado.
Explica o significado do saldo orçamental.
Justifica a importância do Orçamento de Estado como instrumento de
intervenção económica e social.
Atividades práticas
 Através da análise de documentos sobre a
realidade Timorense, tais como a Constituição
da República Timorense, deverá explicitar-se
a organização do Estado Timorense: funções,
órgãos de soberania, e estrutura do setor
público.
 Os alunos devem tentar registar as formas e
os instrumentos que o Estado utiliza para
intervir na esfera económica e social com
recurso a exemplos correntes da realidade
Timorense.
 Poder-se-ão consultar dados estatísticos
relativos ao Orçamento de Estado Timorense
para identificar a sua estrutura e
componentes, bem como analisar a sua
evolução e o seu saldo.
 Os alunos poderão ainda utilizar os
orçamentos da escola e da autarquia como
documentos reais de análise se for possível
aceder aos mesmos.
Unidade Temática 5: Aspetos Monetários e Financeiros da Economia
Na Unidade Temática 5 – Aspetos Monetários e Financeiros da Economia – pretende-se que os alunos compreendam de que forma os bens produzidos são
disponibilizados aos consumidores através da distribuição e do comércio.
Solicita-se que os mesmos compreendam que, apesar dos bens e serviços produzidos estarem disponíveis aos consumidores, esses bens e serviços têm um preço, o
que implica que os consumidores, para os adquirirem, têm de utilizar moeda. Mas, a moeda também desempenha outras funções e tem evoluído ao longo do
tempo, refletindo a evolução tecnológica dos meios de pagamento e aumentando a sua desmaterialização. Por último, quer-se que os alunos conheçam as
[26]
componentes dos preços dos bens, bem como o fenómeno da inflação, analisando a sua evolução através do cálculo dos índices de preços no consumidor e da taxa
de inflação.
Questão orientadora: Qual o papel da moeda na economia?
Objetivos:

Compreender a importância do comércio;

Conhecer a evolução da moeda;

Conhecer as componentes dos preços dos bens;

Analisar a evolução da inflação em Timor-Leste e no Resto do Mundo.
Subtema 1 – Moeda, Inflação e Mercados Financeiros
Conteúdos
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Distribuição
Circuito de distribuição
Comércio
Troca direta e indireta
Moeda
Funções da moeda
Desmaterialização da moeda
Preço
Custo de produção
Inflação
Deflação
Desinflação
Estagflação
Depreciação do valor da moeda
Poder de compra
Deterioração do poder de compra
Índice de preços no consumidor
(IPC)
Taxa de inflação
Evolução da inflação
Comparação inter-países da
inflação
Metas de aprendizagem
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O aluno:
Explica em que consiste a atividade da distribuição.
Justifica a importância da distribuição.
Identifica os diferentes circuitos de distribuição.
Identifica tipos de comércio e métodos de distribuição.
Justifica o aparecimento de moeda.
Descreve a evolução da moeda.
Caracteriza os vários tipos de moeda.
Explica as funções da moeda.
Reconhece a importância da moeda no desenvolvimento económico.
Relaciona a evolução tecnológica com o processo de desmaterialização da
moeda.
Define preço de um bem.
Relaciona custo de produção de um bem com o seu preço.
Identifica o número de vendedores e compradores como fatores que
influenciam o preço de um bem.
Define inflação.
Relaciona a inflação com o valor da moeda.
Relaciona a inflação com o poder de compra.
Identifica o significado do índice de preços no consumidor (IPC).
Calcula a taxa de inflação a partir do IPC.
[27]
Atividades práticas
 Divididos por grupos os alunos devem
escolher um produto e construir o seu
circuito de distribuição.
 Recolher informação sobre o tecido comercial
local, de forma a identificar os diferentes
tipos de comércio e os principais métodos de
distribuição utilizados.
 Utiliza exemplos reais ou textos para justificar
o aparecimento da moeda e analisar a sua
evolução.
 Expondo a crescente utilização de moeda
escritural verifica-se a tendência para a
crescente desmaterialização da moeda.
 Usa exemplos de bens do dia a dia para
identificar os fatores que influenciam o preço.
 Recolhe dados estatísticos em Timor para
calcular a taxa de inflação.
 Sugere-se a análise de dados estatísticos
sobre os valores de inflação de Timor e de
outros países do Resto do Mundo durante a
última década para comparar a evolução e
identificar e explicar a tendência encontrada.
Unidade Temática 6: Organização e Tratamento de Dados (Parte II)
A abordagem da unidade temática 6 – Organização e Tratamento de Dados (Parte II) – tem como propósito familiarizar o aluno com: a recolha, organização e
tratamento de diferentes tipos de dados, destacando a informação neles contida e usando ferramentas adequadas; a leitura e interpretação de dados recolhidos,
interpretando as suas representações gráficas; o cálculo de medidas que permite reduzir a informação contida nos dados, especificamente a variabilidade de um
conjunto de dados; a representação da associação entre duas variáveis e interpretação do tipo de força com que estas se associam e o cálculo da probabilidade de
alguns acontecimentos.
Questão orientadora: Como recolher, organizar e analisar dados, de forma a tomar decisões fundamentadas em situações do dia a dia?
Objetivos:
•
Selecionar e usar métodos estatísticos adequados à análise de dados;
•
Desenvolver e avaliar inferências e previsões baseadas em dados;
•
Compreender e aplicar conceitos básicos de probabilidades.
Subtema 1 – Organização, representação e análise de dados: medidas de dispersão; dados bidimensionais
Conteúdos








Amplitude de um conjunto de dados
Amplitude interquartis
Desvio médio
Variância
Desvio padrão
Dados bidimensionais
Diagramas de dispersão
Análise gráfica de dados
bidimensionais
 Coeficiente de correlação linear
 Reta de regressão. Estimativas
 Dados qualitativos. Tabelas de
contingência e representação gráfica
Metas de aprendizagem
O aluno:
 Reconhece as vantagens, desvantagens e limitações das medidas estudadas.
 Estuda a variabilidade de um conjunto de dados e estabelece comparações.
 Calcula medidas estatísticas, reconhecendo as suas vantagens e situações em
que não se deve calcular.
 Apresenta um modo eficaz de visualizar a associação entre duas variáveis.
 Interpreta o tipo e força com que duas variáveis se associam.
 Interpreta a reta de regressão linear e reconhece as suas limitações.
 Apresenta um modo eficaz de organizar informação do tipo qualitativo.
 Comunica de modo rigoroso e significativo os resultados das análises
estatísticas bidimensionais e a sua interpretação.
[28]
Atividades práticas
 Analisar e interpretar notícias em jornais e
revistas que envolvem aplicações de estatística.
 Analisar um conjunto de dados e estudar a sua
variabilidade através das medidas de dispersão.
Estabelecer comparações entre dois conjuntos
de dados num mesmo contexto.
 Procurar vários exemplos onde se encontre
correlação entre duas variáveis e indicar, para
cada caso, o tipo de correlação.
 Recorrer, se possível, à calculadora gráfica para
representar os diagramas de dispersão, a reta
de regressão linear e, a partir desta, fazer
previsões do valor de uma das variáveis,
conhecendo o valor correspondente da outra
variável.
Subtema 2 – Probabilidades
Conteúdos
 Fenómenos aleatórios
 Operações com acontecimentos
 Aproximações concetuais para a
probabilidade: aproximação
frequencista de probabilidade;
definição clássica de probabilidade
ou de Laplace; definição axiomática
de probabilidade (caso finito);
propriedades da probabilidade
 Probabilidade condicionada e
independência; probabilidade da
interseção de acontecimentos
 Acontecimentos independentes
Metas de aprendizagem







Atividades práticas
O aluno:
Identifica experiências aleatórias.
Aplica o conceito de probabilidade na resolução de problemas.
Estabelece a Lei de Laplace.
Estabelece a regra do produto.
Opera com acontecimentos.
Usa as árvores de probabilidades como instrumento de organização de
informação numa cadeia de experiências aleatórias.
 Identifica e calcula probabilidades condicionadas.
 Aplica a definição de probabilidade condicionada em representações em
diagrama de Venn.
 Distingue acontecimentos dependentes de acontecimentos independentes.
 Sistematizar o conhecimento dos alunos
acerca das probabilidades já estudadas no
ciclo de estudos anterior.
 Procurar e analisar exemplos de experiências
determinísticas como os fenómenos físicos
confrontando com fenómenos aleatórios.
 Exploração de tarefas contextualizadas,
nomeadamente relacionadas com situações
de simulação ou jogo.
 Resolver exercícios através dos quais os
alunos sejam capazes de compreender e
aplicar o argumento de simetria que está por
detrás da atribuição de probabilidades a
certos resultados.
 Resolver modelos simples, servindo de
abordagem da Regra de Laplace. Resolver
modelos um pouco mais complexos, servindo
de abordagem da regra do produto.
 Resolver exercícios de probabilidade
condicionada onde a informação pode estar
organizada em tabela, árvore ou diagrama de
Venn.
[29]
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS | 11.º ANO
PROGRAMA DA DISCIPLINA
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS
12.º ANO
6.1 APRESENTAÇÃO
Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos propostos para o 12.º ano
de escolaridade estão organizados em três unidades temáticas que devem ser lecionadas de
forma sequencial, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas
anteriores, sempre que se considerar necessário.
Para o 12.º Ano são propostas as seguintes unidades temáticas.
Unidade Temática 7
Modelação Matemática
 Função Exponencial e Função Logarítmica.
 Cálculo Diferencial.
Unidade Temática 8
Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica
 Política Económica e Social do Estado.
 Crescimento e Desenvolvimento.
 O Desenvolvimento e a Utilização dos Recursos.
Unidade Temática 9
O Contexto Internacional da Economia
 A Globalização e a Regionalização Económica do Mundo.
[30]
6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS
As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada.
Unidade Temática 7: Modelação Matemática
Na Unidade Temática 7, pretende-se que os alunos utilizem modelos matemáticos para representar e compreender relações quantitativas e analisem a variação,
desses modelos, em diversos contextos, mas com especial enfase no contexto económico.
Os alunos deverão ter oportunidades para identificar relações quantitativas essenciais numa situação e determinar a classe ou classes de funções que as podem
modelar bem como fazer inferências plausíveis sobre a situação que está a ser modelada.
Analisar a variação em diversos contextos será, também, objeto de estudo nesta Unidade, considerando que cada vez mais, as discussões sobre variação são
encontradas na imprensa generalista. Os alunos deverão ser capazes de interpretar afirmações, tais como “ a taxa de inflação está a decrescer”. Desta forma, o
estudo da variação tem como objetivo aprofundar os conhecimentos sobre o conceito de taxa de variação.
Questão orientadora: Como se estabelecem relações quantitativas, recorrendo a modelos matemáticos?
Objetivos:

Construir modelos para situações da realidade usando diversos tipos de funções;

Comparar o crescimento linear, exponencial, logarítmico e logístico;

Familiarizar os alunos com modelos de crescimento populacional.
Subtema 1 – Função Exponencial e Função Logarítmica
Conteúdos
 Introdução ao estudo da função
exponencial. Propriedades
 Função exponencial de base e
 Noção de logaritmo de um número
 Propriedades operatórias dos logaritmos
 Função logarítmica de base superior a
um. Propriedades
 Equações e inequações exponenciais e
logarítmicas
 Aplicações das funções exponenciais e
logarítmicas
Metas de aprendizagem
O aluno:
• Reconhece as propriedades gráficas e analíticas das funções
exponenciais e logarítmicas.
• Aplica as transformações dos gráficos de funções a funções
exponenciais e logarítmicas.
 Aplica as propriedades operatórias dos logaritmos.
 Resolve equações exponenciais e logarítmicas.
 Resolve inequações exponenciais e logarítmicas.
 Define a função inversa de uma função exponencial ou logarítmica.
• Resolve problemas em contexto real usando funções exponenciais ou
funções logarítmicas.
[31]
Atividades práticas
 Operar com exponenciais e logaritmos.
 Resolver equações e inequações envolvendo
exponenciais e logaritmos.
 Resolver problemas envolvendo funções
exponenciais e logarítmicas.
 Exploração de tarefas com exemplos concretos
para que os alunos participem ativamente no
estudo dos exemplos/ modelos propostos.
 Produção de pareceres e propostas para apoiar
uma decisão ou escolha, com base na análise de
situações com as quais os alunos possam fazer
 Modelos populacionais discretos e
contínuos
 Interpreta modelos de crescimento linear, exponencial, logarítmico e
logístico.
 Critica a adaptabilidade dos modelos aos dados recolhidos.
 Analisa comportamentos em contextos concretos relativos à evolução
de populações.
 Usa modelos matemáticos para representar e compreender relações
quantitativas.
 Identifica situações modeladas por diferentes funções.
simulações, de acordo com as condições iniciais e
cenários possíveis de evolução da população.
 Resolução de problemas de modelação
matemática.
Subtema 2 – Cálculo Diferencial
Conteúdos
Metas de aprendizagem
Atividades práticas
 Taxa média de variação
 Derivada de uma função num ponto.
Interpretação geométrica
 Derivabilidade e continuidade
 Função derivada
 Regras de derivação
 Aplicações da derivada de uma
função
 Estudo de funções
 Problemas de otimização
O aluno:
 Calcula a taxa média de variação de uma função num intervalo e interpreta o seu
valor no contexto da situação.
 Compreende a noção de rapidez média no contexto da Física.
 Compreende o conceito de derivada num ponto e efetua a interpretação
geométrica do seu valor.
 Reconhece que nem sempre existe derivada de uma função num ponto do seu
domínio.
 Define e estuda a função derivada.
 Aplica as regras de derivação.
 Efetua o estudo completo de uma função atendendo à primeira e segundas
derivadas.
 Resolve problemas de otimização.
 Utilizar exemplos concretos de outras
disciplinas, realização de atividades comuns
ou a lecionação de algum aspeto numa dessas
disciplinas para posterior aprofundamento na
disciplina de Economia e Métodos
Quantitativos.
 Integração do estudo do Cálculo Diferencial
num contexto histórico.
 Estudo completo e rigoroso de funções.
 Resolver problemas de otimização aplicando
os conceitos do cálculo diferencial.
[32]
Unidade Temática 8: Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica
Com a abordagem da Unidade Temática 8 – Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica – pretende-se que os alunos percebam que o
fenómeno do crescimento económico teve como ponto de partida a Revolução Industrial, provocando alterações profundas nas economias mundiais, tendo
conduzido a alterações significativas e sucessivas nos domínios económico e social em algumas economias. Mas se os modelos de crescimento económico adotados
têm permitido uma melhoria nas condições de vida e contribuído para o aumento populacional, também são objeto de crítica pelos elevados custos que colocam à
ecologia. Finalmente, pretende-se que os alunos reflitam sobre os aspetos mais relevantes da economia mundial e sobre alguns problemas da atualidade na
perspetiva dos Direitos Humanos.
Questão orientadora: Como se obtém crescimento e desenvolvimento económico sustentável?
Objetivos:

Reconhecer o papel do Estado na Economia através das políticas económicas e sociais;

Compreender os conceitos de crescimento económico e de desenvolvimento;

Compreender o processo de crescimento económico moderno das economias desenvolvidas;

Conhecer as desigualdades de desenvolvimento das economias atuais;

Compreender as repercussões do crescimento económico nas estruturas demográficas;

Conhecer problemas económicos resultantes das estruturas demográficas de países em diferentes estágios de desenvolvimento.
Subtema 1 – Políticas Económicas e Sociais do Estado
Conteúdos





Política económica
Políticas conjunturais
Políticas estruturais
Políticas económicas e sociais
Proteção Social
Metas de aprendizagem
Atividades práticas
O aluno:
 Identifica as políticas económicas e sociais como instrumento de
intervenção do Estado na Economia a nível social e económico.
 Apresenta os objetivos das políticas económicas e sociais do Estado.
 Explica em que consiste a política económica do Estado.
 Distingue políticas conjunturais de políticas estruturais.
 Refere instrumentos de política económica utilizados por cada uma
das políticas.
 Refere medidas das políticas sociais (saúde e segurança social).
 Explica as diferentes formas de redistribuição de rendimentos
conduzidas pelo Estado.
 Reconhece o papel do Estado enquanto produtor de bens e serviços.
 Através de exemplos reais do dia a dia dos alunos ou de
informações recolhidas dos meios de comunicação social, os
alunos poderão reconhecer a diversidade das políticas
económicas e sociais do estado, bem como os objetivos das
mesmas.
 Poder-se-á, recorrendo a um jogo fictício, simular a discussão e
a aprovação de um Orçamento de Estado, em Timor, em que os
diferentes grupos de alunos poderão representar os papéis de
membros do governo, membros dos diferentes partidos e de
presidente da Assembleia. O objetivo é que os alunos reflitam e
ponderem sobre as medidas apropriadas a adotar.
 Através da discussão os alunos poderão analisar, criticar e
justificar as políticas seguidas, tendo como referência as
despesas e as receitas que deverão constar do seu orçamento.
[33]
Subtema 2 – Crescimento e Desenvolvimento
Conteúdos






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







Crescimento Económico
Desenvolvimento e
Subdesenvolvimento
Países desenvolvidos e em
desenvolvimento
Indicadores de desenvolvimento
simples e compostos
Fontes de crescimento económico
Aumento da dimensão dos
mercados interno e externo
Investimento em capital físico e
humano
Progresso técnico
Características do crescimento
económico moderno
Estrutura da atividade económica
Organização económica das
sociedades desenvolvidas
Nível de vida
Ciclo económico
Fases do ciclo económico
Pobreza absoluta e relativa
Metas de aprendizagem
Atividades práticas
O aluno:
 Distingue crescimento económico de desenvolvimento.
 Situa os fenómenos do crescimento económico e do desenvolvimento no
contexto da Revolução Industrial e da sua evolução.
 Reconhece os indicadores como instrumentos de medida do desenvolvimento.
 Distingue indicadores simples de indicadores compostos.
 Interpreta indicadores de desenvolvimento.
 Refere limitações dos indicadores como medida do desenvolvimento.
 Constata o crescimento económico nos últimos dois séculos.
 Caracteriza as economias desenvolvidas e as subdesenvolvidas através da análise
de indicadores.
 Explica as fontes de crescimento económico e a importância do capital humano
como fator de crescimento económico.
 Relaciona a terciarização da economia com a evolução da estrutura setorial da
produção.
 Relaciona o crescimento económico moderno com as alterações ocorridas na
organização económica das sociedades desenvolvidas.
 Explica o papel do Estado e das pequenas e médias empresas (PME) no quadro
da nova organização económica.
 Explica a importância do consumo privado enquanto indicador do nível de vida.
 Relaciona o aumento sustentado do nível de vida com o crescimento económico
moderno.
 Verifica a evolução temporal desigual da atividade económica.
 Caracteriza as fases dos ciclos económicos.
 Justifica situações de crescimento económico sem desenvolvimento.
 Avalia as diversas situações de desenvolvimento em países desenvolvidos e em
países em desenvolvimento.
 Distingue pobreza absoluta de pobreza relativa.
 Solicita-se a organização de debates sobre
crescimento e desenvolvimento.
 Aconselha-se a análise e comentários de
textos, quadros e gráficos do manual escolar
ou que sejam objeto de recolha nos sites da
OCDE e da ONU.
 Realização de um trabalho de pesquisa sobre
a modificação do papel do Estado na
sociedade atual.
 Sugere-se a análise de documentos diversos
que permitam aos alunos a análise de fontes
de crescimento económico e as
características do crescimento económico
moderno.
 Mostrar, com exemplos da economia
Timorense concretos, a relação entre o
aumento da dimensão das empresas (fusões
e aquisições) com as economias de escala.
 Pedir aos alunos que procurem exemplos na
economia Timorense que relacionam a
importância da concorrência para a procura
contínua de inovação, com o objetivo de
aumentar a competitividade das empresas.
 Sugere-se que os alunos recorram a dados
estatísticos para verificar a existência de
várias fases nos ciclos de crescimento
económico, ao longo do tempo e para que
consigam perceber a existência de diversos
níveis de desenvolvimento entre os países.
[34]
Subtema 3 – O Desenvolvimento e a Utilização dos Recursos
Conteúdos
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
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
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
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
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

Crescimento demográfico
Transição demográfica
Estrutura demográfica
Explosão demográfica
Emigração
Imigração
Poluição atmosférica, das águas e
dos solos
Diminuição da base de recursos
disponíveis
Fontes de poluição
Alterações climáticas
Redução da biodiversidade
Externalidades
Bens públicos
Bens comuns
Direitos de propriedade
Leis ambientais
Princípio do poluidor-pagador
Impostos
Taxas
Investigação e Desenvolvimento
(I&D)
Metas de aprendizagem
Atividades práticas
O aluno:
 Relaciona a melhoria do nível de vida, associada ao progresso tecnológico, com o
crescimento da população.
 Explica em que consiste a transição demográfica.
 Conclui sobre a existência de estruturas demográficas diferentes consoante o
nível de desenvolvimento dos países.
 Justifica a persistência dos movimentos migratórios internacionais.
 Explica consequências dos fluxos migratórios internacionais.
 Explica como a disponibilidade de recursos humanos é fator de crescimento.
 Problematiza custos e benefícios da integração dos trabalhadores estrangeiros, a
curto e a longo prazo.
 Refere consequências ecológicas do crescimento económico moderno e da
utilização indiscriminada de recursos.
 Distingue fontes diferentes de poluição.
 Problematiza os padrões culturais e os estilos de vida como fontes de
degradação ambiental.
 Refere consequências para o desenvolvimento provocadas pela degradação
ambiental.
 Identifica conceitos económicos relacionados com problemas ambientais.
 Define externalidades, bens públicos e bens comuns.
 Explica em que consistem os direitos de propriedade.
 Problematiza formas de intervenção do Estado e de organizações supranacionais
na resolução de problemas ambientais.
 Problematiza o papel do saber e da inovação tecnológica na atenuação dos
problemas ecológicos.
 Construir um dossier temático onde sejam
selecionados países em diferentes estágios de
desenvolvimento e consultar dados
estatísticos de organizações internacionais
que permitam verificar a evolução
quantitativa e qualitativa da população, a
diversidade de estruturas demográficas, bem
como a direção e o volume dos fluxos
migratórios atuais.
 Recolher informação nos meios de
comunicação social sobre dois países que
estabeleçam fluxos migratórios entre eles
para que os alunos percebam e equacionem
os problemas económicos e demográficos
que esses países enfrentam, sejam verificados
custos e benefícios da integração dos
trabalhadores estrangeiros e equacionem
razões e custos humanos dos movimentos
clandestinos de trabalhadores.
 Sugere-se que os alunos selecionem um
problema económico, de preferência da sua
região de residência, resultante do
crescimento económico, problematizem esse
disfuncionamento da atividade económica e
que debatam em turma soluções possíveis
para a resolução desse problema.
[35]
Unidade Temática 9: O Contexto Internacional da Economia
Com a abordagem da Unidade Temática 9 – O Contexto Internacional da Economia – pretende-se que os alunos percebam que no mundo atual, fatores como a
inovação tecnológica e a ação das empresas transnacionais têm levado a que as relações económicas se desenrolem cada vez mais a uma escala planetária –
mundialização económica – e a que os espaços nacionais estejam mais interdependentes, não só ao nível económico e financeiro, como também aos níveis político,
social e cultural, naquilo que se designa por globalização. Todavia, novos desafios e cenários emergem no contexto da globalização que serão determinantes para o
futuro das Economias Mundiais onde será necessário saber dar a melhor resposta aos mesmos, bem como preparar da melhor forma esse mesmo futuro.
Questão orientadora: Qual o contributo das relações internacionais no fomento do crescimento?
Objetivos:

Compreender os fatores (tecnológicos, económicos e políticos) que estiveram na base da crescente mundialização e da globalização atuais;

Compreender a globalização do mundo atual;

Conhecer os desafios que se colocam aos países em desenvolvimento decorrentes da globalização;

Conhecer a regionalização económica mundial (blocos económicos regionais);

Reconhecer o papel da tecnologia e do desenvolvimento tecnológico no desenvolvimento das sociedades;

Identificar os cenários de futuro no campo económico e social.
Subtema 1 – A Globalização e a Regionalização Económica do Mundo
Conteúdos




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





Mundialização económica
Vantagens comparativas
Divisão Internacional do Trabalho
Inovação Tecnológica
Empresas multinacionais e
transnacionais
Mundialização e Globalização
Fluxos de capitais
Sociedade da informação e do
conhecimento
Economia digital
Mercados e produtos globais
Deslocalização empresarial
Metas de aprendizagem
O aluno:
 Explica o conceito de mundialização económica, referindo as suas etapas
históricas.
 Confronta a internacionalização das trocas com a especialização dos países
segundo as suas vantagens comparativas.
 Relaciona a inovação tecnológica com o desenvolvimento das trocas.
 Compreende o papel das inovações tecnológicas, e o das empresas
multinacionais na aceleração da mundialização.
 Distingue empresas multinacionais de empresas transnacionais.
 Compara os conceitos de mundialização e de globalização.
 Explica em que consiste a mundialização das trocas de bens e serviços.
 Explica a evolução quantitativa e qualitativa das trocas de bens e serviços e de
fluxos de capitais a nível mundial.
[36]
Atividades práticas
 Poderão recorrer a textos autorais para
conhecer a evolução histórica do processo de
mundialização económica, desde os
Descobrimentos até à atualidade.
 Ao explicar a evolução os alunos devem ser
consciencializados para os fatores que
estiveram na sua base, nomeadamente a
inovação tecnológica que permitiu o
desenvolvimento dos meios de transporte e a
melhoria dos processos de fabrico, que
também possibilitaram o aumento da
produtividade das empresas.
 Sugere-se o recurso a informações sobre a


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
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
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





Pequenas e médias empresas
(PME)
Difusão cultural
Aculturação
Polarização das trocas mundiais
Degradação dos termos de troca
Dívida externa
Serviço da dívida
Áreas económicas
Barreiras não tarifárias
Regionalização económica
Desenvolvimento económico
Novas formas de organização
económica internacional
Futuros centros da economia
mundial
Desenvolvimento de fluxos

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
Distingue os diferentes fluxos de capital de curto e de longo prazo.
Caracteriza os diferentes tipos de migração a nível mundial.
Explica a evolução quantitativa e qualitativa dos fluxos de pessoas mundial.
Caracteriza a sociedade do conhecimento.
Relaciona a mundialização atual com a globalização dos mercados.
Identifica aspetos positivos e negativos da deslocalização de empresas e explica
o papel das PME.
Refere fatores que estão na base da globalização do sistema financeiro.
Explica o papel da aculturação na globalização económica.
Compreende a polarização das trocas mundiais.
Justifica a necessidade de financiamento dos países em desenvolvimento e
explica as causas do sobre endividamento dos mesmos.
Distingue diferentes formas de integração económica.
Problematiza a necessidade de regulamentação da economia mundial.
Refere formas de intervenção dos Estados nacionais na regulamentação da
economia mundial, justificando a existência de barreiras não tarifárias.
Relaciona a polarização das trocas com a formação de áreas económicas, dando
exemplos concretos de organizações de integração económica em diferentes
áreas geográficas.
Explica o papel das novas tecnologias e da Investigação e Desenvolvimento (I&D)
como fatores de desenvolvimento económico.
Analisa o contributo das novas tecnologias nas alterações de estrutura
económica e nas práticas sociais.
Refere o papel das novas tecnologias enquanto redutor das distâncias, fator de
modernização dos transportes e contribuinte para as mobilidades populacionais.
Explica o impacto das novas tecnologias sobre o ambiente.
Identifica os futuros centros da economia mundial.
Refere cenários de futuro respeitantes às alterações a nível da produção.
Explica os cenários de futuro no desenvolvimento de fluxos a nível internacional.




realidade mundial e Timorense para
identificar as transformações que as
inovações tecnológicas e a ação das empresas
provocaram na economia mundial no pós 2ª
Guerra Mundial.
Recorrendo a dados estatísticos sobre o
comércio internacional, poderá ser
constatada a aceleração das trocas a nível
mundial chamando a atenção dos alunos para
outros fatores que aceleraram a
mundialização da economia, tais como as
tentativas de liberalização das trocas
mundiais e a criação de espaços integrados a
nível regional.
Aconselha-se a construção de um dossier
temático onde os alunos poderão consultar
dados estatísticos de organizações
internacionais que permitam caracterizar as
economias desenvolvidas e em
desenvolvimento, verificando-se a evolução
das trocas de bens e serviços e a sua
distribuição geográfica, bem como a
composição de fluxos de capitais e
correspondente distribuição geográfica.
Os alunos devem consultar informações
publicadas nos jornais sobre as bolsas e a
moeda, com o objetivo de perceberem a
interligação existente entre os diferentes
mercados.
Recorrendo a dados estatísticos
disponibilizados devem ser retiradas ilações
sobre o aumento ou diminuição da dívida
pública e do recurso a capital externo por
parte de alguns países incluindo Timor. As
conclusões devem ser discutidas em turma.
[37]
ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS | 12.º ANO
7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
As metodologias de ensino que se preconizam para o desenvolvimento do Plano Curricular na
disciplina de Economia e Métodos Quantitativos deverão ser coerentes com as metas de
aprendizagem que se pretende que os alunos atinjam. Nesse sentido, propõe-se uma
metodologia que permita que os conceitos sejam construídos a partir da experiência de cada
aluno, da análise de textos pertinentes e contextualizados.
O professor deve propor aos alunos a realização de diferentes tipos de tarefas, dando-lhes
indicações claras em relação ao que espera da atividade a desenvolver e apoiando-os na sua
realização.
O desenvolvimento dos vários conteúdos deve permitir que se estabeleçam ligações entre as
várias unidades temáticas da disciplina. Neste sentido, devem ser propostas atividades
diversificadas tendo em vista o desenvolvimento das competências definidas e estimular o
espírito crítico e a capacidade de argumentação.
O aluno deve ser solicitado a interpretar informação e a justificar processos de resolução de
problemas.
8. RECURSOS DIDÁTICOS
Seria desejável que estivessem disponíveis computadores em todas as escolas para trabalho
relativo às aulas de Economia e Métodos Quantitativos. Entretanto considera-se desde já
possível e recomendável:
a) Calculadoras científicas;
b) Acesso a uma biblioteca escolar;
c) Jornais para consulta por parte de professores e alunos.
Os manuais escolares e outros materiais escritos, como as fichas de trabalho preparadas pelo
professor, são também um recurso de aprendizagem importante que serve de referência para
o aluno. Ao nível do material de uso quotidiano, é importante o uso regular e organizado do
caderno diário, quadro, giz, outros textos policopiados de diferentes origens, fichas de
trabalho, fichas informativas e/ou de sistematização das aprendizagens realizadas.
9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS
A avaliação deverá ser coerente e estar em acordo com os objetivos e competências a
desenvolver. Ou seja, terá que estar integrada no processo de ensino aprendizagem e incidir,
não só sobre os conhecimentos que os alunos adquirem, mas também sobre as competências
e as capacidades que desenvolvem, as atitudes e valores que demonstram.
O professor deve incluir na sua avaliação, questões ou provas de estilo semelhante às provas
de exame. O aluno deve estar permanentemente informado do seu desenvolvimento e
reforçar uma atitude consciente e autónoma relativamente à sua própria aprendizagem. Além
disso, deve ser capaz de sentir que a preparação para os exames é adquirida trabalhando com
regularidade e sistematicamente.
[38]
10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA
ALPHA, C. Matemática para economistas. McGraw-Hill (1967) (1974). Pearson (1982).
AMARAL, F. et al (2002). Introdução à Macroeconomia. Lisboa: Escolar Editora.
AMARAL, F. (1996). Política Económica. Lisboa: Edições Cosmos.
ANDRADE, J. (1998). Introdução à Economia. Coimbra: Minerva.
CARAÇA, B. J. (1958). Conceitos fundamentais da Matemática. Lisboa: Sá da Costa.
DAVIS, P., & HERSH, R. (1995). A experiência matemática. Lisboa: Gradiva.
DE SOUSA, A. (1988). Análise Económica (2ª Edição). Lisboa: Faculdade de Economia da Universidade
Nova de Lisboa.
DORNBUSCH, R., FISHER, S., & STARTZ, R. (1998). Macroeconomia. Lisboa: McGraw-Hill.
FRANK, R., & BERNANKE, B. (2003). Princípios de Economia. Lisboa: McGraw-Hill.
GUELLEC, D., & RALLE, P. (2001). As novas teorias do crescimento. Barcelos: Editora Civilização.
MURTEIRA, M. (1993). A Economia em Vinte e Quatro Lições. Lisboa: Editorial Presença.
MURTEIRA, M. (1995). O que é a economia mundial. Lisboa: Difusão Cultural.
NCTM. (2007). Princípios e Normas para a Matemática Escolar. Lisboa: APM.
NEVES, J. L. C. (2004). Introdução à Economia (7ª Edição). Lisboa: Verbo.
PÓLYA, G. (2003). Como resolver problemas. Lisboa: Gradiva.
ROSSETTI, J. P. (2000). Introdução à Economia. S. Paulo: Editora Atlas SA.
SAMUELSON, P., & NORDHAUS, W. (2005). Macroeconomia (18ª Edição). Madrid: McGraw-Hill.
[39]
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