PROGRAMA ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 10.º, 11.º e 12.º ANOS DE ESCOLARIDADE República Democrática de Timor-Leste Ministério da Educação [1] PROGRAMA ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 10.º 11.º e 12.º ano de escolaridade Título: Economia e Métodos Quantitativos Ano de Escolaridade: 10.º, 11.º e 12.º Anos Autores: Carlos Pinho Mara Madaleno Pedro Almeida Clara Bola Coordenadores de disciplina: Carlos Pinho Teresa Neto Consultores científicos: Joaquim da Costa Leite João Pedro da Ponte Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplina: Este Programa foi elaborado com a colaboração de Equipas Técnicas Timorenses da Disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste Design e Paginação: Esfera Crítica Unipessoal, Lda. Conceção e elaboração: Universidade de Aveiro Coordenação geral do Projeto: Isabel P. Martins Ângelo Ferreira Projeto - Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa [2] ÍNDICE PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 1. VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA O CICLO DE ESTUDOS ................................................................................................................................................. 4 2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS ................................................................................... 6 2.1 COMPETÊNCIAS GERAIS TRANSVERSAIS ......................................................................................... 6 2.2 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS .......................................................................................................... 7 3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE ESTUDOS ........................................... 9 4. PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS – 10.º ANO DE ESCOLARIDADE .................. 12 4.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 12 4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .......................................................... 13 UNIDADE TEMÁTICA 1: A ECONOMIA E O PROBLEMA ECONÓMICO............................................................. 13 UNIDADE TEMÁTICA 2: ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS (PARTE I)................................................ 14 UNIDADE TEMÁTICA 3: ASPETOS FUNDAMENTAIS DA ATIVIDADE ECONÓMICA .............................................. 15 5. PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS – 11.º ANO DE ESCOLARIDADE .................. 19 5.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 19 5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .......................................................... 20 UNIDADE TEMÁTICA 4: GRANDEZAS NACIONAIS E INDICADORES ECONÓMICOS ............................................. 20 UNIDADE TEMÁTICA 5: ASPETOS MONETÁRIOS E FINANCEIROS DA ECONOMIA ............................................. 26 UNIDADE TEMÁTICA 6: ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS (PARTE II)............................................... 28 6. PROGRAMA DE ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS – 12.º ANO DE ESCOLARIDADE .................. 30 6.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 30 6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .......................................................... 31 UNIDADE TEMÁTICA 7: MODELAÇÃO MATEMÁTICA ................................................................................ 31 UNIDADE TEMÁTICA 8: CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E FLUTUAÇÕES DA ATIVIDADE ECONÓMICA ............ 33 UNIDADE TEMÁTICA 9: O CONTEXTO INTERNACIONAL DA ECONOMIA ......................................................... 36 7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................................................................... 38 8. RECURSOS DIDÁTICOS ............................................................................................................................ 38 9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS ......................................................................................................... 38 10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA ............................................................................................................. 39 [3] PROGRAMA DA DISCIPLINA ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 1. VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE ECONOMIA QUANTITATIVOS PARA O CICLO DE ESTUDOS E MÉTODOS O estudo da Economia e de Métodos Quantitativos é hoje uma parte fundamental da formação geral e científica dos cidadãos. Permite o entendimento da dimensão económica da realidade social, bem como a compreensão e sistematização da terminologia económica. A decisão desta disciplina na área de “Ciências Sociais e Humanidades” do Plano Curricular do Ensino Secundário Geral teve por base as seguintes premissas: (i) A compreensão da realidade económica e social é uma componente fulcral no entendimento das alterações processadas nas economias modernas; (ii) Muita da informação da área das Ciências Sociais e Humanidades é dada de forma numérica sendo, portanto, necessário conhecimento sobre Métodos Quantitativos; (iii) A elevada exigência no atual mercado de trabalho de indivíduos com competências também na área de métodos quantitativos é um dado aceite em sociedade. Esta disciplina tem uma duração trienal (10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade), organizada em 4 tempos letivos semanais para cada um destes anos. O objetivo central da disciplina de Economia e Métodos Quantitativos é promover nos indíviduos um pensamento organizado e lógico que permita construir interpretações adequadas, em particular no domínio económico, com vista à sua intervenção num quadro social onde parte das decisões e implicações são de natureza económica. Tendo por base o desenvolvimento de um pensamento crítico perante a realidade, fomentando uma consciência responsável de relações que um indivíduo estabelece na sociedade em que se insere, esta disciplina é fundamental no currículo da área de Ciências Sociais e Humanidades. A disciplina de Economia e Métodos Quantitativos centra-se no desenvolvimento de competências em torno dos processos e mecanismos fundamentais da atividade económica, da análise dos instrumentos de política económica e do estudo da economia timorense e do seu contexto internacional. O desenvolvimento dos conteúdos enunciados será acompanhado da análise de um conjunto de conceitos fundamentais para a sua compreensão no domínio do cálculo, da modelação matemática e da organização e tratamento de dados. [4] O esquema da figura 1 resume a conceptualização global do programa de Economia e Métodos Quantitativos. Unidade Temática 2 Temática Unidade 1 A Economia e o Problema Económico Qual é o objeto de estudo da economia? Organização e tratamento de dados (Parte I) Como organizar e tratar dados em contexto económico? Unidade Temática 3 Aspetos Fundamentais da Atividade Económica Cálculo numérico e algébrico Quais são os mecanismos fundamentais da economia? Unidade Temática 4 Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos Como interpretar os grandes agregados económicos? Qual o papel do Estado na economia? Unidade Temática 5 Aspetos Monetários e Financeiros na Economia Qual o papel da moeda na economia? Unidade Temática 6 Organização e tratamento de dados (Parte II) Como recolher, organizar e analisar dados, de forma a tomar decisões fundamentadas em situações do dia a dia? Unidade Temática 7 Modelação Matemática Como se estabelecem relações quantitativas, recorrendo a modelos matemáticos? Unidade Temática 8 Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica Como se obtém crescimento e desenvolvimento económico sustentável? Unidade Temática 9 O Contexto Internacional da Economia Qual o contributo das relações internacionais no fomento do crescimento? Figura 1 – Esquema conceptual e questões orientadoras do programa de Economia e Métodos Quantitativos. [5] Em seguida apresentam-se algumas finalidades da disciplina para os três anos: Perspetivar e compreender a Economia no conjunto das Ciências Sociais; Desenvolver conceitos básicos da Ciência Económica e de Métodos Quantitativos; Utilizar a Economia e Métodos Quantitativos como instrumento de interpretação e intervenção em situações reais; Desenvolver a capacidade de formular, modelar e resolver problemas no âmbito da Economia, possibilitando a compreensão de factos de natureza económica, integrando-os num contexto social mais amplo; Aprofundar capacidades de intervenção social baseadas na compreensão de sistemas, métodos e processos de decisão, com especial ênfase na Economia; Promover o rigor científico e o desenvolvimento do raciocínio, do espírito crítico e da capacidade de intervenção, especialmente na resolução de problemas; Contribuir para a formação do indivíduo, educando para a cidadania, para a mudança e para o desenvolvimento. 2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS A disciplina de Economia e Métodos Quantitativos é uma disciplina estruturante do Curso de Ciências Sociais e Humanidades e nela pretende-se que os alunos desenvolvam competências gerais transversais que os ajudem a ser cidadãos ativos na sociedade timorense e lhes proporcionem as bases necessárias para a continuação de estudos no ensino superior. Considerando que muita da informação da área das Ciências Sociais e Humanidades é dada de forma numérica, torna-se necessário também o conhecimento sobre Métodos Quantitativos, um domínio disciplinar que lida com objetos mensuráveis, em combinação com Economia. 2.1 Competências gerais transversais A disciplina de Economia e Métodos Quantitativos deve contribuir para que os alunos desenvolvam as seguintes competências gerais transversais: Ao nível das atitudes e valores Autoconfiança Exprimir e fundamentar as suas opiniões; Revelar espírito crítico e de rigor; Abordar as novas situações com iniciativa e criatividade; Saber procurar a informação que necessita; Contactar a um nível apropriado, com as ideias, e os métodos fundamentais da disciplina e apreciar o seu valor e natureza. [6] Hábitos de trabalho Elaborar e apresentar os seus trabalhos de forma cuidada e organizada; Manifestar persistência na procura de soluções para novas situações; Manifestar gosto e confiança pessoal em realizar atividades intelectuais que envolvam raciocínio, resolução de problemas, comunicação e argumentação. Interesses culturais Manifestar vontade de aprender e gosto pela pesquisa; Compreender que a educação matemática e económica reveste-se de natureza cultural, associada a uma significativa herança cultural da humanidade e a um modo de pensar e de aceder ao conhecimento. Ao nível das capacidades e aptidões, importa: Analisar situações da vida real, identificando modelos económicos que facilitem e promovam a interpretação e resolução dessas situações; Relacionar fatores de natureza económica, integrando-os na sua realidade social; Articular conhecimentos sobre a realidade social; Integrar os factos económicos no contexto social mais amplo em que têm origem; Adquirir conceitos científicos e utiliza-los na análise da realidade social; Compreender a importância da dimensão económica na realidade social; Avaliar o papel dos agentes económicos e da importância das políticas económicas e sociais para a consecução dos objetivos macro e micro económicos; Desenvolver a capacidade de intervenção construtiva num mundo cada vez mais global, mas onde as decisões a tomar são nacionais e de natureza ou com implicações económicas; Analisar situações da vida real, identificando modelos matemáticos que permitam a sua interpretação e resolução. 2.2 Competências específicas A concretização do programa da disciplina de Economia e Métodos Quantitativos, através da abordagem dos conteúdos definidos, visa permitir que, nas situações de aprendizagem que vão ser promovidas, os alunos desenvolvam um conjunto diversificado de competências específicas que contemplem, de forma integrada, os domínios conceptual, procedimental e atitudinal. As competências específicas de natureza conceptual visam o conhecimento de factos, de hipóteses, de princípios e de teorias, bem como a terminologia e as convenções científicas. Visam, também, a compreensão de conceitos que permitem interpretar e explicar a informação em formatos diversos. Assim, constituem-se como competências específicas de natureza conceptual as que a seguir se indicam: Domínio dos conhecimentos analisados, nomeadamente no domínio dos termos e significados; Utilização dos conceitos económicos; Desenvolvimento da capacidade crítica fundamentada dos fenómenos económicos; Compreensão e relacionamento de conteúdos de áreas diferentes. [7] As competências específicas de natureza procedimental relacionam-se com a natureza do trabalho científico. Apresentam-se como exemplos: a observação e descrição de fenómenos; a recolha e interpretação de dados; o conhecimento de técnicas de trabalho; e a manipulação de dispositivos. As competências de natureza procedimental relacionam-se, também, com a planificação, a execução e a avaliação de percursos investigativos simples. Constituem-se como competências específicas de natureza procedimental as que a seguir se indicam: Aplicação de técnicas de organização, tratamento de dados, inferência estatística e de modelação matemática no domínio da economia; Recolha de dados (informação) a fim de os organizar, apresentar, interpretar e inferir a partir deles; Utilização de técnicas de representação da realidade como esquemas síntese, quadros de dados e gráficos; Organização, sistematização e apresentação da informação de forma coerente. As competências específicas de natureza atitudinal visam o desenvolvimento de atitudes face aos conhecimentos e às implicações que daí decorrem para a forma como cada aluno perspetiva a sua própria vida e a dos outros. Constituem-se, entre outras, como competências específicas de natureza atitudinal as que a seguir se indicam: Revela iniciativa na tomada de decisões; Demonstra sentido de responsabilidade e sentido crítico em trabalhos de grupo e em discussões; Problematiza conceitos económicos diversos; Demonstra empenho e perseverança na concretização das tarefas. [8] 3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE ESTUDOS Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos estão definidos de acordo com as suas finalidades e objetivos, tendo em atenção os contextos sócio-culturais de TimorLeste e as características dos alunos a que se destina. O programa relativo aos três anos desenvolve-se em nove unidades temáticas, apresentadas no esquema seguinte, a serem trabalhadas de forma sequencial de acordo com uma planificação adequada das atividades educativas que não prejudique a abordagem de cada um dos subtemas. 10.º ano Unidade Temática 1 Unidade Temática 2 Unidade Temática 3 A Economia e o Problema Económico Organização e tratamento de Dados (Parte I) Aspetos Fundamentais da Atividade Económica O objeto de estudo da economia Cálculo numérico e algébrico Noções básicas de estatística Organização e representação de dados Estudo de funções na análise económica Consumo e Satisfação das Necessidades Produção de Bens e Serviços e Fatores de Produção Oferta e Procura - Mercados 11.º ano Unidade Temática 4 Unidade Temática 5 Unidade Temática 6 Grandezas Nacionais e Indicadores económicos Aspetos Monetários e financeiros da Economia Organização e Tratamento de Dados (Parte II) Repartição dos Rendimentos Poupança e Investimento Os agentes económicos e os circuitos económicos Contabilização do Rendimento Nacional A intervenção do Estado na economia Comércio, Moeda e Inflação Mercados Financeiros Organização, representação e análise de dados: medidas de dispersão; dados bidimensionais Probabilidades 12.º ano Unidade Temática 7 Unidade Temática 8 Unidade Temática 9 Modelação Matemática Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica O Contexto Internacional da Economia Função exponencial e função logarítmica Cálculo diferencial Politicas Económicas e Sociais Crescimento e desenvolvimento Modelos de crescimento Globalização e Regionalização Económica Figura 2 – Esquema conceptual do programa de Economia e Métodos Quantitativos. [9] De seguida é apresentada uma breve descrição de cada uma das Unidades Temáticas, por ano de escolaridade. No primeiro ano do programa curricular (10.º ano) pretende-se: Unidade Temática 1 - A Economia e o Problema Económico Compreender o objeto de estudo da Ciência Económica e o papel desempenhado pelos agentes económicos, bem como a dimensão económica dos fenómenos sociais. Unidade Temática 2 – Organização e Tratamento de Dados (Parte I) Desenvolver alguns tópicos de cálculo numérico e algébrico, nomeadamente operações com frações, resolução de equações do 1.º grau e de sistemas de equações do 1.º grau com duas incógnitas. A resolução de problemas de proporcionalidade, em contexto económico, terá uma atenção especial. Familiarizar os alunos com a leitura e interpretação da informação transmitida através de tabelas e gráficos; fornecer aos alunos instrumentos adequados para selecionar, tratar e interpretar a informação de uma distribuição de dados para que, desta forma, possam tomar decisões adequadas baseadas numa análise crítica e consciente do processo de matematização das situações. Unidade Temática 3 – Aspetos Fundamentais da Atividade Económica Incidir sobre aspetos essenciais para a compreensão da atividade económica das sociedades, fornecendo um conjunto de instrumentos de análise económica fundamental para entender a realidade económica. Pretende-se que os alunos compreendam a necessidade de produção de bens e de serviços, sem esquecer que o ato de compra exige o estabelecimento de preços que dependem, em parte, do funcionamento dos mercados. Na apresentação de exemplos de aplicação pretende-se que os alunos se familiarizem, com resoluções em termos de planeamento, relacionadas com a minimização de custos, a racionalização de consumos, ou a maximização de lucros. Analisar funções de uma variável, investigando o comportamento local e geral. Comparar as propriedades de classes de funções, como as polinomiais, exponenciais e racionais. No segundo ano do programa curricular (11.º ano) pretende-se: Unidade Temática 4 - Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos Estudar o funcionamento da atividade económica através das relações que se estabelecem entre os agentes económicos, tendo em vista a sua quantificação. Analisar a importância do Estado nas sociedades atuais, que para além de garantir a ordem, a justiça e a defesa dos cidadãos, desempenha outros papéis a nível económico e social, nomeadamente na produção de bens e serviços, na distribuição dos rendimentos e na regulação dos mercados. Unidade Temática 5 - Aspetos Monetários e Financeiros da Economia Estudar o papel que a moeda e o sistema financeiro têm vindo a desempenhar ao longo do tempo. [10] Explorar as funções da moeda e a sua evolução, refletindo a evolução tecnológica dos meios de pagamento e aumentando a sua desmaterialização. Analisar as componentes dos preços dos bens, bem como o fenómeno da inflação, estudando a sua evolução através do cálculo dos índices de preços no consumidor e da taxa de inflação. Unidade Temática 6 - Organização e Tratamento de Dados (Parte II) Formular questões, preferencialmente no contexto de Economia, que possam ser abordadas através da recolha, organização e análise de dados relevantes que permitam responder a essas questões. Selecionar e usar métodos estatísticos adequados à análise de dados. Compreender e aplicar conceitos básicos de probabilidades, fornecendo conceitos e métodos para estudar casos de incerteza e para interpretar previsões baseadas na incerteza. Este estudo, que pode ser em grande parte experimental, fornece uma base concetual que capacita o aluno para interpretar, de forma crítica, toda a comunicação que utiliza a linguagem das probabilidades, bem como a linguagem estatística. Os contextos implicados devem ser diversificados e significativos para os alunos. No terceiro ano do programa curricular (12.º ano) pretende-se: Unidade Temática 7 – Modelação Matemática Usar modelos matemáticos para representar e compreender relações quantitativas na análise de situações económicas e resolver problemas de otimização, como por exemplo de controlo populacional ou do comportamento financeiro de uma conta bancária. Efetuar o estudo das propriedades gráficas e analíticas de funções reais de variável real, designadamente, das funções exponenciais e logarítmicas. Desenvolver o conceito de derivada de uma função. As derivadas desempenham um papel central em análise matemática ao serem usadas na otimização de soluções através da pesquisa de máximos e mínimos de uma função de variável real, com inúmeras aplicações nos mais diversos domínios. Saber utilizar corretamente as regras da derivação e por meio delas aprofundar o estudo das funções reais de variável real. Unidade Temática 8 - Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica Exploração das políticas económicas e sociais do Estado e estudar o crescimento económico, que constitui um meio importante para o desenvolvimento. Será analisada a problemática das flutuações económicas e serão explicitados modelos de crescimento e desenvolvimento. Unidade Temática 9 - O Contexto Internacional da Economia Analisar as dinâmicas de integração das economias em diversos espaços, num contexto geral de globalização. Problematizar a atual situação do sistema mundo, nomeadamente no que se refere às consequências e aos desafios que a mundialização e a globalização colocam aos Estados nacionais, aos países desenvolvidos e em desenvolvimento, às organizações internacionais mundiais e regionais e às próprias empresas. Reconhecer a importância da difusão tecnológica neste processo de globalização, bem como identificar os novos desafios que se colocam, no futuro, nos domínios económicos e sociais. [11] PROGRAMA DA DISCIPLINA ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 10.º ANO 4.1 APRESENTAÇÃO Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos propostos para o 10.º ano de escolaridade estão organizados em três unidades temáticas que devem ser lecionadas de forma sequencial, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas anteriores, sempre que se considerar necessário. O programa do 10.º ano procura iniciar os alunos no estudo da Economia e promover o desenvolvimento de competências quantitativas. Para o 10.º Ano são propostas as seguintes unidades temáticas. Unidade Temática 1 A Economia e o Problema Económico Objeto da economia Unidade Temática 2 Organização e tratamento de dados Cálculo numérico e algébrico Análise de dados Unidade Temática 3 Aspetos Fundamentais da Atividade Económica Estudo de funções na análise económica Consumo e Satisfação das Necessidades Produção de Bens e Serviços e Fatores de Produção Oferta e Procura – Mercados [12] 4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada. Unidade Temática 1: A Economia e o Problema Económico Com a abordagem da Unidade Temática 1 – A Economia e o Problema Económico – pretende-se que os alunos situem a Ciência Económica no domínio dos fenómenos sociais, delimitando o seu objeto de estudo – a adequação de recursos escassos a necessidades ilimitadas. Questão orientadora: Qual o objeto de estudo da economia? Objetivos: Compreender o objeto da Ciência Económica; Conhecer o papel dos agentes económicos na atividade económica. Subtema 1 – Objeto de estudo da Economia Conteúdos Realidade Social Ciências Sociais Fenómenos Sociais Fenómenos Económicos Ciência Económica Objeto da Economia Problema Económico Escolha Custo de Oportunidade Agentes Económicos Atividade Económica Metas de aprendizagem O aluno: Identifica os fenómenos sociais como o objeto das Ciências Sociais. Reconhece a Economia como Ciência Social. Estabelece a relação entre as diferentes dimensões da realidade social e as diferentes Ciências Sociais. Define o objeto da economia. Explica em que consiste o problema económico. Explica as funções económicas desempenhadas pelos diferentes agentes económicos. [13] Atividades práticas Analisar e interpretar notícias veiculadas pelos meios de comunicação social que permitam reconhecer os fenómenos sociais e, a partir daí, distinguir os diferentes ângulos de visão da realidade social, em especial o da Economia. Identificar o problema económico a partir de exemplos concretos de recursos escassos. Identificar os principais agentes económicos recorrendo ao conhecimento do meio onde se inserem. Unidade Temática 2: Organização e Tratamento de Dados (Parte I) A unidade temática 2 – Organização e Tratamento de Dados (Parte I) – pretende familiarizar os alunos com a leitura e interpretação da informação transmitida através de tabelas e gráficos, fornecer instrumentos adequados para selecionar, tratar e interpretar a informação de uma distribuição de dados para que, desta forma, possam tomar decisões adequadas baseadas numa análise crítica e consciente do processo de matematização das situações. Inicialmente desenvolvem-se alguns tópicos do cálculo algébrico e numérico e considera-se o raciocínio proporcional como um aspeto fundamental desta unidade. Subtema 1 – Cálculo numérico e algébrico Conteúdos Operações com frações Equações do 1.º grau e 2.º grau Proporcionalidade e função linear A regra de três simples Resolução de problemas envolvendo percentagens Sistemas de duas equações Metas de aprendizagem O aluno: Realiza operações com frações. Resolve equações do 1.º grau e do 1.º grau. Identifica situações de proporcionalidade. Calcula e usa a regra de três simples e percentagens. Utiliza o raciocínio proporcional na resolução de problemas. Resolve sistemas de duas equações do 1.º grau a duas incógnitas. Resolve problemas que surgem em contexto económico. Atividades práticas Analisar e resolver situações, em contexto económico que envolvam, percentagens e que necessitem do raciocínio proporcional para a sua resolução. Propor a resolução de problemas que envolvam sistemas de duas equações. Resolver exercícios. Subtema 2 – Análise de Dados Conteúdos Dados quantitativos e qualitativos Dados univariados e bivariados Frequência absoluta e frequência relativa, simples e acumuladas Correspondência entre conjuntos de dados e suas representações gráficas (histogramas, diagramas de caule-efolhas, diagramas de extremos e quartis) Medidas de localização Metas de aprendizagem O aluno: Identifica dados quantitativos e qualitativos. Apresenta a distribuição de dados quantitativos univariados, descrevendo a sua forma, selecionando e calculando medidas que os definem. Seleciona, cria e usa as representações mais adequadas. Identifica, usa e interpreta medidas de localização. Analisa a correspondência entre conjuntos de dados e suas representações gráficas. [14] Atividades práticas Analisar informação baseada na organização da mesma em gráficos e tabelas. Formular questões que possam ser abordadas por meio de recolha e organização de dados relevantes. Interpretar dados organizados em tabelas e gráficos. Unidade Temática 3: Aspetos Fundamentais da Atividade Económica A abordagem da unidade temática 3 – Aspetos Fundamentais da Atividade Económica – tem como propósito a análise do fenómeno do consumo e da sua importância na atividade económica. Esta temática suscita diversas reflexões: O que é o consumo? Que fatores determinam o consumo? Como evolui o consumo? O que é uma sociedade de consumo? Deste modo, o fenómeno do consumo deve ser analisado nas suas dimensões sociais e económicas, não se podendo compreender sem o articular com a análise do comportamento dos consumidores. Com efeito, as escolhas dos consumidores podem ter consequências a diversos níveis, nomeadamente a nível económico e ambiental. Promovendo o desenvolvimento da capacidade de abstração e de representação de fenómenos reais, e dada a sua importância na análise económica, faz-se o estudo de funções (polinomiais, exponenciais e racionais). Subtema 1 – Estudo de funções na Análise Económica Conteúdos Metas de aprendizagem Leitura e interpretação de gráficos em contexto económico Conceito de função Forma de representar uma função (tabelas numéricas, gráficos e expressões algébricas) Generalidades sobre funções (zeros, sentido de variação e monotonia de uma função, sinal de uma função) Função polinomial Função exponencial Função racional O aluno: Interpreta um gráfico que traduz uma situação real. Utiliza várias formas para representar uma função. Analisa gráficos de funções reais, reconhecendo e atribuindo significado a: domínio, contradomínio, estudo da variação de sinal, intervalos de monotonia, continuidade, simetrias, paridade e pontos notáveis: zero(s), interseção com o eixo dos YY, extremos (relativos e absolutos). Identifica situações modeladas por diferentes funções (polinomial, exponencial e racional). Determina analiticamente o ponto de equilíbrio a partir da interseção de duas retas. Usa modelos matemáticos para representar e compreender relações quantitativas. [15] Atividades práticas Resolver problemas de modelação matemática. Analisar dados da economia nacional e conseguir retirar ilações a partir de gráficos ou de tabelas estatísticas. Resolver problemas de aplicação. Resolver exercícios. Subtema 2 – Consumo e Satisfação das Necessidades Conteúdos Necessidade Necessidades individuais e coletivas Necessidades primárias, secundárias e terciárias Consumo: Final e Intermédio; Público e Privado; Individual e Coletivo Estrutura do Consumo Lei de Engel Metas de aprendizagem O aluno: Explicita o conceito de necessidade. Caracteriza as necessidades. Classifica as necessidades. Distingue os diversos tipos de consumo. Explica o papel do consumidor na dinamização da atividade económica Identifica os fatores económicos de que depende o consumo – rendimento, preços e inovação tecnológica. Explicita a noção de estrutura do consumo. Enuncia a lei de Engel. [16] Atividades práticas Analisar a partir de uma lista de necessidades sentidas pelos alunos o conceito de necessidade, as suas características e a sua classificação. Elaborar um dossier, por turma, de recortes de artigos de imprensa relacionados com o tema. Analisar dados estatísticos, tendo em vista verificar: • a estrutura do consumo das famílias; • o peso de cada classe de despesas no consumo total; • os diferentes pesos de cada classe consoante os níveis de rendimento – lei de Engel. Subtema 3 – Produção de Bens e Serviços e Fatores de Produção Conteúdos Bens livres e bens económicos Produção Processo produtivo Setores de atividade económica Fatores de produção População Ativa e Desemprego Desenvolvimento tecnológico Riqueza e Capital Capital humano Substituibilidade dos fatores de produção Produtividade total, média e marginal Produtividade marginal do trabalho e do capital Lei dos rendimentos decrescentes Custos de produção: - Economias de escala - Deseconomias de escala Metas de aprendizagem O aluno: Distingue bens livres de bens económicos. Caracteriza os diferentes tipos de bens económicos. Define produção e caracteriza o processo produtivo. Caracteriza os setores de atividade económica. Define fator de produção. Classifica os factoes produtivos e os recursos naturais. Descreve a composição da população ativa. Calcula as taxas de atividade e de desemprego. Interpreta valores das taxas de atividade e de desemprego. Identifica custos e benefícios do desenvolvimento tecnológico. Refere as causas do desemprego e identifica os tipos de desemprego. Relaciona o desenvolvimento tecnológico com a terciarização da economia. Distingue a combinação dos fatores produtivos a curto prazo da de longo prazo. Calcula as produtividades médias dos fatores de produção e a produtividade total. Define produtividade marginal e calcula. Calcula os valores relativos à evolução da produção total e da produtividade marginal, em função das variações do fator trabalho. Enuncia a lei dos rendimentos decrescentes. Define os diferentes custos de produção e economias de escala. Indica os fatores que permitem as economias de escala. Indica os fatores que contribuem para as deseconomias de escala. [17] Atividades práticas Classificar os bens, a partir de uma lista elaborada pelos alunos. Analisar o processo produtivo de uma empresa, instalada no meio local, identificando: matérias-primas necessárias e sua proveniência; equipamento utilizado; número de postos de trabalho; clientes e fornecedores. Analisar possíveis causas do desemprego e identificar meios de combater o mesmo, quer a nível local quer a nível nacional. Elaborar hipóteses de alteração de dimensão/capacidade produtiva, tendo em vista a análise da evolução dos custos médios e marginais e a identificação de economias e deseconomias de escala. Subtema 4 – Oferta e Procura – Mercados Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas Mercado Procura individual Procura agregada Lei da procura Oferta individual Oferta agregada Lei da oferta Mercado de concorrência perfeita Preço de equilíbrio Quantidade de equilíbrio Mercados de concorrência imperfeita: - Monopólio - Oligopólio - Concorrência monopolística O aluno: Define o conceito económico de mercado. Diferencia procura individual de procura agregada. Relaciona procura e preço – lei da procura e representa graficamente a curva da procura. Indica as determinantes da procura. Relaciona as deslocações da curva da procura com as alterações nos seus determinantes. Diferencia oferta individual de oferta agregada. Relaciona oferta e preço – lei da oferta e representa graficamente a curva da oferta. Indica as determinantes da oferta. Relaciona as deslocações da curva da oferta com as alterações nos seus determinantes. Indica os pressupostos teóricos do modelo de concorrência perfeita. Interpreta o significado do ponto de equilíbrio. Identifica situações de excesso de procura e de excesso de oferta. Caracteriza os diferentes tipos de mercado. Representar graficamente curvas da procura e da oferta bem como as suas deslocações. Determinação do ponto de equilíbrio. Resolução de problemas. [18] ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS | 10.º ANO PROGRAMA DA DISCIPLINA ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 11.º ANO 5.1 APRESENTAÇÃO Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos propostos para o 11.º ano de escolaridade estão organizados em três unidades temáticas que devem ser lecionadas de forma sequencial, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas anteriores sempre que se considerar necessário. O programa do 11.º ano está estruturado visando a compreensão dos principais indicadores económicos nacionais e dos mecanismos de intervenção dos Estados nas economias. Procura-se ainda promover o desenvolvimento de competências quantitativas. Para o 11.º Ano são propostas as seguintes unidades temáticas. Unidade Temática 4 Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos Rendimentos e Repartição de Rendimentos. Poupança e Investimento. Os Agentes Económicos e o Circuito Económico. Contabilização do Rendimento Nacional. Relações Económicas com o Resto do Mundo. A Intervenção do Estado na Economia. Unidade Temática 5 Aspetos Monetários e Financeiros da Economia Moeda, Inflação e Mercados Financeiros. Unidade Temática 6 Organização e Tratamento de Dados (parte II) Organização, representação e análise de dados: Medidas de dispersão; Dados bidimensionais. Probabilidades. [19] 5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada. Unidade Temática 4: Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos Com a abordagem da Unidade Temática 4 – Grandezas Nacionais e Indicadores Económicos – pretende-se que os alunos analisem os mecanismos de formação e de repartição dos rendimentos, os objetivos e os meios de redistribuição desses rendimentos, assim como as causas da persistência de desigualdades na sua repartição. Os alunos devem compreender a forma como os agentes económicos distribuem esses mesmos rendimentos que recebem entre consumo e poupança. Será necessário que os alunos compreendam o funcionamento da atividade económica através das relações que se estabelecem entre os agentes económicos e que sejam capazes de construir um circuito económico. Assim, devem compreender que as unidades institucionais, residentes ou não residentes num país, estabelecem sistematicamente relações reais e monetárias entre elas. Conhecer esta teia de relações e quantificá-las é o objetivo da Contabilidade Nacional. Dada a crescente globalização, pretende-se que os alunos compreendam que, no mundo atual, as relações económicas que se estabelecem entre países são intensas e diversificadas dado que, cada vez mais, circulam bens, serviços, pessoas, capitais, informação, tecnologia, entre outros. Reconhecendo a existência de políticas monetárias, políticas comerciais e de políticas orçamentais, no final desta unidade temática pretende-se que os alunos compreendam a importância do Estado nas sociedades atuais e os efeitos da sua intervenção na economia. Questão orientadora: Como interpretar os grandes agregados económicos? Qual o papel do Estado na economia? Objetivos: Conhecer o processo de formação, repartição, redistribuição dos rendimentos; Analisar as desigualdades na repartição dos rendimentos; Compreender a importância da formação de capital na economia e as formas de financiamento da atividade económica; Conhecer os diferentes fluxos que se estabelecem entre os agentes económicos; Compreender a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos numa economia; Conhecer as diferentes perspetivas de cálculo do valor da produção; Analisar as limitações e insuficiências da Contabilidade Nacional; Compreender a importância das relações económicas internacionais; Compreender a forma de contabilização das relações económicas de um país com o Resto do Mundo; Reconhecer o papel do Estado na Economia. [20] Subtema 1 – Rendimentos e Repartição do Rendimento Conteúdos Formação dos rendimentos Repartição dos rendimentos Repartição funcional de rendimentos Rendimentos primários (salário, renda, juro e lucro) Repartição pessoal dos rendimentos Salário nominal e real Leque salarial Curva de Lorenz Rendimento per capita Redistribuição dos rendimentos Transferências sociais Quotizações sociais Impostos diretos Transferências externas Rendimento pessoal disponível Metas de aprendizagem Atividades práticas O aluno: Relaciona a atividade produtiva com a formação dos rendimentos. Explica o fenómeno da repartição dos rendimentos. Descreve o processo de repartição funcional dos rendimentos. Define salário. Caracteriza as formas de remuneração do capital. Distingue repartição pessoal de repartição funcional dos rendimentos. Verifica as desigualdades da repartição pessoal dos rendimentos. Justifica as desigualdades de salários. Distingue salário nominal de salário real. Explica o significado do leque salarial, como indicador da desigualdade de salários. Interpreta as curvas de Lorenz. Refere as limitações das curvas de Lorenz. Explica as limitações do rendimento per capita como indicador da repartição pessoal dos rendimentos. Explica em que consiste a redistribuição dos rendimentos. Dá exemplos de impostos diretos. Explica o papel do Estado na redistribuição dos rendimentos. Refere as componentes do rendimento pessoal disponível. Sugerir a revisão do tópico da produção lecionado no 10.º ano para que o aluno perceba que a produção gera rendimentos que são distribuídos pelos agentes económicos que contribuíram para a sua obtenção. Perceber que a repartição funcional dos rendimentos está relacionada com os fatores intervenientes na produção (trabalho e capital). Em grupo ou individualmente, os alunos devem recolher dados sobre a proveniência e os tipos de rendimento, com a ajuda do professor, para compreender a diferença entre repartição e redistribuição dos rendimentos, constatando as desigualdades salariais em função do sexo. Com base nesses mesmos dados poderão calcular o leque salarial e podem identificar o nível de concentração dos rendimentos. Ilustrando com exemplos fornecidos pelo professor, os alunos poderão identificar as componentes do rendimento pessoal disponível. Aconselha-se a consulta de artigos de imprensa ou dados estatísticos disponíveis na internet sobre a repartição dos rendimentos referentes à realidade de Timor e do Resto do Mundo. [21] Subtema 2 – Poupança e Investimento Conteúdos Poupança Entesouramento Depósitos Investimento Formação de capital Formação bruta de capital fixo (FBCF) Variação de existências Tipos de investimento (material, imaterial e financeiro) Inovação tecnológica Investigação e desenvolvimento (I&D) Capacidade de financiamento Necessidade de financiamento Financiamento interno Financiamento externo Crédito Taxa de juro Operações ativas e passivas Mercado de títulos Metas de aprendizagem O aluno: Refere a utilização dos rendimentos (o consumo e a poupança). Define poupança. Integra a variável tempo nas decisões sobre a utilização dos rendimentos. Identifica os destinos da poupança (entesouramento, depósitos e investimento). Define investimento. Distingue formação bruta de capital fixo de variação das existências. Explica a necessidade da formação de capital numa economia. Distingue os diversos tipos de investimento. Explica as funções do investimento na atividade económica. Justifica a importância do investimento em inovação tecnológica. Justifica a importância da I&D na atividade económica. Distingue financiamento interno de financiamento externo. Identifica as diferentes formas de financiamento externo (direto e indireto). Reconhece o crédito bancário como uma forma de financiamento externo indireto. Define crédito. Define taxa de juro. Indica as principais funções desempenhadas pelos bancos. Identifica as diferentes formas de crédito. Indica as funções do crédito. Relaciona o crédito com a criação de moeda. Relaciona as funções do crédito com o crescimento da economia. Define instituição financeira. Dá exemplos de outras instituições financeiras que concedem crédito. Reconhece o mercado de títulos como fonte de financiamento externo direto. [22] Atividades práticas Os alunos podem identificar as formas de utilização dos rendimentos no seu dia a dia, tomando consciência da importância da variável tempo nas suas decisões pois poupar é decidir não consumir neste período, deixando para o futuro. Procurando informação junto das empresas locais, os alunos podem, individualmente ou em grupo, fazer um levantamento dos diferentes tipos de investimento efetuado pelas mesmas (de substituição, expansão, inovação e aumento da capacidade produtiva), bem como da interligação destas funções. Sendo possível, seria ainda interessante tentarem perceber o que levou as empresas a investir dessa forma. Seria interessante relacionar a evolução do investimento das empresas com a inovação tecnológica verificada nas mesmas. Através de informações recolhidas em meios de comunicação social, poderão identificar diferentes tipos de instituições financeiras, tal como distinguir o financiamento interno do externo, e as diferentes formas deste último caso existam. Através de exemplos concretos, o professor deverá apresentar aos alunos os diferentes títulos financeiros que podem ser comercializados no mercado de títulos. Subtema 3 – Os Agentes Económicos e o Circuito Económico Conteúdos Agentes económicos Fluxos reais Fluxos monetários Circuito Económico Recursos Empregos Metas de aprendizagem O aluno: Relaciona os agentes económicos Famílias, Empresas não Financeiras, Estado, Instituições Financeiras e Resto do Mundo com as funções por eles desempenhadas. Relaciona as diferentes atividades económicas com as funções exercidas pelos agentes económicos. Distingue fluxo real de fluxo monetário. Elabora um circuito económico. Define Recursos. Define Empregos. Justifica, a partir do circuito económico, a necessidade de equilíbrio entre Recursos e Empregos numa Economia. [23] Atividades práticas Recorrendo às suas experiências do quotidiano, os alunos poderão reconhecer as várias funções desempenhadas pelos agentes económicos, conseguindo identificar e relacionar as principais atividades económicas. Podem verificar que as relações estabelecidas entre os agentes são reais e monetárias, podendo ser representadas num circuito económico, o qual será pedido aos alunos individualmente, para que eles tornem evidente a interdependência entre agentes. Os alunos poderão ser separados em grupos para que cada grupo represente uma função económica, para que estabeleçam as relações entre os recursos disponíveis e os empregos e para quantificarem essas mesmas relações. Os alunos serão levados a concluir sobre a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos e o professor poderá evidenciar a necessidade de existência da Contabilidade Nacional, para o registo dos fluxos, fazendo a ligação com a unidade seguinte. Subtema 4 – Contabilização do Rendimento Nacional Conteúdos Contabilidade Nacional Setores institucionais Território Económico Unidade residente e não residente Ramo de atividade Ótica de cálculo do produto, da Despesa e do Rendimento Métodos de cálculo do valor do produto Valor Acrescentado Bruto (VAB) Amortização/Consumo de capital fixo Produto líquido e bruto Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o resto do Mundo Produto interno e nacional Impostos indiretos Subsídios à produção Produto a preços correntes e constantes Transferências internas e externas Rendimento disponível dos particulares Consumo privado e público Investimento bruto/Formação bruta de capital fixo (FBCF) Variação das existências Exportações e Importações Despesa interna e nacional Procura interna e global Setor informal: autoconsumo Economia subterrânea Externalidades Metas de aprendizagem Atividades práticas O aluno: Compreende a noção de Contabilidade Nacional. Explicita os objetivos da Contabilidade Nacional. Define setor institucional e caracteriza os setores institucionais. Explica o conceito de território económico. Distingue unidade residente de unidade não residente. Identifica os ramos de atividade. Justifica as diferentes perspetivas de cálculo do valor da produção. Explica o problema da múltipla contagem no cálculo do produto. Distingue valor da produção de valor do produto. Distingue os dois métodos de cálculo do valor do produto. Explica o conceito de VAB. Deduz o valor do produto a partir do VAB. Explica o conceito de amortização. Diferencia produto líquido de produto bruto. Distingue produto interno de produto nacional. Explica o conceito de produto a preços de mercado. Calcula o valor dos diversos tipos de produto. Distingue produto a preços correntes de produto a preços constantes. Justifica a vantagem do cálculo do produto a preços constantes. Distingue as várias componentes do rendimento. Calcula o valor do rendimento. Identifica as componentes que permitem calcular o rendimento disponível dos particulares. Distingue as várias componentes da despesa. Calcula o valor da despesa interna. Distingue despesa interna de despesa nacional. Calcula o valor da despesa nacional. Calcula a procura interna. Calcula a procura global. Explica as limitações da Contabilidade nacional. Compreende a dificuldade de quantificar algumas atividades económicas e a indiferença perante a utilização dos recursos e o tipo de produção obtido. Realização de um trabalho de grupo em que cada grupo representaria um país, tentando perceber as atividades económicas que neles se registam, de forma a perceber como se dá a ligação entre as economias desses países. À medida que os alunos forem processando a aprendizagem dos conteúdos, será possível aplicar esses conhecimentos com base no registo e na quantificação das atividades económicas de cada país. A partir da consulta de documentos diversos, os alunos deverão ser capazes de distinguir os vários tipos de produto e as respetivas componentes, tentando deduzir desses dados as várias fórmulas de cálculo. Os alunos, orientados pelo professor e recorrendo a valores da economia timorense, poderão analisar a articulação entre os conceitos referentes ao cálculo do valor da produção na ótica do produto. Organizados em grupos, os alunos devem recorrer a dados estatísticos para tentar perceber o peso do consumo e da poupança no rendimento disponível dos particulares e analisando as suas repercussões na atividade económica. Procurar nos meios de comunicação social, exemplos que permitam concluir sobre as falhas e as limitações da Contabilidade Nacional. A partir de dados estatísticos disponíveis, os alunos poderão ver a evolução dos vários agregados estudados, nos últimos anos, ao longo do tempo. [24] Subtema 5 – Relações Económicas com o Resto do Mundo Conteúdos Comércio interno e externo Divisão Internacional do Trabalho Vantagens comparativas Migrações Balança de Pagamentos Balança Corrente Importação e exportação Divisas Operações de câmbio Taxa de câmbio Desvalorização da moeda Balança de Mercadorias Taxa de cobertura Balança de Serviços Balança de Rendimentos Balança de Transferências Correntes Balança de Capital Balança Financeira Investimento Direto Estrangeiro (IDE) Protecionismo Barreiras alfandegárias Dumping Livre cambismo / Comércio livre Metas de aprendizagem O aluno: Identifica os diversos tipos de relações internacionais. Justifica a importância e necessidade das relações internacionais. Identifica as componentes da Balança de Pagamentos. Identifica as componentes da Balança Corrente. Distingue importações de exportações. Justifica a necessidade de realizar operações de câmbio. Define taxa de câmbio. Relaciona o valor da moeda com a evolução da taxa de câmbio. Calcula o saldo relativo ao comércio internacional de mercadorias. Interpreta o saldo da Balança de Mercadorias. Explica as consequências das alterações do valor da moeda na Balança de Mercadorias. Refere indicadores do comércio externo de mercadorias como a estrutura das importações e das exportações e a taxa de cobertura. Calcula a taxa de cobertura. Interpreta o significado dos indicadores do comércio externo. Identifica as componentes da Balança de Serviços. Identifica as componentes da Balança de Rendimentos. Identifica as componentes das transferências unilaterais correntes tais como as remessas de emigrantes. Calcula e interpreta o saldo da Balança Corrente. Identifica as componentes da Balança de Capital. Identifica as componentes da Balança Financeira, como o IDE. Caracteriza o protecionismo. Reconhece alguns instrumentos utilizados para impedir o comércio livre: barreiras alfandegárias, contingentação, subsídios à exportação e dumping. Caracteriza o livre cambismo. Enquadra a OMC no projeto de liberalização do comércio Mundial. Indica os principais objetivos da OMC. [25] Atividades práticas Através de exemplos do quotidiano dos alunos ou de elementos recolhidos dos meios de comunicação social sobre migrações, compra e venda de bens ao exterior, deslocalização de empresas, empréstimos externos, etc., os alunos poderão compreender a diversidade e a necessidade de relações económicas internacionais e identificar essas mesmas relações. Sugere-se que na introdução do conceito de taxa de câmbio se recorra a informações veiculadas nos meios de comunicação social e que se chame a atenção para a fixação da mesma e as consequências dessa manipulação. Sugere-se o recurso a informações sobre a realidade económica Timorense para conhecer as diferentes balanças, as suas componentes e os respetivos saldos. A partir desses mesmos dados os alunos poderão avaliar a situação económica Timorense, utilizando os indicadores estudados, como a taxa de cobertura, estrutura de importações e de exportações e da Balança de Pagamentos. A partir de informação recolhida no site da OMC os alunos poderão constatar as tendências do comércio Mundial e o papel das organizações internacionais neste campo, e que no fim debatam as conclusões e desenvolvam competências de argumentação. Subtema 6 – A intervenção do Estado na Economia Conteúdos Funções do Estado (legislativa, executiva e judicial) Órgãos de Soberania Setor Público Administrativo Setor Empresarial do Estado Eficiência Falhas de mercado (concorrência imperfeita e externalidades) Bem público Equidade Estabilidade Instrumentos de intervenção económica e social do Estado Orçamento de Estado Despesas públicas Receitas públicas Impostos diretos e indiretos Saldo Orçamental Déficit Supéravit Dívida pública Afetação de recursos Regulação da atividade económica Redistribuição dos rendimentos Metas de aprendizagem O aluno: Caracteriza as funções do Estado. Identifica as esferas de intervenção do Estado – política, económica e social. Caracteriza a estrutura do setor público. Explica as funções económicas e sociais do Estado – garantir a eficiência, a equidade e a estabilidade. Refere os instrumentos de intervenção do Estado na esfera económica e social. Distingue planeamento imperativo de planeamento indicativo. Distingue despesas públicas de receitas públicas. Classifica as diferentes fontes de receitas do Estado. Exemplifica as receitas do Estado. Distingue impostos diretos de impostos indiretos. Dá exemplos de impostos diretos e indiretos. Exemplifica as despesas do Estado. Explica o significado do saldo orçamental. Justifica a importância do Orçamento de Estado como instrumento de intervenção económica e social. Atividades práticas Através da análise de documentos sobre a realidade Timorense, tais como a Constituição da República Timorense, deverá explicitar-se a organização do Estado Timorense: funções, órgãos de soberania, e estrutura do setor público. Os alunos devem tentar registar as formas e os instrumentos que o Estado utiliza para intervir na esfera económica e social com recurso a exemplos correntes da realidade Timorense. Poder-se-ão consultar dados estatísticos relativos ao Orçamento de Estado Timorense para identificar a sua estrutura e componentes, bem como analisar a sua evolução e o seu saldo. Os alunos poderão ainda utilizar os orçamentos da escola e da autarquia como documentos reais de análise se for possível aceder aos mesmos. Unidade Temática 5: Aspetos Monetários e Financeiros da Economia Na Unidade Temática 5 – Aspetos Monetários e Financeiros da Economia – pretende-se que os alunos compreendam de que forma os bens produzidos são disponibilizados aos consumidores através da distribuição e do comércio. Solicita-se que os mesmos compreendam que, apesar dos bens e serviços produzidos estarem disponíveis aos consumidores, esses bens e serviços têm um preço, o que implica que os consumidores, para os adquirirem, têm de utilizar moeda. Mas, a moeda também desempenha outras funções e tem evoluído ao longo do tempo, refletindo a evolução tecnológica dos meios de pagamento e aumentando a sua desmaterialização. Por último, quer-se que os alunos conheçam as [26] componentes dos preços dos bens, bem como o fenómeno da inflação, analisando a sua evolução através do cálculo dos índices de preços no consumidor e da taxa de inflação. Questão orientadora: Qual o papel da moeda na economia? Objetivos: Compreender a importância do comércio; Conhecer a evolução da moeda; Conhecer as componentes dos preços dos bens; Analisar a evolução da inflação em Timor-Leste e no Resto do Mundo. Subtema 1 – Moeda, Inflação e Mercados Financeiros Conteúdos Distribuição Circuito de distribuição Comércio Troca direta e indireta Moeda Funções da moeda Desmaterialização da moeda Preço Custo de produção Inflação Deflação Desinflação Estagflação Depreciação do valor da moeda Poder de compra Deterioração do poder de compra Índice de preços no consumidor (IPC) Taxa de inflação Evolução da inflação Comparação inter-países da inflação Metas de aprendizagem O aluno: Explica em que consiste a atividade da distribuição. Justifica a importância da distribuição. Identifica os diferentes circuitos de distribuição. Identifica tipos de comércio e métodos de distribuição. Justifica o aparecimento de moeda. Descreve a evolução da moeda. Caracteriza os vários tipos de moeda. Explica as funções da moeda. Reconhece a importância da moeda no desenvolvimento económico. Relaciona a evolução tecnológica com o processo de desmaterialização da moeda. Define preço de um bem. Relaciona custo de produção de um bem com o seu preço. Identifica o número de vendedores e compradores como fatores que influenciam o preço de um bem. Define inflação. Relaciona a inflação com o valor da moeda. Relaciona a inflação com o poder de compra. Identifica o significado do índice de preços no consumidor (IPC). Calcula a taxa de inflação a partir do IPC. [27] Atividades práticas Divididos por grupos os alunos devem escolher um produto e construir o seu circuito de distribuição. Recolher informação sobre o tecido comercial local, de forma a identificar os diferentes tipos de comércio e os principais métodos de distribuição utilizados. Utiliza exemplos reais ou textos para justificar o aparecimento da moeda e analisar a sua evolução. Expondo a crescente utilização de moeda escritural verifica-se a tendência para a crescente desmaterialização da moeda. Usa exemplos de bens do dia a dia para identificar os fatores que influenciam o preço. Recolhe dados estatísticos em Timor para calcular a taxa de inflação. Sugere-se a análise de dados estatísticos sobre os valores de inflação de Timor e de outros países do Resto do Mundo durante a última década para comparar a evolução e identificar e explicar a tendência encontrada. Unidade Temática 6: Organização e Tratamento de Dados (Parte II) A abordagem da unidade temática 6 – Organização e Tratamento de Dados (Parte II) – tem como propósito familiarizar o aluno com: a recolha, organização e tratamento de diferentes tipos de dados, destacando a informação neles contida e usando ferramentas adequadas; a leitura e interpretação de dados recolhidos, interpretando as suas representações gráficas; o cálculo de medidas que permite reduzir a informação contida nos dados, especificamente a variabilidade de um conjunto de dados; a representação da associação entre duas variáveis e interpretação do tipo de força com que estas se associam e o cálculo da probabilidade de alguns acontecimentos. Questão orientadora: Como recolher, organizar e analisar dados, de forma a tomar decisões fundamentadas em situações do dia a dia? Objetivos: • Selecionar e usar métodos estatísticos adequados à análise de dados; • Desenvolver e avaliar inferências e previsões baseadas em dados; • Compreender e aplicar conceitos básicos de probabilidades. Subtema 1 – Organização, representação e análise de dados: medidas de dispersão; dados bidimensionais Conteúdos Amplitude de um conjunto de dados Amplitude interquartis Desvio médio Variância Desvio padrão Dados bidimensionais Diagramas de dispersão Análise gráfica de dados bidimensionais Coeficiente de correlação linear Reta de regressão. Estimativas Dados qualitativos. Tabelas de contingência e representação gráfica Metas de aprendizagem O aluno: Reconhece as vantagens, desvantagens e limitações das medidas estudadas. Estuda a variabilidade de um conjunto de dados e estabelece comparações. Calcula medidas estatísticas, reconhecendo as suas vantagens e situações em que não se deve calcular. Apresenta um modo eficaz de visualizar a associação entre duas variáveis. Interpreta o tipo e força com que duas variáveis se associam. Interpreta a reta de regressão linear e reconhece as suas limitações. Apresenta um modo eficaz de organizar informação do tipo qualitativo. Comunica de modo rigoroso e significativo os resultados das análises estatísticas bidimensionais e a sua interpretação. [28] Atividades práticas Analisar e interpretar notícias em jornais e revistas que envolvem aplicações de estatística. Analisar um conjunto de dados e estudar a sua variabilidade através das medidas de dispersão. Estabelecer comparações entre dois conjuntos de dados num mesmo contexto. Procurar vários exemplos onde se encontre correlação entre duas variáveis e indicar, para cada caso, o tipo de correlação. Recorrer, se possível, à calculadora gráfica para representar os diagramas de dispersão, a reta de regressão linear e, a partir desta, fazer previsões do valor de uma das variáveis, conhecendo o valor correspondente da outra variável. Subtema 2 – Probabilidades Conteúdos Fenómenos aleatórios Operações com acontecimentos Aproximações concetuais para a probabilidade: aproximação frequencista de probabilidade; definição clássica de probabilidade ou de Laplace; definição axiomática de probabilidade (caso finito); propriedades da probabilidade Probabilidade condicionada e independência; probabilidade da interseção de acontecimentos Acontecimentos independentes Metas de aprendizagem Atividades práticas O aluno: Identifica experiências aleatórias. Aplica o conceito de probabilidade na resolução de problemas. Estabelece a Lei de Laplace. Estabelece a regra do produto. Opera com acontecimentos. Usa as árvores de probabilidades como instrumento de organização de informação numa cadeia de experiências aleatórias. Identifica e calcula probabilidades condicionadas. Aplica a definição de probabilidade condicionada em representações em diagrama de Venn. Distingue acontecimentos dependentes de acontecimentos independentes. Sistematizar o conhecimento dos alunos acerca das probabilidades já estudadas no ciclo de estudos anterior. Procurar e analisar exemplos de experiências determinísticas como os fenómenos físicos confrontando com fenómenos aleatórios. Exploração de tarefas contextualizadas, nomeadamente relacionadas com situações de simulação ou jogo. Resolver exercícios através dos quais os alunos sejam capazes de compreender e aplicar o argumento de simetria que está por detrás da atribuição de probabilidades a certos resultados. Resolver modelos simples, servindo de abordagem da Regra de Laplace. Resolver modelos um pouco mais complexos, servindo de abordagem da regra do produto. Resolver exercícios de probabilidade condicionada onde a informação pode estar organizada em tabela, árvore ou diagrama de Venn. [29] ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS | 11.º ANO PROGRAMA DA DISCIPLINA ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS 12.º ANO 6.1 APRESENTAÇÃO Os conteúdos do programa de Economia e Métodos Quantitativos propostos para o 12.º ano de escolaridade estão organizados em três unidades temáticas que devem ser lecionadas de forma sequencial, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas anteriores, sempre que se considerar necessário. Para o 12.º Ano são propostas as seguintes unidades temáticas. Unidade Temática 7 Modelação Matemática Função Exponencial e Função Logarítmica. Cálculo Diferencial. Unidade Temática 8 Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica Política Económica e Social do Estado. Crescimento e Desenvolvimento. O Desenvolvimento e a Utilização dos Recursos. Unidade Temática 9 O Contexto Internacional da Economia A Globalização e a Regionalização Económica do Mundo. [30] 6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada. Unidade Temática 7: Modelação Matemática Na Unidade Temática 7, pretende-se que os alunos utilizem modelos matemáticos para representar e compreender relações quantitativas e analisem a variação, desses modelos, em diversos contextos, mas com especial enfase no contexto económico. Os alunos deverão ter oportunidades para identificar relações quantitativas essenciais numa situação e determinar a classe ou classes de funções que as podem modelar bem como fazer inferências plausíveis sobre a situação que está a ser modelada. Analisar a variação em diversos contextos será, também, objeto de estudo nesta Unidade, considerando que cada vez mais, as discussões sobre variação são encontradas na imprensa generalista. Os alunos deverão ser capazes de interpretar afirmações, tais como “ a taxa de inflação está a decrescer”. Desta forma, o estudo da variação tem como objetivo aprofundar os conhecimentos sobre o conceito de taxa de variação. Questão orientadora: Como se estabelecem relações quantitativas, recorrendo a modelos matemáticos? Objetivos: Construir modelos para situações da realidade usando diversos tipos de funções; Comparar o crescimento linear, exponencial, logarítmico e logístico; Familiarizar os alunos com modelos de crescimento populacional. Subtema 1 – Função Exponencial e Função Logarítmica Conteúdos Introdução ao estudo da função exponencial. Propriedades Função exponencial de base e Noção de logaritmo de um número Propriedades operatórias dos logaritmos Função logarítmica de base superior a um. Propriedades Equações e inequações exponenciais e logarítmicas Aplicações das funções exponenciais e logarítmicas Metas de aprendizagem O aluno: • Reconhece as propriedades gráficas e analíticas das funções exponenciais e logarítmicas. • Aplica as transformações dos gráficos de funções a funções exponenciais e logarítmicas. Aplica as propriedades operatórias dos logaritmos. Resolve equações exponenciais e logarítmicas. Resolve inequações exponenciais e logarítmicas. Define a função inversa de uma função exponencial ou logarítmica. • Resolve problemas em contexto real usando funções exponenciais ou funções logarítmicas. [31] Atividades práticas Operar com exponenciais e logaritmos. Resolver equações e inequações envolvendo exponenciais e logaritmos. Resolver problemas envolvendo funções exponenciais e logarítmicas. Exploração de tarefas com exemplos concretos para que os alunos participem ativamente no estudo dos exemplos/ modelos propostos. Produção de pareceres e propostas para apoiar uma decisão ou escolha, com base na análise de situações com as quais os alunos possam fazer Modelos populacionais discretos e contínuos Interpreta modelos de crescimento linear, exponencial, logarítmico e logístico. Critica a adaptabilidade dos modelos aos dados recolhidos. Analisa comportamentos em contextos concretos relativos à evolução de populações. Usa modelos matemáticos para representar e compreender relações quantitativas. Identifica situações modeladas por diferentes funções. simulações, de acordo com as condições iniciais e cenários possíveis de evolução da população. Resolução de problemas de modelação matemática. Subtema 2 – Cálculo Diferencial Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas Taxa média de variação Derivada de uma função num ponto. Interpretação geométrica Derivabilidade e continuidade Função derivada Regras de derivação Aplicações da derivada de uma função Estudo de funções Problemas de otimização O aluno: Calcula a taxa média de variação de uma função num intervalo e interpreta o seu valor no contexto da situação. Compreende a noção de rapidez média no contexto da Física. Compreende o conceito de derivada num ponto e efetua a interpretação geométrica do seu valor. Reconhece que nem sempre existe derivada de uma função num ponto do seu domínio. Define e estuda a função derivada. Aplica as regras de derivação. Efetua o estudo completo de uma função atendendo à primeira e segundas derivadas. Resolve problemas de otimização. Utilizar exemplos concretos de outras disciplinas, realização de atividades comuns ou a lecionação de algum aspeto numa dessas disciplinas para posterior aprofundamento na disciplina de Economia e Métodos Quantitativos. Integração do estudo do Cálculo Diferencial num contexto histórico. Estudo completo e rigoroso de funções. Resolver problemas de otimização aplicando os conceitos do cálculo diferencial. [32] Unidade Temática 8: Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica Com a abordagem da Unidade Temática 8 – Crescimento, Desenvolvimento e Flutuações da Atividade Económica – pretende-se que os alunos percebam que o fenómeno do crescimento económico teve como ponto de partida a Revolução Industrial, provocando alterações profundas nas economias mundiais, tendo conduzido a alterações significativas e sucessivas nos domínios económico e social em algumas economias. Mas se os modelos de crescimento económico adotados têm permitido uma melhoria nas condições de vida e contribuído para o aumento populacional, também são objeto de crítica pelos elevados custos que colocam à ecologia. Finalmente, pretende-se que os alunos reflitam sobre os aspetos mais relevantes da economia mundial e sobre alguns problemas da atualidade na perspetiva dos Direitos Humanos. Questão orientadora: Como se obtém crescimento e desenvolvimento económico sustentável? Objetivos: Reconhecer o papel do Estado na Economia através das políticas económicas e sociais; Compreender os conceitos de crescimento económico e de desenvolvimento; Compreender o processo de crescimento económico moderno das economias desenvolvidas; Conhecer as desigualdades de desenvolvimento das economias atuais; Compreender as repercussões do crescimento económico nas estruturas demográficas; Conhecer problemas económicos resultantes das estruturas demográficas de países em diferentes estágios de desenvolvimento. Subtema 1 – Políticas Económicas e Sociais do Estado Conteúdos Política económica Políticas conjunturais Políticas estruturais Políticas económicas e sociais Proteção Social Metas de aprendizagem Atividades práticas O aluno: Identifica as políticas económicas e sociais como instrumento de intervenção do Estado na Economia a nível social e económico. Apresenta os objetivos das políticas económicas e sociais do Estado. Explica em que consiste a política económica do Estado. Distingue políticas conjunturais de políticas estruturais. Refere instrumentos de política económica utilizados por cada uma das políticas. Refere medidas das políticas sociais (saúde e segurança social). Explica as diferentes formas de redistribuição de rendimentos conduzidas pelo Estado. Reconhece o papel do Estado enquanto produtor de bens e serviços. Através de exemplos reais do dia a dia dos alunos ou de informações recolhidas dos meios de comunicação social, os alunos poderão reconhecer a diversidade das políticas económicas e sociais do estado, bem como os objetivos das mesmas. Poder-se-á, recorrendo a um jogo fictício, simular a discussão e a aprovação de um Orçamento de Estado, em Timor, em que os diferentes grupos de alunos poderão representar os papéis de membros do governo, membros dos diferentes partidos e de presidente da Assembleia. O objetivo é que os alunos reflitam e ponderem sobre as medidas apropriadas a adotar. Através da discussão os alunos poderão analisar, criticar e justificar as políticas seguidas, tendo como referência as despesas e as receitas que deverão constar do seu orçamento. [33] Subtema 2 – Crescimento e Desenvolvimento Conteúdos Crescimento Económico Desenvolvimento e Subdesenvolvimento Países desenvolvidos e em desenvolvimento Indicadores de desenvolvimento simples e compostos Fontes de crescimento económico Aumento da dimensão dos mercados interno e externo Investimento em capital físico e humano Progresso técnico Características do crescimento económico moderno Estrutura da atividade económica Organização económica das sociedades desenvolvidas Nível de vida Ciclo económico Fases do ciclo económico Pobreza absoluta e relativa Metas de aprendizagem Atividades práticas O aluno: Distingue crescimento económico de desenvolvimento. Situa os fenómenos do crescimento económico e do desenvolvimento no contexto da Revolução Industrial e da sua evolução. Reconhece os indicadores como instrumentos de medida do desenvolvimento. Distingue indicadores simples de indicadores compostos. Interpreta indicadores de desenvolvimento. Refere limitações dos indicadores como medida do desenvolvimento. Constata o crescimento económico nos últimos dois séculos. Caracteriza as economias desenvolvidas e as subdesenvolvidas através da análise de indicadores. Explica as fontes de crescimento económico e a importância do capital humano como fator de crescimento económico. Relaciona a terciarização da economia com a evolução da estrutura setorial da produção. Relaciona o crescimento económico moderno com as alterações ocorridas na organização económica das sociedades desenvolvidas. Explica o papel do Estado e das pequenas e médias empresas (PME) no quadro da nova organização económica. Explica a importância do consumo privado enquanto indicador do nível de vida. Relaciona o aumento sustentado do nível de vida com o crescimento económico moderno. Verifica a evolução temporal desigual da atividade económica. Caracteriza as fases dos ciclos económicos. Justifica situações de crescimento económico sem desenvolvimento. Avalia as diversas situações de desenvolvimento em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento. Distingue pobreza absoluta de pobreza relativa. Solicita-se a organização de debates sobre crescimento e desenvolvimento. Aconselha-se a análise e comentários de textos, quadros e gráficos do manual escolar ou que sejam objeto de recolha nos sites da OCDE e da ONU. Realização de um trabalho de pesquisa sobre a modificação do papel do Estado na sociedade atual. Sugere-se a análise de documentos diversos que permitam aos alunos a análise de fontes de crescimento económico e as características do crescimento económico moderno. Mostrar, com exemplos da economia Timorense concretos, a relação entre o aumento da dimensão das empresas (fusões e aquisições) com as economias de escala. Pedir aos alunos que procurem exemplos na economia Timorense que relacionam a importância da concorrência para a procura contínua de inovação, com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas. Sugere-se que os alunos recorram a dados estatísticos para verificar a existência de várias fases nos ciclos de crescimento económico, ao longo do tempo e para que consigam perceber a existência de diversos níveis de desenvolvimento entre os países. [34] Subtema 3 – O Desenvolvimento e a Utilização dos Recursos Conteúdos Crescimento demográfico Transição demográfica Estrutura demográfica Explosão demográfica Emigração Imigração Poluição atmosférica, das águas e dos solos Diminuição da base de recursos disponíveis Fontes de poluição Alterações climáticas Redução da biodiversidade Externalidades Bens públicos Bens comuns Direitos de propriedade Leis ambientais Princípio do poluidor-pagador Impostos Taxas Investigação e Desenvolvimento (I&D) Metas de aprendizagem Atividades práticas O aluno: Relaciona a melhoria do nível de vida, associada ao progresso tecnológico, com o crescimento da população. Explica em que consiste a transição demográfica. Conclui sobre a existência de estruturas demográficas diferentes consoante o nível de desenvolvimento dos países. Justifica a persistência dos movimentos migratórios internacionais. Explica consequências dos fluxos migratórios internacionais. Explica como a disponibilidade de recursos humanos é fator de crescimento. Problematiza custos e benefícios da integração dos trabalhadores estrangeiros, a curto e a longo prazo. Refere consequências ecológicas do crescimento económico moderno e da utilização indiscriminada de recursos. Distingue fontes diferentes de poluição. Problematiza os padrões culturais e os estilos de vida como fontes de degradação ambiental. Refere consequências para o desenvolvimento provocadas pela degradação ambiental. Identifica conceitos económicos relacionados com problemas ambientais. Define externalidades, bens públicos e bens comuns. Explica em que consistem os direitos de propriedade. Problematiza formas de intervenção do Estado e de organizações supranacionais na resolução de problemas ambientais. Problematiza o papel do saber e da inovação tecnológica na atenuação dos problemas ecológicos. Construir um dossier temático onde sejam selecionados países em diferentes estágios de desenvolvimento e consultar dados estatísticos de organizações internacionais que permitam verificar a evolução quantitativa e qualitativa da população, a diversidade de estruturas demográficas, bem como a direção e o volume dos fluxos migratórios atuais. Recolher informação nos meios de comunicação social sobre dois países que estabeleçam fluxos migratórios entre eles para que os alunos percebam e equacionem os problemas económicos e demográficos que esses países enfrentam, sejam verificados custos e benefícios da integração dos trabalhadores estrangeiros e equacionem razões e custos humanos dos movimentos clandestinos de trabalhadores. Sugere-se que os alunos selecionem um problema económico, de preferência da sua região de residência, resultante do crescimento económico, problematizem esse disfuncionamento da atividade económica e que debatam em turma soluções possíveis para a resolução desse problema. [35] Unidade Temática 9: O Contexto Internacional da Economia Com a abordagem da Unidade Temática 9 – O Contexto Internacional da Economia – pretende-se que os alunos percebam que no mundo atual, fatores como a inovação tecnológica e a ação das empresas transnacionais têm levado a que as relações económicas se desenrolem cada vez mais a uma escala planetária – mundialização económica – e a que os espaços nacionais estejam mais interdependentes, não só ao nível económico e financeiro, como também aos níveis político, social e cultural, naquilo que se designa por globalização. Todavia, novos desafios e cenários emergem no contexto da globalização que serão determinantes para o futuro das Economias Mundiais onde será necessário saber dar a melhor resposta aos mesmos, bem como preparar da melhor forma esse mesmo futuro. Questão orientadora: Qual o contributo das relações internacionais no fomento do crescimento? Objetivos: Compreender os fatores (tecnológicos, económicos e políticos) que estiveram na base da crescente mundialização e da globalização atuais; Compreender a globalização do mundo atual; Conhecer os desafios que se colocam aos países em desenvolvimento decorrentes da globalização; Conhecer a regionalização económica mundial (blocos económicos regionais); Reconhecer o papel da tecnologia e do desenvolvimento tecnológico no desenvolvimento das sociedades; Identificar os cenários de futuro no campo económico e social. Subtema 1 – A Globalização e a Regionalização Económica do Mundo Conteúdos Mundialização económica Vantagens comparativas Divisão Internacional do Trabalho Inovação Tecnológica Empresas multinacionais e transnacionais Mundialização e Globalização Fluxos de capitais Sociedade da informação e do conhecimento Economia digital Mercados e produtos globais Deslocalização empresarial Metas de aprendizagem O aluno: Explica o conceito de mundialização económica, referindo as suas etapas históricas. Confronta a internacionalização das trocas com a especialização dos países segundo as suas vantagens comparativas. Relaciona a inovação tecnológica com o desenvolvimento das trocas. Compreende o papel das inovações tecnológicas, e o das empresas multinacionais na aceleração da mundialização. Distingue empresas multinacionais de empresas transnacionais. Compara os conceitos de mundialização e de globalização. Explica em que consiste a mundialização das trocas de bens e serviços. Explica a evolução quantitativa e qualitativa das trocas de bens e serviços e de fluxos de capitais a nível mundial. [36] Atividades práticas Poderão recorrer a textos autorais para conhecer a evolução histórica do processo de mundialização económica, desde os Descobrimentos até à atualidade. Ao explicar a evolução os alunos devem ser consciencializados para os fatores que estiveram na sua base, nomeadamente a inovação tecnológica que permitiu o desenvolvimento dos meios de transporte e a melhoria dos processos de fabrico, que também possibilitaram o aumento da produtividade das empresas. Sugere-se o recurso a informações sobre a Pequenas e médias empresas (PME) Difusão cultural Aculturação Polarização das trocas mundiais Degradação dos termos de troca Dívida externa Serviço da dívida Áreas económicas Barreiras não tarifárias Regionalização económica Desenvolvimento económico Novas formas de organização económica internacional Futuros centros da economia mundial Desenvolvimento de fluxos Distingue os diferentes fluxos de capital de curto e de longo prazo. Caracteriza os diferentes tipos de migração a nível mundial. Explica a evolução quantitativa e qualitativa dos fluxos de pessoas mundial. Caracteriza a sociedade do conhecimento. Relaciona a mundialização atual com a globalização dos mercados. Identifica aspetos positivos e negativos da deslocalização de empresas e explica o papel das PME. Refere fatores que estão na base da globalização do sistema financeiro. Explica o papel da aculturação na globalização económica. Compreende a polarização das trocas mundiais. Justifica a necessidade de financiamento dos países em desenvolvimento e explica as causas do sobre endividamento dos mesmos. Distingue diferentes formas de integração económica. Problematiza a necessidade de regulamentação da economia mundial. Refere formas de intervenção dos Estados nacionais na regulamentação da economia mundial, justificando a existência de barreiras não tarifárias. Relaciona a polarização das trocas com a formação de áreas económicas, dando exemplos concretos de organizações de integração económica em diferentes áreas geográficas. Explica o papel das novas tecnologias e da Investigação e Desenvolvimento (I&D) como fatores de desenvolvimento económico. Analisa o contributo das novas tecnologias nas alterações de estrutura económica e nas práticas sociais. Refere o papel das novas tecnologias enquanto redutor das distâncias, fator de modernização dos transportes e contribuinte para as mobilidades populacionais. Explica o impacto das novas tecnologias sobre o ambiente. Identifica os futuros centros da economia mundial. Refere cenários de futuro respeitantes às alterações a nível da produção. Explica os cenários de futuro no desenvolvimento de fluxos a nível internacional. realidade mundial e Timorense para identificar as transformações que as inovações tecnológicas e a ação das empresas provocaram na economia mundial no pós 2ª Guerra Mundial. Recorrendo a dados estatísticos sobre o comércio internacional, poderá ser constatada a aceleração das trocas a nível mundial chamando a atenção dos alunos para outros fatores que aceleraram a mundialização da economia, tais como as tentativas de liberalização das trocas mundiais e a criação de espaços integrados a nível regional. Aconselha-se a construção de um dossier temático onde os alunos poderão consultar dados estatísticos de organizações internacionais que permitam caracterizar as economias desenvolvidas e em desenvolvimento, verificando-se a evolução das trocas de bens e serviços e a sua distribuição geográfica, bem como a composição de fluxos de capitais e correspondente distribuição geográfica. Os alunos devem consultar informações publicadas nos jornais sobre as bolsas e a moeda, com o objetivo de perceberem a interligação existente entre os diferentes mercados. Recorrendo a dados estatísticos disponibilizados devem ser retiradas ilações sobre o aumento ou diminuição da dívida pública e do recurso a capital externo por parte de alguns países incluindo Timor. As conclusões devem ser discutidas em turma. [37] ECONOMIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS | 12.º ANO 7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS As metodologias de ensino que se preconizam para o desenvolvimento do Plano Curricular na disciplina de Economia e Métodos Quantitativos deverão ser coerentes com as metas de aprendizagem que se pretende que os alunos atinjam. Nesse sentido, propõe-se uma metodologia que permita que os conceitos sejam construídos a partir da experiência de cada aluno, da análise de textos pertinentes e contextualizados. O professor deve propor aos alunos a realização de diferentes tipos de tarefas, dando-lhes indicações claras em relação ao que espera da atividade a desenvolver e apoiando-os na sua realização. O desenvolvimento dos vários conteúdos deve permitir que se estabeleçam ligações entre as várias unidades temáticas da disciplina. Neste sentido, devem ser propostas atividades diversificadas tendo em vista o desenvolvimento das competências definidas e estimular o espírito crítico e a capacidade de argumentação. O aluno deve ser solicitado a interpretar informação e a justificar processos de resolução de problemas. 8. RECURSOS DIDÁTICOS Seria desejável que estivessem disponíveis computadores em todas as escolas para trabalho relativo às aulas de Economia e Métodos Quantitativos. Entretanto considera-se desde já possível e recomendável: a) Calculadoras científicas; b) Acesso a uma biblioteca escolar; c) Jornais para consulta por parte de professores e alunos. Os manuais escolares e outros materiais escritos, como as fichas de trabalho preparadas pelo professor, são também um recurso de aprendizagem importante que serve de referência para o aluno. Ao nível do material de uso quotidiano, é importante o uso regular e organizado do caderno diário, quadro, giz, outros textos policopiados de diferentes origens, fichas de trabalho, fichas informativas e/ou de sistematização das aprendizagens realizadas. 9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS A avaliação deverá ser coerente e estar em acordo com os objetivos e competências a desenvolver. Ou seja, terá que estar integrada no processo de ensino aprendizagem e incidir, não só sobre os conhecimentos que os alunos adquirem, mas também sobre as competências e as capacidades que desenvolvem, as atitudes e valores que demonstram. O professor deve incluir na sua avaliação, questões ou provas de estilo semelhante às provas de exame. O aluno deve estar permanentemente informado do seu desenvolvimento e reforçar uma atitude consciente e autónoma relativamente à sua própria aprendizagem. Além disso, deve ser capaz de sentir que a preparação para os exames é adquirida trabalhando com regularidade e sistematicamente. [38] 10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA ALPHA, C. Matemática para economistas. McGraw-Hill (1967) (1974). Pearson (1982). AMARAL, F. et al (2002). Introdução à Macroeconomia. Lisboa: Escolar Editora. AMARAL, F. (1996). Política Económica. Lisboa: Edições Cosmos. ANDRADE, J. (1998). Introdução à Economia. Coimbra: Minerva. CARAÇA, B. J. (1958). Conceitos fundamentais da Matemática. Lisboa: Sá da Costa. DAVIS, P., & HERSH, R. (1995). A experiência matemática. Lisboa: Gradiva. DE SOUSA, A. (1988). Análise Económica (2ª Edição). Lisboa: Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. DORNBUSCH, R., FISHER, S., & STARTZ, R. (1998). Macroeconomia. Lisboa: McGraw-Hill. FRANK, R., & BERNANKE, B. (2003). Princípios de Economia. Lisboa: McGraw-Hill. GUELLEC, D., & RALLE, P. (2001). As novas teorias do crescimento. Barcelos: Editora Civilização. MURTEIRA, M. (1993). A Economia em Vinte e Quatro Lições. Lisboa: Editorial Presença. MURTEIRA, M. (1995). O que é a economia mundial. Lisboa: Difusão Cultural. NCTM. (2007). Princípios e Normas para a Matemática Escolar. Lisboa: APM. NEVES, J. L. C. (2004). Introdução à Economia (7ª Edição). Lisboa: Verbo. PÓLYA, G. (2003). Como resolver problemas. Lisboa: Gradiva. ROSSETTI, J. P. (2000). Introdução à Economia. S. Paulo: Editora Atlas SA. SAMUELSON, P., & NORDHAUS, W. (2005). Macroeconomia (18ª Edição). Madrid: McGraw-Hill. [39]