Camila Borges Alves Fatima Helena de Oliveira Tamires Rodrigues de Lima COMO EVITAR AS CAUSAS DE MORTALIDADE PRECOCE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Pindamonhangaba 2015 Camila Borges Alves Fatima Helena de Oliveira Tamires Rodrigues de Lima COMO EVITAR AS CAUSAS DE MORTALIDADE PRECOCE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Monografia apresentada como parte dos requisitos para a obtenção do Diploma de Administração de Empresas pelo Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Pindamonhangaba, na disciplina de Metodologia da Pesquisa. Orientador: Prof. Josias José da Silva Pindamonhangaba 2015 CAMILA BORGES ALVES FATIMA HELENA DE OLIVEIRA TAMIRES RODRIGUES DE LIMA COMO EVITAR AS CAUSAS DE MORTALIDADE PRECOCE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Monografia apresentada como parte dos requisitos para a obtenção do Diploma de Administração de Empresas pelo Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Pindamonhangaba, na disciplina de Metodologia da Pesquisa. Orientador: Prof. Josias José da Silva Data: ___________________ Resultado: _______________ BANCA EXAMINADORA Prof. ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura__________________________ Prof. ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura__________________________ Prof. ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura__________________________ Dedico este trabalho aos meus pais Eliara e Mario, pelo apoio e amor incondicional nesses 4 anos de curso, pelas horas gastas revisando e melhorando minhas escritas, pelas diversas sugestões e principalmente por terem trabalhado muito, para mais esta realização em minha vida. Vocês são os meus exemplos de vida! Ao meu irmão Mateus, que mesmo reclamando de carregar diversos pesos, me ajudou com a busca de livros para complementar este trabalho. Aos meus avôs maternos, que infelizmente não estão mais entre nós para presenciar esse momento, mais se faz necessário por todo o amor dedicado na minha criação e na dos meus irmãos, “vocês permanecerão eternamente em minhas lembranças e, principalmente no meu coração”. De Camila Borges Alves Dedico este trabalho primeiramente a Deus que me deu forças para continuar essa longa jornada, ao meu pai José Menino e minha mãe Maria Elenice que sempre me incentivaram e me apoiaram em todos os momentos da minha vida e me ensinaram a nunca desistir dos meus objetivos. Ao professor Josias orientador que teve paciência e ajudou na conclusão deste trabalho, também a todos os mestres que durante estes quatro anos me ensinaram e mostraram o quanto estudar e aprender é bom. De Fatima Helena de Oliveira Dedico este trabalho a Deus, que me proporcionou a oportunidade de tornar-se um sonho realidade e colocou em meu caminho pessoas que foram fundamentais na realização desta conquista. Aos mestres que passo a passo me ajudaram a trilhar um novo caminho, uma profissão. Aos meus pais e familiares, que, desde sempre, são meus pilares e sem eles jamais chegaria aonde cheguei. Ao meu namorado, que, em pouco tempo, fez-me uma pessoa melhor e me presenteou com os melhores dias da minha vida. Por último e não menos importante, aos amigos, anjos enviados por Deus, que permaneceram ao meu lado e não me deixaram fraquejar. De Tamires Rodrigues de Lima AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, pelo fim de mais uma etapa em nossas vidas. Ao nosso orientador Josias José, pela paciência, dedicação e confiança depositadas na realização deste trabalho. E aos nossos pais e familiares, pelo apoio constante. "Dirigir bem um negócio é administrar seu futuro; dirigir o futuro é administrar informações." Marion Harper RESUMO Devido ao alto índice de mortalidade precoce das micro e pequenas empresas no Brasil, a presente monografia tem como objetivo destacar as principais causas de mortalidade que acarretam esse problema, e suas possíveis soluções. E ao desenvolver o trabalho de pesquisa de revisão de literatura, a base teórica foi constituída em monografias, artigos científicos, artigos em revista científica e livros onde os autores relatam a veracidade do problema apresentado. Acredita-se que para a empresa sobreviver no mercado e tornar-se mais eficiente ela deve utilizar em sua gestão os planejamentos: estratégico, logístico, financeiro, tributário e mercadológico, onde irão auxiliar os gestores nas tomadas de decisões, prevenindo custos desnecessários, insatisfação dos clientes, má divulgação de produtos e serviços e uma possível sonegação fiscal. Foi verificado que para as micro e pequenas empresas permanecerem atuantes no mercado competitivo os planejamentos devem ser usados como base para uma boa gestão administrativa e financeira, dispondo de alternativas para possíveis contratempos. Palavras-Chave: Mortalidade, Micro e Pequenas Empresas, Planejamento. ABSTRACT Because of the high early mortality rate of micro and small companies in Brazil, this thesis aims to highlight the main causes of mortality that cause this problems and your possible solutions.And to develop the literature review of research work, the theoretical basis was established in monographs, scientific papers, articles in scientific journal and books where the authors report the truth of the problem presented.It is believed to the company wants to survive in the job market and become more efficient it should use in its management the planning: strategic, logistical, financial, tax and marketing, which will assist managers in making decisions, preventing unnecessary costs, dissatisfaction customers, poor dissemination of products and services and possible tax evasion.It was concluded that for micro and small companies remain competitive in the job market the plans should be used as the basis for a sound administrative and financial management, offering alternatives for possible setbacks. Keywords:Mortality, Micro and Small Companies, Planning. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 9 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................... 10 2.1 CONCEITOS DE ME E EPP ........................................................................................................... 10 2.2 CARACTERÍSTICAS ..................................................................................................................... 10 2.3 CAUSAS DE MORTALIDADE PRECOCE................................................................................... 10 2.4 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO............................................................................................. 10 2.5 TIPOS DE PLANEJAMENTO ........................................................................................................ 12 2.6 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PLANEJAMENTO ............................................................. 13 2.7 PLANEJAMENTOLOGÍSTICO: CONCEITO ............................................................................... 14 2.8 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE LOGÍSTICA........................................................................ 16 2.10CAPITAL DE GIRO: NECESSIDADE E CONSEQUÊNCIA ...................................................... 19 2.11 CARGA TRIBUTARIA: PESO E CONSEQUÊNCIA ................................................................. 19 2.12 PLANEJAMENTO MERCADOLOGICO: NECESSIDADE E CONSEQUÊNCIA.................... 21 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 24 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 26 9 1 INTRODUÇÃO O tema escolhido levou em consideração a importância que as micro e pequenas empresas têm para a economia brasileira, e quais os principais fatores que levam muitas dessas empresas a fecharem precocemente. Com base nas causas de mortalidade das empresas de micro e pequeno porte, foram ressaltados os pontos chave que devem ser colocados em prática para evitar o encerramento precoce dessas empresas, bem como o planejamento estratégico, financeiro, tributário, logístico e mercadológico. Partindo do princípio que o micro e pequeno empreendedor possui o conhecimento das causas, como evitá-las, fica evidente o maior poder que esse empreendedor possui para progredir em seus negócios e prolongar as atividades de sua empresa no mercado, conseguindo superar o prazo de mortalidade estimado por pesquisas. Os métodos de implantação da biblioteca digital consistiram em uma revisão bibliográfica em sites especializados, livros, artigos científicos e apostilas referentes às ferramentas utilizadas para sua implantação. Autores de renome e instituições reconhecidas foram consultados para elaborar a pesquisa e contribuir de forma positiva. Durante o levantamento de dados para realização do trabalho, foram encontradas algumas dificuldades. As dificuldades foram superadas através da realização de pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto, o que acrescentou informações importantes e tornou o trabalho ainda mais completo. 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 CONCEITOS DE ME E EPP De acordo com Sebrae caracteriza-se como microempresa quando atingido em cada ano calendário, a receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 00 (trezentos e sessenta mil reais). Quando a receita bruta anual for superior a R$ 360.000,01 (trezentos e sessenta mil reais e um centavo) e igual ou inferior a R$ 3600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), será caracterizada como uma empresa de pequeno porte. 2.2 CARACTERÍSTICAS Conforme (Francisco, 2008) microempresa na indústria e construção, se caracteriza por possuírem quadro de funcionários constituído por até 19 pessoas ocupadas, no comércio e na área de serviços pode agregar até 09 pessoas ocupadas. As empresas de pequeno porte na área industrial e/ou de construção podem possuir de 20 a 99 pessoas ocupadas, já no comércio e empresas prestadoras de serviços, de 10 a 49 pessoas ocupadas. A classificação das ME e das EPP por número de pessoas ocupadas não leva em conta algumas diferenças entre atividades como: processos produtivos diferentes, uso de tecnologia da informação, forte presença de mão-de-obra qualificada, realização de alto volume de negócios com um número reduzido de mão-de-obra (FRANCISCO, 2008). 2.3 CAUSAS DE MORTALIDADE PRECOCE As micro e pequenas empresas possuem um papel importante no desenvolvimento social do país, através dela a economia é movimentada com as gerações de emprego. Entretanto existem algumas causas que podem levar essas empresas optarem pela falência. (LOMBARDI JUNIOR, 2010). 2.4 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO Para Oliveira (2007), a finalidade do planejamento pode ser determinada como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, onde favorece a tomada de decisão futura mais rápida, coerente, eficiente e eficaz. Ainda pode-se afirmar que o 11 planejamento tende a reduzir a incerteza que está relacionada ao processo num todo e assim passa a ter um provável aumento de alcance de objetivos, desafios e metas estabelecidas pela empresa. O processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar; e um salutar modo de pensar envolve indagações; e indagações envolvem questionamentos sobre o que fazer, como, quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde. (OLIVEIRA, 2007, p.5). O processo de planejamento é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório, que procura de alguma forma influenciar o futuro, ou ser colocadas em prática no futuro. Além de ser um processo de tomada de decisões, o planejamento é uma dimensão das competências intelectuais, portanto é necessário intuição, inteligência e experiência. (MAXIMIANO, 2006 apud MONTEIRO; SOARES, 2012). Segundo Almeida (2003) apud Monteiro e Soares (2012), o planejamento é uma consideração do impacto das ações futuras e decisões presentes, com tudo é a mensuração entre conhecimento e ação com suporte de recursos. O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências apresentadas pela empresa. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar à empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. (OLIVEIRA, 2007, p.7). De acordo com Oliveira (2007), a eficiência está relacionada como fazer as coisas de maneira adequada, como resolver os problemas, como reduzir os custos, como salvaguardar os recursos aplicados e como cumprir seu dever. Já a eficácia está relacionada como fazer as coisas certas, formas de produzir alternativas criativas, como maximizar a utilização de recursos, como obter resultados e maneiras de aumentar o lucro. A efetividade é como manter-se no mercado e como apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo. A eficiência é considerada uma obrigação e a eficácia é o bom-senso administrativo mínimo. (OLIVEIRA, 2007, p. 8). A efetividade representa a capacidade de a empresa coordenar constantemente, no tempo, esforços e energias, tendo em vista o alcance de resultados globais e a manutenção da empresa no ambiente. Para que a empresa seja efetiva, é necessário que ela, também seja eficiente e eficaz. É importante salientar que a eficiência, eficácia e efetividade são algumas das principais medidas para avaliar uma boa administração, pois, normalmente, os recursos com os quais o executivo trabalha são escassos e limitados. (OLIVEIRA, 2007, p. 8). 12 2.5 TIPOS DE PLANEJAMENTO Segundo Oliveira (2007), na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir três tipos de planejamento: - planejamento estratégico; - planejamento tático; e - planejamento operacional. A base para outros tipos de planejamento como o planejamento tático e operacional é o planejamento estratégico. (CHURCHILL Jr.; PETER, 2010, p. 86). De acordo com Oliveira (2007), o planejamento estratégico antes de sua implementação na empresa ele passa por processos de decisões que acontece antes, durante e depois de sua elaboração. O planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores, de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é, ainda, um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa independentemente de vontade específica de seus executivos. (OLIVEIRA, 2007, p.4). Para Oliveira (2007), planejamento estratégico são estratégias e ações com objetivos em longo prazo para alcançá-los com a empresa em geral. Normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. Para que o processo estratégico tenha coerência e sustentação decisória e a empresa num todo deve respeitar as premissas básicas. Planejamento estratégico é o processo de desenvolvimento e manutenção da adequação entre os objetivos da empresa e suas competências e as mutáveis oportunidades de mercado. O planejamento estratégico se baseia no desenvolvimento de uma missão institucional clara, de metas e objetivos viáveis, de uma estratégia perfeita e de implementação adequada. (Kotler 2002, p.145). Segundo Oliveira (2007), planejamento tático é objetivo em curto prazo e com estratégias e ações que envolvem a empresa em geral. É desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos 13 recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. O planejamento tático é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais objetivos devem ser alcançadas. O planejamento tático se refere ao nível intermediário da organização, ou seja, ao nível dos departamentos ou unidades de negócio da empresa e possui as seguintes características: • É permanente e contínuo; • É sempre voltado para o futuro; • Preocupa-se com a racionalidade de tomada de decisão; •Seleciona entre as várias alternativas disponíveis uma determinada ação; • É sistêmico; • É repetitivo; • É uma técnica e alocação de recursos; • É uma técnica cíclica; • É uma função administrativa que interage dinamicamente com as demais. (CHIAVENATO, 2007 apud MONTEIRO; SOARES, 2012). Segundo Chiavenato (2007) apud Monteiro e Soares (2012), o planejamento operacional é relacionado somente com as operações do dia a dia no nível operacional e se preocupa com “o que fazer” e com o “como fazer” conforme as tarefas são executadas. “Planejamento operacional é a criação de objetivos e estratégias para unidades operacionais individuais ao longo de um curto intervalo de tempo.” (CHURCHILL Jr.; PETER, 2010, p. 86). Planejamento operacional é a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa. O planejamento operacional é, normalmente, elaborado pelos níveis organizacionais inferiores, com foco básico nas atividades do dia-a-dia da empresa. (OLIVEIRA, 2007, p.19). Segundo Oliveira (2007) a elaboração do planejamento operacional, normalmente, é realizada pelos níveis organizacionais inferiores, tendo como foco as atividades diárias da empresa. 2.6 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PLANEJAMENTO De acordo com Lemos; Desconsi;et. al., a falta de planejamento nas pequenas e médias empresas pode ser considerada por problemas relacionados à cultura, onde os empresários ainda 14 insistem em fazer as coisas sem base alguma. No entanto, para as empresas não sofrerem com a falta de competitividade de mercado, devem ter um planejamento focado no mercado, com uma preocupação constante na qualidade e produtividade de seus processos. Fundamentado o processo de planejamento estratégico, as empresas conseguirão identificar e trabalhar as oportunidades e ameaças do mercado globalizado. Segundo Reis e Santos (2009), a falta de comprometimento na implantação do planejamento estratégico pode trazer grandes consequências para a empresa, como, a não otimização dos processos gerados, a falta de competitividade empresarial, sendo assim, não atingindo os objetivos e estratégias definidas pela empresa. 2.7 PLANEJAMENTOLOGÍSTICO: CONCEITO “O âmbito da logística abrange a organização, desde a gestão de matérias primas até a entrega do produto final.” (CHISTOPHER, M., 2013, p.14). Conforme Ching (2010), a logística é responsável por toda movimentação interna e externa da empresa, desde a chegada da matéria prima até a entrega do produto final ao cliente. Com a logística, as empresas passam a contar com uma ferramenta precisa para medir os reflexos de um bom planejamento na distribuição de suas mercadorias, tanto no que se refere aos aspectos externos, consumidores e fornecedores, quanto a seu aspecto interno, fluxo de materiais e armazenamento físico de matéria-prima e produtos acabados. Isto permite que as empresas tenham a possibilidade de reduzir custos e, consequentemente, aumentar sua competitividade diante dos concorrentes, nesta nova realidade do mercado globalizado, em que fatores como redução de custos são primordiais para a continuidade das empresas. (CHING, 2010, p. 13). Ainda para Ching (2010), a logística se torna vital para as empresas, pois tem a função de estudar formas para ser cada vez mais eficiente e eficaz na entrega dos produtos a seus clientes e consumidores e para facilitar o fluxo de produto leva-se em consideração o planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem. Para Santos Neto e Santana (2015), o cliente é considerado peça principal para as empresas, como consequência sua satisfação se torna inevitável. As organizações tendem a olhar para a logística de uma forma diferente, de modo que se visualize nela a fidelidade dos clientes pela rapidez e credibilidade dos serviços e, é claro, a conquista dos lucros para a empresa. 15 Para isso é preciso uma gestão competente, organizada, planejada e tecnologicamente desenvolvida (SANTOS NETO; SANTANA, 2015). “O produto tem seu papel definido por um plano de marketing, que define seus objetivos, esse plano é elaborado pela unidade de negócios.” (TICIANO, 2012). “Toda a logística gira em torno do produto. Suas características frequentemente moldam a estratégia logística necessária para deixar o produto disponível para o cliente.” (Ballou, 2011, p. 94). Ballou (2011) afirma que a satisfação do cliente é oferecida através de seu produto. De acordo com Bertaglia (2003), a localização geográfica dos locais tem ligação direta com os custos e fluxos logísticos e os novos locais deve-se considerar a localização dos clientes e as facilidades de transporte. A definição da localização de instalações em uma rede logística sejam elas fábricas, depósitos ou terminais de transportes, é um problema comum e dos mais importantes para os profissionais de logística. Sua importância decorre dos altos investimentos envolvidos e dos profundos impactos que as decisões de localização têm sobre os custos logísticos. Caracterizados por um alto nível de complexidade e pelo intensivo uso de dados, os estudos de localização atualmente dispõem de novas tecnologias de informação, que permitem tratar os sistemas de forma efetivamente integrada. (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO,2009, p. 161). Bertaglia (2003), afirma que para garantir um balanceamento dos processos de produção e distribuição e minimizar os custos de estoque, deve-se ter uma estratégia de estoque devidamente organizada e conduzida da forma correta. O autor ainda afirma que o entendimento dos objetivos estratégicos da existência e do gerenciamento dos estoques é fundamental para se definir metas, funções, tipos de estoque e forma como eles afetam as organizações em suas atividades produtivas e de relacionamento com o mercado. Administração de estoques deve receber atenção especial, uma vez que podem ser armazenados em diferentes etapas do processo, apresentando características diversas, como matéria-prima, produto semiacabado, produto acabado ou produto com valor agregado para o cliente e consumidor. A visão departamentalizada ou segmentada da organização pode oferecer restrições quanto à identificação do volume real de estoque existente. Dessa forma, o controle do estoque global é fundamental para a redução do nível de capital investido (BERTAGLIA, 2003, p. 7). 16 De acordo com Ching (2010), na logística integrada parceria com fornecedores se torna vital e para que ela seja criada e mantida com sucesso, as empresas devem criar critérios de avaliação e seleção, para medir o nível de apoio das condições ambientais, aspectos técnicos, competência técnica e gerencial e grau de confiabilidade mútua. Essa parceria permite ganhos de eficiência operacional, vantagens de integração vertical e de melhor especialização do ramo e criar maneiras de enfrentar a concorrência e fortificar posições perante o mercado. Alguns benefícios resultantes de integração com fornecedores podem ser: • Parceiros mais fortes e para todo o negócio; • Foco comum na qualidade; • Confiabilidade de entregas mais estáveis e repetitivas; • Baixos níveis de estoque; • Menos burocracia; • Melhor controle do processo; • Dependência mútua e congruência de objetivos; • Custos de cadeia logística reduzidos. (CHING, 2010, p.83). 2.8 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE LOGÍSTICA “A logística representa um fato econômico em virtude da distância existente tantos dos recursos (fornecedores), como de seus consumidores, e esse é um problema que a logística tenta superar.” (CHING, 2010, p. 13). De acordo com Ching (2010), devido aos avanços da tecnologia, alterações na economia e em outros fatores as empresas têm que ter flexibilidade para se adaptar as constantes mudanças e procurando sempre superar uma nova visão empresarial. O autor ainda relata que a logística gera um ambiente competitivo e as empresas que não seguir as regras dos outros não sobreviverá. 2.9 PLANEJAMENTO FINANCEIRO Planejamento financeiro pode ser definido como o ato de determinar a forma pela qual serão alcançados os objetivos financeiros da empresa. (ARAUJO, 2013). De acordo com o Sebrae (2012) o planejamento financeiro é indicado para dar uma direção para a empresa e para traçar metas e objetivos. Um planejamento não é apenas uma projeção do caixa, ele engloba a construção das políticas de compras/vendas e estoques. Na elaboração deste planejamento devem-se estabelecer parâmetros para que a aplicação seja feita de forma eficaz na administração das despesas fixas e variáveis. 17 Quando, de acordo com as previsões feitas, o futuro da empresa passará por falta de recursos, cabe a mesma rever suas programações financeiras e ir atrás de outras fontes para substituir essa falta. (ARAUJO, 2013). Após conhecer como a empresa será operada, será definido a real necessidade de Capital de Giro. (SEBRAE). O capital de giro é o capital indispensável para financiar a continuidade da empresa. Ele é utilizado para custear os recursos para financiamentos aos clientes em vendas a prazo, recursos para conservar os estoques, recursos usados para adquirir matéria prima ou mercadorias para revenda, para pagamento de impostos, salários e todas as outras despesas, ou seja, o capital de giro está associado com todas as contas financeiras de uma empresa. (SEBRAE). O comportamento do capital de giro é extremamente dinâmico, exigindo modelos eficientes e rápidos de avaliação da situação financeira da empresa. Uma necessidade de investimento em giro mal dimensionada é certamente uma fonte de comprometimento da solvência da empresa, com reflexos sobre sua posição econômica de rentabilidade. (ASSAF NETO, 2002, p.190 apud SILVA,2009 a). Os administradores utilizam seus conhecimentos para a solução de problemas relacionados ao Capital de Giro, como a formação e financiamento dos estoques, a administração do contas a receber e o gerenciamento de déficits de caixa. (SILVA,2009 a). O objetivo de uma boa administração do capital de giro é manter um equilíbrio financeiro na empresa. Isso ocorre através da aquisição de um nível de estoque que seja conciliável com as reais necessidades da empresa, investimentos em créditos a clientes e com uma gestão de caixa e dos passivos circulantes. (PAULO; MOREIRA, 2003 apud SANTOS,2009). Ocorre um impacto negativo no fluxo de caixa das empresas, quando o capital de giro não é administrado corretamente.(SILVA,2009 a). Fluxo de Caixa é um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. De fácil elaboração para as empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para controle e, principalmente, como instrumento na tomada de decisões. (SEBRAE). 18 O fluxo de caixa é uma ferramenta indispensável para as empresas, com ela, é possível analisar e sinalizar os rumos financeiros do negócio em questão. Para manter a saúde financeira da empresa deve-se liquidar corretamente os compromissos, para tal é importante manter saldo em caixa para os vencimentos dos títulos a serem pagos. (SILVA, 2009 a). Projetar mensalmente o fluxo de caixa ajuda na identificação e eliminação de déficits ou superávits. Se o fluxo de caixa estiver em déficit, o empresário deve alterar seus planos e ir atrás de mais dinheiro, porém, se o fluxo estiver em superávit, pode significar que foi pedido um empréstimo maior que suas necessidades ou que recursos estão sobrando e esses podem ser investidos. (MACÁRIO, 2009). Insuficiência de saldo gera suspensão de entregas de materiais, corte de créditos junto a fornecedores e bancos podendo assim, acarretar uma séria descontinuidade em suas operações. (SILVA, 2009 a). Engana-se quem pensa que o fluxo de caixa é apenas uma preocupação do departamento financeiro, todos os outros departamentos devem mostrar empenho para obterem bons resultados líquidos de caixa. (SILVA,2009a). Destaque-se: • A área de produção, ao promover alterações nos prazos de fabricação dos produtos, determina novas alterações na necessidade de caixa. De forma idêntica, os custos de produção têm importantes reflexos sobre o caixa; • As decisões de compras devem ser tomadas de maneira ajustada com a existência de saldos disponíveis de caixa. Em outras palavras, deve haver preocupação com relação à sincronização dos fluxos de caixa, avaliando-se os prazos concedidos para pagamento das compras com aqueles estabelecidos para recebimento das vendas; • Políticas de cobrança mais ágeis e eficientes, ao permitirem colocar recursos financeiros mais rapidamente à disposição da empresa, constituemse em importante reforço de caixa; • A área de vendas, junto com a meta de crescimento da atividade comercial, deve manter um controle mais próximo sobre os prazos concedidos e hábitos de pagamentos dos clientes, de maneira a não pressionar negativamente o fluxo de caixa. Em outras palavras, é recomendado que toda decisão envolvendo vendas deva ser tomada somente após uma prévia avaliação de suas implicações sobre os resultados de caixa (exemplos: prazo de cobrança, despesas com publicidade e propaganda, etc.); • A área financeira deve avaliar criteriosamente o perfil de seu endividamento, de forma que os desembolsos necessários ocorram concomitantemente à geração de caixa da empresa. (SILVA, 2009 a). Quando a empresa não possui um controle eficaz do seu fluxo de caixa, ela não estará ciente da quantidade e do tempo estimado para utilização de recursos a mais para cobrir operações ou financiamento de investimentos. (MACÁRIO, 2009). 19 Não é possível sobreviver, notadamente no horizonte de pequenas e médias empresas, a longo prazo, nesta situação de caixa. Uma empresa pode ter margens unitárias de comercialização fantásticas, mas se não tiver fluxo de caixa equilibrado, pode inviabilizar um grande projeto ou negócio. Em muitos instantes da vida empresarial é oportuna uma correção na política de preços e prazos, mesmo em detrimento das margens, para a correção do fluxo de caixa. É questão de sobrevivência. (ASSEF, 1999, p.7 apud SANTOS,2009). 2.10CAPITAL DE GIRO: NECESSIDADE E CONSEQUÊNCIA Quando falta capital de giro, a empresa precisa recorrer a recursos de terceiros com um custo financeiro bem elevado, correndo aí, o risco de descontrole sobre seu endividamento. (GAZZONI, 2003 apud SANTOS, 2009). A necessidade de capital de giro ocorre quando as operações da empresa criam um fluxo de saídas de recursos mais rápida do que o de entrada, ou seja, os pagamentos de fornecedores ocorrem antes mesmo da venda da produção. (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 63 apud SANTOS, 2009). Podemos identificar uma necessidade de aporte no capital de giro quando existe uma diferença entre os ativos e passivos operacionais. Nesse caso a necessidade de investimento será a diferença entre esses dois números.(ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 63 apud SANTOS, 2009). Portando, quanto maior for a diferença entre o ativo e passivo, mais delicada será a situação financeira da empresa, devendo aí o empresário escolher entre investir em capital de giro próprio, recursos de terceiros ou empréstimos em instituições financeiras. (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 63 apud SANTOS, 2009). 2.11 CARGA TRIBUTARIA: PESO E CONSEQUÊNCIA A alta carga tributária do país é uma das principais causas da mortalidade precoce das micro e pequenas empresas.(PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2013). Em alguns casos, as empresas não possuem um profissional competente para orienta na gestão do seu negócio, incluindo a forma correta de lidar com a carga tributária existente. Os gestores precisam procurar formas legais para diminuir o pagamento de tributos, devem possuir no mínimo um conhecimento básico de contabilidade e estar ciente de todas as mudanças da legislação aplicada ao porte da sua empresa. (SILVA, 2009 b). 20 Com a falta do controle sobre seus custos com tributação, para não irem à falência as empresas em muito dos casos escolhem a sonegação fiscal, considerada ilegal e usada para diminuir o peso da carga tributária. (SILVA, et. al., 2011). A partir disso, cresce a importância de um contador ou de escritórios especializados em tributação para auxiliar e ajudar a manter essas empresas no mercado. (SILVA, 2009 b). As empresas devem ser adeptas de um planejamento tributário, segundo o Portal Tributário, o planejamento é um conjunto de sistemas legais com o intuito de diminuir o pagamento de tributos. Com isso os contribuintes possuem o direito de organizar e estruturar seu negócio, a fim de minimizar os custos de seu empreendimento, incluindo os impostos. O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Em média, 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim, imprescindível a adoção de um sistema de economia legal. (PORTAL TRIBUTÁRIO). Para que haja o planejamento tributário é necessária uma adaptação quanto à forma de recolhimento. Os gestores devem estar cientes dos empecilhos definidos em Lei de cada forma de tributação, além de realizar um estudo do seu faturamento, despesas X custos, percentuais da previdência social. (SILVA, et. al., 2011). No Brasil, existem alguns tipos de tributação, sendo: o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. (SILVA, et. al., 2011). O Simples foi criado pensando em facilitar e diminuir a tributação das micro e pequenas empresas. (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2013). “O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às micro empresas e empresas de pequeno porte, previsto na Lei Complementar nº123 de 14 de dezembro de 2006.” (FAZENDA). As empresas que optam pelo Simples, contam com a praticidade de pagamento de 8 tributos em uma única guia, chamada DAS, sendo eles: a) IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica; b) IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; c) CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido; d) PIS – Programa de Integração Social; e) COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social; f) CPP – Contribuição Previdenciária Patronal; g) ICMS – Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços 21 ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.(PORTAL EDUCAÇÃO, 2013). Para as empresas que não se enquadram na opção do Simples, o Lucro presumido é uma boa saída, desde que sua margem de lucro não seja maior do que a estabelecida nesse tipo de tributação. A outra opção tributaria não se enquadra nas empresas citadas no trabalho em questão. (SILVA, et. al., 2011). 2.12 PLANEJAMENTO MERCADOLOGICO: NECESSIDADE E CONSEQUÊNCIA De acordo com Oliveira (2004 apud Silva e Pereira 2015) a economia no Brasil passou por várias mudanças ao longo dos anos, assim como as empresas. Dessa forma o marketing precisou se adequar a essas mudanças. Ainda segundo Oliveira (2004 apud Silva e Pereira 2015) quando o marketing começou a ser implantado no Brasil, o setor de vendas era o foco dos empresários, porém em 1950 isso mudou e as estratégias de marketing começaram a ser utilizadas. Segundo Silveira (2009) as mudanças, evoluções e variações do mercado acontecem de forma muito rápida. Para que uma empresa consiga sobreviver nesta época é necessário que ela desenvolva um plano de marketing para que possa obter vantagem competitiva frente ao concorrente. De acordo com Silva e Pereira (2015), o planejamento mercadológico tem grande importância para as MPE’s para que possam se tornar mais competitivas frente aos seus concorrentes. Ainda segundo os autores um conceito simples de marketing institui que uma empresa deve satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor em troca de lucro. Desta forma, a empresa deve direcionar todos os seus esforços com a finalidade de proporcionar aos seus clientes tudo aquilo que esperam dos serviços ou produtos ofertados. (SILVA; PEREIRA, 2015). Nas palavras de Silva e Pereira (2015), observa-se de forma clara a importância do planejamento de marketing para a empresa: De acordo com muitos profissionais da área, trabalhar com marketing não é uma tarefa que exija uma enorme quantia em dinheiro, mas sim planejamento e atenção ao mercado e formas mais eficazes e baratas de atingir o consumidor. Os resultados da pesquisa confirmam a dificuldade de planejamento nas MPE’s devido à insuficiência de recursos e ao não conhecimento técnico necessário. 22 Segundo Shimoyama e Zela (2002 apud Silva e Pereira 2015) para implantar o marketing em uma empresa, é preciso primeiramente verificar alguns fatores internos e externos como: ameaças, oportunidades, pontos fortes e fracos. “Um plano de marketing deve ser curto, detalhado e escrito. Neste deve constar todas as etapas pelo qual a empresa deve passar para atingir suas metas de marketing e vendas.” (BRANGS JR., 1999 apud SILVA; PEREIRA, 2015). Para Brangs Jr. (1999 apud Silva e Pereira 2015), é claro o objetivo do marketing: O objetivo primordial do plano de marketing é ajudar a empresa a manter o seu negócio concentrado nas etapas necessárias para alcançar ou ultrapassar as metas definidas, bem como ajudar a empresa a identificar formas na estratégia e reavaliar suas idéias e metas caso seja necessário. Nos entendimentos de Silva e Pereira (2015): Com um mercado cada vez mais competitivo e consumidores ainda mais exigentes e tendenciosas a buscarem empresas que lhes ofereçam melhores condições de comercialização, as MPE’s são obrigadas a adotarem estratégias que lhes possibilitem destacar-se no mercado, e assim competir com empresas de grande porte. Para isso é de suma importância conhecer o marketing e as ferramentas que o abrangem. Para atingir de forma eficiente, a empresa pode utilizar na sua estratégia algumas ferramentas do marketing: preço, praça, produto e promoção, que são chamados no ramo de “4Ps”. (PEREIRA, 2012). Segundo Alberto (2010) produto é algo que pode ser oferecido em um mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade, porém produto não pode ser considerado apenas um objeto físico e sim um conjunto de benefícios ou satisfação que o cliente percebe que terá ao adquirir o produto. “Preço é a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso de um produto.” (ALBERTO, 2010). Conhecido no ramo de marketing por praça ou ponto de venda, refere-se a um segundo local de exposição que vem a complementar o primeiro local, esse ponto visa a rotatividade do produto. O ponto de venda também serve para ambientar o produto dentro da própria loja, colocando-o em lugar de destaque, o que lhe proporciona maior visibilidade e assim facilitar sua aquisição. (ALBERTO, 2010). 23 Ainda segundo os entendimentos de Alberto (2010) a promoção é um conjunto de ferramentas utilizadas para desenvolver e acelerar as vendas de um determinado produto ou serviço, esse estimulo é feito num curto período. Para Silveira (2009) é evidente a dificuldade que as pequenas empresas enfrentam para se manterem no mercado: Percebemos diariamente que as pequenas empresas apresentam maiores dificuldades para conseguirem se manter e crescer no mercado, mas cabe aos seus administradores perceberem a importância de um Plano de Marketing e formular estratégias inteligentes e viáveis para atenderem determinados nichos de mercado, onde as grandes empresas não conseguem. Uma das maiores vantagens destas pequenas empresas é, em poder conhecer mais profundamente os seus consumidores e conseguir detectar mais rapidamente suas necessidades e transformá-los em oportunidades de negócios. O plano de marketing torna-se uma ferramenta muito importante para atender tais requisitos e sendo sim, viável para uma empresa de qualquer porte, basta adequar para realidade de cada ambiente. “O marketing é uma das atividades mais conhecidas e, ao mesmo tempo, umas das menos compreendidas.” (OGDEN;CRESCITELLI, 2007 apud SILVA; PEREIRA, 2015). Sabe-se que as micro e pequenas empresas possuem grande importância para a economia, entretanto, boa parte dessas empresas apresentam alto índice de mortalidade ocasionados por uma administração inadequada. (SILVA; PEREIRA, 2015). “Os micro e pequenos empresários geralmente têm uma visão errônea a respeito do marketing. É sabido que a grande maioria trata essa ferramenta como custo para a empresa e não como investimento.” (DONAS, 2009 apud SILVA; PEREIRA, 2015). O marketing pode ser utilizado em qualquer tipo de empresa, não sendo necessário levar em consideração o seu porte. A empresa que implanta as estratégias de marketing se diferencia dos concorrentes e aumenta seu tempo de atuação no mercado, pois consegue de forma objetiva divulgar seus produtos e serviços, aumentando o capital da empresa. (SILVA; PEREIRA, 2015). 24 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como objetivo geral identificar as principais causas que levam as micro e pequenas empresas a fecharem precocemente. Observa-se que as empresas por não possuírem planejamento estratégico, logístico, financeiro, tributário e mercadológico não conseguem permanecer ativas no mercado. O planejamento estratégico são estratégias à longo prazo e são constituídos pelos níveis mais altos da empresa, onde é apresentado os objetivos e ações de cada departamento levando em consideração as condições internas e externas. Para que este tipo de planejamento seja alcançado e tenha uma base sólida, todos da empresa devem respeitar as premissas básicas. O planejamento tático é objetivo em curto prazo e é desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, ele indica antecipadamente o que se deve fazer e quais objetivos devem ser alcançados, todos da empresa devem participar. O planejamento operacional é a criação de objetivos em um curto intervalo de tempo, normalmente elaborado pelos níveis inferiores da empresa, com foco nas atividades do dia-adia. Dentro do contexto apresentado, as micro e pequenas empresas deveriam ter conhecimento dos tipos de planejamento para entender as necessidades de cada departamento e saber aplicar o planejamento adequado para cada tipo de situação. Podendo assim tomar decisões rápidas e com maior eficiência. Com a falta de planejamento a tomada de decisão torna-se prejudicada, pois é uma ferramenta de processos, técnicas e atitudes, que pode contribuir de forma positiva para os futuros resultados da empresa. Ajuda a reduzir as incertezas relacionadas com os processos e aumenta a chance de obtenção dos objetivos e metas estabelecidos pela empresa. O planejamento procura proporcionar à empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade. Outro fator citado como causa da mortalidade é a falta de planejamento financeiro juntamente com o seu fluxo de caixa, onde é possível analisar e indicar os rumos financeiros e a necessidade de capital de giro, através dele, a empresa consegue manter as suas atividades. Com o capital de giro, a empresa disponibiliza uma verba para o custeio dos seus financiamentos, aquisição de matérias primas, mercadorias para revenda, pagamentos de impostos, salários e outras possíveis despesas. Quando a empresa se encontra em uma situação em que o fluxo de saídas é mais rápido que o de entrada, é necessário que o empresário escolha uma das soluções: capital de giro próprio, recursos de terceiros ou empréstimos em instituições financeiras. 25 A carga tributária é a principal causa de mortalidade, devido às altas alíquotas internas. Como consequência desses altos valores, algumas empresas praticam a sonegação fiscal, considerada uma prática ilegal, utilizada para diminuir este valor. Nesse caso, é indicado que os empresários façam um planejamento tributário, afim de minimizar os custos e se organizarem internamente. O planejamento mercadológico é encarado pelos empreendedores como um custo, por conta disso ele não é colocado em prática, deixando assim as empresas menos competitivas no mercado. Constata-se que a observação das necessidades e consequências dos planejamentos levantados pela pesquisa podem indicar aos micro e pequenos empresários como evitar a mortalidade precoce de suas empresas. 26 REFERÊNCIAS BALLOU, R. H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição Física. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. CHING, H. Y. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada: Supply Chain. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento na Cadeia de Suprimentos. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. CHURCHILL Jr; PETER J. Marketing - criando valor para os clientes 2. ed. [S.l.]: Saraiva 2010. FLEURY;WANKE; FIGUEIREDO. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009. KOTLER, P. 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