UE/Agricultura: Capoulas Santos defende ajudas aos agricultores baseadas no emprego e proteção ambiental Número de Documento: 10760781 Bruxelas, Bélgica 04/03/2010 15:39 (LUSA) Temas: agricultura, Economia (geral), Parlamento, Partidos e movimentos, União Europeia Bruxelas, 04 mar (Lusa) - O eurodeputado Capoulas Santos defendeu hoje que as ajudas da União Europeia aos agricultores devem passar a basear-se em critérios como a criação de emprego e o respeito pelo ambiente, em vez do histórico de produção. "Queremos acabar com a lógica assistencial e passar a remunerar serviços prestados pelos agricultores", disse à Lusa Luís Capoulas Santos, que hoje organizou um debate no Parlamento Europeu (PE) sobre o futuro da política agrícola comum (PAC). Capoula Santos, que apresentou as linhas mestras da futura proposta do seu grupo político (S&D) para a reforma da PAC, salientou que as ajudas aos agricultores devem ser concedidas tendo em conta "a justiça e a equidade". Em vez dos atuais dois pilares orçamentais, os socialistas europeus defendem a criação de três escalões de ajudas agrícolas. O primeiro escalão seria uma ajuda base, num montante a definir por hectare, comum a todos os agricultores europeus. Um segundo escalão, cumulativo com o primeiro, destinar-se-ia a combater as desigualdades territoriais, como o facto de o agricultor ser de uma região ultraperiférica ou montanhosa. O terceiro, também cumulativo, premiaria a qualidade da produção. Os S&D defendem ainda que a PAC inclua um sistema de regulação de mercados e coordene os apoios com a política de desenvolvimento regional. As propostas dos socialistas europeus foram hoje apresentadas num debate que contou com a participação do comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos, e a ministra espanhola (país que ocupa atualmente a presidência da UE), Elena Espinosa. A PAC vigora até 2013, estando Bruxelas a preparar-se para lançar o debate sobre a nova arquitetura e o futuro modelo orçamental da política agrícola que abrangerá todos os agricultores da União Europeia. Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em dezembro de 2009, o PE ganhou poderes de codecisão na área da agricultura. O grupo S&D integra 184 dos 736 deputados ao PE.