978-85-8084-701-6 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Maringá PR Bristol Metrópole Hotel 23 a 25 de Setembro de 2015 busca Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências da Saúde Departamento de Odontologia Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências da Saúde Departamento de Odontologia Reitor Prof. Dr. Mauro Luciano Baesso Vice-Reitor Prof. Dr. Julio César Damasceno Centro de Ciências da Saúde Diretora: Profa. Dra. Terezinha Inez Estivalet Svidzinski Vice-Diretora: Profa. Dra. Sandra Marisa Pelloso Chefe do Departamento de Odontologia: Prof. Dr. André Gasparetto Chefe Adjunto do Departamento de Odontologia: Prof. Dr. Gustavo Jacobucci Farah Representante Titular do Departamento de Odontologia no Conselho Universitário: Prof. Dr. Carlos Alberto Herrero de Morais Representante Suplente do Departamento de Odontologia no Conselho Universitário: Prof. Dr. Newton Cesar Kamei Endereço DOD Av. Mandacaru, 1550. Bloco S08 87083-170 - Maringá - PR telefones: (44) 3011-9051 e 9052 Horário de atendimento: 8:00 às 11:20 e 13:30 às 17:30 e-mail: [email protected] Endereço UEM Av. Colombo, 5790 87020-900 – campus universitário – Maringá - PR ISBN 978-85-8084-701-6 Produção Editorial dos Anais: Carlos Alexandre Venancio - [email protected] - 44 9950-8101 XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 2 Comissão Organizadora do XI Conclave Maringaense de Odontologia - CMO 2015 Prof. Dr. Laurindo Zanco Furquim Coordenador do projeto de extensão - UEM Ac. Bianca Martins Lachimia Presidente do CAO UEM Ac. Jéssica Araújo Figueira Vice-Presidente do CAO UEM Ac. Eduardo Marques Livio Ac. Daniele Menegassi Pestana Ac. Léuri Antunes da Silva Dantas Ac. Giuliano Portolese Sversutti Cesar Ac. Isabella Dantas Limonta Ac. Lais Albuquerque Marengoni Ac. Anna Carolina Cenci Matick Ac. Gabriela Nunes Zorzi Ac. Mateus Eugênio Simões de Moraes Ac. Murilo Hernane Gonzalez Pimenta Entre em contato via email: [email protected] XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 3 Homenageado 2015 Dr. Laurindo Zanco Furquim É com grande satisfação que o Centro Acadêmico de Odontologia da UEM, homenagea nosso querido Professor Dr. Laurindo Zanco Furquim. Ele possui graduação em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Lins (1979), Especialização em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru (USP), Doutorado em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru (USP) (2002). Atualmente é Professor Associado da Universidade Estadual de Maringá e é editor da revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Ortodontia, atuando principalmente nos seguintes temas: Tratamento em adultos, cirurgia ortognática, protração maxilar, pacientes padrão II com deficiência mandibular, reabsorções dentárias, apneia do sono, agenesia de incisivos laterais. Aproveitamos a oportunidade para agradecer toda sua colaboração para o sucesso do nosso congresso e também para prestigiar sua dedicação para com a Odontologia. Comissão organizadora do XCMO, Centro Acadêmico de Odontologia UEM ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos busca ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Periodontia busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 6 Area: Periodontia AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA Débora de Almeida Bianco ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá – UEM Cléverson O. Silva Fabiano C. Marson Patrícia S. Progiante A hipersensibilidade dentinária (HD) é uma condição que afeta grande parte dos pacientes após o tratamento periodontal, resultando em um desconforto para estes indivíduos. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi determinar o grau de HD em pacientes com periodontite crônica generalizada antes e após o tratamento periodontal, comparando três métodos para o tratamento da HD. Participaram do estudo 30 pacientes diagnosticados e tratados de periodontite crônica. Estes foram avaliados quanto a HD espontânea, com estímulo físico ( Jato de Ar) e mecânico (Sonda exploratória) através da escala VAS antes do tratamento periodontal, uma semana após e nas quatro semanas subsequentes, avaliando a eficácia de Creme dental comum; colutório contendo fluoreto de sódio 0,2% e creme dental contendo 5% fosfosilicato de cálcio sódio. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA considerando um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que a maioria dos pacientes periodontais apresenta HD inicial, que aumenta após a raspagem e diminui durante as semanas seguintes. O tratamento periodontal leva a diminuição de forma eficaz, sem diferença entre os métodos utilizados. Desta forma, pode-se concluir que a doença periodontal promove HD, a raspagem diminui seus níveis, sem necessidade de métodos adicionais. Palavras-chaves: Periodontite; Hipersensibilidade dentária; Tratamento periodontal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 7 Periodontia ENXERTO DE TECIDO MOLE COMO OPÇÃO PARA SUPRIR DEPFEITOS PERI-IMPLANTARES. RELATO DE CASO Josimeire Alves Pereira Barbosa ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá Livia de Souza Tolentino Gustavo Nascimento de Souza Pinto Ramon Pimentel Serrilho Guilherme Santive Cardia Victor Hugo Guidini A estética tem sido considerada um fator determinante no direcionamento do desenvolvimento da implantodontia, envolvendo além da anatomia do dente a ser substituído, a aparência saudável e harmônica do tecido peri-implantar. O enxerto de tecido conjuntivo tem sido empregado com alto índice de sucesso para obtenção de estética, função e saúde dessa mucosa. O presente trabalho visa apresentar um caso clínico que ilustra a técnica de enxerto de tecido conjuntivo associada a retalho reposicionado lateralmente como uma opção para regiões peri-implantares esteticamente comprometidas. Paciente gênero feminino, 51 anos, procurou atendimento com queixa de desarmonia entre dentes, implante e gengiva na região superior anterior. Optou-se por um retalho deslocado lateralmente seguido de enxerto de tecido conjuntivo na região do dente 11 visando o ganho de tecido em altura e volume gengival. No pós-operatório de 30 dias observou-se completa cobertura da superfície peri-implantar e ganho de tecido queratinizado. Em um controle pós-operatório de 1 ano, a estética e harmonia foram obtidas com a opção de tratamento escolhida. O relato de caso evidenciou a necessidade do reconhecimento pelo cirurgião dentista das alternativas de cirurgias periodontais para suprir esses defeitos gengivais além de ilustrar uma das técnicas viáveis para solucionar este tipo de problema. Palavras-chaves: Implante Dentário Subperiósteo; Periodontia; Tecido Conjuntivo; Cirurgia Plástica. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 8 PERIODONTIA / IMPLANTODONTIA PLANEJAMENTO INTEGRADO NO TRATAMENTO REABILITADOR – RELATO DE CASO CLÍNICO. Leandro Henrique Galeti Lima ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Livia de Souza Tolentino Gustavo Nascimento de Souza Pinto Victor Hugo Guidini Roberta Sabóia Flávio Justo Resumo Com a evolução científica da Odontologia o passo mais importante que antecede qualquer intervenção clínica é a realização de um planejamento multidisciplinar adequado entre os profissionais, de forma que resulte em um prognóstico favorável e ainda, que alcance as expectativas do paciente. Logo, o objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico onde foi necessário um planejamento integrado para que a reabilitação do sorriso fosse alcançada. Paciente do gênero feminino, 40 anos de idade, compareceu ao consultório odontológico com insatisfação do seu sorriso. Ao exame clínico intra-bucal, foi observado um contorno gengival insatisfatório, agenesias dentárias dos incisivos laterais superiores, dentes conóides e um microdente. O tratamento envolveu manutenção do espaço através da ortodontia, extração de dente com anomalia, implantes, tratamento periodontal cirúrgico, próteses e restaurações. Palavras-chaves: Atendimento Integrado; Planejamento Multidisciplinar; Reabilitação Oral. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 9 PERIODONTIA GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE- DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTORELATO DE CASO Murilo Hernane Gonzalez Pimenta ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá (UEM) Flavia Martins Matarazzo Rafael de Oliveira Lazarin Cléverson de Oliveira e Silva Maurício Guimaraes Araújo A gengivite ulcerativa necrosante (GUN) é uma doença microbiana que ocorre no contexto de um defeito na resposta imunológica do hospedeiro. Caracteriza-se por dor intensa, necrose e descamação do tecido gengival. O objetivo do trabalho é relatar o caso clínico de GUN. Paciente do gênero feminino, 18 anos, compareceu ao setor de urgência da clínica odontológica da Universidade Estadual de Maringá se queixando de dor intensa e sangramento gengival. Durante a anamnese, paciente relatou não possuir nenhuma alteração sistêmica, escovar os dentes duas vezes ao dia, sem a utilização de fio-dental, e que havia passado por episódio de grande estresse recentemente. Clínicamente constatou-se a presença de sangramento gengival espontâneo e estimulado, necrose das papílas e gengiva marginal, grande quantidade de placa dentária. Como tratamento inicial, visando o controle da fase aguda da condição gengival, realizou-se debridamento mecânico suave dos restos necróticos seguido de irrigação com peróxido de hidrogênio 3% - 10 volumes, instrução de higiene bucal e prescrição de bochecho de digluconato de clorexidina 0,12%. Foi marcado retorno em dois dias para re-avaliação e sequência do tratamento. Palavras-chaves: Doenças agudas; Doença periodontal necrosante; Gengivite ulcerativa necrosante. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 10 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA PLANEJAMENTO INTEGRADO PERIODONTAL E RESTAURADOR – RELATO DE 3 CASOS CLÍNICOS Victor Hugo Fazoli Guidini ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Livia de Souza Tolentino Gustavo Nascimento de Souza Pinto Guilherme Santive Cardia Leticia Angelo Waleski Murilo Hernane Gonzalez Pimenta A aparência dos dentes e do tecido gengival ao redor dos dentes tem um papel muito importante na estética da região anterior da maxila já que, anormalidades na simetria e no contorno podem afetar significantemente a harmonia de uma dentição natural. O aumento de coroa clínica estético seguido de reanatomização dos dentes vem se tornando uma opção viável para pacientes com discrepâncias gengivais e dentárias. O objetivo deste trabalho é apresentar o planejamento integrado periodontal e restaurador de três casos clínicos. Pacientes com alterações na linha gengival do sorriso e com discrepâncias dentárias foram submetidos a um rigoroso controle de placa bacteriana e instrução de higiene bucal. Em seguida, optou-se pela realização de aumento de coroa clínica estética e reanatomização dos dentes antero-superiores com resina composta. Este trabalho evidenciou a necessidade de um conhecimento multidisciplinar do cirurgião-dentista para realização de um plano de tratamento adequado, visando uma maior estética do sorriso e satisfação do paciente para o sucesso do tratamento. Palavras-chaves: Cirurgia Oral; materiais dentários; terapia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 11 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA AVALIAÇÃO DO USO DE DUAS FORMAS DE TABACO NOS TECIDOS ORAIS Cibelly Borghette Ribas ([email protected]) Faculdade Ingá - Uningá Cléverson de Oliveira e Silva Washington Rodrigues Camargo Patrícia Saram Progiante Fabiano Carlos Marson O hábito do tabagismo entre jovens tem aumentado, o que pode trazer prejuízo aos tecidos orais. O narguilé tem sido a forma mais comum de uso de tabaco, porém, seus efeitos ainda são pouco conhecidos. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do cigarro e do narguilé na cavidade oral. Para tanto, foram selecionados 100 voluntários, de ambos os sexos, entre estudantes universitários, sendo estratificados em quatro grupos: fumantes de cigarro, fumantes de narguilé, fumantes de cigarro e narguilé e não fumantes. Foram avaliados os parâmetros periodontais de índice de placa, índice de sangramento à sondagem, profundidade de sondagem e recessão gengival. Também foi realizada uma avaliação estomatológica para verificar possíveis alterações na mucosa. Os resultados mostraram que, de uma forma geral, os indivíduos apresentam alto índice de placa e significativa proporção de indivíduos com recessão gengival, porém sem doença periodontal destrutiva. Além disso, os participantes apresentaram apenas algumas variações anatômicas, sem significado clínico. Em relação aos fumantes, o grau de dependência nicotínica apresentou-se, no geral, baixo. Desta forma, pode-se concluir que tanto o cigarro quanto o narguilé podem afetar os tecidos periodontais e que a falta de conhecimento sobre seus malefícios podem trazer prejuízos no futuro. Palavras-chaves: cigarro, narguilé, doença periodontal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 12 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA COLOCAÇÃO DE IMPLANTES CURTOS POSICIONADOS LATERALMEMENTE AO CANAL MANDIBULAR EM REBORDOS ATRÓFICOS. Gabriela de Souza Zimiani ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Roberto Masayuki Hayacibara Os implantes dentários são, frequentemente, o tratamento de escolha para substituir dentes perdidos. Porém, na mandíbula, há limitações que restringem seu uso, sendo necessário um diagnóstico criterioso para determinar a quantidade óssea presente. Dessa forma o presente estudo tem por objetivo avaliar a taxa de sucesso para uma técnica de colocação de implantes posicionados lateralmente ao canal mandibular com o auxílio de tomografia computadorizada, onde implantes curtos (6 e 8 mm) foram colocados. Participaram desta pesquisa 30 pacientes de uma clínica particular, que receberam 62 implantes. Os pacientes foram submetidos a um planejamento reverso, um guia cirúrgico de resina com tubo metálico foi confeccionado, e então passaram por um exame de tomografia computadorizada para o diagnóstico da posição do canal mandibular, assim os implantes eram colocados vestibularizados ou lingualizados em relação ao canal mandibular. Foram levantados os dados a partir dos prontuários dos pacientes após um período de até 6 anos. Nenhum dos implantes foi perdido, sendo que 3 pacientes apresentaram parestesia temporária de até 4 semanas, e apenas um caso de parestesia localizada permanente foi encontrado. Pode-se concluir que esta técnica é passível de aplicação, com previsibilidade desde que seja feito um correto diagnóstico da localização do canal mandibular. Palavras-chaves (Implante, Canal mandibular, Parestesia) XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 13 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA TÉCNICA DE REPOSICIONAMENTO LABIAL ASSOCIADO AO AUMENTO DE COROA. RELATO DE CASO. Marcelo Augusto Seron ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Livia de Souza Tolentino Gustavo Nascimento de Souza Pinto Renato Gonzales Forti Rachel Furquim Murilo Hernane Gonzalez Pimenta A exposição de um excesso gengival durante o sorriso acomete grande parte da população. A hiperatividade do músculo elevador do lábio superior é uma das causas do sorriso gengival e diversas são as técnicas propostas para minimizar as queixas desses pacientes, no entanto um correto diagnóstico e a definição da causa desse excesso são necessários para a seleção da técnica mais adequada visando melhorar a aparência do paciente. O objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico, de uma paciente do gênero feminino com queixa de sorriso gengival, utilizando a técnica de reposicionamento labial, com 6 meses de acompanhamento pós-cirúrgico. Houve uma significante diminuição de exposição gengival e a paciente obteve satisfação estética. Palavras-chaves: Cirurgia plástica periodontal; Lábios; Periodontia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 14 AREA: PERIODONTIA TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRURGICO: AVALIAÇÃO E EFEITO EM RELAÇÃO A HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA Bruna Paola Martins ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Cléverson O. Silva Ariane Tonet André Barbisan de Souza Fernanda Lobo Vitor Marques Sapata A hipersensibilidade dentinária, ou hiperestesia, é um desconforto momentâneo e estimulado, que atinge os túbulos dentinários expostos pela perda de estruturas do esmalte e também do cemento, deixando a dentina desprotegida, resultando em dor. A literatura mostra que a raspagem e alisamento radicular é uma das possíveis causas dessa hipersensibilidade. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da terapia periodontal não cirúrgica sobre a hipersensibilidade dentinária. Participaram do estudo 20 pacientes diagnosticados e tratados para periodontite crônica. Estes pacientes foram avaliados quanto à sensibilidade dentinária pela escala de VAS antes e de 10 a 14 dias após o tratamento. Os resultados mostraram ao final do tratamento uma diminuição significativa da hipersensibilidade dentinária. Pôde-se concluir que o tratamento periodontal não cirúrgico, associado a uma modificação dos hábitos de higiene, foi capaz de diminuir a hipersensibilidade dentinária em indivíduos com periodontite crônica. Palavras-chaves: hipersensibilidade, periodontite crônica , túbulos dentinários. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 15 PERIODONTIA AVALIAÇÃO DO GRAU DE PIGMENTAÇÃO GENGIVAL EM UMA POPULAÇÃO AFRODESCENDENTE Ariane Tonet([email protected]) Cléverson O. Silva Talita Tatiane de Carvalho Rocha Fernanda Lobo A pigmentação gengival nos tecidos da cavidade bucal é uma característica clínica presente em um grande número de indivíduos, sendo que a maior frequência de pigmentação melânica tem sido relatada na população negra, se apresentando principalmente na gengiva inserida e marginal livre. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a presença de pigmentação melânica gengival em pacientes afrodescendentes, classificando as variações das pigmentações quanto à distribuição, intensidade e extensão. Em uma investigação observacional transversal, 70 pacientes negros tiveram seus dentes anteriores superiores fotografados e classificados quanto ao ÍNDICE DE MELANIN, DE KROM, DOPI e foram utilizados para classificar as pigmentações gengivais quanto a distribuição, intensidade e extensão, respectivamente. Os resultados mostraram que a maior prevalência quanto a distribuição, foi de uma gengiva inserida pigmentada (33%) com a gengiva marginal livre não pigmentada. Quanto à intensidade, a mais frequente foi a pigmentação moderada (55,7%), sem diferença entre o lado esquerdo e direito. Quanto à extensão, a mais frequente foi uma faixa contínua entre incisivos e caninos (47,1%), sem diferença entre os quadrantes direito e esquerdo. Pode se concluir que a maioria dos indivíduos negros apresenta a gengiva inserida pigmentada, com intensidade moderada, estendendo-se de canino a incisivo central. Palavras-chaves: Pigmentação gengival, Melanina, Afrodescendentes. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 16 PERIODONTIA UTILIZAÇÃO DE MATRIZ COLÁGENA SUÍNA (MUCOGRAFT®, GEISTLICH) NO RECOBRIMENTO RADICULAR: REVISÃO DE LITERATURA Bianca Milene Presnal - [email protected] UniCesumar Thiago Arruda As recessões gengivais podem ser definidas como deslocamento da margem gengival apical da margem gengival em direção à junção muco-gengival, ocasionando exposição da superfície radicular, sendo elas múltiplas ou isoladas. A etiologia é multifatorial, podendo envolver hábitos de escovação traumáticos e abrasivos, inflamação da gengiva pela presença de placa bacteriana, posição cervical dos freios labial e lingual, dentre outros. Esse deslocamento gengival, além de prejuízo estético, pode provocar hipersensibilidade, impactação alimentar, facilitando o acúmulo de placa, levando ao maior risco de cáries radiculares e progressão da doença periodontal. O recobrimento radicular pode ser obtido através de várias técnicas. O enxerto de tecido conjuntivo é o mais utilizado, porém, pode trazer desconforto ao paciente devido à necessidade de dois sítios cirúrgicos. Tentando solucionar este problema, surgiram materiais alternativos, dentre eles podemos encontrar uma matriz 3D composta por colágeno suíno, que tem mostrado resultados satisfatórios e promissores. Esta revisão de literatura utilizou como meio de pesquisa banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados LILACS, Scielo, PubMed e MEDLINE no período de 2002 à 2015. Firmando que o uso da matriz colágena suína é eficaz, entretanto estudos devem ser realizados para avaliar o tratamento a longo prazo. Palavras-chaves: Recessão gengival, recobrimento radicular, enxerto. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 17 Periodontia/Implantodontia PERFIL PERIODONTAL DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Monique Cimão dos Santos ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Flávia Matarazzo Martins Nelí Pieralisi Daniele Ruggero da Costa Flávia Carneiro Tagliari Bisol A prevalência e severidade da doença periodontal em indivíduos com insuficiência renal crônica (IRC), comparados à população geral, é controversa na literatura. O objetivo deste estudo foi estabelecer o perfil periodontal dos indivíduos IRC (estágio 5) sob hemodiálise (HD) e submetidos ao transplante renal (Tx) e associar a condição periodontal com os testes de fluxo, ureia e pH salivar. Os parâmetros clínicos avaliados foram: profundidade de sondagem, nível clínico de inserção, sangramento à sondagem, índice de placa visível e índice de gengivite. Também foram realizados testes de fluxo, pH e ureia salivar. Vinte e dois indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 10 no grupo Tx e 12 no grupo HD. Dezoito dentre os 22 indivíduos apresentaram periodontite (81%). As médias dos parâmetros clínicos foram semelhantes nos grupos, exceto para nível clínico de inserção. Com base nos achados, obtivemos que a prevalência da doença periodontal é alta em indivíduos com IRC, e mais severa no grupo HD. Palavras-chaves: Insuficiência renal crônica, Uremia, Doença periodontal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 18 Periodontia/Implantodontia Pesquisa AVALIAÇÃO CLÍNICA DO TRATAMENTO DE RECESSÃO GENGIVAL CLASSE III DE MILLER UTILIZANDO ENXERTO CONJUNTIVO ASSOCIADO AO PRP Amanda Carolina Mazuquini ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Cléverson de Oliveira e Silva Flávia Carneiro Tagliari Bisol Yasmin Firmino de Souza Débora Reis Dias Rafael de Oliveira Lazarin O tratamento de recessões gengivais classe III de Miller é considerado um desafio na prática periodontal. O objetivo deste estudo clínico randomizado controlado foi avaliar clinicamente os resultados de recobrimento radicular usando enxerto de tecido conjuntivo sub-epitelial (SCTG) no tratamento de defeitos de recessão gengival Classe III de Miller e também um possível benefício do uso de plasma rico em plaquetas (PRP) associado a SCTG. Para isso, 22 pacientes com defeitos de recessão > 2,5mm pareados nos caninos superiores ou pré-molares foram tratados com SCTG associado (grupo teste) ou não (grupo controle) com PRP. No início do estudo e seis meses após o procedimento, os parâmetros clínicos: profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (CAL), o nível de recessão (RL) e largura ápico-cervical de tecido queratinizado (KT), foram avaliados. Observou-se que, em relação ao recobrimento radicular, não houve diferença clínica nem estatística entre o grupo teste (53,58%) e o controle (53,29%). Além disso, o PRP não foi capaz de melhorar os resultados de recobrimento radicular ou quaisquer outros parâmetros clínicos avaliados. Portanto, recessões gengivais Classe III de Miller tem um pequeno resultado quando se realiza SCTG e mesmo quando a técnica é associada ao PRP, não há melhor prognóstico. Palavras-chaves: Enxerto, recessão gengival, plasma rico em plaquetas (PRP). XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 19 PERIODONTIA INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA C REATIVA EM INDIVÍDUOS SISTEMICAMENTE SAUDÁVEIS COM PERIODONTITE CRONICA Flávia Carneiro Tagliari Bisol ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Cléverson de Oliveira e Silva André Barbisan de Souza Maurício Guimarães Araújo Monique Cimão dos Santos Amanda Carolina Mazuquini A periodontite é uma doença infecciosa que leva a respostas inflamatórias e dentre os mediadores liberados, há a proteína C - reativa (PCR) que quando em altos níveis, está relacionado com problemas cardíacos. Evidencias comprovam que pacientes com periodontite apresentam níveis mais elevados de PRC, no entanto, a maioria dos estudos incluem pacientes sistemicamente comprometidos. Portanto, este estudo relaciona os níveis de PCR em pacientes com periodontite crônica e indivíduos adultos saudáveis e avalia o efeito do tratamento periodontal não cirúrgico sobre os níveis de PCR, excluindo pacientes comprometidos sistemicamente. Para isso, foram selecionados 22 pacientes com periodontite crônica, grupo teste, e 22 indivíduos periodontalmente saudáveis, grupo controle. Foram obtidas as variáveis clínicas periodontais e os níveis de PCR nos dois grupos, sendo que o grupo teste passou por reavaliação dos exames após 60 dias. O nível de PCR no grupo de teste foi maior do que os valores correspondentes no grupo controle e após o tratamento periodontal no grupo teste houve melhorias em todas as variáveis clínicas periodontais. Portanto, a periodontite crônica promove níveis elevados de PCR e o tratamento periodontal não cirúrgico reduziu os níveis de PRC apenas em pacientes com elevados níveis da proteína. Palavras-chaves: doenças cardiovasculares; periodontite; proteína C – reativa. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 20 PERIODONTIA/ IMPLANTODONTIA PROCESSO ALVEOLAR E ESTRUTURAS ADJACENTES. ESTUDO EM TOMOGRAFIAS DE CONE-BEAM. Sabrina Vieira Botelho ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Maurício Guimarães Araúo Mônica Yuri Orita Misawa O processo alveolar sofre significativa redução dimensional após extração dentária. Recentes dados sugerem que a localização das estruturas do processo alveolar pode influenciar na quantidade de reabsorção óssea pós-extração. Foram selecionadas 93 tomografias computadorizadas de cone-beam de pacientes com dentes anteriores superiores hígidos. As medidas analisadas foram as distâncias do ápice ao osso vestibular e do ápice ao palato, inclinação dentária, espessura do osso vestibular nas distâncias 3,5 e 7 mm da JCE, área do processo alveolar, sua espessura, área basal, sua altura e largura e área palatina no centro dos dentes 13 ao 23.Os resultados apresentaram a média geral de todas as áreas do processo alveolar, osso basal e triângulo palatino com 108.96±36.67mm², 42.92±26.76mm² e 50.52±27.07mm, respectivamente. O canino apresentou maior área do processo alveolar e palatina com 143.37±35.44mm² e 67.23±30.25mm², menor distância do ápice ao osso vestibular (1.70 ± 0.73 mm) e menor espessura da tábua óssea vestibular (0.45±0.53) a 3 mm da JCE, além de apresentar maior inclinação dentária. Isso permite maior previsibilidade para colocação de implantes imediatos, uma vez que o canino tem maior disponibilidade óssea palatina. Esse conhecimento através da análise de tomografias,auxilia na reabilitação com implantes na região anterior da maxila. Palavras-chaves: Processo alveolar; Ápice radicular; Dentes anteriores. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 21 PERIODONTIA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O GRAU DE DEPENDÊNCIA NICOTÍNICA E A SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL Fernanda Dalas Andreassa ( [email protected]) – UEM Cléverson de Oliveira e Silva Flávia Matarazzo Martins O presente estudo buscou verificar a inter-relação do grau de dependência nicotínica com a severidade da doença periodontal. Foram selecionados cinquenta e quatro pacientes fumantes de ambos os sexos (63% eram do gênero masculino e 37% do gênero feminino), sistemicamente saudáveis, com faixa etária de 28-70 anos, para participar do estudo. O grau de dependência nicotínica foi determinado através do questionário de Fagerström. E os pacientes receberam uma avaliação periodontal, sendo classificados de acordo com o tipo de doença periodontal e a severidade da mesma. Os resultados demonstraram uma correlação entre o grau de dependência nicotínica e a severidade da doença periodontal. Além disso, também foi verificada correlação entre o grau de dependência nicotínica, o número de cigarros fumados por dia, a idade que o paciente começou a fumar e o tempo que o paciente tem esse hábito. Desta forma, existe uma relação entre a severidade da doença periodontal e o grau de dependência nicotínica e que, quanto mais jovem o indivíduo começa a fumar, maior é a probabilidade dele se tornar dependente. Palavras-chaves: Tabaco. Doença periodontal. Grau de dependência nicotínica. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 22 Área: Periodontia AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CIRURGIA DE REPOSICIONAMENTO LABIAL NA ATRATIVIDADE DO SORRISO Vinicius Castro Leal ([email protected]) Uningá Cleverson de Oliveira e Silva Fabiano Carlos Marson Patrícia Saram Progiante A exposição excessiva da gengiva durante o sorriso, conhecida como sorriso gengival, tem sido uma queixa estética comum entre muitos pacientes. O sorriso gengival tem variadas etiologias e diferentes tratamentos. Neste trabalho, foi avaliada a efetividade do tratamento do sorriso gengival através da cirurgia de reposicionamento labial na melhora da atratividade do sorriso. Foram apresentadas 22 imagens de 11 pacientes antes e depois da cirurgia para 50 avaliadores, que foram divididos em 5 grupos de 10 pessoas: acadêmicos de odontologia, periodontistas, dentistas não especializados em periodontia, leigos com queixa do próprio sorriso e leigos sem queixa. A avaliação foi feita pela escala visual analógica ( VAS). Os resultados demonstraram que houve um aumento significativo das notas após o tratamento de reposicionamento labial. Analisando cada grupo, exceto pelos estudantes, todos os demais deram uma nota significativamente maior para os sorrisos após a cirurgia. De uma forma geral, os homens deram notas maiores do que as mulheres, tanto antes quanto depois da cirurgia. Pode-se concluir que a cirurgia de reposicionamento labial promove uma melhora na atratividade do sorriso do paciente. Palavras-chaves: Sorriso, Estética, Periodontia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 23 PERIODONTIA AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA C APÓS TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA EM INDIVÍDUOS FUMANTES E NÃO FUMANTES: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO Murilo Hernane Gonzalez Pimenta ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá (UEM) Cléverson de Oliveira e Silva Jeniffer Perussolo Bruna Milhomens de Sousa Débora Bianco Fernanda Casavechia Petri Camila Caviquioli Sehaber Comprovadamente, fumantes possuem um nível mais baixo de vitamina C, a qual é importante para uma cicatrização ideal, tanto após procedimentos cirúrgicos como não cirúrgicos. Procedimentos invasivos causam uma diminuição nos níveis de vitamina C. Porém, não existem evidências de que o tratamento periodontal não cirúrgico cause alterações nos níveis de vitamina C. Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar se a terapia periodontal não cirúrgica, pela técnica de desinfecção de boca toda, promove uma diminuição nos níveis de vitamina C; Indivíduos fumantes, devido à maior necessidade metabólica da vitamina C, apresentam uma maior diminuição nos níveis de vitamina C do que os não fumantes após terapia periodontal não cirúrgica. Foram incluídos no estudo 12 indivíduos com idade entre 40-65 anos, que apresentem diagnóstico de periodontite crônica moderada ou severa. Os grupos foram divididos em 2 grupos testes: fumantes com doença periodontal (3), não fumantes com doença periodontal (3) e 2 grupos controles: fumantes sem doença periodontal (3), não fumantes sem doença periodontal (3). O sangue foi coletado no dia do tratamento, 1, 3, 7 e 30 dias após finalizado o procedimento. Desta forma, a terapia promoveu diminuição nos níveis de vitamina C e fumantes apresentam uma maior diminuição nos níveis dessa vitamina comparado a não fumantes. Palavras-chaves: Fumantes; Vitamina C; Periodontite. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 24 ÁREA: Periodontia/Implantodontia SUBCATEGORIA: Revisão de Literatura INFLUÊNCIA DO TABACO NO TRATAMENTO PERIODONTAL Nome do autor: Letícia Tiemi Arida ([email protected]) Instituição de Origem: UniCesumar Orientador: Maria Paula Botelho Jacobucci O objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise de revisão de literatura sobre os efeitos maléficos que o hábito de fumar pode resultar sobre o periodonto, no qual vem despertando um grande interesse a classe odontológica. Em que o tabagismo apresenta efeito deletério sobre a saúde bucal e, principalmente, no tratamento periodontal, constituindo como principal fator de risco para o agravamento e severidade das doenças periodontais. Foi realizada uma pesquisa de revisão de literatura com artigos incluindo amostras entre grupos de pessoas fumantes e não fumantes para avaliação sobre os impactos e efeitos resultantes do uso do tabaco no tratamento periodontal. Na qual, foram constatados que o uso indiscriminado do tabaco durante o tratamento periodontal apresentou efeitos negativos nas amostras, prolongando mais o tempo de tratamento e prejudicando a cicatrização dos tecidos consequentemente. Torna-se possível obter um tecido com doença periodontal influenciado pelo tabaco como fator de risco, em um tecido com características de normalidade dependendo da quantidade em anos que foi cessado o hábito de fumar. Desse modo, pode-se constatar que o uso do cigarro durante o tratamento periodontal prejudica e exerce impactos negativos para o sucesso do tratamento periodontal. Palavras – chave: Cigarro; Doença periodontal; Tabagismo; XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 25 ÁREA: Periodontia ENXERTO GENGIVAL MISTO COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTOS DE RETRAÇÕES E FALTA DE GENGIVA QUERATINIZADA. RELATO DE CASO. Camila Navarro Leme [email protected] UniCesumar Livia de Souza Tolentino Murilo Hernane Gonzalez Pimenta Gustavo Nascimento de Souza Pinto Um dos principais objetivos da cirurgia plástica periodontal é solucionar problemas associados com a falta de gengiva inserida tanto em volume quanto em altura. No entanto, em alguns casos apenas uma cirurgia de enxerto de tecido conjuntivo com um reposionamento coronal do retalho não é suficiente para sanar o problema. Isso se deve ao fato de que para realizar um recobrimento é necessário um mínimo de quantidade de gengiva queratinizada. Se esta não existir, fica inviável a resolução do problema em apenas uma etapa. Desta forma, foi introduzido na prática clínica um procedimento no qual o tecido conjuntivo e uma faixa de tecido epitelial é removido da área doadora e posicionado na área receptora com intuito de aumentar a área de tecido queratinizado ao redor do dente e também realizar o recobrimento radicular em apenas uma cirurgia, diminuindo custos e morbidade do paciente. Desta forma, o objetivo deste trabalho é de relatar um caso clínico no qual a técnica do enxerto misto foi o tratamento de escolha. Palavras-chaves: Enxerto Misto, Recessão Gengival; Gengiva Queratinizada. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 26 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA TRATAMENTO DE GRANULOMA PIOGÊNICO EM ÁREA ESTÉTICA - RELATO DE CASO Danyelly Alline Angeli ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá/Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP Luana Carla Pires Suzane Pigossi Mario Henrique Arruda Verzola Rose Mara Ortega O granuloma piogênico é uma lesão de origem proliferativa inflamatória que acomete tecidos moles em resposta à fatores como irritação local e trauma. O objetivo desse relato de caso é demonstrar uma opção para o tratamento de lesões em área estética. Paciente E.M., sexo feminino, 42 anos, compareceu ao consultório encaminhada do protesista, com uma lesão na cervical do dente 21, surgida após a instalação de provisório para coroa total. Após avaliação clínica e radiográfica, a hipótese diagnóstica foi de granuloma piogênico, confirmada posteriormente pelo exame anatomopatológico. A remoção da lesão causou uma diferença estética na altura cervical do dente 21, comparado ao dente 11. Para planejamento da reabilitação estética, foi realizado um enceramento do resultado esperado no aumento de coroa clínica e nas restaurações, e um mock up foi confeccionado para ser utilizado durante o tratamento. A paciente realizou o aumento de coroa clínica e aguarda reabilitação estética. Conclui-se então, que a presença de lesões em área estética, necessita de uma abordagem cirúrgica planejada, tendo em vista a harmonia da estética rosa do sorriso. Palavras-chaves: Granuloma piogênico; estética rosa; planejamento. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 27 Periodontia/Implantodontia TRATAMENTO INTEGRANDO PERIODONTIA, ORTODONTIA E DENTÍSTICA RESTAURADORA EM UM CASO DE PERIODONTITE AGRESSIVA: ACOMPANHAMENTO DE 6 ANOS Debora Reis Dias ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Roberto Masayuki Hayacibara Edna A. Khoury Renata Côrrea Pascotto A periodontite agressiva pode comprometer função e estética, tornando seu tratamento complexo na reabilitação. É necessário uma abordagem multidisciplinar, assegurando uma estreita cooperação entre a equipe a fim de promover uma melhora significativa. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de tratamento integrado periodontal, ortodôntico e de dentística restauradora. Paciente do gênero feminino, 48 anos, fumante, apresentou-se com queixa estética e de mal posicionamento dentário. Fez tratamento periodontal há 15 anos. Relatou que outros profissionais indicaram a exodontia de todos os elementos. No exame inicial, praticamente todos os dentes apresentaram bolsas, mobilidade e recessões. O diagnóstico foi de periodontite agressiva generalizada. Após controle efetivo de placa bacteriana, terapia periodontal básica e reavaliação, o único dente perdido foi o 17. A paciente foi encaminhada para tratamento ortodôntico a fim de corrigir a movimentação dos dentes resultante da periodontite, com manutenções periodontais a cada 5 meses. Após a remoção do aparelho, foi realizada uma contenção definitiva. Segue em acompanhamento por 6 anos. Sendo assim, é importante ressaltar que a abordagem integrada é fundamental para se obter resultados funcionais e estéticos bem sucedidos. Palavras-chaves: Periodontite Agressiva; Ortodontia; Estética Dentária. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 28 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA PERIODONTITE AGRESSIVA GENERALIZADA. TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE 17 ANOS. RELATO DE CASO CLÍNICO. Gabriela de Souza Zimiani ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Roberto Masayuki Hayacibara A periodontite agressiva acomete indivíduos clinicamente saudáveis, caracterizando-se por rápida perda de inserção, destruição óssea e possui elevados riscos de perdas dentárias e comprometimento da função e estética. Diante disso, este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de periodontite agressiva com tratamento integrado e acompanhamento de 17 anos. Paciente OC do gênero feminino, 38 anos, apresentou-se frustrada frente ao diagnóstico de extração de todos os elementos superiores realizado por 3 periodontistas. Após o diagnóstico de periodontite agressiva, foi iniciado tratamento periodontal básico associado a medicamento para posteriormente terapia periodontal de suporte com acompanhamento trimestral inicialmente que se estendeu ao longo dos anos. Após três anos em terapia periodontal de suporte e estabilidade no índice de placa, realizou-se o tratamento estético restaurador constituindo-se da instalação de facetas de resina com contenção definitiva em todos os dentes superiores anteriores. A paciente se encontra em acompanhamento por 17 anos com índice de placa, profundidade de sondagem e inflamação gengival estáveis e não houve a necessidade de exodontia de nenhum elemento. Dessa forma a saúde periodontal, manutenção dentária e estética é possível de maneira satisfatória em pacientes com periodontite agressiva quando associada a um bom planejamento, colaboração do paciente e acompanhamento constante. Palavras-chaves (Periodontite Agressiva, Motivação, Terapia Periodontal de Suporte) XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 29 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA CIRURGIA ESTÉTICA PERIODONTAL NA CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVOSO: RELATO DE CASO CLINICO. Juliana Bertolin ( [email protected]) UniCesumar Lívia Tolentino Lucas Louzano Guilheme Murilo Hernane Gonzalez Pimenta O padrão de beleza imposto pela sociedade nos dias de hoje envolve a questão de um sorriso harmonioso. Desta forma, um dos grandes desafios para os cirurgiões dentistas é a correção de um sorriso gengival. Porém, em alguns casos, a solução ideal e mais correta não é a de escolha da paciente por diversas implicações. Desta forma, o objetivo deste trabalho é de ilustrar um caso clínico no qual a paciente se queixava do sorriso gengival e que este tinha um grande impacto na sua autoestima. A opção de tratamento menos invasiva encontrada e de escolha da paciente, foi a realização de uma cirurgia de aumento de coroa clínica de molar a molar, com desgaste das exostoses e posteriormente, após a finalização da ortodontia, foi proposto um tratamento restaurador com facetas diretas. Este trabalho evidenciou o quanto a cirurgia plástica periodontal foi importante no resultado parcial do caso clínico e no reflexo psicológico da paciente. Além disso, destacar que não foi preciso optar por um tratamento mais invasivo para sanar a queixa da paciente. Palavras-chaves: cirurgia estética periodontal; sorriso gengival; correção gengival. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 30 Área: Periodontia AUMENTO DE COROA CLÍNICA E REANATOMIZAÇÃO COM RESINA COMPOSTA: RELATO DE CASO CLÍNICO Lucas Louzano Guilherme UniCesumar Lívia Tolentino Juliana Bertolin Lays Oliveira Chaves Guilherme Cárdia Murilo Hernane Gonzalez Pimenta Nos dias de hoje a estética do sorriso tem sido extremamente valorizada. Em muitos casos, aqueles em que a insatisfação do sorriso é observada, um impacto psicológico negativo acompanha o dia a dia desses pacientes. A cirurgia plástica periodontal associada a reanatomizações com resina composta são consideradas uma boa arma para ser utilizada no melhoramento da harmonia dos dentes e gengiva. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico no qual um aumento de coroa clínica e posterior reanatomização com resina composta foi realizada. O paciente foi submetido ao procedimento de aumento de coroa clínica de canino a canino através do procedimento cirúrgico de gengivectomia e osteotomia. Após 45 dias foi dado início ao clareamento dentário e 1 semana após a finalização do clareamento, reanatomizações com resina composta foram confeccionadas. Após 7 dias o acabamento e polimento final foram realizados. Este caso clínico evidenciou o quanto a reconstrução do sorriso foi importante no reflexo psicológico do paciente, além de proporcionar harmonia e estética ao sorriso. Palavra-chaves: Gengivectomia; Cirurgia plástica; Reanatomização. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 31 ÁREA: PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA AUMENTO DE COROA CLÍNICA ESTÉTICA, RELATO DE CASO CLÍNICO Thaís Caroline Olímpio ([email protected]) UniCesumar Thiago Arruda Um sorriso considerado belo depende de vários fatores, como a cor, anatomia gengival, tamanho e forma dos dentes, formando assim um sorriso harmônico. Vivemos em um mundo onde a estética como um todo está a cada dia mais valorizada, e o sorriso é considerado o nosso “cartão de visita”. Assim, um sorriso desarmônico, com exposição exagerada da gengiva, denominado sorriso gengival, pode gerar incômodo para o paciente, fazendo com que sua autoestima e convívio social sejam afetados. Sua etiologia tem sido atribuída a vários fatores como: lábios superiores curtos extrusão dentoalveolar, hiperplasia gengival inflamatória ou medicamentosa, excesso vertical do osso maxilar, erupção passiva alterada e a associação de dois ou mais destes fatores citados. O tratamento utilizado para correção dessa assimetria é o aumento de coroa clínica estético. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico, em uma paciente do sexo feminino, T.C.O, 20 anos, para correção de assimetria dos dentes anteriores (13, 12, 11, 21, 22, 23) utilizando as técnicas de gengivoplastia associada à osteotomia. Palavras-chaves: Gengivoplastia, aumento de coroa clínica estético, sorriso gengival. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 32 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA COMPARAÇÃO ENTRE DOIS TIPOS DE ENXERTO PARA RECOBRIMENTO RADICULAR Yasmin Firmino de Souza ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Cléverson de Oliveira e Silva Amanda Carolina Mazuquini Ariane Tonet A recessão gengival é resultado da migração apical de tecidos gengivais marginais, e pode ocorrer por meio de inflamação periodontal induzida por placa e por trauma ocasionado pela escovação. Isso ocasionará uma exposição da superfície radicular, que pode levar a uma hipersensibilidade dentinária, favorecer o aparecimento de lesões cariosas na superfície radicular e pode se tornar um motivo para queixas estéticas do paciente. Nosso objetivo é por meio de dois casos clínicos comparar o enxerto gengival livre e enxerto de tecido conjuntivo livre, na tentativa de resolver a recessão, abordando aspectos relacionados a taxas de sucesso de recobrimento radicular e resultado final estético. Dois pacientes apresentando recessão gengival em incisivos inferiores tiveram seus dentes recobertos, um com a técnica de enxerto gengival livre e outro com o uso do enxerto de tecido conjuntivo livre. Os resultados clínicos, após 6 meses, foram semelhantes, porém um melhor resultado estético, com tecido de coloração mais próxima aos dos dentes vizinhos, com a técnica do conjuntivo livre. Pode-se concluir que o enxerto de conjuntivo livre, usado de forma semelhante ao gengival livre, consegue associar os resultados estéticos com a boa formação de tecido queratinizado. Palavras-chaves: Enxertos, Recessão gengival, Estética. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 33 ÁREA: PERIODONTIA TÉCNICA MODIFICADA DE REPOSICIONAMENTO LABIAL PARA REDUÇÃO DO SORRISO GENGIVAL: RELATO DE DOIS CASOS Ísis de Fátima Balderrama ([email protected]) – FOB-USP María Alejandra Frías Martínez Jefrey Elias Rojas Paulus Yvonne Kapila Sebastião Luiz Aguiar Greghi Maria Lúcia Rubo de Rezende A hipermobilidade labial é um dos fatores etiológicos do sorriso gengival, cuja opção de tratamento é a cirurgia de reposicionamento labial. A técnica cirúrgica tradicional não prevê a visualização confiável do resultado. Os relatos de casos apresentam o tratamento de dois pacientes com exposição gengival excessiva, os quais foram submetidos a uma modificação da técnica original de Jacobs (2013). A técnica consistiu na aproximação das margens teciduais da mucosa do lábio superior temporariamente por suturas que serviram como guias para as incisões. Estas foram realizadas coincidentes ou à distância da linha de sutura temporária de acordo com o desejo do paciente em relação à quantidade de exposição gengival. Depois de removido o tecido compreendido entre as incisões, as suturas temporárias foram substituídas por suturas permanentes aproximando as margens dos tecidos e trazendo o lábio para uma posição mais próxima da junção mucogengival. O resultado foi a diminuição da profundidade do vestíbulo e a limitação da mobilidade labial. Esses relatos comprovam que a modificação proposta da técnica cirúrgica de reposicionamento labial permite que os pacientes pré-visualizem e prescrevam o incremento desejado de redução gengival. Palavras-chaves: sorriso gengival, cirurgia plástica periodontal, odontologia estética. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 34 PERIODONTIA/IMPLANTODONTIA Pós DIMENSÕES GENGIVAIS E FENÓTIPOS EM NEGROS Árthur Fracasso Stefano ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Cléverson Oliveira Silva Sandra Rebonatto Fabiano Carlos Marson As características anatômicas gengivais são importantes na determinação do perfil de risco do indivíduo para certas condições periodontais, tais como recessão gengival, e os resultados da terapia periodontal não cirúrgica e cirúrgica. Apesar da importância clínica das características anatômicas gengivais, e apesar do grande número de trabalhos publicados sobre o tema, a literatura existente documentou esses recursos apenas em caucasianos ou asiáticos, mas não em negros. O objetivo deste estudo observacional transversal foi investigar características gengivais e fenótipo periodontal em uma população negra. Setenta voluntários negros tiveram os incisivos centrais, laterais e caninos superiores avaliados quanto a espessura (EGI) e largura (LGI) de gengiva inserida, a profundidade (PS), comprimento da coroa (CC) e largura (LC) e relação comprimento/largura da coroa. As dimensões gengivais encontradas indicam que incisivos tem maior largura de gengiva inserida do que caninos, um resultado consistente com estudos em caucasianos e asiáticos. No geral, as dimensões gengivais encontradas em negros são semelhantes as previamente relatadas em outros grupos étnicos. Palavras-chaves: Fenótipo; Periodonto; Étnico XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 35 ARÉA: Periodontia/Implantodontia A INTERLEUCINA 17A ESTÁ ASSOCIADA COM A SUSCETIBILIDADE À DOENÇA PERIODONTAL CRÔNICA Joana Maira Valentini Zacarias ( [email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Ana Maria Sell Emília Ângela Sippert Patrícia Yumeko Tsuneto Cléverson de Oliveira e Silva Jeane Eliete Laguila Visentainer A Doença periodontal crônica é uma doença inflamatória multifatorial que afeta o tecido de suporte dos dentes e destrói o osso alveolar. Um estudo caso-controle foi realizado em pacientes com doença periodontal crônica (DPC) e controles saudáveis com o objetivo de avaliar uma possível associação entre o polimorfismo da interleucina 17A (IL17A) G197A (rs2275913) e a DPC. A genotipagem foi realizada por metodologia PCR-RFLP. Os softwares OpenEpi e SNPStas foram utilizados para calcular Qui-quadrado com correção de Yates ou teste exato de Fisher, odds ratio (OR), intervalos de confiança de 95% (IC) e o equilíbrio de Hardy-Weinberg. O genótipo IL17A AA foi mais frequente em pacientes com DPC nos modelos de codominância e recessividade (𝑃 = 0,09, OR = 2,53 e 𝑃 = 0,03,OR = 2,46, respectivamente), em mulheres com DPC (𝑃 = 0,01, OR = 4,34), em pacientes caucasianos (𝑃 = 0,01, OR = 3,45) e em pacientes caucasianos não fumantes (𝑃 = 0,04, OR = 3,511). O alelo IL17A A foi mais frequente em caucasianos com DPC (𝑃 = 0,04, OR = 1,59). O polimorfismo IL17A rs2275913, genótipo IL17A AA e o alelo A foram associados à suscetibilidade à doença periodontal crônica nos pacientes do sul do Brasil. Palavras-chaves: Citocinas, Doença periodontal, Polimorfismo de nucleotídeo único. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 36 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Dentística busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 37 DENTISTÍCA FACETA DIRETA EM DENTE ANTERIOR COM ESCURECIMENTO PÓS TRAUMATISMO Jéssica Behrens Crispim ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá Margareth Calvo Pessutti Nunes Atualmente, a busca pela estética tem influenciado diretamente a odontologia. O traumatismo dentário é uma das causas que pode interferir na estética do sorriso. O dente, após o trauma, pode sofrer um escurecimento causado pelo extravasamento de sangue causado pela hemorragia pulpar, quebrando a harmonia do sorriso. Alguns métodos tem sido utilizados para alcançar um sorriso harmônico, natural e que satisfaça o indivíduo esteticamente. Uma das alternativas é o facetamento direto, no qual apenas o profissional é o responsável pela resolução estética, não dependendo de laboratório, e assim, diminuindo o custo e diminuindo o tempo de tratamento, o qual é feito em apenas uma sessão. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico com faceta direta em um dente que sofreu traumatismo e posterior escurecimento. Por mais que as facetas indiretas apresentem excelência estética e durabilidade, nesse caso, depois de alguns testes com o laminado cerâmico, foi optado pela confecção de uma faceta direta, pois este agradou mais esteticamente. O sucesso da odontologia estética é alcançado quando a harmonia do sorriso, a função e a saúde são alcançadas e o paciente se sente seguro e confortável com seu sorriso. Palavras-chaves: Faceta direta, Traumatismo dentário, Estética. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 38 DENTÍSTICA INCIDÊNCIA DE CÁRIE EM PACIENTES HEMODIALISADOS COM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS Isadora Mecca Martinelli ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Mayara Câmara Buss Nelí Pieralisi Flavia Matarazzo Raquel Sano Suga Terada A insuficiência renal crônica tem aumentado no Brasil e no mundo. A diálise e o transplante do órgão realizam as funções do rim deficiente. Esses pacientes podem acumular produtos residuais metabólicos, que contribuem para o estado frequente de imunossupressão. Logo, é importante diagnosticar e tratar doenças infecciosas, como a cárie. O objetivo desse trabalho é investigar, na literatura, a presença de cárie em pacientes hemodialisados, comparando a incidência em crianças e adolescentes e pacientes adultos. Foi utilizado o trabalho realizado pela UEM no ano de 2014, além de pesquisa na base de dados Pubmed, 2000-2015, com palavras-chaves “Urea”, “Dental Caries”. Os estudos mostram menor incidência à cárie em pacientes hemodialisados jovens comparados aos jovens saudáveis, aumento do pH e nenhuma alteração estatisticamente considerável no fluxo salivar, os hemodialisados relatam fazer higiene diária várias vezes ao dia. Já nos pacientes adultos hemodialisados frente a pacientes transplantados (características dentais semelhantes a saudáveis), índice de cárie foi maior, pH maior e o fluxo salivar sem alteração significativa, entretanto, os hemodialisados relatam não fazer higiene nem consulta ao dentista com regularidade. Portanto, além da higiene, o dentista tem importante papel na orientação e tratamento do paciente com IRC, reduzindo foco de infecções. Palavras-chaves: cárie, insuficiência renal crônica, uremia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 39 DENTÍSTICA REANATOMIZAÇÃO DE INCISIVOS LATERAIS E RECUPERAÇÃO DE GUIA CANINA: APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO Autor: Gabriela Nayara Regatieri ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientadoras: Margareth Calvo Pessutti Nunes; Raquel Sano Suga Terada Na estética do sorriso, os incisivos superiores são considerados essenciais quando se avalia a proporção dentária. A reanatomização consiste em uma abordagem restauradora empregada com resina composta para remodelação estética de dentes, os quais se encontram desarmônicos quanto à estética na arcada dentária. O objetivo deste trabalho é realização da reanatomização dos incisivos laterais superiores e recuperação de guia do canino superior, devolvendo a estética e a harmonia do sorriso. Para isso, será apresentado o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, que se apresentava insatisfeita com seus incisivos laterais de forma conóide e ausência de anatomia no canino superior direito. Na etapa preparatória, foi realizado o planejamento do caso, realizando-se a moldagem e confecção do modelo de estudo. Posteriormente, fez-se o enceramento diagnóstico dos dentes e confecção de uma muralha de silicone. Antes da etapa restauradora, foram realizados desgastes do dente 22 para adequação deste com o plano vestibular do arco dental, com discos de lixa e posterior reanatomização com resina composta. Para o procedimento restaurador, utilizou-se uma resina de nanopartícula: inicialmente a aplicação de uma resina translúcida para confecção da superfície palatina e incisal e posteriormente uma resina opaca, com preenchimento final de uma resina de esmalte. Palavras-chaves: Reanatomização, Estética, Sorriso. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 40 Dentística REMODELAÇÃO DO SORRISO COM USO DE RESINAS COMPOSTAS Gabriela Menegazzi Caseiro ([email protected]) Universidade Estadual de Londrina - UEL Fátima Cristina de Sá Fábio Sene Mayara Manginelli Freitas Os materiais estéticos, no caso as resinas compostas, com suas excelentes propriedades ópticas são excelentes opções para remodelação dos dentes anteriores proporcionando naturalidade, longevidade e ótimo custo benefício. Paciente, sexo feminino, 23 anos, procurou atendimento odontológico, relatando vontade de clarear e aumentar seus dentes antero-superiores. No exame clinico verificou-se a presença de diastemas entre os dentes 13 ao 23. Inicialmente os dentes foram clareados pela técnica caseira utilizando peróxido de hidrogênio a 7,5% ( White class – FGM), 1 hora por dia. Após 3 semanas, realizou-se o enceramento diagnóstico da paciente e confecção de uma matriz palatina nos dentes 13 ao 23. Duas semanas após o fim do clareamento foi feita a remodelação dos dentes antero-superiores da paciente utilizando-se resina composta Opallis (FGM) na seguinte sequencia: esmalte palatino trans neutral, dentina B1 na cervical, dentina Bleach no terço médio e incisal e finalização com esmalte bleach médium. Na mesma sessão foi realizado o ajuste oclusal e acabamento inicial e uma semana depois o acabamento, reanatomização e polimento final.O uso de resinas compostas associadas a técnicas de clareamento, junto com um planejamento adequado, proporcionou, de forma muito natural e harmônica, a remodelação dos dentes antero-superiores. Palavras-chaves: resina composta, estética dental, remodelação do sorriso XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 41 Dentística RESTABELECIMENTO DO SORRISO COM LENTES DE CONTATO – RELATO DE CASO CLÍNICO Natalia Binhardi ([email protected]) - Universidade Estadual de Maringá Orientador: Margareth Calvo Pessutti Nunes Resumo: A harmonia entre os dentes é uma condição desejada por muitos indivíduos, resultando na procura cada vez mais expressiva de tratamentos inovadores para obtenção de um sorriso perfeito. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso clínico de planejamento e confecção de lentes de contato, descrevendo a sequência de procedimentos até o restabelecimento do sorriso da paciente K.C. P., do gênero feminino, de 21 anos, que afirmou estar insatisfeita com seu sorriso. Este tipo de tratamento consiste de uma lâmina extremamente fina confeccionada com porcelana e está indicado em diversas situações clínicas tais como fechamento de diastemas, correção de dentes com cor ou forma alterada, alterações de esmalte, em dentes desgastados ou fraturados. A realização de uma técnica extremamente conservadora com excelente reprodução estética, tem sido a maior justificativa da crescente popularização das lentes de contato. Palavras-chaves: lentes de contato, diastemas, estética. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 42 ÁREA: DENTÍSTICA REABILITAÇÃO CONSERVADORA E ESTÉTICA EM DENTE ANTERIOR FRATURADO – ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR Felipe de Brum Ricardi ( [email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Virgínia Bosquiroli Alexandre Marcos Bandeira Natalindo Satio Inagaki Juliana Cristina Bonani Saqueti Os incisivos superiores são os dentes mais acometidos por fratura em casos de acidentes. Por estarem localizados numa posição mais anterior na face, são as primeiras estruturas a receber o impacto e amortecê-lo. O tratamento preconizado em fraturas, é baseado no tipo de dano e, as estruturas atingidas orientam o procedimento e o prognóstico dependendo do grau de envolvimento e do tempo transcorrido entre o acidente e o atendimento. O presente trabalho aborda aspectos de interesse clínico relacionados à reabilitação multidisciplinar estético-funcional de fratura em dentes anteriores. Para tanto foi realizado anamnese, exame clínico e radiográfico, diagnóstico e planejamento multidisciplinar para o tratamento do dente 11. O exame clínico e radiográfico evidenciou fratura coronal a nível subgengival, por isso, realizou-se tratamento endodôntico seguido do reforço radicular e cimentação do pino de fibra de vidro. Devido o envolvimento do espaço biológico do dente supracitado e a mesialização dos dentes 12 e 21, realizou-se uma abordagem ortodôntica. A restauração definitiva foi realizada com resina composta, visando sua mimetização com a referência no dente 21, seguido de acabamento e polimento. Conclui-se que o tratamento reabilitador multidisciplinar integrado, representa uma decisão terapêutica conservativa da estrutura dental remanescente em casos de fraturas coronárias complicadas. Palavras-chaves: cárie radicular, necrose da polpa dentária, traumatismo dentário. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 43 ARÉA: Dentística INTERAÇÃO QUÍMICA ENTRE UM ADESIVO AUTOCONDICIONANTE COMERCIAL CONTENDO 10-MDP E A DENTINA EM LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS Nome autor: Bruna Medeiros Bertol de Oliveira ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Adriana Lemos Ubaldini Co-Autor: Francielle Sato Co-Autor: Mauro Luciano Baesso Co-Autor: Antônio Carlos Bento RESUMO O objetivo deste trabalho foi analisar as interações químicas entre sistema adesivo autocondicionante contendo o monômero funcional 10 meta-criloiloxidecil diidro-genofosfato (10-MDP) e lesões cervicais não cariosas (LCNCs). Foram utilizados 4 dentes com LCNC natural na face vestibular. Para controle, foram confeccionados defeitos artificiais na face lingual hígida dos mesmos dentes, com extensão e profundidade aproximadas à LCNC natural. As amostras foram submetidas à espectroscopia micro-Raman (MR) para quantificar o teor mineral. As análises por Espectroscopia Fotoacústica no infravermelho por transformada de Fourier (PAS-FTIR) foram realizadas antes e após a aplicação do adesivo para avaliar a proporção orgânica/mineral (M:M) e interações químicas entre substrato dentinário e adesivo. Os espectros MR e PAS-FTIR das LCNCs demonstraram uma área maior da banda atribuída ao mineral da dentina (961cm-1) e uma menor proporção M:M, respectivamente, caracterizando uma área hipermineralizada, comparada à dentina controle. Os espectros PAS-FTIR das LCNCs evidenciaram um incremento da área da banda atribuída ao grupo fosfórico (1179cm-1) após o tratamento, em comparação à dentina controle, indicando aumento da intensidade das ligações P=O. Os resultados sugerem que a adesão do adesivo autocondicionante com 10-MDP é mais intensa nas LCNCs, comparada à dentina controle, devido à sua superfície hipermineralizada. Palavras-chaves: Dentina, Análise Espectral Raman, Espectroscopia Infravermelho Transformada de Fourier XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 44 ARÉA: DENTÍSTICA IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NAS CONDIÇÕES BUCAIS Nome autor: Ilma Carla de Souza Porcelli- [email protected] Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá-Paraná. Orientadora: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Margareth Calvo P. Nunes Co-Autor: Sandra Mara Maciel RESUMO: A literatura correlaciona a gastroplastia com problemas bucais como cárie dentária, hipossalivação e perimólise. O objetivo deste estudo foi analisar os reflexos da cirurgia bariátrica e metabólica no padrão de saúde bucal. Vinte e nove pacientes responderam a um questionário, dos quais 18 aceitaram ser submetidos ao exame clínico após a gastroplastia. As condições bucais avaliadas foram: prevalência de cárie dentária (índice CPOD), erosão dentária (índice de ECCLES), fluxo salivar e sensibilidade dentinária. Verificou-se complicações bucais e sistêmicas decorrentes da cirurgia bariátrica, como cárie dentária (55%), erosão ácida (28%), hipossalivação (27%), sensibilidade dentinária (48%), casos de refluxo gastroesofágico (55%), indução de vômito (90%), aparecimento de anemia (27%), mudança da qualidade de compulsão alimentar, como consumo de doce (38%), ingestão de alimento e/ou bebida ácida (58%), hábitos parafuncionais (55%) e ansiedade (65%). Os resultados do presente estudo corroboram com a literatura que a gastroplastia influi negativamente na saúde bucal, tornando o paciente susceptível ao desenvolvimento dos agravos avaliados. A integração do odontólogo à equipe multidisciplinar é imprescindível ao diagnóstico e tratamento precoce das lesões de cárie e perimólise, além da conscientização sobre formas de prevenção e tratamento de outras repercussões na saúde bucal. Palavras-chaves: Cirurgia bariátrica. Saúde bucal. Erosão dentária. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 45 DENTÍSTICA AVALIAÇÃO DA ESPESSURA DA ZONA DE DIFUSÃO E DA PRESENÇA DE INTERAÇÕES QUÍMICAS ENTRE A DENTINA E DIFERENTES CIMENTOS RESINOSOS. Adriana Lemos Mori Ubaldini do Amaral [email protected] Universidade Estadual de Maringá Renata Corrêa Pascotto Mauro Luciano Baesso Ana Raquel Benetti Anne Peutzfeldt Franciele Sato O objetivo deste estudo in vitro foi analisar a presença de interação química e a espessura da zona de difusão entre a dentina e diferentes cimentos resinosos. Três cimentos resinosos foram testados: G1- convencional ( Variolink II, Ivoclar/Vivadent); G2- autocondicionante (Panavia F2.0, Kuraray) e G3- autoadesivo (RelyX Unicem 2, 3M ESPE). A análise da interação química foi realizada pela espectroscopia MicroRaman (MRS) de amostras de pó de dentina radicular humana misturada aos materiais adesivos na proporção 1:1 (n=3). Pinos de fibra de vidro foram cimentados no canal radicular de incisivos humanos (n=3) e seccionados longitudinalmente. A espessura da zona de difusão foi mensurada pelo ajuste de Boltzman a partir da intensidade das bandas dos grupos funcionais dos cimentos (1113cm-1) obtidos de varreduras MRS na zona de transição entre a dentina e cada cimento. A interação química entre a dentina e os diferentes cimentos foi identificada em todos os grupos pela modificação nas bandas referentes aos monômeros resinosos (1640cm-1 e 1458cm-1). A espessura média (µm) da zona de difusão foi: G1- 2,2 (+0,6); G2-1,8 (+0,7); G3-1,8 (+0,3). Todos os cimentos analisados apresentaram algum tipo de interação química com a dentina. A zona de difusão dentina/cimento apresentou-se mais espessa no cimento convencional. Palavras-chaves: Análise Espectral Raman, Cimentos Dentários, Adesivos Dentinários XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 46 ARÉA: Dentística UTILIZAÇÃO DO DIGITAL SMILE DESIGN PARA PLANEJAMENTO E COMUNICAÇÃO NA ODONTOLOGIA ESTÉTICA: RELATO DE CASO Nome autor: Nallu Gomes Lima Hironaka ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Adriana Mori Ubaldini Co-Autor: Bruna Medeiros Bertol de Oliveira Co-Autor: Ilma Carla de Souza Porcelli Resumo Alguns métodos e técnicas têm sido adotados para que seja alcançada maior estética do sorriso. Uma das alternativas de tratamento estético são os laminados cerâmicos, porém algumas falhas dessas restaurações poderiam ser explicadas pela falta de comunicação e informação entre o cirurgião-dentista e o técnico em prótese dentária, pois, essas informações poderiam ser restritas, ficando a critério do técnico o desenho do sorriso do paciente. Frente à isso, o Digital Smile Design (DSD) é uma ferramenta de planejamento odontológico digital que consiste no desenho de linhas e formas de referência sobre as fotografias do paciente, com o objetivo de fortalecer a visão de diagnóstico, melhorar a comunicação entre a equipe de trabalho e aumentar a previsibilidade ao longo do tratamento. Portanto, o uso do DSD fornece ao técnico os dados visuais do paciente, considerando seu aspecto facial, de forma a direcionar a confecção das restaurações. Além disso, a apresentação dinâmica do caso aumenta as chances de aceitação, pelo paciente, ao plano de tratamento proposto, comparando o antes e depois. Sendo assim, o objetivo desse relato de caso foi descrever o protocolo clínico e de restabelecimento estético com auxílio do Digital Smile Design (DSD), analisando e discutindo o uso desse sistema. Palavras-chaves: Digital Smile Design; Restaurações estéticas; planejamento odontológico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 47 ÁREA: DENTÍSTICA REABILITAÇÃO CONSERVADORA E ESTÉTICA EM DENTE ANTERIOR FRATURADO – ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR Felipe de Brum Ricardi ( [email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Virgínia Bosquiroli Alexandre Marcos Bandeira Natalindo Satio Inagaki Juliana Cristina Bonani Saqueti Os incisivos superiores são os dentes mais acometidos por fratura em casos de acidentes. Por estarem localizados numa posição mais anterior na face, são as primeiras estruturas a receber o impacto e amortecê-lo. O tratamento preconizado em fraturas, é baseado no tipo de dano e, as estruturas atingidas orientam o procedimento e o prognóstico dependendo do grau de envolvimento e do tempo transcorrido entre o acidente e o atendimento. O presente trabalho aborda aspectos de interesse clínico relacionados à reabilitação multidisciplinar estético-funcional de fratura em dentes anteriores. Para tanto foi realizado anamnese, exame clínico e radiográfico, diagnóstico e planejamento multidisciplinar para o tratamento do dente 11. O exame clínico e radiográfico evidenciou fratura coronal a nível subgengival, por isso, realizou-se tratamento endodôntico seguido do reforço radicular e cimentação do pino de fibra de vidro. Devido o envolvimento do espaço biológico do dente supracitado e a mesialização dos dentes 12 e 21, realizou-se uma abordagem ortodôntica. A restauração definitiva foi realizada com resina composta, visando sua mimetização com a referência no dente 21, seguido de acabamento e polimento. Conclui-se que o tratamento reabilitador multidisciplinar integrado, representa uma decisão terapêutica conservativa da estrutura dental remanescente em casos de fraturas coronárias complicadas. Palavras-chaves: cárie radicular, necrose da polpa dentária, traumatismo dentário. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 48 ARÉA: Dentística INTERAÇÃO QUÍMICA ENTRE UM ADESIVO AUTOCONDICIONANTE COMERCIAL CONTENDO 10-MDP E A DENTINA EM LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS Nome autor: Bruna Medeiros Bertol de Oliveira ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Adriana Lemos Ubaldini Co-Autor: Francielle Sato Co-Autor: Mauro Luciano Baesso Co-Autor: Antônio Carlos Bento RESUMO O objetivo deste trabalho foi analisar as interações químicas entre sistema adesivo autocondicionante contendo o monômero funcional 10 meta-criloiloxidecil diidro-genofosfato (10-MDP) e lesões cervicais não cariosas (LCNCs). Foram utilizados 4 dentes com LCNC natural na face vestibular. Para controle, foram confeccionados defeitos artificiais na face lingual hígida dos mesmos dentes, com extensão e profundidade aproximadas à LCNC natural. As amostras foram submetidas à espectroscopia micro-Raman (MR) para quantificar o teor mineral. As análises por Espectroscopia Fotoacústica no infravermelho por transformada de Fourier (PAS-FTIR) foram realizadas antes e após a aplicação do adesivo para avaliar a proporção orgânica/mineral (M:M) e interações químicas entre substrato dentinário e adesivo. Os espectros MR e PAS-FTIR das LCNCs demonstraram uma área maior da banda atribuída ao mineral da dentina (961cm-1) e uma menor proporção M:M, respectivamente, caracterizando uma área hipermineralizada, comparada à dentina controle. Os espectros PAS-FTIR das LCNCs evidenciaram um incremento da área da banda atribuída ao grupo fosfórico (1179cm-1) após o tratamento, em comparação à dentina controle, indicando aumento da intensidade das ligações P=O. Os resultados sugerem que a adesão do adesivo autocondicionante com 10-MDP é mais intensa nas LCNCs, comparada à dentina controle, devido à sua superfície hipermineralizada. Palavras-chaves: Dentina, Análise Espectral Raman, Espectroscopia Infravermelho Transformada de Fourier XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 49 ARÉA: DENTÍSTICA IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NAS CONDIÇÕES BUCAIS Nome autor: Ilma Carla de Souza Porcelli- [email protected] Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá-Paraná. Orientadora: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Margareth Calvo P. Nunes Co-Autor: Sandra Mara Maciel RESUMO A literatura correlaciona a gastroplastia com problemas bucais como cárie dentária, hipossalivação e perimólise. O objetivo deste estudo foi analisar os reflexos da cirurgia bariátrica e metabólica no padrão de saúde bucal. Vinte e nove pacientes responderam a um questionário, dos quais 18 aceitaram ser submetidos ao exame clínico após a gastroplastia. As condições bucais avaliadas foram: prevalência de cárie dentária (índice CPOD), erosão dentária (índice de ECCLES), fluxo salivar e sensibilidade dentinária. Verificou-se complicações bucais e sistêmicas decorrentes da cirurgia bariátrica, como cárie dentária (55%), erosão ácida (28%), hipossalivação (27%), sensibilidade dentinária (48%), casos de refluxo gastroesofágico (55%), indução de vômito (90%), aparecimento de anemia (27%), mudança da qualidade de compulsão alimentar, como consumo de doce (38%), ingestão de alimento e/ou bebida ácida (58%), hábitos parafuncionais (55%) e ansiedade (65%). Os resultados do presente estudo corroboram com a literatura que a gastroplastia influi negativamente na saúde bucal, tornando o paciente susceptível ao desenvolvimento dos agravos avaliados. A integração do odontólogo à equipe multidisciplinar é imprescindível ao diagnóstico e tratamento precoce das lesões de cárie e perimólise, além da conscientização sobre formas de prevenção e tratamento de outras repercussões na saúde bucal. Palavras-chaves: Cirurgia bariátrica. Saúde bucal. Erosão dentária. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 50 DENTÍSTICA AVALIAÇÃO DA ESPESSURA DA ZONA DE DIFUSÃO E DA PRESENÇA DE INTERAÇÕES QUÍMICAS ENTRE A DENTINA E DIFERENTES CIMENTOS RESINOSOS. Adriana Lemos Mori Ubaldini do Amaral [email protected] Universidade Estadual de Maringá Renata Corrêa Pascotto Mauro Luciano Baesso Ana Raquel Benetti Anne Peutzfeldt Franciele Sato O objetivo deste estudo in vitro foi analisar a presença de interação química e a espessura da zona de difusão entre a dentina e diferentes cimentos resinosos. Três cimentos resinosos foram testados: G1- convencional ( Variolink II, Ivoclar/Vivadent); G2- autocondicionante (Panavia F2.0, Kuraray) e G3- autoadesivo (RelyX Unicem 2, 3M ESPE). A análise da interação química foi realizada pela espectroscopia MicroRaman (MRS) de amostras de pó de dentina radicular humana misturada aos materiais adesivos na proporção 1:1 (n=3). Pinos de fibra de vidro foram cimentados no canal radicular de incisivos humanos (n=3) e seccionados longitudinalmente. A espessura da zona de difusão foi mensurada pelo ajuste de Boltzman a partir da intensidade das bandas dos grupos funcionais dos cimentos (1113cm-1) obtidos de varreduras MRS na zona de transição entre a dentina e cada cimento. A interação química entre a dentina e os diferentes cimentos foi identificada em todos os grupos pela modificação nas bandas referentes aos monômeros resinosos (1640cm-1 e 1458cm-1). A espessura média (µm) da zona de difusão foi: G1- 2,2 (+0,6); G2-1,8 (+0,7); G3-1,8 (+0,3). Todos os cimentos analisados apresentaram algum tipo de interação química com a dentina. A zona de difusão dentina/cimento apresentou-se mais espessa no cimento convencional. Palavras-chaves: Análise Espectral Raman, Cimentos Dentários, Adesivos Dentinários. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 51 ARÉA: Dentística UTILIZAÇÃO DO DIGITAL SMILE DESIGN PARA PLANEJAMENTO E COMUNICAÇÃO NA ODONTOLOGIA ESTÉTICA: RELATO DE CASO Nome autor: Nallu Gomes Lima Hironaka ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Adriana Mori Ubaldini Co-Autor: Bruna Medeiros Bertol de Oliveira Co-Autor: Ilma Carla de Souza Porcelli Resumo Alguns métodos e técnicas têm sido adotados para que seja alcançada maior estética do sorriso. Uma das alternativas de tratamento estético são os laminados cerâmicos, porém algumas falhas dessas restaurações poderiam ser explicadas pela falta de comunicação e informação entre o cirurgião-dentista e o técnico em prótese dentária, pois, essas informações poderiam ser restritas, ficando a critério do técnico o desenho do sorriso do paciente. Frente à isso, o Digital Smile Design (DSD) é uma ferramenta de planejamento odontológico digital que consiste no desenho de linhas e formas de referência sobre as fotografias do paciente, com o objetivo de fortalecer a visão de diagnóstico, melhorar a comunicação entre a equipe de trabalho e aumentar a previsibilidade ao longo do tratamento. Portanto, o uso do DSD fornece ao técnico os dados visuais do paciente, considerando seu aspecto facial, de forma a direcionar a confecção das restaurações. Além disso, a apresentação dinâmica do caso aumenta as chances de aceitação, pelo paciente, ao plano de tratamento proposto, comparando o antes e depois. Sendo assim, o objetivo desse relato de caso foi descrever o protocolo clínico e de restabelecimento estético com auxílio do Digital Smile Design (DSD), analisando e discutindo o uso desse sistema. Palavras-chaves: Digital Smile Design; Restaurações estéticas; planejamento odontológico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 52 ÁREA: DENTÍSTICA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE ONDAS SÔNICAS E ULTRA-SÔNICAS NA LIBERAÇÃO DE FLÚOR DE UM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO DE ALTA VISCOSIDADE NOME DA AUTORA: Natália Miwa Yoshida ([email protected]) INSTITUIÇÃO: UEM ORIENTADORA: Renata Corrêa Pascotto CO-AUTORA: Núbia Inocência Pavesi Pini CO-AUTOR: Jaime Aparecido Cury CO-AUTORA: Cinthia Tabchoury RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da aplicação de ondas sônicas e ultra-sônicas na liberação de flúor de um CIV. Trinta corpos de prova de CIV foram confeccionados. O CIV foi inserido na matriz com o auxílio de uma seringa de inserção. Nessa etapa, foram divididos em 3 grupos (N=10): GS – o CIV recebeu aplicações de ondas do instrumento sônico vibratório, GU – o CIV recebeu aplicações de ondas do instrumento ultra-sônico, GC - o CIV não recebeu os movimentos vibratórios. Após a presa inicial, os corpos de prova foram removidos da matriz e armazenados em 100% de umidade relativa por 24 horas. A seguir os corpos de prova foram imersos em soluções Des-Re para analisar a liberação de flúor. A ciclagem foi realizada numa estufa, perfazendo um total de 11 ciclos. Após cada ciclo, a concentração de íons flúor liberada em cada solução foi mensurada, utilizando-se um eletrodo e um analisador de íons fluoreto. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de Shapiro Wilk e por apresentarem distribuição normal foram submetidos à ANOVA com nível de 5% de significância. Os resultados demonstraram que a aplicação de ondas sônicas e ultra-sônicas não influenciou na liberação de flúor do CIV. Palavras-chaves: Cimento de ionômero de vidro, flúor, aparelho ultra-som. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 53 DENTÍSTICA AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO QUÍMICA ENTRE AS FIBRAS DE VIDRO E IONÔMERO DE VIDRO RESTAURADOR POR MEIO DE ESPECTROSCOPIA RAMAN E FTIR Yasmin Firmino de Souza ([email protected]) Mauro Luciano Baesso Helder Fernando Borges Junior Sérgio Sábio Francielle Sato Adriane do Nascimento Os cimentos de ionômero de vidro (CIV ) são materiais restauradores que apresentam propriedades benéficas como a liberação de flúor, biocompatibilidade, adesividade e coeficiente de expansão térmica linear similar ao dente. Contudo, estes possuem propriedades mecânicas limitadas, que reduzem a durabilidade da restauração em dentes posteriores. Vários reforços têm sido testados a fim de melhorar suas propriedades mecânicas, dentre eles a associação às fibras de vidro. Este trabalho propõe avaliar se há interações das fibras de vidro com o cimento de ionômero de vidro restaurador. Foi utilizado CIV de alta viscosidade (Fuji IX, GC) e fibras de vidro. Para análise da interação química, foram preparadas 18 amostras: CIV, fibra de vidro e CIV reforçado com fibras de vidro (CIV+Fibra). As amostras foram analisadas por meio da espectroscopia FTIR e Raman, e os espectros foram analisados por meio do software Origin 8.5. Os resultados demonstraram possível presença de interação química, com o aparecimento de modificações nos picos dos materiais, sugerindo ter ocorrido melhoria nas propriedades físicas do composto, o que é de especial interesse para aplicação na área de odontologia. Palavras-chaves: Fibras de vidro, Ionômero de vidro, FTIR, Raman XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 54 DENTÍSTICA AVALIAÇÃO IN VITRO DA FLUORESCÊNCIA DA RESINA COMPOSTA OPALLIS/FGM Victor Hugo Fazoli Guidini ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Raquel Sano Suga Terada Francielli Sato Talissa Meyer Garrido Giulia de Oliveira Collet Layse Midori Tokubo O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o parâmetro de fluorescência do dente humano e de duas tonalidades de resina composta da marca Opallis/FGM. Foram confeccionados 5 espécimes para cada tonalidade de resina (OP-TB e OP-EA2) e 20 espécimes de esmalte humano. Para avaliar a fluorescência ao longo do tempo, utilizou-se um fluorimetro e mediu-se a intensidade dos espécimes de resina e do esmalte imediatamente após a confecção. Em seguida, os espécimes foram armazenados em recipientes de vidro contendo de água destilada. Novas medidas para os espécimes de resina foram realizadas após 30, 60 e 90 dias, nas mesmas condições. Os dados obtidos foram submetidos ao teste estatístico entre os tempos de avaliação. Após 90 dias, as resinas apresentaram uma diminuição em relação ao tempo inicial. A fluorescência das resinas compostas mostrou-se instável durante o período analisado e com comportamento de emissão diferente do esmalte e da dentina humana. Palavras-chaves: Materiais dentários, Fluorometria, Resinas Compostas. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 55 DENTÍSTICA AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA VIBRAÇÃO SÔNICA NA ADAPTAÇÃO MARGINAL DE UM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO DE ALTA VISCOSIDADE Autora: Marina França de Oliveira ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM) Orientadora: Prof. Dra. Renata Corrêa Pascotto Co-autoror: Jaime Aparecido Cury Co-autoror: Juliana Nunes Botelho Co-autoror: Juliana Trizzi Co-autoror: Nallu Gomes Lima Os cimentos de ionômero de vidro (CIV ) são materiais amplamente utilizados na odontologia. Porém, uma limitação é a possível formação de bolhas no material após sua inserção na cavidade, diminuindo a qualidade da restauração. Este estudo in vitro avaliou a influência da vibração sônica na adaptação marginal de um CIV de alta viscosidade. Foi realizado um preparo oclusal classe I padronizado em vinte molares humanos extraídos e os dentes foram divididos em quatro grupos de acordo com a forma de inserção do material: GC, vibração manual da espátula (convencional); GS, aplicação de ondas sônicas (Smart Sonic Device®, FGM); GU, uso de ultrassom (CVDentus); GF, inserção convencional com proporção pó-líquido do CIV alterada (1:2). Foi realizado seccionamento, separando a raiz da coroa, em seguida a coroa foi seccionada na vertical. Os espécimes foram submetidos a polimento. As restaurações foram fotografadas em microscópio óptico (20X) para permitir a mensuração das bolhas pelo software Image Tool 3.0®. A avaliação da formação de bolhas no interior do CIV mostrou que GS foi o grupo que apresentou menor área com bolhas (8,88%), sendo que GC (10,6%), GF (9,68%) e GU (9,41%). Ou seja, a utilização do instrumento sônico diminuiu a formação de bolhas no material. Palavras-chaves: cimento de ionômero de vidro, ultrassom, vibração sônica. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 56 LENTES DE CONTATO: UM PROTOCÓLO CLÍNICO E LABORATORIAL DE SUCESSO Melina Cossi Hernandes ([email protected]) – UniCesumar Lisia Emi Nishimori Tomita Verônica de Araujo Moreira Lezcano A procura pela estética na Odontologia vem sendo cada vez mais comum, no qual impulsiona o aprimoramento de determinadas técnicas e materiais dentários frente ao tratamento dental estético, como é o caso das Lentes de Contato Dental, que se trata de laminados cerâmicos minimamente invasivos utilizados para reabilitações estéticas de dentes anteriores. Este trabalho irá apresentar por meio de uma revisão literária um protocolo clínico e laboratorial de sucesso na confecção de laminados cerâmicos tipo Lentes de Contato, utilizando porcelana feldspática, que apesar de ser uma técnica relativamente nova vem ganhando grande destaque na Odontologia. Assim como abordar quais os casos mais indicados para realizar a reabilitação estética com estes laminados cerâmicos extremamente conservadores; como são confeccionadas as peças e a maneira correta; as características do preparo dental e a importância de realizar a cimentação das peças corretamente, visando o sucesso e a longevidade da porcelana. Palavras-chaves: Lentes de Contato Dental; Laminados Cerâmicos; Estética; Porcelana. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 57 DENTÍSTICA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA: NOVAS PERSPECTIVAS Daiane Leila da Silva ([email protected]) UniCesumar Sheila Regina Bernini Polaquini A hipersensibilidade dentinária é a sensibilidade exagerada da dentina quando exposta ao meio bucal, devido à perda da estrutura do dente, caracterizada por uma dor localizada, aguda, espontânea e que ocorre em resposta a algum estímulo. A hipersensibilidade pode acontecer devido à atrição, abrasão, abfração e erosão. A erosão tem sido atribuída a fatores etiológicos intrínsecos e extrínsecos, levando a dissolução mineral inicial, sendo ligeiramente mais frequente nas mulheres e ocorrendo comumente no final da terceira década de vida. O presente trabalho apresenta uma revisão de literatura através de artigos científicos selecionados na base de dados Scielo, PubMed, CAPES e Google Acadêmico entre 2000 e 2015, sobre hipersensibilidade dentinária devido à erosão dentária com os tratamentos mais usados pelo profissional ou pelo próprio paciente sob orientação, e as novas tecnologias e novos materiais disponíveis no mercado. Os tratamentos mais utilizados são flúor, dessensibilizantes e produtos à base de oxalatos, sendo que diversas pesquisas tem sido realizadas para o desenvolvimento de novas formulações com bons efeitos terapêuticos, como os dentifrícios à base de arginina (pro-Argenin), biovidros (Novamim) e as nanopartículas de Ca e Ag (Regenerate®). Palavras-chaves: Sensibilidade dentinária; erosão dentária; nanotecnologia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 58 DENTÍSTICA “ BLACK SPACES: COMO EVITAR, E COMO TRATAR ?” Ariane Tonet ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador(a): Raquel Sano Suga Terada Co-autor: Renata Pascotto Co-autor: Fernanda Lobo A perda da papila gengival, particularmente dos dentes anteriores, é uma preocupação recorrente da estética restauradora pois leva ao aparecimento de espaços negros localizados entre dentes e a gengiva conhecidos como “black-space”. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão descritiva da literatura sobre o perfil de emergência ideal das restaurações realizadas para fechamento de espaços negros e a sua relação com o tecido gengival. Foram feitas buscas nas bases de dados Pubmed e Lilacs, utilizando-se a estratégia PICO e as seguintes palavras-chaves, com os respectivos “mesh” e “entry terms”: “dental papilla”, “dental crown” e “dental esthetics”. Verificou-se que um dos primeiros trabalhos da literatura, publicado na década de 90, avaliou o efeito da distância da crista óssea ao ponto de contato e concluiu que a distância entre esses pontos era a chave para conservar a papila interdental. A ausência da papila, além de comprometer a estética, interfere na fonética e na impactação alimentar. O conceito da “casa da papila” é uma boa referência para diagnosticar a causa da perda da papila, bem como para tratar e prever a sua reconstrução. Concluiu-se que é fundamental o correto diagnóstico e planejamento para reconstrução de casos que envolvem perdas da papila interdental. Palavras-chaves: Fechamento de Black-space; Tecido gengival; Restauração. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 59 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Pediatria e Ortodontia busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 60 ÁREA: Ortodontia/Odontopediatria PARÂMETROS PERIODONTAIS DE DOIS TIPOS DE CONTENÇÃO ORTODÔNTICA 3X3: ESTUDO LONGITUDINAL Larissa Augusta Ferreira ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Adilson Luiz Ramos Co -autor: Roberto M. Hayacibara Resumo O seguinte estudo tem como objetivo a avaliação periodontal da região anterior do arco dentário inferior após o uso de dois tipos de contenções fixas usadas rotineiramente após o tratamento ortodôntico. Foram selecionados 15 voluntários adultos-jovens, com idades entre 18 e 25 anos, os quais utilizam dois tipos de contensores colados na região inter-caninos inferiores. Um modelo de estudo cross-over, randomizado, com washout de 15 dias, foi utilizado para que cada voluntário utilize por 6 meses cada tipo de contensor. Os parâmetros periodontais utilizados foram: índice de sangramento, índice de placa e o índice de cálculo. Até o presente momento observou-se maior índice de placa e maior índice de sangramento à sondagem após os 6 meses de uso da contenção OrthoFlexTech em comparação ao uso da contenção convencional. Desta forma, concluiu-se que a contenção convencional apresentou melhores índices periodontais em relação a contenção OrthoFlexTech na primeira avaliação. Palavras-chaves: contenção ortodôntica fixa, inflamação gengival, acúmulo de placa. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 61 ORTODONTIA/PEDIATRIA PREVALÊNCIA DO PADRÃO FACIAL EM CRIANÇAS DE 6 A 12 ANOS ATENDIDOS NA CLÍNICA INTEGRADA INFANTIL DA UNICESUMARMARINGÁ-PR Taís Fernanda de Souza ([email protected]) UniCesumar- Maringá-Pr Rosely Suguino O diagnóstico ortodôntico durante muito tempo se baseou na relação sagital dos molares descrita por Angle (1899) associada às análises cefalométricas e aos conhecimentos sobre crescimento e desenvolvimento crânio facial. Recentemente uma nova classificação sugerida por Capelozza Filho (2004) com base em critérios morfológicos, de crescimento e da influência genética na determinação da face do paciente, classificou os indivíduos em Padrão I, II, e III, face curta e face longa. As características oclusais, faciais e cefalométricas típicas de cada padrão, proporcionam ao ortodontista antever as possibilidades de tratamento e a escolha da melhor terapia para cada paciente. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a prevalência do padrão facial das crianças atendidas na Clínica Integrada Infantil da UniCesumar entre 6 e 12 anos de idade, por meio da análise subjetiva em fotografias da documentação ortodôntica. Os resultados demonstraram que a prevalência do Padrão I foi de 58,39% seguidos do padrão II (32,85%) e em menor proporção padrão III (8,74%) e, não houve diferença estatisticamente em relação ao dimorfismo sexual. Concluiu-se que os resultados encontrados corroboram com os descritos na literatura em que as maiores prevalências são do Padrão I, II e III, respectivamente. Palavras-chaves: Padrão facial, epidemiologia, prevalência. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 62 PEDIATRIA PREVALÊNCIA DE AGENESIA DENTÁRIA POR MEIO DE RADIOGRAFIA PANORÂMICA EM DIFERENTES GRUPOS DENTAIS NOS PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA DE ODONTOLOGIA DO UNICESUMAR Allana Cristina Neves Camargo UniCesumar – Centro Universitário Cesumar Janaína Maniezo de Sousa A agenesia dentária é uma anomalia muito presente nos dias de hoje, e pode ser encontrada tanto na dentição decídua quanto na permanente. As consequências mais comuns da agenesia incluem má oclusão, deficiência do processo alveolar e excesso de espaço dentro dos arcos dentais. Sendo a agenesia dentária um problema que pode levar a prejuízos estéticos e funcionais para o paciente, o presente estudo teve com o objetivo realizar um levantamento da prevalência da agenesia dentária, por meio de radiografias panorâmicas dos pacientes atendidos na clínica de ortodontia do UniCesumar. Foram analisadas 406 radiografias panorâmicas de pacientes com idade entre 4 a 16 anos. Os resultados obtidos demostraram que a agenesia foi detectada em 18,7% dos pacientes, incidência baixa quando comparada a outros estudos. Os dentes que mais apresentaram agenesia foram os elementos 18 e 28, estando de acordo com a literatura estudada. Com relação ao gênero, foi encontrada uma prevalência de 48,7% no gênero feminino e 51,3% no gênero masculino. Pôde-se concluir que é alta a prevalência da agenesia em terceiros molares, enquanto que é rara a ocorrência de agenesia de caninos e primeiros molares, não foi encontrado agenesia na dentição decídua. Palavras-chaves: Anadontia, Oligodontia, Agenesia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 63 PEDIATRIA TRAUMATISMO NA DENTIÇÃO DECÍDUA: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA Thaynara de Souza Lopes ([email protected]) Universidade Estadual de Londrina - UEL Farli Aparecida Carrilho Boer Antônio Ferelle Lorena Beatriz Scudeller Talyta Neves Duarte Os traumatismos dentários causam impactos para os profissionais, pais e crianças. O objetivo dessa pesquisa foi verificar na amostra estudada a frequência dos tipos de traumas, faixa etária, gênero, busca por atendimento, grau de escolaridade dos pais e a relação entre eles. A metodologia utilizada foi de um estudo retrospectivo através da coleta de dados de prontuários registrados no Pronto Atendimento da Clínica de Especialidades Infantis (CEI) da Universidade Estadual de Londrina - Paraná (UEL) que apresentaram traumatismos na dentição decídua, no período de 2007 a 2014. O tamanho total da amostra foi de 1671 traumas, sendo que houve 1410 em tecido de sustentação e 493 em tecido dentário, em algumas crianças houve o trauma no tecido de sustentação e dentário, a frequência mais acometida pelos traumas foi no gênero masculino; na faixa etária entre 13 e 24 meses; a busca por atendimento foi realizada principalmente até três dias após o trauma e não houve relação entre o grau de escolaridade dos pais e a busca por atendimento clínico. Conclui-se que é necessário maior conscientização e instrução dos pais quanto à necessidade de atendimento imediato frente a um trauma dentário na pediatria a fim de prevenir um pior prognóstico. Palavras-chaves: Odontopediatria, Traumatismos Dentários, Urgência. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 64 Ortodontia/Pediatria ANÁLISE DO TRAJETO IRRUPTIVO DE CANINOS SUPERIORES PERMANENTES NO PACIENTE INFANTIL Nayara Gonçalves Emerenciano ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Adilson Luiz Ramos Maria Gisette Arias Provenzano Gabriela Cristina Santin Este estudo transversal analisou o posicionamento de caninos superiores permanentes (CSP) durante o período da dentadura mista. A amostra estudada foi constituída de 28 crianças entre 8 a 14 anos de idade, de ambos os gêneros, não sindrômicos e sem características especiais. Analisou-se a relação do CSP com o incisivo lateral permanente (ILP) e a presença outras anomalias dentárias em associação com desvio do trajeto eruptivo do CSP. Para comparar o posicionamento normal dos CSP com o distúrbio do trajeto eruptivo foi selecionado um grupo controle com os mesmos critérios de inclusão. Os traçados e as mensurações deste estudo foram realizados somente pelo pesquisador. A média de angulação do CSP em relação à linha média, das 28 crianças com desvio no trajeto irruptivo do canino, foi de 28,5° e 15,1 milímetros de média entre a distância da ponta da cúspide do CSP em relação ao plano oclusal. Observou-se 45,94% do CPS com trajeto ectópico apresentou uma sobreposição radiográfica da sua coroa até metade da raiz do ILP. Assim, estes achados apontam que a angulação do CPS e sua sobreposição sobre a raiz do incisivo lateral permanente podem ser indícios da ectopia do trajeto irruptivo. Palavras-chaves: anomalias dentárias, erupção ectópica de canino, dentadura mista. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 65 ÁREA: ORTODONTIA/PEDIATRIA APRESENTAÇÃO: ORAL DESENVOLVIMENTO TRANSVERSAL DOS ARCOS DENTÁRIOS EM UMA CRIANÇA COM A SÍNDROME DO INCISIVO CENTRAL SUPERIOR MEDIANO. RELATO DE CASO. Priscila Bissochi Fernandes ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Maria Gisette Arias Provenzano Adilson Luiz Ramos Marina de Lourdes Calvo Fracasso Carlos Luiz Fernandes de Salles A sutura palatina mediana une as maxilas e ossos palatinos, no plano sagital mediano e desempenha importante papel no crescimento craniomandibular transversal. Casos com síndrome do incisivo central superior mediano (SMMCI) apresentam uma sutura intermaxilar anormal, com envolvimento nas estruturas da linha média da cabeça, maxila, na dentição (germes do incisivo central), vias aéreas nasal e cérebro (holoprosencefalia) e, pode ser isolado. Assim, diante da ausência da sutura palatina mediana na SMMCI e rara ocorrência (0,6% a 0,8% de todas as hipodontias), este estudo tem como objetivo descrever um caso clínico acompanhado durante 4 anos, considerando características transversais dos arcos dentários. Inicialmente a criança apresentava idade de 5 anos e, entre caractéristicas clínicas, a presença de uma crista na linha média palatina, ausência de filtro labial e presença de um único incisivo central decíduo e permanente. As medidas dos arcos dentários foram inferiores a média descrita na literatura (Bishara et al, 1997), tanto nas distâncias intercaninas como intermolares. A má oclusão dentária corroborada pela atresia da maxila, sintetiza a gravidade funcional que esse tipo de situação representa. Conclui-se que criança com SMMCI apresenta redução transversal dos arcos, possibilidade de holoprosencefalia e, limitações ortodônticas devido estenose da sutura intermaxilar palatina. Palavras-chaves: Síndrome de erupção dentária; Maxila; Agenesia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 66 ÁREA: ORTODONTIA/ PEDIATRIA INFLUÊNCIA DO CLAREAMENTO NA ADESÃO DE BRÁQUETES METÁLICOS EM DENTES BOVINOS Bianca Amaro Farinazzo ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Hélio Hissashi Terada O objetivo desta pesquisa é analisar in vitro a influência do clareamento na resistência adesiva ao cisalhamento de bráquetes metálicos. 75 incisivos bovinos, recém-extraídos, foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: (1) controle (2) clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio 35%, e (3) clareamento caseiro com peróxido de carbamida 10%. Finalizado o clareamento, os dois grupos clareados foram divididos aleatoriamente em dois subgrupos iguais, onde a colagem dos bráquetes foram realizados nos tempos correspondentes a 24h e 7 dias após clareamento. Após a colagem, os corpos de prova foram submetidos à teste mecânico de cisalhamento e a superfície do esmalte analisada em lupa estereoscópica avaliando o índice de remanescente adesivo (IRA). Análise de variância (ANOVA) indicou nenhuma diferença significativa entre os cinco subgrupos (P> 0.05) na resistência ao cisalhamento. Na análise do índice de remanescente adesivo o grupo não submetido ao clareamento apresentou maior frequência de falhas na interface esmalte/adesivo comparado a todos os grupos que foram clareados, exceto o grupo clareado com peróxido de carbamida 10% e colado 24 horas após, que apresentou maior retenção de compósito na superfície do esmalte. Conclui-se que o clareamento caseiro e de consultório não influenciam na resistência adesiva de bráquetes metálicos colados no esmalte bovino. Palavras-chaves: clareamento dental; bráquete metálico; resistência ao cisalhamento. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 67 IDENTIFICAÇÃO DE POPULAÇÃO FÚNGICA AMOSTRADA EM AMBIENTES AÉREOS DE CLÍNICA ODONTOPEDIÁTRICA Lariane Marcolino Nunes ([email protected]) UniCesumar Lígia Maria Molinari Talita Silva Viana Maria Paula Jacobucci Botelho A grande maioria dos procedimentos realizados na clínica odontológica libera grande quantidade de aerossóis. Estes são definidos como suspensões de partículas líquidas e/ou sólidas no ar geradas por tosse, espirros ou outros atos que expelem fluidos orais no ar. Agentes infecciosos em aerossóis podem ser transmitidos via partículas microscópicas, ar e superfícies contaminadas de instrumentos. Entre os principais grupos de contaminantes do ar em ambiente climatizado estão as partículas microbianas, que são provenientes do ar externo, do sistema de climatização, da construção, mobiliário, carpete e, principalmente, de seus ocupantes. Ao conhecer os gêneros fúngicos aos quais seus pacientes estão expostos, o dentista pode minimizar os riscos de infecção pelo ar, adotando práticas de limpeza do ambiente e do ar que possam auxiliar na prevenção contra doenças fúngicas pós-operatórias. A verificação de fungos será realizada pelo método de sedimentação em placa, que se mostra útil para a análise da quantidade e da qualidade de fungos presentes em ambientes internos e externos. Espera-se encontrar os gêneros Penicillium e Aspergillus, que são comumente encontrados em ambientes externos e internos, de acordo com diversas referências utilizadas. Alguns dos isolados são associados a manifestações clínicas como alergia, rinite, tosse e asma. Palavras-chaves: Ar. Consultórios Odontológicos. Fungos. Odontopediatria. Poluentes do Ar. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 68 ODONTOPEDIATRIA BRUXISMO E USO DE FÁRMACOS ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA ODONTOPEDIATRIA Larissa Colepicolo Ceron ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Maria Gisette Arias Provenzano Nayara Gonçalves Emerenciano Giulia de Oliveira Adilson Luiz Ramos Bruxismo é uma atividade muscular mandibular repetitiva, caracterizada pelo apertamento ou ranger dos dentes. A prevalência varia de 3,5-40,6% entre crianças menores que 12 anos. O bruxismo pode ser de causa idiopática ou associado a alguns fatores, como por exemplo, alterações emocionais, respiratórias, doenças neurológicas, utilização de fármacos estimulantes do sistema nervoso central (SNC). O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão crítica de literatura sobre o tema e relatar um caso clínico do paciente infantil, GGF, gênero masculino, com histórico de uso de fármaco estimulante do SNC e diagnosticado com bruxismo. A partir do achado clínico, realizou-se uma busca na base de dados PubMed com as palavras chaves “children”, “bruxism”, “methylphenidate” e “ADHD”. Observou-se entre os achados literários uma relação entre o bruxismo ao uso de medicamentos com efeito neurológico, especialmente o metilfenidato, indicando aumento da predisposição ao hábito. Estes fármacos interferem nos níveis de dopamina, um importante neurotransmissor na regulação de movimentos involuntários. Assim, diante desta revisão pode-se apontar que o uso de medicamentos estimulantes do sistema nervoso central, como o metilfenidato, é um fator associado à presença do bruxismo no paciente infantil, sendo necessário o acompanhamento odontológico frente às possíveis repercussões no sistema estomatognático. Palavras-chaves: Bruxismo, Criança, TDAH. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 69 ODONTOPEDIATRIA/ORTODONTIA ACOMPANHAMENTO ODONTOLÓGICO NO PERÍODO DA GRAVIDEZ Sabrina Noguti Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Maria Gisette Arias Provenzano Larissa Colepicolo Ceron Nayara Gonçalves Emerenciano Gabriela Santin Bruna Angélica de Souza Viana Durante o período gestacional, as mulheres frequentemente apresentam certa resistência frente ao tratamento odontológico, por muitas vezes, acreditarem em diversos mitos e crendices associados à gravidez. Contudo, ao considerar as alterações periodontais, estudos demonstram que o tratamento periodontal durante a gestação diminui os riscos de parto prematuro ou baixo peso do bebê ao nascimento, mostrando a importância do acompanhamento odontológico durante a gestação. Diante da necessidade de cuidados especiais com as gestantes, este estudo tem como objetivo descrever, de acordo com a literatura, as mudanças na saúde da gestante e as abordagens odontológicas adequadas ao período gestacional. Desta forma, foi realizada uma busca na base de dados do PubMed com as palavras chaves “pregnancy”, “dentisty”, “perinatal” e “oral health care”. De acordo com os achados na literatura, o segundo trimestre apresenta-se como o mais adequado para intervenções clínicas eletivas, como tratamentos restauradores e cirúrgicos. Além das alterações bucais, a gestante apresenta mudanças fisiológicas, psicológicas que devem ser conhecidas pelo cirurgião dentista. Abordagem odontológica no período gestacional é de suma importância por ser uma época oportuna para desmitificar algumas crenças e preocupações sobre o tratamento odontológico, com orientações educativas e preventivas. Palavras-chaves: Gravidez; Gestante; Pré-natal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 70 ÁREA: ODONTOPEDIATRIA SUBCATEGORIA: ORAL AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PREVENTIVOS APLICADOS NA SUPERFÍCIE OCLUSAL DE DENTES DECÍDUOS: ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO Autor: Helena Sandrini Venante ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Marina de Lourdes Calvo Fracasso Graziela Martiolli Carlos Luiz Fernandes de Salles Gabriela Cristina Santin Maria Gisette A. Provenzano Objetivou-se avaliar o desempenho clínico de três materiais preventivos nas superfícies oclusais de molares decíduos de crianças (36-60 meses de idade) atendidas na UBS do município de Maringá-PR. O estudo foi do tipo split mouth, com quatro grupos experimentais: G1- cimento ionomérico modificado por resina ( Vitremer®), G2- selante resinoso (Alpha Seal Light®) e G3- diamino fluoreto de prata (Cariostatic®) e G4- controle (sem material). Foram alocadas 32 crianças que apresentavam ceo-d ≥ 1 e quatro 2° molares decíduos hígidos. Foi verificada a retenção do material entre os grupos G1 e G2 e a presença de cárie incipiente entre os grupos. Em todos os tempos analisados (3, 6, 12, 24 e 36 meses), o G2 teve maior perda do material, de até 47%, quando comparado ao G1, que teve perda máxima de 34%, entretanto sem diferença estatística entre os grupos (Teste de Mcnemar, p≥ 0,05). Quanto à incidência de cárie incipiente entre grupos, não houve diferença estatística em nenhum dos tempos (Teste de Q de Cochran, p≥ 0,05), entretanto o G3 foi o que apresentou maior incidência 19,4% quando comparado aos demais. Assim, conclui-se elevado índice de falhas, reforçando a necessidade do acompanhamento clínico periódico desses materiais preventivos. Palavras-chaves: Dentes decíduos, selante, Prevenção XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 71 ÁREA: Ortodontia/Pediatria PLACA OCLUSAL DE SILICONE NO TRATAMENTO DO BRUXISMO INFANTIL: RELATO DE DOIS CASOS CLÍNICOS. Autora: Bruna Frederichi Calçado André (bruna_ [email protected]) Instituição: Faculdade Ingá Orientadora: Suzana Goya Co-Autores: Ermelinda Matsuura Tereza Cristina Roschel Giffoni Patrícia Saram Progiante RESUMO Com as mudanças do mundo moderno é frequente o relato de bruxismo em crianças e adolescentes. Portanto o diagnóstico precoce e a intervenção adequada são vitais para reduzir e evitar os sinais e sintomas do bruxismo e da disfunção temporomandíbular. Relata-se dois casos clínicos de bruxismo em crianças com 11 anos de idade que possuíam cefaléia, dor miofascial e ranger de dentes noturno por mais de 6 meses. Utilizou-se o questionário para critérios de Diagnóstico das Desordens Temporomandibulares (eixo I e II do RDC/TMD), o Questionário de Avaliação do Sono (SAQ), que foram aplicados antes e após 60 dias do uso das placas oclusais de silicone e do calendário de dor. Utilizou-se as placas de silicone com a cobertura completa das superfícies oclusais na mandíbula e após dois meses verificou-se a ausência do ranger noturno indicando a diminuição na intensidade do bruxismo noturno bem como melhora no relato de dor nos músculos da face e das dores de cabeça. O tratamento com as placas oclusais de silicone mostrou-se eficiente no controle do bruxismo, podendo ser usada por crianças. Existe a necessidade de um correto diagnóstico e plano de tratamento bem como um acompanhamento multiprofissional devido a etiologia multifatorial do bruxismo. Palavras-chaves: Bruxismo do Sono, Cefaleia Tensional, Criança. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 72 PEDIATRIA TRAUMATISMO DENTÁRIO COM FRATURA CORONORADICULAR EM PACIENTE INFANTIL Isabela Belincanta Antunes ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Gabriela Cristina Santin Co- autores: Marina de Lourdes Calvo Fracasso Co-autores: Carlos Luiz Fernandes de Salles Co-autores: Maria Gisette Arias Provenzano Co-autores: Isabella Rodrigues Traumatismos dento-alveolares são distúrbios orais comuns que podem ocorrer em qualquer faixa etária, havendo uma prevalência maior em crianças. Dentre eles, podemos destacar fraturas coronárias, fraturas radiculares, extrusão e intrusão dentária, luxação e avulsão. Os traumas dentários que envolvem dentes anteriores, principalmente aqueles onde há perda do elemento dentário, influenciam a função e estética do indivíduo, sendo necessário um adequado diagnóstico. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de paciente infantil que sofreu traumatismo dentário resultando em fratura coronoradicular e perda do elemento dentário. Paciente P.M.J. , dois anos de idade, compareceu a clinica de Urgência da Universidade Estadual de Maringá apresentando dor espontânea, leve sangramento e inflamação em região anterior. Quando realizada radiografia periapical foi constatada fratura coronoradicular longitudinal do dente 61 comprometendo sua manutenção no arco sendo indicada a exodontia. Apesar da importância da manutenção dos dentes decíduos, o traumatismo ainda é um dos fatores que podem levar a perda precoce do desses dentes. Palavras-chaves: Traumatismos dentários, Odontopediatria; Exodontia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 73 ÁREA DO TRABALHO: Odontopediatria TITULO:DISPLASIA ECTODÉRMICA EM PACIENTE INFANTIL: DO DIAGNÓSTICO À REABILITAÇÃO Cassiana Jorge Garcia ([email protected]) -UniCesumar Luciana Manzotti de Marchi Elen de Souza Tolentino Resumo A displasia ectodérmica é uma doença hereditária na qual os tecidos ectodérmicos e seus derivados são afetados e não se desenvolvem ou poucose desenvolvem. Os pacientes afetados necessitam de um tratamento multidisciplinar, onde a odontologia pode atuar na parte reabilitadora do sindrômico devolvendo a sua função mastigatória, fonética e estética. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de reabilitação bucal de um paciente portador de Displasia Ectodérmica. Os aspectos clínicos e radiográficos são descritos juntamente com a sequência de tratamento realizado. Este caso apresentou um resultado bastante satisfatório, visto que o paciente se sente bastante integrado no meio em que vive e mantém suas funções normais de mastigação e fonética. Palavras-chaves: displasia ectodérmica, anodontia, reabilitação XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 74 ÁREA: ODONTOPEDIATRIA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR INCISIVO: RELATO DE CASO CLÍNICO Autor: Ana Beatriz Rocha Pinto ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Orientadora: Gabriela Cristina Santin Co-autor: Beatriz Sartori da Silva Co-autor: Carlos Luiz Fernandes de Salles Co-autor: Marina de Lourdes Calvo Fracasso Co-autor: Maria Gisette A. Provenzano A Hipomineralização molar incisivo (HMI) é definido como defeito de esmalte de origem sistêmica que atinge os molares e incisivos permanente, com prevalência que varia de 3,6 a 25%. Ocorre na fase da maturação e causa alteração na translucidez, com áreas de coloração variando do branco ao amarelo-acastanhado. A etiologia permanece desconhecida, embora se saiba que alterações que sensibilizam os ameloblastos no período entre o último trimestre gestacional e os três primeiros anos de vida podem estar associadas ao defeito do esmalte. Nesta condição, o esmalte hipomineralizado é frágil e pode se destacar facilmente, deixando a dentina exposta e podendo causar sensibilidade dentária e maior risco de lesões de cárie. O diagnóstico precoce desta patologia permite implementar um protocolo de higiene e remineralização das superfícies dentárias. O tratamento restaurador no paciente infantil tem como objetivo preservar a estrutura dentária, com materiais a base de cimento de ionômero de vidro, até que o tratamento reabilitador definitivo seja realizado, quando se complete o crescimento facial. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão sobre o assunto e a apresentação de um caso clínico de hipomineralização molar-incisivo, em uma criança de 7 anos, focando no tratamento e acompanhamento clínico, decorridos 12 meses. Palavras-chaves: Dente incisivo, Dente molar, Hipomineralização dentária XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 75 PEDRIATRIA TÍTULO: NEOPLASIA BENIGNA EM PACIENTE INFANTIL E INTERVENÇÃO MINIMAMENTE INVASIVA Nome Do Autor: Laís Albuquerque Marengoni ([email protected]) Instituição: UEM Orientadora: Gabriela Cristina Santin Co-Autor: Marina De Lourdes Calvo Fracasso Co-Autor: Carlos Luiz Fernandes Salles Co-Autor: Gabriela Terra Co-Autor: Graziele Martioli RESUMO A epúlide congênita é uma massa nodular consistente coberta por mucosa oral, podendo ser séssil ou pediculada, de tamanho variável e como lesão única, sendo o tratamento a remoção cirúrgica. Entretanto, a realização de cirurgias em Odontopediatria necessita de cuidados especiais. Além da capacitação profissional necessária, a realização de técnicas pouco invasivas exige menor colaboração do paciente de pouca idade. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de epúlide congênita com intervenção minimamente invasiva. Paciente de seis meses, sexo feminino, foi levada pelos pais à Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá que relataram uma lesão no rebordo inferior que dificultava a amamentação. Optou-se então pela remoção minimamente invasiva por meio de amarilha. Em um acompanhamento de sete anos não há presença de recidiva. Dessa forma, a utilização de técnicas minimamente invasivas em crianças apresenta ampla eficácia quando corretamente indicada e realizada, além de promover menor desconforto ao paciente. Palavras-chaves: Odontopediatria, Neoplasias gengivais, Cirurgia Bucal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 76 Área: Ortodontia/Pediatria. TRATAMENTO DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR: RELATO DE CASO. Autor: Kaellipy Oliveira de Souza ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Hélio Terada Co-Autor: Monique Cimão dos Santos A mordida aberta é caracterizada pela presença de um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. A etiologia da mordida aberta anterior é multifatorial advindos de forma hereditária e ambiental. A melhor fase para intervir é na dentadura mista. Para obter o sucesso no tratamento, é necessária a utilização de aparelhos, estes devem confluir com a etiologia e o tipo de mordida aberta. O objetivo deste estudo consiste na avaliação da efetividade dos aparelhos expansor, grade palatina e extrabucal. Paciente L.B.C.R. do gênero feminino, leucoderma, 8 anos, diagnosticada com mordida aberta anterior, atresia de maxila e classe II, sem selamento labial passivo, mantendo ainda o hábito deletério do dedo polegar. Para iniciar o tratamento a paciente utilizou o aparelho Haas e como contenção foi indicada uma placa de Hawley com grade palatina impedidora do hábito. Num segundo momento foi necessária a utilização do aparelho extrabucal com tração alta para corrigir a classe II. Após a finalização da terapêutica empregada os parâmetros observados na oclusão normal foram alcançados, bem como a resolução do problema de trespasse vertical negativo da paciente, evidenciando a eficácia dos aparelhos na correção da mordida aberta anterior e da classe II. Palavras-chaves: Classe II, Mordida aberta anterior, Tratamento. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 77 ÁREA: ODONTOPEDIATRIA SUBCATEGORIA: CASO CLÍNICO APLICAÇÃO DO AGREGADO TRIÓXIDO MINERAL NO TRATAMENTO PULPAR DE DENTES DECÍDUOS: RELATO DE DOIS CASOS CLÍNICOS Autor: Andressa Mioto Stabile Orientadora: Gabriela Cristina Santin Co-autor: Isabella Rodrigues Co-autor: Carlos Luiz Fernandes de Salles Co-autor: Marina de Lourdes Calvo Fracasso Co-autor: Maria Gisette A. Provenzano A dentição decídua tem um papel fundamental no desenvolvimento funcional e social das crianças. Sua função não é apenas ser mantenedora de espaço para os dentes permanentes, mas cumprir com as demais funções da dentição temporária como fonação, oclusão e estética. Na prática clínica nos deparamos frequentemente com casos da doença cárie, nas suas diferentes progressões, que podem acarretar nos casos mais graves, em um prejuízo pulpar. Atualmente buscam-se materiais biológicos, que proporcione a reparação do tecido pulpar e manutenção da integridade pulpar. Com esse objetivo, um novo material tem sido amplamente estudado para aplicação no âmbito odontopediátrico, o MTA (Agregado Trióxido Mineral). O MTA é um material endodôntico que tem indicações odontopediátricas para pulpotomias e proteção pulpar direta, com capacidade de formação de dentina reparadora. Entre suas propriedades, o MTA tem boa capacidade indutora de formação de tecidos duros (tecido ósseo, dentinário e cementário), auto-nível de biocompatibilidade, ótimo vedamento marginal, boa atividade antimicrobiana e pH alcalino, permitindo assim sua aplicação em locais úmidos e contaminados. O objetivo desse trabalho é apresentar dois casos clínicos, de pulpotomia e proteção pulpar direta, com a utilização do MTA em tratamentos pulpares de dentes decíduos. Palavras-chaves: Dentes decíduos, tratamento pulpar, MTA XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 78 Área: Ortodontia TÍTULO: ODONTODISPLASIA REGIONAL: RELATO DE CASO 19 ANOS DE ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO. Autora: Dayla Thyeme Higashi ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL) Orientador: Marcio Grama Hoeppner Co-autor: Edwin F. R. Contreras Co-autor: Marília F. Punhagui Co-autor: Wanda F. Garbelini Co-autor: Antonio Ferelle A odontodisplasia regional (OR) é uma anomalia, não-hereditária, de etiologia desconhecida, que afeta o desenvolvimento do esmalte e dentina da dentição decídua e/ou permanente. Radiograficamente, os dentes apresentam um contorno tênue devido à reduzida radiodensidade do esmalte e dentina. Lesões periapicais podem se desenvolver em associação com os dentes afetados. O objetivo deste trabalho foi o acompanhamento da evolução de um paciente com OR e sua reabilitação estética e funcional. Paciente RT, foi encaminhado para tratamento na Bebê Clínica da Universidade Estadual de Londrina no ano de 1995. Aos 3 anos o paciente sofreu a perda precoce de alguns dentes decíduos. Após avaliação clínica e radiográfica constatou-se que o paciente possuía OR, afetando o quadrante esquerdo da maxila e parte do quadrante direito. Afim de reabilitar o paciente foi instalado uma placa de acrílico removível com dentes fixados que também tinha o objetivo de estimular crescimento ósseo de área afetada. Em 2013 a placa em acrílico foi substituída por uma prótese parcial removível. Durante os anos de acompanhamento, os elementos inclusos não apresentaram lesões adjacentes aos mesmos. O acompanhamento desde a infância de pacientes com OR, permite planejamento estético e funcional dos elementos ausentes e monitoramento dos dentes fantasmas inclusos. Palavras-chaves: Odontodisplasia; Reabilitação bucal; Ortodontia Interceptora. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 79 Ortodontia/Pediatria A CIRURGIA ORTOGNÁTICA ALTERA O ESPAÇO AÉREO FARÍNGEO DE PACIENTE PADRÃO III? RELATO DE CASO Nome autor: Gustavo Nascimento de Souza Pinto ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Adilson Luiz Ramos Co-Autor: Amanda Lury Yamashita Co-Autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Liogi Filho Iwaki Deformidades dentomaxilofaciais podem por muitas vezes resultar em alterações no espaço aéreo faríngeo (EAF), língua, osso hioide e palato mole, podendo comprometer a qualidade de vida do paciente. Sabe-se que essas deformidades podem ser corrigidas através da cirurgia ortognática associado a utilização de aparelhos ortodônticos. Nos pacientes diagnosticados com deformidade classe III, espera-se que a cirurgia de recuo mandibular reduza o EAF, acarretando numa possível obstrução da passagem de ar, podendo predispor o paciente a problemas respiratórios. O presente trabalho visa relatar e descrever o caso clínico de uma paciente Padrão III que apresentava prognatismo mandibular e retrognatismo maxilar. A paciente realizou primeiramente o tratamento ortodôntico, seguida da cirurgia de avanço maxilar com recuo mandibular. Após estes procedimentos, foi constatado o aumento do EAF. Este aumento pode ser explicado, pois a quantidade de recuo mandibular é menor na cirurgia bixamilar, quando comparada com a cirurgia de recuo mandibular isolada. Assim, a cirurgia de avanço maxilar combinada com recuo mandibular pode ter compensado o estreitamento do EAF, causando alargamento do mesmo, e consequentemente melhorando o qualidade de vida do paciente. Palavras-chaves: cirurgia ortognática, espaço aéreo faríngeo. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 80 Área: Ortodontia/Pediatria ALTERAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO FARÍNGEO NO PACIENTE PADRÃO II SUBMETIDO A CIRURGIA ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO Autor: Amanda Lury Yamashita ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Adilson Luiz Ramos Co-Autor: Gustavo Nascimento de Souza Pinto Co-Autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Liogi Iwaki Filho As deformidades dentofaciais podem resultar em alteração do espaço aéreo faríngeo (EAF), podendo acarretar desordens respiratórias do sono e consequentemente a qualidade de vida do paciente, além das alterações mastigatórias e do perfil facial. O tratamento envolvendo a cirurgia ortognática em associação com o tratamento ortodôntico é indicado quando o paciente já passou da fase do crescimento (após a adolescência). Sabidamente o reposicionamento maxilomandibular propiciado pela cirurgia ortognática altera de alguma forma o EAF. O impacto destas mudanças tem sido estudado nas cirurgias de avanço e recuo mandibular, avanço com ou sem impacção maxilar, entre outras modalidades de combinações de intervenções. Este relato de caso descreve as fases de um tratamento envolvendo o preparo ortodôntico e a cirurgia ortognática de um paciente que apresentava retrusão maxilomandibular, com sintomas de distúrbios obstrutivos do sono. Por meio de traçados cefalométricos pré e pós-operatórios, constatou-se o aumento do EAF, e consequente melhora clínica da função respiratória, mastigatória, bem como melhora estética do perfil facial após a cirurgia de avanço maxilomandibular associada a mentoplastia de avanço. Palavras-chaves: cirurgia ortognática, tratamento ortodôntico, espaço aéreo faríngeo. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 81 Área: Ortodontia/Pediatria ABORDAGEM PRECOCE DA CIRURGIA BUCAL EM ODONTOPEDIATRIARELATO DE DOIS CASOS CLINICOS MARTIOLI, Graziele* ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá FRACASSO, Marina de Lourdes Calvo (Orientadora) SALLES, Carlos Luiz Fernandes PROVENZANO, Maria Gisette Arias SANTIN, Gabriela Cristina TERRA, Gabriela Machado de Oliveira O objetivo do presente trabalho é relatar dois casos clínicos envolvendo supranumerários mésiodens em dentição decídua. Um primeiro caso relata uma criança AGS, gênero feminino, 2 anos de idade, onde se diagnosticou a presença do dente supranumerário na região da mandíbula, associado a presença de um freio labial inferior com inserção anormal. Um segundo relato trata-se de uma criança DV, gênero masculino, 3 anos de idade constatando-se a presença do mésiodens na região da maxila. Em ambos os casos, durante o diagnóstico clínico observou-se a presença do dente supranumerário entre os incisivos centrais, com irrupção ectópica, ocasionando alteração no formato do arco dentário, diastema e dificuldade na mordida, já o exame radiográfico mostrou a presença do mesiodens com raiz totalmente formada. No planejamento cirúrgico foram cuidadosamente analisados a exata localização dos dentes supranumerários e a avaliação dos riscos operatórios. Optou-se pela remoção cirúrgica de ambos mesiodens, com anestesia local, sem uso de medicação e prescrição de analgésico para pós-operatório. Durante o pós-cirúrgico se constatou fechamento do diastema, bem como uma remodelação completa do arco dentário. Diante do exposto, concluímos que a remoção precoce de dentes supranumerários minimiza danos à oclusão do paciente, possibilitando um crescimento facial mais harmônico. Palavras-chaves: Dentes decíduos, supranumerário, mesiodens. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 82 ANOMALIAS DENTÁRIAS E ODONTOMA COMPOSTO EM PACIENTE ODONTOPEDIÁTRICO TERRA, Gabriela Machado de Oliveira *([email protected]) FRACASSO, Marina de Lourdes Calvo(Orientadora) SALLES, Carlos Luiz Fernandes PROVENZANO, Maria Gisette Arias SANTIN, Gabriela Cristina MARTIOLI, Graziele Resumo Odontomas compostos podem estar relacionados á distúrbios de erupção e são tumores odontogênicos que sofrem diferenciação funcional e formam dentículos com esmalte, dentina e cemento. As alterações ou anomalias dentárias são diagnosticadas com frequência na dentição mista e esta fase é propícia para intervenção cirúrgica ou ortodôntica. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de odontoma em paciente odontopediátrico. Paciente MA, 9 anos, compareceu a clínica odontológica da UEM, o exame clínico identificou atraso na erupção do dente 42 e 43, e a radiografia panorâmica indicou imagem compatível com agenesia dos dentes 45 e 25, odontoma composto em região anterior de mandíbula lado direito, retenção e alteração de forma do elemento 42. A conduta foi a excisão cirúrgica do tumor, através de tomografia computadorizada de feixe cônica observou-se integridade das tábuas ósseas. Então optou-se por sedação consciente com midazolan 7,5mmg e anestesia local, exodontia dos elementos 83 e 84, incisão relaxante seguida de osteotomia , remoção dos dentículos e sutura. Respeitado período pós-operatório a paciente foi encaminhada para especialização de Ortodontia. Alterações de erupção frequentemente são os primeiros indícios de outras anomalias assim o acompanhamento radiográfico na dentição mista é primordial para correto diagnóstico e planejamento. Palavras-chaves: odontoma; anomalias dentárias; procedimentos cirúrgicos bucais XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 83 Área:Ortodontia/Pediatria REABSORÇÃO EXTERNA INFLAMATÓRIA COMO SEQUELA DE TRAUMATISMO: RELATO DE CASO SILVA, Sartori Beatriz*([email protected]) Universidade Estadual de Maringá FRACASSO,Marina de Lourdes Calvo (Orientadora) SALLES,Carlos Luiz Fernandes PROVENZANO,Maria Gisette Arias SANTIN,Gabriela Cristina RODRIGUES, Isabella RESUMO Os traumatismos dentários constituem uma das principais ocorrências de urgência Odontológica, gerando situação de grande desconforto quando envolve crianças. Devido a relevância epidemiológica dos traumatismos, é fundamental o conhecimento do diagnóstico, tratamento e possíveis sequelas para os dentes decíduos e permanentes. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso clínico de uma paciente de 5 anos, que buscou atendimento na Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá, com histórico de traumatismo dentário recorrente. No primeiro evento, foi realizado o acompanhamento clínico e radiográfico (24 meses), não sendo diagnosticado sequelas para os dentes decíduos e permanentes envolvidos na área do trauma. No segundo evento traumático diagnosticou-se luxação lateral do dente 51 e 61, comprovado pelo exame radiográfico e por tomografia e em seguida foi realizado reposicionamento dos dentes com splintagem semi-rigida. Durante o acompanhamento clínico-radiográfico (12 meses), observou-se a presença de reabsorção externa inflamatória do elemento 61, sendo esta a principal sequela encontrada até o momento. Diante disso se reafirma a necessidade do conhecimento do manejo de lesões traumáticas pelo cirurgião dentista, a necessidade de acompanhamento clínico e radiográfico e o devido esclarecimento aos responsáveis das possíveis sequelas de um traumatismo para os dentes decíduos e permanentes. Palavras-chaves: Dentes decíduos, sequelas, traumatismo dentário XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 84 Área: Ortodontia/Pediatria ASSOCIAÇÃO ENTRE A DIVERSIDADE GENOTÍPICA DE STREPTOCOCCUS MUTANS E OS FATORES DE RISCO À CÁRIE DENTÁRIA EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM PROGRAMA EDUCATIVO-PREVENTIVO RODRIGUES, Isabella* ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá FRACASSO, Marina de Lourdes Calvo (Orientadora) SALLES, Carlos Luiz Fernandes PROVENZANO, Maria Gisette Arias SANTIN, Gabriela Cristina SILVA, Sartori Beatriz Avaliou-se a associação entre a diversidade genotípica dos Streptococcus mutans com os fatores de risco à cárie, em crianças atendidas num programa-educativo. Selecionou-se 21 crianças dividindo-as: G1 - 12 livres de cárie e G2 - 9 com experiência de cárie. Coletou-se saliva, identificado os S. mutans (210 isolados) e a diversidade genotípica (AP-PCR). Decorridos 12 meses, foi realizado novo questionário e índice ceo-d. Observou-se inicialmente, que no G1, 66,6% apresentaram um genótipo, enquanto o G2, 77,7% apresentaram dois ou mais genótipos. Houve associação positiva da diversidade genotípica com a cárie (OR =7, IC 95%:0,96-50,56). Após 12 meses, houve associação entre o número de genótipos e composição do leite (p=0,02), consumo de alimentos entre as refeições (p=0,05) e oferecer doces às crianças (p=0,03). Em relação aos hábitos de higiene, observou-se associação entre o número de genótipos com: escovar dentes sozinha (p=0,002), usar fio dental (p=0,02); comportamento da criança no momento da escovação (p=0.02) e frequência da higiene (p=0.03). O ceo-d das crianças com 2 ou mais genótipos variou de 2,64 (inicial), para 4,64 (12 meses). Concluiu-se que os hábitos nocivos de higiene e dieta alimentar favorecem a colonização da cavidade bucal por S mutans, potencializando o risco de cárie das crianças. Palavras-chaves: Streptococcus mutans. Diversidade genotípica. Fatores de risco. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 85 ÁREA: ODONTOPEDIATRIA SUBCATEGORIA: ORAL AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PREVENTIVOS APLICADOS NA SUPERFÍCIE OCLUSAL DE DENTES DECÍDUOS: ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO Autor: Helena Sandrini Venante ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Marina de Lourdes Calvo Fracasso Graziela Martiolli Carlos Luiz Fernandes de Salles Gabriela Cristina Santin Maria Gisette A. Provenzano Objetivou-se avaliar o desempenho clínico de três materiais preventivos nas superfícies oclusais de molares decíduos de crianças (36-60 meses de idade) atendidas na UBS do município de Maringá-PR. O estudo foi do tipo split mouth, com quatro grupos experimentais: G1- cimento ionomérico modificado por resina ( Vitremer®), G2- selante resinoso (Alpha Seal Light®) e G3- diamino fluoreto de prata (Cariostatic®) e G4- controle (sem material). Foram alocadas 32 crianças que apresentavam ceo-d ≥ 1 e quatro 2° molares decíduos hígidos. Foi verificada a retenção do material entre os grupos G1 e G2 e a presença de cárie incipiente entre os grupos. Em todos os tempos analisados (3, 6, 12, 24 e 36 meses), o G2 teve maior perda do material, de até 47%, quando comparado ao G1, que teve perda máxima de 34%, entretanto sem diferença estatística entre os grupos (Teste de Mcnemar, p≥ 0,05). Quanto à incidência de cárie incipiente entre grupos, não houve diferença estatística em nenhum dos tempos (Teste de Q de Cochran, p≥ 0,05), entretanto o G3 foi o que apresentou maior incidência 19,4% quando comparado aos demais. Assim, conclui-se elevado índice de falhas, reforçando a necessidade do acompanhamento clínico periódico desses materiais preventivos. Palavras-chaves: Dentes decíduos, selante, Prevenção XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 86 ÁREA: ODONTOPEDIATRIA SUBCATEGORIA: CASO CLÍNICO HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR – INCISIVO (HMI): RELATO DE CASO CLÍNICO Autor: Fernanda lobo ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Gabriela Cristina Santin Ariane Tonet Letícia Ângelo Walewski Marcelo Capitânio Bruna Paola Martins A formação do esmalte ocorre em duas fases: formativa e maturação. Alterações nestas fases, chamadas hipoplasia e hipomineralização, são permanentemente registradas na superfície. A hipomineralização ocorre na fase da maturação e causa alteração na translucidez, com áreas de coloração variando do branco ao amarelo-acastanhado. Algumas vezes, a hipomineralização pode estar presente em incisivo e molar, concomitantemente. Vários fatores etiológicos são citados como causa das alterações, mas sua etiologia ainda permanece desconhecida. Nesta condição, o esmalte hipomineralizado é frágil e pode se destacar facilmente, deixando a dentina exposta e podendo causar sensibilidade dentária e maior risco de lesões de cárie. Vários fatores etiológicos são citados para a condição e estão frequentemente relacionados com doenças na infância nos primeiros três anos de vida. O tratamento envolve desde a restauração dos dentes afetados com materiais adesivos ou até mesmo a extração dos mesmos, dependendo da severidade do caso. Assim, devido à importância clínica dessa alteração, o objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão sobre o assunto e a apresentação de casos clínicos de hipomineralização incisivo – molar. Palavras-chaves: Dente incisivo, Dente molar, Hipomineralizaçãodentária XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 87 Área: Ortodontia/Pediatria ECTOPIA IRRUPTIVA DO INCISIVO CENTRAL PERMANENTE DECORRENTE DA AVULSÃO DENTÁRIA NA DENTIÇÃO DECÍDUA – RELATO DE CASO Bruna Angélica de Souza Viana – ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Maria Gisette Arias Provenzano Nayara Gonçalves Emerenniano Marina de Lourdes Calvo Fracasso Gabriela Cristina Santin Sabrina Noguti Silva A avulsão dentária caracteriza-se pela ruptura do ligamento periodontal e feixe vásculo-nervoso em sua totalidade e deslocamento completo do dente para fora do alvéolo. Quando a avulsão ocorre na dentição decídua, o dente avulsionado, durante o trajeto, movimenta-se em direção palatina podendo ocasionar alterações de desenvolvimento no seu sucessor permanente. Essas alterações podem ser simples ou complexas, extensas ou localizadas, afetando a porção coronária, a porção radicular ou o germe dental como um todo. Assim, o presente estudo tem como objetivo descrever aspectos literários sobre avulsão dentária na dentadura decídua com relato de um caso clínico com sequela irruptiva no permanente. Neste caso, houve uma avulsão dentária no elemento 51 em uma paciente do gênero feminino, sem acompanhamento clínico e radiográfico. Aos 7 anos de idade foi diagnosticada ectopia irruptiva do sucessor permanente, sendo indicado, tracionamento orto-cirúrgico. Diante da literatura e do caso clínico apresentado, observa-se a necessidade da proservação clínica e radiográfica para os casos de avulsão dentária ocorrida na primeira infância, sendo a ectopia irruptiva uma possível sequela. Palavras-chaves: alvulsão dentária, dentes decíduos, traumatismo dentário. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 88 ÁREA: Ortodontia/Pediatria Categoria: painel ANÁLISE DO COMPORTAMENTO INFANTIL NA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA Autora: Isabela Rocco (bruna_ [email protected]) Instituição: FACULDADE INGÁ Ano de graduação: 3º ano Orientadora: SUZANA GOYA Co-autores: FLAVIA OLIVEIRA DOS SANTOS ERMELINDA MATSUURA LUCIMARA CHELES DA SILVA FRAZIN TEREZA CRISTINA ROSCHEL GIFFONI RESUMO A odontopediatria é uma especialidade da Odontologia que visa o preparo das crianças para o atendimento odontológico e é responsável pelo primeiro contato entre a criança e um ambiente ainda não conhecido. Considerando que o meio odontológico, apresenta-se como um ambiente estranho e diferente do habitual é natural que algumas crianças sintam-se desconfortáveis e não colaborem com o atendimento. O comportamento infantil se modifica de acordo com as experiências vividas da criança com o meio. O comportamento da criança deve ser analisado rotineiramente com o intuito de propor alternativas para minimizar as dificuldades inerentes ao tratamento odontológico. Realizou-se a avaliação de 5 crianças que nunca haviam frequentado a clinica odontológica, utilizando a tabela de comportamento de Venham, que avalia a reação da criança em relação ao tratamento odontológico, com uma escala de 0 (Cooperação total) a 4 (Protesto generalizado). Verificou-se que os procedimentos mais invasivos causam uma reação negativa com um aumento no do grau recusa dos pacientes, e que quanto menor a faixa etária, maior a dificuldade das crianças em aceitar o tratamento odontológico, porém constata-se que com a utilização das técnicas de manejo pode-se modificar a comportamento infantil no tratamento odontológico. Palavras-chaves: Criança, Odontopediatria,Comportamento Infantil. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 89 ÁREA: ODONTOPEDIATRIA TÍTULO: MUCOCELE: ROTINA DO CONSULTÓRIO ODONTOPEDIÁTRICO Autor: Natália Eloá Perego Kido ([email protected]) Orientadora: Gabriela Cristina Santin Co-autor: Graziele Martioli Co-autor: Gabriela Machado de Oliveira Terra Co-autor: Marina de Lourdes Calvo Fracasso Co-autor: Carlos Luiz Fernandes de Salles Mucocele é o nome clínico dado aos fenômenos de ruptura ou bloqueio dos ductos excretores das glândulas salivares menores, sendo essa uma das lesões benignas mais frequentes da cavidade bucal de crianças. Na maior parte dos casos, seu aparecimento está associado a um histórico de trauma local e acomete frequentemente o lábio inferior. Clinicamente, apresenta-se como lesões nodulares, podendo ser exofíticas ou pediculadas. Os tratamentos propostos para a mucocele dependem do tamanho da lesão sendo indicada a excisão, a marsupialização, a criocirurgia, micromarsupialização e, inclusive, o uso do laser. Se bem realizada, os casos de recidiva são raros e o prognóstico é considerado bom. Embora benignas, a mucocele causa incomodo e preocupação de seus portadores e responsáveis sendo indicada a sua remoção. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de mucocele em uma criança de três anos de idade, do sexo masculino, que foi submetido à cirurgia de excisão da lesão. O relato desse caso salienta a necessidade do conhecimento da técnica cirúrgica pelo profissional para que seja realizado de forma segura e precisa em pacientes infantis. Palavras-chaves: Glândulas Salivares, mucocele, odontopediatria. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 90 PEDIATRIA RELAÇÃO DA HIPOPLASIA DO ESMALTE COM ANOMALIAS DENTÁRIAS E MÁ OCLUSÃO Jéssica Behrens Crispim ( [email protected]) UEM Maria Gisette Arias Provenzano Nayara Gonçalves Emerenciano Gabriel Crispin Vilar Adilson Luiz Ramos Este estudo investigou a relação entre a hipoplasia de esmalte com anomalias dentárias e as alterações oclusais no paciente infantil. Foram avaliados 678 registros clínicos, fotográficos e radiográficos de crianças entre 5 e 12 anos da Universidade Estadual de Maringá, entre os anos de 2009 a 2013. As anomalias dentárias registradas foram: número, erupção, estrutura e forma. Os distúrbios irruptivos observados foram: erupção ectópica de canino e 1o molar permanente; distoangulação de pré-molares; transposição, infra-oclusão de molares decíduos e impactação dentária. Foram avaliadas as alterações oclusais nos grupos com anomalias dentárias associadas (GAA), controle (GC) hipoplasia de esmalte combinada à outras anomalias dentárias (GHA) e hipoplasia de esmalte sem associação (GH). Das 678 crianças, 134 (19.76%) apresentaram anomalias dentárias, sendo 76 (56.71%) de forma associada. Observou-se associação significante da hipoplasia de esmalte com agenesias dentárias (OR 3.32). Houve uma associação significante do GAA e as alterações oclusais. Entre as anomalias dentárias associadas observadas, a hipoplasia de esmalte foi a mais prevalente e esteve associada com as agenesias dentárias. As alterações oclusais apresentaram-se relacionadas com a presença das anomalias dentárias associadas. Palavras-chaves: Anomalias dentais, Hipoplasia de esmalte, Oclusão dentária XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 91 Área: Ortodontia/Pediatria ABORDAGEM PRECOCE DA CIRURGIA BUCAL EM ODONTOPEDIATRIARELATO DE DOIS CASOS CLÍNICOS MARTIOLI, Graziele* ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá FRACASSO, Marina de Lourdes Calvo (Orientadora) SALLES, Carlos Luiz Fernandes PROVENZANO, Maria Gisette Arias SANTIN, Gabriela Cristina TERRA, Gabriela Machado de Oliveira O objetivo do presente trabalho é relatar dois casos clínicos envolvendo supranumerários mésiodens em dentição decídua. Um primeiro caso relata uma criança AGS, gênero feminino, 2 anos de idade, onde se diagnosticou a presença do dente supranumerário na região da mandíbula, associado a presença de um freio labial inferior com inserção anormal. Um segundo relato trata-se de uma criança DV, gênero masculino, 3 anos de idade constatando-se a presença do mésiodens na região da maxila. Em ambos os casos, durante o diagnóstico clínico observou-se a presença do dente supranumerário entre os incisivos centrais, com irrupção ectópica, ocasionando alteração no formato do arco dentário, diastema e dificuldade na mordida, já o exame radiográfico mostrou a presença do mesiodens com raiz totalmente formada. No planejamento cirúrgico foram cuidadosamente analisados a exata localização dos dentes supranumerários e a avaliação dos riscos operatórios. Optou-se pela remoção cirúrgica de ambos mesiodens, com anestesia local, sem uso de medicação e prescrição de analgésico para pós-operatório. Durante o pós-cirúrgico se constatou fechamento do diastema, bem como uma remodelação completa do arco dentário. Diante do exposto, concluímos que a remoção precoce de dentes supranumerários minimiza danos à oclusão do paciente, possibilitando um crescimento facial mais harmônico. Palavras-chaves: Dentes decíduos, supranumerário, mesiodens. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 92 ANOMALIAS DENTÁRIAS E ODONTOMA COMPOSTO EM PACIENTE ODONTOPEDIÁTRICO TERRA, Gabriela Machado de Oliveira *([email protected]) FRACASSO, Marina de Lourdes Calvo(Orientadora) SALLES, Carlos Luiz Fernandes PROVENZANO, Maria Gisette Arias SANTIN, Gabriela Cristina MARTIOLI, Graziele Resumo Odontomas compostos podem estar relacionados á distúrbios de erupção e são tumores odontogênicos que sofrem diferenciação funcional e formam dentículos com esmalte, dentina e cemento. As alterações ou anomalias dentárias são diagnosticadas com frequência na dentição mista e esta fase é propícia para intervenção cirúrgica ou ortodôntica. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de odontoma em paciente odontopediátrico. Paciente MA, 9 anos, compareceu a clínica odontológica da UEM, o exame clínico identificou atraso na erupção do dente 42 e 43, e a radiografia panorâmica indicou imagem compatível com agenesia dos dentes 45 e 25, odontoma composto em região anterior de mandíbula lado direito, retenção e alteração de forma do elemento 42. A conduta foi a excisão cirúrgica do tumor, através de tomografia computadorizada de feixe cônica observou-se integridade das tábuas ósseas. Então optou-se por sedação consciente com midazolan 7,5mmg e anestesia local, exodontia dos elementos 83 e 84, incisão relaxante seguida de osteotomia , remoção dos dentículos e sutura. Respeitado período pós-operatório a paciente foi encaminhada para especialização de Ortodontia. Alterações de erupção frequentemente são os primeiros indícios de outras anomalias assim o acompanhamento radiográfico na dentição mista é primordial para correto diagnóstico e planejamento. Palavras-chaves: odontoma; anomalias dentárias; procedimentos cirúrgicos bucais XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 93 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Radiologia, Estomatologia e Patologia busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 94 ÁREA: RADIOLOGIA/ ESTOMATOLOGIA/ PATOLOGIA ALTERAÇÕES NA CAVIDADE BUCAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE Ana Carolina Guimarães Alves1 ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Nelí Pieralisi Yasmin Firmino de Souza Flávia Matarazzo Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Na doença renal crônica (DRC) o diagnóstico é obtido por exames que analisam a taxa de filtração glomerular (TFG), através do “clearance” de creatinina em urina de 24 horas. Enquanto a TGF considerada normal supera 100 ml/min, nos indivíduos portadores de DRC, ela pode chegar a 10-5 ml/min. Neste momento, o quadro severo caracteriza-se pela falência renal, indicando adesão a hemodiálise ou ao transplante renal. Nestas duas situações, os pacientes podem apresentar uma saúde bucal negligenciada, em função de seu quadro clínico sistêmico. Este contexto merece uma atenção especial no atendimento odontológico, assim, este trabalho tem o objetivo de expor as principais alterações orais encontradas nesses casos relatados pela literatura. Foram empregados, na base de dados Pubmed, os descritores “Insuficiência renal crônica”, “hemodiálise” e “Manifestações orais’’. Verificou-se que pacientes que se encontram no estágio final da DRC apresentam algumas manifestações bucais e salivares, provenientes provavelmente da terapia medicamentosa, imunossupressão, perda óssea, osteodistrofia renal e restrição da ingestão de líquidos. Portanto, é importante para o cirurgião dentista conhecer essas mudanças e atuar junto ao nefrologista, proporcionando um atendimento multidisciplinar, resultando em melhor qualidade de vida ao paciente renal. Palavras-chaves: Insuficiência renal crônica, hemodiálise, manifestações bucais. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 95 ÁREA: Radiologia/Estomatologia/Patologia Categoria: painel DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DE ARDÊNCIA BUCAL Autor: Jeferson Soares Campos ( [email protected]) Instituição: FACULDADE INGÁ Ano de graduação: 4º ano noturno Orientadora: SUZANA GOYA Co-autores: ERMELINDA MATSUURA TEREZA CRISTINA ROSCHEL GIFFONI PATRÍCIA SARAM PROGIANTE RESUMO: A Síndrome de Ardência Bucal (SAB) caracteriza-se por uma queimação ou ardência na boca, é assim chamada quando existir ausência de anormalidades físicas visíveis na mucosa, sem a presença de sinais clínicos evidentes. Os pacientes relatam os sintomas de dor, ardência ou queimação na boca, salivação espessa, gosto amargo, perda do paladar, boca seca e desconforto, sinais e sintomas típicos da Síndrome de Ardência Bucal (SAB). O local mais comum da manifestação referido na literatura é a língua, outro é a região do palato duro. É um distúrbio multifatorial, de etiologia pouco definida, predominantemente afeta mulheres de meia idade entre 40 e 50 anos, podendo ocorrer em mulheres na época do climatério acima de 65 anos, em geral acometem pessoas de nível sócio cultural mediano ou alto. Quando esses sintomas existirem, outras possibilidades devem ser investigadas, como deficiências vitamínicas, ansiedade, depressão e distúrbios de personalidade. O presente estudo tem por objetivo realizar uma atualização sobre o conceito, etiologia, formas de diagnóstico e perspectivas atuais de tratamento, buscando oferecer informações para que o cirurgião dentista possa reconhecer esse sintoma em seus pacientes. Uma integração com equipe multiprofissional será útil, pois muitas vezes as causas são bucais, sistêmicas e/ou psicossomáticas. Palavras-chaves: Síndrome de ardência bucal, doenças da boca, xerostomia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 96 Radiologia/Estomatologia IMPORTÂNCIA DO DIAGNOSTICO EM LESÃO HIPERPLÁSICA COM EXCISÃO CIRÚRGICA Leonardo Alan Delanora ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Veltrini Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki Elen de Souza Tolentino Letícia Ângelo Walewski A hiperplasia epitelial multifocal (HEF) é uma proliferação localizada do epitélio escamoso bucal, induzida pelo papiloma-vírus humano, especificamente o subtipo 13 e, possivelmente 32. A característica dessa patologia é benigna, rara, que acomete particularmente a mucosa bucal de grupos étnicos específicos, como esquimós e indígena. Esse trabalho relata o caso de um paciente do gênero masculino, 32 anos, natural de Guiné-Bissau/África, melanoderma, que compareceu para atendimento no projeto LEBU da UEM com queixa estética. Durante o exame físico intrabucal, foram observadas múltiplas pápulas distribuídas por toda a mucosa bucal, de coloração rósea a esbranquiçadas, superfície lisa e base séssil e com tempo de evolução relatado de aproximadamente cinco meses. Optou-se pela biópsia excisional das duas maiores lesões, localizadas na mucosa jugal esquerda e no lábio inferior. Ao exame microscópico, notou-se alterações epiteliais como acantose, cristas epiteliais longas, focos de coilocitose e células mitosóides, aspectos que suportam a hipótese clínica de hiperplasia epitelial focal (HEF). Os tratamentos propostos na literatura são o acompanhamento das lesões ou a remoção cirúrgica. A relatos de regressão espontânea das lesões observada após meses ou anos. No presente caso, optou-se pela remoção cirúrgica de grande parte das lesões e o paciente encontra-se em proservação. Palavras-chaves: Hiperplasia epitelial multifocal, Tratamento cirúrgico, Diagnóstico diferencial. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 97 ESTOMATOLOGIA CARCINOMA ESPINOCELULAR EM SOALHO DE BOCA E BORDA DE LÍNGUA Isabella Dantas Limonta ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Tolentino Caroline Resquetti Luppi Gustavo Nascimento Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva O carcinoma espinocelular (CEC) é uma malignidade que acomete as células epiteliais da mucosa e não possui uma etiologia específica, mas sim alguns fatores de potencialização, como: uso de tabaco, álcool, desnutrição, evolução de leucoplasias e eritroplasias. O mecanismo biológico do CEC se dá pela ativação proto-oncogenes, inativação de genes supressores de tumor, produção excessiva do material genético envolvido e altas concentrações da proteína p-53 anormal. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de CEC em soalho de boca e borda de língua, diagnosticado após anamnese, exame físico e exame histopatológico, enfatizando a importância destas localizações quanto ao prognóstico da doença. Palavras-chaves: Carcinoma Espinocelular, diagnóstico, câncer bucal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 98 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA PARACOCCIDIOIDOMICOSE: CONSIDERAÇÕES GERAIS E RELATO DE CASO Cláudio Freire Sessenta Junior1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) Elen de Souza Tolentino Caroline Resquetti Luppi Gustavo Nascimento Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki A paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica profunda causada pelo Paracococcidioides brasiliensis, tendo marcante predileção por homens de meia idade, trabalhadores rurais e que moram na América do Sul ou Central. A maioria dos casos apresenta-se inicialmente como uma infecção pulmonar que ocorre após a exposição aos esporos dos microrganismos. As lesões bucais apresentam-se como úlceras moriformes, que na maioria dos pacientes são localizadas em mais de uma área, acometendo geralmente os lábios, gengiva, musosa alveolar e mucosa jugal. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um paciente do gênero masculino, 44 anos, feoderma, com queixa de prurido, sensação de ardência e pápulas dolorosas nos lábios e mucosa jugal. Relatou sentir cansaço, falta de ar e ter exames de escarro negativos para a tuberculose. Na história médica, relatou estar sendo submetido a tratamento de tuberculose, sem melhora do quadro. Ao exame físico, foram observadas áreas com aspecto moriforme e pontos hemorrágicos que se estendiam pela mucosa jugal bilateralmente, lábio e gengiva e eram bastante doloridas. Optou-se realizar citologia esfoliativa e biópsia incisional com saca-bocado. O material foi enviado para exame anatomopatológico e chegou-se ao diagnóstico de paracoccidioidomicose. O paciente foi encaminhado para tratamento em um hospital de referência. Palavras-chaves: Diagnóstico, Paracoccidioidomicose, Tuberculose XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 99 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA ODONTOMA COMPOSTO: RELATO DE CASO Giovana Romano de Oliveira1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Toletino Renata Hernandes Tonin Caroline Resquetti Luppi Gustavo Nascimento Lilian Cristina Vessoni Iwaki Os odontomas são os tipos mais comuns de tumores odontogênicos, não apresentam predileção por gênero e são diagnosticados principalmente nas duas primeiras décadas de vida. A Organização Mundial da Saúde classifica-os como tumores odontogênicos benignos mistos, por serem originados de células epiteliais e mesenquimais, apresentando estruturas dentárias (esmalte, dentina, cemento e polpa). São subdivididos em tipo composto e tipo complexo, o primeiro formado por múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a dentes. No tipo complexo, as estruturas dentárias apresentam-se de maneira desordenada e a anatomia não é congênere a dente. Essas lesões são tipicamente assintomáticas e autolimitantes, sendo consideradas lesão em região anterior de maxila e este trabalho tem como objetivo retratar suas características. O paciente, gênero masculino, 14 anos, foi encaminhado pelo ortodontista devido à presença de uma imagem radiográfica sugestiva de Odontoma Composto. A conduta empregada foi a remoção total da lesão e envio da cápsula para exame histopatológico, confirmando o diagnóstico presuntivo. O paciente foi acompanhado por seis meses, sem sinais de recidiva. Palavras-chaves: Maxila, Odontoma, Tumor Odontogênico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 100 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA CARCINOMA ESPINOCELULAR EM LOCALIZAÇÃO INCOMUM: RELATO DE CASO Irma Milena Menck Romanichen¹ ([email protected]) ¹Universidade Estadual de Maringá-UEM Elen de Souza Tolenino Caroline Resquetti Luppi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Neli Pieralisi Mariliani Chicarelli da Silva Gustavo Nascimento O carcinoma espinocelular representa de 90 a 95% das malignidades da boca e sua etiologia é discutível e multifatorial. Fatores etiológicos genéticos, ambientais e comportamentais têm sido relacionados. Paciente gênero feminino, 80 anos, leucoderma, edêntula, queixando-se de uma lesão em região de túber causada pela prótese removível. Clinicamente, observou-se uma úlcera fissurada com bordas elevadas, área de necrose central, contorno irregular, medindo aproximadamente 3cm. Não foram observados sinais radiográficos. Foi realizada biópsia incisional por punch. Os cortes microscópicos revelaram fragmentos de epitélio estratificado pavimentoso hiperparaqueratinizado, hiperplásico com pleomorfismo, hipercromatismo, alteração na relação núcleo citoplasma, presença de mitoses atípicas e disqueratoses em profundidade no tecido, achados compatíveis com carcinoma espinocelular bem diferenciado. A paciente foi encaminhada para o cirurgião de cabeça e pescoço que optou pelo tratamento cirúrgico. O caso ressalta a possibilidade de que os traumas ocasionados por próteses mal adaptadas sejam fatores relevantes na etiologia do câncer bucal. Palavras-chaves: Câncer Bucal, Diagnóstico, Prótese Removível XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 101 ÁREA: ESTOMATOLOGIA LESÕES INTRAÓSSEAS – RELATO DE CASO RARO EM OSSOS GNÁTICOS Juliana Cristina Bonani Saqueti ( [email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Greison Rabelo de Oliveira Fabiana Seguin Felipe de Brum Ricardi Maicon Douglas Pavelski Ricardo Augusto Conci As lesões intraósseas descritas no presente trabalho, compreende uma gama de patologias com diferentes classificações, tal como: doenças inflamatórias, patologias ósseas, cistos odontogênicos e lesões fibro-ósseas dos ossos gnáticos, sendo que cada lesão requer conduta e abordagens diferenciadas. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de uma paciente M. K., gênero feminino, 54 anos, que apresentou-se a clínica de Odontologia da Unioeste queixando-se de sensibilidade dolorosa em lado esquerdo de mandíbula e descontentamento estético com sua prótese total. Ao exame intra-oral, verificou-se nítido aumento de volume na região de tuberosidade maxilar direita, bem como supuração em região mandibular esquerda. Por meio de radiografia panorâmica pode ser detectado um caso infrequente de múltiplas lesões intraósseas. O tratamento instituído foi individualizado após a biopsia incisional das lesões e proservação por dois anos, a qual evidenciou o tratamento adequado. Com base no presente caso, conclui-se que, os exames de imagem têm importância relevante na prevenção e tratamento de doenças, pois grande parte das patologias não tem sinais ou sintomas em seu início, e os métodos de exames por imagens auxiliam no diagnóstico precoce, permitindo desta forma iniciar o tratamento e aumentar as chances de sucesso no processo de cura. Palavras-chaves: múltiplas lesões intraósseas, cistos odontogênicos, ossos gnáticos. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 102 ÀREA: ESTOMATOLOGIA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO DE NEOPLASIA BENIGNA EM MUCOSA JUGAL- RELATO DE CASO Tatiani Just ([email protected]) Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil Elen Tolentino Murilo Hernane Gonzalez Pimenta Fernanda Casavechia Petri Luiz Carlos Volp Junior Iago Ridão Scandinari Neoplasias benignas de células adiposas maduras, com maior frequência em pacientes com 40 anos de idade ou mais. Os lipomas são raros na região oral e maxilofacial, embora sejam os tumores de origem mesenquimal mais comuns do corpo humano. Sua etiologia não está plenamente estabelecida, sendo relatada a influência de fatores hormonais, endócrinos e inflamatórios. Clinicamente, são assintomáticos, moles à palpação, de crescimento lento e bem delimitado, superfície lisa, sem ulcerações, sésseis ou pedunculados, podendo ou não apresentar cápsula fibrosa. Podem também ser únicos ou múltiplos e de tamanhos variáveis, sendo em sua maioria tumores pequenos. O lipoma é tratado pela excisão cirúrgica local conservadora e as recidivas são raras. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma paciente de, 52 anos, leucoderma, que apresentava nódulo localizado em mucosa jugal direita, medindo aproximadamente 10 mm, forma arredondada, consistência borrachoide/flutuante, assintomática, com tempo de evolução de um ano e sem fatores causais aparentes associados. As hipóteses diagnósticas iniciais foram linfonodo infartado, trombo e lipoma. Uma biópsia excisional foi realizada, e quando colocado na solução de formol a 10%, o espécime flutuou. O exame histopatológico foi compatível com lipoma. A paciente se encontra em acompanhamento, sem sinais de recidiva Palavras-chaves: Células Adiposas; Diagnóstico Diferencial; Lipoma. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 103 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA CISTO ÓSSEO SIMPLES – RELATO DE 3 CASOS CLÍNICOS Loiana Luppi ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Toletino Caroline Resquetti Luppi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Neli Pieralisi Mariliani Chicarelli da Silva O Cisto Ósseo Simples (COS) é classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma lesão não neoplásica relacionada aos ossos, sendo definida como um cisto intraósseo. A causa e a patogênese são incertas e controversas. Grande parte das lesões são cavidades vazias, contendo não mais que um pequeno fluido seroso ou serosanguinolento, estando o revestimento epitelial ausente. Os locais mais acometidos são ossos longos e gnáticos. Os ossos gnáticos surgem com maior frequência na mandíbula em área de molares e pre-molares, com caráter assintomático, porém podem ser relatadas dor e parestesia em alguns casos. O objetivo deste trabalho visa relatar três casos de COS com manifestações radiográficas e condutas terapêuticas distintas. Consideramos assim, o diagnóstico do COS é baseado, primariamente, em características clínicas e radiográficas juntamente com os achados cirúrgicos. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão radiolúcida, bem delimitada, podendo ser observadas interdigitações entre as raízes dentárias. A forma de tratamento indicada é a curetagem da lesão, com acompanhamento radiográfico pós-cirúrgico para preservação do caso, ou em casos em que as características clínicas e radiográficas são bastante sugestivas, pode-se optar somente pela proservação. Palavras-chaves: Cistos Ósseos, Diagnóstico, Odontoma, Tratamento XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 104 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE FATORES DE RISCO PARA CÂNCER BUCAL E O GRAU DE ATIPIA CELULAR. Maísa Pereira da Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Cristina Veltrini Willian Pecin Jacomacci Acredita-se que os fatores de risco para o câncer bucal sejam também os responsáveis pelo potencial de malignização das lesões precursoras. Considerando que o potencial atribuído aumenta proporcionalmente ao grau de atipia celular presente e que este pode ser influenciado pela intensidade da exposição aos fatores de risco, o presente trabalho teve como objetivo investigar a correlação entre quantidade diária de cigarros e/ou doses alcoólicas consumidos e o grau de atipia celular constante nos laudos e lâminas de lesões bucais com potencial de malignização diagnosticados no Projeto LEBU/UEM. Para isso, foram analisados 65 prontuários e laudos de pacientes com Leucoplasia, Queilite Actinica, Eritroplasia e Liquen Plano. As informações foram agrupadas e submetidas à análise estatística. O tabagismo apresentou correlação com grau de atipia (p=0,006); entretanto, o etilismo apresentou alguma correlação (p=0,233) apenas em sinergismo com o tabaco, corroborando com a literatura. Portanto, parece plausível inferir que, quanto mais se fuma, mais intensa é a atipia e maior a chance da lesão se malignizar. Palavras-chaves: Alcoolismo, Tabaco, Câncer Bucal XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 105 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA PAPILOMA – RELATO DE CASOS Lorena Juliani Aquino Ortega (lorenaa_ [email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Toletino Caroline Resquetti Luppi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Neli Pieralisi O papiloma é uma proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado, que resulta em uma massa papilar ou verrucosa induzida pelo papilomavírus humano (HPV ). Este tem sua forma de contágio principalmente através do contato sexual, como também por outras vias como a materno-fetal e a auto-inoculação a partir de lesões cutâneas ou genitais. Apresenta-se clinicamente como um nódulo exofítico mole, indolor, geralmente pediculado, com numerosas projeções superficiais pontudas ou rombudas, podendo ser branca, levemente avermelhada ou com a coloração da mucosa normal. O tratamento consiste na excisão cirúrgica, com baixa taxa de recidiva. O presente trabalho objetiva relatar dois casos clínicos de papilomas em boca, tratados com remoção cirúrgica. Palavras-chaves: Diagnóstico, Tratamento, Papiloma XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 106 ÁREA: ESTOMATOLOGIA PÊNFIGO VULGAR - RELATO DE CASO EM PACIENTE GERIÁTRICO Renato Luiz Gava de Salles ([email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Iris Sawazaki Kalone Jordana Heidmann Pandini Pênfigo é uma denominação geral de um grupo de patologias mucocutâneas, caracterizadas pela formação de bolhas intra-epietliais. A formação dessas bolhas resulta da desintegração ou perda da aderência celular. Sendo que após a ruptura das mesmas segue-se uma ulceração difusa, levando a dor debilitante, perda de líquido e desequilíbrio eletrolítico. As manifestações iniciais do pênfigo frequentemente envolvem a mucosa bucal. Normalmente os pacientes se queixam de dor e o exame clínico exibe erosões superficiais e irregulares e distribuídas aleatoriamente na mucosa bucal. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico no qual a paciente I.R.P., gênero feminino, 70 anos, compareceu à clínica de Estomatologia da Unioeste com múltiplas lesões em toda mucosa bucal. As hipóteses de diagnóstico eram: líquen plano, pênfigo vulgar e reação liquenóide por medicamento. Foi realizada biópsia na região do palato com diagnóstico de Pênfigo Vulgar. A paciente foi encaminhada ao reumatologista para tratamento da doença. Considerando-se que embora a taxa de mortalidade seja pequena (5-10%), o cirurgião-dentista deve estar sempre atento para realizar um correto diagnóstico e tratamento, pois as manifestações iniciais do pênfigo frequentemente envolvem a mucosa bucal, podendo preceder as lesões da pele por períodos de até um ano. Palavras-chaves: Doenças mucocutâneas, pênfigo vulgar, mucosa bucal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 107 Radiologia/Estomatologia/Patologia QUERATOACANTOMA X CARCINOMA ESPINOCELULAR: RELATO DE CASO Samuel Kaik Alves de Lima¹, [email protected] ¹Universidade Estadual de Maringá-UEM Elen de Souza Tolentino Caroline Resquetti Luppi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Neli Pieralisi O Queratoacantoma é uma neoplasia epitelial benigna de crescimento rápido, autolimitada, que apresenta forte similaridade clínica e histopatológica com o carcinoma espinocelular (CEC) bem diferenciado. Acredita-se que as lesões cutâneas originem-se do infundíbulo dos folículos pilosos. Clinicamente apresenta-se como uma úlcera crateriforme, com tampão queratótico central pequeno, geralmente não excedendo 1,5 cm de diâmetro, firme, recoberto por epitélio normal. Sua etiologia ainda é incerta, porém o dano causado pelo sol e pelo papilomavirus humano (HPV ) tem sido considerado como causas potenciais. Por sua localização (lábio inferior) faz-se necessário realizar diagnóstico diferencial com CEC, pela prevalência da patologia na área. O queratoacantoma requer biópsia incisional profunda incluindo o epitélio adjacente normal para interpretação histopatológica adequada. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de um paciente do gênero masculino, 70 anos, que percebeu há quatro meses uma úlcera com bordas elevadas e base endurecida com superfície esbranquiçada no lábio inferior do lado esquerdo. Optou-se pela biópsia incisional cujo exame histopatológico confirmou o diagnóstico de queratoacantoma. Após 6 meses, houve remissão quase completa da lesão. Diante destas características clinicas semelhantes às malignidades, o cirurgião dentista deve conhecer as nuances desta lesão com a finalidade de diagnosticar, tratar/encaminhar o paciente corretamente. Palavras-chaves: queratoacantoma, carcinoma espinocelular, diagnóstico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 108 ÁREA: RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS DO COMPLEXO BUCOMAXILOFACIAL EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO Danielly de Fátima Castro Leite ([email protected]) – UEM Nelí Pieralisi Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki Letícia Ângelo Walewski Fernanda Lobo A doença renal crônica (DRC) corresponde à deficiência estrutural e funcional dos rins, acometendo 8-16% da população mundial e repercutindo em um importante problema de saúde pública. Esta enfermidade apresenta diversas complicações como à doença mineral óssea associada à DRC (DMO-DRC). A DMO-DRC inclui a osteodistrofia renal (OR) derivada do hiperparatireoidismo secundário (HPS) e responsável por alterações ósseas detectáveis em exames radiológicos. Assim, esta revisão bibliográfica visa descrever as alterações radiográficas bucomaxilofaciais de pacientes com DRC em hemodiálise com HPS, descritas na base de dados pubmed nos últimos cinco anos. O HPS é caracterizado pelo aumento do nível do paratormônio em resposta as baixas concentrações séricas de cálcio, promovendo a OR. A OR são anormalidades esqueléticas como variações trabeculares, reabsorções ósseas, osteoporoses, calcificações vasculares e os tumores marrons. Decorrente disto, as imagens radiopacas e radiolúcidas podem aparecer nos exames radiográficos do complexo bucomaxilofacial de pacientes com DRC. Estes achados radiográficos na DMO-DRC contidos nesta revisão permitiram concluir que o controle radiográfico desta patologia é necessário visando um diagnóstico precoce e prevenção de maiores adversidades de um quadro clínico em pacientes renais crônicos. Palavras-chaves: Osteodistrofia Renal, Hiperparatireoidismo Secundário, Radiografia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 109 ÁREA: ESTOMATOLOGIA LESÕES BUCAIS E COLONIZAÇÃO POR LEVEDURAS EM PACIENTES SOB HEMODIÁLISE Letícia Boaventura Sá Ponhozi ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Nelí Pieralisi Coautor: Daniele Ruggero Coautor: Janine Silva Ribeiro Godoy Coautor: Melyssa Fernanda Norman Negri Grassi Coautor: Terezinha Inez Estivalet Svidzinski A doença renal crônica (DRC) acomete entre 8 a 16% da população mundial, constituindo um grande problema público. No estágio 5 da DRC, ocorre a falência do órgão, quando há necessidade de terapia renal substitutiva, como a hemodiálise. Como decorrência, a imunossupressão torna o pacientes mais propensos à infecções fúngicas, podendo uma candidose partir de uma colonização e evoluir para a disseminação sistêmica de alta mortalidade nesta população. O objetivo desse trabalho é correlacionar a presença de leveduras com as lesões bucais (LB) nesse grupo de pacientes. Portanto, a mucosa bucal de 52 pacientes DRC sob hemodiálise foi examinada e amostras salivares para cultura e identificação de leveduras. LB foram detectadas em 50% dos pacientes. Em 42.31% dos pacientes, houve algum tipo de colonização por levedura e, em 100% dos resultados, pertenciam ao gênero Candida e 69.23% delas eram da espécie C. albicans. Os pacientes portadores de alguma lesão bucal apresentaram 2.62 mais vezes mais chances de estarem colonizados por leveduras, o que aumentava para 6.33 se fosse portador de próteses dentárias removíveis. Concluíu-se que a mucosa bucal, de forma clínica e micológica, deve ser monitorada em pacientes DRC sob hemodiálise para um diagnóstico e tratamento precoce, prevenindo complicações. Palavras-chaves: Lesões bucais, Colonização por Candida spp, Hemodiálise. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 110 Radiologia/Estomatologia/Patologia TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR NA IDENTIFICAÇÃO DE CANAIS ACESSÓRIOS EM INCISIVOS INFERIORES: RELATO DE CASO CLÍNICO. Delise Pellizzaro ([email protected]) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Odontologia de Araraquara FOAr/UNESP. Guilherme Monteiro Tosoni Andrea Gonçalves Marcelo Gonçalves Resumo A utilização da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) em determinados casos clínicos pode ser determinante para o diagnóstico e plano de tratamento. O caso clínico apresentado ilustra a importância da imagem de TCFC na identificação de canais acessórios dos incisivos inferiores. Paciente, do sexo masculino, apresentava na radiografia periapical uma extensa lesão envolvendo o ápice dos quatro incisivos inferiores, os quais encontravam-se com tratamento endodôntico parcial. TCFC foi realizada e observou-se a presença de canais acessórios, não tratados, nestes quatro dentes. Após seis meses do retratamento endodôntico e da obturação dos canais acessórios, repetiu-se a TCFC. As imagens tomográficas evidenciaram a presença de canais acessórios nos quatro incisivos inferiores e foram fundamentais para o subsequente planejamento do retratamento endodôntico. Palavras-chaves: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Diagnóstico; Endodontia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 111 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA CISTO DENTÍGERO: DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM CLÍNICA Lorena Borgognoni Aquaroni1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) Elen de Souza Tolentino Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Gustavo Nascimento Caroline Resquetti Luppi O cisto dentígero, é o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento, compreendendo 20% de todos os cistos dos maxilares. Este se origina pela separação do folículo da coroa de um dente não irrompido. Assintomático e de patogênese desconhecida, apresenta tamanhos variados e acomete com maior frequência pacientes entre 10 e 30 anos de idade, havendo uma ligeira predileção pelo gênero masculino. O presente trabalho tem como objetivo relatar dois casos clínicos de cisto dentígero. O caso 1 refere-se a um paciente do gênero masculino, 48 anos, que queixava-se de “Inchaço na mandíbula”. O exame radiográfico evidenciou uma imagem sugestiva de cisto dentígero no dente 38. O tratamento escolhido foi a marsupialização seguida de enucleação. No caso 2, paciente do gênero masculino, 19 encaminhado pelo ortodontista, que observou uma área radiolúcida envolvendo a coroa do dente 47, não irrompido, seugestivo de cisto dentígero. Enucleação seguida de tracionamento do dente foi a opção de tratamento escolhida. Em ambos os casos, o exame microscópico confirmou o diagnóstico de cisto dentígero e o prognóstico s foi excelente, sem sinais de complicações ou recidiva. Palavras-chaves: Cisto Dentígero, Diagnóstico, Tratamento XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 112 ARÉA: Radiologia/Estomatologia/Patologia AVALIAÇÃO POR MEIO DO SOFTWARE DOLPHIN IMAGING DA INTEGRIDADE DA CORTICAL, DO VOLUME, DA POSIÇÃO E DA MORFOLOGIA DA CABEÇA DA MANDÍBULA DE PACIENTES CLASSES II E III ANTES E DEPOIS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA. NOME DO AUTOR: Tamara Fernandes de Castro ([email protected]) INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá ORIENTADOR: Profª. Drª. Lilian Cristina Vessoni Iwaki CO-AUTOR: Prof. Dr. Liogi Iwaki Filho CO-AUTOR: Profª. Drª. Mariliani Chicarelli da Silva CO-AUTOR: Luiza Roberta Bin CO-AUTOR: Amanda Lury Yamashita Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a integridade da cortical, o volume, a posição, a morfologia da cabeça da mandíbula e o volume do espaço articular em pacientes submetidos à cirurgia ortognática por meio de tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). Vinte e quatro pacientes foram divididos em: grupo 1- pacientes submetidos ao avanço maxilar e recuo mandibular (n=12) e grupo 2- pacientes submetidos ao avanço maxilomandibular (n=12). As TCFCs foram realizadas no período pré-operatório, pós-operatório imediato e pós-operatório tardio. As imagens foram analisadas no software Dolphin Imaging & Management Solutions® 11.7 versão 3D. Na análise estatística, utilizou o teste ANOVA, teste de Tukey, teste qui-quadrado e o coeficiente Kappa. Assim, independente das cirurgias, não houve alterações na área articular, integridade cortical e volume condilar. Entretanto, houve alteração na área condilar, no qual se mostrou maior no lado direito no grupo 1 e a posição condilar prevalente foi a cêntrica independentemente do tempo analisado. Com essa ausência de alteração tanto na cabeça da mandíbula como no espaço articular, a cirurgia ortognática, apesar de ser um método invasivo, têm se mostrado efetiva e estável tanto nos pacientes de classe II como nos de classe III com um ano de acompanhamento. Palavras-chaves: Cirurgia ortognática, cabeça da mandíbula, tomografia computadorizada de feixe cônico XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 113 Radiologia/Estomatologia/Patologia TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: UM ESTUDO COLABORATIVO DE 20 ANOS E RELATO DE CASO CLÍNICO Nome autor: Gustavo Nascimento de Souza Pinto ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Liogi Filho Iwaki Co-Autor: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Elen de Souza Tolentino Co-Autor: Naira Priscila Bueno dos Santos O Tumor Odontogênico Queratocístico (TOQ) apresenta-se como uma neoplasia benigna de maior prevalência acometendo os ossos maxilares. Possui caráter infiltrativo e alta recidiva. Por meio de análise de dados colhidos em um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo de prontuários de pacientes do Projeto de Extensão: “Diagnóstico, tratamento e epidemiologia das doenças da cavidade bucal – LEBU” traçou-se um perfil epidemiológico. Neste estudo houve predominância do gênero masculino e leucoderma. A maioria das lesões foi encontrada na região posterior de mandíbula. A escolha terapêutica foi a marsupialização seguida da enucleação. Sendo assim, o correto diagnóstico do TOQ e plano de tratamento são necessários, uma vez que suas taxas de recorrências são altas. O caso clínico apresentado permite concluir que o perfil de TOQ encontrado é semelhante ao descrito na literatura e suporta a importância dos exames imaginológicos para o diagnóstico de lesões. Palavras-chaves: Epidemiologia. Tumor Odontogênico Queratocístico. Diagnóstico bucal XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 114 DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE LESÃO RADIOGRÁFICA UNIRADICULAR EM MANDIBULA - RELATO DE CASO Nome autor: Josimeire Alves Pereira Barbosa ( [email protected]) Institure: Newton Cesar Kamei Co-Autor: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Giulia Collet Co-Autor: Letícia Ângelo Walewski Co-Autor: Leandro Lima Paciente do gênero masculino de 18 anos, leucoderma, compareceu à Clínica Odontológica da UEM para realização de documentação ortodôntica. No exame ortopantomografico observou-se lesão intra-ossea localizada na região parassinfisaria de mandíbula correspondente aos dentes 35 a 44.Radiograficamente apresentou-se com uma área bem delimitada por halo radiopaco, unilocular, sem reabsorção de dentes adjacentes. No exame físico intrabucal foram observadas dentes com vitalidade pulpar sem sintomatologia dolorosa, ausência de abaulamento das corticais e mobilidade dentaria. A hipótese diagnostica foi cisto ósseo simples (COS) e tumor odontogênico ceratocístico. Não foi possível a realização da punção, no acesso cirúrgico observou integridade da cortical vestibular. Ao exame microscópico do material curetado foi observado fina camada de tecido conjuntivo, pouco infiltrado inflamatório, ausência de tecidos ou fluidos no interior da cavidade cística, achados que suportam a hipótese clínica e radiográfica de cisto ósseo traumático As características clínicas são predominância no gênero masculino de 2:1, a maioria ocorre na segunda década de vida, geralmente assintomático com dentes na região vitais, expansão da cortical e a movimentação são raras. O tratamento proposto na literatura é acesso conservador, curetagem da cavidade óssea, irrigação e sutura local. Palavras-chaves: Radiografia, Cisto ósseo simples, Pseudocisto. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 115 ÁREA Radiologia/Estomatologia/Patologia LESÃO ÓSSEA ATÍPICA: DEFEITO ÓSSEO DE STAFNE? Renata Hernandes Tonin ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Ângelo José Pavan Mariliani Chicarelli da Silva Carolina Ferrairo Danieletto Letícia Ângelo Walewski Danielly de Fátima Castro Leite O defeito ósseo de Stafne (DOS) corresponde a uma cavidade óssea ou depressão do osso cortical na superfície lingual de mandíbula, localizada abaixo do canal mandibular, e raramente pode interromper a continuidade da borda inferior da mandíbula, tornando a depressão palpável. Frequentemente tecido glandular salivar normal é encontrado em seu interior, sugerindo ser um defeito de desenvolvimento. Radiograficamente apresenta área radiolúcida oval ou redonda, unilocular, circunscrita e geralmente unilateral. Sua etiologia é desconhecida, a hipótese de que a cavidade se desenvolve por resultado de uma atrofia ocasionada pela pressão da glândula salivar localizada na região, é a mais aceita, sendo diagnosticado através de exames radiográficos de rotina. A tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC) tem sido considerada o exame de escolha para avaliar a extensão da cavidade e a preservação de corticais, aspectos que descartam possíveis patologias. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de uma paciente do gênero feminino, 17 anos, apresentando depressão óssea palpável em região de ângulo mandibular direito, assintomática. Na radiografia panorâmica, notou-se imagem radiolúcida, bem circunscrita e com bordas definidas. Foi realizada TCFC, excluindo presença de patologias e sugerindo diagnóstico de DOS. A opção de tratamento foi conservadora e a paciente permanece em acompanhamento. Palavras-chaves: Variação anatômica; Cisto ósseo; Glândula submandibular. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 116 RADIOLOGIA AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE DE RADIAÇÃO E ACURÁCIA DE DIAGNÓSTICO EM FRATURAS RADICULARES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO UTILIZANDO DIFERENTES CAMPOS DE IMAGEM E VOXELS: ESTUDO IN VITRO Cassia Almeida Fiorentini; [email protected] / [email protected] Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-autores: Mariliani Chicarelli Wilton Mitsunari Takeshita Sergio Sabio Renata Hernandes Tonin RESUMO O trabalho avaliou a relação entre os parâmetros de exposição (função DAP) e a acurácia de diagnóstico em fraturas radiculares por meio de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), utilizando diferentes campos de imagem (FOV ) e voxels. Uma amostra de 20 dentes (10 fraturados e 10 sem fraturas), foram colocados em cinco mandíbulas humanas maceradas em seus devidos alvéolos e posteriormente foram feitas as varreduras no i-Cat Next Generation (Imaging Sciences International, Hatfield, PA, USA). Foram testados 18 parâmetros de exposição. Obteve-se neste estudo que o parâmetro de exposição 1 (FOV 8 X 8 cm, voxel 0.125 mm, 120 kVp e 26.9 segundos) teve melhor resolução, de acordo com os resultados das análises feitas pelos examinadores, porém os parâmetros 7 e 9 foram os únicos que apresentaram o produto dose-área (DAP) abaixo de 250 mGy cm² conforme os níveis de referências estabelecidos pelo sétimo programa da comunidade europeia de energia atômica do projeto SEDETEXCT. O tamanho do FOV e da matriz estudados pouco contribuíram para a melhora na acurácia diagnóstica. Os parâmetros de exposição 2 e 7 com valores de DAP (283mGy cm2 e 243mGy cm2) respectivamente são indicados para diagnóstico de FRVs. Palavras-chaves: Tomografia computadorizada de feixe cônico, fratura radicular vertical, radiação ionizante. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 117 ÁREA: RADIOLOGIA SUBCATEGORIA: REVISÃO DE LITERATURA DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO E SUA CONTRIBUIÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA Autor: Fernanda lobo ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Orientadora: Elen Tolentino Co-autor: Lilian Cristin Vessoni Iwaki Co-autor: Mariliani Chicarelli Silva Co-autor: Letícia Ângelo Walewski Co-autor: Danielly de Fátima Castro Leite Nas últimas décadas, diversos estudos vêm apontando a importância da correta identificação de calcificações patológicas em tecidos moles pelo radiologista através de exames odontológicos por imagens. Por ser um dos exames mais utilizados na odontologia e evidenciar uma área ampla de estruturas cervicais, a radiografia panorâmica é um dos mais citados, seguida, mais recentemente, da Tomografia Computadorizada de Feixe de Cônico (TCFC). Pesquisas recentes demostraram a importância da radiografia panorâmica na detecção de alterações cardiovasculares, uma vez que, são responsáveis pela morte de milhões de pessoas, sendo um dos principais problemas de saúde mundial. A utilização de exames odontológicos por imagem não tem o intuito de substituir um método diagnóstico mais preciso e confiável como a primeira opção, mas de criar o hábito do cirurgião-dentista de uma análise mais profunda da imagem, ressaltando a importância da observação completa de exames e situação de saúde, contribuindo para prevenção de futuros danos. Neste contexto, o cirurgião-dentista poderia, após a anamnese de seus pacientes, estar atento à interpretação das imagens radiográficas e encaminhar os mesmos para avaliação médica, onde outros exames serão feitos para confirmação do diagnóstico e tratamento adequado. Palavras-chaves: Radiografia Panorâmica; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Calcificação da Artéria Carótida XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 118 AVALIAÇÃO DA PROPORÇÃO ÁUREA EM TELERRADIOGRAFIAS LATERAIS COM CLASSES I, II E III ESQUELÉTICAS Nome autor: Vinícius Tadeu Batistussi França Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Wilton Mitsunari Takeshita Co-Autor: Letícia Ângelo Walewski Co-Autor: Fernanda Lobo Na Odontologia contemporânea existe a proporção pelo que é harmônico e agrada os olhos, conhecida por proporção áurea ou divina. A proporção áurea é uma constante real algébrica conhecida pela letra grega phi (ɸ) extraída da sequência de Fibonacci de valor aproximado 1,6180. Este trabalho avaliou a proporção áurea nas telerradiografias laterais em 93 pacientes portadores de Classes I, II e III esquelética, através do software “Aurea Ceph”. Análise estatística aplicado na amostra foi análise de variância ANOVA, teste Tukey e t de Student (P<0,05). Dentre as sete razões estudadas, confirmou uma diferença estatisticamente significante entre as razões comparadas com as classes em N-Ena/V1S-DM16 nas classes I e III, A-Pog/V1-C1MS e A-Pog/V1S-MD16 nas classes II e III. Após comparação as razões nas diferentes classes em relação ao número áureo (1,618), houve diferença estatisticamente significante na classe I para as razões N-Ena/V1S-DM16, V1S-C1MS/C1MS-DM16 e Ena-Me/AB, na classe II para as razões A-Pog/V1-C1MS e A-Pog/V1S-MD16 e na classe III para as razões N-Ena/V1S-DM16, Ena-Enp/V1S-C1MS, V1S-C1MS/C1MS-DM16 e Ena-Me/AB. Conclui-se que para as sete razões analisadas, foram encontradas três proporções áureas no grupo classe I, duas proporções áureas no grupo classe II e quatro proporções áureas no grupo classe III. Palavras-chaves: Proporção áurea, estrutura craniofacial, telerradiografias laterais. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 119 ÁREA: ESTOMATOLOGIA Graduação FLUORTERAPIA EM PACIENTES ESPECIAIS Gissela de Souza Biguetti ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Neli Pieralisi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Elen de Souza Tolentino Marina França de Oliveira No mundo, da porcentagem de investimentos em saúde, 72% são com as doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer e a doença renal crônica. De acordo com Registros de Câncer de Base Populacional, os tumores malignos bucais ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais incidentes no sexo masculino. Conforme a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, em 2014, ocorreram 5648 transplantes renais, mas existem mais de 100.00 pacientes sob diálise aguardando na fila. É reconhecido o impacto que patologias bucais promovem no doente crônico, que por sua vez está desmotivado para manter sua saúde bucal. Assim, torna-se relevante buscar meios que colaborem para a manutenção de um quadro clínico bucal estável. Para este propósito, o flúor compreende um agente terapêutico de sucesso na prevenção à cárie, agindo pela deposição deste íon na cavidade bucal. Este trabalho objetiva expor a associação entre o flúor e pacientes com câncer bucal e doença renal crônica, a partir de uma revisão de literatura dos últimos dez anos. Para ser considerado como fluorterapia é necessário uso contínuo e em baixa quantidade. Portanto, sendo o melhor tratamento para prevenir a cárie para estes pacientes por não ser invasivo e de fácil acesso. Palavras-chaves: fluorterapia, câncer bucal, doença renal crônica. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 120 Área: Radiologia/Estomatologia/Patologia ANÁLISE DO ESPAÇO AÉREO FARÍNGEO E DO OSSO HIOIDE EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA ORTOGNÁTICA: ESTUDO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Amanda Lury Yamashita ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Liogi Iwaki Filho Co-Autor: Adilson Luiz Ramos Co-Autor: Ricardo de Lima Navarro Co-Autor: Pablo Cornélius Comelli Leite Estudos têm mostrado discordância quando avaliam as consequências do tratamento ortodôntico-cirúrgico no espaço aéreo faríngeo (EAF) e no osso hioide. O objetivo foi analisar o deslocamento do osso hioide e a alteração do EAF após a cirurgia ortognática, por meio de tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). Trinta pacientes foram divididos em: grupo 1 – pacientes submetidos ao avanço maxilar e recuo mandibular (n=15); grupo 2 – pacientes submetidos ao avanço maxilomandibular (n=15). As TCFCs foram realizadas em: T0 (antes da cirurgia), T1 (média de 1.5 meses após a cirurgia) e T2 (média de 6.7 meses após a cirurgia) e analisadas no software Dolphin Imaging & Management®. Para análise estatística, utilizou-se o ANOVA seguido por Tukey (p<0,05). No osso hioide, não houve diferença estatisticamente significante entre grupos e tempos. Porém, houve diferença significativa entre os grupos no volume total (p=0,0334) e na área axial mínima (p=0,0446). Quanto ao volume inferior, houve diferença significativa entre os grupos (p=0,0022) e entre os tempos (p=0,0254), sendo estatisticamente significante entre T0 e T2 (p=0,0088). A cirurgia de avanço maxilomandibular e a cirurgia de avanço maxilar com recuo mandibular são capazes de aumentar o volume do espaço aéreo faríngeo, porém não alteram a posição do osso hioide. Palavras-chaves: Cirurgia ortognática, osso hioide, tomografia computadorizada de feixe cônico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 121 Área do trabalho: Radiologia/Estomatologia/Patologia PREVALÊNCIA DAS LESÕES DE GLÂNDULAS SALIVARES: ESTUDO OBSERVACIONAL E RETROSPECTIVO DOS CASOS DIAGNOSTICADOS NO PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNICESUMAR Anne Carla Ribeiro Medeiros ([email protected]) –UniCesumar Elen de Souza Tolentino RESUMO: Lesões de glândulas salivares (LGS) compreendem patologias complexas com etiologias variáveis. Estudar sua prevalência é essencial, visando prevenção e tratamento. Este trabalho objetiva estabelecer a prevalência de LGS no Projeto de Lesões Bucais da UniCesumar (PROLEB), durante seu período de vigência (2004-2010; 2014). Foi realizado levantamento observacional e retrospectivo de prontuários contendo dados das biópsias realizadas a fim de quantificar as LGS diagnosticadas por meio de exame histopatológico. Os dados coletados foram: idade, gênero, etnia, localização, diagnóstico e tratamento. Foram analisados 808 prontuários, com 36 LGS: Mucocele (n=27), Rânula (n=2), Sialoadenite Crônica Esclerosante (n=3), Sialolitíase (n=1), Sialometaplasia Necrosante (n=1), Carcinoma Mucoepidermoide (n=2). Mulheres foram ligeiramente mais acometidas. A maior prevalência da mucocele pode justificar a faixa etária mais acometida entre 11 e 20 anos (28%), visto que esta lesão é frequentemente diagnosticada em jovens. Neoplasias benignas não foram identificadas. Os resultados evidenciam que LGS podem ocorrer em idades e etnias variadas, com manifestações clínicas e etiologia distintas, sendo de fundamental importância seu conhecimento por parte do cirurgião-dentista, já que este pode ser o primeiro profissional a quem o paciente recorre. É importante enfatizar que algumas destas lesões podem representar malignidades de alto grau que devem ser diagnosticadas precocemente. Palavras-chaves: Glândulas salivares; epidemiologia; diagnóstico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 122 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA ANALISE IMAGINOLÓGICA DE OSTEOARTRITE EM PROGRESSÃO RÁPIDA RELATO DE CASO Letícia Ângelo Walewski ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki Rafael Santos Silva Gustavo Zanna Ferreira Rodrigo Lorenzi Poluha A osteoartrite é um processo degenerativo da articulação temporomandibular (ATM), geralmente associada à sobrecarga contínua com deslocamento de disco com ou sem redução e hiperatividade muscular. Os principais sinais e sintomas clínicos são dor, ruídos articulares, abertura limitada da boca e alteração do movimento da mandíbula. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é a técnica com maior acurácia para avaliação das alterações osteoartríticas na ATM. Objetivo desse trabalho é relatar um caso de uma osteoartrite em progressão rápida, cujo paciente é leucoderma, 32 anos de idade, gênero feminino, procurou a Clínica Odontológica da UEM com queixa inicial de limitação na abertura bucal, dor articular bilateral severa e muscular. Observou na imagem por ressonância magnética anteriorização do disco articular à esquerda, sem recaptura. O tratamento inicial foi orientações apropriadas, fisioterapia, terapêutica medicamentosa, placa miorrelaxante. Na evolução foi realizada injeção de corticóide bilateralmente na ATM, em seguida foi realizada na ATM esquerda artrocentese e viscossuplementação com hialuronato de sódio. O diagnóstico da TCFC na ATM esquerda foi compatível com osteoartrite, apresentou alterações estruturais no osso da cabeça da mandíbula de aplainamento, osteófitos, cisto subcondrais, condromatose sinovial e irregularidadesda fossa mandibular. A paciente segue em acompanhamento há quatro anos. Palavras-chaves: Osteoartrite, Imagem por ressonância magnética, Tomografia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 123 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA ANALISE ESTÉTICA EM TELERRADIOGRAFIAS LATERAIS ANTES E DEPOIS DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA Letícia Ângelo Walewski ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki Wilton Mitsunari Takeshita Danielly de Fátima Castro Leite Fernanda Lobo A proporção áurea representa harmonia e beleza, preconizada na Odontologia. Este trabalho avaliou a estética dos perfis faciais tratados cirurgicamente, relacionado ou não a aproximação das medidas faciais a proporção áurea proposta por Ricketts. Foi verificado esta proporção em telerradiografias laterais de 47 pacientes antes e depois da cirurgia ortognática, de classes II e III esquelética, por meio do software “Dolphin Imaging”. Os perfis faciais dos indivíduos foram traçados com o programa “Adobe Photoshop” e apresentado a 270 examinadores com finalidade de avaliar a preferência estética. A amostra foi dividida em grupo 1- melhora estética comparando o pré e pós da cirurgia, grupo 2- sem melhora estética comparando o pré e pós da cirurgia. Para a análise estatística foi aplicado o teste T–Student Pareado e teste T - Student (P<0,05), para a classe II e III separadamente. Os resultados exibiram variações nos valores das razões proposta por Ricketts, a maioria da amostra apresentou-se no grupo da melhora estética após a cirurgia, mesmo quando suas razões não se alteraram significativamente ou até se afastaram da proporção áurea. Conclui-se que para conseguir um perfil esteticamente agradável, independe se as proporções foram ou não alcançadas em relação ao número áurea no pós-cirúrgico. Palavras-chaves: Radigrafia, Cirurgia ortognática, Beleza. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 124 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA CONTRIBUIÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DE CISTO DENTÍGERO: RELATO DE CASO Gabriela Nunes Zorzi1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Toletino Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Caroline Resquetti Luppi Renata Hernandes Tonin A tomografia computadorizada é um método de diagnóstico por imagem que utiliza radiação X. Seu diferencial em relação à radiografia convencional é a propriedade de evidenciar as relações estruturais em profundidade, permitindo reformatações nos planos axial, coronal, sagital e panorâmico. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é a mais específica para a odontologia, sendo uma ferramenta auxiliar de diagnóstico de lesões ósseas, oferecendo imagens em 3D para melhor planejamento. Este trabalho objetiva relatar o caso clínico de uma paciente do gênero feminino, leucoderma, de 9 anos de idade, dentição mista, que apresentou-se com uma tumefação logo abaixo dos dentes 83, 84 e 85, dura à palpação e com coloração da mucosa semelhante à adjacente. A TCFC evidenciou um processo de rizólise avançada nos dentes 83 e 84 e, logo abaixo, uma área hipodensa unilocular bem delimitada, envolvendo os dentes 44 e 45 não-irrompidos. Optou-se pela realização da marsupialização após a exodontia dos dentes 83, 84 e 85. O exame histopatológico foi compatível com cisto dentígero, o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento, cujo prognóstico é excelente e a recidiva é rara. No caso, a utilização da TCFC foi uma ferramenta valiosa no diagnóstico e planejamento do tratamento. Palavras-chaves: Cisto Dentígero, TCFC, Diagnóstico XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 125 PATOLOGIA RECIDIVA DE AMELOBASTOMA PLEXIFORME: DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO E TRATAMENTO Autor: Ana Carolina Costa Matsuoka Correia ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Newton César Kamei Co-autor: Maísa Pereira da Silva Co-autor: Irma Milena Menck Romanichen Co-autor: Victor Hugo Fazoli Guidini O ameloblastoma é um tumor epitelial benigno de origem odontogênica e a mais frequente das neoplasias ósseas, apresentando evolução lenta e ausência de sintomatologia, o que dificulta seu diagnóstico em estágio inicial. Lesões intra-ósseas, incluindo tumores de origem odontogênica, nem sempre possuem prognóstico favorável considerando o potencial de infiltração em osso adjacente e índice de recidiva. No entanto, apesar de apresentar caráter infiltrativo, suas células neoplásicas não possuem atipias ou pleomorfismos. Isso confere a esses tumores características peculiares. Desta forma, ao elaborar um plano de tratamento, considera-se não somente o grau de infiltração local, mas também a benignidade da lesão tumoral, além da ausência de metástases ou linfonodos cervicais palpáveis. O presente caso clínico trata-se de uma recidiva de ameloblastoma plexiforme multicístico. A paciente do gênero feminino, 53 anos, M.A.M.M. procurou nossos serviços queixando-se de um abscesso na região mandibular direita e relatando ter sido realizada uma curetagem no local há cerca de 14 anos e exame anatomopatológico da lesão. Realizou-se, então, tratamento inicial antiflogístico, porém paliativo, para debelar infecção. Posteriormente, realizou-se biopsia incisional, confirmando diagnóstico de ameloblastoma plexiforme. Em uma segunda etapa cirúrgica, sob anestesia geral, optou-se por ressecção marginal do tumor e colocação de placa de reconstrução 2.4. Palavras-chaves: Ameloblastoma; tumor odontogênico; recidiva. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 126 Área do trabalho: Radiologia/Estomatologia/Patologia MANIFESTAÇÕES BUCAIS DE INFECÇÃO FÚNGICA PROFUNDA: HISTOPLASMOSE Maria Isabela de Camargo ([email protected]) UniCesumar Elen de Souza Tolentino RESUMO: A histoplasmose é uma infecção fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum, sendo este um fungo dimórfico que se encontra no solo e em fezes de aves e morcegos. O homem é infectado através da inalação de conídeos que assumem forma de levedura no tecido do hospedeiro. A doença é raramente fatal e se manifesta com maior frequência em pacientes imunodeprimidos, especialmente os infetados pelo HIV. A maioria das infecções é leve ou subclínica, sendo o pulmão o principal local de infeção, podendo comprometer a boca em uma fase mais avançada. Os lugares mais comuns para envolvimento bucal são a mucosa jugal, língua e palato. A histoplasmose é bem distribuída no continente americano e endêmica no Brasil. Como terapêutica, o Histoplasma capsulatum é sensível a diversos antifúngicos, sendo o mais efetivo a anfotericina B. O objetivo deste trabalho é revisar e discutir a literatura relacionada à histoplasmose e relatar um caso de um paciente leucoderma de 40 anos, diagnosticado com a infeção por meio de suas manifestações bucais. Palavras-chaves: Histoplasmose, histoplasma capsulatum, manifestações bucais XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 127 ESTOMATOLOGIA SÍNDROME DO CARCINOMA NEVÓIDE BASOCELULAR: POR QUE É IMPORTANTE RESGATAR A HISTÓRIA CLÍNICA? Jéssica Araújo Figueira ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Cristina Veltrini Karina Rosso Ângelo José Pavan Síndrome de Gorlin-Goltz, também conhecida como síndrome do carcinoma nevóide basocelular, é uma desordem autossômica dominante, onde diversas manifestações clínicas estão presentes. Gorlin e Goltz definiram a condição como uma tríade principal de múltiplos carcinomas basocelulares em pele, tumores odontogênicos queratocísticos e alterações esqueléticas. Manifestações neurológicas, oftálmicas, endócrinas e genitais também podem estar associadas à síndrome. A estimativa de sua prevalência é de cerca de 1:60.000. Este trabalho tem como objetivo abordar os principais aspectos desta síndrome e elucidar suas características por meio do relato de um caso clínico de uma paciente que procurou atendimento na Clínica Odontológica da UEM/Projeto LEBU depois de ser encaminhada por sua dentista devido à presença de um cisto nos maxilares. A partir de exames clínicos e radiográficos foi verificado que a paciente apresentava lesões em pele (previamente diagnosticadas como carcinomas basocelulares), alterações esqueléticas e lesão intraóssea radiolúcida bem definida em região de corpo de mandíbula. Foi realizada então a exérese da lesão e extração dos dentes envolvidos, seguido do envio para exame histopatológico que revelou diagnóstico compatível com ceratocisto odontogênico. Descritores: Síndrome de Gorlin-Goltz. Carcinoma basocelular. Tumor odontogênico queratocístico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 128 Radiologia/Estomatologia/Patologia TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: PRESCRIÇÃO CORRETA NA ODONTOLOGIA Delise Pellizzaro ([email protected]) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Odontologia de Araraquara FOAr/UNESP. Guilherme Monteiro Tosoni Andrea Gonçalves Marcelo Gonçalves Resumo A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) tem sido indicada nas especialidades odontológicas, pois permite a visualização da área nas três dimensões. Há consenso na literatura de que a TCFC, como qualquer outro exame radiográfico, deve ser prescrita individualmente e com cautela somente após ter sido julgada, no exame clínico, necessária para o diagnóstico e/ou plano de tratamento. A TCFC também pode ser indicada em casos onde o paciente apresenta sinais e sintomas clínicos positivos ou contraditórios com os exames radiográficos convencionais. O uso sem cautela deste exame leva a casos em que o paciente é exposto desnecessariamente a uma dose excessiva de radiação, não representando benefício algum para a sua saúde, a não ser o risco e o aumento do custo financeiro. O objetivo deste trabalho é apresentar três casos clínicos onde a TCFC foi incorretamente prescrita por Cirurgiões Dentistas (CD). Após avaliação das imagens, pôde-se observar que um cuidadoso exame clínico, complementado por uma imagem radiográfica convencional, teria sido suficiente para a resolução do problema. Estes casos demonstram a responsabilidade que o CD deve ter ao prescrever o exame radiográfico, pois como profissional de saúde, espera-se que ele a preserve, minimizando o risco e o custo. Palavras-chaves: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Diagnóstico; Procedimentos Desnecessários. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 129 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ENTRE 1995-2015 Lorena Borgognoni Aquaroni ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá (UEM) Caroline Resquetti Luppi Mariliani Chicarelli da Silva Elen de Souza Tolentino Lilian Cristina Vessoni Iwaki O presente trabalho avaliou de forma observacional e retrospectiva a ocorrência de tumores odontogênicos no Projeto de Lesões Bucais (LEBU): “Diagnóstico, tratamento e epidemiologia das doenças da cavidade bucal” da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no período de 1995 a 2015. Foram abordadas algumas características referentes a estes tumores utilizando os dados contidos nos prontuários do projeto, com relação às variáveis: gênero, idade, diagnóstico, localização da lesão, tempo de evolução, sintomatologia e características radiográficas. Foram considerados os tumores odontogênicos contidos na Classificação Histológica proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2005. Um total de 2581 prontuários foram analisados, nos quais 38 tiveram o diagnóstico confirmado microscopicamente de tumor odontogênico. Não houve diferença significativa entre gêneros, a faixa etária mais acometida foi entre 23-33 anos, 55,3% dos pacientes relataram desconhecer o tempo de evolução da lesão, houve uma maior incidência em pessoas leucodermas e o sítio mais acometido foi o posterior de mandíbula. O tumor odontogênico queratocístico seguido por ameloblastoma e odontoma se demonstraram as neoplasias mais comumente encontradas. O trabalho enfatiza a importância de conhecer a prevalência destes tumores, a fim de propiciar diagnósticos precoces e prevenção de reincidências. Palavras-chaves: Diagnóstico precoce; Tumores Odontogênicos; Prevalência. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 130 ÁREA: Radiologia/Estomatologia/Patologia ALTERAÇÕES QUE ACOMETEM A CAVIDADE BUCAL EM PACIENTES TRANPLANTADOS RENAIS Carolina Silos Moraes de Castro e Souza ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Nelí Pieralisi Co-Autor: Yasmin Firmino de Souza Co-Autor: Monique Cimão dos Santos Co-Autor: Gustavo Jacobucci Farah Co-Autor: Flávia Matarazzo O Brasil ocupa a segunda posição mundial na realização do transplante renal, padrão ouro no tratamento para os pacientes com insuficiência renal crônica irreversível. Para evitar a rejeição do rim enxertado, os pacientes devem ser mantidos em terapia imunossupressora por um longo período de tempo, o qual inclui a utilização de drogas, tais como ciclosporina, bloqueadores de canais de cálcio, tacrolimus, m(TOR) inibidores, azatioprina e prednisona. Esta terapia reduz a resposta imune geral, portanto, aumenta a susceptibilidade do paciente a infecções, frequentemente assintomáticas, mostrando a importância de exames bucais regulares. Em longo prazo, a imunossupressão tambem predispõe o paciente à lesões hiperplásicas e malignas. Cuidados com a saúde bucal, em receptores de rim, contribuem para a manutenção do órgão transplantado e da sua função. Este trabalho se propôs expor as lesões bucais mais comuns que acometem pacientes transplantados renais. Em vista disso, foram pesquisados nos registros da Pubmed, 2005-2015, os descritores: ‘’Renal Transplantation’’, ‘’Oral Manifestations‘’ e ‘’ Immunosuppression’’. Pode se verificar que o conhecimento das lesões bucais em transplantados renais é de extrema relevância para que o cirurgião dentista possa encontrar estratégias que busquem melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Palavras-chaves: Renal transplantation, oral manifestations, immunosuppression. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 131 ÁREA: RADIOLOGIA / ESTOMATOLOGIA CATEGORIA: ORAL PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO AUTOR: SORAYA NUNES MARIANO INSTITUIÇÃO: UniCesumar ORIENTADOR: DRA. LIVIA TOLENTINO Resumo Observa-se que os profissionais se deparam com muitas dúvidas no momento de atender um paciente que passa por um tratamento quimioterápico. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura relacionada a este tipo de pacientes, que necessitam de tratamento odontológico, estabelecendo um protocolo de atendimento clínico para os cirurgiões dentistas. O protocolo clínico foi baseado em uma busca da literatura de artigos científicos relacionados ao tema e através de questionamentos informais de profissionais da saúde (médicos e odontólogos) com experiência neste tipo de atendimento. Diferentes profissionais sugeriram condutas para estes casos, no qual o protocolo de atendimento dependia do tipo de câncer que e consequentemente da quimioterapia que este paciente foi submetido. Mas de forma geral, a maioria dos profissionais sugeriram a profilaxia antibiótica 1 hora antes de procedimentos invasivos, além disso para procedimentos pouco invasivos não haviam restrições ao atendimento, e aqueles pacientes onde o procedimento não era de urgência, o tratamento era adiado. Desta forma pode-se concluir que o protocolo de atendimento a pacientes oncológicos requer atenção e conhecimento pelos cirurgiões-dentistas. Este profissional precisa ser capaz de conduzir o plano de tratamento adequado e quando surgirem dúvidas, entrar em contato com o médico que acompanha o caso. Palavras-chaves: Quimioterapia; Protocolo; Odontologia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 132 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA ÚLCERA EOSINOFÍLICA EM LÍNGUA: RELEVÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO CLÍNICO Sabrina Noguti Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Cristina Veltrini Letícia Ângelo Walewski Luiza Roberta Bin Daniele Ruggero da Costa Renata Hernandes Tonin A úlcera eosinofílica é uma lesão bucal rara, de etiologia desconhecida, apesar da maioria dos casos documentados estarem relacionado a fatores traumáticos. A patologia desenvolve-se, principalmente, na língua e apresenta-se como uma úlcera com bordas elevadas e endurecidas, direcionando para o diagnóstico diferencial de malignidades, úlcera traumática, tais como infecções fúngicas profundas, tuberculose e sífilis primária. Para definir o diagnóstico recomenda-se realizar biópsia incisional e exames laboratoriais. O tratamento indicado na literatura baseia-se desde o acompanhamento à cirurgia excisional. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de úlcera eosinofílica e enfatizar a importância do exame clínico e dos diagnósticos presuntivos combinado com acompanhamento clínico. O paciente melanoderma, gênero masculino, 28 anos, tabagista que procurou atendimento no projeto LEBU da Universidade Estadual de Maringá com lesão no terço anterior dorsal da língua, evolução de três semanas, causando disfagia e algia durante a fala. No exame físico não havia nenhuma evidência de envolvimento de cadeias ganglionares. Clinicamente a lesão tinha 3mm de diâmetro, bordas irregulares, elevadas e avermelhadas e placa esbranquiçada no centro, sem limites definidos. Ao realizar exames laboratoriais e biópsia incisional, diagnosticou-se úlcera eosinofílica. O acompanhamento do paciente foi de um ano e observou que a lesão regrediu. Palavras-chaves: Úlcera Bucal, Diagnóstico, Acompanhamento. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 133 ÁREA: RADIOLOGIA/ ESTOMATOLOGIA/ PATOLOGIA ALTERAÇÕES NA CAVIDADE BUCAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE Ana Carolina Guimarães Alves1 ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Nelí Pieralisi Yasmin Firmino de Souza Flávia Matarazzo Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Na doença renal crônica (DRC) o diagnóstico é obtido por exames que analisam a taxa de filtração glomerular (TFG), através do “clearance” de creatinina em urina de 24 horas. Enquanto a TGF considerada normal supera 100 ml/min, nos indivíduos portadores de DRC, ela pode chegar a 10-5 ml/min. Neste momento, o quadro severo caracteriza-se pela falência renal, indicando adesão a hemodiálise ou ao transplante renal. Nestas duas situações, os pacientes podem apresentar uma saúde bucal negligenciada, em função de seu quadro clínico sistêmico. Este contexto merece uma atenção especial no atendimento odontológico, assim, este trabalho tem o objetivo de expor as principais alterações orais encontradas nesses casos relatados pela literatura. Foram empregados, na base de dados Pubmed, os descritores “Insuficiência renal crônica”, “hemodiálise” e “Manifestações orais’’. Verificou-se que pacientes que se encontram no estágio final da DRC apresentam algumas manifestações bucais e salivares, provenientes provavelmente da terapia medicamentosa, imunossupressão, perda óssea, osteodistrofia renal e restrição da ingestão de líquidos. Portanto, é importante para o cirurgião dentista conhecer essas mudanças e atuar junto ao nefrologista, proporcionando um atendimento multidisciplinar, resultando em melhor qualidade de vida ao paciente renal. Palavras-chaves: Insuficiência renal crônica, hemodiálise, manifestações bucais. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 134 Radiologia/Estomatologia IMPORTÂNCIA DO DIAGNOSTICO EM LESÃO HIPERPLÁSICA COM EXCISÃO CIRÚRGICA Leonardo Alan Delanora ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Veltrini Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki Elen de Souza Tolentino Letícia Ângelo Walewski A hiperplasia epitelial multifocal (HEF) é uma proliferação localizada do epitélio escamoso bucal, induzida pelo papiloma-vírus humano, especificamente o subtipo 13 e, possivelmente 32. A característica dessa patologia é benigna, rara, que acomete particularmente a mucosa bucal de grupos étnicos específicos, como esquimós e indígena. Esse trabalho relata o caso de um paciente do gênero masculino, 32 anos, natural de Guiné-Bissau/África, melanoderma, que compareceu para atendimento no projeto LEBU da UEM com queixa estética. Durante o exame físico intrabucal, foram observadas múltiplas pápulas distribuídas por toda a mucosa bucal, de coloração rósea a esbranquiçadas, superfície lisa e base séssil e com tempo de evolução relatado de aproximadamente cinco meses. Optou-se pela biópsia excisional das duas maiores lesões, localizadas na mucosa jugal esquerda e no lábio inferior. Ao exame microscópico, notou-se alterações epiteliais como acantose, cristas epiteliais longas, focos de coilocitose e células mitosóides, aspectos que suportam a hipótese clínica de hiperplasia epitelial focal (HEF). Os tratamentos propostos na literatura são o acompanhamento das lesões ou a remoção cirúrgica. A relatos de regressão espontânea das lesões observada após meses ou anos. No presente caso, optou-se pela remoção cirúrgica de grande parte das lesões e o paciente encontra-se em proservação. Palavras-chaves: Hiperplasia epitelial multifocal, Tratamento cirúrgico, Diagnóstico diferencial. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 135 ESTOMATOLOGIA CARCINOMA ESPINOCELULAR EM SOALHO DE BOCA E BORDA DE LÍNGUA Isabella Dantas Limonta ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Tolentino Caroline Resquetti Luppi Gustavo Nascimento Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva O carcinoma espinocelular (CEC) é uma malignidade que acomete as células epiteliais da mucosa e não possui uma etiologia específica, mas sim alguns fatores de potencialização, como: uso de tabaco, álcool, desnutrição, evolução de leucoplasias e eritroplasias. O mecanismo biológico do CEC se dá pela ativação proto-oncogenes, inativação de genes supressores de tumor, produção excessiva do material genético envolvido e altas concentrações da proteína p-53 anormal. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de CEC em soalho de boca e borda de língua, diagnosticado após anamnese, exame físico e exame histopatológico, enfatizando a importância destas localizações quanto ao prognóstico da doença. Palavras-chaves: Carcinoma Espinocelular, diagnóstico, câncer bucal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 136 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA PARACOCCIDIOIDOMICOSE: CONSIDERAÇÕES GERAIS E RELATO DE CASO Cláudio Freire Sessenta Junior1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) Elen de Souza Tolentino Caroline Resquetti Luppi Gustavo Nascimento Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki A paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica profunda causada pelo Paracococcidioides brasiliensis, tendo marcante predileção por homens de meia idade, trabalhadores rurais e que moram na América do Sul ou Central. A maioria dos casos apresenta-se inicialmente como uma infecção pulmonar que ocorre após a exposição aos esporos dos microrganismos. As lesões bucais apresentam-se como úlceras moriformes, que na maioria dos pacientes são localizadas em mais de uma área, acometendo geralmente os lábios, gengiva, musosa alveolar e mucosa jugal. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um paciente do gênero masculino, 44 anos, feoderma, com queixa de prurido, sensação de ardência e pápulas dolorosas nos lábios e mucosa jugal. Relatou sentir cansaço, falta de ar e ter exames de escarro negativos para a tuberculose. Na história médica, relatou estar sendo submetido a tratamento de tuberculose, sem melhora do quadro. Ao exame físico, foram observadas áreas com aspecto moriforme e pontos hemorrágicos que se estendiam pela mucosa jugal bilateralmente, lábio e gengiva e eram bastante doloridas. Optou-se realizar citologia esfoliativa e biópsia incisional com saca-bocado. O material foi enviado para exame anatomopatológico e chegou-se ao diagnóstico de paracoccidioidomicose. O paciente foi encaminhado para tratamento em um hospital de referência. Palavras-chaves: Diagnóstico, Paracoccidioidomicose, Tuberculose XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 137 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA ODONTOMA COMPOSTO: RELATO DE CASO Giovana Romano de Oliveira1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá Elen de Souza Toletino Renata Hernandes Tonin Caroline Resquetti Luppi Gustavo Nascimento Lilian Cristina Vessoni Iwaki Os odontomas são os tipos mais comuns de tumores odontogênicos, não apresentam predileção por gênero e são diagnosticados principalmente nas duas primeiras décadas de vida. A Organização Mundial da Saúde classifica-os como tumores odontogênicos benignos mistos, por serem originados de células epiteliais e mesenquimais, apresentando estruturas dentárias (esmalte, dentina, cemento e polpa). São subdivididos em tipo composto e tipo complexo, o primeiro formado por múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a dentes. No tipo complexo, as estruturas dentárias apresentam-se de maneira desordenada e a anatomia não é congênere a dente. Essas lesões são tipicamente assintomáticas e autolimitantes, sendo consideradas lesão em região anterior de maxila e este trabalho tem como objetivo retratar suas características. O paciente, gênero masculino, 14 anos, foi encaminhado pelo ortodontista devido à presença de uma imagem radiográfica sugestiva de Odontoma Composto. A conduta empregada foi a remoção total da lesão e envio da cápsula para exame histopatológico, confirmando o diagnóstico presuntivo. O paciente foi acompanhado por seis meses, sem sinais de recidiva. Palavras-chaves: Maxila, Odontoma, Tumor Odontogênico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 138 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA CARCINOMA ESPINOCELULAR EM LOCALIZAÇÃO INCOMUM: RELATO DE CASO Irma Milena Menck Romanichen¹ ([email protected]) ¹Universidade Estadual de Maringá-UEM Elen de Souza Tolenino Caroline Resquetti Luppi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Neli Pieralisi Mariliani Chicarelli da Silva Gustavo Nascimento O carcinoma espinocelular representa de 90 a 95% das malignidades da boca e sua etiologia é discutível e multifatorial. Fatores etiológicos genéticos, ambientais e comportamentais têm sido relacionados. Paciente gênero feminino, 80 anos, leucoderma, edêntula, queixando-se de uma lesão em região de túber causada pela prótese removível. Clinicamente, observou-se uma úlcera fissurada com bordas elevadas, área de necrose central, contorno irregular, medindo aproximadamente 3 cm. Não foram observados sinais radiográficos. Foi realizada biópsia incisional por punch. Os cortes microscópicos revelaram fragmentos de epitélio estratificado pavimentoso hiperparaqueratinizado, hiperplásico com pleomorfismo, hipercromatismo, alteração na relação núcleo citoplasma, presença de mitoses atípicas e disqueratoses em profundidade no tecido, achados compatíveis com carcinoma espinocelular bem diferenciado. A paciente foi encaminhada para o cirurgião de cabeça e pescoço que optou pelo tratamento cirúrgico. O caso ressalta a possibilidade de que os traumas ocasionados por próteses mal adaptadas sejam fatores relevantes na etiologia do câncer bucal. Palavras-chaves: Câncer Bucal, Diagnóstico, Prótese Removível XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 139 ÁREA: ESTOMATOLOGIA LESÕES INTRAÓSSEAS – RELATO DE CASO RARO EM OSSOS GNÁTICOS Juliana Cristina Bonani Saqueti ( [email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Greison Rabelo de Oliveira Fabiana Seguin Felipe de Brum Ricardi Maicon Douglas Pavelski Ricardo Augusto Conci As lesões intraósseas descritas no presente trabalho, compreende uma gama de patologias com diferentes classificações, tal como: doenças inflamatórias, patologias ósseas, cistos odontogênicos e lesões fibro-ósseas dos ossos gnáticos, sendo que cada lesão requer conduta e abordagens diferenciadas. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de uma paciente M. K., gênero feminino, 54 anos, que apresentou-se a clínica de Odontologia da Unioeste queixando-se de sensibilidade dolorosa em lado esquerdo de mandíbula e descontentamento estético com sua prótese total. Ao exame intra-oral, verificou-se nítido aumento de volume na região de tuberosidade maxilar direita, bem como supuração em região mandibular esquerda. Por meio de radiografia panorâmica pode ser detectado um caso infrequente de múltiplas lesões intraósseas. O tratamento instituído foi individualizado após a biopsia incisional das lesões e proservação por dois anos, a qual evidenciou o tratamento adequado. Com base no presente caso, conclui-se que, os exames de imagem têm importância relevante na prevenção e tratamento de doenças, pois grande parte das patologias não tem sinais ou sintomas em seu início, e os métodos de exames por imagens auxiliam no diagnóstico precoce, permitindo desta forma iniciar o tratamento e aumentar as chances de sucesso no processo de cura. Palavras-chaves: múltiplas lesões intraósseas, cistos odontogênicos, ossos gnáticos. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 140 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE FATORES DE RISCO PARA CÂNCER BUCAL E O GRAU DE ATIPIA CELULAR. Maísa Pereira da Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Cristina Veltrini Willian Pecin Jacomacci Acredita-se que os fatores de risco para o câncer bucal sejam também os responsáveis pelo potencial de malignização das lesões precursoras. Considerando que o potencial atribuído aumenta proporcionalmente ao grau de atipia celular presente e que este pode ser influenciado pela intensidade da exposição aos fatores de risco, o presente trabalho teve como objetivo investigar a correlação entre quantidade diária de cigarros e/ou doses alcoólicas consumidos e o grau de atipia celular constante nos laudos e lâminas de lesões bucais com potencial de malignização diagnosticados no Projeto LEBU/UEM. Para isso, foram analisados 65 prontuários e laudos de pacientes com Leucoplasia, Queilite Actinica, Eritroplasia e Liquen Plano. As informações foram agrupadas e submetidas à análise estatística. O tabagismo apresentou correlação com grau de atipia (p=0,006); entretanto, o etilismo apresentou alguma correlação (p=0,233) apenas em sinergismo com o tabaco, corroborando com a literatura. Portanto, parece plausível inferir que, quanto mais se fuma, mais intensa é a atipia e maior a chance da lesão se malignizar. Palavras-chaves: Alcoolismo, Tabaco, Câncer Bucal XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 141 ÁREA: ESTOMATOLOGIA PÊNFIGO VULGAR - RELATO DE CASO EM PACIENTE GERIÁTRICO Renato Luiz Gava de Salles ([email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Iris Sawazaki Kalone Jordana Heidmann Pandini Pênfigo é uma denominação geral de um grupo de patologias mucocutâneas, caracterizadas pela formação de bolhas intra-epietliais. A formação dessas bolhas resulta da desintegração ou perda da aderência celular. Sendo que após a ruptura das mesmas segue-se uma ulceração difusa, levando a dor debilitante, perda de líquido e desequilíbrio eletrolítico. As manifestações iniciais do pênfigo frequentemente envolvem a mucosa bucal. Normalmente os pacientes se queixam de dor e o exame clínico exibe erosões superficiais e irregulares e distribuídas aleatoriamente na mucosa bucal. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico no qual a paciente I.R.P., gênero feminino, 70 anos, compareceu à clínica de Estomatologia da Unioeste com múltiplas lesões em toda mucosa bucal. As hipóteses de diagnóstico eram: líquen plano, pênfigo vulgar e reação liquenóide por medicamento. Foi realizada biópsia na região do palato com diagnóstico de Pênfigo Vulgar. A paciente foi encaminhada ao reumatologista para tratamento da doença. Considerando-se que embora a taxa de mortalidade seja pequena (5-10%), o cirurgião-dentista deve estar sempre atento para realizar um correto diagnóstico e tratamento, pois as manifestações iniciais do pênfigo frequentemente envolvem a mucosa bucal, podendo preceder as lesões da pele por períodos de até um ano. Palavras-chaves: Doenças mucocutâneas, pênfigo vulgar, mucosa bucal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 142 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA QUERATOACANTOMA X CARCINOMA ESPINOCELULAR: RELATO DE CASO Samuel Kaik Alves de Lima¹, [email protected] ¹Universidade Estadual de Maringá-UEM Elen de Souza Tolentino Caroline Resquetti Luppi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Neli Pieralisi O Queratoacantoma é uma neoplasia epitelial benigna de crescimento rápido, autolimitada, que apresenta forte similaridade clínica e histopatológica com o carcinoma espinocelular (CEC) bem diferenciado. Acredita-se que as lesões cutâneas originem-se do infundíbulo dos folículos pilosos. Clinicamente apresenta-se como uma úlcera crateriforme, com tampão queratótico central pequeno, geralmente não excedendo 1,5 cm de diâmetro, firme, recoberto por epitélio normal. Sua etiologia ainda é incerta, porém o dano causado pelo sol e pelo papilomavirus humano (HPV ) tem sido considerado como causas potenciais. Por sua localização (lábio inferior) faz-se necessário realizar diagnóstico diferencial com CEC, pela prevalência da patologia na área. O queratoacantoma requer biópsia incisional profunda incluindo o epitélio adjacente normal para interpretação histopatológica adequada. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de um paciente do gênero masculino, 70 anos, que percebeu há quatro meses uma úlcera com bordas elevadas e base endurecida com superfície esbranquiçada no lábio inferior do lado esquerdo. Optou-se pela biópsia incisional cujo exame histopatológico confirmou o diagnóstico de queratoacantoma. Após 6 meses, houve remissão quase completa da lesão. Diante destas características clinicas semelhantes às malignidades, o cirurgião dentista deve conhecer as nuances desta lesão com a finalidade de diagnosticar, tratar/encaminhar o paciente corretamente. Palavras-chaves: queratoacantoma, carcinoma espinocelular, diagnóstico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 143 ÁREA: ESTOMATOLOGIA LESÕES BUCAIS E COLONIZAÇÃO POR LEVEDURAS EM PACIENTES SOB HEMODIÁLISE Letícia Boaventura Sá Ponhozi ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Nelí Pieralisi Coautor: Daniele Ruggero Coautor: Janine Silva Ribeiro Godoy Coautor: Melyssa Fernanda Norman Negri Grassi Coautor: Terezinha Inez Estivalet Svidzinski A doença renal crônica (DRC) acomete entre 8 a 16% da população mundial, constituindo um grande problema público. No estágio 5 da DRC, ocorre a falência do órgão, quando há necessidade de terapia renal substitutiva, como a hemodiálise. Como decorrência, a imunossupressão torna o pacientes mais propensos à infecções fúngicas, podendo uma candidose partir de uma colonização e evoluir para a disseminação sistêmica de alta mortalidade nesta população. O objetivo desse trabalho é correlacionar a presença de leveduras com as lesões bucais (LB) nesse grupo de pacientes. Portanto, a mucosa bucal de 52 pacientes DRC sob hemodiálise foi examinada e amostras salivares para cultura e identificação de leveduras. LB foram detectadas em 50% dos pacientes. Em 42.31% dos pacientes, houve algum tipo de colonização por levedura e, em 100% dos resultados, pertenciam ao gênero Candida e 69.23% delas eram da espécie C. albicans. Os pacientes portadores de alguma lesão bucal apresentaram 2.62 mais vezes mais chances de estarem colonizados por leveduras, o que aumentava para 6.33 se fosse portador de próteses dentárias removíveis. Concluíu-se que a mucosa bucal, de forma clínica e micológica, deve ser monitorada em pacientes DRC sob hemodiálise para um diagnóstico e tratamento precoce, prevenindo complicações. Palavras-chaves: Lesões bucais, Colonização por Candida spp, Hemodiálise. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 144 Radiologia/Estomatologia/Patologia TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO COMO MÉTODO AUXILIAR NA IDENTIFICAÇÃO DE CANAIS ACESSÓRIOS EM INCISIVOS INFERIORES: RELATO DE CASO CLÍNICO. Delise Pellizzaro ([email protected]) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Odontologia de Araraquara FOAr/UNESP. Guilherme Monteiro Tosoni Andrea Gonçalves Marcelo Gonçalves Resumo A utilização da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) em determinados casos clínicos pode ser determinante para o diagnóstico e plano de tratamento. O caso clínico apresentado ilustra a importância da imagem de TCFC na identificação de canais acessórios dos incisivos inferiores. Paciente, do sexo masculino, apresentava na radiografia periapical uma extensa lesão envolvendo o ápice dos quatro incisivos inferiores, os quais encontravam-se com tratamento endodôntico parcial. TCFC foi realizada e observou-se a presença de canais acessórios, não tratados, nestes quatro dentes. Após seis meses do retratamento endodôntico e da obturação dos canais acessórios, repetiu-se a TCFC. As imagens tomográficas evidenciaram a presença de canais acessórios nos quatro incisivos inferiores e foram fundamentais para o subsequente planejamento do retratamento endodôntico. Palavras-chaves: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Diagnóstico; Endodontia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 145 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA CISTO DENTÍGERO: DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM CLÍNICA Lorena Borgognoni Aquaroni1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) Elen de Souza Tolentino Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Gustavo Nascimento Caroline Resquetti Luppi O cisto dentígero, é o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento, compreendendo 20% de todos os cistos dos maxilares. Este se origina pela separação do folículo da coroa de um dente não irrompido. Assintomático e de patogênese desconhecida, apresenta tamanhos variados e acomete com maior frequência pacientes entre 10 e 30 anos de idade, havendo uma ligeira predileção pelo gênero masculino. O presente trabalho tem como objetivo relatar dois casos clínicos de cisto dentígero. O caso 1 refere-se a um paciente do gênero masculino, 48 anos, que queixava-se de “Inchaço na mandíbula”. O exame radiográfico evidenciou uma imagem sugestiva de cisto dentígero no dente 38. O tratamento escolhido foi a marsupialização seguida de enucleação. No caso 2, paciente do gênero masculino, 19 encaminhado pelo ortodontista, que observou uma área radiolúcida envolvendo a coroa do dente 47, não irrompido, seugestivo de cisto dentígero. Enucleação seguida de tracionamento do dente foi a opção de tratamento escolhida. Em ambos os casos, o exame microscópico confirmou o diagnóstico de cisto dentígero e o prognóstico s foi excelente, sem sinais de complicações ou recidiva. Palavras-chaves: Cisto Dentígero, Diagnóstico, Tratamento XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 146 ARÉA: Radiologia/Estomatologia/Patologia AVALIAÇÃO POR MEIO DO SOFTWARE DOLPHIN IMAGING DA INTEGRIDADE DA CORTICAL, DO VOLUME, DA POSIÇÃO E DA MORFOLOGIA DA CABEÇA DA MANDÍBULA DE PACIENTES CLASSES II E III ANTES E DEPOIS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA. NOME DO AUTOR: Tamara Fernandes de Castro ([email protected]) INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá ORIENTADOR: Profª. Drª. Lilian Cristina Vessoni Iwaki CO-AUTOR: Prof. Dr. Liogi Iwaki Filho CO-AUTOR: Profª. Drª. Mariliani Chicarelli da Silva CO-AUTOR: Luiza Roberta Bin CO-AUTOR: Amanda Lury Yamashita Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a integridade da cortical, o volume, a posição, a morfologia da cabeça da mandíbula e o volume do espaço articular em pacientes submetidos à cirurgia ortognática por meio de tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). Vinte e quatro pacientes foram divididos em: grupo 1- pacientes submetidos ao avanço maxilar e recuo mandibular (n=12) e grupo 2- pacientes submetidos ao avanço maxilomandibular (n=12). As TCFCs foram realizadas no período pré-operatório, pós-operatório imediato e pós-operatório tardio. As imagens foram analisadas no software Dolphin Imaging & Management Solutions® 11.7 versão 3D. Na análise estatística, utilizou o teste ANOVA, teste de Tukey, teste qui-quadrado e o coeficiente Kappa. Assim, independente das cirurgias, não houve alterações na área articular, integridade cortical e volume condilar. Entretanto, houve alteração na área condilar, no qual se mostrou maior no lado direito no grupo 1 e a posição condilar prevalente foi a cêntrica independentemente do tempo analisado. Com essa ausência de alteração tanto na cabeça da mandíbula como no espaço articular, a cirurgia ortognática, apesar de ser um método invasivo, têm se mostrado efetiva e estável tanto nos pacientes de classe II como nos de classe III com um ano de acompanhamento. Palavras-chaves: Cirurgia ortognática, cabeça da mandíbula, tomografia computadorizada de feixe cônico XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 147 Radiologia/Estomatologia/Patologia TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: UM ESTUDO COLABORATIVO DE 20 ANOS E RELATO DE CASO CLÍNICO Nome autor: Gustavo Nascimento de Souza Pinto ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Liogi Filho Iwaki Co-Autor: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Elen de Souza Tolentino Co-Autor: Naira Priscila Bueno dos Santos O Tumor Odontogênico Queratocístico (TOQ) apresenta-se como uma neoplasia benigna de maior prevalência acometendo os ossos maxilares. Possui caráter infiltrativo e alta recidiva. Por meio de análise de dados colhidos em um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo de prontuários de pacientes do Projeto de Extensão: “Diagnóstico, tratamento e epidemiologia das doenças da cavidade bucal – LEBU” traçou-se um perfil epidemiológico. Neste estudo houve predominância do gênero masculino e leucoderma. A maioria das lesões foi encontrada na região posterior de mandíbula. A escolha terapêutica foi a marsupialização seguida da enucleação. Sendo assim, o correto diagnóstico do TOQ e plano de tratamento são necessários, uma vez que suas taxas de recorrências são altas. O caso clínico apresentado permite concluir que o perfil de TOQ encontrado é semelhante ao descrito na literatura e suporta a importância dos exames imaginológicos para o diagnóstico de lesões. Palavras-chaves: Epidemiologia. Tumor Odontogênico Queratocístico. Diagnóstico bucal XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 148 DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE LESÃO RADIOGRÁFICA UNIRADICULAR EM MANDIBULA - RELATO DE CASO Nome autor: Josimeire Alves Pereira Barbosa ( [email protected]) Institure: Newton Cesar Kamei Co-Autor: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Giulia Collet Co-Autor: Letícia Ângelo Walewski Co-Autor: Leandro Lima Paciente do gênero masculino de 18 anos, leucoderma, compareceu à Clínica Odontológica da UEM para realização de documentação ortodôntica. No exame ortopantomografico observou-se lesão intra-ossea localizada na região parassinfisaria de mandíbula correspondente aos dentes 35 a 44.Radiograficamente apresentou-se com uma área bem delimitada por halo radiopaco, unilocular, sem reabsorção de dentes adjacentes. No exame físico intrabucal foram observadas dentes com vitalidade pulpar sem sintomatologia dolorosa, ausência de abaulamento das corticais e mobilidade dentaria. A hipótese diagnostica foi cisto ósseo simples (COS) e tumor odontogênico ceratocístico. Não foi possível a realização da punção, no acesso cirúrgico observou integridade da cortical vestibular. Ao exame microscópico do material curetado foi observado fina camada de tecido conjuntivo, pouco infiltrado inflamatório, ausência de tecidos ou fluidos no interior da cavidade cística, achados que suportam a hipótese clínica e radiográfica de cisto ósseo traumático As características clínicas são predominância no gênero masculino de 2:1, a maioria ocorre na segunda década de vida, geralmente assintomático com dentes na região vitais, expansão da cortical e a movimentação são raras. O tratamento proposto na literatura é acesso conservador, curetagem da cavidade óssea, irrigação e sutura local. Palavras-chaves: Radiografia, Cisto ósseo simples, Pseudocisto. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 149 RADIOLOGIA AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE DE RADIAÇÃO E ACURÁCIA DE DIAGNÓSTICO EM FRATURAS RADICULARES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO UTILIZANDO DIFERENTES CAMPOS DE IMAGEM E VOXELS: ESTUDO IN VITRO Cassia Almeida Fiorentini; [email protected] / [email protected] Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-autores: Mariliani Chicarelli Wilton Mitsunari Takeshita Sergio Sabio Renata Hernandes Tonin RESUMO O trabalho avaliou a relação entre os parâmetros de exposição (função DAP) e a acurácia de diagnóstico em fraturas radiculares por meio de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), utilizando diferentes campos de imagem (FOV ) e voxels. Uma amostra de 20 dentes (10 fraturados e 10 sem fraturas), foram colocados em cinco mandíbulas humanas maceradas em seus devidos alvéolos e posteriormente foram feitas as varreduras no i-Cat Next Generation (Imaging Sciences International, Hatfield, PA, USA). Foram testados 18 parâmetros de exposição. Obteve-se neste estudo que o parâmetro de exposição 1 (FOV 8 X 8 cm, voxel 0.125 mm, 120 kVp e 26.9 segundos) teve melhor resolução, de acordo com os resultados das análises feitas pelos examinadores, porém os parâmetros 7 e 9 foram os únicos que apresentaram o produto dose-área (DAP) abaixo de 250 mGy cm² conforme os níveis de referências estabelecidos pelo sétimo programa da comunidade europeia de energia atômica do projeto SEDETEXCT. O tamanho do FOV e da matriz estudados pouco contribuíram para a melhora na acurácia diagnóstica. Os parâmetros de exposição 2 e 7 com valores de DAP (283mGy cm2 e 243mGy cm2) respectivamente são indicados para diagnóstico de FRVs. Palavras-chaves: Tomografia computadorizada de feixe cônico, fratura radicular vertical, radiação ionizante. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 150 ÁREA: RADIOLOGIA SUBCATEGORIA: REVISÃO DE LITERATURA DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO E SUA CONTRIBUIÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA Autor: Fernanda lobo ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Orientadora: Elen Tolentino Co-autor: Lilian Cristin Vessoni Iwaki Co-autor: Mariliani Chicarelli Silva Co-autor: Letícia Ângelo Walewski Co-autor: Danielly de Fátima Castro Leite Nas últimas décadas, diversos estudos vêm apontando a importância da correta identificação de calcificações patológicas em tecidos moles pelo radiologista através de exames odontológicos por imagens. Por ser um dos exames mais utilizados na odontologia e evidenciar uma área ampla de estruturas cervicais, a radiografia panorâmica é um dos mais citados, seguida, mais recentemente, da Tomografia Computadorizada de Feixe de Cônico (TCFC). Pesquisas recentes demostraram a importância da radiografia panorâmica na detecção de alterações cardiovasculares, uma vez que, são responsáveis pela morte de milhões de pessoas, sendo um dos principais problemas de saúde mundial. A utilização de exames odontológicos por imagem não tem o intuito de substituir um método diagnóstico mais preciso e confiável como a primeira opção, mas de criar o hábito do cirurgião-dentista de uma análise mais profunda da imagem, ressaltando a importância da observação completa de exames e situação de saúde, contribuindo para prevenção de futuros danos. Neste contexto, o cirurgião-dentista poderia, após a anamnese de seus pacientes, estar atento à interpretação das imagens radiográficas e encaminhar os mesmos para avaliação médica, onde outros exames serão feitos para confirmação do diagnóstico e tratamento adequado. Palavras-chaves: Radiografia Panorâmica; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Calcificação da Artéria Carótida XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 151 AVALIAÇÃO DA PROPORÇÃO ÁUREA EM TELERRADIOGRAFIAS LATERAIS COM CLASSES I, II E III ESQUELÉTICAS Nome autor: Vinícius Tadeu Batistussi França Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Co-Autor: Wilton Mitsunari Takeshita Co-Autor: Letícia Ângelo Walewski Co-Autor: Fernanda Lobo Na Odontologia contemporânea existe a proporção pelo que é harmônico e agrada os olhos, conhecida por proporção áurea ou divina. A proporção áurea é uma constante real algébrica conhecida pela letra grega phi (ɸ) extraída da sequência de Fibonacci de valor aproximado 1,6180. Este trabalho avaliou a proporção áurea nas telerradiografias laterais em 93 pacientes portadores de Classes I, II e III esquelética, através do software “Aurea Ceph”. Análise estatística aplicado na amostra foi análise de variância ANOVA, teste Tukey e t de Student (P<0,05). Dentre as sete razões estudadas, confirmou uma diferença estatisticamente significante entre as razões comparadas com as classes em N-Ena/V1S-DM16 nas classes I e III, A-Pog/V1-C1MS e A-Pog/V1S-MD16 nas classes II e III. Após comparação as razões nas diferentes classes em relação ao número áureo (1,618), houve diferença estatisticamente significante na classe I para as razões N-Ena/V1S-DM16, V1S-C1MS/C1MS-DM16 e Ena-Me/AB, na classe II para as razões A-Pog/V1-C1MS e A-Pog/V1S-MD16 e na classe III para as razões N-Ena/V1S-DM16, Ena-Enp/V1S-C1MS, V1S-C1MS/C1MS-DM16 e Ena-Me/AB. Conclui-se que para as sete razões analisadas, foram encontradas três proporções áureas no grupo classe I, duas proporções áureas no grupo classe II e quatro proporções áureas no grupo classe III. Palavras-chaves: Proporção áurea, estrutura craniofacial, telerradiografias laterais. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 152 ÁREA: ESTOMATOLOGIA Graduação FLUORTERAPIA EM PACIENTES ESPECIAIS Gissela de Souza Biguetti ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Neli Pieralisi Lilian Cristina Vessoni Iwaki Mariliani Chicarelli da Silva Elen de Souza Tolentino Marina França de Oliveira No mundo, da porcentagem de investimentos em saúde, 72% são com as doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer e a doença renal crônica. De acordo com Registros de Câncer de Base Populacional, os tumores malignos bucais ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais incidentes no sexo masculino. Conforme a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, em 2014, ocorreram 5648 transplantes renais, mas existem mais de 100.00 pacientes sob diálise aguardando na fila. É reconhecido o impacto que patologias bucais promovem no doente crônico, que por sua vez está desmotivado para manter sua saúde bucal. Assim, torna-se relevante buscar meios que colaborem para a manutenção de um quadro clínico bucal estável. Para este propósito, o flúor compreende um agente terapêutico de sucesso na prevenção à cárie, agindo pela deposição deste íon na cavidade bucal. Este trabalho objetiva expor a associação entre o flúor e pacientes com câncer bucal e doença renal crônica, a partir de uma revisão de literatura dos últimos dez anos. Para ser considerado como fluorterapia é necessário uso contínuo e em baixa quantidade. Portanto, sendo o melhor tratamento para prevenir a cárie para estes pacientes por não ser invasivo e de fácil acesso. Palavras-chaves: fluorterapia, câncer bucal, doença renal crônica. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 153 Área do trabalho: Radiologia/Estomatologia/Patologia PREVALÊNCIA DAS LESÕES DE GLÂNDULAS SALIVARES: ESTUDO OBSERVACIONAL E RETROSPECTIVO DOS CASOS DIAGNOSTICADOS NO PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNICESUMAR Anne Carla Ribeiro Medeiros ([email protected]) –UniCesumar Elen de Souza Tolentino RESUMO: Lesões de glândulas salivares (LGS) compreendem patologias complexas com etiologias variáveis. Estudar sua prevalência é essencial, visando prevenção e tratamento. Este trabalho objetiva estabelecer a prevalência de LGS no Projeto de Lesões Bucais da UniCesumar (PROLEB), durante seu período de vigência (2004-2010; 2014). Foi realizado levantamento observacional e retrospectivo de prontuários contendo dados das biópsias realizadas a fim de quantificar as LGS diagnosticadas por meio de exame histopatológico. Os dados coletados foram: idade, gênero, etnia, localização, diagnóstico e tratamento. Foram analisados 808 prontuários, com 36 LGS: Mucocele (n=27), Rânula (n=2), Sialoadenite Crônica Esclerosante (n=3), Sialolitíase (n=1), Sialometaplasia Necrosante (n=1), Carcinoma Mucoepidermoide (n=2). Mulheres foram ligeiramente mais acometidas. A maior prevalência da mucocele pode justificar a faixa etária mais acometida entre 11 e 20 anos (28%), visto que esta lesão é frequentemente diagnosticada em jovens. Neoplasias benignas não foram identificadas. Os resultados evidenciam que LGS podem ocorrer em idades e etnias variadas, com manifestações clínicas e etiologia distintas, sendo de fundamental importância seu conhecimento por parte do cirurgião-dentista, já que este pode ser o primeiro profissional a quem o paciente recorre. É importante enfatizar que algumas destas lesões podem representar malignidades de alto grau que devem ser diagnosticadas precocemente. Palavras-chaves: Glândulas salivares; epidemiologia; diagnóstico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 154 RADIOLOGIA/ESTOMATOLOGIA/PATOLOGIA ANALISE IMAGINOLÓGICA DE OSTEOARTRITE EM PROGRESSÃO RÁPIDA RELATO DE CASO Letícia Ângelo Walewski ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Mariliani Chicarelli da Silva Lilian Cristina Vessoni Iwaki Rafael Santos Silva Gustavo Zanna Ferreira Rodrigo Lorenzi Poluha A osteoartrite é um processo degenerativo da articulação temporomandibular (ATM), geralmente associada à sobrecarga contínua com deslocamento de disco com ou sem redução e hiperatividade muscular. Os principais sinais e sintomas clínicos são dor, ruídos articulares, abertura limitada da boca e alteração do movimento da mandíbula. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é a técnica com maior acurácia para avaliação das alterações osteoartríticas na ATM. Objetivo desse trabalho é relatar um caso de uma osteoartrite em progressão rápida, cujo paciente é leucoderma, 32 anos de idade, gênero feminino, procurou a Clínica Odontológica da UEM com queixa inicial de limitação na abertura bucal, dor articular bilateral severa e muscular. Observou na imagem por ressonância magnética anteriorização do disco articular à esquerda, sem recaptura. O tratamento inicial foi orientações apropriadas, fisioterapia, terapêutica medicamentosa, placa miorrelaxante. Na evolução foi realizada injeção de corticóide bilateralmente na ATM, em seguida foi realizada na ATM esquerda artrocentese e viscossuplementação com hialuronato de sódio. O diagnóstico da TCFC na ATM esquerda foi compatível com osteoartrite, apresentou alterações estruturais no osso da cabeça da mandíbula de aplainamento, osteófitos, cisto subcondrais, condromatose sinovial e irregularidadesda fossa mandibular. A paciente segue em acompanhamento há quatro anos. Osteoartrite, Imagem por ressonância magnética, Tomografia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 155 PATOLOGIA RECIDIVA DE AMELOBASTOMA PLEXIFORME: DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO E TRATAMENTO Autor: Ana Carolina Costa Matsuoka Correia ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Newton César Kamei Co-autor: Maísa Pereira da Silva Co-autor: Irma Milena Menck Romanichen Co-autor: Victor Hugo Fazoli Guidini O ameloblastoma é um tumor epitelial benigno de origem odontogênica e a mais frequente das neoplasias ósseas, apresentando evolução lenta e ausência de sintomatologia, o que dificulta seu diagnóstico em estágio inicial. Lesões intra-ósseas, incluindo tumores de origem odontogênica, nem sempre possuem prognóstico favorável considerando o potencial de infiltração em osso adjacente e índice de recidiva. No entanto, apesar de apresentar caráter infiltrativo, suas células neoplásicas não possuem atipias ou pleomorfismos. Isso confere a esses tumores características peculiares. Desta forma, ao elaborar um plano de tratamento, considera-se não somente o grau de infiltração local, mas também a benignidade da lesão tumoral, além da ausência de metástases ou linfonodos cervicais palpáveis. O presente caso clínico trata-se de uma recidiva de ameloblastoma plexiforme multicístico. A paciente do gênero feminino, 53 anos, M.A.M.M. procurou nossos serviços queixando-se de um abscesso na região mandibular direita e relatando ter sido realizada uma curetagem no local há cerca de 14 anos e exame anatomopatológico da lesão. Realizou-se, então, tratamento inicial antiflogístico, porém paliativo, para debelar infecção. Posteriormente, realizou-se biopsia incisional, confirmando diagnóstico de ameloblastoma plexiforme. Em uma segunda etapa cirúrgica, sob anestesia geral, optou-se por ressecção marginal do tumor e colocação de placa de reconstrução 2.4. Palavras-chaves: Ameloblastoma; tumor odontogênico; recidiva. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 156 Área do trabalho: Radiologia/Estomatologia/Patologia MANIFESTAÇÕES BUCAIS DE INFECÇÃO FÚNGICA PROFUNDA: HISTOPLASMOSE Maria Isabela de Camargo ([email protected]) UniCesumar Elen de Souza Tolentino RESUMO: A histoplasmose é uma infecção fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum, sendo este um fungo dimórfico que se encontra no solo e em fezes de aves e morcegos. O homem é infectado através da inalação de conídeos que assumem forma de levedura no tecido do hospedeiro. A doença é raramente fatal e se manifesta com maior frequência em pacientes imunodeprimidos, especialmente os infetados pelo HIV. A maioria das infecções é leve ou subclínica, sendo o pulmão o principal local de infeção, podendo comprometer a boca em uma fase mais avançada. Os lugares mais comuns para envolvimento bucal são a mucosa jugal, língua e palato. A histoplasmose é bem distribuída no continente americano e endêmica no Brasil. Como terapêutica, o Histoplasma capsulatum é sensível a diversos antifúngicos, sendo o mais efetivo a anfotericina B. O objetivo deste trabalho é revisar e discutir a literatura relacionada à histoplasmose e relatar um caso de um paciente leucoderma de 40 anos, diagnosticado com a infeção por meio de suas manifestações bucais. Palavras-chaves: Histoplasmose, histoplasma capsulatum, manifestações bucais. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 157 ESTOMATOLOGIA SÍNDROME DO CARCINOMA NEVÓIDE BASOCELULAR: POR QUE É IMPORTANTE RESGATAR A HISTÓRIA CLÍNICA? Jéssica Araújo Figueira ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Cristina Veltrini Karina Rosso Ângelo José Pavan Síndrome de Gorlin-Goltz, também conhecida como síndrome do carcinoma nevóide basocelular, é uma desordem autossômica dominante, onde diversas manifestações clínicas estão presentes. Gorlin e Goltz definiram a condição como uma tríade principal de múltiplos carcinomas basocelulares em pele, tumores odontogênicos queratocísticos e alterações esqueléticas. Manifestações neurológicas, oftálmicas, endócrinas e genitais também podem estar associadas à síndrome. A estimativa de sua prevalência é de cerca de 1:60.000. Este trabalho tem como objetivo abordar os principais aspectos desta síndrome e elucidar suas características por meio do relato de um caso clínico de uma paciente que procurou atendimento na Clínica Odontológica da UEM/Projeto LEBU depois de ser encaminhada por sua dentista devido à presença de um cisto nos maxilares. A partir de exames clínicos e radiográficos foi verificado que a paciente apresentava lesões em pele (previamente diagnosticadas como carcinomas basocelulares), alterações esqueléticas e lesão intraóssea radiolúcida bem definida em região de corpo de mandíbula. Foi realizada então a exérese da lesão e extração dos dentes envolvidos, seguido do envio para exame histopatológico que revelou diagnóstico compatível com ceratocisto odontogênico. Descritores: Síndrome de Gorlin-Goltz. Carcinoma basocelular. Tumor odontogênico queratocístico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 158 ÁREA: Radiologia/Estomatologia/Patologia ALTERAÇÕES QUE ACOMETEM A CAVIDADE BUCAL EM PACIENTES TRANPLANTADOS RENAIS Carolina Silos Moraes de Castro e Souza ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Nelí Pieralisi Co-Autor: Yasmin Firmino de Souza Co-Autor: Monique Cimão dos Santos Co-Autor: Gustavo Jacobucci Farah Co-Autor: Flávia Matarazzo O Brasil ocupa a segunda posição mundial na realização do transplante renal, padrão ouro no tratamento para os pacientes com insuficiência renal crônica irreversível. Para evitar a rejeição do rim enxertado, os pacientes devem ser mantidos em terapia imunossupressora por um longo período de tempo, o qual inclui a utilização de drogas, tais como ciclosporina, bloqueadores de canais de cálcio, tacrolimus, m(TOR) inibidores, azatioprina e prednisona. Esta terapia reduz a resposta imune geral, portanto, aumenta a susceptibilidade do paciente a infecções, frequentemente assintomáticas, mostrando a importância de exames bucais regulares. Em longo prazo, a imunossupressão tambem predispõe o paciente à lesões hiperplásicas e malignas. Cuidados com a saúde bucal, em receptores de rim, contribuem para a manutenção do órgão transplantado e da sua função. Este trabalho se propôs expor as lesões bucais mais comuns que acometem pacientes transplantados renais. Em vista disso, foram pesquisados nos registros da Pubmed, 2005-2015, os descritores: ‘’Renal Transplantation’’, ‘’Oral Manifestations‘’ e ‘’ Immunosuppression’’. Pode se verificar que o conhecimento das lesões bucais em transplantados renais é de extrema relevância para que o cirurgião dentista possa encontrar estratégias que busquem melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Palavras-chaves: Renal transplantation, oral manifestations, immunosuppression. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 159 ÁREA: RADIOLOGIA / ESTOMATOLOGIA CATEGORIA: ORAL PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO Autor: Soraya Nunes Mariano Instituição: UniCesumar Orientador: Dra. Livia Tolentino Resumo Observa-se que os profissionais se deparam com muitas dúvidas no momento de atender um paciente que passa por um tratamento quimioterápico. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura relacionada a este tipo de pacientes, que necessitam de tratamento odontológico, estabelecendo um protocolo de atendimento clínico para os cirurgiões dentistas. O protocolo clínico foi baseado em uma busca da literatura de artigos científicos relacionados ao tema e através de questionamentos informais de profissionais da saúde (médicos e odontólogos) com experiência neste tipo de atendimento. Diferentes profissionais sugeriram condutas para estes casos, no qual o protocolo de atendimento dependia do tipo de câncer que e consequentemente da quimioterapia que este paciente foi submetido. Mas de forma geral, a maioria dos profissionais sugeriram a profilaxia antibiótica 1 hora antes de procedimentos invasivos, além disso para procedimentos pouco invasivos não haviam restrições ao atendimento, e aqueles pacientes onde o procedimento não era de urgência, o tratamento era adiado. Desta forma pode-se concluir que o protocolo de atendimento a pacientes oncológicos requer atenção e conhecimento pelos cirurgiões-dentistas. Este profissional precisa ser capaz de conduzir o plano de tratamento adequado e quando surgirem dúvidas, entrar em contato com o médico que acompanha o caso. Palavras-chaves: Quimioterapia; Protocolo; Odontologia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 160 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Odontologia Legal busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 161 Área: Odontologia Legal LEVANTAMENTO E ANÁLISE DAS JURISPRUDÊNCIAS DE PROCESSOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRA CIRURGIÕES- DENTISTAS NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ Carolini Vargas Barbieri ([email protected]) UniCesumar Marcelo Augusto Amaral O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento das jurisprudências a respeito das ações de responsabilidade civil promovidas contra o cirurgião-dentista, utilizando a Internet, bem como apresentar o panorama e o entendimento dos principais temas perante o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). Foram obtidos, quando possível, dados relativos ao ano de ocorrência do processo, o tipo de dano avaliado, área de atuação do profissional ou especialidade demandada, valor médio de indenização, gênero do requerente e requerido, tipo de obrigação assumida. Para facilitar a comparação entre as várias especialidades, foi utilizado o coeficiente de experiência processual (DE PAULA, 2008) que relaciona o número de processos e a quantidade de cirurgiões-dentistas registrados no Conselho Federal de Odontologia. Foram levantadas 175 jurisprudências, sendo que 76 encontravam-se duplicadas no TJPR. Dessas 99, foi possível verificar uma tendência de aumento no número e na quantidade de cidades que tiveram experiências com processos judiciais ao longo dos anos 2004 a 2014, e sendo 2013 o ano com maior ocorrência de processos (n=19). As cidades que apresentaram maior quantidade de processos foram: Curitiba (n=38); Londrina (n=12); Cascavel, Maringá e Ponta Grossa (n=5). Quanto ao coeficiente de experiência processual, a área mais exposta a processos foi Cirurgia, seguida das especialidades Implantodontia, Ortodontia, Prótese, Endodontia e Dor Orofacial. Palavras-chaves: Cirurgião-Dentista; Responsabilidade Civil; Odontologia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 162 ARÉA: Odontologia Legal / Saúde Coletiva RESPONSABILIDADE JURÍDICA DE ODONTÓLOGOS IMPLANTODONTISTAS Nome autor: Bruna de Souza Nogueira; e-mail: [email protected]. UEM Orientador: Luiz Fernando Lolli Co-Autor: Aline Tiemi Watanabe Demetrio Co-Autor: Isabela Silva Rocha Co-Autor: Matheus Cavassani Pereira Co-Autor: Najara Barbosa da Rocha Resumo Nas últimas décadas, a procura por estética e conforto mastigatório aliado ao advento das técnicas de implantes, tornou a implantodontia uma das mais requisitadas especialidades odontológicas. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura acerca da responsabilidade jurídica do cirurgião dentista em face dos procedimentos de implantodontia. A responsabilidade jurídica pode ser dividida em responsabilidade civil e criminal, ambas disciplinadas pela justiça comum. É comum nas ações cíveis a solicitação de inversão do ônus da prova, o que trará ao profissional a necessidade de apresentação de provas técnicas para sua defesa. Em se tratando de implantes, a recomendação é para um ótimo registro inicial com radiografias, fotografias, guia cirúrgico e, se possível, tomografia. Toda a documentação emitida para o cliente deve gerar segunda via assinada por ele. Na implantodontia, vale destacar ainda as orientações pré e pós-operatórias e a solicitação de exames ou pareceres médicos, também assinados. As ações criminais podem acontecer principalmente em face das lesões produzidas em decorrência dos procedimentos invasivos e principalmente na falta de ciência dos clientes em relação às etapas do tratamento. Tanto em âmbito cível quanto criminal é de fundamental importância adotar um bom processo de comunicação e elaboração adequada de documentos e prontuário. Palavras-chaves: Responsabilidade legal, odontologia, implantes dentários. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 163 ARÉA: Odontologia Legal / Saúde Coletiva VIOLAÇÃO DE DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARANAENSES NO ANO 2014 Nome autor: Bruna de Souza Nogueira - [email protected] Universidade Estadual de Maringá - UEM Orientador: Luiz Fernando Lolli Co-Autor: Aline Tiemi Watanabe Demetrio Co-Autor: Diorezane Mesacasa Co-Autor: Nathália de Albuquerque Co-Autor: Najara Barbosa da Rocha Resumo: Os dados epidemiológicos são importantes para o governo, no sentido de instruir políticas específicas, mas também para os profissionais da saúde, pois permite o conhecimento de fenômenos que são de responsabilidade social desta categoria. O presente estudo teve por objetivo pesquisar a prevalência e qualificação da violação de direitos de crianças e adolescentes do Estado do Paraná, segundo dados de 2014. Foi realizado um estudo quantitativo descritivo, de base populacional, a partir de registros do Sistema de Informação para a Infância e a Adolescência (SIPIA). Os dados foram organizados e processados descritivamente. As variáveis consideradas foram “convivência familiar e comunitária”, “direito à vida e à saúde”, “educação, cultura, esporte e lazer” e “liberdade, respeito e dignidade”. Também foram considerados os agentes violadores. O direito mais violado foi “convivência familiar e comunitária” com 19.985 casos. A mãe foi o principal agente violador com 15.420 casos. Na variável “liberdade, respeito e dignidade” prevaleceu a violência sexual com 2.021 casos, sendo prevalente o gênero feminino. A violência física ocorreu em 1.395 casos. A violação de direitos teve uma prevalência significativa, se manifestando de diferentes formas, com predileção por gênero em algumas situações e que alguns casos são passíveis de suspeição no consultório odontológico. Palavras-chaves: Defesa da criança e do adolescente, maus tratos infantis, odontologia, pessoal de saúde. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 164 ÁREA: MARKETING ANÁLISE DOS FATORES DETERMINANTES NA ESCOLHA DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS PRIVADOS Nome autor: Ana Claudia Aparecida Gabriel da Silva Instituição: UniCesumar – Centro Universitário Cesumar Orientador: Fausto Rodrigo Victorino Co-autor: Silvia Veridiana Zamparoni Victorino RESUMO A competitividade no mercado de trabalho tem levado cirurgiões-dentistas a utilizar ferramentas de marketing de relacionamento para angariar sua clientela. Partindo deste pressuposto, este trabalho objetiva verificar quais aspectos tem maior interferência na compra do serviço odontológico em consultório privado na percepção dos clientes. Mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta de dados ocorreu por meio de um instrumento composto por questões fechadas, abordando dados de identificação e outros aspectos que influenciam na escolha, tais como, informações prévias sobre o odontólogo/clínica; experiências anteriores e necessidades específicas. Os resultados apontam que 54% da amostra afirmam que a procura pela clínica odontológica ocorreu por indicação de amigos ou família, 20% por outro profissional dentista, 12% pela especialidade do profissional, 10% por conhecer o profissional e 4% por indicação de outro profissional da saúde. Quanto ao retorno para um novo tratamento 72% alegaram confiança e segurança no trabalho, 24% a qualidade do atendimento e 4% a compatibilidade de horários. Conclui-se que fatores como confiança, segurança, capacitação, experiência do profissional, pontualidade, são diferenciais importantes no atendimento odontológico, para a conquista de clientes, de modo que os mesmos continuem a frequentar o consultório e sejam parceiros na indicação de novos pacientes. Palavras-chaves: Odontologia, Marketing, Gestão. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 165 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Saúde Coletiva busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 166 ODONTOLOGIA LEGAL/SAÚDE COLETIVA VIVÊNCIAS DO ACADÊMICO DE ODONTOLOGIA NO ACOLHIMENTO DE PACIENTES EM UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Ana Carolina Guimarães Alves ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Herbert Leopoldo de Freitas Góes Lilian Gatto Ketelin Cristine Santos Ripke Denise Davanço Pelegrini A necessidade de aprimoramento de profissionais da saúde em atendimento à urgência e emergência em situação pré e intra hospitalar é uma prioridade nos dias de hoje. No intuito de formar profissionais com melhor compreensão das questões de saúde no âmbito individual e coletivo, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET tem como objetivo qualificar a formação acadêmica e a ação profissional da área da saúde a partir de ações práticas desenvolvidas junto aos serviços. O desenvolvimento do PET Redes de Atenção às Urgências e Emergências, em Maringá-PR, com a participação de alunos, docentes e profissionais das áreas de Educação Física, Enfermagem, Medicina, Odontologia e Farmácia promoveu essas ações de forma integrada. Os objetivos desse trabalho são relatar a experiência de um grupo de acadêmicos inseridos no PET Urgência/Emergência, em Unidades de Pronto Atendimento e descrever as atividades desenvolvidas junto à população. Trata-se de um relato da experiência das atividades desenvolvidas no período de 2013 a 2015. Assim, destacamos como pontos positivos a atuação interdisciplinar na realização dos acolhimentos e classificação de risco, a caracterização da demanda e a percepção de atendimento mais humanizado com realização de educação em saúde e saúde bucal da população usuária. Palavras-chaves: Odontologia, Acolhimento, Pronto Atendimento. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 167 ÁREA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva Categoria: painel UTILIZAÇÃO DE LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO COMO FERRAMENTA PARA O DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (ESB) NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) Autora: Camila Bispo da Silva ([email protected]) Instituição: FACULDADE INGÁ Ano de graduação: 4º ano noturno Orientadora: SUZANA GOYA Coautores: ERMELINDA MATSUURA TEREZA CRISTINA ROSCHEL GIFFONI PATRÍCIA SARAM PROGIANTE Resumo Os Levantamentos Epidemiológicos oferecem uma base para se estimar a situação presente e as futuras necessidades de cuidados de saúde bucal de uma população. Este estudo se coloca como estratégia de base científica para respaldar medidas de saúde pública altamente significantes para a saúde das comunidades. Realizou-se um levantamento epidemiológico como parte do planejamento e da necessidade de estabelecer marcos de acompanhamento e vigilância à saúde. Verificou-se as condições bucais (cárie dentária, doença periodontal, fluorose, uso e necessidade de prótese edentulismo, lesões bucais relacionadas a avaliação socioeconômica, acesso e utilização de serviços de saúde bucal, autopercepção em saúde bucal) de uma microárea de uma Unidade Saúde da Família do município de Maringá PR. A metodologia utilizada foi a do SB 2000 com uma amostra de 226 famílias. Verificou-se que as pessoas que têm acesso ao tratamento odontológico se sentem satisfeitas e relatam que houve um bom atendimento. Que as condições de doença se encontram controladas e que existe uma grande necessidade de prótese nessa comunidade. O levantamento demonstra a necessidade de um planejamento das ações a serem implementadas pela ESB para essa comunidade e que os métodos preventivos devam continuar sendo adotados como terapias na rotina diária. Palavras-chaves: Epidemiologia, Saúde Bucal, Saúde da família; PSF. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 168 Saúde Coletiva PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS CARENTES DA CIDADE DE SARANDI-PR: AÇÕES PREVENTIVAS E CURATIVAS DO PROJETO UEM NA REGIÃO Andressa Camillo ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Elen Tolentino Cristiane Muller Calazans Jacqueline Dolphine Grenier Mariliani Chicarelli O tratamento restaurador atraumático (ART) é uma técnica alternativa de tratamento minimamente invasivo para controle da doença cárie. O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma das ações desenvolvidas pelo projeto UEM na região – Saúde Bucal, juntamente com o projeto de ação social Pescadores de Vida, realizada com crianças residentes na cidade de Sarandi. Um total de 80 crianças com idade entre 4 a 10 anos foram assistidas por meio de atividades lúdicas e de prevenção. Destas, algumas foram selecionadas para o ART. Os critérios para seleção do dente foram: ausência de exposição pulpar e estrutura remanescente suficiente para restauração com Cimento de Ionômero de Vidro (CIV ). O procedimento incluiu remoção do tecido cariado com colher de dentina, condicionamento da superfície dentária com ácido poliacrílico por 15 segundos, seguido de lavagem com bolinha de algodão embebida em água e secagem com bolinha de algodão. Posteriormente foi realizado o isolamento relativo, restauração com CIV e proteção com esmalte de unha. No total foram realizados 21 procedimentos de ART. O projeto UEM na Região visa a promoção de saúde, tanto por atividades instrutivas como curativas, mostrando a importância da saúde bucal para toda a população. Palavras-chaves: Restauração atraumática, Saúde bucal, doença cárie XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 169 ODONTOLOGIA LEGAL/SAÚDE COLETIVA UEM NA REGIÃO - SAÚDE BUCAL: AÇÕES EM BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA Jacqueline Dolphine Grenier ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Elen de Souza Tolentino Co-Autor: Cristiane Muller Calazans Co-Autor: Mariliani Chicarelli da Silva Co-Autor: Andressa Camillo A saúde pode ser definida como estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença. A sociedade, em geral, não considera doenças bucais comuns como ameaças imediatas à vida, porém elas constituem problemas de saúde pública. Dentro desse contexto, o Projeto “UEM na Região - Saúde Bucal” tem como objetivo melhorar as condições de saúde bucal dos pacientes de Maringá e região, por meio de ações coletivas que visam a orientação da população quanto à higiene e doenças bucais. Para isso, são utilizados diferentes recursos como dramatização, vídeos, cartazes, recreações, atividades culturais e lúdicas. No decorrer de seis anos de existência, o projeto atendeu mais de 1730 pessoas. Durante esse tempo, foram elaborados materiais como cartilhas, livretes e fascículos, além de materiais apresentados em anais e congressos. Até o ano de 2015, já passaram pelo projeto 56 alunos, contemplando atualmente um grupo de 12 acadêmicos. Em relação à saúde bucal, a promoção de saúde é um método eficaz na redução do impacto causado pelas doenças bucais. Sendo assim, o referido projeto visa promover o aprendizado da população, aumentando sua qualidade de vida, além de colaborar para a formação científica, cultural e humana do acadêmico envolvido. Palavras-chaves: Ações Coletivas, Qualidade de vida, Saúde bucal. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 170 ÁREA: ODONTOLOGIA LEGAL/ SAÚDE COLETIVA TÍTULO: “ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM PRÉ-ESCOLARES DO PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL (PETI) – MARIALVA-PR” NOME DO AUTOR: Matheus Cavassani Pereira ([email protected]) INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá ORIENTADOR: Najara Barbosa da Rocha CO AUTOR: Luiz Fernando Lolli CO AUTOR: Mitsue Fujimaki CO AUTOR: Isabela Silva Rocha RESUMO: Crianças inseridas num contexto social economicamente desfavorecido podem ser grupos vulneráveis à doença cárie. O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência e severidade da cárie dentária em pré-escolares de 3 a 6 anos, pertencentes ao PETI de Marialva-Pr. Este estudo é do tipo transversal, descritivo, realizado por uma equipe previamente calibrada. Os critérios de diagnóstico de cárie utilizados foram ceo-d (média de dentes cariados, extraídos e obturados) e ICDAS (Índice de diagnóstico da cárie dentária, para analisar urgência e necessidade de tratamento). Realizou-se testes estatísticos bivariados, ao nível de significância de 5%, intervalo de confiança de 95%, utilizando-se o programa Bioestat. A prevalência da cárie foi de 51,4% e ceo-d médio de 3,1, sendo que a maioria dos dentes encontrava-se cariado (67,7%). A maioria das crianças (65,7%) necessitava de atendimento de média a alta urgência. A presença de cárie esteve associada estatisticamente com a maior urgência de atendimento (p≤0,01). Considerando a necessidade de controle da doença e reabilitação, medidas preventivas, educativas e curativas por meio da atenção primária são necessárias. Conclui-se que elevada taxa de prevalência e severidade da cárie em pré-escolares do PETI encontrada, pode orientar o planejamento de ações para promoção de saúde bucal nesta população vulnerável. Palavras-chaves: Cárie dentária, prevenção de doenças, pré-escolares. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 171 Área: Odontologia Legal/Saúde Coletiva TÍTULO: ABORDAGEM ODONTOLGICA DE PACIENTE COM SÍNDROME DE BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN- RELATO DE CASO CLÍNICO. Jordana Heidemann Pandini ( [email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste Adriano Tomio Hoshi Cristiano Ribeiro de Lima Maria de Fátima Monteiro Tomasin Renato Luiz Gava de Salles Mateus Augusto Bom Ami Teixeira RESUMO A Síndrome de BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN é extremamente rara e foi descrita pela primeira vez em 1962. As principais características incluem deficiência mental severa, obesidade, baixa estatura e uma aparência física diferente. Elas evoluem com a idade e mostram uma considerável variação, mesmo em indivíduos da mesma família. A síndrome é herdada como um traço recessivo ligado ao cromossoma X e é causada por uma mutação no gene PHF6. Os homens são predominantemente afetados, mas manifestações mais leves podem ser vistas nas mulheres. O diagnóstico é feito com base numa aparência característica combinada com outros sintomas, sendo reforçado se existirem outros homens da mesma família com a síndrome. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de uma paciente com esta síndrome, atendida no CEO – Centro de Especialidades Odontológicas de Cascavel – PR. A metodologia se baseou em um estudo descritivo, a partir de dados coletados do prontuário da paciente com a Síndrome de BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN, além de registros radiográficos e fotográficos realizados durante o tratamento. Concluiu-se que pacientes portadores dessa síndrome nem sempre necessitam de atendimento odontológico especial, pois, se colaboradores, podem ser atendidos pelo cirurgião-dentista mais próximo. Palavras-chaves: Síndrome; especial; rara. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 172 ÁREA: ODONTOLOGIA LEGAL/SAÚDE COLETIVA O USO DA INTERNET NO ENSINO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Luiz Carlos Volp Junior ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Sérgio Sábio Clóvis Lamartine de Moraes Melo Neto Rodrigo Lorenzi Poluha Segundo o Ministério da Educação (2013), o ensino a distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores promovendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é apresentar aos alunos de graduação em odontologia e cirurgiões-dentistas uma forma de conhecimento de rápido e de fácil acesso, onde são oferecidos material didático, entretenimento e jogos como caça-palavras e questionários que se somam aos conhecimentos adquiridos durante a graduação. Guiado por essa filosofia, o Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá faz uso da internet como um meio de comunicação simples e de fácil acesso para atualização e compartilhamento dos conhecimentos odontológicos. Portanto, para que o paciente seja atendido de uma forma mais humanizada e integrada, concluímos que todo o conhecimento a respeito de um minucioso diagnóstico e correto tratamento de inúmeras enfermidades precisam se estender além dos muros que cercam as clínicas odontológicas, sejam elas de cunho público ou particular, objetivando sempre proporcionar saúde e qualidade de vida para as pessoas que procuram o serviço de atendimento em odontologia. Palavras-chaves: Internet, Educação a Distância, Odontologia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 173 ÁREA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva AVALIAÇÃO DO CURSO DE QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DO SUS EM SAÚDE BUCAL NO ESTADO DO PARANÁ Fernanda Midori Tsuzuki ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Mitsue Fujimaki Co-Autor: Camila Fracalossi Co-Autor: Josely Emiko Umeda Co-Autor: Raquel Sano Suga Terada Co-Autor: Luiz Fernando Lolli A melhoria da gestão em saúde bucal é um processo necessário que vem ocorrendo em todo o país. Em 2013, a Universidade Estadual de Maringá realizou um Curso, intitulado “Qualificação da Gestão do SUS em Saúde Bucal”, visando capacitar coordenadores municipais e membros da equipe de saúde bucal que atuavam no serviço público do estado do Paraná para a utilização de ferramentas de gestão. O objetivo desse trabalho foi avaliar a percepção dos participantes em relação ao impacto do curso no seu processo de trabalho, por meio de um questionário de opinião on-line. Os questionários foram enviados por e-mail aos profissionais da saúde bucal atuantes no Estado do Paraná. A amostra total foi de 583 respondentes. Dentre os resultados, a variável mudança na forma de pensar e agir do paradigma curativo para o preventivo, apontou que mais de 80% relataram ter mudado sua forma de pensar e agir na prática clínica após o curso de capacitação. Dessa forma, pode-se concluir que o curso proporcionou maior consciência quanto ao papel do profissional da saúde, do gestor, necessidade de mudança no modelo assistencial, possibilitando pensar em estratégias para melhor atuação nas práticas de promoção e prevenção em saúde. Palavras-chaves: Gestão, Saúde bucal, Qualificação XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 174 ÁREA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva AUTOAVALIAÇÃO DO PERFIL DE GESTÃO EM SAÚDE BUCAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Fernanda Midori Tsuzuki ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Mitsue Fujimaki Co-Autor: Josely Emiko Umeda Co-Autor: Tânia Harumi Uchida Co-Autor: Raquel Sano Suga Terada Co-Autor: Renata Correa Pascotto A gestão pública é respaldada em princípios constitucionais da administração pública e os gestores desempenham importante papel de influência ou liderança na equipe que coordena. O objetivo deste trabalho foi avaliar a autopercepção de coordenadores de saúde bucal de um Estado do Brasil sobre o perfil para a gestão. Foi enviado um questionário por e-mail a 29 profissionais em cargos de gestão na saúde bucal e todos responderam. Constatou-se que 52% dos coordenadores realizaram cursos de especialização em diversas áreas da Odontologia e 1 deles, cursou o mestrado. Quando questionados sobre sua habilidade na articulação política, 62% dos entrevistados responderam ser suficiente. Mais da metade traçou seu perfil de gestor como suficiente (58%) ou bom/muito bom (38%) e 51% conhecem o organograma do setor saúde do próprio município. Além disso, 31% conhecem os aparatos legais da gestão. Conclui-se que apesar da maioria dos gestores da saúde bucal relatar apresentar perfil adequado para atuar em cargo de gestão, a capacitação dos gestores é uma estratégia necessária para a qualificação da gestão, visando otimização dos recursos e melhoria da atenção. Palavras-chaves: Gestão, Saúde Bucal, SUS XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 175 ÁREA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva TRAJETÓRIA DA FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO NO BRASIL Nome autor: Larissa Ishizu ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Mitsue Fujimaki Co-Autor: Tânia Harumi Uchida Co-Autor: Raquel Sano Suga Terada Co-Autor: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Josely Emiko Umeda Resumo O uso de fluoreto (F) nas águas de abastecimento público representa uma medida de saúde pública no controle da cárie. Objetivo deste trabalho foi realizar um estudo documental sobre a fluoretação, para demonstrar a trajetória da fluoretação das águas de abastecimento no Brasil. Para isso, foi realizada uma análise de portarias e leis sobre fluoretação. Desde 1974, a fluoretação das águas é obrigatória no Brasil, pela lei federal nº6.050. Em 2004, foi instituída a Portaria MS 518, que estabelece parâmetros da qualidade da água para consumo humano e padrão de potabilidade, atualizada na Portaria MS nº2.914/2011. Em 2011, o Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal sugeriu uma proposta de classificação do teor de F, relacionando benefício preventivo da cárie quanto risco à fluorose. Desde 2013, está tramitando um projeto de lei que revoga a obrigatoriedade das companhias de abastecimento adicionarem F na água, quando existir estação de tratamento. Entretanto, ainda não encontramos evidências que mostrem que este método efetivo deva ser interrompido. Logo, a fluoretação é uma importante conquista da população brasileira para o controle da cárie e que a classe odontológica precisa defender com argumentos baseados em evidência científica, a sua manutenção. Palavras-chaves: Cárie Dentária, Fluoretação, Fluoreto. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 176 SAÚDE COLETIVA RELATO DE EXPERIÊNCIA PROJETO DE EXTENSÃO PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE MARIALVA E MARINGÁ: IMPORTÂNCIA DA AQUISIÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS NA INFÂNCIA Diorezane Mesacasa ([email protected]) – UEM Najara Barbosa da Rocha Mitsue Fujimaki Luiz Fernando Lolli Nathália de Albuquerque Márcia Falleiros Rocha O projeto “Sorrir com Saúde” é desenvolvido através da parceria entre UEM e Secretarias Municipais de Saúde e Educação dos Municípios de Marialva e Maringá, objetivando propor ações de promoção de saúde bucal e prevenção de doenças em pré-escolares. As atividades incluem: levantamento epidemiológico; atividades lúdico-educativas semanais; atendimento odontológico no ambiente escolar e avaliações periódicas com toda equipe. Também é priorizada a participação em reuniões de pais e educadores para conscientizá-los da importância em manter hábitos saudáveis de alimentação e higiene bucal. Após identificar-se lesão de cárie, é realizado o tratamento restaurador atraumático (ART) ou encaminhamento para Unidade Básica de Saúde (UBS). Desde o início deste projeto de extensão, 475 crianças foram examinadas, sendo que 140 receberam o ART e 24 foram encaminhadas para realização do tratamento na UBS. Dentre os dentes avaliados, 630 apresentavam cáries ativas, em diferentes estágios de desenvolvimento. O ART foi realizado em 308 dentes, contribuindo para controle do desenvolvimento da cárie, evitando dor, desconforto e perda precoce do dente. Conclui-se que o projeto “Sorrir com Saúde” tem contribuído para a instalação de hábitos saudáveis na infância, que pode ser um potencial disseminador para as famílias e levar à manutenção dos dentes por toda a vida. Palavras-chaves: prevenção, promoção de saúde, tratamento restaurador atraumático. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 177 ODONTOLOGIA LEGAL/SAÚDE COLETIVA AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL DE ADOLESCENTES APÓS A ADOÇÃO DE UM PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DURANTE TRATAMENTO ORTODONTICO FIXO Giulia de Oliveira Collet ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Raquel Sano Suga Terada Talissa Mayer Garrido Mitsue Fujimaki A utilização de acessórios durante o tratamento ortodôntico fixo aumenta o risco à ocorrência de manchas brancas e gengivite devido aos sítios retentores de biofilme dental. O objetivo deste estudo foi observar o efeito de um protocolo de controle de biofilme dental nos níveis de gengivite e risco à cárie em adolescentes portadores de aparelho ortodôntico fixo. Foram selecionados 21 pacientes que usavam aparelho ortodôntico fixo. Os pacientes receberam instrução de higiene oral, e tiveram a saliva coletada no início e no final do estudo para avaliar o risco a carie em função da quantidade de Streptococcus mutans. Durante o estudo, foram analisados também os níveis clínicos de placa bacteriana corada (IPC) e gengivite (IG). Para comparação da contagem de SM nos dois tempos analisados, foi utilizado o teste t de Student; para os tempos do IPC e IG, utilizou-se a análise de variância (Anova), com post-hoc Tukey, ambos com significância de 5%. No fim do estudo observou-se uma redução significativa entre as avaliações iniciais e finais do IPC, IG e da contagem de SM. A implementação do protocolo melhorou as condições de gengivite e diminuiu o risco à cárie na população durante o período de estudo. Descritores: Ortodontia. Cárie dentária. Gengivite. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 178 ÁREA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva. TÍTULO: ASSOCIAÇÃO ENTRE CÁRIE DENTÁRIA E IMC DE ADOLESCENTES DE 12 ANOS DE IDADE MORADORES DE UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE DO NORTE PARANÁ Autor: Gustavo Barteli Esteves – ([email protected]) Instituição de ensino: FACULDADE INGÁ – Universidade Estadual de Maringá (UEM) Série da graduação: 3º ano Categoria desejada: painel eletrônico Orientadora: SUZANA GOYA Co-autores: ERMELINDA MATSUURA TEREZA CRISTINA ROSCHEL GIFFONI PATRÍCIA SARAM PROGIANTE VANDERLI JANEIRO O sobrepeso e a obesidade são grandes problemas de saúde pública bem como a cárie dental e atualmente o desgaste dentário. O presente estudo objetivou avaliar a prevalência e distribuição da experiência da cárie dentária, do Índice de Massa Corporal (IMC) e de desgaste dental de adolescentes de 12 anos de idade, residentes numa cidade de pequeno porte do norte do Paraná, comparando os modelos de regressão, a fim de analisar a associação índice CPOD e o IMC e o Índice de Desgaste Dentário (IDD). Foram realizados: avaliação antropométrica, avaliação bucal (cárie dentária e desgaste dental), preenchimento de questionário socioeconômico e de auto percepção. A média do IMC foi de 20,31 e o valor do CPOD foi de 0,65; a prevalência de cárie foi de 39,53%. O melhor modelo para testar a associação entre o CPOD foi o de ZIP, mostrando a associação significativa entre CPOD e IDD, mas não com IMC. A hipótese de que o índice de Massa Corporal estaria associado ao aumento da prevalência e severidade de cárie não foi encontrado nessa população. Porém, para magreza foram encontrados os maiores índices de CPOD. Palavras-chaves: Cárie Dentária; Índice de Massa Corporal; índice de Desgaste Dentário. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 179 ARÉA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA ODONTOLOGIA PARA A PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA NA INFÂNCIA Nome autor: Ana Cláudia Ramin Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Mitsue Fujimaki Co-Autor: Tânia Harumi Uchida Co-Autor: Raquel Sano Suga Terada Co-Autor: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Bruna Paola Martins RESUMO A cárie dentária é uma doença prevalente e de grande impacto negativo na qualidade de vida das pessoas. Apesar do mecanismo de desenvolvimento da cárie e sua prevenção serem conhecidos, a aquisição de hábitos saudáveis para o controle desta doença apresenta-se difícil. O objetivo deste trabalho foi buscar na literatura estratégias educativas que visem a prevenção da doença cárie na infância. Foram encontrados 12 artigos científicos no Google Acadêmico e Scielo. Verificou-se que a infância é a fase na qual os métodos preventivos apresentam maior eficácia. Foram encontradas as seguintes estratégias: motivação, educação, uso de fluoretos e ações preventivas. A motivação do paciente infantil é realizada por meio de atividades lúdico-educativas para instrução sobre o mecanismo de desenvolvimento da cárie e sua prevenção. A educação tem como objetivo a conscientização sobre a importância da saúde e visa criar hábitos saudáveis de dieta e higienização. Outro importante meio são as ações preventivas coletivas, realizadas principalmente no âmbito escolar. Além disso, o uso de fluoretos, visa reduzir a velocidade de progressão da cárie. Assim, conclui-se que as estratégias para a prevenção da cárie na infância tem potencial para reduzir os níveis da doença, estimular o autocuidado pelas crianças e famílias. Palavras-chaves: Odontologia preventiva, cárie dentária, estratégias de prevenção. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 180 ARÉA: Odontologia Legal/ Saúde Coletiva TÍTULO DO TRABALHO: LIDERANÇA FEMININA NA GESTÃO EM ODONTOLOGIA Nome autor: Tânia Harumi Uchida ([email protected] Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Mitsue Fujimaki Co-Autor: Raquel Sano Suga Terada Co-Autor: Renata Corrêa Pascotto Co-Autor: Josely Emiko Umeda Co-Autor: Nancy Sayuri Uchida A proporção de dentistas do sexo feminino ocupando cargos de liderança tem aumentado nas últimas décadas no Brasil e no mundo. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre as características da liderança feminina em cargos de gestão na Odontologia. Foram consultados os bancos de dados: Pubmed, Web of Science, Lilacs, Biblioteca Virtual de Saúde e Biblioteca Brasileira de Odontologia e foram encontrados 6 artigos que faziam uma abordagem sobre os cargos de gestão e liderança feminina. Dentre os artigos encontrados, observou-se que as mulheres apresentaram mais habilidade nas relações interpessoais por serem mais sensíveis, sendo valorizadas cada vez mais nos dias atuais. As mulheres além de estarem mais atentas aos detalhes das situações, conseguem ter uma visão ampla e apresentam maior flexibilidade no ambiente de trabalho. Um fator muito relevante entre as mulheres, é a busca por qualificação, o que explica a conquista por cargos de liderança. Conclui-se que os trabalhos encontrados na literatura mostraram que as mulheres apresentam habilidades e competências favoráveis para ocupar cargos de gestão e para o desenvolvimento do trabalho em equipe. Palavras-chaves: Gestão em Saúde, Liderança Feminina, Mulheres. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 181 SAÚDE COLETIVA SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: O QUE OS PROFISSIONAIS DE NEFROLOGIA SABEM SOBRE ESSE ASSUNTO Márcia Cristina da Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientadora: Neli Pieralisi Co-autores: Giselle Regina Carvalho Mitsue Fujimaki Patrícia Souza Bonfim de Mendonça O envelhecimento da população e suas morbidades (hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade) têm colaborado com a progressão dos casos de doença renal crônica (DRC). A DRC evolui de leve a fase terminal, quando necessita de diálise, em especial a hemodiálise (HD), ou transplante do órgão (TX). Neste contexto, a cavidade bucal e suas estruturas passam a sofrer o reflexo da DRC, manifestando sintomas e infecções. Por isso, é necessária uma integração multiprofissional entre as diversas áreas da saúde para o cuidado com esses pacientes. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento sobre saúde bucal entre os profissionais do setor de nefrologia que trabalham com pacientes com DRC. Para tanto, um questionário foi aplicado, antes e após um treinamento de toda a equipe de nefrologia, contendo alguns temas sobre saúde bucal. Comparando os resultados pré e pós- treinamento verificou-se resultados onde questões apresentaram melhora significativa e em outras não obteve o avanço esperado, mantendo a mesma quantidade de acertos. Isso indica a necessidade de programas de treinamento sobre saúde bucal mais detalhados para a equipe, inserindo-a nos cuidados odontológicos de seus pacientes, beneficiados por profissionais de saúde integrados e habilitados a orientá-los. Palavras-chaves: nefrologistas, odontologia, doença renal crônica XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 182 ÁREA: Odontologia Legal/Saúde Coletiva CATEGORIA: Painel UTILIZAÇÃO DE MODELO DINÂMICO NA ODONTOLOGIA Nome autor: – Josely Emiko Umeda ( [email protected]) Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Mitsue Fujimaki1 Co-Autor: Guttenberg Passos - PRODEMGE, MG, Brazil2 Co-Autor: Raquel Sano Suga Terada1 Co-Autor: Renata Corrêa Pascotto1 Co-Autor: Tânia Harumi Uchida1 O modelo dinâmico envolve a simulação computacional baseada em interações conceituais de múltiplos fatores e processos de acumulação e retroalimentação. Pode ser considerada uma importante ferramenta promissora na Odontologia, sendo adequada para estudos de problemas complexos na saúde pública. A cárie dentária ainda é um problema de saúde pública que leva à perda dentária, causando impacto negativo na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi simular o impacto de intervenções preventivas/educativas para o controle da cárie dentária, visando a manutenção dos dentes ao longo da vida. Para a construção do modelo dinâmico, foram utilizados dados do SB Brasil 2010, do IBGE e variáveis qualitativas. A simulação no modelo dinâmico mostrou que os cuidados preventivos educacionais iniciados na infância, quando considerados a aquisição de hábitos saudáveis, podem resultar em alto número de pessoas na fase adulta e idosa que mantiveram os dentes e a qualidade de vida. Em conclusão, nossos achados destacam a importância dos investimentos numa abordagem educacional com ênfase na infância para desencadear um efeito cascata de melhoria da saúde bucal da população brasileira ao longo do tempo. Palavras-chaves: modelo dinâmico, prevenção, cárie XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 183 Saúde Coletiva INTEGRAÇÃO PROJETO RENAIS - UEM E LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DA UNINGÁ: DIA MUNDIAL DO RIM 2015 Dayanne S. F. Santos ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Neli Pieralisi Eduardo Amado Jaqueline Forestieri Bolonhez Monique Cimão dos Santos Letícia Boaventura Sá Ponhozi Doença crônica (DC) é aquela que acompanha a pessoa por um longo período de tempo, momentos de piora ou melhora. Atualmente, no mundo, as DC são responsáveis por aproximadamente 60% dos gastos com doenças. Especificamente, as DC não transmissíveis correspondem a 72% das causas de mortes, constituindo um grave problema de saúde publica. Entre elas está a doença renal crônica (DRC), onde o comprometimento dos rins pode levar a falência do órgão. Este quadro estabelece uma relação bidirecional envolvendo DRC e cavidade bucal, havendo prejuízos bilaterais. A DRC favorece o desenvolvimento de complicações bucais, como as infecciosas, que acabam agravando o quadro sistêmico. Deste modo, faz-se necessário uma conscientização da população na prevenção da DRC. Uma interação odontologia-medicina pode colaborar com esta intenção. Este trabalho visa apresentar a integração dos discentes e docentes de duas instituições de ensino superior de Maringá, o Projeto Renais do curso de odontologia da UEM e a Liga Acadêmica de Nefrolgia do curso de medicina da UNINGÁ, no dia mundial do rim/2015. Este evento constituiu uma oportunidade de estabelecer ações conjuntas para promover a saúde renal da população, colaborando com a melhoria na qualidade da formação de futuros profissionais de ambas as áreas. Palavras-chaves: Nefrologia, Prevenção, Odontologia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 184 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Cirurgia busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 185 CIRURGIA OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA O TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCISTO Amanda Couto Marcão ([email protected]) UniCesumar Carolina Ferrairo Danieletto Lilian Cristina Vessoni Iwaki Gustavo Jacobucci Farah Liogi Iwaki Filho Gustavo Zanna Ferreira Resumo: O Queratocisto Odontogênico passou a ser classificado pela Organização Mundial de Saúde como Tumor Odontogênico Queratocístico (TOQ) em 2005, devido este apresentar características peculiares, como seu comportamento agressivo e suas altas taxas de recidivas. Por isso, muitos métodos de tratamento vêm sendo relatados, desde o mais conservador ao mais radical. Estes são a enucleação, marsupialização, descompressão, irrigação, tratamento do sítio cirúrgico com a solução de Carnoy, osteotomia periférica, eletrocauterização, crioterapia e a ressecção. Embora várias modalidades tenham sido relatadas no tratamento do TOQ, o que a maioria dos autores preconiza é o tratamento conservador utilizando uma terapia adjuvante, que ajude a eliminar os fragmentos da lesão para evitar que ocorra recidiva, o tratamento radical é realizado quando a lesão já esta acometendo uma região muito extensa da maxila ou mandíbula, em que o tratamento conservador não é possível. O objetivo deste trabalho é revisar a literatura através de pesquisa em banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados Scielo, PubMed, MEDLINE e livros do acervo da Biblioteca da Faculdade UniCesumar no período de 1956 à 2015 e apresentar um caso clinico de um TOQ em que o tratamento preconizado foi enucleação associado a crioterapia. Palavras-chaves: Tumor Odontogênico Queratocisto; Queratocisto Odontogênico; Tratamento. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 186 CIRURGIA INFLUÊNCIA DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA NA POSTURA OROFACIAL Autor: Ana Carolina Costa Matsuoka Correia ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Liogi Iwaki Filho Co-autor: Fabiana Southier Romano Avelar Co-autor: Irma Milena Menck Romanichen Co-autor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki A inter-relação harmônica dos componentes anatômicos e fisiológicos do complexo sistema estomatognático permite a eficiência oromiofuncional e execução de ações aparentemente simples como falar, respirar, mastigar e deglutir. A língua e os lábios são alguns dos principais órgãos envolvidos neste sistema desempenhando papel fundamental nas funções do mesmo. Porém, a morfologia craniofacial alterada pode influenciar negativamente no padrão postural desses órgãos. Visto a relevância do conhecimento da posição que a língua e os lábios assumem para a adequação do equilíbrio e a manutenção do espaço intra-oral, o estudo objetiva analisar a postura habitual lingual e labial nos períodos pré e pós-cirurgia ortognática bimaxilar, verificando-se a ocorrência de mudanças no padrão dos 30 pacientes com distintas tipologias faciais - Classe II e III - e, indicação cirúrgica. Assim, ressalta-se a realização da comparação entre posição habitual da língua (PHL) e lábios através de telerradiografia em norma lateral 15 dias antes do procedimento cirúrgico e 30 dias pós-operatórios e o estudo prospectivo observacional será procedido no Ambulatório de Cirurgia Ortognática juntamente com o setor de Radiologia do Departamento de Odontologia (DOD) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Palavras-chaves: Postura habitual da língua. Sistema Estomatognático. Cirurgia Ortognática. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 187 ÁREA: CIRURGIA ABORDAGEM CIRÚRGICA DE PACIENTE PORTADOR DE SÍNDROME DE EAGLE: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Andressa Bolognesi Bachesk ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Edevaldo Tadeu Camarini Angelo José Pavan Diogo de Vasconcelos Macêdo Willian Pecin Jacomacci Marcello Piacentini A síndrome de Eagle caracteriza-se por cervicalgia provocada pelo alongamento do processo estilóide ou calcificação do ligamento estilo-hioide. Entre os sintomas, relata-se a dor cervical, sensação de corpo estranho na faringe, disfagia, odinofagia e otalgia. O diagnóstico é baseado no exame clínico e imaginológico e seu tratamento pode ser conservador (farmacológico) ou cirúrgico. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de um paciente diagnosticado com síndrome de Eagle, bem como apresentar uma abrangente revisão da literatura. A paciente, gênero feminino, 58 anos, procurou a clínica odontológica da Universidade Estadual de Maringá apresentando, ao exame clínico, queixas álgicas ao realizar hiperextensão do pescoço e em abertura bucal. A entidade era palpável em fossa tonsilar, bilateral. Ao exame tomográfico, notou-se que os processos estiloides apresentavam-se alongados e calcificados. O diagnóstico clínico e imaginológico foi de Síndrome de Eagle. Embora o tratamento conservador seja uma opção viável, o tratamento cirúrgico (intra ou extrabucal) mostra-se como a opção mais eficaz em casos de sintomatologia persistente. Procedeu-se a abordagem cirúrgica intrabucal da estiloidectomia bilateral, pois, além de mais segura, possibilitou menor tempo cirúrgico, melhor recuperação pós-operatória e ausência de cicatriz cutânea. A paciente encontra-se em proservação com resultados pós-operatórios satisfatórios. Palavras-chaves: Síndrome de Eagle; Acesso intraoral; Estiloidectomia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 188 CIRURGIA SIALOLITÍASE EM GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO CIRÚRGICO. Anna Carolina Cenci Matick ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil. Edevaldo Tadeu Camarini Liogi Iwaki Filho Maísa Pereira da Silva Willian Pecin Jacomacci A sialolitíase é caracterizada pela presença de cálculos no ducto da glândula salivar ou no seu parênquima, formados devido ao acúmulo de restos alimentares e bactérias ou quando a concentração de cálcio está aumentada. Esta obstrução pode levar a estase salivar e dilatação da glândula salivar envolvida, podendo cronificar devido a uma infecção secundária. Normalmente os sialólitos apresentam formato oval, arredondado ou alongado, afetando em maiores proporções o ducto de Wharton da glândula submandibular. Exames mais comumente utilizados para detecção são os radiográficos, podendo ser complementados com sialografia, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento da doença pode ser feito de forma conservadora no caso de sialólitos pequenos ou através de procedimentos cirúrgico no caso de cálculos maiores. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de sialolitíase tratado cirurgicamente. Paciente do gênero feminino, 80 anos, apresentava dor em região de soalho de boca há 21 dias, e através do exame de radiografia oclusal concluiu-se o diagnóstico de sialolitíase. Como conduta foi realizada excisão cirúrgica e acompanhamento clinico e radiográfico de 70 dias e 8 meses, não sendo observado episódios de recidiva. Pode-se assim concluir que a excisão cirúrgica continua sendo uma alternativa viável para o tratamento. Palavras-chaves: Excisão Cirúrgica, Glândula Salivar, Sialolitíase XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 189 ÁREA: Cirurgia SUBCATEGORIA: Projeto de pesquisa ANÁLISE COMPARATIVA DAS DIMENSÕES DA VIA ÁREA FARÍNGEA POR MEIO DE TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS PRÉ E PÓS-OPERATÓRIAS COM O PLANEJAMENTO VIRTUAL EM 2 DIMENSÕES, DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOGNÁTICA Autor: Bárbara Aline Gerke ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Liogi Iwaki Filho Coautor: Lilian Cristina Vessoni Iwaki Coautor: Gustavo Nascimento de Souza Pinto Coautor: Amanda Lury Yamashita O tratamento das deformidades dentomaxilofaciais, realizadas por meio de cirurgia ortognática, altera o volume do espaço aéreo faríngeo (EAF). Tal alteração pode ser mensurada e estudada por meio de exames de imagem. As telerradiografias em norma lateral e o planejamento em 2D são mais acessíveis em comparação com um planejamento 3D de uma tomografia, porém não revela com precisão a complexa morfologia do EAF. Para avaliar a precisão do planejamento 2D em relação ao volume do EAF foram realizadas tomografias computadorizadas de feixe cônico (utilizando o software Dolphin Imaging® versão 11.7) de 30 pacientes - diagnosticados com deformidades esqueléticas classes II e III de Angle - antes e após os mesmos serem submetidos à cirurgia ortognática. Com esses dados foi realizado um paralelo com as mensurações lineares do EAF obtido por meio da simulação do planejamento 2D que o software Dolphin Imaging® permite, em telerradiografias laterais pré-operatórias. Como resultado obtido, por meio da comparação realizada por dois avaliadores, o planejamento 2D não é preciso em relação ao volume EAF, sendo, portanto, o planejamento 3D a melhor escolha. Palavras-chaves: Espaço Aéreo Faríngeo, Cirurgia Ortognática, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 190 CIRURGIA RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA: VIABILIDADE DA REABILITAÇÃO ORAL COM RHBMP-2 ASSOCIADO A XENOENXERTO BOVINO SEGUIDO DE INSTALAÇÃO DE IMPLANTES Caroline Resquetti Luppi1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) Rômulo Maciel Lustosa Elen de Souza Tolentino Lilian Cristina Vessoni Iwaki Liogi Iwaki Filho Havendo a necessidade de tecido ósseo de boa qualidade para a instalação e osseointegração de implantes, algumas técnicas de enxertia óssea tem sido amplamente estudadas para viabilizar a instalação dos mesmos, de forma a melhorar os prognósticos em reabilitação. As proteínas morfogenéticas ósseas tipo 2 (rhBMP-2) são uma alternativa osteoindutora para reconstruções extensas após ressecções tumorais. Porem, a viabilidade de rhBMP-2 (Infuse) para receber implantes osseointegrados e sua consequente reabilitação protética, tem sido ainda pouco relatada na literatura. Este estudo relata o caso de um extenso ameloblastoma sólido ao longo do corpo mandibular direito, com evolução de aproximadamente 24 meses, sem sintomatologia. Os exames imaginológicos demonstraram uma lesão multilocular hipodensa em mandíbula, se estendendo da porção distal do canino direito à região do segundo molar do mesmo lado. Realizou-se então uma biopsia incisional, e a partir de suas características histopatológicas, a lesão foi diagnosticada como ameloblastoma sólido. O tratamento baseou-se na ressecção da lesão, seguida pelo uso off-label de rhBMP-2 associado à utilização de xenoenxerto de osso bovino. Após onze meses, em acompanhamento para possível recidiva, o paciente foi reabilitado com implantes dentários, e 18 meses após a primeira cirurgia, já reabilitado com prótese implanto-suportada, seguindo ainda em acompanhamento. Palavras-chaves: Implantes dentários; Proteínas morfogenéticas ósseas; Reconstrução mandibular. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 191 ÁREA: Cirurgia/Implantodontia CATEGORIA: Oral BISFOSFONATOS E SUA INFLUÊNCIA NA REMODELAÇÃO ÓSSEA PÓSIMPLANTE – REVISTA DA LITERATURA. Nome autor: Douglas Matauch Sidor e-mail:[email protected] Instituição de Origem: UniCesumar Orientador: Thiago Arruda Resumo: Os bisfosfonatos (BFs) foram primeiramente sintetizados em 1865, porém somente a partir de 1995 eles apresentaram um papel predominante no tratamento de doenças envolvendo desordens ósseas. Eles apresentam grande influência na remodelação óssea após colocação de implantes, sendo uma classe de fármacos que inibem a ação dos osteoclastos, de modo a reduzir a remodelação óssea no local. Essa ação induz a ter falhas na osteointegração, tendo assim a perda do implante. Através de uma revisão de Literatura, com busca nas bases de pesquisa como: Pubmed, Bireme, Scielo e Google Acadêmico, obteve-se o assunto do tema em questão para somar e discutir maiores informações. É fundamental que ocorra uma boa osteointegração, osteocondução e cicatrização. Na colocação de implantes há grande descolamento de periósteo no local, o que acaba diminuindo a cortical óssea, dificultando a nutrição através do osso medular, e consequentemente tendo a osteonecrose, com perda da inserção do implante no osso. A osteonecrose ocorre em casos que o paciente fez administração dos BFs por período de tempo superior a três anos, caso contrário às chances de desenvolver osteonecrose dos maxilares é de aproximadamente 0,89%, fato que comprova a não interferência destes fármacos (BFs) na osteointegração e sucesso do implante. Palavras-chaves: Bisfosfonatos; Osteointegração; Osteonecrose. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 192 Área: Cirurgia TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE BIOMATERIAIS ADJUNTO À REMOÇÃO DE DOIS ODONTOMAS EM REGIÃO ANTERIOR BILATERAL DE MAXILA Autor: Edimar Rafael de Oliveira Graduando em odontologia UNIPAR Umuarama E-mail: [email protected] Orientador: Giordano Bruno de Oliveira Marson Co-autor: Maria de Jesus Andrade da Silva Melão Odontoma é um tipo de tumor odontogênico, considerado hamartoma, onde estão presentes todos os tecidos dentais, principalmente esmalte e dentina. Podem ser classificados como composto ou complexo. Paciente A.A.A., 11 anos, diagnosticado radiograficamente com duas massas de formato irregular, mista, assintomática, em região anterior de maxila, tendo como diagnóstico diferencial odontoma. Foi solicitado tomografia computadorizada da região para planejamento do tratamento proposto, que foi a remoção cirúrgica em nível ambulatorial. Foi realizada exodontia dos dentes 52, 53, 62 e 63, seccionamento e remoção das massas mineralizadas bilateralmente, colagem de botão para tracionamento do 23, exodontia do dente 12, que clinicamente encontrava-se disforme, impactado e envolvido junto à massa mineralizada. Para favorecer a hemostasia foram utilizadas esponjas de fibrina associadas a enxerto aloplástico de osso particulado, para favorecer a regeneração óssea, devido à grande proporção do defeito cirúrgico. Os espécimes enviados para exame anatomopatológico. O tratamento preconizado para os odontomas é a remoção cirúrgica, podendo ser utilizados biomaterias para favorecer a cicatrização e regeneração óssea, principalmente em casos de defeitos cirúrgicos de grandes proporções. Palavras-chaves: cirurgia; odontomas; biomateriais XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 193 Área: Cirurgia FREQUÊNCIA DE COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO USO DE ARTICAÍNA E LIDOCAÍNA Fernanda Chiguti Yamashita ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Carina Gisele Costa Bispo Isabela Chiguti Yamashita Felipe Suaki Brandão Isabel de Freitas Peixoto Ana Beatriz Tozzo Martins Anestésicos locais demonstram eficácia e segurança clínica, porém algumas reações adversas podem estar associadas com a sua utilização. O objetivo deste estudo foi determinar a frequência da ocorrência de complicações relacionadas à administração de anestesia local odontológica com articaína 4% e compará-la àquela apresentada pelo anestésico padrão – lidocaína 2% ambas associadas à epinefrina 1:100.000. Setecentos e vinte e sete pacientes atendidos na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo participaram deste estudo transversal, aleatório e duplo-cego. Para cada procedimento o operador preencheu um formulário contendo dados do paciente, da anestesia local aplicada e das possíveis complicações. A frequência geral de reações adversas associada à anestesia local foi de 3,71%, ocorrendo em 3,85% dos pacientes anestesiados com lidocaína e em 3,60% dos anestesiados com articaína. Pelo teste exato de Fisher (p<0,05) ocorreu associação (p=0,0266) entre reação adversa e utilização de medicação diária nos pacientes anestesiados com articaína. Já para os pacientes anestesiados com lidocaína houve associação (p= 0,0448) entre reação adversa e primeira anestesia. A baixa frequência de complicações relacionadas à utilização de articaína (3,60%) e lidocaína (3,85%) leva a concluir que ambas as soluções são seguras para uso em odontologia não havendo diferença entre os grupos. Palavras-chaves: Anestésicos Locais, Complicações, Lidocaína. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 194 CIRURGIA CARACTERISTICAS FACIAIS PRÉ E PÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA RELATO DE CASO CLINICO Irma Milena Menck Romanichen¹ ([email protected]) ¹Universidade Estadual de Maringá-UEM Fabiana Southier Romano Avelar Ana Carolina Costa Matsuoka Correia Gustavo Zanna Ferreira Liogi Iwaki Filho A cirurgia ortognática, se constitui em um procedimento de correção das imperfeições faciais relacionadas ao posicionamento inadequado dos maxilares. As deformidades faciais, resultantes então de um crescimento anormal entre a maxila e a mandíbula, podem ser definidas em classe II - caracterizada por retrognatismo mandibular e/ou por excesso de crescimento maxilar – e, a classe III - por prognatismo mandibular e/ou deficiência maxilar, com a mandíbula mais anteriorizada em relação à maxila. A correção cirúrgica destas anormalidades, além de resultar em modificações estruturais, muito provavelmente implica em variações estético-funcionais. O presente estudo tem como objetivo apresentar as mudanças nos padrões faciais de pacientes que se apresentaram ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e que foram submetidos ao procedimento cirúrgico. Este, consta da apresentação de um caso clínico do tipo Classe II e outro tipo Classe III, nos quais realizou-se a avaliação, análise e acompanhamento do período pré ao pós-operatório. Mediante este processo, foi possível a comparação entre os padrões faciais obtidos em ambos os períodos e suas respectivas evoluções clínicas. Palavras-chaves: Cirurgia Ortognática, Estética facial, Sistema Estomatognático. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 195 CIRURGIA EFEITO DO ALENDRONATO SOBRE A REPARAÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR EM RATAS OSTEOPÊNICAS Lafayette Dolphine Grenier1 ([email protected]) 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM) José Henrique Santana Quinto Caroline Resquetti Luppi Roberto Kenji Nakamura Cuman Gustavo Jacobucci Farah A osteonecrose do complexo maxilomandibular é um dos efeitos adversos gerada pelo uso crônico de Bisfosfonatos. A presente pesquisa tem como objetivo avaliar a neoformação óssea. Metodologicamente, quinze ratas foram separadas nos seguintes grupos: 1) grupo controle (GC) submetido a exodontia e a uma abertura de cavidade em calota craniana preenchida por coágulo e não tratada com Alendronato; 2) grupo osteopênico tratado com Alendronato uma vez por semana durante três semanas e após isso submetido a exodontia do incisivo central superior direito associado a enxerto xenógeno na cavidade aberta em calota craniana (BO); 3) grupo osteopênico submetido a exodontia do incisivo central superior direito, enxerto xenógeno na cavidade aberta em calota craniana e após os procedimentos tratado com Alendronato (OB). Os resultados obtidos pela análise histológica descritiva qualitativa demonstraram neoformação óssea nos grupos BO e OB. Entretanto, no grupo BO, foi verificado um epitélio gengival mais fino e reduzido. Assim, os resultados supracitados sugerem que, pacientes osteopênicos em tratamento com Alendronato, com baixa dose e frequência, poderiam ser submetidos a procedimentos odontológicos invasivos, sendo mais indicado que esses pacientes realizem uma avaliação odontológica antes de iniciarem o tratamento medicamentoso, de forma a melhorar o prognóstico e controle dos mesmos. Palavras-chaves: Bisfosfonatos, Osteonecrose, Osteoporose. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 196 CIRURGIA REMOÇÃO DE CISTO EM ÁREA ESTÉTICA DA FACE Leonardo Alan Delanora ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vanessa Veltrini Gustavo Jacobucci Farah Mariliani Chicarelli da Silva Letícia Ângelo Walewski Gustavo Nascimento de Souza Pinto Resumo: Os cistos epidermóides são provenientes do aprisionamento de elementos ectodérmicos na fusão do primeiro e do segundo arcos branquiais durante a embriogênese. Aproximadamente 7% deles são encontrados em cabeça e pescoço e apresentam-se assintomático com crescimento lento. A malignização é rara, porém já relatada. Usualmente diagnosticado em pacientes jovens e adultos, ambos os sexos possuem a mesma incidência. A excisão cirúrgica é o mais recomendado para esses casos com índices de recorrência que variam de 8,3% a 25%. Quando localizado na área estética da face, o cirurgião deve escolher o local da incisão cautelosamente para que uma cicatriz não fique evidente. Desta forma, os locais das incisões devem ser cicatrizes, rugas ou marcas de expressão. Esse trabalho relata o caso de um paciente do gênero masculino, 59 anos de idade, que procurou atendimento no projeto LEBU da UEM com queixa de um nódulo na região da glabela. A biópsia excisional da lesão foi realizada após análise das rugas da expressão facial e linhas de tensão cutâneas relaxadas. O resultado do exame anátomo-patológico confirmou a hipótese de cisto epidermóide, o paciente segue em acompanhamento, sem sinais de recorrência e com bom aspecto da ferida cirúrgica. Palavras-chaves: Cisto Epidérmoide; Cicatriz; Face. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 197 CIRURGIA CISTO DENTÍGERO EM MANDÍBULA: IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO TRANS-OPERATÓRIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Maísa Pereira da Silva ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Gustavo Zanna Ferreira Carolina Ferrairo Danieletto Pedro Henrique Silva Gomes Ferreira João Paulo Bonardi Liogi Iwaki Filho Os dentes retidos são comuns na rotina do cirurgião-dentista, sendo o terceiro molar inferior, o dente mais acometido. A retenção prolongada aumenta o risco de formação de processos patológicos como pericoronarite, reabsorções radiculares patológicas, cistos e tumores odontogênicos. O Cisto Dentígero, é o mais comum dentre os cistos odontogênicos de desenvolvimento. É uma lesão benigna, que se origina da separação do folículo que fica ao redor da coroa do dente não irrompido, formando uma cavidade delimitada pelo epitélio reduzido do esmalte e o esmalte do dente, a qual é preenchida por fluido cístico. Seu crescimento é lento e assintomático. Radiograficamente apresenta - se como uma cavidade radiolúcida unilocular com margem esclerótica bem definida, envolvendo a coroa de um dente não irrompido, partindo da junção cemento-esmalte. O tratamento ocorre através da enucleação associado à extração ou ao tracionamento do dente retido, e a observação do epitélio aderido à junção amelocementária, durante procedimento cirúrgico, pode ajudar a diferenciar o cisto Dentígero de outras lesões radiolúcidas uniloculares que podem estar associadas a dentes retidos. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de cisto dentígero e enfatizar as características que auxiliam o cirurgião-dentista no diagnóstico desta patologia. Palavras-chaves: Cisto dentígero, terceiro molar, diagnóstico por imagem. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 198 Área: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial TRATAMENTO DE INFECÇÃO ODONTOGÊNICA Marcela Chiqueto de Araujo ([email protected]) Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Ricardo Augusto Conci Geraldo Luiz Griza Eleonor Álvaro Garbin Júnior Natasha Magro Érnica RESUMO As infecções de origem dentária constituem um dos problemas mais difíceis de tratamento. Processos infecciosos podem variar desde infecções localizadas, que exigem tratamento mínimo, até infecções complexas que envolvem tratamento em ambiente hospitalar. A necrose da polpa dental, resultante de cárie é a principal causa de infecção odontogênica, é criada uma via para bactérias penetrarem nos tecidos periapicais estabelecendo uma infecção ativa que disseminará pelas linhas de menores resistências. A infecção dissemina através do osso esponjoso até encontrar o osso cortical. Se a lâmina de osso cortical for fina, a infecção perfurará o osso e irá atingir os tecidos moles, causando tumefação, hiperalgesia, e alguns distúrbios sistêmicos. O objetivo deste trabalho é contribuir para estudo do diagnóstico e tratamento das infecções. Paciente, gênero feminino, 16 anos, procurou tratamento com sensibilidade dolorosa no elemento 37, necessitando de tratamento endodôntico, o qual evoluiu desenvolvendo infecção odontogênica. Conclui-se que infecções devem ser tratadas com imediatismo, pois podem levar o paciente a desenvolver complicações. Graças aos avanços no campo do diagnóstico clínico, esses índices diminuíram. O protocolo de atendimento deve ser rigoroso, visando sempre à drenagem da coleção purulenta, à remoção da causa, à manutenção dos antimicrobianos e à estabilização do paciente. Palavras-chaves: Infecção odontogênica, drenagem, tumefação. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 199 CIRURGIA CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS MOVIMENTOS MANDIBULARES, A OCLUSÃO E A MASTIGAÇÃO FRENTE À CIRURGIA ORTOGNÁTICA Silvia Natalia Souza de Péder ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Fabiana Southier Romano Avelar Irma Milena Menck Romanichen Liogi Iwaki Filho O sistema mastigatório é uma unidade funcional do corpo, que tem atividades funcionais comandadas por controle neurológico. A mastigação adequada envolve uma sequência precisa de movimentos mandibulares de abertura fechamento e lateralização, movimentos dos lábios e bochechas, além da ação complexa da língua e uma correta relação entre os dentes, chamada de oclusão. A dinâmica da articulação temporomandibular permite uma atuação harmônica da mandíbula e da maxila, proporcionando a mastigação por meio da ação muscular coordenada. As más oclusões podem levar a mudanças na posição das articulações temporomandibulares podendo alterar a biodinâmica mandibular influenciando na realização dos movimentos de lateralidade e protrusão, assim como a própria amplitude de abertura bucal. Estudos têm mostrado impacto das cirurgias ortognáticas nas deformidades dentofaciais com efeitos associados aos movimentos mandibulares, oclusão e/ou mastigação. Os registros tem confirmado redução importante da abertura de boca nos primeiros meses do pós-cirúrgico, de acordo com a literatura, assumindo valores normais decorridos 3 a 14 meses, com aumento significante da protrusão e lateralização mandibular. A reorganização da dinâmica da articulação temporomandibular, altera significamente a mastigação, cujo padrão geralmente é influenciado por quadros de disfunção temporomandibular. Palavras-chaves: Mastigação, Oclusão, Cirurgia Ortognática. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 200 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Endodontia busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 201 ÁREA: ENDODONTIA TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE PRIMEIRO PRÉ-MOLAR INFERIOR COM TRÊS CANAIS: RELATO DE CASO Aline Thomazelli Peres Tomazoli ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Marcos Sergio Endo Nair Narumi Orita Pavan Conhecer a anatomia dos canais radiculares é imprescindível para o sucesso do tratamento endodôntico. A ocorrência de três canais com forames independentes em pré-molares inferiores é rara. Este trabalho objetiva relatar o tratamento endodôntico de um primeiro pré-molar inferior com três canais radiculares (tipo VIII, Vertucci). Paciente apresentava dor à mastigação. Clinicamente, restauração fraturada ocluso-distal, cárie no remanescente coronário e exposição da câmara pulpar. Ao teste de sensibilidade pulpar, resposta negativa e à percussão vertical, positiva. Radiograficamente, bifurcação radicular ao nível do terço médio, sugerindo canais extras e radiolucidez periapical. O diagnóstico obtido foi necrose pulpar com lesão periapical crônica. Após anestesia, realizou-se a remoção de tecido cariado e adequada forma de conveniência. O tratamento foi realizado em sessão única com localizador eletrônico foraminal e sistema rotatório Mtwo, associado à hipoclorito de sódio 2,5%. Os canais foram obturados com cones de guta-percha e cimento Endomethasone utilizando a técnica de condensação lateral. Realizou-se a restauração provisória e a radiografia final. Conclui-se que, o sucesso do tratamento endodôntico envolvendo o primeiro pré-molar inferior com três canais radiculares e forames separados, requer do cirurgião-dentista um vasto conhecimento anatômico e uma investigação detalhada do caso a ser tratado. Palavras-chaves: anatomia dental, pré-molar inferior, tratamento do canal radicular. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 202 Endodontia Caso Clinico REIMPLANTE TARDIO EM AVULSÃO DENTÁRIA: RELATO DE CASO Amanda Carolina Mazuquini ([email protected]) UEM Alfredo Franco Queiroz Bianca Martins Lachimia Luis Henrique Braga Sader Aline Lie Ishida Joana Yumi Teruya Uchimur A avulsão dentária é uma das mais graves lesões traumáticas. Consiste no total deslocamento do dente para fora do alvéolo e corresponde de 0,5 a 16% das lesões traumáticas em dentes permanentes. O principal tratamento de escolha é o reimplante imediato. Fatores como tempo de permanência fora do alvéolo, manejo do dente, técnica de reimplante, meio de transporte, tratamento e acompanhamento são decisivos para o sucesso do reimplante. O presente trabalho tem objetivo de relatar o caso clínico de um paciente gênero masculino, 14 anos, que procurou atendimento na Clínica Odontológica da UEM, três dias após ter sofrido um acidente de bicicleta com consequente avulsão do dente 22. Apesar do prognóstico desfavorável em relação ao dente, foi sugerido o reimplante tardio, levando em consideração o aspecto psicológico e a dificuldade da reabilitação em consequência da idade do paciente. Realizou-se a limpeza do alvéolo, remoção dos restos de ligamento periodontal ao redor da raiz, abertura coronária, instrumentação do canal radicular e medicação intra canal com hidróxido de cálcio e água destilada, reimplante e esplintagem rígida (além de recomendações e prescrição de anti-inflamatório e antibiótico). Como esperado, a proservação mostrou o aparecimento de reabsorções inflamatórias e, por substituição, anquilose do dente reimplantado. Palavras-chaves: avulsão, anquilose, reimplante tardio. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 203 ENDODONTIA ENDODONTIA EM SESSÃO ÚNICA OU MÚLTIPLA: REVISÃO DA LITERATURA Ana Luiza de Moura Libório ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Nair Narumi Orita Pavan Marcos Sergio Endo Andressa Bolognesi Bachesk Atualmente com os avanços tecnológicos e o aperfeiçoamento do preparo químico-mecânico do canal radicular, o tempo para concretização deste procedimento foi reduzido, possibilitando a realização do tratamento em sessão única. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi discutir e confrontar, a partir de evidências científicas, os achados obtidos por meio de base de dados (Pubmed, Science direct, Scopus, Scielo e Medline), sobre dor pós-operatória e taxa de reparação, em tratamentos endodônticos realizados em sessão única e múltipla. É pouco contestado sobre a possibilidade de realizar o tratamento endodôntico em sessão única nos casos de pulpite irreversível. Porém, em casos de necrose pulpar com ou sem periodontite apical, a literatura é controversa, e as opiniões variam quanto aos riscos e benefícios realizados em sessão única ou múltipla. Aliado a outras vantagens, a sessão única tornou-se um protocolo aceitável, mas em alguns casos, como na presença de exsudato, não pode ser preconizado. Deste modo, o tratamento em sessão única e múltipla mostrou resultados semelhantes considerando a taxa de reparação e dor pós-operatória. Assim, a tomada de decisão clínica, em optar por um tratamento endodôntico em sessão única ou múltipla, deve ser baseada em evidências clínico-científicas. Palavras-chaves: tratamento do canal radicular em sessão única, tratamento do canal radicular em sessões múltiplas, dor pós-operatória. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 204 ENDODONTIA SELAMENTO DE PERFURAÇÃO COM MTA EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO Bianca Martins Lachimia ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Nair Narumi Orita Pavan Marcos Sérgio Endo Carlos Alberto Herrero de Morais Alfredo Franco Queiroz Amanda Carolina Mazuquini A manutenção do dente ainda durante a fase da adolescência é de extrema relevância, tendo em vista a dificuldade na reabilitação após perdas de primeiros molares permanentes. A paciente melanoderma, 13 anos, compareceu à clínica de especialização apresentando duas perfurações no dente 16 sem sucesso em encontrar os canais MV e DV e com indicação de exodontia. Após esclarecimento e consentimento dos responsáveis, foi optado por tentar a manutenção do dente. As perfurações foram seladas inicialmente com Coltosol® para proceder a exploração e localização dos canais. Após a instrumentação com limas rotatórias Mtwo®, foi procedido o protocolo de ampliação foraminal e protocolo de irrigação com soro fisiológico e clorexidina 2% gel. Na mesma sessão, os canais foram obturados e as perfurações foram seladas com MTA e o dente reconstruído com resina composta. Na tomografia volumétrica Cone Beam um ano após, a paciente apresentou-se assintomática e foi observado sondagem periodontal na perfuração disto-vestibular (5 mm) já esperada devido ao local da perfuração. Porém a perfuração na região de furca manteve-se estável, sem sinais ou sintomas. Pode-se concluir que mesmo em casos mais complexos em indivíduos jovens, uma abordagem conservadora tem mostrado resultados previsíveis quanto ao reestabelecimento da função. Palavras-chaves: Endodontia; tratamento do canal radicular; manutenção. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 205 Área: Endodontia ENDODONTIA DE SEGUNDO MOLAR SUPERIOR COM DUAS RAÍZES PALATINAS Bruna Angélica de Souza Viana ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Nair Narumi Orita Pavan Marcos Sérgio Endo Carla Thaís Rosada Peruchi O conhecimento apropriado da anatomia do sistema de canais radiculares e de suas variações anatômicas é fundamental para o sucesso do tratamento endodôntico. Um dos principais fatores que contribuem para o insucesso desse tratamento é a presença de canais não tratados. O objetivo desse trabalho é relatar uma variação anatômica de um segundo molar superior esquerdo com uma raiz palatina extra. Paciente do gênero feminino, com 35 anos de idade procurou o consultório com queixa de dor intermitente. Foi relatado durante a história odontológica, a substituição da restauração do segundo molar superior esquerdo. Ao exame clínico e radiográfico foi verificado restauração extensa neste dente, e ao removê-la houve a exposição pulpar, indicando a realização do tratamento endodôntico. Após a abertura coronária constatou-se a presença de um segundo canal na raiz palatina. Realizou-se a exploração dos canais radiculares, e observou-se durante a odontometria radiográfica a presença de canais distintos. A presença de uma raiz palatina adicional foi confirmada pela tomografia computadorizada cone beam. Conclui-se que é pertinente, no momento da localização dos canais radiculares, investigar a presença de canais e/ou raízes adicionais, e utilizar outros exames de imagem para assegurar-se da real anatomia dentária. Palavras-chaves: Variação anatômica, Raiz palatina, Tratamento endodôntico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 206 ENDODONTIA ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE DESORDENS ARTICULARES E O MODO DE TRABALHO DOS ENDODONTISTAS Bruna Milani Rivelini ([email protected]) – UniCesumar Renata Fernandes Fausto Rodrigo Victorino Resumo: A prática da endodontia exige do profissional longas sessões clínicas e movimentos repetitivos na execução de manobras que exigem esforço excessivo e muitas vezes manutenção de postura inadequada, fatores que contribuem de forma significativa para o surgimento de sintomas dolorosos relacionados a distúrbios osteomusculares (DORTs). O objetivo do presente estudo foi avaliar a relação entre a atividade profissional e os possíveis DORTs em endodontistas. Para isso, foi aplicado a 25 endodontistas do Município de Maringá-PR um instrumento que constou de dois questionários compostos por questões abertas, fechadas e mistas. Os dados foram tabulados analisados estatisticamente com o auxílio do Software Statistica 8.0 e realizado o teste Exato de Fisher. As regiões mais afetadas com presença de dor foram: região lombar, pescoço, braço e ombros. Os endodontistas que usam somente instrumentação rotatória não relataram dor nos braços, cotovelos, punho/dedo/mão e quadril, porém, todos apresentaram dor na região lombar e no pescoço. Dentre os que utilizam somente instrumentação manual, todos afirmaram sentir dor nos locais apresentados, principalmente na região dorsal e lombar. De acordos com os resultados encontrados, pode-se dizer que a prevalência de doenças osteomusculares em endodontistas está diretamente associada à atividade profissional e também à técnica de instrumentação utilizada. Palavras-chaves: DORT; Ergonomia; Endodontia. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 207 ÁREA: ENDODONTIA PREPARO DOS CANAIS RADICULARES UTILIZANDO LIMAS RECIPROC® E WAVEONE® - REVISÃO DA LITERATURA Bruna Paola Martins ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Nair Narumi Orita Pavan Fernanda Lobo Joana Yumi Teruya Uchimura Marcelo Capitânio Marcos Sérgio Endo RESUMO Os sistemas reciprocantes Reciproc® e WaveOne® são os principais disponíveis para uso no Brasil. Dentre as particularidades desses sistemas estão superelasticidade, resistência a fadiga e alta capacidade de corte. Poucas alterações feitas pelos fabricantes nas angulações, velocidade de rotações por minuto e secções transversais das limas, fazem com que as características dos sistemas Reciproc® e WaveOne® sejam semelhantes. Este estudo consiste em uma revisão de literatura, realizada por meio de uma busca nas bases de dados PubMed e MedLine utilizando-se os descritores Reciproc, WaveOne e Reciprocating, com o objetivo de investigar os principais atributos dos sistemas reciprocantes Reciproc® e WaveOne®. Entre os aspectos estudados estão o movimento, alargamento apical, flexibilidade, resistência a torção e a fadiga, capacidade de corte, produção e extrusão de debris, modelagem, obturação e tempo de trabalho. Com base na revisão da literatura realizada, foi possível perceber semelhanças ou resultados melhores em vários aspectos para o sistema Reciproc® em comparação com WaveOne®. Palavras-chaves: Tratamento de canal radicular, Preparo do canal radicular, Endodontia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 208 ÁREA DO TRABALHO: ENDODONTIA AVALIAÇÃO DE TRATAMENTOS ENDODÔNTICOS REALIZADOS POR ALUNOS DE GRADUAÇÃO COM PROSERVAÇÃO MÍNIMA DE UM ANO Erika Rodrigues da Silva Toledo ([email protected]) UniCesumar Fausto Rodrigo Victorino RESUMO O tratamento endodôntico tem como objetivo principal a limpeza e desinfecção dos canais contaminados, seguido da obturação o mais hermética possível, evitando reinfecções. Portanto para resultar no sucesso endodôntico é necessário o conhecimento teórico e prático dos princípios e passos clínicos desta especialidade. Este trabalho objetiva calcular o índice de sucesso endodôntico realizado pelos acadêmicos do último ano de graduação da UniCesumar, a partir de uma avaliação clínica e radiográfica dos pacientes que usufruíram de procedimentos endodônticos na rede pública de saúde de Marialva-Paraná, através do projeto de extensão PROENDO, nos anos de 2013 e 2014. Foram avaliados 33 tratamentos endodônticos com proservação mínima de 12 meses. Destes 58% eram dentes anteriores e 42% posteriores, sendo que do total 87,8% apresentavam restauração definitiva. Ao exame radiográfico 27 apresentavam canais completamente obturados, 3 incompletamente obturados , 2 sobre-obturados e 1 canal com reabsorção radicular. Do total 9 tinham lesão periapical, sendo que, destes 88,8% apresentaram regressão total ou parcial da lesão. O índice de sucesso endodôntico demostrado pela pesquisa foi de 97%, vindo de encontro com os achados literários, o que indica que os acadêmicos receberam um ensino de qualidade com processo ensino-aprendizagem eficaz e os pacientes receberam tratamentos satisfatórios. Palavras-chaves: Endodontia, Estudantes de Odontologia, Polpa Dentária. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 209 AVULSÃO DENTÁRIA: 12 ANOS DE PROSERVAÇÃO Gláucia Beatriz Gonçalves ([email protected]) UEM Nair Narumi Orita Pavan Marcos Sergio Endo Aline Lie Ishida Letícia Citelli Conti A avulsão dentária é a completa separação de um dente do seu alvéolo, em que ocorre o rompimento das fibras do ligamento periodontal, permanecendo uma parte delas aderida ao cemento e a outra parte ao osso alveolar. Entretanto quando ocorre avulsão, deve-se tentar o reimplante o mais rápido possível. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de avulsão com proservação de 12 anos. Em 2003 paciente do gênero masculino, 11 anos, sofreu avulsão do dente 11, após atropelamento por carro, foi atendido no hospital onde o elemento dentário foi reimplantado. O paciente foi encaminhado para a urgência na clínica odontológica da UEM, onde realizou-se esplintagem, sendo encaminhado para o projeto C.E.M.Trau-Odonto UEM, ao teste de sensibilidade foi diagnosticado necrose pulpar. Foi realizado a endodontia do elemento 11, utilizou-se medicação intracanal a base de Ca(OH)2. Atualmente, ao exame clínico o dente apresenta-se assintomático enquanto que por meio da tomografia computadorizada verifica-se reabsorção radicular no terço apical. Conclui-se que o dente traumatizado apresenta-se em função com um período de proservação, demonstrando a importância de uma conduta clínica correta. Palavras-chaves: Avulsão dentária; Traumatismo; Proservação; XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 210 PAPEL DO CIRURGIÃO DENTISTA NA PERCEPÇÃO DE VIOLÊNCIAS OCULTAS Gláucia Beatriz Gonçalves ([email protected].) UEM Nair Narumi Orita Pavan Marcos Sergio Endo Letícia Citelli Conti Vivian Kitayama Aline Thomazalli Peres Tomazoli A violência doméstica contra a criança e o adolescente é um problema atual da sociedade brasileira, comprometendo o processo de crescimento, desenvolvimento e o bem-estar normal destes. Este estudo teve como objetivo conhecer as causas referentes aos traumatismos dentários dos indivíduos atendidos no CEMTrau/Odonto, bem como analisar o papel do acadêmico na percepção da violência doméstica, suas responsabilidades éticas e legais, e conscientizar a classe odontológica quanto a relevância do diagnóstico precoce dos maus-tratos infantis e suas verdadeiras causas. A amostra foi obtida a partir de 173 prontuários odontológicos de pacientes com história de traumatismo dentário. Os dados coletados incluindo gênero, idade e história do traumatismo foram tabulados e submetidos a análise estatística qualitativa. Os resultados revelaram predileção pelo gênero masculino (65,3%), faixa etária mais acometida entre 7 e 12 anos (31,8%) e como principal história do trauma, acidentes envolvendo “queda de bicicleta” (26,6%). Conclui-se que os acadêmicos além de diagnosticar e estabelecer o plano de tratamento, possui como papel fundamental conhecer sinais e sintomas característicos de violência física, sendo necessário sua capacitação perante as suspeitas. É essencial que a classe odontológica tenha conhecimento dos procedimentos legais e oficiais relacionados à violência contribuindo com a erradicação de maus-tratos. Palavras-chaves: Saúde coletiva; Violência; Traumatismo dental; XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 211 ÁREA: ENDODONTIA EMPREGO DO MTA FILLAPEX® NA OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES. RELATO DE CASO Autor: Graziele Gasparotto de Souza ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Orientador: Carlos Alberto Herrero de Morais Coautor: Aline Lie Ishida Coautor: Joana Yumi Teruya Uchimura Coautor: Marcos Sergio Endo Os cimentos endodônticos promovem o selamento necessário dos espaços vazios entre a parede dentinária e o material obturador. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico em que foi utilizado para obturação dos canais radiculares um cimento endodôntico a base de silicato de cálcio e que contém o MTA (Mineral Trióxido Agregado), o MTA Fillapex®. Paciente de 23 anos compareceu a Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá para a realização do tratamento endodôntico do dente 37. Foi realizada a abertura coronária, exploração dos canais e o acesso radicular. Na odontometria foi utilizado o localizador apical NOVAPEX® e o sistema RECIPROC® para o preparo dos canais (Lima R#25 e R#40) com irrigação de NaOCl 1% e irrigação final com EDTA 17% e NaOCl 1%. A obturação dos canais radiculares foi realizada com os cones de guta percha do sistema RECIPROC® juntamente com o cimento endodôntico MTA Fillapex®, por meio da técnica hibrida de Tagger. Após a limpeza da câmara pulpar foi procedido o selamento duplo com cimento obturador provisório Cavitec® e cimento de ionômero de vidro. Com base no exposto pode-se concluir que o cimento MTA Fillapex® mostrou-se aceitável em relação à biocompatibilidade, manipulação, tempo de presa e radiopacidade. Palavras-chaves: Cimento endodôntico, propriedades físicas, MTA Fillapex®. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 212 Área: Endodontia AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS ANAERÓBIAS FACULTATIVAS ISOLADAS DE CANAIS RADICULARES DE DENTES COM INSUCESSO ENDODÔNTICO Nome autora: Izabela Volpato Marques ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá – UEM Orientador: Marcos Sergio Endo Co-Autores: Nair Narumi Orita Pavan Frederico Canato Martinho Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes Bactérias associadas ao insucesso do tratamento endodôntico, podem expressar resistência aos antimicrobianos comumente empregados para tratar infecções. O objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade antimicrobiana das cepas de Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium, Actinomyces viscosus e Staphylococcus aureus isoladas de canais radiculares com insucesso endodôntico. Foram coletadas cepas de E. faecalis, E. faecium, A. viscosus e S. aureus in vivo de canais radiculares com insucesso endodôntico e testadas quanto à suscetibilidade antimicrobiana por meio do método E-test em duplicata, utilizando os antibióticos: Amoxicilina (AC), Rifampicina (RI), Moxifloxacina (MX), Vancomicina ( VA), Tetraciclina (TC), Ciprofloxacina (CI), Cloranfenicol (CL), Benzilpenicilina (PG), Amoxicilina + ácido clavulânico (XL), Doxiciclina (DC), Eritromicina (EM) e Azitromicina (AZ). Todas as cepas testadas foram suscetíveis à AC, XL, PG, DC, MX, TC e VA. Todos os isolados de S. aureus foram suscetíveis aos antibióticos testados. As cepas de E. faecalis, E. faecium foram resistentes à AZ e RI e estas, juntamente com A. viscosus mostraram padrão de suscetibilidade intermediário contra EM. Conclui-se que as cepas clínicas isoladas dos canais radiculares de dentes com insucesso endodôntico mostraram-se com diferenças na suscetibilidade antimicrobiana, e nenhum isolado de E. faecalis e E. faecium apresentou-se suscetível a AZ e a EM. Palavras-chaves: Endodontia; bactéria; antibioticos. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 213 ENDODONTIA MANEJO DE CISTO RADICULAR: UMA ABORDAGEM ENDODÔNTICA E CIRÚRGICA Jacqueline Dolphine Grenier ( [email protected]) Orientador: Nair Narumi Orita Pavan Co-Autor: Marcos Sergio Endo Co-Autor: Alfredo Franco Queiroz Co-Autor: Angelo Jose Pavan Co-Autor: Letícia Citelli Conti Em casos de lesões extensas, o tratamento dos cistos radiculares incluem uma associação entre uma abordagem conservadora endodôntica e a intervenção cirúrgica. O objetivo deste relato de caso é descrever as etapas de diagnóstico, tratamento e proservação diante de uma situação clínica de cisto radicular de grande extensão, na região anterior da maxila. A paciente compareceu à Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá, e apresentava-se assintomática, com assimetria facial e tumefação na região investigada. Radiograficamente verificou-se imagem radiolúcida bem definida circundando os ápices dos dentes 21, 22, 23 e 24. Após obtenção do diagnóstico por exames clínico, radiográfico e tomográfico; o plano de tratamento consistiu primeiramente de retratamento endodôntico em sessão única do dente 21 utilizando sistemas mecanizados (Mtwo) e irrigação com Clorexidina 2% gel associado ao soro fisiológico. Em seguida, realizou-se procedimento cirúrgico de marsupialização visando a redução da pressão intracística, e consequentemente do tamanho da lesão. Na proservação após 30, 60 e 210 dias, houve a redução do cisto, a paciente apresenta-se assintomática e não observou-se sinais de recidiva. O retratamento endodôntico e a marsupialização mostraram como métodos eficazes de tratamento na redução do cisto radicular, favorecendo a reparação óssea. Palavras-chaves: Cisto radicular, Endodontia, Marsupialização. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 214 ENDODONTIA PROPRIEDADES E INDICAÇÕES DO USO DO MTA NA PRÁTICA ENDODÔNTICA Autora: Leticia Citelli Conti ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Carlos Alberto Herrero de Morais Co-autores: Marcos Sergio Endo Gláucia Beatriz Gonçalves Jacqueline Dolphine Grenier O agregado trióxido mineral (MTA) tornou-se um material amplamente utilizado em diversos procedimentos endodônticos em virtude dos resultados positivos ao ser utilizado em situações clínicas, que anteriormente apresentavam um prognóstico bastante desfavorável. Diante disso, o objetivo desse trabalho é apresentar as principais propriedades do MTA e explanar suas indicações em procedimentos endodônticos. Desenvolvido por Mahmoud Torabinejd na década de 90, o MTA é um pó, pouco solúvel, com pH alcalino, hidrofílico que, além de ser biocompatível, possibilita a estimulação da neoformação óssea e dentinária, possui ação antimicrobiana satisfatória e promove bom selamento marginal, prevenindo a microinfiltração. Para o emprego do MTA é necessário exame clínico e diagnóstico adequado. Atualmente esse material tem sido utilizado em casos de capeamento pulpar direto, pulpotomia, apicificação, reabsorções, selamento de perfurações e na cirurgia parendodôntica. Conclui-se que o seu uso tem demonstrado bons resultados clínicos na terapia endodôntica em todas as indicações a ele atribuída, porém, é necessário um diagnóstico criterioso para se obter um prognóstico satisfatório. Palavras-chaves: Endodontia, MTA, Materiais Dentários. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 215 ENDODONTIA ANÁLISE DOS FATORES DE VIRULÊNCIA DE CEPAS CLÍNICAS DE ENTEROCOCCUS FAECALIS UTILIZANDO PCR EM CASOS DE RETRATAMENTO ENDODÔNTICO Autora: Leticia Citelli Conti ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá Orientador: Marcos Sergio Endo Co-autores: Nair Narumi Orita Pavan Gláucia Beatriz Gonçalves Jacqueline Dolphine Grenier Micro-organismos resistentes a terapia endodôntica podem causar sinais/sintomas e lesão periapical persistente. A presença dos Enterococcus faecalis nesses casos, estão associados ao insucesso do tratamento endodôntico. O presente estudo tem como intuito avaliar os fatores de virulência de cepas clínicas de E. faecalis isoladas dos canais radiculares de dentes com necessidade de retratamento endodôntico. Foram isoladas 24 cepas clínicas de E. faecalis de canais radiculares de dentes tratados endodonticamente e com presença radiográfica de lesão periapical. Fatores de virulência de cepas cultiváveis de E. faecalis foram investigadas pela técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) quanto a detecção dos genes esp, gelE, ace, asa, asa373, cylA e efaA. Os genes efaA (100%) e ace (100%) foram detectados em todas as amostras isoladas. Os outros fatores de virulência foram encontrados em 95,8% (gelE), 91,6% (asa), 25% (esp) e 8,33% (cylA) de E. faecalis isolados. Em relação a substância de codificação de agregação (asa373) não foi observada em nenhum isolado clínico. Conclui-se que cepas clínicas de E. faecalis isoladas de dentes indicados ao retratamento endodôntico, mostraram fatores de virulência que pode ser um componente do micro-organismo responsável em causar ou potencializar danos ao hospedeiro. Palavras-chaves: Endodontia, Enterococcus faecalis, Fatores de Virulëncia XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 216 ENDODONTIA ANÁLISE DE PH E LIBERAÇÃO DE CÁLCIO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ÓLEO DE MELALEUCA ALTERNIFÓLIA E HIDRÓXIDO DE CÁLCIO Maiara Giongo (maiara_ [email protected]) UniCesumar Rogerio Aparecido Minini dos Santos Fausto Rodrigo Victorino Resumo: Durante o tratamento endodôntico, o uso de uma medicação intracanal com propriedades antimicrobianas é essencial para a máxima descontaminação dos canais radiculares. Objetivo: avaliar aspectos físico-químicos da associação do óleo de melaleuca alternifólia com hidróxido de cálcio para uso como medicação intracanal, como: pH e a liberação de cálcio em diferentes períodos. O pó do hidróxido de cálcio foi adicionado ao veículo até que ficasse em uma concentração de 72mg/0,1mL. Os grupos foram divididos de acordo com os veículos: Grupo I: Água Destilada; Grupo II: Propilenoglicol; Grupo III: Óleo de Melaleuca. O pH de cada grupo foi medido após 10 minutos, 24, 48 horas, 7, 15 e 30 dias por um pHmetro. A liberação de cálcio foi analisada com o uso da espectromia de absorção atômica com uma lâmpada cátodo para cálcio. Os dados foram analisados estatiscamente pelo teste de Kruskall-Wallis, seguido do teste de Dunn, com nível de significância de 5%. A associação de óleo de Melaleuca com hidróxido de cálcio apresentou bons resultados quanto à análise de pH e liberação de cálcio. O óleo de Melaleuca demonstrou ação semelhante ao propilenoglicol, permitindo seu uso como veículo de hidróxido de cálcio para medicação intracanal. Palavras-chaves: Endodontia; Hidróxido de cálcio; Óleo de melaleuca. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 217 TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM UM MOLAR COM CANAL EM FORMA DE “C” – RELATO DE CASO Paula Fernanda Modesto ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Londrina Orientador: Bruno Shindi Hirata Coautor: Murilo Baena Lopes Coautor: Viviane Suemi Tamura O canal em forma de “C” é uma variação anatômica que pode estar presente no segundo molar inferior, especialmente na etnia asiática. Embora não seja tão comum, o profissional deve estar atento a sua conformação anatômica, uma vez que o saneamento e a obturação desse sistema de canais radiculares são dificultados principalmente na região de istmos. A comprovação do canal em “C”geralmente se dá pela visualização do assoalho da câmara pulpar. A característica radiográfica pode levar à falsa impressão de uma perfuração. O trabalho relata o caso de uma paciente do gênero feminino, 36 anos, que procurou atendimento endodôntico do segundo molar inferior direito por motivos álgicos. Durante a abertura, a embocadura dos canais mostrou uma configuração em forma de “C”. A técnica de escolha para instrumentação foi a “Técnica Crown-Down”, usando os instrumentos no sentido coroa ápice. Limas manuais e filmes radiográficos foram usados para determinar o comprimento de limpeza e modelagem. Foi utilizada pasta de hidróxido de cálcio como medicação intracanal em múltiplas sessões para auxiliar o saneamento desse sistema de canais. O dente foi obturado com cones de guta percha mais cimento endodôntico utilizando a técnica híbrida de Tagger e a paciente foi encaminhada para a dentística. Palavras-chaves: Tratamento do canal radicular; Endodontia; Molar. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 218 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE LIMPEZA DE LIMAS ENDODÔNTICAS: REVISÃO DE LITERATURA Viviane Guadagnin (vivi_ [email protected]) Faculdade Ingá – UNINGÁ Carla Thais Rosada Peruchi Lidiane dos Santos Bruschi Marcia Esmeralda Bis Franzoli Arruda Thais Mageste Duque O presente trabalho teve como objetivo, avaliar e apresentar por meio de uma revisão de literatura, estudos microbiológicos mostrando a efetividade dos métodos de limpeza das limas endodônticas pré-uso. A metodologia empregada foi realizada através de pesquisa bibliográfica compreendida entre os anos de 2000 a 2014. Como fontes para o tombamento foram utilizados as bases de dados PUBMED, SCIELO, CAPS, GOOGLE ACADÊMICO e também o acervo de livros da biblioteca da Faculdade Ingá – UNINGÁ. Através de uma revisão de literatura, pode-se concluir que é necessário seguir um protocolo de limpeza das limas endodônticas antes da esterilização, pois só assim a esterilização será realmente eficiente. Pode-se relatar ainda, que um dos protocolos mais citados, abordados e com maior índice de sucesso, foram os que utilizaram a escovação e posteriormente o ultrassom como auxiliar na limpeza das limas, para depois passarem pelo processo de esterilização. Palavras-chaves: Limpeza, limas, sujidade. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 219 ENDODONTIA ANÁLISE COMPARATIVA “IN VITRO” DE TRÊS DIFERENTES IRRIGANTES ENDODÔNTICOS NA DETERMINAÇÃO DA ODONTOMETRIA ELETRÔNICA DE UM MODELO DE LOCALIZADOR FORAMINAL ELETRÔNICO. Viviane Suemi Tamura ([email protected]) Universidade Estadual de Londrina Orientador: Bruno Shindi Hirata Co- Autor: Alcides Gonini Junior Co-Autor: Paula Fernanda Modesto Localizadores foraminais eletrônicos proporcionam precisão e confiabilidade na determinação da posição do forame apical, associando a utilização de soluções irrigantes, como auxiliares no processo de sanificação dos canais radiculares constituem etapas determinantes para o sucesso endodôntico (SJÖGREN, 1990). O presente estudo tem como objetivo avaliar in vitro a precisão e confiabilidade do ROOT ZX 2 e a determinação do comprimento de trabalho, independente da presença de diferentes tipos de irrigantes empregados na prática endodôntica. Foram utilizados 30 dentes extraídos humanos previamente preparados, em seu terço cervical, com sistema de instrumentação mecânico-rotatório Orifice Shaper no motor elétrico VDW Silver. A obtenção do comprimento real do canal foi determinado pelo método visual, utilizando lima tipo K até a visualização da mesma na saída foraminal, auxiliado por lupa de aumento (8X). Realizou-se a aferição da medida com paquímetro digital. Subsequentes medições eletrônicas foram realizadas com o localizador eletrônico Root ZX 2, utilizando 3 diferentes irrigantes, os quais foram: Hipoclorito de sódio 1% manipulado, Clorexoral (Biodinâmica, Brasil) e EDTA líquido trissódico (Biodinâmica, Brasil); os resultados de cada aferição eletrônica, foram anotados e submetidos ao teste estatístico (ANOVA). Concluiu-se que ROOT ZX 2 apresentou-se preciso e confiável, independente do tipo de irrigante utilizado pelo estudo. Palavras-chaves: (ENDODONTIA, HIPOCLORITO DE SÓDIO, INSTRUMENTAÇÃO). XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 220 ANAIS DO XI Conclave Maringaense de Odontologia Trabalhos de Prótese busca XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 221 Trabalho na área de DTM TÍTULO: SINAIS E SINTOMAS DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ASSOCIADOS A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM DIFERENTES INTENSIDADES. Autor: Alex Vinícius Gimenes Gurrão ([email protected]) Instituição: Uningá Orientadora: Patrícia Saram Progiante Co-Autor: Fabiano Carlos Marson Co-Autor: Cleverson Oliveira e Silva Co-Autor: Erika Cristina Ferreira Resumo: Estudo populacional de ocorrência e sintomatologia da Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, e sua correlação com a pratica de atividade física. A amostra populacional foram de 58 pessoas com idade entre 18 e 50 anos, sendo eles não praticantes de atividade física(G1), praticantes de atividade física(G2) e jogadores de handebol(G3). Os dados obtidos foram digitados em planilha do programa Microsoft Excel 2010 e analisados estatisticamente com o auxílio do Software Statistica 8.0. Foi realizado a avaliação de médias e os desvios padrão para as variáveis quantitativas, seguido do teste t para comparação de médias. Foram avaliadas informações de 25 (G1), 21 (G2) e 12 (G3), O grupo que apresentou maior qualidade de vida foi o G3. O G1 apresentou característica da intensidade do dor e pontuação de incapacidade superior ao G2 e G3. Já quanto ao distúrbio do sono, o G1 foi o grupo que apresentou estatisticamente maior proporção de integrantes com distúrbio do sono. A pratica de Atividade Física diária, leva a uma melhora dos sinais e sintomas da DTM, dentre elas, a melhora da qualidade de vida, melhorada da qualidade do sono e o mais evidenciado, o aumento do limiar de dor. Palavras-chaves: Dor Orofacial. Atividade Física. Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 222 ÁREA: Prótese/DTM MIGRÂNEA COM REPERCUSSÃO NA FACE – RELATO DE CASO Nome da autora: Amanda Penha Mathias ([email protected]) Instituição: Universidade Estadual de Maringá – UEM Orientador: Rafael dos Santos Silva Co-Autor: Rodrigo Lorenzi Poluha Resumo: Entre as dores orofaciais mais comuns de origem neurovascular estão as migrâneas. Este trabalho relata um caso de migrânea com acometimento facial. Paciente mulher, 30 anos, com histórico de dor pulsátil há 12 anos, episódica, exclusivamente do lado esquerdo, região frontal e periorbital, acompanhando náusea, fotofobia, fonofobia e distúrbios visuais. Paciente submetida à cirurgia ortognática para reposicionamento dos maxilares há 7 anos, relata extensão da sintomatologia dolorosa, prolongada pela região da face esquerda, aumentando a frequência das crises. Durante as crises de migrânea relata dor pulsátil, além da cabeça, na região das placas fixadas na maxila e nas raízes dos dentes superiores esquerdos. Patologias secundárias intracranianas foram descartadas por avaliações de neurologista e otorrinolaringologista. Não apresentava sinais de DTM ou alterações clínicas ou radiográficas nos elementos dentais. Foram prescritos Pamelor® 10 mg/dia, por 30 dias, e Cefalium® para abortar as crises, quando necessário. Após 60 dias, apresentou significativa melhora, sugerindo efetividade terapêutica das medicações, com diminuição de número e intensidade dos episódios dolorosos. Após 7 meses, não haviam sintomas e a medicação foi suspensa. Concluímos que as dores de origem neurovascular necessitam de atenção diagnóstica e tratamento adequados, para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e evitar iatrogenias. Dor Orofacial; Dor Neurovascular; Migrânea Orofacial XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 223 Prótese ANÁLISE DA INTERAÇÃO DENTISTA/PACIENTE PARA IDENTIFICAÇÃO DE FATORES RELACIONADOS Á ADESÃO AOS CUIDADOS PROTÉTICOS NA TERCEIRA IDADE Catiuscia Rodrigues Guerreiro ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Vânia Lúcia Pestana Sant’ana Juliana Palma Ribeiro Segundo o IBGE, o número da população idosa é cada vez maior. Porém, mesmo com esse aumento, no que se refere ao sistema de atendimento odontológico brasileiro, as condições apresentam-se precárias. Algumas práticas voltadas para a terceira idade são inexistentes em nosso país. Problemas bucais, como o edentulismo, podem acarretar problemas psicológicos. Cabe à psicologia, auxiliar o dentista com embasamento teórico, adotando estratégias que aumentam a probabilidade de adesão do paciente. Dessa forma, a Análise do Comportamento atuando juntamente com profissionais de outras áreas, mais especificamente a odontogeriatria indica uma possível parceria. A pesquisa ocorreu na clínica odontológica da Universidade Estadual de Maringá. Foram realizadas gravações de áudio e vídeo dos atendimentos e posterior categorização e análise dos comportamentos por meio do sistema multidimensional, também foi aplicado um questionário abordando questões referentes à higiene da prótese. Os resultados foram compostos pela transcrição e análise das sessões realizadas com os idosos. Eles apresentaram os comportamentos mais frequentes dos pacientes e do dentista, de acordo com a categorização. Puderam ser evidenciados, entre dentista e paciente, aspectos relevantes para o favorecimento de adesão aos cuidados protéticos na terceira idade. Palavras-chaves: Comportamento de adesão; Odontogeriatria; Próteses Dentárias. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 224 Área: Prótese/DTM AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE AFASTAMENTO GENGIVAL E DIMINUIÇÃO DO FLUXO DE LÍQUIDOS NO INTERIOR DO SULCO GENGIVAL UTILIZANDO UMA SUBSTÂNCIA CONVENCIONAL E UMA SUBSTÂNCIA EXPERIMENTAL Fernanda Chiguti Yamashita ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Sérgio Sábio Helder Fernando Borges Junior Yasmin Firmino de Souza Isabela Chiguti Yamashita Para conseguirmos sucesso durante a moldagem devemos utilizar métodos de afastamento gengival e controle do fluído crevicular (FC). O objetivo foi avaliar a influência dos fios de afastamento gengival com cloridrato de tetrizolina (Mirabel®) e cloreto de alumínio (Hemostop®) no afastamento gengival e no FC. Os fios de afastamento gengival (ultrapack nº 000 e 1) foram posicionados, aleatoriamente, nos dentes 13, 21 e 23. No grupo controle, os fios não tinham contato com as substâncias químicas. Enquanto, no grupo 1 os fios foram impregnados com Hemostop® e no grupo 2 com Mirabel®. A partir de modelos, capturou-se trinta imagens utilizando uma câmera acoplada a uma lupa para análise do grau de afastamento. Tiras de papel absorvente foram confeccionadas a fim de quantificar o FC e utilizou-se uma balança de alta precisão para avaliá-lo antes e depois da retração. Para a análise estatística, foram utilizados o ANOVA e o teste t-student. Não houve diferença estatisticamente significante, entre os grupos, no afastamento gengival vertical (p=0,2603) e na função adstringente (p=0,2420). Entretanto, o grupo 2 apresentou diminuição do FC (p=0,0078). Assim, o uso de uma substância química associada ao meio mecânico, não proporcionou maior quantidade de afastamento gengival ou maior redução do FC. Palavras-chaves: Fluido do Sulco Gengival, Materiais para Moldagem Odontológica, Técnicas de Retração Gengival. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 225 PROTESE/DTM O IMPACTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL NA QUALIDADE DO SONO. Autora: Gabriela Vilela Pupim ([email protected]) Faculdade Ingá Orientadora: Patrícia Saram Progiante Co-Autor: Fabiano Carlos Marson Co-Autor: Cleverson de Oliveira e Silva Co-Autora: Suzana Goya Resumo Avaliar a Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, suas variáveis associadas à fatores psicossociais e sua relação com a qualidade do sono. O método utilizado foi um estudo de delineamento transversal de base populacional, na cidade de Maringá, Paraná. A população foi composta por 568 pessoas com idade entre 20 e 65 anos, usuárias do Sistema Único de Saúde. Para a coleta de dados foram utilizados questionários randomizados contendo variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais, psicossociais e relacionadas ao sono. As informações referidas foram obtidas através de entrevistas estruturadas realizadas no período de agosto de 2011 à março de 2014. Os instrumentos de avaliação foram os questionários RDC/TMD (Eixo I e II) e Questionário de Avaliação do Sono (SAQ). Após aplicação dos questionários, os dados foram tabulados em planilhas do Pacote Microsoft Excel 2010. Os resultados mostraram que 77,5% dos entrevistados apresentaram distúrbios de sono associado à DTM. Além disso, foi possível observar que quanto à variável qualidade de vida, foram encontrados índices máximos relacionados aos domínios psicológicos e relações sociais e índices mínimos pertinente ao domínio com auto avaliação da qualidade de vida. Palavras - Chaves: DTM; Dor Orofacial. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 226 PRÓTESE AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FRATURA DE RAÍZES RECONSTRUÍDAS COM SISTEMA DE PINOS INTRACANAL PRÉ-FABRICADOS COMPARADOS COM NÚCLEOS METÁLICOS FUNDIDOS Isadora Mecca Martinelli ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Clóvis Lamartine De Moraes Melo Neto Rodrigo Lorenzi Poluha Sérgio Sábio Silvia Sbeghen Sábio O propósito desse estudo in vitro foi investigar a resistência à fratura de dentes com sistemas de pino intracanal pré-fabricados comparados com núcleos metálicos fundidos. Trinta e dois caninos maxilares com anatomia similar foram seccionados para obter o mesmo comprimento para todos os espécimes. Foram utilizados oito dentes em cada grupo. Grupo I com núcleo de fibra de vidro FibreKor®; Grupo II com núcleo com fibra de carbono C-post®; Grupo III com núcleos metálicos fundidos com caixa cervical e Grupo IV com núcleo metálico fundido com diâmetro similar ao sistema C-post®. A cimentação foi realizada com cimento resinoso Dual Cement® e adesivo Unibond®. Os corpos de prova foram colocados em blocos de acrílico e adaptados na máquina de teste Kratos®, que posicionava o corpo de prova de tal forma que o núcleo assume uma angulação de 45°. Uma força compressiva foi aplicada até obter fratura do núcleo ou raiz. Os valores (em quilograma-força, kgf ) em três grupos foram: Grupo I de 31,01 kgf; Grupo II de 41,32 kgf; Grupo III de 49,17 kgf. Portanto, os canais com pino metálico fundido obtiveram estatisticamente mais resistência à fratura do que os canais com pinos não metálicos. Palavras-chaves: Endodontia, pino intracanal, sistema C-post. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 227 ODONTALGIA ATÍPICA MANDIBULAR BILATERAL - RELATO DE CASO Luis Henrique Braga Sader ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Rafael dos Santos Silva Rodrigo Lorenzi Poluha A odontalgia atípica, decorrente da interrupção periférica de uma via aferente por lesão acidental ou deliberada, é uma condição dolorosa crônica e incomum, de intensidade moderada a grave, que pode acometer tanto mandíbula quanto maxila, e que se torna muito agoniante ao paciente. É de difícil diagnóstico, uma vez que o local da queixa, usualmente, não apresenta causas obvias para a nociocepção. O presente trabalho objetiva relatar um caso clinico de odontalgia atípica, discutindo suas características e a importância do conhecimento dessa condição pelo cirurgião dentista. A Paciente que sofria com a condição em região bilateral de mandíbula, há aproximadamente 19 anos, foi submetida a uma precipitada e ineficaz extração seriada de todos os elementos dentários, afim de sanar os eventos álgicos. Após a elucidação clínica da patologia, foi instaurada terapêutica farmacológica apropriada e o controle do caso neuropático. Pode-se concluir que o conhecimento das características dessa condição pelo cirurgião dentista, é fundamental para elaboração de um correto diagnóstico bem como um eficaz e apropriado tratamento. Palavras-chaves: Dor Neuropática; Dor Orofacial; Dor XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 228 ÁREA: Prótese/DTM REABILITAÇÃO BUCAL TOTAL: RELATO DE CASO Luiz Carlos Volp Junior ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Eduardo Kurihara Rodrigo Lorenzi Poluha Clóvis Lamartine Moraes de Melo Neto Sérgio Sábio A reabilitação funcional e estética de pacientes totalmente desdentados sempre foi um desafio na rotina clínica. O uso dos implantes osseointegrados é de grande valia para proporcionar a esses pacientes um trabalho protético de maior sucesso clinico, especialmente em mandíbula, por meio de protocolo Branemark, caracterizada pela colocação de 04 a 06 implantes na região anterior da mandíbula, entre os forames mentuais e cantilever distal de ambos os lados para substituir os dentes posteriores. O presente trabalho objetiva descrever e discutir os reflexos das particularidades do caso nas etapas da técnica protética de um paciente do gênero masculino, 62 anos de idade, edêntulo total, que se apresentou com 05 implantes, entre os forames metuais, no qual a terapêutica reabilitadora empregada fez uso de uma prótese total superior associada a um protocolo Branemark inferior com uma infra estrutura metálica e uma base de resina para uni-la aos dentes de resina acrílica. A prótese protocolo é uma alternativa viável, proporcionando estabilidade a prótese, eficiência mastigatória e estética. Sendo que para que se execute a reabilitação com o máximo de qualidade dessa peça protética é fundamental ao cirurgião dentista o conhecimento das etapas clinicas bem como a análise dos pormenores de cada caso. Palavras-chaves: Implantes dentários, Prótese Dentária, Prótese Dentária Fixada por Implante. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 229 PRÓTESE/DTM DESEMPENHO CLÍNICO A LONGO PRAZO DE NÚCLEOS METÁLICOS FUNDIDOS E PINOS DE FIBRA DE VIDRO. Tarso Lorga ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá Sergio Sabio Clóvis Lamartine de Moraes Melo Neto Rodrigo Lorenzi Poluha Quando planejamos a restauração dentária para dentes tratados endodonticamente, muitos fatores devem ser avaliados. A quantidade de remanescente dentinário, o tipo de núcleo a ser utilizado e a satisfação estética do paciente são fundamentais nessa avaliação. Outro aspecto importante no planejamento é o tipo do material que será indicado. Muitos materiais relativamente novos tais como pinos de fibra de vidro e pinos de zircônia, podem ser encontrados no mercado. Uma avaliação detalhada das pesquisas clínicas encontradas na literatura pode colaborar para que o clínico escolha a opção mais adequada para cada paciente. Este trabalho tem por objetivo avaliar a taxa de sucesso em longo prazo de núcleos metálicos fundidos (NMF) e pinos de fibra de vidro (PFV ). Utilizando diversas bases de dados, foram selecionados seis artigos, passíveis de analogias, sobre núcleos metálicos fundidos e pinos de fibra de vidro, de 1982 a 2011, com estudos prospectivos e retrospectivos randomizados. Foi possível verificar que tanto os NMF quanto os PFV possuíam taxas de sucesso semelhantes. Conclui-se que ambos os núcleos avaliados têm bom comportamento em longo prazo, desde que as técnicas operatórias e a quantidade de remanescente dentinário sejam suficientes para a utilização de um dos tipos de preenchimento intracanal. Palavras-chaves: zircônia, núcleo de fibra de vidro, núcleo metálico fundido. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 230 AREA: Prótese/DTM REABILITAÇÃO PROTÉTICA SOBRE IMPLANTE EM ÁREA ESTÉTICA ATRAVÉS DA TECNOLOGIA CAD/CAM Thaís Caroline Tino ([email protected]) UEM Murilo Pereira Melo As novas tecnologias no campo da ciência odontológica não só mudou a maneira dos dentistas executarem sua prática clínica, mas também mudaram dramaticamente os procedimentos realizados nos laboratórios de próteses dentárias. Atualmente tem-se utilizado muito a tecnologia CAD/CAM, que faz parte dos desenvolvimentos digitais que são novas áreas de tecnologias dentárias e que estão e/ou irão determinar o papel do cirurgião dentista e dos técnicos laboratoriais do futuro. O objetivo deste trabalho é apresentar o relato de um caso clínico, onde esta nova tecnologia foi aplicada para resolução de perda de um elemento dentário onde foi realizado um implante Straumann e a confecção de uma prótese utilizando um componente (Straumann) recentemente lançado no mercado chamado Vario-Base e sobre ele um pilar de zircônio personalizado ,onde foi aplicado a cerâmica devolvendo função e estética ao paciente. Palavras-chaves: CAD/CAM; Zirconia; Straumann Vario-Base abutment XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 231 Prótese/DTM FECHAMENTO DE DIASTEMA ANTERIOR COM FRAGMENTO CERÂMICO Valéria Pellizzaro ([email protected]) Universidade Estadual de Londrina Edwin Fernando Ruiz Contreras Fabio Salomão Márcio Grama Hoeppner Isabela Alves Matioli Resumo A alta exigência estética tem estimulado os profissionais a buscarem técnicas e materiais que lhes permitam atingir resultados estéticos de excelência. Por muitos anos, as resinas compostas foram o material de eleição no restabelecimento da anatomia dos dentes anteriores com diastemas. No entanto, a pobre estabilidade de cor, perda de lisura e brilho superficiais comprometem o sucesso em longo prazo deste material. Recentemente, o desenvolvimento de materiais cerâmicos a base de dissilicato de lítio permitiu a confecção de laminados ultrafinos com ótimas propriedades óticas e mecânicas. O objetivo deste trabalho é apresentar uma solução estética para incisivos centrais superiores com diastemas utilizando fragmentos cerâmicos. Após clareamento dental de consultório, procedeu-se a moldagem com silicone por adição e posterior enceramento diagnóstico do caso. Fragmentos cerâmicos em dissilicato de lítio foram cimentados com cimento resinoso “veneer” e atingiram um resultado estético muito satisfatório. Conclui-se que por ser minimamente invasiva e com adesão total em esmalte, a técnica apresenta-se com grande previsibilidade de sucesso, sendo considerada a alternativa mais avançada para este tratamento. Palavras-chaves: cerâmicas; laminados dentários; diastema. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 232 ENDOCROWN E SUAS DIFERENTES FACES DE INDICAÇÕES Verônica de Araujo Moreira Lezcano ([email protected]) UniCesumar Lisia Emi Nishimori Tomita Melina Cossi Hernandes Adilson Luiz Ramos RESUMO: Na odontologia há diferentes tipos de reabilitação para dentes tratados endodonticamente, mesmo possuindo as mesmas finalidades de reter o material restaurador ao remanescente dentário, porém elas se distinguem na maneira do preparo e no material utilizados durante o tratamento. Uma das técnicas mais preconizadas é a colocação do pino intra-canal, entretanto, são susceptíveis á fraturas radiculares. Diante disso, indicam-se as coroas endodônticas ou também denominadas de endocrowns. A endocrown tem como fundamento a preservação do remanescente dentário, sendo desnecessário a inserção do pino intra radicular, uma vez que sua resistência ocorre através da cimentação adesiva e do embricamento mecânico na câmara pulpar. Quando se há maior espessura dentinária na região cervical aumenta o sucesso da reabilitação, gerando assim dilemas sobre a indicação na necessidade da inserção de pinos endodônticos frente à presença do efeito férula. O objetivo desse trabalho é explanar por meio de um caso clínico as indicações e o passo a passo na confecção de uma coroa endodontica. Palavras-chaves: efeito férula, endocrown, restauração indireta. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 233 ODONTOPEDIATRIA DENTES SUPRANUMERÁRIOS EM PACIENTES NÃO SINDRÔMICOS – RELATO DE CASO Larissa Maciel de Souza([email protected]) - Unicesumar Maria Paula Jabucci Botelho Luciana Netto Vilmar Gotardo Gustavo Ferreira Zanna Lays de Oliveira Chaves Maria Vitória Ferro Tomaselli Em odontologia, existem numerosas anomalias dentárias que influenciam no tamanho, forma, número, estrutura e irrupção dos dentes. A identificação dessas anomalias, que provêm de uma complexa interação de variáveis genéticas e ambientais, é de fundamental importância na avaliação dos fatores etiológicos, das histórias médica e dental, bem como do estado de saúde bucal. O desenvolvimento dos dentes é um processo contínuo no qual o crescimento fisiológico e estágios morfológicos variáveis, juntos, resultam na forma e estrutura dental .Trabalho relata caso clínico paciente da clínica de pediatria, será submetido a cirurgia para remoção dentes supranumerários, no qual paciente não apresenta nenhuma síndrome, posteriormente relatamos a importância dos exames pré-operatórios, e a interação do Medico e Dentista. Palavras-chave: dentes supranumerários, exames, diagnóstico. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 234 ÁREA: ORTODONTIA SUBCATEGORIA: PAINEL ANÁLISE DO POLIMORFISMO DOS GENES AMELOGENINA E ENAMELINA EM PACIENTES COM MORDIDA ABERTA ANTERIOR. Autor: Helena Sandrini Venante ([email protected]) Universidade Estadual de Maringá - UEM Orientadora: Marina de Lourdes Calvo Fracasso Co-autor: Thais Maria Freire Fernandes Co-autor: Marcelo Lupion Poleti Co-autor: Regina Célia Frederico Poli Co-autor: Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarro O presente estudo avaliou a existência do polimorfismo nos genes que codificam proteínas envolvidas nas características craniofaciais em pacientes com mordida aberta anterior. A amostra contou com 66 pacientes, ambos os gêneros, leucodermas, dentadura mista, incisivos e molares permanentes irrompidos, relação molar Classe I de Angle e overbite negativo (<1 mm). As características dentárias, esqueléticas e tegumentares foram avaliadas em telerradiografias (software Dolphin Imaging 11.5). O DNA obtido de células da mucosa bucal e a análise do polimorfismo realizada por reação em cadeia da polimerase. A idade média das crianças foi 8,41 anos, gênero feminino (63,6%), padrão de crescimento dolicofacial (78,8%), overbite (-3,71±1,79), ângulo interincisal (115,72±8,68), e IMPA (95,67±6,20). Para o gene da enamelina 75,8% da amostra eram portadoras do genótipo TT e 24,2% do genótipo CT; para o gene da amelogenina, 75,8% também eram portadoras do genótipo TT, 18,2% do CT e 6,1% do CC. Houve associação (Teste exato de Fisher) entre gene amelogenina (genótipos TT e CT) e o padrão facial (p=0,001). Com relação a severidade da mordida aberta houve diferença estatisticamente significante quanto à distribuição dos genótipos (TT e CT) para o gene da amelogenina (p=0,023), sendo que genótipo CC estava presente apenas nos pacientes com mordida aberta severa. Conclui-se que o polimorfismo do gene amelogenina pode estar associado à presença de maior severidade de mordida aberta anterior em pacientes dolicofaciais. XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 235 Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências da Saúde Departamento de Odontologia Maringá PR Bristol Metrópole Hotel 23 a 25 de Setembro de 2015 XI Conclave Maringaense de Odontologia ∕ 2015 234